Atmosfera de Reintegração para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica - TCC 1 - UFSC

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ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VITIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (I)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNÓLOGICO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO

LUCIANA G DO N MARTINS


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNÓLOGICO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO

LUCIANA G DO N MARTINS

ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VITIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

FLORIANÓPOLIS -SC 2019


LUCIANA G DO N MARTINS

ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VITIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PESQUISA APRESENTADA COMO REQUISITO PARA OBTENÇÃO

DO

GRAU

EM

ARQUITETURA

URBANISMO

NA UNIVERSIDADE

E

FEDERAL DE

FLORIANÓPOLIS (UFSC)

ORIENTADA PELO PROFESSOR RICARDO SOCAS WIESE

FLORIANÓPOLIS -SC 2019


AGRADECIMENTOS Agradeço a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para construção desse TCC, e a todas as pessoas que de alguma forma me levaram a querer construir um TCC a respeito da construção do que é o ser feminino e o tema violência doméstica. Um especial agradecimento ao curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSC por me tornar uma pessoa consciente do meu papel questionadora em relação a construção da nossa sociedade. Gostaria de agradecer também ao meu primeiro orientador Américo Ishida, e ao meu segundo orientador Ricardo Socas Wiese, por embarcarem nesse desafio de construir uma discusão a respeito da visão atual de nossa sociedade a respeito do tema violência doméstica.


RESUMO Esse projeto provoca um pensamento reflexivo a respeito do papel da mulher ao longo dos anos através de um olhar da mudança da perspectiva da mesma em sociedade. Ao longo dos anos, a função primordial da mulher estaria direcionada e relacionada pelo ser masculino, e assim conduzida ao papel de dona de casa, cuidadora e educadora. Os enlaces e a reviravolta dos paradigmas da mulher mudam em virtude da chegada da mulher ao mercado de trabalho e ao mesmo tempo o surgimento das discussões a respeito do feminismo. Com passar dos anos a mulher resgata seu papel de decisão no que se refere a sua vida, e passa a exigir que sua voz, através de suas demandas, seja ouvida. Diante desse novo paradigma da luta do feminismo uma das pautas das suas discussões esta a reflexão a respeito da violência conta mulher. Esse projeto visa trazer uma nova visão a respeito de como hoje o sistema da rede de apoio a essas mulheres funciona e como o sistema isola ainda mais essas mulheres.


OUTROS JEITOS DE USAR A BOCA RUPI KAUR

RUPI KAUR


TEMA CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA..........................................................09 VIOLÊNCIA DE GÊNERO................................................................................19 FEMINICÍDIO......................................................................................................23

LUGAR CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA INTERVENÇÃO.................................29 MAPAS DE LOCALIZAÇÃO...........................................................................32 ÁREA DE INTERVENÇÃO.......................................................................33 MAPAS DE URBANÍSTICOS.........................................................................32 EQUIPAMENTOS.....................................................................................35 ZONEAMENTO.........................................................................................43 GABARITO.................................................................................................45 VIÁRIO........................................................................................................47 ENTORNO.................................................................................................49

PROJETO PROPOSTA CONCEITUAL.............................................................................55 OBJETIVO GERAL DA PROPOSTA..................................................56

SUMÁRIO ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MUHERES VÍTIMAS DE VIOLENCIA DOMESTICA


TEMA


9

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

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10

A mulher na sociedade tem trajetória de cerceamento da liberdade e papel social reprimido. Durante anos arrasta privações de liberdade e precisa atender a pré-requisitos atribuídos de forma social, cultural e religiosa. Em seu livro O segundo sexo, Simone de Beauvoir lembra que já no Código Romano, conjunto de regras jurídicas observadas na cidade de Roma e, mais tarde, ao corpo de direito aplicado ao território do Império Romano em 476 d.C, constavam restrições aos direitos femininos baseado na invocação da ”fragilidade e imbecilidade do sexo”. Ela ainda questiona a postura ainda vigente no século XVI que apoiava o discurso de menosprezo à mulher a partir de passagens dos textos de Santo Agostinho.

