Boletim Epidemiológico de AIDS do Município de São Paulo – Ano XII nº11

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Boletim Epidemiológico

de

Aids

HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo Ano XII - No 11 - Maio 2008


Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde – PMSP Rua General Jardim, 36 – 4º andar – CEP 01223-010 Telefone: 11 3397-2207 dstaids@prefeitura.sp.gov.br www.dstaids.prefeitura.sp.gov.br Gilberto Kassab – Prefeito Januario Montone – Secretário Municipal da Saúde Inês Suarez Romano – Coordenadora de Vigilância em Saúde Maria Cristina Abbate – Coordenadora do Programa Municipal de DST/AIDS Sonia Regina Testa da Silva Ramos – Gerente do Centro de Controle de Doenças Boletim Epidemiológico de AIDS, HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo Elaboração Coordenação de Vigilância em Saúde – COVISA Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo Alessandra Cristina Guedes Pellini, Amalia Vaquero Cervantes Uttempergher, Ana Hiroco Hiraoka, Ana Maria Bara Bresolin, Ana Marisa Tenuta Perondi, Beatriz Barrella, Célia Regina Cicolo da Silva, Clóvis Prandina, Denise Brandão de Assis, Doris Sztutman Bergmann, Maria Elisabeth de Barros Reis Lopes, Inês Kazue Koizume, Iara de Souza, Luiz Claudio Ferreira Espindola, Regina Aparecida Chiarini Zanetta, Silvana Takahashi. Colaboradores: Maria Lucia de Moraes Bourroul, Mauro Tanigushi, Neli Gomes de Brito, Roberta Andréa Oliveira. Subgerência de Informação: Cleir Aparecido Santana, José Olimpio Moura de Albuquerque, Julio César Magalhães Alves, Marcello Rocha Pereira, Márcia Costa Dobrowisch, Mari Oda, Marcus Ney Pinheiro Machado, Pedro José Vilaça, Renato Passalacqua. Colaboração PRO-AIM – Programa de Aprimoramento de Informação em Mortalidade SMS – PMSP Produção Editorial Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo SMS – PMSP Produção Gráfica Olho de Boi Comunicações Maio 2008


Boletim Epidemiológico

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Aids

HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo

APOIO


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Índice

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APRESENTAÇÂO _____________________________________________________________09 EDITORIAL_________________________________________________________________________________________10 PARTE I – AIDS _________________________________________________ 12 Tabela I. Total de casos de aids notificados e coeficiente de incidência segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo _______________________________________________________________________14 Gráfico 1. Total de casos de aids notificados, segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo _______________________14 Tabela II. Casos de aids (Nº e %), segundo faixa etária, sexo e época do diagnóstico ___________________________________15 Tabela III. Casos de aids (Nº e %), segundo raça/cor, sexo e ano de diagnóstico _______________________________________16 Gráfico 2. Distribuição de casos de aids, sexo masculino, segundo raça/cor e ano de diagnóstico __________________________16 Gráfico 3. Distribuição de casos de aids, sexo feminino, segundo raça/cor e ano de diagnóstico ___________________________17 Tabela IV. Casos de aids (Nº e %), em indivíduos com 19 anos de idade ou mais, segundo escolaridade e época do diagnóstico ___________________________________________________________________17 Gráfico 4. Distribuição de casos de aids, sexo masculino, segundo escolaridade e ano de diagnóstico _______________________18 Gráfico 5. Distribuição de casos de aids, sexo feminino, segundo escolaridade e ano de diagnóstico________________________18 Tabela V. Casos de aids (Nº e %), em maiores de 13 anos de idade do sexo masculino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico ______________________________________________________19 Tabela VI. Casos de aids (Nº e %), em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico ______________________________________________________20 Tabela VII. Casos de aids (Nº e %) em menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico ______________________________________________________________20 Gráfico 6. Proporção de casos de aids no sexo masculino e feminino, em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição (exceto ignorados) e agrupamento de anos de diagnóstico________________21 Tabela VIII. Casos de aids (Nº e %), segundo Coordenadoria de Saúde, Supervisão de Saúde e agrupamento de anos do diagnóstico ________________________________________________________________________22 Tabela IX. Casos de aids (Nº e %), por categoria de exposição hierarquizada, segundo Coordenadoria de Saúde e Supervisão de Saúde __________________________________________________________23 Figura 1. Mapa de coeficiente de incidência de aids, segundo Distrito Administrativo de residência ________________________24 Tabela X. Casos e óbitos por aids reportados ao ano calendário de diagnóstico e taxa de letalidade, segundo sexo ____________25 Tabela XI. Óbitos por aids por ano de ocorrência, razão de sexo e taxa de mortalidade segundo sexo _______________________26 Gráfico 7. Taxa de mortalidade por aids, segundo sexo e ano de ocorrência do óbito ____________________________________27 Tabela XII. Principais causas de morte _________________________________________________________________________27 Tabela XIII. Principais causas de morte por sexo _________________________________________________________________28 Tabela XIV. Óbitos por aids (Nº e %) e coeficiente de mortalidade (C.M.), segundo faixa etária e ano de ocorrência do óbito _______________________________________________________________29 Tabela XV. Óbitos por aids (Nº e %), segundo raça/cor e ano de ocorrência do óbito ____________________________________30 4


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PARTE II – HIV _________________________________________________ 31 Tabela I. Número de casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo, razão de sexo e época do diagnóstico ________________________________________________________________________ 31 Tabela II. Casos de infecção pelo HIV (Nºe %), segundo faixa etária e ano do diagnóstico ______________________________ 32 Gráfico 1. Distribuição de casos de infecção pelo HIV, segundo faixa etária e ano do diagnóstico _________________________ 33 Tabela III. Casos de infecção pelo HIV (Nº e %), segundo escolaridade e época do diagnóstico __________________________ 34 Tabela IV. Casos de infecção pelo HIV (Nº e %), segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico _______ 35 Gráfico 2. Número de casos de infecção pelo HIV, sexo masculino, por categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico _______________________________________________________________ 36 Gráfico 3. Número de casos de infecção pelo HIV, sexo feminino, por categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico _______________________________________________________________ 36 Tabela V. Número de casos de infecção pelo HIV, segundo unidade notificadora e categoria de exposição hierarquizada _______ 37

PARTE III – GESTANTE HIV E CRIANÇA EXPOSTA ______________________ 39 Tabela I. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo ano de notificação _____________________ 39 Gráfico 1. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo ano de notificação _____________________ 40 Tabela II. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo época da evidência laboratorial do HIV ________________________________________________________________ 40 Gráfico 2. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo época da evidência laboratorial ______ 41 Tabela III. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo realização de pré-natal (PN) e ano de notificação ________________________________________________________ 42 Tabela IV. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo a evolução da gravidez e ano de parto _________________________________________________________________________ 43 Tabela V. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo o tipo de parto _______________________ 43 Gráfico 3. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo o tipo de parto ___________________ 44 Tabela VI. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo uso de ARV durante o parto e ano de parto _____________________________________________________________ 45 Gráfico 4. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo uso de ARV durante o parto e ano de parto ______________________________________________________________________________ 46 Tabela VII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo óbito materno e ano de parto __________ 46 Tabela VIII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo situação da criança ao nascimento e ano de parto _______________________________________________________ 47 Tabela IX. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo situação da criança ao nascimento _______ 47 Gráfico 5. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo a situação da criança ao nascimento __________________________________________________________________ 48

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Tabela X. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo aleitamento materno e ano de nascimento ____________________________________________________________________ 49 Tabela XI. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo início do AZT na criança e ano de nascimento___________________________________________________________ 49 Gráfico 6. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo início do AZT na criança e ano de nascimento _______________________________________________________________________ 50 Tabela XII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta que fizeram uso de AZT xarope (Nº e %), segundo tempo total de uso do AZT na criança e ano de nascimento __________________________________ 50 Gráfico 7. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta que fizeram uso de AZT xarope, segundo tempo total de uso de AZT na criança e ano de nascimento ________________________________________________ 51 Tabela XIII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo o encerramento do caso e ano de nascimento ___________________________________________________________ 52 Gráfico 8. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo o encerramento do caso e ano de nascimento ___________________________________________________________ 53 Gráfico 9. Percentual dos casos de crianças infectadas em relação ao total de gestantes HIV+ e crianças expostas notificadas, segundo ano de nascimento ______________________________________________________ 53

Parte IV – DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) _______________ 55 PARTE V – HEPATITES B E C Figura 1. Fluxograma para acompanhamento da transmissão vertical do VHC__________________________________________ 58 Gráfico 1. Número de casos notificados de hepatite B, segundo presença de marcadores sorológicos reagentes e ano de notificação___________________________________________________________ 59 Gráfico 2. Número de casos notificados de hepatite C, segundo presença de marcadores sorológicos reagentes e ano de notificação ____________________________________________________________________ 60 Tabela I. Número e porcentagem de casos notificados de hepatites virais com informação de co-infecção com o HIV, MSP, 2007 ___________________________________________________________ 60

PARTE VI – GESTANTE COM SÍFILIS E SÍFILIS CONGÊNITA GESTANTE COM SÍFILIS __________________________________________ 61 Tabela I. Casos de sífilis em gestante (Nº e %) segundo Coordenadoria de Saúde ______________________________________ 61 Tabela II. Casos de sífilis em gestante (Nº e %) segundo Coordenadoria de Saúde e SUVIS de notificação __________________ 62 Tabela III. Casos de gestante com sífilis (Nº e %) segundo características dos casos ___________________________________ 63

SÍFILIS CONGÊNITA _____________________________________________64 Gráfico 1. Coeficiente de incidência de sífilis congênita nas Coordenadorias Regionais de Saúde de residência _______________ 64 Tabela I. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência por 1000 nascidos vivos), segundo Coordenadorias Regionais de Saúde e respectivas Supervisões de Vigilância, por ano de nascimento ______________________ 66

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PÁG Tabela II. Casos notificados de sífilis congênita por ano de nascimento, segundo características das mães e realização do pré-natal _______________________________________________________ 67 Tabela III. Casos notificados de sífilis congênita por ano de nascimento, segundo características da sorologia (VDRL), diagnóstico e tratamento das mães com sífilis no pré-natal ________________________________________ 68 Tabela IV. Casos de sífilis congênita, segundo características das crianças e ano de nascimento __________________________ 69

PARTE VII – ACIDENTES OCUPACIONAIS COM MATERIAIS BIOLÓGICOS ____ 71 Gráfico 1. Número de acidentes ocupacionais com material biológico, segundo ano de ocorrência _________________________ 71 Gráfico 2. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo tipo de exposição __________________________________ 72 Gráfico 3. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo circunstâncias do acidente ___________________________ 72 Gráfico 4. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo circunstâncias do acidente e ano de ocorrência __________ 73 Gráfico 5. Situação vacinal em relação a hepatite B entre funcionários acidentados ____________________________________ 73 Tabela I. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo ocupação do indivíduo acidentado _____________________ 74 Tabela II. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo evolução _________________________________________ 74

ANEXOS ANEXO 1. SISTEMA DE VIGILÂNCIA EM SERVIÇOS (VIGISERV) ___________ 75 Tabela I. Pacientes matriculados na RME segundo evolução _______________________________________________________ 75 Tabela II. Pacientes matriculados na RME segundo unidade de atendimento __________________________________________ 76 Tabela III. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME segundo raça/cor _________________________________________ 76 Tabela IV. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME segundo diagnóstico principal ________________________________ 77 Tabela V. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME com diagnóstico de HIV/AIDS segundo diagnóstico secundário (co-infecção) _________________________________________________________________ 77 Tabela VI. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME segundo unidade de atendimento _____________________________ 77 Tabela VII. Crianças em seguimento ambulatorial na RME segundo raça/cor __________________________________________ 78 Tabela VIII. Crianças em seguimento ambulatorial na RME segundo diagnóstico principal _______________________________ 78 Tabela IX. Crianças em seguimento ambulatorial na RME segundo unidade de atendimento ______________________________ 79

ANEXO 2. ESTATÍSTICAS DE SOROLOGIAS Gráfico 1. Número de pessoas testadas para HIV e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME _______________________________________________________________ 80 Gráfico 2. Quantidade de sorologias para o HIV realizadas segundo região ___________________________________________ 80 Gráfico 3. Número de pessoas testadas para sifílis e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME ________________________________________________________ 81

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Gráfico 4. Número de pessoas testadas para hepatite B e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME ________________________________________________________ 81 Gráfico 5. Número de pessoas testadas para hepatite C e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME ________________________________________________________ 82 Gráfico 6. Número de pessoas que realizaram teste rápido para HIV e número de pessoas com teste rápido positivo nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME __________________________________________ 82

NOTAS TÉCNICAS _______________________________________________________________________________ 83

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Apresentação

A coleta de dados é uma atividade contínua da vigilância epidemiológica. Ao lado disto, a análise dos dados epidemiológicos coletados e a divulgação das informações por eles geradas são atividades complementares fundamentais que permitem estudar a distribuição das doenças na população e os fatores que determinam esta distribuição. Este Boletim Epidemiológico do município de São Paulo, além de trazer informações essenciais para o planejamento e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento da aids, HIV, Sífilis congênita e Hepatites B e C, mostra como as ações específicas da Prefeitura de São Paulo para estes agravos resultaram na melhoria de vários indicadores de saúde. Merecem destaque a redução da taxa de incidência e mortalidade por aids no município, bem como a redução contínua da transmissão vertical do HIV (da mãe para o bebê). Esta última, em especial, resultado de um trabalho conjunto de várias áreas da Secretaria Municipal da Saúde. Que as informações aqui apresentadas contribuam, cada vez mais, para o aprimoramento da nossa ação em saúde junto à população paulistana.

Januario Montone Secretário Municipal da Saúde Prefeitura de São Paulo

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Editorial O Boletim Epidemiológico de Aids, HIV, DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo no 11, publicado em 2008, apresenta informações sobre aids, HIV+, gestante HIV+ e criança exposta, doenças sexualmente transmissíveis (DST), acidentes de trabalho com exposição a material biológico, hepatites B e C, gestante com sífilis e sífilis congênita notificadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e atualizadas até dezembro de 2007. A partir de janeiro de 2007, em substituição ao SINAN Windows (SINAN W), foi introduzido o SINAN NET, uma nova versão de plataforma de registro e análise de dados, passando a funcionar em rede. Dessa forma, os bancos de dados de aids, HIV, gestante HIV+, hepatites e DST contidos no SINAN W foram encerrados com os dados obtidos até 31 de dezembro de 2006. Novos bancos, já na versão NET, foram iniciados em janeiro de 2007. Destaque-se que, para o encerramento do banco do SINAN W, foi realizado um trabalho intensivo com as unidades notificadoras e Supervisões de Vigilância em Saúde (SUVIS) no intuito de melhorar a qualidade das informações, sob a supervisão do Centro de Controle de Doenças (CCD) e da Subgerência de Informação da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA). Em relação aos acidentes de trabalho com exposição a material biológico, a notificação tornou-se compulsória na rede de serviços sentinela a partir de 2004, mas a incorporação ao SINAN NET, em 2007, resultou em um aumento considerável das notificações. Essa nova versão em rede do SINAN sofreu diversas alterações na forma de coleta das informações dos agravos aqui discutidos, o que trouxe um desafio à consolidação dos dados notificados até 2006 e a partir de 2007. No entanto, um programa desenvolvido pela Subgerência de Informação da COVISA permitiu a união de variáveis dos dois sistemas de notificação (SINAN W e SINAN NET) para alguns agravos de maior volume de notificações (aids adulto, aids criança e HIV+). O Programa Municipal de Hepatites Virais possui três grandes áreas de atuação: vigilância epidemiológica, assistência aos portadores de hepatites B e C e prevenção. A atuação em cada uma dessas áreas vem sendo ampliada pela capacitação dos serviços que realizam a triagem sorológica, o acompanhamento dos portadores de hepatites B e C e a notificação dos casos. Isto resultou na identificação de novos casos e no aumento das notificações. A redução da mortalidade infantil, prioridade do Pacto pela Vida (Ministério da Saúde) e da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, tem como um de seus componentes a redução das taxas de transmissão vertical do HIV e da sífilis. Nesse sentido, o município de São Paulo teve um grande avanço ao obter um aumento de 28% na porcentagem das gestantes HIV+ que fizeram pré-natal em 2007 (90,1%), em relação àquelas que realizaram pré-natal em 2006 (62,1%). Nos países em desenvolvimento, a transmissão vertical da sífilis e do HIV determina grande incidência de perdas gestacionais e doenças congênitas (aids e sífilis), conseqüentes ao acesso e qualidade da assistência pré-natal. Deve ser ressaltado que este é o período mais importante para reduzir a incidência desses agravos por meio do diagnóstico precoce, da profilaxia e do tratamento adequado. De 2003 a 2006, observa-se uma tendência à diminuição do número de casos e da incidência da sífilis congênita no Município de São Paulo. Para enfrentar o desafio do controle da sífilis congênita, as áreas técnicas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo, envolvidas na redução da transmissão vertical da sífilis pactuaram ações integradas (Portaria 1657/2007-SMS. G), com a meta de diminuir a incidência da doença no município para menos de 1 caso por 1000 nascidos vivos até o final de 2009. Em relação à transmissão vertical do HIV, observa-se que a tendência de diminuição de casos de crianças infectadas por ano se mantém nos últimos anos.

