PREFEITO DA CIDADE DE SÃO PAULO Gilberto Kassab SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE Januario Montone COORDENADORA DO PROGRAMA MUNICIPAL DE DST/AIDS Maria Cristina Abbate COORDENADORA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Inês Suarez Romano GERENTE DO CENTRO DE CONTROLE DE DOENÇAS Rosa Maria Dias Nakazaki PRODUÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E INFORMAÇÕES Prefeitura do Município de São Paulo - PMSP Secretaria Municipal da Saúde - SMS Programa Municipal de DST/Aids – PM DST/Aids Coordenadoria de Vigilância em Saúde - COVISA Centro de Controle de Doenças - CCD
Expediente Boletim Epidemiológico de Aids HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo Ano XIV – nº 13 – Junho de 2010 É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Tiragem: 1.500 exemplares
Elaboração CCD - COVISA - Subgerência de Doenças Crônicas Transmissíveis Vigilância Epidemiológica de DST/Aids Amalia Vaquero Cervantes Uttempergher Ana Hiroco Hiraoka Beatriz Barrella Doris Sztutman Bergmann Marcos Veltri Regina Aparecida Chiarini Zanetta
Núcleo de informação José Olimpio Moura de Albuquerque Marcello Rocha Pereira Márcia Costa Dobrowisch Márcia Regina Buzzar Mari Oda Marcus Ney Pinheiro Machado Renato Passalacqua
Programa Municipal de Hepatites Virais Ana Marisa Tenuta Perondi Celia Regina Cicolo da Silva Clovis Prandina Ines Kazue Koizumi Olga Ribas Paiva
Programa Municipal de Tuberculose Jannete Nassar Naomi Kawaoka Komatsu Regina Rocha Gomes de Lemos Sumie Matai de Figueiredo
PROGRAMA MUNICIPAL DST/AIDS Setor de Informação Érika Valeska Rossetto Silvana Takahashi
Setor de Comunicação Luciana Oliveira Pinto de Abreu Roberto Ramolo
Colaboração CCD - COVISA Neli Gomes de Brito Roberta Andréa de Oliveira Ana Maria Bara Bresolin
CCD/COVISA Rua Santa Isabel, 181 - 4º andar – CEP 01221-010 Telefone: 11 3397-8206/8302 www.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/saude/vigilancia_saude
Programa de Aprimoramento de Informação em Mortalidade - PRO-AIM Iracema Éster do Nascimento João Augusto Pousa Batina Katsue Shibao Maria Lucia de Moraes Bourroul Mauro Taniguchi Programa Municipal de DST / AIDS de São Paulo Rua General Jardim, 36 – 4º andar – CEP 01223-010 Telefone: 11 3397-2191 www.dstaids.prefeitura.sp.gov.br
ÍNDICE APRESENTAÇÃO....................................................................................12 EDITORIAL.............................................................................................13 Capítulo I - TECNOLOGIA USADA PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DOS BANCOS DE DADOS DO SINAN.........................15 Capítulo II -AIDS...........................................................................17 I - Vigilância Epidemiológica da AIDS................................................................17 Tabela I.Total de casos de aids notificados e coeficiente de incidência segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo....................................................................18 Tabela II. Casos de aids segundo faixa etária, sexo e época do diagnóstico.................19 Tabela III. Casos de aids segundo raça/cor, sexo e ano diagnóstico.............................20 Tabela IV. Casos de aids em indivíduos com 19 anos de idade ou mais segundo escolaridade e época do diagnóstico...........................................................................21 Tabela V. Casos de aids em maiores de 13 anos de idade do sexo masculino segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico....................................22 Tabela VI. Casos de aids em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico....................................23
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Tabela VII. Casos de aids em menores de 13 anos de idade segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico........................................................24 Tabela VIII. Casos de aids segundo Coordenadoria de Saúde e Supervisão de Saúde e agrupamento de anos do diagnóstico......................................................................25 Tabela IX. Casos de aids por categoria de exposição segundo Coordenadoria de Saúde, Supervisão de Saúde e agrupamento de anos do diagnóstico.........................26 Tabela X. Óbitos por aids por ano de ocorrência, razão de sexo e taxa de mortalidade segundo sexo.........................................................................................27 Tabela XI. Principais causas de morte nos anos de 1996, 2008 e 2009........................28 Tabela XII. Principais causas de morte segundo o sexo em 2008 e 2009.....................29 Tabela XIII. Óbitos por aids segundo raça/cor e ano do óbito......................................30 Tabela XIV. Óbitos por aids, de residentes no município de São Paulo, total de óbitos e mortalidade proporcional segundo raça/cor..................................................30
CAPÍTULO III – HIV.................................................................................31 Tabela I. Casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo e ano de diagnóstico.............................................................................31 Tabela II. Número e porcentagem de casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo tipo de unidade notificadora.......................................31 Tabela III. Número de casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo, razão de sexo e unidade notificante............................................32
CAPÍTULO IV – TRANSMISSÃO VERTICAL............................................33 a) HIV..............................................................................................................33 Tabela I. Número de casos notificados de gestantes HIV, segundo ano de notificação..................................................................................................................33 Tabela II. Estimativa de partos de gestantes HIV, número de notificações de gestantes HIV/crianças expostas e estimativa de subnotificação de gestantes HIV/crianças expostas, segundo ano de parto.............................................................33 Tabela III. Número e porcentagem de casos notificados de gestante HIV, segundo época de evidência laboratorial do HIV e ano de notificação........................34 Tabela IV. Número e porcentagem de casos notificados de gestante HIV, segundo realização de prénatal (PN) e ano de notificação...........................................35
Tabela VI. Número e porcentagem de casos notificados de gestante HIV, segundo uso de ARV durante o parto e ano de parto.................................................................36 Tabela VII. Número e porcentagem de casos notificados de gestante HIV e criança exposta, segundo a evolução da gravidez/ tipo de parto e ano de parto......................36 Tabela VIII. Número e porcentagem de casos notificados de gestante HIV e criança exposta, segundo início do AZT na criança e ano de nascimento.................................37 Tabela IX. Número e porcentagem de casos notificados de gestante HIV e criança exposta em relação ao uso de AZT solução oral, segundo tempo total de uso do AZT na criança e ano de nascimento...........................................................................37 Tabela X. Número e porcentagem de casos notificados de gestante HIV e criança exposta, segundo aleitamento materno e ano de nascimento....................................38 Tabela XI. Distribuição dos casos de crianças expostas notificados, segundo ano de nascimento e encerramento do caso...........................................................................39 Tabela XII. Estimativa de subnotificação de crianças expostas nascidas de 2007 a 2009 entre as mães que foram notificadas no SINAN NET...........................................39 Tabela XIII. Casos notificados de Aids em menores de 5 anos, segundo ano de diagnóstico e coeficiente de incidência.......................................................................39
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Tabela V. Número e porcentagem de casos notificados de gestante HIV, segundo uso ARV no prénatal (PN)............................................................................................35
b) Sífilis...........................................................................................................40 Tabela I. Casos notificados de sífilis em gestante segundo Coordenadorias e respectivas Supervisões de Vigilância em Saúde notificantes e ano de notificação....................................................................................................40 Gráfico I. Número de gestantes com sífilis, segundo CRS notificante e ano de notificação..................................................................................................................41 Tabela II. Casos notificados de sífilis em gestante segundo características do caso e ano de notificação......................................................................................................41 Tabela III. Casos notificados de sífilis em gestante, segundo características do prénatal e ano de notificação...........................................................................................42 Tabela IV. Casos de gestantes com sífilis, segundo tratamento dos parceiros.............43
CAPÍTULO V – SÍFILIS CONGÊNITA................................................44 Gráfico I. Coeficiente de incidência de sífilis congênita segundo Coordenadorias de Saúde de residência...................................................................................................44 Tabela I. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência por 1000 nascidos vivos) segundo CRS e respectivas SUVIS de residência, por ano de nascimento............................................................................................................45 Tabela II. Casos notificados de sífilis congênita segundo características da mãe, por ano de nascimento.....................................................................................................47
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Tabela III. Casos de sífilis congênita segundo características de tratamento das mães com diagnóstico de sífilis no prénatal e de seus respectivos parceiros, por ano de nascimento.....................................................................................................48 Tabela IV. Casos notificados de sífilis congênita segundo características da criança e ano de nascimento...................................................................................................49 Tabela V. Casos notificados de sífilis congênita segundo tratamento realizado e ano de nascimento.....................................................................................................50
CAPÍTULO VI – HEPATITES B E C...........................................................51 Introdução......................................................................................................51 Gráfico 1. Porcentagem de notificações de casos de hepatites virais, segundo Coordenadoria de Saúde de Notificação.....................................................................51 Gráfico 2. Porcentagem de notificações de hepatites virais, segundo tipo do serviço notificador......................................................................................................51 Vigilância Epidemiológica das Hepatites B e C...................................................52
Tabela I. Número de casos notificados com marcadores para os Vírus da Hepatite B e C, segundo ano de notificação..................................................................................52 Gráfico 3. Número de casos com marcadores para o VHB, segundo ano de notificação.................................................................................................................52 Gráfico 4. Número de casos com marcadores para o VHB, segundo faixa etária.........53 Gráfico 5. Porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo sexo...........53 Gráfico 6. Número de casos com marcadores para o VHC, segundo ano de notificação.................................................................................................................53 Gráfico 7. Número de casos com marcadores para o VHC, segundo faixa etária.........54 Gráfico 8. Porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo sexo.......... 54 . Tabela II. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão................................................55 Tabela III. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo a provável fonte /mecanismo de transmissão...............................................55 Gráfico 9. Porcentagem de casos notificados de hepatite B e C, segundo informação de coinfecção com o HIV..........................................................................55 a) Hepatites B e C em adolescentes..................................................................56 a. 1. Hepatite B.......................................................................................................... 56
Tabela I. Distribuição dos casos com marcadores para o VHB, segundo sexo..............56 Tabela II. Distribuição dos casos com marcadores para o vírus B segundo o serviço notificador......................................................................................................56 Tabela III. Vacinação* contra hepatite B em adolescentes, por idade........................57 Tabela IV. Distribuição da provável fonte de infecção em adolescentes, segundo presença de marcadores para hepatite B.....................................................57 Tabela V. Distribuição da provável fonte de infecção de hepatite B em adolescentes, segundo idade.....................................................................................58
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Gráfico 1. Distribuição dos casos com marcadores para Hepatite B segundo idade..........................................................................................................................56
a. 2. Hepatite C..........................................................................................................58 Gráfico 1. Distribuição dos casos com marcadores para hepatite C em adolescentes, por idade.............................................................................................58 Tabela I. Distribuição dos casos de hepatite C em adolescentes por sexo e tipo de serviço de atendimento.........................................................................................59 Tabela II. Distribuição dos casos* de Hepatite C em adolescentes segundo provável fonte de infecção.........................................................................................59
CAPÍTULO VII- Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).............60 Tabela I. Casos de DST notificados, segundo sexo e diagnóstico................................60 Tabela II. Casos de DST notificados, segundo faixa etária e sexo................................60 Tabela III. Casos de DST notificados, segundo Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS), Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e tipo de unidade notificante..................................................................................................................61
CAPÍTULO VIII - Acidente de Trabalho com exposição à Material Biológico................................................................................62 Tabela I. Número de notificações e proporção de casos de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico, segundo ano de ocorrência...........62 Tabela II. Número de casos e proporção de notificações de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico, segundo o tipo de exposição.........62
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Tabela III. Número e proporção de casos de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico, segundo circunstâncias do acidente...........................62 Tabela IV. Número e porcentagem de funcionários acidentados com exposição a material biológico, segundo situação vacinal para hepatite B...................................63 Tabela V. Número e porcentagem de casos de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico, segundo ocupação do indivíduo acidentado..............63 Tabela VI. Número e porcentagem de casos de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico, segundo ano de ocorrência e evolução do caso..........64 Tabela VII. Número e porcentagem de casos de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico, segundo principais unidades notificadoras................64
CAPÍTULO IX- COINFECÇÕES................................................................65 a) Coinfecção HIV – Tuberculose (TB).................................................................65 Gráfico 1. Casos novos de tuberculose e coinfecção com HIV.....................................66 Gráfico 2. Coinfecção TB/HIV e percentuais de teste anti HIV realizado em casos novos de TB......................................................................................................66 Gráfico 3. Distribuição da coinfecção TB/HIV por faixa etária......................................67 Quadro I . Distribuição dos casos de Tuberculose por testagem anti HIV, coinfecção TB/HIV por faixa etária, sexo e tipo de caso................................................68 Figura 1. Distribuição de taxas de coinfecção TB/HIV por Distrito Administrativo de Residência..............................................................................................................69 Gráfico 4. Taxas de coinfecção TB/HIV por CRS de residência......................................69 Gráfico 5. Distribuição dos casos novos de TB, com e sem coinfecção HIV, por forma clínica...............................................................................................................70 Gráfico 6. Percentual de casos novos de TB em TDO nos infectados com HIV, HIV (-) e total de casos novos.......................................................................................71 Quadro II. Distribuição de casos novos de Tuberculose com co-infecção HIV e HIV (-) por forma clínica. Tipo de descoberta dos casos novos pulmonares bacilíferos....................................................................................................................72
Quadro III. Resultados de tratamento dos casos novos de Tuberculose com coinfecção TB/ HIV e HIV (-) e casos novos pulmonares bacilíferos coinfectados..........74 Bibliografia......................................................................................................75 b) Coinfecção HIV - Hepatites B e C....................................................................76 Figura 1. Distribuição dos casos com a informação de presença de HIV/Aids como agravo associado, segundo o tipo de hepatite viral......................................................76 b.1. Hepatite B e HIV/Aids................................................................................77 Tabela I. Casos com coinfecção Hepatite B (AgHBs reagente) e HIV/Aids, segundo sexo............................................................................................................. 77
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Gráfico 7. Resultados de tratamento dos casos novos de TB, infectados pelo HIV, por tipo de tratamento.........................................................................................73
Tabela II. Casos com coinfecção Hepatite B (AgHBs reagente) e HIV/Aids, segundo faixa etária (em anos)....................................................................................77 Tabela III. Distribuição dos casos de coinfecção de hepatite B e HIV/Aids, segundo a provável fonte/mecanismo de infecção para a hepatite B...........................77 b.2. Hepatite C e HIV/Aids................................................................................78 Tabela IV. Casos com coinfecção Hepatite C (VHC-RNA reagente) e HIV/Aids, segundo sexo............................................................................................................. 78 Tabela V. Casos com coinfecção Hepatite C (VHC-RNA reagente) e HIV/Aids, segundo faixa etária (em anos)....................................................................................78 Tabela VI. Distribuição dos casos de coinfecção de hepatite C e HIV/Aids segundo a provável fonte/mecanismo de infecção para a hepatite C.........................................78 b.3. Hepatite B e C e HIV/Aids...........................................................................79 Tabela VII. Casos com coinfecção Hepatite C (VHC-RNA reagente), Hepatite B (AgHBs reagente) e HIV/Aids, segundo sexo.............................................................. 79 Tabela VIII. Casos com coinfecção Hepatite C (VHC-RNA reagente), Hepatite B (AgHBs reagente) e HIV/Aids, segundo faixa etária.....................................................79 Tabela IX. Distribuição dos casos de coinfecção de hepatite BC e HIV/Aids, segundo a provável fonte/mecanismo de infecção para as hepatites BC...................................79 Tabela X. Casos com coinfecção Hepatite C (VHC-RNA reagente), cicatriz sorológica do VHB e HIV/Aids, segundo sexo..............................................................80
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Tabela XI. Casos com coinfecção Hepatite C (VHC-RNA reagente), Cicatriz Sorológica do VHB e HIV/Aids, segundo faixa etária...................................................80 Tabela XII. Distribuição dos casos de coinfecção de hepatite C, cicatriz sorológica para o VHB e HIV/Aids, segundo a provável fonte/mecanismo de infecção para as hepatites BC...............................................................................................................80
CAPÍTULO X – OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA....................81 a) Sistema de Vigilância em Serviços (VIGISERV)................................................81 Tabela I. Pacientes matriculados na Rede Municipal Especializada em DST/Aids (RME DST/Aids), segundo ano de matricula, sexo e faixa etária..................................82 Tabela II. Pacientes matriculados na RME DST/Aids, segundo ano de matrícula, sexo e diagnóstico principal........................................................................................83 Tabela III. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME DST/Aids, segundo diagnóstico principal, sexo e raça...............................................................................84 Tabela IV. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME DST/Aids, segundo diagnóstico principal, sexo e faixa etária.....................................................................85
Tabela V. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME DST/Aids menores de 12 anos, segundo diagnóstico principal, sexo e unidade..............................................86 Tabela VI. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME DST/Aids maiores de 13 anos, segundo diagnóstico principal, sexo e unidade..............................................87 b) Planilha de Sorologias.................................................................................88 Gráfico 1. Total de testes realizados para HIV por Teste Rápido Diagnóstico e total de positivos, segundo ano do exame..........................................................................88 Gráfico 2. Total de testes realizados para HIV pelo método Elisa e total de positivos, segundo ano do exame...............................................................................................89 Gráfico 3. Total de testes realizados para Hepatite B e total de positivos, segundo ano do exame.............................................................................................................89 Gráfico 4. Total de testes realizados para Hepatite C e total de positivos, segundo ano do exame.............................................................................................................90 Gráfico 5. Total de testes realizados para Sífilis e total de positivos, segundo ano do exame...................................................................................................................90 Tabela I. Número total de testes realizados segundo sexo, faixa etária e tipo de teste......................................................................................................................91
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Tabela II. Número total de testes positivos segundo sexo, faixa etária e tipo de teste......................................................................................................................91
Apresentação O Boletim Epidemiológico de Aids/HIV, DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo é uma publicação anual da Secretaria Municipal da Saúde, sistematizada por técnicos e especialistas do Centro de Controle de Doenças (CCD) da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) e do Programa Municipal de DST/Aids, responsáveis pelo planejamento, execução, monitoramento e avaliação das ações de promoção, prevenção e assistência à saúde. Editada nos formatos impresso e eletrônico, a 13ª edição do Boletim tem o objetivo de documentar e divulgar os dados epidemiológicos do Município referentes às DST, HIV, aids, hepatites B e C, sífilis, coinfecções e acidentes de trabalho com exposição a material biológico. Destaca-se nesta edição a inclusão do perfil epidemiológico da coinfecção HIV e Tuberculose, as análises específicas das hepatites B e C em adolescentes de 13 a 19 anos e indicador “casos de aids em menores de 5 anos”. Ressaltamos aqui a importância dos profissionais da saúde no trabalho minucioso da vigilância em notificar os casos com a qualidade da informação necessária para o conhecimento dos fatores determinantes da saúde coletiva, e assim, subsidiar as ações de prevenção, controle e tratamento do HIV/aids, DST, sífilis congênita, tuberculose, hepatites B e C. Assim, acreditamos que esta publicação cumpre com sua finalidade, consolidando-se como um instrumento eficiente de divulgação da epidemiologia destes agravos, marcando o compromisso da Secretaria Municipal da Saúde no constante processo de aprimoramento das informações, na redução da incidência destes agravos e na busca pela qualidade de vida da população. Januario Montone Secretário Municipal da Saúde de São Paulo
Editorial A 13ª edição do Boletim Epidemiológico apresenta em 2010 as informações sobre aids, HIV, transmissão vertical do HIV, hepatites B e C e coinfecções, doenças sexualmente transmissíveis, acidentes de trabalho com exposição a material biológico, gestante com sífilis e sífilis congênita notificadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e atualizadas até dezembro de 2009. Nesta edição, as informações estão separadas por capítulos temáticos e contém uma parte exclusiva para as coinfecções. Apresenta-se o resultado do trabalho contínuo de aperfeiçoamento das informações, a partir do qual foi possível obter dados determinantes à tendência das epidemias e agravos analisados. O coeficiente de incidência de Aids em São Paulo vem diminuindo desde 1999 e mantendo a razão de dois homens para uma mulher desde 1997. O maior número de casos notificados continua a ser entre 20 e 39 anos em ambos os sexos, mas há uma tendência de elevação nas faixas etárias de 40 a 49 anos e 50 a 59 anos, reforçando a necessidade da implementação de ações de prevenção específicas para adultos nestas faixas etárias. Os casos de aids vêm diminuindo entre os indivíduos com menor escolaridade mostrando a ampliação do acesso às informações das formas de transmissão. Foi observada tendência de elevação no número de casos de aids entre as mulheres heterossexuais e os homens homossexuais e heterossexuais, paralelamente à redução de casos em usuários de drogas injetáveis. Devido ao trabalho permanente de aprimoramento da atenção aos portadores de HIV/aids, com a entrada contínua de novos medicamentos antirretrovirais, a aids passou de 5ª causa de óbitos no município de São Paulo no ano de 1996, para a 15ª causa em 2009. Apesar dos investimentos para ampliação no diagnóstico de HIV durante o prénatal, o conhecimento da situação sorológica diminuiu entre as gestantes nos anos de 2000 a 2005, voltando a crescer no período de 2006 a 2009, mostrando uma melhora na qualidade do prénatal nestes anos. Os acidentes ocupacionais com exposição a material biológico passaram a fazer parte do SINAN em 2007 e, a partir de então, vem ocorrendo uma implementação no número de notificações deste agravo, porém ainda são necessárias novas estratégias para a redução deste tipo de acidente. Os dados da notificação da sífilis na gestante são apresentados e analisados no período de 2007 a 2009. Implantar estratégias para inclusão do parceiro na rotina da UBS, melhorar o conhecimento do estadiamento da doença, assim como a abordagem clínica do tratamento com o parceiro, preferencialmente no momento do oferecimento da sorologia, são desafios a serem enfrentados para prevenção da sífilis congênita. Apresentada pela primeira vez no Boletim Epidemiológico, a coinfecção HIV/Tuberculose mostra que no município de São Paulo (MSP) a realização de teste anti-HIV para os casos de tuberculose vem aumentando ano a ano, demonstrando a melhoria no atendimento, com a detecção precoce da coinfecção e da informação. A tomada diária da medicação, observada por um profissional capacitado, é o tratamento recomendado por todos os organismos internacionais que trabalham com a tuberculose. Isto é um fator determinante para o êxito do tratamento da tuberculose, cuja meta nacional é curar pelo menos 85% dos casos pulmonares bacilíferos.
Dentre os serviços que notificam as hepatites B e C destacam-se os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), configurando-se como importante porta de entrada para o atendimento desses agravos. Os dados analisados de hepatite B mostram que o número de notificações aumenta com a idade, tanto nos casos de atividade da doença (AgHBs reagente), como nos de cicatriz sorológica, indicando o aumento da exposição ao vírus da hepatite B (VHB). Isto enfatiza a necessidade de vacinação contra a hepatite B das crianças e adolescentes como medida de prevenção da infecção pelo VHB. O Sistema de Vigilância em Serviços (VIGISERV) foi desenvolvido pelo Programa Municipal de DST/Aids (PM DST/Aids) e implantado desde 2002 nas 15 unidades de assistência da Rede Municipal Especializada em DST/Aids (RME). Tem como finalidade monitorar os pacientes matriculados e em seguimento em cada serviço. A análise desses dados é uma importante ferramenta para o setor de informação e orientador aos serviços para ações de prevenção e assistência. O teste rápido para diagnóstico (TRD) do HIV foi implantado na RME em 2007 sendo, desde então, também monitorado. A ampliação do acesso da população a exames sorológicos é uma ação contínua do PM DST/Aids, uma vez que o diagnóstico precoce é fundamental para a redução da morbi-mortalidade do HIV e outras DST. O objetivo deste boletim é que as informações aqui apresentadas sejam utilizadas na implantação e implementação de políticas públicas com a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. As informações contidas neste boletim estão disponibilizadas nos sites: www.dstaids.prefeitura.sp.gov.br e www.prefeitura.sp.gov.br/covisa Rosa Maria Dias Nakazaki Centro de Controle de Doenças – CCD/COVISA Gerente
- HIV/aids em crianças; - HIV/aids em adultos; - Gestantes HIV+ e crianças expostas (na versão atual do SINAN NET, os dois agravos passaram a ser digitados em 2 bancos diferentes); - Acidentes com material biológico e - Doenças sexualmente transmissíveis (DST).
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Para que as informações obtidas, a partir da avaliação destes bancos, sejam fidedignas e úteis para apoiar o planejamento, é necessário que sua qualidade e completitude sejam constantemente monitoradas. Para isso são utilizadas várias estratégias, que tentam minimizar estes problemas, conforme descrevemos a seguir. - Até 2008, o município de São Paulo considerava duplicidade o caso em que a diferença de datas de notificação era menor que 6 meses de uma notificação de HIV para outra de aids. A partir de 2009, passou-se a considerar duplicidade aquele caso que tem a diferença de datas de diagnóstico menor que 6 meses entre a notificação de HIV e a de aids, o que deve aprimorar a informação. - Em 2009 foi realizado o relacionamento dos bancos de HIV/aids com o banco de óbitos do PRO-AIM (Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo) para atualização de óbitos e inclusão de casos não notificados anteriormente, além de relacionamento dos bancos de HIV/aids do SINAN Windows e NET (Figura 1). Posteriormente, houve a verificação visual de possíveis duplicidades e resgate das informações de unidades que não estavam incluindo os óbitos em suas notificações, refinando a busca previamente feita por programa específico (RecLink). - Os laboratórios que prestam serviço às unidades de saúde municipais enviam relações de exames de HIV positivos (vigilância laboratorial) às SUVIS (Supervisões de Vigilância em Saúde) e estas providenciam as notificações. - No banco de HIV/aids em crianças e no banco de crianças expostas foram acrescentados/ encerrados os casos de crianças que não estavam notificadas/encerradas e tinham pelo menos 2 cargas virais detectáveis no banco do SISCEL (Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos Cd4+/Cd8+ e Carga Viral). - Houve, também, recuperação de casos de crianças expostas que não haviam sido notificados, por meio do cruzamento deste banco com o de gestantes HIV+ (SINAN NET) e com o banco de HIV/aids em crianças, sendo que os casos que se encontravam no banco de crianças expostas e haviam sido encerradas como “infectadas”, foram recuperadas para o banco de HIV/aids em crianças. - Os casos de aids em crianças, que tinham a categoria de exposição ignorada ou estavam sem preenchimento, foram cruzados com o banco de aids em adultos e gestantes HIV+ para verificação se a mãe destas crianças eram portadoras de HIV/aids. Os casos positivos foram considerados com categoria de exposição igual a transmissão vertical.
DOS BANCOS DE DADOS DO SINAN
O Ministério da Saúde tornou a notificação de aids compulsória a médicos e outros profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como aos responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde em conformidade com a lei e recomendações do Ministério da Saúde (Lei 6259 de 30/10/1975 e Portaria nº 05 de 21/02/1986 e publicada no D.O.U. de 22/02/1986, Seção 1 página 34). O sistema de informação utilizado para notificação de agravos e doenças no Brasil é o SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), que tem sido utilizado há vários anos e já teve diversas versões em DOS e WINDOWS, sendo que está implantado na plataforma NET desde 2007. Os bancos de dados do SINAN que têm interesse para planejamento de estratégias a serem desenvolvidas pelo Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo são:
USADA PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE DADOS DO SINAN USADADOS PARABANCOS A MELHORIA DA QUALIDADE
CAPÍTULO I- Tecnologia Usada para a Melhoria da Qualidade dos Bancos de Dados do SINAN
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- O encerramento dos casos de crianças expostas é feito por meio de um fluxo de planilhas estabelecido entre o CCD, as SUVIS e as unidades enquanto as notificações de crianças expostas não podem ser digitadas no SINAN NET.
Tecnologia Tecnologia
DOS BANCOS DE DADOS DO SINAN
USADA PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE DADOS DO SINAN USADADOS PARABANCOS A MELHORIA DA QUALIDADE
Figura I. Relacionamento de bancos de informação para melhoria de qualidade do SINAN*.
