UMA EXTENSÃO DA CONDIÇÃO URBANA EM BONFIM PAULISTA.
ARQUITETURA E URBANISMO
VILA RESIDENCIAL – UMA EXTENSÃO DA CONDIÇÃO URBANA EM BONFIM PAULISTA
RIBEIRÃO PRETO 2017
Monografia apresentada ao Centro Universitário Moura Lacerda, para cumprimento das exigências para a obtenção do grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da Professora Me. Luciana Pagnano Ribeiro.
Dedico cada página deste trabalho primeiramente a Deus que iluminou o
meu caminho durante esta jornada e me deu forças para chegar até aqui. Aos meus pais, que acima de tudo não mediram esforços para me ajudar. Ao meu amigo, companheiro e namorado por sua paciência e capacidade de me trazer paz na correria de cada semestre. Agradeço a todos os professores pelo conhecimento
adquirido
em
cada
atividade. Aos amigos e colegas de grupo que estiveram comigo durante estes cinco anos de dedicação, em especial Laís Rafaela da Silva e Marina Iris Campeone e também ao meu amigo João Vitor Gulini. A minha orientadora Luciana Pagnano Ribeiro pela atenção, confiança, incentivo e por, me ajudar a enxergar a grandiosidade de um tema. A todos
que
mesmo
indiretamente
contribuíram para que esse momento chegasse. Agradeço ao mundo, por mudar as coisas, por nunca fazê-las serem da mesma forma, pois assim não teria o que pesquisar o que descobrir e o que fazer!
“...há sempre que lembrar que para além das “simples” necessidades há os desejos e há os sonhos e são estes, parece, que fazem rodar o mundo....” (IMPORTÂNCIA DE UM VERDADEIRO HABITAR, 2008)
RESUMO
O presente trabalho traz a abordagem de temas relacionados ao programa de necessidades que rege uma Vila Residencial aberta, como
seus
espaços,
sistemas
construtivos,
materialidade,
ergonomia, entre outros. Deste modo busca expor e entender as tendências compactas atuais como base para desenvolver projetos de custos acessíveis com qualidade, em vista de minimizar o problema de ausência desta qualificação encontrada hoje na maior parte das habitações de baixo custo. O objetivo como um todo além de pensar diretamente ao conforto do usuário/ morador, é refletir a cidade de forma a desenvolver uma estrutura para com as unidades residenciais que valorize os espaços público à partir de uma coletividade que qualifica o entorno, comparando estudos entre TFC’S e Teses de Mestrado, conteúdos desenvolvidos por estudantes e professores arquitetos/engenheiros.
ÍNDICE
6. ANÁLISE DO LOTE E ENTORNO________________________________39 6.1 ÁREA DO PROJETO_________________________________________39
6.2 USO E OCUPAÇÃO_________________________________________ 40 6.3 GABARITO_____________________ __________________________41 6.4 HIERARQUIA VIÁRIA________________________________________42 1. APRESENTAÇÃO___________________________________________ 01
6.5 TRANSPORTE MUNICIPAL E EQUIPAMENTOS____________________ 43
1.1 OBJETIVOS_______________________________________________ 03
6.6 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL____________________________________ 44
1.2 METODOLOGIA___________________________________________ 04
6.7 TOPOGRAFIA, INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO______________________ 46
1.3 JUSTIFICATIVA____________________________________________ 04
6.8 MEDIDAS DO LOTE________________________________________ 46 6.9 IMAGENS DO LOTE_________________________________________47
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA__________________________________05 2.1 HISTÓRIA DA MORADIA E MODOS DE VIDA_____________________ 05
7. DIRETRIZES PROJETUAIS_____________________________________49
2.2 HABITAR COM QUALIDADE__________________________________ 07
7.1 ESTUDO DE VOLUMES E IMPLANTAÇÃO________________________ 49
2.3 PROJETO E CONCEPÇÃO ESPACIAL_____________________________09 8. ANEXO___________________________________________________53
3. SISTEMAS CONSTRUTIVOS E VEDAÇÕES________________________ 11
8.1 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL 2157/07_____________________________53
3.1 VEDAÇÃO VERTICAL _______________________________________ 16 3.2 VEDAÇÃO HORIZONTAL_____________________________________17
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS_______________________________ 59
3.3 CONFORTO AMBIENTAL_____________________________________18 3.4 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E MATERIALIDADE_____________________ 21
10. ANTEPROJETO____________________________________________65
3.5 CONCEITO DE VILA HABITACIONAL____________________________ 24
10.1 PROGRAMA_____________________________________________ 64
3.6 TIPOLOGIA_______________________________________________ 25
10.2 MEMORIAL DESCRITIVO___________________________________ 68
3.7 ANÁLISE ERGONÔMICA_____________________________________26
10.3 IMPLANTAÇÕES______________________________________ ANEXO 10.4 PLANTA BAIXA DOS AGRUPAMENTOS_____________________ ANEXO
4. COORDENAÇÃO MODULAR__________________________________ 29
10.5 CORTES_____________________________________________ANEXO 10.6 ELEVAÇÕES__________________________________________ANEXO
5. REFERÊNCIAS PROJETUAIS___________________________________31
10.7 3D – MAQUETE ELETRÔNICA___________________________ ANEXO
Os locais de morar e as rotinas dos indivíduos estão diretamente ligados com a qualidade de vida. Estamos hoje inseridos em um mundo que gira em torno do capital, desta forma espera-se cada vez mais agilidade dos trabalhadores que são então presenteados com rotinas estressantes a fim de crescer no ambiente de trabalho e a partir de então adquirir conquistas. Existe disponível no mercado da construção civil, uma gama imensa de produtos, disponibilidade
à uma concorrência de marcas que vão das razoáveis, seguindo os requisitos mínimos das normas para os selos de qualidade até a mais suprema; para que então estejam todos sempre comprando, deste modo, a prática adotada
1 APRESENTAÇÃO
pelas grandes construtoras, nem sempre é a melhor pensada para o consumidor; visando o lucro, nos projetos de habitação não são usados os melhores materiais; na produção é implantada a construção em série que proporciona rapidez no ambiente da obra e agilidade para entregar o empreendimento, com isso não há um controle estrutural e estético do que se vai alcançar, assim o resultado é de produtos “à baixo custo”, com pouca qualidade. Nesta sequência, nas construtoras que se voltam ao desenvolvimento de projetos para a classe média ou média baixa a realidade não é diferente, mais comumente é de se ver uma pilha de apartamentos distribuídos pela cidade, cercados por muros ou grades que se distanciam da vida coletiva urbana, locais de morar totalmente privados, ou seja, não existe proximidade entre as pessoas, apesar de não haver muita distância com os vizinhos quando se fala de apartamentos ou conjuntos habitacionais, logo vem à mente as “jaulas sofisticadas”, ou melhor, os locais de morar em que na maioria das vezes se enquadram em formas de empilhamentos de “caixas” envoltos por muros, onde para com a sociedade que ali habita tende a acumular o stress do dia-a-dia.
01
É nítido o quão o objeto de habitar interfere na vida das pessoas. Por isso, busca-se propor um projeto em questão da moradia com qualidade. É importante destacar que a qualidade além de todos esses aspectos citados à cima está ligada com o meio em que se insere. Assim, sobre as páginas deste trabalho transcreve-se uma abordagem cuja intenção é fundar um lugar que se revele como uma extensão da condição urbana, na busca pela qualidade de um cometimento arquitetônico do ambiente de moradia, buscando a integração e a coletividade a partir da propriedade privada. De forma geral, em 10 capítulos são expostos conteúdos necessários para o entendimento e desenvolvimento do tema abordado. Partindo da fundamentação teórica, o primeiro capítulo ressalta a história da moradia e seus modos de vida, a qualidade no habitar, com a concepção de espaço e projeto. Em seguida, o capítulo 2 apresenta sistemas construtivos e vedações necessários para se chegar à uma concepção/solução de projeto; depois o estudo de coordenação modular, abrange um conteúdo de racionalização de medidas, necessário para o aprimoramento de ambientes compactos e eficientes. As referências projetuais, trazem projetos de grandes arquitetos, com engajamentos que remetem ao partido de uma Vila Residencial. A análise do lote e entorno no sexto capítulo engloba todos os condicionantes urbanísticos do local, que explícita o máximo de conhecimento preciso para a adequação do partido e possibilitar as diretrizes projetuais que começa a ganhar forma com o estudo de volumes da implantação no capítulo 7. Assim como todo projeto, a Legislação traz as restrições necessárias que coordena o mesmo e segue em anexo no capítulo 08, para maiores esclarecimentos. Para aprofundamento em todo o conteúdo é possível consultar as referências bibliográficas no capítulo 09. Por fim, a consequência de tudo isso, é apresentada no capítulo 10 com o anteprojeto.
02
1.1 OBJETIVOS
- Buscar materiais e tecnologias sustentáveis, almejando diminuir a geração de resíduos sólidos nas obras.
Geral
- Minimizar a segregação urbana com a configuração de uma Vila aberta, preservando a relação com o público sem se fechar para a
Através de uma estruturação compacta propor gerar unidades residenciais de qualidade, em uma área bem servida pelos equipamentos urbanos, transporte, serviços, escolas, etc. assim sendo apropriada para abastecê-las,
refletindo a cidade de modo a valorizar os espaços públicos, através de uma coletividade que qualifica o entorno.
Específicos
cidade. - Através do resumo de todo o estudo apresentado nas linhas destes seguintes capítulos, despertar o olhar das pessoas para a situação atual do quadro de fragmentação sócio-territorial.
-Provocar a reflexão dos benefícios que a criação de uma vila pode trazer para a cidade.
- Propor projeto de moradia de qualidade às pessoas, a partir da resolução espacial e qualidade do “objeto” que implica em tipologias e metragens diversas, de modo a unir uma população diversificada.
- A partir de uma boa organização dos espaços internos e de conexões entre os espaços externos, recuperar o encontro saudável de seus habitantes.
- Relacionar o projeto com a construção, implementando o uso de materiais alternativos, para abranger as principais necessidades do habitante, sem se limitar a padrões construtivos e arquitetônicos de casas populares e alcançar melhor qualidade estrutural e estética.
- Desenvolver tipologias modulares que permitam o usuário a ampliar a edificação conforme as necessidades de acordo com suas próprias características pessoais, assim possibilitando uma linguagem entre a “marca de cada um”.
03
1.2 METODOLOGIA A fim de atender o objetivos acima descritos, de acordo com os enquadramentos da metodologia de trabalho, esses estudos foram feitos baseados em pesquisas exploratórias, que são aquelas que visam proporcionar maior familiaridade com o assunto, para torná-lo mais claro; descritivas, que permite realmente tomar conhecimento e entender a
intensidade do tema ao qual se retrata; e, bibliográficas, baseadas em livros. Quanto a abordagem foram realizadas pesquisas qualitativas, que identifica e considera dados não mensuráveis, como por exemplo intenções, sensações e percepções.
mercado da construção fique cada vez mais focado somente ao lucro. A função do conteúdo nestes capítulos apresentados é ressaltar aspectos necessários a alcançar realmente moradia com qualidade, e formas para acabar com a questão de não ser acessível devido o alto custo. Acredito que dentro destas circunstâncias este trabalho é importante para mostrar que a habitação como direito primordial deve ser vista com mais atenção, e que sua implantação pode ser bem desenvolvida do aspecto funcional ao arquitetônico e estético, mesmo para com as construções que estão a baixo dos altos padrões sociais. O intuito não é ficar restrito a um público alvo, e sim mostrar que todas as pessoas têm direito à qualidade de vida, está nos objetivos propor um projeto que atenda tanto as necessidades dos que são menos favorecidos economicamente, até aqueles que talvez tenham uma ótima condição financeira, mas que, se sintam atraídos pela boa resolução estrutural e
1.3 JUSTIFICATIVA O que impulsionou a realização deste trabalho foi uma reflexão sobre como as condições de moradia interferem na qualidade de vida das pessoas, visto que em nosso país deparamo-nos com dois extremos, um seriam as habitações que se dizem de baixo custo, quando na verdade não o valem pelo que são, de péssimas qualidades (mau organização dos espaços, falta de relação com o entorno, uso de materiais inferiores, péssimo acabamento, etc.); o outro extremo seriam as belas construções, de arquitetura bem planejada, porém que por sua melhor qualidade alcançam um custo a nível
da população mais bem sucedida, ou seja, as pessoas de menor poder aquisitivo acabam ficando sem opção. Deste modo é injusto saber que em meio a tantas formas de resolver este problema, pelo vasto numero de fatores existentes ligados a esta realidade (profissionais capacitados, diversidade de materiais, os espaços urbanos como contribuição, enfim) o
04
espacial do projeto, com base nos princípios da moradia.
2.1 HISTÓRIA DA MORADIA E MODOS DE VIDA Segundo BORGES (2013), Desde os primórdios da civilização o homem com sua racionalidade reorganiza o ecossistema natural; mediante uma intervenção consciente, onde, “mede”, “controla”, e usa o espaço e o tempo, com quais estabelece valores às dimensões que percebe segundo padrões culturais, determinados pelo seu grupo social e obedecendo três exigências
básicas: disponibilidade de alimentos, exigências de segurança para com outros indivíduos ou as forças da natureza, e exigências físicas e químicas relacionadas a sobrevivência, através então da sua adaptação ao meio
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
envolvente. Desta forma, os primeiros abrigos aconteciam em cavernas e outros ambientes encontrados no próprio meio natural. Abrigar-se então está diretamente ligado ao nosso instinto, é como se fosse uma necessidade biológica para viver. Na ausência de cavernas a necessidade de sobrevivência foi fortemente marcada pelo nomadismo, onde o homem primitivo encontra alternativas de abrigo, como afirma BORGES (2013). Assim com o passar do tempo e com a evolução do homem, foram surgindo as primeiras “construções” classificadas na arquitetura vernacular, onde remetia a limitação do ser humano naquela época; de fato bem simples, mas, que já traziam o significado de morar. O morar, hábito humano imemorial, encontra sua definição nos dicionários como o ato de permanecer ou de tardar em um lugar, sendo talvez a manifestação arquitetônica mais antiga e extensiva de que se tem notícia. A cada século um avanço, e então chegamos hoje até as grandes construções que nos permite conviver em ambientes diferentes e lidar com as variações de temperaturas que neles interferem, enfim, faça sol ou faça chuva, frio ou calor, nossa casa nos abriga além do abrigo nos dá aconchego, nela está nossa identidade, a maior parte de nossa vida, mesmo que vivemos fora
05
fora dela, a casa carrega nossa história.
acontecimentos de cada dia. Existem modos e modos de vida, porém diria que um bom modo de vida é
A qualidade de vida nesse aspecto não está somente ligada a uma fachada bonita. É preciso saber qual forma escolhemos viver, mas como? Á partir das palavras de Michel de Souza, em, “A crise do estilo de vida no mundo contemporâneo”, é possível dizer que se vive hoje, em um sistema capitalista insustentável e egoísta, que pensa no esforço máximo para o acúmulo de bens, muitas vezes sem pensar no próximo, achando que a quantidade é a qualidade. Caiu no esquecimento a importância do próximo em nossa vida. Além das nossas relações interpessoais é importante saber lidar com os espaços coletivos, nossas escolhas estão ligadas ao saber da prática, aos acontecimentos de cada dia. Os valores contidos no mundo contemporâneo deixam de lado crenças e tradições, o dogma religioso, por exemplo, não é mais motivo de autoridade para o estilo de vida de alguém, que também não é mais determinado por instituições ou códigos sociais. Resultado de tudo isso é o vício que temos
pelo trabalho, afinal o sistema capitalista gera certa disputa entre as pessoas, assim fica difícil até adquirir a própria casa. Passamos a vida toda construindo o futuro, e quando talvez o alcançasse poderá não ser o que estava programado, mais quando é talvez o tempo para desfrutar da conquista seja pouco. Infelizmente como seres racionais de hoje, enfrentamos as adversidades e sempre queremos mais, talvez, bom seria sermos como antigamente, onde a razão tinha por finalidade alcançar a serenidade interior pelas coisas
presentes na natureza. Não pode ser esquecida, a pobreza, doenças, a violência, as injustiças sociais, enfim, às vezes cada um leva a vida que tem por falta de opção. Além das nossas relações interpessoais é importante saber lidar com os espaços coletivos, nossas escolhas estão ligadas ao saber da prática, aos
06
aquele ao qual possa ser vivido.
