Boletim Epidemiológico
de
Aids
HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo Ano XV - No 14 - Junho 2011
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Prefeito da Cidade de São Paulo Gilberto Kassab Secretário Municipal da Saúde Januario Montone Coordenadora do Programa Municipal de DST/aids Márcia de Lima Coordenadora de Vigilância em Saúde (COVISA) Inês Suarez Romano Gerente do Centro de Controle de Doenças (CCD) Rosa Maria Dias Nakazaki Gerente da Vigilância em Saúde Ambiental (GVISAM) Vera Lucia Anacleto Cardoso Allegro Elaboração COVISA CCD - COVISA Vigilância Epidemiológica de DST/aids Alessandra Cristina Guedes Pellini Amália Vaquero Cervantes Uttempergher Ana Hiroco Hiraoka Beatriz Barrella Doris Sztutman Bergmann Regina Aparecida Chiarini Zanetta Programa Municipal de Hepatites Virais Célia Regina Cicolo da Silva Clóvis Prandina Helena Aparecida Barbosa Inês Kazue Koizumi Jussara Mello Soares Maria Eunice Rebello Pinho Olga Ribas Paiva Programa Municipal de Tuberculose Naomi Kawaoka Komatsu Regina Rocha Gomes de Lemos Sumie Matai de Figueiredo GVISAM - COVISA Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico Claudia de Oliveira e Silva Luiz Martins Junior Maristela Maule Regina Maria Pinter da Silva Núcleo de Informação - COVISA José Olímpio Moura de Albuquerque Márcia Costa Dobrowisch Márcia Regina Buzzar Mari Oda Marcus Ney Pinheiro Machado Renato Passalacqua
2
Programa Municipal DST/aids Setor de Informação Maria Lúcia Rocha de Mello Maria Elisabeth de Barros Reis Lopes Douglas da Silva Maria Setor de Comunicação Luciana Oliveira Pinto de Abreu Roberto Ramolo Colaboração CCD-COVISA Ana Maria Bara Bresolin Neli Gomes de Brito Fonseca Roberta Andréa de Oliveira Programa de Aprimoramento de Informação em Mortalidade – PRO-AIM Edmea Costa Pereira Iracema Ester do Nascimento Castro Josá Augusto Pousa Bátina Maria Rosana Issberner Panachão Mauro Taniguchi Coordenação de Epidemiologia e Informação - CEInfo/ Gerência de Geoprocessamento e Informações Socioambientais - GISA. Ciliane Matilde Sollitto Karla Reis Cardoso de Mello Maria Cristina Haddad Martins
Boletim Epidemiológico
de
Aids
HIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo Ano XV - No 14 - Junho 2011
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
01 02 03 04 05 06 07 08 4
AIDS
PÁG. 17
HIV
PÁG. 37
TRANSMISSÃO VERTICAL
PÁG. 42
Hepatites B e C
PÁG. 67
Vigilância Epidemiológica de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis
PÁG. 83
Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material BiológicO
PÁG. 85
COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV
PÁG. 93
Outras Fontes de Vigilância
PÁG. 107
01
AIDS
PÁG. 17
Tabela 1. Total de casos de aids notificados e coeficiente de incidência*, segundo sexo e ano de diagnóstico, com
19
razão de sexo. Município de São Paulo, 1980-2011**. Tabela 2. Casos de aids (Nº e %) , segundo faixa etária, sexo e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*.
20
Figura 1. Mapa de Coeficiente de Incidência de aids, segundo Distrito Administrativo de residência. Município de São
21
Paulo, 2010. Tabela 3. Casos de aids (Nº e CI*) , segundo faixa etária, sexo e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 2001-2010**.
22
Tabela 4. Casos de aids (Nº e %) , segundo raça/cor, sexo e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*.
23
Tabela 5. Casos de aids (Nº e %) em indivíduos com 19 anos de idade ou mais, segundo escolaridade e época do
24
diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*. Tabela 6. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo masculino, segundo categoria de exposição
25
hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011***. Tabela 7. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino, segundo categoria de exposição
26
hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011***. Tabela 8. Casos de aids (Nº e %) em menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição hierarquizada e
26
época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1984-2011*. Tabela 9. Número de casos de aids diagnosticados em menores de 13 anos e notificados no SINAN NET, segundo faixa
27
etária e época de diagnóstico. Município de São Paulo, 1990 a 2010*. Tabela 10. Casos de aids em crianças (Nº e %) notificados no SINAN NET, segundo época de diagnóstico e tempo
27
decorrido entre o diagnóstico e a notificação. Município de São Paulo, 1991 a 2010*. Tabela 11. Casos de aids (Nº e %), segundo Coordenadoria de Saúde, Supervisão de Saúde de residência e agrupamento
28
de anos do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2010*. Tabela 12. Casos de aids (Nº e %) por categoria de exposição, segundo Coordenadoria de Saúde e Supervisão de
29
Saúde de residência. Município de São Paulo, 1980-2011*. Tabela 13. Casos de óbitos por aids (Nº e CM**), por ano de ocorrência e sexo. Município de São Paulo, 1981 a 2011*.
30
Tabela 14. Principais causas de morte, em ambos os sexos, nos anos de 1996, 2009 e 2010. Município de São Paulo*.
31
Tabela 15. Principais causas de morte, segundo sexo, nos anos de 1996, 2009 e 2010. Município de São Paulo*.
32
Tabela 16. Posição da aids entre os óbitos gerais de residentes no município, segundo lista condensada de causas de
33
morte, por faixa etária e sexo. Município de São Paulo, 1996, 2002 e 2010*.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO Tabela 17. Principais causas de morte de residentes no município, segundo lista condensada da CID10 (Nº e %), faixa
34
etária e sexo. Município de São Paulo, 2010*. Tabela 18. Óbitos por aids (Nº e %) em residentes no município, segundo raça/cor e ano do óbito. Município de São
35
Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 19. Óbitos por aids, total de óbitos e mortalidade proporcional, segundo raça/cor. Município de São Paulo, 2010*.
35
Figura 2. Taxa bruta de mortalidade por aids, por Distrito Administrativo de residência, nos anos 1996, 2002 e 2010.
36
Município de São Paulo*.
02
HIV
PÁG. 37
Tabela 1. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo e ano de diagnóstico.
38
Município de São Paulo, 1982-2011*. Tabela 2. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, do sexo masculino, segundo ano de
39
diagnóstico e Supervisão Técnica de Saúde de residência. Município de São Paulo, 1982-2011*. Tabela 3. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, do sexo feminino, ano de diagnóstico
40
e Supervisão Técnica de Saúde de residência. Município de São Paulo, 1982-2011*. Tabela 4. Casos (Nº e %) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo tipo de unidade notifi-
41
cadora. Município de São Paulo, 1982-2011*. 41
Tabela 5. Casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo, razão de sexo e unidade notificadora. Município de São Paulo, 1982-2011*.
42
Tabela 6. Número de casos diagnosticados de HIV em menores de 13 anos e notificados no SINAN NET, segundo faixa etária e época de diagnóstico. Município de São Paulo, 1990 a 2010*.
03
TRANSMISSÃO VERTICAL
PÁG. 42
3. 1. Transmissão vertical do HIV
44
3.1.1. GESTANTE
44
Tabela 1. Número de casos notificados de gestantes HIV, segundo ano de notificação. Município de São Paulo,
45
2000 a 2011*. Gráfico 1. Distribuição percentual das notificações de gestantes HIV, segundo o momento da evidência laboratorial do HIV. Município de São Paulo, 2000 a 2011*.
6
45
Tabela 2. Gestantes infectadas pelo HIV notificadas, segundo atributos da gestação, por ano da notificação. Mu-
46
nicípio de São Paulo, 2007 a 2011*. Tabela 3. Gestantes infectadas pelo HIV notificadas, segundo atributos da gestação, do parto e da criança, por ano
47
do parto. Município de São Paulo, 2007 a 2011*. 3.1.2. CRIANÇA exposta
48
Gráfico 2. Distribuição percentual dos casos de crianças expostas notificadas, segundo a classificação atual e o ano
48
de nascimento. Município de São Paulo, 2000 a 2009*. Tabela 4. Casos (N e %) de crianças expostas notificados, segundo ano de nascimento e classificação atual do encer-
48
ramento. Município de São Paulo, 2000 a 2011*. Tabela 5. Casos (N e %) de crianças expostas nascidas até 2009, notificados no período de janeiro de 2007 a junho
49
de 2011*, segundo ano de nascimento e medida de prevenção preconizada, em residentes no município de São Paulo. Gráfico 3. Distribuição percentual de crianças expostas, segundo a classificação atual e a Coordenadoria de residên-
49
cia. Município de São Paulo, 2007 a 2009*. Gráfico 4. Porcentagem de casos encerrados como infectados, porcentagem de óbitos e taxa de transmissão vertical
50
em crianças notificadas entre janeiro de 2007 e junho de 2011, nascidas até 2009, segundo Coordenadoria de Saúde. Município de São Paulo*. Tabela 6. Casos (N e %) notificados no período de janeiro de 2007 a junho de 2011*, de crianças expostas,
50
nascidas até 2009, segundo classificação do caso e Coordenadoria de residência. Município de São Paulo. Tabela 7. Número, porcentagem e risco relativo de medidas profiláticas preconizadas em crianças expostas nascidas
51
até 2009, notificadas entre janeiro de 2007 e junho de 2011*. Município de São Paulo. Tabela 8. Casos notificados de aids em menores de 5 anos, segundo ano de diagnóstico e coeficiente de incidência.
51
Município de São Paulo, 2000 a 2008*. 3. 2. Transmissão vertical dA SÍFILIS
53
3.2.1. GESTANTE
53
Gráfico 1. Número de gestantes notificadas com sífilis, segundo Coordenadoria de Saúde e ano de notificação.
53
Município de São Paulo, 2007 a 2010*. Tabela 1. Casos de gestantes com sífilis, ano de notificação, Coordenadoria de de Saúde e respectivas Supervisões
54
de Vigilância em Saúde. Município de São Paulo, 2007 a 2011*. Tabela 2. Casos de gestantes com sífilis, segundo características dos casos e ano de notificação. Município de São
57
Paulo, 2007 a 2011*. Tabela 3. Casos de gestantes com sífilis, segundo características do pré-natal e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2011*.
58
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO Tabela 4. Tratamento das gestantes com sífilis, segundo a classificação clínica da doença. Município de São Paulo,
58
2007 a 2011*. 59
Tabela 5. Casos de gestantes com sífilis, segundo tratamento dos parceiros e ano de notificação. Município de São Paulo, 2008 a 2011*. 3.2.2. SÍFILIS CONGÊNITA
60
Gráfico 1. Coeficiente de incidência de sífilis congênita, segundo Coordenadorias Regionais de Saúde de residência.
61
Município de São Paulo, 2003 a 2010*. 61
Tabela 1. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência por 1000 nascidos vivos), segundo Coordenadorias Regionais de Saúde e respectivas Supervisões de Vigilância em Saúde de residência e ano de nascimento. Município de São Paulo, 1998 a 2003 e 2004 a 2011*.
62 Gráfico 2. Distribuição de casos notificados de sífilis congênita, segundo os grupos de unidades de saúde e ano de notificação, residentes no município de São Paulo, 2007 a 2010*. 64 Tabela 2. Casos notificados de sífilis congênita, segundo caracteristicas da mãe e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2003 a 2011*. 65 Tabela 3. Casos notificados de sífilis congênita, segundo ano de nascimento e esquema de tratamento das mães com sífilis e dos parceiros, durante o pré-natal. Município de São Paulo, 2003 a 2011*.
66
Tabela 4. Casos notificados de sífilis congênita, segundo caracteristicas da criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2003 a 2011*.
04
Hepatites B e C
PÁG. 67
Figura 1. Marcadores sorológicos de triagem para as hepatites B e C.
68
Gráfico 1. Porcentagem de casos de hepatite B e C notificados, segundo Coordenadoria Regional de Saúde de
69
notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Tabela 1. Número e porcentagem de notificações de hepatites B e C, segundo tipo de serviço. Município de São Paulo,
69
2007 a 2010. Gráfico 2. Porcentagem de notificações de hepatites virais, segundo tipo de serviço notificador. Município de São
70
Paulo, 2007 a 2010. Epidemiologia das Hepatites B e C
70
Tabela 2. Número de casos notificados com marcadores para os Vírus da Hepatite B ou C, segundo ano de notificação.
70
Município de São Paulo, 2000 a 2010.
8
Gráfico 3. Número de casos com marcadores para o VHB, segundo classificação final e ano da notificação. Município
71
de São Paulo, 2000 a 2010. Gráfico 4. Número de casos notificados de VHC, segundo classificação final e ano da notificação. Município de São
71
Paulo, 2000 a 2010. Hepatite B
72
Gráfico 5. Número de casos com marcadores para o VHB, segundo classificação final e faixa etária (na notificação, em
72
anos). Município de São Paulo, 2007 a 2010. Gráfico 6. Porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo classificação final e sexo. Município de São
72
Paulo, 2007 a 2010. Tabela 3. Distribuição dos casos de hepatite B, segundo raça/cor e classificação final. Município de São Paulo, 2007
73
a 2010. Tabela 4. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo a provável fonte/mecanismo de
73
transmissão. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Figura 2. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHB, segundo distrito administrativo e
74
Coordenadoria de Saúde de Saúde (CRS) de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Hepatite C
75
Gráfico 7. Número de casos com marcadores para o VHC, segundo faixa etária (idade na notificação em anos). Município
75
de São Paulo, 2007 a 2010. Gráfico 8. Porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo sexo. Município de São Paulo, 2007 a 2010.
76
Tabela 5. Distribuição dos casos de hepatite C, segundo raça/cor e marcador sorológico. Município de São Paulo,
76
2007 a 2010. Tabela 6. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo a provável fonte/mecanismo de
77
transmissão. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Figura 3. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHC, segundo distrito administrativo e
77
Coordenadoria Regional de Saúde de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Coinfecção Hepatites B/C e HIV
78
Tabela 1. Número e porcentagem de casos de hepatite B ou C, segundo informação de presença de coinfecção com
78
o HIV/Aids na notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Perfil epidemiológico dos casos de hepatite B com coinfecção com o HIV
78
Gráfico 1. Distribuição percentual dos casos com marcadores para o VHB e informação de presença de coinfecção com
78
HIV/Aids, segundo sexo. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Gráfico 2. Número de casos com marcadores para o VHB e informação de presença de coinfecção com o HIV/Aids, segundo faixa etária (em anos). Município de São Paulo, 2007 a 2010.
79
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO Tabela 2. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHB e HIV, segundo a provável fonte/mecanismo
79
de transmissão. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Figura 1. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHB e informação de presença de
80
coinfecção com o HIV, segundo Distrito Administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Perfil epidemiológico dos casos de hepatite C com coinfecção com o HIV
80
Gráfico 3. Porcentagem de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/Aids,
81
segundo sexo. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Gráfico 4. Número de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/Aids,
81
segundo faixa etária (em anos). Município de São Paulo, 2007 a 2010. Tabela 3. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com
82
HIV/Aids, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Figura 2. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHC e informação de presença de
82
coinfecção com HIV/Aids, segundo Distrito Administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2010.
05 06
Vigilância Epidemiológica de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis
PÁG. 83
Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material BiológicO PÁG. 85
Gráfico 1. Acidentes de trabalho com exposição a material biológico, em números absolutos, por ano da notificação,
86
segundo o sistema de notificação SINABIO e SINAN. Município de São Paulo, 2000 a 2010*. Tabela 1. Número e porcentagem de notificações de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segun-
87
do ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 2. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo
87
principais unidades notificadoras. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 3. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo
88
faixa etária do acidentado. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 4. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo
88
ocupação do acidentado. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 5. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo circunstâncias do acidente. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. 10
89
Tabela 6. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo o tipo de
89
exposição. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 7. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo situação
90
vacinal para hepatite B. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tabela 8. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo ano de ocorrên-
90
cia e evolução do caso. Município de São Paulo, 2006 a 2010*.
07
COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV
PÁG. 93
Introdução
94
Situação Epidemiológica da coinfecção TB/HIV.
94
Gráfico 1. Coinfecção TB/HIV: Total e casos novos de TB. Município de São Paulo, 1999 a 2010.
94
Figura 1. Distribuição de taxas de coinfecção TB/HIV por Distrito Administrativo de residência. Município de São
95
Paulo, 2010. 96 Gráfico 2. Coinfecção TB/HIV por CRS de residência. Município de São Paulo, 2010. 96 Gráfico 3. Distribuição da taxa de coinfecção TB/HIV por faixa Etária. Município de São Paulo, 1999 a 2010. 97 Quadro 1. Casos novos de TB residentes e taxa de coinfecção. Município de São Paulo, 1999 – 2010. 98 Casos de TB e testagem anti HIV. 98 Gráfico 4. Casos novos com teste anti-HIV realizado e positividade das amostras. Município de São Paulo, 1999 a 2010.
98
Gráfico 5. Casos novos de TB, % coinfecção HIV e % com testagem por faixa etária. Município de São Paulo, 2010.
99
Resistência às drogas antituberculose (antiTB).
99
Resultados de tratamento de casos novos de TB.
99
Gráfico 6. Casos novos de TB/HIV: Taxas de cura, abandono e óbito por tipo de tratamento. Município de São Paulo,
100
2010. 100 Gráfico 7. Percentual de cura e óbito em pacientes resistentes soropositivos. Município de São Paulo, 2006 a 2009. 100 Óbitos de residentes com tuberculose e HIV. 101 Gráfico 8. Coeficientes de Mortalidade de TB e de aids com TB associada. Município de São Paulo, 2002 a 2010. 101 Gráfico 8a. Mortalidade causa básica TB por 100 mil habitantes. Município de São Paulo, 2010.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
102 Gráfico 8b. Mortalidade por causa básica Aids com TB associada/100 mil hab. Município de São Paulo, 2010. 102 Tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB – quimioprofilaxia para TB) Quadro2. Número de tratamentos ITLB iniciados na população em geral e nos casos HIV positivos, por ano de início de tratamento. Município de São Paulo, 2008 a 2010. Quadro 3. Distribuição de casos de tuberculose com coinfecção HIV e HIV(-) por forma clínica. Tipo de descoberta dos casos novos bacilíferos. Total de Pulmonares HIV(+) (novos, recidivas, e retratamentos pós abandono e pós falência) e cultura de escarro realizada. Município de São Paulo, 1999 a 2010. Quadro 4. Casos novos HIV(+) e HIV(-): Cobertura de TDO e Resultados por tipo de tratamento. Município de São Paulo, 1999 a 2010.
08
PÁG. 107 Outras Fontes de Vigilância
Sistema de Vigilância em Serviço (VIGSERV)
Tabela 1. Número e porcentagem de matrículas, segundo diagnóstico principal e ano de matrícula nas unidades da
109
Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011***. Gráfico 1. Número de matrículas, segundo o diagnóstico principal e ano de matrícula nas unidades da Rede Municipal
109
Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 2. Número e distribuição percentual de casos matriculados, segundo faixa etária e sexo, Rede Municipal Espe-
110
cializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 3. Número e distribuição percentual de casos matriculados, segundo diagnóstico principal e sexo, Rede Muni-
110
cipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 4. Número e distribuição percentual de casos matriculados, segundo unidade de atendimento e sexo, Rede
111
Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 5. Número e distribuição percentual de casos matriculados, segundo ano de matrícula e situação atual, Rede
112
Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Gráfico 2. Distribuição percentual dos casos matriculados, segundo a situação atual, Rede Municipal Especializada em
112
DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 6. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento, segundo faixa etária por ocasião da matrícula
113
e sexo, Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 7. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento, segundo raça/cor e sexo, Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*.
12
113
Tabela 8. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento, segundo unidade de atendimento e sexo,
114
Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 9. Número e porcentagem de usuários em seguimento, segundo diagnóstico principal e unidade de atendi-
114
mento, Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 10. Matriculados menores de 13 anos, segundo o diagnóstico principal, Rede Municipal Especializada em DST/
115
aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011****. Tabela 11. Situação atual dos matriculados menores de 13 anos na Rede Municipal Especializada em DST/aids. Muni-
116
cípio de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 12. Número e porcentagem de crianças em seguimento, segundo diagnóstico principal e unidade de segui-
116
mento, RME em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Gráfico 3. Distribuição percentual de casos em seguimento, segundo diagnóstico principal, Rede Municipal Especiali-
117
zada em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Tabela 12. Número e porcentagem de casos em seguimento, segundo diagnóstico principal e ano de matrícula, RME
117
em DST/aids. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Estatísticas de Sorologias Gráfico1. Total de testes realizados para o HIV, pelo método de Elisa e Teste Rápido Diagnóstico** (TRD), na Rede Mu-
119
nicipal Especializada eem DST/aids e total de positivos, segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. Gráfico 2. Total de testes realizados para o diagnóstico da Sífilis, na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total
120
de positivos, segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. Gráfico 3. Total de testes realizados para Hepatite B na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos,
120
segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. Gráfico 4. Total de testes realizados para Hepatite C na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos,
121
segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. Tabela 1. Total de testes realizados, segundo sexo, faixa etária e tipo de teste diagnóstico, Rede Municipal Especiali-
122
zada em DST/aids. Município de São Paulo, 2010*. Tabela 2. Total de testes positivos, segundo sexo, faixa etária e tipo de teste diagnóstico, Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 2010*.
122
Editorial
O 14º Boletim Epidemiológico de AIDS/HIV, DST e Hepatite B e C do município de São Paulo apresenta os dados oficiais desses agravos e a análise de aspectos do comportamento epidemiológico elaborados pelos técnicos envolvidos com a vigilância epidemiológica e com os programas de controle. Nesta edição não serão apresentados dados relativos a outras Doenças Sexualmente Transmitidas em virtude de mudanças na proposta de vigilância de agravos como sífilis adquirida, corrimento uretral, verruga ano-genital e outras. As modificações ocorridas, nos últimos anos, no quadro epidemiológico da aids como, por exemplo, o aumento do período de latência da infecção pelo HIV, devido ao uso dos antirretrovirais, tornam necessários novos instrumentos de monitoramento que possibilitem a avaliação das ações desenvolvidas e mostrem os caminhos que a epidemia poderá seguir. Neste sentido, é necessária a proposição de um sistema de vigilância que supra a necessidade de informação sistemática e que mostre precocemente as mudanças de comportamento da população, permitindo avaliar o alcance das metas dos programas em execução. A distribuição por gênero na faixa etária de 13 a 19 anos, no município de São Paulo, mostra uma diferença de padrão em relação ao observado tanto no nível estadual quanto no federal, ou seja, o Coeficiente de Incidência de Aids no sexo feminino é inferior, quando comparado ao sexo masculino, em toda a série histórica analisada. O aprofundamento dessa análise poderá ajudar a redirecionar as abordagens preventivas para esse contingente populacional no início da atividade sexual. A análise do perfil epidemiológico dos casos de transmissão vertical da sífilis e do HIV, bem como das gestantes, contribui para o direcionamento de ações que possam colaborar para o alcance da meta de eliminação desses agravos. A compreensão do significado do aumento do número de casos após 2006, a dificuldade na obtenção de dados pelos sistemas de informação e o compromisso assumido pelo município relativo à eliminação da sífilis congênita até 2015 evidenciam a necessidade de aprofundamento da investigação dos casos. Os comitês regionais de investigação dos agravos de transmissão vertical, criados no final de 2010 em cada uma das Coordenadorias Regionais de Saúde, iniciaram suas atividades com a investigação dos casos de Sífilis Congênita notificados a partir de 1º de janeiro de 2011, e já começam a dar respostas a essas questões por meio do conhecimento de cada caso, abordando a história, desde o pré-natal até o parto, visando a identificação de eventuais oportunidades perdidas ou de definição de estratégias específicas para grupos de vulnerabilidades especiais.
No ano de 2011, os acidentes de trabalho com exposição a material biológico passaram a ser gerenciados pela Saúde do Trabalhador da GVISAM – Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, em parceria com o Programa Municipal de DST/Aids. Esta estratégia tem como objetivo alcançar maior cobertura e intervenção no conjunto dos acidentes de trabalho, junto aos serviços. Quanto ao adoecimento por tuberculose (TB), observa-se que o risco é 20 a 37 vezes maior em pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) do que entre aqueles que não têm o vírus HIV. A TB é responsável por mais de um quarto das mortes em pessoas que vivem com o HIV/Aids. Considerando as recomendações da OMS, o risco mais elevado de abandono de tratamento e o surgimento de resistência às drogas anti-TB entre os pacientes TB/HIV, tanto o Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais quanto o Programa Nacional de Controle da Tuberculose têm indicado o tratamento diretamente observado como estratégia para o alcance da cura destes pacientes. A distribuição dos casos de hepatite segundo faixa etária denota que o aumento do número de casos com atividade da doença e daqueles com cicatriz sorológica inicia-se a partir de 20 anos para a Hepatite B, e a partir de 30 anos para a Hepatite C. A coinfecção de hepatite B e C com HIV representa menos de 15% do total das notificações de hepatites, no entanto, tem relevância em função da evolução mais rápida da hepatite nestes indivíduos. Também chama a atenção a magnitude da transmissão sexual na coinfecção com a hepatite C. Este município tem priorizado a organização dos serviços, de modo que a identificação precoce das comorbidades, assim como a intensificação de medidas tais como a vacinação de Hepatite B na infância e adolescência sejam disponibilizadas com efetividade. O Boletim, por meio da análise dos dados epidemiológicos, torna visíveis as ações realizadas ao longo dos anos, avança nas discussões sobre as necessidades de novos desafios e reafirma as ações já realizadas como importantes medidas de boas práticas. Assim, ampliar o acesso ao diagnóstico, aos insumos de prevenção, e às estratégias inovadoras de prevenção e de adesão ao tratamento, além da ampliação e do aprimoramento da vigilância epidemiológica, constituem os direcionamentos das políticas de saúde inseridas no âmbito do SUS, do Programa de DST/Aids do Município de São Paulo e da Coordenação de Vigilância em Saúde - COVISA.
SMS-PMSP
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
16
AIDS
01
AIDS
17
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
A sistematização para a limpeza do banco de notificações de HIV/aids no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e a produção do Boletim Epidemiológico sofreram algumas alterações para melhor qualificar as informações, desde a última edição. - Com as notificações inseridas no SINAN NET até 30 de junho de 2011, constituiu-se um banco para a coleta das informações até 31 de dezembro de 2010. Isto possibilitou a inserção de novas notificações até o meio do ano, referentes aos casos diagnosticados até o final de 2010. - Houve alteração na diretriz para a retirada de duplicidades: a notificação mais antiga será mantida, adequando-se a data de diagnóstico. - Identificação de subnotificações pelo relacionamento de bases de dados: • Foi realizado um relacionamento entre o banco de pacientes provenientes de consultórios particulares que retiram antirretrovirais no Centro de Referência e Treinamento em DST/aids (CRT) e os casos notificados no SINAN. A partir da identificação de indivíduos que retiravam medicamentos, mas não estavam notificados (231 casos), foi encaminhada a solicitação para que os médicos prescritores realizassem esta notificação. Com as respostas dos médicos assistentes, conseguiu-se notificar 100 casos adicionais, correspondendo a 43,3% dos casos detectados por este meio. • Relacionamento do banco do SISCEL (Sistema de Controle de Exames Laboratoriais), que contém os resultados de CD4 e cargas virais, com o banco do SINAN, que levou ao acréscimo de casos não notificados a partir da identificação de exames com células T CD4 inferiores a 350 células/mm³. • A inclusão, no SINAN, de casos que apresentam citação de HIV, aids ou termos similares na declaração de óbito, ou a inclusão da evolução “óbito” nas notificações já realizadas, complementou o banco de dados e melhorou a qualidade das informações. • Entre os anos de 2007 e 2010, ocorreram 4.117 óbitos por HIV/aids no Município de São Paulo. Analisando o Banco de dados de aids nesse período, observou-se que 997 (22%) casos de óbitos não haviam sido notificados no SINAN. Após a solicitação para que as SUVIS (Supervisão de Vigilância em Saúde) fizessem a notificação desses casos, constatou-se que 888 (89%) foram incluídos no sistema de informação. • Nesse mesmo período, foram encontrados 2.980 óbitos que estavam notificados no banco de dados de aids (SINAN), porém, 2.538 (81%) notificações não apresentavam a data do óbito. Após a investigação desses casos, 99,3% tiveram essa variável preenchida.
As notificações de acidentes de trabalho com exposição a material biológico foram incorporadas à Vigilância Epidemiológica da Saúde do Trabalhador, que faz parte da Gerência de Vigilância Ambiental. Procurando desenvolver sempre novas estratégias para o aprimoramento dos bancos de notificações, a análise destes dados torna-se cada vez mais fidedigna e serve como referência para o estabelecimento de metas, visando a prevenção e a atenção às pessoas vivendo com HIV/aids. A Tabela 1 apresenta o número de notificações de aids e os coeficientes de incidência, segundo o sexo e a razão de sexo.
18
AIDS
Tabela 1. Total de casos de aids notificados e coeficiente de incidência*, segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo. Município de São Paulo, 1980-2011**.
Sexo Ano de diagnóstico
1980
TOTAL
Masculino
Razão de sexo
Feminino
nº de casos
Coeficiente
nº de casos
Coeficiente
nº de casos
Coeficiente
de incidência
de incidência
de incidência
2
-
0
-
2
-
M/F
-
1981
1
-
0
-
1
-
-
1982
3
0,1
0
-
3
-
-
1983
23
0,5
2
-
25
0,3
12/1
1984
69
1,6
3
0,1
72
0,8
23/1
1985
260
5,9
10
0,2
270
3,0
26/1
1986
395
8,9
18
0,4
413
4,5
22/1
1987
808
18,1
73
1,5
881
9,6
11/1
1988
1282
28,4
152
3,2
1434
15,4
8/1
1989
1645
36,1
233
4,8
1878
20,0
7/1
1990
2372
51,6
370
7,5
2742
28,8
6/1
1991
2718
58,6
521
10,5
3239
33,7
5/1
1992
3107
66,5
725
14,4
3832
39,5
4/1
1993
3032
64,5
853
16,8
3885
39,7
4/1
1994
3111
65,6
876
17,1
3987
40,4
4/1
1995
3055
64,0
1058
20,4
4113
41,3
3/1
1996
3228
67,1
1243
23,8
4471
44,5
3/1
1997
3150
65,0
1473
27,9
4623
45,6
2/1
1998
3219
65,8
1609
30,1
4828
47,2
2/1
1999
2839
57,6
1453
26,9
4292
41,5
2/1
2000
2473
49,8
1241
22,7
3714
35,6
2/1
2001
2398
48,0
1269
23,1
3667
35,0
2/1
2002
2273
45,2
1263
22,9
3536
33,5
2/1
2003
2242
44,3
1161
20,9
3403
32,1
2/1
2004
1830
36,0
924
16,5
2754
25,8
2/1
2005
1828
35,7
1047
18,6
2875
26,8
2/1
2006
1830
35,6
1006
17,8
2836
26,3
2/1
2007
1706
33,1
836
14,7
2542
23,5
2/1
2008
1685
32,3
813
14,2
2498
22,8
2/1
2009
1709
32,6
774
13,5
2483
22,6
2/1
2010
1499
28,4
661
11,4
2160
19,5
2/1
471
8,8
197
3,3
668
5,9
2/1
56263
21864
78127
2011 TOTAL
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Número de casos diagnosticados no ano para cada 100.000 hab. ** Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
Com a introdução do tratamento antirretroviral (TARV) de alta potência, em 1996, os indivíduos infectados pelo HIV em tratamento passaram a ter cargas virais mais baixas, com consequente redução da transmissão do HIV. Pode-se destacar o fato do coeficiente de incidência começar a cair já no ano de 1997 para o sexo masculino porém, só diminuir 3 anos mais tarde para o sexo feminino (Tabela 1). A redução no coeficiente de incidência no sexo masculino se deu mais acentuadamente entre os anos de 1999 e 2003, sendo seguida por uma diminuição da velocidade desta queda, a partir de 2004.