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Como uma medida para reduzir a subnotifição e o atraso no tratamento, a Comissão de Normatização e Avaliação das Ações de Controle da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis no Município de São Paulo estabeleceu uma vigilância de base laboratorial, por meio do envio de resultados de exames de HIV+ e VDRL+ em gestantes para as vigilâncias de nível central e regional, no intuito de agilizar a notificação e contribuir para um tratamento mais precoce das gestantes no pré-natal. A política de combate à aids está inserida nas diretrizes que regem o Sistema Único de Saúde. As ações programáticas, que visam assistir integral e universalmente as pessoas afetadas pela epidemia, vêm se mantendo sustentáveis ao longo de duas décadas. O coeficiente de incidência de aids mantém sua tendência de queda no Município de São Paulo, desde 1998. A distribuição espacial dos casos segundo categoria de exposição hierarquizada se faz de modo desigual nas diversas regiões do município. A categoria de exposição heterossexual vem se mantendo em primeiro lugar, seguida das categorias homossexual e usuários de drogas injetáveis. Os dados de 2006 denotam um incremento na proporção de casos de homossexuais masculinos em relação a 2005, ao mesmo tempo em que houve um decréscimo na proporção de heterossexuais. Os dados de 2007, no entanto, apontam para uma estabilização na proporção de homossexuais e aumento da categoria heterossexual. Somente o acompanhamento das notificações permitirá avaliar se esta tendência se manterá nos próximos anos. O registro do campo raça/cor vem melhorando gradualmente desde o ano de 2003, além disso, essa variável vem se tornando mais confiável na medida em que as unidades especializadas em DST/Aids passaram a utilizar o critério de auto referência. A letalidade da aids vem apresentando queda constante desde o início da epidemia, porém, vale destacar que a queda mais expressiva é observada a partir do ano de 1996, o que se deve, sobretudo, ao início da terapia anti-retroviral de alta potência, bem como à melhoria da qualidade da assistência e investimento em diagnóstico precoce. Do mesmo modo, após a introdução da política de acesso universal ao tratamento anti-retroviral, observou-se importante queda na mortalidade por aids. Esse agravo vem ocupando posições decrescentes na classificação das principais causas de óbito (da 5ª posição em 1996, passou à 17ª em 2007). Um novo processo na notificação de HIV/aids que se encontra em fase de implementação é o incremento das fontes de captura, dentre as quais o registro da utilização de medicamentos anti-retrovirais retirados no Centro de Referência e Treinamento (CRT) em Aids. Utilizando essa nova fonte, é possível reconhecer casos de aids que não constam no Banco de Notificação do SINAN, em especial pacientes que realizam seu acompanhamento fora da rede pública de atendimento. Por fim, com a implementação de políticas definidas com base em informações consistentes, espera-se reduzir da incidência do HIV/aids, controlar outras DST e melhorar a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/aids no Município de São Paulo.

Maria Cristina Abbate

Sônia Regina Testa da Silva Ramos

Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo

Centro de Controle de Doenças - CCD/COVISA

Coordenadora

Gerente SMS - PMSP 11


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Parte I - AIDS A partir de janeiro de 2007, o Ministério da Saúde modificou a plataforma de registro e análise de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), que passou a funcionar em rede (SINAN NET). Os bancos de dados de aids, HIV e gestante HIV+ contidos no SINAN Windows (SINAN W) foram encerrados e iniciaram-se novos bancos com as novas notificações. Assim, foram alteradas as fichas de notificação: vários campos deixaram de existir e outros foram criados. Esta mudança impossibilitou a continuidade da tabulação das informações do mesmo modo como vinha sendo realizada. Para o encerramento do SINAN W, solicitou-se às unidades notificadoras e Supervisões de Vigilância em Saúde (SUVIS) que fosse feita a exclusão de duplicidades e a melhoria da qualidade das informações, sob a supervisão do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CCD) e Sub-gerência de Informação da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA). Essas ações propiciaram uma finalização consistente do banco definitivo do SINAN W. Com a finalidade de manter os bancos de dados atualizados e consistentes, o CCD/COVISA tem realizado capacitações e reuniões técnicas para as equipes de vigilância epidemiológica das Supervisões Regionais de Saúde, Unidades Especializadas em DST/Aids, Unidades Básicas de Saúde e Maternidades. O objetivo deste investimento é melhorar a qualidade da coleta e do manuseio das informações, levando a um aperfeiçoamento na análise dos dados de notificações de HIV, aids, doenças sexualmente transmissíveis, gestantes HIV+ e acidentes com exposição a material biológico no município de São Paulo. A variável raça/cor foi introduzida no SINAN a partir do ano de 2000 e, no processo de sua implementação, foram efetuadas várias atualizações técnicas, primeiramente pela vigilância epidemiológica do Estado de São Paulo, e depois, pelo município. A Portaria nº. 545/04, que regulamenta a coleta e o preenchimento do campo raça/cor no Sistema de Informação em Saúde do município de São Paulo, foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) em 27/08/2004. A partir de então, os dados passaram a ser coletados respeitando-se o critério de auto-declaração de raça/cor do usuário da saúde, dentro dos padrões utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro de 2006, aconteceu a Primeira Oficina de Expansão da Coleta do Quesito Raça/Cor no Município de São Paulo para sensibilizar os gestores, gerentes, técnicos e demais colaboradores para a importância desta informação. Com a análise do banco de dados do SINAN, verificou-se que a completitude do campo raça/cor vem melhorando gradativamente a partir de 2003 (tabela III). No final de 2006, todas as unidades especializadas em DST/aids já utilizavam o critério de auto-definição, tornando o campo mais confiável em relação à qualidade da análise. Na tabela I, onde se verifica o número total de casos de aids segundo o ano de diagnóstico e o coeficiente de incidência, foram incluídos dois casos de aids do sexo masculino, um em 1980 e o outro em 1981. Esse incremento, que trouxe modificações na série histórica de casos de aids, foi ocasionado pela investigação dos dois casos por meio de consulta aos prontuários pelas unidades de saúde notificadoras. Observa-se, ainda, pela tabela I, a manutenção da tendência de diminuição do coeficiente de incidência, sobretudo no sexo masculino. A razão de sexo mantém-se em 2/1 desde 1997. Na tabela II, onde se observam os casos de aids segundo a faixa etária e o sexo, denota-se que o predomínio de casos de aids persiste, proporcionalmente, na faixa etária de 20 a 49 anos de idade, e nos indivíduos com 60 anos e mais há uma discreta tendência de aumento, em especial no sexo feminino. Verifica-se que, a partir do ano de 2003, aproximadamente 50% dos casos de aids pertencem à raça branca. Se for considerada a somatória de negros e pardos, houve um aumento na proporção de casos nos últimos quatro anos, assim como uma diminuição na proporção de “ignorados” para ambos os sexos (tabela III, gráficos 2 e 3). Ao analisar a tabela IV (excetuando-se os ignorados) e os gráficos 4 e 5, observa-se, em ambos os sexos, um aumento da proporção de casos com escolaridade de 8 a 11 anos, a partir do ano 2000. De 2005 a 2006 houve diminuição da proporção de casos com escolaridade de 4 a 7 anos. Os dados das tabelas V e VI e do gráfico 6 indicam que houve um incremento na proporção dos casos de homossexuais e UDI, no sexo masculino, no ano de 2006 em relação a 2005 e decréscimo na proporção de heterossexuais no mesmo período. Em 2007, dados preliminares mostram a estabilização na proporção de casos homossexuais e aumento na proporção de casos de heterossexuais em relação a 2006. Os números destas categorias de exposição devem ser acompanhados para verificar se esta tendência será confirmada. Em relação à distribuição de casos segundo a região de residência (tabela VIII), observa-se que, no decorrer dos anos, ocorreu uma diminuição na proporção de casos da Coordenadoria Regional de Saúde Centro-Oeste e um aumento nas Coordenadorias Regionais de Saúde Leste e Sul, enquanto que os casos nas regiões Norte e Sudeste se mantiveram estáveis.

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A distribuição de casos pela cidade, conforme categoria de exposição hierarquizada (tabela IX), se faz de maneira irregular. A região Centro-Oeste tem um predomínio de homo e bissexuais, principalmente na Supervisão de Saúde Sé/Santa Cecília, enquanto as outras regiões têm maioria de heterossexuais. As regiões Norte, Sudeste e Leste têm uma porcentagem mais elevada de usuários de drogas injetáveis do que as outras Coordenadorias. Por sua vez, a região Leste e a Supervisão de Saúde Cidade Ademar/Santo Amaro têm porcentagens maiores de transmissão vertical como categoria de exposição, acima do valor médio encontrado para o município. A letalidade da aids (tabela X) vem apresentando uma queda constante desde o início da epidemia, graças à melhoria da qualidade da atenção, da disponibilidade e do acesso a medicamentos potentes e aos investimentos para a realização de diagnóstico cada vez mais precoce. No município de São Paulo ocorreram 35.076 óbitos de indivíduos portadores aids desde o início da epidemia até setembro de 2007, sendo 27.253 óbitos em homens e 7.823 em mulheres (tabela XI). Desde 1996, com a utilização da terapia anti-retroviral de alta potência, a aids vem caindo na classificação das principais causas de morte. Naquele ano, encontrava-se em 5º. lugar, passando à 13ª. posição em 2006 e à 17ª. em 2007. Esta queda é notada em ambos os sexos, sendo que os óbitos por aids no sexo masculino caíram da 11ª. posição em 2006 para a 14ª. em 2007, enquanto que, no sexo feminino, foi da 16ª. para a 18ª. posição na classificação (tabelas XII e XIII). Por sua vez, o coeficiente de mortalidade vem se mantendo mais alto nas faixas etárias de 20 a 49 e 50 a 59 anos (tabela XIV). Há um predomínio proporcional de óbitos na raça/cor branca desde 2001, o que é compatível com o encontrado na distribuição de casos de aids segundo raça/cor (tabelas XV e III).

Incremento de fontes de captura A vigilância epidemiológica da Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo detectou pacientes provenientes de consultórios médicos particulares que retiravam medicamentos anti-retrovirais na farmácia do Centro de Referência e Treinamento (CRT) em Aids. Uma parcela desses pacientes não havia sido notificada como caso de aids, sendo possível, por meio dessa nova fonte de captura, recuperar 186 notificações, que foram incluídas no SINAN W. O CCD/COVISA assumiu a responsabilidade por esse fluxo de notificação a partir do 2º. lote de pacientes identificados.

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Tabela I. Total de casos de aids notificados e coeficiente de incidência* segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo. Município de São Paulo, 1980-2007 Ano de diagnóstico

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 TOTAL

Sexo Masculino Nº de casos Coeficiente Incidência 2 0,04 1 0,02 3 0,1 23 0,5 69 1,6 258 5,9 394 8,9 809 18,1 1281 28,4 1641 36,0 2369 51,5 2718 58,6 3102 66,4 3031 64,4 3104 65,5 3055 64,0 3102 64,5 3063 63,2 3125 63,9 2770 51,3 2405 48,4 2329 46,6 2166 43,1 2107 41,6 1710 33,6 1665 32,5 1665 32,4 1140 22,1 49107

Total Feminino Nº de casos Coeficiente Incidência 0 0 0 2 0,04 3 0,5 10 0,2 18 0,4 72 1,5 151 3,1 233 4,8 367 7,5 519 10,4 724 14,4 853 16,8 877 17,1 1057 20,4 1216 25,3 1412 26,7 1577 29,5 1418 28,7 1195 21,9 1247 22,7 1216 22 1091 19,6 871 15,6 986 17,5 909 16,9 553 9,7

18577

Razão de sexo Nº de casos 2 1 3 25 72 268 412 881 1432 1874 2736 3237 3826 3884 3981 4112 4318 4475 4702 4188 3600 3576 3382 3198 2581 2651 2574 1693

Coeficiente Incidência 0,02 0,01 0,03 0,3 0,8 3,0 4,5 9,6 15,4 20,0 28,8 33,7 39,5 39,7 40,3 41,3 43,0 44,1 45,9 40,5 34,5 34,1 32,0 30,1 24,2 24,7 23,8 15,6

M/F 11/1 23/1 26/1 22/1 11/1 8/1 7/1 6/1 5/1 4/1 4/1 4/1 3/1 3/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1

67684

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão. *Número de casos diagnosticados no ano, por 100.000 hab.

Gráfico 1. Total de casos de aids notificados, segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo. Município de São Paulo, 1980-2007 5000

30,00

4500

N° de Casos

3500

20,00

3000 2500

15,00

2000 10,00

1500 1000

5,00

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

0

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995

500

Ano de Diagnóstico Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

14

0,00

Razão de Sexos

25,00

4000

F

M

Total

Razão de sexo


10920

15

Ignorado

11704

244

60 e +

TOTAL

609

50 a 59

Adultos

1791

40 a 49

247

13 a 19

4147

784

Crianças

30 a 39

44

10 a 12

3867

242

5a9

20 a 29

498

89

Ignorado

36325

692

60 e +

0a4

1953

50 a 59

TOTAL

6884

40 a 49

35573

15412

30 a 39

Adultos

622

752

Crianças

9921

75

10 a 12

20 a 29

230

13 a 19

447

5a9

93,3

0,1

2,1

5,2

15,3

35,4

33,0

2,1

6,7

0,4

2,1

4,2

97,9

0,2

1,9

5,4

18,9

42,4

27,3

1,7

2,1

0,2

0,6

1,2

%

1980-2000

0a4

Faixa etária

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

Feminino

Masculino

1247

1181

-

25

84

243

473

333

23

66

4

21

41

2329

2277

2

66

168

560

983

461

37

52

3

25

24

%

94,7

-

2,0

6,7

19,5

37,9

26,7

1,8

5,3

0,3

1,7

3,3

97,8

0,1

2,8

7,2

24,0

42,2

19,8

1,6

2,2

0,1

1,1

1,0

2001

1216

1165

-

28

72

247

469

328

21

51

3

19

29

2166

2129

-

64

199

515

954

378

19

37

3

13

21

%

95,8

-

2,3

5,9

20,3

38,6

27,0

1,7

4,2

0,2

1,6

2,4

98,3

-

2,9

9,2

23,8

44,0

17,4

0,9

1,7

0,1

0,6

1,0

2002

1091

1039

-

29

80

236

392

285

17

52

4

23

25

2107

2063

-

66

164

574

875

359

25

44

4

25

15

%

95,2

-

2,7

7,3

21,6

35,9

26,1

1,6

4,8

0,4

2,1

2,3

97,9

-

3,1

7,8

27,2

41,5

17,0

1,2

2,1

0,2

1,2

0,7

2003

871

841

-

17

79

201

332

194

18

30

7

19

4

1710

1691

-

53

175

441

698

301

23

19

3

7

9

%

96,6

-

1,9

9,1

23,1

38,1

22,3

2,1

3,4

0,8

2,2

0,5

98,9

-

3,1

10,2

25,8

40,8

17,6

1,3

1,1

0,2

0,4

0,5

2004

Ano do diagnóstico

986

962

-

24

88

246

380

199

25

24

5

11

8

1665

1642

-

42

170

471

665

286

8

23

5

9

9

%

97,6

-

2,4

8,9

24,9

38,5

20,2

2,5

2,4

0,5

1,1

0,8

98,6

-

2,5

10,2

28,3

39,9

17,2

0,5

1,4

0,3

0,5

0,5

2005

909

887

-

37

86

266

327

151

20

22

7

5

10

1665

1644

1

59

175

474

648

274

13

21

3

13

5

%

97,6

-

4,1

9,5

29,3

36,0

16,6

2,2

2,4

0,8

0,5

1,1

98,7

0,1

3,5

10,5

28,5

38,9

16,5

0,8

1,3

0,2

0,8

0,3

2006

553

549

4

27

73

150

186

101

8

4

2

2

-

1140

1129

3

37

116

329

460

176

8

11

5

3

3

0,7

1,0

0,4

0,3

0,3

%

99,3

0,7

4,9

13,2

27,1

33,6

18,3

1,4

0,7

0,4

0,4

-

99,0

0,3

3,2

10,2

28,9

40,3

15,4

2007

Tabela II. Casos de aids (Nº e %), segundo faixa etária, sexo e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980 – 2007

18577

17544

19

431

1171

3380

6706

5458

379

420

76

342

2

49107

48148

95

1079

3120

10248

20695

12156

755

959

101

325

533

%

0,1

2,3

6,3

18,2

36,1

29,4

2,0

2,3

0,4

1,8

0,01

98,0

0,2

2,2

6,3

20,9

42,1

24,7

1,5

1,9

0,2

0,7

1,1

Total

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

15


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Tabela III. Casos de aids (Nº e %), segundo raça/cor, sexo e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980–2007 Ano de

Raça/Cor

diagnóstico

Branca nº

Amarela %

Indígena

Ignorada

%

%

1380

3,8

171

0,5

379

1,0

17

0,1

7

0,02

34371

94,6

36325

294

12,6

49

2,1

85

3,6

3

0,1

1

0,04

1897

81,4

2329

2002

636

29,4

104

4,8

180

8,3

8

0,4

1

0,05

1237

57,1

2166

2003

1134

53,8

219

10,4

355

16,8

13

0,6

1

0,05

385

18,3

2107

2004

961

56,2

200

11,7

334

19,5

14

0,8

1

0,06

200

11,7

1710

2005

897

53,9

176

10,6

402

24,1

15

0,9

2

0,1

173

10,4

1665

2006

945

56,8

180

10,8

356

21,4

8

0,5

4

0,2

172

10,3

1665

2007

627

55,0

137

12,0

282

24,7

12

1,0

2

0,2

80

7,0

1140

1980/2000

710

6,1

122

1,0

292

2,5

8

0,1

3

0,03

10569

90,3

11704

2001

173

13,9

25

2,0

53

4,2

1

0,1

0

-

995

79,8

1247

2002

367

30,2

64

5,3

104

8,5

5

0,4

0

-

676

55,6

1216

2003

601

55,1

107

9,8

213

19,5

8

0,7

0

-

162

14,8

1091

2004

472

54,2

111

12,7

198

22,7

1

0,1

0

-

89

10,2

871

2005

486

49,3

141

14,3

270

27,4

6

0,6

3

0,3

80

8,1

986

2006

474

52,1

99

10,9

246

27,1

3

0,3

1

0,1

86

9,5

909

2007

260

47,0

83

15,0

164

29,7

2

0,4

0

-

44

8,0

553

2001 Masculino

Parda

%

1980/2000

Feminino

Preta

Total %

%

Fonte: SINAN Windows/Net- CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

Gráfico 2. Distribuição de casos de aids, sexo masculino, segundo raça/cor e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980–2007 100 90 80 70 Ignorada Indígena Amarela Parda Preta Branca

60 50

%

40 30 20 10 0 1999/2000

2001

2002

2003

2004

Ano de Diagnóstico

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

16

2005

2006

2007


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 3. Distribuição de casos de aids, sexo feminino, segundo raça/cor e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007 ��� �� �� �������� �������� ������� ����� ����� ������

�� �� � �� �� �� �� �� � ���������

����

����

����

����

����

����

����

������������������ Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

Tabela IV. Casos de aids (Nº e %), em indivíduos com 19 anos de idade ou mais, segundo escolaridade e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007 Ano de Diagnóstico

Feminino

Masculino

Nenhuma

Escolaridade (anos) 4a7

1a3

Total 8 a 11

12 e mais

Ignorado

%

%

%

%

%

%

80-89

45

1,1

178

4,2

1038

24,0

494

12,0

740

17,0

1777

41,6

4272

90-99

484

1,7

3325

12,0

9606

34,0

4541

16,0

3314

12,0

7193

25,3

28463

2000

52

2,2

533

23,0

562

24,0

418

18,0

263

11,0

509

21,8

2337

2001

43

1,9

439

20,0

564

25,0

491

22,0

214

9,5

504

22,4

2255

2002

52

2,5

283

13,0

570

27,0

462

22,0

229

11,0

520

24,6

2116

2003

34

1,7

200

9,8

529

26,0

537

26,0

254

12,0

491

24,0

2045

2004

30

1,8

163

9,7

416

25,0

490

29,0

212

13,0

364

21,7

1675

2005

31

1,9

138

8,4

445

27,0

432

26,0

223

14,0

368

22,5

1637

2006

40

2,4

119

7,3

381

23,0

497

30,0

211

13,0

387

23,7

1635

2007

12

1,1

56

5,0

235

21,0

415

37,0

161

14,0

241

21,5

1120

83-89

12

3,0

40

10,0

125

32,0

34

8,6

25

6,3

161

40,6

397

90-99

320

3,5

1.945

21,0

3.223

35,0

1.161

13,0

387

4,2

2.212

23,9

9.248

2000

42

3,8

321

29,0

306

28,0

181

16,0

53

4,8

211

18,9

1.114

2001

43

3,7

291

25,0

333

29,0

178

15,0

57

4,9

261

22,4

1.163

2002

45

3,9

193

17,0

353

31,0

226

20,0

54

4,7

278

24,2

1.149

2003

38

3,7

146

14,0

317

31,0

251

25,0

65

6,3

208

20,3

1.025

2004

27

3,3

101

12,0

270

33,0

240

29,0

38

4,6

152

18,4

828

2005

35

3,7

92

9,7

297

32,0

280

30,0

80

8,5

160

16,9

944

2006

29

3,3

91

10,0

244

28,0

287

33,0

43

4,9

177

20,3

871

2007

7

1,3

31

5,8

154

29,0

188

35,0

34

6,3

125

23,2

539

Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

17


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 4. Distribuição de casos de aids, sexo masculino, segundo escolaridade* e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007 100,0 90,0 80,0 70,0 Nenhuma 1a3 4a7 8 a 11 12 e mais

60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 80-89

90-99

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA *Excetuando os ignorados. Dados preliminares, sujeitos a revisão.

