Boletim Epidemiológico
de
Aids
HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo Ano XII - No 11 - Maio 2008
Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde – PMSP Rua General Jardim, 36 – 4º andar – CEP 01223-010 Telefone: 11 3397-2207 dstaids@prefeitura.sp.gov.br www.dstaids.prefeitura.sp.gov.br Gilberto Kassab – Prefeito Januario Montone – Secretário Municipal da Saúde Inês Suarez Romano – Coordenadora de Vigilância em Saúde Maria Cristina Abbate – Coordenadora do Programa Municipal de DST/AIDS Sonia Regina Testa da Silva Ramos – Gerente do Centro de Controle de Doenças Boletim Epidemiológico de AIDS, HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo Elaboração Coordenação de Vigilância em Saúde – COVISA Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo Alessandra Cristina Guedes Pellini, Amalia Vaquero Cervantes Uttempergher, Ana Hiroco Hiraoka, Ana Maria Bara Bresolin, Ana Marisa Tenuta Perondi, Beatriz Barrella, Célia Regina Cicolo da Silva, Clóvis Prandina, Denise Brandão de Assis, Doris Sztutman Bergmann, Maria Elisabeth de Barros Reis Lopes, Inês Kazue Koizume, Iara de Souza, Luiz Claudio Ferreira Espindola, Regina Aparecida Chiarini Zanetta, Silvana Takahashi. Colaboradores: Maria Lucia de Moraes Bourroul, Mauro Tanigushi, Neli Gomes de Brito, Roberta Andréa Oliveira. Subgerência de Informação: Cleir Aparecido Santana, José Olimpio Moura de Albuquerque, Julio César Magalhães Alves, Marcello Rocha Pereira, Márcia Costa Dobrowisch, Mari Oda, Marcus Ney Pinheiro Machado, Pedro José Vilaça, Renato Passalacqua. Colaboração PRO-AIM – Programa de Aprimoramento de Informação em Mortalidade SMS – PMSP Produção Editorial Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo SMS – PMSP Produção Gráfica Olho de Boi Comunicações Maio 2008
Boletim Epidemiológico
de
Aids
HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo
APOIO
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Índice
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APRESENTAÇÂO _____________________________________________________________09 EDITORIAL_________________________________________________________________________________________10 PARTE I – AIDS _________________________________________________ 12 Tabela I. Total de casos de aids notificados e coeficiente de incidência segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo _______________________________________________________________________14 Gráfico 1. Total de casos de aids notificados, segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo _______________________14 Tabela II. Casos de aids (Nº e %), segundo faixa etária, sexo e época do diagnóstico ___________________________________15 Tabela III. Casos de aids (Nº e %), segundo raça/cor, sexo e ano de diagnóstico _______________________________________16 Gráfico 2. Distribuição de casos de aids, sexo masculino, segundo raça/cor e ano de diagnóstico __________________________16 Gráfico 3. Distribuição de casos de aids, sexo feminino, segundo raça/cor e ano de diagnóstico ___________________________17 Tabela IV. Casos de aids (Nº e %), em indivíduos com 19 anos de idade ou mais, segundo escolaridade e época do diagnóstico ___________________________________________________________________17 Gráfico 4. Distribuição de casos de aids, sexo masculino, segundo escolaridade e ano de diagnóstico _______________________18 Gráfico 5. Distribuição de casos de aids, sexo feminino, segundo escolaridade e ano de diagnóstico________________________18 Tabela V. Casos de aids (Nº e %), em maiores de 13 anos de idade do sexo masculino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico ______________________________________________________19 Tabela VI. Casos de aids (Nº e %), em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico ______________________________________________________20 Tabela VII. Casos de aids (Nº e %) em menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico ______________________________________________________________20 Gráfico 6. Proporção de casos de aids no sexo masculino e feminino, em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição (exceto ignorados) e agrupamento de anos de diagnóstico________________21 Tabela VIII. Casos de aids (Nº e %), segundo Coordenadoria de Saúde, Supervisão de Saúde e agrupamento de anos do diagnóstico ________________________________________________________________________22 Tabela IX. Casos de aids (Nº e %), por categoria de exposição hierarquizada, segundo Coordenadoria de Saúde e Supervisão de Saúde __________________________________________________________23 Figura 1. Mapa de coeficiente de incidência de aids, segundo Distrito Administrativo de residência ________________________24 Tabela X. Casos e óbitos por aids reportados ao ano calendário de diagnóstico e taxa de letalidade, segundo sexo ____________25 Tabela XI. Óbitos por aids por ano de ocorrência, razão de sexo e taxa de mortalidade segundo sexo _______________________26 Gráfico 7. Taxa de mortalidade por aids, segundo sexo e ano de ocorrência do óbito ____________________________________27 Tabela XII. Principais causas de morte _________________________________________________________________________27 Tabela XIII. Principais causas de morte por sexo _________________________________________________________________28 Tabela XIV. Óbitos por aids (Nº e %) e coeficiente de mortalidade (C.M.), segundo faixa etária e ano de ocorrência do óbito _______________________________________________________________29 Tabela XV. Óbitos por aids (Nº e %), segundo raça/cor e ano de ocorrência do óbito ____________________________________30 4
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PARTE II – HIV _________________________________________________ 31 Tabela I. Número de casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo, razão de sexo e época do diagnóstico ________________________________________________________________________ 31 Tabela II. Casos de infecção pelo HIV (Nºe %), segundo faixa etária e ano do diagnóstico ______________________________ 32 Gráfico 1. Distribuição de casos de infecção pelo HIV, segundo faixa etária e ano do diagnóstico _________________________ 33 Tabela III. Casos de infecção pelo HIV (Nº e %), segundo escolaridade e época do diagnóstico __________________________ 34 Tabela IV. Casos de infecção pelo HIV (Nº e %), segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico _______ 35 Gráfico 2. Número de casos de infecção pelo HIV, sexo masculino, por categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico _______________________________________________________________ 36 Gráfico 3. Número de casos de infecção pelo HIV, sexo feminino, por categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico _______________________________________________________________ 36 Tabela V. Número de casos de infecção pelo HIV, segundo unidade notificadora e categoria de exposição hierarquizada _______ 37
PARTE III – GESTANTE HIV E CRIANÇA EXPOSTA ______________________ 39 Tabela I. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo ano de notificação _____________________ 39 Gráfico 1. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo ano de notificação _____________________ 40 Tabela II. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo época da evidência laboratorial do HIV ________________________________________________________________ 40 Gráfico 2. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo época da evidência laboratorial ______ 41 Tabela III. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo realização de pré-natal (PN) e ano de notificação ________________________________________________________ 42 Tabela IV. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo a evolução da gravidez e ano de parto _________________________________________________________________________ 43 Tabela V. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo o tipo de parto _______________________ 43 Gráfico 3. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo o tipo de parto ___________________ 44 Tabela VI. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo uso de ARV durante o parto e ano de parto _____________________________________________________________ 45 Gráfico 4. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo uso de ARV durante o parto e ano de parto ______________________________________________________________________________ 46 Tabela VII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo óbito materno e ano de parto __________ 46 Tabela VIII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo situação da criança ao nascimento e ano de parto _______________________________________________________ 47 Tabela IX. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo situação da criança ao nascimento _______ 47 Gráfico 5. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo a situação da criança ao nascimento __________________________________________________________________ 48
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Tabela X. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo aleitamento materno e ano de nascimento ____________________________________________________________________ 49 Tabela XI. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo início do AZT na criança e ano de nascimento___________________________________________________________ 49 Gráfico 6. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo início do AZT na criança e ano de nascimento _______________________________________________________________________ 50 Tabela XII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta que fizeram uso de AZT xarope (Nº e %), segundo tempo total de uso do AZT na criança e ano de nascimento __________________________________ 50 Gráfico 7. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta que fizeram uso de AZT xarope, segundo tempo total de uso de AZT na criança e ano de nascimento ________________________________________________ 51 Tabela XIII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo o encerramento do caso e ano de nascimento ___________________________________________________________ 52 Gráfico 8. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo o encerramento do caso e ano de nascimento ___________________________________________________________ 53 Gráfico 9. Percentual dos casos de crianças infectadas em relação ao total de gestantes HIV+ e crianças expostas notificadas, segundo ano de nascimento ______________________________________________________ 53
Parte IV – DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) _______________ 55 PARTE V – HEPATITES B E C Figura 1. Fluxograma para acompanhamento da transmissão vertical do VHC__________________________________________ 58 Gráfico 1. Número de casos notificados de hepatite B, segundo presença de marcadores sorológicos reagentes e ano de notificação___________________________________________________________ 59 Gráfico 2. Número de casos notificados de hepatite C, segundo presença de marcadores sorológicos reagentes e ano de notificação ____________________________________________________________________ 60 Tabela I. Número e porcentagem de casos notificados de hepatites virais com informação de co-infecção com o HIV, MSP, 2007 ___________________________________________________________ 60
PARTE VI – GESTANTE COM SÍFILIS E SÍFILIS CONGÊNITA GESTANTE COM SÍFILIS __________________________________________ 61 Tabela I. Casos de sífilis em gestante (Nº e %) segundo Coordenadoria de Saúde ______________________________________ 61 Tabela II. Casos de sífilis em gestante (Nº e %) segundo Coordenadoria de Saúde e SUVIS de notificação __________________ 62 Tabela III. Casos de gestante com sífilis (Nº e %) segundo características dos casos ___________________________________ 63
SÍFILIS CONGÊNITA _____________________________________________64 Gráfico 1. Coeficiente de incidência de sífilis congênita nas Coordenadorias Regionais de Saúde de residência _______________ 64 Tabela I. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência por 1000 nascidos vivos), segundo Coordenadorias Regionais de Saúde e respectivas Supervisões de Vigilância, por ano de nascimento ______________________ 66
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PÁG Tabela II. Casos notificados de sífilis congênita por ano de nascimento, segundo características das mães e realização do pré-natal _______________________________________________________ 67 Tabela III. Casos notificados de sífilis congênita por ano de nascimento, segundo características da sorologia (VDRL), diagnóstico e tratamento das mães com sífilis no pré-natal ________________________________________ 68 Tabela IV. Casos de sífilis congênita, segundo características das crianças e ano de nascimento __________________________ 69
PARTE VII – ACIDENTES OCUPACIONAIS COM MATERIAIS BIOLÓGICOS ____ 71 Gráfico 1. Número de acidentes ocupacionais com material biológico, segundo ano de ocorrência _________________________ 71 Gráfico 2. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo tipo de exposição __________________________________ 72 Gráfico 3. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo circunstâncias do acidente ___________________________ 72 Gráfico 4. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo circunstâncias do acidente e ano de ocorrência __________ 73 Gráfico 5. Situação vacinal em relação a hepatite B entre funcionários acidentados ____________________________________ 73 Tabela I. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo ocupação do indivíduo acidentado _____________________ 74 Tabela II. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo evolução _________________________________________ 74
ANEXOS ANEXO 1. SISTEMA DE VIGILÂNCIA EM SERVIÇOS (VIGISERV) ___________ 75 Tabela I. Pacientes matriculados na RME segundo evolução _______________________________________________________ 75 Tabela II. Pacientes matriculados na RME segundo unidade de atendimento __________________________________________ 76 Tabela III. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME segundo raça/cor _________________________________________ 76 Tabela IV. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME segundo diagnóstico principal ________________________________ 77 Tabela V. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME com diagnóstico de HIV/AIDS segundo diagnóstico secundário (co-infecção) _________________________________________________________________ 77 Tabela VI. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME segundo unidade de atendimento _____________________________ 77 Tabela VII. Crianças em seguimento ambulatorial na RME segundo raça/cor __________________________________________ 78 Tabela VIII. Crianças em seguimento ambulatorial na RME segundo diagnóstico principal _______________________________ 78 Tabela IX. Crianças em seguimento ambulatorial na RME segundo unidade de atendimento ______________________________ 79
ANEXO 2. ESTATÍSTICAS DE SOROLOGIAS Gráfico 1. Número de pessoas testadas para HIV e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME _______________________________________________________________ 80 Gráfico 2. Quantidade de sorologias para o HIV realizadas segundo região ___________________________________________ 80 Gráfico 3. Número de pessoas testadas para sifílis e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME ________________________________________________________ 81
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Gráfico 4. Número de pessoas testadas para hepatite B e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME ________________________________________________________ 81 Gráfico 5. Número de pessoas testadas para hepatite C e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME ________________________________________________________ 82 Gráfico 6. Número de pessoas que realizaram teste rápido para HIV e número de pessoas com teste rápido positivo nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME __________________________________________ 82
NOTAS TÉCNICAS _______________________________________________________________________________ 83
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Apresentação
A coleta de dados é uma atividade contínua da vigilância epidemiológica. Ao lado disto, a análise dos dados epidemiológicos coletados e a divulgação das informações por eles geradas são atividades complementares fundamentais que permitem estudar a distribuição das doenças na população e os fatores que determinam esta distribuição. Este Boletim Epidemiológico do município de São Paulo, além de trazer informações essenciais para o planejamento e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento da aids, HIV, Sífilis congênita e Hepatites B e C, mostra como as ações específicas da Prefeitura de São Paulo para estes agravos resultaram na melhoria de vários indicadores de saúde. Merecem destaque a redução da taxa de incidência e mortalidade por aids no município, bem como a redução contínua da transmissão vertical do HIV (da mãe para o bebê). Esta última, em especial, resultado de um trabalho conjunto de várias áreas da Secretaria Municipal da Saúde. Que as informações aqui apresentadas contribuam, cada vez mais, para o aprimoramento da nossa ação em saúde junto à população paulistana.
Januario Montone Secretário Municipal da Saúde Prefeitura de São Paulo
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Editorial O Boletim Epidemiológico de Aids, HIV, DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo no 11, publicado em 2008, apresenta informações sobre aids, HIV+, gestante HIV+ e criança exposta, doenças sexualmente transmissíveis (DST), acidentes de trabalho com exposição a material biológico, hepatites B e C, gestante com sífilis e sífilis congênita notificadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e atualizadas até dezembro de 2007. A partir de janeiro de 2007, em substituição ao SINAN Windows (SINAN W), foi introduzido o SINAN NET, uma nova versão de plataforma de registro e análise de dados, passando a funcionar em rede. Dessa forma, os bancos de dados de aids, HIV, gestante HIV+, hepatites e DST contidos no SINAN W foram encerrados com os dados obtidos até 31 de dezembro de 2006. Novos bancos, já na versão NET, foram iniciados em janeiro de 2007. Destaque-se que, para o encerramento do banco do SINAN W, foi realizado um trabalho intensivo com as unidades notificadoras e Supervisões de Vigilância em Saúde (SUVIS) no intuito de melhorar a qualidade das informações, sob a supervisão do Centro de Controle de Doenças (CCD) e da Subgerência de Informação da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA). Em relação aos acidentes de trabalho com exposição a material biológico, a notificação tornou-se compulsória na rede de serviços sentinela a partir de 2004, mas a incorporação ao SINAN NET, em 2007, resultou em um aumento considerável das notificações. Essa nova versão em rede do SINAN sofreu diversas alterações na forma de coleta das informações dos agravos aqui discutidos, o que trouxe um desafio à consolidação dos dados notificados até 2006 e a partir de 2007. No entanto, um programa desenvolvido pela Subgerência de Informação da COVISA permitiu a união de variáveis dos dois sistemas de notificação (SINAN W e SINAN NET) para alguns agravos de maior volume de notificações (aids adulto, aids criança e HIV+). O Programa Municipal de Hepatites Virais possui três grandes áreas de atuação: vigilância epidemiológica, assistência aos portadores de hepatites B e C e prevenção. A atuação em cada uma dessas áreas vem sendo ampliada pela capacitação dos serviços que realizam a triagem sorológica, o acompanhamento dos portadores de hepatites B e C e a notificação dos casos. Isto resultou na identificação de novos casos e no aumento das notificações. A redução da mortalidade infantil, prioridade do Pacto pela Vida (Ministério da Saúde) e da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, tem como um de seus componentes a redução das taxas de transmissão vertical do HIV e da sífilis. Nesse sentido, o município de São Paulo teve um grande avanço ao obter um aumento de 28% na porcentagem das gestantes HIV+ que fizeram pré-natal em 2007 (90,1%), em relação àquelas que realizaram pré-natal em 2006 (62,1%). Nos países em desenvolvimento, a transmissão vertical da sífilis e do HIV determina grande incidência de perdas gestacionais e doenças congênitas (aids e sífilis), conseqüentes ao acesso e qualidade da assistência pré-natal. Deve ser ressaltado que este é o período mais importante para reduzir a incidência desses agravos por meio do diagnóstico precoce, da profilaxia e do tratamento adequado. De 2003 a 2006, observa-se uma tendência à diminuição do número de casos e da incidência da sífilis congênita no Município de São Paulo. Para enfrentar o desafio do controle da sífilis congênita, as áreas técnicas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo, envolvidas na redução da transmissão vertical da sífilis pactuaram ações integradas (Portaria 1657/2007-SMS. G), com a meta de diminuir a incidência da doença no município para menos de 1 caso por 1000 nascidos vivos até o final de 2009. Em relação à transmissão vertical do HIV, observa-se que a tendência de diminuição de casos de crianças infectadas por ano se mantém nos últimos anos.
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Como uma medida para reduzir a subnotifição e o atraso no tratamento, a Comissão de Normatização e Avaliação das Ações de Controle da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis no Município de São Paulo estabeleceu uma vigilância de base laboratorial, por meio do envio de resultados de exames de HIV+ e VDRL+ em gestantes para as vigilâncias de nível central e regional, no intuito de agilizar a notificação e contribuir para um tratamento mais precoce das gestantes no pré-natal. A política de combate à aids está inserida nas diretrizes que regem o Sistema Único de Saúde. As ações programáticas, que visam assistir integral e universalmente as pessoas afetadas pela epidemia, vêm se mantendo sustentáveis ao longo de duas décadas. O coeficiente de incidência de aids mantém sua tendência de queda no Município de São Paulo, desde 1998. A distribuição espacial dos casos segundo categoria de exposição hierarquizada se faz de modo desigual nas diversas regiões do município. A categoria de exposição heterossexual vem se mantendo em primeiro lugar, seguida das categorias homossexual e usuários de drogas injetáveis. Os dados de 2006 denotam um incremento na proporção de casos de homossexuais masculinos em relação a 2005, ao mesmo tempo em que houve um decréscimo na proporção de heterossexuais. Os dados de 2007, no entanto, apontam para uma estabilização na proporção de homossexuais e aumento da categoria heterossexual. Somente o acompanhamento das notificações permitirá avaliar se esta tendência se manterá nos próximos anos. O registro do campo raça/cor vem melhorando gradualmente desde o ano de 2003, além disso, essa variável vem se tornando mais confiável na medida em que as unidades especializadas em DST/Aids passaram a utilizar o critério de auto referência. A letalidade da aids vem apresentando queda constante desde o início da epidemia, porém, vale destacar que a queda mais expressiva é observada a partir do ano de 1996, o que se deve, sobretudo, ao início da terapia anti-retroviral de alta potência, bem como à melhoria da qualidade da assistência e investimento em diagnóstico precoce. Do mesmo modo, após a introdução da política de acesso universal ao tratamento anti-retroviral, observou-se importante queda na mortalidade por aids. Esse agravo vem ocupando posições decrescentes na classificação das principais causas de óbito (da 5ª posição em 1996, passou à 17ª em 2007). Um novo processo na notificação de HIV/aids que se encontra em fase de implementação é o incremento das fontes de captura, dentre as quais o registro da utilização de medicamentos anti-retrovirais retirados no Centro de Referência e Treinamento (CRT) em Aids. Utilizando essa nova fonte, é possível reconhecer casos de aids que não constam no Banco de Notificação do SINAN, em especial pacientes que realizam seu acompanhamento fora da rede pública de atendimento. Por fim, com a implementação de políticas definidas com base em informações consistentes, espera-se reduzir da incidência do HIV/aids, controlar outras DST e melhorar a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/aids no Município de São Paulo.
