Boletim Epidemiológico de Aids HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo – Ano XV nº14

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Boletim Epidemiológico

de

Aids

HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo Ano XV - No 14 - Junho 2011


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Prefeito da Cidade de São Paulo Gilberto Kassab Secretário Municipal da Saúde Januario Montone Coordenadora do Programa Municipal de DST/aids Márcia de Lima Coordenadora de Vigilância em Saúde (COVISA) Inês Suarez Romano Gerente do Centro de Controle de Doenças (CCD) Rosa Maria Dias Nakazaki Gerente da Vigilância em Saúde Ambiental (GVISAM) Vera Lucia Anacleto Cardoso Allegro Elaboração COVISA CCD - COVISA Vigilância Epidemiológica de DST/aids Alessandra Cristina Guedes Pellini Amália Vaquero Cervantes Uttempergher Ana Hiroco Hiraoka Beatriz Barrella Doris Sztutman Bergmann Regina Aparecida Chiarini Zanetta Programa Municipal de Hepatites Virais Célia Regina Cicolo da Silva Clóvis Prandina Helena Aparecida Barbosa Inês Kazue Koizumi Jussara Mello Soares Maria Eunice Rebello Pinho Olga Ribas Paiva Programa Municipal de Tuberculose Naomi Kawaoka Komatsu Regina Rocha Gomes de Lemos Sumie Matai de Figueiredo GVISAM - COVISA Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico Claudia de Oliveira e Silva Luiz Martins Junior Maristela Maule Regina Maria Pinter da Silva Núcleo de Informação - COVISA José Olímpio Moura de Albuquerque Márcia Costa Dobrowisch Márcia Regina Buzzar Mari Oda Marcus Ney Pinheiro Machado Renato Passalacqua

2

Programa Municipal DST/aids Setor de Informação Maria Lúcia Rocha de Mello Maria Elisabeth de Barros Reis Lopes Douglas da Silva Maria Setor de Comunicação Luciana Oliveira Pinto de Abreu Roberto Ramolo Colaboração CCD-COVISA Ana Maria Bara Bresolin Neli Gomes de Brito Fonseca Roberta Andréa de Oliveira Programa de Aprimoramento de Informação em Mortalidade – PRO-AIM Edmea Costa Pereira Iracema Ester do Nascimento Castro Josá Augusto Pousa Bátina Maria Rosana Issberner Panachão Mauro Taniguchi Coordenação de Epidemiologia e Informação - CEInfo/ Gerência de Geoprocessamento e Informações Socioambientais - GISA. Ciliane Matilde Sollitto Karla Reis Cardoso de Mello Maria Cristina Haddad Martins


Boletim Epidemiológico

de

Aids

HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo Ano XV - No 14 - Junho 2011


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

01 02 03 04 05 06 07 08 4

AIDS

PÁG. 17

HIV

PÁG. 37

TRANSMISSÃO VERTICAL

PÁG. 42

Hepatites B e C

PÁG. 67

Vigilância Epidemiológica de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis

PÁG. 83

Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material BiológicO

PÁG. 85

COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV

PÁG. 93

Outras Fontes de Vigilância

PÁG. 107


01

AIDS

PÁG. 17

Tabela 1. Total de casos de aids notificados e coeficiente de incidência*, segundo sexo e ano de diagnóstico, com

19

razão de sexo. Município de São Paulo, 1980-2011**. Tabela 2. Casos de aids (Nº e %) , segundo faixa etária, sexo e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*.

20

Figura 1. Mapa de Coeficiente de Incidência de aids, segundo Distrito Administrativo de residência. Município de São

21

Paulo, 2010. Tabela 3. Casos de aids (Nº e CI*) , segundo faixa etária, sexo e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 2001-2010**.

22

Tabela 4. Casos de aids (Nº e %) , segundo raça/cor, sexo e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*.

23

Tabela 5. Casos de aids (Nº e %) em indivíduos com 19 anos de idade ou mais, segundo escolaridade e época do

24

diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*. Tabela 6. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo masculino, segundo categoria de exposição

25

hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011***. Tabela 7. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino, segundo categoria de exposição

26

hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011***. Tabela 8. Casos de aids (Nº e %) em menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição hierarquizada e

26

época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1984-2011*. Tabela 9. Número de casos de aids diagnosticados em menores de 13 anos e notificados no SINAN NET, segundo faixa

27

etária e época de diagnóstico. Município de São Paulo, 1990 a 2010*. Tabela 10. Casos de aids em crianças (Nº e %) notificados no SINAN NET, segundo época de diagnóstico e tempo

27

decorrido entre o diagnóstico e a notificação. Município de São Paulo, 1991 a 2010*. Tabela 11. Casos de aids (Nº e %), segundo Coordenadoria de Saúde, Supervisão de Saúde de residência e agrupamento

28

de anos do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2010*. Tabela 12. Casos de aids (Nº e %) por categoria de exposição, segundo Coordenadoria de Saúde e Supervisão de

29

Saúde de residência. Município de São Paulo, 1980-2011*. Tabela 13. Casos de óbitos por aids (Nº e CM**), por ano de ocorrência e sexo. Município de São Paulo, 1981 a 2011*.

30

Tabela 14. Principais causas de morte, em ambos os sexos, nos anos de 1996, 2009 e 2010. Município de São Paulo*.

31

Tabela 15. Principais causas de morte, segundo sexo, nos anos de 1996, 2009 e 2010. Município de São Paulo*.

32

Tabela 16. Posição da aids entre os óbitos gerais de residentes no município, segundo lista condensada de causas de

33

morte, por faixa etária e sexo. Município de São Paulo, 1996, 2002 e 2010*.


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO Tabela 17. Principais causas de morte de residentes no município, segundo lista condensada da CID10 (Nº e %), faixa

34

etária e sexo. Município de São Paulo, 2010*. Tabela 18. Óbitos por aids (Nº e %) em residentes no município, segundo raça/cor e ano do óbito. Município de São

35

Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 19. Óbitos por aids, total de óbitos e mortalidade proporcional, segundo raça/cor. Município de São Paulo, 2010*.

35

Figura 2. Taxa bruta de mortalidade por aids, por Distrito Administrativo de residência, nos anos 1996, 2002 e 2010.

36

Município de São Paulo*.

02

HIV

PÁG. 37

Tabela 1. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo e ano de diagnóstico.

38

Município de São Paulo, 1982-2011*. Tabela 2. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, do sexo masculino, segundo ano de

39

diagnóstico e Supervisão Técnica de Saúde de residência. Município de São Paulo, 1982-2011*. Tabela 3. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, do sexo feminino, ano de diagnóstico

40

e Supervisão Técnica de Saúde de residência. Município de São Paulo, 1982-2011*. Tabela 4. Casos (Nº e %) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo tipo de unidade notifi-

41

cadora. Município de São Paulo, 1982-2011*. 41

Tabela 5. Casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo, razão de sexo e unidade notificadora. Município de São Paulo, 1982-2011*.

42

Tabela 6. Número de casos diagnosticados de HIV em menores de 13 anos e notificados no SINAN NET, segundo faixa etária e época de diagnóstico. Município de São Paulo, 1990 a 2010*.

03

TRANSMISSÃO VERTICAL

PÁG. 42

3. 1. Transmissão vertical do HIV

44

3.1.1. GESTANTE

44

Tabela 1. Número de casos notificados de gestantes HIV, segundo ano de notificação. Município de São Paulo,

45

2000 a 2011*. Gráfico 1. Distribuição percentual das notificações de gestantes HIV, segundo o momento da evidência laboratorial do HIV. Município de São Paulo, 2000 a 2011*.

6

45


Tabela 2. Gestantes infectadas pelo HIV notificadas, segundo atributos da gestação, por ano da notificação. Mu-

46

nicípio de São Paulo, 2007 a 2011*. Tabela 3. Gestantes infectadas pelo HIV notificadas, segundo atributos da gestação, do parto e da criança, por ano

47

do parto. Município de São Paulo, 2007 a 2011*. 3.1.2. CRIANÇA exposta

48

Gráfico 2. Distribuição percentual dos casos de crianças expostas notificadas, segundo a classificação atual e o ano

48

de nascimento. Município de São Paulo, 2000 a 2009*. Tabela 4. Casos (N e %) de crianças expostas notificados, segundo ano de nascimento e classificação atual do encer-

48

ramento. Município de São Paulo, 2000 a 2011*. Tabela 5. Casos (N e %) de crianças expostas nascidas até 2009, notificados no período de janeiro de 2007 a junho

49

de 2011*, segundo ano de nascimento e medida de prevenção preconizada, em residentes no município de São Paulo. Gráfico 3. Distribuição percentual de crianças expostas, segundo a classificação atual e a Coordenadoria de residên-

49

cia. Município de São Paulo, 2007 a 2009*. Gráfico 4. Porcentagem de casos encerrados como infectados, porcentagem de óbitos e taxa de transmissão vertical

50

em crianças notificadas entre janeiro de 2007 e junho de 2011, nascidas até 2009, segundo Coordenadoria de Saúde. Município de São Paulo*. Tabela 6. Casos (N e %) notificados no período de janeiro de 2007 a junho de 2011*, de crianças expostas,

50

nascidas até 2009, segundo classificação do caso e Coordenadoria de residência. Município de São Paulo. Tabela 7. Número, porcentagem e risco relativo de medidas profiláticas preconizadas em crianças expostas nascidas

51

até 2009, notificadas entre janeiro de 2007 e junho de 2011*. Município de São Paulo. Tabela 8. Casos notificados de aids em menores de 5 anos, segundo ano de diagnóstico e coeficiente de incidência.

51

Município de São Paulo, 2000 a 2008*. 3. 2. Transmissão vertical dA SÍFILIS

53

3.2.1. GESTANTE

53

Gráfico 1. Número de gestantes notificadas com sífilis, segundo Coordenadoria de Saúde e ano de notificação.

53

Município de São Paulo, 2007 a 2010*. Tabela 1. Casos de gestantes com sífilis, ano de notificação, Coordenadoria de de Saúde e respectivas Supervisões

54

de Vigilância em Saúde. Município de São Paulo, 2007 a 2011*. Tabela 2. Casos de gestantes com sífilis, segundo características dos casos e ano de notificação. Município de São

57

Paulo, 2007 a 2011*. Tabela 3. Casos de gestantes com sífilis, segundo características do pré-natal e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2011*.

58


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO Tabela 4. Tratamento das gestantes com sífilis, segundo a classificação clínica da doença. Município de São Paulo,

58

2007 a 2011*. 59

Tabela 5. Casos de gestantes com sífilis, segundo tratamento dos parceiros e ano de notificação. Município de São Paulo, 2008 a 2011*. 3.2.2. SÍFILIS CONGÊNITA

60

Gráfico 1. Coeficiente de incidência de sífilis congênita, segundo Coordenadorias Regionais de Saúde de residência.

61

Município de São Paulo, 2003 a 2010*. 61

Tabela 1. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência por 1000 nascidos vivos), segundo Coordenadorias Regionais de Saúde e respectivas Supervisões de Vigilância em Saúde de residência e ano de nascimento. Município de São Paulo, 1998 a 2003 e 2004 a 2011*.

62 Gráfico 2. Distribuição de casos notificados de sífilis congênita, segundo os grupos de unidades de saúde e ano de notificação, residentes no município de São Paulo, 2007 a 2010*. 64 Tabela 2. Casos notificados de sífilis congênita, segundo caracteristicas da mãe e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2003 a 2011*. 65 Tabela 3. Casos notificados de sífilis congênita, segundo ano de nascimento e esquema de tratamento das mães com sífilis e dos parceiros, durante o pré-natal. Município de São Paulo, 2003 a 2011*.

66

Tabela 4. Casos notificados de sífilis congênita, segundo caracteristicas da criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2003 a 2011*.

04

Hepatites B e C

PÁG. 67

Figura 1. Marcadores sorológicos de triagem para as hepatites B e C.

68

Gráfico 1. Porcentagem de casos de hepatite B e C notificados, segundo Coordenadoria Regional de Saúde de

69

notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Tabela 1. Número e porcentagem de notificações de hepatites B e C, segundo tipo de serviço. Município de São Paulo,

69

2007 a 2010. Gráfico 2. Porcentagem de notificações de hepatites virais, segundo tipo de serviço notificador. Município de São

70

Paulo, 2007 a 2010. Epidemiologia das Hepatites B e C

70

Tabela 2. Número de casos notificados com marcadores para os Vírus da Hepatite B ou C, segundo ano de notificação.

70

Município de São Paulo, 2000 a 2010.

8


Gráfico 3. Número de casos com marcadores para o VHB, segundo classificação final e ano da notificação. Município

71

de São Paulo, 2000 a 2010. Gráfico 4. Número de casos notificados de VHC, segundo classificação final e ano da notificação. Município de São

71

Paulo, 2000 a 2010. Hepatite B

72

Gráfico 5. Número de casos com marcadores para o VHB, segundo classificação final e faixa etária (na notificação, em

72

anos). Município de São Paulo, 2007 a 2010. Gráfico 6. Porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo classificação final e sexo. Município de São

72

Paulo, 2007 a 2010. Tabela 3. Distribuição dos casos de hepatite B, segundo raça/cor e classificação final. Município de São Paulo, 2007

73

a 2010. Tabela 4. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo a provável fonte/mecanismo de

73

transmissão. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Figura 2. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHB, segundo distrito administrativo e

74

Coordenadoria de Saúde de Saúde (CRS) de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Hepatite C

75

Gráfico 7. Número de casos com marcadores para o VHC, segundo faixa etária (idade na notificação em anos). Município

75

de São Paulo, 2007 a 2010. Gráfico 8. Porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo sexo. Município de São Paulo, 2007 a 2010.

76

Tabela 5. Distribuição dos casos de hepatite C, segundo raça/cor e marcador sorológico. Município de São Paulo,

76

2007 a 2010. Tabela 6. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo a provável fonte/mecanismo de

77

transmissão. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Figura 3. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHC, segundo distrito administrativo e

77

Coordenadoria Regional de Saúde de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Coinfecção Hepatites B/C e HIV

78

Tabela 1. Número e porcentagem de casos de hepatite B ou C, segundo informação de presença de coinfecção com

78

o HIV/Aids na notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Perfil epidemiológico dos casos de hepatite B com coinfecção com o HIV

78

Gráfico 1. Distribuição percentual dos casos com marcadores para o VHB e informação de presença de coinfecção com

78

HIV/Aids, segundo sexo. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Gráfico 2. Número de casos com marcadores para o VHB e informação de presença de coinfecção com o HIV/Aids, segundo faixa etária (em anos). Município de São Paulo, 2007 a 2010.

79


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO Tabela 2. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHB e HIV, segundo a provável fonte/mecanismo

79

de transmissão. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Figura 1. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHB e informação de presença de

80

coinfecção com o HIV, segundo Distrito Administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Perfil epidemiológico dos casos de hepatite C com coinfecção com o HIV

80

Gráfico 3. Porcentagem de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/Aids,

81

segundo sexo. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Gráfico 4. Número de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/Aids,

81

segundo faixa etária (em anos). Município de São Paulo, 2007 a 2010. Tabela 3. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com

82

HIV/Aids, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Figura 2. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHC e informação de presença de

82

coinfecção com HIV/Aids, segundo Distrito Administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2010.

05 06

Vigilância Epidemiológica de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis

PÁG. 83

Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material BiológicO PÁG. 85

Gráfico 1. Acidentes de trabalho com exposição a material biológico, em números absolutos, por ano da notificação,

86

segundo o sistema de notificação SINABIO e SINAN. Município de São Paulo, 2000 a 2010*. Tabela 1. Número e porcentagem de notificações de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segun-

87

do ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 2. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo

87

principais unidades notificadoras. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 3. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo

88

faixa etária do acidentado. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 4. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo

88

ocupação do acidentado. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 5. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo circunstâncias do acidente. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. 10

89


Tabela 6. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo o tipo de

89

exposição. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 7. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo situação

90

vacinal para hepatite B. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 8. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo ano de ocorrên-

90

cia e evolução do caso. Município de São Paulo, 2006 a 2010*.

07

COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV

PÁG. 93

Introdução

94

Situação Epidemiológica da coinfecção TB/HIV.

94

Gráfico 1. Coinfecção TB/HIV: Total e casos novos de TB. Município de São Paulo, 1999 a 2010.

94

Figura 1. Distribuição de taxas de coinfecção TB/HIV por Distrito Administrativo de residência. Município de São

95

Paulo, 2010. 96 Gráfico 2. Coinfecção TB/HIV por CRS de residência. Município de São Paulo, 2010. 96 Gráfico 3. Distribuição da taxa de coinfecção TB/HIV por faixa Etária. Município de São Paulo, 1999 a 2010. 97 Quadro 1. Casos novos de TB residentes e taxa de coinfecção. Município de São Paulo, 1999 – 2010. 98 Casos de TB e testagem anti HIV. 98 Gráfico 4. Casos novos com teste anti-HIV realizado e positividade das amostras. Município de São Paulo, 1999 a 2010.

98

Gráfico 5. Casos novos de TB, % coinfecção HIV e % com testagem por faixa etária. Município de São Paulo, 2010.

99

Resistência às drogas antituberculose (antiTB).

99

Resultados de tratamento de casos novos de TB.

99

Gráfico 6. Casos novos de TB/HIV: Taxas de cura, abandono e óbito por tipo de tratamento. Município de São Paulo,

100

2010. 100 Gráfico 7. Percentual de cura e óbito em pacientes resistentes soropositivos. Município de São Paulo, 2006 a 2009. 100 Óbitos de residentes com tuberculose e HIV. 101 Gráfico 8. Coeficientes de Mortalidade de TB e de aids com TB associada. Município de São Paulo, 2002 a 2010. 101 Gráfico 8a. Mortalidade causa básica TB por 100 mil habitantes. Município de São Paulo, 2010.


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

102 Gráfico 8b. Mortalidade por causa básica Aids com TB associada/100 mil hab. Município de São Paulo, 2010. 102 Tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB – quimioprofilaxia para TB) Quadro2. Número de tratamentos ITLB iniciados na população em geral e nos casos HIV positivos, por ano de início de tratamento. Município de São Paulo, 2008 a 2010. Quadro 3. Distribuição de casos de tuberculose com coinfecção HIV e HIV(-) por forma clínica. Tipo de descoberta dos casos novos bacilíferos. Total de Pulmonares HIV(+) (novos, recidivas, e retratamentos pós abandono e pós falência) e cultura de escarro realizada. Município de São Paulo, 1999 a 2010. Quadro 4. Casos novos HIV(+) e HIV(-): Cobertura de TDO e Resultados por tipo de tratamento. Município de São Paulo, 1999 a 2010.

08

PÁG. 107 Outras Fontes de Vigilância

Sistema de Vigilância em Serviço (VIGSERV)

Tabela 1. Número e porcentagem de matrículas, segundo diagnóstico principal e ano de matrícula nas unidades da

109

Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011***. Gráfico 1. Número de matrículas, segundo o diagnóstico principal e ano de matrícula nas unidades da Rede Municipal

109

Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 2. Número e distribuição percentual de casos matriculados, segundo faixa etária e sexo, Rede Municipal Espe-

110

cializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 3. Número e distribuição percentual de casos matriculados, segundo diagnóstico principal e sexo, Rede Muni-

110

cipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 4. Número e distribuição percentual de casos matriculados, segundo unidade de atendimento e sexo, Rede

111

Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 5. Número e distribuição percentual de casos matriculados, segundo ano de matrícula e situação atual, Rede

112

Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Gráfico 2. Distribuição percentual dos casos matriculados, segundo a situação atual, Rede Municipal Especializada em

112

DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 6. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento, segundo faixa etária por ocasião da matrícula

113

e sexo, Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 7. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento, segundo raça/cor e sexo, Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*.

12

113


Tabela 8. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento, segundo unidade de atendimento e sexo,

114

Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 9. Número e porcentagem de usuários em seguimento, segundo diagnóstico principal e unidade de atendi-

114

mento, Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 10. Matriculados menores de 13 anos, segundo o diagnóstico principal, Rede Municipal Especializada em DST/

115

aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011****. Tabela 11. Situação atual dos matriculados menores de 13 anos na Rede Municipal Especializada em DST/aids. Muni-

116

cípio de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 12. Número e porcentagem de crianças em seguimento, segundo diagnóstico principal e unidade de segui-

116

mento, RME em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Gráfico 3. Distribuição percentual de casos em seguimento, segundo diagnóstico principal, Rede Municipal Especiali-

117

zada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 12. Número e porcentagem de casos em seguimento, segundo diagnóstico principal e ano de matrícula, RME

117

em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Estatísticas de Sorologias Gráfico1. Total de testes realizados para o HIV, pelo método de Elisa e Teste Rápido Diagnóstico** (TRD), na Rede Mu-

119

nicipal Especializada eem DST/aids e total de positivos, segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. Gráfico 2. Total de testes realizados para o diagnóstico da Sífilis, na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total

120

de positivos, segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. Gráfico 3. Total de testes realizados para Hepatite B na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos,

120

segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. Gráfico 4. Total de testes realizados para Hepatite C na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos,

121

segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. Tabela 1. Total de testes realizados, segundo sexo, faixa etária e tipo de teste diagnóstico, Rede Municipal Especiali-

122

zada em DST/aids. Município de São Paulo, 2010*. Tabela 2. Total de testes positivos, segundo sexo, faixa etária e tipo de teste diagnóstico, Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 2010*.

122


Editorial

O 14º Boletim Epidemiológico de AIDS/HIV, DST e Hepatite B e C do município de São Paulo apresenta os dados oficiais desses agravos e a análise de aspectos do comportamento epidemiológico elaborados pelos técnicos envolvidos com a vigilância epidemiológica e com os programas de controle. Nesta edição não serão apresentados dados relativos a outras Doenças Sexualmente Transmitidas em virtude de mudanças na proposta de vigilância de agravos como sífilis adquirida, corrimento uretral, verruga ano-genital e outras. As modificações ocorridas, nos últimos anos, no quadro epidemiológico da aids como, por exemplo, o aumento do período de latência da infecção pelo HIV, devido ao uso dos antirretrovirais, tornam necessários novos instrumentos de monitoramento que possibilitem a avaliação das ações desenvolvidas e mostrem os caminhos que a epidemia poderá seguir. Neste sentido, é necessária a proposição de um sistema de vigilância que supra a necessidade de informação sistemática e que mostre precocemente as mudanças de comportamento da população, permitindo avaliar o alcance das metas dos programas em execução. A distribuição por gênero na faixa etária de 13 a 19 anos, no município de São Paulo, mostra uma diferença de padrão em relação ao observado tanto no nível estadual quanto no federal, ou seja, o Coeficiente de Incidência de Aids no sexo feminino é inferior, quando comparado ao sexo masculino, em toda a série histórica analisada. O aprofundamento dessa análise poderá ajudar a redirecionar as abordagens preventivas para esse contingente populacional no início da atividade sexual. A análise do perfil epidemiológico dos casos de transmissão vertical da sífilis e do HIV, bem como das gestantes, contribui para o direcionamento de ações que possam colaborar para o alcance da meta de eliminação desses agravos. A compreensão do significado do aumento do número de casos após 2006, a dificuldade na obtenção de dados pelos sistemas de informação e o compromisso assumido pelo município relativo à eliminação da sífilis congênita até 2015 evidenciam a necessidade de aprofundamento da investigação dos casos. Os comitês regionais de investigação dos agravos de transmissão vertical, criados no final de 2010 em cada uma das Coordenadorias Regionais de Saúde, iniciaram suas atividades com a investigação dos casos de Sífilis Congênita notificados a partir de 1º de janeiro de 2011, e já começam a dar respostas a essas questões por meio do conhecimento de cada caso, abordando a história, desde o pré-natal até o parto, visando a identificação de eventuais oportunidades perdidas ou de definição de estratégias específicas para grupos de vulnerabilidades especiais.


No ano de 2011, os acidentes de trabalho com exposição a material biológico passaram a ser gerenciados pela Saúde do Trabalhador da GVISAM – Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, em parceria com o Programa Municipal de DST/Aids. Esta estratégia tem como objetivo alcançar maior cobertura e intervenção no conjunto dos acidentes de trabalho, junto aos serviços. Quanto ao adoecimento por tuberculose (TB), observa-se que o risco é 20 a 37 vezes maior em pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) do que entre aqueles que não têm o vírus HIV. A TB é responsável por mais de um quarto das mortes em pessoas que vivem com o HIV/Aids. Considerando as recomendações da OMS, o risco mais elevado de abandono de tratamento e o surgimento de resistência às drogas anti-TB entre os pacientes TB/HIV, tanto o Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais quanto o Programa Nacional de Controle da Tuberculose têm indicado o tratamento diretamente observado como estratégia para o alcance da cura destes pacientes. A distribuição dos casos de hepatite segundo faixa etária denota que o aumento do número de casos com atividade da doença e daqueles com cicatriz sorológica inicia-se a partir de 20 anos para a Hepatite B, e a partir de 30 anos para a Hepatite C. A coinfecção de hepatite B e C com HIV representa menos de 15% do total das notificações de hepatites, no entanto, tem relevância em função da evolução mais rápida da hepatite nestes indivíduos. Também chama a atenção a magnitude da transmissão sexual na coinfecção com a hepatite C. Este município tem priorizado a organização dos serviços, de modo que a identificação precoce das comorbidades, assim como a intensificação de medidas tais como a vacinação de Hepatite B na infância e adolescência sejam disponibilizadas com efetividade. O Boletim, por meio da análise dos dados epidemiológicos, torna visíveis as ações realizadas ao longo dos anos, avança nas discussões sobre as necessidades de novos desafios e reafirma as ações já realizadas como importantes medidas de boas práticas. Assim, ampliar o acesso ao diagnóstico, aos insumos de prevenção, e às estratégias inovadoras de prevenção e de adesão ao tratamento, além da ampliação e do aprimoramento da vigilância epidemiológica, constituem os direcionamentos das políticas de saúde inseridas no âmbito do SUS, do Programa de DST/Aids do Município de São Paulo e da Coordenação de Vigilância em Saúde - COVISA.

SMS-PMSP


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

16


AIDS

01

AIDS

17


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

A sistematização para a limpeza do banco de notificações de HIV/aids no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e a produção do Boletim Epidemiológico sofreram algumas alterações para melhor qualificar as informações, desde a última edição. - Com as notificações inseridas no SINAN NET até 30 de junho de 2011, constituiu-se um banco para a coleta das informações até 31 de dezembro de 2010. Isto possibilitou a inserção de novas notificações até o meio do ano, referentes aos casos diagnosticados até o final de 2010. - Houve alteração na diretriz para a retirada de duplicidades: a notificação mais antiga será mantida, adequando-se a data de diagnóstico. - Identificação de subnotificações pelo relacionamento de bases de dados: • Foi realizado um relacionamento entre o banco de pacientes provenientes de consultórios particulares que retiram antirretrovirais no Centro de Referência e Treinamento em DST/aids (CRT) e os casos notificados no SINAN. A partir da identificação de indivíduos que retiravam medicamentos, mas não estavam notificados (231 casos), foi encaminhada a solicitação para que os médicos prescritores realizassem esta notificação. Com as respostas dos médicos assistentes, conseguiu-se notificar 100 casos adicionais, correspondendo a 43,3% dos casos detectados por este meio. • Relacionamento do banco do SISCEL (Sistema de Controle de Exames Laboratoriais), que contém os resultados de CD4 e cargas virais, com o banco do SINAN, que levou ao acréscimo de casos não notificados a partir da identificação de exames com células T CD4 inferiores a 350 células/mm³. • A inclusão, no SINAN, de casos que apresentam citação de HIV, aids ou termos similares na declaração de óbito, ou a inclusão da evolução “óbito” nas notificações já realizadas, complementou o banco de dados e melhorou a qualidade das informações. • Entre os anos de 2007 e 2010, ocorreram 4.117 óbitos por HIV/aids no Município de São Paulo. Analisando o Banco de dados de aids nesse período, observou-se que 997 (22%) casos de óbitos não haviam sido notificados no SINAN. Após a solicitação para que as SUVIS (Supervisão de Vigilância em Saúde) fizessem a notificação desses casos, constatou-se que 888 (89%) foram incluídos no sistema de informação. • Nesse mesmo período, foram encontrados 2.980 óbitos que estavam notificados no banco de dados de aids (SINAN), porém, 2.538 (81%) notificações não apresentavam a data do óbito. Após a investigação desses casos, 99,3% tiveram essa variável preenchida.

As notificações de acidentes de trabalho com exposição a material biológico foram incorporadas à Vigilância Epidemiológica da Saúde do Trabalhador, que faz parte da Gerência de Vigilância Ambiental. Procurando desenvolver sempre novas estratégias para o aprimoramento dos bancos de notificações, a análise destes dados torna-se cada vez mais fidedigna e serve como referência para o estabelecimento de metas, visando a prevenção e a atenção às pessoas vivendo com HIV/aids. A Tabela 1 apresenta o número de notificações de aids e os coeficientes de incidência, segundo o sexo e a razão de sexo.

18


AIDS

Tabela 1. Total de casos de aids notificados e coeficiente de incidência*, segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo. Município de São Paulo, 1980-2011**.

Sexo Ano de diagnóstico

1980

TOTAL

Masculino

Razão de sexo

Feminino

nº de casos

Coeficiente

nº de casos

Coeficiente

nº de casos

Coeficiente

de incidência

de incidência

de incidência

2

-

0

-

2

-

M/F

-

1981

1

-

0

-

1

-

-

1982

3

0,1

0

-

3

-

-

1983

23

0,5

2

-

25

0,3

12/1

1984

69

1,6

3

0,1

72

0,8

23/1

1985

260

5,9

10

0,2

270

3,0

26/1

1986

395

8,9

18

0,4

413

4,5

22/1

1987

808

18,1

73

1,5

881

9,6

11/1

1988

1282

28,4

152

3,2

1434

15,4

8/1

1989

1645

36,1

233

4,8

1878

20,0

7/1

1990

2372

51,6

370

7,5

2742

28,8

6/1

1991

2718

58,6

521

10,5

3239

33,7

5/1

1992

3107

66,5

725

14,4

3832

39,5

4/1

1993

3032

64,5

853

16,8

3885

39,7

4/1

1994

3111

65,6

876

17,1

3987

40,4

4/1

1995

3055

64,0

1058

20,4

4113

41,3

3/1

1996

3228

67,1

1243

23,8

4471

44,5

3/1

1997

3150

65,0

1473

27,9

4623

45,6

2/1

1998

3219

65,8

1609

30,1

4828

47,2

2/1

1999

2839

57,6

1453

26,9

4292

41,5

2/1

2000

2473

49,8

1241

22,7

3714

35,6

2/1

2001

2398

48,0

1269

23,1

3667

35,0

2/1

2002

2273

45,2

1263

22,9

3536

33,5

2/1

2003

2242

44,3

1161

20,9

3403

32,1

2/1

2004

1830

36,0

924

16,5

2754

25,8

2/1

2005

1828

35,7

1047

18,6

2875

26,8

2/1

2006

1830

35,6

1006

17,8

2836

26,3

2/1

2007

1706

33,1

836

14,7

2542

23,5

2/1

2008

1685

32,3

813

14,2

2498

22,8

2/1

2009

1709

32,6

774

13,5

2483

22,6

2/1

2010

1499

28,4

661

11,4

2160

19,5

2/1

471

8,8

197

3,3

668

5,9

2/1

56263

21864

78127

2011 TOTAL

Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Número de casos diagnosticados no ano para cada 100.000 hab. ** Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

Com a introdução do tratamento antirretroviral (TARV) de alta potência, em 1996, os indivíduos infectados pelo HIV em tratamento passaram a ter cargas virais mais baixas, com consequente redução da transmissão do HIV. Pode-se destacar o fato do coeficiente de incidência começar a cair já no ano de 1997 para o sexo masculino porém, só diminuir 3 anos mais tarde para o sexo feminino (Tabela 1). A redução no coeficiente de incidência no sexo masculino se deu mais acentuadamente entre os anos de 1999 e 2003, sendo seguida por uma diminuição da velocidade desta queda, a partir de 2004.