É impressionante que no séc XVI, a fim de manter a mulher casada sob tutela, apele se para a autoridade de Santo Agostinho declarando que ‘a mulher é um animal que nem firme e nem estável, enquanto a celibatária se reconhece o direito de gerir seus bens. (BEAUVOIR, 2017, p.16)

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11 A mesma desqualificação se repete em citações de Aristóteles que afirma que “devemos considerar que o caráter das mulheres sofre de certa deficiência natural” e de artigos de São Tomás de Aquino que afirma que “a mulher é um homem incompleto, um ser ocasional à história da Gênese, em que Eva parece extraída da costela de Adão”. Em sua tese desenvolvida em 1980, a escritora francesa ainda recorda que dentre as primeiras definições da mulher, a boa esposa era definida como frívola, irresponsável e pueril, submetida a um homem. A análise além de violar o respeito ao indivíduo também atribui à mulher uma condição de ser inferior e menos capaz que o homem, a tornando completamente dependente do provedor da casa e protetor da família.

Em contrapartida, em diversos momentos históricos o homem declara que não vê a mulher diminuída pelo fato de não ter profissão e ter como tarefa unicamente cuidar do Lar. Em inúmeros discursos a tarefa do lar é tida como nobre, porém no primeiro conflito matrimonial esse fator é exclamado e utilizado para impor a mulher uma situação de dependência e vulnerabilidade diante daquele homem que tem atribuições muito mais importantes e imprescindíveis para a vida da mulher.

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12

We Are All Equal A sociedade é masculina e o homem define a mulher não em si, mas relativa a ele. A dependência da mulher é uma situação criada através dos tempos de submissão e esta, até então, se apoiava em uma explicação biológica para se sobrepor nesta dominância. E assim se perpetuou esse conceito, cuja a tradição e a educação da criança é de dever da mulher, enquanto a natureza do homem lhe garantia carta branca para atender aos seus instintos.

Entre as dez maiores economias, o Brasil se equilibra sobre as linhas tortas da concentração de riqueza e da desigualdade social. Um cenário que se olhado pela perspectiva das mulheres, fica ainda mais evidente. As mulheres são a maioria da população brasileira e também se apresentam como mais pobres que os homens. Elas têm salários inferiores e, bem como já registrado no contexto histórico, assumem mais responsabilidades, tarefas no trabalho, além dos cuidados familiares e os afazeres domésticos.

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13 No universo financeiro, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão da ONU, relata que as mulheres exercem três quartos do trabalho e da produção de riquezas no mundo e recebem apenas a quarta parte. No Brasil, as mulheres recebem no mínimo 30% a menos do que os homens, mesmo quando estão a frente do nível de escolaridade. O cenário que enfraquece muitas vezes a independência feminina e faz com que centenas de mulheres estejam ainda mais submetidas a condições inferiores e permite se perpetuar a visão retrógrada de submissão a um homem provedor e uma mulher subjugada dependente do cônjuge dentro de casa.

Sexo frágil? Nem um pouco. Somos MUITO fortes!

Na construção da cidade, a mulher participa, da luta pelos seus direitos e cidadania e registra sua presença histórica na cidade. Porém, as pesquisas também demonstram que as mulheres ainda ocupam uma posição secundária. Numa falta de percepção social da arquitetura e do urbanismo, e até mesmo de comprometimento com a função social da profissão, a construção do modelo atual de cidade é carente de infraestrutura para atender e incluir a todos, especialmente as mulheres.

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14 O cenário social se transforma e a mulher já é reconhecida como um personagem na história. De vidas reprimidas a vidas respeitadas o trajeto é longo e está apenas no começo. Para atingir a equidade necessária entre os gêneros já iniciamos os primeiros passos através do intenso trabalho de conscientização, educação social, e até mesmo de incentivo legal com leis de repressão a violência contra a mulher e políticas públicas para a promoção do bem estar. Entretanto, para equiparar uma diferença tão enraizada muita coisa precisa ser revista. Nesse sentido, a arquitetura se propõe como ferramenta social para alavancar o efeito das políticas públicas e dar estruturas para que as leis sejam cumpridas.