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HIV/aids adultos*
Bancos de sangue
HIV/aids em crianças*
PRO-AIM
Gestantes HIV+*
SISCEL
Crianças expostas ao HIV*
Exames HIV + (Vigilância Laboratorial ) Com a intenção de melhorar a qualidade dos bancos, algumas ações têm sido realizadas periodicamente através das SUVIS, tais como a revisão de todos os casos com categoria de exposição igual a “transfusão” ou “homossexual feminino” e a criação, com disponibilização na intranet da COVISA, de uma planilha com os casos de acidente ocupacional com material biológico que estão sem encerramento há mais de 6 meses. Foram realizadas em 2009, pela equipe responsável pela vigilância epidemiológica de DST/ aids da COVISA/Secretaria Municipal de Saúde, reuniões técnicas para repasse de diretrizes e três cursos sobre vigilância epidemiológica da transmissão vertical do HIV com a participação de profissionais do Ministério da Saúde. Estes eventos foram voltados para todas as unidades notificadoras deste agravo, quais sejam, UBS, Serviços de Atendimento Especializado em DST/aids, Maternidades e SUVIS. Seu principal objetivo é que as SUVIS possam realizar as revisões necessárias, orientar adequadamente as unidades de saúde notificantes, analisar corretamente as notificações fazendo as alterações necessárias para a melhoria de qualidade e aumento da completitude. A equipe de vigilância epidemiológica de DST/aids salienta que, apesar da realização do trabalho para melhoria da qualidade dos dados, a interpretação dessas informações deve ser feita com cautela, considerando-se que os dados incluídos no Boletim são sujeitos a revisão, devido ao constante trabalho de limpeza e resgate das informações das notificações para a complementação dos bancos de dados (SINAN). Particularmente nos anos de 2008 e 2009, ainda é aguardada a inclusão de um número expressivo de novas notificações a serem enviadas pelas unidades de atendimento ao nível central do CCD/COVISA. Os próximos passos para o aperfeiçoamento das atividades de vigilância epidemiológica de DST/aids incluirão a realização do relacionamento das informações do banco do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) que contém dados desde 1983, sendo que, anteriormente, usamos dados a partir de 1996 (PRO AIM). Além disso, pretende-se ampliar o uso de relacionamento de bancos, buscando outras fontes de informações para a redução das subnotificações. Todos esses esforços deverão fazer com que a subnotificação e o atraso nas notificações sejam significantemente reduzidos.
CAPÍTULO II - AIDS I - Vigilância Epidemiológica da Aids
AIDS AIDS
A aids é uma doença de notificação compulsória desde 1986, conforme a Portaria Ministerial nº 542 de 22 de dezembro de 1986, sendo que sua notificação apóia estratégias de prevenção e controle, devendo seguir critérios epidemiológicos, clínicos e laboratoriais adotados no Ministério da Saúde. É importante considerar que todos os serviços que atendem casos de aids devem realizar a notificação dos mesmos, mesmo quando houver dúvidas de que o caso tenha sido notificado anteriormente por outro serviço. Posteriormente, os níveis centrais são responsáveis pela retirada das duplicidades entre notificações de diferentes serviços. Para que o sistema de vigilância epidemiológica funcione com eficiência e eficácia, são necessárias normas técnicas para a uniformização de procedimentos e para viabilizar a comparabilidade de dados e informações. No caso da aids notificam-se os casos confirmados segundo os diferentes critérios de definição de caso para fins epidemiológicos, que são utilizados segundo as tecnologias disponíveis e segundo a faixa etária. A partir da observação destes critérios para a notificação de aids, é possível obter um banco de dados adequado para o monitoramento das tendências da epidemia, que será uma ferramenta valiosa para a definição de estratégias para o seu enfrentamento.
17
Tabela I. Total de casos de aids notificados e coeficiente de incidência* segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo. Município de São Paulo, 1980 – 2009**. Sexo Masculino Feminino nº de coeficiente de nº de coeficiente de casos incidência* casos incidência*
nº de casos
coeficiente de incidência*
M/F
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
2 1 3 23 69 259 395 808 1282 1645 2370 2717 3106 3033 3111 3053 3228 3150 3209 2837 2473
0,05 0,02 0,1 0,5 1,6 5,9 8,9 18,1 28,4 36,1 51,6 58,6 66,5 64,5 65,6 63,9 67,1 65,0 65,6 57,5 49,8
0 0 0 2 4 10 18 73 152 233 368 521 724 850 876 1058 1248 1466 1600 1453 1231
0,04 0,1 0,2 0,4 1,5 3,2 4,8 7,5 10,5 14,4 16,8 17,1 20,4 23,9 27,7 29,9 26,9 22,6
2 1 3 25 73 269 413 881 1434 1878 2738 3238 3830 3883 3987 4111 4476 4616 4809 4290 3704
0,3 0,8 3,0 4,5 9,6 15,4 19,9 28,8 33,7 39,5 39,7 40,4 41,3 44,6 45,5 47,0 41,5 35,5
11/1 17/1 26/1 23/1 11/1 8/1 7/1 6/1 5/1 4/1 4/1 4/1 3/1 3/1 2/1 2/1 2/1 2/1
2001
2400
48,0
1277
23,2
3677
35,0
2/1
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 TOTAL
2261 2233 1799 1777 1794 1664 1581 1321 53604
44,9 44,1 35,3 31,5 34,8 32,1 30,3 25,1
1268 1151 922 1031 983 805 783 599 20706
22,9 20,7 16,5 18,3 17,4 14,1 13,7 10,4
3529 3384 2721 2808 2777 2469 2364 1920 74310
33,4 31,8 25,4 26,1 25,7 22,7 21,6 17,5
2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1
Ano de diagnóstico
Razão de sexo
Total
AIDS AIDS
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Número de casos diagnosticados no ano a cada 100.000 hab. ** Dados preliminares sujeitos a revisão.
O coeficiente de incidência de aids em São Paulo vem diminuindo desde 1999, tanto no sexo feminino quanto no masculino, como reflexo da introdução do tratamento antirretroviral de alta potência (HAART) em 1996, que, reduzindo a carga viral dos portadores de aids, reduziu o risco de transmissão.
18
1012 582 170 51 16 2343 2
42,5 18,9 5,4 1,6 0,3 97,6 0,2
0
0,1
11887
14
1210
93,1
11063
1277
6
20
1,9
87
0,2
5,2
618
256
480
28
15,3
336
25
67
3
15
223
35,5
1817
2,1 32,9
250 3913 4214
6,8
10 a 12a Criança 13 a 19a 20 a 29a
30 a 39a 40 a 49a 50 a 59a 60 a 69a 70a e + Adulto Ignorada Total
0,2
22 810
5 a 9a 0,9
110
49
2400
37 475
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão.
-
94,8
0,5
1,6
6,8
20,0
37,6
26,3
2,0
5,2
0,2
1,2
3,8
0,1
97,6
0,7
2,1
7,1
24,3
42,2
19,8
1,5
-
0,7 2,3
1,7
5,7
% 1,5
55
1
17
37
nº
2001
27,2
2,1
0,1
42
787 Criança 623 13 a 19a 20 a 29a 10015 30 a 39a 15613 6951 40 a 49a 1987 50 a 59a 588 60 a 69a 122 70a e + 35899 Adulto 88 Ignorada Total 36774 678 0 a 4a
0,3
98
5 a 9a 10 a 12a
% 1,8
647
nº
1980 -2000
0 a 4a
Sexo Faixa etária
1268
0
1217
8
26
76
264
485
336
22
51
3
16
32
2261
0
2222
7
62
207
533
997
395
21
39
4
10
25
nº
%
-
96,0
0,6
2,1
6,0
20,8
38,2
26,5
1,7
4,0
0,2
1,3
2,5
-
99,5
0,3
2,8
9,3
23,9
44,6
17,7
0,9
1,7
0,2
0,4
1,1
2002
1151
0
1094
4
26
88
251
414
294
17
57
5
18
34
2233
0
2185
15
56
175
600
931
381
27
48
4
23
21
nº
%
1,2
2,1
0,2
1,0
0,9
-
95,0
0,3
2,3
7,6
21,8
36,0
25,5
1,5
5,0
0,4
1,6
3,0
-
97,9
0,7
2,5
7,8
26,9
41,7
17,1
2003
922
0
887
3
19
84
209
350
204
18
35
6
17
12
1799
1
1778
14
42
182
468
734
313
25
20
3
7
10
nº
%
-
96,2
0,3
2,1
9,1
22,7
38,0
22,1
2,0
3,8
0,7
1,8
1,3
0,1
98,8
0,8
2,3
10,1
26,0
40,8
17,4
1,4
1,1
0,2
0,4
0,6
2004
1031
0
1008
7
18
96
262
385
217
23
23
3
9
11
1777
1
1751
12
33
179
506
703
309
9
25
6
4
15
nº
%
-
97,8
0,7
1,7
9,3
25,4
37,3
21,0
2,2
2,2
0,3
0,9
1,1
0,1
98,5
0,7
1,9
10,1
28,5
39,6
17,4
0,5
1,4
0,3
0,2
0,8
2005
Ano do Diagnóstico
983
0
959
3
39
92
283
351
172
19
24
7
6
11
1794
0
1768
11
53
194
501
686
308
15
26
2
10
14
nº
%
-
97,6
0,3
4,0
9,4
28,8
35,7
17,5
1,9
2,4
0,7
0,6
1,1
-
98,6
0,6
3,0
10,8
27,9
38,2
17,2
0,8
1,4
0,1
0,6
0,8
2006
805
0
791
6
28
98
207
286
154
12
14
3
6
5
1664
0
1639
14
45
167
482
625
294
12
25
7
7
11
nº
%
0,7
1,5
0,4
0,4
0,7
-
98,3
0,7
3,5
12,2
25,7
35,5
19,1
1,5
1,7
0,4
0,7
0,6
-
98,5
0,8
2,7
10,0
29,0
37,6
17,7
2007
Tabela II. Casos de aids (Nº e %) segundo faixa etária, sexo e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2009*.
Masculino
Feminino
AIDS AIDS
19
783
0
774
7
27
86
204
285
154
11
9
2
3
4
1580
0
1564
10
36
188
446
550
314
20
17
4
4
9
nº
%
1,3
1,1
0,3
0,3
0,6
-
98,9
0,9
3,4
11,0
26,1
36,4
19,7
1,4
1,1
0,3
0,4
0,5
-
99,0
0,6
2,3
11,9
28,2
34,8
19,9
2008
599
0
588
4
21
81
168
213
96
5
11
5
2
4
1320
0
1315
8
44
138
360
462
286
17
6
1
1
4
nº
%
-
98,2
0,7
3,5
13,5
28,0
35,6
16,0
0,8
1,8
0,8
0,3
0,7
-
99,6
0,6
3,3
10,5
27,3
35,0
21,7
1,3
0,5
0,1
0,1
0,3
2009
20706
14
19591
76
447
1406
3921
7463
5876
402
1101
59
202
840
53604
92
52464
229
1010
3587
11429
22313
13090
806
1048
74
181
793
Total
Na Tabela II observa-se que a maior parte dos casos de aids em crianças é diagnosticado e notificado nos quatro primeiros anos de vida, período este onde indica-se o acompanhamento de cargas virais e sorologia para definição do diagnóstico de “infectada” ou “não infectada”. Porém, ainda há uma porcentagem grande de crianças que tem a sua notificação a partir de cinco anos de idade, refletindo os casos de progressão lenta entre as crianças e notificação tardia. Em relação aos adultos, pode-se dizer que o maior número de casos notificado continua a ser entre 20 e 39 anos em ambos os sexos, mas há uma tendência de elevação nas faixas etárias de 40 a 49 anos e 50 a 59 anos. A qualidade da informação sobre raça/cor vem melhorando ano a ano (Tabela III), principalmente após 2004, quando foi intensificado o estímulo para preenchimento correto desta informação por meio de oficinas específicas sobre o tema. Tabela III. Casos de aids (Nº e %) segundo raça/cor, sexo e ano diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2009*. Raça/cor
Feminino
Masculino
Sexo
Ano de diagnóstico 1980 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 1983 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Branca
Preta
Parda
Amarela
Indígena
Ignorada/ Em branco nº %
Total
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
1824 373 723
5,0 15,5 32,0
222 59 118
0,6 2,5 5,2
527 113 209
1,4 4,7 9,2
22 4 8
0,1 0,2 0,4
7 2 1
0,02 0,08 0,04
34172 1849 1202
92,9 77,0 53,2
36774 2400 2261
nº
1206 1016
54,0 56,5
236 207
10,6 11,5
382 358
17,1 19,9
13 15
0,6 0,8
1 1
0,04 0,06
395 202
17,7 11,2
2233 1799
994 1034 940 875 731
55,9 57,6 56,5 55,3 55,3
181 199 191 193 141
10,2 11,1 11,5 12,2 10,7
408 378 399 404 367
23,0 21,1 24,0 25,6 27,8
15 11 16 10 8
0,8 0,6 1,0 0,6 0,6
2 5 4 0 5
0,11 0,28 0,24 0,38
177 167 114 98 69
10,0 9,3 6,9 6,2 5,2
1777 1794 1664 1581 1321
889 211 421 640 501 514 527 386 388 304
7,5 16,5 33,2 55,6 54,3 49,9 53,6 48,0 49,6 50,8
171 33 70 113 120 149 106 113 107 76
1,4 2,6 5,5 9,8 13,0 14,5 10,8 14,0 13,7 12,7
376 70 125 225 209 275 261 247 241 194
3,2 5,5 9,9 19,5 22,7 26,7 26,6 30,7 30,8 32,4
10 1 4 9 2 6 3 3 4 3
0,1 0,1 0,3 0,8 0,2 0,6 0,3 0,4 0,5 0,5
3 0 0 0 0 4 1 1 0 1
0,03 0,39 0,10 0,12 0,17
10438 962 648 164 90 83 85 55 43 21
87,8 75,3 51,1 14,2 9,8 8,1 8,6 6,8 5,5 3,5
11887 1277 1268 1151 922 1031 983 805 783 599
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão.
AIDS AIDS
Os casos de aids vêm diminuindo entre os indivíduos com menor escolaridade e aumentando naqueles com 8 ou mais anos de estudo (Tabela IV). Observa-se que a porcentagem de casos de aids entre as mulheres com maior escolaridade é menor que nos homens. Já, entre as pessoas com menor escolaridade, observa-se maior porcentagem de notificações entre as mulheres. Entre os homens, as categorias de exposição “homossexual” e “heterossexual” mostram tendência de elevação desde o ano 2000, ao mesmo tempo em que os casos de aids em usuários de drogas injetáveis estão diminuindo. Pode-se considerar que isto vem acontecendo devido à migração dos usuários de drogas para outras vias de utilização de drogas, principalmente a inalatória (Tabela V). O número de casos de aids em mulheres heterossexuais também está aumentando proporcionalmente, como consequência da redução na proporção de usuárias de drogas injetáveis, possivelmente devido ao mesmo mecanismo (Tabela VI). Já os casos de aids em crianças mantêm a categoria de exposição “transmissão vertical” como principal, porém observa-se um percentual elevado de casos com esta categoria ignorada. Os 5 casos de crianças com categoria de exposição “ignorado” de 2009 tiveram diagnóstico de aids tardio (após os 6 anos de idade), o que dificulta o estabelecimento de vínculo causal (Tabela VII).
20
Sexo
3,4 3,8
41 45 3,5 3,0 3,5 3,2 1,2 2,6 1,9
38 26 35 30 9 20 11
Fonte: SINAN W/NET – CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
3,4
374
1983- 2000 2001 2002
0,8
10
2,2
39
2009
1,6
28
0,5
1,6
29
1,0
1,7
36
7
2,2
49
2001 2002 2003 2004 2005 2006 16
1,9
43
1980 - 2000
2007 2008
% 1,6
nº
Nenhuma 579
Ano de diagnóstico
49
62
53
99
93
104
151
197
288
2288
55
79
84
125
139
163
202
288
440
4040
nº
%
8,4
8,1
6,8
10,5
9,4
11,9
14,0
16,4
24,2
21,0
4,2
5,1
5,2
7,1
8,0
9,3
9,3
13,0
18,9
11,4
1 a 3a
151
226
232
272
305
284
330
370
340
3683
238
325
353
417
468
431
554
582
586
11254
nº
%
25,9
29,6
29,7
28,8
30,7
32,5
30,5
30,8
28,5
33,7
18,3
21,0
21,7
23,7
26,8
24,5
25,6
26,4
25,2
31,6
4 a 7a
216
283
272
318
303
251
259
235
193
1413
566
604
613
544
471
523
573
485
517
5517
nº
37,0
37,0
34,8
33,7
30,5
28,7
24,0
19,6
16,2
12,9
43,4
39,0
37,6
30,9
27,0
29,7
26,4
22,0
22,2
15,5
%
8 a 11a
Escolaridade (anos)
40
54
49
47
82
40
65
57
58
490
187
249
237
236
252
224
262
240
216
4356
nº
%
6,8
7,1
6,3
5,0
8,3
4,6
6,0
4,8
4,9
4,5
14,3
16,1
14,5
13,4
14,4
12,7
12,1
10,9
9,3
12,2
12a e +
117
119
166
179
174
169
238
296
272
2670
248
286
327
397
389
392
540
564
522
9822
20,0
15,6
21,3
18,9
17,5
19,3
22,0
24,7
22,8
24,5
19,0
18,5
20,1
22,6
22,3
22,2
24,9
25,5
22,5
27,6
Ignorado/ Em branco nº %
584
764
781
945
992
874
1081
1200
1192
10918
1304
1550
1630
1758
1747
1762
2167
2208
2324
35570
Total
Tabela IV. Casos de aids (Nº e %) em indivíduos com 19 anos de idade ou mais segundo escolaridade e época do diagnóstico. Município de São Paulo 1980 a 2009*.
Masculino Feminino
AIDS AIDS
21
23,4 21,7 25,2 26,3 29,7 31,2
416
380
446
431
464
410
121
136
159
184
172
187
220
215
224
3467
Fonte: SINAN W/NET – CCD/COVISA * Uso de droga injetável ** Os casos de categoria de exposição “transfusão” estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do Departamento de DST/Aids e Hepatite Virais - MS ***Dados preliminares sujeitos a revisão.
21,1
461
22,4
498
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
20,1
471
2001 2002
26,1
9402
9,2
8,7
9,7
10,4
9,8
10,5
10,1
9,7
9,6
9,6
%
nº
nº
%
Bissexual
Homossexual
1980 - 2000
Ano de diagnóstico
451
561
569
526
627
545
689
663
637
6449
nº
34,3
35,9
34,7
29,8
35,8
30,6
31,5
29,8
27,2
17,9
%
Heterossexual
72
106
125
153
136
157
239
217
273
8785
nº
%
5,5
6,8
7,6
8,7
7,8
8,8
10,9
9,8
11,6
24,4
UDI*
0
1
3
1
3
1
3
3
4
137
nº
-
0,1
0,2
0,1
0,2
0,1
0,1
0,1
0,2
0,4
%
Hemofilia
1
0
0
2
4
4
1
1
1
176
nº
0,1
-
-
0,1
0,2
0,2
-
-
-
0,5
%
Transfusão**
Categoria de exposição hierarquizada
4
4
1
4
1
5
4
3
4
4
nº
-
%
0,3
0,3
0,1
0,2
0,1
0,3
0,2
0,1
0,2
Transm. Vertical
256
292
351
452
429
464
568
622
731
7567
nº
19,5
18,7
21,4
25,6
24,5
26,1
26,0
28,0
31,2
21,0
%
Ignorado
1315
1564
1639
1768
1752
1779
2185
2222
2345
35987
Total
Tabela V. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo masculino segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo 1980 – 2009***.
AIDS AIDS
22
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
2
3
9
0
1
0
0
1
0
1
Fonte: SINAN W/NET – CCD/COVISA * Uso de droga injetável ** Os casos de categoria de exposição “transfusão ” estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do Departamento de DST/Aids e Hepatite Virais - MS ***Dados preliminares sujeitos a revisão.
0
0
2008
0
2005
2009
0
2004
0
0
2003
0
0
2002
2006
0
2001
2007
0
0,3
0,4
1,1
-
0,1
-
-
0,1
-
-
%
nº
nº
%
Bissexual
Homossexual
1980 - 2000
Ano de diagnóstico
478
631
615
729
776
676
792
859
818
7025
nº
81,3
81,5
77,7
76
77
76,2
72,4
70,6
67,6
63,4
%
Heterossexual
16
27
22
37
40
27
65
50
82
1797
nº
UDI*
2,7
3,5
2,8
3,9
4
3
5,9
4,1
6,8
16,2
%
0
1
0
3
3
2
0
0
2
120
nº
-
0,1
-
0,3
0,3
0,2
-
-
0,2
1,1
%
Transfusão**
Categoria de exposição hierarquizada
1
2
4
5
2
3
5
2
4
2
nº
-
%
0,2
0,3
0,5
0,5
0,2
0,3
0,5
0,2
0,3
Transm. Vertical
91
110
141
185
186
179
232
305
304
2132
nº
%
15,5
14,2
17,8
19,3
18,5
20,2
21,2
25,1
25,1
19,2
Ignorado
588
774
791
959
1008
887
1094
1217
1210
11077
Total
Tabela VI. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo 1980 – 2009***.
AIDS AIDS
23
-
0 0 0
2003
2004 2005
-
0
-
0 0
-
0
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão. **UDI - uso de drogas injetáveis. ***Os casos de categoria de exposição “transfusão” estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do Departamento DST, Aids e Hepatites Virais.
2008 2009
2006 2007
-
0 -
-
0
2001 2002
0,1
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
-
-
-
-
-
-
1,0
-
-
0,1
%
nº
nº
%
Heterossexual
Homossexual
1980 - 2000
Ano de Diagnóstico
0
0
0
0
0
0
0
0
0
5
nº
UDI*
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,3
%
0
0
0
0
0
0
0
0
0
26
nº
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1,6
%
Hemofilia
0
0
0
0
1
0
1
1
0
50
nº
-
-
-
-
2,1
-
1,0
1,1
-
3,1
%
Transfusão**
Categoria de exposição hierarquizada
12
23
34
41
43
47
84
75
104
1375
nº
70,6
88,5
87,2
82,0
89,6
85,5
80,0
83,3
85,2
86,1
%
Transm. Vertical
5
3
5
9
4
8
19
14
18
139
nº
29,4
11,5
12,8
18,0
8,3
14,5
18,1
15,6
14,8
8,7
%
Ignorado
17
26
39
50
48
55
105
90
122
1597
Total
Tabela VII. Casos de aids (Nº e %) em menores de 13 anos de idade segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1984 a 2009*.
AIDS AIDS
24
Tabela VIII. Casos de aids (Nº e %) segundo Coordenadoria de Saúde e Supervisão de Saúde e agrupamento de anos do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2009*. Coordenadoria de Saúde
Supervisão Técnica de Saúde
Centro-Oeste BUTANTA
114
2,3
1119
2,8
883
3,0
2116
LAPA/PINHEIROS
452
9,1
2206
5,5
1166
4,0
3824
5,1
SÉ
1166
23,4
5100
12,8
3150
10,7
9416
12,7
Subtotal Sudeste
Subtotal Sul
2,8
1732
34,8
8425
21,1
5199
17,7
15356
20,7
CIDADE TIRADENTES
17
0,3
337
0,8
399
1,4
753
1,0
ERMELINO MATARAZZO
39
0,8
666
1,7
491
1,7
1196
1,6
GUAIANASES
64
1,3
792
2,0
585
2,0
1441
1,9
ITAIM PAULISTA
33
0,7
671
1,7
716
2,0
1420
1,9
ITAQUERA
141
2,8
1580
4,0
1118
3,8
2839
3,8
SAO MATEUS
51
1,0
807
2,0
646
2,2
1504
2,0
SAO MIGUEL
Subtotal Norte
Anos de diagnóstico agrupados 1990-1999 2000-2009 Total nº % nº % nº %
84
1,7
1029
2,6
784
2,7
1897
2,6
CASA VERDE/CACHOEIRINHA
429 194
8,6 3,9
5882 1661
14,7 4,2
4739 1030
16,1 3,5
11050 2885
14,9 3,9
FREGUESIA/BRASILANDIA
184
3,7
1669
4,2
1285
4,4
3138
4,2
JACANA/TREMEMBE
39
0,8
608
1,5
653
2,2
1300
1,7
PERUS/PIRITUBA
104
2,1
1444
3,6
1238
4,2
2786
3,7
SANTANA/TUCURUVI
358
7,2
2265
5,7
1044
3,6
3667
4,9
VILA MARIA/VILA GUILHERME
182
3,7
1204
3,0
739
2,5
2125
2,9
1061 371
21,3 7,5
8851 2589
22,1 6,5
5989 1687
20,4 5,7
15901 4647
21,4 6,3
IPIRANGA
150
3,0
1264
3,2
3,5
2447
3,3
VILA MARIANA/JABAQUARA
382
7,7
2090
5,2
1440
4,9
3912
5,3
PENHA
183
3,7
1830
4,6
1287
4,4
3300
4,4
VILA PRUDENTE/SAPOPEMBA
143
2,9
2021
5,1
1226
4,2
3390
4,6
CAMPO LIMPO/ CAPÃO REDONDO
1229 55
24,7 1,1
9794 736
24,5 1,8
6673 928
22,7 3,2
17696 1719
23,8 2,3
CID ADEMAR/SANTO AMARO MBOI MIRIM PARELHEIROS CAPELA DO SOCORRO/ GRAJAÚ Subtotal
218 33 3 66 375
4,4 0,7 0,1 1,3 7,5
2000 646 98 840 4320
5,0 1,6 0,2 2,1 10,8
1268 1000 205 989 4390
4,3 3,4 0,7 3,4 15,0
3486 1679 306 1895 9085
4,7 2,3 0,4 2,6 12,2
MOOCA/ARICANDUVA
Ignorado
TOTAL Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão.
1033
153 3,1 2706 6,8 2363 8,1 4979 100,0 39978 100,0 29353 100,0
5222 7,0 74310 100,0
AIDS AIDS
Subtotal Leste
1980-1989 nº %
A proporção de casos de aids na região centro-oeste vem diminuindo enquanto sobe nas regiões sul e leste. Este cenário vem de encontro ao que vem ocorrendo no Brasil, com a migração de maior número de casos para as regiões mais periféricas (Tabela VIII). A categoria de exposição “homossexual” tem o seu predomínio na região centro-oeste, onde se encontra grande população de travestis e profissionais do sexo (Sé). A região da rodoviária e a da antiga penitenciária tem um maior fluxo de usuários de drogas injetáveis, isto faz com que a categoria “UDI” predomine na região norte, seguida da região sudeste (Tabela IX).