19


599

126

60 a 69

70 e +

0,3

1,6

78

236

29

70 e +

12

6

60

206 0,3

2,6

9,1

542 23,8

1,2

2,2

0,2

1,0

1,0

15

56

175 0,7

2,5

7,8

598 26,7

939 41,9

382 17,0

0,2

1,9

5,4

2,0

5,3

0,3

1,2

3,8

0,1

6

20

86

0,5

1,6

6,8

250 19,7

480 37,8

334 26,3

26

67

4

15

48

2398

2

1,7

4,2

0,2

1,3

2,6

-

7

26

75 0,6

2,1

5,9

262 20,7

483 38,2

336 26,6

21

53

3

17

33

2273

0

1,4

5,2

0,4

1,6

3,1

-

4

26

89 0,3

2,2

7,7

251 21,6

420 36,2

295 25,4

16

60

5

19

36

2242

0

0,1

0

1269

-

0

1263

-

0 1161

Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

TOTAL 12110

Ignorada

0,7

2,1

7,2

995 43,8

27

50

4

23

23

%

2003 nº

1,3

1,3

0,2

0,4

0,7

14

43 0,8

2,3

183 10,0

473 25,8

750 41,0

319 17,4

24

23

3

7

13

%

2004 nº

0,6

1,4

0,3

0,2

0,8

12

35

181 0,7

1,9

9,9

519 28,4

726 39,7

318 17,4

11

25

6

4

15

%

2005 nº

0,8

1,5

0,1

0,5

0,8

11

53 0,6

2,9

196 10,7

503 27,5

704 38,5

321 17,5

15

27

2

10

15

%

2006 nº

0,8

1,5

0,4

0,4

0,7

15

44

167 0,9

2,6

9,8

493 28,9

640 37,5

308 18,1

13

26

7

7

12

%

2007 nº

1,4

1,1

0,2

0,2

0,6

11

37 0,7

2,2

196 11,6

473 28,1

587 34,8

340 20,2

23

18

4

4

10

%

2008 nº

1,3

0,8

0,2

0,1

0,5

10

56

0,6

3,3

180 10,5

453 26,5

600 35,1

375 21,9

22

13

3

1

9

%

2009 nº

0,9

0,7

0,1

0,1

0,5

9

46

0,6

3,1

197 13,1

406 27,1

474 31,6

342 22,8

14

11

2

2

7

%

2010 nº

1,7

1,5

0,2

0,4

0,8

4

11

45

0,8

2,3

9,6

120 25,5

178 37,8

98 20,8

8

7

1

2

4

%

2011 nº

1,7

3,8

0,6

1,8

1,3

0,1

3

20

85 0,3

2,2

9,2

210 22,7

352 38,1

203 22,0

16

35

6

17

12

1830

1

2,2

2,1

0,3

0,8

1,1

0,1

8

20

98

0,8

1,9

9,4

266 25,4

387 37,0

223 21,3

23

22

3

8

11

1828

1

1,8

2,4

0,7

0,6

1,1

-

3

41

93

0,3

4,1

9,2

288 28,6

363 36,1

176 17,5

18

24

7

6

11

1830

0

1,4

1,7

0,4

0,7

0,6

-

6

28

0,7

3,3

102 12,2

211 25,2

301 36,0

162 19,4

12

14

3

6

5

1706

0

1,6

1,5

0,4

0,4

0,7

-

7

27

0,9

3,3

89 10,9

210 25,8

296 36,4

159 19,6

13

12

3

3

6

1685

0

1,2

2,1

0,6

0,4

1,0

-

8

28

1,0

3,6

106 13,7

214 27,6

266 34,4

127 16,4

9

16

5

3

8

1709

0

2,3

2,1

0,2

0,9

1,1

-

6

22

0,9

3,3

104 15,7

164 24,8

218 33,0

118 17,9

15

14

1

6

7

1499

0

1,5

0,5

-

-

0,5

-

1

14

0,5

7,1

35 17,8

56 28,4

63 32,0

24 12,2

3

1

0

0

1

471

0

-

924

0

-

1047

0

-

1006

0

-

836

0

-

813

0

-

774

0

-

661

0

-

197

0

-

11284 93,2 1202 94,7 1210 95,8 1101 94,8 889 96,2 1025 97,9 982 97,6 822 98,3 801 98,5 758 97,9 647 97,9 196 99,5

657

60 a 69

1882 15,5

50 a 59

4279 35,3

40 a 49

2,1

30 a 39

257

3944 32,6

13 a 19

6,7

0,2

0,9

5,6

0,2

20 a 29

23

814

Criança

110

5 a 9

10 a 12

681

0 a 4

Adulto

16

51

173

579 24,1

1,0

1,8

0,2

0,4

1,2

399 17,6

23

42

5

10

27

%

2002

Ano de diagnóstico

36389 97,7 2340 97,6 2231 98,2 2192 97,8 1806 98,7 1802 98,6 1803 98,5 1680 98,5 1667 98,9 1696 99,2 1488 99,3 464 98,5

TOTAL 37263

Ignorada

Adulto

2033

50 a 59

5,5

7079 19,0

40 a 49

475 19,8

1,4

2,3

15815 42,4 1012 42,2

34

56

-

0,7

1,6

10106 27,1

1,7

2,1

1

17

38

%

2001

30 a 39

631

13 a 19

0,1

0,3

1,7

%

20 a 29

796

Criança

101

5 a 9

43

652

0 a 4

10 a 12

1980 - 2000

Sexo etária

Masculino

Feminino

20

Faixa

Tabela 2. Casos de aids (Nº e %), segundo faixa etária, sexo e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*.

21864

12

20721

87

494

1584

4208

7845

6077

426

1131

63

210

858

56263

82

55094

245

1080

3887

12118

23242

13685

837

1087

80

186

821

TOTAL

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO


AIDS

Figura 1. Mapa de Coeficiente de Incidência de aids, segundo Distrito Administrativo de residência. Município de São Paulo, 2010.

2010

AIDS:

.0 --| 10.0 0 10.1 --| 16.9 17.0 --| 28.1 28.2 --| 50.4 50.5 --| 79.1

21


Masculino

38

27

23

13

15

15

12

10

9

7

48

33

36

12

11

11

5

6

8

7

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

ci

2,0

2,1

1,5

1,2

2,4

2,4

2,7

8,1

7,5

11,0

1,9

2,3

2,4

2,8

3,2

3,2

2,8

5,0

5,9

8,5

0 a 4a

6

3

3

6

6

8

17

19

17

15

2

1

4

7

10

4

7

23

10

17

1,6

0,7

0,7

1,4

1,4

1,9

4,0

4,5

4,1

3,7

0,5

0,2

0,9

1,5

2,3

0,9

1,6

5,4

2,3

4,0

ci

5 a 9a

1

5

3

3

7

3

6

5

3

4

2

3

4

7

2

6

3

4

5

1

0,4

2,0

1,2

1,2

2,6

1,1

2,2

1,9

1,1

1,5

0,8

1,2

1,6

2,8

0,7

2,2

1,1

1,5

1,9

0,4

ci

10 a 12 nº

15

9

13

12

18

23

16

16

21

26

14

22

23

13

15

11

24

27

23

34

2,5

1,5

2,2

2,0

2,5

3,2

2,3

2,3

3,0

3,8

2,4

3,8

3,9

2,2

2,1

1,6

3,5

4,0

3,4

5,1

ci

13 a 19 nº

Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA *Coeficiente de incidência (Número de casos diagnosticados no ano a cada 100.000 hab). ** Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

Feminino

22

Sexo Ano de diagnóstico

118

127

159

162

176

223

203

295

336

334

342

375

340

308

321

318

319

382

399

475

11,2

12,5

15,4

15,2

16,4

21,0

19,4

28,4

32,6

32,7

33,9

39,3

35,2

31,1

31,9

31,8

32,5

39,1

41,2

49,5

ci

20 a 29 ci

218

266

296

301

363

387

352

420

483

480

474

600

587

640

704

726

750

21,9

27,3

30,9

31,5

38,7

41,6

38,5

46,2

53,6

53,7

52,4

68,4

67,8

73,9

82,1

85,4

89,6

939 113,0

995 120,6

1012 123,9

30 a 39

Faixa etária

164

214

210

211

288

266

210

251

262

250

406

453

473

493

503

519

473

598

542

579

19,8

26,6

26,3

26,1

37,6

35,0

28,1

33,8

35,6

34,3

55,8

65,6

69,0

71,3

76,0

79,0

73,2

93,2

85,1

91,8

ci

40 a 49a

Tabela 3. Casos de aids (Nº e CI*), segundo faixa etária, sexo e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 2001-2010**.

104

106

89

102

93

98

85

89

75

86

197

180

196

167

196

181

183

175

206

173

15,5

16,7

14,4

16,7

18,9

20,1

17,7

18,7

15,8

18,3

36,1

35,6

39,7

34,1

47,7

44,4

45,7

44,0

52,1

44,2

ci

50 a 59a

22

28

27

28

41

20

20

26

26

20

46

56

37

44

53

35

43

56

60

51

5,3

7,1

7,2

7,6

12,6

6,2

6,3

8,3

8,3

6,5

14,8

19,4

13,3

16,1

21,6

14,4

18,0

23,6

25,4

21,8

ci

60 a 69a

6

8

7

6

3

8

3

4

7

6

9

10

11

15

11

12

14

15

6

16

ci

1,6

2,3

2,0

1,8

1,1

2,8

1,1

1,4

2,6

2,2

4,0

4,8

5,4

7,5

6,4

7,1

8,4

9,0

3,6

9,8

70a e + nº

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO


AIDS

O coeficiente de incidência de aids entre os indivíduos maiores de 50 anos não apresentou aumento, até o momento, em residentes no município de São Paulo, diferentemente do que vem sendo descrito no âmbito nacional (Tabela 3). Houve uma queda acentuada no coeficiente de incidência nas faixas etárias de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos desde 2001, acompanhada de redução menos evidente entre as demais faixas.

Tabela 4. Casos de aids (Nº e %), segundo raça/cor, sexo e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*.

Feminino

Masculino

Sexo

Ano de

BRANCA

diagnóstico

1980 - 2000

PRETA

PARDA

Raça/ cor AMARELA

INDIGENA %

IGNORADA nº

%

TOTAL

%

%

%

%

2035

5,5

246

0,7

599

1,6

22

0,1

7

0,02 33883

92,1 36792

395

16,5

66

2,8

126

5,3

4

0,2

2

0,08

1805

75,3

2001

2398

2002

756

33,3

126

5,5

224

9,9

8

0,4

1

0,04

1158

50,9

2273

2003

1222

54,5

234

10,4

390

17,4

13

0,6

1

0,04

382

17,0

2242

2004

1043

57,0

211

11,5

359

19,6

17

0,9

1

0,05

199

10,9

1830

2005

1026

56,1

191

10,4

423

23,1

15

0,8

2

0,11

171

9,4

1828

2006

1059

57,9

204

11,1

390

21,3

12

0,7

5

0,27

160

8,7

1830

2007

977

57,3

191

11,2

412

24,2

17

1,0

4

0,23

105

6,2

1706

2008

949

56,3

195

11,6

428

25,4

13

0,8

0

0,00

100

5,9

1685

2009

953

55,8

181

10,6

483

28,3

9

0,5

4

0,23

79

4,6

1709

2010

791

52,8

168

11,2

447

29,8

14

0,9

2

0,13

77

5,1

1499

2011

255

54,1

58

12,3

139

29,5

7

1,5

0

-

12

2,5

471

Total

11461

20,4

2071

3,7

4420

7,9

151

0,3

29

0,1 38131

67,8 56263

0,03 12398

104,1 11913

1983 - 2000

999

8,4

199

1,7

415

3,5

10

0,1

3

2001

227

17,9

35

2,8

82

6,5

1

0,1

0

-

924

72,8

1269

2002

432

34,2

72

5,7

129

10,2

4

0,3

0

-

626

49,6

1263

2003

652

56,2

115

9,9

230

19,8

9

0,8

0

-

155

13,4

1161

2004

505

54,7

118

12,8

210

22,7

2

0,2

0

-

89

9,6

924

2005

524

50,0

147

14,0

285

27,2

6

0,6

4

0,38

81

7,7

1047

2006

539

53,6

106

10,5

275

27,3

4

0,4

1

0,10

81

8,1

1006

2007

404

48,3

116

13,9

256

30,6

3

0,4

2

0,24

55

6,6

836

2008

405

49,8

116

14,3

247

30,4

4

0,5

0

-

41

5,0

813

2009

390

50,4

95

12,3

264

34,1

5

0,6

1

0,13

19

2,5

774

2010

302

45,7

93

14,1

219

33,1

13

2,0

0

-

34

5,1

661

2011

89

45,2

31

15,7

69

35,0

2

1,0

0

-

6

3,0

197

Total

5468

25,0

1243

5,7

2681

12,3

63

0,3

11

0,1 14509

66,4 21864

Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

A variável “raça/cor” teve melhora em seu preenchimento, levando à redução importante da porcentagem de casos com este item ignorado (Tabela 4). Vale lembrar que, apesar da recomendação de que este item seja preenchido a partir de auto-referência, ainda é encontrada uma discordância acima de 20% em registros duplicados do SINAN. Assim, faz-se necessário reforçar, nos serviços de saúde, a orientação de registrar a raça/cor referida pelo próprio indivíduo atendido. Mesmo com a redução dos casos com a raça/cor ignorada a partir de 2004, mantém-se o predomínio da categoria “brancos”, com tendência de aumento entre os “pardos” e “pretos”.

23


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Tabela 5. Casos de aids (Nº e %) em indivíduos com 19 anos de idade ou mais, segundo escolaridade e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*.

Escolaridade (anos) Sexo Ano de Nenhuma 1 a 3 4 a 7 8 a 11 12 e + diagnóstico nº % nº % nº % nº % nº % 1980 - 2000

580

1,6

4028

2001

43

1,9

2002

53

2,4

2003

37

2004

30

2005 2006

Masculino

11,3 11263

31,6

5569

15,6

4378

439

18,9

586

25,2

517

22,3

287

13,0

586

26,4

496

22,4

1,7

204

9,4

557

25,6

581

1,7

166

9,3

436

24,3

536

28

1,6

144

8,0

481

26,8

38

2,1

125

7,0

422

23,5

Ignorado/ Em branco nº %

Total nº

12,3

9770

27,5 35588

221

9,5

517

22,3

2323

246

11,1

548

24,7

2216

26,7

268

12,3

527

24,2

2174

29,9

232

13,0

391

21,8

1791

498

27,7

259

14,4

386

21,5

1796

568

31,7

248

13,8

392

21,9

1793

2007

16

1,0

87

5,2

364

21,8

635

38,0

252

15,1

316

18,9

1670

2008

7

0,4

79

4,8

337

20,4

648

39,2

287

17,4

293

17,7

1651

2009

12

0,7

75

4,5

317

18,8

725

43,1

267

15,9

288

17,1

1684

2010

21

1,4

70

4,7

286

19,4

606

41,1

270

18,3

223

15,1

1476

5,7

74

16,1

17,4

65

14,2

459

2011

4

0,9

26

210

45,8

80

Total

869

1,6

5730

10,5 15709

28,8 11589

21,2

7008

1983 - 2000

374

3,4

2289

20,9

3697

33,8

1434

13,1

496

4,5

2657

2001

42

3,6

284

24,0

340

28,7

197

16,7

58

4,9

262

22,1

1183

2002

45

3,8

199

16,7

371

31,1

241

20,2

57

4,8

281

23,5

1194

2003

38

3,5

152

14,0

333

30,6

263

24,2

66

6,1

237

21,8

1089

2004

26

3,0

102

11,6

292

33,3

254

28,9

41

4,7

163

18,6

878

2005

35

3,5

92

9,1

313

31,0

309

30,6

83

8,2

177

17,5

1009

2006

31

3,2

104

10,7

281

29,0

329

33,9

47

4,8

178

18,4

970

Feminino

12,8 13716

25,1 54621 24,3 10947

2007

9

1,1

55

6,8

240

29,6

289

35,6

49

6,0

170

20,9

812

2008

20

2,5

67

8,5

237

30,0

296

37,5

54

6,8

115

14,6

789

2009

14

1,9

62

8,3

205

27,3

299

39,8

54

7,2

117

15,6

751

2010

13

2,0

43

6,8

201

31,6

252

39,6

37

5,8

90

14,2

636

17,1

193

2011

3

1,6

11

5,7

66

34,2

74

38,3

6

3,1

33

Total

650

3,2

3460

16,9

6576

32,2

4237

20,7

1048

5,1

4480

21,9 20451

Fonte: SINAN W/NET – CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

Observa-se, na Tabela 5, que a proporção dos casos de aids em indivíduos com escolaridade entre 8 e 11 anos vem aumentando em ambos os sexos, assim como nos indivíduos do sexo masculino com escolaridade de 12 anos ou mais. Em todo o período, as mulheres têm menor escolaridade, e a diferença tende a se acentuar nos anos mais recentes.

24


2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

187

505

547

513

449

461

388

430

468

502

473

9383

40,3

33,9

32,3

30,8

26,7

25,6

21,5

23,8

21,4

22,5

20,2

26,1

33

121

156

142

161

189

177

190

222

218

226

3471

7,1

8,1

9,2

8,5

9,6

10,5

9,8

10,5

10,1

9,8

9,6

9,6

Bissexual nº %

136

530

570

587

567

534

648

555

690

670

638

6460

29,3

35,6

33,6

35,2

33,8

29,6

35,9

30,7

31,5

30,0

27,2

17,9

Heterossexual nº %

29

82

93

107

120

157

148

162

240

217

275

8828

6,3

5,5

5,5

6,4

7,1

8,7

8,2

9,0

10,9

9,7

11,7

24,5

0

0

0

1

3

1

3

1

3

3

3

136

-

-

-

0,06

0,2

0,06

0,2

0,06

0,1

0,1

0,1

0,4

0

0

1

0

1

2

4

4

1

2

1

176

-

-

0,1

-

0,1

0,1

0,2

0,2

0,05

0,1

-

0,5

3

1

5

4

5

1

4

2

5

3

4

3

0,6

0,1

0,3

0,2

0,3

0,1

0,2

0,1

0,2

0,1

0,2

0,01

Categoria de exposição Hierarquizada UDI* Hemofilia Transfusão** Transm. Vertical nº % nº % nº % nº %

Fonte: SINAN W/NET – CCD/COVISA * Uso de droga injetável ** Os casos com categoria de exposição “transfusão” estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do Departamento de DST, aids e Hepatite Virais - MS *** Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

2001

1980 - 2000

Ano de Homossexual diagnóstico nº %

Tabela 6. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo masculino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011***.

78

245

325

312

378

455

433

460

565

616

722

7546

TOTAL

16,8

16,5

19,2

18,7

22,5

25,2

24,0

25,5

25,8

27,6

30,8

464

1488

1696

1667

1680

1803

1803

1807

2192

2231

2342

21,0 36003

Ignorado nº %

AIDS

25


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Também se observa, nas Tabelas 6 e 7, uma paulatina redução na porcentagem de casos notificados com a categoria de exposição ignorada, mostrando melhora na qualidade do preenchimento das notificações. Há uma tendência ao aumento de casos em homossexuais e heterossexuais masculinos, bem como de redução nos casos de aids notificados em bissexuais. Tabela 7. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011***.

Categoria de Exposição Hierarquizada

Ano de

diagnóstico Bissexual

Heterossexual

%

83 - 2000

4

0,04

2001

0

-

2002

1

2003

1

2004

2005

2006

2007

UDI*

Transfusão** Transm. Vertical

TOTAL

Ignorado

%

%

%

%

%

7062

63,6

1801

16,2

120

1,1

2

0,02

2114

822

68,4

82

6,8

1

0,1

4

0,3

293

24,4

1202

0,1

857

70,8

53

4,4

0

-

1

0,1

298

24,6

1210

0,1

796

72,3

66

6,0

0

-

4

0,4

234

21,3

1101

0

-

679

76,4

30

3,4

2

0,2

1

0,1

177

19,9

889

1

0,1

794

77,5

38

3,7

3

0,3

2

0,2

187

18,2

1025

0

-

748

76,2

36

3,7

4

0,4

3

0,3

191

19,5

982

9

1,1

632

76,9

20

2,4

1

0,1

4

0,5

156

19,0

822

2008

3

0,4

660

82,4

28

3,5

1

0,1

4

0,5

105

13,1

801

2009

3

0,4

621

81,9

17

2,2

1

0,1

1

0,1

115

15,2

758

2010

4

0,6

529

81,8

23

3,6

0

-

4

0,6

87

13,4

647

2011

3

1,5

155

79,1

8

4,1

0

-

1

0,5

29

14,8

196

19,0 11100

Fonte: SINAN W/NET – CCD/COVISA * Uso de droga injetável ** Os casos com categoria de exposição “transfusão” estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do Departamento de DST, aids e Hepatite Virais - MS *** Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

Tabela 8. Casos de aids (Nº e %) em menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1984-2011*. Categoria de Exposição Hierarquizada Ano de diagnóstico Homossexual Heterossexual UDI** Hemofilia Transfusão*** Transm. Vertical nº % nº % nº % nº % nº % nº %

Ignorado

1984 - 2000

1

0,1

1

0,1

4

0,2

26

1,6

50

2001

0

-

0

-

0

-

0

-

2002

0

-

0

-

0

-

0

-

2003

0

-

1

0,9

0

-

0

2004

0

-

0

-

0

-

0

2005

0

-

0

-

0

-

2006

0

-

0

-

0

-

2007

0

-

0

-

0

2008

0

-

0

-

0

2009

0

-

0

-

2010

0

-

0

-

2011

0

-

0

-

TOTAL

%

3,1 1388

86,6

140

8,7 1602

0

0,0

105

85,4

18

14,6

123

1

1,1

80

84,2

14

14,7

95

-

1

0,9

93

84,5

15

13,6

110

-

0

-

50

86,2

8

13,8

58

0

-

0

-

44

93,6

3

6,4

47

0

-

0

-

42

82,4

9

17,6

51

-

0

-

0

-

38

95,0

2

5,0

40

-

0

-

0

-

27

90,0

3

10,0

30

0

-

0

-

0

-

24

82,8

5

17,2

29

0

-

0

-

0

-

25 100,0

0

-

25

0

-

0

-

0

-

8 100,0

0

-

8

Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011. **Uso de drogas injetáveis. ***Os casos com categoria de exposição “transfusão” estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do Departamento de DST, aids e Hepatites Virais - MS.

26


AIDS

Desde o ano de 2004, o município de São Paulo não tem notificação de caso de aids em criança com categoria de exposição sexual, UDI, hemofilia ou por transfusão sanguínea (Tabela 8), sendo que, no ano de 2010 e até junho de 2011, todos os casos notificados tiveram a categoria de exposição conhecida, sendo “transmissão vertical”.

Tabela 9. Número de casos de aids diagnosticados em menores de 13 anos e notificados no SINAN NET, segundo faixa etária e época de diagnóstico. Município de São Paulo, 1990 a 2010*.

Faixa etária

Época de diagnóstico

1990 a 2006

menor de 1 ano Nº %

1 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 12 anos

Total

%

%

%

32

24,4

50

38,2

34

26,0

15

11,5

131

2007

8

20,0

9

22,5

13

32,5

10

25,0

40

2008

8

26,7

8

26,7

7

23,3

7

23,3

30

2009

7

24,1

10

34,5

4

13,8

8

27,6

29

2010

7

28,0

7

28,0

8

32,0

3

12,0

25

Total

62

24,3

84

32,9

66

25,9

43

16,9

255

Fonte: SINAN- NET/ CCD-COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

O SINAN NET foi implantado em 2007, porém, podemos encontrar 131 casos de “aids em criança” diagnosticados entre 1990 e 2006, que foram notificados neste sistema, sendo que 37,5% destes casos tinham 5 anos de idade ou mais à época da notificação (Tabela 9). Isso denota o atraso que ocorre nas notificações, dificultando as avaliações de incidência e de transmissão vertical. Tabela 10. Casos de aids em crianças (Nº e %) notificados no SINAN NET, segundo época de diagnóstico e tempo decorrido entre o diagnóstico e a notificação. Município de São Paulo, 1991 a 2010*.

Época de

menos de 1 ano

de 1 a 4 anos

de 5 a 9 anos

de 10 a 12 anos

Total

diagnóstico

%

%

%

%

1990 a 2006

9

6,9

34

26,0

49

37,4

39

29,8

131

2007

33

82,5

7

17,5

0

-

0

-

40

2008

27

90,0

3

10,0

0

-

0

-

30

2009

25

86,2

4

13,8

0

-

0

-

29

2010

23

92,0

2

8,0

0

-

0

-

25

Total

117

45,9

50

19,6

49

19,2

39

15,3

255

Fonte: SINAN- NET/ CCD-COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

Confirmando a demora para a notificação de casos de “aids em menores de 13 anos”, a Tabela 10 mostra que, entre 1990 e 2006, 67,2% das notificações no SINAN NET foram feitas mais de 5 anos após o diagnóstico. Percebe-se, assim, a urgência para o desenvolvimento de estratégias que tornem oportuna a entrada das notificações no SINAN NET.

27


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Tabela 11. Casos de aids (Nº e %), segundo Coordenadoria de Saúde, Supervisão de Saúde de residência e agrupamento de anos do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2010*.

Coordenadoria de Saúde

Supervisão Técnica de Saúde

Anos de diagnóstico agrupados TOTAL 1980 - 1989 1990- 1999 2000- 2010

%

%

%

Centro-Oeste

BUTANTÃ

144

2,6

1118

2,8

979

3,0

2241

LAPA/PINHEIROS

488

8,6

2211

5,5

1272

3,9

3971

1228

21,7

5105

12,8

3427

10,6

9760

Subtotal

1860

32,9

8434

21,1

5678

17,5 15972

Leste

CIDADE TIRADENTES

28

0,5

337

0,8

453

1,4

818

ERMELINO MATARAZZO

49

0,9

667

1,7

525

1,6

1241

GUAIANASES

76

1,3

796

2,0

636

2,0

1508

ITAIM PAULISTA

43

0,8

673

1,7

765

2,4

1481

ITAQUERA

157

2,8

1586

4,0

1210

3,7

2953

SÃO MATEUS

61

1,1

809

2,0

719

2,2

1589

SÃO MIGUEL

86

1,5

1024

2,6

839

2,6

1949

Subtotal

500

8,9

5892

14,7

5147

Norte

CASA VERDE/CACHOEIRINHA

220

3,9

1654

4,1

1121

3,5

2995

FREGUESIA/BRASILÂNDIA

220

3,9

1666

4,2

1363

4,2

3249

JACANÃ/TREMEMBÉ

52

0,9

609

1,5

731

2,3

1392

PIRITUBA/ PERUS

146

2,6

1441

3,6

1340

4,1

2927

SANTANA/TUCURUVI

374

6,6

2266

5,7

1119

3,4

3759

VILA MARIA/VILA GUILHERME

191

3,4

1210

3,0

849

2,6

2250

Subtotal

1203

21,3

8846

22,1

6523

Sudeste

MOOCA/ARICANDUVA

402

7,1

2592

6,5

1860

5,7

4854

IPIRANGA

172

3,0

1273

3,2

1159

3,6

2604

PENHA

208

3,7

1832

4,6

1414

4,4

3454

VILA MARIANA/JABAQUARA

425

7,5

2092

5,2

1606

4,9

4123

VILA PRUDENTE/SAPOPEMBA

168

3,0

2017

5,0

1319

4,1

3504

Subtotal

1375

24,3

9806

24,5

7358

Sul

CAMPO LIMPO

86

1,5

737

1,8

1016

3,1

1839

CID ADEMAR/SANTO AMARO

253

4,5

2004

5,0

1414

4,4

3671

M’BOI MIRIM

62

1,1

645

1,6

1096

3,4

1803

PARELHEIROS

6

0,1

96

0,2

226

0,7

328

CAPELA DO SOCORRO

87

1,5

844

2,1

1108

3,4

2039

Subtotal

494

8,7

4326

10,8

4860

15,0

9680

Ignorado

215

3,8

2708

6,8

2902

8,9

5825

TOTAL

15,9 11539

20,1 16572

22,7 18539

5647 100,0 40012 100,0 32468 100,0 78127

Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

No início da epidemia de aids, a maior concentração de casos ocorria em moradores da região Centro-Oeste (Tabela 11) e, com o decréscimo na porcentagem dos casos nesta região, vem ocorrendo aumento proporcional nas regiões Sul e Leste. Observa-se um aumento de casos com informação de residência ignorada. 28


Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

Categoria de exposição Hierarquizada Coordenadoria Supervisão Técnica Homossexual Bissexual Heterossexual UDI** Hemofilia Transfusão*** Trans. Vert. Ignorado TOTAL de Saúde de Saúde nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº Centro-Oeste BUTANTÃ 388 17,3 147 6,6 875 39,0 299 13,3 6 0,3 20 0,9 55 2,5 451 20,1 2241 LAPA/ PINHEIROS 1139 28,7 351 8,8 973 24,5 587 14,8 9 0,2 29 0,7 57 1,4 826 20,8 3971 SÉ 3898 39,9 1004 10,3 1891 19,4 1164 11,9 10 0,1 37 0,4 130 1,3 1626 16,7 9760 subtotal 5425 34,0 1502 9,4 3739 23,4 2050 12,8 25 0,2 86 0,5 242 1,5 2903 18,2 15972 Leste CIDADE TIRADENTES 71 8,7 31 3,8 361 44,1 114 13,9 0 0,0 1 0,1 36 4,4 204 24,9 818 ERMELINO MATARAZZO 173 13,9 63 5,1 486 39,2 226 18,2 2 0,2 9 0,7 37 3,0 245 19,7 1241 GUAIANASES 131 8,7 95 6,3 623 41,3 262 17,4 2 0,1 7 0,5 60 4,0 328 21,8 1508 ITAIM PAULISTA 130 8,8 90 6,1 657 44,4 231 15,6 3 0,2 5 0,3 35 2,4 330 22,3 1481 ITAQUERA 316 10,7 179 6,1 1101 37,3 528 17,9 7 0,2 21 0,7 102 3,5 699 23,7 2953 SÃO MATEUS 160 10,1 65 4,1 578 36,4 267 16,8 4 0,3 12 0,8 54 3,4 449 28,3 1589 SÃO MIGUEL 234 12,0 109 5,6 790 40,5 342 17,5 5 0,3 6 0,3 77 4,0 386 19,8 1949 subtotal 1215 10,5 632 5,5 4596 39,8 1970 17,1 23 0,2 61 0,5 401 3,5 2641 22,9 11539 Norte CASA VERDE/CACHOEIRINHA 372 12,4 149 5,0 1148 38,3 643 21,5 4 0,1 17 0,6 83 2,8 579 19,3 2995 FREGUESIA/BRASILÂNDIA 359 11,0 157 4,8 1356 41,7 654 20,1 9 0,3 11 0,3 108 3,3 595 18,3 3249 JACANÃ/TREMEMBÉ 170 12,2 74 5,3 627 45,0 216 15,5 1 0,1 4 0,3 33 2,4 267 19,2 1392 PIRITUBA/ PERUS 333 11,4 151 5,2 1168 39,9 544 18,6 5 0,2 9 0,3 89 3,0 628 21,5 2927 SANTANA/TUCURUVI 563 15,0 248 6,6 1077 28,7 859 22,9 10 0,3 20 0,5 94 2,5 888 23,6 3759 V. MARIA/V. GUILHERME 312 13,9 131 5,8 737 32,8 447 19,9 5 0,2 10 0,4 42 1,9 566 25,2 2250 subtotal 2109 12,7 910 5,5 6113 36,9 3363 20,3 34 0,2 71 0,4 449 2,7 3523 21,3 16572 Sudeste MOOCA/ARICANDUVA 917 18,9 357 7,4 1514 31,2 913 18,8 18 0,4 25 0,5 118 2,4 992 20,4 4854 IPIRANGA 456 17,5 201 7,7 921 35,4 461 17,7 3 0,1 6 0,2 60 2,3 496 19,0 2604 VILA MARIANA/JABAQUARA 1073 26,0 392 9,5 1239 30,1 594 14,4 19 0,5 33 0,8 98 2,4 675 16,4 4123 PENHA 486 14,1 205 5,9 1297 37,6 653 18,9 7 0,2 20 0,6 88 2,5 698 20,2 3454 VILA PRUDENTE/SAPOPEMBA 356 10,2 166 4,7 1289 36,8 846 24,1 6 0,2 13 0,4 105 3,0 723 20,6 3504 subtotal 3288 17,7 1321 7,1 6260 33,8 3467 18,7 53 0,3 97 0,5 469 2,5 3584 19,3 18539 Sul CAMPO LIMPO 231 12,6 121 6,6 847 46,1 173 9,4 11 0,6 8 0,4 51 2,8 397 21,6 1839 STO AMARO / CID. ADEMAR 624 17,0 270 7,4 1345 36,6 552 15,0 23 0,6 26 0,7 134 3,7 697 19,0 3671 M’BOI MIRIM 246 13,6 113 6,3 868 48,1 182 10,1 1 0,1 7 0,4 46 2,6 340 18,9 1803 PARELHEIROS 31 9,5 25 7,6 167 50,9 31 9,5 1 0,3 1 0,3 11 3,4 61 18,6 328 CAPELA DO SOCORRO 288 14,1 143 7,0 948 46,5 232 11,4 5 0,2 7 0,3 51 2,5 365 17,9 2039 subtotal 1420 14,7 672 6,9 4175 43,1 1170 12,1 41 0,4 49 0,5 293 3,0 1860 19,2 9680 Ignorado 850 14,6 295 5,1 2062 35,4 644 11,1 4 0,1 13 0,2 133 2,3 1824 31,3 5825 TOTAL 14307 18,3 5332 6,8 26945 34,5 12664 16,2 180 0,2 377 0,5 1987 2,5 16335 20,9 78127

Tabela 12. Casos de aids (Nº e %) por categoria de exposição, segundo Coordenadoria de Saúde e Supervisão de Saúde de residência. Município de São Paulo, 1980-2011*.

AIDS

29


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Apesar de se observar uma média de categoria de exposição “ignorada” de 20,9%, pode-se afirmar que a região CentroOeste do município apresenta um predomínio de casos de aids com categoria de exposição “homossexual”, enquanto que as demais regiões têm a categoria de exposição “heterossexual” como predominante (Tabela 12). A região Norte é a que tem a maior porcentagem de casos de aids com categoria de exposição “usuários de drogas injetáveis”. Tabela 13. Óbitos por aids (Nº e CM**), por ano de ocorrência e sexo. Município de São Paulo, 1981 a 2011*. Ano

Feminino

Masculino

Total

de Óbito

CM

CM

CM

1981

0

-

1

-

1

-

1982

0

-

1

-

1

-

1983

0

-

12

0,3

12

0,1

1984

0

-

41

0,9

41

0,5

1985

3

0,1

144

3,3

147

1,6

1986

6

0,1

210

4,8

216

2,4

1987

32

0,7

407

9,1

439

4,8

1988

81

1,7

799

17,7

880

9,4

1989

131

2,7

1181

25,9

1312

13,9

1990

223

4,5

1655

36

1878

19,7

1991

343

6,9

1940

41,8

2283

23,8

1992

395

7,9

2101

45

2496

25,8

1993

560

11

2332

49,6

2892

29,6

1994

584

11,4

2488

52,5

3072

31,1

1995

710

13,7

2393

50,1

3103

31,2

1996

769

14,7

2319

48,2

3088

30,8

1997

632

12

1535

31,7

2167

21,4

1998

517

9,7

1287

26,3

1804

17,6

1999

468

8,7

1195

24,2

1663

16,1

2000

475

8,7

1116

22,5

1591

15,3

2001

439

8

955

19,1

1394

13,3

2002

418

7,6

917

18,2

1335

12,7

2003

379

6,8

806

15,9

1185

11,2

2004

321

5,7

784

15,4

1105

10,3

2005

316

5,6

757

14,8

1073

10

2006

356

6,3

785

15,3

1141

10,6

2007

344

6,1

693

13,4

1037

9,6

2008

350

6,1

723

13,9

1073

9,8

2009

351

6,1

710

13,5

1061

9,6

2010

302

5,2

644

12,2

946

8,6

2011

117

-

243

-

360

-

TOTAL

9622

-

31174

-

40796

-

Fonte: SIM PRO-AIM/CEINFO SMS PMSP *Dados preliminares sujeitos a revisão. ** Coeficiente de Mortalidade = total de óbitos multiplicado por 100.000, dividido pela população.