19
599
126
60 a 69
70 e +
0,3
1,6
78
236
29
70 e +
12
6
60
206 0,3
2,6
9,1
542 23,8
1,2
2,2
0,2
1,0
1,0
15
56
175 0,7
2,5
7,8
598 26,7
939 41,9
382 17,0
0,2
1,9
5,4
2,0
5,3
0,3
1,2
3,8
0,1
6
20
86
0,5
1,6
6,8
250 19,7
480 37,8
334 26,3
26
67
4
15
48
2398
2
1,7
4,2
0,2
1,3
2,6
-
7
26
75 0,6
2,1
5,9
262 20,7
483 38,2
336 26,6
21
53
3
17
33
2273
0
1,4
5,2
0,4
1,6
3,1
-
4
26
89 0,3
2,2
7,7
251 21,6
420 36,2
295 25,4
16
60
5
19
36
2242
0
0,1
0
1269
-
0
1263
-
0 1161
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
TOTAL 12110
Ignorada
0,7
2,1
7,2
995 43,8
27
50
4
23
23
%
2003 nº
1,3
1,3
0,2
0,4
0,7
14
43 0,8
2,3
183 10,0
473 25,8
750 41,0
319 17,4
24
23
3
7
13
%
2004 nº
0,6
1,4
0,3
0,2
0,8
12
35
181 0,7
1,9
9,9
519 28,4
726 39,7
318 17,4
11
25
6
4
15
%
2005 nº
0,8
1,5
0,1
0,5
0,8
11
53 0,6
2,9
196 10,7
503 27,5
704 38,5
321 17,5
15
27
2
10
15
%
2006 nº
0,8
1,5
0,4
0,4
0,7
15
44
167 0,9
2,6
9,8
493 28,9
640 37,5
308 18,1
13
26
7
7
12
%
2007 nº
1,4
1,1
0,2
0,2
0,6
11
37 0,7
2,2
196 11,6
473 28,1
587 34,8
340 20,2
23
18
4
4
10
%
2008 nº
1,3
0,8
0,2
0,1
0,5
10
56
0,6
3,3
180 10,5
453 26,5
600 35,1
375 21,9
22
13
3
1
9
%
2009 nº
0,9
0,7
0,1
0,1
0,5
9
46
0,6
3,1
197 13,1
406 27,1
474 31,6
342 22,8
14
11
2
2
7
%
2010 nº
1,7
1,5
0,2
0,4
0,8
4
11
45
0,8
2,3
9,6
120 25,5
178 37,8
98 20,8
8
7
1
2
4
%
2011 nº
1,7
3,8
0,6
1,8
1,3
0,1
3
20
85 0,3
2,2
9,2
210 22,7
352 38,1
203 22,0
16
35
6
17
12
1830
1
2,2
2,1
0,3
0,8
1,1
0,1
8
20
98
0,8
1,9
9,4
266 25,4
387 37,0
223 21,3
23
22
3
8
11
1828
1
1,8
2,4
0,7
0,6
1,1
-
3
41
93
0,3
4,1
9,2
288 28,6
363 36,1
176 17,5
18
24
7
6
11
1830
0
1,4
1,7
0,4
0,7
0,6
-
6
28
0,7
3,3
102 12,2
211 25,2
301 36,0
162 19,4
12
14
3
6
5
1706
0
1,6
1,5
0,4
0,4
0,7
-
7
27
0,9
3,3
89 10,9
210 25,8
296 36,4
159 19,6
13
12
3
3
6
1685
0
1,2
2,1
0,6
0,4
1,0
-
8
28
1,0
3,6
106 13,7
214 27,6
266 34,4
127 16,4
9
16
5
3
8
1709
0
2,3
2,1
0,2
0,9
1,1
-
6
22
0,9
3,3
104 15,7
164 24,8
218 33,0
118 17,9
15
14
1
6
7
1499
0
1,5
0,5
-
-
0,5
-
1
14
0,5
7,1
35 17,8
56 28,4
63 32,0
24 12,2
3
1
0
0
1
471
0
-
924
0
-
1047
0
-
1006
0
-
836
0
-
813
0
-
774
0
-
661
0
-
197
0
-
11284 93,2 1202 94,7 1210 95,8 1101 94,8 889 96,2 1025 97,9 982 97,6 822 98,3 801 98,5 758 97,9 647 97,9 196 99,5
657
60 a 69
1882 15,5
50 a 59
4279 35,3
40 a 49
2,1
30 a 39
257
3944 32,6
13 a 19
6,7
0,2
0,9
5,6
0,2
20 a 29
23
814
Criança
110
5 a 9
10 a 12
681
0 a 4
Adulto
16
51
173
579 24,1
1,0
1,8
0,2
0,4
1,2
399 17,6
23
42
5
10
27
%
2002
nº
Ano de diagnóstico
36389 97,7 2340 97,6 2231 98,2 2192 97,8 1806 98,7 1802 98,6 1803 98,5 1680 98,5 1667 98,9 1696 99,2 1488 99,3 464 98,5
TOTAL 37263
Ignorada
Adulto
2033
50 a 59
5,5
7079 19,0
40 a 49
475 19,8
1,4
2,3
15815 42,4 1012 42,2
34
56
-
0,7
1,6
10106 27,1
1,7
2,1
1
17
38
%
2001
nº
30 a 39
631
13 a 19
0,1
0,3
1,7
%
20 a 29
796
Criança
101
5 a 9
43
652
0 a 4
10 a 12
nº
1980 - 2000
Sexo etária
Masculino
Feminino
20
Faixa
Tabela 2. Casos de aids (Nº e %), segundo faixa etária, sexo e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*.
21864
12
20721
87
494
1584
4208
7845
6077
426
1131
63
210
858
56263
82
55094
245
1080
3887
12118
23242
13685
837
1087
80
186
821
nº
TOTAL
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
AIDS
Figura 1. Mapa de Coeficiente de Incidência de aids, segundo Distrito Administrativo de residência. Município de São Paulo, 2010.
2010
AIDS:
.0 --| 10.0 0 10.1 --| 16.9 17.0 --| 28.1 28.2 --| 50.4 50.5 --| 79.1
21
Masculino
38
27
23
13
15
15
12
10
9
7
48
33
36
12
11
11
5
6
8
7
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
ci
2,0
2,1
1,5
1,2
2,4
2,4
2,7
8,1
7,5
11,0
1,9
2,3
2,4
2,8
3,2
3,2
2,8
5,0
5,9
8,5
0 a 4a
nº
6
3
3
6
6
8
17
19
17
15
2
1
4
7
10
4
7
23
10
17
1,6
0,7
0,7
1,4
1,4
1,9
4,0
4,5
4,1
3,7
0,5
0,2
0,9
1,5
2,3
0,9
1,6
5,4
2,3
4,0
ci
5 a 9a
nº
1
5
3
3
7
3
6
5
3
4
2
3
4
7
2
6
3
4
5
1
0,4
2,0
1,2
1,2
2,6
1,1
2,2
1,9
1,1
1,5
0,8
1,2
1,6
2,8
0,7
2,2
1,1
1,5
1,9
0,4
ci
10 a 12 nº
15
9
13
12
18
23
16
16
21
26
14
22
23
13
15
11
24
27
23
34
2,5
1,5
2,2
2,0
2,5
3,2
2,3
2,3
3,0
3,8
2,4
3,8
3,9
2,2
2,1
1,6
3,5
4,0
3,4
5,1
ci
13 a 19 nº
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA *Coeficiente de incidência (Número de casos diagnosticados no ano a cada 100.000 hab). ** Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
Feminino
22
Sexo Ano de diagnóstico
118
127
159
162
176
223
203
295
336
334
342
375
340
308
321
318
319
382
399
475
nº
11,2
12,5
15,4
15,2
16,4
21,0
19,4
28,4
32,6
32,7
33,9
39,3
35,2
31,1
31,9
31,8
32,5
39,1
41,2
49,5
ci
20 a 29 ci
218
266
296
301
363
387
352
420
483
480
474
600
587
640
704
726
750
21,9
27,3
30,9
31,5
38,7
41,6
38,5
46,2
53,6
53,7
52,4
68,4
67,8
73,9
82,1
85,4
89,6
939 113,0
995 120,6
1012 123,9
nº
30 a 39
Faixa etária
164
214
210
211
288
266
210
251
262
250
406
453
473
493
503
519
473
598
542
579
nº
19,8
26,6
26,3
26,1
37,6
35,0
28,1
33,8
35,6
34,3
55,8
65,6
69,0
71,3
76,0
79,0
73,2
93,2
85,1
91,8
ci
40 a 49a
Tabela 3. Casos de aids (Nº e CI*), segundo faixa etária, sexo e ano do diagnóstico. Município de São Paulo, 2001-2010**.
104
106
89
102
93
98
85
89
75
86
197
180
196
167
196
181
183
175
206
173
nº
15,5
16,7
14,4
16,7
18,9
20,1
17,7
18,7
15,8
18,3
36,1
35,6
39,7
34,1
47,7
44,4
45,7
44,0
52,1
44,2
ci
50 a 59a
22
28
27
28
41
20
20
26
26
20
46
56
37
44
53
35
43
56
60
51
nº
5,3
7,1
7,2
7,6
12,6
6,2
6,3
8,3
8,3
6,5
14,8
19,4
13,3
16,1
21,6
14,4
18,0
23,6
25,4
21,8
ci
60 a 69a
6
8
7
6
3
8
3
4
7
6
9
10
11
15
11
12
14
15
6
16
ci
1,6
2,3
2,0
1,8
1,1
2,8
1,1
1,4
2,6
2,2
4,0
4,8
5,4
7,5
6,4
7,1
8,4
9,0
3,6
9,8
70a e + nº
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
AIDS
O coeficiente de incidência de aids entre os indivíduos maiores de 50 anos não apresentou aumento, até o momento, em residentes no município de São Paulo, diferentemente do que vem sendo descrito no âmbito nacional (Tabela 3). Houve uma queda acentuada no coeficiente de incidência nas faixas etárias de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos desde 2001, acompanhada de redução menos evidente entre as demais faixas.
Tabela 4. Casos de aids (Nº e %), segundo raça/cor, sexo e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*.
Feminino
Masculino
Sexo
Ano de
BRANCA
diagnóstico
nº
1980 - 2000
PRETA
PARDA
Raça/ cor AMARELA
INDIGENA %
IGNORADA nº
%
TOTAL
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
nº
2035
5,5
246
0,7
599
1,6
22
0,1
7
0,02 33883
92,1 36792
395
16,5
66
2,8
126
5,3
4
0,2
2
0,08
1805
75,3
2001
2398
2002
756
33,3
126
5,5
224
9,9
8
0,4
1
0,04
1158
50,9
2273
2003
1222
54,5
234
10,4
390
17,4
13
0,6
1
0,04
382
17,0
2242
2004
1043
57,0
211
11,5
359
19,6
17
0,9
1
0,05
199
10,9
1830
2005
1026
56,1
191
10,4
423
23,1
15
0,8
2
0,11
171
9,4
1828
2006
1059
57,9
204
11,1
390
21,3
12
0,7
5
0,27
160
8,7
1830
2007
977
57,3
191
11,2
412
24,2
17
1,0
4
0,23
105
6,2
1706
2008
949
56,3
195
11,6
428
25,4
13
0,8
0
0,00
100
5,9
1685
2009
953
55,8
181
10,6
483
28,3
9
0,5
4
0,23
79
4,6
1709
2010
791
52,8
168
11,2
447
29,8
14
0,9
2
0,13
77
5,1
1499
2011
255
54,1
58
12,3
139
29,5
7
1,5
0
-
12
2,5
471
Total
11461
20,4
2071
3,7
4420
7,9
151
0,3
29
0,1 38131
67,8 56263
0,03 12398
104,1 11913
1983 - 2000
999
8,4
199
1,7
415
3,5
10
0,1
3
2001
227
17,9
35
2,8
82
6,5
1
0,1
0
-
924
72,8
1269
2002
432
34,2
72
5,7
129
10,2
4
0,3
0
-
626
49,6
1263
2003
652
56,2
115
9,9
230
19,8
9
0,8
0
-
155
13,4
1161
2004
505
54,7
118
12,8
210
22,7
2
0,2
0
-
89
9,6
924
2005
524
50,0
147
14,0
285
27,2
6
0,6
4
0,38
81
7,7
1047
2006
539
53,6
106
10,5
275
27,3
4
0,4
1
0,10
81
8,1
1006
2007
404
48,3
116
13,9
256
30,6
3
0,4
2
0,24
55
6,6
836
2008
405
49,8
116
14,3
247
30,4
4
0,5
0
-
41
5,0
813
2009
390
50,4
95
12,3
264
34,1
5
0,6
1
0,13
19
2,5
774
2010
302
45,7
93
14,1
219
33,1
13
2,0
0
-
34
5,1
661
2011
89
45,2
31
15,7
69
35,0
2
1,0
0
-
6
3,0
197
Total
5468
25,0
1243
5,7
2681
12,3
63
0,3
11
0,1 14509
66,4 21864
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
A variável “raça/cor” teve melhora em seu preenchimento, levando à redução importante da porcentagem de casos com este item ignorado (Tabela 4). Vale lembrar que, apesar da recomendação de que este item seja preenchido a partir de auto-referência, ainda é encontrada uma discordância acima de 20% em registros duplicados do SINAN. Assim, faz-se necessário reforçar, nos serviços de saúde, a orientação de registrar a raça/cor referida pelo próprio indivíduo atendido. Mesmo com a redução dos casos com a raça/cor ignorada a partir de 2004, mantém-se o predomínio da categoria “brancos”, com tendência de aumento entre os “pardos” e “pretos”.
23
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 5. Casos de aids (Nº e %) em indivíduos com 19 anos de idade ou mais, segundo escolaridade e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011*.
Escolaridade (anos) Sexo Ano de Nenhuma 1 a 3 4 a 7 8 a 11 12 e + diagnóstico nº % nº % nº % nº % nº % 1980 - 2000
580
1,6
4028
2001
43
1,9
2002
53
2,4
2003
37
2004
30
2005 2006
Masculino
11,3 11263
31,6
5569
15,6
4378
439
18,9
586
25,2
517
22,3
287
13,0
586
26,4
496
22,4
1,7
204
9,4
557
25,6
581
1,7
166
9,3
436
24,3
536
28
1,6
144
8,0
481
26,8
38
2,1
125
7,0
422
23,5
Ignorado/ Em branco nº %
Total nº
12,3
9770
27,5 35588
221
9,5
517
22,3
2323
246
11,1
548
24,7
2216
26,7
268
12,3
527
24,2
2174
29,9
232
13,0
391
21,8
1791
498
27,7
259
14,4
386
21,5
1796
568
31,7
248
13,8
392
21,9
1793
2007
16
1,0
87
5,2
364
21,8
635
38,0
252
15,1
316
18,9
1670
2008
7
0,4
79
4,8
337
20,4
648
39,2
287
17,4
293
17,7
1651
2009
12
0,7
75
4,5
317
18,8
725
43,1
267
15,9
288
17,1
1684
2010
21
1,4
70
4,7
286
19,4
606
41,1
270
18,3
223
15,1
1476
5,7
74
16,1
17,4
65
14,2
459
2011
4
0,9
26
210
45,8
80
Total
869
1,6
5730
10,5 15709
28,8 11589
21,2
7008
1983 - 2000
374
3,4
2289
20,9
3697
33,8
1434
13,1
496
4,5
2657
2001
42
3,6
284
24,0
340
28,7
197
16,7
58
4,9
262
22,1
1183
2002
45
3,8
199
16,7
371
31,1
241
20,2
57
4,8
281
23,5
1194
2003
38
3,5
152
14,0
333
30,6
263
24,2
66
6,1
237
21,8
1089
2004
26
3,0
102
11,6
292
33,3
254
28,9
41
4,7
163
18,6
878
2005
35
3,5
92
9,1
313
31,0
309
30,6
83
8,2
177
17,5
1009
2006
31
3,2
104
10,7
281
29,0
329
33,9
47
4,8
178
18,4
970
Feminino
12,8 13716
25,1 54621 24,3 10947
2007
9
1,1
55
6,8
240
29,6
289
35,6
49
6,0
170
20,9
812
2008
20
2,5
67
8,5
237
30,0
296
37,5
54
6,8
115
14,6
789
2009
14
1,9
62
8,3
205
27,3
299
39,8
54
7,2
117
15,6
751
2010
13
2,0
43
6,8
201
31,6
252
39,6
37
5,8
90
14,2
636
17,1
193
2011
3
1,6
11
5,7
66
34,2
74
38,3
6
3,1
33
Total
650
3,2
3460
16,9
6576
32,2
4237
20,7
1048
5,1
4480
21,9 20451
Fonte: SINAN W/NET – CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
Observa-se, na Tabela 5, que a proporção dos casos de aids em indivíduos com escolaridade entre 8 e 11 anos vem aumentando em ambos os sexos, assim como nos indivíduos do sexo masculino com escolaridade de 12 anos ou mais. Em todo o período, as mulheres têm menor escolaridade, e a diferença tende a se acentuar nos anos mais recentes.
24
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
187
505
547
513
449
461
388
430
468
502
473
9383
40,3
33,9
32,3
30,8
26,7
25,6
21,5
23,8
21,4
22,5
20,2
26,1
33
121
156
142
161
189
177
190
222
218
226
3471
7,1
8,1
9,2
8,5
9,6
10,5
9,8
10,5
10,1
9,8
9,6
9,6
Bissexual nº %
136
530
570
587
567
534
648
555
690
670
638
6460
29,3
35,6
33,6
35,2
33,8
29,6
35,9
30,7
31,5
30,0
27,2
17,9
Heterossexual nº %
29
82
93
107
120
157
148
162
240
217
275
8828
6,3
5,5
5,5
6,4
7,1
8,7
8,2
9,0
10,9
9,7
11,7
24,5
0
0
0
1
3
1
3
1
3
3
3
136
-
-
-
0,06
0,2
0,06
0,2
0,06
0,1
0,1
0,1
0,4
0
0
1
0
1
2
4
4
1
2
1
176
-
-
0,1
-
0,1
0,1
0,2
0,2
0,05
0,1
-
0,5
3
1
5
4
5
1
4
2
5
3
4
3
0,6
0,1
0,3
0,2
0,3
0,1
0,2
0,1
0,2
0,1
0,2
0,01
Categoria de exposição Hierarquizada UDI* Hemofilia Transfusão** Transm. Vertical nº % nº % nº % nº %
Fonte: SINAN W/NET – CCD/COVISA * Uso de droga injetável ** Os casos com categoria de exposição “transfusão” estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do Departamento de DST, aids e Hepatite Virais - MS *** Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
2001
1980 - 2000
Ano de Homossexual diagnóstico nº %
Tabela 6. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo masculino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011***.
78
245
325
312
378
455
433
460
565
616
722
7546
nº
TOTAL
16,8
16,5
19,2
18,7
22,5
25,2
24,0
25,5
25,8
27,6
30,8
464
1488
1696
1667
1680
1803
1803
1807
2192
2231
2342
21,0 36003
Ignorado nº %
AIDS
25
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Também se observa, nas Tabelas 6 e 7, uma paulatina redução na porcentagem de casos notificados com a categoria de exposição ignorada, mostrando melhora na qualidade do preenchimento das notificações. Há uma tendência ao aumento de casos em homossexuais e heterossexuais masculinos, bem como de redução nos casos de aids notificados em bissexuais. Tabela 7. Casos de aids (Nº e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2011***.
Categoria de Exposição Hierarquizada
Ano de
diagnóstico Bissexual
Heterossexual
nº
%
nº
83 - 2000
4
0,04
2001
0
-
2002
1
2003
1
2004
2005
2006
2007
UDI*
Transfusão** Transm. Vertical
TOTAL
Ignorado
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
7062
63,6
1801
16,2
120
1,1
2
0,02
2114
822
68,4
82
6,8
1
0,1
4
0,3
293
24,4
1202
0,1
857
70,8
53
4,4
0
-
1
0,1
298
24,6
1210
0,1
796
72,3
66
6,0
0
-
4
0,4
234
21,3
1101
0
-
679
76,4
30
3,4
2
0,2
1
0,1
177
19,9
889
1
0,1
794
77,5
38
3,7
3
0,3
2
0,2
187
18,2
1025
0
-
748
76,2
36
3,7
4
0,4
3
0,3
191
19,5
982
9
1,1
632
76,9
20
2,4
1
0,1
4
0,5
156
19,0
822
2008
3
0,4
660
82,4
28
3,5
1
0,1
4
0,5
105
13,1
801
2009
3
0,4
621
81,9
17
2,2
1
0,1
1
0,1
115
15,2
758
2010
4
0,6
529
81,8
23
3,6
0
-
4
0,6
87
13,4
647
2011
3
1,5
155
79,1
8
4,1
0
-
1
0,5
29
14,8
196
19,0 11100
Fonte: SINAN W/NET – CCD/COVISA * Uso de droga injetável ** Os casos com categoria de exposição “transfusão” estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do Departamento de DST, aids e Hepatite Virais - MS *** Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
Tabela 8. Casos de aids (Nº e %) em menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1984-2011*. Categoria de Exposição Hierarquizada Ano de diagnóstico Homossexual Heterossexual UDI** Hemofilia Transfusão*** Transm. Vertical nº % nº % nº % nº % nº % nº %
Ignorado
1984 - 2000
1
0,1
1
0,1
4
0,2
26
1,6
50
2001
0
-
0
-
0
-
0
-
2002
0
-
0
-
0
-
0
-
2003
0
-
1
0,9
0
-
0
2004
0
-
0
-
0
-
0
2005
0
-
0
-
0
-
2006
0
-
0
-
0
-
2007
0
-
0
-
0
2008
0
-
0
-
0
2009
0
-
0
-
2010
0
-
0
-
2011
0
-
0
-
nº
TOTAL
%
nº
3,1 1388
86,6
140
8,7 1602
0
0,0
105
85,4
18
14,6
123
1
1,1
80
84,2
14
14,7
95
-
1
0,9
93
84,5
15
13,6
110
-
0
-
50
86,2
8
13,8
58
0
-
0
-
44
93,6
3
6,4
47
0
-
0
-
42
82,4
9
17,6
51
-
0
-
0
-
38
95,0
2
5,0
40
-
0
-
0
-
27
90,0
3
10,0
30
0
-
0
-
0
-
24
82,8
5
17,2
29
0
-
0
-
0
-
25 100,0
0
-
25
0
-
0
-
0
-
8 100,0
0
-
8
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011. **Uso de drogas injetáveis. ***Os casos com categoria de exposição “transfusão” estão sendo investigados de acordo com o algoritmo do Departamento de DST, aids e Hepatites Virais - MS.
26
AIDS
Desde o ano de 2004, o município de São Paulo não tem notificação de caso de aids em criança com categoria de exposição sexual, UDI, hemofilia ou por transfusão sanguínea (Tabela 8), sendo que, no ano de 2010 e até junho de 2011, todos os casos notificados tiveram a categoria de exposição conhecida, sendo “transmissão vertical”.
Tabela 9. Número de casos de aids diagnosticados em menores de 13 anos e notificados no SINAN NET, segundo faixa etária e época de diagnóstico. Município de São Paulo, 1990 a 2010*.
Faixa etária
Época de diagnóstico
1990 a 2006
menor de 1 ano Nº %
1 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 12 anos
Total
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
32
24,4
50
38,2
34
26,0
15
11,5
131
2007
8
20,0
9
22,5
13
32,5
10
25,0
40
2008
8
26,7
8
26,7
7
23,3
7
23,3
30
2009
7
24,1
10
34,5
4
13,8
8
27,6
29
2010
7
28,0
7
28,0
8
32,0
3
12,0
25
Total
62
24,3
84
32,9
66
25,9
43
16,9
255
Fonte: SINAN- NET/ CCD-COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
O SINAN NET foi implantado em 2007, porém, podemos encontrar 131 casos de “aids em criança” diagnosticados entre 1990 e 2006, que foram notificados neste sistema, sendo que 37,5% destes casos tinham 5 anos de idade ou mais à época da notificação (Tabela 9). Isso denota o atraso que ocorre nas notificações, dificultando as avaliações de incidência e de transmissão vertical. Tabela 10. Casos de aids em crianças (Nº e %) notificados no SINAN NET, segundo época de diagnóstico e tempo decorrido entre o diagnóstico e a notificação. Município de São Paulo, 1991 a 2010*.
Época de
menos de 1 ano
de 1 a 4 anos
de 5 a 9 anos
de 10 a 12 anos
Total
diagnóstico
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
1990 a 2006
9
6,9
34
26,0
49
37,4
39
29,8
131
2007
33
82,5
7
17,5
0
-
0
-
40
2008
27
90,0
3
10,0
0
-
0
-
30
2009
25
86,2
4
13,8
0
-
0
-
29
2010
23
92,0
2
8,0
0
-
0
-
25
Total
117
45,9
50
19,6
49
19,2
39
15,3
255
Fonte: SINAN- NET/ CCD-COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
Confirmando a demora para a notificação de casos de “aids em menores de 13 anos”, a Tabela 10 mostra que, entre 1990 e 2006, 67,2% das notificações no SINAN NET foram feitas mais de 5 anos após o diagnóstico. Percebe-se, assim, a urgência para o desenvolvimento de estratégias que tornem oportuna a entrada das notificações no SINAN NET.
27
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 11. Casos de aids (Nº e %), segundo Coordenadoria de Saúde, Supervisão de Saúde de residência e agrupamento de anos do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980-2010*.
Coordenadoria de Saúde
Supervisão Técnica de Saúde
Anos de diagnóstico agrupados TOTAL 1980 - 1989 1990- 1999 2000- 2010
nº
%
nº
%
nº
%
nº
Centro-Oeste
BUTANTÃ
144
2,6
1118
2,8
979
3,0
2241
LAPA/PINHEIROS
488
8,6
2211
5,5
1272
3,9
3971
SÉ
1228
21,7
5105
12,8
3427
10,6
9760
Subtotal
1860
32,9
8434
21,1
5678
17,5 15972
Leste
CIDADE TIRADENTES
28
0,5
337
0,8
453
1,4
818
ERMELINO MATARAZZO
49
0,9
667
1,7
525
1,6
1241
GUAIANASES
76
1,3
796
2,0
636
2,0
1508
ITAIM PAULISTA
43
0,8
673
1,7
765
2,4
1481
ITAQUERA
157
2,8
1586
4,0
1210
3,7
2953
SÃO MATEUS
61
1,1
809
2,0
719
2,2
1589
SÃO MIGUEL
86
1,5
1024
2,6
839
2,6
1949
Subtotal
500
8,9
5892
14,7
5147
Norte
CASA VERDE/CACHOEIRINHA
220
3,9
1654
4,1
1121
3,5
2995
FREGUESIA/BRASILÂNDIA
220
3,9
1666
4,2
1363
4,2
3249
JACANÃ/TREMEMBÉ
52
0,9
609
1,5
731
2,3
1392
PIRITUBA/ PERUS
146
2,6
1441
3,6
1340
4,1
2927
SANTANA/TUCURUVI
374
6,6
2266
5,7
1119
3,4
3759
VILA MARIA/VILA GUILHERME
191
3,4
1210
3,0
849
2,6
2250
Subtotal
1203
21,3
8846
22,1
6523
Sudeste
MOOCA/ARICANDUVA
402
7,1
2592
6,5
1860
5,7
4854
IPIRANGA
172
3,0
1273
3,2
1159
3,6
2604
PENHA
208
3,7
1832
4,6
1414
4,4
3454
VILA MARIANA/JABAQUARA
425
7,5
2092
5,2
1606
4,9
4123
VILA PRUDENTE/SAPOPEMBA
168
3,0
2017
5,0
1319
4,1
3504
Subtotal
1375
24,3
9806
24,5
7358
Sul
CAMPO LIMPO
86
1,5
737
1,8
1016
3,1
1839
CID ADEMAR/SANTO AMARO
253
4,5
2004
5,0
1414
4,4
3671
M’BOI MIRIM
62
1,1
645
1,6
1096
3,4
1803
PARELHEIROS
6
0,1
96
0,2
226
0,7
328
CAPELA DO SOCORRO
87
1,5
844
2,1
1108
3,4
2039
Subtotal
494
8,7
4326
10,8
4860
15,0
9680
Ignorado
215
3,8
2708
6,8
2902
8,9
5825
TOTAL
15,9 11539
20,1 16572
22,7 18539
5647 100,0 40012 100,0 32468 100,0 78127
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
No início da epidemia de aids, a maior concentração de casos ocorria em moradores da região Centro-Oeste (Tabela 11) e, com o decréscimo na porcentagem dos casos nesta região, vem ocorrendo aumento proporcional nas regiões Sul e Leste. Observa-se um aumento de casos com informação de residência ignorada. 28
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
Categoria de exposição Hierarquizada Coordenadoria Supervisão Técnica Homossexual Bissexual Heterossexual UDI** Hemofilia Transfusão*** Trans. Vert. Ignorado TOTAL de Saúde de Saúde nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº Centro-Oeste BUTANTÃ 388 17,3 147 6,6 875 39,0 299 13,3 6 0,3 20 0,9 55 2,5 451 20,1 2241 LAPA/ PINHEIROS 1139 28,7 351 8,8 973 24,5 587 14,8 9 0,2 29 0,7 57 1,4 826 20,8 3971 SÉ 3898 39,9 1004 10,3 1891 19,4 1164 11,9 10 0,1 37 0,4 130 1,3 1626 16,7 9760 subtotal 5425 34,0 1502 9,4 3739 23,4 2050 12,8 25 0,2 86 0,5 242 1,5 2903 18,2 15972 Leste CIDADE TIRADENTES 71 8,7 31 3,8 361 44,1 114 13,9 0 0,0 1 0,1 36 4,4 204 24,9 818 ERMELINO MATARAZZO 173 13,9 63 5,1 486 39,2 226 18,2 2 0,2 9 0,7 37 3,0 245 19,7 1241 GUAIANASES 131 8,7 95 6,3 623 41,3 262 17,4 2 0,1 7 0,5 60 4,0 328 21,8 1508 ITAIM PAULISTA 130 8,8 90 6,1 657 44,4 231 15,6 3 0,2 5 0,3 35 2,4 330 22,3 1481 ITAQUERA 316 10,7 179 6,1 1101 37,3 528 17,9 7 0,2 21 0,7 102 3,5 699 23,7 2953 SÃO MATEUS 160 10,1 65 4,1 578 36,4 267 16,8 4 0,3 12 0,8 54 3,4 449 28,3 1589 SÃO MIGUEL 234 12,0 109 5,6 790 40,5 342 17,5 5 0,3 6 0,3 77 4,0 386 19,8 1949 subtotal 1215 10,5 632 5,5 4596 39,8 1970 17,1 23 0,2 61 0,5 401 3,5 2641 22,9 11539 Norte CASA VERDE/CACHOEIRINHA 372 12,4 149 5,0 1148 38,3 643 21,5 4 0,1 17 0,6 83 2,8 579 19,3 2995 FREGUESIA/BRASILÂNDIA 359 11,0 157 4,8 1356 41,7 654 20,1 9 0,3 11 0,3 108 3,3 595 18,3 3249 JACANÃ/TREMEMBÉ 170 12,2 74 5,3 627 45,0 216 15,5 1 0,1 4 0,3 33 2,4 267 19,2 1392 PIRITUBA/ PERUS 333 11,4 151 5,2 1168 39,9 544 18,6 5 0,2 9 0,3 89 3,0 628 21,5 2927 SANTANA/TUCURUVI 563 15,0 248 6,6 1077 28,7 859 22,9 10 0,3 20 0,5 94 2,5 888 23,6 3759 V. MARIA/V. GUILHERME 312 13,9 131 5,8 737 32,8 447 19,9 5 0,2 10 0,4 42 1,9 566 25,2 2250 subtotal 2109 12,7 910 5,5 6113 36,9 3363 20,3 34 0,2 71 0,4 449 2,7 3523 21,3 16572 Sudeste MOOCA/ARICANDUVA 917 18,9 357 7,4 1514 31,2 913 18,8 18 0,4 25 0,5 118 2,4 992 20,4 4854 IPIRANGA 456 17,5 201 7,7 921 35,4 461 17,7 3 0,1 6 0,2 60 2,3 496 19,0 2604 VILA MARIANA/JABAQUARA 1073 26,0 392 9,5 1239 30,1 594 14,4 19 0,5 33 0,8 98 2,4 675 16,4 4123 PENHA 486 14,1 205 5,9 1297 37,6 653 18,9 7 0,2 20 0,6 88 2,5 698 20,2 3454 VILA PRUDENTE/SAPOPEMBA 356 10,2 166 4,7 1289 36,8 846 24,1 6 0,2 13 0,4 105 3,0 723 20,6 3504 subtotal 3288 17,7 1321 7,1 6260 33,8 3467 18,7 53 0,3 97 0,5 469 2,5 3584 19,3 18539 Sul CAMPO LIMPO 231 12,6 121 6,6 847 46,1 173 9,4 11 0,6 8 0,4 51 2,8 397 21,6 1839 STO AMARO / CID. ADEMAR 624 17,0 270 7,4 1345 36,6 552 15,0 23 0,6 26 0,7 134 3,7 697 19,0 3671 M’BOI MIRIM 246 13,6 113 6,3 868 48,1 182 10,1 1 0,1 7 0,4 46 2,6 340 18,9 1803 PARELHEIROS 31 9,5 25 7,6 167 50,9 31 9,5 1 0,3 1 0,3 11 3,4 61 18,6 328 CAPELA DO SOCORRO 288 14,1 143 7,0 948 46,5 232 11,4 5 0,2 7 0,3 51 2,5 365 17,9 2039 subtotal 1420 14,7 672 6,9 4175 43,1 1170 12,1 41 0,4 49 0,5 293 3,0 1860 19,2 9680 Ignorado 850 14,6 295 5,1 2062 35,4 644 11,1 4 0,1 13 0,2 133 2,3 1824 31,3 5825 TOTAL 14307 18,3 5332 6,8 26945 34,5 12664 16,2 180 0,2 377 0,5 1987 2,5 16335 20,9 78127
Tabela 12. Casos de aids (Nº e %) por categoria de exposição, segundo Coordenadoria de Saúde e Supervisão de Saúde de residência. Município de São Paulo, 1980-2011*.
AIDS
29
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Apesar de se observar uma média de categoria de exposição “ignorada” de 20,9%, pode-se afirmar que a região CentroOeste do município apresenta um predomínio de casos de aids com categoria de exposição “homossexual”, enquanto que as demais regiões têm a categoria de exposição “heterossexual” como predominante (Tabela 12). A região Norte é a que tem a maior porcentagem de casos de aids com categoria de exposição “usuários de drogas injetáveis”. Tabela 13. Óbitos por aids (Nº e CM**), por ano de ocorrência e sexo. Município de São Paulo, 1981 a 2011*. Ano
Feminino
Masculino
Total
de Óbito
nº
CM
nº
CM
nº
CM
1981
0
-
1
-
1
-
1982
0
-
1
-
1
-
1983
0
-
12
0,3
12
0,1
1984
0
-
41
0,9
41
0,5
1985
3
0,1
144
3,3
147
1,6
1986
6
0,1
210
4,8
216
2,4
1987
32
0,7
407
9,1
439
4,8
1988
81
1,7
799
17,7
880
9,4
1989
131
2,7
1181
25,9
1312
13,9
1990
223
4,5
1655
36
1878
19,7
1991
343
6,9
1940
41,8
2283
23,8
1992
395
7,9
2101
45
2496
25,8
1993
560
11
2332
49,6
2892
29,6
1994
584
11,4
2488
52,5
3072
31,1
1995
710
13,7
2393
50,1
3103
31,2
1996
769
14,7
2319
48,2
3088
30,8
1997
632
12
1535
31,7
2167
21,4
1998
517
9,7
1287
26,3
1804
17,6
1999
468
8,7
1195
24,2
1663
16,1
2000
475
8,7
1116
22,5
1591
15,3
2001
439
8
955
19,1
1394
13,3
2002
418
7,6
917
18,2
1335
12,7
2003
379
6,8
806
15,9
1185
11,2
2004
321
5,7
784
15,4
1105
10,3
2005
316
5,6
757
14,8
1073
10
2006
356
6,3
785
15,3
1141
10,6
2007
344
6,1
693
13,4
1037
9,6
2008
350
6,1
723
13,9
1073
9,8
2009
351
6,1
710
13,5
1061
9,6
2010
302
5,2
644
12,2
946
8,6
2011
117
-
243
-
360
-
TOTAL
9622
-
31174
-
40796
-
Fonte: SIM PRO-AIM/CEINFO SMS PMSP *Dados preliminares sujeitos a revisão. ** Coeficiente de Mortalidade = total de óbitos multiplicado por 100.000, dividido pela população.
30
AIDS
O diagnóstico precoce do HIV, a adesão ao tratamento e à respectiva unidade de saúde, o fortalecimento da rede de genotipagem e a inclusão de novos medicamentos são fundamentais para a diminuição da mortalidade por aids.