Embora atualmente já haja uma significativa mudança de consciência coletiva, os dados sobre as condições de vida de muitas mulheres brasileiras ainda são alarmantes. Só em 2017, cerca de 1900 mulheres, segundo dados da secretaria de segurança pública de Santa Catarina, sofreram algum tipo de violência doméstica. Já relatórios da Secretaria de Políticas para Mulheres do Governo Federal demonstram que a cada 12 segundos uma mulher é violentada e a cada 10 minutos, uma mulher é estuprada. Números do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) ainda demonstram que a cada 90 minutos uma mulher é assassinada. ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


FONTE: SECRETARIA DO ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SANTA CATARINA - SSP/SC

2017

JÁ SOFRERAM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

1900 MULHERES ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

15


FONTE: SECRETARIA DO ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SANTA CATARINA - SSP/SC INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - IPEA

1 MULHER A CADA

12 SEGUNDOS

VIOLENTADA 1 MULHER

A CADA

10 MINUTOS

ESTUPRADA 1 MULHER

A CADA

90 MINUTOS

ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

ASSASSINADA

16


NÃO SEREMOS SILENCIADAS.

17 Para isso, o feminismo que é um movimento social e político, propõe condições de igualdade entre os gêneros, ao contrário do machismo que é quando o comportamento coloca o homem em posição de superioridade com relação à mulher. A luta pelo fortalecimento do feminismo traz como base o fim da violência de gênero. Violências que ocorrem em muitos casos, dentro de casa, no seio familiar, e que estão relacionadas à questão de gênero. Crimes que durante anos eram categorizadas como agressões “passionais”. Desde 2015, a Legislação Brasileira considera feminicídio quando o motivo de um homicídio é subjugar a vítima porque ela é mulher. Pelo código penal, diante de características de violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher há uma qualificação tipificando o crime de homicídio.

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18

s ' n e m o w s t h g i r e r a n a m u h s t h g ri ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


19

VIOLÊNCIA DE GÊNERO

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20 Segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006 são formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

Tipos de violência Violência contra a mulher - é qualquer conduta - ação ou omissão - de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.

Violência de gênero - violência sofrida pelo fato de se ser mulher, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social que subordina o sexo feminino.

Violência doméstica - quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação.

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21 Violência familiar - violência que acontece dentro da família, ou seja, nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou outros), por afinidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que more na mesma casa).

Violência física - ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à integridade física de uma pessoa.

Violência institucional - tipo de violência motivada por desigualdades (de gênero, étnico-raciais, econômicas etc.) predominantes em diferentes sociedades. Essas desigualdades se formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que constituem essas sociedades.

Violência intrafamiliar/violência doméstica - acontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.

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22 Violência moral - ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da mulher.

Violência patrimonial - ato de violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores.

Violência psicológica - ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal.

Violência sexual - acão que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros.

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23

FEMINICÍDIO

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24

No mapa do feminicídio do país, Santa Catarina é o segundo estado com maior número de feminicídios no país em 2016. Ao todo, cerca de com 40,9%, dos casos de violência doméstica no Estado culminaram em morte. Santa Catarina fica atrás apenas do Piauí que tem 57,5% de casos de feminicídio , segundo 11ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Se por um lado a tipificação na lei se propõe a combater os casos de violência, por outro a falta de infraestrutura pede atenção de segmentos associativos e exige um comprometimento de todas as categorias bem como parcerias público privadas que permitam materializar soluções. Assim sendo, temos que perceber que há, indiscutivelmente uma alto grau de vulnerabilidade na situação da mulher. Condição esta que não se trata de apenas uma questão contemporânea, mas sim um problema entranhado na construção da história da humanidade.