2.2 HABITAR COM QUALIDADE
viver com qualidade e satisfação. Não é somente ter a melhor casa do mundo que tudo está resolvido, um bom habitar também está ligado com a cidade, no percurso por todas as
Os espaços residenciais são com certeza um dos principais fatores que
atividades pensadas a cima. Convivemos com pessoas e lugares diferentes.
interferem diretamente na vida das pessoas, a casa é um ambiente “íntimo”
Segundo ELY (2014), as grandes cidades são marcadas pela convivência nem
onde mesmo que nela não permanecemos pela maior parte do dia pode
tão harmônica de sons e ruídos, fatores estes que podem impactar o
influenciar no nosso desenvolvimento no trabalho, na escola, na academia,
organismo das pessoas com ocorrências como
enfim, no nosso papel no meio, deste modo no espaço urbano como um
estresse, insônia, etc. Deste modo é preciso buscar dentro da rotina
todo. Quase todo o estímulo e nível de satisfatoriedade pode ser resultado
mecanismos que tragam qualidade de vida, encontrar tranquilidade.
de sensações vividas a cada dia dentro do ambiente de habitar, por isso a
A casa deve ser um lugar ao qual traz aconchego para deixar as pessoas bem,
importância de relacionar as necessidades físicas e morfológicas do ser
pelo simples fato de estar nela, às vezes não é preciso estar deitado na cama
humano para o desenvolvimento dos espaços residenciais; esse resultado
em um quarto escuro para descansar, por isso a importância da qualidade
interfere na qualidade de vida dentro e fora do espaço de habitar.
dos ambientes.
Num mundo globalizado e reduzido pelas tecnologias de informação, numa vida marcada pela falta de tempo para quase tudo, numa perspectiva estruturada por estratégias de consumismo geminadas com planos de vida rigidamente estruturados, num século que parece que se teria iniciado sem ideologias e com a ideia de que certas qualidades, como o convívio, a solidariedade e até a capacidade poética, seriam meras perdas de tempo sem sentido; e que afinal acorda para a mais que provável total insensatez de tais ideias e para problemas de qualidade de vida diária que muitos pensavam serem já fantasmas do passado, é talvez a boa altura de nos determos sobre a importância que pode ter uma verdadeira qualidade do nosso habitar no dia-a-dia. (COELHO, 2008)
Os espaços ao qual se vive enquanto que dentro da residência, não são totalmente de acordo com a vida cotidiana. Para isso o arquiteto tem a função de adequar às necessidades habitacionais de cada indivíduo a gestão local, levando em considerações o espaço urbano exterior. Mesmo que se fale em residência, não é possível pensá-la e esquecer-se do resto ao seu redor, para que haja qualidade interna é preciso primeiro analisar o externo, onde então depois seja possível o aprofundamento em questões da casa em si, de modo a resultar à satisfação.
É preciso entender as verdadeiras necessidades. “A arquitetura deve ser entendida em termos de formas significantes”. (COELHO, 2008)
A qualidade residencial é fundamental para uma vida melhor. Nós seres
Nos dias de hoje é possível observar melhor qualidade de vida às pessoas de
humanos vivemos entre hábitos diários, aos quais é possível dizer que sejam
classe social mais elevada, pois este envolve vários hábitos e acesso a
formados por uma sequência de atividades repetitivas, que afetam o bem
questões dependentes do potencial econômico de cada um, porém
estar.
relacionado à habitação, o que se disponibiliza para atender as classes menos
É necessário refletir sobre tudo o que nos rodeia, principalmente sobre as
favorecidas são conjuntos habitacionais, os conhecidos carimbos, um padrão
práticas rotineiras para entender o quão necessário são os objetivos para
que não analisa necessidades individuais. É comum a pessoa quando recebe
07
as chaves do imóvel ter que reformar muitas coisas antes de habitá-lo, não
espaciosidade, capacidade, funcionalidade, agradabilidade, durabilidade,
somente elementos estéticos, mas necessitam reparar erros que podem
segurança,
convivialidade,
privacidade,
apropriação,
atratividade,
futuramente trazer grandes danos, como a tubulação de esgoto, a parte de
domesticidade, etc.
instalações elétricas, enfim. Mas e aquelas pessoas que realmente não tem
“Projetar, planejar, desenhar devem significar encontrar a forma justa, a
condições de gastar mais, além do alto valor da parcela que a “construtora”
forma correta... projetar, planear, desenhar não deverão traduzir-se para o
faz parecer barato?
arquiteto na criação de formas vazias de sentido...”
É triste ver que muitas somente têm acesso a esse tipo de trabalho mal feito
TÁVORA (1962)
BAPTISTA (2016),
e que por falta de escolha tem que aceitar e permitir que isso se espalhe pela cidade, transformando a paisagem em “empilhamentos de caixas”, afinal a
A qualidade de vida começa em casa, é dela o início de tudo, o começo de
paisagem atual no ambiente urbano é essa, vivemos meio a um crescimento
uma vida, a base para o pé-de-meia, onde passamos o tempo com a família,
incontrolado que interfere bruscamente na paisagem natural; com isso a
é nela que é realizado investimento para garantir a proteção e o conforto, a
verticalização de certa forma tomou conta da cena; a interação paisagística
segurança e a tranquilidade.
quase não existe. Um problema explícito que percebemos no meio urbano é
A diversidade de materiais e todas as técnicas construtivas e conhecimento
a presença gritante da segregação, onde vemos os “monstrengos” de
dos profissionais da área, hoje presentes no mercado, juntamente com a
habitação social tomando parte de uma região da cidade, como senão
capacidade de desenvolver adequadamente cada espaço para habitação, de
existisse uma conversa entre os demais elementos presentes nos setores
acordo com o plano de necessidades determinado, permite criar uma
res ao redor, e, logo ao lado em contraposição um bairro nobre, da até pra
residência de qualidade construtiva e estética, que fuja dos padrões de casas
imaginar uma linha divisória. É muito nítido este contraste na paisagem.
populares, a um custo mais acessível, ou melhor, que o resultado de toda a
Talvez seja possível dizer que essas pessoas menos favorecidas estão
estrutura seja digno ao valor cobrado e capaz de satisfazer vários grupos
“presas” a um limite.
socioculturais. Ou seja, alcançar aspectos aos quais sabemos que fogem das
Diante a realidade do país, é possível afirmar que, assim como eu, as
características das famosas construtoras que atingem a classe média baixa
maiorias das pessoas sonham com a “casa” justamente pelo fato de ter mais liberdade em sua privacidade, ou melhor, se sentir mais a vontade em um ambiente que guarda a intimidade de cada um sem atrapalhar ou ser
atrapalhado pelo vizinho. Para uma residência de qualidade afirma COELHO (2011) ser necessário o planejamento, análise e adequação de diversos aspectos que muito podem contribuir para o partido do projeto, como: Acessibilidade, comunicabilidade,
08
.
2.3 PROJETO E CONCEPÇÃO ESPACIAL A concepção de um projeto arquitetônico depende de condicionantes ligadas diretamente ao estudo sistemático acerca do programa de necessidades dos usuários e ao espaço, ao qual pode se desenvolver à partir de infinitas soluções dimensionais. Leva o projetista a valorizar os ambientes internos, externos e abertos da edificação, relacionando assim espaço-uso e dando
ênfase a vivência humana com a noção de lugar. Na arquitetura o projeto não é simplesmente feito para vender a qualquer um, um ambiente não é organizado para atender a todo tipo de perfil, é importante valorizar as peculiaridades do ser humano; um objeto aparentemente comum, pode trazer valores e tradições, o espaço que abriga as atividades, toma forma de modo a promover uma cidade mais interessante, quando se pensa em um
3. O espaço percebido, que engloba os aspectos prático-funcionais da cidade (sociedade) manifestadas nas atividades socioeconômicas, o mesmo que espaço da prática social, o dia-a-dia dos diferentes subsistemas sociais, habitação, lazer, etc. pelos quais a vida se faz, desfaz e refaz socialmente, economicamente e biologicamente. Existe uma grande diferença entre os espaços externos abertos e os internos cobertos. No interior da edificação sua configuração física se dá por fragmentações de acordo com as atividades que nela ocorre, ao contrário do que se tem no espaço aberto – público, livre de repartições, nele encontramos o fluir livre de suas ações. Esses três pontos de vista sobre o espaço permite melhor entendimento dos locais abertos relevantes para a arquitetura e urbanismo, pois constituem territórios para o encontro da vida privada e pública.
projeto, também se pensa no urbano como um todo, “o que aquilo vai interferir na cidade?”, fluidez e integração, talvez fossem o desenrolar do início da forma pra concretizar o que existe de mais fundamental em um lar.
Segundo Jaime Gonçalves de Almeida (2011. P. 21-38) o espaço pode ser entendido em três categorias: 1. O espaço vivido, o mesmo que espaço presentacional, significa vivência, tendo algo com a dimensão física e sensível do espaço especialmente ao habitar e lugar, memória e história, infância e grupo familiar, abriga manifestações comunitárias de cunho religioso, político e cultural... 2. O espaço concebido, que é o mesmo que o projetado, referindo-se ao projeto e ao planejamento, o que significa espaço da representação, isto é, espaço organizado por profissionais – arquitetos, engenheiros, desenhistas, entre outros, assim constituindo uma modalidade de espaço cada vez mais presente nas cidades.
09
10
3. SISTEMAS CONSTRUTIVOS E VEDAÇÕES Antes do projeto de estrutura é preciso fazer nascer uma concepção estrutural, ou melhor, encontrar soluções para que as “ideias” fiquem de pé, assim, de acordo com o que pede o projeto arquitetônico, se define o tipo de estrutura a ser usada, juntamente com seus devidos materiais (Concreto Armado, Estrutura Metálica, Alvenaria Estrutural, Madeira, etc.). Não adianta somente chegar a uma ótima solução de estrutura, sem pensar nos problemas que podem surgir na hora da execução por falta de compatibilização, ou qualquer outro tipo de desacordo entre os mesmos. É preciso harmonizar a estrutura com o projeto arquitetônico e com todos os
3
outros projetos, elétrico, hidro-sanitários, enfim, pensar na obra como um todo. O tipo de solução estrutural também definirá os gastos e influenciará
SISTEMAS CONSTRUTIVOS
no direcionamento as tipologias sociais as quais as habitações se destinarão.
E VEDAÇÕES
Segundo “Casa e Projetos” (2012/2015) existem seis tipos de sistemas construtivos mais utilizados hoje no Brasil, para casas e sobrados, que em sua essência procuram reduzir a utilização de recursos, gastos com materiais e desperdício na obra, onde cada um apresenta pontos fortes e fracos, que
deverão ser analisados pelo arquiteto/engenheiro de acordo com a necessidade do projeto, que neste caso é buscar qualidade com redução de custos.
1. Alvenaria Comum: utilizam-se essencialmente tijolos cerâmicos (9x19x19) e
(9x19x29)
ou
de
concreto;
tijolo
cerâmico
maciço
(5x10x20)
aproximadamente, que exercem função de dividir os ambientes, sem a função estrutural, o que torna necessário a criação de vigas e pilares
composta por vergalhões de ferro amarrado e preenchidos com concreto a base de brita, areia grossa e cimento, para criar uma estrutura de
11
sustentação.
2. Alvenaria Estrutural: Esta é uma evolução da aplicação dos tijolos de
-Paredes de alvenaria, ou seja, em blocos, podendo ser de concreto,
cerâmica e concreto, pois toda a parte estrutural como por exemplo os
cerâmico, celular, solo de cimento, ou bloco sílico-calcário; ou maciças, de
vigamentos, vergas e pilares, está embutido dentro das cavidades dos tijolos,
solo cimento, de taipa, ou de concreto celular;
em locais pré-determinados pelo engenheiro responsável, de modo a resultar na diminuição significativa de concreto, ferro e madeira; o que ajuda a
Bloco cerâmico de vedação
Bloco cerâmico maciço
diminuir custos e tempo.
Blocos de Alvenaria Estrutural
FONTE: C&C CASA E CONSTRUÇÃO
VANTAGENS DE APLICAÇÃO
FONTE: C&C CASA E CONSTRUÇÃO
SUAS DESVANTAGENS
Facilidade de encontrar os materiais;
Longo tempo de construção;
Custo relativamente barato;
Possibilidade patologias
de depois
surgimento de
concluída
FONTE: ECIVIL/MIB.
PRINCIPAIS VANTAGENS
ALGUMAS DESVANTAGENS
Alta velocidade construtiva;
Dificuldade na superação de grandes vãos;
a
Redução de custos com mão de obra;
Não aplicável em balanços estruturais;
Menor gasto com reboco;
Não pode ser alterada a estrutura planejada
A edificação pode ficar com paredes
pelos projetos de eng. e arquitetura;
tortas ou fora de esquadro; Facilidade do assentamento do revestimento Aceita por todas as modalidades de
Grande utilização de madeiramento para
cerâmico;
financiamento imobiliário;
pilares, vigas, vergas e lajes;
Melhor planejamento da obra; Criação de projetos modernos e elegantes;
Alta geração de resíduos/entulho. Coordenação e execução simplificada; - Liberdade na concepção do projeto arquitetônico.
12
FONTE: CB 02 CONSTRUÇÃO CIVIL/ PINI ONLINE
de
edificação; Grande disponibilidade de mão de obra;
Projeto executado com o sistema
3. Tijolo Ecológico: A construção da edificação com este material possui
Dentre as poucas desvantagens observa-se que são as mesmas da Alvenaria
características específicas que são diferenciadas dos demais tipos de
Estrutural.
sistemas construtivos, tais como: - Os tijolos são feitos com uma mistura de terra, cimento e areia, que são moldados através de prensas hidráulicas ou manuais;
4. Light Steel Framing: Sistema construtivo que possui estrutura flexível e
- Pilares, vigas e vergas são embutidos nos vãos dos tijolos;
sólida permite a construção de casas e sobrados com a utilização de perfis de
-Assentamento feito com cola PVA ou uma mistura de solo e cimento;
aço leve. Em países desenvolvidos é amplamente usado, devido à escassez de
madeira e a imposição dos governos pela manutenção das florestas, com leis Meio tijolo, tijolo canaleta e tijolo modular
Casa de tijolo ecológico
mais rígidas e fiscalização intensa, porém aqui no país, é um sistema que está sendo difundido gradualmente. A falta de tecnologia, matéria prima e mão de obra especializada acaba emperrando o seu processo de difusão.