30


AIDS

O diagnóstico precoce do HIV, a adesão ao tratamento e à respectiva unidade de saúde, o fortalecimento da rede de genotipagem e a inclusão de novos medicamentos são fundamentais para a diminuição da mortalidade por aids.

Tabela 14. Principais causas de morte, em ambos os sexos, nos anos de 1996, 2009 e 2010. Município de São Paulo.*

1996

2009 Causa

2010

Causa

N

N

Causa

N

Doenças isquêmicas coração

8316 Doenças isquêmicas coração

8463 Doenças isquêmicas coração

8713

D. cerebrovasculares

5627 D. cerebrovasculares

5794 D. cerebrovasculares

5695

Homicídios

4855 Pneumonias

4853 Pneumonias

4925

Pneumonias

3548 Bronquite, enfisema, asma

2432 Bronquite, enfisema, asma

2550

Aids

2772 Diabetes mellitus

2380 Diabetes mellitus

2460

Bronquite, enfisema, asma

2542 D. hipertensivas

2290 D. hipertensivas

2196

Diabetes mellitus

2083 Homicídios

1684 CA pulmão

1671

Acid trânsito e transporte terrestres

1846 CA pulmão

1674 Acid trânsito e transporte terrestres

1536

Insuficiencia cardiaca

1721 Acid trânsito e transporte terrestres

1483 Homicídios

1511

10º D. hipertensivas

1528 Insuficiencia cardiaca

1191 CA mama

1256

11º CA pulmão

1181 Miocardiopatias

1138 Mal definidas

1238

12º Miocardiopatias

1148 CA mama

1122 D. Alzheimer

1143

13º CA estômago

978

Mal definidas

1122 Insuficiencia cardiaca

1141

14º CA mama

906

CA colon

1062 CA estômago

1104

15º Mal definidas

887

Aids

1017 CA colon

1040

16º Fibrose e cirrose hepática (exceto alcóol.) 752

D. Alzheimer

975

Aneurisma e dissecção aorta

990

17º Tuberculose

648

CA estômago

953

Lesões intenc indeterminada

989

18º Insuficiência renal

621

Aneurisma e dissecção aorta

923

Miocardiopatias

972

19º Quedas acidentais

593

D. circulacao pulmonar

877

Aids

929

20º CA colon

581

Lesões intenc indeterminada

834

D. circulacao pulmonar

919

21º CA próstata

570

CA próstata

791

Quedas acidentais

910

22º Demais causas perinatais

563

Quedas acidentais

778

Infecção do trato urinário n/ espec

832

Fonte: SIM PROAIM / CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos à revisão.

31


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Tabela 15. Principais causas de morte, segundo sexo, nos anos de 1996, 2009 e 2010. Município de São Paulo.*

1996

Posição/Sexo Feminino Masculino 1º Doenças isquêmicas coração 3587 Doenças isquêmicas coração 2º D. cerebrovasculares 2788 Homicídios 3º Pneumonias 1635 D. cerebrovasculares 4º Diabetes mellitus 1218 Aids 5º Bronquite, enfisema, asma 1048 Pneumonias 6º Insuficiencia cardiaca 1036 Bronquite, enfisema, asma 7º CA mama 901 Acid trânsito e transporte terrestres 8º D. hipertensivas 851 Diabetes mellitus 9º Aids 721 CA pulmão 10º Miocardiopatias 548 Insuficiencia cardiaca 11º Acid trânsito e transporte terrestres 399 D. hipertensivas 12º Homicídios 357 CA estômago 13º CA estômago 351 Miocardiopatias 14º CA colon 341 Fibrose e cirrose hepática (exceto alcóol.) 15º CA pulmão 341 Mal definidas 16º D. circulacao pulmonar 319 CA próstata 17º Mal definidas 311 Doença alcoólica do fígado 18º Insuficiência renal 279 Tuberculose 19º CA colo de utero 257 Alcoolismo 20º Demais causas perinatais 237 Quedas acidentais 21º Outras afec. respiratórias RN 228 Demais acidentes

2009

Posição/Sexo 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º

32

Feminino Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Pneumonias Diabetes mellitus D. hipertensivas CA mama Bronquite, enfisema, asma Insuficiencia cardiaca D. Alzheimer CA pulmão CA colon D. circulacao pulmonar Infecção do trato urinário n/ espec Miocardiopatias Aneurisma e dissecção aorta CA pâncreas Mal definidas CA estômago Aids Demência CA ovário

3710 3087 2524 1306 1234 1118 1074 713 650 649 590 567 489 453 381 366 364 346 336 336 324

Masculino Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Pneumonias Homicídios Bronquite, enfisema, asma Acid trânsito e transporte terrestres Diabetes mellitus D. hipertensivas CA pulmão CA próstata Mal definidas Miocardiopatias Aids Lesões intenc indeterminada Doença alcoólica do fígado CA estômago Aneurisma e dissecção aorta Quedas acidentais Insuficiencia cardiaca CA colon Fibrose e cirrose hepática (exceto alcóol.)

4729 4495 2839 2051 1912 1494 1443 864 840 685 677 627 600 579 574 570 485 478 457 447 391

4753 2706 2329 1511 1358 1179 1073 1056 1025 791 757 685 681 645 638 607 542 522 478 472 445


AIDS

2010

Posição/Sexo Feminino Masculino 1º Doenças isquêmicas coração 3850 Doenças isquêmicas coração 2º D. cerebrovasculares 2973 D. cerebrovasculares 3º Pneumonias 2491 Pneumonias 4º Diabetes mellitus 1303 Bronquite, enfisema, asma 5º CA mama 1247 Homicídios 6º D. hipertensivas 1223 Acid trânsito e transporte terrestres 7º Bronquite, enfisema, asma 1186 Diabetes mellitus 8º D. Alzheimer 773 CA pulmão 9º CA pulmão 697 D. hipertensivas 10º Insuficiencia cardiaca 697 Mal definidas 11º D. circulacao pulmonar 571 Lesões intenc indeterminada 12º Infecção do trato urinário n/ espec 551 CA próstata 13º CA colon 550 Doença alcoólica do fígado 14º Mal definidas 451 CA estômago 15º CA estômago 425 Aids 16º Aneurisma e dissecção aorta 415 Quedas acidentais 17º Demência 407 Aneurisma e dissecção aorta 18º Miocardiopatias 405 Miocardiopatias 19º CA pâncreas 359 CA colon 20º Quedas acidentais 325 Demais acidentes 21º Aids 306 Insuficiencia cardiaca

4863 2722 2434 1364 1354 1244 1157 974 973 787 785 739 704 679 622 585 575 567 490 457 444

Fonte: SIM PROAIM / CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos à revisão.

Da mesma forma que o coeficiente de incidência, o coeficiente de mortalidade (CM) apresentou queda acentuada com a introdução da TARV. A partir de 2004, vem ocorrendo uma estabilização no coeficiente de mortalidade em mulheres. O CM para os homens atinge valor máximo em 1994, enquanto que para as mulheres isso se dá em 1996, mas, a partir de 1997, a velocidade de queda no coeficiente masculino apresenta nítida aceleração (Tabela 13). A partir de 2004, a velocidade de queda diminui em ambos os sexos, mantendo-se praticamente estável de 2007 a 2009. Destaca-se que a curva de incidência tem traçado semelhante à de óbito, com defasagem de 4 e 2 anos, respectivamente, para homens e mulheres. Tabela 16. Posição da aids entre os óbitos gerais de residentes no município, segundo lista condensada de causas de morte, por faixa etária e sexo. Município de São Paulo, 1996, 2002 e 2010*. Faixa etária

1996

HOMENS 2002

2010

1996

MULHERES 2002

2010

1996

TOTAL 2002

2010

<13 anos

13º

25º

28º

12º

15º

36º

13º

22º

31º

13 a 24 anos

12º

13º

13º

16º

15º

12º

13º

14º

25 a 34 anos

35 a 44 anos

45 a 54 anos

15º

12º

11º

55 a 59 anos

18º

21º

23º

40º

25º

30º

22º

20º

27º

60 a 64 anos

28º

34º

27º

37º

31º

32º

33º

36º

32º

65 anos e mais

52º

55º

56º

61º

57º

56º

59º

59º

57º

13º

22º

11º

18º

26º

17º

25º

Total

Fonte: SIM PRO-AIM/CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos a revisão.

33


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

A aids figura como a primeira causa de morte entre mulheres de 25 a 34 anos nos três anos analisados e a primeira causa no total de mortes na faixa etária de 35 a 44 anos, ficando em 2º lugar nesta faixa etária em mulheres nos anos de 2002 e 2010 (Tabela 16). Entre os homens, foi a primeira causa de morte na faixa etária de 35 a 44 anos apenas em 1996. Observe-se que a classificação apenas compara a posição relativa da aids entre as causas de morte, sofrendo influência do conjunto de causas e não reflete, necessariamente, melhora ou piora entre os estratos analisados. Em homens, mulheres e no total, observa-se que a aids vem perdendo espaço entre as principais causas de morte no decorrer dos anos, principalmente nos estratos mais jovens (<13 anos). Nos estratos mais idosos, em especial entre as mulheres, a aids passa a ter importância um pouco maior, talvez em função da maior sobrevida que os doentes de aids vêm obtendo com o tratamento.

Tabela 17. Principais causas de morte de residentes no município, segundo lista condensada da CID10 (Nº e %), faixa etária e sexo. Município de São Paulo, 2010*.

25 A 34 ANOS

Masculino Causa de Morte

%

Feminino Causa de Morte

%

Agressões

400

21,4

Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]

61

8,5

Acidentes de transporte

269

14,4

Agressões

42

5,9

Todas as outras causas externas

243

13,0

Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín

108

5,8

Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín

39

5,4

Acidentes de transporte

37

5,2

Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]

106

5,7

Restante das doenças do sistema nervoso

31

4,3

Lesões autoprovocadas voluntariamente

98

5,2

Doenças cerebrovasculares

31

4,3

Outras doenças cardíacas

60

3,2

Todas as outras causas externas

30

4,2

Doenças do fígado

57

3,0

Restante de neoplasias malignas

26

3,6

Doenças isquêmicas do coração

10º Pneumonia

52

2,8

Pneumonia

24

3,3

51

2,7

Neoplasia maligna da mama

23

3,2

11º Restante de neoplasias malignas

43

2,3

Outras doenças cardíacas

23

3,2

12º Afogamento e submersão acidentamente

33

1,8

Lesões autoprovocadas voluntariamente

23

3,2

Total

35 A 44 ANOS

Masculino Causa de Morte

Agressões

1873

100,0

%

278

10,4

Total

Feminino Causa de Morte Doenças cerebrovasculares

717 100,0

%

124

9,8

Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]

225

8,4

Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]

106

8,3

Todas as outras causas externas

204

7,7

Neoplasia maligna da mama

106

8,3

Doenças do fígado

192

7,2

Doenças isquêmicas do coração

79

6,2

Doenças isquêmicas do coração

169

6,3

Outras doenças cardíacas

61

4,8

Acidentes de transporte

169

6,3

Restante de neoplasias malignas

60

4,7

Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín

154

5,8

Pneumonia

48

3,8

Pneumonia

121

4,5

Acidentes de transporte

42

3,3

Doenças cerebrovasculares

110

4,1

Neoplasia maligna do colo do útero

38

3,0

107

4,0

Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín

34

2,7

11º Lesões autoprovocadas voluntariamente

10º Outras doenças cardíacas

77

2,9

Restante das doenças do aparelho digestivo

32

2,5

12º Restante das doenças do aparelho digestivo

73

2,7

Neoplasia maligna de cólon, reto e ânus

31

2,4

34

Total

2665

100,0

Total

1271 100,0


AIDS

45 A 54 ANOS

Masculino Causa de Morte

Doenças isquêmicas do coração

%

640

13,7

Feminino Causa de Morte Doenças cerebrovasculares

%

267

9,8

Doenças do fígado

426

9,1

Neoplasia maligna da mama

263

9,7

Doenças cerebrovasculares

277

5,9

Doenças isquêmicas do coração

255

9,4

Pneumonia

246

5,3

Restante de neoplasias malignas

120

4,4

Outras doenças cardíacas

227

4,8

Outras doenças cardíacas

116

4,3

Todas as outras causas externas

193

4,1

Pneumonia

95

3,5

Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]

165

3,5

Doenças hipertensivas

93

3,4

Agressões

155

3,3

Diabetes mellitus

91

3,3

Acidentes de transporte

154

3,3

Neoplasia maligna de cólon, reto e ânus

90

3,3

10º Doenças hipertensivas

135

2,9

Neoplasia maligna da traquéia, dos brônquios e dos

90

3,3

11º Restante de neoplasias malignas

123

2,6

Neoplasia maligna do colo do útero

81

3,0

12º Diabetes mellitus

118

2,5

Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]

76

2,8

Total

Total

4682

100,0

2725 100,0

Fonte: SIM PRO-AIM/CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos a revisão.

Tabela 18. Óbitos por aids (Nº e %) em residentes no município, segundo raça/cor e ano do óbito. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Raça/Cor Branca Preta Amarela Parda Não informado Total

2006 Nº % 535 116 3 263 123

51,4 11,2 0,3 25,3 11,8

1040

2007 Nº % 505 95 3 226 114

53,6 10,1 0,3 24,0 12,1

943

2008 Nº % 580 121 4 238 81

56,6 11,8 0,4 23,2 7,9

1024

2009

2010 Nº %

%

533 115 7 284 77

52,5 11,3 0,7 28,0 7,6

472 97 5 265 82

1016

921

51,2 10,5 0,5 28,8 8,9

Fonte: SIM PRO-AIM/CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos a revisão.

Apesar da maioria dos óbitos por aids ocorrer entre os brancos no ano de 2010, quando a mortalidade proporcional é analisada, percebe-se um predomínio de óbitos em pessoas da raça negra e parda (Tabelas 18 e 19). Tabela 19. Óbitos por aids, total de óbitos e mortalidade proporcional, segundo raça/cor. Município de São Paulo, 2010*. Raça/cor Branca Preta Amarela Parda Indígena Não informado Total

Óbitos por aids

Total de óbitos

%

472

49088

1,0

97

4390

2,2

5

1587

0,3

265

11946

2,2

0

28

-

82

3008

2,7

921

70047

1,3

Fonte: SIM PRO-AIM/CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos a revisão.

35


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

A Figura 2 apresenta a evolução temporal da distribuição geográfica da taxa de mortalidade bruta por aids (por 100.000 hab.) por distrito administrativo de residência. Observa-se nítido “clareamento” dos mapas de 1996 para 2010, em virtude da diminuição das taxas ao longo do tempo. Figura 2. Taxa bruta de mortalidade por aids por Distrito Administrativo de residência, nos anos de 1996, 2002 e 2010. Município de São Paulo*.

1996

Distrito

Tx Mortalidade AIDS 1996

.00 to 15.00(19) 0 15.00 --| 21.00(19) 21.00 --| 27.00(19) 27.00 --| 34.80(19) 34.80 --| 143.80(20)

0

6

12

12

KM Elaboração: SMS/CEinfo/GISA, setembro 2011

2002

2010

Distrito

Distrito

Tx Mortalidade AIDS 2002

Tx Mortalidade AIDS 2010

0

.00 to 15.00 0 15.00 --| 21.00 21.00 --| 27.00 27.00 --| 34.80 34.80 --| 143.80 6

12

12

KM Elaboração: SMS/CEinfo/GISA, setembro 2011

Fonte: SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade/CEInfo *Dados preliminares sujeitos a revisão.

36

0

.00 to 15.00 0 15.00 --| 21.00 21.00 --| 27.00 27.00 --| 34.80 34.80 --| 143.80 6

12

12

KM Elaboração: SMS/CEinfo/GISA, setembro 2011


HIV

02

HIV

37


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Até o momento, a notificação de HIV não é compulsória, sendo apenas recomendada no estado e no município de São Paulo. Desta forma, a análise dos dados deste banco fica prejudicada, limitando as possibilidades de interpretação das informações e podendo apresentar alguns vieses. A Tabela 1 exibe a tendência de aumento no número de casos de HIV notificados. Tabela 1. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1982-2011*. Ano de

Sexo

Total

diagnóstico

Masculino

Feminino

1982- 2000

1201

898

2099

2001

402

330

732

2002

584

410

994

2003

862

496

1358

2004

774

474

1248

2005

812

425

1237

2006

690

359

1049

2007

896

362

1258

2008

1050

463

1513

2009

1198

472

1670

2010

1178

454

1632

2011

466

129

595

TOTAL

10114

5272

15386

Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011

38


CASA VERDE/ CACHOEIRINHA 35 FREGUESIA DO O/ BRASILÂNDIA 29 JACANÃ/ TREMEMBÉ 19 PIRITUBA/PERUS 27 SANTANA/ TUCURUVI 40 VILA MARIA/ VILA GUILHERME 20 Subtotal 170

MOÓCA/ ARICANDUVA IPIRANGA VILA MARIANA/ JABAQUARA PENHA VILA PRUDENTE/ SAPOPEMBA Subtotal

CAMPO LIMPO/ CAPÃO REDONDO 52 CIDADE ADEMAR/ SANTO AMARO 35 M’BOI MIRIM 35 PARELHEIROS 7 CAPELA DO SOCORRO/ GRAJAÚ 37 Subtotal 166 IGNORADO 91

Norte

Sudeste

Sul

Total

Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

1202

64 42 90 45 44 285

9 20 31 20 63 23 30 490

CID TIRADENTES ERMELINO MATARAZZO GUAIANASES ITAIM PAULISTA ITAQUERA SÃO MATEUS SÃO MIGUEL Subtotal

Leste

32 68 194 294

BUTANTÃ LAPA/ PINHEIROS SÉ/ SANTA CECÍLIA Subtotal

10 33 20 3 11 77 40 584

402

31 19 27 32 11 120

24 22 8 17 19 9 99

7 9 9 10 23 8 14 248

16 23 129 168

2002

17 15 9 1 6 48 36

24 11 22 13 9 79

6 11 3 16 15 12 63

0 6 4 11 8 9 11 176

14 8 105 127

1982-2000 2001

Centro-Oeste

Coordenadoria Supervisão Técnica Regional de Saúde

862

26 42 24 6 25 123 36

58 25 45 22 25 175

39 27 17 22 37 11 153

9 18 12 23 23 11 24 375

22 27 206 255

2003

774

30 32 27 7 30 126 36

46 21 42 22 16 147

16 18 15 30 28 7 114

2 14 13 20 23 18 15 351

32 34 180 246

2004

812

29 23 27 8 23 110 41

59 22 42 28 28 179

20 29 11 22 16 14 112

14 7 16 12 23 11 29 370

27 34 197 258

2005

690

17 37 21 7 22 104 34

28 16 36 12 26 118

24 27 11 16 22 12 112

3 12 11 20 24 18 17 322

18 38 161 217

2006

896

22 38 26 7 33 126 69

41 25 44 18 29 157

23 16 15 30 25 11 120

11 9 14 18 21 25 18 424

19 42 247 308

2007

1050

31 46 49 11 37 174 77

69 23 48 31 24 195

20 18 18 24 27 22 129

14 7 11 21 46 31 22 475

23 47 253 323

2008

1198

31 50 42 3 38 164 75

109 32 65 53 40 299

25 18 17 35 38 26 159

14 14 18 23 45 26 31 501

23 46 261 330

2009

1178

28 48 48 7 36 167 180

69 27 59 44 29 228

13 23 15 38 15 14 118

18 8 22 23 38 15 17 485

26 60 258 344

2010

466

20 35 23 1 26 105 22

23 9 18 16 8 74

5 13 6 18 7 13 62

10 4 14 14 17 2 11 203

6 34 91 131

2011

10114

313 434 351 68 324 1490 737

621 272 538 336 289 2056

250 251 155 295 289 171 1411

111 128 175 215 354 197 239 4420

258 461 2282 3001

Total

Tabela 2. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais do sexo masculino, segundo ano de diagnóstico e Supervisão Técnica de Saúde de residência. Município de São Paulo, 1982-2011*.

HIV

39


40 13 32 36 81 17 16 32 24 48 30 27 194 27 42 23 38 39 20 189 50 36 40 33 47 217 60 23 32 7 31 153 64 898

Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011

BUTANTÃ LAPA/ PINHEIROS SE/ SANTA CECÍLIA Subtotal CIDADE TIRADENTES ERMELINO MATARAZZO GUAIANASES ITAIM PAULISTA ITAQUERA SÃO MATEUS SÃO MIGUEL Subtotal CASA VERDE FREGUESIA DO Ó/ BRASILÂNDIA JACANÃ/ TREMEMBÉ PIRITUBA/ PERUS SANTANA/ TUCURUVI VILA MARIA/ VILA GUILHERME Subtotal MOÓCA/ ARICANDUVA IPIRANGA JABAQUARA/ VILA MARIANA PENHA VILA PRUDENTE/ SAPOPEMBA Subtotal CAMPO LIMPO/ CAPÃO REDONDO SANTO AMARO/ CIDADE ADEMAR M’BOI MIRIM PARELHEIROS CAPELO DO SOCORRO/ GRAJAU Subtotal IGNORADO

Centro-Oeste Leste Norte Sudeste Sul Total

12 9 13 34 8 10 14 13 16 11 8 80 12 20 11 21 12 6 82 14 12 10 1 10 51 14 11 9 4 9 47 36 330

1982-2000 2001

Supervisão Técnica de Saúde

Coordenadoria Regional 17 9 20 46 12 6 7 11 21 8 16 81 17 18 11 21 17 8 92 20 14 6 13 20 78 21 26 18 2 8 75 38 410

2002 17 14 38 69 17 8 6 30 12 20 18 111 25 21 8 19 18 5 96 24 18 20 17 20 104 14 38 18 2 22 94 22 496

2003 23 19 41 83 7 6 8 14 12 17 15 79 22 20 11 19 20 11 103 28 14 22 18 27 111 21 26 11 3 18 79 19 474

2004 15 19 31 65 11 3 13 12 17 13 14 83 19 23 7 14 21 8 92 16 15 14 13 22 86 18 20 15 4 21 78 21 425

2005 13 19 23 55 6 4 7 17 21 8 12 75 10 19 11 19 33 6 98 8 6 9 6 20 51 15 10 17 2 21 65 15 359

2006 13 11 30 54 8 6 5 10 16 16 18 79 13 6 8 14 19 5 65 17 9 12 10 21 72 12 18 10 2 22 64 28 362

2007 8 13 34 55 5 11 15 14 24 14 19 102 10 22 9 15 17 13 86 34 9 16 12 18 93 18 19 26 2 32 97 30 463

2008 19 14 34 67 13 11 8 15 22 20 9 98 14 15 8 15 13 9 74 25 13 14 28 16 102 21 20 37 5 10 93 38 472

2009 8 6 30 44 19 3 7 17 22 8 10 86 9 6 7 16 10 18 66 30 19 10 14 12 88 17 24 28 1 16 86 84 454

2010 5 5 1 11 3 2 2 7 4 3 1 22 5 7 1 6 5 5 29 8 0 1 2 2 14 11 15 7 2 7 42 11 129

2011

163 170 331 664 126 86 124 184 235 168 167 1090 183 219 115 217 224 114 1072 274 165 174 167 235 1067 242 250 228 36 217 973 406 5272

Total

Tabela 3. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais do sexo feminino, segundo ano de diagnóstico e Supervisão Técnica de Saúde de residência. Município de São Paulo, 1982-2011*. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO


HIV

A região da SUVIS Sé é responsável pelo maior número de notificações de HIV realizadas no município, tanto no sexo masculino como no feminino. Tabela 4. Casos (Nº e %) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo tipo de unidade notificadora. Município de São Paulo, 1982-2011*. Tipo de Unidade

%

UE DST/aids**

8295

53,9

CTA

2995

19,5

115

0,7

2930

19,0

57

0,4

A E*** Hospital***** Pronto Socorro UBS/ AMA

922

6,0

Outros****

72

0,5

15386

100,0

Total

Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011 ** UE DST/aids - Unidade Especializada DST/aids. Incluem as Unidade Municipais(SAE; CR e AE) e o CRTA DST/aids do Estado de São Paulo *** AE - Ambulatório de Especialidades Não DST/aids **** OUTROS - incluem Supervisão de Vigilância em Saúde / Penitenciárias /Clínicas Médicas e Odontológicas Privadas ***** HOSPITAIS - incluem Unidades que prestam atendimento ambulatorial, como: IIER/ HC/ HSPE/ HOSP STA MARCELINA/ HOSP IPIRANGA

Na Tabela 4, observa-se que as unidades especializadas em DST/aids são responsáveis por mais da metade das notificações de HIV. Apesar deste ser um diagnóstico que deve ser realizado prioritariamente em ambulatórios, os hospitais notificam 19% do total dos casos de HIV. Tabela 5. Casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo, razão de sexo e unidade notificadora. Município de São Paulo, 1982-2011*. Unidade notificadora CTA HENFIL HENRIQUE DE SOUZA FILHO CENTRO DE REFERÊNCIA E TREINAMENTO DSTAIDS SAE DSTAIDS CAMPOS ELÍSEOS CR DSTAIDS N SENHORA DO Ó CR DST AIDS SANTO AMARO INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS SAE DSTAIDS SANTANA MARCOS LUTEMBERG SAE DST AIDS CIDADE LÍDER II SAE DSTAIDS FIDELIS RIBEIRO CTA STO AMARO SAE DSTAIDS J MITSUTANI CR DST AIDS PENHA HOSP STA MARCELINA A E CECI CEO TIPO I SAE DST AIDS CIDADE DUTRA SAE DSTAIDS HERBERT DE SOUZA BETINHO CENTRO HOSPITALAR DO SISTEMA PENITENCIARIO AMB ESPEC V PRUDENTE SAE DSTAIDS BUTANTÃ CTA SAO MIGUEL SAE E DSTAIDS IPIRANGA JOSE F ARAUJO SAE LAPA PAULO CESAR BONFIM SANTA CASA DE SAO PAULO HOSPITAL CENTRAL HC DA FMUSP HOSPITAL DAS CLINICAS Outros TOTAL

Masculino 1798 884 835 333 397 407 371 290 261 363 239 264 268 244 159 161 172 155 142 181 166 147 103 105 1696 10114

Feminino Razão de sexo Total 144 250 176 352 276 251 266 340 300 121 245 192 166 147 159 149 124 110 122 82 97 58 64 41 1046

12/1 4/1 5/1 1/1 1/1 2/1 1/1 1/1 1/1 3/1 1/1 1/1 2/1 2/1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1 2/1 2/1 3/1 2/1 3/1 2/1

1942 1134 1011 685 673 658 637 630 561 484 484 456 434 391 318 310 296 265 264 263 263 205 167 146 2742

5272

15386

Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011

41


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

As unidades municipais centrais (CTA Henfil e SAE Campos Elíseos – SUVIS Sé) são as maiores notificadoras de HIV, assim como o Centro de Referencia e Treinamento DST/aids. O SAE DST/aids Santana Marcos Lutemberg passou a ser um dos grandes notificadores do município.

Tabela 6. Número de casos diagnosticados de HIV em menores de 13 anos e notificados no SINAN NET, segundo faixa etária e época de diagnóstico. Município de São Paulo, 1990 a 2010*.

Época de

menor de 1 ano

1 a 2 anos

3 a 4 anos

5 a 9 anos

10 anos e mais

Total

diagnóstico

%

%

%

%

%

1990 a 2006

0

0,0

2

20,0

3

30,0

3

30,0

2

20,0

10

2007

0

0,0

2

33,3

0

0,0

2

33,3

2

33,3

6

2008

0

0,0

1

20,0

2

40,0

2

40,0

0

0,0

5

2009

2

22,2

2

22,2

1

11,1

3

33,3

1

11,1

9

2010

2

40,0

1

20,0

1

20,0

1

20,0

0

0,0

5

Total

4

11,4

8

22,9

7

20,0

11

31,4

5

14,3

35

*Dados sujeitos a alterações, acessados em 30 de junho de 2011. Fonte: SINAN- NET/ CCD-COVISA

O diagnóstico de HIV em crianças pode ser feito a partir de 2 cargas virais detectáveis. Caso seja necessário aguardar o diagnóstico realizado por meio de sorologia, isto só poderá ocorrer após os 18 meses de idade. No banco de ”aids em menores de 13 anos”, encontra-se 65,7% de 35 casos onde o diagnóstico foi feito após os 2 anos de idade, sendo que apenas um deles tinha a categoria de exposição diferente de transmissão vertical ou ignorada (1 caso de hemofilia). O fato de ocorrer notificação tardia em alta porcentagem leva à discussão sobre a importância da implantação da notificação compulsória do HIV em crianças, para melhor monitoramento da transmissão vertical.

42


TRANSMISSテグ VERTICAL

03

TRANSMISSテグ VERTICAL

43


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

3. 1. Transmissão vertical do HIV 3.1.1. GESTANTE No decorrer de uma década de notificação compulsória, no território nacional, do agravo “gestante HIV e criança exposta”, várias ações foram implantadas no município de São Paulo para um maior controle desta via de transmissão. Em 2006, a portaria municipal 1203/06 define a necessidade de implementar ações para a redução da transmissão vertical do HIV e da Sífilis, criando a “Comissão de Normatização e Avaliação das Ações de Controle da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis”. No ano seguinte, a portaria 1657/07 define as ações para o diagnóstico precoce destes agravos e o acompanhamento adequado das gestantes soropositivas, quais sejam: • oferta das sorologias de HIV e sífilis na primeira consulta do pré-natal e no início do terceiro trimestre; • identificação das requisições das sorologias de gestantes, para que a realização seja priorizada pelos laboratórios da rede municipal; • definição da vigilância laboratorial, envolvendo os setores de vigilância, laboratório e assistência nos diferentes níveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS); • estabelecimento de fluxo de encaminhamento das gestantes HIV para as unidades especializadas; • solicitação de teste rápido na maternidade, para todas as gestantes sem sorologia ou com sorologia anterior negativa, mediante prévio consentimento desta gestante. Em 2010, dando continuidade à implantação das ações para o controle da transmissão vertical do HIV e da sífilis, foram criados comitês regionais de investigação dos casos. Em relação ao sistema de informação – SINAN, houve importantes alterações desde a implantação da notificação compulsória da gestante HIV e criança exposta, em 2000. Por seis anos, estes casos eram notificados em uma única ficha, que iniciava com o diagnóstico da gestante HIV, e o caso era encerrado com o seguimento da criança exposta, estabelecendo-se a sua condição sorológica. Em 2007, na nova plataforma – SINAN NET, o instrumento de notificação implantado pelo Ministério da Saúde (MS) contemplou apenas a gestante HIV. A ficha de notificação da criança exposta foi implantada, em 2010, na nova versão do SINAN NET 4.0, mas apenas com os dados de identificação da criança. Para evitar perda de seguimento dos casos de criança exposta, foi estabelecido, a partir de 2007, um fluxo de informação entre o Centro de Controle de Doenças (CCD/COVISA), as supervisões de vigilância em saúde regionais (SUVIS) e os serviços de seguimento (SAE DST/aids e CR DST/aids). Em 2010, foi implantado o “Sistema Complementar de Acompanhamento de Agravos – criança exposta ao HIV”, pelo Núcleo Técnico de Informação e Vigilância em Saúde da COVISA, para permitir a análise dos dados de seguimento da criança exposta ao HIV, notificados a partir de 2007. A tabela 1 apresenta as notificações de gestantes HIV residentes no município de São Paulo, segundo o ano de notificação. Observa-se um aumento progressivo nas notificações até 2004 e, posteriormente, queda no número de notificações, com aparente estabilização a partir de 2007. Em 2011, estão computados apenas os casos notificados no 1º semestre, e esse dado sofre o efeito do atraso das notificações. As mudanças ocorridas no sistema de informação podem ter contribuído com a subnotificação no município.

44


TRANSMISSÃO VERTICAL

Tabela 1. Número de casos notificados de gestantes HIV, segundo ano de notificação. Município de São Paulo, 2000 a 2011*. Ano de notificação

Nº de casos notificados de gestantes HIV

2000

74

2001

221

2002

384

2003

732

2004

838

2005

682

2006

661

2007

473

2008

454

2009

458

2010

429

2011

196

Total

5602

Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.

Análise dos dados Nos dados apresentados a seguir foram consideradas as notificações realizadas a partir de janeiro de 2007, quando a ficha de notificação da gestante HIV e a da criança exposta foram separadas. O ano de 2011, em função da notificação parcial dos casos, não será computado na análise. A evidência laboratorial do HIV na gestação tem sido realizada em cerca de 60% dos casos antes do pré-natal; 30% têm a realização do teste do HIV durante o pré-natal, mas ainda se observa aproximadamente 7% de gestantes com diagnóstico no momento ou após o parto, além daquelas em que não se obteve essa informação. Essas últimas devem ser foco da investigação das equipes de vigilância locais, para identificar as oportunidades perdidas e corrigir eventuais falhas no atendimento de pré-natal (Tabela 2, Gráfico 1). Gráfico 1. Distribuição percentual das notificações de gestantes HIV, segundo o momento da evidência laboratorial do HIV. Município de São Paulo, 2000 a 2011*. 80 70 60 50

após parto

40

Parto

30

PN antes PN

20 10 0

2007

2008

2009

2010

Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.

45


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

A Tabela 2 ainda apresenta a evolução da gravidez segundo o ano de notificação. Destaca-se que as notificações feitas a partir de 2010 poderiam ainda não ter se encerrado quando os dados foram obtidos. Então, de 2007 a 2009, quando todos os casos já teriam tido tempo suficiente para o encerramento, observa-se um aumento dos casos não encerrados (em branco), evidenciando atraso na atualização das informações. Observa-se uma relação estável entre nascidos vivos, natimortos e abortos.