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A partir dos estudos realizados em busca de um embasamento teórico, foi possível constatar que essa vulnerabilidade em relação a violência doméstica está essencialmente conectada com a dependência econômica e a inferiorização da mulher enquanto ente financeiro e provedor da família. Isso faz com que, em muitos dos casos, essa violência permaneça durante anos, sem que a vítima consiga identificar rotas de fuga dessa agressão.


FONTE: 111 EDIÇÃO DO ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA

SANTA CATARINA

2016

ESTADO

COM MAIOR NÚMERO

FEMINICÍDIO 40,9%

CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

CULMINARAM

MORTE ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

25


26 Dessa forma, percebe-se que existe uma lacuna no que diz respeito a um espaço de auxílio às vítimas de violência doméstica. Em Florianópolis, já existe uma edificação que se propõe a essa feita. Ela está localizada ao lado da Delegacia da Mulher e tem uma estrutura composta de quartos, cozinha coletiva, banheiros, uma habitação básica. Isso porque, nos cenários em que a mãe é vítima da violência, os filhos também passam a ser vítimas ao presenciarem as agressões e por muitas vezes tentarem conter o agressor. Assim, se faz ainda mais necessário a projeção de um local adequado às reais necessidades dessas mulheres. Para isso, cabe propor uma releitura do que é hoje considerada uma casa de acolhimento para as mulheres, para se pensar em um modelo de inovação. Um espaço que necessariamente precisa ser pensado de forma a garantir a segurança, o conforto, a acolhida, o tratamento e que viabilize a percepção de uma nova condição de vida às vítimas de violência.

Nesse sentido, as novos vertentes da arquitetura contemporânea narram a estruturação de projetos com áreas compartilhadas de acordo com as necessidades e prioridades de um grupo. Esse modelo de compartilhamento é um novo modelo de família. A moradia será pensada de forma que as tarefas do lar sejam reconhecidas e conhecidas por todos os envolvidos para que busquem a não desigualdade e a sensação de pertencimento a fim de contribuir com o tratamento dos traumas causados pela violência domésticas.

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27

Tornar visível a diferença é o primeiro passo para construção de uma ordem simbólica diferente, em que as mulheres possam se expressar a partir das suas experiências de vida. A casa de acolhimento se diferencia em si mas não pela desigualdade, ela passa a valorizar a experiência real do outro e se utiliza da colaboração das mulheres ao pensamento urbano. Atualmente a dinâmica existente nessas ONG's em virtude da falta de um cuidado maior por parte do governo e a fim de proteger, promove um afastamento dessas mulheres da sociedade.O remédio é um novo modelo de casa de acolhimento onde a cidade que dará suporte no sentido de não restringir o acesso a cidade e a vida cotidiana.

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LUGAR


29

CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

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30 Os pontos importantes para inserção de uma possível casa de acolhimento foram os requisitos que respondem a aspectos que se relacionam com o ir e o vir, e como é importante estar próximo a escolas, hospitais, comércio e serviços, além de facilitar por ser uma área central do bairro do Jardim Atlântico.

A reflexão sobre o assunto com uma ideia de que a escolha desse tema precisaria ser subjetivo, por intermédio disso a escolha foi empenhar-se na questão do gênero.O tema gênero foi um assunto estudado, pesquisado e que expandiu possibilidades e tendências a problemas de pesquisa subjetivos. O tema de pesquisa tinha, portanto, caráter mais geral e mais abrangente reforçando a ideia de que se fazia necessário a descoberta de um problema de pesquisa.Todo o fundamento teórico serviu para me mostrar que existe uma delegação da palavra vulnerabilidade ligada a palavra gênero e dentro desse amplo tema chamado gênero, optou-se por trabalhar com questão de vulnerabilidade no cotidiano familiar como forma de violência doméstica contra mulher.

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31 As inúmeras pesquisas e leituras apontaram que a função de uma casa de acolhimento vai muito mais além de uma casa de abrigo. A função da Arquitetura, é refletir através de um projeto arquitetônico num novo modelo de casa de acolhimento. Num modelo que faça ecoar na sociedade a reflexão a respeito da violência doméstica. Visto que hoje a sociedade apenas proporciona mais um sistema de encarceramento das vítimas, diante da falta de qualidade e estrutura desses espaços. A proposta desse projeto, tem como intuito repensar o que realmente são esses abrigos, ao que se destinam e como podem ser pensados a ponto de oferecer reintegração das vítimas a sociedade,.