O esqueleto de uma edificação
FONTE: GK TIJOLOS ECOLÓGICOS
PRINCIPAIS VANTAGENS
Acabamento rústico;
Exemplo LSF/ acabamento
FONTE: CONVALLIS
SUAS DESVANTAGENS
Dificuldade em superar grandes vãos;
Economia de tábua p/ caixarias em pilares, Não aplicável em balanços estruturais;
FONTE: LUIZ ANDREOLI
FONTE: JÚLIA MAY VENDRAMI
vigas e vergas; Grande conforto térmico e acústico;
Não pode ser alterada a estrutura planejada pelos projetos de eng. e arquitetura;
Redução em média de 25% da alvenaria comum; Canos de elétrica e hidráulica embutidos direto nos vãos dos tijolos; Não necessita aplicação de chapisco e reboco, graças às superfícies regulares;
Pela sua perfeita regularidade pode ser aplicado o azulejo direto na parede;
13
PRINCIPAIS VANTAGENS
5. Paredes de Concreto Moldadas In Loco: A construção com esse modelo
SUAS DESVANTAGENS
proporciona uma redução muito grande de tempo, visto que a utilização de fôrmas (aço, alumínio e a plástico) para a modelagem das paredes, possibilita
A vida útil da construção é de Necessidade de mão de obra aproximadamente 300 anos;
especializada;
Resiste a ventos de até 200 km/h;
Dificuldade
que todos os componentes da elétrica, hidráulica, sanitária e as aberturas da na
aquisição
edificação, possam ser realizados antes da concretagem. As fôrmas de
do
plástico possuem melhor custo benefício.
material; Baixo índice de reparabilidade;
Dependendo da distância com as fábricas dos perfis de aço, gesso e outros,
pode
não
ser
Montagem das formas
Edifício concluído com o sistema
uma
alternativa viável economicamente; Facilidade de manutenção da estrutura;
Baixa
produção
de
resíduos
construtivos; Resistência a abalos sísmicos; Desde que realizada conforme as normas patologias,
técnicas, como
não as
FONTE: JAMILA VENTURINI/ PINI ONLINE
apresenta
geradas
nas
PRINCIPAIS VANTAGENS
FONTE: METRO MODULAR DESVANTAGENS
construções em alvenaria; Acabamento muito superior ao da
Consegue-se montar toda a estrutura das formas, Algumas questões que impõem dificuldades:
alvenaria comum;
componentes, malhas de ferro, aberturas, concretagem e
Conforto
térmico
e
acústico
excepcionais graças ao gesso e a lã de rocha;
desmolde, com poucos funcionários (em média 12) em apenas um dia; A edificação fica perfeitamente esquadrejada;
Necessidade de todos os projetos complementares;
Diminuição drástica com mão de obra;
Custo inviável para construção de apenas uma edificação;
Estrutura sólida se calculada por um
(Viável para construção de várias unidades).
profissional qualificado;
Redução significativa de patologias como trincas e fissuras Alto custo das formas;
Suas principais vantagens são relativas à durabilidade, tempo de
presentes na alvenaria comum;
execução e solidez construtiva, enquanto que suas desvantagens estão
Segurança estrutural;
A compra ou locação de formas está diretamente ligada ao projeto da edificação, pois somente pode ser aplicado em um
ligadas à falta de mão de obra especializada no sistema.
determinado empreendimento, não podendo ser alterado seu modelo original para outros tipos de obra;
Subsistemas do Light Steel Framing:
Toda parte de tubulações elétricas e hidráulicas fica
- Painéis leves, na possibilidade de ser compensado ou aglomerado,
escondida na parede;
em MDF, MDP ou OSB; - Placa de gesso ou Drywall.
14
Redução do desperdício de materiais; Precisão em orçamentos de materiais para construção; - O conforto térmico e acústico, somente é produzido com a aplicação de concreto auto-adensável;
6. Sistemas Construtivos com Container: É um sistema construtivo
PRINCIPAIS VANTAGENS
DESVANTAGENS
ecologicamente correto, por ser o reaproveitamento de containers que perderam sua utilidade no transporte de mercadorias por portos, ferrovias e
Construção rápida, já que o container tem A restrição da dimensão dos containers
rodovias. Este é um modelo de construção aplicado em residências,
sua estrutura praticamente pronta;
impede alguns aspectos arquitetônicos;
comércio, projetos sociais e até em hotéis. No Brasil, está sendo muito
Fácil instalação e transporte;
Dependendo do local onde será executado falta mão de obra especializada;
empregado em ambientes profissionais, pelo seu baixo custo construtivo e As
rápida entrega.
Shipping Container House
Redondo Beach House
construções
com
container
estruturas
mais
sólidas
e
resistentes
a
ações
do
Possibilidade
de
criar
tem Aquecimento da estrutura necessita que os
altamente ambientes internos sejam climatizados; tempo;
modelos Alto custo com o tratamento de produtos
arquitetônicos modernos e atuais em aço;
térmicos e acústicos;
Elétrica e hidráulica embutida na estrutura; Não financiável pelo minha casa minha vida;
Fácil manutenção da edificação;
Aplicação de produtos antiferrugem; Dependendo da localização existe alto custo do transporte;
FONTE: CASA CONTAINER HÍBRIDA
FONTE: CASA CONTAINER HÍBRIDA
Local: Estados Unidos. (2010)
Local: Sul da Califórnia. (2008)
Utiliza 2 containers, concreto e
Uma verdadeira casa de luxo
estruturas em aço. Projeto planejado
construída com 8 containers, com
para
usando
uma combinação de recipientes
resfriamento
de transporte pré-fabricados e
ser
off-the-grid
orientação
solar,
passivo,
telhados
verdes,
materiais
de
construções
aquecimento de fogões e energia
tradicionais.
fotovoltativa.
Arquiteto: Peter de Maria.
Arquiteto: Bra Tomecek
15
Segundo Franco (2004) as vedações são subsistemas que condicionam o desempenho do edifício, os principais responsáveis por características ligadas ao conforto higro-térmico e acústico, pela segurança de utilização e pelo desempenho estético que consequentemente proporciona valorização do imóvel. Estão diretamente ligadas aos sistemas construtivos, pois na maioria das vezes o próprio sistema é a vedação.
3.1 VEDAÇÃO VERTICAL Segundo FRANCO (2004), esse é o subsistema que ocupa posição estratégica entre os serviços da construção, constituindo-se também como ferramenta importante para o planejamento da produção no canteiro de obras, e na gestão da mão de obra durante a execução de todos os serviços. O seu detalhamento, retira dos profissionais ligados à produção a necessidade de
definições técnicas. Parâmetros devem ser adotados para a garantia da qualidade e do desempenho da vedação ao longo do tempo, desde a coordenação dimensional à utilização de alvenarias. Para que no projeto possa apresentar soluções adequadas para vários subsistemas do edifício, a sua relação com a estrutura deve relacionar os materiais com maior grau de flexibilidade, levando em conta a forma de sua montagem ou assentamento e também características tecnológicas de todos os componentes integrados. É construído de elementos que definem e limitam verticalmente o edifício e seus ambientes, sendo classificados entre vedações internas e externas, onde as internas possuem papel de dividir os ambientes e os proteger da visão, do ar e do calor; consideradas vedações leves onde seus elementos são de pequena densidade superficial e as externas na maioria das vezes além de proteger os ambientes internos contra a ação de diversos agentes atuantes, sendo eles, o ar, poeira, insetos, intempéries do tempo, como chuvas e ventos, agregam a função também de estrutura, neste caso seus elementos se caracterizam fisicamente por densidade superficial elevada, esses sistemas podem também servir de suporte para as instalações prediais, assim criando condições de habitabilidade e soluções de otimização produtividade, diminuição de custos, qualidade, praticidade, agilidade e redução de desperdício.
16
Segundo estudo comparativo de alternativas para vedações internas de edificações, por OLIVEIRA (2012), SABBATINI, (2003) as vedações verticais representam cerca de 35% a 60% do custo total do edifício. Assim é indispensável à racionalização da produção nesta etapa para redução de custos e problemas patológicos, almejando sempre a proposta inicial de se alcançar com esse trabalho, enfatizando qualidade e custo acessível. À partir da conceituação de BRIGOLINI (2004) é possível concluir que a vedação vertical é um subsistema que compartimenta, define os ambientes e serve de suporte e proteção para as instalações do edifício através de elementos diversos,como, pela alvenaria de blocos de concreto; alvenaria de bloco cerâmico; gesso acartonado, etc.
3.2 VEDAÇÃO HORIZONTAL Segundo CAMPOS (2016) É o elemento que delimita horizontalmente a estrutura e compartimenta seus espaços internos. Classificam-se entre Superior - tetos (cobertura, lajes e forros) e Inferior que são os pisos.
Tipos de vedações superiores quanto a especificidades:
Coberturas - Naturais: Coberturas minerais; coberturas vegetais rústicas (sapé), restrita a construção provisória; coberturas vegetais beneficiadas; coberturas com membranas; em malhas metálicas; cobertura tipo cascas; terraços e telhados; - Planas: em madeira; em metal; ou em concreto armado;
Forros
- Gesso em placas; - Acartonado Estruturado; - PVC; - Mineral; - Metálico; - Madeira; - Lã de vidro;
17
Lajes
Todo país possui um sistema internacional de avaliação ambiental de
- Laje Maciça;
edifícios, no Brasil, é o RTQ-C e o RTQ-R, que estão voltados a analisar a
- Laje Nervurada;
eficiência energética do edifício específico. Apesar de existir os métodos de
-Laje Pré-moldada;
avaliação ambiental e os regulamentos técnicos, há a ausência de refletir propriamente as questões de conforto ambiental e iluminação natural no
3.3 CONFORTO AMBIENTAL “O projeto arquitetônico ainda em sua fase de concepção define o desempenho de um edifício em termos de conforto de seus usuários” (KOWALTOWSKI e LABAKI, 1993).
O Conforto Ambiental pode ser entendido como o conjunto de condições ambientais as quais permitem ao ser humano sentir bem estar térmico, visual, acústico, etc. Embora o clima seja bem distinto em qualquer região da Terra, o ser humano é biologicamente parecido em todo o mundo, com a capacidade de ser adaptável a diferentes condições climáticas, claro que ao se utilizar de mecanismo culturais como a vestimenta, a arquitetura, e também a tecnologia, afirmam LAMBERTS, DUTRA E PEREIRA (2004)
De acordo com KOWALTOVSKI E LABAKI (2011), muitos elementos aliados ao entorno natural, como, a forma, o volume, a orientação, a distribuição dos espaços, parâmetros de dimensionamento e localização de aberturas são manipulados pelo projetista, desta forma, influenciam em grande parte o desempenho térmico de edifícios sem a presença de equipamentos mecanizados. Quando se fala em conforto ambiental, não é somente da questão térmica, mas também do conforto luminoso e acústico.
processo de elaboração do projeto. Quase que todas as construções não possuem equipamentos de regulagem de conforto térmico, deste modo o projeto bioclimático deve ser priorizado no país. “Um projeto para ser adequado e atender as necessidade de conforto ambiental e iluminação natural não precisa de invenções tecnológicas de ponta para responder às necessidades do homem” CUNHA (2006) apud IKEDA, AMORIM (2011).
Para auxiliar o projetista a chegar a um partido arquitetônico adequado ao clima local existem métodos que abordam questões relativas a conforto ambiental e/ou iluminação natural no projeto, um desses métodos é o
chamado Quadros de Mahoney, cujo objetivo é adequar as características construtivas às condições do clima, à partir de vários quadros elaborados com dados climáticos do local, que interferem entre si. No primeiro quadro são inseridos os dados climáticos do local, no segundo quadro são realizadas as análises destes dados e no terceiro quadro são apresentadas as recomendações adequadas para o partido arquitetônico. Vale lembrar que este método não é indicado para regiões onde o clima é transitório. HARRIS ET AAL. (2003) apud IKEDA, AMORIM (2011).
As informações transcritas a esses quadros segue uma metodologia para análise da admissão de luz natural no interior de edificações, onde inicialmente analisa o levantamento de condicionantes do projeto como plantas, cortes, fachadas, vistas internas e externas, enfim, para assim identificar a situação arquitetônica existente de cada abertura.
18
Dentro do contexto de Conforto Ambiental estão o conforto térmico,
para mensurar os horários de insolação para distintas orientações em cada
lumínico e acústico.
latitude particular. E, a orientação das aberturas e dos elementos transparentes e translúcidos da construção, ao qual permitem o contato com o exterior e a iluminação dos recintos, que além de serem pensadas pelos
Conforto Térmico:
aspectos naturais devem estar melhor posicionadas também para atender as
Afirma FRANCISCO (2009), que, conforto térmico é um aspecto importante a
necessidades às atividades que serão desenvolvidas pelas pessoas em
ser considerado nas edificações, pois esta afeta sempre o microclima e o
determinado ambiente.
conforto ambiental dos que a habitam. A estreita associação da arquitetura,
O conforto térmico é classificado em três índices, o biofísico, que se baseia
clima e vegetação influem no ambiente e são indicativos de conforto térmico.
em trocas de calor entre o corpo e o ambiente, correlacionando os
A arquitetura, como uma de suas funções, deve oferecer condições térmicas
elementos de conforto com as trocas de calor que dão origem a esses
compatíveis ao conforto térmico humano no interior dos edifícios, sejam
elementos; o fisiológico, baseado nas reações fisiológicas que se originam
quais forem as condições climáticas externas.
das condições conhecidas de temperatura seca do ar, temperatura radiante
Na avaliação de um ambiente quanto ao seu desempenho térmico, é
média, umidade e também velocidade do ar; índice subjetivo, medido por
importante a aprovação de seus usuários em fase de uso e ocupação da
sensações de conforto experimentadas em condições onde o conforto
edificação. Deste modo, o estudo do diagnóstico climático do local,
térmico variam.
contribuem a recomendações projetuais, que ajudam o arquiteto a não
incorrerem a erros abruptos, deste dando grande probabilidade aos espaços
Conforto Lumínico:
projetados de serem considerados por seus usuários termicamente
“Este conforto é conseguido com a luz, parte visual do espectro
confortáveis.
electromagnético, com comprimento de onda entre os 380 a 780 nm. SILVA (2011).
De acordo com FROTA e SCHIFFER (2001) as principais variáveis climáticas de conforto térmico são temperatura, umidade e velocidade do ar e radiação
SILVA (2011) afirma que a luz pode ser fornecida de forma natural (luz solar),
solar incidente, que se relacionam com a vegetação, regime de chuvas, águas
de forma artificial (lâmpadas) ou através da combinação de ambas. Porém,
superficiais e subterrâneas, permeabilidade do solo, topografia, enfim, entre
coloca que a melhor opção é aproveitar a luz natural e assim promover a
outras características locais as quais a presença humana pode alterar.
diminuição do consumo de energia elétrica e também de outros
Frente a todos esses fatores, os principais elementos que avaliam a carga
combustíveis utilizados para alcançar a iluminação do ambiente.
térmica que determinada edificação ou espaço ao ar livre receberá durante
Agregados ao conforto luminoso, estão, o Fluxo Luminoso, que é a radiação
as diversas horas do dia, por várias épocas do ano são: a Geometria da
total da fonte luminosa, entre os limites de comprimento de onda
Insolação, que fornece através de gráficos simplificados, um instrumental
mencionados a cima, ou melhor, é a quantidade de luz emitida por uma
19
fonte, medida em lumens; a Eficiência Luminosa, que busca pela fonte de luz
outro. Assim para melhor desempenho acústico, a edificação habitacional
ideal através da habilidade de converter potência em luz; e por fim, a
deve apresentar isolamento acústico adequado das vedações externas, onde
Eficiência Energética, que diz respeito as diferentes potências que as
se encontram os ruídos aéreos, provenientes do exterior da edificação, e
lâmpadas consomem.
isolamento acústico adequado entre áreas comuns e privativas e também entre áreas privativas de unidades autônomas diferentes.