25
Ignorado
CAMPO LIMPO/ CAPÃO REDONDO CID ADEMAR/SANTO AMARO MBOI MIRIM PARELHEIROS CAPELA DO SOCORRO/ GRAJAÚ
MOOCA/ARICANDUVA IPIRANGA VILA MARIANA/JABAQUARA PENHA VILA PRUDENTE/SAPOPEMBA
CASA VERDE/CACHOEIRINHA FREGUESIA/BRASILANDIA JACANA/TREMEMBE PERUS/PIRITUBA SANTANA/TUCURUVI VILA MARIA/VILA GUILHERME
CIDADE TIRADENTES ERMELINO MATARAZZO GUAIANASES ITAIM PAULISTA ITAQUERA SAO MATEUS SAO MIGUEL
BUTANTA LAPA/PINHEIROS SÉ
Supervisão Técnica de Saúde
13371
362 1084 3740 5186 63 162 127 121 302 140 221 1136 352 339 151 307 524 297 1970 861 419 997 451 335 3063 204 572 220 25 261 1282 734
nº
18,0
17,1 28,3 39,7 33,8 8,4 13,5 8,8 8,5 10,6 9,3 11,6 10,3 27,6 10,8 11,6 11,0 14,3 14,0 12,4 18,5 17,1 25,5 13,7 9,9 17,3 11,9 16,4 13,1 8,2 13,8 14,1 14,1
%
Homossexual
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão ** Uso de drogas injetáveis *** Os casos de transfusão de sangue estão sendo investigados de acordo com o PN DST/ AIDS-MS
TOTAL
Subtotal
Subtotal Sul
Subtotal Sudeste
Subtotal Norte
Subtotal Leste
Centro-Oeste
Coordenadoria de Saúde % 6,7 8,9 10,3 9,5 3,9 5,1 6,4 6,1 6,1 4,3 5,8 5,6 8,7 4,8 5,5 5,1 6,6 5,6 5,5 7,5 7,8 9,2 6,0 4,7 7,1 6,9 7,4 6,4 6,9 7,1 7,1 4,9 5094 6,9
141 342 969 1452 29 61 92 86 173 64 110 615 144 152 71 143 241 120 871 350 190 359 198 160 1257 119 258 108 21 135 641 258
nº
Bissexual
25068
811 941 1810 3562 324 467 584 628 1037 538 756 4334 1084 1279 577 1106 1032 674 5752 1420 844 1163 1221 1222 5870 778 1252 785 159 861 3835 1715
nº
33,7
38,3 24,6 19,2 23,2 43,0 39,0 40,5 44,2 36,5 35,8 39,9 39,2 85,1 40,8 44,4 39,7 28,1 31,7 36,2 30,6 34,5 29,7 37,0 36,0 33,2 45,3 35,9 46,8 52,0 45,4 42,2 32,8
%
Heterossexual % 13,8 14,9 12,0 13,0 15,3 18,6 18,0 16,1 18,4 17,6 18,1 17,7 30,1 20,7 15,9 19,1 23,5 20,7 20,9 19,1 18,4 14,9 19,6 24,8 19,3 9,8 15,5 10,7 10,1 11,8 12,6 11,5
6 10 10 26 0 2 2 3 7 4 6 24 4 9 1 5 10 5 34 18 3 19 7 6 53 11 23 1 1 5 41 4
nº
0,2
0,3 0,3 0,1 0,2 0,0 0,2 0,1 0,2 0,2 0,3 0,3 0,2 0,2 0,3 0,1 0,2 0,3 0,2 0,2 0,4 0,1 0,5 0,2 0,2 0,3 0,6 0,7 0,1 0,3 0,3 0,5 0,1
%
374
20 29 37 86 1 9 7 5 22 12 6 62 16 11 5 9 20 10 71 23 6 33 20 12 94 8 26 7 1 7 49 12
nº
0,5
0,9 0,8 0,4 0,6 0,1 0,8 0,5 0,4 0,8 0,8 0,3 0,6 0,6 0,4 0,4 0,3 0,5 0,5 0,4 0,5 0,2 0,8 0,6 0,4 0,5 0,5 0,7 0,4 0,3 0,4 0,5 0,2
%
Hemofilia Transfusão***
12425 16,7 182
292 570 1133 1995 115 223 260 229 521 264 343 1955 637 648 207 532 861 440 3325 886 451 584 646 841 3408 168 541 179 31 223 1142 600
nº
UDI**
Categoria de exposição hierarquizada
1901
54 55 128 237 33 34 55 35 94 50 75 376 80 105 32 79 94 38 428 114 57 95 81 104 451 50 130 42 9 53 284 125
nº
2,6
2,6 1,4 1,4 1,5 4,4 2,8 3,8 2,5 3,3 3,3 4,0 3,4 7,1 3,3 2,5 2,8 2,6 1,8 2,7 2,5 2,3 2,4 2,5 3,1 2,5 2,9 3,7 2,5 2,9 2,8 3,1 2,4
%
Transm. Vertical
15893
430 793 1589 2812 188 238 314 313 683 431 380 2547 568 595 256 605 885 541 3450 975 477 662 676 710 3500 380 684 337 59 350 1810 1774
nº
21,4
20,3 20,7 16,9 18,3 25,0 19,9 21,8 22,0 24,1 28,7 20,0 23,1 40,6 19,0 19,7 21,7 24,1 25,5 21,7 21,0 19,5 16,9 20,5 20,9 19,8 22,1 19,6 20,1 19,3 18,5 19,9 34,0
%
Ignorado
74308
2116 3824 9416 15356 753 1196 1441 1420 2839 1503 1897 11049 2885 3138 1300 2786 3667 2125 15901 4647 2447 3912 3300 3390 17696 1718 3486 1679 306 1895 9084 5222
Total
Tabela IX. Casos de aids (Nº e %) por categoria de exposição segundo Coordenadoria de Saúde, Supervisão de Saúde e agrupamento de anos do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2009*.
AIDS AIDS
26
Tabela X. Óbitos por aids por ano de ocorrência, razão de sexo e taxa de mortalidade segundo sexo. Município de São Paulo, 1980-2009**. Óbitos por ano de ocorrência
Taxa de Mortalidade*
Ano Total
Masc.
Fem.
Razão de Sexo
Total
Masc.
Fem.
1
1
0
-
0,01
0,02
-
1
1
0
-
0,01
0,02
-
12
12
0
-
0,14
0,28
-
1981 1982 1983 1984 1985
41
41
0
-
0,46
0,95
-
147
144
3
48/1
1,63
3,29
0,06
1986
216
210
6
35/1
2,37
4,75
0,13
1987
439
407
32
13/1
4,77
9,12
0,67
1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
800
81
10/1
9,45
17,74
1,69
1182
131
9/1
13,94
25,96
2,70
1880
1657
223
7/1
19,75
36,06
4,54
2283
1940
343
6/1
23,74
41,84
6,90
2497
2101
395
5/1
25,76
45,00
7,89
2894
2334
560
4/1
29,61
49,63
11,04
3072
2489
584
4/1
31,14
52,51
11,38
3104
2394
710
3/1
31,19
50,13
13,71
3090
2319
771
3/1
30,77
48,20
14,74
2169
1535
634
2/1
21,39
31,65
12,00
1810
1291
519
2/1
17,69
26,40
9,71
1672
1201
471
3/1
16,18
24,35
8,72
1600
1121
479
2/1
15,34
22,56
8,78
2001 2002 2003
1411
964
447
2/1
13,45
19,29
8,14
1343
925
418
2/1
12,73
18,40
7,57
1187
809
378
2/1
11,17
16,00
6,80
2004 2005 2006
1104
784
320
2/1
10,34
15,41
5,72
1069
753
316
2/1
9,95
14,71
5,62
1152
794
357
2/1
10,65
15,45
6,34
2007 2008 2009 TOTAL
1035
693
342
2/1
9,54
13,43
6,03
1074
726
347
2/1
9,78
13,91
6,08
2/1
8,31
11,39
5,53
916
598
318
39413
30226
9187
Fonte: SINAN W / NET - CCD/ COVISA * Mortalidade - número de óbito por aids, ocorridos em determinado ano, por 100.000 hab. **Dados preliminares sujeitos a revisão.
AIDS AIDS
881 1313
A partir de 1995, com a introdução de novos esquemas de terapia antirretroviral e a preconização da associação entre eles, a taxa de mortalidade por aids passou a cair, devido à maior sobrevida dos portadores (Tabela X). A aids passou de 5ª causa de óbitos no município de São Paulo no ano de 1996, para a 15ª causa em 2009 (Tabela XI). Observa-se que, entre os homens é a 13ª causa e no sexo feminino, a 19ª causa (Tabela XII).
27
Pneumonias Bronquite, enfisema, asma Diabetes mellitus D. hipertensivas
Homicídios Pneumonias Aids Bronquite, enfisema, asma
4º
5º
6º
Fonte: PRO- AIM/CEIONFO/SMS *Dados sujeitos a revisão.
Fibrose e cirrose hepática (exceto álcool.)
CA estômago
13º
16º
Miocardiopatias
12º CA mama
CA pulmão
11º
Mal definidas
D. hipertensivas
10º
14º
Insuficiência cardíaca
9º
15º
Homicídios
8º
CA colon
CA estômago
Mal definidas
Aids
Miocardiopatias
Insuficiência cardíaca
CA mama
Acidente de trânsito e transportes terrestres
CA pulmão
Diabetes mellitus Acidente de trânsito e transportes terrestres
7º
D. cérebro vasculares
D. cérebro vasculares
2º
3º
2008 Doenças isquêmicas do coração
Doenças isquêmicas do coração
1º
Posição/Ano 1996
Tabela XI. Principais causas de morte nos anos de 1996, 2008 e 2009*. Município de São Paulo.
AIDS AIDS
28 2009
D. Alzheimer
Aids
CA colon
CA mama
Mal definidas
Miocardiopatias
Insuficiência cardíaca
Acidente de trânsito e transportes terrestres
CA pulmão
Homicídios
D. hipertensivas
Diabetes mellitus
Bronquite, enfisema, asma
Pneumonias
D. cérebro vasculares
Doenças isquêmicas do coração
Tabela XII. Principais causas de morte segundo sexo nos anos de 2008 e 2009*. Município de São Paulo. 2008 Posição/sexo 1º 2º 3º 4º 5º
Masculino
Feminino
Doenças isquêmicas do coração
Doenças isquêmicas do coração
D. cérebro vasculares Pneumonias
Pneumonias
Homicídios
Diabetes mellitus
Bronquite, enfisema, asma
CA mama
6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17ª 18ª 19ª 20ª
D. cérebro vasculares
Acidente de trânsito e transporte terrestres Diabetes mellitus
Bronquite, enfisema, asma
D. hipertensivas
CA pulmão
Insuficiência cardíaca
D. hipertensiva
CA pulmão
CA próstata
D. Alzheimer
Aids
CA cólon
Mal definidas
D. circulação pulmonar
CA estômago
Miocardiopatias
Lesões intencionais indeterminadas
Infecção do trato urinário não especificada
Doença alcoólica do fígado
CA estômago
Miocardiopatias
Aneurisma e dissecção aorta
Quedas acidentais
Mal definidas
Aneurisma e dissecção aorta
CA pâncreas
Insuficiência cardíaca
Aids
CA colon
Acidente de trânsito e transportes terrestres
2009 Masculino
Feminino
Doenças isquêmicas do coração
Doenças isquêmicas do coração
1º 2º 3º 4º 5º
D. cérebro vasculares
6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º
D. cérebro vasculares
Pneumonias
Pneumonias
Homicídios
Diabetes mellitus
Bronquite, enfisema, asma
D. hipertensivas
Acidente de trânsito e transporte terrestres Diabetes mellitus
Bronquite, enfisema, asma
D. hipertensivas
Insuficiência cardíaca
CA pulmão
D. Alzheimer
CA próstata
CA pulmão
CA mama
Mal definidas
CA cólon
Miocardiopatias
D. circulação pulmonar
AIDS AIDS
Posição/sexo
Aids
Infecção do trato urinário não espec
Lesões intenc indeterminadas
Miocardiopatias
Doença alcoólica do fígado
Aneurisma e dissecção aorta
CA estômago
Aneurisma e dissecção aorta
Aneurisma e dissecção aorta
Mal definidas
Fonte: PRO- AIM/CEIONFO/SMS *Dados sujeitos a revisão.
Quedas acidentais
CA pâncreas
Insuficiência cardíaca
Aids
CA colon
Demência
29
A Tabela XIII mostra que a maior porcentagem de óbitos por aids ocorre na raça branca, seguida da parda e a Tabela XIV apresenta predomínio da mortalidade proporcional entre os de raça/cor preta e parda. Estes dados podem sugerir uma maior dificuldade de acesso ao diagnóstico e tratamento entre os indivíduos de raça/cor preta e parda. Tabela XIII. Óbitos por aids (Nº e %) segundo raça/cor e ano do óbito. Município de São Paulo, 2006-2009*. Raça/Cor
2006
2007
2008
2009
Total
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
Branca
535
51,4
506
53,5
578
56,6
533
52,5
2152
53,5
Preta
116
11,2
96
10,2
121
11,8
115
11,3
448
11,1
Amarela
3
0,3
3
0,3
4
0,4
7
0,7
17
0,4
Parda
263
25,3
226
23,9
238
23,3
283
27,9
1010
25,1
Não informado
123
11,8
114
12,1
81
7,9
77
7,6
395
9,8
Total
1040
100,0
1022
100,0
1015
100,0
4022
100,0
945 100,0
Fonte: SIM - PRO-AIM /CEInfo / SMS *Dados sujeitos a revisão
Tabela XIV. Óbitos por aids, de residentes no município de São Paulo, total de óbitos e mortalidade proporcional segundo raça/cor. Município de São Paulo, 2009*. Óbitos por aids
Total de óbitos
%
Branca
533
48544
1,1
Preta
115
4134
2,8
Amarela
7
1486
0,5
Parda Indígena Não informado Total
283 0 77
11767 29 2845
2,4 0 2,7
1015
68805
1,5
AIDS AIDS
Raça/Cor
Fonte: SIM - PRO-AIM /CEInfo / SMS *Dados sujeitos a revisão
30
CAPÍTULO III - HIV A notificação de casos de portadores de HIV é recomendada no estado e no município de São Paulo desde o ano de 2002, porém ainda observamos uma inconstância dos serviços em relação à realização desta notificação, o que dificulta a avaliação das informações obtidas. A partir do ano de 2009 começaram a ser excluídas as notificações de HIV dos casos com diagnóstico de aids até seis meses após o diagnóstico de HIV, sendo que anteriormente era utilizada a data de notificação para fazer esta exclusão. A retirada dos casos de notificação de HIV após a notificação de aids continua a ser feita. Na Tabela I percebe-se uma oscilação no número de notificações de HIV realizadas anualmente, que ocorre pelo grande número de subnotificações observadas devido ao fato desta notificação não ser compulsória.
Tabela I. Casos (Nº e %) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais segundo sexo e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1983-2009*. Sexo Ano de Total diagnóstico Masculino Feminino 1983 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total
1351
1009
2360
438
358
796
638
456
1094
961
531
1492
862
512
1374
896
454
1350
736
372
1108
886
361
1247
1022
451
1473
979
386
1365
8769
4890
13659
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão.
Tabela II. Número e porcentagem (Nº e %) de casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo tipo de unidade notificadora. Município de São Paulo, 1983-2009*. Tipo de Unidade nº % UE DST/AIDS** CTA AE*** HOSPITAIS***** PS UBS OUTROS**** Total
7503
54,9
2558
18,7
138
1,0
2818
20,6
43
0,3
495
3,6
104
0,8
13659
100,0
HIV HIV
As notificações de HIV+ (Tabela II) são realizadas predominantemente pelos serviços de saúde especializados, em 54,9% dos casos, conforme o esperado, seguidos pelos hospitais (20,6%) e os CTAs (18,7%).
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão. ** UE DST/AIDS - Unidade Especializada DST/AIDS *** AE - Ambulatório de Especialidades **** OUTROS - incluem Supervisão de Vigilância em Saúde/ Penitenciárias/ Clínicas Médicas e Odontológicas Privadas ***** HOSPITAIS - incluem Unidades que prestam atendimento ambulatorial, como: IIER/ HC/ HSPE/ HOSP STA MARCELINA/ HOSP IPIRANGA
31
Segundo a Tabela III, o CTA Henfil, o SAE Campos Elíseos e o CRT apresentam uma razão de sexo aumentada em relação à apresentada pelos outros serviços especializados. Os dois primeiros, devido à sua localização na região central de São Paulo, têm um grande número de atendimentos de travestis e profissionais do sexo, fazendo com que o perfil dos seus usuários seja diferente dos demais serviços. O CRT, por sua vez, tem um ambulatório para travestis e transexuais, o que altera a relação de sexo do total de seus atendimentos. Tabela III. Número de casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo, razão de sexo e unidade notificante. Município de São Paulo, 1983-2009*. Masculino
Feminino
Razão de sexo
Total
CTA HENFIL SAE CAMPOS ELÍSEOS CRT IIER SAE C. LIDER II CR FÓ SAE FIDELIS RIBEIRO SAE SANTANA CR STO AMARO SAE MITSUTANI CR PENHA CTA STO AMARO SAE CECI HOSP STA MARCELINA SAE BUTANTÃ SAE C. DUTRA CTA S. MIGUEL SAE BETINHO
1569
142
11/1
1711
762
175
4/1
937
771
268
3/1
1039
419
270
2/1
689
270
331
1/1
601
273
321
1/1
594
264
310
1/1
574
295
236
1/1
531
293
223
1/1
516
229
258
1/1
487
263
210
1/1
473
275
102
3/1
377
207
141
2/1
348
170
133
1/1
303
154
142
1/1
296
139
145
1/1
284
166
81
2/1
247
110
118
1/1
228
SAE V. PRUDENTE SAE IPIRANGA SAE LAPA OUTROS** TOTAL
125
102
1/1
227
120
74
2/1
194
115
54
2/1
169
1780
1054
2/1
2834
8769
4890
HIV HIV
Unidade
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão. **OUTROS - inclui todas as unidades notificadoras com menos de 150 notificações
32
13659
CAPÍTULO IV - Transmissão Vertical a) HIV
Tabela I. Número de casos notificados de gestantes HIV, segundo ano de notificação. Município de São Paulo, 2000 - 2009*. Ano de notificação
N° de casos notificados de gestantes HIV
2000 2001 2002
222
75 388
2003 2004 2005 2006 2007 2008
736
2009
494
Total
5166
848 690 663 535 515
Fonte: SINAN - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
TRANSMISSÃO VERTICAL TRANSMISSÃO VERTICAL
No ano de 2000 foi implantada, em nível nacional, a notificação de gestantes HIV+ e crianças expostas, com o intuito de acompanhamento destes casos em todas as suas etapas: diagnóstico, prénatal, periparto e criança exposta ao HIV, até o encerramento dos casos com a definição de infecção pelo HIV ou ausência desta infecção na criança, propiciando a oportunidade de desenvolvimento de estratégias de prevenção de transmissão vertical do HIV a partir do diagnóstico obtido com estes dados. Em 2007, com a mudança do SINAN Windows para NET, criou-se a ficha de gestantes HIV+ e a de crianças expostas separadamente, mas esta segunda ainda não se encontra totalmente instalada no sistema, sendo necessário um sistema complementar para seu controle. Houve um crescimento no número das notificações desde o início de sua implantação até o ano de 2004, quando começou seu declínio (Tabela I).
O número estimado de partos em mulheres portadoras de HIV em São Paulo é constante de 2006 a 2009 e o coeficiente de incidência em mulheres é estável, assim, a queda nas notificações de gestantes HIV+ pode indicar um aumento na subnotificação (Tabela II).
Tabela II. Estimativa de partos de gestantes HIV, número de notificações de gestantes HIV/crianças expostas e estimativa de subnotificação de gestantes HIV/crianças expostas segundo ano de parto. Município de São Paulo, 2000-2009*.
Ano de parto
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total
N° de partos estimados em gestantes HIV**
N° de notificações de gestantes HIV
Estimativa de casos não notificados de gestantes HIV
Estimativa de porcentagem de casos não notificados
1016 934 908 856 856 840 817 808 818 820
237 333 468 515 554 478 460 468 448 337
779 601 440 341 302 362 357 340 370 483
76,7 64,3 48,5 39,8 35,3 43,1 43,7 42,1 45,2 58,9
8673
4298
4375
50,4
Fonte: SINAN - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão. **Estudo Sentinela Parturientes 2004 - MS, SINASC
33
TRANSMISSÃO VERTICAL TRANSMISSÃO VERTICAL
Considerando-se que um terço das transmissões verticais ocorre durante a gestação, o diagnóstico antes da gravidez e o uso de antirretrovirais durante a gestação são de suma importância para a prevenção de transmissão vertical. O conhecimento da condição sorológica antes da gravidez é a condição ideal para todas as gestantes por permitir as ações de prevenção de transmissão vertical do HIV em todas as etapas. A porcentagem deste conhecimento aumentou entre os anos de 2000 a 2009 (Tabela III). Já o diagnóstico de HIV durante o prénatal caiu de 2000 a 2005, voltando a crescer de 2006 a 2009, mostrando uma melhora na qualidade do prénatal nestes últimos anos. Não foram feitas notificações sem a informação sobre o conhecimento da situação sorológica nos anos de 2007 a 2009, comprovando a melhora no preenchimento destas notificações, como resposta aos investimentos em qualidade do sistema de informação. Houve importante redução nos diagnósticos de HIV após o parto, o que é muito favorável, pois o diagnóstico tardio leva à perda de oportunidade de realização da profilaxia durante a gravidez e o periparto. Tabela III. Número e porcentagem (N° e %) de casos notificados de gestante HIV segundo época de evidência laboratorial do HIV e ano de notificação. Município de São Paulo, 2000 a 2009* Ano de notificação
Antes do pré-natal
Durante pré-natal
Época de evidência laboratorial Durante o Após o parto parto
Sem informação
Total
2000 2001 2002
nº 24 89 155
% 32,0 40,1 39,9
nº 29 82 116
% 38,7 36,9 29,9
nº 8 27 40
% 10,7 12,2 10,3
nº 4 16 26
% 5,3 7,2 6,7
nº 10 8 51
% 13,3 3,6 13,1
nº 75 222 388
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
342 416 375 356 308 299 322
46,5 49,1 54,3 53,7 57,6 58,1 65,2
212 250 178 172 179 176 154
28,8 29,5 25,8 25,9 33,5 34,2 31,2
61 73 46 85 35 33 12
8,3 8,6 6,7 12,8 6,5 6,4 2,4
49 43 77 16 13 7 6
6,7 5,1 11,2 2,4 2,4 1,4 1,2
72 66 14 34 0 0 0
9,8 7,8 2,0 5,1 -
736 848 690 663 535 515 494
Total
2686
52,0
1548
30,0
420
8,1
257
5,0
255
4,9
5166
Fonte: SINAN - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
Ocorreu uma elevação no patamar de realização de prénatal entre as gestantes portadoras de HIV em São Paulo a partir de 2007 (Tabela IV), chegando a cerca de 90% das gestantes HIV+ realizando este acompanhamento (88,2 a 91,7%). Como consequência do incremento na porcentagem dos prénatais, também houve um aumento na porcentagem de gestantes HIV+ que fizeram uso de antirretrovirais durante a gravidez, este aumento ocorrendo em menor proporção (Tabela V). Na Tabela VI é observada uma tendência ascendente do uso de antirretrovirais no momento do parto, indo ao encontro das recomendações para a prevenção da transmissão do HIV à criança exposta. Quando a carga viral da gestante for elevada ou desconhecida, contraindicando o parto por via vaginal, o recomendado é que seja realizada cesária eletiva para maior proteção do recémnascido (RN) pela redução do seu contato com as secreções e o sangue materno. Assim, na implantação do SINAN NET, a notificação de gestantes HIV+ foi alterada para que fosse possível colher a informação sobre o tipo da cesária. Encontrou-se uma porcentagem de cesárias eletivas em torno de 50% dos partos que tem se mantido estável (Tabela VII). Além disso, a introdução de AZT solução oral para o RN está sendo feita em 89,3% dos casos no momento oportuno, ou seja, nas primeiras 24hs (Tabela VIII). No entanto, a porcentagem de notificações sem a informação sobre o tempo de uso do AZT oral nas crianças aumentou, causando uma redução na proporção de crianças com uso de AZT durante o tempo recomendado (Tabela IX). Também o aleitamento materno tem apresentado redução entre as crianças expostas ao HIV, reduzindo o risco de transmissão do HIV por meio desta via (Tabela X). 34
35
8
9,3
75
3,6
11,7
8,6
76,1
100,0 222 100,0
19 26
6,7
13,3
5
10
7
169
2001 nº %
70,7
53
2000 nº %
388
26
56
42
264
100,0
6,7
14,4
10,8
68,0
2002 nº %
736
33
82
47
574
100,0
4,5
11,1
6,4
78,0
2003 nº %
848
25
158
76
589
100,0
2,9
18,6
9,0
69,5
690
37
136
39
478
100,0
5,4
19,7
5,7
69,3
Ano de notificação 2004 2005 nº % nº % nº
663
27
155
59
422
%
100,0
4,1
23,4
8,9
63,7
2006
535
10
0
35
490
100,0
1,9
-
6,5
91,6
2007 nº %
515
14
0
47
454
100,0
2,7
-
9,1
88,2
2008 nº %
21,1
38,4
91
237 100,0
40,5
50
%
96
nº
2000
39,3
18,0
42,6
%
333 100,0
131
60
142
nº
2001
468
187
97
184
nº
100,0
40,0
20,7
39,3
%
2002
515
214
97
204
nº
%
100,0
41,6
18,8
39,6
2003
554
216
111
227
nº
%
100,0
39,0
20,0
478
150
104
224
nº
100,0
31,4
21,8
46,9
%
Ano de Parto 2005
41,0
2004
460
180
85
195
nº
%
100,0
39,1
18,5
42,4
2006
468
104
86
278
nº
100,0
22,2
18,4
59,4
%
2007
64
61
323
nº
448
TRANSMISSÃO VERTICAL TRANSMISSÃO VERTICAL
Fonte: SINAN - CCD/COVISA * ARV - antirretroviral **Dados preliminares sujeitos a revisão. ***Foram consideradas as notificações degestantes HIV onde constava a data do parto.
Sim Não Ignorado/ Branco Total
Utilização de ARV* no PN
100,0
14,3
13,6
72,1
%
2008
2,6
0,2
5,5
91,7
494 100,0
13
1
27
453
2009 nº %
11,6
12,2
76,3
%
337 100,0
39
41
257
nº
2009
Tabela V. Número e porcentagem (N° e %) de casos notificados de gestante HIV segundo uso ARV* no prénatal (PN). Município de São Paulo, 2000 a 2009**.
Fonte: SINAN - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
Sim Não Branco Ignorado Total
Realização do PN
%
3,9
12,1
7,7
76,4
4298
1376
792
2130
nº
100,0
32,0
18,4
49,6
%
Total
5166 100,0
200
624
396
3946
nº
Total
Tabela IV. Número e porcentagem (N° e %) de casos notificados de gestante HIV, segundo realização de prénatal (PN) e ano de notificação. Município de São Paulo, 2000 a 2009*.
20,3 24,9
59
237
Total
333
68
60
205
100,0
20,4
18,0
61,6
2001 nº %
468
88
103
277
100,0
18,8
22,0
59,2
2002 nº %
515
79
70
366
554
79
68
407
100,0
14,3
12,3
73,5
100,0
59
59
360 69
65
326 15,0
14,1
70,9
2006 nº %
43
52
373 29
52
367
6,5
11,6
81,9
2008 nº %
100,0 448 100,0
9,2
11,1
79,7
2007 nº %
100,0 460 100,0 468
12,3
12,3
75,3
Ano de Parto 2004 2005 nº % nº %
337
29
45
263
0,4 16,5
1 39
4 38
-
174
117
468
3 60
-
246
159
100,0
0,6 12,8
-
52,6
34,0
2002 nº %
515
1 55
-
307
152
100,0
0,2 10,7
-
59,6
29,5
2003 nº %
Fonte: SINAN - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão. ** SINAN W - campo = “evolução da gravidez” e SINAN NET - campo = “tipo de parto”, sendo que a denominação “cesária” foi desmembrada em “cesária eletiva” e “de urgência”. *** Foram consideradas as notificações de gestantes HIV onde constava a data do parto
100,0
1,2 11,4
-
52,3
35,1
2001 nº %
100,0 333
-
-
237
42,6
101
Parto cesárea Cesária eletiva Cesária de urgência Aborto Sem informação Total
% 40,5
96
nº
2000
Parto vaginal
Evolução da gravidez/ tipo de parto**
554
7 48
-
312
187
100,0
1,3 8,7
-
56,3
33,8
478
10 29
-
290
149
5 51
-
263
141
37 7 27
231
36
130
7,9 1,5 5,8
49,4
7,7
27,8
2007 nº %
100,0 468 100,0
1,1 11,1
-
57,2
30,7
2006 nº %
100,0 460
2,1 6,1
-
60,7
31,2
Ano de Parto 2004 2005 nº % nº %
13,6 2,7 1,1
51,1
-
31,5
25 24 2
170
-
116
7,4 7,1 0,6
50,4
-
34,4
2009 nº %
%
14,0
14,5
71,4
nº
126 79 354
631
1729
1399
%
100,0
2,9 1,8 8,2
14,7
40,2
32,6
Total
448 100,0 337 100,0 4298
61 12 5
229
-
141
2008 nº %
602
622
3070
nº
Total
100,0 4298 100,0
8,6
13,4
78,0
2009 nº %
Tabela VII. Número e porcentagem (N° e %) de casos notificados de gestante HIV e criança exposta segundo a evolução da gravidez/ tipo de parto e ano de parto. Município de São Paulo, 2000 a 2009*.