Na leitura de conteúdos que embasaram a parte teórica no que tange o gênero, foi concluído que a vulnerabilidade do gênero perpassa também pela qualidade na arquitetura. Há a necessidade de uma casa de acolhimento e por causa da função e papel social da Arquitetura e Urbanismo, foi identificado a necessidade da casa. Porém, não de uma simples moradia enquanto abrigo, mas sim um novo modelo de habitação.

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32

CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

MAPAS DE LOCALIZAÇÃO ÁREA DA INTERVENÇÃO

MAPAS DE URBANÍSTICOS EQUIPAMENTOS ZONEAMENTO VOLUMETRIA VIÁRIO

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO ENTORNO


33

CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

MAPAS DE LOCALIZAÇÃO ÁREA DA INTERVENÇÃO

ATRAVÉS DOS DEBATES SOBRE O OBJETIVO DA PROPOSTA DO TRABALHO, CONCLUI-SE QUE O PROJETO É UM EQUIPAMENTO QUE PROPÕE ATENDER A CIDADE. O LOCAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESTA LOCALIZADO GEOGRAFICAMENTE NUMA REGIÃO CENTRAL DO BAIRRO JARDIM ATLÂNTICO, NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS E VISA CONCEBER UM LUGAR DE ABRIGAMENTO, ATRAVÉS DELE ,PROMOVER O ENGAJAMENTO DA SOCIEDADE NA QUESTÃO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA , TRAZENDO COM ISSO UM EQUIPAMENTO DE UTILIDADE PÚBLICA PARA UM BAIRRO QUE CARECE DE ÁREAS DE LAZER.

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MAPAS DE LOCALIZAÇÃO

32 34

ÁREA DA INTERVENÇÃO LEGENDA PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO ÁREA DE INTERVENÇÃO

baía Norte

101

N

CIDADE JARDIM DE FLORIANÓPOLIS

BARREIROS

BELA VISTA

AGRONÔMICA

JARDIM ATLÂNTICO

SANTOS DUMONT

BALNEÁRIO

SAPÉ

CANTO

BEIRA MAR CONTINENTAL

BEIRA MAR NORTE

COLONINHA

ROÇADO CAMPINAS

282

MORRO DA CRUZ

MONTE CRISTO

ESTREITO

CENTRO

282

KOBRASOL

CAPOEIRAS BEIRA MAR SÃO JOSÉ

ABRÃO

COQUEIROS

pte pedro ivo campos

baía sul


35

CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

MAPAS DE URBANÍSTICOS EQUIPAMENTOS

FATORES DETERMINANTES PARA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO NA ÁREA ESCOLHIDA FOI A IMPORTANTE REDE DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS: EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA CIRCUNDANTES. ESSES EQUIPAMENTOS PÚBLICOS SERVEM DE REDE CIRCUNDANTES AO ENTORNO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESCOLHIDA, E SERVIRÃO DE APOIO AS FUTURAS MORADORAS.

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MAPAS DE URBANÍSTICOS EQUIPAMENTOS

LEGENDA

32 36

PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO

ÁREA DE INTERVENÇÃO

EDUCAÇÃO SAÚDE SEGURANÇA ZONA DE INTERESSE SOCIAL ÁREA VERDE

N

baía Norte

101

BEIRA MAR CONTINENTAL

282

BEIRA MAR NORTE

282 pte pedro ivo campos BEIRA MAR SÃO JOSÉ

baía sul


MAPAS DE URBANÍSTICOS EQUIPAMENTOS

8-EEB ROSA TORRES DE MIRANDA

LEGENDA

9-NEIM JARDIM ATLÂNTICO

PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO

32 37

10-NEIM JÚLIA M. RODRIGUES 11-EEB PROFESSORA OTILIA CRUZ

ÁREA DE INTERVENÇÃO

EDUCAÇÃO

12-EEB IRINEU BORNHAUSEN 13-COLÉGIO ELISA ANDREOLI

1-COLÉGIO CRIATIVO

14-EEB ÁMERICA DUTRA MACHADO 15-EEB PERO VAZ DE CAMINHA 3-COLÉGIO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA 16-EEB PROFESSOR ANIBAL NUNES PIRES 4-COLÉGIO ADVENTISTA DE FLORIANÓPOLIS 2-COLÉGIO ANTÔNIO PEIXOTO