Maria Cristina Abbate
Sônia Regina Testa da Silva Ramos
Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo
Centro de Controle de Doenças - CCD/COVISA
Coordenadora
Gerente SMS - PMSP 11
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Parte I - AIDS A partir de janeiro de 2007, o Ministério da Saúde modificou a plataforma de registro e análise de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), que passou a funcionar em rede (SINAN NET). Os bancos de dados de aids, HIV e gestante HIV+ contidos no SINAN Windows (SINAN W) foram encerrados e iniciaram-se novos bancos com as novas notificações. Assim, foram alteradas as fichas de notificação: vários campos deixaram de existir e outros foram criados. Esta mudança impossibilitou a continuidade da tabulação das informações do mesmo modo como vinha sendo realizada. Para o encerramento do SINAN W, solicitou-se às unidades notificadoras e Supervisões de Vigilância em Saúde (SUVIS) que fosse feita a exclusão de duplicidades e a melhoria da qualidade das informações, sob a supervisão do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CCD) e Sub-gerência de Informação da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA). Essas ações propiciaram uma finalização consistente do banco definitivo do SINAN W. Com a finalidade de manter os bancos de dados atualizados e consistentes, o CCD/COVISA tem realizado capacitações e reuniões técnicas para as equipes de vigilância epidemiológica das Supervisões Regionais de Saúde, Unidades Especializadas em DST/Aids, Unidades Básicas de Saúde e Maternidades. O objetivo deste investimento é melhorar a qualidade da coleta e do manuseio das informações, levando a um aperfeiçoamento na análise dos dados de notificações de HIV, aids, doenças sexualmente transmissíveis, gestantes HIV+ e acidentes com exposição a material biológico no município de São Paulo. A variável raça/cor foi introduzida no SINAN a partir do ano de 2000 e, no processo de sua implementação, foram efetuadas várias atualizações técnicas, primeiramente pela vigilância epidemiológica do Estado de São Paulo, e depois, pelo município. A Portaria nº. 545/04, que regulamenta a coleta e o preenchimento do campo raça/cor no Sistema de Informação em Saúde do município de São Paulo, foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) em 27/08/2004. A partir de então, os dados passaram a ser coletados respeitando-se o critério de auto-declaração de raça/cor do usuário da saúde, dentro dos padrões utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro de 2006, aconteceu a Primeira Oficina de Expansão da Coleta do Quesito Raça/Cor no Município de São Paulo para sensibilizar os gestores, gerentes, técnicos e demais colaboradores para a importância desta informação. Com a análise do banco de dados do SINAN, verificou-se que a completitude do campo raça/cor vem melhorando gradativamente a partir de 2003 (tabela III). No final de 2006, todas as unidades especializadas em DST/aids já utilizavam o critério de auto-definição, tornando o campo mais confiável em relação à qualidade da análise. Na tabela I, onde se verifica o número total de casos de aids segundo o ano de diagnóstico e o coeficiente de incidência, foram incluídos dois casos de aids do sexo masculino, um em 1980 e o outro em 1981. Esse incremento, que trouxe modificações na série histórica de casos de aids, foi ocasionado pela investigação dos dois casos por meio de consulta aos prontuários pelas unidades de saúde notificadoras. Observa-se, ainda, pela tabela I, a manutenção da tendência de diminuição do coeficiente de incidência, sobretudo no sexo masculino. A razão de sexo mantém-se em 2/1 desde 1997. Na tabela II, onde se observam os casos de aids segundo a faixa etária e o sexo, denota-se que o predomínio de casos de aids persiste, proporcionalmente, na faixa etária de 20 a 49 anos de idade, e nos indivíduos com 60 anos e mais há uma discreta tendência de aumento, em especial no sexo feminino. Verifica-se que, a partir do ano de 2003, aproximadamente 50% dos casos de aids pertencem à raça branca. Se for considerada a somatória de negros e pardos, houve um aumento na proporção de casos nos últimos quatro anos, assim como uma diminuição na proporção de “ignorados” para ambos os sexos (tabela III, gráficos 2 e 3). Ao analisar a tabela IV (excetuando-se os ignorados) e os gráficos 4 e 5, observa-se, em ambos os sexos, um aumento da proporção de casos com escolaridade de 8 a 11 anos, a partir do ano 2000. De 2005 a 2006 houve diminuição da proporção de casos com escolaridade de 4 a 7 anos. Os dados das tabelas V e VI e do gráfico 6 indicam que houve um incremento na proporção dos casos de homossexuais e UDI, no sexo masculino, no ano de 2006 em relação a 2005 e decréscimo na proporção de heterossexuais no mesmo período. Em 2007, dados preliminares mostram a estabilização na proporção de casos homossexuais e aumento na proporção de casos de heterossexuais em relação a 2006. Os números destas categorias de exposição devem ser acompanhados para verificar se esta tendência será confirmada. Em relação à distribuição de casos segundo a região de residência (tabela VIII), observa-se que, no decorrer dos anos, ocorreu uma diminuição na proporção de casos da Coordenadoria Regional de Saúde Centro-Oeste e um aumento nas Coordenadorias Regionais de Saúde Leste e Sul, enquanto que os casos nas regiões Norte e Sudeste se mantiveram estáveis.
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A distribuição de casos pela cidade, conforme categoria de exposição hierarquizada (tabela IX), se faz de maneira irregular. A região Centro-Oeste tem um predomínio de homo e bissexuais, principalmente na Supervisão de Saúde Sé/Santa Cecília, enquanto as outras regiões têm maioria de heterossexuais. As regiões Norte, Sudeste e Leste têm uma porcentagem mais elevada de usuários de drogas injetáveis do que as outras Coordenadorias. Por sua vez, a região Leste e a Supervisão de Saúde Cidade Ademar/Santo Amaro têm porcentagens maiores de transmissão vertical como categoria de exposição, acima do valor médio encontrado para o município. A letalidade da aids (tabela X) vem apresentando uma queda constante desde o início da epidemia, graças à melhoria da qualidade da atenção, da disponibilidade e do acesso a medicamentos potentes e aos investimentos para a realização de diagnóstico cada vez mais precoce. No município de São Paulo ocorreram 35.076 óbitos de indivíduos portadores aids desde o início da epidemia até setembro de 2007, sendo 27.253 óbitos em homens e 7.823 em mulheres (tabela XI). Desde 1996, com a utilização da terapia anti-retroviral de alta potência, a aids vem caindo na classificação das principais causas de morte. Naquele ano, encontrava-se em 5º. lugar, passando à 13ª. posição em 2006 e à 17ª. em 2007. Esta queda é notada em ambos os sexos, sendo que os óbitos por aids no sexo masculino caíram da 11ª. posição em 2006 para a 14ª. em 2007, enquanto que, no sexo feminino, foi da 16ª. para a 18ª. posição na classificação (tabelas XII e XIII). Por sua vez, o coeficiente de mortalidade vem se mantendo mais alto nas faixas etárias de 20 a 49 e 50 a 59 anos (tabela XIV). Há um predomínio proporcional de óbitos na raça/cor branca desde 2001, o que é compatível com o encontrado na distribuição de casos de aids segundo raça/cor (tabelas XV e III).
Incremento de fontes de captura A vigilância epidemiológica da Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo detectou pacientes provenientes de consultórios médicos particulares que retiravam medicamentos anti-retrovirais na farmácia do Centro de Referência e Treinamento (CRT) em Aids. Uma parcela desses pacientes não havia sido notificada como caso de aids, sendo possível, por meio dessa nova fonte de captura, recuperar 186 notificações, que foram incluídas no SINAN W. O CCD/COVISA assumiu a responsabilidade por esse fluxo de notificação a partir do 2º. lote de pacientes identificados.
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela I. Total de casos de aids notificados e coeficiente de incidência* segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo. Município de São Paulo, 1980-2007 Ano de diagnóstico
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 TOTAL
Sexo Masculino Nº de casos Coeficiente Incidência 2 0,04 1 0,02 3 0,1 23 0,5 69 1,6 258 5,9 394 8,9 809 18,1 1281 28,4 1641 36,0 2369 51,5 2718 58,6 3102 66,4 3031 64,4 3104 65,5 3055 64,0 3102 64,5 3063 63,2 3125 63,9 2770 51,3 2405 48,4 2329 46,6 2166 43,1 2107 41,6 1710 33,6 1665 32,5 1665 32,4 1140 22,1 49107
Total Feminino Nº de casos Coeficiente Incidência 0 0 0 2 0,04 3 0,5 10 0,2 18 0,4 72 1,5 151 3,1 233 4,8 367 7,5 519 10,4 724 14,4 853 16,8 877 17,1 1057 20,4 1216 25,3 1412 26,7 1577 29,5 1418 28,7 1195 21,9 1247 22,7 1216 22 1091 19,6 871 15,6 986 17,5 909 16,9 553 9,7
18577
Razão de sexo Nº de casos 2 1 3 25 72 268 412 881 1432 1874 2736 3237 3826 3884 3981 4112 4318 4475 4702 4188 3600 3576 3382 3198 2581 2651 2574 1693
Coeficiente Incidência 0,02 0,01 0,03 0,3 0,8 3,0 4,5 9,6 15,4 20,0 28,8 33,7 39,5 39,7 40,3 41,3 43,0 44,1 45,9 40,5 34,5 34,1 32,0 30,1 24,2 24,7 23,8 15,6
M/F 11/1 23/1 26/1 22/1 11/1 8/1 7/1 6/1 5/1 4/1 4/1 4/1 3/1 3/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1
67684
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão. *Número de casos diagnosticados no ano, por 100.000 hab.
Gráfico 1. Total de casos de aids notificados, segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo. Município de São Paulo, 1980-2007 5000
30,00
4500
N° de Casos
3500
20,00
3000 2500
15,00
2000 10,00
1500 1000
5,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
0
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
500
Ano de Diagnóstico Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
14
0,00
Razão de Sexos
25,00
4000
F
M
Total
Razão de sexo
10920
15
Ignorado
11704
244
60 e +
TOTAL
609
50 a 59
Adultos
1791
40 a 49
247
13 a 19
4147
784
Crianças
30 a 39
44
10 a 12
3867
242
5a9
20 a 29
498
89
Ignorado
36325
692
60 e +
0a4
1953
50 a 59
TOTAL
6884
40 a 49
35573
15412
30 a 39
Adultos
622
752
Crianças
9921
75
10 a 12
20 a 29
230
13 a 19
447
5a9
nº
93,3
0,1
2,1
5,2
15,3
35,4
33,0
2,1
6,7
0,4
2,1
4,2
97,9
0,2
1,9
5,4
18,9
42,4
27,3
1,7
2,1
0,2
0,6
1,2
%
1980-2000
0a4
Faixa etária
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
Feminino
Masculino
1247
1181
-
25
84
243
473
333
23
66
4
21
41
2329
2277
2
66
168
560
983
461
37
52
3
25
24
nº
%
94,7
-
2,0
6,7
19,5
37,9
26,7
1,8
5,3
0,3
1,7
3,3
97,8
0,1
2,8
7,2
24,0
42,2
19,8
1,6
2,2
0,1
1,1
1,0
2001
1216
1165
-
28
72
247
469
328
21
51
3
19
29
2166
2129
-
64
199
515
954
378
19
37
3
13
21
nº
%
95,8
-
2,3
5,9
20,3
38,6
27,0
1,7
4,2
0,2
1,6
2,4
98,3
-
2,9
9,2
23,8
44,0
17,4
0,9
1,7
0,1
0,6
1,0
2002
1091
1039
-
29
80
236
392
285
17
52
4
23
25
2107
2063
-
66
164
574
875
359
25
44
4
25
15
nº
%
95,2
-
2,7
7,3
21,6
35,9
26,1
1,6
4,8
0,4
2,1
2,3
97,9
-
3,1
7,8
27,2
41,5
17,0
1,2
2,1
0,2
1,2
0,7
2003
871
841
-
17
79
201
332
194
18
30
7
19
4
1710
1691
-
53
175
441
698
301
23
19
3
7
9
nº
%
96,6
-
1,9
9,1
23,1
38,1
22,3
2,1
3,4
0,8
2,2
0,5
98,9
-
3,1
10,2
25,8
40,8
17,6
1,3
1,1
0,2
0,4
0,5
2004
Ano do diagnóstico
986
962
-
24
88
246
380
199
25
24
5
11
8
1665
1642
-
42
170
471
665
286
8
23
5
9
9
nº
%
97,6
-
2,4
8,9
24,9
38,5
20,2
2,5
2,4
0,5
1,1
0,8
98,6
-
2,5
10,2
28,3
39,9
17,2
0,5
1,4
0,3
0,5
0,5
2005
909
887
-
37
86
266
327
151
20
22
7
5
10
1665
1644
1
59
175
474
648
274
13
21
3
13
5
nº
%
97,6
-
4,1
9,5
29,3
36,0
16,6
2,2
2,4
0,8
0,5
1,1
98,7
0,1
3,5
10,5
28,5
38,9
16,5
0,8
1,3
0,2
0,8
0,3
2006
553
549
4
27
73
150
186
101
8
4
2
2
-
1140
1129
3
37
116
329
460
176
8
11
5
3
3
nº
0,7
1,0
0,4
0,3
0,3
%
99,3
0,7
4,9
13,2
27,1
33,6
18,3
1,4
0,7
0,4
0,4
-
99,0
0,3
3,2
10,2
28,9
40,3
15,4
2007
Tabela II. Casos de aids (Nº e %), segundo faixa etária, sexo e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980 – 2007
18577
17544
19
431
1171
3380
6706
5458
379
420
76
342
2
49107
48148
95
1079
3120
10248
20695
12156
755
959
101
325
533
nº
%
0,1
2,3
6,3
18,2
36,1
29,4
2,0
2,3
0,4
1,8
0,01
98,0
0,2
2,2
6,3
20,9
42,1
24,7
1,5
1,9
0,2
0,7
1,1
Total
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
15
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela III. Casos de aids (Nº e %), segundo raça/cor, sexo e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980–2007 Ano de
Raça/Cor
diagnóstico
Branca nº
Amarela %
Indígena
Ignorada
nº
nº
nº
%
nº
%
nº
1380
3,8
171
0,5
379
1,0
17
0,1
7
0,02
34371
94,6
36325
294
12,6
49
2,1
85
3,6
3
0,1
1
0,04
1897
81,4
2329
2002
636
29,4
104
4,8
180
8,3
8
0,4
1
0,05
1237
57,1
2166
2003
1134
53,8
219
10,4
355
16,8
13
0,6
1
0,05
385
18,3
2107
2004
961
56,2
200
11,7
334
19,5
14
0,8
1
0,06
200
11,7
1710
2005
897
53,9
176
10,6
402
24,1
15
0,9
2
0,1
173
10,4
1665
2006
945
56,8
180
10,8
356
21,4
8
0,5
4
0,2
172
10,3
1665
2007
627
55,0
137
12,0
282
24,7
12
1,0
2
0,2
80
7,0
1140
1980/2000
710
6,1
122
1,0
292
2,5
8
0,1
3
0,03
10569
90,3
11704
2001
173
13,9
25
2,0
53
4,2
1
0,1
0
-
995
79,8
1247
2002
367
30,2
64
5,3
104
8,5
5
0,4
0
-
676
55,6
1216
2003
601
55,1
107
9,8
213
19,5
8
0,7
0
-
162
14,8
1091
2004
472
54,2
111
12,7
198
22,7
1
0,1
0
-
89
10,2
871
2005
486
49,3
141
14,3
270
27,4
6
0,6
3
0,3
80
8,1
986
2006
474
52,1
99
10,9
246
27,1
3
0,3
1
0,1
86
9,5
909
2007
260
47,0
83
15,0
164
29,7
2
0,4
0
-
44
8,0
553
2001 Masculino
Parda
%
1980/2000
Feminino
Preta
Total %
%
Fonte: SINAN Windows/Net- CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
Gráfico 2. Distribuição de casos de aids, sexo masculino, segundo raça/cor e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980–2007 100 90 80 70 Ignorada Indígena Amarela Parda Preta Branca
60 50
%
40 30 20 10 0 1999/2000
2001
2002
2003
2004
Ano de Diagnóstico
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
16
2005
2006
2007
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 3. Distribuição de casos de aids, sexo feminino, segundo raça/cor e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007 ��� �� �� �������� �������� ������� ����� ����� ������
�� �� � �� �� �� �� �� � ���������
����
����
����
����
����
����
����
������������������ Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
Tabela IV. Casos de aids (Nº e %), em indivíduos com 19 anos de idade ou mais, segundo escolaridade e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007 Ano de Diagnóstico
Feminino
Masculino
Nenhuma
Escolaridade (anos) 4a7
1a3
Total 8 a 11
12 e mais
Ignorado
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
80-89
45
1,1
178
4,2
1038
24,0
494
12,0
740
17,0
1777
41,6
4272
90-99
484
1,7
3325
12,0
9606
34,0
4541
16,0
3314
12,0
7193
25,3
28463
2000
52
2,2
533
23,0
562
24,0
418
18,0
263
11,0
509
21,8
2337
2001
43
1,9
439
20,0
564
25,0
491
22,0
214
9,5
504
22,4
2255
2002
52
2,5
283
13,0
570
27,0
462
22,0
229
11,0
520
24,6
2116
2003
34
1,7
200
9,8
529
26,0
537
26,0
254
12,0
491
24,0
2045
2004
30
1,8
163
9,7
416
25,0
490
29,0
212
13,0
364
21,7
1675
2005
31
1,9
138
8,4
445
27,0
432
26,0
223
14,0
368
22,5
1637
2006
40
2,4
119
7,3
381
23,0
497
30,0
211
13,0
387
23,7
1635
2007
12
1,1
56
5,0
235
21,0
415
37,0
161
14,0
241
21,5
1120
83-89
12
3,0
40
10,0
125
32,0
34
8,6
25
6,3
161
40,6
397
90-99
320
3,5
1.945
21,0
3.223
35,0
1.161
13,0
387
4,2
2.212
23,9
9.248
2000
42
3,8
321
29,0
306
28,0
181
16,0
53
4,8
211
18,9
1.114
2001
43
3,7
291
25,0
333
29,0
178
15,0
57
4,9
261
22,4
1.163
2002
45
3,9
193
17,0
353
31,0
226
20,0
54
4,7
278
24,2
1.149
2003
38
3,7
146
14,0
317
31,0
251
25,0
65
6,3
208
20,3
1.025
2004
27
3,3
101
12,0
270
33,0
240
29,0
38
4,6
152
18,4
828
2005
35
3,7
92
9,7
297
32,0
280
30,0
80
8,5
160
16,9
944
2006
29
3,3
91
10,0
244
28,0
287
33,0
43
4,9
177
20,3
871
2007
7
1,3
31
5,8
154
29,0
188
35,0
34
6,3
125
23,2
539
Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
17
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 4. Distribuição de casos de aids, sexo masculino, segundo escolaridade* e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007 100,0 90,0 80,0 70,0 Nenhuma 1a3 4a7 8 a 11 12 e mais
60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 80-89
90-99
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA *Excetuando os ignorados. Dados preliminares, sujeitos a revisão.