Tabela 2. Gestantes infectadas pelo HIV notificadas, segundo atributos da gestação, por ano da notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2011*.

n

2007 %

n

2008 %

n

2009 %

n

2010 %

2011 n %

Total n %

Evidência laboratorial do HIV Antes do pré-natal

264

55,8

261

57,5

298

65,1

226

52,7

133

67,9

1182

58,8

Durante o pré-natal

161

34,0

159

35,0

141

30,8

151

35,2

52

26,5

664

33,0

Durante o parto

36

7,6

29

6,4

13

2,8

21

4,9

5

2,6

104

5,2

Após o parto

12

2,5

5

1,1

6

1,3

4

0,9

3

1,5

30

1,5

0

-

0

-

0

-

27

6,3

3

1,5

30

1,5

Sem informação Total

473 100,0

454 100,0

458 100,0

429 100,0

196 100,0

2010 100,0

Evolução da gravidez Nascido vivo

425

89,9

395

87,0

Natimorto

13

2,7

10

Aborto

21

4,4

26

14

3,0

23

5,1

Em branco Total

473 100,0

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA

84,9

2,2

7

5,7

34 28

6,1

454 100,0

389

78,3

72

1,5

6

1,4

0

7,4

29

6,8

9

58

13,5

115

58,7

458 100,0

336

429 100,0

36,7

1617

80,4

-

36

1,8

4,6

119

5,9

238

11,8

196 100,0

2010 100,0

* Dados provisórios até 30/06/2011

Na tabela 3 são apresentados os dados do pré-natal, parto e a realização de medidas profiláticas das gestantes cujas gestações resultaram em nascidos vivos, segundo o ano do parto. Assim, tem-se 1617 nascidos vivos oriundos da notificação de gestantes HIV, dos quais apresentam-se os dados das medidas preconizadas para a prevenção da TV. Os natimortos, abortos e casos não encerrados foram excluídos da análise de medidas de controle. A realização do pré-natal, de 2007 a 2010, manteve-se acima de 90%, com diminuição dos casos sem pré-natal e sem informação. Descontando-se os casos com informação ignorada houve melhora acentuada no desempenho do uso de ARV no pré-natal, sendo que a porcentagem dos que não fizeram uso desta medida caiu de 21,8 em 2007 para 8,1 em 2010. Durante todo o período estudado houve acentuado predomínio das cesarianas, como via de parto, com diminuição das cesáreas de urgência. Embora tenha havido melhora no nível de informação, a utilização de ARV durante o parto não apresentou diferença significativa de 2007 a 2010, considerando-se apenas os casos com informação conhecida. O uso do ARV pelo recém-nascido, nas primeiras 24 horas, supera os 97% em todo o período, entre as crianças com informação conhecida, sendo que a não utilização é baixa.

46


TRANSMISSÃO VERTICAL

Tabela 3. Gestantes infectadas pelo HIV notificadas, segundo atributos da gestação, do parto e da criança, por ano do parto. Município de São Paulo, 2007 a 2011*.

Data do parto Até 2006 ignorada %

n

%

2007 n

2008

%

n

%

2009 n

2010

%

n

2011

%

n

Total

n

%

n

%

Sim

4 57,1

Não

1 14,3

2

9,5

29

8,6

31

7,8

22

6,2

9

2,5

4

2,9

98

6,1

Ign

2 28,6

2

9,5

5

1,5

5

1,3

3

0,8

4

1,1

1

0,7

22

1,4

Total

7 100,0

21 100,0

339 100,0

395 100,0

Sim

2 28,6

13 61,9

229 67,6

309 78,2

Não

1 14,3

4 19,0

64 18,9

35

9,8

27

7,5

9

6,6

175 10,8

Ignorado

4 57,1

4 19,0

46 13,6

51 12,9

40 11,2

29

8,0

11

8,0

185 11,4

Total

7 100,0

21 100,0

339 100,0

395 100,0

356 100,0

2 28,6

9 42,9

103 30,4

124 31,4

132 37,1

104 28,7

46 33,6

520 32,2

Cesárea eletiva 1 14,3

12 57,1

203 59,9

214 54,2

197 55,3

242 66,9

86 62,8

955 59,1

Realização do PN 17 81,0

305 90,0

359 90,9

Cesárea

349 96,4

356 100,0

132 96,4 1497 92,6

362 100,0

137 100,0 1617 100,0

306 84,5

117 85,4 1257 77,7

Utilização de ARV** no PN

Vaginal

331 93,0

8,9

281 78,9 35

362 100,0

137 100,0 1617 100,0

Tipo de parto

0

0,0

0

-

33

9,7

55 13,9

26

7,3

16

4,4

5

3,6

135

8,3

Ignorado

4 57,1

0

-

0

-

1

0,3

0

-

0

-

7

0,4

Total

7 100,0

21 100,0

339 100,0

Sim

3 42,9

12 57,1

287 84,7

Não

1 14,3

4 19,0

39 11,5

34

8,6

34

9,6

30

8,3

9

6,6

151

9,3

Ignorado

3 42,9

5 23,8

13

27

6,8

28

7,9

40 11,0

12

8,8

128

7,9

Total

7 100,0

21 100,0

339 100,0

395 100,0

356 100,0

362 100,0

137 100,0 1617 100,0

Primeiras 24h

2 28,6

16 76,2

323 95,3

364 92,2

311 85,9

124 90,5 1458 90,2

Após 24h

0

-

0

-

3

0,9

0

-

2

9,5

4

3 14,3

9

de urgência

2

0,5

395 100,0

356 100,0

362 100,0

137 100,0 1617 100,0

Utilização de ARV** durante o parto 334 84,6

3,8

294 82,6

292 80,7

116 84,7 1338 82,7

Início do AZT*** na criança 4

1,0

1,2

2

2,7

25

318 89,3 2

0,6

5

1,4

0,5

5

1,4

6,3

31

8,7

356 100,0

362 100,0

2

1,5

16

1,0

3

0,8

0

-

16

1,0

43 11,9

11

8,0

127

7,9

do nascimento Não realizado

Sem informação 5 71,4 Total

7 100,0

21 100,0

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA * Dados provisórios até 30/06/2011 ** ARV = Antirretroviral *** AZT = Zidovudina

339 100,0

395 100,0

137 100,0 1617 100,0

47


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

3.1.2. CRIANÇA exposta A seguir, na tabela 4 e no gráfico 2, apresenta-se a serie histórica de crianças expostas notificadas desde que a notificação deste agravo tornou-se compulsória, segundo o ano de nascimento. A porcentagem de crianças infectadas em relação às notificadas teve uma significativa queda a partir de 2000, passando de 10,3 neste ano, para níveis em torno de 2,7% em 2003, possivelmente em função da implantação do protocolo de recomendações de controle da transmissão vertical. Gráfico 2. Distribuição percentual dos casos de crianças expostas notificadas, segundo a classificação atual e o ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000 a 2009*. 100 80 Em seguimento

60

Óbito 40

Perda de seguimento Não infectado

20

Infectado

0

2000

2001 2002

2003

2004 2005 2006

2007 2008

2009

Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.

Tabela 4. Casos (N e %) de crianças expostas notificados, segundo ano de nascimento e classificação atual do encerramento. Município de São Paulo, 2000 a 2011*. Ano de

Encerramento do caso

nascimento

Infectado nº %

Não infectado nº %

2000

24

10,3

163

70,3

2001

22

6,8

215

2002

20

4,4

304

2003

14

2,8

2004

14

2,6

2005

11

2006

14

2007 2008

Perda de seguimento nº %

Total Óbito nº

%

Em seguimento nº %

40

17,2

5

2,2

0

-

232

66,2

85

26,2

3

0,9

0

-

325

67,1

121

26,7

8

1,8

0

-

453

326

64,4

154

30,4

12

2,4

0

-

506

349

65,8

162

30,6

5

0,9

0

-

530

2,4

291

64,0

144

31,6

9

2,0

0

-

455

3,0

271

57,5

174

36,9

12

2,5

0

-

471

11

2,3

385

81,1

75

15,8

4

0,8

0

-

475

17

3,8

346

78,1

76

17,2

4

0,9

0

-

443

2009

11

2,6

326

77,8

69

16,5

4

1,0

9

2,1

419

Total

158

3,7

2976

69,1

1100

25,5

66

1,5

9

0,2

4309

Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA * Dados provisórios até 30/06/2011

Apesar da mudança no perfil de encerramento dos casos a partir de 2007, com o aumento da proporção de casos encerrados como criança não infectada e a estabilização das perdas de seguimento em torno de 16%, a porcentagem de infectados se mantém praticamente inalterada desde 2003, oscilando em torno de 2,8%. Também se destaca que, no 1º período, a média de casos encerrados por óbito foi 1,8%, enquanto que a partir de 2007, essa média caiu para 0,9%. Possivelmente, isto está refletindo a melhora na investigação dos casos e o estabelecimento de parâmetros para a classificação de óbito por aids ou por outras causas.

48


TRANSMISSÃO VERTICAL

Os dados a seguir referem-se às notificações de crianças expostas ao HIV por TV, a partir de 2007, com nascimento entre 2000 e 2009, para permitir a análise das medidas de prevenção realizadas na criança (tabela 5). A divergência em relação à tabela anterior nos totais de 2007 deve-se ao fato de que 76 crianças estão notificadas na versão anterior do SINAN. A análise está prejudicada em função da alta porcentagem de casos com informação ignorada. Tabela 5. Casos (N e %) de crianças expostas nascidas até 2009, notificados no período de janeiro de 2007 a junho de 2011*, segundo ano de nascimento e medida de prevenção preconizada, em residentes no município de São Paulo.

Medida preconizada

2000 a 2006 Nº %

Tempo total de uso do AZT** xarope

Ano de nascimento 2007 2008 nº % nº %

Total 2009 nº % nº %

menos de 3 semanas

0

-

10

2,5

4

0,9

1

0,2

15

1,1

De 3 a 5 semanas

0

-

6

1,5

3

0,7

4

1,0

13

1,0

42

76,4

311

77,9

287

64,8

255

60,9

895

68,0

8

14,5

10

2,5

1

0,2

4

1,0

23

1,7

5

9,1

62

15,5

148

33,4

155

37,0

370

28,1

Por 6 semanas Não usou Sem informação Total

55 100,0

Aleitamento materno

399 100,0

443 100,0

419 100,0

1316 100,0

Sim

4

7,3

9

2,3

2

0,5

3

0,7

18

1,4

Não

47

85,5

344

86,2

309

69,8

290

69,2

990

75,2

Sem informação

4

7,3

46

11,5

132

29,8

126

30,1

308

23,4

Total

55 100,0

399 100,0

443 100,0

419 100,0

1316 100,0

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA * Dados provisórios até 30/06/2011 ** AZT = Zidovudina

Na tabela 6 e nos gráficos 3 e 4 são apresentados os dados relativos à distribuição geográfica dessas crianças no município. Observa-se concentração nas coordenadorias Norte e Leste (45,8%). A perda de seguimento para o município é de 16,2%, sendo que CRS Norte, Sul e Leste apresentam perda de seguimento inferior à do município. Destaca-se que a CRS Leste teve a menor proporção de casos com essa classificação (9,2%). Gráfico 3. Distribuição percentual de crianças expostas, segundo a classificação atual e a Coordenadoria de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2009*. 100

80

60

40

Em seguimento Óbito Perda de seguimento Não infectado Infectado

20

0

Norte

Sul

Leste

Sudeste

Centro oeste

Ignorado MSP

Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.

49


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Gráfico 4. Porcentagem de casos encerrados como infectados, porcentagem de óbitos e taxa de transmissão vertical de crianças notificadas entre janeiro de 2007 e junho de 2011, nascidas até 2009, segundo Coordenadoria de Saúde. Município de São Paulo*.

5 4 3

Taxa de TV

2

% Óbito

1

% Infectado

0

Norte

Sul

Leste

Sudeste

Centro-oeste

MSP

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.

As porcentagens de infectados e óbitos foram obtidas a partir do total de notificações. A taxa de TV foi calculada com base nas crianças infectadas e não infectadas. A diferença entre os índices reflete o desempenho no encerramento dos casos. Assim, altas percentagens de abandono e óbitos, sem a elucidação da situação quanto à infecção pelo HIV, podem erroneamente expressar-se por baixas percentagens de infectados.

Tabela 6. Casos (N e %) notificados no período de janeiro de 2007 a junho de 2011*, de crianças expostas nascidas até 2009, segundo classificação do caso e Coordenadoria de residência. Município de São Paulo. Coordenadoria de residência Infectado Não infectado nº % nº % Norte Sul Leste

Encerramento do caso Perda Óbito de seguimento nº % nº %

Em Total seguimento nº % nº

12

3,9

242

78,1

48

15,5

3

1,0

5

1,6

310

7

3,1

189

82,9

29

12,7

1

0,4

2

0,9

228

10

3,4

249

85,3

27

9,2

4

1,4

2

0,7

292

Sudeste

8

3,1

191

74,6

55

21,5

2

0,8

0

-

256

Centro-oeste

4

2,5

112

70,9

39

24,7

3

1,9

0

-

158

Ignorado

0

-

56

77,8

15

20,8

1

1,4

0

-

72

41

3,1

1039

79,0

213

16,2

14

1,1

9

0,7

1316

MSP

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados sujeitos a revisão

50


TRANSMISSÃO VERTICAL

Tabela 7. Número, porcentagem e risco relativo de medidas profiláticas preconizadas em crianças expostas nascidas até 2009, notificadas entre janeiro de 2007 e junho de 2011*. Município de São Paulo.

Infectado N° %

Uso e duração de ARV na criança

Não infectado N° %

Total RR %

IC 95%

19

2,0

921

98,0

940

87,1

2

7,4

25

92,6

27

2,5

14,5

6 semanas

< 6 semanas

Não uso

5

29,4

12

70,6

17

1,6

Ignorado

14

14,7

81

85,3

95

8,8

6,15 a 34,4

Aletamento materno

Sim

8

47,1

9

52,9

17

1,6

22,75

Não

21

2,1

994

97,9

1015

94,1

Ignorado

11

23,4

36

76,6

47

4,4

11,56

11,78 a 43,93 5,93 a 22,52

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.

Na tabela 7 estão apresentados os dados referentes a duas importantes medidas profiláticas do protocolo de prevenção da TV, o uso e a duração de ARV e a contraindicação do aleitamento materno de casos encerrados como infectados ou não infectados. Observa-se que, no geral, 87% dessas crianças usaram o ARV de acordo com a recomendação (6 semanas). Usaram a medicação 89,6%, no entanto, 2,5% o fizeram por tempo menor do que o estipulado. Em 8,8% a informação é ignorada, não sendo possível a distinção entre quem usou por tempo ignorado daqueles em que se ignora a utilização, e apenas 1,6% negam o uso da medida. O risco relativo (RR) das crianças em que foi declarado não ter usado o ARV foi de 14,5, variando de 6,15 a 34,4 em relação às crianças que tomaram corretamente. Quanto ao aleitamento materno, em 94% das crianças a orientação de não amamentar naturalmente foi atendida; 1,6% informaram terem amamentado e em 4,4% a informação não foi obtida. O risco relativo para quem foi submetido à amamentação foi 22,75 (IC95% 11,78 - 43,93) e, para aquelas com informação ignorada, de 11,56 (IC95% 5,93 - 22,52), sugerindo existirem crianças que não foram submetidas ao aleitamento materno dentre as com informação ignorada. O coeficiente de incidência de aids em menores de 5 anos é usado para o monitoramento da transmissão vertical do HIV no Brasil.

Tabela 8. Casos notificados de aids em menores de 5 anos, segundo ano de diagnóstico e coeficiente de incidência. Município de São Paulo, 2000 a 2008*. Ano de diagnóstico

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Nº de casos de crianças menores de 5 anos

População

Coeficiente de Incidência

94 84 60 59 24 26 25 17 16

878.843 863.432 847.013 830.237 813.393 796.500 779.334 761.911 744.535

10,7 9,7 7,1 7,1 3,0 3,3 3,2 2,2 2,1

Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA, Fund SEADE. * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.

51


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

No município de São Paulo, este coeficiente teve uma queda acentuada entre os anos de 2000 e 2004, que não se manteve a partir desta data. A adoção das medidas específicas preconizadas permite a redução da TV para menos de 2%. Considerando-se que se conhece somente uma parte dos casos estimados de crianças expostas e que, dentre as conhecidas, os resultados apresentados têm permanecido acima do pactuado, é preciso entender melhor os motivos da não consecução das metas. O projeto de investigação dos casos de crianças infectadas visa permitir o aprimoramento do controle da TV no município.

52


TRANSMISSÃO VERTICAL

3. 2. Transmissão vertical dA SÍFILIS 3.2.1. GESTANTE A notificação compulsória da sífilis na gestante tem por objetivo a prevenção da sífilis congênita por meio do monitoramento da assistência à gestante desde o diagnóstico de sífilis visando garantir o seu tratamento adequado. O tratamento da gestante é considerado adequado quando realizado com esquema preconizado para a forma clínica da doença, até 30 dias antes do parto e se o parceiro sexual for tratado concomitantemente. A partir de outubro de 2010, a rede laboratorial da SMS própria e conveniada introduziu o fluxo alternativo de diagnóstico laboratorial preconizado para laboratórios de grande demanda. Até o momento 70% dos serviços já cumprem essa rotina. Enquanto o algoritmo convencional realiza a triagem sorológica com um teste não treponêmico seguido pela confirmação com um teste treponêmico para os resultados reagentes, o algoritmo alternativo preconiza a inversão dos métodos, acrescentando um segundo teste treponêmico em casos de resultados divergentes. Os dados de sífilis na gestante serão apresentados a partir da implantação da ficha de investigação epidemiológica para esse agravo e seu registro no SINAN Net, em janeiro de 2007. No município de São Paulo foram notificadas 3243 gestantes com evidência sorológica e/ou clínica de sífilis no período de janeiro de 2007 a 30 de junho de 2011. O Gráfico 1 apresenta o número de casos notificados segundo a Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e o ano de notificação. A CRS Sul foi responsável pela notificação da maior proporção de casos (28%), seguida pela CRS Sudeste (25,4%), Norte (18,5%), Leste (17%) e Centro-Oeste (10,4%) (Tabela 1). Tendo como referência o ano de 2007, até dezembro de 2010, as notificações aumentaram 199% sendo que 52% desse aumento (104%) ocorreu no período de 2007 a 2008. Nos períodos subseqüentes, a notificação aumentou 27,2% de 2008 a 2009 e 15,2%, de 2009 a 2010. Merecem destaque as Supervisões de Vigilância em Saúde (SUVIS) de São Mateus, na CRS Leste, e da Penha, na CRS Sudeste, que vêm apresentando um progressivo aumento da variação positiva das notificações, bem como a SUVIS Capela do Socorro, que vem mantendo constância no aumento das notificações no decorrer de todos os períodos.

Gráfico 1. Número de gestantes notificadas com sífilis, segundo Coordenadoria de Saúde e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2010*. 350 300 250 200 150 100 50 0

2007

2008

2009

2010

Ano de notificação Centro-Oeste

Leste

Norte

Sudeste

Sul

Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.

53


54

2008 N % 79 13,1 13 2,2 21 3,5 45 7,5 84 13,9 10 1,7 17 2,8 11 1,8 9 1,5 11 1,8 10 1,7 16 2,6 117 19,4 24 4,0 19 3,1 31 5,1 22 3,6 3 0,5 18 3,0 157 26,0 65 10,8 22 3,6 23 3,8 20 3,3 27 4,5 167 27,6 44 7,3 18 3,0 56 9,3 44 7,3 5 0,8 604 100,0

Fonte: SINAN/CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 30/06/2011, sujeitos à revisão.

CRS/ SUVIS 2007 N % Centro-Oeste 43 14,5 Butantã 10 3,4 Lapa/Pinheiros 8 2,7 Sé 25 8,4 Leste 37 12,5 Cid. Tiradentes 1 0,3 Ermelino Matarazzo 6 2,0 Guaianases 2 0,7 Itaim Paulista 3 1,0 Itaquera 5 1,7 São Mateus 12 4,1 São Miguel 8 2,7 Norte 39 13,2 C. Verde/ Cachoeirinha 10 3,4 Freguesia do Ó 3 1,0 Jaçanã/ Tremembé 7 2,4 Perus/ Pirituba 4 1,4 Santana/ Tucuruvi 5 1,7 Vila Maria 10 3,4 Sudeste 118 39,9 Mooca/ Aricanduva 39 13,2 Ipiranga 17 5,7 V. Mariana/ Jabaquara 22 7,4 Penha 25 8,4 V. Prudente 15 5,1 Sul 59 19,9 Campo Limpo 11 3,7 Capela do Socorro 8 2,7 M Boi Mirim 20 6,8 Santo Amaro/ Cid. Ademar 20 6,8 Parelheiros 0 − Município São Paulo 296 100,0

2009 N % 86 11,2 30 3,9 10 1,3 46 6,0 120 15,6 27 3,5 15 2,0 23 3,0 12 1,6 14 1,8 11 1,4 18 2,3 168 21,9 31 4,0 34 4,4 40 5,2 21 2,7 9 1,2 33 4,3 177 23,0 56 7,3 24 3,1 39 5,1 25 3,3 33 4,3 217 28,3 51 6,6 39 5,1 70 9,1 46 6,0 11 1,4 768 100,0

2010 N % 86 9,7 32 3,6 17 1,9 37 4,2 137 15,5 22 2,5 12 1,4 27 3,1 21 2,4 23 2,6 14 1,6 18 2,0 145 16,4 19 2,1 28 3,2 34 3,8 29 3,3 10 1,1 25 2,8 212 24,0 51 5,8 40 4,5 47 5,3 45 5,1 29 3,3 305 34,5 62 7,0 85 9,6 85 9,6 66 7,5 7 0,8 885 100,0

2011 N % 72 10,4 17 2,5 20 2,9 35 5,1 172 24,9 27 3,9 28 4,1 19 2,8 26 3,8 30 4,3 16 2,3 26 3,8 131 19,0 19 2,8 21 3,0 24 3,5 32 4,6 10 1,4 25 3,6 160 23,2 54 7,8 40 5,8 23 3,3 28 4,1 15 2,2 155 22,5 50 7,2 24 3,5 37 5,4 39 5,7 5 0,7 690 100,0

Total N % 2007-10 366 11,3 100,0 102 3,1 220,0 76 2,3 112,5 188 5,8 48,0 550 17,0 270,3 87 2,7 2100,0 78 2,4 100,0 82 2,5 1250,0 71 2,2 600,0 83 2,6 360,0 63 1,9 16,7 86 2,7 125,0 600 18,5 271,8 103 3,2 90,0 105 3,2 833,3 136 4,2 385,7 108 3,3 625,0 37 1,1 100,0 111 3,4 150,0 824 25,4 79,7 265 8,2 30,8 143 4,4 135,3 154 4,7 113,6 143 4,4 80,0 119 3,7 93,3 903 27,8 416,9 218 6,7 463,6 174 5,4 962,5 268 8,3 325,0 215 6,6 230,0 28 0,9 − 3243 100,0 199,0

Variação (%) 2007-08 2008-09 2009-10 83,7 8,9 0,0 30,0 130,8 6,7 162,5 -52,4 70,0 80,0 2,2 -19,6 127,0 42,9 14,2 900,0 170,0 -18,5 183,3 -11,8 -20,0 450,0 109,1 17,4 200,0 33,3 75,0 120,0 27,3 64,3 -16,7 10,0 27,3 100,0 12,5 0,0 200,0 43,6 -13,7 140,0 29,2 -38,7 533,3 78,9 -17,6 342,9 29,0 -15,0 450,0 -4,5 38,1 -40,0 200,0 11,1 80,0 83,3 -24,2 33,1 12,7 19,8 66,7 -13,8 -8,9 29,4 9,1 66,7 4,5 69,6 20,5 -20,0 25,0 80,0 80,0 22,2 -12,1 183,1 29,9 40,6 300,0 15,9 21,6 125,0 116,7 117,9 180,0 25,0 21,4 120,0 4,5 43,5 − 120,0 -36,4 104,1 27,2 15,2

Tabela 1. Casos de gestantes com sífilis, ano de notificação, Coordenadoria de Saúde e respectivas Supervisões de Vigilância em Saúde. Município de São Paulo, 2007 a 2011*.

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO


TRANSMISSÃO VERTICAL

Cerca de 50% das gestantes têm entre 20 e 29 anos anos; 40,9% possuem raça branca e 53,2% têm grau de escolaridade até o ensino fundamental completo (tabela 2). Enquanto apenas 1,5% das gestantes com sífilis têm escolaridade maior do que o ensino médio, este percentual para as gestantes com aids notificadas no município até 2010 atinge 5,0%. Cerca de 36% das gestantes iniciaram o pré-natal no 1º trimestre, 35%, no 2 º trimestre, pouco mais de 1/4 (26%) somente no 3º trimestre e em 3% a informação foi ignorada (tabela 3). Com relação ao tratamento da sífilis, a penicilina benzatina é a droga de escolha sendo que o esquema é recomendado de acordo com a fase clínica da doença. A tabela 4 apresenta os casos notificados de acordo com a classificação clínica da doença e o esquema de tratamento prescrito. Em 4,3% dos casos a forma clínica não foi informada, não permitindo portanto, analisar a adequação do tratamento. As situações em que o tratamento está adequado à classificação clínica estão destacadas em amarelo. Os dados acima desta linha foram submetidos a doses de penicilina inferiores ao recomentado (6,6%) e os abaixo receberam excesso de dosagem (15,2%). Destacam-se 5% de gestantes notificadas para as quais não foi prescrito nenhum tratamento. Este percentual inclui as gestantes que realmente não foram tratadas por terem abandonado o serviço de saúde, por ter ocorrido interrupção do prénatal ou mesmo da gravidez e aquelas cujo tratamento não foi indicado devido ao diagnóstico de cicatriz sorológica. Uma vez que, ao menos 70% das gestantes nessa categoria tinham a forma clínica descrita, pode-se concluir que estas deixaram de ser tratadas por perda de seguimento. Resta então uma porcentagem na qual a informação disponível na ficha de investigação não permite precisar se são referentes a notificações de cicatriz sorológica. A notificação de cicatriz sorológica é consequência da definição de caso de sífilis na gestação que tem o intuito de aumentar a captação de casos. Temos ainda um contingente de 2% de casos tratados com outras drogas que não a penicilina, cujos bebes serão a priori considerados casos de sífilis congênita pelo critério de “mãe inadequadamente tratada”. Finalmente, 2,5% das notificações não têm informação acerca do tratamento. Dessas, praticamente a metade teve o diagnóstico clínico informado, e no restante, a informação está em branco ou a forma clínica é ignorada. Como referido anteriormente, a definição de tratamento adequado da gestante com sífilis exige o tratamento concomitante do parceiro. A inclusão desta informação na ficha de investigação do CCD e Núcleo de Informação da COVISA/ SMS – SP ocorreu no final de 2007, e somente a partir de 2010 na ficha de investigação do SINAN. A falta de disponibilidade de campos de informação na ficha eletrônica dificultou o registro da informação, elevando a porcentagem de informação ignorada nos dois primeiros anos. Na ficha é perguntado se o parceiro foi tratado concomitante à gestante, sem, no entanto definir o que se entende por “concomitante”. Isso pode gerar imprecisão nas respostas. Se considerarmos apenas os casos com informação conhecida, verifica-se que nos três primeiros anos o parceiro foi tratado concomitante à gestante em cerca de 50% dos casos e, em 2011,apenas com as notificações do 1º semestre, esse percentual atinge 58%. Nos últimos dois anos, 47% dos parceiros foram tratados concomitantemente à gestante, 40% não trataram e em 13% a informação foi ignorada (tabela 5). A análise dos motivos de não tratamento mostra que 18,4% dos parceiros não foram submetidos a tratamento por não serem mais parceiros sexuais das gestantes. Do ponto de vista epidemiológico, esse contingente poderia ser considerado “adequadamente tratado” por não haver exposição da gestante ao risco de reinfecção, o que elevaria o percentual de gestantes tratadas para 44,5%. A aceitação do não tratamento do parceiro por sorologia negativa pressupõe que a investigação do diagnóstico de sífilis foi exaustiva (clínica, antecedente epidemiológico e diagnóstico laboratorial), concluindo que o individuo não é portador da doença. Essa categoria também colocaria a gestante na situação de tratamento adequado. Nessa categoria encontram-se 12% dos parceiros não tratados. Classificados como “outros motivos” (24%) encontram-se parceiros não localizados por motivo de mudança, detenção, gestante em situação de rua. Essas situações, descritas no campo de observações, não deixam explicito a interrupção definitiva da exposição da gestante, levando à sua inclusão na categoria de tratamento inadequado. Idealmente, esses casos teriam que ser reclassificados na categoria “gestante sem contato sexual”, ou recusa do parceiro ao tratamento, ou parceiro não convocado pela unidade de saúde. A não realização de toda a sequência de investigação pode deixar uma parcela expressiva de crianças sob risco de transmissão vertical. Ainda, 10% dos parceiros recusaram o tratamento, tendo como consequência imediata a inadequação do tratamento, a manutenção do risco de reinfecção da gestante e, consequentemente de sífilis congênita no bebê.

55


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Os dados apresentados refletem as grandes mudanças ocorridas no programa nos últimos anos. A introdução do algoritmo alternativo para o diagnóstico da sífilis dá mais segurança no diagnóstico e na conduta, particularmente frente aos parceiros, nas situações de VDRL não reagente. A vigilância laboratorial da gestante permite a identificação mais rápida de resultados “positivos” com a possibilidade de intervenção oportuna. A integração da assistência pré-natal e a assistência ao parto são cruciais para a adequada atenção à gestante e ao bebê. A sífilis congênita mostra exemplarmente essa questão. A não transferência das informações referentes ao tratamento da mãe e de seu parceiro terá como consequência o excesso de diagnóstico nas crianças e, por conseguinte, seu tratamento e internação por dez dias. Apesar de muito ter sido feito, ainda temos muito o que melhorar e aprimorar. O fluxo abaixo destaca alguns pontos de maior vulnerabilidade na sequência de eventos que se sucedem no pré-natal, que podem ter como desfecho da gestação um caso de sífilis congênita.

GESTANTE

ADESÃO AO PRÉ-NATAL

Falha na detecção da gestante com perfil de risco para DST

DIAGNÓSTICO

Solicitação de sorologia em tempo hábil para o tratamento Ausência da captação da gestante com sorologia reagente Avaliação da sorologia sem história clínico-epidemiológica

TRATAMENTO DA GESTANTE

Prescrição sem avaliação da fase clínica da doença Monitoramento do tratamento

TRATAMENTO DO PARCEIRO

REGISTRO NA CARTEIRA

Forma de captação do parceiro e Monitoramento do tratamento

Informação detalhada para a maternidade sobre o tratamento da gestante e de seu parceiro, mesmo das gestantes que não tiveram mais contato sexual com o parceiro após o tratamento.

NOTIFICAÇÃO

56

Adequar o tratamento “prescrito” para tratamento “realizado”


TRANSMISSÃO VERTICAL

Tabela 2. Casos de gestantes com sífilis, segundo características dos casos e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007-2011 *. Características

2007

das gestantes

N

Faixa etária (anos)

2008

%

N

2009

%

N

2010

%

N

2011

%

N

Total

%

N

%

10 a 14

2

0,7

4

0,7

6

0,8

8

0,9

3

0,4

23

0,7

15 a 19

25

8,4

76

12,6

89

11,6

109

12,3

94

13,6

393

12,1

20 a 24

73

24,7

156

25,8

185

24,1

237

26,8

169

24,5

820

25,3

25 a 29

68

23,0

160

26,5

201

26,2

214

24,2

172

24,9

815

25,1

30 a 34

72

24,3

107

17,7

152

19,8

163

18,4

124

18,0

618

19,1

35 a 39

41

13,9

80

13,2

112

14,6

111

12,5

96

13,9

440

13,6

> 40

15

5,1

21

3,5

23

3,0

43

4,9

32

4,6

134

4,1

Raça

141

47,6

258

42,7

316

41,1

345

39,0

267

32

10,8

79

13,1

119

15,5

108

12,2

95

Branca Preta Amarela

38,7 1327

40,9

13,8

433

13,4

1,4

41

1,3

39,0 1200

37,0

3

1,0

8

1,3

10

1,3

10

1,1

10

Parda

89

30,1

215

35,6

267

34,8

360

40,7

269

Indigena

11

3,7

19

3,1

30

3,9

27

3,1

19

2,8

106

3,3

Ign/Branco

20

6,8

25

4,1

26

3,4

35

4,0

30

4,3

136

4,2

Escolaridade Analfabeto 1ª a 4ª série incompleta do EF

3

1,0

11

1,8

8

1,0

5

0,6

13

1,9

40

1,2

34

11,5

86

14,2

99

12,9

76

8,6

64

9,3

359

11,1

33

11,1

54

8,9

59

7,7

67

7,6

50

7,2

263

8,1

5ª a 8ª série incompleta do EF

75

25,3

127

21,0

151

19,7

181

20,5

146

21,2

680

21,0

Ensino fundamental completo

43

14,5

76

12,6

83

10,8

93

10,5

88

12,8

383

11,8

Ensino médio incompleto

27

9,1

72

11,9

86

11,2

111

12,5

87

12,6

383

11,8

Ensino médio completo

34

11,5

82

13,6

145

18,9

185

20,9

117

17,0

563

17,4

2

0,7

3

0,5

2

0,3

10

1,1

12

1,7

29

0,9

Educação superior completa Ign/Branco Total

0

6

1,0

3

0,4

6

0,7

5

0,7

20

0,6

45

15,2

87

14,4

132

17,2

151

17,1

108

15,7

523

16,1

296 100,0

604 100,0

768 100,0

885 100,0

4ª série completa do EF

Educação superior incompleta

690 100,0 3243 100,0

Fonte: SINAN/CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 30/06/2011, sujeitos à revisão.