Gráfico 5. Distribuição de casos de aids, sexo feminino, segundo escolaridade* e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007 100,0 90,0 80,0 70,0 Nenhuma 1a3 4a7 8 a 11 12 e mais

60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 80-89

90-99

2000

Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA *Excetuando os ignorados. Dados preliminares, sujeitos a revisão.

18

2001 2002

2003

2004

2005

2006

2007


475

447

388

347

398

283

2002

2003

2004

2005

2006

2007

24,8

23,9

20,8

22,7

21,2

21,9

19,9

25,7

%

112

164

164

188

220

211

224

3420

9,8

9,8

9,8

11,0

10,4

9,7

9,6

9,4

%

Bissexual

417

507

607

535

684

654

629

6397

36,6

30,4

36,5

31,3

32,5

30,2

27,0

17,6

%

Heterossexual

84

151

132

160

225

215

263

8830

%

7,4

9,1

7,9

9,4

10,7

9,9

11,3

24,3

UDI*

0

0

2

1

1

2

3

134

-

-

0,1

0,1

0,05

0,1

0,1

0,4

%

Hemofilia

Categoria de exposição hierarquizada

Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA *UDI – uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.

463

9347

Homossexual

2001

1980/2000

diagnóstico

Ano de

0

2

5

3

1

1

2

185

-

0,1

0,3

0,2

0,05

0,05

0,1

0,5

%

3

4

1

5

4

2

4

4

0,3

0,2

0,1

0,3

0,2

0,1

0,2

0,01

%

Transfusão** Trans. Vertical

241

439

407

430

525

606

741

8008

21,1

26,4

24,4

25,1

24,9

28,0

31,8

22,0

%

Ignorada

1140

1665

1665

1710

2107

2166

2329

36325

Total

Tabela V. Casos de aids (Nº e %), em maiores de 13 anos de idade do sexo masculino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

19


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Tabela VI. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007 Ano de diagnóstico

Bissexual n°

Heterossexual

%

%

Categoria de exposição hierarquizada UDI* Transfusão** Trans. Vertical n°

%

Total Ignorada

%

%

%

1983/2000

0

-

6962

59,5

1796

15,3

124

1,1

1

0,01

2821

24,1

11704

2001

0

-

811

65,0

82

6,6

1

0,1

4

0,3

349

28,0

1247

2002

0

-

839

69,0

51

4,2

1

0,1

2

0,2

323

26,6

1216

2003

0

-

777

71,2

61

5,6

0

-

5

0,5

248

22,7

1091

2004

0

-

651

74,7

26

3,0

2

0,2

3

0,3

189

21,7

871

2005

1

0,1

741

75,1

38

3,9

3

0,3

3

0,3

200

20,3

986

2006

0

-

665

73,2

33

3,6

5

0,5

3

0,3

203

22,3

909

2007

1

0,18

416

75,2

17

3,1

0

-

7

1,3

112

20,2

553

Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA *UDI – uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.

Tabela VII. Casos de aids (Nº e %) em menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1984-2007 Ano de diagnóstico

Categoria de exposição hierarquizada Homossexual Heterossexual

UDI*

Hemofilia

Transfusão*

Trans. Vertical

%

%

%

1984/2000

1

0,1

1

0,1

5

2001

0

-

0

-

0

2002

0

-

0

-

2003

0

-

1

1,0

2004

0

-

0

-

2005

0

-

0

-

2006

0

-

0

-

0

-

0

-

0

-

36

2007

0

-

0

-

0

-

0

-

0

-

22

Ignorada

%

%

%

0,3

26

1,7

52

3,3

1331

85,5

140

9,0

1556

-

0

-

0

-

97

80,8

23

19,2

120

0

-

0

-

1

1,1

71

80,7

16

18,1

88

0

-

0

-

1

1,0

77

80,2

17

17,7

96

0

-

0

-

1

2,0

42

85,7

6

12,2

49

0

-

0

-

2

4,3

41

87,2

4

8,5

47

81,8

8

18,2

44

100,0

0

-

22

Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA *UDI – uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.

20

Total %


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 6. Proporção de casos de aids no sexo masculino e feminino, em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição (exceto ignorados) e agrupamento de anos de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007

Masculino

��

���

��

���

���

��

���

�� ��� ���

��� ���

���

���

��� ���������

���������

���������

�����������

���������

�������������

����

���������

Feminino ��

��

���

�� ���

���

����������

���

���

���

���

���������

���������

���

���

��������� �����������

���������

�������������

����

���������

����������

��������

Fonte: SINAN Windows/Net-CCD/COVISA *UDI – uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.

21


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Tabela VIII. Casos de aids (Nº e %), segundo Coordenadoria de Saúde, Supervisão de Saúde e agrupamento de anos do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007 Coordenadoria de Saúde

Supervisão de Saúde

1980 a 1989

CENTRO-OESTE

BUTANTÃ

113

nº LAPA/PINHEIROS

LESTE

NORTE

%

%

%

1.111

2,8

711

3,1

1.935

2,9

452

9,1

2.182

5,5

927

4,0

3.561

5,3

23,5

5.056

12,8

2.443

10,5

8.665

12,8

Sub-total

1.731

34,8

8.349

21,2

4.081

17,5

14.161

20,9

CIDADE TIRADENTES

16

0,3

335

0,8

319

1,4

670

1,0

ERMELINO MATARAZZO

39

0,8

663

1,7

405

1,7

1.107

1,6

GUAIANASES

64

1,3

792

2,0

473

2,0

1.329

2,0

ITAIM PAULISTA/CURUÇÁ

34

0,7

673

1,7

562

2,4

1.269

1,9

ITAQUERA/CIDADE LIDER

139

2,8

1.557

3,9

868

3,7

2.564

3,8

SÃO MATEUS

50

1,0

801

2,0

512

2,2

1.363

2,0

SÃO MIGUEL

84

1,7

1.025

2,6

638

2,7

1.747

2,6

Sub-total

426

8,6

5.846

14,8

3.777

16,2

10.049

14,8

CACHOEIRINHA/CASA VERDE

195

3,9

1.650

4,2

841

3,6

2.686

4,0

FREGUESIA DO Ó /BRASILÂNDIA

183

3,7

1.665

4,2

1.031

4,4

2.879

4,3

39

0,8

601

1,5

508

2,2

1.148

1,7

PERUS/PIRITUBA

104

2,1

1.435

3,6

997

4,3

2.536

3,7

SANTANA/TUCURUVI

358

7,2

2.255

5,7

837

3,6

3.450

5,1

181

3,6

1.195

3,0

592

2,5

1.968

2,9

1.060

21,3

8.801

22,3

4.806

20,7

14.667

21,7

Sub-total ARICANDUVA/MOÓCA

371

7,5

2.568

6,5

1.305

5,6

4.244

6,3

IPIRANGA/SACOMÃ

150

3,0

1.247

3,2

835

3,6

2.232

3,3

JABAQUARA/VILA MARIANA

380

7,6

2.075

5,3

1.176

5,1

3.631

5,4

PENHA

182

3,7

1.817

4,6

1.034

4,4

3.033

4,5

VILA PRUDENTE/SAPOPEMBA Sub-total

144

2,9

2.006

5,1

1.008

4,3

3.158

4,7

1.227

24,7

9.713

24,6

5.358

23,0

16.298

24,1

CAMPO LIMPO/C. REDONDO

55

1,1

719

1,8

711

3,1

1.485

2,2

CID. ADEMAR/SANTO AMARO

218

4,4

1.983

5,0

994

4,3

3.195

4,7

M´ BOI MIRIM

33

0,7

639

1,6

761

3,3

1.433

2,1

PARELHEIROS

3

0,1

98

0,2

165

0,7

266

0,4

CAPELA DO SOCORRO/GRAJAÚ Sub-total IGNORADO TOTAL Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

22

% 2,3

1.166

VILA MARIA/VILA GUILHERME

SUL

Total

SÉ/SANTA CECÍLIA

JACANÃ/TREMEMBÉ

SUDESTE

Anos de diagnóstico agrupados 1990 a 1999 2000 a 2007

66

1,3

830

2,1

792

3,4

1.688

2,5

375

7,5

4.269

10,8

3.423

14,7

8.067

11,9

4.442

6,6

151

3,0

2.481

6,3

1.810

7,8

4.970

100,0

39.459

100,0

23.255

100,0

67.684 100,0


Bissexual nº % 129 6,7 323 9,1 916 10,6 1.368 9,7 28 4,2 58 5,2 84 6,3 76 6,0 164 6,4 61 4,5 99 5,7 570 5,7 139 5,2 144 5,0 61 5,3 132 5,2 223 6,5 113 5,7 812 5,5 325 7,7 181 8,1 327 9,0 184 6,1 146 4,6 1.163 7,1 99 6,7 243 7,6 97 6,8 21 7,9 126 7,5 586 7,3 249 5,6 4.748 7,0

Heterossexual nº % 723 37,4 856 24,0 1.612 18,6 3.191 22,5 288 43,0 425 38,4 528 39,7 540 42,6 926 36,1 482 35,4 682 39,0 3.871 38,5 987 36,7 1.131 39,3 488 42,5 991 39,1 957 27,7 601 30,5 5.155 35,1 1.255 29,6 745 33,4 1.063 29,3 1.085 35,8 1.135 35,9 5.283 32,4 647 43,6 1.096 34,3 634 44,2 131 49,2 747 44,3 3.255 40,3 1.539 34,6 22.294 32,9

Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA * UDI - uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.

Supervisão de Saúde Coordenadoria Homossexual de Saúde nº % CENTRO-OESTE BUTANTÃ 326 16,8 LAPA/PINHEIROS 1.003 28,2 SÉ/SANTA CECÍLIA 3.443 39,7 Sub-total 4.772 33,7 LESTE CIDADE TIRADENTES 60 9,0 ERMELINO MATARAZZO 142 12,8 GUAIANASES 116 8,7 ITAIM PAULISTA/CURUÇÁ 107 8,4 ITAQUERA/CIDADE LIDER 274 10,7 SÃO MATEUS 120 8,8 SÃO MIGUEL 204 11,7 Sub-total 1.023 10,2 NORTE CACHOEIRINHA/CASA VERDE 313 11,7 FREGUESIA DO Ó/BRASILÂNDIA 311 10,8 JACANÃ/TREMEMBÉ 135 11,8 PERUS/PIRITUBA 276 10,9 SANTANA/TUCURUVI 482 14,0 V. MARIA/V. GUILHERME 271 13,8 Sub-total 1.788 12,2 SUDESTE ARICANDUVA/MOÓCA 796 18,8 IPIRANGA/SACOMÃ 389 17,4 JABAQUARA/VILA MARIANA 913 25,1 PENHA 406 13,4 V. PRUDENTE/SAPOPEMBA 296 9,4 Sub-total 2.800 17,2 SUL CAMPO LIMPO/C. REDONDO 180 12,1 CID. ADEMAR/SANTO AMARO 527 16,5 M´ BOI MIRIM 182 12,7 PARELHEIROS 19 7,1 C DO SOCORRO/GRAJAÚ 223 13,2 Sub-total 1.131 14,0 IGNORADO 652 14,7 TOTAL 12.166 18,0

Categoria de exposição hierarquizada UDI* Hemofilia Transfusão** Vertical Ignorado nº % nº % nº % nº % nº % 286 14,8 5 0,3 21 1,1 53 2,7 392 20,3 560 15,7 9 0,3 29 0,8 50 1,4 731 20,5 1.103 12,7 10 0,1 39 0,5 122 1,4 1.420 16,4 1.949 13,8 24 0,2 89 0,6 225 1,6 2.543 18,0 112 16,7 0 — 2 0,3 31 4,6 149 22,2 217 19,6 2 0,2 11 1,0 32 2,9 220 19,9 252 19,0 1 0,1 8 0,6 51 3,8 289 21,7 225 17,7 2 0,2 6 0,5 32 2,5 281 22,1 509 19,9 6 0,2 23 0,9 87 3,4 575 22,4 262 19,2 3 0,2 13 1,0 43 3,2 379 27,8 337 19,3 6 0,3 7 0,4 69 3,9 343 19,6 1.914 19,0 20 0,2 70 0,7 345 3,4 2.236 22,3 627 23,3 4 0,1 17 0,6 66 2,5 533 19,8 621 21,6 9 0,3 12 0,4 96 3,3 555 19,3 202 17,6 1 0,1 5 0,4 28 2,4 228 19,9 514 20,3 5 0,2 9 0,4 71 2,8 538 21,2 857 24,8 10 0,3 20 0,6 91 2,6 810 23,5 438 22,3 5 0,3 9 0,5 35 1,8 496 25,2 3.259 22,2 34 0,2 72 0,5 387 2,6 3.160 21,5 857 20,2 16 0,4 24 0,6 108 2,5 863 20,3 434 19,4 2 0,1 7 0,3 51 2,3 423 19,0 577 15,9 19 0,5 35 1,0 92 2,5 605 16,7 640 21,1 7 0,2 22 0,7 71 2,3 618 20,4 826 26,2 6 0,2 13 0,4 93 2,9 643 20,4 3.334 20,5 50 0,3 101 0,6 415 2,5 3.152 19,3 156 10,5 9 0,6 9 0,6 42 2,8 343 23,1 522 16,3 22 0,7 26 0,8 120 3,8 639 20,0 171 11,9 1 0,1 7 0,5 36 2,5 305 21,3 31 11,7 1 0,4 1 0,4 8 3,0 54 20,3 216 12,8 5 0,3 7 0,4 47 2,8 317 18,8 1.096 13,6 38 0,5 50 0,6 253 3,1 1.658 20,6 579 13,0 4 0,1 11 0,2 106 2,4 1.302 29,3 12.131 17,9 170 0,3 393 0,6 1.731 2,6 14.051 20,8

Tabela IX. Casos de aids (Nº e %), por categoria de exposição hierarquizada, segundo Coordenadoria de Saúde e Supervisão de Saúde. Município de São Paulo, 1980-2007

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

23


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Figura 1. Mapa de coeficiente de incidência de aids, segundo Distrito Administrativo de residência. Município de São Paulo

1991

1996

Coeficiente de incidência de Aids (por 100.000 hab)

Coeficiente de incidência de Aids (por 100.000 hab)

0 a 20 20 a 50 50 a 100 100 a 150 >=150

2000

2007

Coeficiente de incidência de Aids (por 100.000 hab)

Coeficiente de incidência de Aids (por 100.000 hab)

0 a 20 20 a 50 50 a 100 100 a 150 >=150

24

0 a 20 20 a 50 50 a 100 100 a 150 >=150

0 a 20 20 a 50 50 a 100 100 a 150 >=150


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Tabela X. Casos e óbitos por aids reportados ao ano calendário de diagnóstico e taxa de letalidade, segundo sexo. Município de São Paulo 1980-2007 Ano

Casos Total

Masc.

Óbitos por ano de diagnóstico Masc.

Letalidade*

Fem.

Total

Total

Masc.

Fem.

1980

2

2

0

2

2

Fem. 0

100,0

100,0

-

1981

1

1

0

1

1

0

100,0

100,0

-

1982

3

3

0

3

3

0

100,0

100,0

-

1983

25

23

2

23

22

1

92,0

95,6

50,0

1984

72

69

3

60

58

2

83,3

84,0

66,7

1985

268

258

10

229

219

10

85,4

84,9

100,0

1986

412

394

18

331

319

12

80,3

81,0

66,7

1987

881

809

72

726

670

56

82,4

82,8

77,8

1988

1432

1281

151

1235

1107

128

86,2

86,4

84,8

1989

1874

1641

233

1620

1423

197

86,4

86,7

84,5

1990

2736

2369

367

2311

2003

308

84,5

84,5

83,9

1991

3237

2718

519

2741

2317

424

84,9

85,2

81,7

1992

3826

3102

724

3090

2542

548

80,8

81,9

75,7

1993

3884

3031

853

3104

2449

655

79,9

80,8

76,8

1994

3981

3104

877

3016

2360

656

75,7

76,0

74,8

1995

4112

3055

1057

2880

2152

728

70,0

70,4

68,9

1996

4318

3102

1216

2408

1758

650

55,8

56,7

53,4

1997

4475

3063

1412

2102

1458

644

47,0

47,6

45,6

1998

4702

3125

1577

1853

1299

554

39,4

41,6

35,1

1999

4188

2770

1418

1483

1035

448

35,4

37,4

31,6

2000

3600

2405

1195

1254

859

395

34,8

35,7

33,0

2001

3576

2329

1247

1086

732

354

30,4

31,4

28,4

2002

3382

2166

1216

886

604

282

26,2

27,9

23,2

2003

3198

2107

1091

707

490

217

22,1

23,2

19,9

2004

2581

1710

871

590

438

152

22,8

25,6

17,4

2005

2651

1665

986

591

408

183

22,3

24,5

18,5

2006

2574

1665

909

512

362

150

19,9

21,7

16,5

2007

1693

1140

553

232

163

69

13,7

14,3

12,5

TOTAL

67684

49107

18577

35076

27253

7823

51,8

55,5

42,1

Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA Dados preliminares de setembro de 2007, sujeitos a revisão. * Letalidade – Porcentagem dos casos que evoluíram para o óbito com causa associada a Aids.