Gráfico 5. Distribuição de casos de aids, sexo feminino, segundo escolaridade* e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007 100,0 90,0 80,0 70,0 Nenhuma 1a3 4a7 8 a 11 12 e mais
60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 80-89
90-99
2000
Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA *Excetuando os ignorados. Dados preliminares, sujeitos a revisão.
18
2001 2002
2003
2004
2005
2006
2007
475
447
388
347
398
283
2002
2003
2004
2005
2006
2007
24,8
23,9
20,8
22,7
21,2
21,9
19,9
25,7
%
112
164
164
188
220
211
224
3420
n°
9,8
9,8
9,8
11,0
10,4
9,7
9,6
9,4
%
Bissexual
417
507
607
535
684
654
629
6397
n°
36,6
30,4
36,5
31,3
32,5
30,2
27,0
17,6
%
Heterossexual
84
151
132
160
225
215
263
8830
n°
%
7,4
9,1
7,9
9,4
10,7
9,9
11,3
24,3
UDI*
0
0
2
1
1
2
3
134
n°
-
-
0,1
0,1
0,05
0,1
0,1
0,4
%
Hemofilia
Categoria de exposição hierarquizada
Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA *UDI – uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.
463
9347
n°
Homossexual
2001
1980/2000
diagnóstico
Ano de
0
2
5
3
1
1
2
185
n°
-
0,1
0,3
0,2
0,05
0,05
0,1
0,5
%
3
4
1
5
4
2
4
4
n°
0,3
0,2
0,1
0,3
0,2
0,1
0,2
0,01
%
Transfusão** Trans. Vertical
241
439
407
430
525
606
741
8008
n°
21,1
26,4
24,4
25,1
24,9
28,0
31,8
22,0
%
Ignorada
1140
1665
1665
1710
2107
2166
2329
36325
Total
Tabela V. Casos de aids (Nº e %), em maiores de 13 anos de idade do sexo masculino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
19
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela VI. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007 Ano de diagnóstico
Bissexual n°
Heterossexual
%
n°
%
Categoria de exposição hierarquizada UDI* Transfusão** Trans. Vertical n°
%
Total Ignorada
n°
%
n°
%
n°
%
1983/2000
0
-
6962
59,5
1796
15,3
124
1,1
1
0,01
2821
24,1
11704
2001
0
-
811
65,0
82
6,6
1
0,1
4
0,3
349
28,0
1247
2002
0
-
839
69,0
51
4,2
1
0,1
2
0,2
323
26,6
1216
2003
0
-
777
71,2
61
5,6
0
-
5
0,5
248
22,7
1091
2004
0
-
651
74,7
26
3,0
2
0,2
3
0,3
189
21,7
871
2005
1
0,1
741
75,1
38
3,9
3
0,3
3
0,3
200
20,3
986
2006
0
-
665
73,2
33
3,6
5
0,5
3
0,3
203
22,3
909
2007
1
0,18
416
75,2
17
3,1
0
-
7
1,3
112
20,2
553
Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA *UDI – uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.
Tabela VII. Casos de aids (Nº e %) em menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1984-2007 Ano de diagnóstico
Categoria de exposição hierarquizada Homossexual Heterossexual
UDI*
Hemofilia
Transfusão*
Trans. Vertical
nº
%
nº
%
nº
%
1984/2000
1
0,1
1
0,1
5
2001
0
-
0
-
0
2002
0
-
0
-
2003
0
-
1
1,0
2004
0
-
0
-
2005
0
-
0
-
2006
0
-
0
-
0
-
0
-
0
-
36
2007
0
-
0
-
0
-
0
-
0
-
22
Ignorada
nº
%
nº
%
nº
%
nº
0,3
26
1,7
52
3,3
1331
85,5
140
9,0
1556
-
0
-
0
-
97
80,8
23
19,2
120
0
-
0
-
1
1,1
71
80,7
16
18,1
88
0
-
0
-
1
1,0
77
80,2
17
17,7
96
0
-
0
-
1
2,0
42
85,7
6
12,2
49
0
-
0
-
2
4,3
41
87,2
4
8,5
47
81,8
8
18,2
44
100,0
0
-
22
Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA *UDI – uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.
20
Total %
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 6. Proporção de casos de aids no sexo masculino e feminino, em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição (exceto ignorados) e agrupamento de anos de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007
Masculino
��
���
��
���
���
��
���
�� ��� ���
��� ���
���
���
��� ���������
���������
���������
�����������
���������
�������������
����
���������
Feminino ��
��
���
�� ���
���
����������
���
���
���
���
���������
���������
���
���
��������� �����������
���������
�������������
����
���������
����������
��������
Fonte: SINAN Windows/Net-CCD/COVISA *UDI – uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.
21
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela VIII. Casos de aids (Nº e %), segundo Coordenadoria de Saúde, Supervisão de Saúde e agrupamento de anos do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2007 Coordenadoria de Saúde
Supervisão de Saúde
1980 a 1989
CENTRO-OESTE
BUTANTÃ
113
nº LAPA/PINHEIROS
LESTE
NORTE
nº
%
nº
%
nº
%
1.111
2,8
711
3,1
1.935
2,9
452
9,1
2.182
5,5
927
4,0
3.561
5,3
23,5
5.056
12,8
2.443
10,5
8.665
12,8
Sub-total
1.731
34,8
8.349
21,2
4.081
17,5
14.161
20,9
CIDADE TIRADENTES
16
0,3
335
0,8
319
1,4
670
1,0
ERMELINO MATARAZZO
39
0,8
663
1,7
405
1,7
1.107
1,6
GUAIANASES
64
1,3
792
2,0
473
2,0
1.329
2,0
ITAIM PAULISTA/CURUÇÁ
34
0,7
673
1,7
562
2,4
1.269
1,9
ITAQUERA/CIDADE LIDER
139
2,8
1.557
3,9
868
3,7
2.564
3,8
SÃO MATEUS
50
1,0
801
2,0
512
2,2
1.363
2,0
SÃO MIGUEL
84
1,7
1.025
2,6
638
2,7
1.747
2,6
Sub-total
426
8,6
5.846
14,8
3.777
16,2
10.049
14,8
CACHOEIRINHA/CASA VERDE
195
3,9
1.650
4,2
841
3,6
2.686
4,0
FREGUESIA DO Ó /BRASILÂNDIA
183
3,7
1.665
4,2
1.031
4,4
2.879
4,3
39
0,8
601
1,5
508
2,2
1.148
1,7
PERUS/PIRITUBA
104
2,1
1.435
3,6
997
4,3
2.536
3,7
SANTANA/TUCURUVI
358
7,2
2.255
5,7
837
3,6
3.450
5,1
181
3,6
1.195
3,0
592
2,5
1.968
2,9
1.060
21,3
8.801
22,3
4.806
20,7
14.667
21,7
Sub-total ARICANDUVA/MOÓCA
371
7,5
2.568
6,5
1.305
5,6
4.244
6,3
IPIRANGA/SACOMÃ
150
3,0
1.247
3,2
835
3,6
2.232
3,3
JABAQUARA/VILA MARIANA
380
7,6
2.075
5,3
1.176
5,1
3.631
5,4
PENHA
182
3,7
1.817
4,6
1.034
4,4
3.033
4,5
VILA PRUDENTE/SAPOPEMBA Sub-total
144
2,9
2.006
5,1
1.008
4,3
3.158
4,7
1.227
24,7
9.713
24,6
5.358
23,0
16.298
24,1
CAMPO LIMPO/C. REDONDO
55
1,1
719
1,8
711
3,1
1.485
2,2
CID. ADEMAR/SANTO AMARO
218
4,4
1.983
5,0
994
4,3
3.195
4,7
M´ BOI MIRIM
33
0,7
639
1,6
761
3,3
1.433
2,1
PARELHEIROS
3
0,1
98
0,2
165
0,7
266
0,4
CAPELA DO SOCORRO/GRAJAÚ Sub-total IGNORADO TOTAL Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
22
% 2,3
1.166
VILA MARIA/VILA GUILHERME
SUL
Total
SÉ/SANTA CECÍLIA
JACANÃ/TREMEMBÉ
SUDESTE
Anos de diagnóstico agrupados 1990 a 1999 2000 a 2007
66
1,3
830
2,1
792
3,4
1.688
2,5
375
7,5
4.269
10,8
3.423
14,7
8.067
11,9
4.442
6,6
151
3,0
2.481
6,3
1.810
7,8
4.970
100,0
39.459
100,0
23.255
100,0
67.684 100,0
Bissexual nº % 129 6,7 323 9,1 916 10,6 1.368 9,7 28 4,2 58 5,2 84 6,3 76 6,0 164 6,4 61 4,5 99 5,7 570 5,7 139 5,2 144 5,0 61 5,3 132 5,2 223 6,5 113 5,7 812 5,5 325 7,7 181 8,1 327 9,0 184 6,1 146 4,6 1.163 7,1 99 6,7 243 7,6 97 6,8 21 7,9 126 7,5 586 7,3 249 5,6 4.748 7,0
Heterossexual nº % 723 37,4 856 24,0 1.612 18,6 3.191 22,5 288 43,0 425 38,4 528 39,7 540 42,6 926 36,1 482 35,4 682 39,0 3.871 38,5 987 36,7 1.131 39,3 488 42,5 991 39,1 957 27,7 601 30,5 5.155 35,1 1.255 29,6 745 33,4 1.063 29,3 1.085 35,8 1.135 35,9 5.283 32,4 647 43,6 1.096 34,3 634 44,2 131 49,2 747 44,3 3.255 40,3 1.539 34,6 22.294 32,9
Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA * UDI - uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.
Supervisão de Saúde Coordenadoria Homossexual de Saúde nº % CENTRO-OESTE BUTANTÃ 326 16,8 LAPA/PINHEIROS 1.003 28,2 SÉ/SANTA CECÍLIA 3.443 39,7 Sub-total 4.772 33,7 LESTE CIDADE TIRADENTES 60 9,0 ERMELINO MATARAZZO 142 12,8 GUAIANASES 116 8,7 ITAIM PAULISTA/CURUÇÁ 107 8,4 ITAQUERA/CIDADE LIDER 274 10,7 SÃO MATEUS 120 8,8 SÃO MIGUEL 204 11,7 Sub-total 1.023 10,2 NORTE CACHOEIRINHA/CASA VERDE 313 11,7 FREGUESIA DO Ó/BRASILÂNDIA 311 10,8 JACANÃ/TREMEMBÉ 135 11,8 PERUS/PIRITUBA 276 10,9 SANTANA/TUCURUVI 482 14,0 V. MARIA/V. GUILHERME 271 13,8 Sub-total 1.788 12,2 SUDESTE ARICANDUVA/MOÓCA 796 18,8 IPIRANGA/SACOMÃ 389 17,4 JABAQUARA/VILA MARIANA 913 25,1 PENHA 406 13,4 V. PRUDENTE/SAPOPEMBA 296 9,4 Sub-total 2.800 17,2 SUL CAMPO LIMPO/C. REDONDO 180 12,1 CID. ADEMAR/SANTO AMARO 527 16,5 M´ BOI MIRIM 182 12,7 PARELHEIROS 19 7,1 C DO SOCORRO/GRAJAÚ 223 13,2 Sub-total 1.131 14,0 IGNORADO 652 14,7 TOTAL 12.166 18,0
Categoria de exposição hierarquizada UDI* Hemofilia Transfusão** Vertical Ignorado nº % nº % nº % nº % nº % 286 14,8 5 0,3 21 1,1 53 2,7 392 20,3 560 15,7 9 0,3 29 0,8 50 1,4 731 20,5 1.103 12,7 10 0,1 39 0,5 122 1,4 1.420 16,4 1.949 13,8 24 0,2 89 0,6 225 1,6 2.543 18,0 112 16,7 0 — 2 0,3 31 4,6 149 22,2 217 19,6 2 0,2 11 1,0 32 2,9 220 19,9 252 19,0 1 0,1 8 0,6 51 3,8 289 21,7 225 17,7 2 0,2 6 0,5 32 2,5 281 22,1 509 19,9 6 0,2 23 0,9 87 3,4 575 22,4 262 19,2 3 0,2 13 1,0 43 3,2 379 27,8 337 19,3 6 0,3 7 0,4 69 3,9 343 19,6 1.914 19,0 20 0,2 70 0,7 345 3,4 2.236 22,3 627 23,3 4 0,1 17 0,6 66 2,5 533 19,8 621 21,6 9 0,3 12 0,4 96 3,3 555 19,3 202 17,6 1 0,1 5 0,4 28 2,4 228 19,9 514 20,3 5 0,2 9 0,4 71 2,8 538 21,2 857 24,8 10 0,3 20 0,6 91 2,6 810 23,5 438 22,3 5 0,3 9 0,5 35 1,8 496 25,2 3.259 22,2 34 0,2 72 0,5 387 2,6 3.160 21,5 857 20,2 16 0,4 24 0,6 108 2,5 863 20,3 434 19,4 2 0,1 7 0,3 51 2,3 423 19,0 577 15,9 19 0,5 35 1,0 92 2,5 605 16,7 640 21,1 7 0,2 22 0,7 71 2,3 618 20,4 826 26,2 6 0,2 13 0,4 93 2,9 643 20,4 3.334 20,5 50 0,3 101 0,6 415 2,5 3.152 19,3 156 10,5 9 0,6 9 0,6 42 2,8 343 23,1 522 16,3 22 0,7 26 0,8 120 3,8 639 20,0 171 11,9 1 0,1 7 0,5 36 2,5 305 21,3 31 11,7 1 0,4 1 0,4 8 3,0 54 20,3 216 12,8 5 0,3 7 0,4 47 2,8 317 18,8 1.096 13,6 38 0,5 50 0,6 253 3,1 1.658 20,6 579 13,0 4 0,1 11 0,2 106 2,4 1.302 29,3 12.131 17,9 170 0,3 393 0,6 1.731 2,6 14.051 20,8
Tabela IX. Casos de aids (Nº e %), por categoria de exposição hierarquizada, segundo Coordenadoria de Saúde e Supervisão de Saúde. Município de São Paulo, 1980-2007
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
23
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Figura 1. Mapa de coeficiente de incidência de aids, segundo Distrito Administrativo de residência. Município de São Paulo
1991
1996
Coeficiente de incidência de Aids (por 100.000 hab)
Coeficiente de incidência de Aids (por 100.000 hab)
0 a 20 20 a 50 50 a 100 100 a 150 >=150
2000
2007
Coeficiente de incidência de Aids (por 100.000 hab)
Coeficiente de incidência de Aids (por 100.000 hab)
0 a 20 20 a 50 50 a 100 100 a 150 >=150
24
0 a 20 20 a 50 50 a 100 100 a 150 >=150
0 a 20 20 a 50 50 a 100 100 a 150 >=150
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela X. Casos e óbitos por aids reportados ao ano calendário de diagnóstico e taxa de letalidade, segundo sexo. Município de São Paulo 1980-2007 Ano
Casos Total
Masc.
Óbitos por ano de diagnóstico Masc.
Letalidade*
Fem.
Total
Total
Masc.
Fem.
1980
2
2
0
2
2
Fem. 0
100,0
100,0
-
1981
1
1
0
1
1
0
100,0
100,0
-
1982
3
3
0
3
3
0
100,0
100,0
-
1983
25
23
2
23
22
1
92,0
95,6
50,0
1984
72
69
3
60
58
2
83,3
84,0
66,7
1985
268
258
10
229
219
10
85,4
84,9
100,0
1986
412
394
18
331
319
12
80,3
81,0
66,7
1987
881
809
72
726
670
56
82,4
82,8
77,8
1988
1432
1281
151
1235
1107
128
86,2
86,4
84,8
1989
1874
1641
233
1620
1423
197
86,4
86,7
84,5
1990
2736
2369
367
2311
2003
308
84,5
84,5
83,9
1991
3237
2718
519
2741
2317
424
84,9
85,2
81,7
1992
3826
3102
724
3090
2542
548
80,8
81,9
75,7
1993
3884
3031
853
3104
2449
655
79,9
80,8
76,8
1994
3981
3104
877
3016
2360
656
75,7
76,0
74,8
1995
4112
3055
1057
2880
2152
728
70,0
70,4
68,9
1996
4318
3102
1216
2408
1758
650
55,8
56,7
53,4
1997
4475
3063
1412
2102
1458
644
47,0
47,6
45,6
1998
4702
3125
1577
1853
1299
554
39,4
41,6
35,1
1999
4188
2770
1418
1483
1035
448
35,4
37,4
31,6
2000
3600
2405
1195
1254
859
395
34,8
35,7
33,0
2001
3576
2329
1247
1086
732
354
30,4
31,4
28,4
2002
3382
2166
1216
886
604
282
26,2
27,9
23,2
2003
3198
2107
1091
707
490
217
22,1
23,2
19,9
2004
2581
1710
871
590
438
152
22,8
25,6
17,4
2005
2651
1665
986
591
408
183
22,3
24,5
18,5
2006
2574
1665
909
512
362
150
19,9
21,7
16,5
2007
1693
1140
553
232
163
69
13,7
14,3
12,5
TOTAL
67684
49107
18577
35076
27253
7823
51,8
55,5
42,1
Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA Dados preliminares de setembro de 2007, sujeitos a revisão. * Letalidade – Porcentagem dos casos que evoluíram para o óbito com causa associada a Aids.