57


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Tabela 3. Casos de gestantes com sífilis, segundo características do pré-natal e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2011*. Características

2007

do Pré-natal

N

2008

%

N

2009

%

N

2010

%

N

2011

%

N

Total

%

N

%

Trimestre de gestação 1º Trimestre

112 37,8

205 33,9

299 38,9

335 37,9

234 33,9 1185 36,5

2º Trimestre

95 32,1

203 33,6

254 33,1

330 37,3

257 37,2 1139 35,1

3º Trimestre

69 23,3

163 27,0

195 25,4

198 22,4

183 26,5

Idade gest ignorada

20

6,8

33

5,5

20

2,6

22

2,5

16

2,3

111

Classificação clínica

Primária

110 37,2

209 34,6

258 33,6

31 10,5

75 12,4

82 10,7

Terciária

48 16,2

91 15,1

112 14,6

109 12,3

114 16,5

Latente

64 21,6

151 25,0

214 27,9

354 40,0

252 36,5 1035 31,9

Ignorada

31 10,8

58

9,8

77 10,2

78

9,0

85 12,3

329 10,1

Em branco

12

3,7

20

3,1

25

3,1

46

5,0

37

5,4

140

Penicilina Benzatina 2400000UI

78 26,4

Penicilina Benzatina 4800000UI

22

Penicilina Benzatina 7200000UI

117 19,4

7,4

63 10,4

174 58,8

370 61,3

173 22,5 58

7,6

463 60,3

61

6,9

164 18,5 43

4,9

578 65,3

162 23,5

3,4

Secundária

Esquema de tratamento da gestante

237 26,8

808 24,9

40

5,8

112 16,2 33

4,8

976 30,1 289

8,9

474 14,6

4,3

644 19,9 219

6,8

488 70,7 2073 63,9

Outro Esquema

7

2,4

19

3,1

10

1,3

18

2,0

5

0,7

59

1,8

Não realizado

6

2,0

18

3,0

46

6,0

59

6,7

39

5,7

168

5,2

Ignorado

9

3,0

17

2,8

18

2,3

23

2,6

13

1,9

80

2,5

Total

296 100,0

604 100,0

Fonte: SINAN/CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 30/06/2011, sujeitos à revisão.

768 100,0

885 100,0

690 100,0 3243 100,0

Tabela 4. Tratamento das gestantes com sífilis, segundo a classificação clínica da doença. Município de São Paulo, 2007 a 2011.*

Classificação clínica

Tratamento das

Primária

gestantes

N

Penicilina Benzatina 2400000UI Penicilina Benzatina 4800000UI Penicilina Benzatina 7200000UI

%

464 47,5 69

Secundária N

%

33 11,4

7,1

68 23,5

367 37,6

166 57,4

Terciária

Latente

Ignorada

N

%

N

%

N

11

2,3

55

5,3

45 13,7

11

2,3

43

4,2

431 90,9

850 82,1

16

%

4,9

196 59,6

%

Total N

%

36 25,9

644 19,9

12

219

8,6

6,8

63 45,3 2073 63,9

25

2,6

8

2,8

3

0,6

18

1,7

0,7

59

1,8

Não realizado

40

4,1

9

3,1

14

3,0

54

5,2

36 10,9

15 10,8

168

5,2

11

1,1

5

1,7

4

0,8

15

1,4

32

12

80

2,5

Total

1,2

N

Outro Esquema Ignorado

4

Em branco

9,7

1

8,6

976 100,0 289 100,0 474 100,0 1035 100,0 329 100,0 139 100,0 3243 100,0

Fonte: SINAN/CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 30/06/2011, sujeitos à revisão.

58


TRANSMISSÃO VERTICAL

Tabela 5. Casos de gestantes com sífilis, segundo tratamento dos parceiros e ano de notificação. Município de São Paulo, 2008 a 2011*.

Tratamento do parceiro**

2008** N

2009**

2010

2011

Total

%

N

%

N

%

N

%

N

Tratamento concomitante ao da gestante

%

Sim

149

24,7

244

31,8

385

43,5

356

51,6

1134

38,5

Não

127

21,0

212

27,6

370

41,8

256

37,1

965

32,7

Ignorado

328

54,3

312

40,6

130

14,7

78

11,3

848

28,8

Total de parceiros

604 100,0

768 100,0

885 100,0

690 100,0

2947 100,0

Motivo de não realização do tratamento Não teve contato com a gestante Não foi convocado

12

9,4

39

18,4

69

18,6

58

22,7

178

18,4

3

2,4

7

3,3

23

6,2

10

3,9

43

4,5

Convocado, não compareceu

21

16,5

37

17,5

69

18,6

42

16,4

169

17,5

Recusou tratamento

13

10,2

13

6,1

32

8,6

21

8,2

79

8,2

Sorologia não reagente

21

16,5

30

14,2

41

11,1

23

9,0

115

11,9

Outros motivos

18

14,2

50

23,6

99

26,8

61

23,8

228

23,6

Em branco

39

30,7

36

17,0

37

10,0

41

16,0

153

15,9

Total de parceiros não tratados 127 100,0

212 100,0

Fonte: SINAN/CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 30/06/2011, sujeitos à revisão. **Dados da FIE 2008 e 2009, disponíveis no SINAN Net a partir de 2010.

370 100,0

256 100,0

965 100,0

59


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

3.2.2. SÍFILIS CONGÊNITA A redução do número de casos de sífilis congênita é um dos indicadores pactuados pelo município com o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde, no eixo I das ações prioritárias nacionais para a redução da mortalidade infantil e materna (Pacto pela Vida). Considera-se a sífilis congênita eliminada quando o coeficiente de incidência for inferior a 0,5 caso /1000 nascidos vivos. A sífilis na gestação dispõe de protocolo de tratamento bem estabelecido, medicação efetiva e de baixo custo, mas cuja consecução depende de uma cadeia de eventos que têm que estar bem articulados durante o pré-natal. Outra questão relevante diz respeito às dificuldades de diagnóstico de sífilis congênita na criança que pode ser assintomática ao nascer, mas ter sido infectada. Os exames laboratoriais disponíveis em uma proporção expressiva de casos não permitem, em curto prazo de tempo, a distinção entre doença ativa e transferência de anticorpos maternos. No período de janeiro de 1998 a junho de 2011, foram notificados 5862 casos de sífilis congênita (SC) em crianças residentes no município de São Paulo (tabela 1). O maior número de casos foi notificado pela Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Norte (1672), seguida da CRS Sul (1266), CRS Leste (1073), CRS Sudeste (911) e CRS Centro-Oeste (822). Em relação ao coeficiente de incidência (CI) de sífilis congênita, para o município, observou-se diminuição até 2006, seguida de aumento progressivo, atingindo 3,2 casos/1000 nascidos vivos (NV) em 2010 (gráfico 1). As CRS tiveram comportamento semelhante, exceto a CRS Leste que vem apresentando o menor CI desde 2007, sendo a única região com queda do CI de 2009 para 2010. Gráfico 1. Coeficiente de incidência de sífilis congênita, segundo Coordenadorias Regionais de Saúde de residência. Município de São Paulo, 2003 a 2010*. 5,5 4,5 3,5 CI

2,5 1,5 0,5 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 ano de nascimento

C. OESTE

LESTE

NORTE

SUDESTE

SUL

SÃO PAULO

Fonte: SINAN/CCD/COVISA/SMSSP (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão.

De 2007 a 2010, o número de unidades notificantes passou de 46 para 58. Nesse período, seis unidades foram responsáveis por metade dos casos notificados de SC, compondo o grupo das “Grandes notificadoras”. As demais, responsáveis pelo restante das notificações, foram agrupadas no denominado “Grupo das Demais Notificadoras”. Comparando o crescimento das notificações ao longo do período, a variação das “Grandes Notificadoras” foi de 16,6%, enquanto que a das “Demais Notificadoras” foi de 52,5%, mostrando a ampliação no número de unidades notificadoras no município (gráfico 2).

60


73 25 9 39 78 9 4 14 12 17 13 9 106 16 15 22 9 13 31 71 27 4 7 25 8 60 12 22 13 3 10 1 389

3,6 3,2 1,4 6,7 1,8 2,4 1,1 2,6 1,8 1,9 1,7 1,3 2,8 2,8 1,9 4,6 0,9 3,1 6,1 1,9 3,2 0,6 1,0 3,6 1,0 1,1 1,2 1,9 1,2 1,1 1,0 2,1

50 25 8 17 63 2 6 4 16 8 12 15 111 14 12 26 9 13 37 54 23 5 4 17 5 79 18 20 22 6 13 2 359

2,6 3,3 1,3 3,0 1,5 0,6 1,7 0,8 2,4 0,9 1,6 2,2 3,0 2,5 1,6 5,6 0,9 3,3 7,5 1,5 2,8 0,8 0,6 2,5 0,6 1,5 1,8 1,8 2,1 2,2 1,3 2,0

53 20 2 31 62 5 5 7 10 11 14 10 89 13 7 25 13 7 24 51 24 7 3 12 5 72 27 11 29 2 3 327

3,4 3,6 1,4 5,2 2,1 2,0 1,4 4,4 0,9 2,5 2,0 1,7 4,1 3,0 1,9 7,4 2,2 3,7 9,3 1,9 2,3 0,4 1,6 3,6 1,4 2,2 3,8 1,5 3,5 2,4 2,0 2,7

Fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão. ** Descartados 162 casos no período de 2006 a 2011 que não preenchiam critérios de definição de caso de sífilis congênita.

67 28 9 30 90 7 5 23 6 22 15 12 150 17 15 35 21 15 47 70 19 3 12 25 11 123 39 18 38 7 21 1 501

53 13 5 35 45 7 3 3 5 13 6 8 113 28 20 17 8 8 32 47 19 6 6 13 3 88 33 13 22 6 14 346

3,2 3,2 1,6 5,0 2,2 1,9 1,6 1,8 2,7 2,0 1,7 3,2 2,8 2,7 3,4 3,5 1,3 1,7 5,1 1,8 3,1 0,9 1,5 2,2 1,3 1,5 2,6 1,4 2,3 1,3 1,3 2,2

2,8 2,7 0,3 5,7 1,5 1,5 1,4 1,4 1,6 1,3 1,9 1,6 2,5 2,4 1,0 5,4 1,4 1,8 5,0 1,4 3,0 1,1 0,4 1,8 0,6 1,6 2,7 1,0 2,9 0,7 0,3 1,8

CENTRO-OESTE 333 Butantã 131 Lapa / Pinheiros 54 Sé 148 LESTE 530 Cid Tiradentes 38 Erm. Matarazzo 32 Guaianases 55 Itaim Paulista 108 Itaquera 98 São Mateus 67 São Miguel 132 NORTE 576 Cachoeirinha 87 Freguesia do Ó 153 Jaçanã / Tremembé 88 Pirituba / Perus 65 Santana / Tucuruvi 40 Vila Maria 143 SUDESTE 365 Aricanduva / Mooca 128 Ipiranga 33 V. Mariana /Jabaquara 59 Penha 85 V. Prudente 60 SUL 465 Campo Limpo 147 C. do Socorro 88 M Boi Mirim 135 Parelheiros 19 Sto Amaro 76 Endereço ignorado 34 Município 2303

2,9 1,9 0,8 6,5 1,2 2,0 1,0 0,7 0,9 1,6 1,0 1,3 3,3 5,3 2,8 4,1 0,9 1,9 7,1 1,4 2,4 1,0 0,9 2,0 0,4 2,1 3,5 1,2 2,3 2,5 1,5 2,1

64 13 7 44 43 1 6 3 9 5 6 13 135 26 19 27 13 11 39 63 22 7 8 22 4 102 36 21 21 4 20 1 408

3,4 1,9 1,1 8,1 1,1 0,3 1,9 0,7 1,5 0,6 0,9 2,2 3,9 5,0 2,6 6,3 1,5 2,5 8,4 1,9 2,8 1,2 1,2 3,3 0,6 2,4 3,8 2,0 2,1 1,7 2,1 2,4

61 10 7 44 59 6 2 4 11 12 16 8 135 27 18 29 18 7 36 58 14 14 9 14 7 90 33 16 20 3 18 6 409

3,2 1,4 1,1 7,9 1,6 1,6 0,7 0,8 1,9 1,5 2,5 1,3 3,9 5,1 2,5 6,7 2,0 1,8 7,6 1,7 1,7 2,3 1,3 2,2 1,0 2,1 3,4 1,5 2,0 1,2 1,9 2,4

83 16 9 58 52 7 6 4 9 14 5 7 180 37 28 44 29 18 24 84 15 29 16 14 10 138 39 43 27 2 27 7 544

4,4 2,4 1,3 10,6 1,4 1,9 1,9 0,9 1,6 1,8 0,8 1,2 5,3 7,1 3,9 10,1 3,3 4,5 5,1 2,4 1,8 4,8 2,3 2,1 1,5 3,2 4,0 4,1 2,7 0,8 2,9 3,2

45 13 6 26 51 3 4 3 10 11 9 11 77 9 11 15 16 6 20 48 10 13 14 8 3 49 15 13 6 4 11 6 276

882 294 116 472 1073 85 73 120 196 211 163 225 1672 274 298 328 201 138 433 911 301 121 138 235 116 1266 399 265 333 56 213 58 5862

Tabela 1. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência por 1000 nascidos vivos), segundo Coordenadorias Regionais de Saúde e respectivas Supervisões de Vigilância em Saúde de residência e ano de nascimento. Município de São Paulo, 1998 a 2003 e 2004 a 2011*. CRS 1998-2002 2003 2004 2005 2006** 2007** 2008** 2009** 2010** 2011** total residência nº CI nº CI nº CI nº CI nº CI nº CI nº CI nº CI nº CI nº nº

TRANSMISSÃO VERTICAL

61


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Gráfico 2. Distribuição percentual de casos notificados de sífilis congênita, segundo os grupos de unidades de saúde e ano de notificação, residentes no município de São Paulo, 2007 a 2010*. 350

300

250 Grandes notificadores varIação = 16,6% 200 Demais notificadores variação = 52,5%

150

100

2007

2008

2009

2010

Fonte: SINAN/CCD/COVISA/SMSSP (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão.

Ao analisar as características das mães dessas crianças, no período de 2003 a 2010 (tabela 2), observa-se que 10,9% das mães são adolescentes (entre 10 e 19 anos de idade). Com relação à escolaridade, 35,9% têm de um a sete anos de estudos concluídos, 42,5% têm oito anos ou mais, e 2,0% não tem escolaridade. Entretanto, a análise desta variável é comprometida devido ao grande percentual de informação ignorada (39,4%). Dos casos em que a escolaridade é conhecida, 35,1% têm 12 anos ou mais de estudo. Ainda na tabela 2, é preocupante o aumento do percentual de casos cujas mães não realizaram o pré-natal, superando os 25% desde 2009, e a alta porcentagem de diagnósticos de sífilis durante a gestação. Das gestantes que informam ter feito o pré-natal, 60,9% tiveram o diagnóstico de sífilis durante a gestação. Salienta-se que a falta na ficha de notificação de quesitos específicos como idade de início do pré-natal, número de consultas realizadas e idade gestacional da criança ao nascer, não permite nenhuma conclusão quanto à qualidade do cuidado que foi dispensado às gestantes. Na tabela 3 estão apresentados os dados referentes ao tratamento da gestante e de seu parceiro, dos casos notificados de sífilis congênita cujas mães tiveram o diagnóstico de sífilis durante o pré-natal (n=1643). Em 73% delas o esquema de tratamento foi inadequado e 9,8% não trataram. Em 5,8%, apesar do tratamento da mãe ter sido adequado, os casos foram confirmados por alteração laboratorial e/ou clínica na criança. Ainda, em 11% das notificações não se obteve informação do tratamento materno. Aqui, também a separação entre a assistência à gestação e ao parto dificulta a transferência de informações relevantes acerca do tratamento realizado, tanto nas gestantes quanto em seus parceiros, para a assistência hospitalar, dados esses utilizados na classificação dos casos. Apesar da melhora da informação referente ao tratamento dos parceiros, no decorrer do período, esta é ignorada em 19,2% dos casos. Embora o parceiro tenha sido tratado em 18,7% dos casos, o tratamento das gestantes foi adequado em apenas 5,8%, evidenciando outros motivos de inadequação que não o tratamento do parceiro. Em relação às características das crianças, a tabela 4 mostra que 96,5% dos casos de SC são notificados com menos de sete dias de vida. Entre aqueles que realizaram os exames recomendados pelo protocolo, o VDRL foi reagente em 50,9%, observou-se alteração dos ossos longos em 1,4%, alteração liquórica em 3,5% e reatividade do VDRL do líquor em 2,4%.

62


TRANSMISSÃO VERTICAL

Os dados apresentados mostram aumento do número de casos notificados e de unidades notificantes sem que seja possível precisar seu significado, podendo expressar aumento da captação de casos pelo sistema de informação, aumento da incidência, sensibilidade da definição de caso, problemas com o diagnóstico laboratorial, além de particularidades da organização da assistência à gestante e ao parto, dentre outros fatores intervenientes. A compreensão do significado do aumento do número de casos após 2006, a dificuldade de obtenção de dados pelos sistemas de informação e o compromisso assumido pelo município de eliminação da sífilis congênita até 2015 evidenciam a necessidade de aprofundamento da investigação dos casos ocorridos. Os comitês regionais de investigação de agravos de transmissão vertical, criados em cada uma das CRS, iniciaram suas atividades com a investigação dos casos de SC notificados a partir de 1º de janeiro de 2011, e poderão responder a essas questões por meio do conhecimento de cada caso e sua história, do pré-natal até o parto, visando a identificação de eventuais oportunidades perdidas ou a definição de estratégias específicas para grupos com vulnerabilidades especiais.

63


64 2011** N %

Total

501 100,0

389 100,0

359 100,0

327 100,0

346 100,0

408 100,0

Fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão. ** Descartados 162 casos no período de 2006 a 2011 que não preenchiam critérios de definição de caso de sífilis congênita.

Total

409 100,0

544 100,0

276 100,0 3559 100,0

46,2 45,8 8,0

2010** N %

Diagnóstico de sífilis no pré-natal Sim 233 46,5 195 50,1 174 48,5 132 40,4 163 47,1 192 47,1 176 43,0 250 46,0 128 46,4 1643 Não 199 39,7 138 35,5 133 37,0 128 39,1 172 49,7 208 51,0 222 54,3 285 52,4 145 52,5 1630 Ign/Branco 69 13,8 56 14,4 52 14,5 67 20,5 11 3,2 8 2,0 11 2,7 9 1,7 3 1,1 286

2009** N %

75,0 19,6 5,3

2008** N %

Realizou pré-natal Sim 415 82,8 313 80,5 277 77,2 231 70,6 273 78,9 304 74,5 282 68,9 378 69,5 198 71,7 2671 Não 62 12,4 54 13,9 52 14,5 55 16,8 62 17,9 85 20,8 111 27,1 145 26,7 72 26,1 698 Ign/Branco 24 4,8 22 5,7 30 8,4 41 12,5 11 3,2 19 4,7 16 3,9 21 3,9 6 2,2 190

2007** N %

2,0 10,5 25,4 21,3 1,5 39,4

2006** N %

Escolaridade Nenhuma 19 3,8 15 3,9 8 2,2 7 2,1 6 1,7 5 1,2 3 0,7 5 0,9 2 0,7 70 De 1 a 3 82 16,4 58 14,9 56 15,6 30 9,2 32 9,2 47 11,5 28 6,8 24 4,4 16 5,8 373 De 4 a 7 128 25,5 109 28,0 97 27,0 84 25,7 112 32,4 94 23,0 103 25,2 125 23,0 52 18,8 904 De 8 a 11 71 14,2 53 13,6 53 14,8 58 17,7 99 28,6 102 25,0 97 23,7 154 28,3 70 25,4 757 De 12 e mais 6 1,2 12 3,1 6 1,7 9 2,8 3 0,9 4 1,0 5 1,2 5 0,9 2 0,7 52 Ign/Branco 195 38,9 142 36,5 139 38,7 139 42,5 94 27,2 156 38,2 173 42,3 231 42,5 134 48,6 1403

2005 N %

0,4 10,5 49,5 19,1 12,8 4,7 3,0

2004 N %

Faixa Etaria 10 a 14 2 0,4 1 0,3 0 - 3 0,9 0 - 1 0,2 2 0,5 4 0,7 2 0,7 15 15 a 19 39 7,8 34 8,7 27 7,5 24 7,3 34 9,8 57 14,0 56 13,7 61 11,2 42 15,2 374 20 a 29 236 47,1 185 47,6 170 47,4 157 48,0 180 52,0 200 49,0 211 51,6 286 52,6 136 49,3 1761 30 a 34 102 20,4 81 20,8 72 20,1 62 19,0 65 18,8 72 17,6 74 18,1 101 18,6 51 18,5 680 35 a 39 81 16,2 59 15,2 59 16,4 34 10,4 40 11,6 54 13,2 44 10,8 56 10,3 30 10,9 457 >40 20 4,0 18 4,6 17 4,7 20 6,1 26 7,5 15 3,7 16 3,9 23 4,2 11 4,0 166 Ign 21 4,2 11 2,8 14 3,9 27 8,3 1 0,3 9 2,2 6 1,5 13 2,4 4 1,4 106

2003 %

%

N

N

Características da mãe

Tabela 2. Casos notificados de sífilis congênita, segundo caracteristicas da mãe e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2003 a 2011.*

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO


2003 N %

2004 N %

2005 N %

2006** N %

]2007** N %

2008** N %

2009** N %

2010** N %

2011** N %

Total N %

233 100,0

195 100,0

174 100,0

132 100,0

163 100,0

Fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão. ** Descartados 162 casos no período de 2006 a 2011 que não preenchiam critérios de definição de caso de sífilis congênita.

Total

192 100,0

176 100,0

250 100,0

18,7 62,1 19,2

128 100,0 1643 100,0

Tratamento do Parceiros Sim 55 23,6 40 20,5 31 17,8 33 25,0 23 14,1 28 14,6 23 13,1 49 19,6 25 19,5 307 Não 109 46,8 99 50,8 106 60,9 68 51,5 115 70,6 134 69,8 134 76,1 171 68,4 84 65,6 1020 Ignorado 69 29,6 56 28,7 37 21,3 31 23,5 25 15,3 30 15,6 19 10,8 30 12,0 19 14,8 316

Esquema de tratamento das mães Adequado 20 8,6 14 7,2 21 12,1 12 9,1 1 0,6 2 1,0 4 2,3 14 5,6 8 6,3 96 5,8 Inadequado 185 79,4 127 65,1 130 74,7 94 71,2 119 73,0 158 82,3 136 77,3 158 63,2 96 75,0 1203 73,2 Não realizado 11 4,7 13 6,7 7 4,0 8 6,1 31 19,0 17 8,9 21 11,9 45 18,0 8 6,3 161 9,8 Ignorado 17 7,3 41 21,0 16 9,2 18 13,6 12 7,4 15 7,8 15 8,5 33 13,2 16 12,5 183 11,1

Mães com sífilis no pré-natal

Tabela 3. Casos notificados de sífilis congênita, segundo ano de nascimento e esquema de tratamento das mães com sífilis e dos parceiros, durante o pré-natal. Município de São Paulo, 2003 a 2001*.

TRANSMISSÃO VERTICAL

65


66

501 100,0

389 100,0

359 100,0

327 100,0

346 100,0

Fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (casos notificados até 30/ 06/ 2011) (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão. ** Descartados 162 casos no período de 2006 a 2011 que não preenchiam critérios de definição de caso de sífilis congênita.

Total

408 100,0

409 100,0

544 100,0

276 100,0 3559 100,0

1,4 71,8 11,9 14,8

Alt Ossos Longos Sim 10 2,0 6 1,5 4 1,1 5 1,5 5 1,4 6 1,5 7 1,7 4 0,7 4 1,4 51 Não 332 66,3 282 72,5 270 75,2 216 66,1 261 75,4 290 71,1 294 71,9 403 74,1 207 75,0 2555 Não realizado 2 0,4 37 9,5 28 7,8 39 11,9 55 15,9 75 18,4 78 19,1 82 15,1 29 10,5 425 Ign/Branco 157 31,3 64 16,5 57 15,9 67 20,5 25 7,2 37 9,1 30 7,3 55 10,1 36 13,0 528

3,5 66,7 15,0 14,0

2011** N %

Alt. Liquórica Sim 30 6,0 13 3,3 15 4,2 13 4,0 4 1,2 10 2,5 10 2,4 19 3,5 12 4,3 126 Não 323 64,5 276 71,0 240 66,9 205 62,7 244 70,5 274 67,2 280 68,5 339 62,3 194 70,3 2375 Não realizado 2 0,4 49 12,6 33 9,2 1 0,3 72 20,8 98 24,0 95 23,2 143 26,3 42 15,2 535 Ign/Branco 146 29,1 51 13,1 60 16,7 93 28,4 26 7,5 26 6,4 24 5,9 43 7,9 28 10,1 497

2010** N %

2,4 61,7 24,0 11,9

2009** N %

VDRL Líquor Reativo 13 2,8 9 2,4 10 2,8 8 2,4 6 1,7 7 1,7 9 2,2 18 3,3 5 1,8 85 Não reativo 292 62,8 245 64,1 232 64,6 186 56,9 223 64,5 263 64,5 256 62,6 313 57,5 187 67,8 2197 Não realizado 108 23,2 76 19,9 50 13,9 60 18,3 96 27,7 117 28,7 124 30,3 170 31,3 52 18,8 853 Ign/Branco 88 18,9 59 15,4 67 18,7 73 22,3 21 6,1 21 5,1 20 4,9 43 7,9 32 11,6 424

2008** N %

50,9 22,3 15,2 11,6

2007** N %

VDRL sangue periférico Reativo 225 44,9 135 34,7 135 37,6 116 35,5 183 52,9 232 56,9 234 57,2 361 66,4 192 69,6 1813 Não reativo 141 28,1 56 14,4 46 12,8 28 8,6 117 33,8 122 29,9 120 29,3 104 19,1 58 21,0 792 Não realizado 71 14,2 87 22,4 92 25,6 95 29,1 31 9,0 46 11,3 45 11,0 59 10,8 14 5,1 540 Ign/Branco 64 12,8 111 28,5 86 24,0 88 26,9 15 4,3 8 2,0 10 2,4 20 3,7 12 4,3 414

2006** N %

96,5 1,4 2,1 -

2005 N %

Faixa etaria 0 a 6 dias 478 95,4 373 95,9 345 96,1 313 95,7 332 96,0 397 97,3 400 97,8 528 97,1 267 96,7 3433 7-27 dias 14 2,8 4 1,0 8 2,2 7 2,1 7 2,0 1 0,2 5 1,2 3 0,6 2 0,7 51 28 a 11 meses 9 1,8 12 3,1 6 1,7 7 2,1 7 2,0 10 2,5 4 1,0 13 2,4 7 2,5 75 1 a 2 anos 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 3 anos e mais 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0

2004 N %

Total %

2003 N % N

Caracteristicas da criança

Tabela 4. Casos notificados de sífilis congênita, segundo caracteristicas da criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2003 a 2011*. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO


HEPATITES B E C

04

Hepatites B e C

67


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Introdução A hepatite causada pelo Vírus da Hepatite C (VHC) é uma das doenças virais que mais atingem o fígado. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 3 a 4 milhões de pessoas no mundo são infectadas pelo VHC a cada ano e aproximadamente 170 milhões de pessoas estão cronicamente infectadas pelo VHC e sob risco de desenvolver cirrose ou câncer de fígado. A cada ano, cerca de 350.000 pessoas morrem de doenças hepáticas relacionadas à hepatite crônica C. A hepatite causada pelo Vírus da Hepatite B (VHB) é um dos maiores problemas de saúde no mundo e é a mais grave das hepatites virais. Cerca de 2 bilhões de pessoas estão infectadas pelo VHB e aproximadamente 350 milhões tem a infecção crônica. Anualmente, 600.000 pessoas morrem devido às conseqüências de hepatite B aguda ou crônica. A infectividade do VHB é 50 a 100 vezes maior que a do HIV. No entanto, hoje já existe a vacina contra a hepatite B, uma medida segura e eficaz de prevenção, incluída no calendário de imunização do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Brasil desde 1998. Esta vacina tem 95% de eficácia na prevenção da infecção pelo VHB e das suas conseqüências, sendo, portanto a primeira vacina que previne um dos principais cânceres que acometem o homem. Inquérito epidemiológico realizado no município de São Paulo, publicado em 1998, encontrou prevalência de 5,9% para marcadores da hepatite B, sendo 1,0% indivíduos AgHBs reagente e 4,9% imunes por infecção pregressa. Nesse mesmo estudo, a estimativa de prevalência para a hepatite C foi de 1,4%, sendo maior para a população acima de 30 anos de idade (Focaccia, 1998).

Vigilância Epidemiológica As Hepatites B e C são de notificação compulsória desde 1999. No estado de São Paulo devem ser notificados todos os casos que apresentem pelo menos um marcador sorológico ou virológico reagente. Os marcadores sorológicos indicados para a triagem da hepatite B são o AgHBs e o anti-HBc total e para a hepatite C é o anti-VHC. Figura 1. Marcadores sorológicos de triagem para as hepatites B e C.

Anti-HBc Total

AgHBs

Anti-VHC

68


HEPATITES B E C

A distribuição percentual das notificações das hepatites B ou C, por local de atendimento nas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), apresenta diferenças importantes e tem relação com o número de serviços existentes em cada região. A CRS com maior número de notificações é a Centro-Oeste onde estão situados serviços de grande porte como o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Gráfico 1). Gráfico 1. Porcentagem de casos de hepatite B e C notificados, segundo Coordenadoria Regional de Saúde de notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2010. 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0

NORTE

SUL

LESTE

SUDESTE

C_OESTE

7,9

12,1

16,4

24,5

39,1

%

COORDENADORIA

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

Os exames de triagem para o VHB e para o VHC podem ser solicitados em todos os serviços da rede municipal, incluindo as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Deve-se ressaltar que 386 UBS fizeram pelo menos uma notificação no período de 2007 a 2010 (Tabela 1) sendo responsáveis por 21% das notificações e que os CTA contribuíram com 18% dos casos notificados (Gráfico 2). Tabela 1. Número e porcentagem de notificações de hepatites B e C, segundo tipo do serviço. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Tipo de Unidade

Número unidades

%

número casos

%

AE

19

3,0

1.061

2,6

AMA/PSM

25

4,0

53

0,1

CR DST/aids

3

0,5

4.027

9,8

CRT DST/aids

1

0,2

2.410

5,8

CTA HOSPITAL

9

1,4

7.722

18,7

101

16,1

11.919

28,9

SAE

10

1,6

4.296

10,4

UBS

386

61,4

8.620

20,9

75

11,9

1.139

2,8

629

100

41.247

100

OUTROS TOTAL

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

69


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Deve-se destacar que no conjunto os serviços especializados no atendimento aos portadores de DST/aids foram responsáveis por 45% das notificações, neste período (Gráfico 2). Gráfico 2. Porcentagem de notificações de hepatites virais, segundo tipo do serviço notificador. Município de São Paulo, 2007 a 2010. 0 3

AMA/PSM

2

AE

6

OUTROS

10

29 CRT CR DST

10

SAE 21

19

CTA UBS HOSPITAL

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

Epidemiologia das Hepatites B e C A Tabela 2 e o Gráfico 3 apresentam a série histórica dos casos notificados de hepatite B. Observa-se que no ano de 2010 houve queda de 10,3% no número de notificações de hepatite B, tanto de casos em atividade (AgHBs reagente) como de cicatriz sorológica, sugerindo a falta de detecção de novos casos ou atraso de notificação. Tabela 2. Número de casos notificados com marcadores para os Vírus da Hepatite B ou C, segundo ano de notificação. Município de São Paulo, 2000 a 2010. Ano

B

C

%

2000

4

2001

27

2002

246

2003

1.011

2004 2005

Total

%

%

0.0

1

0.1

18

0.0

5

0.0

0.1

45

0.1

0.9

307

3.9

1.385

1.1

553

1.0

5.1

2.396

4.5

1.688

6.5

2.203

8.5

2.182

8.1

3.870

7.3

2.535

9.4

4.738

8.9

2006

3.257

2007

3.325

12.5

3.348

12.4

6.605

12.4

12.8

3.814

14.1

7.139

13.5

2008 2009

4.195

16.1

4.321

16.0

8.516

16.0

5.306

20.4

4.945

18.3

10.251

19.3

2010

4.757

18.3

4.192

15.5

8.949

16.9

Total

26.019

100

27.048

100

53.067

100

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

70


HEPATITES B E C

Gráfico 3. Número de casos com marcadores para o VHB segundo classificação final e ano da notificação, município de São Paulo, 2000 a 2010.

4000 3500 3000 2500 2000 Cicatriz sorológica

1500

Confirmado

1000 500 0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Caso confirmado= AgHBs reagente Cicatriz sorológica = AgHBs não reagente e anti-HBc Total reagente.

A Tabela 2 e o Gráfico 4 apresentam a evolução das notificações de hepatite C e verifica-se que em 2010 houve um decréscimo de 15,2% no número de casos registrados no SINAN. Importante destacar a queda das notificações com a presença do resultado dos exames de biologia molecular o que reflete a dificuldade de acesso aos serviços de referência onde o exame de confirmação do diagnóstico (VHC RNA) é solicitado. Por outro lado, a manutenção do patamar de casos com apenas o anti-VHC é preocupante, pois evidencia a falta de detecção ou de confirmação ou de notificação. Gráfico 4. Número de casos notificados de VHC segundo classificação final e ano da notificação. Município de São Paulo, 2000 a 2010.

3000

CONFIRMADO

NO DE CASOS

2500 2000 1500

INCONCLUSIVO

1000 500 0

CICATRIZ

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 ANO DE NOTIFICAÇÃO

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Caso confirmado = VHC-RNA reagente Caso inconclusivo = anti-VHC reagente e VHC-RNA não realizado Cicatriz = anti-VHC reagente e VHC-RNA não reagente

71


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Hepatite B No período de 2007 a 2010 foram notificados 17.583 casos com marcadores para o VHB, sendo 5.507 (31,3%) confirmados com presença do AgHBs reagente e 12.076 (68,7%) com cicatriz sorológica. A distribuição dos casos de hepatite B segundo faixa etária na ocasião da notificação mostra o aumento de número de casos com atividade da doença e com cicatriz sorológica a partir de 20 anos. Este fato evidencia que a infecção continua ocorrendo no início da adolescência, reforçando a importância da vacinação contra a hepatite B na infância ou na adolescência (Gráfico 5). Gráfico 5. Número de casos com marcadores para o VHB segundo classificação final e faixa etária (na notificação, em anos), Município de São Paulo, 2007 a 2010. 3500

Número de casos

3000 2500 Cicatriz sorológica

2000 1500

Confirmado

1000 500 0

Cicatriz sorológica Confirmado

1 a 9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89 90 a 99 19 22

241 266

1156 2040

1442 2948

1199 2828

868 2211

402 1197

128 421

29 98

2 6

Faixa etária (anos) Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Excluídos 60 casos com idade menor de 1 ano Confirmado= AgHBs reagente Cicatriz sorológica = AgHBs não reagente e anti-HBc total reagente.