25


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Tabela XI. Óbitos por aids por ano de ocorrência, razão de sexo e taxa de mortalidade segundo sexo. Município de São Paulo, 1980-2007* Ano

Óbitos por ano de ocorrência Total

Masculino

Feminino

Razão de sexo

Total

Masculino

Feminino

1980

1

1

0

-

0,01

0,02

-

1981

1

1

0

-

0,01

0,02

-

1982

1

1

0

-

0,01

0,02

-

1983

12

12

0

-

0,1

0,3

-

1984

41

41

0

-

0,5

0,9

-

1985

147

144

3

48/1

1,6

3,3

1,0

1986

216

210

6

35/1

2,4

4,7

0,1

1987

439

407

32

13/1

4,8

9,1

0,7

1988

882

800

82

10/1

9,5

17,7

1,7

1989

1313

1182

131

9/1

13,0

26,0

2,7

1990

1878

1655

223

7/1

19,7

36,0

4,5

1991

2286

1943

343

6/1

23,8

41,9

6,9

1992

2498

2103

395

5/1

25,8

45,0

7,9

1993

2899

2337

562

4/1

29,7

49,7

11,1

1994

3081

2495

586

4/1

31,2

52,6

11,4

1995

3114

2403

711

3/1

31,3

50,3

13,7

1996

2742

2058

684

3/1

27,3

42,8

13,1

1997

1940

1373

567

2/1

19,1

28,3

10,7

1998

1700

1217

483

2/1

16,6

24,9

9,0

1999

1523

1090

433

2/1

14,7

22,1

8,0

2000

1460

1016

444

2/1

14,0

20,4

8,1

2001

1317

903

414

2/1

12,6

18,1

7,5

2002

1095

755

340

2/1

10,4

15,0

6,1

2003

969

660

309

2/1

9,1

13,0

5,6

2004

963

686

277

2/1

9,0

13,5

4,9

2005

943

662

281

2/1

8,8

12,9

5,0

2006

1008

699

309

2/1

9,3

13,6

5,0

2/1

5,5

7,6

3,6

2007

597

392

205

Total

35076

27253

7823

Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA *Dados preliminares de setembro de 2007, sujeitos a revisão. Mortalidade – número de óbitos por Aids, ocorridos em determinado ano, por 100.000 habitantes.

26

Taxa de Mortalidade


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 7. Taxa de mortalidade* por aids, segundo sexo e ano de ocorrência do óbito. Município de São Paulo, 1980-2007** 60,00

Taxa de Mortalidade

50,00 40,00 Total 30,00

Masc. Fem.

20,00 10,00

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2000

1999

1998

1997

1996

1995

1994

1993

1992

1991

1990

1989

1988

1987

1986

1985

1984

1983

1982

1981

1980

0,00

Ano da Ocorrência Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA *Mortalidade – número de óbitos por Aids ocorridos em determinado ano, por 100.000 habitantes. **Dados preliminares de setembro de 2007, sujeitos a revisão.

Tabela XII. Principais causas de morte. Município de São Paulo, 1996, 2006 e 2007* Posição/Ano

1996

2006

2007

Doenças isquêmicas coração

Doenças isquêmicas coração

Doenças isquêmicas coração

Doenças cerebrovasculares

Doenças cerebrovasculares

Doenças cerebrovasculares

Agressões/Homicídios

Pneumonias

Pneumonias

Pneumonias

Bronquite, enfisema, asma

Bronquite, enfisema, asma

Aids

Homicídios

Diabetes mellitus

Bronquite, enfisema, asma

Doenças hipertensivas

Doenças hipertensivas

Diabetes mellitus

Diabetes mellitus

Homicídios

Acid trânsito e transporte

Câncer de pulmão

Câncer de pulmão

Insuficiência cardíaca

Acidentes de trânsito e transporte

Lesões de intenção indeterminada

10º

D. hipertensivas

Demais causas perinatais

Acidentes de trânsito e transporte

11º

Cirrose e doenças crônicas/fígado

Câncer de mama

Câncer de mama

12º

CA pulmão

Miocardiopatias

Demais causas perinatais

13º

Miocardiopatias

Aids

Miocardiopatias

14º

CA estômago

Câncer de estômago

Insuficiência cardíaca

15º

CA mama

Insuficiência cardíaca

Câncer de estômago

17º

Aids

Fonte: PRO-AIM *Dados preliminares de setembro-2007, sujeitos a revisão.

27


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Tabela XIII. Principais causas de morte por sexo. Município de São Paulo 2006 e 2007* 2006 Posição/Sexo

Masculino

Feminino

Doenças isquêmicas coração

Doenças isquêmicas coração

D. cerebrovasculares

D. cerebrovasculares

Pneumonias

Pneumonias

Homicídios

CA mama

Bronquite, enfisema, asma

Diabetes mellitus

Acid trânsito e transporte

D. hipertensivas

D. hipertensivas

Bronquite, enfisema, asma

Diabetes mellitus

Insuficiência cardíaca

CA pulmão

CA pulmão

10º

CA próstata

D. Alzheimer

11º

Aids

CA colon

12º

CA estômago

Miocardiopatias

13º

Miocardiopatias

D. circulação pulmonar

14º

Doença alcoólica do fígado

CA estômago

15º

Mal definidas

Aneurisma e dissecção aorta

16ª

Lesões intenc indeterminada

Aids

17ª

Quedas acidentais

CA pâncreas

18ª

Aneurisma e dissecção aorta

Mal definidas

2007 Posição/Sexo

Masculino Doenças isquêmicas coração

Doenças isquêmicas coração

D. cerebrovasculares

D. cerebrovasculares

Pneumonias

Pneumonias

Homicídios

Diabetes mellitus

Bronquite, enfisema, asma

CA mama

Acid trânsito e transporte

Bronquite, enfisema, asma

Diabetes mellitus

D. hipertensivas

CA pulmão

Insuficiência cardíaca

D. hipertensivas

CA pulmão

10º

Lesões intenc indeterminada

D. Alzheimer

11º

CA próstata

CA colon

12º

CA estômago

D. circulação pulmonar

13º

Miocardiopatias

Miocardiopatias

14º

Aids

CA estômago

15º

Mal definidas

Mal definidas

16ª

Doença alcoólica do fígado

Infecção do trato urinário n/ espec

17ª

Aneurisma e dissecção aorta

Aneurisma e dissecção aorta

18ª

Quedas acidentais

Aids

Fonte: PRO-AIM *Dados preliminares de setembro/2007, sujeitos a revisão.

28

Feminino


60 e mais

100,0

98,4

6,3

14,6

76,6

0,9

1,6

1,4

0,2

%

2004

Fonte: PROAIM, DATASUS. *Dados preliminares de setembro de 2007, sujeitos a revisão.

1.253

79

50 a 59

Total

183

20 a 49

1.233

960

13 a 19

Adultos

20

11

Crianças

2

18

1 a 12

< 1 ano

Faixa Etária (anos)

11,7

14,6

7,9

20,8

18,6

0,8

0,9

0,9

1,1

C. M.

1.235

1.217

79

205

923

10

18

16

2

100,0

98,5

6,4

16,6

74,7

0,8

1,5

1,3

0,2

%

2005

11,3

14,2

7,8

22,9

17,6

0,7

0,8

0,7

1,1

C. M. 5 6

1.179

1.168

74

185

904

5

11

100,0

99,1

6,3

15,7

76,7

0,4

0,9

0,5

0,4

%

2006

Ano do óbito

10,7

13,5

7,2

20,5

17,1

0,3

0,5

0,3

2,7

C. M.

663

660

44

80

526

10

3

3

0

nº -

100,0

99,5

6,6

12,1

79,3

1,5

0,5

0,5

%

2007

6,0

7,6

4,3

8,9

9,9

0,7

0,1

0,1

-

C. M. 9

4.330

4.278

276

653

3.313

36

52

43

98,8

6,4

15,1

76,5

0,8

1,2

1,0

0,2

%

100,0

Total

Tabela XIV. Óbitos por aids (Nº e %) e coeficiente de mortalidade (C.M.), segundo faixa etária e ano de ocorrência do óbito. Município de São Paulo, 2003-2007*

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

29


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Tabela XV. Óbitos por aids (Nº e %), segundo raça/cor e ano de ocorrência do óbito. Município de São Paulo, 2001-2007* Raça/Cor 2001 nº Amarela Branca Indígena Parda

%

2002 nº %

2003 nº %

Ano do óbito 2004 nº %

Total 2005 nº %

2006 nº %

2007 nº %

%

4

0,3

3

0,3

4

0,4

1

0,1

1

0,1

2

0,2

3

0,4

18

0,2

665

54,6

642

55,4

589

52,7

531

52,2

484

49,4

440

50,8

353

53,2

3704

52,7

1

0,1

1

0,1

0

-

0

-

0

-

0

-

0

-

2

0,02

256

21,0

239

20,6

233

20,8

235

23,1

234

23,9

224

25,8

156

23,5

1577

22,5

Preta

122

10,0

105

9,1

123

11,0

102

10,0

98

10,0

88

10,1

66

10,0

704

10,0

Ignorada

169

13,9

168

14,5

169

15,1

148

14,6

162

16,5

111

12,8

85

12,8

1012

14,4

979 100,0

865

100,0

663

Total

1217 100,0

1158 100,0 1118

Fonte: PRO-AIM *Dados preliminares de setembro de 2007, sujeito a revisão.

30

100,0 1017 100,0

100,0 7017 100,0


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Parte II - HIV Os Programas Estadual e Municipal de DST/Aids passaram a recomendar a notificação dos casos de sorologia positiva para o HIV, a partir do final de 2002. No entanto, a notificação deste agravo, por não ser compulsória, vem acontecendo de forma irregular, apesar dos esforços para o incremento desta ação no Município de São Paulo. Foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 10.236 casos de indivíduos com sorologia positiva para o HIV, sendo 3.915 em mulheres e 6.321 em homens. Estes tiveram seu diagnóstico realizado entre 1983 e dezembro de 2007. Para se chegar a estes dados, foram excluídas as notificações de pessoas com HIV+, que haviam sido realizadas até seis meses antes da notificação de aids dos mesmos indivíduos ou após esta notificação. Na tabela I, observa-se que as notificações mais antigas, entre 1983 e 2002, apresentaram uma razão de sexo de 1/1 e, a partir de 2003, esta razão passa a 2/1, sendo semelhante à encontrada nos casos notificados de aids. Esta inversão pode ser um viés justificado pela grande subnotificação, que poderia ser minimizada com a instituição da notificação compulsória dos indivíduos com HIV+ no SINAN. Esta sugestão fez parte das deliberações do grupo de vigilância e pesquisa da II Conferência Municipal de DST/Aids de São Paulo (2006). A faixa etária predominante das notificações de HIV+ encontra-se entre 20 e 29 anos, seguida da faixa etária entre 30 e 39 anos. Todavia, vem ocorrendo um crescimento no número de casos entre 40 e 49 anos e se verifica uma tendência de elevação do número de casos com idade entre 50 e 59 anos (tabela II, gráfico 1). O aumento da freqüência de casos de HIV+ em indivíduos com escolaridade entre 8 e 11 anos vem sendo acentuado em ambos os sexos (tabela III). A tabela IV e os gráficos 2 e 3 mostram a distribuição dos casos de infecção pelo HIV, segundo a categoria de exposição hierarquizada e a época do diagnóstico. Esta variável não apresentou alterações significativas em ambos os sexos, porém esta análise fica prejudicada pela subnotificação e pela grande quantidade de casos nos quais a categoria de exposição foi classificada como ignorada (20,2% no sexo masculino e 21,1% no sexo feminino em 2007). Na tabela V, onde foi listado o número de casos de HIV segundo unidade notificadora e categoria de exposição hierarquizada, foram incluídas as unidades com 100 ou mais notificações. As demais unidades, que apresentavam um número inferior a100 notificações desde 2002, foram agrupadas em “Outras”. Pode-se notar que as maiores unidades notificadoras estão localizadas na área central, onde ocorre o predomínio do atendimento aos homossexuais.

Tabela I. Número de casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo, razão de sexo e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007 Ano de diagnóstico

Sexo Masculino nº

1983-2000

Total Feminino nº

Razão de sexo M/F

1219

957

2176

1/1

2001

421

354

775

1/1

2002

646

459

1105

1/1

2003

997

556

1553

2/1

2004

901

521

1422

2/1

2005

918

470

1388

2/1

2006

708

366

1074

2/1

2007

511

232

743

2/1

Total

6321

3915

10236

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

31


32

910

761

276

66

16

0

2172

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 e +

Total

6,6

100,0

-

0,7

3,0

12,7

35,0

41,9

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

143

%

Até 2000

20 a 29

13 a 19

etária

Faixa

775

3

5

32

108

282

306

39

5,0

%

100,0

0,4

0,6

4,1

13,9

36,4

39,4

2001

1105

1

13

45

167

429

403

47

0,1

1,2

4,1

15,1

38,8

36,5

4,2

%

100,0

2002

1553

2

14

64

253

571

588

61

0,1

0,9

4,1

16,3

36,8

37,9

3,9

%

100,0

2003

1422

2

24

83

224

526

495

68

0,1

1,7

5,8

15,7

37,0

34,8

4,8

%

100,0

2004

Ano do diagnóstico

Tabela II. Casos de infecção pelo HIV (Nº e %), segundo faixa etária e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007

1388

5

14

75

240

499

503

52

0,4

1,0

5,4

17,3

35,9

36,2

3,7

%

100,0

2005

1074

5

18

69

210

361

374

37

n° 3,4

%

100,0

0,5

1,7

6,4

19,5

33,6

34,8

2006 30

743

3

11

44

131

268

256

0,4

1,5

5,9

17,6

36,1

34,5

4,0

%

100,0

2007 n°

Total

0,2

1,1

4,7

15,7

36,1

37,5

4,7

%

10232 100,0

21

115

478

1609

3697

3835

477

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 1. Distribuição de casos de infecção pelo HIV, segundo faixa etária e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007

Ano do Diagnóstico

2006 13 a 19 20 a 29 30 a 39

2004

40 a 49 50 a 59 2002

60 a 69 70 e +

2000 0%

50%

100%

Faixa Etária

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

33


34

7

11

0

2005

2006

2007

8

12

12

17

9

5

1

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

23

10

2004

87-2000

8

10

2003

4

2002

7

83-2000

0,4

1,4

1,9

3,3

2,2

2,6

2,3

2,4

-

2,1

0,8

1,1

1,0

1,2

0,9

0,5

%

Nenhuma

2001

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

Feminino

Masculino

Ano do diagnóstico

21

34

47

62

71

66

66

181

16

30

57

51

75

62

42

131

1a3

9,0

9,3

10,0

11,9

12,8

14,3

18,6

19,0

3,1

4,2

6,2

5,7

7,5

9,6

10,0

10,7

%

63

116

157

172

212

166

129

276

88

147

192

212

243

191

133

281

4a7

27,2

31,7

33,4

33,0

38,1

36,1

36,4

29,0

17,2

20,8

20,9

23,5

24,4

29,6

31,6

23,0

%

88

102

140

145

153

114

90

214

257

276

323

348

345

207

138

275

8 a 11

Escolaridade

37,9

27,9

29,8

27,8

27,5

24,8

25,4

22,5

50,3

39,0

35,2

38,6

34,6

32,0

32,8

22,6

%

10

24

23

28

25

16

10

76

56

145

188

126

128

88

53

238

12 e mais

4,3

6,6

4,9

5,4

4,5

3,5

2,8

8,0

11,0

20,5

20,5

14,0

12,8

13,6

12,6

19,5

%

49

85

94

97

83

86

51

183

94

99

151

154

196

90

51

287

%

21,1

23,2

20,0

18,6

14,9

18,7

14,4

19,2

18,4

14,0

16,4

17,1

19,7

13,9

12,1

23,5

Ignorada

Tabela III. Casos de infecção pelo HIV (Nº e %), segundo escolaridade e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007

232

366

470

521

556

460

354

953

511

708

918

901

997

646

421

1219

Total

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C


400

142

217

324

310

306

253

190

até 2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

0

0

0

0

0

0

0

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

-

-

-

-

-

-

-

-

37,2

35,7

33,3

34,4

32,5

33,6

33,7

32,8

%

2

2

0

0

0

0

1

0

68

131

163

151

176

102

57

152

%

0,86

0,55

-

-

-

-

0,28

-

13,3

18,5

17,8

16,8

17,6

15,8

13,5

12,5

Bissexual

169

287

360

432

462

378

306

775

132

173

263

239

271

207

145

333

72,8

78,4

76,6

82,9

83,1

82,3

86,4

81,3

25,8

24,4

28,6

26,5

27,2

32,0

34,4

27,3

%

Heterossexual

10

6

14

10

11

22

12

54

18

27

31

35

59

40

32

141

%

4,3

1,6

3,0

1,9

2,0

4,8

3,4

5,7

3,5

3,8

3,4

3,9

5,9

6,2

7,6

11,6

UDI*

0

0

0

0

0

0

0

0

0

1

0

0

1

0

0

0

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,14

-

-

0,10

%

Hemofilia

Categoria de exposição hierarquizada

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA *UDI – Uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.