100,0
15,3
13,6
71,1
2003 nº %
Fonte: SINAN - CCD/COVISA * ARV - antirretroviral **Dados preliminares sujeitos a revisão. *** Foram consideradas as notificações de gestantes HIV onde constava a data do parto
100,0
54,9
130
48
2000 nº %
Sim Não Ignorado/Branco
Utilização de ARV* durante o parto
Tabela VI. Número e porcentagem (N° e %) de casos notificados de gestante HIV segundo uso de ARV* durante o parto e ano de parto. Município de São Paulo, 2000 a 2009**.
TRANSMISSÃO VERTICAL TRANSMISSÃO VERTICAL
36
37
7,2 33,9
14 92
3
11
205
458
20 119
2
13
304
100,0
4,4 26,0
0,4
2,8
66,4
2002 nº %
511
8 99
0
7
397
100,0
1,6 19,4
-
1,4
77,7
2003 nº %
537
17 75
0
10
435
100,0
3,2 14,0
-
1,9
81,0
456
2 51
1
8
394
100,0
0,4 11,2
0,2
1,8
86,4
Ano do nascimento 2004 2005 nº % nº %
1,1 15,9
0,2
1,1
81,7
464 100,0
5 74
1
5
379
2006 nº %
1,8 13,5
0,7
1,1
82,9
4 54
1
3
347
1,0 13,2
0,2
0,7
84,8
2008 nº %
3 32
0
2
309
0,9 9,2
-
0,6
89,3
2009 nº %
nº
98 735
17
76
3254
2,3 17,6
0,4
1,8
77,8
%
Total
438 100,0 409 100,0 346 100,0 4180 100,0
8 59
3
5
363
2007 nº %
11,9 18,2
21 69
4,6 6,5 21,2
65,2 31 119
260
14
34
nº
6,8 26,0
56,8
3,1
7,4
%
2002
236 100,0 325 100,0 458 100,0
28 43
15
2,5
%
2001
212
5,5 61,9
13 146
nº 8
% 2,5
6
nº
2000
%
2,5 33,9
56,6
2,5
4,5
511 100,0
13 173
289
13
23
nº
2003
537
22 176
306
15
18
nº
100,0
4,1 32,8
57,0
2,8
3,4
%
456
5 179
249
10
13
nº
8 192
238
3
23
nº
13 82
323
8
12
nº
3,0 18,7
73,7
1,8
2,7
%
2007
1 65
333
5
5
nº
0,2 15,9
81,4
1,2
1,2
%
2008
100,0 438 100,0 409 100,0
1,7 41,4
51,3
0,6
5,0
%
2006
100,0 464
1,1 39,3
54,6
2,2
2,9
%
Ano do nascimento 2004 2005
TRANSMISSÃO VERTICAL TRANSMISSÃO VERTICAL
Fonte: SINAN - CCD/COVISA *AZT - Zidovudina **Dados preliminares sujeitos a revisão.
Não usou Sem informação Total
menos de 3 semanas De 3 a 5 semanas 6 semanas
Tempo total de uso do AZT* xarope
346
1 81
248
8
8
nº
nº
143 1179
2604
104
150
100,0
3,4 28,2
62,3
2,5
3,6
%
Total
100,0 4180
0,3 23,4
71,7
2,3
2,3
%
2009
Tabela IX. Número e porcentagem (N° e %) de casos notificados de gestante HIV e criança exposta em relação ao uso de AZT* solução oral segundo tempo total de uso do AZT* na criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000 a 2009**.
Fonte: SINAN - CCD/COVISA *AZT – Zidovudina. **Dados preliminares sujeitos a revisão.
100,0
4,3 28,3
0,9
3,4
63,1
2001 nº %
236 100,0 325
17 80
2,5
6
Não se aplica Sem informação Total
5,1
12
Após 24h do nascimento Não realizado
51,3
121
2000 nº %
Nas primeiras 24h
Início do AZT* na criança
Tabela VIII. Número e porcentagem (N° e %) de casos notificados de gestante HIV e criança exposta, segundo início do AZT* na criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000 a 2009**.
236
Total
100,0
14,4 68,6 16,9
Fonte: SINAN - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
34 162 40
2000 nº %
Sim Não Sem informação
Aleitamento materno
325
17 252 56
100,0
5,2 77,5 17,2
2001 nº %
458
28 342 88
nº
%
100,0
6,1 74,7 19,2
2002
511
13 391 107
100,0
2,5 76,5 20,9
2003 nº %
537
15 407 115
100,0
2,8 75,8 21,4
456
5 352 99
100,0
1,1 77,2 21,7
Ano de Nascimento 2004 2005 nº % nº % 1,5 74,6 23,9
10 360 68
100,0
2,3 82,2 15,5
2007 nº %
464 100,0 438
7 346 111
2006 nº %
1,2 88,3 10,5
3 316 27
0,9 91,3 7,8
2009 nº %
nº 137 3289 754
3,3 78,7 18,0
%
Total
409 100,0 346 100,0 4180 100,0
5 361 43
2008 nº %
Tabela X. Número e porcentagem (N° e %) de casos notificados de gestante HIV e criança exposta segundo aleitamento materno e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000 a 2009*.
TRANSMISSÃO VERTICAL TRANSMISSÃO VERTICAL
38
Observa-se na Tabela XI, que está ocorrendo um aumento no número de crianças expostas ao HIV, o que vem reforçar a tendência de feminização da epidemia encontrada em nível nacional e a hipótese de subnotificações em gestantes HIV anteriormente citada. Verifica-se que a porcentagem de crianças infectadas permaneceu estável de 2004 a 2006, sendo observada uma redução desta porcentagem no dado do ano de 2007, encontrado neste momento. É necessário lembrar que há uma alta porcentagem de notificações tardias e subnotificações (26,5% segundo a Tabela XII), que fazem com que a informação demore a ficar estável. Tabela XI. Distribuição dos casos de crianças expostas notificados segundo ano de nascimento e encerramento do caso. Município de São Paulo, 2000 a 2007*. Infectado
Não Infectado
Perda de Seguimento
Óbito
Total
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
2000
24
10,2
166
70,3
41
17,4
5
2,1
236
2001 2002 2003
22 19 14
6,8 4,1 2,7
214 305 327
65,8 66,6 64,0
86 126 158
26,5 27,5 30,9
3 8 12
0,9 1,7 2,3
325 458 511
2004 2005 2006 2007 Total
14 11 12 9
2,6 2,4 2,6 2,1
350 289 265 336
65,2 63,4 57,1 76,7
168 147 177 89
31,3 32,2 38,1 20,3
5 9 10 4
0,9 2,0 2,2 0,9
537 456 464 438
125
3,6
2252
65,8
992
29,0
56
1,6
3425
Fonte: SINAN - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
TRANSMISSÃO VERTICAL TRANSMISSÃO VERTICAL
Ano de nascimento
Tabela XII. Estimativa de subnotificação de crianças expostas nascidas de 2007 a 2009 entre as mães que foram notificadas no SINAN NET. Município de São Paulo, 2009*. N° de gestantes HIV notificadas***
Estimativa de crianças expostas* *
N° de crianças expostas notificadas***
Porcentagem estimada de subnotificação de crianças expostas
1544
1214
892
26,5
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão. ** número de gestantes notificadas, excetuando-se os casos encerrados como aborto, natimorto e as notificações sem encerramento, com menos de 9 meses após a data de notificação. *** número de crianças expostas notificadas, entre as mães que foram notificadas no SINAN NET, excetuando-se os partos múltiplos.
O Ministério da Saúde esta- Tabela XIII. Casos notificados de aids em menores de 5 anos segundo beleceu no “Pacto pela Saúde” o ano de diagnóstico e coeficiente de incidência. Município de São coeficiente de incidência de aids Paulo, 2000 a 2007*. Ano de nº de casos de crianças População Coeficiente de em crianças abaixo de 5 anos como diagnóstico menores de 5 anos incidência indicador para o monitoramento 156 878.843 17,7 2000 da transmissão vertical do HIV. 139 890.862 15,6 2001 Considerando-se que o diagnóstico 84 902.665 9,3 2002 de infecção pelo HIV na criança ex74 914.241 8,1 2003 posta pode demorar até 18 meses 33 925.579 3,6 2004 e que são necessários alguns anos 32 936.666 3,4 2005 para que este caso passe a ser 31 926.867 3,3 2006 aids, este diagnóstico de aids em 16 916.791 1,7 2007 criança pode atrasar, fazendo com SINAN W/NET - CCD/COVISA, IBGE e Fundação SEADE que consideremos esta informação Fonte: *Dados preliminares sujeitos a revisão. com cautela, como um “proxy” do dado desejado. Mesmo assim, percebe-se uma tendência de redução neste coeficiente (Tabela XIII) desde que as informações sobre transmissão vertical do HIV passaram a serem monitoradas no Brasil até o ano de 2004, quando houve uma estabilização deste dado (o ano de 2007 ainda terá a inclusão dos casos encerrados tardiamente).
39
TRANSMISSÃO VERTICAL TRANSMISSÃO VERTICAL
b) Sífilis Os dados da notificação da sífilis na gestante são apresentados e analisados desde janeiro de 2007 até dezembro de 2009, a partir da implantação da ficha de investigação epidemiológica específica para esse agravo e seu registro no SINAN NET. Em 2007, 2008 e 2009 foram notificadas, respectivamente, 312, 610 e 785 gestantes com sífilis, o que representou um aumento de 151,6% em todo o período (Tabela I). O aumento vem ocorrendo em todas as Coordenadorias de Saúde (CRS), sendo que o maior foi registrado na CRS Norte (311,6%), seguido pela Sul (234,3%), Leste (227%), Centro-Oeste (86,7) e Sudeste (49,2%) (Gráfico I). O aumento das notificações de 2008 a 2009 (28,7%) foi 70% menor comparado àquele registrado de 2007 a 2008 (95,5%). Embora, deva-se mencionar que algumas Supervisões de Saúde como Santana/Tucuruvi na CRS Norte, Butantã na CRS Centro-Oeste, Parelheiros na CRS Sul e Penha na CRS Sudeste destacaram-se com o aumento das notificações em 2009. Em 2009, a CRS Sul continuou a representar o maior percentual das notificações do Município (28,5%) e o da CRS Norte (22,5%) equiparou-se ao da CRS Sudeste (22,8%) em 2009. Tabela I. Casos notificados de sífilis em gestante segundo Coordenadorias e respectivas Supervisões de Vigilância em Saúde notificantes e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007 - 2009*. CRS/ SUVIS
CRS Centro-Oeste Butantã Lapa/Pinheiros Sé CRS Leste Cid. Tiradentes Ermelino Matarazzo Guaianases Itaim Paulista Itaquera São Mateus São Miguel CRS Norte C. Verde/Cachoeirinha Freguesia do Ó Jaçanã/Tremembé Perus/Pirituba Santana/Tucuruvi Vila Maria CRS Sudeste Mooca/Aricanduva Ipiranga V. Mariana/Jabaquara Penha V. Prudente CRS Sul Campo Limpo Capela do Socorro M Boi Mirim Santo Amaro/ Cid. Ademar Parelheiros Município de São Paulo
nº
2007 %
2008 %
nº
2009 %
nº
Total %
2007-10
Variação (%) 2007-08 2008-09
45
14,4
79
13,0
84
10,7
208
12,2
86,7
75,6
6,3
12
3,8
11
1,8
30
3,8
53
3,1
150,0
8,3
172,7
8
2,6
23
3,8
10
1,3
41
2,4
25,0
187,5
56,5
25
8,0
45
7,4
44
5,6
114
6,7
76,0
80,0
2,2
37
12,7
84
13,8
121
15,4
242
14,2
227,0
127,0
44,0 180,0
1
0,3
10
1,6
28
3,6
39
2,3
2700,0
900,0
6
1,9
15
2,5
14
1,8
35
2,1
133,3
150,0
6,7
2
0,6
11
1,8
23
2,9
36
2,1
1050,0
450,0
109,1
3
1,0
12
2,0
12
1,5
27
1,6
300,0
300,0
-
5
1,6
11
1,8
14
1,8
30
1,8
180,0
120,0
27,3
12
3,8
10
1,6
11
1,4
33
1,9
8,3
16,7
10,0
8
2,6
15
2,5
19
2,4
42
2,5
137,5
87,5
26,7
43
13,8
119
19,5
177
22,5
339
19,9
311,6
176,7
48,7
13
4,2
23
3,8
42
5,4
78
4,6
223,1
76,9
82,6
3
1,0
20
3,3
36
4,6
59
3,5
1100,0
566,7
80,0
6
1,9
31
5,1
38
4,8
75
4,4
533,3
416,7
22,6
5
1,6
24
3,9
18
2,3
47
2,8
260,0
380,0
25,0 233,3
6
1,9
3
0,5
10
1,3
19
1,1
66,7
50,0
10
3,2
18
3,0
33
4,2
61
3,6
230,0
80,0
83,3
120
38,5
157
25,7
179
22,8
456
26,7
49,2
30,8
14,0
39
12,5
64
10,5
57
7,3
160
9,4
46,2
64,1
10,9
17
5,4
22
3,6
24
3,1
63
3,7
41,2
29,4
9,1
22
7,1
25
4,1
42
5,4
89
5,2
90,9
13,6
68,0
25
8,0
19
3,1
23
2,9
67
3,9
8,0
24,0
21,1
17
5,4
27
4,4
33
4,2
77
4,5
94,1
58,8
22,2
67
21,5
171
28,0
224
28,5
462
27,1
234,3
155,2
31,0
11
3,5
45
7,4
54
6,9
110
6,4
390,9
309,1
20,0
8
2,6
19
3,1
38
4,8
65
3,8
375,0
137,5
100,0
21
6,7
56
9,2
72
9,2
149
8,7
242,9
166,7
28,6
27
8,7
45
7,4
49
6,2
121
7,1
81,5
66,7
8,9
0
-
6
1,0
11
1,4
17
1,0
−
−
83,3
312
100,0
610
100,0
151,6
95,5
28,7
Fonte: SINAN-NET CCD/ COVISA/ SMS-SP. *Casos notificados até 11/06/2010, sujeitos à revisão.
40
nº
785 100,0 1707 100,0
Gráfico I. Número de gestantes com sífilis segundo CRS notificante e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2009*.
o
600 500 400 CRS Leste CRS Norte CRS Sudeste CRS Sul CRS Centro-Oeste
300 200 100
0
2007
2008
Ano de Notificação
2009
Fonte: SINAN-CCD/ COVISA/ SMS-SP. *Casos notificados até 11/06/2010, sujeitos à revisão.
A maioria das gestantes tem 20 a 29 anos (50,7%), é da raça branca (42,6%) e observa-se um progressivo aumento das gestantes que cursaram até o ensino médio completo (11,9% em 2007, 13% em 2008 e 18,5% até 2009) (Tabela II). Tabela II. Casos notificados de sífilis em gestante segundo características do caso e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007-2009*. Gestantes Idade (Anos) 10 a 14
nº
2007 %
2008 nº
%
2009 nº %
Total nº %
3
1,o
5
0,8
6
0,8
14
0,8
15 a 19 20 a 24
27
8,7
77
12,6
90
11,5
194
11,4
79
25,3
156
25,6
190
24,2
425
24,9
25 a 29
71
22,8
161
26,4
208
26,5
440
25,8
30 a 34
75
24,o
107
17,5
152
19,4
334
19,6
35 a 39 >40 Raça Branca Preta Amarela Parda Indígena Ign/Branco Escolaridade Analfabeto 1ª a 4ª série incompleta do EF
42 15
13,5 4,8
81 23
13,3 3,8
114 25
14,5 3,2
237 63
13,9 3,7
146
46,8
262
43,0
319
40,6
727
42,6
34
10,9
78
12,8
126
16,1
238
13,9
4
1,3
8
1,3
13
1,7
25
1,5
4ª série completa do EF 5ª a 8ª série incompleta do EF Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Educação superior incompleta Educação superior completa Ign/Branco Total
94
30,1
218
35,7
271
34,5
583
34,2
11
3,5
18
3,0
30
3,8
59
3,5
23
7,4
26
4,3
26
3,3
75
4,4
4
1,3
11
1,8
8
1,0
23
1,3
34
10,9
86
14,1
102
13,0
222
13,0
33
10,6
55
9,0
59
7,5
147
8,6
78
25,0
132
21,6
157
20,0
367
21,5
46
14,7
78
12,8
81
10,3
205
12,0
31
9,9
75
12,3
89
11,3
195
11,4
37
11,9
79
13,0
145
18,5
261
15,3
2
0,6
3
0,5
2
0,3
7
0,4
0
¬
6
1,0
4
0,5
10
0,6
47
15,1
85
13,9
138
17,6
270
15,8
312
100
610
100
785
100
Fonte: SINAN-NET CCD/ COVISA/ SMS/SP. *Casos notificados até 11/06/2010, sujeitos à revisão.
1707 100
TRANSMISSÃO VERTICAL TRANSMISSÃO VERTICAL
nº
41
TRANSMISSÃO VERTICAL TRANSMISSÃO VERTICAL
Cerca de 36,7% das gestantes iniciaram o pré-natal idealmente no 1º trimestre, 32,5%, no 2 º trimestre, pouco mais de 1/4 (26,1%) somente no 3º trimestre e, em 4,6% a informação foi ignorada (tabela III). Com relação ao tratamento da sífilis, a penicilina benzatina é a droga de escolha sendo o esquema recomendado de acordo com a classificação clínica da doença. Observa-se que, 35,5% das gestantes foram classificadas na forma clínica de sífilis primária (presença de cancro duro), 11% como secundária (presença de lesões cutâneas) e 39,8% como terciária ou latente (com lesão em órgão ou assintomática, respectivamente); porém, 22,8% das gestantes receberam penicilina benzatina 2 400 000UI, adequado para a fase primária; 8,6%, penicilina benzatina 4 800 000UI para fase secundária ou latente precoce e 59,3%, penicilina benzatina 7 200 000 UI para fase terciária ou latente tardia. Essa disparidade pode ser devida à dificuldade diagnóstica da forma clínica e/ou desconhecimento do tratamento preconizado para cada fase da doença. O percentual das gestantes que receberam outro esquema que não a penicilina (2,2%) ou o esquema de tratamento não foi informado (2,8%) vem diminuindo ano a ano. As gestantes que não foram tratadas (4,3%) passou de 2,2% em 2007 para 6,0% em 2009. Este aumento resulta em parte do empenho da vigilância, junto às Unidades do pré-natal, para que notifiquem todas as gestantes com sorologia reagente para sífilis, mesmo quando o tratamento não foi indicado, devido ao diagnóstico de “cicatriz sorológica”, ou, o tratamento não foi prescrito devido a abandono ou interrupção do pré-natal. Lembramos que, o motivo para não tratamento da gestante com sorologia reagente para sífilis pode ser colocado no campo “observações” uma vez que, a ficha de investigação epidemiológica (FIE) não contempla um campo específico para essa variável. Tabela III. Casos notificados de sífilis em gestante, segundo características do pré-natal e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007-2009 *. PRÉ - NATAL
Trimestre do diagnóstico 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre Idade gestacional ignorada Classificação clínica Sífilis primária Sífilis secundária Sífilis terciária Latente Ignorada/em branco Esquema de tratamento Penicilina Benzatina 2400000 UI Penicilina Benzatina 4800000 UI Penicilina Benzatina 7200000 UI Outro Esquema Não realizado Ignorado Total
nº
2008 nº %
2009 nº %
nº
Total %
118
37,8
206
33,8
303
38,6
627
36,7
98
31,4
202
33,1
255
32,5
555
32,5
74
23,7
166
27,2
206
26,2
446
26,1
22
7,1
36
5,9
21
2,7
79
4,6
119
38,1
215
35,2
272
34,6
606
35,5
33
10,6
76
12,5
81
10,3
190
11,1
49
15,7
92
15,1
117
14,9
258
15,1
65
20,8
149
24,4
207
26,4
421
24,7
46
14,7
78
12,8
108
13,8
232
13,6
85
27,2
121
19,8
184
23,4
390
22,8
24
7,7
62
10,2
61
7,8
147
8,6
178
57,1
372
61,0
463
59,0
1013
59,3
8
2,6
18
3,0
12
1,5
38
2,2
7
2,2
20
3,3
47
6,0
74
4,3
10
3,2
18
3,0
19
2,4
47
2,8
312
100
610
100
785
100
1707
100
Fonte: SINAN - CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 11/06/2010, sujeitos à revisão.
42
2007 %
Tabela IV. Casos de gestantes com sífilis, segundo tratamento dos parceiros. Município de São Paulo, 2008-2009*. Parceiros TRATAMENTO Sim Não Ignorado Em branco Total parceiros MOTIVO DE NÃO TRATAMENTO Não teve mais contato Não foi convocado, comunicado à US Parceiro comunicado, convocado mas não compareceu Parceiro comunicado, convocado mas recusou Parceiro com sorologia não reagente Outro motivo Em branco Total parceiros sem tratamento
nº
2008 %
nº
2009 %
nº
Total %
139
22,8
234
29,8
373
26,7
125
20,5
185
23,6
310
22,2
22
3,6
44
5,6
66
4,7
324
53,1
322
41,0
646
46,3
610
100,0
785
13
10,4
32
17,3
45
14,5
6
4,8
6
3,2
12
3,9
24
19,2
36
19,5
60
19,4
12
9,6
9
4,9
21
6,8
23
18,4
26
14,1
49
15,8
40 7
32,0 5,6
48 28
25,9 15,1
88 35
28,4 11,3
125
100,0
185
100,0
310
100,0
Fonte: SINAN-NET CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 11/06/2010, sujeitos à revisão.
100,0 1395 100,0
TRANSMISSÃO VERTICAL TRANSMISSÃO VERTICAL
Além do esquema preconizado de acordo com a forma clínica da doença, o tratamento adequado da gestante com sífilis pressupõe o tratamento concomitante do parceiro. A informação referente ao tratamento do parceiro foi incluída pelo CCD e Núcleo de Informação da COVISA/ SMS -SP na ficha de investigação epidemiológica em 2008, com orientação para que fosse registrada no campo aberto da ficha eletrônica. A partir de 2010, a informação do parceiro foi incluída na versão 4.0 do SINAN. Esta informação em 2008, foi preenchida em 46,9% das notificações, aumentando para 59% em 2009. Neste período, cerca de ¼ dos parceiros (26,7%) foram tratados concomitantemente às gestantes e pouco menos não foram tratados (22,2%). A informação foi referida como ignorada em 4,7% e não preenchida em 46,3% das notificações (tabela IV). Dentre aqueles não tratados, 42% foi comunicado, convocado para comparecer à Unidade do prénatal. Os motivos para não realização do tratamento foram que 19,4% não compareceu à Unidade, 6,8% recusou o tratamento e 15,8% apresentou sorologia para sífilis não reagente; 14,5% dos parceiros não tinha mais contato com a gestante e 28,4% referiram outros motivos para não terem realizado o tratamento, destacando-se o parceiro desconhecido da gestante e a interrupção do PN por mudança de residência. Em 11,3% não se obteve o motivo. Implantar estratégias para inclusão do parceiro na rotina da Unidade do PN; melhorar o conhecimento do estadiamento da doença pelo profissional de saúde e a abordagem clínica do tratamento com o parceiro no momento do oferecimento da sorologia, são desafios a serem enfrentados para prevenção da sífilis congênita. Nesse sentido, iniciativas em implantação como a notificação compulsória das doenças sexualmente transmissíveis e a incorporação do homem na Unidade Básica de Saúde (projeto Saúde do Homem) poderão colaborar nesse enfrentamento.
43
CAPÍTULO V - Sífilis Congênita
SÍFILIS CONGÊNITA SÍFILIS CONGÊNITA
No período de janeiro de 1998 a dezembro de 2009, foram notificados 4728 casos de sífilis congênita (SC) no Município de São Paulo (Tabela I). Quanto ao local de residência, o maior número de casos notificados reside na CRS Norte (1364), seguido da CRS Sul (956), CRS Leste (872), CRS Sudeste (754) e Centro-Oeste (727). No período analisado, o coeficiente de incidência (CI) de sífilis congênita no Município de São Paulo teve o menor valor, 1,8/1000 nascidos vivos (NV) em 2006 e o maior, 2,5/1000NV, em 2003 e 2009. A partir de 2007, a tendência à diminuição do CI que vinha sendo observada desde 2004 (2,1/1000NV) até 2006, reverteu e, desde então, vem aumentando progressivamente até 2009. Essa tendência pode ser explicada pelo desenvolvimento de ações como busca ativa de casos, inclusão de novos hospitais e treinamentos de profissionais das maternidades. O aumento dos casos de 2006 a 2008 ocorreu em todas as CRS, com exceção da CRS Leste e, em 2009, o discreto aumento dos casos ocorreu nas CRS Leste e CRS Norte (Gráfico 1 e Tabela I). Gráfico I. Coeficiente de incidência de sífilis congênita segundo Coordenadorias de Saúde de residência. Município de São Paulo, 2002-2009*.
4,5 4,0 3,5 3,0 Centro-Oeste
2,5 CI
Leste
2,0
Norte
1,5
Sudeste
1,0
Sul São Paulo
0,5 0,0
2002
2003
2004
2005
2006
ano de nascimento Fonte: SINAN NET CCD/ COVISA/ SMS-SP. *Dados atualizados em 11/06/2010, sujeitos à revisão.
44
2007
2008
2009
45
45
4,3
2,0 1,7 1,4 1,7 2,3 2,1 1,6 2,7
2,7 2,9 3,3 3,4 1,1 1,8 4,4
1,8 3,2 0,9 1,5 2,1 1,3
1,3 2,0 0,8 1,7 1,0 0,8
2,0
102
394 28 23 42 76 80 51 94
447 78 122 69 43 34 101
293 105 27 48 65 48
270 93 41 85 12 39
32 1.687 2,0
2,8 1,3 1,8 0,7 1,7
1,8
2,5 0,5 0,7 1,8 1,2
1,4
0,7 2,2 3,3 1,6 0,5 6,7
2,4
1,6 1,1 1,3 2,4 1,1 1,5 2,1
1,6
7,9 1,7 1,4 3,8 0,7 2,4 1,9 1,7
1,9
3,8
3,4 1,4
2,2 0,3 1,5 3,3 1,4
1,7
2,7 1,9 6,8 2,2 3,2 8,7
4 465
39 16 37 7 17
2,5
3,8 1,4 3,4 2,4 1,7
116 2,5
18 2 11 23 11
65
15 15 32 21 13 44
140 3,8
6 5 20 5 21 14 12
83
22
26 9
2003 nº CI 57 2,9
6,9
3,2 1,4
2,4 1,1 2,6 1,5 1,8 1,6 1,1
1,2 1,9 1,2 1,1 1,0
1,3
3,2 0,4 1,0 3,4 1,0
1,8
2,8 1,9 4,6 0,9 3,1 5,9
1 382 2,1
12 22 13 3 10
60
27 3 7 24 8
69
16 15 22 9 13 30
105 2,8
9 4 14 10 16 12 8
73 1,7
40
25 9
2004 nº CI 74 3,7
SÍFILIS CONGÊNITA SÍFILIS CONGÊNITA
8 368
29 15 19 2 18
83
20 3 5 13 1o
51
4 18 16 15 2 35
90
6 4 7 17 10 11 15
70
11 10
3,2 1,5
109 40
1,4 1,6
2002 nº CI 66 3,3
1998-2001 nº CI 251 3,0
Fonte: SINAN-NET CCD/ COVISA/ SMS-SP. *Casos notificados até 11/06/2010, sujeitos à revisão.