Tabela 14. Principais causas de morte, em ambos os sexos, nos anos de 1996, 2009 e 2010. Município de São Paulo.*
1996
2009 Causa
2010
Causa
N
N
Causa
N
1º
Doenças isquêmicas coração
8316 Doenças isquêmicas coração
8463 Doenças isquêmicas coração
8713
2º
D. cerebrovasculares
5627 D. cerebrovasculares
5794 D. cerebrovasculares
5695
3º
Homicídios
4855 Pneumonias
4853 Pneumonias
4925
4º
Pneumonias
3548 Bronquite, enfisema, asma
2432 Bronquite, enfisema, asma
2550
5º
Aids
2772 Diabetes mellitus
2380 Diabetes mellitus
2460
6º
Bronquite, enfisema, asma
2542 D. hipertensivas
2290 D. hipertensivas
2196
7º
Diabetes mellitus
2083 Homicídios
1684 CA pulmão
1671
8º
Acid trânsito e transporte terrestres
1846 CA pulmão
1674 Acid trânsito e transporte terrestres
1536
9º
Insuficiencia cardiaca
1721 Acid trânsito e transporte terrestres
1483 Homicídios
1511
10º D. hipertensivas
1528 Insuficiencia cardiaca
1191 CA mama
1256
11º CA pulmão
1181 Miocardiopatias
1138 Mal definidas
1238
12º Miocardiopatias
1148 CA mama
1122 D. Alzheimer
1143
13º CA estômago
978
Mal definidas
1122 Insuficiencia cardiaca
1141
14º CA mama
906
CA colon
1062 CA estômago
1104
15º Mal definidas
887
Aids
1017 CA colon
1040
16º Fibrose e cirrose hepática (exceto alcóol.) 752
D. Alzheimer
975
Aneurisma e dissecção aorta
990
17º Tuberculose
648
CA estômago
953
Lesões intenc indeterminada
989
18º Insuficiência renal
621
Aneurisma e dissecção aorta
923
Miocardiopatias
972
19º Quedas acidentais
593
D. circulacao pulmonar
877
Aids
929
20º CA colon
581
Lesões intenc indeterminada
834
D. circulacao pulmonar
919
21º CA próstata
570
CA próstata
791
Quedas acidentais
910
22º Demais causas perinatais
563
Quedas acidentais
778
Infecção do trato urinário n/ espec
832
Fonte: SIM PROAIM / CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos à revisão.
31
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 15. Principais causas de morte, segundo sexo, nos anos de 1996, 2009 e 2010. Município de São Paulo.*
1996
Posição/Sexo Feminino Masculino 1º Doenças isquêmicas coração 3587 Doenças isquêmicas coração 2º D. cerebrovasculares 2788 Homicídios 3º Pneumonias 1635 D. cerebrovasculares 4º Diabetes mellitus 1218 Aids 5º Bronquite, enfisema, asma 1048 Pneumonias 6º Insuficiencia cardiaca 1036 Bronquite, enfisema, asma 7º CA mama 901 Acid trânsito e transporte terrestres 8º D. hipertensivas 851 Diabetes mellitus 9º Aids 721 CA pulmão 10º Miocardiopatias 548 Insuficiencia cardiaca 11º Acid trânsito e transporte terrestres 399 D. hipertensivas 12º Homicídios 357 CA estômago 13º CA estômago 351 Miocardiopatias 14º CA colon 341 Fibrose e cirrose hepática (exceto alcóol.) 15º CA pulmão 341 Mal definidas 16º D. circulacao pulmonar 319 CA próstata 17º Mal definidas 311 Doença alcoólica do fígado 18º Insuficiência renal 279 Tuberculose 19º CA colo de utero 257 Alcoolismo 20º Demais causas perinatais 237 Quedas acidentais 21º Outras afec. respiratórias RN 228 Demais acidentes
2009
Posição/Sexo 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º
32
Feminino Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Pneumonias Diabetes mellitus D. hipertensivas CA mama Bronquite, enfisema, asma Insuficiencia cardiaca D. Alzheimer CA pulmão CA colon D. circulacao pulmonar Infecção do trato urinário n/ espec Miocardiopatias Aneurisma e dissecção aorta CA pâncreas Mal definidas CA estômago Aids Demência CA ovário
3710 3087 2524 1306 1234 1118 1074 713 650 649 590 567 489 453 381 366 364 346 336 336 324
Masculino Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Pneumonias Homicídios Bronquite, enfisema, asma Acid trânsito e transporte terrestres Diabetes mellitus D. hipertensivas CA pulmão CA próstata Mal definidas Miocardiopatias Aids Lesões intenc indeterminada Doença alcoólica do fígado CA estômago Aneurisma e dissecção aorta Quedas acidentais Insuficiencia cardiaca CA colon Fibrose e cirrose hepática (exceto alcóol.)
4729 4495 2839 2051 1912 1494 1443 864 840 685 677 627 600 579 574 570 485 478 457 447 391
4753 2706 2329 1511 1358 1179 1073 1056 1025 791 757 685 681 645 638 607 542 522 478 472 445
AIDS
2010
Posição/Sexo Feminino Masculino 1º Doenças isquêmicas coração 3850 Doenças isquêmicas coração 2º D. cerebrovasculares 2973 D. cerebrovasculares 3º Pneumonias 2491 Pneumonias 4º Diabetes mellitus 1303 Bronquite, enfisema, asma 5º CA mama 1247 Homicídios 6º D. hipertensivas 1223 Acid trânsito e transporte terrestres 7º Bronquite, enfisema, asma 1186 Diabetes mellitus 8º D. Alzheimer 773 CA pulmão 9º CA pulmão 697 D. hipertensivas 10º Insuficiencia cardiaca 697 Mal definidas 11º D. circulacao pulmonar 571 Lesões intenc indeterminada 12º Infecção do trato urinário n/ espec 551 CA próstata 13º CA colon 550 Doença alcoólica do fígado 14º Mal definidas 451 CA estômago 15º CA estômago 425 Aids 16º Aneurisma e dissecção aorta 415 Quedas acidentais 17º Demência 407 Aneurisma e dissecção aorta 18º Miocardiopatias 405 Miocardiopatias 19º CA pâncreas 359 CA colon 20º Quedas acidentais 325 Demais acidentes 21º Aids 306 Insuficiencia cardiaca
4863 2722 2434 1364 1354 1244 1157 974 973 787 785 739 704 679 622 585 575 567 490 457 444
Fonte: SIM PROAIM / CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos à revisão.
Da mesma forma que o coeficiente de incidência, o coeficiente de mortalidade (CM) apresentou queda acentuada com a introdução da TARV. A partir de 2004, vem ocorrendo uma estabilização no coeficiente de mortalidade em mulheres. O CM para os homens atinge valor máximo em 1994, enquanto que para as mulheres isso se dá em 1996, mas, a partir de 1997, a velocidade de queda no coeficiente masculino apresenta nítida aceleração (Tabela 13). A partir de 2004, a velocidade de queda diminui em ambos os sexos, mantendo-se praticamente estável de 2007 a 2009. Destaca-se que a curva de incidência tem traçado semelhante à de óbito, com defasagem de 4 e 2 anos, respectivamente, para homens e mulheres. Tabela 16. Posição da aids entre os óbitos gerais de residentes no município, segundo lista condensada de causas de morte, por faixa etária e sexo. Município de São Paulo, 1996, 2002 e 2010*. Faixa etária
1996
HOMENS 2002
2010
1996
MULHERES 2002
2010
1996
TOTAL 2002
2010
<13 anos
13º
25º
28º
12º
15º
36º
13º
22º
31º
13 a 24 anos
12º
13º
13º
9º
16º
15º
12º
13º
14º
25 a 34 anos
2º
3º
5º
1º
1º
1º
2º
2º
4º
35 a 44 anos
1º
3º
2º
1º
2º
2º
1º
2º
1º
45 a 54 anos
5º
7º
7º
9º
15º
12º
5º
11º
8º
55 a 59 anos
18º
21º
23º
40º
25º
30º
22º
20º
27º
60 a 64 anos
28º
34º
27º
37º
31º
32º
33º
36º
32º
65 anos e mais
52º
55º
56º
61º
57º
56º
59º
59º
57º
4º
13º
22º
11º
18º
26º
6º
17º
25º
Total
Fonte: SIM PRO-AIM/CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos a revisão.
33
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
A aids figura como a primeira causa de morte entre mulheres de 25 a 34 anos nos três anos analisados e a primeira causa no total de mortes na faixa etária de 35 a 44 anos, ficando em 2º lugar nesta faixa etária em mulheres nos anos de 2002 e 2010 (Tabela 16). Entre os homens, foi a primeira causa de morte na faixa etária de 35 a 44 anos apenas em 1996. Observe-se que a classificação apenas compara a posição relativa da aids entre as causas de morte, sofrendo influência do conjunto de causas e não reflete, necessariamente, melhora ou piora entre os estratos analisados. Em homens, mulheres e no total, observa-se que a aids vem perdendo espaço entre as principais causas de morte no decorrer dos anos, principalmente nos estratos mais jovens (<13 anos). Nos estratos mais idosos, em especial entre as mulheres, a aids passa a ter importância um pouco maior, talvez em função da maior sobrevida que os doentes de aids vêm obtendo com o tratamento.
Tabela 17. Principais causas de morte de residentes no município, segundo lista condensada da CID10 (Nº e %), faixa etária e sexo. Município de São Paulo, 2010*.
25 A 34 ANOS
Masculino Causa de Morte
Nº
%
Feminino Causa de Morte
Nº
%
1º
Agressões
400
21,4
Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]
61
8,5
2º
Acidentes de transporte
269
14,4
Agressões
42
5,9
3º
Todas as outras causas externas
243
13,0
4º
Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín
108
5,8
Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín
39
5,4
Acidentes de transporte
37
5,2
5º
Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]
106
5,7
Restante das doenças do sistema nervoso
31
4,3
6º
Lesões autoprovocadas voluntariamente
98
5,2
Doenças cerebrovasculares
31
4,3
7º
Outras doenças cardíacas
60
3,2
Todas as outras causas externas
30
4,2
8º
Doenças do fígado
57
3,0
Restante de neoplasias malignas
26
3,6
9º
Doenças isquêmicas do coração
10º Pneumonia
52
2,8
Pneumonia
24
3,3
51
2,7
Neoplasia maligna da mama
23
3,2
11º Restante de neoplasias malignas
43
2,3
Outras doenças cardíacas
23
3,2
12º Afogamento e submersão acidentamente
33
1,8
Lesões autoprovocadas voluntariamente
23
3,2
Total
35 A 44 ANOS
Masculino Causa de Morte
1º
Agressões
1873
100,0
Nº
%
278
10,4
Total
Feminino Causa de Morte Doenças cerebrovasculares
717 100,0
Nº
%
124
9,8
2º
Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]
225
8,4
Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]
106
8,3
3º
Todas as outras causas externas
204
7,7
Neoplasia maligna da mama
106
8,3
4º
Doenças do fígado
192
7,2
Doenças isquêmicas do coração
79
6,2
5º
Doenças isquêmicas do coração
169
6,3
Outras doenças cardíacas
61
4,8
6º
Acidentes de transporte
169
6,3
Restante de neoplasias malignas
60
4,7
7º
Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín
154
5,8
Pneumonia
48
3,8
8º
Pneumonia
121
4,5
Acidentes de transporte
42
3,3
9º
Doenças cerebrovasculares
110
4,1
Neoplasia maligna do colo do útero
38
3,0
107
4,0
Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín
34
2,7
11º Lesões autoprovocadas voluntariamente
10º Outras doenças cardíacas
77
2,9
Restante das doenças do aparelho digestivo
32
2,5
12º Restante das doenças do aparelho digestivo
73
2,7
Neoplasia maligna de cólon, reto e ânus
31
2,4
34
Total
2665
100,0
Total
1271 100,0
AIDS
45 A 54 ANOS
Masculino Causa de Morte
1º
Doenças isquêmicas do coração
Nº
%
640
13,7
Feminino Causa de Morte Doenças cerebrovasculares
Nº
%
267
9,8
2º
Doenças do fígado
426
9,1
Neoplasia maligna da mama
263
9,7
3º
Doenças cerebrovasculares
277
5,9
Doenças isquêmicas do coração
255
9,4
4º
Pneumonia
246
5,3
Restante de neoplasias malignas
120
4,4
5º
Outras doenças cardíacas
227
4,8
Outras doenças cardíacas
116
4,3
6º
Todas as outras causas externas
193
4,1
Pneumonia
95
3,5
7º
Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]
165
3,5
Doenças hipertensivas
93
3,4
8º
Agressões
155
3,3
Diabetes mellitus
91
3,3
9º
Acidentes de transporte
154
3,3
Neoplasia maligna de cólon, reto e ânus
90
3,3
10º Doenças hipertensivas
135
2,9
Neoplasia maligna da traquéia, dos brônquios e dos
90
3,3
11º Restante de neoplasias malignas
123
2,6
Neoplasia maligna do colo do útero
81
3,0
12º Diabetes mellitus
118
2,5
Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]
76
2,8
Total
Total
4682
100,0
2725 100,0
Fonte: SIM PRO-AIM/CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos a revisão.
Tabela 18. Óbitos por aids (Nº e %) em residentes no município, segundo raça/cor e ano do óbito. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Raça/Cor Branca Preta Amarela Parda Não informado Total
2006 Nº % 535 116 3 263 123
51,4 11,2 0,3 25,3 11,8
1040
2007 Nº % 505 95 3 226 114
53,6 10,1 0,3 24,0 12,1
943
2008 Nº % 580 121 4 238 81
56,6 11,8 0,4 23,2 7,9
1024
2009
2010 Nº %
Nº
%
533 115 7 284 77
52,5 11,3 0,7 28,0 7,6
472 97 5 265 82
1016
921
51,2 10,5 0,5 28,8 8,9
Fonte: SIM PRO-AIM/CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos a revisão.
Apesar da maioria dos óbitos por aids ocorrer entre os brancos no ano de 2010, quando a mortalidade proporcional é analisada, percebe-se um predomínio de óbitos em pessoas da raça negra e parda (Tabelas 18 e 19). Tabela 19. Óbitos por aids, total de óbitos e mortalidade proporcional, segundo raça/cor. Município de São Paulo, 2010*. Raça/cor Branca Preta Amarela Parda Indígena Não informado Total
Óbitos por aids
Total de óbitos
%
472
49088
1,0
97
4390
2,2
5
1587
0,3
265
11946
2,2
0
28
-
82
3008
2,7
921
70047
1,3
Fonte: SIM PRO-AIM/CEINFO SMS PMSP * Dados preliminares sujeitos a revisão.
35
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
A Figura 2 apresenta a evolução temporal da distribuição geográfica da taxa de mortalidade bruta por aids (por 100.000 hab.) por distrito administrativo de residência. Observa-se nítido “clareamento” dos mapas de 1996 para 2010, em virtude da diminuição das taxas ao longo do tempo. Figura 2. Taxa bruta de mortalidade por aids por Distrito Administrativo de residência, nos anos de 1996, 2002 e 2010. Município de São Paulo*.
1996
Distrito
Tx Mortalidade AIDS 1996
.00 to 15.00(19) 0 15.00 --| 21.00(19) 21.00 --| 27.00(19) 27.00 --| 34.80(19) 34.80 --| 143.80(20)
0
6
12
12
KM Elaboração: SMS/CEinfo/GISA, setembro 2011
2002
2010
Distrito
Distrito
Tx Mortalidade AIDS 2002
Tx Mortalidade AIDS 2010
0
.00 to 15.00 0 15.00 --| 21.00 21.00 --| 27.00 27.00 --| 34.80 34.80 --| 143.80 6
12
12
KM Elaboração: SMS/CEinfo/GISA, setembro 2011
Fonte: SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade/CEInfo *Dados preliminares sujeitos a revisão.
36
0
.00 to 15.00 0 15.00 --| 21.00 21.00 --| 27.00 27.00 --| 34.80 34.80 --| 143.80 6
12
12
KM Elaboração: SMS/CEinfo/GISA, setembro 2011
HIV
02
HIV
37
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Até o momento, a notificação de HIV não é compulsória, sendo apenas recomendada no estado e no município de São Paulo. Desta forma, a análise dos dados deste banco fica prejudicada, limitando as possibilidades de interpretação das informações e podendo apresentar alguns vieses. A Tabela 1 exibe a tendência de aumento no número de casos de HIV notificados. Tabela 1. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1982-2011*. Ano de
Sexo
Total
diagnóstico
Masculino
Feminino
1982- 2000
1201
898
2099
2001
402
330
732
2002
584
410
994
2003
862
496
1358
2004
774
474
1248
2005
812
425
1237
2006
690
359
1049
2007
896
362
1258
2008
1050
463
1513
2009
1198
472
1670
2010
1178
454
1632
2011
466
129
595
TOTAL
10114
5272
15386
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011
38
CASA VERDE/ CACHOEIRINHA 35 FREGUESIA DO O/ BRASILÂNDIA 29 JACANÃ/ TREMEMBÉ 19 PIRITUBA/PERUS 27 SANTANA/ TUCURUVI 40 VILA MARIA/ VILA GUILHERME 20 Subtotal 170
MOÓCA/ ARICANDUVA IPIRANGA VILA MARIANA/ JABAQUARA PENHA VILA PRUDENTE/ SAPOPEMBA Subtotal
CAMPO LIMPO/ CAPÃO REDONDO 52 CIDADE ADEMAR/ SANTO AMARO 35 M’BOI MIRIM 35 PARELHEIROS 7 CAPELA DO SOCORRO/ GRAJAÚ 37 Subtotal 166 IGNORADO 91
Norte
Sudeste
Sul
Total
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
1202
64 42 90 45 44 285
9 20 31 20 63 23 30 490
CID TIRADENTES ERMELINO MATARAZZO GUAIANASES ITAIM PAULISTA ITAQUERA SÃO MATEUS SÃO MIGUEL Subtotal
Leste
32 68 194 294
BUTANTÃ LAPA/ PINHEIROS SÉ/ SANTA CECÍLIA Subtotal
10 33 20 3 11 77 40 584
402
31 19 27 32 11 120
24 22 8 17 19 9 99
7 9 9 10 23 8 14 248
16 23 129 168
2002
17 15 9 1 6 48 36
24 11 22 13 9 79
6 11 3 16 15 12 63
0 6 4 11 8 9 11 176
14 8 105 127
1982-2000 2001
Centro-Oeste
Coordenadoria Supervisão Técnica Regional de Saúde
862
26 42 24 6 25 123 36
58 25 45 22 25 175
39 27 17 22 37 11 153
9 18 12 23 23 11 24 375
22 27 206 255
2003
774
30 32 27 7 30 126 36
46 21 42 22 16 147
16 18 15 30 28 7 114
2 14 13 20 23 18 15 351
32 34 180 246
2004
812
29 23 27 8 23 110 41
59 22 42 28 28 179
20 29 11 22 16 14 112
14 7 16 12 23 11 29 370
27 34 197 258
2005
690
17 37 21 7 22 104 34
28 16 36 12 26 118
24 27 11 16 22 12 112
3 12 11 20 24 18 17 322
18 38 161 217
2006
896
22 38 26 7 33 126 69
41 25 44 18 29 157
23 16 15 30 25 11 120
11 9 14 18 21 25 18 424
19 42 247 308
2007
1050
31 46 49 11 37 174 77
69 23 48 31 24 195
20 18 18 24 27 22 129
14 7 11 21 46 31 22 475
23 47 253 323
2008
1198
31 50 42 3 38 164 75
109 32 65 53 40 299
25 18 17 35 38 26 159
14 14 18 23 45 26 31 501
23 46 261 330
2009
1178
28 48 48 7 36 167 180
69 27 59 44 29 228
13 23 15 38 15 14 118
18 8 22 23 38 15 17 485
26 60 258 344
2010
466
20 35 23 1 26 105 22
23 9 18 16 8 74
5 13 6 18 7 13 62
10 4 14 14 17 2 11 203
6 34 91 131
2011
10114
313 434 351 68 324 1490 737
621 272 538 336 289 2056
250 251 155 295 289 171 1411
111 128 175 215 354 197 239 4420
258 461 2282 3001
Total
Tabela 2. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais do sexo masculino, segundo ano de diagnóstico e Supervisão Técnica de Saúde de residência. Município de São Paulo, 1982-2011*.
HIV
39
40 13 32 36 81 17 16 32 24 48 30 27 194 27 42 23 38 39 20 189 50 36 40 33 47 217 60 23 32 7 31 153 64 898
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011
BUTANTÃ LAPA/ PINHEIROS SE/ SANTA CECÍLIA Subtotal CIDADE TIRADENTES ERMELINO MATARAZZO GUAIANASES ITAIM PAULISTA ITAQUERA SÃO MATEUS SÃO MIGUEL Subtotal CASA VERDE FREGUESIA DO Ó/ BRASILÂNDIA JACANÃ/ TREMEMBÉ PIRITUBA/ PERUS SANTANA/ TUCURUVI VILA MARIA/ VILA GUILHERME Subtotal MOÓCA/ ARICANDUVA IPIRANGA JABAQUARA/ VILA MARIANA PENHA VILA PRUDENTE/ SAPOPEMBA Subtotal CAMPO LIMPO/ CAPÃO REDONDO SANTO AMARO/ CIDADE ADEMAR M’BOI MIRIM PARELHEIROS CAPELO DO SOCORRO/ GRAJAU Subtotal IGNORADO
Centro-Oeste Leste Norte Sudeste Sul Total
12 9 13 34 8 10 14 13 16 11 8 80 12 20 11 21 12 6 82 14 12 10 1 10 51 14 11 9 4 9 47 36 330
1982-2000 2001
Supervisão Técnica de Saúde
Coordenadoria Regional 17 9 20 46 12 6 7 11 21 8 16 81 17 18 11 21 17 8 92 20 14 6 13 20 78 21 26 18 2 8 75 38 410
2002 17 14 38 69 17 8 6 30 12 20 18 111 25 21 8 19 18 5 96 24 18 20 17 20 104 14 38 18 2 22 94 22 496
2003 23 19 41 83 7 6 8 14 12 17 15 79 22 20 11 19 20 11 103 28 14 22 18 27 111 21 26 11 3 18 79 19 474
2004 15 19 31 65 11 3 13 12 17 13 14 83 19 23 7 14 21 8 92 16 15 14 13 22 86 18 20 15 4 21 78 21 425
2005 13 19 23 55 6 4 7 17 21 8 12 75 10 19 11 19 33 6 98 8 6 9 6 20 51 15 10 17 2 21 65 15 359
2006 13 11 30 54 8 6 5 10 16 16 18 79 13 6 8 14 19 5 65 17 9 12 10 21 72 12 18 10 2 22 64 28 362
2007 8 13 34 55 5 11 15 14 24 14 19 102 10 22 9 15 17 13 86 34 9 16 12 18 93 18 19 26 2 32 97 30 463
2008 19 14 34 67 13 11 8 15 22 20 9 98 14 15 8 15 13 9 74 25 13 14 28 16 102 21 20 37 5 10 93 38 472
2009 8 6 30 44 19 3 7 17 22 8 10 86 9 6 7 16 10 18 66 30 19 10 14 12 88 17 24 28 1 16 86 84 454
2010 5 5 1 11 3 2 2 7 4 3 1 22 5 7 1 6 5 5 29 8 0 1 2 2 14 11 15 7 2 7 42 11 129
2011
163 170 331 664 126 86 124 184 235 168 167 1090 183 219 115 217 224 114 1072 274 165 174 167 235 1067 242 250 228 36 217 973 406 5272
Total
Tabela 3. Casos (Nº) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais do sexo feminino, segundo ano de diagnóstico e Supervisão Técnica de Saúde de residência. Município de São Paulo, 1982-2011*. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
HIV
A região da SUVIS Sé é responsável pelo maior número de notificações de HIV realizadas no município, tanto no sexo masculino como no feminino. Tabela 4. Casos (Nº e %) de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo tipo de unidade notificadora. Município de São Paulo, 1982-2011*. Tipo de Unidade
nº
%
UE DST/aids**
8295
53,9
CTA
2995
19,5
115
0,7
2930
19,0
57
0,4
A E*** Hospital***** Pronto Socorro UBS/ AMA
922
6,0
Outros****
72
0,5
15386
100,0
Total
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011 ** UE DST/aids - Unidade Especializada DST/aids. Incluem as Unidade Municipais(SAE; CR e AE) e o CRTA DST/aids do Estado de São Paulo *** AE - Ambulatório de Especialidades Não DST/aids **** OUTROS - incluem Supervisão de Vigilância em Saúde / Penitenciárias /Clínicas Médicas e Odontológicas Privadas ***** HOSPITAIS - incluem Unidades que prestam atendimento ambulatorial, como: IIER/ HC/ HSPE/ HOSP STA MARCELINA/ HOSP IPIRANGA
Na Tabela 4, observa-se que as unidades especializadas em DST/aids são responsáveis por mais da metade das notificações de HIV. Apesar deste ser um diagnóstico que deve ser realizado prioritariamente em ambulatórios, os hospitais notificam 19% do total dos casos de HIV. Tabela 5. Casos de infecção pelo HIV em indivíduos com 13 anos ou mais, segundo sexo, razão de sexo e unidade notificadora. Município de São Paulo, 1982-2011*. Unidade notificadora CTA HENFIL HENRIQUE DE SOUZA FILHO CENTRO DE REFERÊNCIA E TREINAMENTO DSTAIDS SAE DSTAIDS CAMPOS ELÍSEOS CR DSTAIDS N SENHORA DO Ó CR DST AIDS SANTO AMARO INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS SAE DSTAIDS SANTANA MARCOS LUTEMBERG SAE DST AIDS CIDADE LÍDER II SAE DSTAIDS FIDELIS RIBEIRO CTA STO AMARO SAE DSTAIDS J MITSUTANI CR DST AIDS PENHA HOSP STA MARCELINA A E CECI CEO TIPO I SAE DST AIDS CIDADE DUTRA SAE DSTAIDS HERBERT DE SOUZA BETINHO CENTRO HOSPITALAR DO SISTEMA PENITENCIARIO AMB ESPEC V PRUDENTE SAE DSTAIDS BUTANTÃ CTA SAO MIGUEL SAE E DSTAIDS IPIRANGA JOSE F ARAUJO SAE LAPA PAULO CESAR BONFIM SANTA CASA DE SAO PAULO HOSPITAL CENTRAL HC DA FMUSP HOSPITAL DAS CLINICAS Outros TOTAL
Masculino 1798 884 835 333 397 407 371 290 261 363 239 264 268 244 159 161 172 155 142 181 166 147 103 105 1696 10114
Feminino Razão de sexo Total 144 250 176 352 276 251 266 340 300 121 245 192 166 147 159 149 124 110 122 82 97 58 64 41 1046
12/1 4/1 5/1 1/1 1/1 2/1 1/1 1/1 1/1 3/1 1/1 1/1 2/1 2/1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1 2/1 2/1 3/1 2/1 3/1 2/1
1942 1134 1011 685 673 658 637 630 561 484 484 456 434 391 318 310 296 265 264 263 263 205 167 146 2742
5272
15386
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA *Dados preliminares, sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011
41
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
As unidades municipais centrais (CTA Henfil e SAE Campos Elíseos – SUVIS Sé) são as maiores notificadoras de HIV, assim como o Centro de Referencia e Treinamento DST/aids. O SAE DST/aids Santana Marcos Lutemberg passou a ser um dos grandes notificadores do município.
Tabela 6. Número de casos diagnosticados de HIV em menores de 13 anos e notificados no SINAN NET, segundo faixa etária e época de diagnóstico. Município de São Paulo, 1990 a 2010*.
Época de
menor de 1 ano
1 a 2 anos
3 a 4 anos
5 a 9 anos
10 anos e mais
Total
diagnóstico
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
1990 a 2006
0
0,0
2
20,0
3
30,0
3
30,0
2
20,0
10
2007
0
0,0
2
33,3
0
0,0
2
33,3
2
33,3
6
2008
0
0,0
1
20,0
2
40,0
2
40,0
0
0,0
5
2009
2
22,2
2
22,2
1
11,1
3
33,3
1
11,1
9
2010
2
40,0
1
20,0
1
20,0
1
20,0
0
0,0
5
Total
4
11,4
8
22,9
7
20,0
11
31,4
5
14,3
35
*Dados sujeitos a alterações, acessados em 30 de junho de 2011. Fonte: SINAN- NET/ CCD-COVISA
Nº
O diagnóstico de HIV em crianças pode ser feito a partir de 2 cargas virais detectáveis. Caso seja necessário aguardar o diagnóstico realizado por meio de sorologia, isto só poderá ocorrer após os 18 meses de idade. No banco de ”aids em menores de 13 anos”, encontra-se 65,7% de 35 casos onde o diagnóstico foi feito após os 2 anos de idade, sendo que apenas um deles tinha a categoria de exposição diferente de transmissão vertical ou ignorada (1 caso de hemofilia). O fato de ocorrer notificação tardia em alta porcentagem leva à discussão sobre a importância da implantação da notificação compulsória do HIV em crianças, para melhor monitoramento da transmissão vertical.
42
TRANSMISSテグ VERTICAL
03
TRANSMISSテグ VERTICAL
43
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
3. 1. Transmissão vertical do HIV 3.1.1. GESTANTE No decorrer de uma década de notificação compulsória, no território nacional, do agravo “gestante HIV e criança exposta”, várias ações foram implantadas no município de São Paulo para um maior controle desta via de transmissão. Em 2006, a portaria municipal 1203/06 define a necessidade de implementar ações para a redução da transmissão vertical do HIV e da Sífilis, criando a “Comissão de Normatização e Avaliação das Ações de Controle da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis”. No ano seguinte, a portaria 1657/07 define as ações para o diagnóstico precoce destes agravos e o acompanhamento adequado das gestantes soropositivas, quais sejam: • oferta das sorologias de HIV e sífilis na primeira consulta do pré-natal e no início do terceiro trimestre; • identificação das requisições das sorologias de gestantes, para que a realização seja priorizada pelos laboratórios da rede municipal; • definição da vigilância laboratorial, envolvendo os setores de vigilância, laboratório e assistência nos diferentes níveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS); • estabelecimento de fluxo de encaminhamento das gestantes HIV para as unidades especializadas; • solicitação de teste rápido na maternidade, para todas as gestantes sem sorologia ou com sorologia anterior negativa, mediante prévio consentimento desta gestante. Em 2010, dando continuidade à implantação das ações para o controle da transmissão vertical do HIV e da sífilis, foram criados comitês regionais de investigação dos casos. Em relação ao sistema de informação – SINAN, houve importantes alterações desde a implantação da notificação compulsória da gestante HIV e criança exposta, em 2000. Por seis anos, estes casos eram notificados em uma única ficha, que iniciava com o diagnóstico da gestante HIV, e o caso era encerrado com o seguimento da criança exposta, estabelecendo-se a sua condição sorológica. Em 2007, na nova plataforma – SINAN NET, o instrumento de notificação implantado pelo Ministério da Saúde (MS) contemplou apenas a gestante HIV. A ficha de notificação da criança exposta foi implantada, em 2010, na nova versão do SINAN NET 4.0, mas apenas com os dados de identificação da criança. Para evitar perda de seguimento dos casos de criança exposta, foi estabelecido, a partir de 2007, um fluxo de informação entre o Centro de Controle de Doenças (CCD/COVISA), as supervisões de vigilância em saúde regionais (SUVIS) e os serviços de seguimento (SAE DST/aids e CR DST/aids). Em 2010, foi implantado o “Sistema Complementar de Acompanhamento de Agravos – criança exposta ao HIV”, pelo Núcleo Técnico de Informação e Vigilância em Saúde da COVISA, para permitir a análise dos dados de seguimento da criança exposta ao HIV, notificados a partir de 2007. A tabela 1 apresenta as notificações de gestantes HIV residentes no município de São Paulo, segundo o ano de notificação. Observa-se um aumento progressivo nas notificações até 2004 e, posteriormente, queda no número de notificações, com aparente estabilização a partir de 2007. Em 2011, estão computados apenas os casos notificados no 1º semestre, e esse dado sofre o efeito do atraso das notificações. As mudanças ocorridas no sistema de informação podem ter contribuído com a subnotificação no município.
44
TRANSMISSÃO VERTICAL
Tabela 1. Número de casos notificados de gestantes HIV, segundo ano de notificação. Município de São Paulo, 2000 a 2011*. Ano de notificação
Nº de casos notificados de gestantes HIV
2000
74
2001
221
2002
384
2003
732
2004
838
2005
682
2006
661
2007
473
2008
454
2009
458
2010
429
2011
196
Total
5602
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.
Análise dos dados Nos dados apresentados a seguir foram consideradas as notificações realizadas a partir de janeiro de 2007, quando a ficha de notificação da gestante HIV e a da criança exposta foram separadas. O ano de 2011, em função da notificação parcial dos casos, não será computado na análise. A evidência laboratorial do HIV na gestação tem sido realizada em cerca de 60% dos casos antes do pré-natal; 30% têm a realização do teste do HIV durante o pré-natal, mas ainda se observa aproximadamente 7% de gestantes com diagnóstico no momento ou após o parto, além daquelas em que não se obteve essa informação. Essas últimas devem ser foco da investigação das equipes de vigilância locais, para identificar as oportunidades perdidas e corrigir eventuais falhas no atendimento de pré-natal (Tabela 2, Gráfico 1). Gráfico 1. Distribuição percentual das notificações de gestantes HIV, segundo o momento da evidência laboratorial do HIV. Município de São Paulo, 2000 a 2011*. 80 70 60 50
após parto
40
Parto
30
PN antes PN
20 10 0
2007
2008
2009
2010
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.
45
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
A Tabela 2 ainda apresenta a evolução da gravidez segundo o ano de notificação. Destaca-se que as notificações feitas a partir de 2010 poderiam ainda não ter se encerrado quando os dados foram obtidos. Então, de 2007 a 2009, quando todos os casos já teriam tido tempo suficiente para o encerramento, observa-se um aumento dos casos não encerrados (em branco), evidenciando atraso na atualização das informações. Observa-se uma relação estável entre nascidos vivos, natimortos e abortos.