Conforto Acústico: O conforto acústico é uma condição importante a procurar para alcançar bem
- 12.2 Requisito – Isolação acústica de vedações externas:
estar dentro de casa, a ausência deste conforto pode condicionar fortemente
Propiciar condições mínimas de desempenho acústico da
a saúde e produtividade das pessoas, que depende igualmente das condições
edificação, com relação a fontes normatizadas de ruídos
locais, da implantação do edifício no terreno e das características do edifício
aéreos.
propriamente dito.
- 12.3 Requisito – Isolação acústica entre ambientes:
Além dos problemas de trânsito, poluição do ar e violência, o crescimento
Propiciar condições de isolação acústica entre as áreas
desordenado das cidades intensificou também o nível de ruído produzido em
comuns e ambientes de unidades habitacionais e entre
suas ruas e avenidas, o que piora ainda mais a precária qualidade de vida das
unidades habitacionais distintas.
pessoas. Além disso, existem também os ruídos gerados pelo próprio edifício
- 12.4 Requisito – Ruídos de impactos: Propiciar condições
ou por consequências das atividades nele presentes.
mínimas de desempenho acústico no interior da
Segundo VITTORINO (2013), em uma edificação certas atividades geram
edificação, com relação a fontes padronizadas de ruídos
ruído, outras necessitam de silêncio, entre as fontes geradoras de ruído,
de impacto. (NBR 15.575 Parte 1)
estão as internas (vizinhos, instalações prediais) e as externas ao edifício (veículos, estabelecimentos comerciais, etc.); São desenvolvidas atividades que requerem baixos níveis de ruído como também aquelas que geram altos
Os materiais disponíveis para tratamento acústico se classificam de acordo
níveis de ruído. Deste modo o conceito incorporado a Norma de
com o tipo de função que podem desempenhar em determinado ambiente.
Desempenho NBR 15575/2013 – Edificações Habitacionais (Institui parâmetros técnicos para vários requisitos importantes de uma edificação e
Isolantes: Impedem a transferência do ruído de um ambiente para outro. São
tem como características estabelecer as responsabilidades de cada um dos
materiais densos e pesados, como tijolo maciço, pedras lisas, gesso, madeira
envolvidos:
e chumbo. Vidros com espessura mínima de 6 mm também se incluem nessa
construtores,
incorporadores,
projetistas,
fabricantes
de
materiais, administradores condominiais e os próprios usuários) é que a convivência harmoniosa entre duas categorias de atividade necessita da separação acústica, que nada mais é do o isolamento entre um ambiente e
20
categoria.
Refletores: Podem ser isolantes, mas aumentam a reverberação interna do som. Em geral, são materiais lisos, como revestimento cerâmico, massa corrida, madeira e papel de parede. Difusores: Refletem o som de forma difusa, sem ressonâncias. São compostos de materiais refletores colocados em superfícies irregulares como pedras ou lambris de madeira.
Absorventes: Não deixam o som passar de um ambiente para outro evitando eco. Ao contrário dos isolantes, são materiais leves, de baixa densidade, fibrosos ou de poros abertos. Assim, o material que tem grande poder de isolamento acústico quase não tem poder de absorção, como por exemplo a lã, fibra de vidro, manta de poliuretano, forrações com cortiça, carpetes grossos e cortinas pesadas, entre outros.
3.4 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E MATERIALIDADE Segundo LAMBERTS, DUTRA e PEREIRA (2014) hoje em dia a arquitetura deve ser vista como um elemento que precisa ter eficiência energética, cabe então a ela o controle de consumo de energia em edificações, tendo como critério central de projeto o conforto térmico, visual e acústico de seus usuários. Para um edifício ser eficiente energicamente, ele precisa proporcionar
condições ambientais com o menor consumo de energia.
Afirma ISOLANI (2008,B) apud Alves (2011) que as características arquitetônicas e construtivas dos edifícios têm uma influência determinante nas condições de conforto interior. Se o projeto de um edifício não levar em consideração as condições climatéricas do local ao qual será implantado, não poderá ser considerado um edifício eficiente na utilização de energia para proporcionar conforto aos seus moradores. Nas últimas décadas, se observa uma levada incidência dos custos de aquecimento e de resfriamento dentre as despesas em uma residência, isto está ocorrendo porque as questões de conforto de um edifício têm sido resolvidas através de sistemas artificiais de controle, ou seja, as características climáticas estão sendo ignoradas no momento de pensar o edifício e a organização de seus espaços internos. Duas variáveis climáticas importantíssimas a se levar em conta são a temperatura do ar exterior, que determina o estabelecimento das trocas de calor entre o interior e o exterior da habitação, deste modo, no inverno, a temperatura externa é baixa (existem perdas térmicas do interior para o exterior) – ESQUEMA 01; no verão, acontece o inverso, a temperatura elevada da parte externa provoca a entrada de calor indesejado nas habitações; e a radiação solar, que no inverno contribui para o aumento da
21
temperatura interior – ESQUEMA 02. De acordo com a orientação solar é
Ainda à partir das palavras de ISOLANI (2008,B) apud Alves (2011) .Fachadas,
possível tirar o maior partido do edifício.
janelas e telhados, são elementos constituintes do edifício que do ponto de
A forma do edifício é um dos fatores que interferem na eficiência energética
vista energético, influenciam na qualidade.
do mesmo. Quanto maior for à superfície envolvente ao volume, maior será a
O tipo de materiais com que se constrói o edifício também vai determinar o
transferência de calor, assim para ser eficiente do ponto de vista energético,
nível de qualidade a se alcançar, principalmente em relação a fachada.
deve haver uma relação entre superfície e volume (s/v). Assim, analisando a
Materiais pesados e densos se caracterizam pela inércia térmica, ou seja,
localização, orientação solar, os ventos, etc., e possível resolver soluções
amortecem e contrariam os picos climáticos exteriores, são exemplos desses
como, divisórias, disposição das janelas, enfim. É possível adequar a
tipos de materiais os tijolos maciços e as pedras. As estruturas isolantes mais
necessidade de variação de temperatura, adquirindo sistemas simples de
leves, não conseguem alcançar esse comportamento.
proteção de janela.
O nível de isolamento térmico irá determinar a quantidade de calor
Balanço energético no edifício.
necessária para manter uma habitação à temperatura de conforto, pois previne a transferência de calor por condução entre o interior e o exterior.
Esquema 01
Esquema 02
Por esta razão é necessário diminuir as perdas e os ganhos de calor utilizando técnicas de isolamento adequadas a cada situação do edifício.
Requisitos de isolamento: - Todas as partes estruturais devem estar posicionadas dentro da área isolada; - Tomar cuidado ao aparecimento de pontes térmicas (áreas onde o calor é : SILVA, PEDRO
FONTE: SILVA, PEDRO
dissipado em maior quantidade do que no resto do edifício); -As janelas e as portas devem ser montadas utilizando métodos de construção específicos, assim criando barreiras de corte de calor; -- As varandas e terraços não devem entrar em contato com as estruturas
posicionadas dentro da área isolada, devem ser elementos estruturais separados.
22
Um bom isolamento das paredes externas poupa os níveis de custos de
operação possui custos razoáveis e eficaz isolamento.
aquecimento e arrefarecimento, e, para isso existem vários tipos de materiais
Um elemento constituinte da edificação que mais contribui para as perdas de
e técnicas. Nessa questão geralmente são usados materiais porosos e de
calor no ambiente é a cobertura.
baixa densidade, como por exemplo o EPS (Poliestireno Expandido), o XPS
Na cobertura horizontal, é feito a aplicação do isolante térmico pelo exterior,
(Poliestireno Extrudido), a PUR (Espuma de Poliuretano), o ICB (Aglomerado
em forma de placas, sobre a impermeabilização da laje. Na cobertura
de cortiça), a MW (lã mineral), entre outros materiais que podem ser de
inclinada, com desvão habitável, o isolamento exterior deve ser colocado sob
origem natural como a verniculite, a perlite e a fibra de coco.
o telhado e sobre a impermeabilização da laje, se for o caso de telhados em laje, o isolamento se aplica sob a estrutura de fixação das telhas, podendo
Isolamento pelo Exterior
ser revestido com outro material.
É o tipo de isolamento mais eficaz e consiste na aplicação de placas de material isolante ou aplicação contínua de uma espuma nas paredes, que são
Em relação ao domínio da eficiência térmica do edifício, as superfícies em
cobertas por revestimentos em forma de reforço, como o rebobo, que pode
vidro desempenham papel importante, pois de um lado contribui para a
ser pintado ou também revestido de outros materiais.
eficiência de calor, porém quando não são montadas de forma adequada, serve de saídas onde o calor se dissipa. As consequências do material muito
Isolamento pelo Interior
irá depender da orientação em que o edifício se encontra, podendo ou não
Tipo de intervenção bastante eficaz em termos de custos, não sendo
aumentar o consumo de energia associado a iluminação artificial e ao
necessário recorrer a mão de obra especializada. É um modelo que consiste
aquecimento.
na aplicação de placas na face interior da parede, que podem ser em gesso
A fim de reduzir as infiltrações de ar não controladas, aumentar a captação
cartonado ou outro tipo de material, onde também pode ser acrescentado o
de ganhos solares no inverno, reforçar a proteção da radiação solar durante o
acabamento final, como tinta, papel de parede, etc. É importante ressaltar
Verão e melhorar as condições de ventilação natural, a intervenção deverá
que o isolamento na parte interior (em paredes simples) evita as pontes
ser feita através de janelas. Para diminuir as fugas de calor, podem ser
térmicas em pilares, porém não nas vigas e lajes, onde deixa de se aproveitar
instaladas cortinas à frente de aquecedores.
a inércia térmica das paredes.
Outro fator importante para a redução de gastos energéticos é a ventilação que se classifica em natural, onde consiste na exploração dos ventos através
Isolamento colocado na caixa de ar
da pressão e depressão causada por sua ação na superfície exterior do
Quando a parede exterior possui uma caixa de ar adequada, pode ser
edifício, que deve ser controlada pela inserção de duas janelas em fachadas
preenchido com isolamento térmico á partir de perfuração feita na parede
opostas, e, forçada, que é a forma mecanizada de permitir ventilação de ar
seguido da injeção ou sopro do material isolante para seu interior, ou seja,
onde não é possível utilizar a ventilação direta a partir do exterior.
espumas, grânulos em poliestireno expandido ou grânulos minerais. Esta
A eficiência energética é um alcanço muito importante na busca por projetos
23
sustentáveis e ambientalmente corretos que muito contribuem para amenizar os danos causados pelo homem.
3.5 CONCEITO DE VILA HABITACIONAL Um conjunto de casas individuais, construídas em um terreno contínuo, esta
Os impactos ambientais e a eficiência energética passam a ser
é a definição mais breve e simples para se entender o significado de uma
de extrema importância para soluções nos projetos para a
Vila. Com mais detalhes o termo pode ser entendido como a célula de um
“Nova Arquitetura”, na qual os arquitetos e engenheiros
bairro, com aparência aconchegante e familiar, essas características trazem
devem
uma auto-organização que pode ou não se resultar em condomínio
atentar
para
a
importância
destas
questões
ambientais e as incorporar aos elementos necessários em
horizontal fechado.
projetos ambientalmente corretos. CAMPOS (2009)
Conjunto de construções habitáveis, segundo OLIVEIRA (2013), as
Segundo CAMPOS (2009), a ideia de construção sem agredir o meio
construções não são somente simples materializações de formas e volumes,
ambiente discutida nas últimas décadas, resultou em vários conceitos que
mas também um conjunto de elementos que se agrupam a questões de
vem sendo implementados, como por exemplo, as estações de tratamento
controles e custos.
de água e esgoto, a diminuição do entulho e das perdas durante a obra, etc.
Reforçando o conceito qualidade e bem estar que já foram citados em
O princípio do conceito da arquitetura sustentável é interferir o mínimo
capítulos anteriores como ponto de partida para esse projeto, é importante
possível no meio ambiente.
destacar que a integração dos espaços verdes urbanos são muito importantes para a melhoria dessa qualidade, deste modo deve-se ausentar a configuração racionalizada dos espaços privatizados em condomínios que então expressa muito bem a segregação urbana. Volto-me ao conteúdo peculiar da Vila aberta a cidade.
O conceito de Vila se enquadra na Lei Municipal 2157/2007 de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo no Município de Ribeirão Preto, Seção V – Dos
Condomínios. (Artigos 162 a 175).
24
3.6 TIPOLOGIA TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS EM HABITAÇÕES COMPACTAS
“Diante da emergência de uma nova sociedade, não mais baseada nas famílias tradicionais, como a “casa compacta” se manifesta na arquitetura contemporânea brasileira?”, COSTA (2014).
A casa compacta ganha nova relevância na contemporaneidade, sendo assunto de livros, artigos, trabalhos acadêmicos, e de concursos de projetos promovidos em vários países. A casa mínima tem suas origens no segundo CIAM (1929), que buscou estabelecer parâmetros mínimos para o habitar, foi à partir desse comento que começou a ser discutida as relações entre os ambientes e as necessidades do usuário/ homem, assim como também parâmetros de salubridade decorrente da ventilação e iluminação dos ambientes. COSTA (2014), AYMONINO (1973).
Estratégias projetuais que caracterizam a habitação mínima, segundo FONSECA (2013) apud Costa: - Planta livre, integrando os ambientes sociais e permitindo a compartimentação por móveis e painéis deslizantes; - Sobreposição ou simultaneidades de usos num mesmo espaço; - Compartimentação do banheiro, com individualização do vaso sanitário, permitindo o seu uso simultâneo; - Compactação das cozinhas, independente do número de moradores.
Existem ainda, soluções com mezanino, onde dispõe dormitórios no pavimento superior e os ambientes sociais e de serviço no inferior, a fim de
amenizar a falta de privacidade a qual a sobreposição de funções impõe em áreas restritas. Hoje em dia é significativa a quantidade de casas unifamiliares, porém em relação as pequenas casas este é um número quase que inexpressivo, pois poucas possuem áreas inferiores a 150 m². É muito mais habitual arquitetos serem procurados a desenvolver projetos de grandes residências, sempre com três ou mais dormitórios. Apesar do perfil das famílias brasileiras ter mudando, ainda se faz resistente a antigos padrões o programa residencial. As pesquisas quantitativas realizadas por JORGE (2013) revelam que entre as casas térreas, em sua maioria, são remetentes aos arranjos em faixas, onde se varia a disposição dos núcleos hidráulicos; são também encontradas aquelas em que esses núcleos configuram blocos isolados na planta. De acordo com as novas rotinas de vida atualmente no país, é nítido que é cada vez maior a quantidade de pessoas que adotam um estilo de vida mais simples e austero, assim, para muitas pessoas os parâmetros de uma
residência compacta se encaixa como uma ótima proposta, pois consomem menos material, menos energia além de serem mais baratas que neste caso é o principal e mais sustentáveis. VASCONCELOS (2011), afirma que a mudança no comportamento da sociedade atualmente é percebida pelo aumento na procura de imóveis compactos, com um ou dois cômodos ou com até no máximo quatro compartimentos, assim necessitando de uma maneira diferenciada de morar ao se comparar aos padrões convencionais de espaços exagerados. que nem
sempre trazem qualidade e conforto. Os aspectos que tendem as habitações compactas contemporâneas não se prendem somente a economias financeiras, apesar da redução de custo com manutenção, existe a otimização espacial, ou seja, o máximo aproveitamento de cada metragem, Às vezes um mesmo ambiente traz consigo um formato
25
que permite a flexibilidade de usos, a fim de garantir conforto e funcionalidade, um grande exemplo disso são os espaços livres. Grandes aberturas, além de permitirem a entrada abundante de luz natural, e melhores condições de ventilação para o ambiente, promove a integração do espaço interno com o espaço externo.