Total
CRS/ SUVIS Residência CRS Centro-Oeste Butantã Lapa/Pinheiros Sé Leste Cid. Tiradentes Ermelino Matarazzo Guaianases Itaim Paulista Itaquera São Mateus São Miguel Norte C. Verde/Cachoeirinha Freguesia do Ó Jaçanã/Tremembé Perus/Pirituba Santana/Tucuruvi Vila Maria Sudeste Mooca/Aricanduva Ipiranga V. Mariana/Jabaquara Penha V. Prudente Sul Campo Limpo Capela do Socorro M Boi Mirim Parelheiros Santo Amaro/Cid. Ademar Endereço Ignorado 3,0
3,3 1,3
0,6 1,4 0,8 2,4 0,8 1,3 2,1
1,8 1,8 2,1 2,2 1,3
1,8
2,7 0,8 0,6 2,6 0,6
1,5
2,4 1,4 5,6 0,9 3,1 7,5
6,1
2,6 0,3
0,9 1,1 1,0 1,4 1,2 1,6 1,4
7 3 3 4 13 6 8
44
35
13 5
1,7 0,9 0,6 0,7 1,7 0,9 1,3
1,1
6,3
1,8 0,8 8,1
1,7 0,9
1 7 3 8 5 6 12
0,3 2,2 0,6 1,4 0,6 0,8 2,0
42 1,1
44
13 6
2008 nº CI 63 3,3
7 2 6 10 10 15 6
56
44
9 6
1,9 0,7 1,3 1,7 1,3 2,4 1,0
1,5
7,9
1,3 0,9
2009 nº CI 59 3,1
2,4 1,0 5,2 1,5 2,1 5,0 3,1 1,1 0,4 1,8 0,4 21 9 29 2 3
2,1 0,8 2,9 0,7 0,3
64 1,5
25 7 3 12 3
50 1,4
13 7 24 14 8 24
33 11 24 6 15
89
22 6 6 13 3
50
28 21 17 8 8 32
4,8 2,3 5,9 1,4 3,2 8,0 22 7 8 22 4
2,8 1,1 1,4 3,3 0,5
63 1,8
25 19 27 13 13 37
3,3 1,0 2,4 2,3 1,6
36 20 21 4 19
3,6 1,8 2,2 1,5 2,0
2,1 100 2,3
2,7 0,9 0,9 2,0 0,4
1,4
5,3 2,9 3,8 0,9 2,0 7,0
37 15 21 3 19
95
13 16 9 14 7
59
32 14 29 19 7 35
3,8 1,4 2,1 1,2 2,0
2,3
1,6 2,7 1,3 2,2 1,0
1,7
5,5 2,2 6,5 2,2 2,0 7,6
90 2,5 114 3,3 134 3,7 136 4,0
3 4 5 9 10 12 9
52 1,3
33
19 2
2007 nº CI 53 2,8
2 2 0 1 5 351 2,0 312 1,8 350 2,0 403 2,3 410 2,5
18 20 22 6 13
79
22 5 4 18 5
54
13 11 26 9 12 37
108 3,0
2 5 4 16 7 10 14
58 1,4
17
25 8
2005 2006 nº CI nº CI 50 2,6 54 2,8
55 4728
318 169 271 45 153
956
274 76 101 204 99
754
224 242 262 151 110 375
1364
69 57 104 155 172 137 178
872
382
250 95
Total nº 727
Tabela I. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência por 1000 nascidos vivos) segundo CRS e respectivas SUVIS de residência, por ano de nascimento. Município de São Paulo, 1998-2003 e 2004-2009*.
SÍFILIS CONGÊNITA SÍFILIS CONGÊNITA
Ao analisar as características das mães, no período de 2002 a 2009 (Tabela II), observou-se que 10% das mães são adolescentes (entre 10 e 19 anos de idade). Com relação à escolaridade, 39,4% tem de um a sete anos de estudos concluídos, 19,6% tem oito ou mais e 2,9% não tem escolaridade. Entretanto, a análise desta variável foi comprometida devido à informação ignorada ou não preenchida em 38,1% dos casos. Chama atenção que, a partir de 2007 vem aumentando o percentual de casos cujas mães não realizaram o pré-natal, passando de 15,7% em 2007 para 26,6% em 2009 e os casos cujas mães não tiveram diagnóstico de sífilis durante a gestação foi 49,7% em 2006 chegando a 53,2% em 2009. A investigação dos fatores causais do acesso tardio ou ausente ao pré-natal necessita de maior atenção da Vigilância para implementar as ações necessárias para reverter esta tendência. Entre as mães que tiveram o diagnóstico de sífilis durante o pré-natal (n=1410), o esquema de tratamento realizado foi inadequado em 75,5% (n= 1064), não foi realizado em 9,1% (n=128) e em 12,6% não se obteve a informação (Tabela III). Em 2,8% (n= 39) dos casos, as mães receberam tratamento adequado. Este percentual não reflete tratamento adequado no pré-natal; significa que, somente 2,8% dos casos foram definidos como “casos de SC” por outros critérios que não o tratamento materno. Com relação aos parceiros, somente 19,1% dos casos foram tratados, 58,2% não foram tratados e a informação foi ignorada em 22,7%. Em relação às características da criança, a tabela IV mostra que 95,7% dos casos de SC são notificados com menos de sete dias de vida, demonstrando que o diagnóstico tem sido precoce, durante a permanência na maternidade. Entre aqueles que realizaram os exames recomendados pelo protocolo, o VDRL foi reagente em 48,4%, observou-se alteração dos ossos longos referida em 1,8 %, alteração liquórica em 37% e reatividade do VDRL no líquor em 2,3 % dos casos. Observou-se que 9,3% das crianças não receberam qualquer tratamento (Tabela V). Apesar dos esforços na prevenção da sífilis congênita ainda não se observa uma diminuição dos casos. A vigilância do município vem propondo em 2010 um aprimoramento da investigação dos casos notificados, por meio da coleta e registro de dados complementares ao SINAN em uma ficha de instrumento padronizada, visando à análise dos eventos ocorridos durante o pré-natal, de modo a conhecer os determinantes da SC e propor medidas de controle para redução da incidência desse agravo.
46
47
50,5 36,4 3,3 1,6 6,5 27,7 17,9 10,6 1,4 35,9 78,8 16,3 4,9 43,2 41,6 15,2
186 134 12 6 24 102 66 39 5 132 290 60 18 159 153 56
218 191 56
390 58 17
19 75 121 67 6 177
170 20 14
222
2 37
nº
368 100,0 465
8,2
2002 %
0 30
nº
100,0
46,9 41,1 12,0
83,9 12,5 3,7
4,1 16,1 26,0 14,4 1,3 38,1
36,6 4,3 3,0
47,7
0,4 8,0
2003 %
50,5 36,6 12,8
82,2 14,1 3,7
3,9 15,2 28,8 13,9 3,1 35,1
36,6 4,7 0,8
48,4
174 134 43
278 52 21
8 56 97 54 6 130
132 17 5
49,6 38,2 12,3
79,2 14,8 6,0
2,3 16,0 27,6 15,4 1,7 37,0
37,6 4,8 1,4
48,4
7,7
2005 %
170
0 27
nº
135 130 47
237 55 20
10 31 84 58 9 120
97 20 8
43,3 41,7 15,1
76,0 17,6 6,4
3,2 9,9 26,9 18,6 2,9 38,5
31,1 6,4 2,6
51,3
1,0 7,7
2006 %
160
3 24
nº
160 174 16
276 55 19
5 31 106 92 3 112
104 26 2
182
0 35
45,7 49,7 4,6
78,9 15,7 5,4
1,4 8,9 30,3 26,3 0,9 32,0
29,7 7,4 0,6
52,0
10,0
2007 nº %
191 200 12
299 81 23
5 46 88 89 5 170
123 15 12
SÍFILIS CONGÊNITA SÍFILIS CONGÊNITA
180 218 12
276 109 25
3 27 99 92 5 181
115 15 11
43,9 53,2 2,9
67,3 26,6 6,1
0,7 6,6 24,1 22,4 1,2 44,1
28,0 3,7 2,7
51,2
0,5 13,2
2009 %
210
2 54
nº
1410 1340 291
2360 524 157
89 426 771 544 51 1156
1015 143 61
1513
46,4 44,1 9,6
77,6 17,2 5,2
2,9 14,0 25,4 17,9 1,7 38,0
33,4 4,7 2,0
49,8
0,3 9,8
Total %
8 297
nº
100,0 410 100,0 3041 100,0
47,4 49,6 3,0
74,2 20,1 5,7
1,2 11,4 21,8 22,1 1,2 42,2
30,5 3,7 3,0
49,1
13,6
2008 %
198
0 55
nº
382 100,0 351 100,0 312 100,0 350 100,0 403
193 140 49
314 54 14
15 58 110 53 12 134
140 18 3
0,3 9,2
2004 %
185
1 35
nº
Fonte: SINAN NET/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (dados atualizados até 20/ 05/ 2010). *Dados sujeitos a revisão.
Faixa Etária 10-14 15-19 20-29 30-39 > 40 Ignorado Escolaridade Nenhuma De 1 a 3 De 4 a 7 De 8 a 11 12 e mais Ign/Branco Realizou pré-natal Sim Não Ign/Branco Diagnóstico de sífilis Sim Não Ign/Branco Total
Características
Tabela II. Casos notificados de sífilis congênita segundo características da mãe, por ano de nascimento. Município de São Paulo, 2002-2009*.
48 22,0 50,9 27,0
35 81 43
10
44 109 65
21 20,2 50,0 29,8
9,6
4,6
4,6 81,2
2003 %
10 177
nº
18
40 99 54
46 20,7 51,3 28,0
23,8
9,3
2,1 64,8
2004 %
4 125
nº
31 106 37
17
12
7 138
nº
100,0
17,8 60,9 21,3
9,8
6,9
4,0 79,3
2005 %
159 100,0 218 100,0 193 100,0 174
7,5 10,7
12 17
3,1 78,6
2002 %
5 125
nº
Fonte: SINAN NET/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (dados atualizados até 20/ 05/ 2010). *Dados sujeitos a revisão.
Mães Adequado Inadequado Não realizado Ignorado Parceiros Sim Não Ignorado/Branco Total
Tratamento
24,4 52,6 23,0
14,1
10,4
3,7 70,4
2006 %
22 108 30
16
26
1 117
13,8 67,5 18,8
10,0
16,3
0,6 73,1
2007 nº %
36 115 40
21
16
100,0
18,8 60,2 20,9
11,0
8,4
1,0 79,6
2008 %
2 152
nº
135 100,0 160 100,0 191
33 71 31
19
14
5 95
nº
100,1
15,6 73,3 11,1
11,1
11,1
2,8 75
2009 %
180
28 132 20
20
20
5 135
nº
9,1
19,1 58,2 22,7
12,6
1410 100,0
269 821 320
177
128
% 2,8 75,5
Total
39 1064
nº
Tabela III. Casos de sífilis congênita segundo características de tratamento das mães com diagnóstico de sífilis no pré-natal e de seus respectivos parceiros, por ano de nascimento. Município de São Paulo, 2002-2009 *.
SÍFILIS CONGÊNITA SÍFILIS CONGÊNITA
49
16,3
60
78
103
272
9 312 0 144
131 26 221 87
0 0
16,8
22,2
58,5
2,6
6,0 66,0 28,0
1,9 67,1 31,0
28,2 5,6 47,5 18,7
-
1,9
95,5 2,6
51
77
245
9
13 277 0 92
6 283 0 93
196 101 58 27
0 0
11
13,4
20,2
64,1
2,4
3,4 72,5 24,1
1,6 74,1 24,3
51,3 26,4 15,2 7,1
-
2,9
96,1 1,0
2004 %
367 4
nº
6
59
50
232
10
16 247 0 88
4 270 0 77
205 108 21 17
0 0
16,8
14,2
66,1
2,8
4,6 70,4 25,1
1,1 76,9 21,9
58,4 30,8 6,0 4,8
0,0 -
1,7
96,0 2,3
2005 %
337 8
nº
6
53
59
191
9
13 205 1 93
6 220 1 85
175 98 15 24
0 0
17,0
18,9
61,2
2,9
4,2 65,7 0,3 29,8
1,9 70,5 0,3 27,2
56,1 31,4 4,8 7,7
-
1,9
95,8 2,2
2006 %
299 7
nº
30
94
220
6
4 243 63 40
5 262 47 36
187 115 32 16
0 0
8
8,6
26,9
62,9
1,7
1,1 69,4 18,0 11,4
1,4 74,9 13,4 10,3
53,4 32,9 9,1 4,6
-
2,3
95,4 2,3
2007 %
334 8
nº
27
110
262
8
10 264 90 43
7 283 56 61
238 118 40 11
0 0
1
397 9
6,6
27,0
64,4
2,0
2,5 64,9 22,1 10,6
1,7 69,5 13,8 15,0
58,5 29,0 9,8 2,7
-
0,2
97,5 2,2
2008 nº %
25
126
252
7
12 275 94 29
6 295 72 37
232 120 47 11
0 0
5
6,1
30,7
61,5
1,7
2,9 67,1 22,9 7,1
1,5 72,0 17,6 9,0
56,6 29,3 11,5 2,7
-
1,2
97,8 1,0
2009 %
401 4
nº
368 100,0 465 100,0 382 100,0 351 100,0 312 100,0 350 100,0 407 100,0 410 100,0
13,0
48
12
2,2
4,9 64,7 30,4
18 238 0 112
68,5
3,3 73,1 23,6
12 269 0 87
8
29,9 9,8 40,2 20,1
110 36 148 74
252
28 307 0 130
0,8 -
3 0
9
1,9
7
444 12
2003 nº %
91 6,3
2002 %
335 23
nº
SÍFILIS CONGÊNITA SÍFILIS CONGÊNITA
Fonte: SINAN NET/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (dados até 20/ 05/ 2010). * Dados sujeitos a revisão
Característica da Criança Faixa Etária 0 a 6 dias 7-27 dias 28 dias a 11 meses 1 a 2 anos 3 anos e mais VDRL sangue periférico Reativo Não reativo Não realizado Ign/Branco Alt Ossos Longos Sim Não Não realizado Ign/Branco Alteração Liquórica Sim Não Não realizado Ign/Branco VDRL Liquor REATIVO Não Reativo NÃO REALIZADO Ign/Branco Total 3045
383
667
1926
69
114 2056 248 627
55 2194 176 620
1474 722 582 267
3 0
53
%
100,0
12,6
21,9
63,3
2,3
3,7 67,5 8,1 20,6
1,8 72,1 5,8 20,4
48,4 23,7 19,1 8,8
0,1 -
1,7
95,7 2,5
Total
2914 75
nº
Tabela IV. Casos notificados de sífilis congênita segundo características da criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2001-2009*.
50 3,8 10,3 4,6 2,7
14 38 17 10
368 100,0
72,6 6,0
2002 %
267 22
nº
465
43 40 5
36
322 19
nº
100,0
9,2 8,6 1,1
7,7
69,2 4,1
2003 %
Fonte: SINAN NET/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (dados até 20/ 05/ 2010) *Dados preliminares, sujeitos a revisão. 1 - 100.000 UI/Kg/dia EV, 10 -14dias. 2 - 50.000 UI/Kg/dia IM, 10 dias. 3 - 50.000 UI/Kg/dia IM, dose única. 4 - dados não disponíveis no SINAN W a partir de 2004.
Tratamento Penicilina G Cristalina (1) Penicilina Procaina (2) Penicilina G Benzatina Outro esquema Tratamento não realizado Ign/Branco Total
Tratamento da Criança
(4)
(4) (4) (4)
(4)
(4) (4) -
-
-
2004 nº %
(4)
(4) (4) (4)
(4)
(4) (4)
-
-
-
-
2005 nº %
(4)
(4) (4) (4)
(4)
(4) (4)
-
-
-
-
2006 nº %
350
9 40 39
54
100,0
2,6 11,4 11,1
15,4
52,9 6,6
2007 %
185 23
nº
47
407
32 42 11
%
100,0
7,9 10,3 2,7
11,5
63,6 3,9
2008
259 16
nº
100,0
4,6 11,5 1,7
14,4
65,6 2,2
2009 %
410
19 47 7
59
269 9
nº
Tabela V. Casos notificados de sífilis congênita segundo tratamento realizado e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2001-2009*.
SÍFILIS CONGÊNITA SÍFILIS CONGÊNITA
210
2000
141 186 72
%
100,0
7,1 9,3 3,6
10,5
65,1 4,5
Total
1302 89
nº
CAPÍTULO VI - Hepatites B e C Introdução As Hepatites Virais B e C são importante problema de Saúde Pública, contribuindo com aproximadamente 12 % das notificações do Sistema de Notificações de Agravos (SINAN) do município de São Paulo. Gráfico 1 - Porcentagem de notificações de casos de hepatites virais, segundo Coordenadoria de Saúde de notificação, 2007 a 2009. 40 35 30 25 % 20 15 10 5 0
NORTE
SUL
LESTE
SUDESTE
COORDENADORIA
CENTRO OESTE
A distribuição percentual das notificações de hepatites B e C por Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) apresenta diferenças importantes, estando relacionada ao número de serviços para atendimento aos portadores de hepatite, sem coinfecção com HIV, existentes na região. A CRS com maior número de notificações é a Centro-Oeste onde estão situados serviços de grande porte como o Hospital das Clínicas e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas (gráfico 1).
Dentre os serviços destacam-se os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) com 18% das notificações, configurando-se como importante porta de entrada para o atendimento de hepatites. Estes serviços realizam orientações e testes de triagem para o diagnóstico das Hepatites B e C, encaminhando os portadores para o acompanhamento nos serviços especializados (gráfico 2).
B e C B e C HEPATITES HEPATITES
Fonte: COVISA/CCD/ SINAN - Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
Gráfico 2 - Porcentagem de notificações de hepatites virais, segundo tipo do serviço notificador, 2007 a 2009.
HOSPITAL 10 31%
AE 14 1%
Outros 66 3% 1 CRT/AIDS 6% 10 SAE 11%
3 CR 12%
UBS 309 18% Fonte: COVISA/CCD/ SINAN - Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
10 CTA 18%
51
Vigilância Epidemiológica das Hepatites B e C Observa-se, ao longo do tempo, não só o aumento do número de notificações como também a melhora da qualidade da informação. No período de 2000 a 2009 foram notificados 47.437 casos com marcadores para o vírus B e C no município de São Paulo. Destas notificações 24.265 (51,2 %) com marcadores para o Vírus da Hepatite B (VHB) e 23.172 (48,8 %) para o Vírus da Hepatite C (VHC) (tabela I). Tabela I – Número de casos notificados com marcadores para os Vírus da Hepatite B e C, segundo ano de notificação, Município de São Paulo, 2000 a 2009. Marcadores/ Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total
B
C
Total
N°
%
N°
%
N°
%
4
0.0
1
0.0
5
0.01
27
0.1
18
0.1
45
0.09
246
1.0
307
1.3
553
1.17
1011
4.2
1385
6.0
2396
5.05
1688
7.0
2182
9.4
3870
8.16
2203
9.1
2535
10.9
4738
9.9
3257
13.4
3348
14.4
6605
13.92
4245
17.5
3884
16.8
8129
17.14
5217
21.5
4476
19.3
9693
20.43
6367
26.2
5036
21.7
11403
24.04
24265
100
23172
100
47437
100
B e C B e C HEPATITES HEPATITES
Fonte: COVISA/CCD/SINAN – Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
Em relação à hepatite B observa-se o aumento do número de notificações ao longo dos anos, tanto dos casos de atividade da doença (AgHBs ) quanto dos de cicatriz sorológica (infecção passada com cura). A distribuição percentual das notificações com atividade de doença e cicatriz está de acordo com a história natural da doença, isto é, 90% dos casos curam espontaneamente, quando a infecção ocorre a partir dos cinco anos de idade (gráfico 3).
Número
Gráfico 3 - Número de casos com marcadores para o VHB segundo ano de notificação, Município de São Paulo, 2000 a 2009.
52
5000 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Ano AgHBs Fonte: COVISA/CCD/SINAN – Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
Cicatriz sorológica
2007
2008
2009
Avaliando-se os casos com marcadores para hepatite B por faixa etária, observa-se aumento importante das notificações, tanto de cicatriz como de doença, a partir dos 20 anos de idade (gráfico 4). Estes dados enfatizam a necessidade de vacinação contra a hepatite B das crianças e adolescentes como medida de prevenção da infecção pelo VHB.
Gráfico 4 - Número de casos com marcadores para o VHB segundo faixa etária (em anos), Município de São Paulo, 2007 a 2009. 3500
N° de casos
3000
Cicatriz
2500 2000 1500
AgHBs reagente
1000 500 0 <1
40 80 30 50 60 70 20 1 a 9 10 a 19 a 29 a 39 a 49 a 59 a 69 a 79 a 89
90 a 99
Faixa etária (em anos) Fonte: COVISA/CCD/SINAN – Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
Gráfico 5 - Porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo sexo, Município de São Paulo, 2007 a2009. 70,00
61,41
60,00 50,00 %
40,00
38,55
59,72
59,04
40,96
40,26 F M
30,00 20,00 10,00 0,00
AgHBs
Cicatriz
Fonte: COVISA/CCD/SINAN – Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
Gráfico 6- Número de casos com marcadores para o VHC, segundo ano de notificação, Município de São Paulo, 2000 a 2009. 3000
VHC - RNA
2500 2000 ANTI-VHC
1500 1000
Cicatriz de C
500 0
a
2001 2002
2003 2004 2005
Fonte: COVISA/CCD/SINAN – Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
2006 2007 2008 2009
TOTAL
B e C B e C HEPATITES HEPATITES
A distribuição dos casos por sexo mostra maior porcentagem de infecção (59,74%) no sexo masculino (gráfico 5).
O número de notificações de Hepatite C também aumenta ao longo dos anos, porém existe decréscimo dos casos confirmados (VHC RNA) em 2009, o mesmo não ocorrendo com os casos sem confirmação (anti VHC) e cicatriz (VHC RNA negativo). Esta situação decorreu da falta temporária de kits para realização de exame de biologia molecular (PCR qualitativo) no segundo semestre de 2008 e início de 2009 e também à dificuldade de atualização dos dados no SINAN NET (gráfico 6).
53
Quanto à distribuição por faixa etária observa-se incremento dos casos a partir dos 20 anos, sendo o pico de notificações aos 40 anos. Gráfico 7 - Número de casos com marcadores para o VHC segundo faixa etária (em anos) , Município de São Paulo, 2007 a 2009. 2500
N° de casos
2000
VHC - RNA(+)
1500 ANTI-VHC
1000
VHC- RNA(-)
500 0 <1
1a9
10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89 90 a 99
Faixa etária (em anos ) Fonte: COVISA/CCD/SINAN – Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
B e C B e C HEPATITES HEPATITES
Em relação à distribuição dos casos por sexo não se observa diferença importante na infecção, exceto na porcentagem de cicatriz (infecção passada e curada) que é maior no sexo feminino (gráfico 8). Gráfico 8 - Porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2009. 60,00 50,00 %
54,0 46,0
54,4 46,6
56,1 43,9
40,00
F
30,00
M
20,00 10,00 0,00
VHCRNA+
anti - VHC
VHCRNA-
Fonte: COVISA/CCD/SINAN – Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
Quanto à provável fonte de infecção na hepatite B a principal fonte referida é a sexual (30,8%), seguida do uso de drogas (5,4%). Na hepatite C a principal fonte referida é o uso de drogas (15,0%), seguida da sexual (12,5%) e transfusão de sangue (9,4%). É importante salientar que a porcentagem das notificações com fonte ignorada é 52,8% e 52,1% para a infecção pelo VHB e VHC respectivamente (Tabelas II e III).
54
Tabela III – Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo a provável fonte /mecanismo de transmissão, Município de São Paulo, 2007 a 2009
Tabela II – Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo a provável fonte /mecanismo de transmissão, Município de São Paulo, 2007 a 2009 Fonte Sexual Transfusional Uso de drogas Vertical Ac. Trabalho Hemodiálise Domiciliar Trat.cirúrgico Trat.dentário Outros Ignorado Total
Nº
%
4505
30.8
Sexual
327
2.2
Transfusional
930
9.4
794
5.4
Uso de drogas
1480
15.0
92
0.6
Vertical
66
0.7
37
0.3
Ac. Trabalho
31
0.3
74
0.5
Hemodiálise
48
0.5
311
2.1
Domiciliar
50
0.5
218
1.5
Trat.cirúrgico
405
4.1
286
2.0
Trat.dentário
228
2.3
269
1.8
Outros
263
2.7
7731
52.8
Ignorado
5138
52.1
14644
100.0
Total
9870
100.0
Fonte
Fonte: COVISA/CCD/SINAN – Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
Nº
%
1231
12.5
Fonte: COVISA/CCD/SINAN – Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
B e C B e C HEPATITES HEPATITES
A informação de coinfecção com HIV existe a partir de 2007, com a introdução do SINAN NET, podendo-se observar que dois terços dos casos apresentam hepatite sem coinfecção. (gráfico 9) Gráfico 9 - Porcentagem de casos notificados de hepatite B e C segundo informação de co-infecção com o HIV, Município de São Paulo, 2007 a 2009.
2008 Sim 16%
Ignorado 15%
2007 Ignorado 28%
2009 Sim 15%
Não 69%
Ignorado 14%
Sim 10%
Não 57% Não 78% Fonte: COVISA/CCD/SINAN – Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009
55
a-)Hepatites B e C em Adolescentes a.1-)Hepatite B No período de 2007 a 2009 foram notificados 620 casos com marcadores para hepatite B e C, em pessoas da faixa etária de 13 a 19 anos. Destes 334 (53,9%) apresentaram marcadores para o vírus B, sendo 148 (44,3%) com AgHBs reagente e 186 (55,7%) com cicatriz sorológica. O número de notificações aumenta com a idade tanto para os casos de atividade da doença (AgHBs reagente) como para os de cicatriz sorológica indicando o aumento da exposição ao VHB (Gráfico 1). Observa-se aumento de cicatriz em relação aos casos de doença em atividade a partir dos 16 anos de idade. Gráfico 1 – Distribuição dos casos com marcadores para Hepatite B segundo idade, Município de São Paulo, 2007 a 2009. 60
Número
50 40 30 20 10 0
13
14
15
16 Idade Cicatriz
B e C B e C HEPATITES HEPATITES
AgHBs
17
18
19
Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais. Dados provisórios até 12/2009.
Tabela I - Distribuição dos casos com marcadores para o VHB, segundo sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2009. AgHBs
Cicatriz
Total
Marcador/ Sexo
Nº
%
Nº
%
Feminino
86
58.1
116
62.4
202
60.5
Masculino
62
41.9
70
37.6
132
39.5
Total
148
100
186
100
334
100
Nº
%
No recorte da faixa etária de 13 a 19 anos o sexo feminino foi o mais atingido (tabela I).
Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais. Dados provisórios até 12/2009.
Tabela II - Distribuição dos casos com marcadores para o vírus B segundo o serviço notificador, Município de São Paulo, 2007 a 2009. Serviço
Nº
%
AE
3
0,9
SAE
31
9,3
CR
36
10,8
CTA
70
21,0
Hospital
74
22,2
UBS
120
35,9
Total
334
100
Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais. Dados provisórios até 12/2009.