Tabela 2. Gestantes infectadas pelo HIV notificadas, segundo atributos da gestação, por ano da notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2011*.
n
2007 %
n
2008 %
n
2009 %
n
2010 %
2011 n %
Total n %
Evidência laboratorial do HIV Antes do pré-natal
264
55,8
261
57,5
298
65,1
226
52,7
133
67,9
1182
58,8
Durante o pré-natal
161
34,0
159
35,0
141
30,8
151
35,2
52
26,5
664
33,0
Durante o parto
36
7,6
29
6,4
13
2,8
21
4,9
5
2,6
104
5,2
Após o parto
12
2,5
5
1,1
6
1,3
4
0,9
3
1,5
30
1,5
0
-
0
-
0
-
27
6,3
3
1,5
30
1,5
Sem informação Total
473 100,0
454 100,0
458 100,0
429 100,0
196 100,0
2010 100,0
Evolução da gravidez Nascido vivo
425
89,9
395
87,0
Natimorto
13
2,7
10
Aborto
21
4,4
26
14
3,0
23
5,1
Em branco Total
473 100,0
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA
84,9
2,2
7
5,7
34 28
6,1
454 100,0
389
78,3
72
1,5
6
1,4
0
7,4
29
6,8
9
58
13,5
115
58,7
458 100,0
336
429 100,0
36,7
1617
80,4
-
36
1,8
4,6
119
5,9
238
11,8
196 100,0
2010 100,0
* Dados provisórios até 30/06/2011
Na tabela 3 são apresentados os dados do pré-natal, parto e a realização de medidas profiláticas das gestantes cujas gestações resultaram em nascidos vivos, segundo o ano do parto. Assim, tem-se 1617 nascidos vivos oriundos da notificação de gestantes HIV, dos quais apresentam-se os dados das medidas preconizadas para a prevenção da TV. Os natimortos, abortos e casos não encerrados foram excluídos da análise de medidas de controle. A realização do pré-natal, de 2007 a 2010, manteve-se acima de 90%, com diminuição dos casos sem pré-natal e sem informação. Descontando-se os casos com informação ignorada houve melhora acentuada no desempenho do uso de ARV no pré-natal, sendo que a porcentagem dos que não fizeram uso desta medida caiu de 21,8 em 2007 para 8,1 em 2010. Durante todo o período estudado houve acentuado predomínio das cesarianas, como via de parto, com diminuição das cesáreas de urgência. Embora tenha havido melhora no nível de informação, a utilização de ARV durante o parto não apresentou diferença significativa de 2007 a 2010, considerando-se apenas os casos com informação conhecida. O uso do ARV pelo recém-nascido, nas primeiras 24 horas, supera os 97% em todo o período, entre as crianças com informação conhecida, sendo que a não utilização é baixa.
46
TRANSMISSÃO VERTICAL
Tabela 3. Gestantes infectadas pelo HIV notificadas, segundo atributos da gestação, do parto e da criança, por ano do parto. Município de São Paulo, 2007 a 2011*.
Data do parto Até 2006 ignorada %
n
%
2007 n
2008
%
n
%
2009 n
2010
%
n
2011
%
n
Total
n
%
n
%
Sim
4 57,1
Não
1 14,3
2
9,5
29
8,6
31
7,8
22
6,2
9
2,5
4
2,9
98
6,1
Ign
2 28,6
2
9,5
5
1,5
5
1,3
3
0,8
4
1,1
1
0,7
22
1,4
Total
7 100,0
21 100,0
339 100,0
395 100,0
Sim
2 28,6
13 61,9
229 67,6
309 78,2
Não
1 14,3
4 19,0
64 18,9
35
9,8
27
7,5
9
6,6
175 10,8
Ignorado
4 57,1
4 19,0
46 13,6
51 12,9
40 11,2
29
8,0
11
8,0
185 11,4
Total
7 100,0
21 100,0
339 100,0
395 100,0
356 100,0
2 28,6
9 42,9
103 30,4
124 31,4
132 37,1
104 28,7
46 33,6
520 32,2
Cesárea eletiva 1 14,3
12 57,1
203 59,9
214 54,2
197 55,3
242 66,9
86 62,8
955 59,1
Realização do PN 17 81,0
305 90,0
359 90,9
Cesárea
349 96,4
356 100,0
132 96,4 1497 92,6
362 100,0
137 100,0 1617 100,0
306 84,5
117 85,4 1257 77,7
Utilização de ARV** no PN
Vaginal
331 93,0
8,9
281 78,9 35
362 100,0
137 100,0 1617 100,0
Tipo de parto
0
0,0
0
-
33
9,7
55 13,9
26
7,3
16
4,4
5
3,6
135
8,3
Ignorado
4 57,1
0
-
0
-
1
0,3
0
-
0
-
7
0,4
Total
7 100,0
21 100,0
339 100,0
Sim
3 42,9
12 57,1
287 84,7
Não
1 14,3
4 19,0
39 11,5
34
8,6
34
9,6
30
8,3
9
6,6
151
9,3
Ignorado
3 42,9
5 23,8
13
27
6,8
28
7,9
40 11,0
12
8,8
128
7,9
Total
7 100,0
21 100,0
339 100,0
395 100,0
356 100,0
362 100,0
137 100,0 1617 100,0
Primeiras 24h
2 28,6
16 76,2
323 95,3
364 92,2
311 85,9
124 90,5 1458 90,2
Após 24h
0
-
0
-
3
0,9
0
-
2
9,5
4
3 14,3
9
de urgência
2
0,5
395 100,0
356 100,0
362 100,0
137 100,0 1617 100,0
Utilização de ARV** durante o parto 334 84,6
3,8
294 82,6
292 80,7
116 84,7 1338 82,7
Início do AZT*** na criança 4
1,0
1,2
2
2,7
25
318 89,3 2
0,6
5
1,4
0,5
5
1,4
6,3
31
8,7
356 100,0
362 100,0
2
1,5
16
1,0
3
0,8
0
-
16
1,0
43 11,9
11
8,0
127
7,9
do nascimento Não realizado
Sem informação 5 71,4 Total
7 100,0
21 100,0
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA * Dados provisórios até 30/06/2011 ** ARV = Antirretroviral *** AZT = Zidovudina
339 100,0
395 100,0
137 100,0 1617 100,0
47
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
3.1.2. CRIANÇA exposta A seguir, na tabela 4 e no gráfico 2, apresenta-se a serie histórica de crianças expostas notificadas desde que a notificação deste agravo tornou-se compulsória, segundo o ano de nascimento. A porcentagem de crianças infectadas em relação às notificadas teve uma significativa queda a partir de 2000, passando de 10,3 neste ano, para níveis em torno de 2,7% em 2003, possivelmente em função da implantação do protocolo de recomendações de controle da transmissão vertical. Gráfico 2. Distribuição percentual dos casos de crianças expostas notificadas, segundo a classificação atual e o ano de nascimento. Município de São Paulo, 2000 a 2009*. 100 80 Em seguimento
60
Óbito 40
Perda de seguimento Não infectado
20
Infectado
0
2000
2001 2002
2003
2004 2005 2006
2007 2008
2009
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.
Tabela 4. Casos (N e %) de crianças expostas notificados, segundo ano de nascimento e classificação atual do encerramento. Município de São Paulo, 2000 a 2011*. Ano de
Encerramento do caso
nascimento
Infectado nº %
Não infectado nº %
2000
24
10,3
163
70,3
2001
22
6,8
215
2002
20
4,4
304
2003
14
2,8
2004
14
2,6
2005
11
2006
14
2007 2008
Perda de seguimento nº %
Total Óbito nº
%
Em seguimento nº %
nº
40
17,2
5
2,2
0
-
232
66,2
85
26,2
3
0,9
0
-
325
67,1
121
26,7
8
1,8
0
-
453
326
64,4
154
30,4
12
2,4
0
-
506
349
65,8
162
30,6
5
0,9
0
-
530
2,4
291
64,0
144
31,6
9
2,0
0
-
455
3,0
271
57,5
174
36,9
12
2,5
0
-
471
11
2,3
385
81,1
75
15,8
4
0,8
0
-
475
17
3,8
346
78,1
76
17,2
4
0,9
0
-
443
2009
11
2,6
326
77,8
69
16,5
4
1,0
9
2,1
419
Total
158
3,7
2976
69,1
1100
25,5
66
1,5
9
0,2
4309
Fonte: SINAN W/NET - CCD/COVISA * Dados provisórios até 30/06/2011
Apesar da mudança no perfil de encerramento dos casos a partir de 2007, com o aumento da proporção de casos encerrados como criança não infectada e a estabilização das perdas de seguimento em torno de 16%, a porcentagem de infectados se mantém praticamente inalterada desde 2003, oscilando em torno de 2,8%. Também se destaca que, no 1º período, a média de casos encerrados por óbito foi 1,8%, enquanto que a partir de 2007, essa média caiu para 0,9%. Possivelmente, isto está refletindo a melhora na investigação dos casos e o estabelecimento de parâmetros para a classificação de óbito por aids ou por outras causas.
48
TRANSMISSÃO VERTICAL
Os dados a seguir referem-se às notificações de crianças expostas ao HIV por TV, a partir de 2007, com nascimento entre 2000 e 2009, para permitir a análise das medidas de prevenção realizadas na criança (tabela 5). A divergência em relação à tabela anterior nos totais de 2007 deve-se ao fato de que 76 crianças estão notificadas na versão anterior do SINAN. A análise está prejudicada em função da alta porcentagem de casos com informação ignorada. Tabela 5. Casos (N e %) de crianças expostas nascidas até 2009, notificados no período de janeiro de 2007 a junho de 2011*, segundo ano de nascimento e medida de prevenção preconizada, em residentes no município de São Paulo.
Medida preconizada
2000 a 2006 Nº %
Tempo total de uso do AZT** xarope
Ano de nascimento 2007 2008 nº % nº %
Total 2009 nº % nº %
menos de 3 semanas
0
-
10
2,5
4
0,9
1
0,2
15
1,1
De 3 a 5 semanas
0
-
6
1,5
3
0,7
4
1,0
13
1,0
42
76,4
311
77,9
287
64,8
255
60,9
895
68,0
8
14,5
10
2,5
1
0,2
4
1,0
23
1,7
5
9,1
62
15,5
148
33,4
155
37,0
370
28,1
Por 6 semanas Não usou Sem informação Total
55 100,0
Aleitamento materno
399 100,0
443 100,0
419 100,0
1316 100,0
Sim
4
7,3
9
2,3
2
0,5
3
0,7
18
1,4
Não
47
85,5
344
86,2
309
69,8
290
69,2
990
75,2
Sem informação
4
7,3
46
11,5
132
29,8
126
30,1
308
23,4
Total
55 100,0
399 100,0
443 100,0
419 100,0
1316 100,0
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA * Dados provisórios até 30/06/2011 ** AZT = Zidovudina
Na tabela 6 e nos gráficos 3 e 4 são apresentados os dados relativos à distribuição geográfica dessas crianças no município. Observa-se concentração nas coordenadorias Norte e Leste (45,8%). A perda de seguimento para o município é de 16,2%, sendo que CRS Norte, Sul e Leste apresentam perda de seguimento inferior à do município. Destaca-se que a CRS Leste teve a menor proporção de casos com essa classificação (9,2%). Gráfico 3. Distribuição percentual de crianças expostas, segundo a classificação atual e a Coordenadoria de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2009*. 100
80
60
40
Em seguimento Óbito Perda de seguimento Não infectado Infectado
20
0
Norte
Sul
Leste
Sudeste
Centro oeste
Ignorado MSP
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.
49
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 4. Porcentagem de casos encerrados como infectados, porcentagem de óbitos e taxa de transmissão vertical de crianças notificadas entre janeiro de 2007 e junho de 2011, nascidas até 2009, segundo Coordenadoria de Saúde. Município de São Paulo*.
5 4 3
Taxa de TV
2
% Óbito
1
% Infectado
0
Norte
Sul
Leste
Sudeste
Centro-oeste
MSP
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.
As porcentagens de infectados e óbitos foram obtidas a partir do total de notificações. A taxa de TV foi calculada com base nas crianças infectadas e não infectadas. A diferença entre os índices reflete o desempenho no encerramento dos casos. Assim, altas percentagens de abandono e óbitos, sem a elucidação da situação quanto à infecção pelo HIV, podem erroneamente expressar-se por baixas percentagens de infectados.
Tabela 6. Casos (N e %) notificados no período de janeiro de 2007 a junho de 2011*, de crianças expostas nascidas até 2009, segundo classificação do caso e Coordenadoria de residência. Município de São Paulo. Coordenadoria de residência Infectado Não infectado nº % nº % Norte Sul Leste
Encerramento do caso Perda Óbito de seguimento nº % nº %
Em Total seguimento nº % nº
12
3,9
242
78,1
48
15,5
3
1,0
5
1,6
310
7
3,1
189
82,9
29
12,7
1
0,4
2
0,9
228
10
3,4
249
85,3
27
9,2
4
1,4
2
0,7
292
Sudeste
8
3,1
191
74,6
55
21,5
2
0,8
0
-
256
Centro-oeste
4
2,5
112
70,9
39
24,7
3
1,9
0
-
158
Ignorado
0
-
56
77,8
15
20,8
1
1,4
0
-
72
41
3,1
1039
79,0
213
16,2
14
1,1
9
0,7
1316
MSP
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA *Dados sujeitos a revisão
50
TRANSMISSÃO VERTICAL
Tabela 7. Número, porcentagem e risco relativo de medidas profiláticas preconizadas em crianças expostas nascidas até 2009, notificadas entre janeiro de 2007 e junho de 2011*. Município de São Paulo.
Infectado N° %
Uso e duração de ARV na criança
Não infectado N° %
N°
Total RR %
IC 95%
19
2,0
921
98,0
940
87,1
2
7,4
25
92,6
27
2,5
14,5
6 semanas
< 6 semanas
Não uso
5
29,4
12
70,6
17
1,6
Ignorado
14
14,7
81
85,3
95
8,8
6,15 a 34,4
Aletamento materno
Sim
8
47,1
9
52,9
17
1,6
22,75
Não
21
2,1
994
97,9
1015
94,1
Ignorado
11
23,4
36
76,6
47
4,4
11,56
11,78 a 43,93 5,93 a 22,52
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.
Na tabela 7 estão apresentados os dados referentes a duas importantes medidas profiláticas do protocolo de prevenção da TV, o uso e a duração de ARV e a contraindicação do aleitamento materno de casos encerrados como infectados ou não infectados. Observa-se que, no geral, 87% dessas crianças usaram o ARV de acordo com a recomendação (6 semanas). Usaram a medicação 89,6%, no entanto, 2,5% o fizeram por tempo menor do que o estipulado. Em 8,8% a informação é ignorada, não sendo possível a distinção entre quem usou por tempo ignorado daqueles em que se ignora a utilização, e apenas 1,6% negam o uso da medida. O risco relativo (RR) das crianças em que foi declarado não ter usado o ARV foi de 14,5, variando de 6,15 a 34,4 em relação às crianças que tomaram corretamente. Quanto ao aleitamento materno, em 94% das crianças a orientação de não amamentar naturalmente foi atendida; 1,6% informaram terem amamentado e em 4,4% a informação não foi obtida. O risco relativo para quem foi submetido à amamentação foi 22,75 (IC95% 11,78 - 43,93) e, para aquelas com informação ignorada, de 11,56 (IC95% 5,93 - 22,52), sugerindo existirem crianças que não foram submetidas ao aleitamento materno dentre as com informação ignorada. O coeficiente de incidência de aids em menores de 5 anos é usado para o monitoramento da transmissão vertical do HIV no Brasil.
Tabela 8. Casos notificados de aids em menores de 5 anos, segundo ano de diagnóstico e coeficiente de incidência. Município de São Paulo, 2000 a 2008*. Ano de diagnóstico
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Nº de casos de crianças menores de 5 anos
População
Coeficiente de Incidência
94 84 60 59 24 26 25 17 16
878.843 863.432 847.013 830.237 813.393 796.500 779.334 761.911 744.535
10,7 9,7 7,1 7,1 3,0 3,3 3,2 2,2 2,1
Fonte: SINAN W / NET - CCD/COVISA, Fund SEADE. * Dados preliminares sujeitos a revisão, acessados em 30 de junho de 2011.
51
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
No município de São Paulo, este coeficiente teve uma queda acentuada entre os anos de 2000 e 2004, que não se manteve a partir desta data. A adoção das medidas específicas preconizadas permite a redução da TV para menos de 2%. Considerando-se que se conhece somente uma parte dos casos estimados de crianças expostas e que, dentre as conhecidas, os resultados apresentados têm permanecido acima do pactuado, é preciso entender melhor os motivos da não consecução das metas. O projeto de investigação dos casos de crianças infectadas visa permitir o aprimoramento do controle da TV no município.
52
TRANSMISSÃO VERTICAL
3. 2. Transmissão vertical dA SÍFILIS 3.2.1. GESTANTE A notificação compulsória da sífilis na gestante tem por objetivo a prevenção da sífilis congênita por meio do monitoramento da assistência à gestante desde o diagnóstico de sífilis visando garantir o seu tratamento adequado. O tratamento da gestante é considerado adequado quando realizado com esquema preconizado para a forma clínica da doença, até 30 dias antes do parto e se o parceiro sexual for tratado concomitantemente. A partir de outubro de 2010, a rede laboratorial da SMS própria e conveniada introduziu o fluxo alternativo de diagnóstico laboratorial preconizado para laboratórios de grande demanda. Até o momento 70% dos serviços já cumprem essa rotina. Enquanto o algoritmo convencional realiza a triagem sorológica com um teste não treponêmico seguido pela confirmação com um teste treponêmico para os resultados reagentes, o algoritmo alternativo preconiza a inversão dos métodos, acrescentando um segundo teste treponêmico em casos de resultados divergentes. Os dados de sífilis na gestante serão apresentados a partir da implantação da ficha de investigação epidemiológica para esse agravo e seu registro no SINAN Net, em janeiro de 2007. No município de São Paulo foram notificadas 3243 gestantes com evidência sorológica e/ou clínica de sífilis no período de janeiro de 2007 a 30 de junho de 2011. O Gráfico 1 apresenta o número de casos notificados segundo a Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e o ano de notificação. A CRS Sul foi responsável pela notificação da maior proporção de casos (28%), seguida pela CRS Sudeste (25,4%), Norte (18,5%), Leste (17%) e Centro-Oeste (10,4%) (Tabela 1). Tendo como referência o ano de 2007, até dezembro de 2010, as notificações aumentaram 199% sendo que 52% desse aumento (104%) ocorreu no período de 2007 a 2008. Nos períodos subseqüentes, a notificação aumentou 27,2% de 2008 a 2009 e 15,2%, de 2009 a 2010. Merecem destaque as Supervisões de Vigilância em Saúde (SUVIS) de São Mateus, na CRS Leste, e da Penha, na CRS Sudeste, que vêm apresentando um progressivo aumento da variação positiva das notificações, bem como a SUVIS Capela do Socorro, que vem mantendo constância no aumento das notificações no decorrer de todos os períodos.
Gráfico 1. Número de gestantes notificadas com sífilis, segundo Coordenadoria de Saúde e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2010*. 350 300 250 200 150 100 50 0
2007
2008
2009
2010
Ano de notificação Centro-Oeste
Leste
Norte
Sudeste
Sul
Fonte: SINAN NET - CCD/COVISA * Dados preliminares sujeitos a revisão, até 30 de junho de 2011.
53
54
2008 N % 79 13,1 13 2,2 21 3,5 45 7,5 84 13,9 10 1,7 17 2,8 11 1,8 9 1,5 11 1,8 10 1,7 16 2,6 117 19,4 24 4,0 19 3,1 31 5,1 22 3,6 3 0,5 18 3,0 157 26,0 65 10,8 22 3,6 23 3,8 20 3,3 27 4,5 167 27,6 44 7,3 18 3,0 56 9,3 44 7,3 5 0,8 604 100,0
Fonte: SINAN/CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 30/06/2011, sujeitos à revisão.
CRS/ SUVIS 2007 N % Centro-Oeste 43 14,5 Butantã 10 3,4 Lapa/Pinheiros 8 2,7 Sé 25 8,4 Leste 37 12,5 Cid. Tiradentes 1 0,3 Ermelino Matarazzo 6 2,0 Guaianases 2 0,7 Itaim Paulista 3 1,0 Itaquera 5 1,7 São Mateus 12 4,1 São Miguel 8 2,7 Norte 39 13,2 C. Verde/ Cachoeirinha 10 3,4 Freguesia do Ó 3 1,0 Jaçanã/ Tremembé 7 2,4 Perus/ Pirituba 4 1,4 Santana/ Tucuruvi 5 1,7 Vila Maria 10 3,4 Sudeste 118 39,9 Mooca/ Aricanduva 39 13,2 Ipiranga 17 5,7 V. Mariana/ Jabaquara 22 7,4 Penha 25 8,4 V. Prudente 15 5,1 Sul 59 19,9 Campo Limpo 11 3,7 Capela do Socorro 8 2,7 M Boi Mirim 20 6,8 Santo Amaro/ Cid. Ademar 20 6,8 Parelheiros 0 − Município São Paulo 296 100,0
2009 N % 86 11,2 30 3,9 10 1,3 46 6,0 120 15,6 27 3,5 15 2,0 23 3,0 12 1,6 14 1,8 11 1,4 18 2,3 168 21,9 31 4,0 34 4,4 40 5,2 21 2,7 9 1,2 33 4,3 177 23,0 56 7,3 24 3,1 39 5,1 25 3,3 33 4,3 217 28,3 51 6,6 39 5,1 70 9,1 46 6,0 11 1,4 768 100,0
2010 N % 86 9,7 32 3,6 17 1,9 37 4,2 137 15,5 22 2,5 12 1,4 27 3,1 21 2,4 23 2,6 14 1,6 18 2,0 145 16,4 19 2,1 28 3,2 34 3,8 29 3,3 10 1,1 25 2,8 212 24,0 51 5,8 40 4,5 47 5,3 45 5,1 29 3,3 305 34,5 62 7,0 85 9,6 85 9,6 66 7,5 7 0,8 885 100,0
2011 N % 72 10,4 17 2,5 20 2,9 35 5,1 172 24,9 27 3,9 28 4,1 19 2,8 26 3,8 30 4,3 16 2,3 26 3,8 131 19,0 19 2,8 21 3,0 24 3,5 32 4,6 10 1,4 25 3,6 160 23,2 54 7,8 40 5,8 23 3,3 28 4,1 15 2,2 155 22,5 50 7,2 24 3,5 37 5,4 39 5,7 5 0,7 690 100,0
Total N % 2007-10 366 11,3 100,0 102 3,1 220,0 76 2,3 112,5 188 5,8 48,0 550 17,0 270,3 87 2,7 2100,0 78 2,4 100,0 82 2,5 1250,0 71 2,2 600,0 83 2,6 360,0 63 1,9 16,7 86 2,7 125,0 600 18,5 271,8 103 3,2 90,0 105 3,2 833,3 136 4,2 385,7 108 3,3 625,0 37 1,1 100,0 111 3,4 150,0 824 25,4 79,7 265 8,2 30,8 143 4,4 135,3 154 4,7 113,6 143 4,4 80,0 119 3,7 93,3 903 27,8 416,9 218 6,7 463,6 174 5,4 962,5 268 8,3 325,0 215 6,6 230,0 28 0,9 − 3243 100,0 199,0
Variação (%) 2007-08 2008-09 2009-10 83,7 8,9 0,0 30,0 130,8 6,7 162,5 -52,4 70,0 80,0 2,2 -19,6 127,0 42,9 14,2 900,0 170,0 -18,5 183,3 -11,8 -20,0 450,0 109,1 17,4 200,0 33,3 75,0 120,0 27,3 64,3 -16,7 10,0 27,3 100,0 12,5 0,0 200,0 43,6 -13,7 140,0 29,2 -38,7 533,3 78,9 -17,6 342,9 29,0 -15,0 450,0 -4,5 38,1 -40,0 200,0 11,1 80,0 83,3 -24,2 33,1 12,7 19,8 66,7 -13,8 -8,9 29,4 9,1 66,7 4,5 69,6 20,5 -20,0 25,0 80,0 80,0 22,2 -12,1 183,1 29,9 40,6 300,0 15,9 21,6 125,0 116,7 117,9 180,0 25,0 21,4 120,0 4,5 43,5 − 120,0 -36,4 104,1 27,2 15,2
Tabela 1. Casos de gestantes com sífilis, ano de notificação, Coordenadoria de Saúde e respectivas Supervisões de Vigilância em Saúde. Município de São Paulo, 2007 a 2011*.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
TRANSMISSÃO VERTICAL
Cerca de 50% das gestantes têm entre 20 e 29 anos anos; 40,9% possuem raça branca e 53,2% têm grau de escolaridade até o ensino fundamental completo (tabela 2). Enquanto apenas 1,5% das gestantes com sífilis têm escolaridade maior do que o ensino médio, este percentual para as gestantes com aids notificadas no município até 2010 atinge 5,0%. Cerca de 36% das gestantes iniciaram o pré-natal no 1º trimestre, 35%, no 2 º trimestre, pouco mais de 1/4 (26%) somente no 3º trimestre e em 3% a informação foi ignorada (tabela 3). Com relação ao tratamento da sífilis, a penicilina benzatina é a droga de escolha sendo que o esquema é recomendado de acordo com a fase clínica da doença. A tabela 4 apresenta os casos notificados de acordo com a classificação clínica da doença e o esquema de tratamento prescrito. Em 4,3% dos casos a forma clínica não foi informada, não permitindo portanto, analisar a adequação do tratamento. As situações em que o tratamento está adequado à classificação clínica estão destacadas em amarelo. Os dados acima desta linha foram submetidos a doses de penicilina inferiores ao recomentado (6,6%) e os abaixo receberam excesso de dosagem (15,2%). Destacam-se 5% de gestantes notificadas para as quais não foi prescrito nenhum tratamento. Este percentual inclui as gestantes que realmente não foram tratadas por terem abandonado o serviço de saúde, por ter ocorrido interrupção do prénatal ou mesmo da gravidez e aquelas cujo tratamento não foi indicado devido ao diagnóstico de cicatriz sorológica. Uma vez que, ao menos 70% das gestantes nessa categoria tinham a forma clínica descrita, pode-se concluir que estas deixaram de ser tratadas por perda de seguimento. Resta então uma porcentagem na qual a informação disponível na ficha de investigação não permite precisar se são referentes a notificações de cicatriz sorológica. A notificação de cicatriz sorológica é consequência da definição de caso de sífilis na gestação que tem o intuito de aumentar a captação de casos. Temos ainda um contingente de 2% de casos tratados com outras drogas que não a penicilina, cujos bebes serão a priori considerados casos de sífilis congênita pelo critério de “mãe inadequadamente tratada”. Finalmente, 2,5% das notificações não têm informação acerca do tratamento. Dessas, praticamente a metade teve o diagnóstico clínico informado, e no restante, a informação está em branco ou a forma clínica é ignorada. Como referido anteriormente, a definição de tratamento adequado da gestante com sífilis exige o tratamento concomitante do parceiro. A inclusão desta informação na ficha de investigação do CCD e Núcleo de Informação da COVISA/ SMS – SP ocorreu no final de 2007, e somente a partir de 2010 na ficha de investigação do SINAN. A falta de disponibilidade de campos de informação na ficha eletrônica dificultou o registro da informação, elevando a porcentagem de informação ignorada nos dois primeiros anos. Na ficha é perguntado se o parceiro foi tratado concomitante à gestante, sem, no entanto definir o que se entende por “concomitante”. Isso pode gerar imprecisão nas respostas. Se considerarmos apenas os casos com informação conhecida, verifica-se que nos três primeiros anos o parceiro foi tratado concomitante à gestante em cerca de 50% dos casos e, em 2011,apenas com as notificações do 1º semestre, esse percentual atinge 58%. Nos últimos dois anos, 47% dos parceiros foram tratados concomitantemente à gestante, 40% não trataram e em 13% a informação foi ignorada (tabela 5). A análise dos motivos de não tratamento mostra que 18,4% dos parceiros não foram submetidos a tratamento por não serem mais parceiros sexuais das gestantes. Do ponto de vista epidemiológico, esse contingente poderia ser considerado “adequadamente tratado” por não haver exposição da gestante ao risco de reinfecção, o que elevaria o percentual de gestantes tratadas para 44,5%. A aceitação do não tratamento do parceiro por sorologia negativa pressupõe que a investigação do diagnóstico de sífilis foi exaustiva (clínica, antecedente epidemiológico e diagnóstico laboratorial), concluindo que o individuo não é portador da doença. Essa categoria também colocaria a gestante na situação de tratamento adequado. Nessa categoria encontram-se 12% dos parceiros não tratados. Classificados como “outros motivos” (24%) encontram-se parceiros não localizados por motivo de mudança, detenção, gestante em situação de rua. Essas situações, descritas no campo de observações, não deixam explicito a interrupção definitiva da exposição da gestante, levando à sua inclusão na categoria de tratamento inadequado. Idealmente, esses casos teriam que ser reclassificados na categoria “gestante sem contato sexual”, ou recusa do parceiro ao tratamento, ou parceiro não convocado pela unidade de saúde. A não realização de toda a sequência de investigação pode deixar uma parcela expressiva de crianças sob risco de transmissão vertical. Ainda, 10% dos parceiros recusaram o tratamento, tendo como consequência imediata a inadequação do tratamento, a manutenção do risco de reinfecção da gestante e, consequentemente de sífilis congênita no bebê.
55
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Os dados apresentados refletem as grandes mudanças ocorridas no programa nos últimos anos. A introdução do algoritmo alternativo para o diagnóstico da sífilis dá mais segurança no diagnóstico e na conduta, particularmente frente aos parceiros, nas situações de VDRL não reagente. A vigilância laboratorial da gestante permite a identificação mais rápida de resultados “positivos” com a possibilidade de intervenção oportuna. A integração da assistência pré-natal e a assistência ao parto são cruciais para a adequada atenção à gestante e ao bebê. A sífilis congênita mostra exemplarmente essa questão. A não transferência das informações referentes ao tratamento da mãe e de seu parceiro terá como consequência o excesso de diagnóstico nas crianças e, por conseguinte, seu tratamento e internação por dez dias. Apesar de muito ter sido feito, ainda temos muito o que melhorar e aprimorar. O fluxo abaixo destaca alguns pontos de maior vulnerabilidade na sequência de eventos que se sucedem no pré-natal, que podem ter como desfecho da gestação um caso de sífilis congênita.
GESTANTE
ADESÃO AO PRÉ-NATAL
Falha na detecção da gestante com perfil de risco para DST
DIAGNÓSTICO
Solicitação de sorologia em tempo hábil para o tratamento Ausência da captação da gestante com sorologia reagente Avaliação da sorologia sem história clínico-epidemiológica
TRATAMENTO DA GESTANTE
Prescrição sem avaliação da fase clínica da doença Monitoramento do tratamento
TRATAMENTO DO PARCEIRO
REGISTRO NA CARTEIRA
Forma de captação do parceiro e Monitoramento do tratamento
Informação detalhada para a maternidade sobre o tratamento da gestante e de seu parceiro, mesmo das gestantes que não tiveram mais contato sexual com o parceiro após o tratamento.
NOTIFICAÇÃO
56
Adequar o tratamento “prescrito” para tratamento “realizado”
TRANSMISSÃO VERTICAL
Tabela 2. Casos de gestantes com sífilis, segundo características dos casos e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007-2011 *. Características
2007
das gestantes
N
Faixa etária (anos)
2008
%
N
2009
%
N
2010
%
N
2011
%
N
Total
%
N
%
10 a 14
2
0,7
4
0,7
6
0,8
8
0,9
3
0,4
23
0,7
15 a 19
25
8,4
76
12,6
89
11,6
109
12,3
94
13,6
393
12,1
20 a 24
73
24,7
156
25,8
185
24,1
237
26,8
169
24,5
820
25,3
25 a 29
68
23,0
160
26,5
201
26,2
214
24,2
172
24,9
815
25,1
30 a 34
72
24,3
107
17,7
152
19,8
163
18,4
124
18,0
618
19,1
35 a 39
41
13,9
80
13,2
112
14,6
111
12,5
96
13,9
440
13,6
> 40
15
5,1
21
3,5
23
3,0
43
4,9
32
4,6
134
4,1
Raça
141
47,6
258
42,7
316
41,1
345
39,0
267
32
10,8
79
13,1
119
15,5
108
12,2
95
Branca Preta Amarela
38,7 1327
40,9
13,8
433
13,4
1,4
41
1,3
39,0 1200
37,0
3
1,0
8
1,3
10
1,3
10
1,1
10
Parda
89
30,1
215
35,6
267
34,8
360
40,7
269
Indigena
11
3,7
19
3,1
30
3,9
27
3,1
19
2,8
106
3,3
Ign/Branco
20
6,8
25
4,1
26
3,4
35
4,0
30
4,3
136
4,2
Escolaridade Analfabeto 1ª a 4ª série incompleta do EF
3
1,0
11
1,8
8
1,0
5
0,6
13
1,9
40
1,2
34
11,5
86
14,2
99
12,9
76
8,6
64
9,3
359
11,1
33
11,1
54
8,9
59
7,7
67
7,6
50
7,2
263
8,1
5ª a 8ª série incompleta do EF
75
25,3
127
21,0
151
19,7
181
20,5
146
21,2
680
21,0
Ensino fundamental completo
43
14,5
76
12,6
83
10,8
93
10,5
88
12,8
383
11,8
Ensino médio incompleto
27
9,1
72
11,9
86
11,2
111
12,5
87
12,6
383
11,8
Ensino médio completo
34
11,5
82
13,6
145
18,9
185
20,9
117
17,0
563
17,4
2
0,7
3
0,5
2
0,3
10
1,1
12
1,7
29
0,9
Educação superior completa Ign/Branco Total
0
−
6
1,0
3
0,4
6
0,7
5
0,7
20
0,6
45
15,2
87
14,4
132
17,2
151
17,1
108
15,7
523
16,1
296 100,0
604 100,0
768 100,0
885 100,0
4ª série completa do EF
Educação superior incompleta
690 100,0 3243 100,0
Fonte: SINAN/CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 30/06/2011, sujeitos à revisão.