25
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela XI. Óbitos por aids por ano de ocorrência, razão de sexo e taxa de mortalidade segundo sexo. Município de São Paulo, 1980-2007* Ano
Óbitos por ano de ocorrência Total
Masculino
Feminino
Razão de sexo
Total
Masculino
Feminino
1980
1
1
0
-
0,01
0,02
-
1981
1
1
0
-
0,01
0,02
-
1982
1
1
0
-
0,01
0,02
-
1983
12
12
0
-
0,1
0,3
-
1984
41
41
0
-
0,5
0,9
-
1985
147
144
3
48/1
1,6
3,3
1,0
1986
216
210
6
35/1
2,4
4,7
0,1
1987
439
407
32
13/1
4,8
9,1
0,7
1988
882
800
82
10/1
9,5
17,7
1,7
1989
1313
1182
131
9/1
13,0
26,0
2,7
1990
1878
1655
223
7/1
19,7
36,0
4,5
1991
2286
1943
343
6/1
23,8
41,9
6,9
1992
2498
2103
395
5/1
25,8
45,0
7,9
1993
2899
2337
562
4/1
29,7
49,7
11,1
1994
3081
2495
586
4/1
31,2
52,6
11,4
1995
3114
2403
711
3/1
31,3
50,3
13,7
1996
2742
2058
684
3/1
27,3
42,8
13,1
1997
1940
1373
567
2/1
19,1
28,3
10,7
1998
1700
1217
483
2/1
16,6
24,9
9,0
1999
1523
1090
433
2/1
14,7
22,1
8,0
2000
1460
1016
444
2/1
14,0
20,4
8,1
2001
1317
903
414
2/1
12,6
18,1
7,5
2002
1095
755
340
2/1
10,4
15,0
6,1
2003
969
660
309
2/1
9,1
13,0
5,6
2004
963
686
277
2/1
9,0
13,5
4,9
2005
943
662
281
2/1
8,8
12,9
5,0
2006
1008
699
309
2/1
9,3
13,6
5,0
2/1
5,5
7,6
3,6
2007
597
392
205
Total
35076
27253
7823
Fonte: SINAN Windows/Net -CCD/COVISA *Dados preliminares de setembro de 2007, sujeitos a revisão. Mortalidade – número de óbitos por Aids, ocorridos em determinado ano, por 100.000 habitantes.
26
Taxa de Mortalidade
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 7. Taxa de mortalidade* por aids, segundo sexo e ano de ocorrência do óbito. Município de São Paulo, 1980-2007** 60,00
Taxa de Mortalidade
50,00 40,00 Total 30,00
Masc. Fem.
20,00 10,00
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
1989
1988
1987
1986
1985
1984
1983
1982
1981
1980
0,00
Ano da Ocorrência Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA *Mortalidade – número de óbitos por Aids ocorridos em determinado ano, por 100.000 habitantes. **Dados preliminares de setembro de 2007, sujeitos a revisão.
Tabela XII. Principais causas de morte. Município de São Paulo, 1996, 2006 e 2007* Posição/Ano
1996
2006
2007
1º
Doenças isquêmicas coração
Doenças isquêmicas coração
Doenças isquêmicas coração
2º
Doenças cerebrovasculares
Doenças cerebrovasculares
Doenças cerebrovasculares
3º
Agressões/Homicídios
Pneumonias
Pneumonias
4º
Pneumonias
Bronquite, enfisema, asma
Bronquite, enfisema, asma
5º
Aids
Homicídios
Diabetes mellitus
6º
Bronquite, enfisema, asma
Doenças hipertensivas
Doenças hipertensivas
7º
Diabetes mellitus
Diabetes mellitus
Homicídios
8º
Acid trânsito e transporte
Câncer de pulmão
Câncer de pulmão
9º
Insuficiência cardíaca
Acidentes de trânsito e transporte
Lesões de intenção indeterminada
10º
D. hipertensivas
Demais causas perinatais
Acidentes de trânsito e transporte
11º
Cirrose e doenças crônicas/fígado
Câncer de mama
Câncer de mama
12º
CA pulmão
Miocardiopatias
Demais causas perinatais
13º
Miocardiopatias
Aids
Miocardiopatias
14º
CA estômago
Câncer de estômago
Insuficiência cardíaca
15º
CA mama
Insuficiência cardíaca
Câncer de estômago
17º
Aids
Fonte: PRO-AIM *Dados preliminares de setembro-2007, sujeitos a revisão.
27
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela XIII. Principais causas de morte por sexo. Município de São Paulo 2006 e 2007* 2006 Posição/Sexo
Masculino
Feminino
1º
Doenças isquêmicas coração
Doenças isquêmicas coração
2º
D. cerebrovasculares
D. cerebrovasculares
3º
Pneumonias
Pneumonias
4º
Homicídios
CA mama
5º
Bronquite, enfisema, asma
Diabetes mellitus
6º
Acid trânsito e transporte
D. hipertensivas
7º
D. hipertensivas
Bronquite, enfisema, asma
8º
Diabetes mellitus
Insuficiência cardíaca
9º
CA pulmão
CA pulmão
10º
CA próstata
D. Alzheimer
11º
Aids
CA colon
12º
CA estômago
Miocardiopatias
13º
Miocardiopatias
D. circulação pulmonar
14º
Doença alcoólica do fígado
CA estômago
15º
Mal definidas
Aneurisma e dissecção aorta
16ª
Lesões intenc indeterminada
Aids
17ª
Quedas acidentais
CA pâncreas
18ª
Aneurisma e dissecção aorta
Mal definidas
2007 Posição/Sexo
Masculino Doenças isquêmicas coração
Doenças isquêmicas coração
2º
D. cerebrovasculares
D. cerebrovasculares
3º
Pneumonias
Pneumonias
4º
Homicídios
Diabetes mellitus
5º
Bronquite, enfisema, asma
CA mama
6º
Acid trânsito e transporte
Bronquite, enfisema, asma
7º
Diabetes mellitus
D. hipertensivas
8º
CA pulmão
Insuficiência cardíaca
9º
D. hipertensivas
CA pulmão
10º
Lesões intenc indeterminada
D. Alzheimer
11º
CA próstata
CA colon
12º
CA estômago
D. circulação pulmonar
13º
Miocardiopatias
Miocardiopatias
14º
Aids
CA estômago
15º
Mal definidas
Mal definidas
16ª
Doença alcoólica do fígado
Infecção do trato urinário n/ espec
17ª
Aneurisma e dissecção aorta
Aneurisma e dissecção aorta
18ª
Quedas acidentais
Aids
Fonte: PRO-AIM *Dados preliminares de setembro/2007, sujeitos a revisão.
28
Feminino
1º
60 e mais
100,0
98,4
6,3
14,6
76,6
0,9
1,6
1,4
0,2
%
2004
Fonte: PROAIM, DATASUS. *Dados preliminares de setembro de 2007, sujeitos a revisão.
1.253
79
50 a 59
Total
183
20 a 49
1.233
960
13 a 19
Adultos
20
11
Crianças
2
18
1 a 12
nº
< 1 ano
Faixa Etária (anos)
11,7
14,6
7,9
20,8
18,6
0,8
0,9
0,9
1,1
C. M.
1.235
1.217
79
205
923
10
18
16
2
nº
100,0
98,5
6,4
16,6
74,7
0,8
1,5
1,3
0,2
%
2005
11,3
14,2
7,8
22,9
17,6
0,7
0,8
0,7
1,1
C. M. 5 6
1.179
1.168
74
185
904
5
11
nº
100,0
99,1
6,3
15,7
76,7
0,4
0,9
0,5
0,4
%
2006
Ano do óbito
10,7
13,5
7,2
20,5
17,1
0,3
0,5
0,3
2,7
C. M.
663
660
44
80
526
10
3
3
0
nº -
100,0
99,5
6,6
12,1
79,3
1,5
0,5
0,5
%
2007
6,0
7,6
4,3
8,9
9,9
0,7
0,1
0,1
-
C. M. 9
4.330
4.278
276
653
3.313
36
52
43
nº
98,8
6,4
15,1
76,5
0,8
1,2
1,0
0,2
%
100,0
Total
Tabela XIV. Óbitos por aids (Nº e %) e coeficiente de mortalidade (C.M.), segundo faixa etária e ano de ocorrência do óbito. Município de São Paulo, 2003-2007*
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
29
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela XV. Óbitos por aids (Nº e %), segundo raça/cor e ano de ocorrência do óbito. Município de São Paulo, 2001-2007* Raça/Cor 2001 nº Amarela Branca Indígena Parda
%
2002 nº %
2003 nº %
Ano do óbito 2004 nº %
Total 2005 nº %
2006 nº %
2007 nº %
nº
%
4
0,3
3
0,3
4
0,4
1
0,1
1
0,1
2
0,2
3
0,4
18
0,2
665
54,6
642
55,4
589
52,7
531
52,2
484
49,4
440
50,8
353
53,2
3704
52,7
1
0,1
1
0,1
0
-
0
-
0
-
0
-
0
-
2
0,02
256
21,0
239
20,6
233
20,8
235
23,1
234
23,9
224
25,8
156
23,5
1577
22,5
Preta
122
10,0
105
9,1
123
11,0
102
10,0
98
10,0
88
10,1
66
10,0
704
10,0
Ignorada
169
13,9
168
14,5
169
15,1
148
14,6
162
16,5
111
12,8
85
12,8
1012
14,4
979 100,0
865
100,0
663
Total
1217 100,0
1158 100,0 1118
Fonte: PRO-AIM *Dados preliminares de setembro de 2007, sujeito a revisão.
30
100,0 1017 100,0
100,0 7017 100,0
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Parte II - HIV Os Programas Estadual e Municipal de DST/Aids passaram a recomendar a notificação dos casos de sorologia positiva para o HIV, a partir do final de 2002. No entanto, a notificação deste agravo, por não ser compulsória, vem acontecendo de forma irregular, apesar dos esforços para o incremento desta ação no Município de São Paulo. Foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 10.236 casos de indivíduos com sorologia positiva para o HIV, sendo 3.915 em mulheres e 6.321 em homens. Estes tiveram seu diagnóstico realizado entre 1983 e dezembro de 2007. Para se chegar a estes dados, foram excluídas as notificações de pessoas com HIV+, que haviam sido realizadas até seis meses antes da notificação de aids dos mesmos indivíduos ou após esta notificação. Na tabela I, observa-se que as notificações mais antigas, entre 1983 e 2002, apresentaram uma razão de sexo de 1/1 e, a partir de 2003, esta razão passa a 2/1, sendo semelhante à encontrada nos casos notificados de aids. Esta inversão pode ser um viés justificado pela grande subnotificação, que poderia ser minimizada com a instituição da notificação compulsória dos indivíduos com HIV+ no SINAN. Esta sugestão fez parte das deliberações do grupo de vigilância e pesquisa da II Conferência Municipal de DST/Aids de São Paulo (2006). A faixa etária predominante das notificações de HIV+ encontra-se entre 20 e 29 anos, seguida da faixa etária entre 30 e 39 anos. Todavia, vem ocorrendo um crescimento no número de casos entre 40 e 49 anos e se verifica uma tendência de elevação do número de casos com idade entre 50 e 59 anos (tabela II, gráfico 1). O aumento da freqüência de casos de HIV+ em indivíduos com escolaridade entre 8 e 11 anos vem sendo acentuado em ambos os sexos (tabela III). A tabela IV e os gráficos 2 e 3 mostram a distribuição dos casos de infecção pelo HIV, segundo a categoria de exposição hierarquizada e a época do diagnóstico. Esta variável não apresentou alterações significativas em ambos os sexos, porém esta análise fica prejudicada pela subnotificação e pela grande quantidade de casos nos quais a categoria de exposição foi classificada como ignorada (20,2% no sexo masculino e 21,1% no sexo feminino em 2007). Na tabela V, onde foi listado o número de casos de HIV segundo unidade notificadora e categoria de exposição hierarquizada, foram incluídas as unidades com 100 ou mais notificações. As demais unidades, que apresentavam um número inferior a100 notificações desde 2002, foram agrupadas em “Outras”. Pode-se notar que as maiores unidades notificadoras estão localizadas na área central, onde ocorre o predomínio do atendimento aos homossexuais.
Tabela I. Número de casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo, razão de sexo e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007 Ano de diagnóstico
Sexo Masculino nº
1983-2000
Total Feminino nº
nº
Razão de sexo M/F
1219
957
2176
1/1
2001
421
354
775
1/1
2002
646
459
1105
1/1
2003
997
556
1553
2/1
2004
901
521
1422
2/1
2005
918
470
1388
2/1
2006
708
366
1074
2/1
2007
511
232
743
2/1
Total
6321
3915
10236
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
31
32
910
761
276
66
16
0
2172
30 a 39
40 a 49
50 a 59
60 a 69
70 e +
Total
6,6
100,0
-
0,7
3,0
12,7
35,0
41,9
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
143
%
Até 2000
20 a 29
n°
13 a 19
etária
Faixa
775
3
5
32
108
282
306
39
n°
5,0
%
100,0
0,4
0,6
4,1
13,9
36,4
39,4
2001
1105
1
13
45
167
429
403
47
n°
0,1
1,2
4,1
15,1
38,8
36,5
4,2
%
100,0
2002
1553
2
14
64
253
571
588
61
n°
0,1
0,9
4,1
16,3
36,8
37,9
3,9
%
100,0
2003
1422
2
24
83
224
526
495
68
n°
0,1
1,7
5,8
15,7
37,0
34,8
4,8
%
100,0
2004
Ano do diagnóstico
Tabela II. Casos de infecção pelo HIV (Nº e %), segundo faixa etária e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007
1388
5
14
75
240
499
503
52
n°
0,4
1,0
5,4
17,3
35,9
36,2
3,7
%
100,0
2005
1074
5
18
69
210
361
374
37
n° 3,4
%
100,0
0,5
1,7
6,4
19,5
33,6
34,8
2006 30
743
3
11
44
131
268
256
0,4
1,5
5,9
17,6
36,1
34,5
4,0
%
100,0
2007 n°
Total
0,2
1,1
4,7
15,7
36,1
37,5
4,7
%
10232 100,0
21
115
478
1609
3697
3835
477
n°
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 1. Distribuição de casos de infecção pelo HIV, segundo faixa etária e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007
Ano do Diagnóstico
2006 13 a 19 20 a 29 30 a 39
2004
40 a 49 50 a 59 2002
60 a 69 70 e +
2000 0%
50%
100%
Faixa Etária
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
33
34
7
11
0
2005
2006
2007
8
12
12
17
9
5
1
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
23
10
2004
87-2000
8
10
2003
4
2002
7
83-2000
0,4
1,4
1,9
3,3
2,2
2,6
2,3
2,4
-
2,1
0,8
1,1
1,0
1,2
0,9
0,5
%
Nenhuma
n°
2001
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
Feminino
Masculino
Ano do diagnóstico
21
34
47
62
71
66
66
181
16
30
57
51
75
62
42
131
n°
1a3
9,0
9,3
10,0
11,9
12,8
14,3
18,6
19,0
3,1
4,2
6,2
5,7
7,5
9,6
10,0
10,7
%
63
116
157
172
212
166
129
276
88
147
192
212
243
191
133
281
n°
4a7
27,2
31,7
33,4
33,0
38,1
36,1
36,4
29,0
17,2
20,8
20,9
23,5
24,4
29,6
31,6
23,0
%
88
102
140
145
153
114
90
214
257
276
323
348
345
207
138
275
n°
8 a 11
Escolaridade
37,9
27,9
29,8
27,8
27,5
24,8
25,4
22,5
50,3
39,0
35,2
38,6
34,6
32,0
32,8
22,6
%
10
24
23
28
25
16
10
76
56
145
188
126
128
88
53
238
n°
12 e mais
4,3
6,6
4,9
5,4
4,5
3,5
2,8
8,0
11,0
20,5
20,5
14,0
12,8
13,6
12,6
19,5
%
49
85
94
97
83
86
51
183
94
99
151
154
196
90
51
287
n°
%
21,1
23,2
20,0
18,6
14,9
18,7
14,4
19,2
18,4
14,0
16,4
17,1
19,7
13,9
12,1
23,5
Ignorada
Tabela III. Casos de infecção pelo HIV (Nº e %), segundo escolaridade e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007
232
366
470
521
556
460
354
953
511
708
918
901
997
646
421
1219
Total
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
400
142
217
324
310
306
253
190
até 2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
0
0
0
0
0
0
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
-
-
-
-
-
-
-
-
37,2
35,7
33,3
34,4
32,5
33,6
33,7
32,8
%
2
2
0
0
0
0
1
0
68
131
163
151
176
102
57
152
n°
%
0,86
0,55
-
-
-
-
0,28
-
13,3
18,5
17,8
16,8
17,6
15,8
13,5
12,5
Bissexual
169
287
360
432
462
378
306
775
132
173
263
239
271
207
145
333
n°
72,8
78,4
76,6
82,9
83,1
82,3
86,4
81,3
25,8
24,4
28,6
26,5
27,2
32,0
34,4
27,3
%
Heterossexual
10
6
14
10
11
22
12
54
18
27
31
35
59
40
32
141
n°
%
4,3
1,6
3,0
1,9
2,0
4,8
3,4
5,7
3,5
3,8
3,4
3,9
5,9
6,2
7,6
11,6
UDI*
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
0
0
0
n°
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,14
-
-
0,10
%
Hemofilia
Categoria de exposição hierarquizada
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA *UDI – Uso de drogas injetáveis. ** Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.
0
até 2000
Feminino
n°
Homossexual
Masculino
do diagnóstico
Ano
1
1
3
2
1
0
0
2
0
2
3
3
0
1
0
0
n°
0,4
0,3
0,6
0,4
0,2
-
-
0,2
-
0,3
0,3
0,3
-
0,1
-
-
%
1
0
0
0
1
0
0
1
0
0
0
2
0
0
1
0
n°
0,4
-
-
-
0,2
-
-
0,1
-
-
-
0,2
-
-
0,2
-
%
Transfusão** Trans. Vertical
49
70
93
77
81
59
35
121
103
122
152
161
166
79
44
192
n°
21,1
19,1
19,8
14,8
14,6
12,9
9,9
12,7
20,2
17,2
16,6
17,9
16,6
12,2
10,4
15,8
%
Ignorada
Tabela IV. Casos de infecção pelo HIV (Nº e %), segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007
232
366
470
521
556
459
354
953
511
709
918
901
997
646
421
1218
Total
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
35
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 2. Número de casos de infecção pelo HIV, sexo masculino, por categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007
1400
Nº
1200
Ignorada
1000
Vertical
800
Transfusão
600
Hemofilia
400
UDI
200
Hetero Bissexual
0 2001 1983 até 2000
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Homo
Época do Diagnóstico
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
Gráfico 3. Número de casos de infecção pelo HIV, sexo feminino, por categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2007
900 800 700
Bissexual Hetero
600 Nº
UDI
500 400
Transfusão
300
Vertical
200 100
Ignorada
0 2001 1983 até 2000
2002
2003
2004
Época do Diagnóstico
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA Dados preliminares, sujeitos a revisão.