3.7 ANÁLISE ERGONÔMICA Tratando-se de unidades compactas, é necessário encaixar o programa de necessidade à condição de custos mais acessíveis, o que de imediato faz-se pensar em ambientes funcionais e também na interferência para o belo da cidade, deste modo se faz indispensável um breve estudo de ergonomia dos espaços. Sistematizar a relação pessoa-tarefa-ambiente para delimitar e hierarquizar problemas ergonômicos, como, posturais, movimentacionais, operacionais, espaciais ou físico-ambientais, a fim de melhorar as condições de execução de atividades em determinado ambiente, neste caso dentro do local de morar.
“... a amplitude relacionada à ergonomia, por contemplar todos os aspectos da interação das pessoas com os seus ambientes e as interconexões entre essas interações, é
que permite defini-la a si mesma como uma disciplina única”. John R. Wilson. VASCONCELLOS, (2011).
Segundo VASCONCELOS (2011), os métodos e técnicas aplicados ao estudo viabilizam a análise do desempenho espacial voltados para cada tipo de ambiente, considerando os parâmetros de zoneamento de usos, ergonomia, funcionalidade e habitabilidade. Coloca VASCONCELLOS, que o Censo do IBGE apontou que as residências possuem cada vez menos moradores, tendo em vista que a média brasileira de pessoas por domicílio caiu de 3,8 em 2000 para 3,3 moradores, podendo ainda haver uma variação menor de região para região.” VASCONCELOS, (2011).
26
Reportagens baseadas em dados do IBGE mostram que essa situação despertou no mercado habitacional o interesse por investir em imóveis de 36 a 50 m², tornando-as assim habitações compactas de no máximo dois dormitórios alvo e um novo público para o mercado da construção, o publico solteiro que prioriza infraestrutura e boa localização.
PATTERSON (2011) destaca a importância das técnicas da AET (Análise Ergonômica do Trabalho) e sua correlação diante dos parâmetros de dimensionamento e caracterização dos espaços arquitetônicos a fim de atender no projeto as reais necessidades do morador.
27
28
4. COORDENAÇÃO MODULAR
Na coordenação modular, o termo módulo significa precisamente medida, desta forma diz-se que uma edificação é modular quando a repetição de uma medida.
Segundo FERREIRA, BREGATTO e D’AVILA (2008), a coordenação modular na arquitetura é definida como um método ou abordagem de projeto, onde seus elementos construtivos são dimensionados à partir de uma unidade de
4 COORDENAÇÃO MODULAR
medida em comum. É o instrumento destinado a coordenar as dimensões de elementos que são produzidos em fábrica, com os projetos arquitetônicos. A aplicação desta prática implica numa disciplina considerada indispensável para a racionalização do processo construtivo ser realizada de forma orgânica, correta e segura. Afirma que a capacidade criativa de um arquiteto não fica comprometida a essa coordenação, pois pelo contrário, a existência desse condicionante fazse resultar em obras cujos valores estético-formais estarão em harmonia perfeita com os valores socioeconômicos. Porém esta é uma prática que exige dos materiais e componentes envolvidos no processo de construção do ambiente, níveis de confiabilidade metrológica, estabilidade dimensional e normatização. Ressaltando a questão da sustentabilidade, no caso específico da arquitetura, a adoção da variável modular, estabelece laços fortes com a ótica da sustentabilidade, á partir da redução gradativa de desperdício na execução do ambiente edificado.
29
Exemplo de modulos e tipos em planta real
Comparação de processo construtivo entre Construção Modular e Tradicional
FONTE: ADAPTADO DE PCA (2014) APUD BASTOS
Organização dos tipos segundo a malha tridimensional
FONTE: ADAPTADO DE CASTELO (2008) APUD BASTOS
30
FONTE: BASTOS, RAPHAEL DE C.S.C
5. REFRÊNCIAS PROJETUAIS Referência 1: Habitação de Interesse Social Sustentável A ressaltar que nesta referência o conteúdo analisado foi relacionado à modulação, ampliação e possibilidade de diversidade das tipologias de habitação e sua organização no terreno, que agregam qualidades essenciais para um bom desenvolvimento posterior; o aspecto de interesse social não foi absorvido, já que não faz parte dos objetivos projetuais, assim como a questão da sustentabilidade, que não é um foco.
5
Este projeto foi vencedor do 1º prêmio em um Concurso Público Nacional.
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
FONTE: VICTOR DELAQUA – ARCH DAILY
Localização: São Paulo – SP Arquitetos: Giuliano Pelaio, Gustavo Tenca e Inácio Cardona Ano de projeto: 2010 Área: 0.0 sqm Projeto: Casas térreas desenvolvidas por modulação
31
Concepção do Projeto -Plantas que revelam casas compactas, que possibilitam liberdade ao morador;
- Espaços livres dentro de suas dependências sem deixar de lado a qualidade visual volumétrica das unidades; - Preocupação com a identidade da fachada, na decomposição do tradicional FONTE: VICTOR DELAQUA – ARCH DAILY
FONTE: VICTOR DELAQUA – ARCH DAILY
Segundo o arquiteto, o maior desafio foi a busca por uma solução lógica e
modelo de casa retangular.
DIAGRAMA DE USOS
racional capaz de demonstrar que a qualidade de uma habitação não deve corresponder ao padrão econômico de uma determinada classe social, mas
1
2
3
1. Estar + Jantar
sim aos conhecimentos técnicos do atual momento histórico, rompendo com
2. Aberturas + Acabamentos
a possibilidade de casas marcadas pela simplicidade de suas construções.
3. Identidade
Solução em alvenaria estrutural
4
5
6
4. Dormitórios 5.Sanitários 6. Cozinha e lavanderia
FONTE: VICTOR DELAQUA – ARCH DAILY
- Programa reduzido; - Resolvido a partir de dois blocos lineares interligados por um terceiro bloco com funções distintas, sendo um módulo para os dormitórios e banheiro, FONTE: VICTOR DELAQUA – ARCH DAILY
outro para área de serviços (cozinha e lavanderia) e um terceiro de ligação (abriga a sala de refeições e a sala de estar);
32
- Formato alongado e estreito visa garantir a iluminação e a radiação direta
usado quando se utiliza blocos estruturais da família 29, além disso, a
total dos ambientes da casa, de acordo com a inclinação do sol neste caso, o
modulação de 0,90m permite ao cadeirante um deslocamento ideal dentro
formato quadrado ou retangular em certas dimensões impossibilitaria o
da residência.
alcance de luz em toda a sua extensão; - O mesmo terreno pensado para abrigar casa de dois e três dormitórios, o que prevê a expansão; Assim como enfatizado em vários pontos no decorrer de minha proposta de projeto, nesta referencia o autor também acredita que a qualidade dos espaços projetados influencia diretamente na qualidade de vida e bem estar dos ocupantes.
MODULAÇÃO
Concepção
Dimensionamento
Proposta
FONTE: VICTOR DELAQUA – ARCH DAILY
A organização das unidades foi pensada a partir da análise do conhecido Diagrama Bioclimático de Givoni, a fim de viabilizar o conforto térmico necessário diminuindo também o consumo de energia das habitações.
FONTE: VICTOR DELAQUA – ARCH DAILY
A concepção inicial das residências partiu de uma modulação simples de 0,90m. Essa ideia surgiu a partir de um estudo sobre um denominador comum que pudesse atender tanto as necessidades da construção como as necessidades básicas de acessibilidade. O módulo de 0,90 é perfeitamente
33
Esquema sem escala:
- O projeto permite diferentes tipos de layout nas residências de acordo com a necessidade de cada usuário. - Mesmo tendo a mesma concepção, cada casa pode ter uma identidade
Cobertura com telha sanduíche com 10 cm de isolamento de
Efeito chaminé permite que o ar
visual diferente.
quente suba até a parte mais alta da
- Fachadas que podem ser facilmente modificadas, se alteradas as cores da
casa e saia pelas janelas superiores.
caixa d’água e núcleo central e os elementos de fechamento frontal na frente
polietileno.
da lavanderia. Teto verde - Constante preocupação com os materiais
- Projeto Modulado para facilitar a construção: Blocos de Concreto Estruturais - Cobertura: Utilização de telhas termoacústicas, mescladas com cobertura ajardinada representa um ganho no conforto térmico da residência e uma redução do consumo de energia mensal.
IMPLANTAÇÃO FONTE:
A escolha pelo elemento vazado permite
Ventilação cruzada, onde o
uma corrente de ar fresco contínua que
ar é extraído por convicção
entra na casa a partir das venezianas da
natural quando esquenta.
porta que acessa a cozinha.
FONTE: VICTOR DELAQUA – ARCH DAILY
34
Referência 2: Estudos de Caso: Habitação Villa Verde / Elemental
trabalhadores de Araúco, porém traz o conceito que ele aplica na maioria de
Araúco – Chile) - Alejandro Aravena
seus projetos, que é configurar espaços bem localizados nas cidades, a maneira com que cresçam de forma harmoniosa – as estruturas devem ser
“O desafio da arquitetura é sair da especificidade da resposta e abordar a
expandidas graças ao seu projeto, e não apesar dele -, que tenham espaços
inespecificidade da pergunta” (ARAVENA)
de socialização, que possibilitem o crescimento daquela comunidade, e não configurem apenas o estágio inicial.
-Unidades compactas que permitem ampliação. Planta pavimento térreo
FONTE: ELEMENTAL
FONTE: ELEMENTAL
Local de projeto: Araúco - Chile
FONTE: LEONARDO MARQUEZ - ARCHDAILY
Ano de projeto: 2010
Planta pavimento superior
Construção: 2012-2013 Área unitária inicial: 56.88 m²
MODULAÇÃO
Área unitária final (expansão): 85.1m²
As casas construídas podem ser personalizadas e aumentadas, como podemos ver nas fotos, o projeto mantém um padrão em uma parte do módulo, e a outra parte é livre para ampliação, de acordo com as necessidades ou vontades dos moradores. Neste caso o arquiteto teve o intuito de fornecer moradia para os FONTE: LEONARDO MARQUEZ - ARCHDAILY
35
-Priorização para os componentes mais complexos (padrões elevados para o
Referência 3: Vila Residencial – São Paulo
cenário inicial e final) e espaço disponível para ampliação. Com esta referência a intenção não é tomar como base a dimensão de todos DETALHES PROJETO
os elementos, mas também a organização das casas e a resolução de casas geminadas com qualidade e privacidade.
IMPLANTAÇÃO DA VILA
FONTE: LEONARDO MARQUEZ - ARCHDAILY
1. Armação 2. Barreira de umidade 3. Terciado estrutural 4. Canaleta águas pluviais 5. Soleira, 36.5 x 70 mm 6. Isolamento célula projetada 7. Placa de reboco 8. Pinos 9. Fibrocimento 10. Piso de Vinil, 1.5mm 12. Revestimento piso
36
13. Radier 14. Viga Fundação 15. Placa de Sobreposição 16. Soleira + Filtro de Proteção 17. Viga 6.5 x 160 mm 18. Moldura da porta 19. Porta 20. Fibrocimento escalonado 21. Pinos 22. Viga Pino 23. Janela projetada para telhado
Local do projeto: Brooklin Velho – São Paulo SP Data do projeto: 2007 Conclusão do projeto: 2013 Área do terreno: 1.505,82 m² Área construída: 2.018,37 m² Unidades: 250m² Subsolo livre
A vila com seis casas geminadas foi implantada no terreno onde antes havia
O terreno retangular (33,5 x 45 metros) possui declive lateral, com diferença
uma única residência. O projeto desenvolvido por Jorge Pessoa de Carvalho,
de 3,20 metros entre o ponto mais alto e o mais baixo, medida suficiente
apresentou soluções que garantiram o bom aproveitamento do espaço
para posicionar o acesso de veículos já na cota do subsolo, sem necessidade
disponível e as melhores condições de privacidade.
de rampas para a circulação de automóveis.
Embora as casas sejam geminadas, essa característica passa quase
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO
PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR
despercebida graças ao desenho das fachadas, que alterna um volume levemente projetado para fora, platibanda elevada no centro e superfície recuada onde se dá o ponto de contato entre as edificações.
PLANTA SUBSOLO
1.Vagas privativas 2.Acesso
FONTE: PEDRO VANUCCHI – ARCO PROJETO
1. Cozinha
1. Suíte
2. Sala
2. Closet
3. Terraço
3. Circulação
4. Piscina
FONTE: PEDRO VANUCCHI – ARCO PROJETO
O térreo é ocupado por cozinha, áreas sociais e de lazer, enquanto o pavimento superior é dividido entre quatro suítes com closet.
- Subsolo com quatro vagas de estacionamento, lado a lado, dependências de empregada, lavanderia e pátio descoberto que assegura luz natural aos
- Evita a construção de um grande muro ao redor para buscar uma relação
demais ambientes.
mais harmoniosa coma rua. Utiliza o recuo frontal como vagas de
- Aproveitamento do terreno natural:
estacionamento para visitantes, deixando que as próprias laterais das casas funcionem como fechamento.
37
- Casas geminadas, porém é uma característica que quase passa
FACHADAS
despercebida graças ao desenho das fachadas. Alterna um volume levemente projetado para fora, platibanda elevada no centro e superfície recuada onde Acabamento com argamassa
se dá o ponto de contato entre as edificações. Superfície restrita (lavabo com
desempenada
cozinha – nível térreo) e (banheiro com quarto – piso superior). O arquiteto
e
frisos
que
organizam a assimetria.
explica que essa opção garantiu o melhor aproveitamento do espaço e a abertura das vagas para visitantes.
Madeira no acesso e no brise que protege a visão frontal das
-Foi criada uma parede dupla nos pontos de conexão para assegurar as
casas.
desejadas condições de conforto acústico e privacidade.
FONTE: PEDRO VANUCCHI – ARCO PROJETO
CORTE BB
Das áreas externas não é possível avistar a construção vizinha, e os beirais de 50 centímetros de concreto aparente em todas as janelas ajudam a bloquear a visão, protegendo a privacidade dos moradores.
ILUMINAÇÃO NATURAL: É dada pelo rasgo linear sobre o brise na face principal e pela frontal das casas. Há ainda um plano de vidro espelhado da face frontal usado para revestir a alvenaria entre caixilhos do pavimento FONTE: PEDRO VANUCCHI – ARCO PROJETO
-EQUILIBRADA COMPOSIÇÃO DE MATERIAIS
38
superior.
O projeto preservou boa parte das árvores existentes no terreno.
6.1 ÁREA DO PROJETO -Localização da área com referências da cidade.
6 ANÁLISE DO LOTE E ENTORNO
FONTE: ADAPTADO DE GOOGLE EARTH 2016
ÁREA PROPOSTA – BAIRRO: JARDIM ZANETTI
39
habitacional que se integre com a condição urbano através dos espaços abertos.
ANÁLISE DOS CONDICIONANTES URBANÍSTICOS 6.2 USO DO SOLO
FONTE: ADAPTADO DE INTRANET (PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO)
ÁREA PROPOSTA
.