0

até 2000

Feminino

Homossexual

Masculino

do diagnóstico

Ano

1

1

3

2

1

0

0

2

0

2

3

3

0

1

0

0

0,4

0,3

0,6

0,4

0,2

-

-

0,2

-

0,3

0,3

0,3

-

0,1

-

-

%

1

0

0

0

1

0

0

1

0

0

0

2

0

0

1

0

0,4

-

-

-

0,2

-

-

0,1

-

-

-

0,2

-

-

0,2

-

%

Transfusão** Trans. Vertical

49

70

93

77

81

59

35

121

103

122

152

161

166

79

44

192

21,1

19,1

19,8

14,8

14,6

12,9

9,9

12,7

20,2

17,2

16,6

17,9

16,6

12,2

10,4

15,8

%

Ignorada

Tabela IV. Casos de infecção pelo HIV (Nº e %), segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007

232

366

470

521

556

459

354

953

511

709

918

901

997

646

421

1218

Total

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

35


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 2. Número de casos de infecção pelo HIV, sexo masculino, por categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007

1400

1200

Ignorada

1000

Vertical

800

Transfusão

600

Hemofilia

400

UDI

200

Hetero Bissexual

0 2001 1983 até 2000

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Homo

Época do Diagnóstico

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

Gráfico 3. Número de casos de infecção pelo HIV, sexo feminino, por categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007

900 800 700

Bissexual Hetero

600 Nº

UDI

500 400

Transfusão

300

Vertical

200 100

Ignorada

0 2001 1983 até 2000

2002

2003

2004

Época do Diagnóstico

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.

36

2005

2006

2007


599

CTA Henfil

2158

Total

1005

92

7

8

18

14

17

17

39

21

41

23

41

28

12

30

33

34

30

91

90

319

Bissexual

4932

617

54

110

92

130

156

97

125

203

164

199

280

271

370

130

338

372

373

251

306

294

Heterossexual

522

111

7

9

9

15

9

1

2

7

18

13

14

17

17

42

35

37

43

49

45

22

UDI*

Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA *UDI – uso de drogas injetáveis. **Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.

27

182

Outras

25

Hosp. Serv. Publ. Estadual

32

26

CTA São Miguel

SAE Betinho

66

CTA Sto. Amaro

SAE Ipiranga

51

SAE Butantã

23

66

AE Ceci

37

46

CR Penha

AE V. Prudente

49

CR Sto. Amaro

SAE Cidade Dutra

42

63

69

I.I. Emilio Ribas

SAE Santana

44

SAE Cidade Líder

SAE Mitsutani

47

45

SAE Fidelis Ribeiro

SAE Campos Elíseos

CR Fó

334

285

e Treinamento

CRT - Centro de Referência

Homossexual

Unidade

1

1

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

Hemofilia

20

5

1

0

1

0

0

0

1

0

0

0

0

0

1

1

0

0

1

0

1

8

Transfusão**

6

3

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

2

0

0

1

0

0

0

Trans. Vertical

1588

1043

23

0

2

10

1

68

30

2

3

21

3

20

3

177

4

2

12

50

16

98

Ignorado

Tabela V. Número de casos de infecção pelo HIV, segundo unidade notificadora e categoria de exposição hierarquizada. Município de São Paulo, 1983-2007

10232

2054

119

152

154

206

206

209

263

284

292

302

387

399

445

451

454

490

507

726

792

1340

Total

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

37


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

38


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Parte III - GESTANTE HIV E CRIANÇA EXPOSTA

O Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 993 de 2000, tornou compulsória a notificação das gestantes HIV+ e das crianças expostas, com o objetivo de acompanhar as ações preconizadas para a prevenção da transmissão vertical do HIV durante o pré-natal, parto e acompanhamento da criança até a definição da situação sorológica do bebê. No ano de 2007, essa notificação foi modificada em função da implantação do SINAN NET e esta ficou restrita, por enquanto, até o momento do parto. Os dados sobre o acompanhamento da criança exposta foram retirados da ficha de notificação enquanto o Ministério da Saúde reavalia as informações necessárias sobre este acompanhamento. A partir destas mudanças, a análise das informações teve que ser adaptada para o aproveitamento melhor dos dados. Como conseqüência, optou-se por tabular determinadas informações, até o ano de 2006, utilizando o SINAN W e outras informações, do ano de 2007, foram colhidas apenas no SINAN NET. Observa-se que o número de notificações de gestante HIV+ e criança exposta vinha aumentando ano a ano desde a sua implantação até 2004, mas a partir de 2005 vem diminuindo gradualmente por conta, em parte, da redução no número de partos (SINASC) ocorrida nos últimos anos no município de São Paulo (tabela I e gráfico 1) e, também, pela dificuldade no encerramento dos casos no SINAN.

Tabela I. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo ano de notificação. Município de São Paulo, 2000-2007 Ano de Notificação

Casos Notificados de Gestante HIV+ e Criança Exposta nº

%

2000

75

1,8

2001

222

5,4

2002

386

9,4

2003

743

18,0

2004

851

20,6

2005

696

16,9

2006

662

16,1

2007

487

11,8

Total

4122

100,0

Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

39


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 1. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo ano de notificação. Município de São Paulo, 2000-2007 900 800 700 600 Nº 500 400 300 200 100 0 2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Ano de Notificação

Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

No ano de 2007 pode-se observar que 89,5% das gestantes HIV+ tiveram seu diagnóstico antes ou durante o pré-natal, possibilitando a realização da profilaxia para prevenção de transmissão vertical. No entanto, verifica-se que ainda existe a necessidade de ampliar o oferecimento da testagem para todas as gestantes, considerando-se que 7,0% destas tiveram seu diagnóstico durante o parto e 2,5% após o parto (tabela II e gráfico 2).

Tabela II. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo época da evidência laboratorial do HIV. Município de São Paulo, 2007 Época de evidência laboratorial

%

Antes do Pré-Natal

270

55,4

Durante o Pré-Natal

166

34,1

Durante o Parto

34

7,0

Após o Parto

12

2,6

Sem informação Total Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

40

Casos Notificados de Gestante HIV+ e Criança Exposta

5

1,0

487

100,0


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 2. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo época da evidência laboratorial. Município de São Paulo, 2007

7%

2% 1% Antes do Pré-Natal Durante o Pré-Natal

34%

Durante o Parto Após o Parto Sem informação 56%

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

Na tabela III verifica-se um aumento de 62,0 para 90,1% na porcentagem de gestantes HIV+ que realizaram pré-natal, ação primordial para a implementação do diagnóstico do HIV em tempo para que as ações de prevenção da transmissão vertical possam ser tomadas, levando à sua conseqüente redução. O incentivo à captação precoce das gestantes e à melhoria da qualidade no pré-natal na atenção básica do município pode ser um dos fatores decisivos deste resultado. Em 2008, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria 325, incluiu a redução da taxa de incidência de aids em menores de 5 anos como uma das prioridades do Pacto pela Vida. Deve ser ressaltado que a maioria destas crianças adquirem a infecção pelo HIV por meio da transmissão vertical.

41


42

100,0

8,0

13,3

8,0

70,7

%

2000

Fonte: SINAN - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

75

6

Total

Ignorado

6

10

Branco

Não

53

Sim

do PN

Realização

222

8

26

20

168

%

100,0

3,6

11,7

9,0

75,7

2001 nº

386

26

58

42

260

%

100,0

6,7

15,0

10,9

67,4

2002 nº

743

33

88

48

574

%

4,4

11,8

6,5

77,2

100,0

2003 nº

851

166

25

77

583

%

100,0

19,5

2,9

9,0

68,5

2004

696

36

145

41

474

Ano de notificação %

100,0

5,2

20,8

5,9

68,1

2005 nº

662

25

167

59

411

%

100,0

3,8

25,2

8,9

62,1

2006 nº

487

11

5

32

439

%

2,3

1,0

6,6

90,1

100,0

2007 nº

4122

311

524

325

2962

%

7,5

12,7

7,9

71,9

100,0

Total

Tabela III. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo realização de pré-natal (PN) e ano de notificação. Município de São Paulo, 2000-2007

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C


36

%

15,3

0,4

43,4

235 100,0

%

9,9

1,2

53,1

35,8

324 100,0

32

4

172

116

2001 %

11,5

0,7

53,3

34,6

460 100,0

53

3

245

159

2002 %

11,5

0,2

58,7

29,6

520 100,0

60

1

305

154

2003 %

12,0

1,4

53,9

32,7

568 100,0

68

8

306

186

2004

Ano de parto %

7,7

1,9

60,0

30,4

483 100,0

37

9

290

147

2005 %

9,5

1,2

57,5

31,8

412 100,0

39

5

237

131

2006 %

10,8

1,0

55,2

32,9

3002 100,0

325

31

1657

989

Total

186

487

Não se aplica

Sem informação

Total

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

30 12

Cesárea de urgência

87 172

Cesárea eletiva

100,0

38,2

2,5

6,2

35,3

17,9

%

Casos Notificados de Gestante HIV+ e Criança Exposta

Vaginal

Tipo de parto

Tabela V. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo o tipo de parto. Município de São Paulo, 2007

Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

Total

Sem informação

1

102

Parto cesário

Aborto

96

Parto vaginal

40,9

2000

Evolução da gravidez

Tabela IV. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo a evolução da gravidez e ano de parto. Município de São Paulo, 2000-2006

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Observa-se na tabela IV que a proporção de partos cesárea vem se mantendo. No ano de 2007, ainda houve uma grande porcentagem de casos sem informação a respeito do tipo de parto (tabela V e gráfico 3) devido ao fato de que parte deles ainda ocorreu ou ocorrerá durante o ano de 2008. Retirando-se os casos sem informação, encontra-se uma porcentagem de cesáreas eletivas durante este ano semelhante aos anos anteriores (57,1%).

43


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 3. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo o tipo de parto. Município de São Paulo, 2007

Vaginal 39%

35%

Cesárea eletiva Cesárea de urgência Não se aplica Sem informaçao

18%

6%

2%

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

A medicação anti-retroviral foi administrada em 51,3% das parturientes HIV+ durante o parto. É importante manter-se a estratégia de incentivo ao diagnóstico precoce do HIV, preferencialmente antes da gravidez ou logo em seu início, para ampliação do uso desta medicação (tabela VI e gráfico 4).

44


54

Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *ARV = anti-retroviral

235

Sem informação

Total

2

48

Não se aplica

Não

131

Sim

no parto

Uso de ARV

100,0

23,0

0,8

20,4

55,7

%

2000

324

56

6

60

202

%

17,3

1,8

18,5

62,3

100,0

2001 n°

460

79

1

103

277

%

17,2

0,2

22,4

60,2

100,0

2002 n°

520

85

0

71

364

100,0

16,3

13,6

70,0

568

97

1

68

402

100,0

17,1

0,2

12,0

70,8

%

2004

Ano de parto %

2003 n°

483

60

5

58

360

%

100,0

12,4

1,0

12,0

74,5

2005 n°

412

48

2

61

301

%

11,6

0,5

14,8

73,1

100,0

2006 n°

487

184

0

53

250

%

37,8

10,9

51,3

100,0

2007

Tabela VI. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo uso de ARV* durante o parto e ano de parto. Município de São Paulo, 2000-2007

3002

479

17

469

2037

%

16,0

0,6

15,6

67,8

100,0

Total

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

45


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 4. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo uso de ARV* durante o parto e ano de parto. Município de São Paulo, 2000-2007 ���

�������������������

��� ��� ���

���

���

���

���

�������������

���

��������������

��� �� � ����

����

����

����

����

����

����

����

������������ Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. ARV = anti-retroviral

Os óbitos maternos em gestantes HIV+ vêm mantendo estabilidade (tabela VII) nos anos de 2000 a 2006. Da mesma maneira, não se observa em 2007, em relação aos anos anteriores, dados relevantes sobre a situação da criança ao nascimento (tabelas VIII e IX, gráfico 5).

Tabela VII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo óbito materno e ano de parto. Município de São Paulo, 2000-2006 Óbito materno

Ano de parto 2000

2001

2002

2003

%

%

%

%

%

2,1

5

1,5

2

0,4

3

0,6

6

1,1

8

1,7

4

1,0

33

1,1

Não

190

80,8

275

84,9

375

81,5

454

87,3

501

88,2

441

91,3

374

90,8

2610

86,9

40

17,0

44

13,6

83

18,0

63

12,1

61

10,7

34

7,0

34

8,2

359

12,0

Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

46

324 100,0

460 100,0

520 100,0 568 100,0

%

Total

5

235 100,0

%

2006

Total

2005

Sim Sem informação

%

2004

483 100,0

412 100,0 3002 100,0


235

%

100,0

8,5

0,4

91,1

2000 nº

324

19

2

6

297

%

5,9

0,6

1,8

91,7

100,0

2001 nº

460

43

2

10

405

%

9,3

0,4

2,2

88,0

100,0

2002 nº

520

49

1

8

462

%

9,4

0,2

1,5

88,8

100,0

2003

Ano de parto nº

568

67

2

15

484

%

100,0

11,8

0,3

2,6

85,2

2004 nº

483

37

4

17

425

%

7,7

0,8

3,5

88,0

100,0

2005 nº

412

38

0

5

369

%

9,2

1,2

89,6

100,0

2006 nº

3002

273

11

62

2656

%

9,1

0,4

2,1

88,5

100,0

Total

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA

181 487

6

Não se aplica

Total

14

Aborto

Em branco

10

276

100,0

37,2

1,2

2,9

2,0

56,7

%

Casos Notificados de Gestante HIV+ e Criança Exposta

Natimorto

Nascido vivo

Situação da criança

Tabela IX. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo situação da criança ao nascimento. Município de São Paulo, 2007

Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

Total

20

0

Sem informação

1

Não se aplica

214

Natimorta

Viva

Situação da criança

Tabela VIII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo situação da criança ao nascimento e ano de parto. Município de São Paulo, 2000-2006

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

47


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 5. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo a situação da criança ao nascimento. Município de São Paulo, 2007

37%

Nascido vivo Natimorto Aborto Não se aplica

57%

Sem informação 3% 2% 1%

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

Os cuidados de prevenção de transmissão vertical com os recém-nascidos, tais como a contra-indicação de aleitamento materno e o início precoce do uso do AZT solução oral, estão estabelecidos há vários anos, assim, encontrou-se 68% dos casos em que o aleitamento materno não ocorreu (2006). Além disso, daqueles em que houve informação, a introdução do AZT para o bebê foi feita nas primeiras 24h em 81,8% dos casos (2007) (tabelas X e XI, gráfico 6).

48


16,6

100,0

39

235

324

60

247

17

18,5

76,2

5,2

%

100,0

2001

460

94

338

28

20,4

73,5

6,1

%

100,0

2002

520

113

393

14

21,7

75,6

2,7

%

100,0

2003

Ano de nascimento

568

136

416

16

100,0

23,9

73,2

2,8

%

2004

483

132

348

3

27,3

72,0

0,6

%

100,0

2005

412

128

280

4

31,1

68,0

1,0

%

100,0

2006

17

77

Não se aplica

Sem informação

Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *AZT = zidovudina

235

7

Não realizado

Total

12

Após 24h do nascimento

122

Nas primeiras 24h

Início do AZT* na criança

%

100,0

32,8

7,2

3,0

5,1

51,9

2000

324

88

14

9

11

202

%

100,0

27,2

4,3

2,8

3,4

62,3

2001 nº

460

121

20

5

13

301

%

100,0

26,3

4,3

1,1

2,8

65,4

2002 nº

520

107

10

1

7

395

100,0

20,6

1,9

0,2

1,3

76,0

%

2003 nº

568

105

18

5

10

430

%

100,0

18,5

3,2

0,9

1,8

75,7

2004

Ano de nascimento nº

483

67

4

8

9

395

%

100,0

13,9

0,8

1,7

1,9

81,8

2005 nº

412

63

4

2

6

337

%

100,0

15,3

1,0

0,5

1,5

81,8

2006 nº

487

198

9

10

3

267

%

100,0

40,7

1,8

2,0

0,6

54,8

2007

Tabela XI. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo início do AZT* na criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2007

Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

Total

Sem informação

68,9

14,5

34

%

162

2000

Não

Sim

Aleitamento materno

Tabela X. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo aleitamento materno e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2006

71 96 3489

826

%

23,7

2,7

1,3

2,0

70,2

100,0

Total

47

23,4

72,7

3,9

%

100,0

Total

2449

3002

702

2184

116

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

49


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 6. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo início do AZT* na criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2007

AZT xarope na criança

450 400 350 300

Nas primeiras 24h Após 24h do nascimento Não realizado Não se aplica Sem informação

250 200 150 100 50 0

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Ano de Nascimento Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *AZT = zidovudina

Das crianças que utilizaram AZT solução xarope 85,8% (tabela XII e gráfico 7) o fizeram de modo adequado, por seis semanas, confirmando a orientação adequada para aqueles que têm o diagnóstico realizado precocemente. No ano de 2007, tem-se ainda uma alta taxa de “sem informação” devido ao fato de parte dos partos ocorrerem em 2008 e só conseguirmos a informação sobre o tempo de uso do AZT, no mínimo, seis semanas após o parto.

Tabela XII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta que fizeram uso de AZT xarope (Nº e %), segundo tempo total de uso do AZT* na criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2006 Tempo total de uso

Ano de nascimento

do AZT* xarope

2000 nº

Menos de 3 semanas

%

2001 nº

%

2002

2003

%

%

2004 nº

2005

%

2006

Total

%

%

%

6

3,7

8

3,5

33

11,1

23

7,0

18

5,3

13

5,0

24

12,6

125

6,9

13

7,9

16

7,0

13

4,4

14

4,3

17

5,0

10

3,8

3

1,6

86

4,7

6 semanas

145

88,4

206

89,6

252

84,6

290

88,7

307

91,1 163

85,8

1600

88,3

Total

164 100,0

230

100,0

De 3 a 5 semanas

Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *AZT = zidovudina

50

89,8 237

298 100,0 327 100,0 342 100,0 260 100,0 190 100,0 1811 100,0


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Número de Crianças em uso do AZT Xarope

Gráfico 7. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta que fizeram uso de AZT xarope, segundo tempo total de uso de AZT* na criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2006 350 300 250

Menos de 3 semanas

200

De 3 a 5 semanas

150

6 semanas

100 50 0 2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

Ano de Nascimento Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *AZT = zidovudina

O encerramento dos casos notificados de Gestante HIV+ e Criança Exposta têm uma grande porcentagem de casos “em andamento” e “sem informação”. Essa dificuldade acontece por ser necessário aguardar 18 meses após o parto para obter os dados necessários e definir o estado sorológico do bebê. Sendo assim, a avaliação destas informações deve ser feita com parcimônia, sendo importante levar em conta a possibilidade de alterações significativas nas informações, conforme novos dados forem incluídos. No ano de 2006 foi encontrado 1,0% de crianças infectadas, porém 23,3% dos casos notificados estão em andamento e 47,6% não têm informação quanto ao encerramento, que pode ser feito até meados de 2008. Em 2005 ainda temos 10,6% em andamento e 39,1% sem informação, sendo a porcentagem de crianças infectadas em relação ao total de notificações igual a 1,0%. Observa-se que, apesar das informações em aberto, mantém-se uma tendência de queda persistente nas porcentagens de crianças infectadas (tabela XIII, gráfico 8 e 9).