5-ESCOLA DE APRENDIZES DE MARINHEIRO 6-EEB ADERBAL RAMOS DA SILVA

18-CRECHE JOEL ROGÉRIO DE FREITAS 19-NEIM ILHA CONTINENTE

7-NEIM CELSO PAMPLONA

N

17-CRECHE CHICO MENDES

20-NEIM MATUES DE BARROS

baía Norte

101 13 5

8 7 9 20 14

282

4 21

17 18 22 15

2 8 2 16

10

1

12

11 3

2

6

BEIRA MAR CONTINENTAL

BEIRA MAR NORTE

23 25

19 24 pte pedro ivo campos

BEIRA MAR SÃO JOSÉ

baía sul


32 38

LEGENDA

MAPAS DE URBANÍSTICOS

PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO

ÁREA DE INTERVENÇÃO

EQUIPAMENTOS

EDUCAÇÃO 21-NEIM PAULO MICHELS 22-NEIM JOEL ROGÉRIO DE FREITAS 23-NEIM PROFESSORA MARIA DE BARROS 24-CRECHE ALFA GENTE 25-EVOLUIR CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

N

baía Norte

101 13 5

8 7 9 20 14

282

4 21

10

17 18 22 15 7

2 8 2 16

1

12

2

11

BEIRA MAR CONTINENTAL

3

BEIRA MAR NORTE

23 25

19 24 pte pedro ivo campos

BEIRA MAR SÃO JOSÉ

baía sul


MAPAS DE URBANÍSTICOS

LEGENDA

8-CENTRO DE SAÚDE MONTE CRISTO

PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO

ÁREA DE INTERVENÇÃO

EQUIPAMENTOS

SAÚDE 1-CRAS JARDIM ATLÂNTICO 2-CRAS CAPOEIRAS

9-CENTRO DE SAÚDE CAPOEIRAS

32 39

10-CENTRO DE SAÚDE COLONINHA 11-CENTRO DE SAÚDE ESTREITO 12-CENTRO DE SAÚDE NOVO CONTINENTE 13- HOSPITAL FLORIANÓPOLIS

3-CAPS AD CONTINENTE 4-CAPS PONTA DO CORAL 5-CENTRO DE SAÚDE BALNEÁRIO 6-CENTRO DE SAÚDE JARDIM ATLÂNTICO 7-CENTRO DE SAÚDE SAPÉ

N

baía Norte

101

1

3

5

6 7 8

13

4

BEIRA MAR CONTINENTAL

11

BEIRA MAR NORTE

10

282

282

12

9 2

BEIRA MAR SÃO JOSÉ

pte pedro ivo campos

baía sul


LEGENDA

MAPAS DE URBANÍSTICOS

32 40

PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO

ÁREA DE INTERVENÇÃO

EQUIPAMENTOS

SEGURANÇA 1- 2 DELEGACIA DE POLÍCIA DE SÃO JOSÉ 2- POLÍCIA RODOV FEDERAL - 1 DELEGACIA DE SÃO JOSÉ 3- BASE OPERACIONAL DA POLÍCIA MILITAR 4- 3 DELEGACIA DELEGACIA DA POLÍCIA DA CAPITAL 5- DEIC-DIRETORIA ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES CRIMINAIS 6- BASE DA POLÍCIA MILITAR 7- DELEGACIA REGIONAL POLÍCIA CIVIL