Macrozoneamento: ZUC
Setor: Sul
Sub - Setor: S 09
Assim como dito em um dos primeiros objetivos desta proposta, o partido para a escolha da área se deu pela característica de um local altamente
servido pelos equipamentos urbanos, embora não apareça neste recorte do entorno as escolas, creches e outros equipamentos de primeira importância, eles existem nas proximidades. Em Bonfim Paulista, uma cidade pequena, independente de onde estes estão localizados são de fácil acesso para os habitantes de todos os bairros que a formam, ou seja, tudo está perto. Desta forma o outro fator que trouxe este lote a tona, foram as características do entorno imediato, as quais revelam modelos de habitação que causam grande impacto sem proporcionar nada de bom para a cidade, ou melhor,
FONTE: FOLHETO, LUCIANE. 2017
modelos que se apropriam da cidade e a negam. Com isso os estudos para o projeto serão feitos de modo a desenvolver algo que exiba exatamente o
HABITAÇÃO
ÁREA VERDE – SISTEMA DE RECREIO
contrário, se relacionando com o urbano sem roubar o espaço, para com esta
COMÉRCIO
VAZIO – PARTICULAR
circunstância o lote atrás do terreno escolhido é uma área verde destinada a
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
ÁREA PROPOSTA
Sistema de Recreio, o que contribui para a intenção de criar uma vila
40
INSTITUCIONAL
A predominância em habitação, todas formais, porém divididas entre o
6.3 GABARITO
espaço aberto do bairro, e os condomínios fechados que negam uma configuração a qual poderia ser melhor aproveitada pelo que o entorno oferece. Os lotes nomeados como vazio, apesar de particulares são espaços verdes, todos arborizados, o que indica que não é uma região tão adensada que necessite de verticalização. OCUPAÇÃO DO SOLO - FIGURA FUNDO
FONTE: FOLHETO, LUCIANE. 2017
1 PAVIMENTO – 3,5 M 2 PAVIMENTOS – 7,0 M 4 PAVIMENTOS – 14,0 M 09 PAVIMENTOS – 32 M OU MAIS FONTE: FOLHETO, LUCIANE. 2017
Dentre as quadras retangulares, com predominância de cheios, existe uma
Estas unidades estão distribuídas em diferentes contextos que se contrastam
grande parte do território vazio, que está começando a se desenvolver,
no espaço, como, de um lado as unidades do bairro aberto, de
porém busca a verticalidade, que por um lado, não ocupam os lotes como
predominância térrea, formando uma horizontalidade que enfatiza a
um todo.
41
amplidão da vista, de outro, a presença de duas torres verticalizadas que impactam sobre a característica inicial do bairro, onde apesar de não prejudicar aspectos como a ventilação e privacidade das edificações mais baixas, porém, causa um impacto visual que pode ser considerado negativo,
6.4 HIERARQUIA VIÁRIA FÍSICA
pois mesmo não sendo edifícios de altura extrema, estão inseridos no ponto mais alto.
Imagens das Torres ao entorno da área da proposta
4: Área Proposta
FONTE: FOLHETO, LUCIANE. 2017 (ARQUIVO PESSOAL) FONTE: ADAPTADO DE MAPA BASE RIBEIRÃO PRETO – QUADRAS
VIA ARTERIAL
CONDOMÍNIO TOPÁZIO
VIA COLETORA
CONDOMÍNIO TURMALINA
VIA LOCAL
ÁREA PROPOSTA
Mesmo com o crescimento e bom desenvolvimento da cidade, em geral, ainda sim carrega a escala do pedestre, onde estes possuem o hábito de
42
transitarem muito a pé, e mesmo com a presença de condomínios nas
transporte municipal, e circulam quase que toda a população que fazem
redondezas, que se servem dos equipamentos adentro dos bairros, o trágefo
acesso de um lado da cidade para o outro a qual se “divide” por uma avenida
gerado não ultrapassa a capacidade das vias.
principal que vem de Ribeirão Preto, passa por Bonfim Paulista e segue até Cravinhos, todavia, nas arteriais que cruzam esta avenida não estão
FUNCIONAL
concentrados equipamentos de comércio e serviço que geram lentidão no trânsito, então apesar do alto número de veículos que passam por elas, não existem problemas.
6.5 TRANSPORTE MUNICIPAL E EQUIPAMENTOS
FONTE: ADAPTADO DE MAPA BASE RIBEIRÃO PRETO – QUADRAS
ALTO FLUXO
CONDOMÍNIO TOPÁZIO
MÉDIO FLUXO
CONDOMÍNIO TURMALINA
BAIXO FLUXO
ÁREA PROPOSTA
FONTE: ADAPTADO DE MAPA BASE RIBEIRÃO PRETO – QIADRAS E GOOGLE MAPS 2017
Entre vias retilíneas e sinuosas, o maior fluxo se volta para as vias arteriais, que praticamente cruzam a cidade toda. Por elas passam os ônibus de
PARADAS DE ÔNIBUS
PARADAS DE ÔNIBUS
43
Além do transporte municipal, circula pela cidade vãs com o sistema “leva e traz” gratuito, o que diversifica os tipos de transportes atendendo a necessidade de locomoção das pessoas.
6.6 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL Conforme Lei Municipal 2157/2007 (em anexo) e Código de Obras 2158/07.
RECUOS
FRENTE = 5,0 m – Artigo 16. Inciso IV (Lei Complementar 2157/07)
LATERAL = H/6 com mínimo de 2,0 m (Edifício até 4,0 m) do lado interno Para edificações térreas podem ser mínimo 1,5 m. OBS. No projeto foi adotado 3,0 m pois haverá possibilidade de sobrado, levando também em consideração que o lote está na esquina. (2157/07)
LATERAL DE ESQUINA = 5,0 m
FUNDO = 2,0 m RECUO DA UNIDADE AO PASSEIO INTERNO = 2,0 m (2157/07)
RECUO ENTRE OS EDIFÍCIOS DA GLEBA = 6,0 m (2157/07. Artigo 114. Inciso IV. Linha 3)
Edificação verticalizada com habitação no térreo, deve estar afastadas no mínimo 2,0 m do passeio interno. (2157/07 Artigo 114. Inciso IV. Parágrafo I).
GABARITO MÁXIMO = 10 m (2157/07) DENSIDADE POPULACIONAL LÍQUIDA (DPL) (2157/07. Artigo 43)
ÍNDICE IBGE: 02 (dois) ou 03 (três) dormitórios – 3,4
44
Nº UNIDADES x 3,4 x 10.000 / ÁREA LOTE
VEGETAÇÃO: 1 (Uma ) árvore para cada unidade residencial
30 x 3,4 x 10.000 / 8.242 m² = 123,76
(2157/07. Artigo 110. Linha E)
COTA GLEBA
Será executado as seguintes obras de Infra Estrutura: (Lei Complementar 2157/07. Artigo 110. Inciso V. A, B, C, D)
ÁREA TERRENO / 80 = MÁXIMO DE UNIDADES PERMITIDAS 8.242 / 80 = 103,025 UNIDADES (2157/07. Artigo 110. Inciso 1º)
- Sistemas de distribuição de águas e coleta e disposição de águas servidas e
Reservar 30% para espaço lazer. (2157/07. Parágrafo III)
esgoto; - Construção de sistemas de escoamento de águas pluviais, inclusive sistemas
VIA DE CIRCULAÇÃO PARA AUTOMÓVEIS: 8,0 m (2157)
estruturais de infiltração e de retenção ou retardamento do fluxo de águas
ÁREA PERMEÁVEL: 10% ZUC (2177/07. Artigo 236)
pluviais;
TAXA DE OCUPAÇÃO: 70% (2157/07. Artigo 39)
- Sistema de iluminação; - Pavimentação da via particular de circulação de veículos quando houver, e e do passeio ou via de pedestres.
VAGAS DE ESTACIONAMENTO (2158/07) RESUMO DE ÁREAS TAMANHO VAGA
M²
PORCENTAGEM
MANOBRA
RECUOS P
2,50 x 4,70
50 %
4,5
M
2,50 x 5,00
45 %
5,0
FR = 5,0 m
G
2,50 x 5,50
05 %
5,5
LA = 3,0 m FU = Mínimo 2,0 m
Até 60 vagas o espaço de manobra mínimo é de 5,0 m (Artigo 88).
ÁREA P = 10 %
Moto = 10 %
TO = 70% LAZER/ RECREIO = 30%
CUL-DE-SAC (BALÃO DE RETORNO)
DPL = 123,76
Raio mínimo de 10 metros – giro
VIA PEDESTRE = 4,0 m VIA VEÍCULOS = 8,0 m
ENTRADA E SAÍDA DE VEÍCULOS: Mínimo 10,0 m da esquina
45
6.7 TOPOGRAFIA, INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO
INSOLAÇÃO
Análise dos horários de sol em cada fachada do lote: Norte – 6h15min até às 12h30min Nordeste – 6h até às 12h50min Sul – 6h até às 18h Sudeste – 6h até às 9h50min Leste – 6h até às 12h30min Oeste – 12h50min até às 18h Noroeste – 6h20min até às 17h40min Sudoeste – 12h50min h até às 18h
VENTILAÇÃO: A direção dos ventos na cidade sopram do Sudeste, deste modo a presença de árvores de vários portes pelo entorno contribuem para o conforto térmico dentro e fora das edificações. FONTE: FOLHETO, LUCIANE. 2017
6.8 MEDIDAS DO LOTE
CORTE AA
ÁREA: 8.242
CORTE BB
46
FOLHETO, LUCIANE. 2017
6.9 IMAGENS DO LOTE A Rua Doa Iria Alves terminava neste ponto, só havia diretriz para continuação.
FONTE: FOLHETO, LUCIANE. 2017
FONTE: GOOGLE MAPS 2011
FONTE: FOLHETO, LUCIANE. 2017
47
48
7. 1 ESTUDO DE VOLUMES E IMPLANTAÇÃO -Desenvolvimento Plano de Massas (Implantação) em maquete física
7 DIRETRIZES PROJETUAIS
Estudo I. (SEM ESC.)
49
Estudo II. (SEM ESC.)
FONTE: FOLHETO, LUCIANE. 2017
50
ESTUDO III (SEM ESC.)
FONTE: FOLHETO, LUCIANE. 2017
Estudo III. (SEM ESC.)
51
52
8.1 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL 2157/07 Legislação Municipal 2157/07
Seção V Dos Condomínios
Artigo 162 - Os empreendimentos habitacionais, comerciais, de prestação de serviços, e industriais, organizados sob o regime jurídico do condomínio
8 ANEXO
previsto na Lei Federal nº 4.591/1964, definidos na lei municipal como condomínios urbanísticos, sejam eles horizontais ou verticais, só poderão ser implantados em lotes ou glebas que tenham frente para via pública oficial, localizados nas zonas urbana e de expansão urbana, excluindo-se as APRs (Áreas Predominantemente Residenciais), as AERs (Áreas Estritamente Residenciais) e loteamentos com restrições registradas em cartório.
Subseção I Das Regras Gerais
Artigo 163 - Os condomínios constituídos por uma única edificação verticalizada isolada em um único terreno, deverão atender às disposições específicas relativas às edificações da Lei Complementar nº 2158/2007 e as exigências referentes a gabarito, recuos, densidade líquida, taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento indicadas na presente lei, além de possuir um espaço ajardinado de uso comum e destinado ao lazer, correspondente a 1,00 (um) metro quadrado por unidade residencial, podendo este espaço
53
conter ou estar contido na taxa de solo natural exigida.
Artigo 167 - A área máxima da gleba que poderá ser fechada por qualquer condomínio dependerá de considerações urbanísticas, viárias, ambientais e
Parágrafo Único - Considera-se edificação verticalizada isolada aquela na qual
do impacto que possa ter sobre a estrutura urbana, sempre em
suas unidades justapostas estejam agrupadas em uma única torre.
conformidade com o Plano Diretor, definidas por meio de diretrizes da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública.
Artigo 164 - VETADO. Artigo 168 - No caso de empreendimentos de baixa e alta densidade, quando Artigo 165 - Externamente aos condomínios, sejam horizontais ou verticais,
for exigível a doação de área institucional, e desde que haja interesse
quando exigida a reserva de áreas públicas, a execução de toda a
público, poderá ser admitida doação de parte da mesma além dos limites da
infraestrutura, do sistema viário, sua arborização, bem como a arborização e
gleba a ser parcelada, ou seja, outro imóvel, ainda que situado em outra
paisagismo do sistema de áreas verdes e de lazer, é de responsabilidade do
região ou zona urbana e cujo valor de mercado seja equivalente ao que teria
empreendedor e sua conclusão será condição para a emissão do Habite-se,
no mesmo empreendimento a ser urbanizado.
cumprindo os termos de compromisso firmados quando da aprovação do empreendimento.
Artigo 169 - No espaço de uso comum destinado ao lazer, serão permitidos usos recreativos e esportivos, podendo ser feitas construções, afins àquelas
§ 1º - A arborização e o paisagismo das áreas públicas deverão atender a Lei
atividades, que ocupem até 30% (trinta por cento) da área do mesmo.
Complementar nº 1.616/2004 (Código Municipal do Meio Ambiente) e suas alterações.
Artigo 170 - Nos condomínios, a porcentagem de área permeável exigida, poderá ser atendida através das áreas reservadas para sistema de áreas
§ 2º - Os termos de compromisso firmados deverão ser cumpridos de acordo
verdes e de lazer, tanto internas quanto externas, desde que garantida a área
com
mínima permeável exigida pelo artigo 53 desta lei.
os
prazos
previstos
na
Certidão
de
Viabilidade
emitida,
independentemente de eventual alteração na titularidade do imóvel. Subseção II Artigo 166 - As vias que integrem as diretrizes viárias fornecidas pelo órgão
Das Regras Específicas
competente da Prefeitura, com necessidade de uso imediato ou não, sejam elas pertencentes ao sistema local, ao sistema arterial ou ao sistema
Artigo 171 - Os condomínios urbanísticos horizontais, implantados em lotes
principal, deverão ficar fora do perímetro fechado do condomínio e ser
ou glebas com área de até 10.000 m² (dez mil metros quadrados), deverão
transferidas para o Município.
atender, além do disposto na Subseção I (regras gerais dos condomínios), às seguintes disposições:
54
I - conter espaços de uso comum destinado ao lazer, ajardinados e
declividades maiores, desde que garantido o acesso a pessoas com
arborizados, que não se caracterize como circulação de acesso às unidades
dificuldade de locomoção, a pelo menos 5% (cinco por cento) das unidades
habitacionais, correspondentes a 05 m² (cinco metros quadrados) por
residenciais e destas para os espaços comuns destinados ao lazer.
unidade, com área total mínima de 60 m² (sessenta metros quadrados), sendo que, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) dessa área deverá estar
Parágrafo Único - A área a ser considerada para enquadramento na
concentrada e conter um círculo com raio de 10m (dez metros). O restante
modalidade prevista no “caput” será a área efetivamente aproveitada,
deverá ter largura mínima de 5m (cinco metros);
excluindo-se a ZPM (Zona de Proteção Máxima), faixas de servidão de serviços públicos ou incidência de diretrizes viárias, quando for o caso.