51


52

0

21

Sem informação

Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.

235

5

Em andamento

Total

6

Óbito

28

Indeterminada

Perda de seguimento

156

19

Não infectada

Infectada

Encerramento do caso

8,1

%

100,0

8,9

2,1

2,5

11,9

66,4

2000

324

26

39

9

55

1

177

17

nº 5,2

%

100,0

8,0

12,0

2,8

17,0

0,3

54,6

2001

460

45

76

13

56

4

250

16

9,8

16,5

2,8

12,2

0,9

54,3

3,5

%

100,0

2002

520

48

125

11

79

5

242

10

nº 1,9

%

100,0

9,2

24,0

2,1

15,2

1,0

46,5

2003

Ano de nascimento

568

164

35

13

78

5

262

11

nº 1,9

%

100,0

28,9

6,2

2,3

13,7

0,9

46,1

2004

483

189

51

14

50

2

172

5

nº 1,0

%

100,0

39,1

10,6

2,9

10,3

0,4

35,6

2005

412

196

96

9

53

0

54

4

nº 1,0

%

100,0

47,6

23,3

2,2

12,9

13,1

2006

Tabela XIII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo o encerramento do caso e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2006

3002

689

427

75

399

17

1313

82

22,9

14,2

2,5

13,3

0,6

43,7

2,7

%

100,0

Total

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

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Gráfico 8. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo o encerramento do caso e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2005 ��� ��������� ������������� ������������� ������������������� ����� ������������ ��������������

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Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *Crianças que concluíram o seguimento de 18 meses após o nascimento.

Gráfico 9. Percentual dos casos de crianças infectadas em relação ao total de gestantes HIV+ e crianças expostas notificadas, segundo ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2005

Porcetagem de Crianças Infectadas

8,0 8,0 7,0 5,2

6,0 5,0

3,5

4,0 3,0

1,9

1,9

2,0

1,0

1,0 0,0 2000

2001

2002

2003

2004

2005

Ano de Nascimento Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *Crianças que concluíram o seguimento de 18 meses após o nascimento.

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PARTE IV - DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST)

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) constituem agravos que têm a sua notificação apenas recomendada, não sendo compulsória. Como tal, não há um número regular de notificações, dificultando a análise epidemiológica. A partir de 2007, com a implantação da nova plataforma de coleta de dados, o SINAN NET, passou-se a investir na implementação da notificação das DST. Neste ano foram notificados 2624 casos de DST, sendo 1119 casos de Condiloma Acuminado (372 em mulheres e 747 homens); 185 Corrimentos Cervicais; 368 Corrimentos Uretrais; 197 casos de Herpes Genital, sendo 41 no sexo feminino e 156 no sexo masculino; 562 casos de Sífilis em adultos (205 em mulheres e 357 em homens) e 193 Úlceras Genitais, sendo 14 casos em mulheres e 179 em homens. Considerando que a implantação plena das notificações de DST ocorrerá paulatinamente, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo definiu a necessidade de realização de um projeto piloto para delinear as tendências epidemiológicas das DST em São Paulo, que será desenvolvido no decorrer de 2008. Paralelamente, espera-se que ocorra o aumento do uso do SINAN NET, com a inclusão destas notificações na rotina de vigilância epidemiológica, fazendo com que esta seja mais uma ferramenta utilizada no planejamento de ações de prevenção e assistência às DST.

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PARTE V - PROGRAMA DE HEPATITES VIRAIS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Programa Municipal de Hepatites Virais B e C do Município de São Paulo A coordenação do Programa de Hepatites Virais do Município de São Paulo está sob a responsabilidade do Centro de Controle de Doenças (CCD) da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) da Secretaria Municipal de Saúde. As ações programáticas são desenvolvidas em três componentes: 1. Prevenção – implementação da triagem sorológica e aconselhamento das hepatites B e C na rede básica de saúde, vacinação contra a hepatite B e ações de prevenção direcionadas a segmentos mais vulneráveis. 2. Vigilância Epidemiológica – as hepatites B e C são de notificação compulsória. A análise das notificações permite o conhecimento do perfil da doença e das formas de transmissão em nosso meio, propiciando atuar de forma mais adequada na prevenção das infecções e subsidiar o planejamento das necessidades de insumos e dos locais para o atendimento aos portadores da doença. 3. Assistência – recomendações técnicas para a organização e ampliação da rede de serviços especializados no atendimento dos portadores de hepatite B e C, propiciando acesso às ações de diagnóstico, acompanhamento e tratamento.

Transmissão vertical das Hepatites B e C Orientações para a prevenção da transmissão perinatal do Vírus da Hepatite B (VHB) Todos os recém-nascidos devem ser vacinados nas primeiras vinte e quatro horas de vida, de preferência nas primeiras doze horas. A vacinação contra a hepatite B nas primeiras horas após o nascimento é altamente eficaz na prevenção da transmissão vertical do vírus da hepatite B. Deve-se proceder à vacinação sistemática e universal de todos os recém-nascidos, independente de realização prévia de sorologia na gestante.(Resolução SS 39 de 01/04/05). Para a prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos de mães AgHBs positivo, deve-se administrar, além da vacina, imunoglobulina humana específica (HBIG 0,5ml), preferentemente nas primeiras doze horas e, no máximo, até sete dias após o nascimento (eficácia protetora do esquema até 95% na prevenção da infecção pelo VHB). A vacina e a imunoglobulina devem ser aplicadas em locais diferentes do corpo. Para a investigação da situação sorológica da gestante é recomendada a realização somente do marcador AgHBs que, se positivo, indica atividade da hepatite B. Transmissão perinatal do vírus da Hepatite C (VHC) Devido à dificuldade do diagnóstico de hepatite C no recém-nascido e na conduta frente à gestante com VHC-RNA detectado, o Programa Estadual de Hepatites Virais do Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” e o Comitê Assessor de Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo elaboraram a orientação técnica que recomendamos e divulgamos. Orientações técnicas: transmissão vertical da hepatite C A Hepatite Viral C, causada pelo vírus da Hepatite C (VHC) identificado em 1989, é um grave problema de saúde pública mundial. Até o momento não existe profilaxia (medicamentos ou vacina) para impedir a transmissão vertical do VHC. A transmissão do VHC ocorre pelo contato com o sangue contaminado, principalmente pela via parenteral e com menor freqüência pela via sexual. Quanto à transmissão vertical (da mãe para o filho), o maior risco para o recém nascido (RN) ocorre principalmente no momento do parto, particularmente na gestante que apresenta elevada carga viral para o VHC ou co-infecção com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). No primeiro caso, o risco estimado é, em média, de 5% e no segundo, o risco médio estimado é de 17%. Até o momento, não há recomendação em relação ao tipo de parto.

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Ocorre passagem do anticorpo contra o vírus C (anti-VHC) da mãe para a criança por via transplacentária, com possibilidade de eliminação até os dezoito meses de vida. Quando infectado pelo VHC, o RN poderá evoluir para cura e eliminar o vírus sem apresentar comprometimento hepático. Diante do exposto, o Programa Estadual de Hepatites Virais, apoiado em parecer do Comitê Assessor Permanente de Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, recomenda: · · · ·

Não realizar triagem sorológica (anti-VHC) indiscriminada em gestantes, como exame de rotina pré-natal, excetuandose aquelas que apresentem fatores de risco para infecção pelo VHC. Não suspender o aleitamento materno quando a mãe é portadora do VHC sem co-infecção com HIV. Orientar sobre o possível risco de transmissão se houver fissura nos mamilos com presença de sangue. Não realizar triagem sorológica (anti-VHC) logo após o nascimento, em RN filho de mãe portadora do VHC. Acompanhar o RN de mãe portadora do VHC de acordo com o fluxograma abaixo: Acompanhamento da transmissão vertical da hepatite pelo vírus C Toda criança nascida de mãe portadora do vírus, ou seja, com VHC-RNA detectado, deverá:

1. Realizar sorologia anti-VHC aos dezoito meses de idade: 1.1. Se anti-VHC negativo, dar alta para a criança. 1.2. Se anti-VHC positivo, realizar VHC-RNA qualitativo. 1.2.1. Se o VHC-RNA qualitativo for detectado, a criança é considerada portadora da infecção pelo vírus da Hepatite C e deverá ser encaminhada para o Centro de Referência especializado no acompanhamento de crianças. 1.2.2. Se o VHC-RNA qualitativo não for detectado, a criança é considerada não portadora do VHC e deverá rece ber alta.

Figura 1. Fluxograma para acompanhamento da transmissão vertical do VHC CRIANÇA NASCIDA DE MÃE COM VHC-RNA DETECTADO (Portadora de Hepatite C)

Anti – VHC aos 18 meses

NÃO REAGENTE

REAGENTE

ALTA

REALIZAR VHC - RNA

VHC-RNA

VHC-RNA DETECTADO

NÃO DETECTADO

(criança portadora do VHC)

ALTA

ENCAMINHAR PARA CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO NO ACOMPANHAMENTO DE

Fonte: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/outros/hepac_transvert.pdf

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HEPATITE C EM CRIANÇAS


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Vigilância Epidemiológica das Hepatites B e C Quando houver suspeita de infecção pelo vírus B ou C devem ser solicitados os marcadores de triagem: · ·

Hepatite B: AgHBs e anti-HBc Hepatite C: anti-VHC

A presença de pelo menos um marcador sorológico reagente indica que deve ser realizada a notificação no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Foram notificados 23.001 casos com marcadores para os vírus B ou C no SINAN do município de São Paulo, no período de 2000 a 2007. Destes, 10.717 (46,6%) apresentaram marcadores para o vírus B (AgHBs ou anti-HBc total reagente), 12.086 (52,5%) para o vírus C (anti-VHC ou VHC-RNA reagentes) e 198 (0,9%) para os vírus B e C (AgHBs e VHC-RNA reagentes).

Gráfico 1. Número de casos notificados de hepatite B, segundo presença de marcadores sorológicos reagentes e ano de notificação. Município de São Paulo, 2000-2007 ����

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Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais

Verificou-se que entre os casos notificados de hepatite B, 6.836 (63,8%) apresentavam marcadores de infecção passada (cicatriz sorológica) e 3.881 (36,2%) atividade da doença (AgHBs reagente).

59


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 2. Número de casos notificados de hepatite C, segundo presença de marcadores sorológicos reagentes e ano de notificação. Município de São Paulo, 2000-2007 ����������������

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������������������ Fonte: COVISA/CCD/SINAN-HEPATITES VIRAIS

O VHC-RNA foi encontrado em 7.958 (65,8%) casos. Destes, 6.823 (85,7%) apresentaram VHC-RNA reagente, significando atividade da doença, e não reagente em 1.135 (14,3%), indicando infecção passada pelo vírus C. Em 2007 foi incluída na Ficha de Investigação de hepatites virais do SINAN a variável HIV para informar se o paciente é portador ou não de HIV/Aids. Foram notificados 1.210 casos de co-infecção HIV/hepatites virais.

Tabela I. Número e porcentagem de casos notificados de hepatites virais com informação de co-infecção com o HIV. Município de São Paulo, 2007 HIV

%

Sim

1210

15,2

Não

4554

57,2

Ignorado

2193

27,6

Total

7957

100

Fonte: COVISA/CCD/SINAN-Hepatites Virais

Em 27,6% dos casos notificados não se obteve a informação da infecção pelo HIV. O preenchimento correto deste campo poderá melhorar o conhecimento do perfil epidemiológico dos portadores destes agravos.

Considerações Após diversas solicitações ao Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV) foi incluída na ficha de investigação de hepatites virais a informação sobre co-infecção com HIV, importante para subsidiar as ações de prevenção e de controle. A melhoria da qualidade das informações pode ser visualizada no gráfico 2, onde é constatado o aumento do número de casos notificados com o resultado do VHC-RNA, o que permite caracterizar aqueles com infecção em atividade. O número de notificações com cicatriz sorológica e presença do vírus B (gráfico 1) demonstra a importância da circulação do VHB e aponta para a necessidade de enfatizar a vacinação da população menor de vinte anos e dos segmentos mais vulneráveis, de acordo com o Programa de Imunização. A vacinação de todos os recém-nascidos nas primeiras 24 horas de vida é a melhor medida de prevenção para a transmissão vertical do vírus B, independente do conhecimento da situação sorológica anterior da mãe. 60


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PARTE VI - GESTANTE COM SÍFILIS E SÍFILIS CONGÊNITA

GESTANTE COM SÍFILIS No ano de 2007, introduziu-se no município de São Paulo a ficha de investigação epidemiológica de sífilis na gestante, cujo objetivo é estimular a detecção e a notificação de casos de sífilis em gestante, para o seu tratamento precoce, adequado e concomitante ao do parceiro. Esta estratégia é voltada para uma finalidade maior, ou seja, impedir a transmissão da sífilis para o feto. Em 2007 foram notificados 274 casos de sífilis em gestantes e avaliadas as características das pacientes notificadas, seu perfil sócio-econômico e a área de abrangência das notificações. Dentre as Coordenadorias de Saúde, o maior número de casos notificados encontra-se na Sudeste, com 32,9% das notificações (tabela I).

Tabela I. Casos de sífilis em gestante (Nº e %) segundo Coordenadoria de Saúde. Município de São Paulo, 2007 Coordenadoria de saúde

%

CRS SUDESTE

90

32,9

CRS SUL

62

22,6

CRS NORTE

43

15,7

CRS CENTRO-OESTE

35

12,8

CRS LESTE

31

11,3

END IGN

13

4,7

274

100,0

Total Fonte: SINAN-NET-CCD/COVISA/SMS Dados atualizados em 26/02/2008

61


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

A distribuição de casos de sífilis em gestante, segundo a SUVIS de notificação, em todo o município, encontra-se na tabela II. Deve ser enfatizado que há ainda algumas regiões “silenciosas”, sem casos notificados.

Tabela II. Casos de sífilis em gestante (Nº e %) segundo Coordenadoria de Saúde e SUVIS de notificação. Município de São Paulo, 2007 Coordenadoria de Saúde

%

CRS Sudeste

90

32,9

Aricanduva

33

12,0

Ipiranga

18

6,6

Vila Mariana/Jabaquara

12

4,4

Penha

10

3,7

17

6,2

CRS Leste

Vila Prudente

31

11,3

Itaquera

4

1,5

Cidade Tiradentes

0

Ermelino Matarazzo

5

1,8

São Miguel

8

2,9

Guaianases

0

Itaim Paulista

5

1,8

9

3,3

CRS Centro -Oeste

São Mateus

35

12,8

Lapa/Pinheiros

12

4,4

Butantã

10

3,7

Sé CRS Sul Santo Amaro/Cidade Ademar Capela do Socorro M´ Boi Mirim Parelheiros

4,7 22,6

17

6,2

2

0,7

25

9,1

1

0,4

Campo Limpo

17

6,2

CRS Norte

43

15,7

Santana/Tucuruvi

5

1,8

Jacanã/Tremembe

9

3,3

Cachoeirinha

8

2,9

Freguesia do Ó

6

2,2

Pirituba/Perus

6

2,2

Vila Maria

9

3,3

Endereço Ignorado Total Fonte: SINAN-NET-CCD/COVISA/SMS Dados atualizados em 26/02/2008.

62

13 62

13

4,7

274

100,0


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

A distribuição de casos de sífilis em gestante, segundo algumas características maternas, está na tabela III. Nota-se que as gestantes estão distribuídas em maior freqüência na faixa dos 20 a 29 anos (51,5%), na raça branca (45,3%), com escolaridade da 5ª a 8ªsérie incompleta do ensino fundamental (17,2%).

Tabela III. Casos de gestante com sífilis (Nº e %) segundo características dos casos. Município de São Paulo, 2007 Faixa etária da gestante

%

10 a 14 anos

2

0,7

15 a 19 anos

22

8,0

20 a 29 anos

141

51,5

30 a 39 anos

94

34,3

40 a 49 anos

15

5,5

50 a 59 anos

0

-

274

100,0

Total Raça da gestante

%

Ign/Branco

38

13,9

124

45,3

29

10,6

Branca Preta Amarela Parda Indigena Total

2

0,7

71

25,9

10

3,7

274

100,0

Escolaridade da gestante (1)

%

Ign/Branco

98

35,8

Analfabeto

1

0,4

1ª a 4ª série incompleta do EF

28

10,2

4ª série completa do EF

16

5,8

5ª a 8ª série incompleta do EF

47

17,2

Ensino fundamental completo

29

10,6

Ensino médio incompleto

26

9,5

Ensino médio completo

26

9,5

Educação superior incompleta

3

1,1

Educação superior completa

0

-

Não se aplica Total

0

-

274

100,0

Fonte: SINAN-NET-CCD/COVISA/SMS Dados atualizados em 26/02/2008. Nota: (1) Apartir de 2007 houve alteração para a categoria desta variável.

Salienta-se que a ficha de investigação de sífilis na gestante foi introduzida paulatinamente em 2007 e espera-se que nos próximos anos, os dados coletados sejam utilizados de forma mais abrangente para a diminuição de casos de sífilis na gestante e da sífilis congênita no Município de São Paulo.

63


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

SÍFILIS CONGÊNITA A sífilis congênita resulta da interrupção de uma seqüência de ações inter-relacionadas, as quais se iniciam com a adesão da gestante ao pré-natal, seu seguimento adequado, o registro da informação na carteira da gestante, a avaliação do pré-natal na maternidade, o diagnóstico, a notificação e conduta clínica adequados. Entre janeiro de 1998 e dezembro de 2007, foram notificados 3868 casos de sífilis congênita no Município de São Paulo (tabela I). Em todo período, o maior número de casos notificados (1.088 casos) pertence à área de abrangência da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Norte, seguida da Leste (766 casos), Sul (752 casos), Sudeste (627 casos) e Centro-Oeste (582 casos). Os maiores coeficientes de incidência são observados nas Supervisões de Vigilância em Saúde (SUVIS) Sé/Santa Cecília da CRS Centro-Oeste e na Vila Maria/Vila Guilherme da CRS Norte. A tendência à diminuição do número de casos notificados e da incidência da sífilis congênita a partir de 2003, manteve-se até 2006, ano em que foram notificados 307 casos com incidência de 1,8 casos/1.000NV (gráfico 1).

Gráfico 1. Coeficiente de incidência de sífilis congênita nas Coordenadorias Regionais de Saúde de residência. Município de São Paulo, 2001-2006 ��� ��� �������������� ��� �������������

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Fonte: SINAN - Centro de Controle de Doenças (CCD)/COVISA/SMS-SP (dados até 22/02/2008).