N

101

baía Norte

1

2

3 4

5

BEIRA MAR CONTINENTAL

BEIRA MAR NORTE

6

282

282

7 pte pedro ivo campos

BEIRA MAR SÃO JOSÉ

baía sul


LEGENDA

MAPAS DE URBANÍSTICOS

PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO

ÁREA DE INTERVENÇÃO

EQUIPAMENTOS

ZONA DE INTERESSE SOCIAL 1- ZEIS

N

2- ZEIS

8- ZEIS 9- ZEIS

3- ZEIS

10- ZEIS

4- ZEIS

11- ZEIS

5- ZEIS 6- ZEIS 7- ZEIS

12- ZEIS

baía Norte

101

8

9 10

4 6

1

2 5

8 BEIRA MAR CONTINENTAL

3

BEIRA MAR NORTE

7

282

282 11 12 BEIRA MAR SÃO JOSÉ

32 41

pte pedro ivo campos

baía sul


LEGENDA

MAPAS DE URBANÍSTICOS EQUIPAMENTOS

8-PRAÇA ANTONIETA DE BARROS

PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO

9-PRAÇA FELIPE NEVES

ÁREA DE INTERVENÇÃO

10-PRAÇA NOSSA SRA DE FÁTIMA

ÁREA VERDE

32 42

11-PRAÇA NAGIB JABOR

1-PRAÇA SEN. RENATO RAMOS SILVA 2-PRAÇA DOS NAVEGANTES 3-PRAÇA MARCILIO DIAS

12-PARQUE CAPOEIRAS 13-PRAÇA OSVALDO DE OLIVEIRA 14-PRAÇA ALZIRO ZARUR 15-PRAÇA PROF ANGELO RIBE 16-PRAÇA JARDIM ATLÂNTICO

4-PRAÇA ARLINDO PHILIPE 5-PRAÇA JOÃO BATISTA VIEIRA 6-PRAÇA MONTE CRISTO 7-PRAÇA DO CANTO

N

baía Norte

101

4

16

3 1 2

5

BEIRA MAR CONTINENTAL

6

10

7

282

8

282 11 BEIRA MAR SÃO JOSÉ

BEIRA MAR NORTE

12

9

14 13

15

pte pedro ivo campos

baía sul


43

CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

MAPAS DE URBANÍSTICOS ZONEAMENTO

A LOCALIDADE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESTÁ LOCALIZADA NUMA ZONA QUE NÃO ESTÁ COMPLETAMENTE URBANIZADA E SE APRESENTA NUMA ÁREA DE CRESCENTE INVESTIMENTO DE INFRAESTRUTURA, DEVIDO A UM CRESCENTE NÚMERO DE NOVAS EDIFICAÇÕES. ESSAS EDIFICAÇÕES CIRCUNDANTES SÃO COMPOSTAS DE ZONAS RESIDENCIAS PREDOMINANTEMENTE, ÁREAS DE INTERESSE SOCIAL, ÁREAS DE COMUNITÁRIAS INSTITUCIONAL E ÁREAS MISTA COMERCIAL.

ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


MAPAS DE URBANÍSTICOS ZONEAMENTO

LEGENDA

PRINCIPAL VIA DE ACESSO

32 44

ÁREA DE INTERVENÇÃO

ZONEAMENTO AMR - ÁREA MISTA RESIDENCIAL AMC - ÁREA MISTA COMERCIAL ACI - ÁREA COMUNITÁRIA INSTITUCIONAL ZEIS - ZONA DE INTERESSE SOCIAL AVL - ÁREA VERDE LIVRE ARP - ÁREA RESIDENCIAL PREDOMINANTE

N


45

CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

MAPAS DE URBANÍSTICOS GABARITO

EXISTE UMA PERMISSÃO A VERTICALIZAÇÃO, MAS ATUALMENTE AS RESIDÊNCIAS MAIS ANTIGAS CIRCUNDANTES SE MANTÉM A GABARITOS BAIXOS, SENDO A GRANDE MAIORIA ATÉ DOIS PAVIMENTOS, O MESMO JÁ NÃO OCORRE NAS EDIFICAÇÕES NOVAS, QUE TEM PERMISSÃO DE CONSTRUÇÃO ATÉ SEIS PAVIMENTOS E ATUALMENTE EXCEDEM.

ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


LEGENDA

MAPAS DE URBANÍSTICOS

PRINCIPAL VIA DE ACESSO

ÁREA DE INTERVENÇÃO

GABARITO

GABARITO

6

6

6

6

4

6

4

4

5

6 6 6

6

5

5

6 6

6

5

5 5 5 5

5

N 5 6

5

6

6 6

3

6

6

6

3

6

6

4

6

32 46


47

CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

MAPAS DE URBANÍSTICOS VIÁRIO

A INTERVENÇÃO ESTA LOCALIZADA EM UMA ÁREA COM UM DETERMINADO CRESCIMENTO DE INVESTIMENTO DE INFRAESTRUTURA. É CONSIDERADA A ÁREA CENTRAL DO BAIRRO JARDIM ATLÂNTICO, E POR APRESENTAR PROXIMIDADE A PRINCIPAL VIA DE CONEXÃO BAIRRO CONTINENTE ILHA (VIA ARTERIAL), AS VIAS DO ENTORNO DA INTERVENÇÃO SÃO DENOMINADAS VIAS COLETORAS. A VIA ARTERIAL É CONHECIDA COMO VIA COM MONOPÓLIO COMERCIAL, ONDE EXISTE A DOMINÂNCIA DE COMERCIO RESTRINGINDO O FLUXO A UM SÓ CAMINHO, PROVOCANDO UMA SATURAÇÃO VIÁRIA.

ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


MAPAS DE URBANÍSTICOS

LEGENDA

VIÁRIO

VIÁRIO

PRINCIPAL VIA DE ACESSO

VIA COLETORA VIA SUB-COLETORA VIA ARTERIAL

32 48


49

CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO ENTORNO

A REGIÃO APRESENTA UM GRANDE POTENCIAL E É COMPOSTA POR UMA IMPORTANTE REDE DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS QUE SERÁ DE GRANDE UTILIDADE PARA AS MORADORAS DA INTERVENÇÃO DA PROPOSTA.

ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


32 50

LEGENDA

MAPAS DE URBANÍSTICOS

PRINCIPAL VIA DE ACESSO

ENTORNO

N

R.

IO N GÊ U E

O IN L U RA

TA I V

R. ORL

A N BO

ODÍLI O KOE RICH

OS É

AL

R. J

ZI TA

4 R. PREF.

ROGE

2

RIO V

IÊIRA

3

OF A. O PR

KO F

TO

5

BE IR O

ER IC H

1

R.

6

TÍL IA C

RU Z

ANDO

R.

à M IR . R

H IC R E KO


R. JOSÉ BEIRO

FACHADA SUDOESTE

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

6 5 4

51

1 3

2

N

R. JOSÉ BEIRO

2 FACHADA NORDESTE

1 ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


FACHADA OESTE

R. PREF. ROGERIO VIÊIRA

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

6 5 4

52

1 3

2

N

R. PREF. ROGERIO VIÊIRA

4 FACHADA SUL

3 ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO FACHADA NORTE

53

R. ZITA ALTOF KOERICH

6 5 4

1 3

2

N

R. ZITA ALTOF KOERICH

6 FACHADA OESTE

5 ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


PROJETO


55

PROPOSTA CONCEITUAL

ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


56

OBJETIVO GERAL DA PROPOSTA O OBJETO CENTRAL DO PROJETO GIRA EM TORNO DA RE-CONSTRUÇÃO DE UMA MULHER QUE VIVE EM FUNÇÃO DE UMA ROTINA DE CONSTANTE DESCONSTRUÇÃO, ATRAVÉS DA VIOLÊNCIA ENFRENTADA DENTRO DO QUE NÓS CHAMAMOS DE CENTRO DE CONVÍVIO DOMICILIAR.

ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

ATMOSFERA DE REINTEGRAÇÃO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


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