O sexo masculino apresentou a maior porcentagem de notificações tanto de casos em atividade (AgHBs reagente) como de cicatriz sorológica (Gráfico 6). Gráfico 6. Porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo classificação final e sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2010.

%

70 60 50

Masculino

40 Feminino

30 20 10 0

Confirmado

Cicatriz Classificação final do caso

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Confirmado = AgHBs reagente Cicatriz = AgHBs não reagente e anti-HBc total reagente Excluídos 2 casos com sexo ignorado

72

Total


HEPATITES B E C

A distribuição dos casos de hepatite B, segundo raça/cor e marcador sorológico, mostra que em todas as raças com exceção da amarela, a maior proporção de casos notificados é de cicatriz sorológica (Tabela 3). Cerca de 60% dos casos na raça amarela apresentam o AgHBs reagente e este padrão merece aprofundamento das investigações principalmente quanto a forma de exposição.

Tabela 3. Distribuição dos casos de hepatite B, segundo raça/cor e marcador sorológico, Município de São Paulo, 2007 a 2010.

Raça/Cor Branca Preta Amarela Parda Indígena Total

AgHbs % Cicatriz sorológica positivo (AgHBs negativo)

%

TOTAL

%

3074

32.7

6314

67.3

9388

100.0

652

28.6

1627

71.4

2279

100.0

483

59.7

326

40.3

809

100.0

1517

25.3

4473

74.7

5990

100.0

28

17.2

135

82.8

163

100.0

5754

30.9

12875

69.1

18629

100.0

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

Tabela 4. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão, município de São Paulo, 2007 a 2010. Fonte

Nº de casos

%

Sexual

5.378

73,8

Transfusional

196

2,7

Uso de drogas

355

4,9

Vertical

102

1,4

Ac. Trabalho

31

0,4

Hemodiálise

54

0,7

Domiciliar

357

4,9

Tr. Cirúrgico

203

2,8

Tr. Dentário

335

4,6

Outros

275

3,8

7.286

100

Total

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Excluídos 10.297 casos com informação ignorada ou não preenchida

73


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

A exposição sexual é a principal fonte/mecanismo de transmissão para os portadores de marcadores para o VHB, apesar do grande número de informação ignorada ou não preenchida (Tabela 4). A definição da provável fonte/mecanismo de transmissão é dificultada pela multiplicidade de exposições ou por problemas na captação do dado, como a não resposta do paciente ou falta de anotação no prontuário de atendimento. A análise da distribuição percentual dos casos notificados de Hepatite B por Distrito Administrativo (DA) de residência evidencia maior concentração nos DA Santa Cecília, República e Bela Vista da CRS Centro-Oeste (Figura 2). Somando-se as porcentagens de todos os DA da SUVIS Sé (República, Bela Vista, Santa Cecília, Sé, Liberdade, Bom Retiro, Consolação e Cambuci) obtém-se 18,6% dos casos notificados de hepatite B do município de São Paulo. Figura 2. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHB, segundo distrito administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2010.

LEGENDA:

até 0.8 0.8 --| 1.5 1.5 --| 2.5 2.5 --| 3.3 3.3 --| 4.1

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

74


HEPATITES B E C

Hepatite C No período de 2007 a 2010 foram notificados 17.242 casos com marcadores sorológicos ou virológicos para o VHC, sendo que 9.564 (55,4%) confirmados (VHC-RNA reagente), 5.486 (31,8%) inconclusivos com o anti-VHC reagente e resultado do VHC-RNA ignorado e 2.222 (12,9%) apresentaram cicatriz sorológica (anti-VHC reagente e VHC-RNA não reagente). A distribuição dos casos de hepatite C segundo faixa etária no momento da notificação mostra o aumento do número de casos com atividade da doença e dos com cicatriz sorológica a partir de 30 anos, mantendo um grande número de casos até os 60 anos. (Gráfico 5). Gráfico 7. Número de casos com marcadores para o VHC segundo faixa etária (idade na notificação em anos), município de São Paulo, 2007 a 2010. 3000

2500

Nº de casos

2000

1500

1000

500

0 Confirmado Inconclusivo Cicatriz

1a9 35 21 9

10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89 90 a 99 95 820 1835 2602 2496 1267 335 62 0 136 740 1063 1317 1199 644 254 74 7 132 409 433 539 443 191 43 13 0 Faixa etária

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

O Gráfico 8 mostra que o sexo masculino apresentou a maior porcentagem de notificações de casos com atividade (VHCRNA reagente) e o sexo feminino apresenta a maior porcentagem de cicatriz (VHC-RNA não reagente).

75


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Gráfico 8. Porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2010. % 60,0

50,0

55,8

54,1

53,8 46,2

52,6 47,4

45,9

44,2

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0 Feminino Masculino

Confirmado 46,2 53,8

Inconclusivo Cicatriz 45,9 55,8 54,1 44,2 Classificação final

TOTAL 47,4 52,6

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

A distribuição dos casos de hepatite C, segundo raça/cor e marcador virológico, mostra que em todas as raças com exceção da indígena, em todas as categorias a proporção de casos notificados na forma crônica da doença (VHCRNA reagente) supera 70% (Tabela 5). Entre os indígenas nota-se maior percentagem de cicatriz, porém o número de casos é muito pequeno podendo não ter significado epidemiológico. O maior número de casos foi encontrado na raça/cor branca. Tabela 5. Distribuição dos casos de hepatite C, segundo raça/cor e marcador sorológico, Município de São Paulo, 2007 a 2010. Raça/Cor Branca

VHCRNA reagente

%

VHCRNA não reagente (1)

%

Total

6.105

83.7

1.192

16.3

7.297

Preta

711

80.6

171

19.4

882

Amarela

109

81.3

25

18.7

134

1.950

73.7

697

26.3

2.647

14

60.9

9

39.1

23

8.889

80.9

2.094

19.1

10.983

Parda Indígena Total

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 (1) (2) (3)

anti-VHC reagente não incluídos 5.486 casos anti-VHC reagente e VHCRNA ignorado excluídos 803 casos com dado não informado ou ignorado.

As três principais prováveis fontes/mecanismo de transmissão descritas no banco de dados do SINAN são: uso de drogas (30,4%), sexual (26,5%) e transfusional (20,2%). A elevada porcentagem de transmissão sexual encontrada não está de acordo com a literatura atual. Deve-se, porém, destacar a elevada porcentagem de fonte de transmissão ignorada (52,8%) que prejudica a análise desta variável (Tabela 6).

76


HEPATITES B E C

Tabela 6. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão, município de São Paulo, 2007 a 2010. Fonte

Nº de casos

%

Sexual

1.477

26.5

Transfusional

1.124

20.2

Uso de drogas

1.691

30.4

Vertical

69

1.2

Ac. Trabalho

38

0.7

Hemodiálise

38

0.7

Domiciliar

51

0.9

Tr. Cirúrgico

485

8.7

Tr. Dentário

288

5.2

Outros Total

303

5.4

5.564

100

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Não incluídos os 5.486 casos com anti-VHC reagente e VHC-RNA ignorado – campo fonte não é preenchido. Excluídos 6.222 casos com informação não preenchida ou ignorada.

A distribuição percentual dos casos notificados de Hepatite C por Distrito Administrativo (DA) de residência evidencia maior concentração no DA Sapopemba (3,4%) da CRS Sudeste (Figura 2). O DA Marsilac, da CRS Sul, é o único que não apresenta casos notificados de hepatite C entre os seus residentes. Na CRS Norte destacam-se os distritos administrativos de Brasilândia e Pirituba e na CRS Sul Cidade Ademar, Jardim Ângela e Capão Redondo. Figura 3. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHC, segundo distrito administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde de residência, Município de São Paulo, 2007 a 2010.

LEGENDA:

até 0.7 0.7 --| 1.4 1.4 --| 2.0 2.0 --| 2.7 2.7 --| 3.4

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

77


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Coinfecção Hepatites B/C e HIV No período de 2007 a 2010, foram notificados 17.583 casos com marcadores para o VHB e destes 2.017(11,5%) apresentaram informação afirmativa para a presença de coinfecção com o HIV/aids. Com relação ao VHC, a coinfecção foi observada em 2.461 (14,2%) dos 17.272 casos notificados. (Tabela 1) Tabela 1. Número e porcentagem de casos de hepatite B ou C segundo informação de presença de coinfecção com o HIV/aids na notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2010.

HIV/aids

Hepatites B

C

%

Sim

2.017

11,5

2.461

Não

13.480

76,7

12.384 71,7

2.086

11,9

2.427

17.583

100

17.272 100

Ignorado Total

% 14,2 14,1

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

Perfil epidemiológico dos casos de hepatite B com coinfecção com o HIV Foram encontrados 2.017 casos com marcadores para o VHB e informação de coinfecção com o HIV/aids. Destes, 658 (32,6%) apresentaram AgHBs reagente e 1.359 (67,4%) cicatriz sorológica para o vírus da hepatite B. Na coinfecção Hepatite B e HIV observa-se o predomínio do sexo masculino, tanto nos casos de atividade da doença (AgHBs reagente) como nos de cicatriz sorológica (Gráfico 1). A relação homem/mulher dos casos com AgHBs reagente/HIV é de 7,6:1 e na cicatriz/HIV é de 4,5:1. Gráfico 1. Distribuição percentual dos casos com marcadores para o VHB e informação de presença de coinfecção com HIV/aids, segundo sexo. Município de São Paulo, 2007 a 2010. % 100 88,0

90

81,2

80 70

Feminino

60

Masculino

50 40 30 20

18,8 12,0

10 0

Confirmado

Cicatriz sorológica Hepatite B

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

78


HEPATITES B E C

Com relação à faixa etária (Gráfico 2) o número de casos aumenta a partir dos 20 anos de idade atingindo principalmente os indivíduos de 30 a 49 anos. Estes dados são compatíveis com a principal forma de transmissão que é a sexual (Tabela 2). Gráfico 2. Número de casos com marcadores para o VHB e informação de presença de coinfecção com o HIV/aids, segundo faixa etária (em anos). Município de São Paulo, 2007 a 2010. 600 500 Cicatriz sorológica Nº de casos

400 300 Confirmado

200 100 0

1a9

10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89 Faixa etária (anos)

Excluídos 3 casos com idade menor de 1 ano. Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

A transmissão sexual é o mecanismo mais freqüente entre os portadores de hepatite B e coinfecção com o HIV.

Tabela 2. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHB e informação de presença de coinfecção com o HIV , segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão do VHB, município de São Paulo, 2007 a 2010. Fonte

Nº de casos

%

Sexual

1.340

93,0

Transfusional

5

0,3

Uso de drogas

80

5,6

Vertical

4

0,3

Domiciliar

2

0,1

Tr. Cirúrgico

2

0,1

Tr. Dentário

2

0,1

Outros Total

6

0,4

1.441

100

Excluídos 576 casos com informação ignorada. Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

79


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO As maiores porcentagens de casos de coinfecção Hepatite B e HIV, segundo local de residência, encontram-se nos DA Santa Cecília e República da Coordenadoria Regional de Saúde Centro – Oeste (Figura 1).

Figura 1. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHB e informação de presença de coinfecção com o HIV, segundo Distrito Administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde de residência, Município de São Paulo, 2007 a 2010.

LEGENDA:

até 1.4 1.4 --| 2.7 2.7 --| 4.1 4.1 --| 5.4 5.4 --| 6.3

Perfil epidemiológico dos casos de hepatite C com coinfecção com o HIV Foram encontrados 2.461 casos com marcadores para o VHC e informação de coinfecção com o HIV/aids. Destes, 1.468 (59,7%) foram confirmados com a presença de VHC-RNA reagente, 665 (27,0%) inconclusivos (somente com o anti-VHC reagente) e 328 (13,3%) cicatriz para o vírus da hepatite C. Na coinfecção Hepatite C e presença de informação afirmativa de coinfecção com o HIV a distribuição dos casos segundo sexo apresenta predomínio do masculino, mas não há diferença percentual dos casos com atividade da doença (VCH RNA reagente) e cicatriz (VHC RNA não reagente) entre as mulheres. Gráfico 3. Porcentagem de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/aids, segundo sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2010. % 8 0 ,0 70 ,0 6 0 ,0 50 ,0 4 0 ,0 3 0 ,0 2 0 ,0 10 ,0 0 ,0 Feminino Masculino

Confirmado 30,0 70,0

Inconclusivo 26,5 73,5

Hepatite C Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

80

Cicatriz 31,7 68,3

TOTAL 29,3 70,7


HEPATITES B E C

Quanto à distribuição por faixa etária apresenta aumento a partir dos 30 anos e maior número de casos entre 40 e 49 anos. (Gráfico 4).

Gráfico 4. Número de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/aids segundo faixa etária (em anos). Município de São Paulo, 2007 a 2010. Nº de casos 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Confirmado Inconclusivo Cicatriz

1a9 3 2 1

10 a 19 12 3 6

20 a 29 86 66 35

30 a 39 442 211 103

40 a 49 667 284 132

50 a 59 225 76 44

60 a 69 28 16 6

70 0 a 79 4 3 0

80 0 a 89 1 0 0

Faixa etária (anos)

Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

O uso de drogas aparece como principal provável fonte de infecção (49%) seguida da sexual com 40,5% (Tabela 3). Tabela 3. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/aids, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão, município de São Paulo, 2007 a 2010. Fonte

%

Sexual

544

40,5

Transfusional

42

3,1

Uso de drogas

657

49,0

10

0,7

Hemodiálise

3

0,2

Domiciliar

5

0,4

Tr. Cirúrgico

30

2,2

Tr. Dentário

30

2,2

Vertical

Outros Total

21

1,6

1.342

100

Excluídos os casos inconclusivos – campo fonte não é preenchido. Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

As maiores porcentagens de casos de coinfecção Hepatite C e HIV, segundo local de residência, encontram-se no DA Santa Cecília da Coordenadoria Regional de Saúde Centro – Oeste e nos DA Brasilândia e Santana da Coordenadoria Regional de Saúde Norte. 81


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Figura 2. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/aids, segundo Distrito Administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde de residência, Município de São Paulo, 2007 a 2010.

LEGENDA:

até 0.7 0.7 --| 1.5 1.5 --| 2.2 2.2 --| 3.0 3.0 --| 3.7

Excluídos 399 casos com DA ignorado. Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011

TRANSMISSÃO VERTICAL DAS HEPATITES B e C A transmissão vertical (TV) pode ocorrer nas hepatites B e C. No caso da mãe infectada pelo VHC, o maior risco para o recém nascido (RN) ocorre principalmente no momento do parto, particularmente na gestante que apresenta elevada carga viral para o VHC ou coinfecção com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), sendo o risco estimado, em média, de 5% e de 17% respectivamente. Quando infectado pelo VHC o RN poderá evoluir para cura e eliminar o vírus sem apresentar comprometimento hepático. A passagem dos anticorpos maternos contra o vírus C (anti-VHC) ocorre por via transplacentária, com possibilidade de eliminação até os dezoito meses de vida. Desta forma, o diagnóstico de hepatite C só poderá ser confirmado após esta idade. Não se recomenda a pesquisa do anti-VHC logo após o nascimento. Até o momento não existe profilaxia (medicamentos ou vacina) para impedir a transmissão vertical do VHC. A transmissão vertical do Vírus da Hepatite B (VHB) ocorre principalmente durante o parto e a possibilidade de cronificação da doença na criança é de 90%. A vacinação contra a hepatite B, nas primeiras 24 horas, reduz em 95% o risco da transmissão vertical e é recomendada para todos os recém-nascidos. A aplicação da vacina e da imunoglobulina específica (HBIG) é recomendada para os recém-nascidos filhos de mãe AgHBs reagente. O acompanhamento das crianças expostas, filhas de mães com Hepatite B (AgHBs reagente) ou C (VHCRNA reagente), é importante para confirmar ou descartar a infecção da criança pelo VHB ou VHC e adotar as medidas pertinentes. O Programa Municipal de Hepatites Virais (PMHV) tem como proposta a implantação do acompanhamento destas crianças e para tanto elaborou uma “Ficha de Notificação de Criança Exposta ao VHB ou VHC” e um sistema de informação para o acompanhamento. A proposta está em processo de implantação no Hospital Menino Jesus do Município de São Paulo. O estabelecimento de serviços de referência no município de São Paulo é fundamental para acompanhamento clínico e laboratorial do RN exposto ao VHB ou VHC; e também uma estratégia para o conhecimento do perfil epidemiológico da doença nesta faixa etária.

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DST - Doenças Sexualmente Transmissíveis

05

DST

Vigilância Epidemiológica de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Vigilância Epidemiológica de outras DST As modificações ocorridas na epidemia de aids mostraram a insuficiência da monitorização de casos novos para o acompanhamento e a avaliação das medidas preventivas adotadas. A proposta de acompanhamento e notificação dos casos assintomáticos soropositivos para o HIV aproxima essa observação em cerca de 10 anos, que, no entanto, ainda é muito distante do momento da infecção. Essa lacuna é de grande importância, uma vez que se perde a oportunidade de intervenção. Nesse sentido, o monitoramento dos casos de DST tem sido proposto como uma aproximação do comportamento e das práticas sexuais da população. Por ter a mesma via de transmissão do HIV, porém, com um período de incubação bem mais curto, o acompanhamento epidemiológico desses agravos permite a avaliação das políticas públicas de prevenção adotadas. Inicialmente, mesmo sem um sistema estruturado de vigilância, a notificação por síndromes passou a ser estimulada. Em 1º setembro de 2010, a portaria 2472/2010, do Ministério da Saúde, incluiu na lista nacional de agravos de notificação compulsória a síndrome do corrimento uretral masculino e a sífilis adquirida, o que foi mantido na portaria 104, de 25 de janeiro de 2011, que está vigente. No período em que a notificação era recomendada, observa-se uma grande variação nas informações, em função das características das unidades notificadoras, sendo que os dados refletem mais as características da organização da assistência e da vigilância do que o comportamento epidemiológico. Assim, nos dados apresentados no Boletim Epidemiológico de AIDS do município de São Paulo (nº 13), verifica-se que apenas 32% dos casos foram notificados por unidades de atenção básica, local de recomendação para a assistência a essas doenças. Esse perfil pode significar a falta de notificação das unidades assistenciais ou o atendimento em locais não preconizados como porta de entrada. O importante a ser ressaltado é que a estrutura do sistema de informação pode interferir na captação das ocorrências, distorcendo o perfil epidemiológico do agravo em foco. A introdução de dois agravos na lista de notificação compulsória, aliada à retirada dos agravos anteriores, levou a uma alteração no perfil das notificações. Por esse motivo, optou-se por não apresentar os dados referentes às DST nessa versão do boletim. Há vários anos se discute, no âmbito do atendimento e da vigilância de DST do município, as possibilidades e as necessidades de um sistema de informação que abarque as questões referentes ao planejamento da assistência e os objetivos inicialmente descritos de traçar o perfil epidemiológico e expressar as vulnerabilidades coletivas. A consolidação de um sistema de monitoramento desses dois agravos requer a superação de alguns desafios, a saber: • A grande quantidade de casos estimada por estudos de prevalência, com o consequente impacto na operacionalização da vigilância; • A adoção de definições de casos que permitam a distinção entre duplicidades e recidivas; • A disponibilidade de uma ficha de investigação eletrônica para o registro das informações. Finalmente, cabe ressaltar que, independentemente da forma de monitoramento adotada, a proposição da abordagem sindrômica baseia-se na interrupção da cadeia de transmissão por meio do tratamento imediato, acompanhado da oferta de testagem sorológica para o HIV, sífilis e hepatites B e C, da identificação de vulnerabilidades e do aconselhamento, com recomendação das medidas de prevenção, incluindo a convocação e o tratamento dos parceiros sexuais.

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Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico

06 Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material BiológicO

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Os acidentes de trabalho com exposição a material biológico, no município de São Paulo são notificados de forma sistematizada desde 2000. Inicialmente, e até 2006, as informações foram registradas no SINABIO (Sistema de Notificação de Acidentes Biológicos) pelas unidades de atendimento especializado em DST/aids referência para o atendimento destes acidentes. Com a regulamentação da Notificação dos Agravos à Saúde do Trabalhador pelo Ministério da Saúde em 2004, os acidentes de trabalho com exposição a material biológico são definidos como agravo de notificação compulsória tendo como instrumento de notificação a Ficha de Notificação do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), padronizada pelo Ministério da Saúde. A mudança do sistema de informação, com inicio em 2006, desencadeou um processo de reestruturação do atendimento e da vigilância deste agravo, como: a obrigatoriedade da notificação deste acidente para a universalidade dos trabalhadores, a inclusão das unidades básicas de saúde e hospitais como unidades notificadoras, a elaboração de fluxo e orientações facilitando o acesso ao atendimento e às informações, assim como treinamentos com as equipes envolvidas na assistência e na vigilância. A partir de 2007, com as notificações dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico sendo realizadas em todas as unidades da rede de assistência do município de São Paulo, através do SINAN, observa-se um aumento importante no número destas, conforme demonstrado no Gráfico 1. Gráfico 1. Acidentes com exposição a material biológico, em números absolutos, por ano da notificação, segundo o sistema de notificação SINABIO e SINAN. Município de São Paulo, 2000 a 2010*.

3000

2709 2666

2500

2087

2000

1908

1500 SINAN

1000 500 0

537 160

232

681

519

397

476

SINABIO

76

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA e SINABIO - Programa Municipal DST/aids/SMS/SP - Boletim 2008 *Dados preliminares sujeitos a revisão.

As análises realizadas a seguir referem-se aos casos ocorridos no período de 2006 a 2010, notificados no SINAN, no município de São Paulo. A Tabela 1 mostra uma tendência de aumento nas notificações de 2006 a 2008, mantendo-se estável em 2009. A tendência sugere o aprimoramento do sistema de vigilância deste agravo, considerando a ampliação da rede notificadora e treinamentos com os profissionais envolvidos. Considerando que os dados analisados em 2010 ainda são preliminares, não podemos confirmar a tendência de declínio no número de notificações.

86


Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico

Tabela 1. Número e porcentagem de notificações de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Ano

%

2006

76

0,8

2007

2087

22,1

2008

2709

28,7

2009

2666

28,2

2010

1908

20,2

Total

9446

100,0

Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA

*Dados preliminares sujeitos a revisão.

Com relação às unidades que notificam os acidentes de trabalho com exposição a material biológico, podemos observar na Tabela 2, a predominância dos hospitais com 58,5 % dos casos notificados, seguido pelas unidades especializadas DST/aids com 34,3%, que são referência ao atendimento pós exposição e outras unidades da rede de atendimento a saúde com 7,2%. Tabela 2. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo principais unidades notificadoras. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Unidades Notificadoras nº

Hosp Santa Marcelina 825 Hospital Beneficência Portuguesa 482 Hospital Central Santa Casa de Sao Paulo 448 Hosp do Servidor Público Estadual 423 Hospital São Paulo 395 Outros Hospitais ( n = 80 ) 2949 Subtotal 1 5522 Centro de Referência e Treinamento DST/aids São Paulo 692 SAE DST/ Aids Cidade Lider II 451 SAE DST/ Aids J Mitsutani 396 SAE DST/ Aids Ipiranga Jose F Araujo 365 SAE DST/ Aids Fidelis Ribeiro 299 SAE DST/ Aids Herbert De Souza Betinho 219 CR DST/aids Penha 208 CR DST/aids Santo Amaro 180 CR DST/aids N Senhora Do O 147 Outros SAE DST/ Aids (n=3) 108 SAE DST/ Aids Santana Marcos Lutemberg 94 SAE DST/aids Butanta 81 Subtotal 2 3240 UBS 235 Outros diversos 233 Ambulatórios de Especialidades 88 Pronto Socorros 74 AMA 48 Não identificada 6 Subtotal 3 684 Total 9446

%

8,7 5,1 4,7 4,5 4,2 31,2 58,5 7,3 4,8 4,2 3,9 3,2 2,3 2,2 1,9 1,6 1,1 1,0 0,9 34,3 2,5 2,5 0,9 0,8 0,5 0,1 7,2 100,0

Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.

87


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Observa-se na Tabela 3 predominância dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico na faixa etária de 20-29 anos, com 3707 casos (39,2%), seguida da faixa de 30-39 anos com 3075 casos (32,6%) e de 40-49 anos com 1605 casos (17,0%). Tabela 3. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo faixa etária do acidentado (em anos). Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Faixa etária

<20

%

51

0,5%

20-29

3707

39,2%

30-39

3075

32,6%

40-49

1605

17,0%

50-59

813

8,6%

60 +

169

1,8%

26 9446

0,3% 100%

Ignorado Total

Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.

A Tabela 4 mostra que as ocupações de auxiliares e técnicos de enfermagem foram as que mais se acidentaram com 55,8 %, seguida por médicos 11,8% e enfermeiros com 6,6%. O predomínio dos acidentes da área de enfermagem sugere elevada frequência de procedimentos com perfurocortantes, associada às características do trabalho deste grupo ocupacional. Entretanto, os faxineiros e coletores de lixo representam um grupo ocupacional importante com 10,2% das exposições notificadas relacionadas ao descarte inadequado de materiais perfurocortantes potencialmente contaminados. Tabela 4. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo ocupação do acidentado. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Ocupação Enfermagem ( Auxiliares eTécnicos ) Médico Enfermeiro Faxineiro Estudante Coletores de lixo Odontologia Laboratório Fisioterapeuta Lavanderia Serviços Gerais Ignorada Instrumentador cirúrgico Administrativo Segurança Farmácia Agente Comunitário de Saúde Manutenção Transporte Outros Catador de material reciclável Serviços de embelezamento e higiene Total

nº 5268 1114 620 607 381 361 356 143 92 83 70 66 50 49 39 34 33 22 21 18 12 7 9446

Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.

88

% 55,8 11,8 6,6 6,4 4,0 3,8 3,8 1,5 1,0 0,9 0,7 0,7 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,2 0,2 0,2 0,1 0,1 100,0


Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico

Os dados da Tabela 5 confirmam o descrito acima, ou seja, os procedimentos que envolvem a utilização de material perfurocortantes como: administração de medicamentos, punção venosa/arterial e dextro equivalem a 38,4% dos casos com 3635 ocorrências. Em relação ao descarte inadequado de material perfurocortantes podemos incluir nesta categoria os acidentes ocorridos nas lavanderias o que soma um total de 1869 casos (19,8%).

Tabela 5. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo circunstâncias do acidente. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Circunstâncias do acidente

no

%

Administ. de medicação endovenosa

625

6,6

Administ. de medicação intramuscular

471

5,0

Administ. de medicação subcutânea

406

4,3

Administ. de medicação intradérmica

61

0,6

Punção venosa/arterial para coleta de sangue

887

9,4

Punção venosa/arterial não especificada

380

4,0

Descarte inadequado de material perfurocortante em saco de lixo

835

8,8

Descarte inadequado de material perfurocortante em bancada, cama, chão, etc.

963

10,2

71

0,8

Lavagem de material

264

2,8

Manipulação de caixa com material perfurocortante

434

4,6

Procedimento cirúrgico

837

8,9

Procedimento odontológico

279

3,0

Procedimento laboratorial

142

1,5

Dextro

805

8,5

Lavanderia

Reencape Outros Ignorado Total Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA

*Dados preliminares sujeitos a revisão.

185

2,0

1593

16,9

208

2,2

9446

100,0

A Tabela 6 demonstra que o maior número de casos notificados correspondem a exposição por via percutânea seguida de exposição de mucosa (oral e ocular), caracterizados respectivamente por acidentes com materiais perfurocortantes e respingos de materiais biológicos potencialmente contaminados. Tabela 6. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo o tipo de exposição. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tipo de exposição

%

Percutânea

7513

79,5

Mucosa

1099

11,6

Outros

705

7,5

Sem informação

129

1,4

Total

9446

100,0

Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA

*Dados preliminares sujeitos a revisão.

89


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Com relação à situação vacinal dos trabalhadores pode-se observar na Tabela 7 que 83,7% dos acidentados possuem a situação vacinal completa para hepatite B. Entretanto, observa-se que 16,3 % dos acidentados são supostamente suscetíveis a este agravo, pois apresentam a situação vacinal pré-exposição incompleta ou sem informação. Este dado sugere a necessidade de ações preventivas contínuas de incentivo, controle e acompanhamento da vacinação entre os trabalhadores expostos a material biológico.

Tabela 7. Número e porcentagem de acidentes com exposição a material biológico segundo situação vacinal para hepatite B. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Situação vacinal Completa Incompleta ou ausente Sem informação Total

no 7909 825 712 9446

Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.

% 83,7 8,7 7,6 100,0

Considerando a série histórica 2006 a 2010 com relação às variáveis da evolução dos casos de acidentes com exposição a material biológico, restrita à vigilância do risco de soroconversão para o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o vírus da hepatite B (HBV) e o vírus da hepatite C (HCV), a Tabela 8 aponta somente um caso de soroconversão para hepatite C em 2008. Observa-se ao longo desta série que em 38,8% dos casos notificados a evolução não é conhecida (informação em branco e ignorada), demonstrando a dificuldade no acompanhamento destes casos. Além disso, 9,8% dos acidentados abandonam o acompanhamento, o que sugere a necessidade de maior investimento em treinamentos, no acolhimento e na adesão do trabalhador nas unidades que realizam este atendimento.

Tabela 8. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo ano de ocorrência e evolução do caso. Município de São Paulo, 2006 a 2010*.

Evolução Ano de ocorrência 2006 2007 2008 2009 2010 Total

%

%

%

%

%

%

Alta com conversão sorológica

0

0

0

0

1

0,0

0

0,0

0

0,0

1

0,0

Alta sem conversão sorológica

24

31,6

371

17,8

432

15,9

461

17,3

146

7,7

1434

15,2

Alta paciente fonte negativo

26

34,2

763

36,6

956

35,3

1021

38,3

659

34,5

3425

36,3

Abandono

10

13,2

262

12,6

326

12,0

272

10,2

53

2,8

923

9,8

Ignorado

11

14,5

285

13,7

320

11,8

217

8,1

196

10,3

1029

10,9

5

6,6

406

19,5

674

24,9

695

26,1

854

44,8

2634

27,9

Em branco Total

76 100,0 2087 100,0 2709 100,0 2666 100,0 1908 100,0 9446 100,0

Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA

*Dados preliminares sujeitos a revisão.

90


Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico

A vigilância epidemiológica dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico é um instrumento importante para o direcionamento de medidas de prevenção destes eventos. A notificação oportuna dos casos deve ser incentivada e os locais de trabalho devem investir em medidas que minimizem ou eliminem os riscos de acidentes com exposição a material biológico, como: medidas gerenciais e organizacionais incluindo a gestão de resíduos, ações de engenharia como exemplo o uso de materiais perfurocortantes com dispositivos de proteção, revisão das práticas de trabalho e processos operacionais, além de medidas educativas e capacitações continuas.

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

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COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV

07

COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Introdução A estratégia básica do controle da tuberculose (TB) é diminuir a sua transmissão, mantendo taxas elevadas de detecção de casos e de cura, com conseqüente diminuição das taxas de abandono e de óbito. O bacilo da tuberculose e o vírus HIV possuem interação sinérgica onde a presença de um intensifica o desenvolvimento do outro tornando esta combinação um grande desafio para o controle da coinfecção TB/HIV. Atualmente, o HIV é o maior fator de risco para o desenvolvimento da TB ativa nos indivíduos com infecção latente ou recente pelo Mycobacterium tuberculosis, alimentando assim a endemia da tuberculose em países com alta prevalência da infecção pelo HIV. O risco de adoecimento por tuberculose é de 20 a 37 vezes maior em pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) do que entre aqueles que não têm o vírus HIV. A TB é responsável por mais de um quarto das mortes em pessoas que vivem com o HIV/aids. Em resposta à situação epidemiológica da coinfecção TB/HIV, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda atividades colaborativas relacionadas à prevenção, assistência e tratamento da coinfecção TB/HIV. Elas incluem intervenções para reduzir a morbidade e mortalidade por tuberculose em PVHA, tais como acesso a terapia anti-retroviral (ART), intensificação da descoberta de casos novos, tratamento da infecção latente da tuberculose e controle da tuberculose1; além de medidas para diminuir a transmissão do HIV como distribuição gratuita de preservativos, tratamento de infecções sexualmente transmissíveis, aconselhamento voluntário e testes de HIV, orientação para o uso seguro de drogas por via endovenosa, redução do número de parceiros sexuais, prevenção da transmissão vertical e transmissão do HIV por transfusão de sangue e derivados e aplicação das precauções universais por parte dos trabalhadores de saúde; prevenção de infecções relacionadas com o HIV, a prevenção da tuberculose, cuidados paliativos e apoio nutricional2. A tuberculose é uma doença curável em praticamente 100% dos casos novos, desde que seus bacilos sejam sensíveis aos medicamentos anti-TB e que se obedeçam aos princípios básicos da terapia medicamentosa e a adequada operacionalização do tratamento3. Para isso, a OMS recomenda a instituição do tratamento diretamente observado (TDO) para todos os pacientes com tuberculose. O TDO é um elemento chave da estratégia DOTS que visa o fortalecimento da adesão do paciente ao tratamento e a prevenção do aparecimento de cepas resistentes aos medicamentos, reduzindo os casos de abandono e aumentando a probabilidade de cura3. Considerando as recomendações da OMS2 e o risco mais elevado de abandono de tratamento e o surgimento de resistência às drogas anti-TB entre os pacientes TB/HIV, é que tanto o Departamento Nacional de DST, aids e Hepatites Virais4 quanto o PNCT3 têm indicado o tratamento diretamente observado como estratégia para o êxito do tratamento destes pacientes.

Situação Epidemiológica da coinfecção TB/HIV Em 2010, foram notificados 6817 casos de TB residentes no Município de São Paulo, dos quais 5839 são casos novos, o que corresponde a cerca de 30% da ocorrência de tuberculose no Estado de São Paulo. Deste total, 14,3% são HIV soropositivos e dos casos novos 12,7%. No Estado de São Paulo, a taxa de coinfecção está em 11,1% e no Brasil 8,0%. Em 2010, foram notificados 743 casos novos de coinfecção TB/HIV residentes no município de São Paulo, um decréscimo de 27,0% quando comparado a 1999 e 978 casos totais (novos+retratamentos), com diminuição de 21,9%, no mesmo período (Graf.1). As taxas de coinfecção dos casos novos por Distritos Administrativos (DA) de residência dos doentes mostram distribuição heterogênea, variando de 0% (Marsilac) a 41,7% (Bela Vista) – Fig.1.