64

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Na tabela II observa-se, ao longo do período de 2001 a 2006, que a maioria das mães (50,1%) dos recém-nascidos com sífilis congênita tinha idade entre 20 a 29 anos, refletindo a idade de maior fecundidade. A proporção (9,3%) de mães com 10 a 19 anos com sífilis reforça a necessidade das ações de prevenção. Nesse sentido, o espaço da escola coloca-se como oportunidade para a implementação dessas ações, uma vez que, pelo menos, 52% das mães têm algum grau de escolaridade. Embora cerca de 80% das mães tenha realizado pré-natal, pouco mais da metade informa o diagnóstico de sífilis na gestação. A tabela III consolida dados referentes às mães que realizaram pré-natal. Em relação à informação do 1º VDRL, 44,5% das mães realizaram o exame, 16,8% não realizaram e em 38,6% não se tinha informação. Em relação ao 2º VDRL, a proporção de “não realizados” e “ignorados” foi maior que para o 1º VDRL, respectivamente 23,5% e 51,3%. Além da qualidade da informação, uma análise mais consistente da qualidade de atendimento à gestante no pré-natal requer a avaliação da época de início do pré-natal e do número de consultas da gestante, informação não disponível desde 2004. Até 2006, pelo menos 76,4% das mães que tiveram diagnóstico de sífilis no pré-natal foram tratadas. Essa informação, no entanto, referia-se indiscriminadamente ao tratamento realizado tanto na gestação como no momento do parto. A partir de 2007, houve a inclusão da data do tratamento materno no pré-natal como campo obrigatório da ficha de investigação epidemiológica. A necessidade da informação precisa da data (dia/mês/ano) dificultou a obtenção do dado, o qual não foi preenchido adequadamente. O tratamento do parceiro continua um desafio. Apenas 20,2% dos parceiros das mães que tiveram diagnóstico de sífilis na gestação foram tratados sendo que, em 30,6% dos casos não houve informação do tratamento. A distribuição dos casos de sífilis congênita, segundo algumas características dos recém-nascidos, estão na tabela IV. A maioria dos casos (93,5%) foi notificada na maternidade. Os recém-nascidos eram de termo ao nascimento ou com idade gestacional igual ou acima de 37 semanas (79%) e assintomática (76,1%). A informação referente à raça mostrou, a partir de 2006, uma tendência ao aumento de casos da raça indígena. Para enfrentar o desafio do controle da sífilis congênita, as áreas temáticas envolvidas na redução da transmissão vertical da sífilis pactuaram ações integradas (portaria 1657/07-SMS.G), com a meta de diminuir a incidência da doença no Município de São Paulo para menos de 1 caso para 1.000 nascidos vivos, até o final de 2009.

65


66

216 74 23 43 46 30

193 74 27 62 7

24

CRS Sudeste Aricanduva/Mooca Ipiranga Jabaquara/Vila Mariana Penha Vila Prudente/Sapopemba

CRS Sul Campo Limpo Cidade Ademar/Sto Amaro M Boi Mirim Parelheiros Socorro

Ignorado/Branco

2,0

1,2 2,1 0,8 1,6 0,8

1,7 3,0 1,0 1,7 1,9 1,1

2,7 3,2 3,6 2,8 0,9 2,2 3,9

398

8

76 18 12 23 5

74 29 4 5 18 18

103 10 20 25 7 9 32

70 5 4 8 10 14 14 15

nº 67 22 9 36

2001

2,1

1,6 1,7 1,1 2,1 1,8

2,0 3,5 0,6 0,7 2,4 2,1

2,7 1,7 2,3 5,3 0,7 2,1 6,2

1,5 1,4 1,1 1,4 1,3 1,6 1,8 2,0

CI 3,4 2,8 1,4 6,2

368

8

83 29 18 19 2

51 20 3 5 13 10

90 4 18 16 15 2 35

70 6 4 7 17 10 11 15

nº 66 11 10 45

Fonte: SINAN - Centro de Controle de Doenças (CCD)/COVISA/SMS-SP (dados até 22/02/2008). * 2007- Casos sujeitos a revisão.

1.281

342 67 102 44 27 33 69

CRS Norte Casa Verde/Cachoeirinha Freguesia/Brasilândia Jacana/Tremembé Perus/Pirituba Santana/Tucuruvi Vila Maria/Vila Guilherme

Município São Paulo

323 23 19 34 66 66 37 78

CRS Leste Cidade Tiradentes Ermelino Matarazzo Guaianases Itaim Paulista Itaquera São Mateus São Miguel

2,1 1,8 1,5 1,8 2,6 2,2 1,5 2,9

1998-2000 nº CI 183 2,8 86 3,3 31 1,5 66 3,7

Local de residência CRS Centro-Oeste Butantã Lapa/Pinheiros Sé/Santa Cecília

2002

2,0

1,8 2,8 1,7 1,8 0,7

1,4 2,5 0,5 0,7 1,8 1,2

2,4 0,7 2,2 3,3 1,6 0,5 6,7

1,6 1,6 1,1 1,3 2,4 1,1 1,5 2,1

CI 3,3 1,4 1,6 7,9

463

3

115 39 17 37 6

65 18 2 11 23 11

140 15 15 32 21 13 44

83 6 5 20 5 21 14 12

2,5

2,5 3,8 1,7 3,4 2,1

1,7 2,2 0,3 1,5 3,3 1,4

3,8 2,7 1,9 6,8 2,2 3,2 8,7

1,9 1,7 1,4 3,8 0,7 2,4 1,9 1,7

2003 nº CI 57 2,9 26 3,4 9 1,4 22 3,8

382

1

60 12 10 13 3

69 27 3 7 24 8

105 16 15 22 9 13 30

73 9 4 14 10 16 12 8

nº 74 25 9 40

2004

2,1

1,3 1,2 1,0 1,2 1,1

1,8 3,2 0,4 1,0 3,4 1,0

2,8 2,8 1,9 4,6 0,9 3,1 5,9

1,7 2,4 1,1 2,6 1,5 1,8 1,6 1,1

CI 3,7 3,2 1,4 6,9

351

2

79 18 13 22 6

54 22 5 4 18 5

108 13 11 26 9 12 37

58 2 5 4 16 7 10 14

nº 50 25 8 17

2,0

1,8 1,8 1,3 2,1 2,2

1,5 2,7 0,8 0,6 2,6 0,6

3,0 2,4 1,4 5,6 0,9 3,1 7,5

1,4 0,6 1,4 0,8 2,4 0,8 1,3 2,1

CI 2,6 3,3 1,3 3,0

2005

2006

307

2

64 21 3 29 2

50 25 7 3 12 3

90 13 7 24 14 8 24

52 3 4 5 9 10 12 9

nº 49 19 2 28

1,8

1,5 2,1 0,3 2,9 0,7

1,4 3,1 1,1 0,4 1,8 0,4

2,5 2,4 1,0 5,2 1,5 2,1 5,0

1,3 0,9 1,1 1,0 1,4 1,2 1,6 1,4

CI 2,6 2,6 0,3 5,2

318

5

82 32 14 26 4

48 22 6 6 10 4

110 27 19 17 8 9 30

37 7 2 2 4 12 2 8

2007* nº 36 12 5 19

3.868

53

752 243 114 231 35

627 237 53 84 164 89

1088 165 207 206 110 99 301

766 61 47 94 137 156 112 159

Total nº 582 226 83 273

Tabela I. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência por 1000 nascidos vivos), segundo Coordenadorias Regionais de Saúde e respectivas Supervisões de Vigilância, por ano de nascimento. Município de São Paulo, 1998-2000, 2201-2007*

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C


211

61

52

7

3

0

10

20 a 29

30-34

35-39

40-44

45-49

> 49

Ignorado

176

11

38

4

149

1 a 3 anos

4 a 7anos

8 a 11anos

12 e mais anos

Ignorado/Branco

Ignorado/Branco

5,0

19,1

75,9

37,4

1,0

9,5

2,8

44,2

5,0

2,5

-

0,8

1,8

13,1

15,3

53,0

13,3

0,3

%

100,0

2001

368

18

60

290

132

5

39

66

102

24

6

0

0

12

46

88

186

30

0

4,9

16,3

78,8

35,9

1,4

10,6

17,9

27,7

6,5

1,6

-

-

3,3

12,5

23,9

50,5

8,2

-

%

100,0

2002

463

17

56

390

177

6

67

120

75

18

14

0

1

19

74

95

221

37

2

3,7

12,1

84,2

38,2

1,3

14,5

25,9

16,2

3,9

3,0

-

0,2

4,1

16,0

20,5

47,7

8,0

0,4

%

100,0

2003

Fonte: SINAN - Centro de Controle de Doenças (CCD)/ COVISA/ SMS-SP (dados até 22/02/2008). * 2007- dados sujeitos a revisão ** Para análise até 2006, foram considerados 2269 casos notificados. ( 1 ) dados não disponíveis no SINAN NET

398

76

20

Não

Total

302

Sim

Realização do Pré-Natal

20

Nenhuma

Escolaridade Mãe

1

53

15 a 19

10 a 14

Faixa Etária Mãe

das mães

Características

382

14

54

314

134

12

53

110

58

15

3

0

0

18

59

81

185

35

1

9,2

0,3

%

100,0

3,7

14,1

82,2

35,1

3,1

13,9

28,8

15,2

3,9

0,8

-

-

4,7

15,4

21,2

48,4

2004

351

21

52

278

130

6

54

97

56

8

5

0

1

16

60

72

170

27

0

7,7

-

%

100,0

6,0

14,8

79,2

37,0

1,7

15,4

27,6

16,0

2,3

1,4

-

0,3

4,6

17,1

20,5

48,4

2005

307

21

53

233

119

9

56

85

31

7

5

2

1

18

33

62

159

24

3

6,8

17,3

75,9

38,8

2,9

18,2

27,7

10,1

2,3

1,6

0,7

0,3

5,9

10,7

20,2

51,8

7,8

1,0

%

100,0

2006

318

24

48

246

106

1

84

99

23

5

4

0

1

23

40

60

165

25

0

7,9

-

%

100,0

7,5

15,1

77,4

33,3

0,3

26,4

31,1

7,2

1,6

1,3

-

0,3

7,2

12,6

18,9

51,9

2007*

Tabela II. Casos notificados de sífilis congênita (No e %) por ano de nascimento, segundo características das mães e realização do pré-natal. Município de São Paulo, 2001-2007*

2587

135

399

2053

947

43

391

588

521

97

47

2

7

113

364

519

1297

231

7

100,0

5,2

15,4

79,4

36,6

1,7

15,1

22,7

20,1

3,7

1,8

0,1

0,3

4,4

14,1

20,1

50,1

8,9

0,3

%

Total**

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

67


68

27 15 39 221

133 108 61

302

2° VDRL Reativo Não reativo Não realizado Ignorado/Branco

Sífilis gravidez Sim Não Ignorado/Branco

Total mães

%

100,0

152

35 68 49

102 34 16

290

152 99 39

30 9 35 216

101 9 10 170

%

100,0

23,0 44,7 32,2

67,1 22,4 10,5

100,0

52,4 34,1 13,4

10,3 3,1 12,1 74,5

34,8 3,1 3,4 58,6

2002

215

43 107 65

162 32 21

390

215 138 37

60 12 41 277

148 15 6 221

Fonte: SINAN - Centro de Controle de Doenças (CCD)/COVISA/SMS-SP (dados até 22/02/2008). * 2007 dados sujeitos à revisão. ** Para análise até 2006, foram consideradas 1807 mães que realizaram pré-natal. ( 1 ) dados não disponíveis no SINAN NET. ( 2 ) dados não analisados.

133

15,8 33,1 51,1

Tratamento parceiro Sim 21 Não 44 Ignorado/Branco 68

Total mães com sífilis

61,7 20,3 18,0

100,0

44,0 35,8 20,2

8,9 5,0 12,9 73,2

32,5 15,6 5,0 47,0

2001

82 27 24

Tratamento mãe Sim Não Ignorado/Branco

98 47 15 142

1° VDRL Reativo Não reativo Não realizado Ignorado/Branco

Pré - natal (PN)

55,1 35,4 9,5

15,4 3,1 10,5 71,0

37,9 3,8 1,5 56,7

%

100,0

20,0 49,8 30,2

75,3 14,9 9,8

100,0

2003

195

40 99 56

149 0 46

314

195 84 35

88 10 120 96

153 8 94 59

2004

100,0

20,5 50,8 28,7

76,4 23,6

100,0

62,1 26,8 11,1

28,0 3,2 38,2 30,6

48,7 2,5 29,9 18,8

%

174

31 106 37

156 0 18

278

174 81 23

106 5 104 63

114 9 96 59

%

100,0

17,8 60,9 21,3

89,7 10,3

100,0

62,6 29,1 8,3

38,1 1,8 37,4 22,7

41,0 3,2 34,5 21,2

2005

133

32 69 32

115 0 18

233

133 76 24

87 6 85 55

89 14 83 47

57,1 32,6 10,3

37,3 2,6 36,5 23,6

38,2 6,0 35,6 20,2

%

100,0

24,1 51,9 24,1

86,5 13,5

100,0

2006

1 1 1 1

1 1 1 1 ) ) ) )

) ) ) )

(2) (2) (2)

(2) (2) (2)

246

147 86 13

( ( ( (

( ( ( (

%

100,0

59,8 35,0 5,3

2007*

398 57 424 928

703 102 304 698

20,2 49,2 30,6

76,4 9,3 14,3

1002 100,0

202 493 307

766 93 143

2053 100,0

56,0 32,7 11,3

22,0 3,2 23,5 51,4

38,9 5,6 16,8 38,6

%

Total **

1149 672 232

Tabela III. Casos notificados de sífilis congênita (No e %) por ano de nascimento, segundo características da sorologia (VDRL), diagnóstico e tratamento das mães com sífilis no pré-natal. Município de São Paulo, 2001-2007*

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C


66,3 27,7 6,0

6,5 10,9 75,5 7,1

100 28,8 2,7 0,3 14,1 0,3 53,8

52,7 44,0 3,3

91,0 6,3 1,9 0,8 -

%

100,0

2002

463

351 77 35

14 59 347 43

463 198 14 3 80 1 167

210 230 23

443 12 8 0 0 0

75,8 16,6 7,6

3,0 12,7 74,9 9,3

100 42,8 3,0 0,6 17,3 0,2 36,1

45,4 49,7 5,0

95,7 2,6 1,7 -

%

100,0

2003

Fonte: SINAN - Centro de Controle de Doenças (CCD)/COVISA/SMS-SP (dados até 22/02/2008). *2007 dados sujeitos a revisão. ( 1 ) dados não disponíveis no SINAN NET. ** Para analise até 2006, foram considerados 2269 casos notificados.

368

100,0

398

Total

244 102 22

69,1 27,1 3,8

Presença de sintomas Não 275 Sim 108 Ignorado/Branco 15

368 106 10 1 52 1 198

24 40 278 26

100 0,8 0,3 0,3 0,3 98,5

Raça 398 Branca 3 Preta 0 Amarela 1 Parda 1 Indígena 1 Ignorado/Branco 392

194 162 12

335 23 7 3 0 0

Idade gestacional ao nascimento < 22 semanas 24 6,0 22 a 37 semanas 56 14,1 � 37semanas 279 70,1 Ignorado/Branco 39 9,8

46,2 50,3 3,5

184 200 14

Sexo Feminino Masculino Ignorado

%

85,7 8,8 5,3 0,3 -

2001

341 35 21 1 0 0

Faixa etária 0 a 6 dias 7-27 dias 28 a 1 ano 1 a 2 anos > 2 anos Ignorado

Características

382

318 45 19

7 39 333 3

382 171 17 0 58 3 133

181 191 10

367 4 11 0 0 0

%

100,0

83,2 11,8 5,0

1,8 10,2 87,2 0,8

100 44,8 4,5 15,2 0,8 34,8

47,4 50,0 2,6

96,1 1,0 2,9 -

2004

351

296 41 14

3 42 295 11

351 170 16 8 70 2 85

171 172 8

337 8 6 0 0 0

84,3 11,7 4,0

0,9 12,0 84,0 3,1

100 48,4 4,6 2,3 19,9 0,6 24,2

48,7 49,0 2,3

96,0 2,3 1,7 -

%

100,0

2005

307

243 46 18

5 38 259 5

307 128 12 4 62 7 94

144 147 16

296 6 5 0 0 0

%

100,0

79,2 15,0 5,9

1,6 12,4 84,4 1,6

100 41,7 3,9 1,3 20,2 2,3 30,6

46,9 47,9 5,2

96,4 2,0 1,7 -

2006

318

(1) (1) (1)

(1) (1) (1) (1)

318 122 14 4 70 14 94

146 151 21

301 8 9 0 0 0

100 38,4 4,4 1,3 22,0 4,4 29,6

45,9 47,5 6,6

94,7 2,5 2,8 -

%

100,0

2007

76,1 18,5 5,4

3,4 12,1 78,9 5,6

100 34,7 3,2 0,8 15,2 1,1 45,0

47,5 48,4 4,0

93,5 3,7 2,6 0,2 -

%

2587 100,0

1727 419 123

77 274 1791 127

2587 898 83 21 393 29 1163

1230 1253 104

2.420 96 67 4 0 0

Total**

Tabela IV. Casos de sífilis congênita (No e %), segundo características das crianças e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2001-2007 *

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69


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70


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Parte VII - ACIDENTES OCUPACIONAIS COM MATERIAIS BIOLÓGICOS

No período de 2000 a 2006, a notificação de acidentes ocupacionais com materiais biológicos era realizada através do SINABIO, sendo que, em 2004, este agravo tornou-se de notificação compulsória em todo o território nacional. A partir de 2007, a notificação passou a ser feita por meio do SINAN NET. Nesta ocasião, iniciou-se a discussão sobre a definição de fluxo de atendimento e notificação de acidentes com material biológico no município de São Paulo, seguida de oficinas regionais para a capacitação dos profissionais da rede municipal de saúde. Com isso, a notificação foi implementada nas unidades básicas de saúde e hospitais, justificando o aumento do número de casos observado em 2007. O monitoramento desse agravo foi realizado até 2006 pelo Programa Municipal de DST/Aids, sendo repassado para a Vigilância da Saúde do Trabalhador e ao Centro de Controle de Doenças da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) a partir do início de 2007, quando de sua inclusão no SINAN NET. As circunstâncias para a ocorrência de acidentes ocupacionais com materiais biológicos (gráficos 3 e 4), o tipo de exposição (gráfico 2) e a ocupação mais freqüente dos casos notificados (tabela I) denotam a necessidade de programas educacionais envolvendo não apenas as equipes que prestam assistência direta ao paciente, mas também outras categorias de profissionais que trabalham, direta ou indiretamente, em serviços de saúde

Gráfico 1. Número de acidentes ocupacionais com material biológico, segundo ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2000-2007* 900 856**

800 681

700 600 Nº

537

519

476

500 394

400 300 200

232 160

100 0 2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Ano da Ocorrência

Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN - NET - CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão. **Dados extraídos do SINAN NET.