56
Ao avaliarmos os serviços notificadores, encontramos a UBS como a principal fonte, podendo sugerir que estas notificações ocorram principalmente no pré-natal, onde a investigação de hepatite B é realizada de rotina (tabela II).
Quanto à vacinação contra hepatite B, não existia esta informação na ficha de investigação em 117 (35%) das notificações. Dos demais 217 (65%) casos, a informação sobre o esquema vacinal era a seguinte: 20,7% completo; 13,4% incompleto e 65,9% não realizado (Tabela III). É importante lembrar que a eficácia da vacina contra hepatite B é de 95% nos indivíduos imunocompetentes, chegando próximo de 100% nas crianças e para prevenção da transmissão vertical a primeira dose deve ser aplicada nas primeiras 24 horas de vida. Porém, como não temos a informação da idade em que foi iniciada a imunização, não temos como avaliar se os casos assinalados com a vacinação completa receberam a vacina no momento adequado para evitar a infecção pelo VHB. Outro item importante, é que a vacinação dos adolescentes consta do Calendário Nacional de Imunizações desde 2002 e, mesmo assim, ainda temos 65,9% dos casos dos adolescentes com a informação de não vacinados. Tabela III – Vacinação* contra hepatite B em adolescentes, por idade, Município de São Paulo, 2007 a 2009. Vacinação Idade 13 14 15 16 17 18 19 Total
Completa nº %
Incompleta nº %
Não Vacinado nº %
nº
Total %
04
57.1
01
14.3
02
28.6
07
100
02 03
10.5 13.6
07 02
36.8 9.1
10 17
52.6 77.3
19 22
100 100
05
29.4
0
0.0
12
70.6
17
100
13 06 12
27.1 14.0 19.7
02 04 13
4.2 9.3 21.3
33 33 36
68.8 76.7 59.0
48 43 61
100 100 100
45
20.7
29
13.4
143
65.9
217
100
B e C B e C HEPATITES HEPATITES
Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009. *Excluídos 117 casos com informação ignorada
Ao avaliarmos a provável fonte de infecção observamos que 15,3% são referidas como transmissão vertical e 13,9% como domiciliar reforçando a importância do início da vacinação nas primeiras 24 horas de vida (tabela IV). Tabela IV – Distribuição da provável fonte de infecção em adolescentes, segundo presença de marcadores para hepatite B, Município de São Paulo, 2007 a 2009. Marcadores Fonte Sexual Transfusional Uso de drogas Vertical Domiciliar Outros Total
AgHBs
Cicatriz
Total
Nº
%
Nº
%
Nº
%
29
35.8
42
66.7
71
66.7
01
1.2
03
4.8
04
2.8
02
2.5
03
4.8
05
3.5
22
27.2
0
0.0
22
15.3
15
18.5
05
7.9
20
13.9
12
14.8
10
15.9
22
15.3
81
100.0
63
100.0
144
100.0
Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
57
Outro mecanismo de transmissão importante é sexual (49,3%) e ao avaliar a distribuição por idade observa-se o aumento da importância desta forma com o aumento da idade, portanto reforçando a importância da vacinação do adolescente (tabela V). Tabela V. Distribuição da provável fonte de infecção de hepatite B em adolescentes, segundo idade. Município de São Paulo, 2007-2009*. Idade 13 14 15 16 17 18 19 Total
Sexual
Fonte Provável de Infecção Transfusional Uso de droga Vertical Domiciliar Outras Ignorado
Total
0 2 2 6 14 18
0 1 0 0 0 2
0 0 1 0 3 1
3 5 3 3 7 0
1 5 0 1 2 2
0 5 3 0 7 4
8 11 19 15 27 33
12 29 28 25 60 60
29
1
0
1
9
3
46
89
71
4
5
22
20
22
159
303
Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009.
No período de 2007 a 2009 foram notificados 620 casos com marcadores de hepatite B e C, em pessoas da faixa etária de 13 a 19 anos. Destes casos, 228 apresentaram marcadores para o vírus C, sendo 48 (21,1%) com VHC-RNA reagente (atividade da doença), 102 (44,7%) somente com anti-VHC reagente (ainda não definido se tem ou não atividade) e 78 (34,2%) com anti-VHC reagente e VHC-RNA não reagente (cicatriz sorológica).(gráfico 1). Observa-se a falta da informação do resultado do VHC RNA em todas as idades, porém na maioria dos casos em que consta esta informação (VHC RNA reagente ou não reagente), há predomínio dos casos com cicatriz. Gráfico 1 - Distribuição dos casos com marcadores para hepatite C em adolescentes, por idade, Município de São Paulo, 2007 a 2009. 30 25 20 15 10 Número
B e C B e C HEPATITES HEPATITES
a.2-) Hepatite C
5 0
13
14
15
16 Idade
VHC - RNA reagente anti-VHC reagente/VHC-RNA ignorado anti-VHC reagente/VHC-RNA não reagente Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais. Dados provisórios até 12/2009.
58
17
18
19
Tabela I - Distribuição dos casos de hepatite C em adolescentes por sexo e tipo de serviço de atendimento, Município de São Paulo, 2007 a 2009. Sexo Serviço AE CR CTA HOSPITAL SAE UBS Total
Feminino nº %
Masculino nº %
Total nº %
3 63 7
1.9 39.6 4.4
3 23 14
4.3 33.3 20.3
6 86 21
2.6 37.7 9.2
31
19.5
9
13.0
40
17.5
13 42
8.2 26.4
11 9
15.9 13.0
24 51
10.5 22.4
159
100
69
100
228 100
Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais. Dados provisórios até 12/2009.
Avaliando-se a distribuição das notificações por serviço de saúde verificamos predomínio do sexo feminino em hospitais e UBS, e predomínio do sexo masculino em SAE e CTA. Isto pode sugerir que na UBS exista a realização de sorologia de triagem para hepatite C na rotina do pré-natal, o que não é recomendado pelo Programa de Hepatites Virais devido à ausência de medidas profiláticas para evitar a infecção do recém nascido pelo VHC (tabela I).
Tabela II-Distribuição dos casos de Hepatite C em adolescentes segundo provável fonte de infecção, Município de São Paulo, 2007 a 2009. *FONTE Sexual Transfusional Uso de drogas Vertical Acidente do trabalho Domiciliar Outros Total
Feminino
Masculino
Total
9
6
15
4 4 7 1
2 6 3 0
6 10 10 1
2 6
1 1
3 7
33
19
52
Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais. Dados provisórios até 12/2009 *Excluídos 176 casos com fonte ignorada
B e C B e C HEPATITES HEPATITES
Quanto à provável fonte /mecanismo de transmissão chama a atenção o predomínio da forma sexual, sendo seguida da vertical e uso de drogas. Observa-se que para o sexo feminino a forma sexual predomina sendo o uso de drogas e a forma sexual as mais importantes para o masculino (tabela II), mas em 77,2% dos casos este dado é ignorado. Esta informação é muito importante para a implementação de medidas de controle da doença, principalmente neste grupo, devendo-se investigar os casos com mais profundidade.
59
CAPÍTULO VII - Doenças Sexualmente Transmissíveis As doenças sexualmente transmissíveis (DST) têm suas notificações recomendadas através de abordagem sindrômica, porém não são compulsórias, até o momento. Isto pode causar um viés nas análises dos dados obtidos a partir dos bancos de informações do SINAN. Observa-se na Tabela I que a DST mais notificada é o condiloma acuminado (38%), que, via de regra, é referenciado para as unidades especializadas. A seguir, vem o corrimento cervical (34,2% no sexo feminino) e a sífilis em adulto (25,3%), que é investigada em todos os usuários na porta de entrada (acolhimento e aconselhamento) das unidades especializadas e nas gestantes das UBS (unidades básicas de saúde). Tabela I. Casos de DST notificados (N° e %) segundo sexo e diagnóstico. Município de São Paulo, 2007 a 2009*. Masculino
Diagnóstico Condiloma Acuminado Herpes Genital Sífilis em Adulto Úlcera Genital Corrimento Uretral Corrimento Cervical Total
Feminino
Total
n°
%
n°
%
n°
%
3595
40,9
2317
34,1
5912
38,0
740 2311 667 1475
8,4 26,3 7,6 16,8
364 1626 99 60
5,4 24,0 1,5 0,9
1104 3937 766 1535
7,1 25,3 4,9 9,9
2320
34,2
2320
14,9
-
-
8788
8788
6786 100,0 15574 100,0
Fonte: SINAN - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
Tabela II. Casos de DST notificados (N° e %) segundo faixa etária e sexo. Município de São Paulo, 2007 a 2009*.
DST DST
Faixa Etária
Masculino
Feminino
Total
n°
%
n°
%
n°
10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 e mais
836
42,1
1151
57,9
1987
3866 2080 1166 858
60,5 59,2 54,6 54,8
2522 1435 929 716
39,5 40,8 45,4 45,2
6388 3515 2045 1584
Ignorada Total
32
58,2
23
41,8
8798
56,5
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão.
6776 43,5
55
15574
Apesar das mulheres terem o hábito de comparecer com maior frequência às unidades de saúde, os homens têm uma maior porcentagem (56%) de casos de DST diagnosticada (Tabela II), principalmente na faixa etária entre 20 e 39 anos (67,6%), que coincide com a faixa onde ocorre o maior número de notificações de aids.
Na Tabela III observa-se que, em algumas regiões, tais como Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista/Curuçá, Itaquera/Cidade Líder, Freguesia do Ó/Brasilândia, Santana/Tucuruvi, Capela do Socorro/Grajaú e Jabaquara/Vila Mariana, as notificações de DST são realizadas predominantemente pelas unidades especializadas, enquanto em outras regiões ocorre a notificação principalmente em UBS (Lapa/Pinheiros, Guaianases, São Mateus, São Miguel, Perus/Pirituba, Parelheiros, M’Boi Mirim). Também surpreende a notificação de 93% das DST da Vila Maria/ Vila Guilherme em hospitais, levando à inferência de subnotificação importante por parte das UBS desta região, considerando-se que este agravo deveria ser atendido, sobretudo, em serviços ambulatoriais.
60
A irregularidade das informações advindas das diferentes regiões do município e dos diversos tipos de unidades de atendimento mostra a necessidade de um trabalho de padronização nas orientações quanto às notificações de DST no município de São Paulo. Tabela III. Casos de DST notificados (Nº e %) segundo Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS), Coordenadoria de Saúde (CRS) e tipo de unidade notificante. Município de São Paulo, 2007 a 2009*. Coordenadoria de Saúde (CRS) Centro-Oeste
Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS) BUTANTA LAPA/PINHEIROS SÉ
Unidade Especializada nº % 644 16
80,4 1,6
Unidade Básica nº % 142 17,7 1001 98,4
825
16,7 99,5 -
79 1 9
82,3 0,3 100
1 1 0
1,0 0,3 -
96 399 9
98
93,3
ITAQUERA/CIDADE LÍDER SAO MATEUS SAO MIGUEL
7
6,7
0
-
105
958 0 0
96,5 -
35 15 16
3,5 100,0 100,0
0 0 0
-
993 15 16
1469
90,0
162
9,9
2
0,1
1633
0 555 0 0 148 0
96,0 91,9 -
39 68,4 23 4,0 634 79,6 15 100,0 10 6,2 35 7,0
18 0 162 0 3 468
31,6 20,4 1,9 93,0
57 578 796 15 161 503
703
33,3
756 35,8 651 30,9
2110
6 275 2951 354 484
0,7 24,7 91,3 55,7 69,4
547 124 254 282 202
32,0 64,1 0,9 1,6
813 1112 3233 636 697
4070
62,7
1409 21,7 1012 15,6
6491
770
68,2
359
31,8
0
-
352 6 0 521
58,0 1,5 97,4
254 41,8 377 92,9 20 100,0 12 2,2
1 23 0 2
0,2 5,7 0,4
Subtotal
1649
61,1
1022 37,9
26
1,0
TOTAL
8835
56,7
5032 32,3 1707 11,0
ARICANDUVA/MOOCA IPIRANGA /SACOMÃ VILA MARIANA/JABAQUARA PENHA VILA PRUDENTE/SAPOPEMBA CAMPO LIMPO/ CAPÃO REDONDO CID ADEMAR/SANTO AMARO M´BOI MIRIM PARELHEIROS CAPELA DO SOCORRO/ GRAJAÚ
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão.
1683 63,7
67,3 11,2 7,9 44,3 29,0
260 713 28 0 11
DST DST
16 397 0
801 1017
2643
Subtotal Sul
CIDADE TIRADENTES ERMELINO MATARAZZO GUAIANASES ITAIM PAULISTA/CURUÇÁ
65,5
nº
1,9 0,1
CASA VERDE/CACHOEIRINHA FREG. DO Ó/BRASILANDIA JAÇANÃ/TREMEMBE PERUS/PIRITUBA SANTANA/TUCURUVI VILA MARIA/VILA GUILHERME
540
%
15 0
0,6
Subtotal Sudeste
34,4
35,7
nº
1
Subtotal Norte
284
Total
16
Subtotal Leste
944
Hospital
1129 607 406 20 535
2697
15574
61
CAPÍTULO VIII - ACIDENTE OCUPACIONAL COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO Os acidentes ocupacionais com exposição a material biológico passaram a fazer parte do SINAN quando houve a implantação da sua versão NET em 2007 e, a partir de então, vem ocorrendo uma implementação no número de notificações deste agravo (Tabela I). A maioria (78,9%) destes acidentes acontece por via percutânea (Tabela II) como resultado de descarte inadequado de material perfurocortante (19,5%), acidente na administração de medicação injetável (15,8%) e punção venosa/arterial (12,7%) (Tabela III).
ACIDENTE DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO
Tabela I. Número de notificações e proporção de casos de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico segundo ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2005 a 2009*. Número de casos
nº
%
2005 2006 2007 2008 2009
1
-
75
1,1
2062
31,1
2540
38,4
1945
29,4
Total
6623 100,0
Tabela II. Número de casos e proporção de notificações de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico segundo o tipo de exposição. Município de São Paulo, 2007 a 2009*. Tipo de exposição Percutânea Mucosa Outros Total
nº
%
5228
78,9
812
12,3
583
8,8
6623 100,0
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
Tabela III. Número e proporção de casos de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico segundo circunstâncias do acidente. Município de São Paulo, 2005 a 2009*. Circunstâncias do acidente Admin. de medicação EV Admin. de medicação IM Admin. de medicação SC Admin. de medicação ID Punção venosa/arterial para coleta de sangue Punção venosa/arterial não especificada Descarte inadequado de material perfurocortante em saco de lixo Descarte inadequado de material perfurocortante em bancada, cama, chão, etc.... Lavanderia Lavagem de material Manipulação de caixa com material perfurocortante Procedimento cirúrgico Procedimento odontológico Procedimento laboratorial Dextro Reencape Outros Ignorado Em branco Total Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
62
nº
%
424
6,4
300
4,5
286
4,3
38
0,6
587
8,9
252
3,8
699
10,6
588
8,9
48
0,7
181
2,7
269
4,1
564
8,5
193
2,9
83
1,3
603
9,1
127
1,9
1139
17,2
121
1,8
121
1,8
6623
100,0
Tabela IV. Número e porcentagem de funcionários acidentados com exposição a material biológico segundo situação vacinal para hepatite B.Município de São Paulo,2005 a 2009*. Situação vacinal Completa Incompleta ou ausente Sem informação Total
nº
%
w5447
82,2
622
9,4
554
8,4
6623 100,0
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão
ACIDENTE DETRABALHO TRABALHO COM ACIDENTE DE COM EXPOSIÇÃO MATERIAL BIOLÓGICO EXPOSIÇÃO AAMATERIAL BIOLÓGICO
Apesar da vacinação de profissionais de saúde para hepatite B ter sido indicada a partir de 1992 e a média de soroconversão após um acidente percutâneo de fonte positiva para AgHBs ser de 23 a 37% (0,3% para o HIV e 1,8% para o VHC), demonstrando alta infectividade, ainda é encontrada uma parcela significativa (9,4%) de funcionários acidentados com a vacinação incompleta ou ausente (Tabela IV). Este dado vem reforçar a necessidade de ações de prevenção entre os profissionais de saúde, com estímulo à vacinação.
Os profissionais de enfermagem são o grupo que mais se acidenta (59,1%), uma vez que as atividades dessa categoria são as que mais propiciam a oportunidade de acidente com exposição a material biológico (Tabela V). Tabela V. Número e porcentagem de casos de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico segundo ocupação do indivíduo acidentado. Município de São Paulo, 2005 a 2009*. Ocupação
Auxiliar de enfermagem Técnico de enfermagem Enfermeiro Profissionais de enfermagem - Subtotal Auxiliar de limpeza Médico Estudante Dentista Laboratório Sem informação Outros Total Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão
nº
%
2737
41,3
738
11,1
441
6,7
3916
59,1
340
5,1
803
12,1
238
3,6
172
2,6
62
0,9
179
2,7
913
13,8
6623
100,0
Observa-se na Tabela VI que houve apenas uma soroconversão para hepatite C entre os acidentados nos anos de 2005 a 2009, reafirmando a maior infectividade dos vírus das hepatites. Por outro lado, apesar do declínio, ocorreram 9,3% de abandonos nos acompanhamentos destes casos entre 2006 e 2009, sinalizando para a necessidade de maior investimento na adesão destes funcionários ao seguimento deste tipo de acidente. Espera-se que, com a implementação da atenção aos acidentados com exposição a material biológico, também seja reduzida a proporção de casos com encerramento ignorado ou em branco (40,9% neste período).
63
Tabela VI. Número e porcentagem de casos de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico segundo ano de ocorrência e evolução do caso. Município de São Paulo, 2005 a 2009*. Evolução
2005 nº %
Ano de ocorrência 2007 2008 2009 nº % nº % nº %
2006 nº %
Total nº %
Alta com conversão sorológica
-
Alta sem conversão sorológica Alta - paciente fonte negativo Abandono
1 -
Ignorado Branco
-
Total
1 100,0 75 100,0 2062 100,0 2540 100,0 1945 100,0 6623 100,0
-
-
24 100,0 25 10 -
11 5
-
-
-
1
0,04
-
-
1
0,02
32,0 33,3 13,3
366 726 249
17,7 35,2 12,1
389 859 280
15,3 33,8 11,0
206 696 78
10,6 35,8 4,0
985 2302 617
14,9 34,8 9,3
14,7 6,7
286 435
13,9 21,1
316 695
12,4 27,4
231 734
11,9 37,7
843 1869
12,7 28,2
ACIDENTE DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
Os serviços que são os maiores notificadores de casos de acidente ocupacional com exposição a material biológico são aqueles de referência para este tipo de atendimento (Tabela VII), como esperado. Tabela VII. Número e porcentagem de casos de acidentes ocupacionais com exposição a material biológico segundo principais unidades notificadoras. Município de São Paulo, 2005 a 2009*. Unidade Notificante
nº
%
571
8,6
501
7,6
364
5,5
345
5,2
344
5,2
260
3,9
SAE DST/Aids Ipiranga
235
3,5
SAE DST/Aids Fidelis Ribeiro SAE DST/Aids Herbert de Souza Hosp Heliópolis Hosp Est V. Alpina Santa Casa de S. Paulo CR DST/Aids Penha Hosp Ipiranga CR DST/Aids Santo Amaro Hosp Mun C. Tiradentes Outras Unidades Notificadoras** Total
223
3,4
200
3,0
184
2,8
172
2,6
155
2,3
138
2,1
131
2,0
116
1,8
105
1,6
Hosp Santa Marcelina CRT Hosp São Paulo SAE DST/Aids C. Líder HSPE SAE DST/Aids Mitsutani
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão. **Unidades com menos de 100 casos notificados
64
2579
38,9
6623
100,0
CAPÍTULO IX- Coinfecções a) Coinfecção HIV – Tuberculose (TB)
COINFECÇÕES COINFECÇÕES
A tuberculose (TB) persiste há mais de 15.000 anos causando vítimas pelo mundo.(1,2,3) Desde o início da década de 80 foi agravada pelo aparecimento do vírus da imunodeficiência humana adquirida, o vírus HIV. A tuberculose faz parte da agenda nacional de saúde, cuja meta é diagnosticar 70% dos casos estimados e curar pelo menos 85% destes como forma de controlar a doença. No Brasil são notificados anualmente cerca de 70.000 novos casos de tuberculose dos quais 4.500 evoluem para o óbito. No Estado de São Paulo são aproximadamente 15.000 novos casos com 900 óbitos. Apesar de ter sua etiologia conhecida e quimioterapia eficaz que garante a cura em praticamente 100% dos casos novos, a tuberculose se mantém com coeficiente de incidência e taxa de abandono de tratamento elevados. Dentro deste contexto a magnitude da tuberculose está relacionada a sua alta incidência e prevalência, às baixas taxas de cura e ao risco iminente do aumento da resistência às drogas antituberculose.(4,5) Sua distribuição é universal, porém, parece ter “tropismo” pela pobreza, desigualdade social, má qualidade de vida e de trabalho e situações de privação de liberdade. A tuberculose destaca-se como a principal causa de morte por doença infecto-contagiosa, entre adultos de todo o mundo.(1,2) É um dos principais fatores de risco de adoecimento para os indivíduos infectados pelo vírus HIV podendo surgir antes de outras infecções freqüentes, devido à maior virulência do bacilo de Koch, independente do comprometimento do sistema imunológico (3). A co-infecção do bacilo da tuberculose com o vírus HIV eleva o risco de adoecer de 10% ao longo de toda a vida para indivíduos imunocompetentes, para aproximadamente 10% a cada ano de vida para os pacientes infectados pelo vírus HIV.(3) Outro aspecto relacionado à doença é a possibilidade de resistência às drogas padronizadas para o tratamento da tuberculose. Esta resistência apresenta padrões muito distintos entre os países. No Brasil, tem íntima relação com o abandono e irregularidade no tratamento, prescrições inadequadas, baixa qualidade dos serviços e dos programas de controle da tuberculose. Com a introdução da HAART (terapia antirretroviral de alta potencia) a mortalidade por Aids vem diminuindo desde 1998, e provavelmente contribuindo também para a diminuição da co-infecção TB/HIV. O Gráfico 1 apresenta o número de casos novos de TB relativamente constante (próximos de 6000/ano) e diminuição da co-infecção de TB/HIV, de 17,8 % (1998) para 12,6% (2009). A tuberculose como causa associada de óbito dos pacientes de Aids tem diminuído de 247 casos (21,3%) em 2002 para 142 casos (14,7%) em 2009. A tuberculose no Município de São Paulo (MSP) é a 4ª causa mais frequente associada aos óbitos por Aids, sendo a septicemia a primeira causa (47,7%), seguida da pneumonia (46,2%) e insuficiência respiratória (22,6%), em 2009.
65
Gráfico 1. Casos novos de tuberculose e co-infecção com HIV. Município de São Paulo, 1998 a 2009*. 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 Casos Novos de Tb
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 5560 6111 5962 5758 5982 5796 6106 6139 5796 5673 5788 5866
Co-infecção Tb/HIV
988 1062 908 937 948 88o 837 789 815 769 734 742
20,0 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0
% Co-infecção Tb/HIV 17,8 17,4 15,2 16,3 15,8 15,2 13,7 12,9 14,1 13,6 12,7 12,6 Fonte: TBWEB - Residência *Dados preliminares até 10/05/2010 sujeitos a revisão.
COINFECÇÕES COINFECÇÕES
O Estado de São Paulo, por meio da Portaria CIP-4, de 23/10/98, normatiza o oferecimento do teste anti-HIV para todo paciente com diagnóstico de tuberculose. No MSP a realização de teste anti-HIV para os casos de tuberculose vem aumentando ano a ano, como apresentado no Gráfico 2, demonstrando a melhoria no atendimento com a detecção precoce da co-infecção e da informação no banco de dados. Gráfico 2. Co-infecção Tb/HIV e percentuais de teste anti HIV realizado em casos novos de tuberculose. Município de São Paulo, 1998 a 2009*. 19,0 19,0
85,0
18,0 18,0
80,0
17,0 17,0
75,0
16,0 16,0 15,0 15,0
70,0
14,0 14,0
65,0
13,0 13,0
60,0
12,0 12,0
55,0
11,0 11,0 10,0 10,0
50,0 1998 2007 2008 2008 2009 2001 2002 1998 1999 1999 2000 2000 2001 2002 2003 2003 2004 2004 2005 2005 2006 2006 2007 2009 % Co-infecção Tb/HIV Tb/HIV Co-infecção Tb/HIV %%Co-infecção
Fonte: TBWEB - Residência *Dados preliminares até 10/05/2010 sujeitos a revisão.
66
Teste realizado TesteHIV de HIV realizado Teste HIV realizado
As faixas etárias de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos apresentam os maiores percentuais de co-infecção, porém com comportamentos diferentes de 1998 a 2009, quando se observa diminuição de 29,3 a 20,3%, no grupo de 30 a 39 anos e leve aumento de 17,7 a 20,8%, no grupo de 40 a 49 anos. As faixas de 15 a 19 anos e 60 anos ou + apresentam percentuais menores de co-infecção, próximos a 5% (Gráfico 3). A taxa entre os menores de 15 anos vem diminuindo desde 2002 (12,1%) não tendo ultrapassado 3,5%, de 2007 a 2009. Na distribuição por sexo e faixa etária (Quadro 1), observa-se o mesmo comportamento do observado em relação à idade, isoladamente. Porém as taxas são maiores no masculino em relação ao feminino, dos 15 aos 49 anos. Dos casos notificados anualmente, considerando-se o grupo dos soronegativos para HIV, cerca de 85% destes são casos novos, já no grupo soropositivo este percentual é menor, correspondendo a 75%. Quando comparados os percentuais de retratamentos (por recidiva, pós abandono ou falência) verifica-se um percentual maior no grupo soropositivo de 24,7%, contra 15,0% nos soronegativos (Quadro 1).
35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0
1998
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
00-14
15-19
50-59
60 ou +
20 a 29
Fonte: TBWEB - Residência *Dados preliminares até 10/05/2010 sujeitos a revisão.
30 a 39
40 a 49
COINFECÇÕES COINFECÇÕES
Gráfico 3. Distribuição da co-infecção TB/HIV por faixa etária, MSP, 1998 a 2009
67
CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE
nº
%
nº
112
75 167
Recidiva
Retratamento após abandono
6,1
228
Retratamento após abandono 1
173
Retratamento após falência
82 0
6,2 0,0
14,0
2870
186
0,0
8,6
6,5 2
234
195 0,1
8,2
6,8
2254 84,9 2439 85,0
Recidiva
Novo
2656
Total TB/HIV(-)
0,0
0
Retratamento após falência
13,6
9,3 0,2
15,0
4
212
218
2592
16,3
% 5982 948
nº
18,5 11,9 2,9 17,4 31,8 17,4 12,0 5,3 31,6
12,4 7,9 0,5 10,5 21,7 19,1 7,8 3,7 11,1
10,6 0,0
14,6
2923
0
183
133
1253 937 74,8
679 16 6 153 296 138 47 17 6
258 9 1 63 96 66 14 8 1
0,1
7,0
7,2 6
219
180
0,2
7,5
6,2
17,9 14,3 3,6 13,2 32,9 20,8 10,1 3,5 17,4
12,4 10,1 1,7 10,0 22,8 15,0 10,5 2,8 30,0
1
256
255 4
10,4 0,1
16,2
0,1
7,7
7,7
84,5
3316
210
134
1293 948 73,3
672 16 8 105 307 173 46 13 4
276 12 3 67 111 54 20 6 3
62,7
15,8
%
2002
85,7 2518 86,1 2801
3026
3
180
17,6 9,1 3,0 14,4 31,7 19,1 9,0 3,4 23,1
1203 908 75,5
667 10 6 126 309 163 39 11 3
1230 1330 988 80,3 1062 79,8
19,7 7,0 5,4 17,7 34,5 20,0 9,2 5,2 36,4
11,1 9,4 2,0 11,5 18,8 12,8 5,7 1,8 8,3
Total TB/HIV(+) Novo
19,5 771 11,6 11 3,4 13 21,3 152 32,0 368 17,5 166 10,2 40 5,0 17 14,3 4
241 13 4 69 97 42 12 3 1
706 17 7 166 327 132 40 16 1
13,3 4,5 1,0 14,1 23,7 15,7 8,5 1,1 28,6
Total Masculino 00 - 14 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 ou + Ign.