94


COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV

Gráfico 1. Coinfecção TB/HIV: Total e casos novos de TB. Município de São Paulo, 1999 a 2010

20

1500

16

1200

14 12

900

10

Percentual

Númeo de casos TB/HIV

18

8

600

6 4

300

2 0 99

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

Total de casos TB/HIV

1329

1204

1253

1293

1215

1129

1059

1075

1005

981

993

978

Casos Novos TB/HIV

1062

909

934

946

871

804

775

814

772

732

739

743

%Total TB/HIV

18,3

17,0

18,2

17,9

17,2

15,5

14,8

15,5

15,1

14,4

14,4

14,3

%Novos TB/HIV

17,4

15,2

16,2

15,8

15,1

13,4

12,8

14,1

13,7

12,7

12,6

12,7

0

Fonte: TBWEB 21/09/2011

Figura 1. Distribuição de taxas de coinfecção TB/HIV por Distrito Administrativo de residência. Município de São Paulo, 2010.

LEGENDA:

a té 0.0 0.0 --| 12.0 12,0 --| 20.0 20.0 --| 41.7

fonte: TBWEB 21/09/2011

95


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Os DA com maiores percentuais são: Bela Vista, como já citado, seguidos de Liberdade (37,9), República (31,5), Santa Cecília (28,2), Jaguara (22,2), Mandaqui (22,0), Barra Funda (21,4), Jardim Paulista (21,4), Vila Prudente (20,7), Morumbi (20,0), Perdizes (20,0) e outros abaixo de 20%. O único DA com taxa 0% é o Marsilac. Por Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) a Centro Oeste tem a maior taxa (20,5%) seguida pela Sudeste (12,3% ), Leste (12,0%), Norte ( 11,4%) e a Sul (9,2%). A média do MSP tem se mantido próxima de 12,5% nos últimos 3 anos (12,7% em 2010). Os moradores em situação de rua (SRF) apresentaram taxa de 21,0% em 2010 (Gráf.2) Gráfico 2. Coinfecção TB/HIV por CRS de residência. Município de São Paulo, 2010 25

200

20

150

15 100 10

Casos TB/HIV % TB/HIV

50

5

0

0 CENTRO OESTE

LESTE

NORTE

SUDESTE

SUL

SEM RESID. FIXA

Casos TB/HIV

127

173

130

149

106

58

% TB/HIV

20,5

12,0

11,4

12,3

9,2

21,0

Fonte: TBWEB 21/09/2011

Analisando-se por faixa etária, no período de 1999 a 2010, a maior queda ocorreu na faixa de 20 a 29 anos (45,6%) seguida da faixa de 30 a 39 anos (35,7%), de 0 a 14 anos (22,9%) e maiores de 60 anos (19,9%). Observa-se aumento nas faixas de 50 a 59 anos (40,6%) e de 15 a 19 anos (29,9%), permanecendo praticamente estável em cerca de 20,0% a faixa etária de 40 a 49 anos (Graf.3). Gráfico 3. Distribuição da taxa de coinfecção TB/HIV por faixa etária. Município de São Paulo, 1999 a 2010 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 99

00

0-14

01 15-19

02

03 20-29

04

05

30-39

06 40-49

07

08 50-59

09

10 60 ou +

Fonte: TBWEB 21/09/2011

A distribuição por sexo se dá com predominância do masculino (14,4%) em relação ao feminino (9,3%), com as diferenças iniciando-se na faixa de 15-19 anos. Em ambos os sexos, as faixas etárias com os maiores percentuais de coinfecção estão entre 30-39 anos e 40-49 anos. (Quadro 1)

96


anti HIV realizado

coinfecção e teste

Casos de TB,

Feminino

2000 %

53 15,8

13

2

2 33,3

40 - 49

50 - 59

60 ou +

ign

13

151 17,5

369 34,7

167 20,2

40

17

4 50,0

15 - 19

20 - 29

30 - 39

40 - 49

50 - 59

60 ou +

ign

Total Global

5,2

9,2

5,4

1329 18,3

0,0

186 27,9

81 16,7

1062 17,4

Retr Falenc

Retr Aband

Novo

11

00 - 14

6,9

772 19,7

Total Masculino

1,1

8,5

122 23,7

30 - 39

1,0

2

89 14,1

20 - 29

4,5

15 - 19

7 2,0

8,9

1,8

6,2

3,0

9,7

3,3

9,0

1204 17,0

%

2002 nº

%

2003 %

2004 nº

%

2005 nº

%

2006 nº

%

2007 nº

%

2008 nº

%

2009 nº

2010 nº

%

0,5

7,8 65

3

12 9,7

1,7

9,7

3,7

7,8 2,8

2 40,0

6

20 10,5

54 15,0

8,0

1,8

4,8 58

4

13 9,3

2,2

9,4

0

3

16 0,0

1,7

9,9

66 18,9

0

4 0,0

2,1

24 10,7

48 14,6

95 21,1 123 23,9

50

3

5 5,7

1,5

4,4

0

2 0,0

0,9

21 10,8

54 14,4

97 21,6

34

3

5 5,8

0,6

7,1

3,0

9,0 1 16,7

6

18

74 19,6

93 18,7

33

1

8 6,6

2,8

4,0

2,3 2 33,3

5

22 12,2

51 14,7

90 19,7

36

4

4

5,2

1,8

1,7

0

6

0,0

2,8

29 12,6

65 20,1

96 21,2

29

3

2

5,1

2,1

4,0

0

13

21

0,0

5,3

9,4

60 19,3

7,1

4,4

5,3

9,9

0

3

0,0

1,3

24 11,0

46 14,3

76 16,7

40

6

5

9,9 200

69 15,9

27

3

4

2,5

7

3,1

15 13,0 5

10 2,5

9,5 76

4

9 8,9

2,0

6,3

84

4

9

9,6

2,2

6,5

2,2

68

5

9,6 95 11,3

4

8

8,3

2,6

0,0

79

6

5

8,6

3,0

6,3

3,1

3,6 96 10,6

7

4

85

7

5

9,8

4,3

3,8

5,3

3,5

4 22,2

13

46 10,1

4,0

9,3

2 22,2

14

42

1,1

17

11

0,0

3,0

63 11,7 0,0

3,8

61 11,1 1 10,0

4

51 10,3

2,8

9,9

14

0,0

3,8

64 12,0 5 26,3

11

50

5,1

9,6 1 11,1

20

54

1

16

9,1

3,9

78 13,3

99 20,4

95 21,3

92 23,1 102 26,0 1 11,1

1 12,5

1

6,7

2

5,3

7 12,3

10 18,5

10 13,7

12 14,1

10 14,5

1253 18,2 1293 17,9 1215 17,2 1129 15,5 1059 14,8 1075 15,5 1005 15,1 981 14,4 993 14,4 978 14,3

0,0

187 31,1 210 33,3 207 30,4 167 25,5 142 27,2 142 26,0 124 26,5 144 27,1 150 27,4 123 23,8

132 26,0 136 22,6 136 22,8 157 24,2 140 24,3 112 20,4

934 16,2 946 15,8 871 15,1 804 13,4 775 12,8 814 14,1 772 13,7 732 12,7 739 12,6 743 12,7

4 26,7

17

47 12,0

138 17,4 174 21,0 169 20,0 151 18,5 176 19,8 184 22,1 210 25,1 165 20,7 173 20,7 175 20,5

296 31,6 309 33,0 289 31,4 234 26,8 208 26,1 215 26,4 209 27,1 169 21,1 187 22,5 176 21,9

152 17,3 104 13,1 102 12,0

5

17 12,4

676 18,4 672 17,9 633 16,9 530 14,1 559 14,4 580 15,9 558 15,3 502 13,6 542 14,0 543 14,2

1 16,7

8

14

65 18,8

98 22,1 112 23,0

62 10,4

1

9

258 12,4 274 12,3 238 11,7 274 12,4 216 10,0 234 11,0 214 10,7 230 11,1 197

3454 60,0 3743 62,7 3895 67,4 4191 70,1 3958 65,6 4007 69,3 4373 77,3 4654 80,6 4707 80,4 4798 82,2

934 16,2 946 15,8 871 15,1 804 13,4 775 12,8 814 14,1 772 13,7 732 12,7 739 12,6 743 12,7

5758 5972 5777 5980 6034 5784 5654 5775 5851 5839

%

2001 nº

3 33,3

179 29,5

113 22,3

909 15,2

2 20,0

11

39

162 19,0

309 31,6

126 14,4

6

11

666 17,6

1 20,0

3

13

42 12,8

97 18,8

70 11,6

4

13

243 11,2

290 13,3

Total Feminino

00 -14

909 15,2 3506 58,8

3500 57,3

Realizado

tipos de caso

Fonte: TBWEB (21/09/2011)

nº 5965

%

1999

6105

Casos novos TB/HIV 1062 17,4

Casos novos de TB

ano

Recidiva

Masculino

Coinfecção -

Casos novos de TB por sexo e faixa etária

Quadro 1. Casos novos de TB residentes e taxa de coinfecção. Município de São Paulo, 1999 a 2010.

COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV

97


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Casos de TB e testagem anti-HIV A realização do teste anti-HIV, recomendada pelo Ministério da Saúde para todos os pacientes com tuberculose, alcançou em 2010 o percentual de 82,2%, considerando-se somente os casos com resultados positivos ou negativos registrados no TBWEB. Observa-se aumento de 43,5% quando comparado com 1999. Por outro lado a positividade teve decréscimo de 48,8% no mesmo período, passando de 30,3% para 15,5% (Graf. 4). Gráfico 4. Casos novos com teste anti-HIV realizado e positividade das amostras. Município de São Paulo, 1999 a 2010. 90

35

80

30

70

% Realizado

20

50 40

15

Positividade

25

60

30 10 20 5

10 0

99

00

01

02

03

04

07

08

09

10

% Realizado

57,3

58,8

60,0

62,7

67,4

70,1

65,6 69,3

05

06

77,3

80,6

80,4

82,2

Positividade

30,3

25,9

27,0

25,3

22,4

19,2

19,6 20,3

17,7

15,7

15,7

15,5

0

Fonte: TBWEB 21/09/2011

Fazendo-se a distribuição por faixa etária observa-se que a realização do teste anti-HIV, é menor nos grupos extremos, isto é, nos menores de 15 e nos maiores de 70 anos. Nestas faixas etárias a realização do teste anti-HIV não atinge 68,0% (Graf 5). Gráfico 5. Casos novos de TB % coinfecção TB/HIV e % com testagem por faixa etária. Município de São Paulo, 2010 25

20

15

100 86,4

84,8

20,0 8,7

84,2

82,2

80,7

80

74,9

18,8

70

61,5

87,4 12,7

50,8

8,7

10

90

12,7

60 50 40

8,3

30 5

4,4

4,4

4,4

20 10

1,1 0

0-14 15-19 20-29 30--39 40-49 50-59 60-69 70-79

% Positivo Fonte: TBWEB 21/09/2011

98

> 80

% c/testagem

s/inf

Total

0

% COM TESTE

% DE COINFECÇÃO

89,2


COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV

Resistência às drogas antituberculose (anti-TB) O Programa Municipal de Controle da Tuberculose de São Paulo vem realizando monitoramento das resistências às drogas antiTB desde 2004. A realização de cultura e do teste de sensibilidade ainda não ocorre de forma universal em nosso meio. Existem critérios para a realização. Os portadores do vírus HIV estão incluídos nessa parcela de casos com o critério de população vulnerável o que pode explicar em parte a grande representação destes no banco de resistência. Em 2010, foram identificados 181 casos com alguma resistência. Destes, 22,1% eram soropositvos para o HIV (40 casos). Destes identificados, 35% (14 casos) apresentaram multiresistência (resistência a pelo menos isoniazida e rifampicina) dos quais 57% (8 casos) não tinham registro de tratamento anterior. Foram registrados 6 casos na CRS Centro-Oeste, 8 na CRS Norte e na Sul, 5 na CRS Sudeste e Leste e ainda 6 casos de pessoas vivendo em situação de rua e 2 detentos.

Resultados de tratamento de casos novos de TB A dificuldade de adesão ao tratamento talvez seja o grande desafio para as equipes que atendem os coinfectados quer pela dificuldade de ingerir grandes quantidades de medicamentos por tempo prolongado, quer pela presença da drogadição e pela rejeição ao TDO. A comparação dos resultados de tratamento entre pacientes coinfectados e os soronegativos e o tipo de tratamento instituído (TDO ou auto administrado), mostra com clareza que nos 2 grupos ocorre o maior êxito no TDO e que os resultados são piores no grupo HIV+, que podem ser observados no Gráfico 6. Gráfico 6. Casos novos de TB/HIV: Taxas de cura, abandono e óbitos por tipo de tratamento. Município de São Paulo, 2010. 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

85,7 73,4

Auto administrado

59,1 43,9

TDO 17,5

25,4

22,2 8,2

Cura HIV (+)

Cura HIV (-)

12,5 15,6

Abandono Abandono HIV (+) HIV (-)

1,3 0,9 Óbito HIV (+)

0,7

4,0

ÓbitoTb Óbito não Tb HIV (-) HIV (-)

Fonte: TBWEB 21/09/2011

Quando observamos os resultados dos pacientes coinfectados TB/HIV com bacilos resistentes as drogas antituberculose, a situação é preocupante, além das altas taxas de óbito, entre 2006 e 2009, a taxa de óbito superou a de cura (Graf.7)

99


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Gráfico 7. Percentual de cura e óbito em pacientes resistentes soropositivos, MSP 2006 a 2009. % 70

60

58,3

50

46,5 42,1

39,3

40

35,5 27,8

30

30,2

35,7

29,0

28,9 %óbito

20 %cura 10

0

2005

2006

2007

2008

2009

A recomendação de realização de tratamento TDO, para todos os pacientes, deve ser reforçado por toda a equipe de atendimento como forma de melhorar os resultados destes tratamentos.

Óbitos de residentes com tuberculose e HIV O Gráfico 8 apresenta os coeficientes de mortalidade (C.M.) por tuberculose e de aids com TB como causa associada. Os decréscimos de C.M. de 2010 em relação a 2002 foram de 31,7% e 50,0% respectivamente para TB e aids com TB associada.

Gráfico 8. Coeficientes de Mortalidade de TB e de aids com TB associada. Município de São Paulo, 2002 a 2010 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Tb

4,1

2002

3,8

3,4

3,1

3,2

3,2

3,0

3,0

2,8

Aids

3,4

3,3

2,7

2,5

2,4

2,2

2,0

1,9

1,7

Fonte: TBWEB 03/10/2011

100


COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV

Nos gráficos 8a e 8b observa-se que os coeficientes de mortalidade de TB e aids são maiores em homens e comparando as faixas etárias, é maior em 70 ou mais anos, quando a causa básica é TB e em 40 a 49 anos nos óbitos por aids com a TB associada. Gráfico 8a. Mortalidade causa básica TB/100 mil hab. Município de São Paulo, 2010. 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Tb_Masc Tb_Fem Tb_Total

0 a 19 0,2 0,2 0,2

20 - 29 1,3 0,8 1,0

30 - 39 3,8 1,1 2,4

40 - 49 7,4 1,2 4,1

50 - 59 10,6 1,5 5,6

60 - 69 13,2 3,9 7,9

70 ou + 15,1 3,4 7,7

Total 4,5 1,2 2,8

Fonte: TBWEB 21/09/2011

Gráfico 8b. Mortalidade causa básica Aids com TB associada/100 mil hab. Município de São Paulo, 2010. 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Tb_Masc Tb_Fem Tb_Total

0 a 19 0,2 0,2 0,2

20 - 29 1,3 0,8 1,0

30 - 39 3,8 1,1 2,4

40 - 49 7,4 1,2 4,1

50 - 59 10,6 1,5 5,6

60 - 69 13,2 3,9 7,9

70 ou + 15,1 3,4 7,7

Total 4,5 1,2 2,8

Fonte: TBWEB 21/09/2011

101


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB – quimioprofilaxia para TB) A ILTB é dirigida aos grupos de alto risco de adoecimento por tuberculose e entre estes os infectados pelo HIV. Está preconizada a solicitação de prova tuberculínica (PT) para todos os casos novos (HIV/aids) e a instituição do tratamento da infecção latente quando o resultado da PT for ≥ 5mm, depois de descartada a tuberculose ativa. O tratamento da infecção latente, com isoniazida, realizada de forma adequada e regular reduz em 60 a 90% o risco de adoecimento por tuberculose5. A realização do tratamento de ILTB vem aumentando anualmente no MSP como mostra o quadro 2.

Quadro2. Número de tratamentos ITLB iniciados na população em geral e nos casos HIV positivos, por ano de início de tratamento, MSP 2008 a 2010. Período

ILTB geral

ILTB HIV+

2008

92

51

2009

563

207

2010

915

333

Fonte: Quimioprofilaxia – sistema de notificação de ILTB

102


25,2

1

%

2001 nº

2002 nº %

%

2003 nº

%

2004 nº

%

2005 nº

%

2006 nº

%

2007 nº

%

2008 nº

%

2009 nº

%

2010 nº

0,0

4

267

120

518 81 10,5

63

7,7

97 12,6

77 10,5

89 12,0

93 12,5

10

0,0

0,4

4

0,0

1,1

9

0,0

0,4

9

0,0

1,0

15

0,0

1,1

40

0,0

1,9 0,0

4,9 1

30 0,1

3,9 1

29 0,1

4,0

1

29

28 0,1

3,9

0,0

3,8

29,4 289 30,9 278 29,4 277 31,8 260 32,3 242 31,2 236 29,0 211 27,3 218 29,8 211 28,6 180 24,2

13,2 130 13,9 122 12,9 101 11,6 107 13,3

57,0 505 54,1 542 57,3 484 55,6 428 53,2 437 56,4 475 58,4 433 56,1 407 55,6 409 55,3 442 59,5

909 100,0 934 100,0 946 100,0 871 100,0 804 100,0 775 100,0 814 100,0 772 100,0 732 100,0 739 100,0 743 100,0

%

2000 nº

89

3,5

86

3,1 108

3,6 118

3,5 100

3,1 121

3,8 125

3,5 144

3,7

84

2,1 131

3,2

0,0

0,0

1

0,0

0,0

1

0,0

0,0 0,0

0,0

1

0,0

0,0 0,0

0,0 1

9

2

0,0

0,3

0,0

0,1

1

8

13 0,0

0,2

13 0,0

0,3

0,0

0,3

1,1

4

66

18

2

0,8

72 28,1

6,0

0,0

27,9 12

3 4,7

1,2

65 25,4

27,5 102 39,8

1,3

37,2 2,0

13

2 5,1

1,3

6

2,6

0,0

64 27,8

77 33,5

3

80 34,8

0,8

74 28,9

83 32,4

5

79 30,9 2,2

4

2 1,8

0,9

66 29,6

69 30,9

5

77 34,5 3,4

12

2

4,5

0,8

80 30,1

67 25,2

9

0,4

9

2

3,5

0,8

73 28,3

72 27,9

1

1,1

5

4

1,8

1,5

77 28,3

80 29,4

3

96 36,1 101 39,1 103 37,9

1,3

6

3

2,6

1,3

76 33,2

53 23,1

3

0,4

5

2

2,0

0,8

54 22,0

70 28,6

1

0,7

3

1

1,1

0,4

78 28,3

78 28,3

2

88 38,4 113 46,1 114 41,3

Total Pulmonares HIV (+)

Cultura realizada 309

30,6

1011

16,9

0,1

1

S/inf 235

Descob. Após Óbito

31

2,2

40

2,5

39

2,3

62

3,2

39

2,2

42

2,2

44

2,0

47

2,0

34

1,4

45

290

1,9

8,6 117

0,0

6,7 110 8,4 105

0,0

7,9 145 6,5

92

0,0

7 5,4 108

0,0

8,9 177 10,3 187

5,6

0,4

81

5

4,6

0,3

54

2

2,8

73

0,1

3,4

0,0

82

4

3,4

0,2

19

2

9,8 200 11,3 241 12,6 285 13,1 304 12,7 222

0,8

0,1

15

1

9,2 205

33,3 346 39,7 350 38,1 261 30,7 286 37,0 246 34,4 265 36,3 327 46,2 353 53,0 368 53,3 405 56,6

0,6

0,0

8,5

35,4 622 44,5 645 39,7 695 40,6 754 39,4 657 37,2 614 32,0 644 29,7 644 26,9 612 25,4 712 29,5

2,6

46,8 517 37,0 688 42,4 708 41,4 796 41,6 785 44,4 965 50,3 1123 51,8 1311 54,8 1516 63,0 1438 59,5

870 871 919 850 772 716 731 708 666 691 715

127

99

524

3,5

38

694

26,1

3,5

49,9

Urgência / Emergência 363

48

Demanda Ambulatorial 694

Investigação de Contatos

Elucidação Diagn. Internação 49

Novos Pulmonares (+)/HIV(-) 1390 100,0 1482 100,0 1397 100,0 1623 100,0 1711 100,0 1914 100,0 1767 100,0 1918 100,0 2169 100,0 2392 100,0 2405 100,0 2416 100,0

19,0

S/inf

83

0,3

1

17,5

82

Descob. Após Óbito

20,7

4

72

Urgência / Emergência

41,4

Elucidação Diagn. Internação 61

Investigação de Contatos

Demanda Ambulatorial 144

111

0,0

0,0

2,8

17,7 467 18,5 507 18,1 586 19,4 650 19,2 622 19,5 529 16,6 587 16,3 647 16,5 691 17,4 688 17,0

298 100,0 256 100,0 256 100,0 230 100,0 223 100,0 266 100,0 258 100,0 272 100,0 229 100,0 245 100,0 276 100,0

s/inf

74

460

79,4 1965 77,9 2203 78,8 2329 77,0 2619 77,3 2460 77,3 2533 79,3 2887 80,2 3122 79,6 3180 80,1 3223 79,5

Disseminada

16,4

2,9

80,7 2063

Novos Pulmonares (+)/HIV(+) 348 100,0

Extrapulmonar 400

71

Pulmonar 1967

Todas as formas 2438 100,0 2597 100,0 2521 100,0 2797 100,0 3024 100,0 3387 100,0 3183 100,0 3193 100,0 3601 100,0 3922 100,0 3968 100,0 4055 100,0

s/inf

Disseminada

Pulmonar + Extrapulmonar

0,1

12,3

Pulmonar + Extrapulmonar 131

62,3

Pulmonar 662

Extrapulmonar 268

Todas as formas 1062 100,0

%

1999

Ano

Fonte: TBWEB (21/09/2011)

Pul HIV(+)

Pulmonar (+) HIV (-)

Pulmonar (+) HIV (+)

HIV (-)

HIV (+)

Quadro 3. Distribuição de casos de tuberculose com coinfecção HIV e HIV(-) por forma clínica. Tipo de descoberta dos casos novos bacilíferos. Total de Pulmonares HIV(+) (novos, recidivas e retratamentos pós abandono e pós falência) e cultura de escarro realizada MSP, 1999 a 2010.

COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV

103


HIV (+) - Resultados

Cobertura tratamento supervisionado

%

4,7

%

86

9,7

883

2000 %

113 12,7

890

2001 %

69

7,6

910

2002 %

66

7,8

844

2003 %

134 17,4

768

2004 %

142 19,1

744

2005 %

135 17,4

776

2006 %

155 20,9

741

2007 %

174 24,6

706

2008 %

225 31,0

725

2009

28 58,3

10 20,8

6 12,5

3

1

Cura

Abandono

Óbito

Transf Estado

S/inf

197 20,4

Abandono

9,8

15

4

1

27 4

20

22

2

1

30

6,3

8

1,6

0,0

4,5

0,4

0,2

6,1

431 87,2

0,0

5,3

1,3

24

46 3,8

7,3

0,2

23

23 3,8

3,8

163 27,1

1

99 16,4

293 48,7 0,5

26

3

4,1

0,5

207 32,3

3

127 19,8

275 42,9

641 100,0

0,0

0,7 2,0

0,7

0,2

20

8

3,4

1,4

170 29,0

1

123 21,0

264 45,1

586 100,0

3

1

19 12,4

16 10,5

114 74,5

153 100,0

1,2

1,7

3

5

0,6

0,9

0,9

0,9

11

9

2,2

1,8

143 28,6

0,0

117 23,4

220 44,0

500 100,0

2

2

26 11,7

43 19,4

149 67,1

222 100,0

0,8 144 27,1

4

112 21,1

264 49,6

532 100,0

2

3

20 11,6

36 20,9

111 64,5

172 100,0

6,6

1,2

1,1

33

2

7,1

0,4

118 25,4

5

103 22,2

204 43,9

465 100,0

17

3

40 15,6

45 17,5

152 59,1

257 100,0

13

2

11

6

7

65

1,2

0,2

1,0

0,5

0,6

5,9

5

5

11

9

8

100

0,4

0,4

1,0

0,8

0,7

8,7

3

8

12

8

12

102

0,2

0,6

0,8

0,6

0,8

7,2

1

22

22

19

20

142

24

21

25

14

154

0,1

1,3

1,3

1,1

1,2

8,2

0,0

1,2

1,0

1,2

0,7

7,6

7

29

23

22

25

193

0,3

1,2

1,0

0,9

1,1

8,3

75

22

34

19

10

216

2,9

0,8

1,3

0,7

0,4

8,2

996 90,5 1012 88,0 1280 89,8 1505 86,9 1788 88,3 2037 87,2 2249 85,7

494 100,0 1100 100,0 1150 100,0 1425 100,0 1731 100,0 2026 100,0 2336 100,0 2625 100,0

3,2

6,9

0,2

155 24,4

1

88 13,9

320 50,5

1

16 11,9

29 21,5

89 65,9

135 100,0

2,1

0,7

7,7

602 100,0

3

1

11

27 19,0

100 70,4

142 100,0

42

1

Obito TB

Transf Estado

194

36

Obito NTB

1

8,3

0,0

1,8

1,5

0,0

382 16,4

Falencia

Abandono

225

2

55

36

1

9,2

0,1

2,2

1,5

180

3

46

28

8,0

0,1

2,0

1,2

135

4

56

37

5,5

0,2

2,3

1,5

0,0

283 11,5

0,0

286 12,7

0,0

325 13,2

139

4

63

33

2

5,5

0,2

2,5

1,3

0,1

282 11,2

125

3

68

41

4

5,5

0,1

3,0

1,8

0,2

232 10,3

67

5

83

41

2

18

59

37

3,3

20

21

67

47

1,1

22

30

60

46

1,2

14

28

56

40

0,7

38

13

56

29

2,4

100

7,1

0,0

0,9

4,0

2,1

176 12,5

0,0

1,7

3,5

2,5

233 14,4

0,0

1,6

3,2

2,4

284 15,1

0,0

1,1

3,6

2,5

270 14,5

0,0

1,0

3,4

2,1

244 14,0

0,2

4,1

2,0

0,1

248 12,4

1677 71,9 1811 73,8 1714 75,9 1949 79,1 1995 79,2 1790 79,1 1555 77,7 1369 78,4 1434 77,1 1446 76,9 1220 75,5 1031 73,4

7,2

0,0

17

0,0

8,5

250 78,6

25

54

174 22,4

3,0

3,0

634 100,0

4

4

16 11,9

22 16,4

88 65,7

134 100,0

2333 100,0 2455 100,0 2257 100,0 2464 100,0 2518 100,0 2263 100,0 2001 100,0 1747 100,0 1861 100,0 1880 100,0 1615 100,0 1405 100,0

18

6,0

1,6

4,8

5,6

318 100,0

0,4

48 19,3

163 65,5

40

47

175 20,8

0,0

126 16,2

399 51,3

0,0

153 18,2

426 50,7

1,5

3,0

778 100,0

1

2

15 22,7

13 19,7

35 53,0

66 100,0

494 16,4 1100 32,7 1150 36,5 1425 44,9 1731 48,2 2026 51,9 2336 59,1 2625 65,1

Cura

6,6

8,0

4,9

249 100,0

62

38

185 23,8

1,4

4,3

841 100,0

1

3

24 34,8

16 23,2

25 36,2

0,0

130 16,7

362 46,6

0,0

7,4

0,7

1,8

1,8

777 100,0

2

2

37 32,7

18 15,9

54 47,8

69 100,0

318 11,4

Total

9

0,0

8

Transf Estado

10

1

3

3,7

1,2

1

0,0

21 15,4

95 69,9

Obito TB

Abandono

8,4

6,9

136 100,0

Obito NTB

14 17,1

Cura

67

55

215 27,0

9,9

113 100,0

249

0,0

120 15,1

340 42,7

0,0

56 68,3

Total

1,2

3,5

797 100,0

1

3

19 22,1

16 18,6

47 54,7

Falencia

82 100,0

S/inf

5,7

55

158 16,4

Transf Estado

195 20,2

Óbito

5,2

86 100,0

136

0,0

361 37,4

Cura

Falencia

966 100,0

Total

2,1

6,3

48 100,0

3,4

82

Total

%

261 36,0

726

2010

2415 2591 2506 2782 3012 3363 3151 3172 3592 3906 3951 4030

48

1014

1999

Supervisionado

Total

Supervisionado

Total

de tratamento

ano início

Fonte: TBWEB (21/09/2011)

HIV (-) - Resultados

Auto administrado

Supervisionado

Auto administrado

104

Supervisionado

HIV(-) HIV(+)

Quadro 4. Casos novos HIV (+) e HIV (-): Cobertura de TODO e Resultados por tipo de tratamento. Município de São Paulo, 1999 a 2010.

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO


COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV

Bibliografia

1 Guidelines for intensified tuberculosis case-finding and isoniazid preventive therapy for people living with HIV in resourceconstrained settings. Stop TB Department/Department of HIV/AIDS/ World Health Organization, Geneva, Switzerland, 2011. http://whqlibdoc. who.int/publications/2011/9789241500708_eng.pdf

2 Organização Mundial da Saúde (OMS). Stop TB Department. Department of HIV/aids. Manual Clínico TB/HIV. Segunda edição. Genebra, 2004.

3 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Viigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Viigilância Epidemiológica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

4 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e aids. Manual de adesão ao tratamento para pessoas vivendo com HIV e aids / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e aids. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

5 Smieja, MJ et al, Cochrane database Syst Rev, 2000;(2):CD001363.

105


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

106


Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV

08

Outras Fontes de Vigilância

107


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Sistema de Vigilância em Serviço – VIGISERV Esse sistema de informação encontra-se implantado, desde 2002, nas 15 unidades de assistência às pessoas vivendo com o HIV da Rede Municipal Especializada em DST/aids (RME) de São Paulo. É composto de três bancos de dados que atendem a objetivos específicos: 1) conhecer o número de usuários em seguimento, segundo diagnóstico; 2) monitorar o tempo decorrido entre cada um dos momentos que envolvem a realização de sorologias para diagnóstico de HIV e hepatites (datas da solicitação, da coleta, da disponibilização do resultado na unidade e da entrega do resultado ao solicitante) e 3) monitorar o volume de atendimentos realizados por tipo de profissionais e por tipo de atividades. Dos três módulos citados, apenas o relativo ao seguimento de pacientes com diagnóstico estabelecido de alguma DST se mantém em uso. Detalhes a respeito do contexto histórico e da motivação inicial para a implantação deste sistema podem ser vistos na publicação “A nova cara da luta contra a epidemia na Cidade de São Paulo”1. O módulo atualmente em uso permite gerar relatórios com o número de usuários em seguimento por tipo de diagnóstico, para cada um dos serviços, atendendo a uma importante demanda gerencial, além de incluir indicadores que contribuem para avaliar a qualidade da assistência prestada. Para o nível local constitui também um importante instrumento para a vigilância em serviço, permitindo intervenções que aumentem a adesão aos programas e aos protocolos propostos, como convocação de faltosos, incentivo à realização de PPD, vacinas e outras. Em um único banco de dados estão disponíveis informações referentes à coinfecção pela tuberculose, hepatite B e C e outras DST, dados sobre vacinação, profilaxia da tuberculose, dentre outros. Possibilita ainda, conhecer e avaliar o processo de notificação de casos, a adesão dos pacientes ao tratamento, bem como a dinâmica de altas por abandono, óbitos ou mesmo encaminhamento para outros serviços da rede municipal. Outra vantagem a ser considerada é a oportunidade de acesso a informações detalhadas sobre cada caso. A seguir são apresentados os dados extraídos do VIGISERV com atualização até outubro de 2011. Na Tabela 1 e Gráfico 1 são apresentados os números e porcentagens de matrículas segundo o diagnóstico principal que motivou o acompanhamento na unidade. O grande aumento de matriculados no início do período reflete a forma de implantação do sistema de informação que registrava as pessoas que em 2002 estavam em acompanhamento. Destaca-se a estabilidade inicial na proporção de casos de DST e a posterior mudança de patamar a partir de 2004. Já as hepatites apresentam aumento expressivo com estabilização em torno de 18%.