II - o acesso às unidades habitacionais deverá ser independente, através de via particular de circulação de veículos ou de pedestres, internas ao
Artigo 172 - Os condomínios urbanísticos horizontais com áreas superiores a
conjunto, sendo que:
10.000 m² (dez mil metros quadrados), bem como os condomínios verticais, que forem implantados em áreas oriundas de loteamento que já tenha feito
a) a via de circulação exclusiva de pedestres deverá ter largura mínima de
as reservas de áreas públicas, destinadas ao uso institucional e para sistema
4,00 m (quatro metros), quando as unidades residenciais estiverem
de áreas verdes e de lazer, conforme disposto nesta lei, ficam dispensados de
localizadas em um único lado da via, e de 6,00 m (seis metros) quando as
novas reservas para tais finalidades, devendo internamente contemplar o
unidades residenciais estiverem localizadas dos dois lados da via, podendo
empreendimento com espaços de uso comum, ajardinados e arborizados,
esta via conter espaços ajardinados;
que não se caracterizem como circulação de acesso às unidades habitacionais, correspondentes a 10 m² (dez metros quadrados) por unidade,
b) a via de circulação de veículos interna ao conjunto deverá ter largura
com área mínima de 300 m² (trezentos metros quadrados), sendo que, no
mínima de 8,00 m (oito metros), dos quais dois deles destinados a passeios
mínimo 50% (cinquenta por cento) desta área deverá estar concentrada e
de pedestres;
conter um círculo com raio de 10 m (dez metros). O restante deverá ter largura mínima de 5,0 m (cinco metros).
c) o raio de concordância entre a via pública e a via de acesso de veículos ao conjunto, será de 6,00 m (seis metros) de um lado, quando a via estiver junto
Artigo 173 - Os condomínios urbanísticos horizontais, implantados em lotes
à divisa, e, dos dois lados, quando a via estiver de meio do lote ou gleba;
ou glebas com área maior que 10.000 m² (dez mil metros quadrados), além do disposto na Subseção I, deverão atender às seguintes disposições:
d) as vias de circulação de pedestres e/ou de veículos deverão ter declividade máxima de 10% (dez por cento), sendo que, quando o acesso às unidades residenciais se der somente através da via de pedestres, serão permitidas
55
I - deverão ser reservadas áreas para o uso institucional e áreas destinadas
b) no caso de acesso exclusivo a bolsão de estacionamento, a via particular
ao sistema de áreas verdes e de lazer, nas mesmas proporções que as
de circulação de veículos, com comprimento de até 50m (cinquenta metros),
exigidas para o loteamento, no artigo 90, conforme a zona em que se
que não se caracterize como trânsito de passagem, terá largura mínima de
encontre o empreendimento, sendo que, no mínimo 50% (cinquenta por
5m (cinco metros);
cento) das áreas verdes e a totalidade das áreas institucionais, deverão localizar-se externamente à área do condomínio e ter frente para via pública.
c) a via particular de circulação de veículos, com comprimento maior que 50
O restante das áreas verdes ficará interno ao condomínio e será de
m (cinquenta metros), deverá ter largura mínima de 12 m (doze metros), dos
propriedade particular dos condôminos;
quais 05 m (cinco metros) destinados a passeio;
II - tanto no sistema de áreas verdes e de lazer externo como no interno, no
d) o acesso do conjunto à via pública deverá ser feito por meio de via com
mínimo 50% (cinquenta por cento) dessas áreas deverão estar concentradas
largura mínima de 14m (quatorze metros), leito carroçável de 8m (oito
e conter um círculo com raio de 10 (dez) metros, sendo que o restante
metros) e o raio de concordância entre a via pública e a via de acesso de
deverá ter largura mínima de 5 (cinco) metros;
veículos ao condomínio será de 12m (doze metros) no alinhamento das guias;
III - O sistema viário constante das diretrizes viárias fornecidas pelo órgão competente da Prefeitura, o sistema de áreas verdes e de lazer e as áreas
e) a via de acesso do condomínio à via pública deverá ter comprimento
institucionais externos ao perímetro do condomínio, deverão ser doados ao
mínimo de 12m (doze metros) contado da guia até o elemento de vedação
Poder Público Municipal, como bens de uso comum do povo, sem quaisquer
do acesso;
ônus para o Município, inclusive os relativos aos atos cartorários, sendo que a doação deverá ser concretizada como condição para a aprovação do
f) os raios de concordância entre as vias internas ao condomínio deverão ser
projeto do condomínio.
de, no mínimo, 6m (seis metros);
IV - O sistema viário interno aos conjuntos deverá atender às seguintes
g) no caso de empreendimento com mais de 200 (duzentas) unidades
especificações:
habitacionais, o empreendedor deverá prever baia de acomodação de
veículos, no seu acesso, de modo a não impactar o trânsito na via pública; a) a via particular de circulação de veículos, com comprimento de até 50m (cinquenta metros), deverá ter largura mínima de 10 m (dez metros), dos
h) declividade - as vias de circulação de pedestres e/ou veículos deverão ter
quais 04 m (quatro metros) destinados a passeio;
declividade máxima de 10% (dez por cento), sendo que, quando o acesso às unidades residenciais se der somente através da via de pedestres, serão
56
permitidas declividades maiores, desde que garantido o acesso a pessoas com dificuldade de locomoção a pelo menos 5% (cinco por cento) das unidades residenciais e destas para os espaços comuns destinados ao lazer.
Artigo 174 - VETADO.
Artigo 175 - Os condomínios urbanísticos constituídos com finalidade não residencial ou mista deverão atender às mesmas normas previstas para os de uso residencial.
§ 1º - Nos condomínios citados neste artigo, desde que não superem a densidade líquida de até 500 hab/ha (quinhentos habitantes por hectare), a área a ser reservada para uso institucional poderá ser convertida em área patrimonial, no seu todo ou em parte, a critério do órgão municipal de planejamento.
§ 2º - A reserva prevista no parágrafo anterior poderá, ainda, ser localizada em outro imóvel, mesmo que situado em outra zona urbana, cujo valor de mercado seja equivalente ao que teria no local do empreendimento, depois de urbanizado, a critério do órgão municipal de planejamento.
§ 3º - Nas hipóteses dos parágrafos anteriores, a aprovação do condomínio somente poderá ser finalizada depois de comprovada a doação das áreas reservadas ao Município, por meio de escritura pública, devidamente
registrada.
57
58
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 15 575/2013 /FulvioVitorino_IPT_24AbrilProAcustica.pdf> Acesso em: 10 abr. 2017
ALMEIDA, Jaime. Arquitetura e Espaço – Uso: Por uma Abordagem Descritiva e Interpretativa dos Espaços Abertos, DF, Brasília. [2011]. Disponível em: <file:///C:/Users/Vaio/Downloads/11840-38509-1-PB%20(2).pdf> Acesso em: 09 abr. 2017
9
ALVES, Hélder.
Eficiência Energética em Edifícios da Lipor I. Mestrado
integrado em engenharia do ambiente – Dissertação Submetida Para
REFERÊNCIAS BIBLIORÁFICAS
Obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente, Ramo de Projeto. JUL
2011.
Disponível
em:
https://repositorio-
aberto.up.pt/bitstream/10216/61511/1/000149150.pdf.
Acesso
em:
12
ago.2017
ANDREOLI, Luiz. 2016. Estrutura de qualidade e preço bom. Disponível em <http://luizandreoli.com.br/conheca-o-lsf-estrutura-de-qualidade-e-precobom/> Acesso em: 12 ago. 2017
ARAVENA, Alejandro. Projeto Simbiose. Arquitetura e Urbanismo, Estudos de Caso:
Habitação
Villa
Verde/
Elemental.
[2016].
Disponível
em
<https://projetosimbiose.wordpress.com/2016/04/30/estudo-de-caso-3/> Acesso em: 10 abr. 2017
59
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 15575-1 - Edificações
CAMPOS, Alessandro. Projeto de Habitação de Interesse Social Segundo a
Habitacionais – Desempenho. Parte 1: 12.2; 12.3; 12.4. Comitê Brasileiro da
Coordenação Modular e os Princípios do Ecodesign, PR, Londrina. [2009].
Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de Estudos de Desempenho de
Disponível em
Edificações (CE-02.136.01), 2013.
<http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000153012> Acesso em: 10 abr. 2017
BASTOS, Raphael de C. S. C.. . São Paulo. 2015. Da coordenação modular à construção modular: Estudos de Caso.
Trabalho de Graduação em
CAMPOS, Heloísa. Construção Civil II (TC-025) Vedações Horizontais, PA,
Engenharia Civil. Disponível em
Belém. [2016]. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/139133/000864747.p
<http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/8/82/TC_025_Veda%C3%A7%C3
df?sequence=1 Acesso em: 12. Ago. 2017
%B5es_Horizontais.pdf> Acesso em: 09 abr. 2017> Acesso em: 10 abr. 2017
BORGES, Joamara. Políticas Habitacionais, Condições de Moradia, Identidade
CARVALHO, Jorge. Arco Projeto. Casas Geminadas, São Paulo, Geminadas,
e Subjetividade no Programa Minha Casa, Minha Vida em Águas Lindas de
mas com Total Privacidade. Disponível em
Goiás, DF, Brasília. [2013]. Disponível em:
<https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/jorge-pessoa-carvalho-
<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/14592/1/2013_JoamaraMotaBo
casas-geminadas-sao-paulo#> Acesso em: 10 abr. 2017
rges.pdf> Acesso em: 09 abr. 2017
CASA E PROJETOS. Tipos de Sistemas Construtivos para Casas. Disponível em: BRIGOLINI, Guilherme. Elementos d Vedação E Divisótios. Técnicas
<http://www.casaseprojetos.com.br/tipos-de-sistemas-construtivos-para-
Construtivas. Minas Gerais, 2013. Disponível em
casas/> Acesso em: 09 abr. 2017
<http://www.em.ufop.br/deciv/departamento/~abc/civ60104vedacao&divis orios.pdf> Acesso em: 12 ago. 2017
CB 02 Construção Civil, 2011. Alvenaria Estrutural Garantida. Disponível em: <http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-
C E C Casa e Construção Ltda. São Paulo. – Alvenarias e Tijolos. Disponível em <http://www.cec.com.br/dicas-reforma-alvenaria-e-tijolos?id=241>
em: 12 ago. 2017.
construcao/122/artigo299531-1.aspx> Acesso em: 12 ago. 2017
Acesso
CONVALLIS. 2017. Tijolo Ecológico. Disponível em <http://convallis.com.br/site/institucional/sustentabilidade/tijoloecologico/> Acesso em: 12 ago. 2017
60
COSTA, Ana Elisa da. Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado. Pequenas
FRANCISCO, Maíra. Recomendações de Conforto Térmico para Projeto
(ou não tão grandes) casas na arquitetura contemporânea brasileira.
Arquitetônico e Implantação de Unidades Habitacionais em Assentamentos
Faculdade
Rurais. Caso: Assentamento Rural Sepé Tiaraju, Serra Azul – SP, SP, São Carlos.
Federal
do
Rio
Grande
do
Sul.
Disponível
em
<https://www.ufrgs.br/casacontemporanea/wp-
[2009]. Disponível em
content/uploads/2014/11/AEAULP.pdf> Acesso em: 12. Ago. 2017
<file:///C:/Users/Vaio/Downloads/maira_lago_francisco.pdf> Acesso em: 10 abr. 2017
COSTA, Ana. Pequenas (ou Não Tão Grandes) Casas na Arquitetura Contemporânea Brasileira: Ideias para Amanhã?, RS, Porto Alegre. [2014].
FRANCO, Luiz. O Projeto das Vedações Verticais: Características e a
Disponível
Importância para a Racionalização do Processo de Produção. Disponível em:
em
<
https://www.ufrgs.br/casacontemporanea/wp-
content/uploads/2014/11/AEAULP.pdf> Acesso em: 10 abr. 2017
<http://www.gerenciamento.ufba.br/Disciplinas/Inova%C3%A7%C3%A3o_Te cnologica/O%20PROJETO%20DAS%20VEDACOES%20VERTICAIS.pdf>
E
Civil.
Alvenaria
Estrutural.
2017.
Disponível
em
<
Acesso
em: 09 abr. 2017
http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-alvenaria-estrutural.html> Acesso em: 12 ago. 2017
FROTA, Anésia; SCHIFFER, Sueli. Manual de Conforto Térmico, SP, São Paulo. [2001]. Disponível em
FERREIRA, Mario; BREGATTO, Ricardo; D’ÁVILLA, Márcio. Coordenação
Modular e Arquitetura: Tecnologia, Inovação e Sustentabilidade, RS, Porto
<http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/1835
Alegre. [2008]. Disponível em <https://www.usp.br/nutau/CD/86.pdf>
0/material/ManualConfortoTERMICO.pdf> Acesso em: 10 abr. 2017
Acesso em: 10 abr. 2017 GK Tijolos Ecológicos. Garulhos. São Paulo. 2017. Produtos. Disponível em FILHO, Lourival. Discussão Sobre a Definição Dimensional em Apartamentos:
<http://www.gktijoloecologico.com.br/tijoloecologico> Acesso em: 12 ago.
Contribuição à Ergonomia do Ambiente Construído, PE, Recife. [2005].
2017.
Disponível em
http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/37/casas-com-
<http://repositorio.ufpe.br:8080/bitstream/handle/123456789/3528/arquiv
paredes-de-concreto-220698-1.aspx> Acesso em: 12 ago. 2017
o5154_1.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: 10 abr. 2017
61
IKEDA, Débora; AMORIM, Cláudia. Métodos de Análise e de Projeto com Foco
LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando. Eficiência
em Conforto Ambiental e Iluminação Natural: Contribuições para Validação
Energética na Arquitetura. [3.ed.], RJ, Rio de Janeiro. [2014]. Disponível em :
do Diagrama Morfologico, RJ, Rio de Janeiro. [2011]. Disponível em:
<http://www.mme.gov.br/documents/10584/1985241/Livro%20-
<http://www.iau.usp.br/ocs/index.php/sbqp2011/sbqp2011/paper/viewFile/
%20Efici%C3%AAncia%20Energ%C3%A9tica%20na%20Arquitetura.pdf>
319/176> Acesso em: 10 abr. 2017
Acesso em: 10 abr. 2017
INFOABITAR. A Importância de Um Verdadeiro Habitar. Infoabitar 222. Nov.
METRO Modular. 2012. Piracicaba. São Paulo.
2008. Disponível em:
Parede de Concreto Moldada in Loco. Paredes moldadas in loco. Disponível
Norma que Regulamenta
<http://infohabitar.blogspot.com.br/2008/11/importncia-de-um-verdadeirohabitar.html> Acesso em: 09 abr. 2017
em< http://www.metromodular.com.br/norma-que-regulamenta-parede-deconcreto-moldada-in-loco-deve-aquecer-mercado
INO, Carlos; INO, Akemi. Coletânia Habitare – vol 2: Inovação, Gestão da Qualidade e Produtividade e Disseminação do Conhecimento na Construção Habitacional. Porto Alegre, 2003. Disponível em: <http://www.habitare.org.br/publicacao_coletanea2.aspx> Acesso em: 10
OLIVEIRA, Dayana. Estudo Comparativo de Alternativas para Vedações Internas
de
Edificações,
PR,
Curitiba.
[2013].
Disponível
em:
<http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/1/19/Tfc_2012_Dayana_Ruth.pd f> Acesso em: 09 abr. 2017
abr. 2017.
PATTERSON, Claudia. Ergonomia e Arquitetura: Interfaces na Elaboração de JORGE, Pedro. A Dinâmica do Espaço na Habitação Mínima. 157.01 ano 14. [2013]. Disponível em; <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/14.157/4804>
Programas
Arquitetônicos,
DF,
Brasília.
[2011].
Disponível
em
<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/7154/1/2010_ClaudiaBartoloPat terson.pdf> Acesso em: 10 abr. 2017
Acesso em: 10 abr. 2017 PET Engenharia Civil UFSC. 2016. Light Steel Frame: Um Sistema Construtivo KOWALTOWSKI, Doris; LABAKI, Lucila. O Projeto Arquitetônico e o Conforto Ambiental: Necessidade de uma Metodologia, SP, Campinas. [2011].