As situações que mais comumente levam aos acidentes ocupacionais com material biológico, tais como o descarte inadequado de pérfuro-cortantes e o reencape de agulhas (gráficos 3 e 4), poderiam ser facilmente evitadas, o que indica a necessidade de programas de prevenção permanentes dirigidos aos profissionais de saúde ou que atuam em serviços de saúde, bem como o estabelecimento de normas técnicas claras que garantam a uniformização das medidas de biossegurança e a garantia da disponibilidade permanente dos equipamentos de proteção individual (EPI) nos locais de trabalho. 71


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Gráfico 2. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo tipo de exposição. Município de São Paulo, 2000-2007* 90 80

79,8

70 60 %

50 40 30 20 9,3

10

8,3 1,8

0,8

Pele Não Íntegra

Outros

0 Percutânea

Mucosa (Oral/Ocular)

Pele Íntegra Tipo de Exposição

Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

Gráfico 3. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo circunstâncias do acidente. Município de São Paulo, 2000-2007*

900 800 700

769 635 530

600 Nº

500 400 223

300

136

200

96

100 0 Punção Descarte Administração de Venosa/Arterial Inadequado de Medicamentos Pérfuro-Cortantes

Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

72

Procedimento Cirúrgico

Reencape de Agulha

Procedimento Odontológico


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Gráfico 4. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo circunstâncias do acidente e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2000-2007* 100%

80% Procedimento Odontológico Reencape de Agulha

60%

Procedimento Cirúrgico

%

Descarte Inadequado de pérfuro-cortantes

40%

Punção Venosa/Arterial Administração de Medicamentos

20%

0% 2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Ano da Ocorrência

Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

A vacinação contra Hepatite B ausente ou incompleta, observada em 838 (29,3%) funcionários acidentados (gráfico 5), indica a necessidade de estimular a imunização completa de profissionais da área da saúde e afins, e a testagem para identificar a conversão sorológica pós-vacinal.

Gráfico 5. Situação vacinal em relação à Hepatite B entre funcionários acidentados. Município de São Paulo, 2000-2007* 3000 2620 2500 2000 Nº

1500 1000

838

500

237

0 Completa

Incompleta ou Ausente

Ignorado

Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

73


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Tabela I. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo ocupação do indivíduo acidentado. Município de São Paulo, 2000-2007* Ocupação Auxiliar de Enfermagem

%

1990

55,2

Limpeza

425

12,9

Médico

225

5,6

Enfermeiro

207

5,2

Estudante

139

3,7

Técnico de Enfermagem

166

2,7

64

2,0

Dentista

104

2,4

Ignorado

26

0,4

Laboratório

Outros Total

509

8,7

3855

100,0

Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

Tabela II. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo evolução. Município de São Paulo, 2000-2007* Evolução Alta sem conversão sorológica Em seguimento

757

Alta por fonte negativa

465

Abandono

281

Transferência**

21

Alta com conversão sorológica (hepatite B)

11

Óbito Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão. **Dados extraídos exclusivamente do SINABIO.

74

nº 800

0


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ANEXOS

SISTEMA DE VIGILÂNCIA EM SERVIÇOS (VIGISERV) O Sistema de Vigilância em Serviços (VIGISERV) foi implantado nas 15 unidades de assistência da Rede Municipal Especializada em DST/Aids (RME) do município de São Paulo em 2002. O Setor de Informação do PM/DST/AIDS/SMS/SP é responsável pelo suporte técnico e recebimento mensal dos dados digitados nas unidades. A análise dos dados digitados pelas 15 unidades de assistência da RME, de 2002 a 2007, foi realizada utilizando o programa EPI Info versão 3.2.2, após a retirada de inconsistências e duplicidades do banco de dados utilizando o programa Access 2000. Ao contrário do SINAN, a notificação de dados no VIGISERV não é compulsória. Desse modo, o número de pacientes em seguimento pode estar subestimado por dificuldades na atualização dos dados por parte das unidades. Entretanto, vale destacar que o VIGISERV é uma importante ferramenta para monitoramento das unidades e permite conhecer o perfil dos pacientes atendidos nas unidades da RME direcionando ações para melhoria da qualidade de atendimento.

Pacientes matriculados No período de 2002 a 2007, 51.565 pacientes foram matriculados nas 15 unidades de assistência da RME. Do total de pacientes matriculados, a maioria, 58,7% (30.282/51.565), continua em seguimento ambulatorial (tabela 1). Além disso, a evolução para cura ocorreu predominantemente nos casos de pacientes matriculados com diagnóstico de outras DST que não HIV/Aids. Os Centros de Referência em DST/Aids Santo Amaro, Penha e Freguesia do Ó apresentaram o maior número de pacientes matriculados no período avaliado (tabela 2).

Tabela I. Pacientes matriculados na RME (No e %) segundo evolução. Município de São Paulo, 2000-2007* Evolução dos pacientes matriculados Seguimento ambulatorial

%

30.282

58,7

Abandono

7.883

15,3

Cura

5.691

11,0

Óbito

3.327

6,5

Transferido

3.286

6,4

Mudança de diagnóstico**

807

1,6

Outros

289

0,6

51.565

100,0

Total Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão. **Criança exposta ao HIV/Aids que evoluiu para cura ou conversão sorológica.

75


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Tabela II. Pacientes matriculados na RME (No e %) segundo unidade de atendimento. Município de São Paulo, 2000-2007* Unidade de atendimento

%

CR Santo Amaro

6.392

12,4

CR Penha

5.397

10,5

CR Freguesia do Ó

5.198

10,1

SAE Fidélis Ribeiro

4.941

9,6

SAE Santana

4.832

9,4

SAE Ipiranga

4.265

8,3

SAE Cidade Líder II

3.928

7,6

SAE Cidade Dutra

3.244

6,3

SAE Butantã

2.868

5,6

SAE Jd. Mitsutani

2.121

4,1

SAE Campos Elíseos

1.994

3,9

AE Alexandre Kalil Yazbeck

1.970

3,8

AE Vila Prudente

1.682

3,3

SAE Lapa

1.492

2,9

SAE Herbert de Souza Total

1.241

2,4

51.565

100,0

Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

Pacientes em seguimento A maioria dos pacientes em seguimento ambulatorial na RME em DST/Aids do município de São Paulo, 28.405 (93,8%), são adultos com mais de 12 anos de idade e apenas 1.877 (6,2%) são crianças.

A. Adultos Do total de adultos em seguimento, 57,6% (16.360/28.405), são do sexo masculino e 50,0% (14.189/28.405) são brancos (tabela 3). A média e mediana da idade são 38,0 e 37,0 anos, respectivamente. A maioria dos pacientes em seguimento, 42,8%, tem como diagnóstico principal aids (tabela 4), sendo que, 25,1% (4.572/18.240) dos pacientes com diagnóstico de HIV e aids apresentam co-infecção em tratamento ou tratada (tabela 5). Os Centros de Referência de Santo Amaro e Penha possuem o maior número de adultos em seguimento ambulatorial no período (tabela 6).

Tabela III. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo raça/ cor. Município de São Paulo, 2000-2007* Raça/Cor

%

14.189

50,0

Pardo

8.827

31,1

Ignorado

2.681

9,4

Preto

2.516

8,9

136

0,5

Branco

Amarela Indígena Total Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

76

56

0,2

28.405

100,0


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Tabela IV. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo diagnóstico principal. Município de São Paulo, 2000-2007* Diagnóstico principal

%

Aids

12.158

42,8

DST

6.396

22,5

HIV

6.082

21,4

Hepatite C

2.675

9,4

Hepatite B

836

2,9

Outros

258

0,9

28.405

100,0

Total Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

Tabela V. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME (No e %) com diagnóstico de HIV/AIDS segundo diagnóstico secundário (co-infecção). Município de São Paulo, 2000-2007* Diagnóstico secundário (co-infecção)

%

DST

1.568

34,3

Tuberculose

1.343

29,4

Hepatite C

1.153

25,2

Hepatite B

503

11,0

Outros Total

5

0,1

4.572

100,0

Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

Tabela VI. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo unidade de atendimento. Município de São Paulo, 2000-2007* Unidade de Atendimento

%

CR Santo Amaro

3.579

12,6

CR Penha

3.541

12,5

SAE Fidelis Ribeiro

2.905

10,2

SAE Cidade Dutra

2.491

8,8

CR Freguesia do Ó

2.120

7,5

SAE CidadeLíder II

2.094

7,4

SAE Santana

2.084

7,3

SAE Butantã

1.962

6,9

SAE Campos Elíseos

1.724

6,1

SAE Ipiranga

1.336

4,7

SAE Herbert de Souza

1.091

3,8

SAE Lapa

933

3,3

SAE Jd. Mitsutani

898

3,2

AE Alexandre Kalil Yazbeck

829

2,9

AE Vila Prudente Total

818

2,9

28.405

100,0

Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

77


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B. Crianças Cerca de metade das crianças em seguimento ambulatorial na RME, 50,1% (940/1.877), são do sexo feminino e 52,9% (992/1877) são brancos (tabela 7). A média e mediana da idade destes pacientes são 3,7 e 3,0 anos, respectivamente. A maioria das crianças em seguimento, 53,8% (1.010/1.877), estão em acompanhamento por exposição vertical ao HIV/Aids (tabela 8). Os Serviços de Assistência Especializada em DST/Aids Cidade Líder II e Cidade Dutra têm o maior número de crianças em seguimento (tabela 9).

Tabela VII. Crianças em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo raça/ cor. Município de São Paulo, 2000-2007* Raça/Cor

%

Branco

992

52,9

Pardo

537

28,6

Ignorado

252

13,4

91

4,8

Preto Amarela

4

0,2

Indígena

1

0,1

1.877

100,0

Total Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

Tabela VIII. Crianças em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo diagnóstico principal. Município de São Paulo, 2000-2007* Diagnóstico principal

%

1.010

53,8

Aids

333

17,7

Exposição vertical HIV/Aids s/soroconversão

301

16,0

Exposição vertical HIV/Aids

HIV

98

5,2

DST

51

2,7

Sífilis congênita

37

2,0

Hepatite C

22

1,2

Hepatite B

16

0,9

9

0,5

1.877

100,0

Outros Total Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

78


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Tabela IX. Crianças em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo unidade de atendimento. Município de São Paulo, 2000-2007* Unidade de Atendimento

%

SAE Cidade Líder II

450

24,0

SAE Cidade Dutra

324

17,3

SAE Fidelis Ribeiro

186

9,9

SAE Butantã

160

8,5

CR Penha

131

7,0

SAE Santana

119

6,3

CR Santo Amaro

116

6,2

SAE Campos Elíseos

81

4,3

CR Freguesia do Ó

76

4,0

SAE Herbert de Souza

55

2,9

SAE Jd. Mitsutani

52

2,8

AE Vila Prudente

38

2,0

SAE Lapa

36

1,9

AE Alexandre Kalil Yazbeck

30

1,6

SAE Ipiranga Total

23

1,2

1877

100,0

Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.

79


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ESTATÍSTICAS DE SOROLOGIAS As Estatísticas de Sorologias são relatórios mensais enviados pelos 24 Serviços Especializados em DST/Aids da rede municipal especializada em DST/Aids (RME) (15 unidades de atendimento e 9 centros de testagem e aconselhamento - CTA), desde 2004, com dados sobre a quantidade de sorologias para HIV, sífilis e hepatites B e C realizadas nos serviços. Durante o ano de 2007, foi implantado nos 24 Serviços Especializados em DST/Aids o teste rápido para diagnóstico do HIV e a quantidade de testes rápidos realizados também passou a ser monitorada. A análise dos relatórios dos serviços da RME mostra aumento progressivo do número de pessoas testadas no período de 2005 a 2007. Além disso, é importante destacar que, em apenas um ano de implantação, o teste rápido já corresponde a 8,2% do total das sorologias para detecção do HIV. A facilidade de acesso a exames sorológicos e a disponibilidade do teste rápido diagnóstico para o HIV, que constitui uma resposta mais rápida ao resultado da sorologia do HIV com diminuição nas taxas de não retorno dos usuários dos serviços, são importantes estratégias para diagnóstico precoce, contribuindo para o controle da epidemia de HIV/Aids na cidade de São Paulo.

Gráfico 1. Número de pessoas testadas para HIV e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME. Município de São Paulo, 2005-2007 46.765

50.000 45.000 40.000

39.283 34.822

Número de pessoas testadas (1ª amostra)

35.000 30.000 25.000

Número de pessoas com sorologia positiva( 1ª amostra)

20.000 15.000 10.000

1.802

2.014

2.254

5.000 0 2005

2006

2007

Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP

Gráfico 2. Quantidade de sorologias para o HIV realizadas segundo região. Município de São Paulo, 2007 13.446

13.275 14.000 12.000

10.220

10.000 8.000

5.988

4.841

6.000 4.000 2.000 0 Centro-Oeste

Norte

Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP

80

Sul

Leste

Sudeste


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Gráfico 3. Número de pessoas testadas para sifílis e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME. Município de São Paulo, 2005-2007 47.799

50.000 39.908

45.000 40.000

35.178

35.000

Nº total de pessoas testadas (1ª amostra)

30.000 25.000 20.000

Nº total de pessoas com sorologia positiva ( 1ª amostra)

15.000 10.000 5.000

2.366

1.982

1.996

0 2005

2006

2007

Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP

Gráfico 4. Número de pessoas testadas para hepatite B e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME. Município de São Paulo, 2005-2007 43.293 45000 40000 35000

29.355

Número de pessoas testadas (1ª amostra)

30000 25000 20000

Número de pessoas com sorologia positiva ( 1ª amostra)

15531

15000 10000 846

5000

360

1.090

0 2005*

2006

2007

Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados apenas das 15 unidades de assistência da RME. Sorologias para Hepatite B e C passaram a ser realizadas nos CTA a partir de 2006.

81


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Gráfico 5. Número de pessoas testadas para hepatite C e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME. Município de São Paulo, 2005-2007 43.705 45000 40000 35000 30000

Número de pessoas testadas (1ª amostra)

24.441

25000 20000

Número de pessoas com sorologia positiva ( 1ª amostra)

15157

15000 10000 1.324

1043

5000

1.382

0 2005*

2006

2007

Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados apenas das 15 unidades de assistência da RME. Sorologias para Hepatite B e C passaram a ser realizadas nos CTA a partir de 2006.

Gráfico 6. Número de pessoas que realizaram teste rápido para HIV e número de pessoas com teste rápido positivo nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME. Município de São Paulo, 2007 3.840 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 279

1.500 1.000 500 0 Nº total de pessoas testadas

Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP

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Nº total de pessoas com teste positivo


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Notas Técnicas

Definições de Casos de Aids As definições de casos de Aids, para fins de vigilância epidemiológica, podem ser encontradas nas seguintes publicações: • BRASIL.Ministério da Saúde. Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Revisão da Definição Nacional de Casos de Aids em Indivíduos com 13 anos de idade ou mais, para fins de Vigilância Epidemiológica. Brasília, 1998. http://www.aids.gov.br/udtv/link203.htm • BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Definição Nacional de Casos de Aids em Indivíduos menores de 13 anos, para fins de Vigilância Epidemiológica. Brasília, 2000.http://www. aids.gov.br/uvad/definicao_aids_crianca.pdf • BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Critérios de definição de Casos de Aids em adultos e crianças, para fins de Vigilância Epidemiológica. Brasília,2004.http://www.aids.gov. br/final/biblioteca/critérios/critérios.pdf

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

Categorias de Exposições Hierarquizadas Modificadas Em reunião do Comitê Assessor de Vigilância Epidemiológica realizada na cidade de Brasília em 18 de dezembro de 2001, foi acordado de forma consensual que, doravante, as categorias de exposições múltiplas, que envolvam o uso de drogas injetáveis e a transmissão sexual, terão sempre como categoria de exposição principal o uso de drogas injetáveis. Em todas as tabelas referente a categoria de exposição deste Boletim foi utilizada a classificação hierarquizada atual, conforme tabela abaixo:

Categoria de exposição

Categoria de exposição hierarquizada

Homossexual

Homossexual

Homo/UDI**

UDI

Homo/hemofílico

Homossexual

Homo/transfusão (notificação anterior a 1998)

Homossexual

Homo/transfusão (notificação a partir de 1998)

Transfusão

Homo/UDI /hemofílico**

UDI

Homo/UDI /transfusão (notificação anterior a 1998)**

UDI

Homo/UDI /transfusão (notificação a partir de 1998)

Transfusão

Bissexual

Bissexual

Bi/UDI**

UDI

Bi/hemofílico

Bissexual

Bi/transfusão (notificação anterior a 1998)

Bissexual

Bi/transfusão (notificação a partir de 1998)

Transfusão

Bi/UDI/hemofílico**

UDI

Bi/UDI/transfusão (notificação anterior a 1998)**

UDI

Bi/UDI/transfusão (notificação a partir de 1998)

Transfusão

Heterossexual

Heterossexual

Hetero/UDI

UDI

Hetero/hemofílico

Hemofílico

Hetero/transfusão

Transfusão

Hetero/UDI /hemofílico

UDI

Hetero/UDI /transfusão (notificação anterior a 1998)

UDI

Hetero/UDI /transfusão (notificação a partir de 1998)

Transfusão

UDI

UDI

UDI/hemofílico

UDI

UDI/transfusão (notificação anterior a 1998)

UDI

UDI/transfusão (notificação a partir de 1998)

Transfusão

Hemofílico

Hemofílico

Transfusão

Transfusão

Acidente de trabalho*

Acidente de Trabalho

Transmissão Vertical*

Transmissão Vertical

Ignorada*

Ignorada

* Não aceitam categorias múltiplas. **Categorias que foram modificadas. Fonte: Boletim Epidemiológico de Aids - Ano XV - No. 1 - julho/setembro/2001 - MS

84


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

ANOTAÇÕES

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C

ANOTAÇÕES

86


Boletim Epidemiológico

de

Aids

HIV/DST e Hepatites B e C

do Município de São Paulo


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