57
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 3. Casos de gestantes com sífilis, segundo características do pré-natal e ano de notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2011*. Características
2007
do Pré-natal
N
2008
%
N
2009
%
N
2010
%
N
2011
%
N
Total
%
N
%
Trimestre de gestação 1º Trimestre
112 37,8
205 33,9
299 38,9
335 37,9
234 33,9 1185 36,5
2º Trimestre
95 32,1
203 33,6
254 33,1
330 37,3
257 37,2 1139 35,1
3º Trimestre
69 23,3
163 27,0
195 25,4
198 22,4
183 26,5
Idade gest ignorada
20
6,8
33
5,5
20
2,6
22
2,5
16
2,3
111
Classificação clínica
Primária
110 37,2
209 34,6
258 33,6
31 10,5
75 12,4
82 10,7
Terciária
48 16,2
91 15,1
112 14,6
109 12,3
114 16,5
Latente
64 21,6
151 25,0
214 27,9
354 40,0
252 36,5 1035 31,9
Ignorada
31 10,8
58
9,8
77 10,2
78
9,0
85 12,3
329 10,1
Em branco
12
3,7
20
3,1
25
3,1
46
5,0
37
5,4
140
Penicilina Benzatina 2400000UI
78 26,4
Penicilina Benzatina 4800000UI
22
Penicilina Benzatina 7200000UI
117 19,4
7,4
63 10,4
174 58,8
370 61,3
173 22,5 58
7,6
463 60,3
61
6,9
164 18,5 43
4,9
578 65,3
162 23,5
3,4
Secundária
Esquema de tratamento da gestante
237 26,8
808 24,9
40
5,8
112 16,2 33
4,8
976 30,1 289
8,9
474 14,6
4,3
644 19,9 219
6,8
488 70,7 2073 63,9
Outro Esquema
7
2,4
19
3,1
10
1,3
18
2,0
5
0,7
59
1,8
Não realizado
6
2,0
18
3,0
46
6,0
59
6,7
39
5,7
168
5,2
Ignorado
9
3,0
17
2,8
18
2,3
23
2,6
13
1,9
80
2,5
Total
296 100,0
604 100,0
Fonte: SINAN/CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 30/06/2011, sujeitos à revisão.
768 100,0
885 100,0
690 100,0 3243 100,0
Tabela 4. Tratamento das gestantes com sífilis, segundo a classificação clínica da doença. Município de São Paulo, 2007 a 2011.*
Classificação clínica
Tratamento das
Primária
gestantes
N
Penicilina Benzatina 2400000UI Penicilina Benzatina 4800000UI Penicilina Benzatina 7200000UI
%
464 47,5 69
Secundária N
%
33 11,4
7,1
68 23,5
367 37,6
166 57,4
Terciária
Latente
Ignorada
N
%
N
%
N
11
2,3
55
5,3
45 13,7
11
2,3
43
4,2
431 90,9
850 82,1
16
%
4,9
196 59,6
%
Total N
%
36 25,9
644 19,9
12
219
8,6
6,8
63 45,3 2073 63,9
25
2,6
8
2,8
3
0,6
18
1,7
0,7
59
1,8
Não realizado
40
4,1
9
3,1
14
3,0
54
5,2
36 10,9
15 10,8
168
5,2
11
1,1
5
1,7
4
0,8
15
1,4
32
12
80
2,5
Total
1,2
N
Outro Esquema Ignorado
4
Em branco
9,7
1
8,6
976 100,0 289 100,0 474 100,0 1035 100,0 329 100,0 139 100,0 3243 100,0
Fonte: SINAN/CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 30/06/2011, sujeitos à revisão.
58
TRANSMISSÃO VERTICAL
Tabela 5. Casos de gestantes com sífilis, segundo tratamento dos parceiros e ano de notificação. Município de São Paulo, 2008 a 2011*.
Tratamento do parceiro**
2008** N
2009**
2010
2011
Total
%
N
%
N
%
N
%
N
Tratamento concomitante ao da gestante
%
Sim
149
24,7
244
31,8
385
43,5
356
51,6
1134
38,5
Não
127
21,0
212
27,6
370
41,8
256
37,1
965
32,7
Ignorado
328
54,3
312
40,6
130
14,7
78
11,3
848
28,8
Total de parceiros
604 100,0
768 100,0
885 100,0
690 100,0
2947 100,0
Motivo de não realização do tratamento Não teve contato com a gestante Não foi convocado
12
9,4
39
18,4
69
18,6
58
22,7
178
18,4
3
2,4
7
3,3
23
6,2
10
3,9
43
4,5
Convocado, não compareceu
21
16,5
37
17,5
69
18,6
42
16,4
169
17,5
Recusou tratamento
13
10,2
13
6,1
32
8,6
21
8,2
79
8,2
Sorologia não reagente
21
16,5
30
14,2
41
11,1
23
9,0
115
11,9
Outros motivos
18
14,2
50
23,6
99
26,8
61
23,8
228
23,6
Em branco
39
30,7
36
17,0
37
10,0
41
16,0
153
15,9
Total de parceiros não tratados 127 100,0
212 100,0
Fonte: SINAN/CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Casos notificados até 30/06/2011, sujeitos à revisão. **Dados da FIE 2008 e 2009, disponíveis no SINAN Net a partir de 2010.
370 100,0
256 100,0
965 100,0
59
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
3.2.2. SÍFILIS CONGÊNITA A redução do número de casos de sífilis congênita é um dos indicadores pactuados pelo município com o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde, no eixo I das ações prioritárias nacionais para a redução da mortalidade infantil e materna (Pacto pela Vida). Considera-se a sífilis congênita eliminada quando o coeficiente de incidência for inferior a 0,5 caso /1000 nascidos vivos. A sífilis na gestação dispõe de protocolo de tratamento bem estabelecido, medicação efetiva e de baixo custo, mas cuja consecução depende de uma cadeia de eventos que têm que estar bem articulados durante o pré-natal. Outra questão relevante diz respeito às dificuldades de diagnóstico de sífilis congênita na criança que pode ser assintomática ao nascer, mas ter sido infectada. Os exames laboratoriais disponíveis em uma proporção expressiva de casos não permitem, em curto prazo de tempo, a distinção entre doença ativa e transferência de anticorpos maternos. No período de janeiro de 1998 a junho de 2011, foram notificados 5862 casos de sífilis congênita (SC) em crianças residentes no município de São Paulo (tabela 1). O maior número de casos foi notificado pela Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Norte (1672), seguida da CRS Sul (1266), CRS Leste (1073), CRS Sudeste (911) e CRS Centro-Oeste (822). Em relação ao coeficiente de incidência (CI) de sífilis congênita, para o município, observou-se diminuição até 2006, seguida de aumento progressivo, atingindo 3,2 casos/1000 nascidos vivos (NV) em 2010 (gráfico 1). As CRS tiveram comportamento semelhante, exceto a CRS Leste que vem apresentando o menor CI desde 2007, sendo a única região com queda do CI de 2009 para 2010. Gráfico 1. Coeficiente de incidência de sífilis congênita, segundo Coordenadorias Regionais de Saúde de residência. Município de São Paulo, 2003 a 2010*. 5,5 4,5 3,5 CI
2,5 1,5 0,5 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 ano de nascimento
C. OESTE
LESTE
NORTE
SUDESTE
SUL
SÃO PAULO
Fonte: SINAN/CCD/COVISA/SMSSP (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão.
De 2007 a 2010, o número de unidades notificantes passou de 46 para 58. Nesse período, seis unidades foram responsáveis por metade dos casos notificados de SC, compondo o grupo das “Grandes notificadoras”. As demais, responsáveis pelo restante das notificações, foram agrupadas no denominado “Grupo das Demais Notificadoras”. Comparando o crescimento das notificações ao longo do período, a variação das “Grandes Notificadoras” foi de 16,6%, enquanto que a das “Demais Notificadoras” foi de 52,5%, mostrando a ampliação no número de unidades notificadoras no município (gráfico 2).
60
73 25 9 39 78 9 4 14 12 17 13 9 106 16 15 22 9 13 31 71 27 4 7 25 8 60 12 22 13 3 10 1 389
3,6 3,2 1,4 6,7 1,8 2,4 1,1 2,6 1,8 1,9 1,7 1,3 2,8 2,8 1,9 4,6 0,9 3,1 6,1 1,9 3,2 0,6 1,0 3,6 1,0 1,1 1,2 1,9 1,2 1,1 1,0 2,1
50 25 8 17 63 2 6 4 16 8 12 15 111 14 12 26 9 13 37 54 23 5 4 17 5 79 18 20 22 6 13 2 359
2,6 3,3 1,3 3,0 1,5 0,6 1,7 0,8 2,4 0,9 1,6 2,2 3,0 2,5 1,6 5,6 0,9 3,3 7,5 1,5 2,8 0,8 0,6 2,5 0,6 1,5 1,8 1,8 2,1 2,2 1,3 2,0
53 20 2 31 62 5 5 7 10 11 14 10 89 13 7 25 13 7 24 51 24 7 3 12 5 72 27 11 29 2 3 327
3,4 3,6 1,4 5,2 2,1 2,0 1,4 4,4 0,9 2,5 2,0 1,7 4,1 3,0 1,9 7,4 2,2 3,7 9,3 1,9 2,3 0,4 1,6 3,6 1,4 2,2 3,8 1,5 3,5 2,4 2,0 2,7
Fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão. ** Descartados 162 casos no período de 2006 a 2011 que não preenchiam critérios de definição de caso de sífilis congênita.
67 28 9 30 90 7 5 23 6 22 15 12 150 17 15 35 21 15 47 70 19 3 12 25 11 123 39 18 38 7 21 1 501
53 13 5 35 45 7 3 3 5 13 6 8 113 28 20 17 8 8 32 47 19 6 6 13 3 88 33 13 22 6 14 346
3,2 3,2 1,6 5,0 2,2 1,9 1,6 1,8 2,7 2,0 1,7 3,2 2,8 2,7 3,4 3,5 1,3 1,7 5,1 1,8 3,1 0,9 1,5 2,2 1,3 1,5 2,6 1,4 2,3 1,3 1,3 2,2
2,8 2,7 0,3 5,7 1,5 1,5 1,4 1,4 1,6 1,3 1,9 1,6 2,5 2,4 1,0 5,4 1,4 1,8 5,0 1,4 3,0 1,1 0,4 1,8 0,6 1,6 2,7 1,0 2,9 0,7 0,3 1,8
CENTRO-OESTE 333 Butantã 131 Lapa / Pinheiros 54 Sé 148 LESTE 530 Cid Tiradentes 38 Erm. Matarazzo 32 Guaianases 55 Itaim Paulista 108 Itaquera 98 São Mateus 67 São Miguel 132 NORTE 576 Cachoeirinha 87 Freguesia do Ó 153 Jaçanã / Tremembé 88 Pirituba / Perus 65 Santana / Tucuruvi 40 Vila Maria 143 SUDESTE 365 Aricanduva / Mooca 128 Ipiranga 33 V. Mariana /Jabaquara 59 Penha 85 V. Prudente 60 SUL 465 Campo Limpo 147 C. do Socorro 88 M Boi Mirim 135 Parelheiros 19 Sto Amaro 76 Endereço ignorado 34 Município 2303
2,9 1,9 0,8 6,5 1,2 2,0 1,0 0,7 0,9 1,6 1,0 1,3 3,3 5,3 2,8 4,1 0,9 1,9 7,1 1,4 2,4 1,0 0,9 2,0 0,4 2,1 3,5 1,2 2,3 2,5 1,5 2,1
64 13 7 44 43 1 6 3 9 5 6 13 135 26 19 27 13 11 39 63 22 7 8 22 4 102 36 21 21 4 20 1 408
3,4 1,9 1,1 8,1 1,1 0,3 1,9 0,7 1,5 0,6 0,9 2,2 3,9 5,0 2,6 6,3 1,5 2,5 8,4 1,9 2,8 1,2 1,2 3,3 0,6 2,4 3,8 2,0 2,1 1,7 2,1 2,4
61 10 7 44 59 6 2 4 11 12 16 8 135 27 18 29 18 7 36 58 14 14 9 14 7 90 33 16 20 3 18 6 409
3,2 1,4 1,1 7,9 1,6 1,6 0,7 0,8 1,9 1,5 2,5 1,3 3,9 5,1 2,5 6,7 2,0 1,8 7,6 1,7 1,7 2,3 1,3 2,2 1,0 2,1 3,4 1,5 2,0 1,2 1,9 2,4
83 16 9 58 52 7 6 4 9 14 5 7 180 37 28 44 29 18 24 84 15 29 16 14 10 138 39 43 27 2 27 7 544
4,4 2,4 1,3 10,6 1,4 1,9 1,9 0,9 1,6 1,8 0,8 1,2 5,3 7,1 3,9 10,1 3,3 4,5 5,1 2,4 1,8 4,8 2,3 2,1 1,5 3,2 4,0 4,1 2,7 0,8 2,9 3,2
45 13 6 26 51 3 4 3 10 11 9 11 77 9 11 15 16 6 20 48 10 13 14 8 3 49 15 13 6 4 11 6 276
882 294 116 472 1073 85 73 120 196 211 163 225 1672 274 298 328 201 138 433 911 301 121 138 235 116 1266 399 265 333 56 213 58 5862
Tabela 1. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência por 1000 nascidos vivos), segundo Coordenadorias Regionais de Saúde e respectivas Supervisões de Vigilância em Saúde de residência e ano de nascimento. Município de São Paulo, 1998 a 2003 e 2004 a 2011*. CRS 1998-2002 2003 2004 2005 2006** 2007** 2008** 2009** 2010** 2011** total residência nº CI nº CI nº CI nº CI nº CI nº CI nº CI nº CI nº CI nº nº
TRANSMISSÃO VERTICAL
61
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 2. Distribuição percentual de casos notificados de sífilis congênita, segundo os grupos de unidades de saúde e ano de notificação, residentes no município de São Paulo, 2007 a 2010*. 350
300
250 Grandes notificadores varIação = 16,6% 200 Demais notificadores variação = 52,5%
150
100
2007
2008
2009
2010
Fonte: SINAN/CCD/COVISA/SMSSP (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão.
Ao analisar as características das mães dessas crianças, no período de 2003 a 2010 (tabela 2), observa-se que 10,9% das mães são adolescentes (entre 10 e 19 anos de idade). Com relação à escolaridade, 35,9% têm de um a sete anos de estudos concluídos, 42,5% têm oito anos ou mais, e 2,0% não tem escolaridade. Entretanto, a análise desta variável é comprometida devido ao grande percentual de informação ignorada (39,4%). Dos casos em que a escolaridade é conhecida, 35,1% têm 12 anos ou mais de estudo. Ainda na tabela 2, é preocupante o aumento do percentual de casos cujas mães não realizaram o pré-natal, superando os 25% desde 2009, e a alta porcentagem de diagnósticos de sífilis durante a gestação. Das gestantes que informam ter feito o pré-natal, 60,9% tiveram o diagnóstico de sífilis durante a gestação. Salienta-se que a falta na ficha de notificação de quesitos específicos como idade de início do pré-natal, número de consultas realizadas e idade gestacional da criança ao nascer, não permite nenhuma conclusão quanto à qualidade do cuidado que foi dispensado às gestantes. Na tabela 3 estão apresentados os dados referentes ao tratamento da gestante e de seu parceiro, dos casos notificados de sífilis congênita cujas mães tiveram o diagnóstico de sífilis durante o pré-natal (n=1643). Em 73% delas o esquema de tratamento foi inadequado e 9,8% não trataram. Em 5,8%, apesar do tratamento da mãe ter sido adequado, os casos foram confirmados por alteração laboratorial e/ou clínica na criança. Ainda, em 11% das notificações não se obteve informação do tratamento materno. Aqui, também a separação entre a assistência à gestação e ao parto dificulta a transferência de informações relevantes acerca do tratamento realizado, tanto nas gestantes quanto em seus parceiros, para a assistência hospitalar, dados esses utilizados na classificação dos casos. Apesar da melhora da informação referente ao tratamento dos parceiros, no decorrer do período, esta é ignorada em 19,2% dos casos. Embora o parceiro tenha sido tratado em 18,7% dos casos, o tratamento das gestantes foi adequado em apenas 5,8%, evidenciando outros motivos de inadequação que não o tratamento do parceiro. Em relação às características das crianças, a tabela 4 mostra que 96,5% dos casos de SC são notificados com menos de sete dias de vida. Entre aqueles que realizaram os exames recomendados pelo protocolo, o VDRL foi reagente em 50,9%, observou-se alteração dos ossos longos em 1,4%, alteração liquórica em 3,5% e reatividade do VDRL do líquor em 2,4%.
62
TRANSMISSÃO VERTICAL
Os dados apresentados mostram aumento do número de casos notificados e de unidades notificantes sem que seja possível precisar seu significado, podendo expressar aumento da captação de casos pelo sistema de informação, aumento da incidência, sensibilidade da definição de caso, problemas com o diagnóstico laboratorial, além de particularidades da organização da assistência à gestante e ao parto, dentre outros fatores intervenientes. A compreensão do significado do aumento do número de casos após 2006, a dificuldade de obtenção de dados pelos sistemas de informação e o compromisso assumido pelo município de eliminação da sífilis congênita até 2015 evidenciam a necessidade de aprofundamento da investigação dos casos ocorridos. Os comitês regionais de investigação de agravos de transmissão vertical, criados em cada uma das CRS, iniciaram suas atividades com a investigação dos casos de SC notificados a partir de 1º de janeiro de 2011, e poderão responder a essas questões por meio do conhecimento de cada caso e sua história, do pré-natal até o parto, visando a identificação de eventuais oportunidades perdidas ou a definição de estratégias específicas para grupos com vulnerabilidades especiais.
63
64 2011** N %
Total
501 100,0
389 100,0
359 100,0
327 100,0
346 100,0
408 100,0
Fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão. ** Descartados 162 casos no período de 2006 a 2011 que não preenchiam critérios de definição de caso de sífilis congênita.
Total
409 100,0
544 100,0
276 100,0 3559 100,0
46,2 45,8 8,0
2010** N %
Diagnóstico de sífilis no pré-natal Sim 233 46,5 195 50,1 174 48,5 132 40,4 163 47,1 192 47,1 176 43,0 250 46,0 128 46,4 1643 Não 199 39,7 138 35,5 133 37,0 128 39,1 172 49,7 208 51,0 222 54,3 285 52,4 145 52,5 1630 Ign/Branco 69 13,8 56 14,4 52 14,5 67 20,5 11 3,2 8 2,0 11 2,7 9 1,7 3 1,1 286
2009** N %
75,0 19,6 5,3
2008** N %
Realizou pré-natal Sim 415 82,8 313 80,5 277 77,2 231 70,6 273 78,9 304 74,5 282 68,9 378 69,5 198 71,7 2671 Não 62 12,4 54 13,9 52 14,5 55 16,8 62 17,9 85 20,8 111 27,1 145 26,7 72 26,1 698 Ign/Branco 24 4,8 22 5,7 30 8,4 41 12,5 11 3,2 19 4,7 16 3,9 21 3,9 6 2,2 190
2007** N %
2,0 10,5 25,4 21,3 1,5 39,4
2006** N %
Escolaridade Nenhuma 19 3,8 15 3,9 8 2,2 7 2,1 6 1,7 5 1,2 3 0,7 5 0,9 2 0,7 70 De 1 a 3 82 16,4 58 14,9 56 15,6 30 9,2 32 9,2 47 11,5 28 6,8 24 4,4 16 5,8 373 De 4 a 7 128 25,5 109 28,0 97 27,0 84 25,7 112 32,4 94 23,0 103 25,2 125 23,0 52 18,8 904 De 8 a 11 71 14,2 53 13,6 53 14,8 58 17,7 99 28,6 102 25,0 97 23,7 154 28,3 70 25,4 757 De 12 e mais 6 1,2 12 3,1 6 1,7 9 2,8 3 0,9 4 1,0 5 1,2 5 0,9 2 0,7 52 Ign/Branco 195 38,9 142 36,5 139 38,7 139 42,5 94 27,2 156 38,2 173 42,3 231 42,5 134 48,6 1403
2005 N %
0,4 10,5 49,5 19,1 12,8 4,7 3,0
2004 N %
Faixa Etaria 10 a 14 2 0,4 1 0,3 0 - 3 0,9 0 - 1 0,2 2 0,5 4 0,7 2 0,7 15 15 a 19 39 7,8 34 8,7 27 7,5 24 7,3 34 9,8 57 14,0 56 13,7 61 11,2 42 15,2 374 20 a 29 236 47,1 185 47,6 170 47,4 157 48,0 180 52,0 200 49,0 211 51,6 286 52,6 136 49,3 1761 30 a 34 102 20,4 81 20,8 72 20,1 62 19,0 65 18,8 72 17,6 74 18,1 101 18,6 51 18,5 680 35 a 39 81 16,2 59 15,2 59 16,4 34 10,4 40 11,6 54 13,2 44 10,8 56 10,3 30 10,9 457 >40 20 4,0 18 4,6 17 4,7 20 6,1 26 7,5 15 3,7 16 3,9 23 4,2 11 4,0 166 Ign 21 4,2 11 2,8 14 3,9 27 8,3 1 0,3 9 2,2 6 1,5 13 2,4 4 1,4 106
2003 %
%
N
N
Características da mãe
Tabela 2. Casos notificados de sífilis congênita, segundo caracteristicas da mãe e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2003 a 2011.*
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
2003 N %
2004 N %
2005 N %
2006** N %
]2007** N %
2008** N %
2009** N %
2010** N %
2011** N %
Total N %
233 100,0
195 100,0
174 100,0
132 100,0
163 100,0
Fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão. ** Descartados 162 casos no período de 2006 a 2011 que não preenchiam critérios de definição de caso de sífilis congênita.
Total
192 100,0
176 100,0
250 100,0
18,7 62,1 19,2
128 100,0 1643 100,0
Tratamento do Parceiros Sim 55 23,6 40 20,5 31 17,8 33 25,0 23 14,1 28 14,6 23 13,1 49 19,6 25 19,5 307 Não 109 46,8 99 50,8 106 60,9 68 51,5 115 70,6 134 69,8 134 76,1 171 68,4 84 65,6 1020 Ignorado 69 29,6 56 28,7 37 21,3 31 23,5 25 15,3 30 15,6 19 10,8 30 12,0 19 14,8 316
Esquema de tratamento das mães Adequado 20 8,6 14 7,2 21 12,1 12 9,1 1 0,6 2 1,0 4 2,3 14 5,6 8 6,3 96 5,8 Inadequado 185 79,4 127 65,1 130 74,7 94 71,2 119 73,0 158 82,3 136 77,3 158 63,2 96 75,0 1203 73,2 Não realizado 11 4,7 13 6,7 7 4,0 8 6,1 31 19,0 17 8,9 21 11,9 45 18,0 8 6,3 161 9,8 Ignorado 17 7,3 41 21,0 16 9,2 18 13,6 12 7,4 15 7,8 15 8,5 33 13,2 16 12,5 183 11,1
Mães com sífilis no pré-natal
Tabela 3. Casos notificados de sífilis congênita, segundo ano de nascimento e esquema de tratamento das mães com sífilis e dos parceiros, durante o pré-natal. Município de São Paulo, 2003 a 2001*.
TRANSMISSÃO VERTICAL
65
66
501 100,0
389 100,0
359 100,0
327 100,0
346 100,0
Fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP (casos notificados até 30/ 06/ 2011) (*) Dados preliminares até 30/06/2011, sujeitos à revisão. ** Descartados 162 casos no período de 2006 a 2011 que não preenchiam critérios de definição de caso de sífilis congênita.
Total
408 100,0
409 100,0
544 100,0
276 100,0 3559 100,0
1,4 71,8 11,9 14,8
Alt Ossos Longos Sim 10 2,0 6 1,5 4 1,1 5 1,5 5 1,4 6 1,5 7 1,7 4 0,7 4 1,4 51 Não 332 66,3 282 72,5 270 75,2 216 66,1 261 75,4 290 71,1 294 71,9 403 74,1 207 75,0 2555 Não realizado 2 0,4 37 9,5 28 7,8 39 11,9 55 15,9 75 18,4 78 19,1 82 15,1 29 10,5 425 Ign/Branco 157 31,3 64 16,5 57 15,9 67 20,5 25 7,2 37 9,1 30 7,3 55 10,1 36 13,0 528
3,5 66,7 15,0 14,0
2011** N %
Alt. Liquórica Sim 30 6,0 13 3,3 15 4,2 13 4,0 4 1,2 10 2,5 10 2,4 19 3,5 12 4,3 126 Não 323 64,5 276 71,0 240 66,9 205 62,7 244 70,5 274 67,2 280 68,5 339 62,3 194 70,3 2375 Não realizado 2 0,4 49 12,6 33 9,2 1 0,3 72 20,8 98 24,0 95 23,2 143 26,3 42 15,2 535 Ign/Branco 146 29,1 51 13,1 60 16,7 93 28,4 26 7,5 26 6,4 24 5,9 43 7,9 28 10,1 497
2010** N %
2,4 61,7 24,0 11,9
2009** N %
VDRL Líquor Reativo 13 2,8 9 2,4 10 2,8 8 2,4 6 1,7 7 1,7 9 2,2 18 3,3 5 1,8 85 Não reativo 292 62,8 245 64,1 232 64,6 186 56,9 223 64,5 263 64,5 256 62,6 313 57,5 187 67,8 2197 Não realizado 108 23,2 76 19,9 50 13,9 60 18,3 96 27,7 117 28,7 124 30,3 170 31,3 52 18,8 853 Ign/Branco 88 18,9 59 15,4 67 18,7 73 22,3 21 6,1 21 5,1 20 4,9 43 7,9 32 11,6 424
2008** N %
50,9 22,3 15,2 11,6
2007** N %
VDRL sangue periférico Reativo 225 44,9 135 34,7 135 37,6 116 35,5 183 52,9 232 56,9 234 57,2 361 66,4 192 69,6 1813 Não reativo 141 28,1 56 14,4 46 12,8 28 8,6 117 33,8 122 29,9 120 29,3 104 19,1 58 21,0 792 Não realizado 71 14,2 87 22,4 92 25,6 95 29,1 31 9,0 46 11,3 45 11,0 59 10,8 14 5,1 540 Ign/Branco 64 12,8 111 28,5 86 24,0 88 26,9 15 4,3 8 2,0 10 2,4 20 3,7 12 4,3 414
2006** N %
96,5 1,4 2,1 -
2005 N %
Faixa etaria 0 a 6 dias 478 95,4 373 95,9 345 96,1 313 95,7 332 96,0 397 97,3 400 97,8 528 97,1 267 96,7 3433 7-27 dias 14 2,8 4 1,0 8 2,2 7 2,1 7 2,0 1 0,2 5 1,2 3 0,6 2 0,7 51 28 a 11 meses 9 1,8 12 3,1 6 1,7 7 2,1 7 2,0 10 2,5 4 1,0 13 2,4 7 2,5 75 1 a 2 anos 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 3 anos e mais 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0
2004 N %
Total %
2003 N % N
Caracteristicas da criança
Tabela 4. Casos notificados de sífilis congênita, segundo caracteristicas da criança e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2003 a 2011*. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
HEPATITES B E C
04
Hepatites B e C
67
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Introdução A hepatite causada pelo Vírus da Hepatite C (VHC) é uma das doenças virais que mais atingem o fígado. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 3 a 4 milhões de pessoas no mundo são infectadas pelo VHC a cada ano e aproximadamente 170 milhões de pessoas estão cronicamente infectadas pelo VHC e sob risco de desenvolver cirrose ou câncer de fígado. A cada ano, cerca de 350.000 pessoas morrem de doenças hepáticas relacionadas à hepatite crônica C. A hepatite causada pelo Vírus da Hepatite B (VHB) é um dos maiores problemas de saúde no mundo e é a mais grave das hepatites virais. Cerca de 2 bilhões de pessoas estão infectadas pelo VHB e aproximadamente 350 milhões tem a infecção crônica. Anualmente, 600.000 pessoas morrem devido às conseqüências de hepatite B aguda ou crônica. A infectividade do VHB é 50 a 100 vezes maior que a do HIV. No entanto, hoje já existe a vacina contra a hepatite B, uma medida segura e eficaz de prevenção, incluída no calendário de imunização do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Brasil desde 1998. Esta vacina tem 95% de eficácia na prevenção da infecção pelo VHB e das suas conseqüências, sendo, portanto a primeira vacina que previne um dos principais cânceres que acometem o homem. Inquérito epidemiológico realizado no município de São Paulo, publicado em 1998, encontrou prevalência de 5,9% para marcadores da hepatite B, sendo 1,0% indivíduos AgHBs reagente e 4,9% imunes por infecção pregressa. Nesse mesmo estudo, a estimativa de prevalência para a hepatite C foi de 1,4%, sendo maior para a população acima de 30 anos de idade (Focaccia, 1998).
Vigilância Epidemiológica As Hepatites B e C são de notificação compulsória desde 1999. No estado de São Paulo devem ser notificados todos os casos que apresentem pelo menos um marcador sorológico ou virológico reagente. Os marcadores sorológicos indicados para a triagem da hepatite B são o AgHBs e o anti-HBc total e para a hepatite C é o anti-VHC. Figura 1. Marcadores sorológicos de triagem para as hepatites B e C.
Anti-HBc Total
AgHBs
Anti-VHC
68
HEPATITES B E C
A distribuição percentual das notificações das hepatites B ou C, por local de atendimento nas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), apresenta diferenças importantes e tem relação com o número de serviços existentes em cada região. A CRS com maior número de notificações é a Centro-Oeste onde estão situados serviços de grande porte como o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Gráfico 1). Gráfico 1. Porcentagem de casos de hepatite B e C notificados, segundo Coordenadoria Regional de Saúde de notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2010. 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
NORTE
SUL
LESTE
SUDESTE
C_OESTE
7,9
12,1
16,4
24,5
39,1
%
COORDENADORIA
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
Os exames de triagem para o VHB e para o VHC podem ser solicitados em todos os serviços da rede municipal, incluindo as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Deve-se ressaltar que 386 UBS fizeram pelo menos uma notificação no período de 2007 a 2010 (Tabela 1) sendo responsáveis por 21% das notificações e que os CTA contribuíram com 18% dos casos notificados (Gráfico 2). Tabela 1. Número e porcentagem de notificações de hepatites B e C, segundo tipo do serviço. Município de São Paulo, 2007 a 2010. Tipo de Unidade
Número unidades
%
número casos
%
AE
19
3,0
1.061
2,6
AMA/PSM
25
4,0
53
0,1
CR DST/aids
3
0,5
4.027
9,8
CRT DST/aids
1
0,2
2.410
5,8
CTA HOSPITAL
9
1,4
7.722
18,7
101
16,1
11.919
28,9
SAE
10
1,6
4.296
10,4
UBS
386
61,4
8.620
20,9
75
11,9
1.139
2,8
629
100
41.247
100
OUTROS TOTAL
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
69
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Deve-se destacar que no conjunto os serviços especializados no atendimento aos portadores de DST/aids foram responsáveis por 45% das notificações, neste período (Gráfico 2). Gráfico 2. Porcentagem de notificações de hepatites virais, segundo tipo do serviço notificador. Município de São Paulo, 2007 a 2010. 0 3
AMA/PSM
2
AE
6
OUTROS
10
29 CRT CR DST
10
SAE 21
19
CTA UBS HOSPITAL
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
Epidemiologia das Hepatites B e C A Tabela 2 e o Gráfico 3 apresentam a série histórica dos casos notificados de hepatite B. Observa-se que no ano de 2010 houve queda de 10,3% no número de notificações de hepatite B, tanto de casos em atividade (AgHBs reagente) como de cicatriz sorológica, sugerindo a falta de detecção de novos casos ou atraso de notificação. Tabela 2. Número de casos notificados com marcadores para os Vírus da Hepatite B ou C, segundo ano de notificação. Município de São Paulo, 2000 a 2010. Ano
B
C
Nº
%
2000
4
2001
27
2002
246
2003
1.011
2004 2005
Total
Nº
%
Nº
%
0.0
1
0.1
18
0.0
5
0.0
0.1
45
0.1
0.9
307
3.9
1.385
1.1
553
1.0
5.1
2.396
4.5
1.688
6.5
2.203
8.5
2.182
8.1
3.870
7.3
2.535
9.4
4.738
8.9
2006
3.257
2007
3.325
12.5
3.348
12.4
6.605
12.4
12.8
3.814
14.1
7.139
13.5
2008 2009
4.195
16.1
4.321
16.0
8.516
16.0
5.306
20.4
4.945
18.3
10.251
19.3
2010
4.757
18.3
4.192
15.5
8.949
16.9
Total
26.019
100
27.048
100
53.067
100
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
70
HEPATITES B E C
Gráfico 3. Número de casos com marcadores para o VHB segundo classificação final e ano da notificação, município de São Paulo, 2000 a 2010.
4000 3500 3000 2500 2000 Cicatriz sorológica
1500
Confirmado
1000 500 0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Caso confirmado= AgHBs reagente Cicatriz sorológica = AgHBs não reagente e anti-HBc Total reagente.
A Tabela 2 e o Gráfico 4 apresentam a evolução das notificações de hepatite C e verifica-se que em 2010 houve um decréscimo de 15,2% no número de casos registrados no SINAN. Importante destacar a queda das notificações com a presença do resultado dos exames de biologia molecular o que reflete a dificuldade de acesso aos serviços de referência onde o exame de confirmação do diagnóstico (VHC RNA) é solicitado. Por outro lado, a manutenção do patamar de casos com apenas o anti-VHC é preocupante, pois evidencia a falta de detecção ou de confirmação ou de notificação. Gráfico 4. Número de casos notificados de VHC segundo classificação final e ano da notificação. Município de São Paulo, 2000 a 2010.
3000
CONFIRMADO
NO DE CASOS
2500 2000 1500
INCONCLUSIVO
1000 500 0
CICATRIZ
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 ANO DE NOTIFICAÇÃO
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Caso confirmado = VHC-RNA reagente Caso inconclusivo = anti-VHC reagente e VHC-RNA não realizado Cicatriz = anti-VHC reagente e VHC-RNA não reagente
71
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Hepatite B No período de 2007 a 2010 foram notificados 17.583 casos com marcadores para o VHB, sendo 5.507 (31,3%) confirmados com presença do AgHBs reagente e 12.076 (68,7%) com cicatriz sorológica. A distribuição dos casos de hepatite B segundo faixa etária na ocasião da notificação mostra o aumento de número de casos com atividade da doença e com cicatriz sorológica a partir de 20 anos. Este fato evidencia que a infecção continua ocorrendo no início da adolescência, reforçando a importância da vacinação contra a hepatite B na infância ou na adolescência (Gráfico 5). Gráfico 5. Número de casos com marcadores para o VHB segundo classificação final e faixa etária (na notificação, em anos), Município de São Paulo, 2007 a 2010. 3500
Número de casos
3000 2500 Cicatriz sorológica
2000 1500
Confirmado
1000 500 0
Cicatriz sorológica Confirmado
1 a 9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89 90 a 99 19 22
241 266
1156 2040
1442 2948
1199 2828
868 2211
402 1197
128 421
29 98
2 6
Faixa etária (anos) Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Excluídos 60 casos com idade menor de 1 ano Confirmado= AgHBs reagente Cicatriz sorológica = AgHBs não reagente e anti-HBc total reagente.