14,6 291 10,4 7 4,0 2 14,4 89 23,3 123 18,3 53 9,2 13 3,4 2 0,0 2
5758 937
nº
2001
58,7 3455 60,0 3749
282 14 6 86 109 48 13 6 0
3500
15,2
%
2000
6111 5962 17,8 1062 17,4 908
%
1999
3242 58,3 3501 57,3
5560 988
nº
1998
Total Feminino 00 - 14 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 ou + Ign.
Teste HIV realizado
Casos novos de Tb Casos novos co-infecção HIV
ano/nº e %
Fonte: TBWEB *Dados preliminares até 10/05/2010 sujeitos a revisão
TIPOS DE CASOS DE TUBERCULOSE
Masculino
HIV(+)
HIV(-)
68
Feminino
COINFECÇÕES COINFECÇÕES %
nº
17,1 8,9 3,0 11,9 32,0 19,9 9,3 3,9 21,4
11,7 4,8 1,8 8,0 21,1 19,2 9,8 1,7 0,0
11,1
3620
0,1
16,7
6
294
291
0,2
8,1
8,0
14,4 6,4 2,4 9,3 27,5 19,0 10,3 1,1 7,1
12,4 9,8 2,2 9,4 23,8 15,0 10,6 2,1 0,0
69,8
1
13,6 0,1
14,6
12
331
315
0,3
8,1
7,7
83,9
4084
170
159
1167 837 71,7
558 9 5 84 248 156 51 4 1
279 13 4 60 124 50 24 4 0
3029 83,7 3426
1
204
136
1221 880 72,1
641 9 6 102 296 169 42 14 3
239 5 3 50 95 67 16 3 0
3909 67,4 4263
13,7
%
2004
5796 6106 880 15,2 837
nº
2003
14,4 6,5 2,1 9,5 26,5 19,9 11,0 3,8 0,0
10,0 4,5 1,5 5,7 21,8 14,3 10,3 0,9 0,0
65,2
12,9
%
13,4 0,2
13,3
29
240
249
0,8
6,4
6,7
86,1
3729 3211
2
144
145
1080 789 73,1
572 9 4 88 216 177 61 17 0
217 5 3 34 99 54 20 2 0
4000
6139 789
nº
2005
14,1
%
%
nº
112
10,4 0,6
13,4
99
9,9 1,0
12,3 4162
10
123
47
265
280
1,3
7,1
7,5
40
244
291
1,0
5,9
7,0
14 6,3 3,1 8,7 21,0 21 12 3,8 17
0,9
15
9,7
61
294
270
1,3
6,5
6
86
4525
9
143
95
981 734 75
502 5 6 80 169 164 63 14 1
232 11,1 2 1,7 3 1,7 30 5,3 96 21 65 20 30 13 6 2,8 0 0
3160 84,2 3587 86,2 3900
3752
7
144
15,1 0,0 2,6 8,0 26,9 25,0 9,8 2,8 23,8
10,7 4,0 2,8 6,8 19,7 14,5 12,1 2,3 28,6
1001 769 76,8
15,8 554 8,9 0 2,2 5 11,2 66 26,3 207 22,3 210 11,6 50 3,0 11 9,1 5
11,0 215 7,3 4 0,6 4 5,9 37 18,6 90 19,3 51 9,0 22 3,0 5 12,5 2
1078 815 75,6
581 7 4 94 215 186 63 11 1
234 8 1 34 93 73 18 6 1
80
13
%
2008
5673 5788 769 13,6 734
nº
2007
3975 68,6 4356 76,8 4634
5796 815
nº
2006
14 2,8 3,1 10,3 22,7 21,1 9,5 5,0 11,1
10,0 4 0,7 5,3 16 20 9,2 4,9 17
77
13
%
9,4
4355
0,7
14,5
65
286
216
1,5
6,6
5,0
3788 87,0
7
143
93
985 742 75,3
541 3 7 92 189 175 54 19 2
201 4 1 28 71 63 21 12 1
4530
5866 742
nº
2009
Quadro I. Distribuição dos casos de Tuberculose por testagem anti HIV, co-infecção TB/HIV por faixa etária, sexo e tipo de caso. Município de São Paulo, 1998 a 2009*.
Distribuição das taxas de co-infecção por área de residência Figura.1 – Distribuição de taxas de coinfecção TB/HIV por Distrito Administrativo de Residência. MSP, 2009. A distribuição percentual dos casos por Distrito Administrativo de residência é heterogênea no MSP (Figura 1), variando de 0,0% em distritos como Morumbi, Pari, Santo Amaro, Marsilac e Socorro, de 2,7 % na Vila Andrade até 37,5% na Moóca e 44,3% na República.
Fonte: TBWEB - Residência *Dados preliminares até 10/05/2010 sujeitos a revisão
Agrupando as taxas de co-infecção de 2009 por áreas de abrangência das Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) de residência, as CRSs Centro Oeste e Sudeste apresentam taxas maiores que a média do município de São Paulo (12,6%) (Gráfico 4).
Gráfico 4 - Taxas de Co-infecção TB/HIV por CRS de Residência. MSP, 2009
200
25,0
150
20,0
15,0
100
10,0
50
5,0
0 SUL nº Casos Tb/HIV % Tb/HIV
COINFECÇÕES COINFECÇÕES
C. Inf. até 0,0 0,0 --| 12,0 12,0 --| 20,0 20,0 --| 44,3
101 8,1
LESTE
165 11,6
NORTE
137 11,9
SUDESTE
171 14,3
Fonte: TBWEB *Dados preliminares até 10/05/2010 sujeitos a revisão(banco residência)
CENTRO OESTE
124 19,9
0,0
69
Formas Clínicas em pacientes infectados pelo HIV A apresentação pulmonar é a forma predominante na tuberculose, tanto no grupo dos soronegativos, como nos soropositivos respectivamente, 80% e 60%. No período de 1998 a 2009, observa-se aumento no percentual de bacilíferos dentre os casos pulmonares notificados, tanto em HIV positivos como negativos, provavelmente, devido à implementação do diagnóstico bacteriológico o que dá maior qualidade ao diagnóstico assim como a agilidade e possibilidade de avaliação sistemática proporcionada pelo sistema de informação TBWeb. Os casos classificados unicamente como extrapulmonares têm distribuições diferenciadas dependendo do resultado do HIV, conforme apresentado no Gráfico 5. Em HIV(+) as formas extrapulmonares mais freqüentes são: ganglionar (24,2%); meníngea (23,4%), pleural (19,0%) e miliar (15,6%) e nos HIV(-) as formas extra pulmonares mais comuns são a pleural (51,2%), seguida da ganglionar periférica (15,4%). Gráfico 5- Distribuição dos casos novos de TB, com e sem infecção HIV por forma clínica. MSP 2009
Pulmonar
COINFECÇÕES COINFECÇÕES
HIV(-)
Pleural Ganglionar Periférica Oftálmica Meníngea Outras Ósseas Miliar Pele Vias Urinárias Intestinal Genital Múltiplos Órgãos Laríngea
Fonte: TBWEB - Residência *Dados preliminares até 10/05/2010 sujeitos a revisão
Descoberta de Casos Novos Pulmonares Bacilíferos – Busca Ativa Os casos de tuberculose pulmonar bacilífera são a grande preocupação do Programa de Controle da Tuberculose, pois são as fontes de infecção na comunidade. A detecção destes casos é feita pela baciloscopia de escarro, um exame relativamente simples e de baixo custo e disponível em todas as Unidades de Saúde da rede oficial. A agilização do diagnóstico se faz por meio da Busca Ativa de Sintomáticos Respiratórios (SR), que interroga os usuários e moradores da comunidade sobre a existência de tosse por ocasião do atendimento ou nas visitas das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) às famílias. Todos os SR devem realizar duas baciloscopias de escarro, para diagnosticar tuberculose. Observa-se aumento na detecção de casos bacilíferos na demanda ambulatorial, resultado provavelmente da implementação de busca de casos nas unidades de saúde ou no domicílio, 63,6% nos soronegativos e 46,3% nos soropositivos. O percentual de descoberta de casos pulmonares pela rede básica vem aumentando porém, em percentual menor dentre os pacientes soropositivos que ainda realizam 50% dos seus diagnósticos em serviços de emergência ou durante a internação (Quadro 2). Tendo em vista que as amostras de escarro dos pacientes soropositivos são paucibacilares, o que dificulta o diagnóstico rápido por baciloscopia direta, recomenda-se a realização de cultura para todos os casos. A observância desta recomendação ainda é de cerca de 45%, apesar de não haver repressão na demanda laboratorial. Em 2009 o resultado da cultura de escarro em amostras negativas à baciloscopia foi positivo em 27% das amostras, tendo acrescentado 13,7% de positividade ao diagnóstico realizado por baciloscopia. (Quadro 2).
70
Tratamento A tomada diária da medicação, observada por um profissional capacitado, é o tratamento recomendado por todos os organismos internacionais que trabalham com a tuberculose. A literatura internacional já mostrou de forma consistente que o tratamento diretamente observado (TDO) é um fator determinante para o êxito do tratamento da tuberculose, cuja meta nacional é a de curar pelo menos 85% dos casos pulmonares bacilíferos. No município de São Paulo a implantação do TDO iniciou-se em 1999 e ao final de 2009 a cobertura foi de 30,6% para co-infectados, 58,7% entre os HIV negativos e 51,4% considerandose todos os casos novos que iniciaram tratamento neste ano. (Gráfico 6). É inegável que a expansão da cobertura de tratamento diretamente observado no município de São Paulo vem acontecendo de forma favorável (Gráfico 6), ainda que esta taxa esteja aquém da meta do Programa de Controle da Tuberculose (PCT) do município, que é de 80%, no mínimo. Gráfico 6. Percentual de casos novos de TB em TDO nos infectados com HIV, HIV (-) e total de casos novos % 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 2004 HIV (+)
2005
2006
2007
HIV (-)
Fonte: TBWEB - Residência *Dados preliminares até 10/05/2010 sujeitos a revisão.
Total Novos
2008
2009 Meta
COINFECÇÕES COINFECÇÕES
0,0
Encontram-se na literatura, trabalhos que mostram associação significativa da co-infecção TB/HIV à maior taxa de abandono de tratamento com conseqüente risco de desenvolvimento de resistência às drogas antituberculose.(6,7,8,9,10,11,12) Isto reforça a importância de ampliar a cobertura de TDO a todos os doentes, utilizando-se da modalidade cooperada de tratamento que permite que o paciente mantenha o seu acompanhamento médico nas referências DST/Aids e tenha a tomada de sua medicação observada pela equipe de saúde mais próxima de sua residência ou de sua escolha.
Resultados de Tratamento
Os casos de tuberculose em TDO aderem mais ao tratamento e os desfechos são favoráveis como se observa no Quadro 3, onde se compara TDO e o tratamento auto-administrado entre os casos de co-infecção. Em TDO os percentuais de cura são maiores, e os de abandono e óbito são menores (Gráfico 7). Diagnósticos realizados na internação ou unidades de emergência nos casos soropositivos (50% em 2009), denotam a gravidade do caso e a demora no diagnóstico.
71
44
Cultura positiva em Baciloscopia(-)
Fonte: TBWEB - Residência *Dados preliminares até 10/05/2010 sujeitos a revisão.
Acréscimo no diagnóstico
632 122 754 1 232 1 329 1909 72 1981 0 273 0 1368 121 3 78 30 1 96 459 32 351 24 0 502 165
nº
5,8
17,67
64,0 12,3 76,3 0,1 23,5 0,1 43,6 84,7 3,2 87,9 0,0 12,1 0,0 69,1 36,8 0,9 23,7 9,1 0,3 29,2 33,6 2,3 25,7 1,8 0,0 36,7 21,9
%
1998
PULMONAR PULMONAR+ EXTRAPULMONAR Total de Pulmonar DISSEMINADA EXTRAPULMONAR s/inform Pulmonar bacilífero PULMONAR PULMONAR + EXTRAPULMONAR Total de Pulmonar DISSEMINADA EXTRAPULMONAR s/inform Pulmonar bacilífero Demanda Ambulatorial Investigação de Contatos Urgência / Emergência Elucidação Diagn. em Internação Descob. Após Óbito Sem Informação Demanda Ambulatorial Investigação de Contatos Urgência / Emergência Elucidação Diagn. em Internação Descob. Após Óbito Sem Informação Cultura realizada
Ano
93
661 138 799 1 262 0 349 1968 75 2043 0 396 0 1395 144 3 73 62 1 66 698 47 363 49 0 238 253
nº
11,6
32,2
62,2 13,0 75,2 0,1 24,7 0,0 43,7 80,7 3,1 83,8 0,0 16,2 0,0 68,3 41,3 0,9 20,9 17,8 0,3 18,9 50,0 3,4 26,0 3,5 0,0 17,1 31,7
%
1999
54
520 127 647 4 257 0 303 2059 76 2135 0 457 0 1483 112 4 84 85 0 18 694 38 525 99 0 127 214
nº
nº
%
2001 nº
%
2002 nº
8,3
27
59
9,1
26,5
96
14,3
36,5
64
10,5
29,1
55,7 13,4 69,1 0,8 30,1 0,0 39,3 77,2 4,1 81,2 0,0 18,8 0,0 70,2 33,9 1,3 33,5 28,9 0,0 2,5 41,2 2,3 40,6 10,5 0,0 5,3 28,6
%
2003
57,3 506 54,0 544 57,4 490 14,0 143 15,3 128 13,5 118 71,3 649 69,3 672 70,9 608 0,4 8 0,9 4 0,4 7 28,3 280 29,9 272 28,7 265 0,0 0 0,0 0 0,0 0 46,8 263 40,5 256 38,1 239 79,4 1963 78,0 2207 78,8 2337 2,9 95 3,8 93 3,3 123 82,4 2058 81,7 2300 82,1 2460 0,0 0 0,0 1 0,0 1 17,6 460 18,3 500 17,9 568 0,0 0 0,0 0 0,0 0 69,5 1400 68,0 1628 70,8 1727 37,0 74 28,1 78 30,5 81 1,3 1 0,4 4 1,6 3 27,7 105 39,9 85 33,2 80 28,1 69 26,2 74 28,9 69 0,0 2 0,8 2 0,8 0 5,9 12 4,6 13 5,1 6 46,8 519 37,1 688 42,3 712 2,6 28 2,0 40 2,5 40 35,4 623 44,5 649 39,9 702 6,7 113 8,1 146 9,0 181 0,0 0 0,0 0 0,0 0 8,6 117 8,4 105 6,4 92 33,1 243 37,4 255 37,9 174
%
2000
57
453 117 570 8 259 0 242 2656 124 2780 0 646 0 1939 87 5 75 69 2 4 811 61 757 195 7 108 193
nº
nº
9,7
17,5
58
10,2
22,4
56,4 11,8 68,2 1,6 30,2 0,0 51,9 77,5 3,7 81,2 0,0 18,8 0,0 69,1 35,5 2,9 25,1 31,2 0,7 4,7 43,8 2,2 37,6 11,7 0,2 4,5 30,5
%
2005
54,1 445 14,0 93 68,1 538 1,0 13 30,9 238 0,0 0 42,5 279 77,5 2487 3,6 120 81,1 2607 0,0 1 18,9 603 0,0 0 69,7 1802 36,0 99 2,1 8 31,0 70 28,5 87 0,8 2 1,7 13 41,8 790 3,1 39 39,0 677 10,1 211 0,4 4 5,6 81 34,0 164
%
2004
61
474 69 543 40 232 0 260 2503 124 2627 4 528 1 1891 101 1 70 76 2 10 948 39 609 239 2 54 186
nº
8,8
20,6
58,2 8,5 66,6 4,9 28,5 0,0 47,9 79,2 3,9 83,1 0,1 16,7 0,0 72,0 38,8 0,4 26,9 29,2 0,8 3,8 50,1 2,1 32,2 12,6 0,1 2,9 33,5
%
2006
64
431 101 532 29 207 1 270 2873 133 3006 0 580 1 2160 100 3 80 76 5 6 1111 45 647 280 0 77 220
nº
10,2
23,8
56,0 13,1 69,2 3,8 26,9 0,1 50,8 80,1 3,7 83,8 0,0 16,2 0,0 71,9 37,0 1,1 29,6 28,1 1,9 2,2 51,4 2,1 30,0 13,0 0,0 3,6 40,8
%
2007
78
408 87 495 29 209 1 230 3103 155 3258 4 637 1 2375 91 3 54 74 2 6 1304 47 644 297 3 80 233
nº
14,1
29
52 12 67 4 29 0,1 47 80 4 84 0,1 16 0 73 40 1,3 24 32 0,9 2,6 55 2 27 13 0,1 3,4 47
%
2008
74
412 95 507 27 208 0 240 3027 115 3142 6 640 0 2294 111 1 67 53 2 6 1458 31 575 211 2 17 231
13,7
27,3
55,5 12,8 68,3 3,6 28,0 0,0 47,3 79,9 3,0 82,9 0,2 16,9 0,0 73 46,3 0,4 27,9 22,1 0,8 2,5 63,6 1,4 25 9,2 0,1 0,7 45,2
%
2009 nº
Quadro II - Distribuição de casos novos de tuberculose com co-infecção HIV e HIV (-) por forma clínica. Tipo de descoberta dos casos novos bacilíferos, MSP, 1998 a 2009.
COINFECÇÕES COINFECÇÕES
HIV (+)
HIV (-)
Pulmonar(+) e HIV(+)
Pulmonar Pulmonar(+) e HIV(-)
72
Associada à condição de saúde de um portador do vírus HIV, o menor oferecimento e adesão ao TDO podem explicar os resultados desfavoráveis neste grupo.
Gráfico 7. Resultados de tratamento dos casos novos de TB: infectados pelo HIV por tipo de tratamento. Município de São Paulo, 2004 a 2008*. 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Cura (TDO) Cura (Auto adm) Abandono (TDO) Abandono (Auto adm) Óbito Não TB (TDO) Óbito Não TB (Auto adm)
2004 68,4 48,6 12,8 13,9 10,5 24,6
2005 71,5 47,8 15,3 17,1 10,2 26,5
2006 70,1 41,0 16,5 19,9 11,8 32,0
2007 73,5 44,8 9,7 20,6 12,3 29,0
2008 62,7 48,5 20,1 18,8 11,2 26,2
Fonte: TBWEB - Residência Acesso: 10/05/2010
Tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB – quimioprofilaxia para TB)
Resistência às drogas antituberculose (antiTB)
COINFECÇÕES COINFECÇÕES
A ILTB é dirigida aos grupos de alto risco de adoecimento por tuberculose e entre estes os infectados pelo HIV. Está preconizada a solicitação de prova tuberculínica (PT) para todos casos novos (HIV/Aids) e instituição do tratamento da infecção latente quando o resultado da PT for ≥ 5mm, e tenha sido descartada a tuberculose ativa. O tratamento da infecção latente com isoniazida, realizada de forma adequada e regular reduz em 60 a 90% o risco de adoecimento por tuberculose (Smieja et al, 2000). Em 2008 foram realizados 40 tratamentos de ILTB (HIV/Aids). Neste mesmo ano iniciaram os treinamentos de quimioprofilaxia no município de São Paulo voltados para os serviços de atendimento a HIV/Aids e desde então, observa-se incremento no número de tratamentos realizados. Em 2009 ocorreram 204 tratamentos. O Centro de Vigilância Epidemiológica - CVE (Programa Estadual de Controle da Tuberculose – PCT/SP) implantou uma ficha de notificação dos casos de ILTB (em 2008) e um sistema on line de informação para registro e acompanhamento destes casos, que permite monitoramento e avaliação desses tratamentos.
O Programa Municipal de Controle da Tuberculose do município de São Paulo vem realizando monitoramento das resistências às drogas antiTB desde 2004. A realização de cultura e do teste de sensibilidade não ocorre de forma universal devido a dificuldades operacionais existindo critérios para sua realização, isto é, direcionado aos grupos de maior risco. Os portadores do vírus HIV estão incluídos no critério de população vulnerável o que pode explicar em parte a grande representação destes portadores no banco de resistência. Em 2009, foram identificados 140 casos com alguma resistência, destes, 26% eram soropositvos para o HIV (37 casos). Dos 37 casos identificados, 24% (9 casos) apresentaram multirresistência, sendo que 67% (6 casos) não tinham registro de tratamento anterior, sugerindo resistência primária. Foram registrados 7 casos residentes nas CRS Centro-oeste, Norte e Sudeste, 5 casos na CRS Sul e Leste e ainda 4 casos de pessoas vivendo em situação de rua e 2 detentos. A dificuldade de adesão ao tratamento talvez seja o grande desafio para as equipes que atendem os co-infectados, quer pela dificuldade de ingerir grandes quantidades de medicamentos e por tempo prolongado, quer pela presença da drogadição e pela rejeição ao tratamento supervisionado (TDO). A recomendação da realização de tratamento supervisionado para todos os pacientes deve ser reforçada por toda a equipe de atendimento como forma de melhorar os resultados destes tratamentos.
73
Quadro III - Resultados de tratamento dos casos novos de Tuberculose com co-infecção TB/HIV e HIV (-) e casos novos pulmonares bacilíferos co-infectados.Residência Município de São Paulo, 1998 a 2009 Ano
Casos novos pulmonares bacilíferos/ HIV(+)
Resultados Tratamento HIV(-)
COINFECÇÕES COINFECÇÕES
Resultados Tratamento HIV(+)
Resultados Resultados Tratamento Tratamento Autoadministrado Supervisionado
Casos c/ início de tratamento Cura Abandono Falência Óbito Transferência (vazio) Cura Abandono Falência Óbito Transferência (vazio) Cura Abandono Falência Óbito Não TB Transferência Sem informação Cura Abandono Falência Óbito Não TB Óbito TB Transferência Sem informação Cura Abandono Falência Óbito Não TB Transferência Sem informação Cura comprovada
Fonte: TBWEB - Residência Acesso: 10/05/2010
74
2004 nº 800 91 17
%
14 5 6 324 93 1 164 56 29 415 110 1 178 61 95
68,4 12,8 0,0 10,5 3,8 4,5 48,6 13,9 0,1 24,4 8,4 4,3 51,9 13,8 0,1 22,3 7,6 11,9
2797 298 11 47 78 1 168 122 38 1 41 0 33 4
82,2 8,8 0,3 1,4 2,3 0,0 4,9 51,9 16,2 0,4 17,4 0,0 14,0 3,3
1999 nº 756 98 21
2000 %
nº 776 89 21
2001
2002
%
nº
%
nº
%
737 114 15 2 19 1 4 261 120 1 169 8 23 375 135 3 188 9 27
73,5 9,7 1,3 12,3 0,6 2,6 44,8 20,6 0,2 29,0 1,4 4,0 50,9 18,3 0,4 25,5 1,2 3,7
707 106 34 2 19 3 5 261 101 3 141 6 26 367 135 5 160 9 31
62,7 20,1 1,2 11,3 1,8 3,0 48,5 18,8 0,6 26,2 1,1 4,8 51,9 19,1 0,7 22,6 1,3 4,4
2928 401 31 65 90 9 21 137 64 2 47 6 10 17
81,8 3190 11,2 421 0,9 26 1,8 70 2,5 79 0,3 9 0,6 36 51,5 119 24,1 46 0,8 3 17,7 49 2,3 2 3,8 5 12,4 24
82,2 10,8 0,7 1,8 2,0 0,2 0,9 53,1 20,5 1,3 21,9 0,9 2,2 20,2
14 2 2 296 106 1 164 24 28 394 127 1 178 26 51
71,5 15,3 0,0 10,2 1,5 1,5 47,8 17,1 0,2 26,5 3,9 4,5 52,1 16,8 0,1 23,5 3,4 6,7
15 1 1 266 129 3 208 3 40 355 150 3 223 4 41
70,1 16,5 0,0 11,8 0,8 0,8 41,0 19,9 0,5 32,0 0,5 6,2 45,7 19,3 0,4 28,7 0,5 5,3
2575 348 9 50 94 5 97 152 43 0 54 5 20 8
80,9 10,9 0,3 1,6 3,0 0,2 3,0 55,5 15,7 0,0 19,7 1,8 7,3 5,3
2611 327 16 47 71 4 45 127 58 1 57 2 11 14
83,1 10,4 0,5 1,5 2,3 0,1 1,4 49,6 22,7 0,4 22,3 0,8 4,3 11,0
BIBLIOGRAFIA 1. CAMINERO, J.A.; Guía de la Tuberculosis para Médicos Especialistas. Unión Internacional Contra la Tuberculosis y Enfermedades Respiratórias (UICTER), París Francia, febrero 2003. 2. ROSEMBERG, J. Tuberculose Panorama Global. Óbices para o seu Controle. Brasil, 1999.
4- GONÇALVES,H.T.; et all. Adesão a Terapia da tuberculose em Pelotas- Rio Grande do Sul: na perspectiva do paciente. Cadernos de Saúde Pública, vol 15, nº 9, 1999. 5. MELLO, F.A.F. A ascensão , o fausto, a decadência, a importância e os riscos da Casa da Velha Senhora. Jornal de Pneumologia, vol 25, nº 6, nov/dez 1999. 6. HIJJAR, M. A.; et al. A Tuberculose no Brasil e no Mundo. Boletim de Pneumologia Sanitária, vol 9, nº 2, jul/dez-2002.
Bibliografia
3. BRASIL, Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro de Referência Prof. Hélio Fraga. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Controle da Tuberculose: uma proposta de integração ensino-serviço. 5ª ed, Rio de Janeiro: FUNASA/CRPHF/SBPT,2002.
7. BRAGA, J.U; BARRETO, A.M.W; HIJJAR,M.A..Inquérito Epidemiológico da Resistência às Drogas Usadas no Tratamento da Tuberculose no Brasil 1995-97IERDTB – Parte I : Aspectos Metodológicos. Boletim de Pneumologia Sanitária – vol 1, nº 1: 66-73, jan/jun – 2002. 8. HANLEY, S. Tuberculose: é uma doença curável. Passo a Passo,n19,ago 1994
9. MARQUES,A.M.C. A medicação assistida e os índices de cura da tuberculose e de abandono de tratamento na população indígena Guarani-Cauiá no Município de Dourados, Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil 1998-1999. Tese de Mestrado Campo Grande – Mato Grosso do Sul, 2001. 10. MELO,F.A.F; et all. Aspectos Epidemiológicos da TBMR em Serviço de Referência na Cidade de São Paulo. Rev. Soc. Brás. Trop. Vol 36, nº 1, Uberaba, jan jun- 2003.
11. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE- CENTRO DE CONTROLE DE DOENÇAS. Tuberculose uma doença curável. Informe TB, nº1, maio – 2002.
b-) Coinfecção Hepatites B e C e HIV/Aids Em 2007 a variável HIV foi incluída na Ficha de Investigação de Hepatites Virais do SINAN e o seu preenchimento informa se o paciente é portador ou não de HIV/Aids, no momento da notificação. No período de 2007 a 2009 foram notificados 29225 casos com marcadores para o vírus da hepatite B ou hepatite C e destes, 1795 (6,1%) apresentaram HIV/Aids como agravo associado (figura 1). A análise a seguir será realizada para os 1564 (87,1%) casos de hepatites com coinfecção, residentes no município de São Paulo e notificados no banco de hepatites virais. A infecção pelo Vírus C está presente em 1057 casos e destes 409 casos (38,7%) também apresentavam marcadores para o VHB, sendo 53 com a hepatite B em atividade (AgHBs reagente) e 356 com história de infecção passada pelo VHB (cicatriz sorológica).