36
2005
2006
2007
599
CTA Henfil
2158
Total
1005
92
7
8
18
14
17
17
39
21
41
23
41
28
12
30
33
34
30
91
90
319
Bissexual
4932
617
54
110
92
130
156
97
125
203
164
199
280
271
370
130
338
372
373
251
306
294
Heterossexual
522
111
7
9
9
15
9
1
2
7
18
13
14
17
17
42
35
37
43
49
45
22
UDI*
Fonte: SINAN Windows/Net - CCD/COVISA *UDI – uso de drogas injetáveis. **Os casos por transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do PNDST/AIDS-MS. Dados preliminares, sujeitos a revisão.
27
182
Outras
25
Hosp. Serv. Publ. Estadual
32
26
CTA São Miguel
SAE Betinho
66
CTA Sto. Amaro
SAE Ipiranga
51
SAE Butantã
23
66
AE Ceci
37
46
CR Penha
AE V. Prudente
49
CR Sto. Amaro
SAE Cidade Dutra
42
63
69
I.I. Emilio Ribas
SAE Santana
44
SAE Cidade Líder
SAE Mitsutani
47
45
SAE Fidelis Ribeiro
SAE Campos Elíseos
CR Fó
334
285
e Treinamento
CRT - Centro de Referência
Homossexual
Unidade
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Hemofilia
20
5
1
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
1
0
0
1
0
1
8
Transfusão**
6
3
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
1
0
0
0
Trans. Vertical
1588
1043
23
0
2
10
1
68
30
2
3
21
3
20
3
177
4
2
12
50
16
98
Ignorado
Tabela V. Número de casos de infecção pelo HIV, segundo unidade notificadora e categoria de exposição hierarquizada. Município de São Paulo, 1983-2007
10232
2054
119
152
154
206
206
209
263
284
292
302
387
399
445
451
454
490
507
726
792
1340
Total
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
37
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
38
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Parte III - GESTANTE HIV E CRIANÇA EXPOSTA
O Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 993 de 2000, tornou compulsória a notificação das gestantes HIV+ e das crianças expostas, com o objetivo de acompanhar as ações preconizadas para a prevenção da transmissão vertical do HIV durante o pré-natal, parto e acompanhamento da criança até a definição da situação sorológica do bebê. No ano de 2007, essa notificação foi modificada em função da implantação do SINAN NET e esta ficou restrita, por enquanto, até o momento do parto. Os dados sobre o acompanhamento da criança exposta foram retirados da ficha de notificação enquanto o Ministério da Saúde reavalia as informações necessárias sobre este acompanhamento. A partir destas mudanças, a análise das informações teve que ser adaptada para o aproveitamento melhor dos dados. Como conseqüência, optou-se por tabular determinadas informações, até o ano de 2006, utilizando o SINAN W e outras informações, do ano de 2007, foram colhidas apenas no SINAN NET. Observa-se que o número de notificações de gestante HIV+ e criança exposta vinha aumentando ano a ano desde a sua implantação até 2004, mas a partir de 2005 vem diminuindo gradualmente por conta, em parte, da redução no número de partos (SINASC) ocorrida nos últimos anos no município de São Paulo (tabela I e gráfico 1) e, também, pela dificuldade no encerramento dos casos no SINAN.
Tabela I. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo ano de notificação. Município de São Paulo, 2000-2007 Ano de Notificação
Casos Notificados de Gestante HIV+ e Criança Exposta nº
%
2000
75
1,8
2001
222
5,4
2002
386
9,4
2003
743
18,0
2004
851
20,6
2005
696
16,9
2006
662
16,1
2007
487
11,8
Total
4122
100,0
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
39
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 1. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo ano de notificação. Município de São Paulo, 2000-2007 900 800 700 600 Nº 500 400 300 200 100 0 2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Ano de Notificação
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
No ano de 2007 pode-se observar que 89,5% das gestantes HIV+ tiveram seu diagnóstico antes ou durante o pré-natal, possibilitando a realização da profilaxia para prevenção de transmissão vertical. No entanto, verifica-se que ainda existe a necessidade de ampliar o oferecimento da testagem para todas as gestantes, considerando-se que 7,0% destas tiveram seu diagnóstico durante o parto e 2,5% após o parto (tabela II e gráfico 2).
Tabela II. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo época da evidência laboratorial do HIV. Município de São Paulo, 2007 Época de evidência laboratorial
nº
%
Antes do Pré-Natal
270
55,4
Durante o Pré-Natal
166
34,1
Durante o Parto
34
7,0
Após o Parto
12
2,6
Sem informação Total Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
40
Casos Notificados de Gestante HIV+ e Criança Exposta
5
1,0
487
100,0
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 2. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo época da evidência laboratorial. Município de São Paulo, 2007
7%
2% 1% Antes do Pré-Natal Durante o Pré-Natal
34%
Durante o Parto Após o Parto Sem informação 56%
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
Na tabela III verifica-se um aumento de 62,0 para 90,1% na porcentagem de gestantes HIV+ que realizaram pré-natal, ação primordial para a implementação do diagnóstico do HIV em tempo para que as ações de prevenção da transmissão vertical possam ser tomadas, levando à sua conseqüente redução. O incentivo à captação precoce das gestantes e à melhoria da qualidade no pré-natal na atenção básica do município pode ser um dos fatores decisivos deste resultado. Em 2008, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria 325, incluiu a redução da taxa de incidência de aids em menores de 5 anos como uma das prioridades do Pacto pela Vida. Deve ser ressaltado que a maioria destas crianças adquirem a infecção pelo HIV por meio da transmissão vertical.
41
42
100,0
8,0
13,3
8,0
70,7
%
2000
Fonte: SINAN - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
75
6
Total
Ignorado
6
10
Branco
Não
nº
53
Sim
do PN
Realização
nº
222
8
26
20
168
%
100,0
3,6
11,7
9,0
75,7
2001 nº
386
26
58
42
260
%
100,0
6,7
15,0
10,9
67,4
2002 nº
743
33
88
48
574
%
4,4
11,8
6,5
77,2
100,0
2003 nº
851
166
25
77
583
%
100,0
19,5
2,9
9,0
68,5
2004
696
36
145
41
474
nº
Ano de notificação %
100,0
5,2
20,8
5,9
68,1
2005 nº
662
25
167
59
411
%
100,0
3,8
25,2
8,9
62,1
2006 nº
487
11
5
32
439
%
2,3
1,0
6,6
90,1
100,0
2007 nº
4122
311
524
325
2962
%
7,5
12,7
7,9
71,9
100,0
Total
Tabela III. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo realização de pré-natal (PN) e ano de notificação. Município de São Paulo, 2000-2007
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
36
%
15,3
0,4
43,4
235 100,0
%
9,9
1,2
53,1
35,8
324 100,0
32
4
172
116
nº
2001 %
11,5
0,7
53,3
34,6
460 100,0
53
3
245
159
nº
2002 %
11,5
0,2
58,7
29,6
520 100,0
60
1
305
154
nº
2003 %
12,0
1,4
53,9
32,7
568 100,0
68
8
306
186
nº
2004
Ano de parto %
7,7
1,9
60,0
30,4
483 100,0
37
9
290
147
nº
2005 %
9,5
1,2
57,5
31,8
412 100,0
39
5
237
131
nº
2006 %
10,8
1,0
55,2
32,9
3002 100,0
325
31
1657
989
nº
Total
186
487
Não se aplica
Sem informação
Total
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
30 12
Cesárea de urgência
87 172
Cesárea eletiva
nº
100,0
38,2
2,5
6,2
35,3
17,9
%
Casos Notificados de Gestante HIV+ e Criança Exposta
Vaginal
Tipo de parto
Tabela V. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo o tipo de parto. Município de São Paulo, 2007
Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
Total
Sem informação
1
102
Parto cesário
Aborto
96
Parto vaginal
40,9
2000
nº
Evolução da gravidez
Tabela IV. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo a evolução da gravidez e ano de parto. Município de São Paulo, 2000-2006
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Observa-se na tabela IV que a proporção de partos cesárea vem se mantendo. No ano de 2007, ainda houve uma grande porcentagem de casos sem informação a respeito do tipo de parto (tabela V e gráfico 3) devido ao fato de que parte deles ainda ocorreu ou ocorrerá durante o ano de 2008. Retirando-se os casos sem informação, encontra-se uma porcentagem de cesáreas eletivas durante este ano semelhante aos anos anteriores (57,1%).
43
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 3. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo o tipo de parto. Município de São Paulo, 2007
Vaginal 39%
35%
Cesárea eletiva Cesárea de urgência Não se aplica Sem informaçao
18%
6%
2%
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
A medicação anti-retroviral foi administrada em 51,3% das parturientes HIV+ durante o parto. É importante manter-se a estratégia de incentivo ao diagnóstico precoce do HIV, preferencialmente antes da gravidez ou logo em seu início, para ampliação do uso desta medicação (tabela VI e gráfico 4).
44
54
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *ARV = anti-retroviral
235
Sem informação
Total
2
48
Não se aplica
Não
n°
131
Sim
no parto
Uso de ARV
100,0
23,0
0,8
20,4
55,7
%
2000
n°
324
56
6
60
202
%
17,3
1,8
18,5
62,3
100,0
2001 n°
460
79
1
103
277
%
17,2
0,2
22,4
60,2
100,0
2002 n°
520
85
0
71
364
100,0
16,3
—
13,6
70,0
n°
568
97
1
68
402
100,0
17,1
0,2
12,0
70,8
%
2004
Ano de parto %
2003 n°
483
60
5
58
360
%
100,0
12,4
1,0
12,0
74,5
2005 n°
412
48
2
61
301
%
11,6
0,5
14,8
73,1
100,0
2006 n°
487
184
0
53
250
%
37,8
—
10,9
51,3
100,0
2007
Tabela VI. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo uso de ARV* durante o parto e ano de parto. Município de São Paulo, 2000-2007
3002
479
17
469
2037
n°
%
16,0
0,6
15,6
67,8
100,0
Total
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
45
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 4. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo uso de ARV* durante o parto e ano de parto. Município de São Paulo, 2000-2007 ���
�������������������
��� ��� ���
���
���
���
���
�������������
���
��������������
��� �� � ����
����
����
����
����
����
����
����
������������ Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. ARV = anti-retroviral
Os óbitos maternos em gestantes HIV+ vêm mantendo estabilidade (tabela VII) nos anos de 2000 a 2006. Da mesma maneira, não se observa em 2007, em relação aos anos anteriores, dados relevantes sobre a situação da criança ao nascimento (tabelas VIII e IX, gráfico 5).
Tabela VII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo óbito materno e ano de parto. Município de São Paulo, 2000-2006 Óbito materno
Ano de parto 2000
2001
2002
2003
%
nº
%
nº
%
nº
nº
%
n°
%
2,1
5
1,5
2
0,4
3
0,6
6
1,1
8
1,7
4
1,0
33
1,1
Não
190
80,8
275
84,9
375
81,5
454
87,3
501
88,2
441
91,3
374
90,8
2610
86,9
40
17,0
44
13,6
83
18,0
63
12,1
61
10,7
34
7,0
34
8,2
359
12,0
Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
46
324 100,0
460 100,0
520 100,0 568 100,0
nº
%
Total
5
235 100,0
%
2006
nº
Total
nº
2005
Sim Sem informação
%
2004
483 100,0
412 100,0 3002 100,0
nº
235
%
100,0
8,5
—
0,4
91,1
2000 nº
324
19
2
6
297
%
5,9
0,6
1,8
91,7
100,0
2001 nº
460
43
2
10
405
%
9,3
0,4
2,2
88,0
100,0
2002 nº
520
49
1
8
462
%
9,4
0,2
1,5
88,8
100,0
2003
Ano de parto nº
568
67
2
15
484
%
100,0
11,8
0,3
2,6
85,2
2004 nº
483
37
4
17
425
%
7,7
0,8
3,5
88,0
100,0
2005 nº
412
38
0
5
369
%
9,2
—
1,2
89,6
100,0
2006 nº
3002
273
11
62
2656
%
9,1
0,4
2,1
88,5
100,0
Total
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA
181 487
6
Não se aplica
Total
14
Aborto
Em branco
10
276
n°
100,0
37,2
1,2
2,9
2,0
56,7
%
Casos Notificados de Gestante HIV+ e Criança Exposta
Natimorto
Nascido vivo
Situação da criança
Tabela IX. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo situação da criança ao nascimento. Município de São Paulo, 2007
Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
Total
20
0
Sem informação
1
Não se aplica
214
Natimorta
Viva
Situação da criança
Tabela VIII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo situação da criança ao nascimento e ano de parto. Município de São Paulo, 2000-2006
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
47
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 5. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo a situação da criança ao nascimento. Município de São Paulo, 2007
37%
Nascido vivo Natimorto Aborto Não se aplica
57%
Sem informação 3% 2% 1%
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
Os cuidados de prevenção de transmissão vertical com os recém-nascidos, tais como a contra-indicação de aleitamento materno e o início precoce do uso do AZT solução oral, estão estabelecidos há vários anos, assim, encontrou-se 68% dos casos em que o aleitamento materno não ocorreu (2006). Além disso, daqueles em que houve informação, a introdução do AZT para o bebê foi feita nas primeiras 24h em 81,8% dos casos (2007) (tabelas X e XI, gráfico 6).
48
16,6
100,0
39
235
324
60
247
17
nº
18,5
76,2
5,2
%
100,0
2001
460
94
338
28
nº
20,4
73,5
6,1
%
100,0
2002
520
113
393
14
nº
21,7
75,6
2,7
%
100,0
2003
Ano de nascimento
568
136
416
16
nº
100,0
23,9
73,2
2,8
%
2004
483
132
348
3
nº
27,3
72,0
0,6
%
100,0
2005
412
128
280
4
nº
31,1
68,0
1,0
%
100,0
2006
17
77
Não se aplica
Sem informação
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *AZT = zidovudina
235
7
Não realizado
Total
12
Após 24h do nascimento
nº
122
Nas primeiras 24h
Início do AZT* na criança
%
100,0
32,8
7,2
3,0
5,1
51,9
2000
nº
324
88
14
9
11
202
%
100,0
27,2
4,3
2,8
3,4
62,3
2001 nº
460
121
20
5
13
301
%
100,0
26,3
4,3
1,1
2,8
65,4
2002 nº
520
107
10
1
7
395
100,0
20,6
1,9
0,2
1,3
76,0
%
2003 nº
568
105
18
5
10
430
%
100,0
18,5
3,2
0,9
1,8
75,7
2004
Ano de nascimento nº
483
67
4
8
9
395
%
100,0
13,9
0,8
1,7
1,9
81,8
2005 nº
412
63
4
2
6
337
%
100,0
15,3
1,0
0,5
1,5
81,8
2006 nº
487
198
9
10
3
267
%
100,0
40,7
1,8
2,0
0,6
54,8
2007
Tabela XI. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo início do AZT* na criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2007
Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
Total
Sem informação
68,9
14,5
34
%
162
2000
Não
nº
Sim
Aleitamento materno
Tabela X. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo aleitamento materno e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2006
71 96 3489
826
%
23,7
2,7
1,3
2,0
70,2
100,0
Total
47
23,4
72,7
3,9
%
100,0
Total
2449
nº
3002
702
2184
116
nº
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
49
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 6. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo início do AZT* na criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2007
AZT xarope na criança
450 400 350 300
Nas primeiras 24h Após 24h do nascimento Não realizado Não se aplica Sem informação
250 200 150 100 50 0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Ano de Nascimento Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *AZT = zidovudina
Das crianças que utilizaram AZT solução xarope 85,8% (tabela XII e gráfico 7) o fizeram de modo adequado, por seis semanas, confirmando a orientação adequada para aqueles que têm o diagnóstico realizado precocemente. No ano de 2007, tem-se ainda uma alta taxa de “sem informação” devido ao fato de parte dos partos ocorrerem em 2008 e só conseguirmos a informação sobre o tempo de uso do AZT, no mínimo, seis semanas após o parto.
Tabela XII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta que fizeram uso de AZT xarope (Nº e %), segundo tempo total de uso do AZT* na criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2006 Tempo total de uso
Ano de nascimento
do AZT* xarope
2000 nº
Menos de 3 semanas
%
2001 nº
%
2002
2003
nº
%
nº
%
2004 nº
2005
%
nº
2006
Total
%
nº
%
nº
%
6
3,7
8
3,5
33
11,1
23
7,0
18
5,3
13
5,0
24
12,6
125
6,9
13
7,9
16
7,0
13
4,4
14
4,3
17
5,0
10
3,8
3
1,6
86
4,7
6 semanas
145
88,4
206
89,6
252
84,6
290
88,7
307
91,1 163
85,8
1600
88,3
Total
164 100,0
230
100,0
De 3 a 5 semanas
Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *AZT = zidovudina
50
89,8 237
298 100,0 327 100,0 342 100,0 260 100,0 190 100,0 1811 100,0
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Número de Crianças em uso do AZT Xarope
Gráfico 7. Total de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta que fizeram uso de AZT xarope, segundo tempo total de uso de AZT* na criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2006 350 300 250
Menos de 3 semanas
200
De 3 a 5 semanas
150
6 semanas
100 50 0 2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Ano de Nascimento Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *AZT = zidovudina
O encerramento dos casos notificados de Gestante HIV+ e Criança Exposta têm uma grande porcentagem de casos “em andamento” e “sem informação”. Essa dificuldade acontece por ser necessário aguardar 18 meses após o parto para obter os dados necessários e definir o estado sorológico do bebê. Sendo assim, a avaliação destas informações deve ser feita com parcimônia, sendo importante levar em conta a possibilidade de alterações significativas nas informações, conforme novos dados forem incluídos. No ano de 2006 foi encontrado 1,0% de crianças infectadas, porém 23,3% dos casos notificados estão em andamento e 47,6% não têm informação quanto ao encerramento, que pode ser feito até meados de 2008. Em 2005 ainda temos 10,6% em andamento e 39,1% sem informação, sendo a porcentagem de crianças infectadas em relação ao total de notificações igual a 1,0%. Observa-se que, apesar das informações em aberto, mantém-se uma tendência de queda persistente nas porcentagens de crianças infectadas (tabela XIII, gráfico 8 e 9).
51
52
0
21
Sem informação
Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão.