O sexo masculino apresentou a maior porcentagem de notificações tanto de casos em atividade (AgHBs reagente) como de cicatriz sorológica (Gráfico 6). Gráfico 6. Porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo classificação final e sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2010.
%
70 60 50
Masculino
40 Feminino
30 20 10 0
Confirmado
Cicatriz Classificação final do caso
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Confirmado = AgHBs reagente Cicatriz = AgHBs não reagente e anti-HBc total reagente Excluídos 2 casos com sexo ignorado
72
Total
HEPATITES B E C
A distribuição dos casos de hepatite B, segundo raça/cor e marcador sorológico, mostra que em todas as raças com exceção da amarela, a maior proporção de casos notificados é de cicatriz sorológica (Tabela 3). Cerca de 60% dos casos na raça amarela apresentam o AgHBs reagente e este padrão merece aprofundamento das investigações principalmente quanto a forma de exposição.
Tabela 3. Distribuição dos casos de hepatite B, segundo raça/cor e marcador sorológico, Município de São Paulo, 2007 a 2010.
Raça/Cor Branca Preta Amarela Parda Indígena Total
AgHbs % Cicatriz sorológica positivo (AgHBs negativo)
%
TOTAL
%
3074
32.7
6314
67.3
9388
100.0
652
28.6
1627
71.4
2279
100.0
483
59.7
326
40.3
809
100.0
1517
25.3
4473
74.7
5990
100.0
28
17.2
135
82.8
163
100.0
5754
30.9
12875
69.1
18629
100.0
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
Tabela 4. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHB, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão, município de São Paulo, 2007 a 2010. Fonte
Nº de casos
%
Sexual
5.378
73,8
Transfusional
196
2,7
Uso de drogas
355
4,9
Vertical
102
1,4
Ac. Trabalho
31
0,4
Hemodiálise
54
0,7
Domiciliar
357
4,9
Tr. Cirúrgico
203
2,8
Tr. Dentário
335
4,6
Outros
275
3,8
7.286
100
Total
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Excluídos 10.297 casos com informação ignorada ou não preenchida
73
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
A exposição sexual é a principal fonte/mecanismo de transmissão para os portadores de marcadores para o VHB, apesar do grande número de informação ignorada ou não preenchida (Tabela 4). A definição da provável fonte/mecanismo de transmissão é dificultada pela multiplicidade de exposições ou por problemas na captação do dado, como a não resposta do paciente ou falta de anotação no prontuário de atendimento. A análise da distribuição percentual dos casos notificados de Hepatite B por Distrito Administrativo (DA) de residência evidencia maior concentração nos DA Santa Cecília, República e Bela Vista da CRS Centro-Oeste (Figura 2). Somando-se as porcentagens de todos os DA da SUVIS Sé (República, Bela Vista, Santa Cecília, Sé, Liberdade, Bom Retiro, Consolação e Cambuci) obtém-se 18,6% dos casos notificados de hepatite B do município de São Paulo. Figura 2. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHB, segundo distrito administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2010.
LEGENDA:
até 0.8 0.8 --| 1.5 1.5 --| 2.5 2.5 --| 3.3 3.3 --| 4.1
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
74
HEPATITES B E C
Hepatite C No período de 2007 a 2010 foram notificados 17.242 casos com marcadores sorológicos ou virológicos para o VHC, sendo que 9.564 (55,4%) confirmados (VHC-RNA reagente), 5.486 (31,8%) inconclusivos com o anti-VHC reagente e resultado do VHC-RNA ignorado e 2.222 (12,9%) apresentaram cicatriz sorológica (anti-VHC reagente e VHC-RNA não reagente). A distribuição dos casos de hepatite C segundo faixa etária no momento da notificação mostra o aumento do número de casos com atividade da doença e dos com cicatriz sorológica a partir de 30 anos, mantendo um grande número de casos até os 60 anos. (Gráfico 5). Gráfico 7. Número de casos com marcadores para o VHC segundo faixa etária (idade na notificação em anos), município de São Paulo, 2007 a 2010. 3000
2500
Nº de casos
2000
1500
1000
500
0 Confirmado Inconclusivo Cicatriz
1a9 35 21 9
10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89 90 a 99 95 820 1835 2602 2496 1267 335 62 0 136 740 1063 1317 1199 644 254 74 7 132 409 433 539 443 191 43 13 0 Faixa etária
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
O Gráfico 8 mostra que o sexo masculino apresentou a maior porcentagem de notificações de casos com atividade (VHCRNA reagente) e o sexo feminino apresenta a maior porcentagem de cicatriz (VHC-RNA não reagente).
75
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 8. Porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2010. % 60,0
50,0
55,8
54,1
53,8 46,2
52,6 47,4
45,9
44,2
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0 Feminino Masculino
Confirmado 46,2 53,8
Inconclusivo Cicatriz 45,9 55,8 54,1 44,2 Classificação final
TOTAL 47,4 52,6
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
A distribuição dos casos de hepatite C, segundo raça/cor e marcador virológico, mostra que em todas as raças com exceção da indígena, em todas as categorias a proporção de casos notificados na forma crônica da doença (VHCRNA reagente) supera 70% (Tabela 5). Entre os indígenas nota-se maior percentagem de cicatriz, porém o número de casos é muito pequeno podendo não ter significado epidemiológico. O maior número de casos foi encontrado na raça/cor branca. Tabela 5. Distribuição dos casos de hepatite C, segundo raça/cor e marcador sorológico, Município de São Paulo, 2007 a 2010. Raça/Cor Branca
VHCRNA reagente
%
VHCRNA não reagente (1)
%
Total
6.105
83.7
1.192
16.3
7.297
Preta
711
80.6
171
19.4
882
Amarela
109
81.3
25
18.7
134
1.950
73.7
697
26.3
2.647
14
60.9
9
39.1
23
8.889
80.9
2.094
19.1
10.983
Parda Indígena Total
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 (1) (2) (3)
anti-VHC reagente não incluídos 5.486 casos anti-VHC reagente e VHCRNA ignorado excluídos 803 casos com dado não informado ou ignorado.
As três principais prováveis fontes/mecanismo de transmissão descritas no banco de dados do SINAN são: uso de drogas (30,4%), sexual (26,5%) e transfusional (20,2%). A elevada porcentagem de transmissão sexual encontrada não está de acordo com a literatura atual. Deve-se, porém, destacar a elevada porcentagem de fonte de transmissão ignorada (52,8%) que prejudica a análise desta variável (Tabela 6).
76
HEPATITES B E C
Tabela 6. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHC, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão, município de São Paulo, 2007 a 2010. Fonte
Nº de casos
%
Sexual
1.477
26.5
Transfusional
1.124
20.2
Uso de drogas
1.691
30.4
Vertical
69
1.2
Ac. Trabalho
38
0.7
Hemodiálise
38
0.7
Domiciliar
51
0.9
Tr. Cirúrgico
485
8.7
Tr. Dentário
288
5.2
Outros Total
303
5.4
5.564
100
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011 Não incluídos os 5.486 casos com anti-VHC reagente e VHC-RNA ignorado – campo fonte não é preenchido. Excluídos 6.222 casos com informação não preenchida ou ignorada.
A distribuição percentual dos casos notificados de Hepatite C por Distrito Administrativo (DA) de residência evidencia maior concentração no DA Sapopemba (3,4%) da CRS Sudeste (Figura 2). O DA Marsilac, da CRS Sul, é o único que não apresenta casos notificados de hepatite C entre os seus residentes. Na CRS Norte destacam-se os distritos administrativos de Brasilândia e Pirituba e na CRS Sul Cidade Ademar, Jardim Ângela e Capão Redondo. Figura 3. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHC, segundo distrito administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde de residência, Município de São Paulo, 2007 a 2010.
LEGENDA:
até 0.7 0.7 --| 1.4 1.4 --| 2.0 2.0 --| 2.7 2.7 --| 3.4
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
77
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Coinfecção Hepatites B/C e HIV No período de 2007 a 2010, foram notificados 17.583 casos com marcadores para o VHB e destes 2.017(11,5%) apresentaram informação afirmativa para a presença de coinfecção com o HIV/aids. Com relação ao VHC, a coinfecção foi observada em 2.461 (14,2%) dos 17.272 casos notificados. (Tabela 1) Tabela 1. Número e porcentagem de casos de hepatite B ou C segundo informação de presença de coinfecção com o HIV/aids na notificação. Município de São Paulo, 2007 a 2010.
HIV/aids
Hepatites B
C
Nº
%
Nº
Sim
2.017
11,5
2.461
Não
13.480
76,7
12.384 71,7
2.086
11,9
2.427
17.583
100
17.272 100
Ignorado Total
% 14,2 14,1
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
Perfil epidemiológico dos casos de hepatite B com coinfecção com o HIV Foram encontrados 2.017 casos com marcadores para o VHB e informação de coinfecção com o HIV/aids. Destes, 658 (32,6%) apresentaram AgHBs reagente e 1.359 (67,4%) cicatriz sorológica para o vírus da hepatite B. Na coinfecção Hepatite B e HIV observa-se o predomínio do sexo masculino, tanto nos casos de atividade da doença (AgHBs reagente) como nos de cicatriz sorológica (Gráfico 1). A relação homem/mulher dos casos com AgHBs reagente/HIV é de 7,6:1 e na cicatriz/HIV é de 4,5:1. Gráfico 1. Distribuição percentual dos casos com marcadores para o VHB e informação de presença de coinfecção com HIV/aids, segundo sexo. Município de São Paulo, 2007 a 2010. % 100 88,0
90
81,2
80 70
Feminino
60
Masculino
50 40 30 20
18,8 12,0
10 0
Confirmado
Cicatriz sorológica Hepatite B
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
78
HEPATITES B E C
Com relação à faixa etária (Gráfico 2) o número de casos aumenta a partir dos 20 anos de idade atingindo principalmente os indivíduos de 30 a 49 anos. Estes dados são compatíveis com a principal forma de transmissão que é a sexual (Tabela 2). Gráfico 2. Número de casos com marcadores para o VHB e informação de presença de coinfecção com o HIV/aids, segundo faixa etária (em anos). Município de São Paulo, 2007 a 2010. 600 500 Cicatriz sorológica Nº de casos
400 300 Confirmado
200 100 0
1a9
10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89 Faixa etária (anos)
Excluídos 3 casos com idade menor de 1 ano. Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
A transmissão sexual é o mecanismo mais freqüente entre os portadores de hepatite B e coinfecção com o HIV.
Tabela 2. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHB e informação de presença de coinfecção com o HIV , segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão do VHB, município de São Paulo, 2007 a 2010. Fonte
Nº de casos
%
Sexual
1.340
93,0
Transfusional
5
0,3
Uso de drogas
80
5,6
Vertical
4
0,3
Domiciliar
2
0,1
Tr. Cirúrgico
2
0,1
Tr. Dentário
2
0,1
Outros Total
6
0,4
1.441
100
Excluídos 576 casos com informação ignorada. Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
79
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO As maiores porcentagens de casos de coinfecção Hepatite B e HIV, segundo local de residência, encontram-se nos DA Santa Cecília e República da Coordenadoria Regional de Saúde Centro – Oeste (Figura 1).
Figura 1. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHB e informação de presença de coinfecção com o HIV, segundo Distrito Administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde de residência, Município de São Paulo, 2007 a 2010.
LEGENDA:
até 1.4 1.4 --| 2.7 2.7 --| 4.1 4.1 --| 5.4 5.4 --| 6.3
Perfil epidemiológico dos casos de hepatite C com coinfecção com o HIV Foram encontrados 2.461 casos com marcadores para o VHC e informação de coinfecção com o HIV/aids. Destes, 1.468 (59,7%) foram confirmados com a presença de VHC-RNA reagente, 665 (27,0%) inconclusivos (somente com o anti-VHC reagente) e 328 (13,3%) cicatriz para o vírus da hepatite C. Na coinfecção Hepatite C e presença de informação afirmativa de coinfecção com o HIV a distribuição dos casos segundo sexo apresenta predomínio do masculino, mas não há diferença percentual dos casos com atividade da doença (VCH RNA reagente) e cicatriz (VHC RNA não reagente) entre as mulheres. Gráfico 3. Porcentagem de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/aids, segundo sexo, Município de São Paulo, 2007 a 2010. % 8 0 ,0 70 ,0 6 0 ,0 50 ,0 4 0 ,0 3 0 ,0 2 0 ,0 10 ,0 0 ,0 Feminino Masculino
Confirmado 30,0 70,0
Inconclusivo 26,5 73,5
Hepatite C Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
80
Cicatriz 31,7 68,3
TOTAL 29,3 70,7
HEPATITES B E C
Quanto à distribuição por faixa etária apresenta aumento a partir dos 30 anos e maior número de casos entre 40 e 49 anos. (Gráfico 4).
Gráfico 4. Número de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/aids segundo faixa etária (em anos). Município de São Paulo, 2007 a 2010. Nº de casos 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Confirmado Inconclusivo Cicatriz
1a9 3 2 1
10 a 19 12 3 6
20 a 29 86 66 35
30 a 39 442 211 103
40 a 49 667 284 132
50 a 59 225 76 44
60 a 69 28 16 6
70 0 a 79 4 3 0
80 0 a 89 1 0 0
Faixa etária (anos)
Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
O uso de drogas aparece como principal provável fonte de infecção (49%) seguida da sexual com 40,5% (Tabela 3). Tabela 3. Número e porcentagem de casos com marcadores para o VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/aids, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão, município de São Paulo, 2007 a 2010. Fonte
Nº
%
Sexual
544
40,5
Transfusional
42
3,1
Uso de drogas
657
49,0
10
0,7
Hemodiálise
3
0,2
Domiciliar
5
0,4
Tr. Cirúrgico
30
2,2
Tr. Dentário
30
2,2
Vertical
Outros Total
21
1,6
1.342
100
Excluídos os casos inconclusivos – campo fonte não é preenchido. Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
As maiores porcentagens de casos de coinfecção Hepatite C e HIV, segundo local de residência, encontram-se no DA Santa Cecília da Coordenadoria Regional de Saúde Centro – Oeste e nos DA Brasilândia e Santana da Coordenadoria Regional de Saúde Norte. 81
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Figura 2. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para VHC e informação de presença de coinfecção com HIV/aids, segundo Distrito Administrativo e Coordenadoria Regional de Saúde de residência, Município de São Paulo, 2007 a 2010.
LEGENDA:
até 0.7 0.7 --| 1.5 1.5 --| 2.2 2.2 --| 3.0 3.0 --| 3.7
Excluídos 399 casos com DA ignorado. Fonte: COVISA/CCD/SINAN- Hepatites Virais Dados provisórios até 02/07/2011
TRANSMISSÃO VERTICAL DAS HEPATITES B e C A transmissão vertical (TV) pode ocorrer nas hepatites B e C. No caso da mãe infectada pelo VHC, o maior risco para o recém nascido (RN) ocorre principalmente no momento do parto, particularmente na gestante que apresenta elevada carga viral para o VHC ou coinfecção com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), sendo o risco estimado, em média, de 5% e de 17% respectivamente. Quando infectado pelo VHC o RN poderá evoluir para cura e eliminar o vírus sem apresentar comprometimento hepático. A passagem dos anticorpos maternos contra o vírus C (anti-VHC) ocorre por via transplacentária, com possibilidade de eliminação até os dezoito meses de vida. Desta forma, o diagnóstico de hepatite C só poderá ser confirmado após esta idade. Não se recomenda a pesquisa do anti-VHC logo após o nascimento. Até o momento não existe profilaxia (medicamentos ou vacina) para impedir a transmissão vertical do VHC. A transmissão vertical do Vírus da Hepatite B (VHB) ocorre principalmente durante o parto e a possibilidade de cronificação da doença na criança é de 90%. A vacinação contra a hepatite B, nas primeiras 24 horas, reduz em 95% o risco da transmissão vertical e é recomendada para todos os recém-nascidos. A aplicação da vacina e da imunoglobulina específica (HBIG) é recomendada para os recém-nascidos filhos de mãe AgHBs reagente. O acompanhamento das crianças expostas, filhas de mães com Hepatite B (AgHBs reagente) ou C (VHCRNA reagente), é importante para confirmar ou descartar a infecção da criança pelo VHB ou VHC e adotar as medidas pertinentes. O Programa Municipal de Hepatites Virais (PMHV) tem como proposta a implantação do acompanhamento destas crianças e para tanto elaborou uma “Ficha de Notificação de Criança Exposta ao VHB ou VHC” e um sistema de informação para o acompanhamento. A proposta está em processo de implantação no Hospital Menino Jesus do Município de São Paulo. O estabelecimento de serviços de referência no município de São Paulo é fundamental para acompanhamento clínico e laboratorial do RN exposto ao VHB ou VHC; e também uma estratégia para o conhecimento do perfil epidemiológico da doença nesta faixa etária.
82
DST - Doenças Sexualmente Transmissíveis
05
DST
Vigilância Epidemiológica de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis
83
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Vigilância Epidemiológica de outras DST As modificações ocorridas na epidemia de aids mostraram a insuficiência da monitorização de casos novos para o acompanhamento e a avaliação das medidas preventivas adotadas. A proposta de acompanhamento e notificação dos casos assintomáticos soropositivos para o HIV aproxima essa observação em cerca de 10 anos, que, no entanto, ainda é muito distante do momento da infecção. Essa lacuna é de grande importância, uma vez que se perde a oportunidade de intervenção. Nesse sentido, o monitoramento dos casos de DST tem sido proposto como uma aproximação do comportamento e das práticas sexuais da população. Por ter a mesma via de transmissão do HIV, porém, com um período de incubação bem mais curto, o acompanhamento epidemiológico desses agravos permite a avaliação das políticas públicas de prevenção adotadas. Inicialmente, mesmo sem um sistema estruturado de vigilância, a notificação por síndromes passou a ser estimulada. Em 1º setembro de 2010, a portaria 2472/2010, do Ministério da Saúde, incluiu na lista nacional de agravos de notificação compulsória a síndrome do corrimento uretral masculino e a sífilis adquirida, o que foi mantido na portaria 104, de 25 de janeiro de 2011, que está vigente. No período em que a notificação era recomendada, observa-se uma grande variação nas informações, em função das características das unidades notificadoras, sendo que os dados refletem mais as características da organização da assistência e da vigilância do que o comportamento epidemiológico. Assim, nos dados apresentados no Boletim Epidemiológico de AIDS do município de São Paulo (nº 13), verifica-se que apenas 32% dos casos foram notificados por unidades de atenção básica, local de recomendação para a assistência a essas doenças. Esse perfil pode significar a falta de notificação das unidades assistenciais ou o atendimento em locais não preconizados como porta de entrada. O importante a ser ressaltado é que a estrutura do sistema de informação pode interferir na captação das ocorrências, distorcendo o perfil epidemiológico do agravo em foco. A introdução de dois agravos na lista de notificação compulsória, aliada à retirada dos agravos anteriores, levou a uma alteração no perfil das notificações. Por esse motivo, optou-se por não apresentar os dados referentes às DST nessa versão do boletim. Há vários anos se discute, no âmbito do atendimento e da vigilância de DST do município, as possibilidades e as necessidades de um sistema de informação que abarque as questões referentes ao planejamento da assistência e os objetivos inicialmente descritos de traçar o perfil epidemiológico e expressar as vulnerabilidades coletivas. A consolidação de um sistema de monitoramento desses dois agravos requer a superação de alguns desafios, a saber: • A grande quantidade de casos estimada por estudos de prevalência, com o consequente impacto na operacionalização da vigilância; • A adoção de definições de casos que permitam a distinção entre duplicidades e recidivas; • A disponibilidade de uma ficha de investigação eletrônica para o registro das informações. Finalmente, cabe ressaltar que, independentemente da forma de monitoramento adotada, a proposição da abordagem sindrômica baseia-se na interrupção da cadeia de transmissão por meio do tratamento imediato, acompanhado da oferta de testagem sorológica para o HIV, sífilis e hepatites B e C, da identificação de vulnerabilidades e do aconselhamento, com recomendação das medidas de prevenção, incluindo a convocação e o tratamento dos parceiros sexuais.
84
Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico
06 Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material BiológicO
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Os acidentes de trabalho com exposição a material biológico, no município de São Paulo são notificados de forma sistematizada desde 2000. Inicialmente, e até 2006, as informações foram registradas no SINABIO (Sistema de Notificação de Acidentes Biológicos) pelas unidades de atendimento especializado em DST/aids referência para o atendimento destes acidentes. Com a regulamentação da Notificação dos Agravos à Saúde do Trabalhador pelo Ministério da Saúde em 2004, os acidentes de trabalho com exposição a material biológico são definidos como agravo de notificação compulsória tendo como instrumento de notificação a Ficha de Notificação do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), padronizada pelo Ministério da Saúde. A mudança do sistema de informação, com inicio em 2006, desencadeou um processo de reestruturação do atendimento e da vigilância deste agravo, como: a obrigatoriedade da notificação deste acidente para a universalidade dos trabalhadores, a inclusão das unidades básicas de saúde e hospitais como unidades notificadoras, a elaboração de fluxo e orientações facilitando o acesso ao atendimento e às informações, assim como treinamentos com as equipes envolvidas na assistência e na vigilância. A partir de 2007, com as notificações dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico sendo realizadas em todas as unidades da rede de assistência do município de São Paulo, através do SINAN, observa-se um aumento importante no número destas, conforme demonstrado no Gráfico 1. Gráfico 1. Acidentes com exposição a material biológico, em números absolutos, por ano da notificação, segundo o sistema de notificação SINABIO e SINAN. Município de São Paulo, 2000 a 2010*.
3000
2709 2666
2500
2087
2000
1908
1500 SINAN
1000 500 0
537 160
232
681
519
397
476
SINABIO
76
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA e SINABIO - Programa Municipal DST/aids/SMS/SP - Boletim 2008 *Dados preliminares sujeitos a revisão.
As análises realizadas a seguir referem-se aos casos ocorridos no período de 2006 a 2010, notificados no SINAN, no município de São Paulo. A Tabela 1 mostra uma tendência de aumento nas notificações de 2006 a 2008, mantendo-se estável em 2009. A tendência sugere o aprimoramento do sistema de vigilância deste agravo, considerando a ampliação da rede notificadora e treinamentos com os profissionais envolvidos. Considerando que os dados analisados em 2010 ainda são preliminares, não podemos confirmar a tendência de declínio no número de notificações.
86
Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico
Tabela 1. Número e porcentagem de notificações de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Ano
nº
%
2006
76
0,8
2007
2087
22,1
2008
2709
28,7
2009
2666
28,2
2010
1908
20,2
Total
9446
100,0
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA
*Dados preliminares sujeitos a revisão.
Com relação às unidades que notificam os acidentes de trabalho com exposição a material biológico, podemos observar na Tabela 2, a predominância dos hospitais com 58,5 % dos casos notificados, seguido pelas unidades especializadas DST/aids com 34,3%, que são referência ao atendimento pós exposição e outras unidades da rede de atendimento a saúde com 7,2%. Tabela 2. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo principais unidades notificadoras. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Unidades Notificadoras nº
Hosp Santa Marcelina 825 Hospital Beneficência Portuguesa 482 Hospital Central Santa Casa de Sao Paulo 448 Hosp do Servidor Público Estadual 423 Hospital São Paulo 395 Outros Hospitais ( n = 80 ) 2949 Subtotal 1 5522 Centro de Referência e Treinamento DST/aids São Paulo 692 SAE DST/ Aids Cidade Lider II 451 SAE DST/ Aids J Mitsutani 396 SAE DST/ Aids Ipiranga Jose F Araujo 365 SAE DST/ Aids Fidelis Ribeiro 299 SAE DST/ Aids Herbert De Souza Betinho 219 CR DST/aids Penha 208 CR DST/aids Santo Amaro 180 CR DST/aids N Senhora Do O 147 Outros SAE DST/ Aids (n=3) 108 SAE DST/ Aids Santana Marcos Lutemberg 94 SAE DST/aids Butanta 81 Subtotal 2 3240 UBS 235 Outros diversos 233 Ambulatórios de Especialidades 88 Pronto Socorros 74 AMA 48 Não identificada 6 Subtotal 3 684 Total 9446
%
8,7 5,1 4,7 4,5 4,2 31,2 58,5 7,3 4,8 4,2 3,9 3,2 2,3 2,2 1,9 1,6 1,1 1,0 0,9 34,3 2,5 2,5 0,9 0,8 0,5 0,1 7,2 100,0
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Observa-se na Tabela 3 predominância dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico na faixa etária de 20-29 anos, com 3707 casos (39,2%), seguida da faixa de 30-39 anos com 3075 casos (32,6%) e de 40-49 anos com 1605 casos (17,0%). Tabela 3. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo faixa etária do acidentado (em anos). Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Faixa etária
nº
<20
%
51
0,5%
20-29
3707
39,2%
30-39
3075
32,6%
40-49
1605
17,0%
50-59
813
8,6%
60 +
169
1,8%
26 9446
0,3% 100%
Ignorado Total
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
A Tabela 4 mostra que as ocupações de auxiliares e técnicos de enfermagem foram as que mais se acidentaram com 55,8 %, seguida por médicos 11,8% e enfermeiros com 6,6%. O predomínio dos acidentes da área de enfermagem sugere elevada frequência de procedimentos com perfurocortantes, associada às características do trabalho deste grupo ocupacional. Entretanto, os faxineiros e coletores de lixo representam um grupo ocupacional importante com 10,2% das exposições notificadas relacionadas ao descarte inadequado de materiais perfurocortantes potencialmente contaminados. Tabela 4. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo ocupação do acidentado. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Ocupação Enfermagem ( Auxiliares eTécnicos ) Médico Enfermeiro Faxineiro Estudante Coletores de lixo Odontologia Laboratório Fisioterapeuta Lavanderia Serviços Gerais Ignorada Instrumentador cirúrgico Administrativo Segurança Farmácia Agente Comunitário de Saúde Manutenção Transporte Outros Catador de material reciclável Serviços de embelezamento e higiene Total
nº 5268 1114 620 607 381 361 356 143 92 83 70 66 50 49 39 34 33 22 21 18 12 7 9446
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
88
% 55,8 11,8 6,6 6,4 4,0 3,8 3,8 1,5 1,0 0,9 0,7 0,7 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,2 0,2 0,2 0,1 0,1 100,0
Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico
Os dados da Tabela 5 confirmam o descrito acima, ou seja, os procedimentos que envolvem a utilização de material perfurocortantes como: administração de medicamentos, punção venosa/arterial e dextro equivalem a 38,4% dos casos com 3635 ocorrências. Em relação ao descarte inadequado de material perfurocortantes podemos incluir nesta categoria os acidentes ocorridos nas lavanderias o que soma um total de 1869 casos (19,8%).
Tabela 5. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo circunstâncias do acidente. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Circunstâncias do acidente
no
%
Administ. de medicação endovenosa
625
6,6
Administ. de medicação intramuscular
471
5,0
Administ. de medicação subcutânea
406
4,3
Administ. de medicação intradérmica
61
0,6
Punção venosa/arterial para coleta de sangue
887
9,4
Punção venosa/arterial não especificada
380
4,0
Descarte inadequado de material perfurocortante em saco de lixo
835
8,8
Descarte inadequado de material perfurocortante em bancada, cama, chão, etc.
963
10,2
71
0,8
Lavagem de material
264
2,8
Manipulação de caixa com material perfurocortante
434
4,6
Procedimento cirúrgico
837
8,9
Procedimento odontológico
279
3,0
Procedimento laboratorial
142
1,5
Dextro
805
8,5
Lavanderia
Reencape Outros Ignorado Total Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA
*Dados preliminares sujeitos a revisão.
185
2,0
1593
16,9
208
2,2
9446
100,0
A Tabela 6 demonstra que o maior número de casos notificados correspondem a exposição por via percutânea seguida de exposição de mucosa (oral e ocular), caracterizados respectivamente por acidentes com materiais perfurocortantes e respingos de materiais biológicos potencialmente contaminados. Tabela 6. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo o tipo de exposição. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Tipo de exposição
nº
%
Percutânea
7513
79,5
Mucosa
1099
11,6
Outros
705
7,5
Sem informação
129
1,4
Total
9446
100,0
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA
*Dados preliminares sujeitos a revisão.
89
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Com relação à situação vacinal dos trabalhadores pode-se observar na Tabela 7 que 83,7% dos acidentados possuem a situação vacinal completa para hepatite B. Entretanto, observa-se que 16,3 % dos acidentados são supostamente suscetíveis a este agravo, pois apresentam a situação vacinal pré-exposição incompleta ou sem informação. Este dado sugere a necessidade de ações preventivas contínuas de incentivo, controle e acompanhamento da vacinação entre os trabalhadores expostos a material biológico.
Tabela 7. Número e porcentagem de acidentes com exposição a material biológico segundo situação vacinal para hepatite B. Município de São Paulo, 2006 a 2010*. Situação vacinal Completa Incompleta ou ausente Sem informação Total
no 7909 825 712 9446
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
% 83,7 8,7 7,6 100,0
Considerando a série histórica 2006 a 2010 com relação às variáveis da evolução dos casos de acidentes com exposição a material biológico, restrita à vigilância do risco de soroconversão para o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o vírus da hepatite B (HBV) e o vírus da hepatite C (HCV), a Tabela 8 aponta somente um caso de soroconversão para hepatite C em 2008. Observa-se ao longo desta série que em 38,8% dos casos notificados a evolução não é conhecida (informação em branco e ignorada), demonstrando a dificuldade no acompanhamento destes casos. Além disso, 9,8% dos acidentados abandonam o acompanhamento, o que sugere a necessidade de maior investimento em treinamentos, no acolhimento e na adesão do trabalhador nas unidades que realizam este atendimento.
Tabela 8. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição a material biológico segundo ano de ocorrência e evolução do caso. Município de São Paulo, 2006 a 2010*.
Evolução Ano de ocorrência 2006 2007 2008 2009 2010 Total
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
Alta com conversão sorológica
0
0
0
0
1
0,0
0
0,0
0
0,0
1
0,0
Alta sem conversão sorológica
24
31,6
371
17,8
432
15,9
461
17,3
146
7,7
1434
15,2
Alta paciente fonte negativo
26
34,2
763
36,6
956
35,3
1021
38,3
659
34,5
3425
36,3
Abandono
10
13,2
262
12,6
326
12,0
272
10,2
53
2,8
923
9,8
Ignorado
11
14,5
285
13,7
320
11,8
217
8,1
196
10,3
1029
10,9
5
6,6
406
19,5
674
24,9
695
26,1
854
44,8
2634
27,9
Em branco Total
76 100,0 2087 100,0 2709 100,0 2666 100,0 1908 100,0 9446 100,0
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA
*Dados preliminares sujeitos a revisão.
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Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico
A vigilância epidemiológica dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico é um instrumento importante para o direcionamento de medidas de prevenção destes eventos. A notificação oportuna dos casos deve ser incentivada e os locais de trabalho devem investir em medidas que minimizem ou eliminem os riscos de acidentes com exposição a material biológico, como: medidas gerenciais e organizacionais incluindo a gestão de resíduos, ações de engenharia como exemplo o uso de materiais perfurocortantes com dispositivos de proteção, revisão das práticas de trabalho e processos operacionais, além de medidas educativas e capacitações continuas.
91
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
92
COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV
07
COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV
93
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Introdução A estratégia básica do controle da tuberculose (TB) é diminuir a sua transmissão, mantendo taxas elevadas de detecção de casos e de cura, com conseqüente diminuição das taxas de abandono e de óbito. O bacilo da tuberculose e o vírus HIV possuem interação sinérgica onde a presença de um intensifica o desenvolvimento do outro tornando esta combinação um grande desafio para o controle da coinfecção TB/HIV. Atualmente, o HIV é o maior fator de risco para o desenvolvimento da TB ativa nos indivíduos com infecção latente ou recente pelo Mycobacterium tuberculosis, alimentando assim a endemia da tuberculose em países com alta prevalência da infecção pelo HIV. O risco de adoecimento por tuberculose é de 20 a 37 vezes maior em pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) do que entre aqueles que não têm o vírus HIV. A TB é responsável por mais de um quarto das mortes em pessoas que vivem com o HIV/aids. Em resposta à situação epidemiológica da coinfecção TB/HIV, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda atividades colaborativas relacionadas à prevenção, assistência e tratamento da coinfecção TB/HIV. Elas incluem intervenções para reduzir a morbidade e mortalidade por tuberculose em PVHA, tais como acesso a terapia anti-retroviral (ART), intensificação da descoberta de casos novos, tratamento da infecção latente da tuberculose e controle da tuberculose1; além de medidas para diminuir a transmissão do HIV como distribuição gratuita de preservativos, tratamento de infecções sexualmente transmissíveis, aconselhamento voluntário e testes de HIV, orientação para o uso seguro de drogas por via endovenosa, redução do número de parceiros sexuais, prevenção da transmissão vertical e transmissão do HIV por transfusão de sangue e derivados e aplicação das precauções universais por parte dos trabalhadores de saúde; prevenção de infecções relacionadas com o HIV, a prevenção da tuberculose, cuidados paliativos e apoio nutricional2. A tuberculose é uma doença curável em praticamente 100% dos casos novos, desde que seus bacilos sejam sensíveis aos medicamentos anti-TB e que se obedeçam aos princípios básicos da terapia medicamentosa e a adequada operacionalização do tratamento3. Para isso, a OMS recomenda a instituição do tratamento diretamente observado (TDO) para todos os pacientes com tuberculose. O TDO é um elemento chave da estratégia DOTS que visa o fortalecimento da adesão do paciente ao tratamento e a prevenção do aparecimento de cepas resistentes aos medicamentos, reduzindo os casos de abandono e aumentando a probabilidade de cura3. Considerando as recomendações da OMS2 e o risco mais elevado de abandono de tratamento e o surgimento de resistência às drogas anti-TB entre os pacientes TB/HIV, é que tanto o Departamento Nacional de DST, aids e Hepatites Virais4 quanto o PNCT3 têm indicado o tratamento diretamente observado como estratégia para o êxito do tratamento destes pacientes.