COINFECÇÕES
COINFECÇÕES
Figura 1- Distribuição dos casos com a informação de presença de HIV/Aids como agravo associado segundo o tipo de hepatite viral. 2007 a 2009.
76
29.225 Notificações de casos com marcadores para o VHB ou VHC
1.795(6,1%) HIV/Aids como agravo associado 1564 (87,1%) Residentes no Município de São Paulo
1057 (67,6%) Hepatite C (VHC-RNA reagente)
648 (61,3%) Hepatite C VHC-RNA reagente
53 (5,0%) Hepatite B e C VHC-RNA reagente e AgHBs reagente
507 (32,4%) Hepatite B (AgHBS reagente)
356 (33,7%) Hepatite C VHC-RNA reagente e cicatriz sorológica para o VHB
b.1-) Hepatite B e HIV/Aids Tabela I - Casos com coinfecção Hepatite B (AgHBs reagente) e HIV/Aids, segundo sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2009. Sexo
Nº
%
Feminino
68
13.4
Masculino
439
86.6
Total
507
100
Foram notificados 507 casos de hepatite B (AgHBs reagente) com a informação de HIV/Aids como agravo associado. O sexo masculino contribui com 86,6% dos casos de hepatite B e HIV/Aids (Tabela I) e apresenta a relação de 15 mulheres para 100 homens.
Fonte: COVISA/CCD/SINAN - Hepatites Virais. Dados provisórios até 12/2009.
Tabela II- Casos com coinfecção Hepatite B (AgHBs reagente) e HIV/Aids, segundo faixa etária (em anos). Município de São Paulo, 2007-2009*. %
10 a 19
4
0.8
20 a 29
100
19.7
30 a 39
172
33.9
40 a 49
161
31.8
50 a 59
60
11.8
60 a 69
7
1.4
70 a 79
3
0.6
507
100
Total
Fonte: COVISA/CCD-Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009
Tabela III– Distribuição dos casos de coinfecção de hepatite B e HIV/Aids segundo a provável fonte/ mecanismo de infecção para a hepatite B, Município de São Paulo, 2007 a 2009. FONTE
*Nº
%
Sexual
352
85.6
Transfusional
3
0.7
Uso de drogas
54
13.1
Outros
2
0.5
Total
411
100
*Excluídos 96 casos com informação ignorada Fonte: COVISA/CCD-Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009
A média da idade dos casos com coinfecção hepatite B e HIV/Aids é de 30,1 anos e a mediana de 38 anos, sendo 18 anos a idade mínima e 79 anos a máxima, concentrando-se nas faixas de 30 a 49 anos (Tabela II).
COINFECÇÕES
Nº
COINFECÇÕES
Faixa etária
Em 85,6 % dos casos de coinfecção hepatite B e HIV/Aids a provável fonte/mecanismo de infecção identificada foi a sexual, seguida do uso de drogas em 13,1% (Tabela III). Deve-se ressaltar que a fonte identificada é para a hepatite B e que esta análise pode ser alterada em função do percentual de informação ignorada.
77
b.2-) Hepatite C e HIV/Aids Foram identificados 648 casos de hepatite C (VHC-RNA reagente) com a informação de HIV/ Aids como agravo associado. O sexo masculino contribui com 64% dos casos de hepatite C e HIV/Aids (Tabela IV) e apresenta a relação de 35 mulheres para 100 homens.
Tabela IV - Casos com coinfecção Hepatite C (VHCRNA reagente) e HIV/Aids, segundo sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2009. Sexo
Nº
%
Feminino
233
36.0
Masculino
415
64.0
Total
648
100
Fonte: COVISA/CCD-Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009
Tabela V - Casos com coinfecção Hepatite C (VHCRNA reagente) e HIV/Aids, segundo faixa etária (em anos), Município de São Paulo, 2007 a 2009.
COINFECÇÕES
COINFECÇÕES
A média e a mediana da idade dos casos com coinfecção hepatite C e HIV/Aids é de 40,4 anos, sendo 6 anos a idade mínima e 76 anos a máxima, concentrando-se (75,7%) nas faixas de 30 a 49 anos de idade (Tabela V).
78
Em 52,8 % dos casos de coinfecção hepatite C e HIV/Aids a provável fonte/mecanismo de infecção identificada foi o uso de drogas, seguida da exposição sexual em 37,7% (Tabela VI). Deve-se ressaltar que a fonte identificada é para a hepatite C e que esta análise pode ser alterada em função do percentual de informação ignorada.
Faixa etária
Nº
%
5a9
1
0.2
10 a 19
6
0.9
20 a 29
41
6.3
30 a 39
216
33.3
40 a 49
275
42.4
50 a 59
94
14.5
60 a 69
13
2.0
70 a 79
2
0.3
648
100
Total
Fonte: COVISA/CCD-Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009
Tabela VI- Distribuição dos casos de coinfecção de hepatite C e HIV/Aids segundo a provável fonte/ mecanismo de infecção para a hepatite C, Município de São Paulo, 2007 a 2009. FONTE
*Nº
%
Sexual
159
37.7
Transfusional
11
2.6
Uso de drogas
223
52.8
Vertical
4
0.9
Hemodiálise
1
0.2
Outros
24
5.7
Total
422
100
*Excluídos 223 casos com informação ignorada Fonte: COVISA/CCD-Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009
b.3-) Hepatite B e C e HIV/Aids Tabela VII - Casos com coinfecção Hepatite C (VHCRNA reagente), Hepatite B (AgHBs reagente) e HIV/Aids, segundo sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2009. Sexo
Nº
%
Feminino
12
22.6
Masculino
41
77.4
Total
53
100
Fonte: COVISA/CCD-Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009
Foram notificados 409 casos com marcadores para os vírus B,C e HIV/Aids. Estes casos são relevantes, pois mostram a exposição dos indivíduos a múltiplas infecções, como hepatite B, C e HIV/Aids. Assim, foram encontrados 53 casos que apresentaram hepatite C (VHC-RNA reagente), hepatite B (AgHBs reagente) e a informação do HIV/aids como agravo associado. O sexo masculino foi o mais atingido com 77,4% dos casos (Tabela VII) e a relação é de 29 mulheres para 100 homens.
Nº
%
21
39.6
18
34.0
13
24.5
1
1.9
53
100
A idade dos casos de hepatite B e C com coinfecção com o HIV/Aids variou de 30 a 63 anos sendo média de 43,3 anos e a mediana de 43 anos, concentrando-se nas faixas de 30 a 59 anos (Tabela VIII).
Fonte: COVISA/CCD-Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009
Tabela IX– Distribuição dos casos de coinfecção de hepatite BC e HIV/Aids segundo a provável fonte/ mecanismo de infecção para as hepatites BC, Município de São Paulo, 2007 a 2009. FONTE
*Nº
%
Sexual
18
40.9
Uso de drogas
24
54.5
Transfusional
1
2.3
Outros
1
2.3
Total
44
100
Excluídos *9 casos com informação ignorada Fonte: COVISA/CCD-Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009
Quanto à provável fonte/ mecanismo de infecção observa-se ainda o predomínio de uso de drogas (54,5%), mas muito próximo da exposição sexual (40,9%) (Tabela IX).
COINFECÇÕES
Faixa etária 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 Total
COINFECÇÕES
Tabela VIII- Casos com coinfecção Hepatite C (VHCRNA reagente), Hepatite B (AgHBs reagente) e HIV/ Aids, segundo faixa etária.(em anos) Município de São Paulo, 2007-2009*.
79
Tabela X - Casos com coinfecção Hepatite C (VHCRNA reagente), Cicatriz Sorológica do VHB e HIV/Aids, segundo sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2009. Sexo
Nº
%
Feminino
60
16.9
Masculino
296
83.1
Total
356
100
Dos 356 casos que apresentam Hepatite C (VHC-RNA reagente) e também marcadores para infecção passada do HBV (cicatriz sorológica) e coinfecção com HIV/Aids o sexo masculino foi o mais atingido com 83,1% dos casos (Tabela X) e a relação é de 20 mulheres para 100 homens.
Fonte: COVISA/CCD-Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009
Tabela XI - Casos com coinfecção Hepatite C (VHCRNA reagente), Cicatriz Sorológica do VHB e HIV/ Aids, segundo faixa etária (em anos), Município de São Paulo, 2007 a 2009.
COINFECÇÕES
COINFECÇÕES
Faixa etária
Nº
%
20 a 29
8
2.3
30 a 39
98
27.6
40 a 49
180
50.7
50 a 59
60
16.9
60 a 69
8
2.3
70 a 79
0
2.3
80 a 89
1
0.3
355
100
Total
A idade dos casos de hepatite C com cicatriz sorológica para o VHB e coinfecção com o HIV/ Aids variou de 24 a 80 anos sendo média de 38 anos e a mediana de 43 anos, concentrando-se nas faixas etárias de 30 a 49 anos (Tabela XI).
Excluído 1 caso com idade ignorada Fonte: COVISA/CCD-Hepatites Virais Dados provisórios até 12/2009
Tabela XII- Distribuição dos casos* de coinfecção de hepatite C, cicatriz sorológica para o VHB e HIV/Aids segundo a provável fonte/mecanismo de infecção para as hepatites B e C. Município de São Paulo, 2007-2009**. FONTE
*Nº
%
Sexual
86
29.7
Transfusional
6
2.1
Uso de drogas
181
62.4
Domiciliar
3
1.0
Outros
14
4.8
Total
290
100
*Excluídos 66 casos com informação ignorada. Fonte: COVISA/CCD-Hepatites Virais **Dados provisórios até 12/2009
80
Quanto à provável fonte/ mecanismo de infecção observa-se o predomínio do uso de drogas (62,4%) muito distante da segunda fonte que é a sexual (29,7%), Tabela XII. Estes dados são muito diferentes dos encontrados na coinfecção HIV/Aids com hepatite B ou C isoladamente (Tabela III e VI).
O Sistema de Vigilância em Serviços (VIGISERV), foi desenvolvido por técnicos do Programa Municipal de DST/Aids (PM DST/Aids) e implantado desde 2002 nas 15 unidades de assistência da Rede Municipal Especializada em DST/Aids (RME DST/Aids) de São Paulo, com o objetivo de monitorar os pacientes matriculados e em seguimento em cada serviço desta Rede. A notificação de dados no VIGISERV não é compulsória, mas a sua análise é uma importante ferramenta para o desenvolvimento de ações de prevenção e assistência. O Setor de Informação do PM DST/Aids analisa mensalmente os dados enviados por cada serviços de assistência da RME DST/Aids, após a retirada de inconsistências e duplicidades do banco de dados, para a melhora na qualidade da informação. As informações obtidas no VIGISERV referem-se apenas aos serviços municipais da RME DST/Aids, não representando a realidade de todo o município de São Paulo.
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
a-) Sistema de Vigilância em Serviço (VIGISERV)
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
CAPÍTULO X- Outras Ferramentas de Vigilância
81
151
98
9107 11894
999 77 12 460 3363 4478 1821 533
947 81 16 660 3196 2741 1063 305
Até 2002 F M
3177
60
2429
70
M 254 20 2 137 897 1006 601 200
2003 285 16 1 197 720 616 362 162
F
Fonte:VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
0a4 5a9 10 a 12 13 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e + TOTAL
Faixa Etária
72
2550
M
105
96
248 20 13 191 1131 1066 671 280
2005 M
230 16 8 291 861 661 431 216
F
116
M
3396
95
211 21 6 161 1041 946 629 286
2006 213 21 5 272 779 657 392 196
F
3368 2819 3716 2651
96
248 20 13 191 1131 1066 671 280
2004 237 20 7 217 782 686 364 165
F
92
188
156
218 8 13 212 1327 1169 804 361
2008 M 213 10 7 267 822 714 456 260
F
2552 3678 2937 4268
119
M 217 11 8 202 1123 1030 677 318
2007 218 12 9 290 721 581 358 244
F
Tabela I. Pacientes matriculados na RME segundo ano de matricula, sexo e faixa etária. Município de São Paulo, 2000-2009*.
147
2977
M
4596
135
207 15 8 239 1546 1196 870 380
2009 225 12 15 326 872 638 454 288
F
859
2597 191 68 1786 11393 11882 6721 2596
M
38093
Total
28022
915
2568 188 68 2520 8753 7294 3880 1836
F
Desde a implantação do VIGISERV em 2002 até 2009, foram matriculados nas 15 unidades da RME 57,6% (38.093/66.115) pacientes do sexo masculinos e 28.022 femininos. No ano de 2009, houve 7.573 novas matrículas. Do total de pacientes matriculados, a faixa etária mais freqüente é a de 20-29 anos com 30,5% (20.146/66.115), seguida por 29,0% (19.176/66.115) pela faixa etária de 30-39 anos (tabela 1).
Pacientes Matriculados
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
82
211
184
9107 11894
152 588
1939 1696 57
2029 1347 62 126 549
7188
4773
Até 2002 F M
Fonte:VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
Hepatite C Outros Exposição Vertical HIV/ Aids TOTAL
AIDS DST HIV Hepatite B
Faixa Etária F
M
3177
63
359 184
690 507 115
1237
F
2550
80
361 169
745 399 84
703
M
57
404 222
976 434 122
601
77
464 245
1185 661 146
925
2005 F M F
77
400 219
907 409 105
533
M
3396
75
401 241
1036 608 123
910
2006
3368 2819 3716 2651
83
378 175
951 585 109
1070
2004 F
2552
61
396 211
864 418 115
487
M
3678
61
411 232
1043 838 169
919
2007
122
453 212
1215 1152 144
967
2937 4268
131
503 173
921 591 143
475
2008 F M
F 369
2977
203
526 110
M
4596
169
457 112
1361 1501 116
877
2009
1069 610 87
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
2429
77
323 188
599 346 88
796
2003
Tabela II. Pacientes matriculados na RME segundo ano de matricula, sexo e diagnóstico principal. Município de São Paulo, 2000-2009*. F
28022
870
3039 1841
8110 4554 806
8737
M
861
3075 1989
9420 7548 979
14093
38093
Total
Do total de pacientes matriculados, o diagnóstico mais freqüente é Aids, 34,5% (22.830/66.115), seguido por DST, 26,5% (17.530/66.115) (tabela 2).
83
2355 909
8713
1757 522
5765
Parda Ignorado TOTAL
Fonte:VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
4563 28 829
2832 6 633
M 29
Branca Indígena Preta
F 15
Amarela
Raça
AIDS F
3777
1449 141
1870 6 293
18
M 18
4811
1778 222
2363 8 422
DST F
3152
1128 233
1405 3 370
13
M 32
5464
1642 425
2802 18 545
HIV
416
179 7
172 2 46
10
F
515
235 10
209 3 52
6
M
Hepatite B
1724
607 28
957 1 116
15
F
1652
599 35
872 1 137
8
M
Hepatite C
370
92 37
224 0 15
2
378
102 28
228 0 19
1
Exposição Vertical HIV/ Aids F M
450
115 77
235 0 21
2
F
424
115 69
215 0 22
3
M
Outros
Tabela III. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME segundo raça, sexo e diagnóstico principal. Município de São Paulo, 2000-2009*.
F
15654
5327 1045
7695 18 1494
75
M 97
21957
6826 1698
11252 58 2026
TOTAL
Dos pacientes matriculados, 56,9% (37.611/66.115), continuam em seguimento ambulatorial, mantendo a maior proporção do sexo masculino, 57,4% (21.957/37611). Segundo o recorte étnico racial, 50,4% (18.947/37.611) dos pacientes em seguimento são da cor branca, seguido por 32,3% (12.153/37.611) da cor parda. O diagnóstico mais freqüente dos pacientes em seguimento são 38,5% (14.478/37.611) Aids, 22,9% (8.616/37.611) HIV e 22,8% (8.588/37.611) DST (tabela III).
Pacientes em Seguimento
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
84
8713
5765
M 13 69 66 88 640 2531 3424 1434 448
8 78 71 106 418 1938 2049 820 277
F
AIDS
3777
6 4 11 376 1820 883 422 190 65
F
M 8 22 12 64 670 1148 821 316 91
F
M 32 13 14 57 1299 1926 1484 500 139
HIV
4811 3152 5464
14 6 4 203 2385 1316 536 234 113
DST
Fonte: VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
0a4 5a9 10 a 12 13 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e + TOTAL
Faixa Etária
416
2 2 0 8 81 115 102 66 40
F
515
8 0 0 5 86 145 124 96 51
M
Hepatite B
7 2 3 3 122 294 502 469 248
M
1724 1652
13 7 3 22 191 395 291 402 400
F
Hepatite C
450
378 50 12 10 0 0 0 0 0
424
347 52 14 11 0 0 0 0 0
Exposição Vertical HIV/Aids F M F
M
378
109 41 19 9 41 63 61 25 10
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
370
106 40 18 9 35 56 51 41 14
Outros F
15654
521 203 127 595 3215 4535 3736 1835 887
M
1009
2758
6131
6275
4573
378
530 183 120
21957
TOTAL
Tabela IV. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME segundo diagnóstico principal, sexo e faixa etária. Município de São Paulo, 2000-2009*.
Dos pacientes em acompanhamento, 95,5% (35.927/37.611) são maiores de 13 anos. A faixa etária mais freqüente dos pacientes em acompanhamento é a de 30-39 anos, 28,7% (10.810/37.611), seguida pela faixa etária de 40-49 anos, 26,2% (9.867/37.611). Em ambas as faixas etárias, o diagnóstico principal mais freqüente são Aids, 26,4% (9.942/37.611) e 14,3% HIV (5.379/37.611) (tabela IV).
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
85
M 4 1 13 8 5 15 3 1 41 18 17 1 4 3 14
148
F 7 4 6 3 9 20 5 1 30 25 16 0 7 5 19
157
Fonte:VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
AE CECI AE VILA PRUDENTE CR SANTO AMARO CR FREGUESIA DO Ó CR PENHA SAE BETINHO SAE BUTANTA SAE CAMPOS ELISEOS SAE CIDADE DUTRA SAE CIDADE LIDER SAE FIDELIS RIBEIRO SAE IPIRANGA SAE JD MITSUTANI SAE LAPA SAE SANTANA TOTAL
UNIDADE
AIDS
21
0 0 0 0 1 1 0 0 14 0 0 0 1 1 3
F
DST
24
0 0 0 0 3 0 3 0 18 0 0 0 0 0 0
M
42
0 0 2 2 1 1 0 6 2 16 3 0 1 2 6
F
HIV
59
1 1 1 1 2 0 3 19 5 15 2 0 0 2 7
M
4
0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
F
8
1 3 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
M
Hepatite B
23
0 3 7 0 7 0 1 1 1 1 0 0 0 0 2
F
12
0 2 0 1 5 0 1 1 1 0 0 0 0 0 2
M
Hepatite C
440
10 3 17 26 58 23 33 16 81 44 53 7 16 18 35
413
11 7 6 23 44 26 33 20 94 56 42 7 11 7 26
Exposição Vertical HIV/Aids F M
164
1 11 13 1 8 1 37 8 25 46 0 0 0 12 1
F
169
1 12 22 0 2 2 50 3 21 46 0 3 0 5 2
M
Outros F
851
18 21 45 32 88 46 76 32 153 132 72 7 25 38 66
TOTAL
833
18 26 42 33 64 43 93 44 180 135 61 11 15 17 51
M
Tabela V. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME menores de 12 anos segundo diagnóstico principal, sexo e unidade. Município de São Paulo, 2000-2009*.
Dos pacientes em seguimento ambulatorial, 4,5% (1.684/37.611) são menores de 12 anos e a maioria, 50,7% (853/1.684) tem como diagnóstico principal a exposição vertical pelo HIV/Aids. O SAE Cidade Dutra atende 19,8% (333/1.684) e o SAE Cidade Lider 15,9% (267/1.684) dos pacientes em seguimento menores de 12 anos (tabela V).
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
86
8565
5608
M 402 295 829 682 648 317 594 884 374 631 791 346 304 462 1006
F 249 183 506 560 417 258 427 215 338 464 622 172 244 215 738
AIDS
Fonte:VIGISERV - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
AE CECI AE VILA PRUDENTE CR SANTO AMARO CR FREGUESIA DO Ó CR PENHA SAE BETINHO SAE BUTANTA SAE CAMPOS ELISEOS SAE CIDADE DUTRA SAE CIDADE LIDER SAE FIDELIS RIBEIRO SAE IPIRANGA SAE JD MITSUTANI SAE LAPA SAE SANTANA TOTAL
UNIDADE
3756
1 55 124 139 1142 153 265 7 867 124 358 74 97 86 264
F
M
F 80 30 141 123 236 300 167 318 259 598 425 55 120 95 163
M 232 70 293 110 412 324 209 1637 309 662 514 87 120 180 246
HIV
4787 3110 5405
1 61 304 92 598 208 1000 40 1043 204 753 197 71 17 198
DST
412
1 14 153 21 119 6 12 0 30 31 1 22 0 0 2
507
6 16 176 14 179 6 16 0 34 21 1 30 0 4 4
Hepatite B F M 15 126 477 129 595 32 42 46 30 29 4 93 0 2 20
1701 1640
10 131 546 194 522 37 33 20 15 39 1 128 0 5 20
Hepatite C F M
220
0 10 2 0 0 0 4 2 20 0 1 181 0 0 0
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
216
0 31 9 0 0 0 1 2 14 0 0 159 0 0 0
Outros F M
656 578 2081 1027 2432 887 1865 2609 1810 1547 2064 934 495 665 1474
14803 21124
341 444 1479 1037 2436 754 905 562 1523 1256 1407 610 461 401 1187
TOTAL F M
Tabela VI. Pacientes em seguimento ambulatorial na RME maiores de 13 anos segundo diagnóstico principal, sexo e unidade. Município de São Paulo, 2000-2009*.
Dos pacientes de 13 anos ou mais em seguimento, 13,5% (4.868/35.927) são atendidos no CR Penha (tabela VI).
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
87
b-) Planilha de Sorologias
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
A cidade de São Paulo conta com uma Rede Municipal Especializada em DST/Aids (RME DST/Aids) de 24 Serviços, onde são realizados testes para detecção dos vírus do HIV, Sífilis e Hepatites B e C. A partir de 2007, o Teste Rápido Diagnóstico (TRD) para o HIV foi implantado em toda a RME DST/Aids, como parte de uma estratégia do Programa Municipal de DST/Aids (PM DST/ Aids )para ampliar o acesso da população ao diagnóstico do HIV. A partir de 2008, o PM DST/ Aids iniciou treinamentos para a implantação do TRD nas Unidades Básicas de Saúde. Todos os exames realizados para as sorologias citadas acima, são monitorados pelo Setor de Informação do PM DST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, por meio de planilhas com campos para a quantidade de testes realizados e o perfil do usuário (faixa etária e sexo) que procura a RME DST/Aids espontaneamente. As informações subsidiam o PM DST/Aids, na elaboração de estratégias para a ampliação do acesso ao diagnóstico precoce, o que é fundamental para a redução da morbi-mortalidade do HIV e de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Gráfico I. Total de testes realizado para HIV por Teste Rápido Diagnóstico e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2007-2009*. 20 000
3000
16 000
2500
2000
12 000
1500 8000
1000 4000 0
500 2007
Fonte:Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
88
2008
2009
0
Total Positivo
Dos testes diagnósticos para HIV pelo método ELISA, 3,5% (1.376/38.765) tiveram resultados positivos (gráfico II).
5000
50 000
4000
40 000
3000 Total
30 000 2000
20 000
1000
10 000 0
Positivo
2005
2006
2007
2008
2009
0
Fonte:Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
Quando analisamos as sorologias para diagnóstico para hepatite B, 3,1% (1.510/49,172) foram positivas (gráfico III). Gráfico III. Total de testes realizado para Hepatite B e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005-2009*. 50 000
5000
40 000
4000
30 000
3000
20 000
2000
10 000
1000
0
2005
2006
2007
2008
2009
Total Positivo
0
Fonte:Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
89
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
60 000
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
Gráfico II. Total de testes realizado para HIV pelo método Elisa e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005-2009*.
Para diagnóstico de hepatite C, foram realizados 49.299 testes. Destes, 3,5% (1.727/49,299) resultados foram positivos (gráfico IV).
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
Gráfico IV. Total de testes realizado para Hepatite C e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005-2009*. 50 000
5000
40 000
4000
30 000
3000
20 000
2000
10 000
1000
0
2005
2006
2007
2008
2009
Total Positivo
0
Fonte:Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
Foram realizados 49.803 testes sorológicos para o diagnóstico de sífilis, dos quais 5,2% (2.591/49.803) tiveram resultados positivos (gráfico V). Gráfico V. Total de testes realizado para Sífilis e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005-2009*. 60 000
5000
50 000
4000
40 000
3000
30 000
2000
20 000
1000
10 000 0
2005
2006
2007
Fonte:Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
90
2008
2009
0
Total Positivo
955
216
207
934
222
206
97
203
200
108
M 217
0 a 12
F 213
8052
635
1945
1937
1949
8538
797
2050
2043
2070
M 1578
13 a 19
F 1586
15619
1520
3724
3736
3755
15092
1420
3587
3590
3600
25086
2770
6008
5964
6036
M 4308
25 a 29 F 2895
11293
1056
2692
2675
2719
18096
1837
4304
4325
4423
M 3207
30 a 34 F 2151
8710
831
2061
2073
2089
13196
1252
3159
3157
3216
M 2412
35 a 39 F 1656
13857
1091
3332
3315
3321
16287
1417
3919
3886
4000
M 3065
40 a 49 F 2798
8043
532
1928
1945
1937
8183
37
20
13
10
3
51
6
5
7
40
143
27
44
8
4
228
26
33
28
114
M 27
13 a 19
F 15
M 17
0 a 12
F 18
302
47
58
77
73
F 47
Fonte:Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
HIV - Elisa DST Hepatite B Hepatite C TRD TOTAL
UNIDADES
365
72
79
85
73
1099
234
103
144
403
M 215
25 a 29 F 56
345
68
86
72
76
876
168
119
124
303
M 162
30 a 34 F 43
360
71
79
83
69
750
126
135
107
217
M 165
35 a 39 F 58
561
89
148
146
111
1168
179
261
171
368
M 189
40 a 49 F 67
393
33
141
118
70
544
56
183
96
145
M 64
50 a 59 F 31
208
5
82
64
47
F 10
223
937
911
952
3827
210
15
72
33
78
M 12
60 a 69
3945
195
962
950
957
M 804
60 a 69 F 881
39
5
15
11
7
F 1
726
62
169
170
167
31
3
8
11
9
M 0
70 e +
743
47
175
177
177
M 158
70 e + F 167
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
OUTRAS FERRAMENTAS DE VIGILÂNCIA
837
150
73
92
352
M 170
20 a 24
600
1974
1960
2008
M 1641
50 a 59 F 1701
Tabela II. Número total de testes positivos realizados segundo sexo, faixa etária e tipo de teste. Município de São Paulo, 2009*.
24125
2417
5782
5753
5842
M 4331
20 a 24 F 2884
Fonte:Setor de Informação - PM DST/Aids/SMS/SP *Dados preliminares até 31/12/2009, sujeitos a revisão.
TRD TOTAL
Hepatite B Hepatite C
HIV - Elisa DST
UNIDADES
Tabela I. Número total de testes realizados segundo sexo, faixa etária e tipo de teste. Município de São Paulo, 2009*.
91
404
6
101
104
117
M 76
12
4
0
2
4
F 2
24
1
0
0
16
M 7
Ignorado
253
12
67
73
65
F 36
Ignorado
11478
28619
28495
29034
961
997
819
2013
M 1028
5818
Total
2768
421
730
691
578
F 348
86541 119423
7447
20680
20677
20769
M 21797
Total F 16968
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