235
5
Em andamento
Total
6
Óbito
28
Indeterminada
Perda de seguimento
156
19
nº
Não infectada
Infectada
Encerramento do caso
8,1
%
100,0
8,9
2,1
2,5
11,9
—
66,4
2000
324
26
39
9
55
1
177
17
nº 5,2
%
100,0
8,0
12,0
2,8
17,0
0,3
54,6
2001
460
45
76
13
56
4
250
16
nº
9,8
16,5
2,8
12,2
0,9
54,3
3,5
%
100,0
2002
520
48
125
11
79
5
242
10
nº 1,9
%
100,0
9,2
24,0
2,1
15,2
1,0
46,5
2003
Ano de nascimento
568
164
35
13
78
5
262
11
nº 1,9
%
100,0
28,9
6,2
2,3
13,7
0,9
46,1
2004
483
189
51
14
50
2
172
5
nº 1,0
%
100,0
39,1
10,6
2,9
10,3
0,4
35,6
2005
412
196
96
9
53
0
54
4
nº 1,0
%
100,0
47,6
23,3
2,2
12,9
—
13,1
2006
Tabela XIII. Casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta (Nº e %), segundo o encerramento do caso e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2006
3002
689
427
75
399
17
1313
82
nº
22,9
14,2
2,5
13,3
0,6
43,7
2,7
%
100,0
Total
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
���������������������������
Gráfico 8. Percentual de casos notificados de gestante HIV+ e criança exposta, segundo o encerramento do caso e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2005 ��� ��������� ������������� ������������� ������������������� ����� ������������ ��������������
�� �� �� �� � ����
����
����
����
����
����
�����������������
Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *Crianças que concluíram o seguimento de 18 meses após o nascimento.
Gráfico 9. Percentual dos casos de crianças infectadas em relação ao total de gestantes HIV+ e crianças expostas notificadas, segundo ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000-2005
Porcetagem de Crianças Infectadas
8,0 8,0 7,0 5,2
6,0 5,0
3,5
4,0 3,0
1,9
1,9
2,0
1,0
1,0 0,0 2000
2001
2002
2003
2004
2005
Ano de Nascimento Fonte: SINAN W - CCD/COVISA Dados sujeitos a revisão. *Crianças que concluíram o seguimento de 18 meses após o nascimento.
53
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
PARTE IV - DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST)
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) constituem agravos que têm a sua notificação apenas recomendada, não sendo compulsória. Como tal, não há um número regular de notificações, dificultando a análise epidemiológica. A partir de 2007, com a implantação da nova plataforma de coleta de dados, o SINAN NET, passou-se a investir na implementação da notificação das DST. Neste ano foram notificados 2624 casos de DST, sendo 1119 casos de Condiloma Acuminado (372 em mulheres e 747 homens); 185 Corrimentos Cervicais; 368 Corrimentos Uretrais; 197 casos de Herpes Genital, sendo 41 no sexo feminino e 156 no sexo masculino; 562 casos de Sífilis em adultos (205 em mulheres e 357 em homens) e 193 Úlceras Genitais, sendo 14 casos em mulheres e 179 em homens. Considerando que a implantação plena das notificações de DST ocorrerá paulatinamente, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo definiu a necessidade de realização de um projeto piloto para delinear as tendências epidemiológicas das DST em São Paulo, que será desenvolvido no decorrer de 2008. Paralelamente, espera-se que ocorra o aumento do uso do SINAN NET, com a inclusão destas notificações na rotina de vigilância epidemiológica, fazendo com que esta seja mais uma ferramenta utilizada no planejamento de ações de prevenção e assistência às DST.
55
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
56
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
PARTE V - PROGRAMA DE HEPATITES VIRAIS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Programa Municipal de Hepatites Virais B e C do Município de São Paulo A coordenação do Programa de Hepatites Virais do Município de São Paulo está sob a responsabilidade do Centro de Controle de Doenças (CCD) da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) da Secretaria Municipal de Saúde. As ações programáticas são desenvolvidas em três componentes: 1. Prevenção – implementação da triagem sorológica e aconselhamento das hepatites B e C na rede básica de saúde, vacinação contra a hepatite B e ações de prevenção direcionadas a segmentos mais vulneráveis. 2. Vigilância Epidemiológica – as hepatites B e C são de notificação compulsória. A análise das notificações permite o conhecimento do perfil da doença e das formas de transmissão em nosso meio, propiciando atuar de forma mais adequada na prevenção das infecções e subsidiar o planejamento das necessidades de insumos e dos locais para o atendimento aos portadores da doença. 3. Assistência – recomendações técnicas para a organização e ampliação da rede de serviços especializados no atendimento dos portadores de hepatite B e C, propiciando acesso às ações de diagnóstico, acompanhamento e tratamento.
Transmissão vertical das Hepatites B e C Orientações para a prevenção da transmissão perinatal do Vírus da Hepatite B (VHB) Todos os recém-nascidos devem ser vacinados nas primeiras vinte e quatro horas de vida, de preferência nas primeiras doze horas. A vacinação contra a hepatite B nas primeiras horas após o nascimento é altamente eficaz na prevenção da transmissão vertical do vírus da hepatite B. Deve-se proceder à vacinação sistemática e universal de todos os recém-nascidos, independente de realização prévia de sorologia na gestante.(Resolução SS 39 de 01/04/05). Para a prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos de mães AgHBs positivo, deve-se administrar, além da vacina, imunoglobulina humana específica (HBIG 0,5ml), preferentemente nas primeiras doze horas e, no máximo, até sete dias após o nascimento (eficácia protetora do esquema até 95% na prevenção da infecção pelo VHB). A vacina e a imunoglobulina devem ser aplicadas em locais diferentes do corpo. Para a investigação da situação sorológica da gestante é recomendada a realização somente do marcador AgHBs que, se positivo, indica atividade da hepatite B. Transmissão perinatal do vírus da Hepatite C (VHC) Devido à dificuldade do diagnóstico de hepatite C no recém-nascido e na conduta frente à gestante com VHC-RNA detectado, o Programa Estadual de Hepatites Virais do Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” e o Comitê Assessor de Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo elaboraram a orientação técnica que recomendamos e divulgamos. Orientações técnicas: transmissão vertical da hepatite C A Hepatite Viral C, causada pelo vírus da Hepatite C (VHC) identificado em 1989, é um grave problema de saúde pública mundial. Até o momento não existe profilaxia (medicamentos ou vacina) para impedir a transmissão vertical do VHC. A transmissão do VHC ocorre pelo contato com o sangue contaminado, principalmente pela via parenteral e com menor freqüência pela via sexual. Quanto à transmissão vertical (da mãe para o filho), o maior risco para o recém nascido (RN) ocorre principalmente no momento do parto, particularmente na gestante que apresenta elevada carga viral para o VHC ou co-infecção com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). No primeiro caso, o risco estimado é, em média, de 5% e no segundo, o risco médio estimado é de 17%. Até o momento, não há recomendação em relação ao tipo de parto.
57
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Ocorre passagem do anticorpo contra o vírus C (anti-VHC) da mãe para a criança por via transplacentária, com possibilidade de eliminação até os dezoito meses de vida. Quando infectado pelo VHC, o RN poderá evoluir para cura e eliminar o vírus sem apresentar comprometimento hepático. Diante do exposto, o Programa Estadual de Hepatites Virais, apoiado em parecer do Comitê Assessor Permanente de Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, recomenda: · · · ·
Não realizar triagem sorológica (anti-VHC) indiscriminada em gestantes, como exame de rotina pré-natal, excetuandose aquelas que apresentem fatores de risco para infecção pelo VHC. Não suspender o aleitamento materno quando a mãe é portadora do VHC sem co-infecção com HIV. Orientar sobre o possível risco de transmissão se houver fissura nos mamilos com presença de sangue. Não realizar triagem sorológica (anti-VHC) logo após o nascimento, em RN filho de mãe portadora do VHC. Acompanhar o RN de mãe portadora do VHC de acordo com o fluxograma abaixo: Acompanhamento da transmissão vertical da hepatite pelo vírus C Toda criança nascida de mãe portadora do vírus, ou seja, com VHC-RNA detectado, deverá:
1. Realizar sorologia anti-VHC aos dezoito meses de idade: 1.1. Se anti-VHC negativo, dar alta para a criança. 1.2. Se anti-VHC positivo, realizar VHC-RNA qualitativo. 1.2.1. Se o VHC-RNA qualitativo for detectado, a criança é considerada portadora da infecção pelo vírus da Hepatite C e deverá ser encaminhada para o Centro de Referência especializado no acompanhamento de crianças. 1.2.2. Se o VHC-RNA qualitativo não for detectado, a criança é considerada não portadora do VHC e deverá rece ber alta.
Figura 1. Fluxograma para acompanhamento da transmissão vertical do VHC CRIANÇA NASCIDA DE MÃE COM VHC-RNA DETECTADO (Portadora de Hepatite C)
Anti – VHC aos 18 meses
NÃO REAGENTE
REAGENTE
ALTA
REALIZAR VHC - RNA
VHC-RNA
VHC-RNA DETECTADO
NÃO DETECTADO
(criança portadora do VHC)
ALTA
ENCAMINHAR PARA CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO NO ACOMPANHAMENTO DE
Fonte: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/outros/hepac_transvert.pdf
58
HEPATITE C EM CRIANÇAS
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Vigilância Epidemiológica das Hepatites B e C Quando houver suspeita de infecção pelo vírus B ou C devem ser solicitados os marcadores de triagem: · ·
Hepatite B: AgHBs e anti-HBc Hepatite C: anti-VHC
A presença de pelo menos um marcador sorológico reagente indica que deve ser realizada a notificação no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Foram notificados 23.001 casos com marcadores para os vírus B ou C no SINAN do município de São Paulo, no período de 2000 a 2007. Destes, 10.717 (46,6%) apresentaram marcadores para o vírus B (AgHBs ou anti-HBc total reagente), 12.086 (52,5%) para o vírus C (anti-VHC ou VHC-RNA reagentes) e 198 (0,9%) para os vírus B e C (AgHBs e VHC-RNA reagentes).
Gráfico 1. Número de casos notificados de hepatite B, segundo presença de marcadores sorológicos reagentes e ano de notificação. Município de São Paulo, 2000-2007 ����
��������� ����������
�����������
����
����
����
������ �������� ����
���
� ����
����
����
����
����
����
����
����
������������������
Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais
Verificou-se que entre os casos notificados de hepatite B, 6.836 (63,8%) apresentavam marcadores de infecção passada (cicatriz sorológica) e 3.881 (36,2%) atividade da doença (AgHBs reagente).
59
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 2. Número de casos notificados de hepatite C, segundo presença de marcadores sorológicos reagentes e ano de notificação. Município de São Paulo, 2000-2007 ����������������
�����������
����
���� ����������������� ���� �������������������� ��������������������
���
� ����
����
����
����
����
����
����
����
������������������ Fonte: COVISA/CCD/SINAN-HEPATITES VIRAIS
O VHC-RNA foi encontrado em 7.958 (65,8%) casos. Destes, 6.823 (85,7%) apresentaram VHC-RNA reagente, significando atividade da doença, e não reagente em 1.135 (14,3%), indicando infecção passada pelo vírus C. Em 2007 foi incluída na Ficha de Investigação de hepatites virais do SINAN a variável HIV para informar se o paciente é portador ou não de HIV/Aids. Foram notificados 1.210 casos de co-infecção HIV/hepatites virais.
Tabela I. Número e porcentagem de casos notificados de hepatites virais com informação de co-infecção com o HIV. Município de São Paulo, 2007 HIV
nº
%
Sim
1210
15,2
Não
4554
57,2
Ignorado
2193
27,6
Total
7957
100
Fonte: COVISA/CCD/SINAN-Hepatites Virais
Em 27,6% dos casos notificados não se obteve a informação da infecção pelo HIV. O preenchimento correto deste campo poderá melhorar o conhecimento do perfil epidemiológico dos portadores destes agravos.
Considerações Após diversas solicitações ao Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV) foi incluída na ficha de investigação de hepatites virais a informação sobre co-infecção com HIV, importante para subsidiar as ações de prevenção e de controle. A melhoria da qualidade das informações pode ser visualizada no gráfico 2, onde é constatado o aumento do número de casos notificados com o resultado do VHC-RNA, o que permite caracterizar aqueles com infecção em atividade. O número de notificações com cicatriz sorológica e presença do vírus B (gráfico 1) demonstra a importância da circulação do VHB e aponta para a necessidade de enfatizar a vacinação da população menor de vinte anos e dos segmentos mais vulneráveis, de acordo com o Programa de Imunização. A vacinação de todos os recém-nascidos nas primeiras 24 horas de vida é a melhor medida de prevenção para a transmissão vertical do vírus B, independente do conhecimento da situação sorológica anterior da mãe. 60
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
PARTE VI - GESTANTE COM SÍFILIS E SÍFILIS CONGÊNITA
GESTANTE COM SÍFILIS No ano de 2007, introduziu-se no município de São Paulo a ficha de investigação epidemiológica de sífilis na gestante, cujo objetivo é estimular a detecção e a notificação de casos de sífilis em gestante, para o seu tratamento precoce, adequado e concomitante ao do parceiro. Esta estratégia é voltada para uma finalidade maior, ou seja, impedir a transmissão da sífilis para o feto. Em 2007 foram notificados 274 casos de sífilis em gestantes e avaliadas as características das pacientes notificadas, seu perfil sócio-econômico e a área de abrangência das notificações. Dentre as Coordenadorias de Saúde, o maior número de casos notificados encontra-se na Sudeste, com 32,9% das notificações (tabela I).
Tabela I. Casos de sífilis em gestante (Nº e %) segundo Coordenadoria de Saúde. Município de São Paulo, 2007 Coordenadoria de saúde
nº
%
CRS SUDESTE
90
32,9
CRS SUL
62
22,6
CRS NORTE
43
15,7
CRS CENTRO-OESTE
35
12,8
CRS LESTE
31
11,3
END IGN
13
4,7
274
100,0
Total Fonte: SINAN-NET-CCD/COVISA/SMS Dados atualizados em 26/02/2008
61
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
A distribuição de casos de sífilis em gestante, segundo a SUVIS de notificação, em todo o município, encontra-se na tabela II. Deve ser enfatizado que há ainda algumas regiões “silenciosas”, sem casos notificados.
Tabela II. Casos de sífilis em gestante (Nº e %) segundo Coordenadoria de Saúde e SUVIS de notificação. Município de São Paulo, 2007 Coordenadoria de Saúde
nº
%
CRS Sudeste
90
32,9
Aricanduva
33
12,0
Ipiranga
18
6,6
Vila Mariana/Jabaquara
12
4,4
Penha
10
3,7
17
6,2
CRS Leste
Vila Prudente
31
11,3
Itaquera
4
1,5
Cidade Tiradentes
0
—
Ermelino Matarazzo
5
1,8
São Miguel
8
2,9
Guaianases
0
—
Itaim Paulista
5
1,8
9
3,3
CRS Centro -Oeste
São Mateus
35
12,8
Lapa/Pinheiros
12
4,4
Butantã
10
3,7
Sé CRS Sul Santo Amaro/Cidade Ademar Capela do Socorro M´ Boi Mirim Parelheiros
4,7 22,6
17
6,2
2
0,7
25
9,1
1
0,4
Campo Limpo
17
6,2
CRS Norte
43
15,7
Santana/Tucuruvi
5
1,8
Jacanã/Tremembe
9
3,3
Cachoeirinha
8
2,9
Freguesia do Ó
6
2,2
Pirituba/Perus
6
2,2
Vila Maria
9
3,3
Endereço Ignorado Total Fonte: SINAN-NET-CCD/COVISA/SMS Dados atualizados em 26/02/2008.
62
13 62
13
4,7
274
100,0
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
A distribuição de casos de sífilis em gestante, segundo algumas características maternas, está na tabela III. Nota-se que as gestantes estão distribuídas em maior freqüência na faixa dos 20 a 29 anos (51,5%), na raça branca (45,3%), com escolaridade da 5ª a 8ªsérie incompleta do ensino fundamental (17,2%).
Tabela III. Casos de gestante com sífilis (Nº e %) segundo características dos casos. Município de São Paulo, 2007 Faixa etária da gestante
nº
%
10 a 14 anos
2
0,7
15 a 19 anos
22
8,0
20 a 29 anos
141
51,5
30 a 39 anos
94
34,3
40 a 49 anos
15
5,5
50 a 59 anos
0
-
274
100,0
Total Raça da gestante
nº
%
Ign/Branco
38
13,9
124
45,3
29
10,6
Branca Preta Amarela Parda Indigena Total
2
0,7
71
25,9
10
3,7
274
100,0
Escolaridade da gestante (1)
nº
%
Ign/Branco
98
35,8
Analfabeto
1
0,4
1ª a 4ª série incompleta do EF
28
10,2
4ª série completa do EF
16
5,8
5ª a 8ª série incompleta do EF
47
17,2
Ensino fundamental completo
29
10,6
Ensino médio incompleto
26
9,5
Ensino médio completo
26
9,5
Educação superior incompleta
3
1,1
Educação superior completa
0
-
Não se aplica Total
0
-
274
100,0
Fonte: SINAN-NET-CCD/COVISA/SMS Dados atualizados em 26/02/2008. Nota: (1) Apartir de 2007 houve alteração para a categoria desta variável.
Salienta-se que a ficha de investigação de sífilis na gestante foi introduzida paulatinamente em 2007 e espera-se que nos próximos anos, os dados coletados sejam utilizados de forma mais abrangente para a diminuição de casos de sífilis na gestante e da sífilis congênita no Município de São Paulo.
63
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
SÍFILIS CONGÊNITA A sífilis congênita resulta da interrupção de uma seqüência de ações inter-relacionadas, as quais se iniciam com a adesão da gestante ao pré-natal, seu seguimento adequado, o registro da informação na carteira da gestante, a avaliação do pré-natal na maternidade, o diagnóstico, a notificação e conduta clínica adequados. Entre janeiro de 1998 e dezembro de 2007, foram notificados 3868 casos de sífilis congênita no Município de São Paulo (tabela I). Em todo período, o maior número de casos notificados (1.088 casos) pertence à área de abrangência da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Norte, seguida da Leste (766 casos), Sul (752 casos), Sudeste (627 casos) e Centro-Oeste (582 casos). Os maiores coeficientes de incidência são observados nas Supervisões de Vigilância em Saúde (SUVIS) Sé/Santa Cecília da CRS Centro-Oeste e na Vila Maria/Vila Guilherme da CRS Norte. A tendência à diminuição do número de casos notificados e da incidência da sífilis congênita a partir de 2003, manteve-se até 2006, ano em que foram notificados 307 casos com incidência de 1,8 casos/1.000NV (gráfico 1).
Gráfico 1. Coeficiente de incidência de sífilis congênita nas Coordenadorias Regionais de Saúde de residência. Município de São Paulo, 2001-2006 ��� ��� �������������� ��� �������������
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Fonte: SINAN - Centro de Controle de Doenças (CCD)/COVISA/SMS-SP (dados até 22/02/2008).