Situação Epidemiológica da coinfecção TB/HIV Em 2010, foram notificados 6817 casos de TB residentes no Município de São Paulo, dos quais 5839 são casos novos, o que corresponde a cerca de 30% da ocorrência de tuberculose no Estado de São Paulo. Deste total, 14,3% são HIV soropositivos e dos casos novos 12,7%. No Estado de São Paulo, a taxa de coinfecção está em 11,1% e no Brasil 8,0%. Em 2010, foram notificados 743 casos novos de coinfecção TB/HIV residentes no município de São Paulo, um decréscimo de 27,0% quando comparado a 1999 e 978 casos totais (novos+retratamentos), com diminuição de 21,9%, no mesmo período (Graf.1). As taxas de coinfecção dos casos novos por Distritos Administrativos (DA) de residência dos doentes mostram distribuição heterogênea, variando de 0% (Marsilac) a 41,7% (Bela Vista) – Fig.1.
94
COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV
Gráfico 1. Coinfecção TB/HIV: Total e casos novos de TB. Município de São Paulo, 1999 a 2010
20
1500
16
1200
14 12
900
10
Percentual
Númeo de casos TB/HIV
18
8
600
6 4
300
2 0 99
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
Total de casos TB/HIV
1329
1204
1253
1293
1215
1129
1059
1075
1005
981
993
978
Casos Novos TB/HIV
1062
909
934
946
871
804
775
814
772
732
739
743
%Total TB/HIV
18,3
17,0
18,2
17,9
17,2
15,5
14,8
15,5
15,1
14,4
14,4
14,3
%Novos TB/HIV
17,4
15,2
16,2
15,8
15,1
13,4
12,8
14,1
13,7
12,7
12,6
12,7
0
Fonte: TBWEB 21/09/2011
Figura 1. Distribuição de taxas de coinfecção TB/HIV por Distrito Administrativo de residência. Município de São Paulo, 2010.
LEGENDA:
a té 0.0 0.0 --| 12.0 12,0 --| 20.0 20.0 --| 41.7
fonte: TBWEB 21/09/2011
95
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Os DA com maiores percentuais são: Bela Vista, como já citado, seguidos de Liberdade (37,9), República (31,5), Santa Cecília (28,2), Jaguara (22,2), Mandaqui (22,0), Barra Funda (21,4), Jardim Paulista (21,4), Vila Prudente (20,7), Morumbi (20,0), Perdizes (20,0) e outros abaixo de 20%. O único DA com taxa 0% é o Marsilac. Por Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) a Centro Oeste tem a maior taxa (20,5%) seguida pela Sudeste (12,3% ), Leste (12,0%), Norte ( 11,4%) e a Sul (9,2%). A média do MSP tem se mantido próxima de 12,5% nos últimos 3 anos (12,7% em 2010). Os moradores em situação de rua (SRF) apresentaram taxa de 21,0% em 2010 (Gráf.2) Gráfico 2. Coinfecção TB/HIV por CRS de residência. Município de São Paulo, 2010 25
200
20
150
15 100 10
Casos TB/HIV % TB/HIV
50
5
0
0 CENTRO OESTE
LESTE
NORTE
SUDESTE
SUL
SEM RESID. FIXA
Casos TB/HIV
127
173
130
149
106
58
% TB/HIV
20,5
12,0
11,4
12,3
9,2
21,0
Fonte: TBWEB 21/09/2011
Analisando-se por faixa etária, no período de 1999 a 2010, a maior queda ocorreu na faixa de 20 a 29 anos (45,6%) seguida da faixa de 30 a 39 anos (35,7%), de 0 a 14 anos (22,9%) e maiores de 60 anos (19,9%). Observa-se aumento nas faixas de 50 a 59 anos (40,6%) e de 15 a 19 anos (29,9%), permanecendo praticamente estável em cerca de 20,0% a faixa etária de 40 a 49 anos (Graf.3). Gráfico 3. Distribuição da taxa de coinfecção TB/HIV por faixa etária. Município de São Paulo, 1999 a 2010 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 99
00
0-14
01 15-19
02
03 20-29
04
05
30-39
06 40-49
07
08 50-59
09
10 60 ou +
Fonte: TBWEB 21/09/2011
A distribuição por sexo se dá com predominância do masculino (14,4%) em relação ao feminino (9,3%), com as diferenças iniciando-se na faixa de 15-19 anos. Em ambos os sexos, as faixas etárias com os maiores percentuais de coinfecção estão entre 30-39 anos e 40-49 anos. (Quadro 1)
96
anti HIV realizado
coinfecção e teste
Casos de TB,
Feminino
2000 %
53 15,8
13
2
2 33,3
40 - 49
50 - 59
60 ou +
ign
13
151 17,5
369 34,7
167 20,2
40
17
4 50,0
15 - 19
20 - 29
30 - 39
40 - 49
50 - 59
60 ou +
ign
Total Global
5,2
9,2
5,4
1329 18,3
0,0
186 27,9
81 16,7
1062 17,4
Retr Falenc
Retr Aband
Novo
11
00 - 14
6,9
772 19,7
Total Masculino
1,1
8,5
122 23,7
30 - 39
1,0
2
89 14,1
20 - 29
4,5
15 - 19
7 2,0
8,9
1,8
6,2
3,0
9,7
3,3
9,0
1204 17,0
%
2002 nº
nº
%
2003 %
2004 nº
%
2005 nº
%
2006 nº
%
2007 nº
%
2008 nº
%
2009 nº
2010 nº
%
0,5
7,8 65
3
12 9,7
1,7
9,7
3,7
7,8 2,8
2 40,0
6
20 10,5
54 15,0
8,0
1,8
4,8 58
4
13 9,3
2,2
9,4
0
3
16 0,0
1,7
9,9
66 18,9
0
4 0,0
2,1
24 10,7
48 14,6
95 21,1 123 23,9
50
3
5 5,7
1,5
4,4
0
2 0,0
0,9
21 10,8
54 14,4
97 21,6
34
3
5 5,8
0,6
7,1
3,0
9,0 1 16,7
6
18
74 19,6
93 18,7
33
1
8 6,6
2,8
4,0
2,3 2 33,3
5
22 12,2
51 14,7
90 19,7
36
4
4
5,2
1,8
1,7
0
6
0,0
2,8
29 12,6
65 20,1
96 21,2
29
3
2
5,1
2,1
4,0
0
13
21
0,0
5,3
9,4
60 19,3
7,1
4,4
5,3
9,9
0
3
0,0
1,3
24 11,0
46 14,3
76 16,7
40
6
5
9,9 200
69 15,9
27
3
4
2,5
7
3,1
15 13,0 5
10 2,5
9,5 76
4
9 8,9
2,0
6,3
84
4
9
9,6
2,2
6,5
2,2
68
5
9,6 95 11,3
4
8
8,3
2,6
0,0
79
6
5
8,6
3,0
6,3
3,1
3,6 96 10,6
7
4
85
7
5
9,8
4,3
3,8
5,3
3,5
4 22,2
13
46 10,1
4,0
9,3
2 22,2
14
42
1,1
17
11
0,0
3,0
63 11,7 0,0
3,8
61 11,1 1 10,0
4
51 10,3
2,8
9,9
14
0,0
3,8
64 12,0 5 26,3
11
50
5,1
9,6 1 11,1
20
54
1
16
9,1
3,9
78 13,3
99 20,4
95 21,3
92 23,1 102 26,0 1 11,1
1 12,5
1
6,7
2
5,3
7 12,3
10 18,5
10 13,7
12 14,1
10 14,5
1253 18,2 1293 17,9 1215 17,2 1129 15,5 1059 14,8 1075 15,5 1005 15,1 981 14,4 993 14,4 978 14,3
0,0
187 31,1 210 33,3 207 30,4 167 25,5 142 27,2 142 26,0 124 26,5 144 27,1 150 27,4 123 23,8
132 26,0 136 22,6 136 22,8 157 24,2 140 24,3 112 20,4
934 16,2 946 15,8 871 15,1 804 13,4 775 12,8 814 14,1 772 13,7 732 12,7 739 12,6 743 12,7
4 26,7
17
47 12,0
138 17,4 174 21,0 169 20,0 151 18,5 176 19,8 184 22,1 210 25,1 165 20,7 173 20,7 175 20,5
296 31,6 309 33,0 289 31,4 234 26,8 208 26,1 215 26,4 209 27,1 169 21,1 187 22,5 176 21,9
152 17,3 104 13,1 102 12,0
5
17 12,4
676 18,4 672 17,9 633 16,9 530 14,1 559 14,4 580 15,9 558 15,3 502 13,6 542 14,0 543 14,2
1 16,7
8
14
65 18,8
98 22,1 112 23,0
62 10,4
1
9
258 12,4 274 12,3 238 11,7 274 12,4 216 10,0 234 11,0 214 10,7 230 11,1 197
3454 60,0 3743 62,7 3895 67,4 4191 70,1 3958 65,6 4007 69,3 4373 77,3 4654 80,6 4707 80,4 4798 82,2
934 16,2 946 15,8 871 15,1 804 13,4 775 12,8 814 14,1 772 13,7 732 12,7 739 12,6 743 12,7
5758 5972 5777 5980 6034 5784 5654 5775 5851 5839
%
2001 nº
3 33,3
179 29,5
113 22,3
909 15,2
2 20,0
11
39
162 19,0
309 31,6
126 14,4
6
11
666 17,6
1 20,0
3
13
42 12,8
97 18,8
70 11,6
4
13
243 11,2
290 13,3
Total Feminino
00 -14
909 15,2 3506 58,8
3500 57,3
Realizado
tipos de caso
Fonte: TBWEB (21/09/2011)
nº 5965
%
1999
6105
nº
Casos novos TB/HIV 1062 17,4
Casos novos de TB
ano
Recidiva
Masculino
Coinfecção -
Casos novos de TB por sexo e faixa etária
Quadro 1. Casos novos de TB residentes e taxa de coinfecção. Município de São Paulo, 1999 a 2010.
COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV
97
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Casos de TB e testagem anti-HIV A realização do teste anti-HIV, recomendada pelo Ministério da Saúde para todos os pacientes com tuberculose, alcançou em 2010 o percentual de 82,2%, considerando-se somente os casos com resultados positivos ou negativos registrados no TBWEB. Observa-se aumento de 43,5% quando comparado com 1999. Por outro lado a positividade teve decréscimo de 48,8% no mesmo período, passando de 30,3% para 15,5% (Graf. 4). Gráfico 4. Casos novos com teste anti-HIV realizado e positividade das amostras. Município de São Paulo, 1999 a 2010. 90
35
80
30
70
% Realizado
20
50 40
15
Positividade
25
60
30 10 20 5
10 0
99
00
01
02
03
04
07
08
09
10
% Realizado
57,3
58,8
60,0
62,7
67,4
70,1
65,6 69,3
05
06
77,3
80,6
80,4
82,2
Positividade
30,3
25,9
27,0
25,3
22,4
19,2
19,6 20,3
17,7
15,7
15,7
15,5
0
Fonte: TBWEB 21/09/2011
Fazendo-se a distribuição por faixa etária observa-se que a realização do teste anti-HIV, é menor nos grupos extremos, isto é, nos menores de 15 e nos maiores de 70 anos. Nestas faixas etárias a realização do teste anti-HIV não atinge 68,0% (Graf 5). Gráfico 5. Casos novos de TB % coinfecção TB/HIV e % com testagem por faixa etária. Município de São Paulo, 2010 25
20
15
100 86,4
84,8
20,0 8,7
84,2
82,2
80,7
80
74,9
18,8
70
61,5
87,4 12,7
50,8
8,7
10
90
12,7
60 50 40
8,3
30 5
4,4
4,4
4,4
20 10
1,1 0
0-14 15-19 20-29 30--39 40-49 50-59 60-69 70-79
% Positivo Fonte: TBWEB 21/09/2011
98
> 80
% c/testagem
s/inf
Total
0
% COM TESTE
% DE COINFECÇÃO
89,2
COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV
Resistência às drogas antituberculose (anti-TB) O Programa Municipal de Controle da Tuberculose de São Paulo vem realizando monitoramento das resistências às drogas antiTB desde 2004. A realização de cultura e do teste de sensibilidade ainda não ocorre de forma universal em nosso meio. Existem critérios para a realização. Os portadores do vírus HIV estão incluídos nessa parcela de casos com o critério de população vulnerável o que pode explicar em parte a grande representação destes no banco de resistência. Em 2010, foram identificados 181 casos com alguma resistência. Destes, 22,1% eram soropositvos para o HIV (40 casos). Destes identificados, 35% (14 casos) apresentaram multiresistência (resistência a pelo menos isoniazida e rifampicina) dos quais 57% (8 casos) não tinham registro de tratamento anterior. Foram registrados 6 casos na CRS Centro-Oeste, 8 na CRS Norte e na Sul, 5 na CRS Sudeste e Leste e ainda 6 casos de pessoas vivendo em situação de rua e 2 detentos.
Resultados de tratamento de casos novos de TB A dificuldade de adesão ao tratamento talvez seja o grande desafio para as equipes que atendem os coinfectados quer pela dificuldade de ingerir grandes quantidades de medicamentos por tempo prolongado, quer pela presença da drogadição e pela rejeição ao TDO. A comparação dos resultados de tratamento entre pacientes coinfectados e os soronegativos e o tipo de tratamento instituído (TDO ou auto administrado), mostra com clareza que nos 2 grupos ocorre o maior êxito no TDO e que os resultados são piores no grupo HIV+, que podem ser observados no Gráfico 6. Gráfico 6. Casos novos de TB/HIV: Taxas de cura, abandono e óbitos por tipo de tratamento. Município de São Paulo, 2010. 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
85,7 73,4
Auto administrado
59,1 43,9
TDO 17,5
25,4
22,2 8,2
Cura HIV (+)
Cura HIV (-)
12,5 15,6
Abandono Abandono HIV (+) HIV (-)
1,3 0,9 Óbito HIV (+)
0,7
4,0
ÓbitoTb Óbito não Tb HIV (-) HIV (-)
Fonte: TBWEB 21/09/2011
Quando observamos os resultados dos pacientes coinfectados TB/HIV com bacilos resistentes as drogas antituberculose, a situação é preocupante, além das altas taxas de óbito, entre 2006 e 2009, a taxa de óbito superou a de cura (Graf.7)
99
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 7. Percentual de cura e óbito em pacientes resistentes soropositivos, MSP 2006 a 2009. % 70
60
58,3
50
46,5 42,1
39,3
40
35,5 27,8
30
30,2
35,7
29,0
28,9 %óbito
20 %cura 10
0
2005
2006
2007
2008
2009
A recomendação de realização de tratamento TDO, para todos os pacientes, deve ser reforçado por toda a equipe de atendimento como forma de melhorar os resultados destes tratamentos.
Óbitos de residentes com tuberculose e HIV O Gráfico 8 apresenta os coeficientes de mortalidade (C.M.) por tuberculose e de aids com TB como causa associada. Os decréscimos de C.M. de 2010 em relação a 2002 foram de 31,7% e 50,0% respectivamente para TB e aids com TB associada.
Gráfico 8. Coeficientes de Mortalidade de TB e de aids com TB associada. Município de São Paulo, 2002 a 2010 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Tb
4,1
2002
3,8
3,4
3,1
3,2
3,2
3,0
3,0
2,8
Aids
3,4
3,3
2,7
2,5
2,4
2,2
2,0
1,9
1,7
Fonte: TBWEB 03/10/2011
100
COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV
Nos gráficos 8a e 8b observa-se que os coeficientes de mortalidade de TB e aids são maiores em homens e comparando as faixas etárias, é maior em 70 ou mais anos, quando a causa básica é TB e em 40 a 49 anos nos óbitos por aids com a TB associada. Gráfico 8a. Mortalidade causa básica TB/100 mil hab. Município de São Paulo, 2010. 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Tb_Masc Tb_Fem Tb_Total
0 a 19 0,2 0,2 0,2
20 - 29 1,3 0,8 1,0
30 - 39 3,8 1,1 2,4
40 - 49 7,4 1,2 4,1
50 - 59 10,6 1,5 5,6
60 - 69 13,2 3,9 7,9
70 ou + 15,1 3,4 7,7
Total 4,5 1,2 2,8
Fonte: TBWEB 21/09/2011
Gráfico 8b. Mortalidade causa básica Aids com TB associada/100 mil hab. Município de São Paulo, 2010. 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Tb_Masc Tb_Fem Tb_Total
0 a 19 0,2 0,2 0,2
20 - 29 1,3 0,8 1,0
30 - 39 3,8 1,1 2,4
40 - 49 7,4 1,2 4,1
50 - 59 10,6 1,5 5,6
60 - 69 13,2 3,9 7,9
70 ou + 15,1 3,4 7,7
Total 4,5 1,2 2,8
Fonte: TBWEB 21/09/2011
101
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB – quimioprofilaxia para TB) A ILTB é dirigida aos grupos de alto risco de adoecimento por tuberculose e entre estes os infectados pelo HIV. Está preconizada a solicitação de prova tuberculínica (PT) para todos os casos novos (HIV/aids) e a instituição do tratamento da infecção latente quando o resultado da PT for ≥ 5mm, depois de descartada a tuberculose ativa. O tratamento da infecção latente, com isoniazida, realizada de forma adequada e regular reduz em 60 a 90% o risco de adoecimento por tuberculose5. A realização do tratamento de ILTB vem aumentando anualmente no MSP como mostra o quadro 2.
Quadro2. Número de tratamentos ITLB iniciados na população em geral e nos casos HIV positivos, por ano de início de tratamento, MSP 2008 a 2010. Período
ILTB geral
ILTB HIV+
2008
92
51
2009
563
207
2010
915
333
Fonte: Quimioprofilaxia – sistema de notificação de ILTB
102
25,2
1
%
2001 nº
2002 nº %
%
2003 nº
%
2004 nº
%
2005 nº
%
2006 nº
%
2007 nº
%
2008 nº
%
2009 nº
%
2010 nº
0,0
4
267
120
518 81 10,5
63
7,7
97 12,6
77 10,5
89 12,0
93 12,5
10
0,0
0,4
4
0,0
1,1
9
0,0
0,4
9
0,0
1,0
15
0,0
1,1
40
0,0
1,9 0,0
4,9 1
30 0,1
3,9 1
29 0,1
4,0
1
29
28 0,1
3,9
0,0
3,8
29,4 289 30,9 278 29,4 277 31,8 260 32,3 242 31,2 236 29,0 211 27,3 218 29,8 211 28,6 180 24,2
13,2 130 13,9 122 12,9 101 11,6 107 13,3
57,0 505 54,1 542 57,3 484 55,6 428 53,2 437 56,4 475 58,4 433 56,1 407 55,6 409 55,3 442 59,5
909 100,0 934 100,0 946 100,0 871 100,0 804 100,0 775 100,0 814 100,0 772 100,0 732 100,0 739 100,0 743 100,0
%
2000 nº
89
3,5
86
3,1 108
3,6 118
3,5 100
3,1 121
3,8 125
3,5 144
3,7
84
2,1 131
3,2
0,0
0,0
1
0,0
0,0
1
0,0
0,0 0,0
0,0
1
0,0
0,0 0,0
0,0 1
9
2
0,0
0,3
0,0
0,1
1
8
13 0,0
0,2
13 0,0
0,3
0,0
0,3
1,1
4
66
18
2
0,8
72 28,1
6,0
0,0
27,9 12
3 4,7
1,2
65 25,4
27,5 102 39,8
1,3
37,2 2,0
13
2 5,1
1,3
6
2,6
0,0
64 27,8
77 33,5
3
80 34,8
0,8
74 28,9
83 32,4
5
79 30,9 2,2
4
2 1,8
0,9
66 29,6
69 30,9
5
77 34,5 3,4
12
2
4,5
0,8
80 30,1
67 25,2
9
0,4
9
2
3,5
0,8
73 28,3
72 27,9
1
1,1
5
4
1,8
1,5
77 28,3
80 29,4
3
96 36,1 101 39,1 103 37,9
1,3
6
3
2,6
1,3
76 33,2
53 23,1
3
0,4
5
2
2,0
0,8
54 22,0
70 28,6
1
0,7
3
1
1,1
0,4
78 28,3
78 28,3
2
88 38,4 113 46,1 114 41,3
Total Pulmonares HIV (+)
Cultura realizada 309
30,6
1011
16,9
0,1
1
S/inf 235
Descob. Após Óbito
31
2,2
40
2,5
39
2,3
62
3,2
39
2,2
42
2,2
44
2,0
47
2,0
34
1,4
45
290
1,9
8,6 117
0,0
6,7 110 8,4 105
0,0
7,9 145 6,5
92
0,0
7 5,4 108
0,0
8,9 177 10,3 187
5,6
0,4
81
5
4,6
0,3
54
2
2,8
73
0,1
3,4
0,0
82
4
3,4
0,2
19
2
9,8 200 11,3 241 12,6 285 13,1 304 12,7 222
0,8
0,1
15
1
9,2 205
33,3 346 39,7 350 38,1 261 30,7 286 37,0 246 34,4 265 36,3 327 46,2 353 53,0 368 53,3 405 56,6
0,6
0,0
8,5
35,4 622 44,5 645 39,7 695 40,6 754 39,4 657 37,2 614 32,0 644 29,7 644 26,9 612 25,4 712 29,5
2,6
46,8 517 37,0 688 42,4 708 41,4 796 41,6 785 44,4 965 50,3 1123 51,8 1311 54,8 1516 63,0 1438 59,5
870 871 919 850 772 716 731 708 666 691 715
127
99
524
3,5
38
694
26,1
3,5
49,9
Urgência / Emergência 363
48
Demanda Ambulatorial 694
Investigação de Contatos
Elucidação Diagn. Internação 49
Novos Pulmonares (+)/HIV(-) 1390 100,0 1482 100,0 1397 100,0 1623 100,0 1711 100,0 1914 100,0 1767 100,0 1918 100,0 2169 100,0 2392 100,0 2405 100,0 2416 100,0
19,0
S/inf
83
0,3
1
17,5
82
Descob. Após Óbito
20,7
4
72
Urgência / Emergência
41,4
Elucidação Diagn. Internação 61
Investigação de Contatos
Demanda Ambulatorial 144
111
0,0
0,0
2,8
17,7 467 18,5 507 18,1 586 19,4 650 19,2 622 19,5 529 16,6 587 16,3 647 16,5 691 17,4 688 17,0
298 100,0 256 100,0 256 100,0 230 100,0 223 100,0 266 100,0 258 100,0 272 100,0 229 100,0 245 100,0 276 100,0
s/inf
74
460
79,4 1965 77,9 2203 78,8 2329 77,0 2619 77,3 2460 77,3 2533 79,3 2887 80,2 3122 79,6 3180 80,1 3223 79,5
Disseminada
16,4
2,9
80,7 2063
Novos Pulmonares (+)/HIV(+) 348 100,0
Extrapulmonar 400
71
Pulmonar 1967
Todas as formas 2438 100,0 2597 100,0 2521 100,0 2797 100,0 3024 100,0 3387 100,0 3183 100,0 3193 100,0 3601 100,0 3922 100,0 3968 100,0 4055 100,0
s/inf
Disseminada
Pulmonar + Extrapulmonar
0,1
12,3
Pulmonar + Extrapulmonar 131
62,3
Pulmonar 662
Extrapulmonar 268
Todas as formas 1062 100,0
%
1999
nº
Ano
Fonte: TBWEB (21/09/2011)
Pul HIV(+)
Pulmonar (+) HIV (-)
Pulmonar (+) HIV (+)
HIV (-)
HIV (+)
Quadro 3. Distribuição de casos de tuberculose com coinfecção HIV e HIV(-) por forma clínica. Tipo de descoberta dos casos novos bacilíferos. Total de Pulmonares HIV(+) (novos, recidivas e retratamentos pós abandono e pós falência) e cultura de escarro realizada MSP, 1999 a 2010.
COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV
103
HIV (+) - Resultados
Cobertura tratamento supervisionado
%
4,7
%
86
9,7
883
nº
2000 %
113 12,7
890
nº
2001 %
69
7,6
910
nº
2002 %
66
7,8
844
nº
2003 %
134 17,4
768
nº
2004 %
142 19,1
744
nº
2005 %
135 17,4
776
nº
2006 %
155 20,9
741
nº
2007 %
174 24,6
706
nº
2008 %
225 31,0
725
nº
2009
28 58,3
10 20,8
6 12,5
3
1
Cura
Abandono
Óbito
Transf Estado
S/inf
197 20,4
Abandono
9,8
15
4
1
27 4
20
22
2
1
30
6,3
8
1,6
0,0
4,5
0,4
0,2
6,1
431 87,2
0,0
5,3
1,3
24
46 3,8
7,3
0,2
23
23 3,8
3,8
163 27,1
1
99 16,4
293 48,7 0,5
26
3
4,1
0,5
207 32,3
3
127 19,8
275 42,9
641 100,0
0,0
0,7 2,0
0,7
0,2
20
8
3,4
1,4
170 29,0
1
123 21,0
264 45,1
586 100,0
3
1
19 12,4
16 10,5
114 74,5
153 100,0
1,2
1,7
3
5
0,6
0,9
0,9
0,9
11
9
2,2
1,8
143 28,6
0,0
117 23,4
220 44,0
500 100,0
2
2
26 11,7
43 19,4
149 67,1
222 100,0
0,8 144 27,1
4
112 21,1
264 49,6
532 100,0
2
3
20 11,6
36 20,9
111 64,5
172 100,0
6,6
1,2
1,1
33
2
7,1
0,4
118 25,4
5
103 22,2
204 43,9
465 100,0
17
3
40 15,6
45 17,5
152 59,1
257 100,0
13
2
11
6
7
65
1,2
0,2
1,0
0,5
0,6
5,9
5
5
11
9
8
100
0,4
0,4
1,0
0,8
0,7
8,7
3
8
12
8
12
102
0,2
0,6
0,8
0,6
0,8
7,2
1
22
22
19
20
142
24
21
25
14
154
0,1
1,3
1,3
1,1
1,2
8,2
0,0
1,2
1,0
1,2
0,7
7,6
7
29
23
22
25
193
0,3
1,2
1,0
0,9
1,1
8,3
75
22
34
19
10
216
2,9
0,8
1,3
0,7
0,4
8,2
996 90,5 1012 88,0 1280 89,8 1505 86,9 1788 88,3 2037 87,2 2249 85,7
494 100,0 1100 100,0 1150 100,0 1425 100,0 1731 100,0 2026 100,0 2336 100,0 2625 100,0
3,2
6,9
0,2
155 24,4
1
88 13,9
320 50,5
1
16 11,9
29 21,5
89 65,9
135 100,0
2,1
0,7
7,7
602 100,0
3
1
11
27 19,0
100 70,4
142 100,0
42
1
Obito TB
Transf Estado
194
36
Obito NTB
1
8,3
0,0
1,8
1,5
0,0
382 16,4
Falencia
Abandono
225
2
55
36
1
9,2
0,1
2,2
1,5
180
3
46
28
8,0
0,1
2,0
1,2
135
4
56
37
5,5
0,2
2,3
1,5
0,0
283 11,5
0,0
286 12,7
0,0
325 13,2
139
4
63
33
2
5,5
0,2
2,5
1,3
0,1
282 11,2
125
3
68
41
4
5,5
0,1
3,0
1,8
0,2
232 10,3
67
5
83
41
2
18
59
37
3,3
20
21
67
47
1,1
22
30
60
46
1,2
14
28
56
40
0,7
38
13
56
29
2,4
100
7,1
0,0
0,9
4,0
2,1
176 12,5
0,0
1,7
3,5
2,5
233 14,4
0,0
1,6
3,2
2,4
284 15,1
0,0
1,1
3,6
2,5
270 14,5
0,0
1,0
3,4
2,1
244 14,0
0,2
4,1
2,0
0,1
248 12,4
1677 71,9 1811 73,8 1714 75,9 1949 79,1 1995 79,2 1790 79,1 1555 77,7 1369 78,4 1434 77,1 1446 76,9 1220 75,5 1031 73,4
7,2
0,0
17
0,0
8,5
250 78,6
25
54
174 22,4
3,0
3,0
634 100,0
4
4
16 11,9
22 16,4
88 65,7
134 100,0
2333 100,0 2455 100,0 2257 100,0 2464 100,0 2518 100,0 2263 100,0 2001 100,0 1747 100,0 1861 100,0 1880 100,0 1615 100,0 1405 100,0
18
6,0
1,6
4,8
5,6
318 100,0
0,4
48 19,3
163 65,5
40
47
175 20,8
0,0
126 16,2
399 51,3
0,0
153 18,2
426 50,7
1,5
3,0
778 100,0
1
2
15 22,7
13 19,7
35 53,0
66 100,0
494 16,4 1100 32,7 1150 36,5 1425 44,9 1731 48,2 2026 51,9 2336 59,1 2625 65,1
Cura
6,6
8,0
4,9
249 100,0
62
38
185 23,8
1,4
4,3
841 100,0
1
3
24 34,8
16 23,2
25 36,2
0,0
130 16,7
362 46,6
0,0
7,4
0,7
1,8
1,8
777 100,0
2
2
37 32,7
18 15,9
54 47,8
69 100,0
318 11,4
Total
9
0,0
8
Transf Estado
10
1
3
3,7
1,2
1
0,0
21 15,4
95 69,9
Obito TB
Abandono
8,4
6,9
136 100,0
Obito NTB
14 17,1
Cura
67
55
215 27,0
9,9
113 100,0
249
0,0
120 15,1
340 42,7
0,0
56 68,3
Total
1,2
3,5
797 100,0
1
3
19 22,1
16 18,6
47 54,7
Falencia
82 100,0
S/inf
5,7
55
158 16,4
Transf Estado
195 20,2
Óbito
5,2
86 100,0
136
0,0
361 37,4
Cura
Falencia
966 100,0
Total
2,1
6,3
48 100,0
3,4
82
Total
%
261 36,0
726
nº
2010
2415 2591 2506 2782 3012 3363 3151 3172 3592 3906 3951 4030
48
1014
nº
1999
Supervisionado
Total
Supervisionado
Total
de tratamento
ano início
Fonte: TBWEB (21/09/2011)
HIV (-) - Resultados
Auto administrado
Supervisionado
Auto administrado
104
Supervisionado
HIV(-) HIV(+)
Quadro 4. Casos novos HIV (+) e HIV (-): Cobertura de TODO e Resultados por tipo de tratamento. Município de São Paulo, 1999 a 2010.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV
Bibliografia
1 Guidelines for intensified tuberculosis case-finding and isoniazid preventive therapy for people living with HIV in resourceconstrained settings. Stop TB Department/Department of HIV/AIDS/ World Health Organization, Geneva, Switzerland, 2011. http://whqlibdoc. who.int/publications/2011/9789241500708_eng.pdf
2 Organização Mundial da Saúde (OMS). Stop TB Department. Department of HIV/aids. Manual Clínico TB/HIV. Segunda edição. Genebra, 2004.
3 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Viigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Viigilância Epidemiológica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
4 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e aids. Manual de adesão ao tratamento para pessoas vivendo com HIV e aids / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e aids. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
5 Smieja, MJ et al, Cochrane database Syst Rev, 2000;(2):CD001363.
105
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
106
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
08
Outras Fontes de Vigilância
107
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGISERV Esse sistema de informação encontra-se implantado, desde 2002, nas 15 unidades de assistência às pessoas vivendo com o HIV da Rede Municipal Especializada em DST/aids (RME) de São Paulo. É composto de três bancos de dados que atendem a objetivos específicos: 1) conhecer o número de usuários em seguimento, segundo diagnóstico; 2) monitorar o tempo decorrido entre cada um dos momentos que envolvem a realização de sorologias para diagnóstico de HIV e hepatites (datas da solicitação, da coleta, da disponibilização do resultado na unidade e da entrega do resultado ao solicitante) e 3) monitorar o volume de atendimentos realizados por tipo de profissionais e por tipo de atividades. Dos três módulos citados, apenas o relativo ao seguimento de pacientes com diagnóstico estabelecido de alguma DST se mantém em uso. Detalhes a respeito do contexto histórico e da motivação inicial para a implantação deste sistema podem ser vistos na publicação “A nova cara da luta contra a epidemia na Cidade de São Paulo”1. O módulo atualmente em uso permite gerar relatórios com o número de usuários em seguimento por tipo de diagnóstico, para cada um dos serviços, atendendo a uma importante demanda gerencial, além de incluir indicadores que contribuem para avaliar a qualidade da assistência prestada. Para o nível local constitui também um importante instrumento para a vigilância em serviço, permitindo intervenções que aumentem a adesão aos programas e aos protocolos propostos, como convocação de faltosos, incentivo à realização de PPD, vacinas e outras. Em um único banco de dados estão disponíveis informações referentes à coinfecção pela tuberculose, hepatite B e C e outras DST, dados sobre vacinação, profilaxia da tuberculose, dentre outros. Possibilita ainda, conhecer e avaliar o processo de notificação de casos, a adesão dos pacientes ao tratamento, bem como a dinâmica de altas por abandono, óbitos ou mesmo encaminhamento para outros serviços da rede municipal. Outra vantagem a ser considerada é a oportunidade de acesso a informações detalhadas sobre cada caso. A seguir são apresentados os dados extraídos do VIGISERV com atualização até outubro de 2011. Na Tabela 1 e Gráfico 1 são apresentados os números e porcentagens de matrículas segundo o diagnóstico principal que motivou o acompanhamento na unidade. O grande aumento de matriculados no início do período reflete a forma de implantação do sistema de informação que registrava as pessoas que em 2002 estavam em acompanhamento. Destaca-se a estabilidade inicial na proporção de casos de DST e a posterior mudança de patamar a partir de 2004. Já as hepatites apresentam aumento expressivo com estabilização em torno de 18%.