1. A nova cara da luta contra a epidemia na Cidade de São Paulo. Publicação: Programa Municipal de DST/aids, SMS-PMSP. Organização: Fábio Mesquita e Célia Regina de Souza. 2003 Ed. Raiz da terra

108


Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV

Tabela 1. Número e porcentagem de matrículas segundo diagnóstico principal e ano de matrícula na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011***. Ano de

aids/HIV

matrícula

n

até 1995 1996

DST

AMB*

%

n

%

1374

70,9

320

16,5

1414

93,8

40

2,7

1997

2249

91,6

113

4,6

0

1998

2018

76,0

511

19,2

0

1999

2186

69,2

709

22,5

2000

2130

65,8

761

23,5

2001

2744

71,1

672

2002

2750

59,6

1136

2003

3050

52,6

2004

2912

46,9

2005

2690

2006

2527

2007 2008

Hep B e C

2

0,1

154

7,9

86

4,4

3

0,2

1939 100,0

0,0

1

0,1

43

2,9

9

0,6

1507 100,0

0,0

4

0,2

82

3,3

8

0,3

2456 100,0

0,0

13

0,5

100

3,8

14

0,5

2656 100,0

1

0,0

38

1,2

202

6,4

22

0,7

3158 100,0

0

0,0

48

1,5

263

8,1

36

1,1

3238 100,0

17,4

2

0,1

42

1,1

362

9,4

36

0,9

3858 100,0

24,6

29

0,6

264

5,7

418

9,1

19

0,4

4616 100,0

1294

22,3

24

0,4

898

15,5

487

8,4

41

0,7

5794 100,0

1792

28,8

35

0,6

960

15,5

468

7,5

45

0,7

6212 100,0

40,7

2143

32,4

82

1,2

1161

17,6

445

6,7

93

1,4

6614 100,0

41,7

1870

30,9

89

1,5

1038

17,1

411

6,8

119

2,0

6054 100,0

2761

43,6

1881

29,7

82

1,3

1114

17,6

416

6,6

78

1,2

6332 100,0

3207

44,7

2104

29,3

110

1,5

1230

17,1

396

5,5

128

1,8

7175 100,0

2009

3423

43,8

2513

32,2

99

1,3

1273

16,3

402

5,1

98

1,3

7808 100,0

2010

3402

35,7

3815

40,0

184

1,9

1260

13,2

402

4,2

478

5,0

9541 100,0

36,0

2667

42,0

135

2,1

565

8,9

277

4,4

414

6,5

6345 100,0

50,6 24341

28,5

874

1,0 10063

2287

11,8 5260

%

n

total

0

43124

n

Outros

n

Total

%

TV**

%

2011

n

6,2 1641

%

n

%

1,9 85303 100,0

Fonte: VIGISERV – SMS/SP *AMB – Acidente com exposição a material biológico **TV – Exposição a sífilis e HIV na gestação ***Dados provisórios, até outubro de 2011.

Gráfico 1. Número de matrículas segundo o diagnóstico principal e ano de matrícula na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. 10000 9000 8000 7000 aids

6000

HIV DST

5000

AMB Hep B e C

4000

TV

3000 2000 1000 0

<1996 1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011.

109


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Cerca de 90% das matriculas são feitas em indivíduos com idade superior a 12 anos. Nesses, a faixa etária predominante é a de 20 a 29 anos, com 64% casos. Abaixo dos 13 anos a distribuição entre os sexos é semelhante. Observa-se predomínio de mulheres de 13 a 19 e acima de 60 anos. Tabela 2. Número e distribuição percentual de casos matriculados segundo faixa etária e sexo na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Faixa etária (em anos) na matrícula

Feminino

Masculino n %

Total

n

%

0a4

2998

49,0

3122

5a6

241

50,8

10 a 12

105

50,5

Criança

3344

13 a 19

3507

20 a 29

11162

42,4

15167

57,6

26329

33,6

30 a 39

9126

38,1

14820

61,9

23946

30,6

40 a 49

5053

37,2

8528

62,8

13581

17,3

50 a 59

2515

42,2

3451

57,8

5966

7,6

60 a 69

1032

51,3

981

48,7

2013

2,6

293

54,4

246

45,6

539

0,7

32688

41,7

45618

58,3

78306

91,8

70 e mais Adulto Ignorado Total

n

%

51,0

6120

90,0

233

49,2

474

7,0

103

49,5

208

3,1

49,2

3458

50,8

6802

8,0

59,1

2425

40,9

5932

7,6

75

38,5

120

61,5

195

0,2

36107

42,3

49196

57,7

85303

100,0

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011.

A distribuição etária e por sexo reflete o perfil de diagnóstico e a forma de organização da rede de atenção a esses agravos. A tabela 3 apresenta a distribuição dos casos segundo o diagnóstico principal e o sexo onde se observa que 46% dos usuários matriculados são por HIV/aids. Tabela 3. Número e distribuição percentual de casos matriculados segundo diagnóstico principal e sexo na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Diagnóstico principal HIV/AIDS Coinfec HIV/Hepatite

Feminino n

%

14894

37,7

Masculino n % 24579

62,3

Total n

%

39473

46,3

970

26,6

2680

73,4

3650

4,3

11461

47,1

12880

52,9

24341

28,5

Hepatite B e C

4952

49,2

5112

50,8

10064

11,8

Trans. Vertical

2584

49,1

2676

50,9

5260

6,2

DST

Outros Total

1246

49,5

1269

50,5

2515

2,9

36107

42,3

49196

57,7

85303

100,0

Fonte: VIGSER *Dados provisórios, até outubro de 2011.

110


Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV

Exceto na infecção pelo HIV, onde predomina o sexo masculino, com cerca de 58% dos casos, nos demais diagnósticos a distribuição entre os sexos é praticamente equitativa. Tabela 4. Número e distribuição percentual de casos matriculados segundo unidade de atendimento (RME) e sexo. Município de São Paulo, 1992 a 2011*.

Unidade de atendimento

Feminino n

%

Masculino n %

Total n

%

AE Alexandre K Yasbeck

1025

36,6

1777

63,4

2802

3,3

AE Vila Prudente

1282

43,0

1700

57,0

2982

3,5

CR Freguesia do O

3944

48,5

4185

51,5

8129

9,5

CR Penha

3972

47,3

4433

52,7

8405

9,9

CR Santo Amaro

5670

46,5

6522

53,5

12192

14,3

SAE Butantã

1618

32,4

3369

67,6

4987

5,8

SAE Campos Elíseos

889

18,3

3959

81,7

4848

5,7

SAE Cidade Dutra

2532

45,2

3073

54,8

5605

6,6

SAE Cidade Lider

2753

44,7

3411

55,3

6164

7,2

SAE Fidelis Ribeiro

2833

41,1

4052

58,9

6885

8,1

SAE Herbert de Souza

1145

43,0

1517

57,0

2662

3,1

SAE Ipiranga

2798

42,8

3740

57,2

6538

7,7

SAE jardim Mitsutami

1672

44,6

2081

55,4

3753

4,4

SAE Lapa

1022

40,0

1536

60,0

2558

3,0

SAE Santana Total

2952

43,5

3841

56,5

6793

8,0

36107

42,3

49196

57,7

85303

100,0

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011.

Destaca-se o SAE Campos Elíseos onde há um predomínio importante de usuários do sexo masculino matriculados. A tabela 5 apresenta a situação atual dos casos por ano de matrícula. A condição de “cura” diz respeito na maioria dos casos a usuários com diagnóstico principal de outras DST que não o HIV/aids e para as crianças o encerramento do acompanhamento da exposição vertical como não infectada.

111


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Tabela 5. Número e distribuição percentual de casos matriculados segundo ano de matrícula e situação atual na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Ano Em seguimento Abandono de matrícula

Cura/ Óbito Transferência Mud. Diagn

n

%

n

%

n

%

n

até 1995

436

22,5

337

17,4

127

6,6

1996

240

15,9

349

23,1

43

2,8

1997

406

16,5

650

26,5

106

1998

438

16,5

691

26,0

483

1999

508

16,1

847

26,8

724

2000

510

15,8

944

29,2

772

2001

693

18,0 1156

30,0

2002

761

16,5 1665

36,1

2003

924

15,9 2468

2004

958

15,4 2793

2005

977

2006

1057

2007 2008

Sem informação

%

n

%

n

172

8,9

271

14,0

594

30,7 1937 100,0

487

32,3

243

16,1

147

9,7 1509 100,0

4,3

639

26,0

416

16,9

239

9,7 2456 100,0

18,2

457

17,2

395

14,9

192

7,2 2656 100,0

22,9

437

13,8

431

13,6

211

6,7 3158 100,0

23,8

376

11,6

413

12,8

223

6,9 3238 100,0

614

15,9

404

10,5

532

13,8

459

11,9 3858 100,0

679

14,7

394

8,5

687

14,9

430

9,3 4616 100,0

42,6

756

13,0

332

5,7

725

12,5

589

10,2 5794 100,0

45,0

669

10,8

284

4,6

710

11,4

798

12,8 6212 100,0

14,8 3036

45,9

768

11,6

216

3,3

757

11,4

860

13,0 6614 100,0

17,5 2447

40,4

647

10,7

193

3,2

726

12,0

984

16,3 6054 100,0

1253

19,8 2306

36,4

684

10,8

164

2,6

734

11,6 1191

18,8 6332 100,0

1648

23,0 2562

35,7

643

9,0

128

1,8

744

10,4 1450

20,2 7175 100,0

2009

2559

32,8 2059

26,4

654

8,4

100

1,3

681

8,7 1755

22,5 7808 100,0

2010

6346

66,5 1345

14,1 1171

12,3

76

0,8

603

6,3

0,0 9541 100,0

5728

90,3

5,8

25

0,4

166

2,6

0,0 6345 100,0

2011 Total

60

0,9

366

25442 29,8 25715 30,1 9906 11,6 4884

%

Total n

%

5,7 9234 10,8 10122 11,9 85303 100,0

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011.

A categoria “sem informação” foi utilizada para usuários que não têm registro de comparecimento há mais de dois anos sem que lhes tenha sido atribuída alguma condição de alta. Essa categoria é muito expressiva no início do período, caindo progressivamente a partir de 2001. Essa é uma correção considerada necessária, e evidencia falhas na atualização dos registros. A proporção de usuários em seguimento diminui com o passar dos anos, no entanto a porcentagem de altas por abandono não sofre muita variação, se desconsiderarmos os dois últimos anos. Gráfico 2. Distribuição percentual dos usuários matriculados segundo a situação atual na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0

Fem Seguimento

Masc Abandono

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011.

112

Cura

Sem informação

Total Óbito

Transferência


Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV

No gráfico 2 observa-se comportamento semelhante entre os dois sexos, com discreto predomínio de altaS por cura entre as mulheres e de óbitos entre os homens. A seguir serão apresentados os dados dos usuários em seguimento, subdivididos em adultos, idade na matrícula maior do que 12 anos, e crianças. A. Adultos Permanecem em seguimento na rede 29,8% dos usuários matriculados com idade superior a 12 anos. Tabela 6. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento segundo faixa etária por ocasião da matrícula e sexo na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*.

Faixa etária

Feminino

(em anos)

n

%

13 a 19 anos

Masculino

Total

n

%

n

%

863

60,3

569

39,7

1432

5,9

20 a 29 anos 2924

39,7

4448

60,3

7372

30,1

30 a 39 anos 2995

38,7

4741

61,3

7736

31,6

40 a 49 anos 1795

37,7

2962

62,3

4757

19,4

50 a059 anos

956

43,3

1253

56,7

2209

9,0

60 a 69 anos

399

51,7

373

48,3

772

3,2

70 anos e mais 104

56,2

81

43,8

185

0,8

Adulto

41,0

14427

59,0

24463

100,0

10036

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011

Tabela 7. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento segundo raça/cor e sexo na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Raça/Cor

Feminino n %

Masculino n %

Amarela

65

0,6

81

4782

47,6

20

0,2

Branca Indigena

Total n

%

0,6

146

0,6

7217

50,0

11999

49,0

48

0,3

68

0,3

Negra

1088

10,8

1407

9,8

2495

10,2

Parda

3469

34,6

4731

32,8

8200

33,5

Ignorada Total

612

6,1

943

6,5

1555

6,4

10036

100,0

14427

100,0

24463

100,0

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011

Na faixas etárias de 13 a 19 anos e maiores de 60 anos a proporção entre os sexos é praticamente a mesma, nas demais observa-se o predomínio do sexo masculino (Tabela 6). A distribuição percentual de usuários segundo a raça/cor é praticamente a mesma em ambos os sexos.

113


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Tabela 8. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento segundo unidade de atendimento (RME) e sexo. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Unidade de atendimento

Feminino n %

Masculino n %

Total n

%

AE Alexandre K Yasbeck

464

35,7

835

64,3

1299

5,3

AE Vila Prudente

418

40,5

613

59,5

1031

4,2

CR Freguesia do O

1137

46,8

1291

53,2

2428

9,9

833

45,0

1020

55,0

1853

7,6

CR Penha CR Santo Amaro

2130

48,1

2301

51,9

4431

18,1

SAE Butantã

694

35,1

1286

64,9

1980

8,1

SAE Campos Elíseos

215

14,0

1322

86,0

1537

6,3

SAE Cidade Dutra

393

47,1

441

52,9

834

3,4

SAE Cidade Lider

289

52,4

263

47,6

552

2,3

SAE Fidelis Ribeiro

1205

43,1

1594

56,9

2799

11,4

SAE Herbert de Souza

589

43,5

765

56,5

1354

5,5

SAE Ipiranga

564

37,3

948

62,7

1512

6,2

SAE Jardim Mitsutami

626

42,4

849

57,6

1475

6,0

SAE Lapa

205

31,5

446

68,5

651

2,7

37,7

453

62,3

727

3,0

SAE Santana Total

274 10036

41,0 14427

59,0 24463 100,0

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011

A tabela 9 apresenta, por unidade, os diagnósticos principais dos usuários matriculados. Na categoria “outros” foram agrupados motivos de matrículas pouco comuns, em geral específicos de algumas unidades, tais como, acompanhamento de familiares, outras doenças infecciosas, pacientes portador do HIV matriculados especificamente para acompanhamento em alguma especialidade (psiquiatria, dermatologia, etc). Tabela 9. Número e porcentagem de usuários em seguimento segundo diagnóstico principal e unidade de atendimento (RME). Município de São Paulo, 1992 a 2011*.

HIV/Aids Coinfec HIV/Hepatite

n AE Alexandre K Yasbeck 982 AE Vila Prudente 641 CR Freguesia do O 1488 CR Penha 899 CR Santo Amaro 1907 SAE Butantã 1147 SAE Campos Elíseos 1318 SAE Cidade Dutra 166 SAE Cidade Lider 208 SAE Fidelis Ribeiro 2118 SAE Herbert de Souza 1215 SAE Ipiranga 763 SAE Jardim Mitsutami 871 SAE Lapa 409 SAE Santana 510 Total 14642 Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011

114

% n 75,6 120 62,2 79 61,3 220 48,5 106 43,0 166 57,9 115 85,8 92 19,9 3 37,7 2 75,7 71 89,7 29 50,5 78 59,1 63 62,8 67 70,2 52 59,9 1263

% 9,2 7,7 9,1 5,7 3,7 5,8 6,0 0,4 0,4 2,5 2,1 5,2 4,3 10,3 7,2 5,2

hep B e C n % 146 11,2 207 20,1 361 14,9 249 13,4 940 21,2 184 9,3 126 8,2 20 2,4 20 3,6 6 0,2 90 6,6 228 15,1 61 4,1 101 15,5 11 1,5 2750 11,2

DST n 50 94 359 599 938 532 1 644 322 604 20 197 480 74 154 5068

% 3,8 9,1 14,8 32,3 21,2 26,9 0,1 77,2 58,3 21,6 1,5 13,0 32,5 11,4 21,2 20,7

Outros n 1 10 480 2 1 246 740

Total

% n % 0,1 1299 5,3 1,0 1031 4,2 0,0 2428 9,9 0,0 1853 7,6 10,8 4431 18,1 0,1 1980 8,1 0,0 1537 6,3 0,1 834 3,4 0,0 552 2,3 0,0 2799 11,4 0,0 1354 5,5 16,3 1512 6,2 0,0 1475 6,0 0,0 651 2,7 0,0 727 3,0 3,0 24463 100,0


Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV

Em sete unidades mais de 70% dos usuários em seguimento tem como diagnóstico principal a aids ou o HIV. Se consideramos o atendimento às hepatites virais, em sete unidades os casos de aids, HIV e hepatites supera 85%. Por outro lado, duas unidades têm mais de 50% de acompanhamentos por outros diagnósticos, sendo que outras DST têm importante participação. Essas diferenças podem refletir critérios diferentes de inclusão de registros e diferenças na forma de atualização dos dados no VIGISERV, diferenças de organização dos serviços quanto a abertura de prontuários ou até mesmo diferenças regionais na organização da assistência às DST.

B.Crianças A exposição ao HIV é o principal motivo de matrícula de crianças na rede especializada (92%), superando os 85% em todas, exceto o CR Santo Amaro onde esse motivo é responsável por 68% das matrículas. Ainda, no AE Vila Prudente, CR Penha e CR Santo Amaro a hepatite B ou C têm expressiva participação. Tabela 10. Matriculados menores de 13 anos segundo o diagnóstico principal na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011****. Unidade de matrícula aids/HIV Hepatite Outros SFC* SIDAE** SIDASR** Total n % n % n % n % n % n % n % % Total AE Alexandre K Yasbeck 69 23,1 7 2,3 4 1,3 0,0 58 19,4 161 53,8 299 100,0 4,4 AE Vila Prudente 52 23,3 23 10,3 11 4,9 0,0 17 7,6 120 53,8 223 100,0 3,3 CR Freguesia do O 58 11,2 10 1,9 2 0,4 2 0,4 95 18,4 350 67,7 517 100,0 7,6 CR Penha 50 10,2 39 7,9 13 2,6 15 3,1 353 71,9 21 4,3 491 100,0 7,2 CR Santo Amaro 72 12,1 50 8,4 100 16,8 42 7,1 330 55,6 0,0 594 100,0 8,7 SAE Butantã 58 18,2 3 0,9 9 2,8 0,0 111 34,9 137 43,1 318 100,0 4,7 SAE Campos Elíseos 62 27,7 6 2,7 0 0,0 1 0,4 77 34,4 78 34,8 224 100,0 3,3 SAE Cidade Dutra 119 22,5 7 1,3 53 10,0 10 1,9 213 40,3 127 24,0 529 100,0 7,8 SAE Cidade Lider 183 17,2 1 0,1 2 0,2 0,0 238 22,4 639 60,1 1063 100,0 15,6 SAE Fidelis Ribeiro 128 15,6 0,0 18 2,2 8 1,0 308 37,6 358 43,7 820 100,0 12,1 SAE Herbert de Souza 76 29,5 1 0,4 2 0,8 0,0 92 35,7 87 33,7 258 100,0 3,8 SAE Ipiranga 9 3,9 5 2,1 33 14,2 4 1,7 168 72,1 14 6,0 233 100,0 3,4 SAE Jardim Mitsutami 51 15,8 0,0 14 4,3 0,0 101 31,4 156 48,4 322 100,0 4,7 SAE Lapa 25 14,7 2 1,2 3 1,8 2 1,2 33 19,4 105 61,8 170 100,0 2,5 SAE Santana 132 17,8 4 0,5 6 0,8 17 2,3 144 19,4 438 59,1 741 100,0 10,9 Total 1144 16,8 158 2,3 270 4,0 101 1,5 2338 34,4 2791 41,0 6802 100,0 100,0 Fonte: VIGISERV *SFC – Sífilis Congênita **SIDAE – Criança exposta ao HIV ***SIDASR – Criança exposta ao HIV soro revertida **** Dados provisórios, até outubro de 2011

Dentre as crianças, matriculadas com idade inferior a 13 anos, 20% ainda estão em seguimento nas unidades da RME. A tabela 11 mostra a situação atual das crianças matriculadas. As crianças acompanhadas devido à exposição na gestação ao HIV são classificados como alta por “cura” juntamente com casos que eventualmente tenham sido acompanhados por algum agravo que tenha resultados na cura, como por exemplo a sífilis congênita. Como visto na tabela 10, ao menos 75% das matrículas de crianças é devido à exposição ao HIV na gestação, consequentemente a grande maioria dos casos classificados nessa condição é na verdade crianças que encerraram o acompanhamento como não infectadas.

115


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Tabela 11. Situação atual dos matriculados menores de 13 anos na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Situação atual

n

%

Em seguimento

1353

19,9

367

5,4

Abandono Cura Ignorado

3587

52,7

730

10,7

2

0,0

86

1,3

Mudança de diagnostico Óbito Transferência Total

677

10,0

6802

100,0

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011

Observa-se que a porcentagem de casos de crianças encerrados por abandono ou sem informação é significativamente menor, se comparado com o total de usuários matriculados (tabela 5). A tabela 12 apresenta os casos de crianças em seguimento segundo diagnóstico principal e unidade de atendimento. Chama atenção a heterogeneidade da distribuição das crianças entre as unidades. Enquanto apenas duas unidades são responsáveis por 54% das crianças em seguimento (SAE Cidade Dutra e SAE Cidade Líder), oito unidades (53%) acompanham 17% delas. Também em relação ao diagnóstico principal observa-se grande variabilidade na distribuição. Só oito unidades têm crianças em acompanhamento de hepatite, sendo que apenas em três esse contingente supera 10%. Por outro lado, em 10 unidades o acompanhamento de crianças expostas ao HIV supera os 80%. Essa diferença na manutenção de crianças em acompanhamento e no perfil das acompanhadas pode refletir critérios diferenciados de alta ou transferência para acompanhamento em unidade básica de saúde. Tabela 12. Número e porcentagem de crianças em seguimento segundo diagnóstico principal e unidade de seguimento (RME). Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Unidade de

aids/HIV

seguimento

n

AE Alexandre K Yasbeck AE Vila Prudente CR Freguesia do O CR Penha CR Santo Amaro SAE Butantã

%

Hepatite n

%

Outros n

%

SFC n

%

SIDAE n

%

SIDASR n

%

Total n

% % Total

7 26,9

3 11,5

4 15,4

0

0,0

11 42,3

1

3,8

26 100,0

1,9

11 42,3

3 11,5

5 19,2

0

0,0

7 26,9

0

0,0

26 100,0

1,9

0

0,0

0

0,0

0

0,0

24 77,4

0

0,0

31 100,0

2,3

11 14,3

2

2,6

5

6,5

45 58,4

0

0,0

77 100,0

5,7

28 45,9

1

1,6

24 39,3

0

0,0

61 100,0

4,5

0

0,0

27 58,7

4

8,7

46 100,0

3,4

6,0 100 100,0

7,4

7 22,6 14 18,2 7 11,5

1

1,6

11 23,9

0

0,0

SAE Campos Elíseos

41 41,0

5

5,0

SAE Cidade Dutra

90 23,9

7

1,9

SAE Cidade Lider

66 18,6

4

8,7

0

0,0

0

0,0

48 48,0

6

53 14,1

8

2,1 195 51,7

24

92 26,0 354 100,0 26,2

6,4 377 100,0 27,9

1

0,3

0

0,0

0

0,0 195 55,1

SAE Fidelis Ribeiro

1

5,0

0

0,0

1

5,0

0

0,0

17 85,0

1

5,0

20 100,0

1,5

SAE Herbert de Souza

8 10,8

0

0,0

0

0,0

0

0,0

66 89,2

0

0,0

74 100,0

5,5

SAE Ipiranga

1

6,3

0

0,0

0

0,0

2 12,5

13 81,3

0

0,0

16 100,0

1,2

SAE jardim Mitsutami

3

7,5

0

0,0

1

2,5

0

0,0

36 90,0

0

0,0

40 100,0

3,0

SAE Lapa

9 42,9

0

0,0

1

4,8

0

0,0

11 52,4

0

0,0

21 100,0

1,6

3,6

3

3,6

2

2,4

22 26,2

0

0,0

84 100,0

6,2

2,5 102

7,5

18

SAE Santana Total

54 64,3

3

330 24,4

34

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011

116

1,3 741 54,8 128

9,5 1353 100,0 100,0


Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV

Também se destaca o pequeno número de unidades que mantém em seguimento crianças classificadas como “SIDASR” – criança soro revertida. Essa categoria engloba as crianças expostas ao HIV na gestação (SIDAE) que foram encerradas como não infectadas, mas que ainda deveriam permanecer em seguimento para avaliação de possíveis eventos adversos tardios. Especialmente em relação a este cuidado não há consenso na rede sobre como proceder. Provavelmente, na maioria das unidades elas continuam classificadas como SIDAE, como se vê na tabela 12. As crianças com exposição vertical ainda não encerradas e as soro revertidas são responsáveis por 64% dos seguimentos e as com aids ou infectadas pelo HIV correspondem a 24%. O Gráfico 3 apresenta a distribuição percentual de casos em menores de 13 anos em seguimento nas unidades segundo diagnóstico principal. Gráfico 3. Distribuição percentual de casos em seguimento segundo diagnóstico principal na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*.

2,5

8,9

15,4

aids HIV

9,5

8,9 SIDAE SIDASR Hepatite Outras 54,8

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011

A tabela 12 apresenta as crianças em seguimento por diagnóstico principal e ano de matrícula. Tabela 12. Número e porcentagem de casos em seguimento segundo diagnóstico principal e ano de matrícula na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Unidade de sguimento aids/HIV n % AE Alexandre K Yasbeck 7 26,9 AE Vila Prudente 11 42,3 CR Freguesia do O 7 22,6 CR Penha 14 18,2 CR Santo Amaro 7 11,5 SAE Butantã 11 23,9 SAE Campos Elíseos 41 41,0 SAE Cidade Dutra 90 23,9 SAE Cidade Lider 66 18,6 SAE Fidelis Ribeiro 1 5,0 SAE Herbert de Souza 8 10,8 SAE Ipiranga 1 6,3 SAE jardim Mitsutami 3 7,5 SAE Lapa 9 42,9 SAE Santana 54 64,3 Total 330 24,4

Hepatite Outros n % n % 3 11,5 4 15,4 3 11,5 5 19,2 0 0,0 0 0,0 11 14,3 2 2,6 1 1,6 28 45,9 0 0,0 4 8,7 5 5,0 0 0,0 7 1,9 53 14,1 1 0,3 0 0,0 0 0,0 1 5,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 2,5 0 0,0 1 4,8 3 3,6 3 3,6 34 2,5 102 7,5

SFC SIDAE SIDASR n % n % n % n 0 0,0 11 42,3 1 3,8 26 0 0,0 7 26,9 0 0,0 26 0 0,0 24 77,4 0 0,0 31 5 6,5 45 58,4 0 0,0 77 1 1,6 24 39,3 0 0,0 61 0 0,0 27 58,7 4 8,7 46 0 0,0 48 48,0 6 6,0 100 8 2,1 195 51,7 24 6,4 377 0 0,0 195 55,1 92 26,0 354 0 0,0 17 85,0 1 5,0 20 0 0,0 66 89,2 0 0,0 74 2 12,5 13 81,3 0 0,0 16 0 0,0 36 90,0 0 0,0 40 0 0,0 11 52,4 0 0,0 21 2 2,4 22 26,2 0 0,0 84 18 1,3 741 54,8 128 9,5 1353

Total % % Total 100,0 1,9 100,0 1,9 100,0 2,3 100,0 5,7 100,0 4,5 100,0 3,4 100,0 7,4 100,0 27,9 100,0 26,2 100,0 1,5 100,0 5,5 100,0 1,2 100,0 3,0 100,0 1,6 100,0 6,2 100,0 100,0

Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011

117


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

A partir de 2002 aumenta ano a ano o número de crianças acompanhadas nas unidades da rede por exposição vertical ao HIV. Possivelmente esse aumento reflita mais mudança na orientação de transferir o acompanhamento da criança exposta encerrada como não infectada para a rede de UBS do que propriamente o de crianças expostas.

Considerações finais: Em virtude da cobertura que alcançou na RME, os dados do VIGISERV têm o potencial de fornecer informações mais oportunas a respeito dos casos em seguimento nas unidades. Para as pessoas infectadas pelo HIV, casos novos e recémdiagnosticados, o conhecimento do perfil epidemiológico é de suma importância para a análise e acompanhamento das políticas públicas instituídas, informação não disponível em nenhum outro sistema de informação. Também, conhecer o perfil de pessoas vivendo com o HIV/aids que estão sob acompanhamento na rede municipal especializada é um aspecto importante para a avaliação e o planejamento de ações de prevenção, assistência e também como suporte para o dimensionamento de necessidades futuras. O número de usuários matriculados por aids no VIGISERV corresponde a 35% dos casos de aids em residentes no município de S. Paulo no SINAN. Para que estes dados reflitam a realidade e que sejam passíveis de utilização desses é importante que se mantenham a qualidade das informações disponíveis, bem como a frequência e regularidade de suas atualizações. Outro aspecto de relevância para a utilização dos dados provenientes do VIGISERV é a constante revisão e atualização com os “alimentadores” do banco quanto a seus objetivos e padronizações de conceitos utilizadas em cada uma das variáveis. O contingente de casos classificados como “sem informação” que no início do período supera 40% evidencia a fragilidade da análise especialmente no que se refere à evolução dos casos, número de pessoas ainda em acompanhamento e outras que eventualmente possam ser feitas para cada um dos agravos. Outra necessidade premente é a atualização do banco para um software mais moderno, sendo esta uma meta do programa municipal, o que viabilizaria a preservação deste conjunto de informações que já abarca uma série histórica de mais de 15 anos.

118


Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV

Planilha de Sorologias Os 24 Serviços Especializados em DST/aids do Município de São Paulo realizam diagnósticos sorológicos para o vírus do HIV, VDRL (Sífilis) e Hepatites B e C. Desde 2004, relatórios mensais monitoram a quantidade de testes realizados, o que vem contribuindo para a elaboração de estratégias para o acompanhamento, a promoção e o cuidado em saúde. Em 2010, foi realizado um total de 206.862 testes sendo que 28,9% (59.805/206.862) foram para diagnóstico sorológico do HIV, 23,7% (48.993/206.862) para VDRL, 23,6% (49.249/206.862) para Hepatite B e 23,8% (49.249/206.862) para a Hepatite C. Em relação ao sexo, 58,4% (120.830/206862) era do sexo masculino e 41,6% (86.032/206862) do sexo feminino. A Faixa etária entre os 20 a 34 anos realizou 53% (109.660/206.862) dos testes sorológicos. É importante salientar que o Teste Rápido para o HIV, estratégia visando à ampliação ao diagnóstico precoce correspondeu, em 2010, a 40,3% (24126/59805) do total de testes realizados, sendo os outros 59,7% (35.679/59.805) realizados pelo método convencional (Elisa). O número total de sorologias reagentes (Elisa e TRD) para o HIV, em 2010, na Rede Municipal Especializada em DST/aids (RME) significou 4,8% (2.864/59.805) dos testes realizados. Destes, 72,6% (2.079/2245) estão no sexo masculino e 27,4% (785/2.2458) no sexo feminino. A faixa etária entre os 25 a 29 anos possui 19,7% (564/2.245) dos resultados positivos, seguida por 18,9% (542/2.245) na faixa etária entre 30 a 34 anos, 16,6% (475/2.245) entre 40 a 49 anos e 15,9% (456/2.245) entre os 20 a 24 anos. Gráfico1. Total de testes realizados para o HIV, pelo método Elisa e Teste Rápido Diagnóstico** (TRD), na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*.

70000 60000 50000

58319

57768

3167

2758

59805

51839 42068

44298

40000 30000 20000 10000

2150

2205

2509

2864

0 Total

Positivos

Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão ** O TRD foi implantado na RME a partir do ano de 2006.

119


BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO

Gráfico 2. Total de testes realizados para o diagnóstico da Sífilis, na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. 60000

50000 41266

48609

48337

2402

2483

49997

48993

2598

2773

44854

40000

30000

20000

10000 2152

2313

0 Total

Positivos

Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão

Gráfico 3. Total de testes realizados para Hepatite B, na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. 60000 50000

44012

40000

48452

49366

48815

1374

1515

1783

33159

30000 20000 15703 10000 785

1227

1370

0 Total

Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão

120

Positivos


Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV

Gráfico 4. Total de testes realizados para Hepatite C, na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*.

60000

50000

484529

49493

4924

1393

1736

1273

44012 40000 33159 30000

20000 15703 10000 1090

1545

1427

0 Total

Positivos

Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão

121


122

105

864

TOTAL

789

982 1776 3051 1722 3291 1419 2353 1103 1605 1398 1780

811

861

292

882

894

838

762

337

986

963

966

764

M

60 a 69 F

899

81

205

207

208

198

F

839

116

182

193

185

163

M

70 e +

197

66

34

36

34

27

F

347

84

78

72

72

41

M

Ignorado

Total

6

2

6

3

3

20

HIV - ELISA

VDRL

HEP. B

HEP. C

TRD

TOTAL

131

29

23

23

39

17

226

40

13

25

119

29

13 a 19 F M

64

40

70

68

35

896

206

58

81

400

151

20 a 24 F M

277

Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão

24

5

2

4

3

10

0 a 12 F M

Tipo de Teste

240

59

144

410

196

380 1049

76

54

99

99

52

25 a 29 F M

369

96

69

91

72

41

990

217

88

148

349

188

30 a 34 F M

388

78

66

112

88

44

842

155

94

172

274

147

35 a 39 F M

160

222

268

353

173

602 1176

68

136

173

151

74

40 a 49 F M

324

44

79

95

75

31

555

72

142

136

145

60

50 a 59 F M

148

10

50

48

31

9

209

17

58

53

72

9

60 a 69 F M

40

2

9

16

11

2

37

0

7

17

11

2

70 e + F M

4

2

0

0

0

2

6

1

1

2

1

1

Ignorado F M

M

86032 120830

9562 14564

20380 28869

20408 28407

20092 28901

15590 20089

F

2683

472

529

733

636

313

6010

1113

744

1050

2137

966

Total F M

Tabela 2. Número total de testes positivos segundo sexo, faixa etária e tipo de teste diagnóstico, na Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 2010*.

Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão

783 7310 8239 14620 24328 15097 24858 12198 18559 9357 13570 13694 16744 8128 8547 3668 4016

104

182 1747 1965 3490 5841 3571 5895 2884 4421 2215 3264 3252 4018 1893 2037

179 1747 1941 3445 5718 3584 5797 2887 4366 2208 3180 3251 3971 1937 2027

TRD

M

50 a 59 F

207

M

40 a 49 F

212

M

35 a 39 F

HEP. C

M

30 a 34 F

HEP. B

M

168 1347 1430 2479 3924 2654 3932 2153 2996 1637 2236 2557 2869 1609 1566

F

25 a 29

150 1680 1921 3430 5794 3566 5943 2855 4423 2194 3285 3236 4106 1878 2056

M

20 a 24

F

173

M

13 a 19

F

VDRL

M

0 a 12

F

HIV - ELISA 167

de Teste

Tipo

Tabela 1. Número total de testes realizados segundo sexo, faixa etária e tipo de teste diagnóstico, na Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 2010*.

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO


Anotações / Notes


Anotações / Notes

124


Anotações / Notes


Anotações / Notes


Anotações / Notes



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