64
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Na tabela II observa-se, ao longo do período de 2001 a 2006, que a maioria das mães (50,1%) dos recém-nascidos com sífilis congênita tinha idade entre 20 a 29 anos, refletindo a idade de maior fecundidade. A proporção (9,3%) de mães com 10 a 19 anos com sífilis reforça a necessidade das ações de prevenção. Nesse sentido, o espaço da escola coloca-se como oportunidade para a implementação dessas ações, uma vez que, pelo menos, 52% das mães têm algum grau de escolaridade. Embora cerca de 80% das mães tenha realizado pré-natal, pouco mais da metade informa o diagnóstico de sífilis na gestação. A tabela III consolida dados referentes às mães que realizaram pré-natal. Em relação à informação do 1º VDRL, 44,5% das mães realizaram o exame, 16,8% não realizaram e em 38,6% não se tinha informação. Em relação ao 2º VDRL, a proporção de “não realizados” e “ignorados” foi maior que para o 1º VDRL, respectivamente 23,5% e 51,3%. Além da qualidade da informação, uma análise mais consistente da qualidade de atendimento à gestante no pré-natal requer a avaliação da época de início do pré-natal e do número de consultas da gestante, informação não disponível desde 2004. Até 2006, pelo menos 76,4% das mães que tiveram diagnóstico de sífilis no pré-natal foram tratadas. Essa informação, no entanto, referia-se indiscriminadamente ao tratamento realizado tanto na gestação como no momento do parto. A partir de 2007, houve a inclusão da data do tratamento materno no pré-natal como campo obrigatório da ficha de investigação epidemiológica. A necessidade da informação precisa da data (dia/mês/ano) dificultou a obtenção do dado, o qual não foi preenchido adequadamente. O tratamento do parceiro continua um desafio. Apenas 20,2% dos parceiros das mães que tiveram diagnóstico de sífilis na gestação foram tratados sendo que, em 30,6% dos casos não houve informação do tratamento. A distribuição dos casos de sífilis congênita, segundo algumas características dos recém-nascidos, estão na tabela IV. A maioria dos casos (93,5%) foi notificada na maternidade. Os recém-nascidos eram de termo ao nascimento ou com idade gestacional igual ou acima de 37 semanas (79%) e assintomática (76,1%). A informação referente à raça mostrou, a partir de 2006, uma tendência ao aumento de casos da raça indígena. Para enfrentar o desafio do controle da sífilis congênita, as áreas temáticas envolvidas na redução da transmissão vertical da sífilis pactuaram ações integradas (portaria 1657/07-SMS.G), com a meta de diminuir a incidência da doença no Município de São Paulo para menos de 1 caso para 1.000 nascidos vivos, até o final de 2009.
65
66
216 74 23 43 46 30
193 74 27 62 7
24
CRS Sudeste Aricanduva/Mooca Ipiranga Jabaquara/Vila Mariana Penha Vila Prudente/Sapopemba
CRS Sul Campo Limpo Cidade Ademar/Sto Amaro M Boi Mirim Parelheiros Socorro
Ignorado/Branco
2,0
1,2 2,1 0,8 1,6 0,8
1,7 3,0 1,0 1,7 1,9 1,1
2,7 3,2 3,6 2,8 0,9 2,2 3,9
398
8
76 18 12 23 5
74 29 4 5 18 18
103 10 20 25 7 9 32
70 5 4 8 10 14 14 15
nº 67 22 9 36
2001
2,1
1,6 1,7 1,1 2,1 1,8
2,0 3,5 0,6 0,7 2,4 2,1
2,7 1,7 2,3 5,3 0,7 2,1 6,2
1,5 1,4 1,1 1,4 1,3 1,6 1,8 2,0
CI 3,4 2,8 1,4 6,2
368
8
83 29 18 19 2
51 20 3 5 13 10
90 4 18 16 15 2 35
70 6 4 7 17 10 11 15
nº 66 11 10 45
Fonte: SINAN - Centro de Controle de Doenças (CCD)/COVISA/SMS-SP (dados até 22/02/2008). * 2007- Casos sujeitos a revisão.
1.281
342 67 102 44 27 33 69
CRS Norte Casa Verde/Cachoeirinha Freguesia/Brasilândia Jacana/Tremembé Perus/Pirituba Santana/Tucuruvi Vila Maria/Vila Guilherme
Município São Paulo
323 23 19 34 66 66 37 78
CRS Leste Cidade Tiradentes Ermelino Matarazzo Guaianases Itaim Paulista Itaquera São Mateus São Miguel
2,1 1,8 1,5 1,8 2,6 2,2 1,5 2,9
1998-2000 nº CI 183 2,8 86 3,3 31 1,5 66 3,7
Local de residência CRS Centro-Oeste Butantã Lapa/Pinheiros Sé/Santa Cecília
2002
2,0
1,8 2,8 1,7 1,8 0,7
1,4 2,5 0,5 0,7 1,8 1,2
2,4 0,7 2,2 3,3 1,6 0,5 6,7
1,6 1,6 1,1 1,3 2,4 1,1 1,5 2,1
CI 3,3 1,4 1,6 7,9
463
3
115 39 17 37 6
65 18 2 11 23 11
140 15 15 32 21 13 44
83 6 5 20 5 21 14 12
2,5
2,5 3,8 1,7 3,4 2,1
1,7 2,2 0,3 1,5 3,3 1,4
3,8 2,7 1,9 6,8 2,2 3,2 8,7
1,9 1,7 1,4 3,8 0,7 2,4 1,9 1,7
2003 nº CI 57 2,9 26 3,4 9 1,4 22 3,8
382
1
60 12 10 13 3
69 27 3 7 24 8
105 16 15 22 9 13 30
73 9 4 14 10 16 12 8
nº 74 25 9 40
2004
2,1
1,3 1,2 1,0 1,2 1,1
1,8 3,2 0,4 1,0 3,4 1,0
2,8 2,8 1,9 4,6 0,9 3,1 5,9
1,7 2,4 1,1 2,6 1,5 1,8 1,6 1,1
CI 3,7 3,2 1,4 6,9
351
2
79 18 13 22 6
54 22 5 4 18 5
108 13 11 26 9 12 37
58 2 5 4 16 7 10 14
nº 50 25 8 17
2,0
1,8 1,8 1,3 2,1 2,2
1,5 2,7 0,8 0,6 2,6 0,6
3,0 2,4 1,4 5,6 0,9 3,1 7,5
1,4 0,6 1,4 0,8 2,4 0,8 1,3 2,1
CI 2,6 3,3 1,3 3,0
2005
2006
307
2
64 21 3 29 2
50 25 7 3 12 3
90 13 7 24 14 8 24
52 3 4 5 9 10 12 9
nº 49 19 2 28
1,8
1,5 2,1 0,3 2,9 0,7
1,4 3,1 1,1 0,4 1,8 0,4
2,5 2,4 1,0 5,2 1,5 2,1 5,0
1,3 0,9 1,1 1,0 1,4 1,2 1,6 1,4
CI 2,6 2,6 0,3 5,2
318
5
82 32 14 26 4
48 22 6 6 10 4
110 27 19 17 8 9 30
37 7 2 2 4 12 2 8
2007* nº 36 12 5 19
3.868
53
752 243 114 231 35
627 237 53 84 164 89
1088 165 207 206 110 99 301
766 61 47 94 137 156 112 159
Total nº 582 226 83 273
Tabela I. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência por 1000 nascidos vivos), segundo Coordenadorias Regionais de Saúde e respectivas Supervisões de Vigilância, por ano de nascimento. Município de São Paulo, 1998-2000, 2201-2007*
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
211
61
52
7
3
0
10
20 a 29
30-34
35-39
40-44
45-49
> 49
Ignorado
176
11
38
4
149
1 a 3 anos
4 a 7anos
8 a 11anos
12 e mais anos
Ignorado/Branco
Ignorado/Branco
5,0
19,1
75,9
37,4
1,0
9,5
2,8
44,2
5,0
2,5
-
0,8
1,8
13,1
15,3
53,0
13,3
0,3
%
100,0
2001
368
18
60
290
132
5
39
66
102
24
6
0
0
12
46
88
186
30
0
nº
4,9
16,3
78,8
35,9
1,4
10,6
17,9
27,7
6,5
1,6
-
-
3,3
12,5
23,9
50,5
8,2
-
%
100,0
2002
463
17
56
390
177
6
67
120
75
18
14
0
1
19
74
95
221
37
2
nº
3,7
12,1
84,2
38,2
1,3
14,5
25,9
16,2
3,9
3,0
-
0,2
4,1
16,0
20,5
47,7
8,0
0,4
%
100,0
2003
Fonte: SINAN - Centro de Controle de Doenças (CCD)/ COVISA/ SMS-SP (dados até 22/02/2008). * 2007- dados sujeitos a revisão ** Para análise até 2006, foram considerados 2269 casos notificados. ( 1 ) dados não disponíveis no SINAN NET
398
76
20
Não
Total
302
Sim
Realização do Pré-Natal
20
Nenhuma
Escolaridade Mãe
1
53
15 a 19
nº
10 a 14
Faixa Etária Mãe
das mães
Características
382
14
54
314
134
12
53
110
58
15
3
0
0
18
59
81
185
35
1
nº
9,2
0,3
%
100,0
3,7
14,1
82,2
35,1
3,1
13,9
28,8
15,2
3,9
0,8
-
-
4,7
15,4
21,2
48,4
2004
351
21
52
278
130
6
54
97
56
8
5
0
1
16
60
72
170
27
0
nº
7,7
-
%
100,0
6,0
14,8
79,2
37,0
1,7
15,4
27,6
16,0
2,3
1,4
-
0,3
4,6
17,1
20,5
48,4
2005
307
21
53
233
119
9
56
85
31
7
5
2
1
18
33
62
159
24
3
nº
6,8
17,3
75,9
38,8
2,9
18,2
27,7
10,1
2,3
1,6
0,7
0,3
5,9
10,7
20,2
51,8
7,8
1,0
%
100,0
2006
318
24
48
246
106
1
84
99
23
5
4
0
1
23
40
60
165
25
0
nº
7,9
-
%
100,0
7,5
15,1
77,4
33,3
0,3
26,4
31,1
7,2
1,6
1,3
-
0,3
7,2
12,6
18,9
51,9
2007*
Tabela II. Casos notificados de sífilis congênita (No e %) por ano de nascimento, segundo características das mães e realização do pré-natal. Município de São Paulo, 2001-2007*
2587
135
399
2053
947
43
391
588
521
97
47
2
7
113
364
519
1297
231
7
nº
100,0
5,2
15,4
79,4
36,6
1,7
15,1
22,7
20,1
3,7
1,8
0,1
0,3
4,4
14,1
20,1
50,1
8,9
0,3
%
Total**
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
67
68
27 15 39 221
133 108 61
302
2° VDRL Reativo Não reativo Não realizado Ignorado/Branco
Sífilis gravidez Sim Não Ignorado/Branco
Total mães
%
100,0
152
35 68 49
102 34 16
290
152 99 39
30 9 35 216
101 9 10 170
nº
%
100,0
23,0 44,7 32,2
67,1 22,4 10,5
100,0
52,4 34,1 13,4
10,3 3,1 12,1 74,5
34,8 3,1 3,4 58,6
2002
215
43 107 65
162 32 21
390
215 138 37
60 12 41 277
148 15 6 221
nº
Fonte: SINAN - Centro de Controle de Doenças (CCD)/COVISA/SMS-SP (dados até 22/02/2008). * 2007 dados sujeitos à revisão. ** Para análise até 2006, foram consideradas 1807 mães que realizaram pré-natal. ( 1 ) dados não disponíveis no SINAN NET. ( 2 ) dados não analisados.
133
15,8 33,1 51,1
Tratamento parceiro Sim 21 Não 44 Ignorado/Branco 68
Total mães com sífilis
61,7 20,3 18,0
100,0
44,0 35,8 20,2
8,9 5,0 12,9 73,2
32,5 15,6 5,0 47,0
2001
82 27 24
Tratamento mãe Sim Não Ignorado/Branco
98 47 15 142
nº
1° VDRL Reativo Não reativo Não realizado Ignorado/Branco
Pré - natal (PN)
55,1 35,4 9,5
15,4 3,1 10,5 71,0
37,9 3,8 1,5 56,7
%
100,0
20,0 49,8 30,2
75,3 14,9 9,8
100,0
2003
195
40 99 56
149 0 46
314
195 84 35
88 10 120 96
153 8 94 59
nº
2004
100,0
20,5 50,8 28,7
76,4 23,6
100,0
62,1 26,8 11,1
28,0 3,2 38,2 30,6
48,7 2,5 29,9 18,8
%
174
31 106 37
156 0 18
278
174 81 23
106 5 104 63
114 9 96 59
nº
%
100,0
17,8 60,9 21,3
89,7 10,3
100,0
62,6 29,1 8,3
38,1 1,8 37,4 22,7
41,0 3,2 34,5 21,2
2005
133
32 69 32
115 0 18
233
133 76 24
87 6 85 55
89 14 83 47
nº
57,1 32,6 10,3
37,3 2,6 36,5 23,6
38,2 6,0 35,6 20,2
%
100,0
24,1 51,9 24,1
86,5 13,5
100,0
2006
1 1 1 1
1 1 1 1 ) ) ) )
) ) ) )
(2) (2) (2)
(2) (2) (2)
246
147 86 13
( ( ( (
( ( ( (
nº
%
100,0
59,8 35,0 5,3
2007*
398 57 424 928
703 102 304 698
nº
20,2 49,2 30,6
76,4 9,3 14,3
1002 100,0
202 493 307
766 93 143
2053 100,0
56,0 32,7 11,3
22,0 3,2 23,5 51,4
38,9 5,6 16,8 38,6
%
Total **
1149 672 232
Tabela III. Casos notificados de sífilis congênita (No e %) por ano de nascimento, segundo características da sorologia (VDRL), diagnóstico e tratamento das mães com sífilis no pré-natal. Município de São Paulo, 2001-2007*
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
66,3 27,7 6,0
6,5 10,9 75,5 7,1
100 28,8 2,7 0,3 14,1 0,3 53,8
52,7 44,0 3,3
91,0 6,3 1,9 0,8 -
%
100,0
2002
463
351 77 35
14 59 347 43
463 198 14 3 80 1 167
210 230 23
443 12 8 0 0 0
nº
75,8 16,6 7,6
3,0 12,7 74,9 9,3
100 42,8 3,0 0,6 17,3 0,2 36,1
45,4 49,7 5,0
95,7 2,6 1,7 -
%
100,0
2003
Fonte: SINAN - Centro de Controle de Doenças (CCD)/COVISA/SMS-SP (dados até 22/02/2008). *2007 dados sujeitos a revisão. ( 1 ) dados não disponíveis no SINAN NET. ** Para analise até 2006, foram considerados 2269 casos notificados.
368
100,0
398
Total
244 102 22
69,1 27,1 3,8
Presença de sintomas Não 275 Sim 108 Ignorado/Branco 15
368 106 10 1 52 1 198
24 40 278 26
100 0,8 0,3 0,3 0,3 98,5
Raça 398 Branca 3 Preta 0 Amarela 1 Parda 1 Indígena 1 Ignorado/Branco 392
194 162 12
335 23 7 3 0 0
nº
Idade gestacional ao nascimento < 22 semanas 24 6,0 22 a 37 semanas 56 14,1 � 37semanas 279 70,1 Ignorado/Branco 39 9,8
46,2 50,3 3,5
184 200 14
Sexo Feminino Masculino Ignorado
%
85,7 8,8 5,3 0,3 -
2001
341 35 21 1 0 0
nº
Faixa etária 0 a 6 dias 7-27 dias 28 a 1 ano 1 a 2 anos > 2 anos Ignorado
Características
382
318 45 19
7 39 333 3
382 171 17 0 58 3 133
181 191 10
367 4 11 0 0 0
nº
%
100,0
83,2 11,8 5,0
1,8 10,2 87,2 0,8
100 44,8 4,5 15,2 0,8 34,8
47,4 50,0 2,6
96,1 1,0 2,9 -
2004
351
296 41 14
3 42 295 11
351 170 16 8 70 2 85
171 172 8
337 8 6 0 0 0
nº
84,3 11,7 4,0
0,9 12,0 84,0 3,1
100 48,4 4,6 2,3 19,9 0,6 24,2
48,7 49,0 2,3
96,0 2,3 1,7 -
%
100,0
2005
307
243 46 18
5 38 259 5
307 128 12 4 62 7 94
144 147 16
296 6 5 0 0 0
nº
%
100,0
79,2 15,0 5,9
1,6 12,4 84,4 1,6
100 41,7 3,9 1,3 20,2 2,3 30,6
46,9 47,9 5,2
96,4 2,0 1,7 -
2006
318
(1) (1) (1)
(1) (1) (1) (1)
318 122 14 4 70 14 94
146 151 21
301 8 9 0 0 0
nº
100 38,4 4,4 1,3 22,0 4,4 29,6
45,9 47,5 6,6
94,7 2,5 2,8 -
%
100,0
2007
76,1 18,5 5,4
3,4 12,1 78,9 5,6
100 34,7 3,2 0,8 15,2 1,1 45,0
47,5 48,4 4,0
93,5 3,7 2,6 0,2 -
%
2587 100,0
1727 419 123
77 274 1791 127
2587 898 83 21 393 29 1163
1230 1253 104
2.420 96 67 4 0 0
nº
Total**
Tabela IV. Casos de sífilis congênita (No e %), segundo características das crianças e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2001-2007 *
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
69
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
70
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Parte VII - ACIDENTES OCUPACIONAIS COM MATERIAIS BIOLÓGICOS
No período de 2000 a 2006, a notificação de acidentes ocupacionais com materiais biológicos era realizada através do SINABIO, sendo que, em 2004, este agravo tornou-se de notificação compulsória em todo o território nacional. A partir de 2007, a notificação passou a ser feita por meio do SINAN NET. Nesta ocasião, iniciou-se a discussão sobre a definição de fluxo de atendimento e notificação de acidentes com material biológico no município de São Paulo, seguida de oficinas regionais para a capacitação dos profissionais da rede municipal de saúde. Com isso, a notificação foi implementada nas unidades básicas de saúde e hospitais, justificando o aumento do número de casos observado em 2007. O monitoramento desse agravo foi realizado até 2006 pelo Programa Municipal de DST/Aids, sendo repassado para a Vigilância da Saúde do Trabalhador e ao Centro de Controle de Doenças da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) a partir do início de 2007, quando de sua inclusão no SINAN NET. As circunstâncias para a ocorrência de acidentes ocupacionais com materiais biológicos (gráficos 3 e 4), o tipo de exposição (gráfico 2) e a ocupação mais freqüente dos casos notificados (tabela I) denotam a necessidade de programas educacionais envolvendo não apenas as equipes que prestam assistência direta ao paciente, mas também outras categorias de profissionais que trabalham, direta ou indiretamente, em serviços de saúde
Gráfico 1. Número de acidentes ocupacionais com material biológico, segundo ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2000-2007* 900 856**
800 681
700 600 Nº
537
519
476
500 394
400 300 200
232 160
100 0 2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Ano da Ocorrência
Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN - NET - CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão. **Dados extraídos do SINAN NET.