1. A nova cara da luta contra a epidemia na Cidade de São Paulo. Publicação: Programa Municipal de DST/aids, SMS-PMSP. Organização: Fábio Mesquita e Célia Regina de Souza. 2003 Ed. Raiz da terra
108
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
Tabela 1. Número e porcentagem de matrículas segundo diagnóstico principal e ano de matrícula na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011***. Ano de
aids/HIV
matrícula
n
até 1995 1996
DST
AMB*
%
n
%
1374
70,9
320
16,5
1414
93,8
40
2,7
1997
2249
91,6
113
4,6
0
1998
2018
76,0
511
19,2
0
1999
2186
69,2
709
22,5
2000
2130
65,8
761
23,5
2001
2744
71,1
672
2002
2750
59,6
1136
2003
3050
52,6
2004
2912
46,9
2005
2690
2006
2527
2007 2008
Hep B e C
2
0,1
154
7,9
86
4,4
3
0,2
1939 100,0
0,0
1
0,1
43
2,9
9
0,6
1507 100,0
0,0
4
0,2
82
3,3
8
0,3
2456 100,0
0,0
13
0,5
100
3,8
14
0,5
2656 100,0
1
0,0
38
1,2
202
6,4
22
0,7
3158 100,0
0
0,0
48
1,5
263
8,1
36
1,1
3238 100,0
17,4
2
0,1
42
1,1
362
9,4
36
0,9
3858 100,0
24,6
29
0,6
264
5,7
418
9,1
19
0,4
4616 100,0
1294
22,3
24
0,4
898
15,5
487
8,4
41
0,7
5794 100,0
1792
28,8
35
0,6
960
15,5
468
7,5
45
0,7
6212 100,0
40,7
2143
32,4
82
1,2
1161
17,6
445
6,7
93
1,4
6614 100,0
41,7
1870
30,9
89
1,5
1038
17,1
411
6,8
119
2,0
6054 100,0
2761
43,6
1881
29,7
82
1,3
1114
17,6
416
6,6
78
1,2
6332 100,0
3207
44,7
2104
29,3
110
1,5
1230
17,1
396
5,5
128
1,8
7175 100,0
2009
3423
43,8
2513
32,2
99
1,3
1273
16,3
402
5,1
98
1,3
7808 100,0
2010
3402
35,7
3815
40,0
184
1,9
1260
13,2
402
4,2
478
5,0
9541 100,0
36,0
2667
42,0
135
2,1
565
8,9
277
4,4
414
6,5
6345 100,0
50,6 24341
28,5
874
1,0 10063
2287
11,8 5260
%
n
total
0
43124
n
Outros
n
Total
%
TV**
%
2011
n
6,2 1641
%
n
%
1,9 85303 100,0
Fonte: VIGISERV – SMS/SP *AMB – Acidente com exposição a material biológico **TV – Exposição a sífilis e HIV na gestação ***Dados provisórios, até outubro de 2011.
Gráfico 1. Número de matrículas segundo o diagnóstico principal e ano de matrícula na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. 10000 9000 8000 7000 aids
6000
HIV DST
5000
AMB Hep B e C
4000
TV
3000 2000 1000 0
<1996 1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011.
109
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Cerca de 90% das matriculas são feitas em indivíduos com idade superior a 12 anos. Nesses, a faixa etária predominante é a de 20 a 29 anos, com 64% casos. Abaixo dos 13 anos a distribuição entre os sexos é semelhante. Observa-se predomínio de mulheres de 13 a 19 e acima de 60 anos. Tabela 2. Número e distribuição percentual de casos matriculados segundo faixa etária e sexo na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Faixa etária (em anos) na matrícula
Feminino
Masculino n %
Total
n
%
0a4
2998
49,0
3122
5a6
241
50,8
10 a 12
105
50,5
Criança
3344
13 a 19
3507
20 a 29
11162
42,4
15167
57,6
26329
33,6
30 a 39
9126
38,1
14820
61,9
23946
30,6
40 a 49
5053
37,2
8528
62,8
13581
17,3
50 a 59
2515
42,2
3451
57,8
5966
7,6
60 a 69
1032
51,3
981
48,7
2013
2,6
293
54,4
246
45,6
539
0,7
32688
41,7
45618
58,3
78306
91,8
70 e mais Adulto Ignorado Total
n
%
51,0
6120
90,0
233
49,2
474
7,0
103
49,5
208
3,1
49,2
3458
50,8
6802
8,0
59,1
2425
40,9
5932
7,6
75
38,5
120
61,5
195
0,2
36107
42,3
49196
57,7
85303
100,0
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011.
A distribuição etária e por sexo reflete o perfil de diagnóstico e a forma de organização da rede de atenção a esses agravos. A tabela 3 apresenta a distribuição dos casos segundo o diagnóstico principal e o sexo onde se observa que 46% dos usuários matriculados são por HIV/aids. Tabela 3. Número e distribuição percentual de casos matriculados segundo diagnóstico principal e sexo na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Diagnóstico principal HIV/AIDS Coinfec HIV/Hepatite
Feminino n
%
14894
37,7
Masculino n % 24579
62,3
Total n
%
39473
46,3
970
26,6
2680
73,4
3650
4,3
11461
47,1
12880
52,9
24341
28,5
Hepatite B e C
4952
49,2
5112
50,8
10064
11,8
Trans. Vertical
2584
49,1
2676
50,9
5260
6,2
DST
Outros Total
1246
49,5
1269
50,5
2515
2,9
36107
42,3
49196
57,7
85303
100,0
Fonte: VIGSER *Dados provisórios, até outubro de 2011.
110
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
Exceto na infecção pelo HIV, onde predomina o sexo masculino, com cerca de 58% dos casos, nos demais diagnósticos a distribuição entre os sexos é praticamente equitativa. Tabela 4. Número e distribuição percentual de casos matriculados segundo unidade de atendimento (RME) e sexo. Município de São Paulo, 1992 a 2011*.
Unidade de atendimento
Feminino n
%
Masculino n %
Total n
%
AE Alexandre K Yasbeck
1025
36,6
1777
63,4
2802
3,3
AE Vila Prudente
1282
43,0
1700
57,0
2982
3,5
CR Freguesia do O
3944
48,5
4185
51,5
8129
9,5
CR Penha
3972
47,3
4433
52,7
8405
9,9
CR Santo Amaro
5670
46,5
6522
53,5
12192
14,3
SAE Butantã
1618
32,4
3369
67,6
4987
5,8
SAE Campos Elíseos
889
18,3
3959
81,7
4848
5,7
SAE Cidade Dutra
2532
45,2
3073
54,8
5605
6,6
SAE Cidade Lider
2753
44,7
3411
55,3
6164
7,2
SAE Fidelis Ribeiro
2833
41,1
4052
58,9
6885
8,1
SAE Herbert de Souza
1145
43,0
1517
57,0
2662
3,1
SAE Ipiranga
2798
42,8
3740
57,2
6538
7,7
SAE jardim Mitsutami
1672
44,6
2081
55,4
3753
4,4
SAE Lapa
1022
40,0
1536
60,0
2558
3,0
SAE Santana Total
2952
43,5
3841
56,5
6793
8,0
36107
42,3
49196
57,7
85303
100,0
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011.
Destaca-se o SAE Campos Elíseos onde há um predomínio importante de usuários do sexo masculino matriculados. A tabela 5 apresenta a situação atual dos casos por ano de matrícula. A condição de “cura” diz respeito na maioria dos casos a usuários com diagnóstico principal de outras DST que não o HIV/aids e para as crianças o encerramento do acompanhamento da exposição vertical como não infectada.
111
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 5. Número e distribuição percentual de casos matriculados segundo ano de matrícula e situação atual na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Ano Em seguimento Abandono de matrícula
Cura/ Óbito Transferência Mud. Diagn
n
%
n
%
n
%
n
até 1995
436
22,5
337
17,4
127
6,6
1996
240
15,9
349
23,1
43
2,8
1997
406
16,5
650
26,5
106
1998
438
16,5
691
26,0
483
1999
508
16,1
847
26,8
724
2000
510
15,8
944
29,2
772
2001
693
18,0 1156
30,0
2002
761
16,5 1665
36,1
2003
924
15,9 2468
2004
958
15,4 2793
2005
977
2006
1057
2007 2008
Sem informação
%
n
%
n
172
8,9
271
14,0
594
30,7 1937 100,0
487
32,3
243
16,1
147
9,7 1509 100,0
4,3
639
26,0
416
16,9
239
9,7 2456 100,0
18,2
457
17,2
395
14,9
192
7,2 2656 100,0
22,9
437
13,8
431
13,6
211
6,7 3158 100,0
23,8
376
11,6
413
12,8
223
6,9 3238 100,0
614
15,9
404
10,5
532
13,8
459
11,9 3858 100,0
679
14,7
394
8,5
687
14,9
430
9,3 4616 100,0
42,6
756
13,0
332
5,7
725
12,5
589
10,2 5794 100,0
45,0
669
10,8
284
4,6
710
11,4
798
12,8 6212 100,0
14,8 3036
45,9
768
11,6
216
3,3
757
11,4
860
13,0 6614 100,0
17,5 2447
40,4
647
10,7
193
3,2
726
12,0
984
16,3 6054 100,0
1253
19,8 2306
36,4
684
10,8
164
2,6
734
11,6 1191
18,8 6332 100,0
1648
23,0 2562
35,7
643
9,0
128
1,8
744
10,4 1450
20,2 7175 100,0
2009
2559
32,8 2059
26,4
654
8,4
100
1,3
681
8,7 1755
22,5 7808 100,0
2010
6346
66,5 1345
14,1 1171
12,3
76
0,8
603
6,3
0,0 9541 100,0
5728
90,3
5,8
25
0,4
166
2,6
0,0 6345 100,0
2011 Total
60
0,9
366
25442 29,8 25715 30,1 9906 11,6 4884
%
Total n
%
5,7 9234 10,8 10122 11,9 85303 100,0
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011.
A categoria “sem informação” foi utilizada para usuários que não têm registro de comparecimento há mais de dois anos sem que lhes tenha sido atribuída alguma condição de alta. Essa categoria é muito expressiva no início do período, caindo progressivamente a partir de 2001. Essa é uma correção considerada necessária, e evidencia falhas na atualização dos registros. A proporção de usuários em seguimento diminui com o passar dos anos, no entanto a porcentagem de altas por abandono não sofre muita variação, se desconsiderarmos os dois últimos anos. Gráfico 2. Distribuição percentual dos usuários matriculados segundo a situação atual na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0
Fem Seguimento
Masc Abandono
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011.
112
Cura
Sem informação
Total Óbito
Transferência
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
No gráfico 2 observa-se comportamento semelhante entre os dois sexos, com discreto predomínio de altaS por cura entre as mulheres e de óbitos entre os homens. A seguir serão apresentados os dados dos usuários em seguimento, subdivididos em adultos, idade na matrícula maior do que 12 anos, e crianças. A. Adultos Permanecem em seguimento na rede 29,8% dos usuários matriculados com idade superior a 12 anos. Tabela 6. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento segundo faixa etária por ocasião da matrícula e sexo na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*.
Faixa etária
Feminino
(em anos)
n
%
13 a 19 anos
Masculino
Total
n
%
n
%
863
60,3
569
39,7
1432
5,9
20 a 29 anos 2924
39,7
4448
60,3
7372
30,1
30 a 39 anos 2995
38,7
4741
61,3
7736
31,6
40 a 49 anos 1795
37,7
2962
62,3
4757
19,4
50 a059 anos
956
43,3
1253
56,7
2209
9,0
60 a 69 anos
399
51,7
373
48,3
772
3,2
70 anos e mais 104
56,2
81
43,8
185
0,8
Adulto
41,0
14427
59,0
24463
100,0
10036
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011
Tabela 7. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento segundo raça/cor e sexo na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Raça/Cor
Feminino n %
Masculino n %
Amarela
65
0,6
81
4782
47,6
20
0,2
Branca Indigena
Total n
%
0,6
146
0,6
7217
50,0
11999
49,0
48
0,3
68
0,3
Negra
1088
10,8
1407
9,8
2495
10,2
Parda
3469
34,6
4731
32,8
8200
33,5
Ignorada Total
612
6,1
943
6,5
1555
6,4
10036
100,0
14427
100,0
24463
100,0
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011
Na faixas etárias de 13 a 19 anos e maiores de 60 anos a proporção entre os sexos é praticamente a mesma, nas demais observa-se o predomínio do sexo masculino (Tabela 6). A distribuição percentual de usuários segundo a raça/cor é praticamente a mesma em ambos os sexos.
113
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 8. Número e distribuição percentual de usuários em seguimento segundo unidade de atendimento (RME) e sexo. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Unidade de atendimento
Feminino n %
Masculino n %
Total n
%
AE Alexandre K Yasbeck
464
35,7
835
64,3
1299
5,3
AE Vila Prudente
418
40,5
613
59,5
1031
4,2
CR Freguesia do O
1137
46,8
1291
53,2
2428
9,9
833
45,0
1020
55,0
1853
7,6
CR Penha CR Santo Amaro
2130
48,1
2301
51,9
4431
18,1
SAE Butantã
694
35,1
1286
64,9
1980
8,1
SAE Campos Elíseos
215
14,0
1322
86,0
1537
6,3
SAE Cidade Dutra
393
47,1
441
52,9
834
3,4
SAE Cidade Lider
289
52,4
263
47,6
552
2,3
SAE Fidelis Ribeiro
1205
43,1
1594
56,9
2799
11,4
SAE Herbert de Souza
589
43,5
765
56,5
1354
5,5
SAE Ipiranga
564
37,3
948
62,7
1512
6,2
SAE Jardim Mitsutami
626
42,4
849
57,6
1475
6,0
SAE Lapa
205
31,5
446
68,5
651
2,7
37,7
453
62,3
727
3,0
SAE Santana Total
274 10036
41,0 14427
59,0 24463 100,0
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011
A tabela 9 apresenta, por unidade, os diagnósticos principais dos usuários matriculados. Na categoria “outros” foram agrupados motivos de matrículas pouco comuns, em geral específicos de algumas unidades, tais como, acompanhamento de familiares, outras doenças infecciosas, pacientes portador do HIV matriculados especificamente para acompanhamento em alguma especialidade (psiquiatria, dermatologia, etc). Tabela 9. Número e porcentagem de usuários em seguimento segundo diagnóstico principal e unidade de atendimento (RME). Município de São Paulo, 1992 a 2011*.
HIV/Aids Coinfec HIV/Hepatite
n AE Alexandre K Yasbeck 982 AE Vila Prudente 641 CR Freguesia do O 1488 CR Penha 899 CR Santo Amaro 1907 SAE Butantã 1147 SAE Campos Elíseos 1318 SAE Cidade Dutra 166 SAE Cidade Lider 208 SAE Fidelis Ribeiro 2118 SAE Herbert de Souza 1215 SAE Ipiranga 763 SAE Jardim Mitsutami 871 SAE Lapa 409 SAE Santana 510 Total 14642 Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011
114
% n 75,6 120 62,2 79 61,3 220 48,5 106 43,0 166 57,9 115 85,8 92 19,9 3 37,7 2 75,7 71 89,7 29 50,5 78 59,1 63 62,8 67 70,2 52 59,9 1263
% 9,2 7,7 9,1 5,7 3,7 5,8 6,0 0,4 0,4 2,5 2,1 5,2 4,3 10,3 7,2 5,2
hep B e C n % 146 11,2 207 20,1 361 14,9 249 13,4 940 21,2 184 9,3 126 8,2 20 2,4 20 3,6 6 0,2 90 6,6 228 15,1 61 4,1 101 15,5 11 1,5 2750 11,2
DST n 50 94 359 599 938 532 1 644 322 604 20 197 480 74 154 5068
% 3,8 9,1 14,8 32,3 21,2 26,9 0,1 77,2 58,3 21,6 1,5 13,0 32,5 11,4 21,2 20,7
Outros n 1 10 480 2 1 246 740
Total
% n % 0,1 1299 5,3 1,0 1031 4,2 0,0 2428 9,9 0,0 1853 7,6 10,8 4431 18,1 0,1 1980 8,1 0,0 1537 6,3 0,1 834 3,4 0,0 552 2,3 0,0 2799 11,4 0,0 1354 5,5 16,3 1512 6,2 0,0 1475 6,0 0,0 651 2,7 0,0 727 3,0 3,0 24463 100,0
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
Em sete unidades mais de 70% dos usuários em seguimento tem como diagnóstico principal a aids ou o HIV. Se consideramos o atendimento às hepatites virais, em sete unidades os casos de aids, HIV e hepatites supera 85%. Por outro lado, duas unidades têm mais de 50% de acompanhamentos por outros diagnósticos, sendo que outras DST têm importante participação. Essas diferenças podem refletir critérios diferentes de inclusão de registros e diferenças na forma de atualização dos dados no VIGISERV, diferenças de organização dos serviços quanto a abertura de prontuários ou até mesmo diferenças regionais na organização da assistência às DST.
B.Crianças A exposição ao HIV é o principal motivo de matrícula de crianças na rede especializada (92%), superando os 85% em todas, exceto o CR Santo Amaro onde esse motivo é responsável por 68% das matrículas. Ainda, no AE Vila Prudente, CR Penha e CR Santo Amaro a hepatite B ou C têm expressiva participação. Tabela 10. Matriculados menores de 13 anos segundo o diagnóstico principal na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011****. Unidade de matrícula aids/HIV Hepatite Outros SFC* SIDAE** SIDASR** Total n % n % n % n % n % n % n % % Total AE Alexandre K Yasbeck 69 23,1 7 2,3 4 1,3 0,0 58 19,4 161 53,8 299 100,0 4,4 AE Vila Prudente 52 23,3 23 10,3 11 4,9 0,0 17 7,6 120 53,8 223 100,0 3,3 CR Freguesia do O 58 11,2 10 1,9 2 0,4 2 0,4 95 18,4 350 67,7 517 100,0 7,6 CR Penha 50 10,2 39 7,9 13 2,6 15 3,1 353 71,9 21 4,3 491 100,0 7,2 CR Santo Amaro 72 12,1 50 8,4 100 16,8 42 7,1 330 55,6 0,0 594 100,0 8,7 SAE Butantã 58 18,2 3 0,9 9 2,8 0,0 111 34,9 137 43,1 318 100,0 4,7 SAE Campos Elíseos 62 27,7 6 2,7 0 0,0 1 0,4 77 34,4 78 34,8 224 100,0 3,3 SAE Cidade Dutra 119 22,5 7 1,3 53 10,0 10 1,9 213 40,3 127 24,0 529 100,0 7,8 SAE Cidade Lider 183 17,2 1 0,1 2 0,2 0,0 238 22,4 639 60,1 1063 100,0 15,6 SAE Fidelis Ribeiro 128 15,6 0,0 18 2,2 8 1,0 308 37,6 358 43,7 820 100,0 12,1 SAE Herbert de Souza 76 29,5 1 0,4 2 0,8 0,0 92 35,7 87 33,7 258 100,0 3,8 SAE Ipiranga 9 3,9 5 2,1 33 14,2 4 1,7 168 72,1 14 6,0 233 100,0 3,4 SAE Jardim Mitsutami 51 15,8 0,0 14 4,3 0,0 101 31,4 156 48,4 322 100,0 4,7 SAE Lapa 25 14,7 2 1,2 3 1,8 2 1,2 33 19,4 105 61,8 170 100,0 2,5 SAE Santana 132 17,8 4 0,5 6 0,8 17 2,3 144 19,4 438 59,1 741 100,0 10,9 Total 1144 16,8 158 2,3 270 4,0 101 1,5 2338 34,4 2791 41,0 6802 100,0 100,0 Fonte: VIGISERV *SFC – Sífilis Congênita **SIDAE – Criança exposta ao HIV ***SIDASR – Criança exposta ao HIV soro revertida **** Dados provisórios, até outubro de 2011
Dentre as crianças, matriculadas com idade inferior a 13 anos, 20% ainda estão em seguimento nas unidades da RME. A tabela 11 mostra a situação atual das crianças matriculadas. As crianças acompanhadas devido à exposição na gestação ao HIV são classificados como alta por “cura” juntamente com casos que eventualmente tenham sido acompanhados por algum agravo que tenha resultados na cura, como por exemplo a sífilis congênita. Como visto na tabela 10, ao menos 75% das matrículas de crianças é devido à exposição ao HIV na gestação, consequentemente a grande maioria dos casos classificados nessa condição é na verdade crianças que encerraram o acompanhamento como não infectadas.
115
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 11. Situação atual dos matriculados menores de 13 anos na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Situação atual
n
%
Em seguimento
1353
19,9
367
5,4
Abandono Cura Ignorado
3587
52,7
730
10,7
2
0,0
86
1,3
Mudança de diagnostico Óbito Transferência Total
677
10,0
6802
100,0
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011
Observa-se que a porcentagem de casos de crianças encerrados por abandono ou sem informação é significativamente menor, se comparado com o total de usuários matriculados (tabela 5). A tabela 12 apresenta os casos de crianças em seguimento segundo diagnóstico principal e unidade de atendimento. Chama atenção a heterogeneidade da distribuição das crianças entre as unidades. Enquanto apenas duas unidades são responsáveis por 54% das crianças em seguimento (SAE Cidade Dutra e SAE Cidade Líder), oito unidades (53%) acompanham 17% delas. Também em relação ao diagnóstico principal observa-se grande variabilidade na distribuição. Só oito unidades têm crianças em acompanhamento de hepatite, sendo que apenas em três esse contingente supera 10%. Por outro lado, em 10 unidades o acompanhamento de crianças expostas ao HIV supera os 80%. Essa diferença na manutenção de crianças em acompanhamento e no perfil das acompanhadas pode refletir critérios diferenciados de alta ou transferência para acompanhamento em unidade básica de saúde. Tabela 12. Número e porcentagem de crianças em seguimento segundo diagnóstico principal e unidade de seguimento (RME). Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Unidade de
aids/HIV
seguimento
n
AE Alexandre K Yasbeck AE Vila Prudente CR Freguesia do O CR Penha CR Santo Amaro SAE Butantã
%
Hepatite n
%
Outros n
%
SFC n
%
SIDAE n
%
SIDASR n
%
Total n
% % Total
7 26,9
3 11,5
4 15,4
0
0,0
11 42,3
1
3,8
26 100,0
1,9
11 42,3
3 11,5
5 19,2
0
0,0
7 26,9
0
0,0
26 100,0
1,9
0
0,0
0
0,0
0
0,0
24 77,4
0
0,0
31 100,0
2,3
11 14,3
2
2,6
5
6,5
45 58,4
0
0,0
77 100,0
5,7
28 45,9
1
1,6
24 39,3
0
0,0
61 100,0
4,5
0
0,0
27 58,7
4
8,7
46 100,0
3,4
6,0 100 100,0
7,4
7 22,6 14 18,2 7 11,5
1
1,6
11 23,9
0
0,0
SAE Campos Elíseos
41 41,0
5
5,0
SAE Cidade Dutra
90 23,9
7
1,9
SAE Cidade Lider
66 18,6
4
8,7
0
0,0
0
0,0
48 48,0
6
53 14,1
8
2,1 195 51,7
24
92 26,0 354 100,0 26,2
6,4 377 100,0 27,9
1
0,3
0
0,0
0
0,0 195 55,1
SAE Fidelis Ribeiro
1
5,0
0
0,0
1
5,0
0
0,0
17 85,0
1
5,0
20 100,0
1,5
SAE Herbert de Souza
8 10,8
0
0,0
0
0,0
0
0,0
66 89,2
0
0,0
74 100,0
5,5
SAE Ipiranga
1
6,3
0
0,0
0
0,0
2 12,5
13 81,3
0
0,0
16 100,0
1,2
SAE jardim Mitsutami
3
7,5
0
0,0
1
2,5
0
0,0
36 90,0
0
0,0
40 100,0
3,0
SAE Lapa
9 42,9
0
0,0
1
4,8
0
0,0
11 52,4
0
0,0
21 100,0
1,6
3,6
3
3,6
2
2,4
22 26,2
0
0,0
84 100,0
6,2
2,5 102
7,5
18
SAE Santana Total
54 64,3
3
330 24,4
34
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011
116
1,3 741 54,8 128
9,5 1353 100,0 100,0
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
Também se destaca o pequeno número de unidades que mantém em seguimento crianças classificadas como “SIDASR” – criança soro revertida. Essa categoria engloba as crianças expostas ao HIV na gestação (SIDAE) que foram encerradas como não infectadas, mas que ainda deveriam permanecer em seguimento para avaliação de possíveis eventos adversos tardios. Especialmente em relação a este cuidado não há consenso na rede sobre como proceder. Provavelmente, na maioria das unidades elas continuam classificadas como SIDAE, como se vê na tabela 12. As crianças com exposição vertical ainda não encerradas e as soro revertidas são responsáveis por 64% dos seguimentos e as com aids ou infectadas pelo HIV correspondem a 24%. O Gráfico 3 apresenta a distribuição percentual de casos em menores de 13 anos em seguimento nas unidades segundo diagnóstico principal. Gráfico 3. Distribuição percentual de casos em seguimento segundo diagnóstico principal na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*.
2,5
8,9
15,4
aids HIV
9,5
8,9 SIDAE SIDASR Hepatite Outras 54,8
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011
A tabela 12 apresenta as crianças em seguimento por diagnóstico principal e ano de matrícula. Tabela 12. Número e porcentagem de casos em seguimento segundo diagnóstico principal e ano de matrícula na RME. Município de São Paulo, 1992 a 2011*. Unidade de sguimento aids/HIV n % AE Alexandre K Yasbeck 7 26,9 AE Vila Prudente 11 42,3 CR Freguesia do O 7 22,6 CR Penha 14 18,2 CR Santo Amaro 7 11,5 SAE Butantã 11 23,9 SAE Campos Elíseos 41 41,0 SAE Cidade Dutra 90 23,9 SAE Cidade Lider 66 18,6 SAE Fidelis Ribeiro 1 5,0 SAE Herbert de Souza 8 10,8 SAE Ipiranga 1 6,3 SAE jardim Mitsutami 3 7,5 SAE Lapa 9 42,9 SAE Santana 54 64,3 Total 330 24,4
Hepatite Outros n % n % 3 11,5 4 15,4 3 11,5 5 19,2 0 0,0 0 0,0 11 14,3 2 2,6 1 1,6 28 45,9 0 0,0 4 8,7 5 5,0 0 0,0 7 1,9 53 14,1 1 0,3 0 0,0 0 0,0 1 5,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 2,5 0 0,0 1 4,8 3 3,6 3 3,6 34 2,5 102 7,5
SFC SIDAE SIDASR n % n % n % n 0 0,0 11 42,3 1 3,8 26 0 0,0 7 26,9 0 0,0 26 0 0,0 24 77,4 0 0,0 31 5 6,5 45 58,4 0 0,0 77 1 1,6 24 39,3 0 0,0 61 0 0,0 27 58,7 4 8,7 46 0 0,0 48 48,0 6 6,0 100 8 2,1 195 51,7 24 6,4 377 0 0,0 195 55,1 92 26,0 354 0 0,0 17 85,0 1 5,0 20 0 0,0 66 89,2 0 0,0 74 2 12,5 13 81,3 0 0,0 16 0 0,0 36 90,0 0 0,0 40 0 0,0 11 52,4 0 0,0 21 2 2,4 22 26,2 0 0,0 84 18 1,3 741 54,8 128 9,5 1353
Total % % Total 100,0 1,9 100,0 1,9 100,0 2,3 100,0 5,7 100,0 4,5 100,0 3,4 100,0 7,4 100,0 27,9 100,0 26,2 100,0 1,5 100,0 5,5 100,0 1,2 100,0 3,0 100,0 1,6 100,0 6,2 100,0 100,0
Fonte: VIGISERV *Dados provisórios, até outubro de 2011
117
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
A partir de 2002 aumenta ano a ano o número de crianças acompanhadas nas unidades da rede por exposição vertical ao HIV. Possivelmente esse aumento reflita mais mudança na orientação de transferir o acompanhamento da criança exposta encerrada como não infectada para a rede de UBS do que propriamente o de crianças expostas.
Considerações finais: Em virtude da cobertura que alcançou na RME, os dados do VIGISERV têm o potencial de fornecer informações mais oportunas a respeito dos casos em seguimento nas unidades. Para as pessoas infectadas pelo HIV, casos novos e recémdiagnosticados, o conhecimento do perfil epidemiológico é de suma importância para a análise e acompanhamento das políticas públicas instituídas, informação não disponível em nenhum outro sistema de informação. Também, conhecer o perfil de pessoas vivendo com o HIV/aids que estão sob acompanhamento na rede municipal especializada é um aspecto importante para a avaliação e o planejamento de ações de prevenção, assistência e também como suporte para o dimensionamento de necessidades futuras. O número de usuários matriculados por aids no VIGISERV corresponde a 35% dos casos de aids em residentes no município de S. Paulo no SINAN. Para que estes dados reflitam a realidade e que sejam passíveis de utilização desses é importante que se mantenham a qualidade das informações disponíveis, bem como a frequência e regularidade de suas atualizações. Outro aspecto de relevância para a utilização dos dados provenientes do VIGISERV é a constante revisão e atualização com os “alimentadores” do banco quanto a seus objetivos e padronizações de conceitos utilizadas em cada uma das variáveis. O contingente de casos classificados como “sem informação” que no início do período supera 40% evidencia a fragilidade da análise especialmente no que se refere à evolução dos casos, número de pessoas ainda em acompanhamento e outras que eventualmente possam ser feitas para cada um dos agravos. Outra necessidade premente é a atualização do banco para um software mais moderno, sendo esta uma meta do programa municipal, o que viabilizaria a preservação deste conjunto de informações que já abarca uma série histórica de mais de 15 anos.
118
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
Planilha de Sorologias Os 24 Serviços Especializados em DST/aids do Município de São Paulo realizam diagnósticos sorológicos para o vírus do HIV, VDRL (Sífilis) e Hepatites B e C. Desde 2004, relatórios mensais monitoram a quantidade de testes realizados, o que vem contribuindo para a elaboração de estratégias para o acompanhamento, a promoção e o cuidado em saúde. Em 2010, foi realizado um total de 206.862 testes sendo que 28,9% (59.805/206.862) foram para diagnóstico sorológico do HIV, 23,7% (48.993/206.862) para VDRL, 23,6% (49.249/206.862) para Hepatite B e 23,8% (49.249/206.862) para a Hepatite C. Em relação ao sexo, 58,4% (120.830/206862) era do sexo masculino e 41,6% (86.032/206862) do sexo feminino. A Faixa etária entre os 20 a 34 anos realizou 53% (109.660/206.862) dos testes sorológicos. É importante salientar que o Teste Rápido para o HIV, estratégia visando à ampliação ao diagnóstico precoce correspondeu, em 2010, a 40,3% (24126/59805) do total de testes realizados, sendo os outros 59,7% (35.679/59.805) realizados pelo método convencional (Elisa). O número total de sorologias reagentes (Elisa e TRD) para o HIV, em 2010, na Rede Municipal Especializada em DST/aids (RME) significou 4,8% (2.864/59.805) dos testes realizados. Destes, 72,6% (2.079/2245) estão no sexo masculino e 27,4% (785/2.2458) no sexo feminino. A faixa etária entre os 25 a 29 anos possui 19,7% (564/2.245) dos resultados positivos, seguida por 18,9% (542/2.245) na faixa etária entre 30 a 34 anos, 16,6% (475/2.245) entre 40 a 49 anos e 15,9% (456/2.245) entre os 20 a 24 anos. Gráfico1. Total de testes realizados para o HIV, pelo método Elisa e Teste Rápido Diagnóstico** (TRD), na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*.
70000 60000 50000
58319
57768
3167
2758
59805
51839 42068
44298
40000 30000 20000 10000
2150
2205
2509
2864
0 Total
Positivos
Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão ** O TRD foi implantado na RME a partir do ano de 2006.
119
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 2. Total de testes realizados para o diagnóstico da Sífilis, na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. 60000
50000 41266
48609
48337
2402
2483
49997
48993
2598
2773
44854
40000
30000
20000
10000 2152
2313
0 Total
Positivos
Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão
Gráfico 3. Total de testes realizados para Hepatite B, na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*. 60000 50000
44012
40000
48452
49366
48815
1374
1515
1783
33159
30000 20000 15703 10000 785
1227
1370
0 Total
Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão
120
Positivos
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
Gráfico 4. Total de testes realizados para Hepatite C, na Rede Municipal Especializada em DST/aids e total de positivos segundo ano do exame. Município de São Paulo, 2005 a 2010*.
60000
50000
484529
49493
4924
1393
1736
1273
44012 40000 33159 30000
20000 15703 10000 1090
1545
1427
0 Total
Positivos
Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão
121
122
105
864
TOTAL
789
982 1776 3051 1722 3291 1419 2353 1103 1605 1398 1780
811
861
292
882
894
838
762
337
986
963
966
764
M
60 a 69 F
899
81
205
207
208
198
F
839
116
182
193
185
163
M
70 e +
197
66
34
36
34
27
F
347
84
78
72
72
41
M
Ignorado
Total
6
2
6
3
3
20
HIV - ELISA
VDRL
HEP. B
HEP. C
TRD
TOTAL
131
29
23
23
39
17
226
40
13
25
119
29
13 a 19 F M
64
40
70
68
35
896
206
58
81
400
151
20 a 24 F M
277
Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão
24
5
2
4
3
10
0 a 12 F M
Tipo de Teste
240
59
144
410
196
380 1049
76
54
99
99
52
25 a 29 F M
369
96
69
91
72
41
990
217
88
148
349
188
30 a 34 F M
388
78
66
112
88
44
842
155
94
172
274
147
35 a 39 F M
160
222
268
353
173
602 1176
68
136
173
151
74
40 a 49 F M
324
44
79
95
75
31
555
72
142
136
145
60
50 a 59 F M
148
10
50
48
31
9
209
17
58
53
72
9
60 a 69 F M
40
2
9
16
11
2
37
0
7
17
11
2
70 e + F M
4
2
0
0
0
2
6
1
1
2
1
1
Ignorado F M
M
86032 120830
9562 14564
20380 28869
20408 28407
20092 28901
15590 20089
F
2683
472
529
733
636
313
6010
1113
744
1050
2137
966
Total F M
Tabela 2. Número total de testes positivos segundo sexo, faixa etária e tipo de teste diagnóstico, na Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 2010*.
Fonte: Setor de Informação – PM DST/aids/SMS/SP *Dados Sujeitos a Revisão
783 7310 8239 14620 24328 15097 24858 12198 18559 9357 13570 13694 16744 8128 8547 3668 4016
104
182 1747 1965 3490 5841 3571 5895 2884 4421 2215 3264 3252 4018 1893 2037
179 1747 1941 3445 5718 3584 5797 2887 4366 2208 3180 3251 3971 1937 2027
TRD
M
50 a 59 F
207
M
40 a 49 F
212
M
35 a 39 F
HEP. C
M
30 a 34 F
HEP. B
M
168 1347 1430 2479 3924 2654 3932 2153 2996 1637 2236 2557 2869 1609 1566
F
25 a 29
150 1680 1921 3430 5794 3566 5943 2855 4423 2194 3285 3236 4106 1878 2056
M
20 a 24
F
173
M
13 a 19
F
VDRL
M
0 a 12
F
HIV - ELISA 167
de Teste
Tipo
Tabela 1. Número total de testes realizados segundo sexo, faixa etária e tipo de teste diagnóstico, na Rede Municipal Especializada em DST/aids. Município de São Paulo, 2010*.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS HIV/DST e Hepatites B e C do MunicÍpio de SÃO PAULO
Anotações / Notes
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