As situações que mais comumente levam aos acidentes ocupacionais com material biológico, tais como o descarte inadequado de pérfuro-cortantes e o reencape de agulhas (gráficos 3 e 4), poderiam ser facilmente evitadas, o que indica a necessidade de programas de prevenção permanentes dirigidos aos profissionais de saúde ou que atuam em serviços de saúde, bem como o estabelecimento de normas técnicas claras que garantam a uniformização das medidas de biossegurança e a garantia da disponibilidade permanente dos equipamentos de proteção individual (EPI) nos locais de trabalho. 71
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 2. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo tipo de exposição. Município de São Paulo, 2000-2007* 90 80
79,8
70 60 %
50 40 30 20 9,3
10
8,3 1,8
0,8
Pele Não Íntegra
Outros
0 Percutânea
Mucosa (Oral/Ocular)
Pele Íntegra Tipo de Exposição
Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
Gráfico 3. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo circunstâncias do acidente. Município de São Paulo, 2000-2007*
900 800 700
769 635 530
600 Nº
500 400 223
300
136
200
96
100 0 Punção Descarte Administração de Venosa/Arterial Inadequado de Medicamentos Pérfuro-Cortantes
Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
72
Procedimento Cirúrgico
Reencape de Agulha
Procedimento Odontológico
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 4. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo circunstâncias do acidente e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2000-2007* 100%
80% Procedimento Odontológico Reencape de Agulha
60%
Procedimento Cirúrgico
%
Descarte Inadequado de pérfuro-cortantes
40%
Punção Venosa/Arterial Administração de Medicamentos
20%
0% 2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Ano da Ocorrência
Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
A vacinação contra Hepatite B ausente ou incompleta, observada em 838 (29,3%) funcionários acidentados (gráfico 5), indica a necessidade de estimular a imunização completa de profissionais da área da saúde e afins, e a testagem para identificar a conversão sorológica pós-vacinal.
Gráfico 5. Situação vacinal em relação à Hepatite B entre funcionários acidentados. Município de São Paulo, 2000-2007* 3000 2620 2500 2000 Nº
1500 1000
838
500
237
0 Completa
Incompleta ou Ausente
Ignorado
Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
73
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela I. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo ocupação do indivíduo acidentado. Município de São Paulo, 2000-2007* Ocupação Auxiliar de Enfermagem
n°
%
1990
55,2
Limpeza
425
12,9
Médico
225
5,6
Enfermeiro
207
5,2
Estudante
139
3,7
Técnico de Enfermagem
166
2,7
64
2,0
Dentista
104
2,4
Ignorado
26
0,4
Laboratório
Outros Total
509
8,7
3855
100,0
Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
Tabela II. Acidentes ocupacionais com material biológico, segundo evolução. Município de São Paulo, 2000-2007* Evolução Alta sem conversão sorológica Em seguimento
757
Alta por fonte negativa
465
Abandono
281
Transferência**
21
Alta com conversão sorológica (hepatite B)
11
Óbito Fonte: SINABIO - PM DST/Aids/SMS/SP e SINAN-NET – CCD/COVISA *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão. **Dados extraídos exclusivamente do SINABIO.
74
nº 800
0
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
ANEXOS
SISTEMA DE VIGILÂNCIA EM SERVIÇOS (VIGISERV) O Sistema de Vigilância em Serviços (VIGISERV) foi implantado nas 15 unidades de assistência da Rede Municipal Especializada em DST/Aids (RME) do município de São Paulo em 2002. O Setor de Informação do PM/DST/AIDS/SMS/SP é responsável pelo suporte técnico e recebimento mensal dos dados digitados nas unidades. A análise dos dados digitados pelas 15 unidades de assistência da RME, de 2002 a 2007, foi realizada utilizando o programa EPI Info versão 3.2.2, após a retirada de inconsistências e duplicidades do banco de dados utilizando o programa Access 2000. Ao contrário do SINAN, a notificação de dados no VIGISERV não é compulsória. Desse modo, o número de pacientes em seguimento pode estar subestimado por dificuldades na atualização dos dados por parte das unidades. Entretanto, vale destacar que o VIGISERV é uma importante ferramenta para monitoramento das unidades e permite conhecer o perfil dos pacientes atendidos nas unidades da RME direcionando ações para melhoria da qualidade de atendimento.
Pacientes matriculados No período de 2002 a 2007, 51.565 pacientes foram matriculados nas 15 unidades de assistência da RME. Do total de pacientes matriculados, a maioria, 58,7% (30.282/51.565), continua em seguimento ambulatorial (tabela 1). Além disso, a evolução para cura ocorreu predominantemente nos casos de pacientes matriculados com diagnóstico de outras DST que não HIV/Aids. Os Centros de Referência em DST/Aids Santo Amaro, Penha e Freguesia do Ó apresentaram o maior número de pacientes matriculados no período avaliado (tabela 2).
Tabela I. Pacientes matriculados na RME (No e %) segundo evolução. Município de São Paulo, 2000-2007* Evolução dos pacientes matriculados Seguimento ambulatorial
nº
%
30.282
58,7
Abandono
7.883
15,3
Cura
5.691
11,0
Óbito
3.327
6,5
Transferido
3.286
6,4
Mudança de diagnóstico**
807
1,6
Outros
289
0,6
51.565
100,0
Total Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão. **Criança exposta ao HIV/Aids que evoluiu para cura ou conversão sorológica.
75
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela II. Pacientes matriculados na RME (No e %) segundo unidade de atendimento. Município de São Paulo, 2000-2007* Unidade de atendimento
nº
%
CR Santo Amaro
6.392
12,4
CR Penha
5.397
10,5
CR Freguesia do Ó
5.198
10,1
SAE Fidélis Ribeiro
4.941
9,6
SAE Santana
4.832
9,4
SAE Ipiranga
4.265
8,3
SAE Cidade Líder II
3.928
7,6
SAE Cidade Dutra
3.244
6,3
SAE Butantã
2.868
5,6
SAE Jd. Mitsutani
2.121
4,1
SAE Campos Elíseos
1.994
3,9
AE Alexandre Kalil Yazbeck
1.970
3,8
AE Vila Prudente
1.682
3,3
SAE Lapa
1.492
2,9
SAE Herbert de Souza Total
1.241
2,4
51.565
100,0
Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
Pacientes em seguimento A maioria dos pacientes em seguimento ambulatorial na RME em DST/Aids do município de São Paulo, 28.405 (93,8%), são adultos com mais de 12 anos de idade e apenas 1.877 (6,2%) são crianças.
A. Adultos Do total de adultos em seguimento, 57,6% (16.360/28.405), são do sexo masculino e 50,0% (14.189/28.405) são brancos (tabela 3). A média e mediana da idade são 38,0 e 37,0 anos, respectivamente. A maioria dos pacientes em seguimento, 42,8%, tem como diagnóstico principal aids (tabela 4), sendo que, 25,1% (4.572/18.240) dos pacientes com diagnóstico de HIV e aids apresentam co-infecção em tratamento ou tratada (tabela 5). Os Centros de Referência de Santo Amaro e Penha possuem o maior número de adultos em seguimento ambulatorial no período (tabela 6).
Tabela III. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo raça/ cor. Município de São Paulo, 2000-2007* Raça/Cor
nº
%
14.189
50,0
Pardo
8.827
31,1
Ignorado
2.681
9,4
Preto
2.516
8,9
136
0,5
Branco
Amarela Indígena Total Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
76
56
0,2
28.405
100,0
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela IV. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo diagnóstico principal. Município de São Paulo, 2000-2007* Diagnóstico principal
nº
%
Aids
12.158
42,8
DST
6.396
22,5
HIV
6.082
21,4
Hepatite C
2.675
9,4
Hepatite B
836
2,9
Outros
258
0,9
28.405
100,0
Total Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
Tabela V. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME (No e %) com diagnóstico de HIV/AIDS segundo diagnóstico secundário (co-infecção). Município de São Paulo, 2000-2007* Diagnóstico secundário (co-infecção)
nº
%
DST
1.568
34,3
Tuberculose
1.343
29,4
Hepatite C
1.153
25,2
Hepatite B
503
11,0
Outros Total
5
0,1
4.572
100,0
Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
Tabela VI. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo unidade de atendimento. Município de São Paulo, 2000-2007* Unidade de Atendimento
nº
%
CR Santo Amaro
3.579
12,6
CR Penha
3.541
12,5
SAE Fidelis Ribeiro
2.905
10,2
SAE Cidade Dutra
2.491
8,8
CR Freguesia do Ó
2.120
7,5
SAE CidadeLíder II
2.094
7,4
SAE Santana
2.084
7,3
SAE Butantã
1.962
6,9
SAE Campos Elíseos
1.724
6,1
SAE Ipiranga
1.336
4,7
SAE Herbert de Souza
1.091
3,8
SAE Lapa
933
3,3
SAE Jd. Mitsutani
898
3,2
AE Alexandre Kalil Yazbeck
829
2,9
AE Vila Prudente Total
818
2,9
28.405
100,0
Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
77
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
B. Crianças Cerca de metade das crianças em seguimento ambulatorial na RME, 50,1% (940/1.877), são do sexo feminino e 52,9% (992/1877) são brancos (tabela 7). A média e mediana da idade destes pacientes são 3,7 e 3,0 anos, respectivamente. A maioria das crianças em seguimento, 53,8% (1.010/1.877), estão em acompanhamento por exposição vertical ao HIV/Aids (tabela 8). Os Serviços de Assistência Especializada em DST/Aids Cidade Líder II e Cidade Dutra têm o maior número de crianças em seguimento (tabela 9).
Tabela VII. Crianças em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo raça/ cor. Município de São Paulo, 2000-2007* Raça/Cor
nº
%
Branco
992
52,9
Pardo
537
28,6
Ignorado
252
13,4
91
4,8
Preto Amarela
4
0,2
Indígena
1
0,1
1.877
100,0
Total Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
Tabela VIII. Crianças em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo diagnóstico principal. Município de São Paulo, 2000-2007* Diagnóstico principal
nº
%
1.010
53,8
Aids
333
17,7
Exposição vertical HIV/Aids s/soroconversão
301
16,0
Exposição vertical HIV/Aids
HIV
98
5,2
DST
51
2,7
Sífilis congênita
37
2,0
Hepatite C
22
1,2
Hepatite B
16
0,9
9
0,5
1.877
100,0
Outros Total Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
78
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Tabela IX. Crianças em seguimento ambulatorial na RME (No e %) segundo unidade de atendimento. Município de São Paulo, 2000-2007* Unidade de Atendimento
nº
%
SAE Cidade Líder II
450
24,0
SAE Cidade Dutra
324
17,3
SAE Fidelis Ribeiro
186
9,9
SAE Butantã
160
8,5
CR Penha
131
7,0
SAE Santana
119
6,3
CR Santo Amaro
116
6,2
SAE Campos Elíseos
81
4,3
CR Freguesia do Ó
76
4,0
SAE Herbert de Souza
55
2,9
SAE Jd. Mitsutani
52
2,8
AE Vila Prudente
38
2,0
SAE Lapa
36
1,9
AE Alexandre Kalil Yazbeck
30
1,6
SAE Ipiranga Total
23
1,2
1877
100,0
Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2007, sujeitos a revisão.
79
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
ESTATÍSTICAS DE SOROLOGIAS As Estatísticas de Sorologias são relatórios mensais enviados pelos 24 Serviços Especializados em DST/Aids da rede municipal especializada em DST/Aids (RME) (15 unidades de atendimento e 9 centros de testagem e aconselhamento - CTA), desde 2004, com dados sobre a quantidade de sorologias para HIV, sífilis e hepatites B e C realizadas nos serviços. Durante o ano de 2007, foi implantado nos 24 Serviços Especializados em DST/Aids o teste rápido para diagnóstico do HIV e a quantidade de testes rápidos realizados também passou a ser monitorada. A análise dos relatórios dos serviços da RME mostra aumento progressivo do número de pessoas testadas no período de 2005 a 2007. Além disso, é importante destacar que, em apenas um ano de implantação, o teste rápido já corresponde a 8,2% do total das sorologias para detecção do HIV. A facilidade de acesso a exames sorológicos e a disponibilidade do teste rápido diagnóstico para o HIV, que constitui uma resposta mais rápida ao resultado da sorologia do HIV com diminuição nas taxas de não retorno dos usuários dos serviços, são importantes estratégias para diagnóstico precoce, contribuindo para o controle da epidemia de HIV/Aids na cidade de São Paulo.
Gráfico 1. Número de pessoas testadas para HIV e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME. Município de São Paulo, 2005-2007 46.765
50.000 45.000 40.000
39.283 34.822
Número de pessoas testadas (1ª amostra)
35.000 30.000 25.000
Número de pessoas com sorologia positiva( 1ª amostra)
20.000 15.000 10.000
1.802
2.014
2.254
5.000 0 2005
2006
2007
Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP
Gráfico 2. Quantidade de sorologias para o HIV realizadas segundo região. Município de São Paulo, 2007 13.446
13.275 14.000 12.000
10.220
10.000 8.000
5.988
4.841
6.000 4.000 2.000 0 Centro-Oeste
Norte
Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP
80
Sul
Leste
Sudeste
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV/DST E HEPATITES B E C
Gráfico 3. Número de pessoas testadas para sifílis e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME. Município de São Paulo, 2005-2007 47.799
50.000 39.908
45.000 40.000
35.178
35.000
Nº total de pessoas testadas (1ª amostra)
30.000 25.000 20.000
Nº total de pessoas com sorologia positiva ( 1ª amostra)
15.000 10.000 5.000
2.366
1.982
1.996
0 2005
2006
2007
Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP
Gráfico 4. Número de pessoas testadas para hepatite B e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME. Município de São Paulo, 2005-2007 43.293 45000 40000 35000
29.355
Número de pessoas testadas (1ª amostra)
30000 25000 20000
Número de pessoas com sorologia positiva ( 1ª amostra)
15531
15000 10000 846
5000
360
1.090
0 2005*
2006
2007
Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados apenas das 15 unidades de assistência da RME. Sorologias para Hepatite B e C passaram a ser realizadas nos CTA a partir de 2006.
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Gráfico 5. Número de pessoas testadas para hepatite C e número de pessoas com sorologia positiva nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME. Município de São Paulo, 2005-2007 43.705 45000 40000 35000 30000
Número de pessoas testadas (1ª amostra)
24.441
25000 20000
Número de pessoas com sorologia positiva ( 1ª amostra)
15157
15000 10000 1.324
1043
5000
1.382
0 2005*
2006
2007
Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados apenas das 15 unidades de assistência da RME. Sorologias para Hepatite B e C passaram a ser realizadas nos CTA a partir de 2006.
Gráfico 6. Número de pessoas que realizaram teste rápido para HIV e número de pessoas com teste rápido positivo nos Serviços Especializados em DST/Aids da RME. Município de São Paulo, 2007 3.840 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 279
1.500 1.000 500 0 Nº total de pessoas testadas
Fonte: Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP
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Nº total de pessoas com teste positivo
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Notas Técnicas
Definições de Casos de Aids As definições de casos de Aids, para fins de vigilância epidemiológica, podem ser encontradas nas seguintes publicações: • BRASIL.Ministério da Saúde. Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Revisão da Definição Nacional de Casos de Aids em Indivíduos com 13 anos de idade ou mais, para fins de Vigilância Epidemiológica. Brasília, 1998. http://www.aids.gov.br/udtv/link203.htm • BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Definição Nacional de Casos de Aids em Indivíduos menores de 13 anos, para fins de Vigilância Epidemiológica. Brasília, 2000.http://www. aids.gov.br/uvad/definicao_aids_crianca.pdf • BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Critérios de definição de Casos de Aids em adultos e crianças, para fins de Vigilância Epidemiológica. Brasília,2004.http://www.aids.gov. br/final/biblioteca/critérios/critérios.pdf
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Categorias de Exposições Hierarquizadas Modificadas Em reunião do Comitê Assessor de Vigilância Epidemiológica realizada na cidade de Brasília em 18 de dezembro de 2001, foi acordado de forma consensual que, doravante, as categorias de exposições múltiplas, que envolvam o uso de drogas injetáveis e a transmissão sexual, terão sempre como categoria de exposição principal o uso de drogas injetáveis. Em todas as tabelas referente a categoria de exposição deste Boletim foi utilizada a classificação hierarquizada atual, conforme tabela abaixo:
Categoria de exposição
Categoria de exposição hierarquizada
Homossexual
Homossexual
Homo/UDI**
UDI
Homo/hemofílico
Homossexual
Homo/transfusão (notificação anterior a 1998)
Homossexual
Homo/transfusão (notificação a partir de 1998)
Transfusão
Homo/UDI /hemofílico**
UDI
Homo/UDI /transfusão (notificação anterior a 1998)**
UDI
Homo/UDI /transfusão (notificação a partir de 1998)
Transfusão
Bissexual
Bissexual
Bi/UDI**
UDI
Bi/hemofílico
Bissexual
Bi/transfusão (notificação anterior a 1998)
Bissexual
Bi/transfusão (notificação a partir de 1998)
Transfusão
Bi/UDI/hemofílico**
UDI
Bi/UDI/transfusão (notificação anterior a 1998)**
UDI
Bi/UDI/transfusão (notificação a partir de 1998)
Transfusão
Heterossexual
Heterossexual
Hetero/UDI
UDI
Hetero/hemofílico
Hemofílico
Hetero/transfusão
Transfusão
Hetero/UDI /hemofílico
UDI
Hetero/UDI /transfusão (notificação anterior a 1998)
UDI
Hetero/UDI /transfusão (notificação a partir de 1998)
Transfusão
UDI
UDI
UDI/hemofílico
UDI
UDI/transfusão (notificação anterior a 1998)
UDI
UDI/transfusão (notificação a partir de 1998)
Transfusão
Hemofílico
Hemofílico
Transfusão
Transfusão
Acidente de trabalho*
Acidente de Trabalho
Transmissão Vertical*
Transmissão Vertical
Ignorada*
Ignorada
* Não aceitam categorias múltiplas. **Categorias que foram modificadas. Fonte: Boletim Epidemiológico de Aids - Ano XV - No. 1 - julho/setembro/2001 - MS
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ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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de
Aids
HIV/DST e Hepatites B e C
do Município de São Paulo
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