Alternativo. Disponível em<http://pet.ecv.ufsc.br/2016/09/light-steel-frameum-sistema-construtivo-alternativo/> Acesso em: 12 ago. 2017
Disponível em: <http://www.dkowaltowski.net/1115.pdf> Acesso em: 10 abr. 2017
SILVA, Aline. Avaliação do Desempenho Termo-Lumínico de uma Edificação com Brises Soleils: Estudo de Caso, MT, Cuiabá. [2011]. Disponível em <http://200.129.241.80/ppgeea/sistema/dissertacoes/3.pdf> Acesso em: 10 abr. 2017
62
SILVA, Pedro Correia Pereira da. Portugal. 2006. Dissertação de Mestrado. [Cap. 3] Térmica dos Edifícios. Faculdade do Minho – Escola de Engenharia. Disponível em: https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6258/8/8%20%20Capitulo3.pdf Acesso em: 12 ago. 2017
SOUZA, Michel. A crise do estilo de vida no mundo contemporâneo: a boa vida e como devemos vivê-la. [2013]. Disponível em: <https://filosofonet.wordpress.com/2013/04/03/a-crise-do-estilo-de-vidano-mundo-contemporaneo-a-boa-vida-e-como-devemos-vive-la/>
Acesso
em: 09 abr. 2017
VASCONCELOS, Cláudia. Análise da Funcionalidade e de Ergonomia em Habitações
Compactas,
SC,
Florianópolis.
[2011].
Disponível
em:
<https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/95848> Acesso em 10 abr. 2017
VITTORINO, Fúlvio. Requisitos de Conforto Acústico, Desempenho Acústico e as Experiências de Ensaios de Laboratório e Campo. [2013]. Disponível em <http://www.proacustica.org.br/assets/files/DiaRuido/Apresentacoes-
63
64
10.1 PROGRAMA FLUXOGRAMA
BANHEIRO
DORMITÓRIO CIRCULAÇÃO
ÁREA SERVIÇO SALA ESTAR/JANTAR
10
COZINHA ACESSO
ANTEPROJETO - TIPOLOGIA I (54 M²)
WC DORMITÓRIO I
BANHEIRO ÁREA SERVIÇO
DORMITÓRIO II
SALA ESTAR/JANTAR
COZINHA
CIRCULAÇÃO
- TIPOLOGIA II (78 M²)
65
DORMITÓRIO I WC
BANHEIRO
ÁREA SERVIÇO
DORMITÓRIO II SALA ESTAR/JANTAR
COZINHA
DORMITÓRIO III CIRCULAÇÃO
- TIPOLOGIA III (96 M²)
66
ZONEAMENTO ZONEAMENTO
SEM ESC.
CONSTRUÇÃO EXISTENTE ANTIGA DIRETRIZ VIÁRIA SISTEA DE RECREIO – PREFEITURA MUNICIPAL ACESSO/CIRCULAÇÃO PEDESTRE
LAZER
PASSEIO/ CALÇADA ESTACIONAMENTO VIA ACESSO VEÍCULOS
ÁREA PERMEÁVEL
1
ÁREA PERMEÁVEL UNIDADES HABITACIONAIS
67
PROGRAMA/DIMENSIONAMENTO GERAL/ LEGISLAÇÃO
ÍNDICE
ÍNDICE
M²
UN
RECUO FRONTAL
5,0
CONJUNTO MÓDULO I
13 e 14
RECUO LATERAL
3,0
CONJUNTO MÓDULO II
RECUO FUNDO
2,0
CONJUNTO MÓDULO III
VIA PEDESTRE
2,0
PASSEIO
VIA CIRCULAÇÃO AUTOMÓVEL
8,0
EQUIPAMENTO PÚBLICO
RECUO ENTRE EDIFÍCIOS
6,0
QUADRA POLIESPORTIVA
RECUO DO EDIFÍCIO AO PASSEIO
1,5
M²
UN
54 M²
8
CASAL
78 M²
5
MONOPARENTAL
96 M²
ÍNDICE 1
U.
C.
M.
DESCANSO
17
34
49
PREPARAÇÃO ALIMENTOS
7
8
10
6
6
540,00
UN
TOTAL M²
10 M
COTA GLEBA
103 UN
TIPOLOGIA I (54 M²)
15
810,00
HIGIENE PESSOAL
3
DPL
49 UN
TIPOLOGIA II (78 M²)
9
702,00
CIRCULAÇÃO
4
4
4
TIPOLOGIA III (96 M²)
16
1536,00
RECEBER/ RECEPCIONAR
20
23
24
ÁREA SERVIÇO
3
3
3
QUADRO DE ÁREAS
ÍNDICE
M² TOTAL CONSTRUÍDO
68
ÍNDICE
UNIPESSOAL
ESCALA MÉDIO
ÍNDICE GABARITO MÁXIMO
ESCALA MICRO
ESCALA MACRO
ÁREA
8.242,00
TAXA DE OCUPAÇÃO (70%)
1.619,00
ÁREA PERMEÁVEL (10%)
1.299,19
LAZER (30%)
2.472,60
VEGETAÇÃO
1 ÁRVORE POR UNIDADE
ÍNDICE
3048,00
UN
COTA GLEBA
103
DPL
49
ADOTADO
40
10.2 MEMORIAL DESCRITIVO O lote com pouco mais de 8.000m² situado em um bairro de Bonfim Paulista, que é bem atendido pelos equipamentos urbanos, foi escolhido como um desafio para o desenvolvimento do projeto, pois em relação ao entorno, de um lado existe condomínios fechados e de outro, grandes prédios que são condições de moradia isoladas, são modelos que causam grande impacto
sem proporcionar nada para a cidade. Deste modo foi escolhido uma área para propor algo que se relacione com o urbano sem “roubar” a cidade, para mostrar que ali pode ser pensado algo melhor... A proposta é então proporcionar moradias de qualidade através de uma organização que forme uma vila aberta para a cidade, onde haja integração
MATERIALIDADE: Para maior segurança estrutural, foi usado no projeto, Paredes de Concreto Moldadas In Loco, também pela redução no tempo de construção, drástica diminuição com mão de obra e custo bem acessível se tratando de várias unidades. Toda parte de tubulação elétrica e hidráulica fica escondida na parede. Esse tipo de estrutura necessita de todos os projetos complementares, garantindo assim, compatibilização. É proposto que seja aplicado concreto auto-adensável para melhor conforto térmico e acústico.
As portas são de alumínio assim como todos os caixilhos das aberturas envidraçadas.
entre os espaços “externos” com a presença de áreas verdes e equipamentos públicos. A decisão foi trabalhar com módulos, e, à partir daí criar unidades que de certa forma são compactas mas com uma solução racional, de maneira com que elas se conectem e resolver sua estrutura de modo com que possibilite a expansão dessas unidades. Algo que não fique preso a um padrão, mas sim que atenda as necessidades de diversas classes sociais, então por isso, foi desenvolvido um partido com uma base de qualidade possibilitando ao usuário de uma certa forma “dar a sua cara” configurar o ambiente interno de sua unidade de morar. A criação de espaços ajardinados, foi pensada para com o uso em comum, onde pode acontecer atividades de lazer, também podendo servir de espaços de comércio. As vias de circulação são categorizadas, ou seja vias de circulação exclusivas para pedestres e via de circulação exclusiva para veículos.
69
-6,00
VASGAS PARA ESTACIONAMENTO
C -7,68
D
-10,50 -22,00
F
-10,56
A -7,58
E 87
B 0,00
107
-8,28 -9,78
106 88 89
105 104 103 102 101 90
LAZER ÁREA OCUPADA
100 99 97
91
98
96
DIRETRIZ DE REVITALIZAÇÃO P/ TERRENO DESTINADO A SISTEMA DE RECREAÇÃO DA PREFEITURA 95
94 93
92 -16,00
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
IMPLANTAÇÃO GERAL ESC.: 1:500
-6,00
Co
C2 e rt
VASGAS PARA ESTACIONAMENTO Co
D2 rte
C
Corte
B2
-7,68
D
-10,50 -22,00
F Corte
B2
Co
A2 e rt
-10,56
A -7,58
E
Co
C2 e rt
87
B 0,00
107
-8,28 D2 rte
Co
-9,78
106 88
Co
A2 e rt
89
105 104 103
LAZER
102 101 90
ÁREA OCUPADA
100 99 97
91
98
96
DIRETRIZ DE REVITALIZAÇÃO P/ TERRENO DESTINADO A SISTEMA DE RECREAÇÃO DA PREFEITURA 95
94 93
92 -16,00
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
IMPLANTAÇÃO GERAL ESC.: 1:500
-6,00
Co
C e rt
VASGAS PARA ESTACIONAMENTO Co
D e rt
B
Corte
10 Elev.
Elev. 16
-10,50
.A
Corte
A Corte
.B
Corte
B
F
.A.
13 Elev.
Corte
24 Elev.
Elev. 22
Corte
9 Elev.
Corte
14 Elev.
D A
Corte
.A.
.A Corte
B
C
-7,68
.B.
Corte
Elev. 23
Elev. 12
Elev. 15
Corte
.B
Corte
Elev. 11
Co
A e rt Corte
B rte Co
A
..A
v. Ele 1
Corte
Elev. 17
v. Ele 2
.B.
Corte
-10,56
21 Elev.
B
rte Co
Corte
..B
rte Co
rte Co
18 Elev.
..B
E
Corte
Elev. 20
A -7,58
B
A
B
rte Co
3 . v Ele Co
C e rt
19 Elev.
4 . v Ele
v. Ele 6
v. Ele 5
rte Co
..A
Corte
A
B B rte Co
8 . v Ele
rte Co
0,00
7 . v Ele
107
A
-8,28 D e rt
Co
-9,78
106 Co
A e rt
105 104 103
LAZER
102 101
ÁREA OCUPADA
100 99 97
91
98
96
IMPLANTAÇÃO GERAL ELEVAÇÕES ESC.: 1:500
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
-6,00
AGRUPAMENTO 2
Co
C1 e rt
AGRUPAMENTO 1
AGRUPAMENTO 2 Co
D1 rte Corte
B1
-7,68
-10,50
AGRUPAMENTO 1 Corte
B1
Co
A1 e rt
-10,56
AGRUPAMENTO 2 -7,58
Co
C1 e rt
AGRUPAMENTO1 0,00
107
-8,28 D1 rte
Co
-9,78
106 Co
A1 e rt
105
IMPLANTAÇÃO TIPOLOGIAS ESC.: 1:500
104 103 102 101
TOTAL GERAL
M² CASAL MONOP. TOTAL 2 881,78 2,654.34 2
UNI AGRUPAMENTO 1
4
AGRUPAMENTO 2
1
2
91
3
100 99
753,78 2,261.34
97 96
5,00
2,00 9,00
6,00
6,00
6,00
3,00
3,00
8,00
3,00
TIPOLOGIA I UNIPESSOAL (54 M²)
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
7,00
TIPOLOGIA II CASAL MONOPARENTAL (78 M²)
6,00
12,00
9,00
3,00
3,00
9,00
3,00
7,00
TIPOLOGIA III (96 M²)
98
17 16 15 14 13 12 11 10
+ 0,33 -2,87
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17
9
8
7
6
5
4
3
2
1
BLOCO A
1
-2,87
+ 0,33
-2,87
+ 0,33
BLOCO A TERREO ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
BLOCO A 1° PAVIMENTO ESC.: 1:100
BLOCO A 2° PAVIMENTO ESC.: 1:100
BLOCO A COBERTURA ESC.: 1:100
-4,37
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17
BLOCO B
1
1
2
3
4
- 1,17
3
2
- 1,17
17 16 15 14 13 12 11 10
9
8
7
6
5
4
-4,37
BLOCO B TERREO ESC.: 1:100
BLOCO B 1° PAVIMENTO ESC.: 1:100 BLOCO B 2° PAVIMENTO ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
BLOCO B COBERTURA ESC.: 1:100
10 11 12 13 14 15 16 17
BLOCO C
8
9
- 7,68
6
7
- 4,48
4
3
2
1
1
2
3
4
5
- 1,28
5
- 7,68
- 4,48
BLOCO C TERREO ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
BLOCO C 1° PAVIMENTO ESC.: 1:100
17 16 15 14 13 12 11 10
9
8
7
6
- 1,28
BLOCO C 2° PAVIMENTO ESC.: 1:100
BLOCO C COBERTURA ESC.: 1:100
BLOCO D + 0,22
- 2,98
- 6,18
+ 0,22
+ 0,22
9
- 2,98
10 11 12 13 14 15 16 17
17 16 15 14 13 12 11 10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
- 2,98
1
2
3
4
5
6
7
8
- 6,18
BLOCO D COBERTURA ESC.: 1:100 BLOCO D TERREO ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
BLOCO D 1° PAVIMENTO ESC.: 1:100
BLOCO D 2° PAVIMENTO ESC.: 1:100
9
8
7
6
5
4
3
2
1
BLOCO E
17 16 15 14 13 12 11 10
- 3,78
- 6,98
- 10,18
- 3,78
- 6,98
- 10,18
- 6,98 - 3,78
8
7
6
5
4
3
2
1 Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
9
GSEducationalVersion
BLOCO E 1° PAVIMENTO ESC.: 1:100
17 16 15 14 13 12 11 10
BLOCO E TERREO ESC.: 1:100
BLOCO E 2° PAVIMENTO ESC.: 1:100
BLOCO E COBERTURA ESC.: 1:100
10 11 12 13 14 15 16 17
BLOCO F
5
6
7
8
9
- 10,56
-4,16
3
2
1
1
2
3
4
- 7,33
-4,16
- 7,33
BLOCO F TERREO ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
BLOCO F 1° PAVIMENTO ESC.: 1:100
17 16 15 14 13 12 11 10
9
8
7
6
5
4
- 10,56
BLOCO F 2° PAVIMENTO ESC.: 1:100
BLOCO F COBERTURA ESC.: 1:100
0,33 -1,17 -2,87 -4,37
-4,84 -6,07 -7,58
-7,57 -8,28 -9,78
CORTE AA ESC.: 1:250
0,22 -1,28 -2,98 -4,16
-4,48
-4,95 -6,18
MURO ARRIMO
-7,68
-7,33
-7,68 MURO ARRIMO
-10,50
CORTE BB ESC.: 1:250
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
-10,56
TALUDE
- 0,22
- 2,98
-6,07 - 6,18 MURO ARRIMO
CORTE CC ESC.: 1:250
-1,17
-3,78 -4,37 -5,18
-6,98
-7,10 -7,57
TALUDE
-8,12
-8,38
-10,18 -11,58 TALUDE
-12,93
CORTE DD ESC.: 1:250
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
-11,58
BLOCO A
CORTE AA ESC.: 1:100
CORTE BB ESC.: 1:100 GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
BLOCO B
CORTE AA ESC.: 1:100
CORTE BB ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
BLOCO C
CORTE AA ESC.: 1:100
CORTE BB ESC.: 1:100 GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
BLOCO D
CORTE AA ESC.: 1:100
CORTE BB ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
BLOCO E
CORTE AA ESC.: 1:100
CORTE BB ESC.: 1:100 GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
BLOCO F
CORTE AA ESC.: 1:100
CORTE BB ESC.: 1:100 GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
ELEVAÇÃO: BLOCO A
GSEducationalVersion
ELEVAÇÃO 1 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 2 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO: BLOCO A
GSEducationalVersion
ELEVAÇÃO 3 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 4 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO: BLOCO B
ELEVAÇÃO 1 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 2 ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
ELEVAÇÃO: BLOCO B
ELEVAÇÃO 3 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 4 ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
ELEVAÇÃO: BLOCO C
ELEVAÇÃO 3 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 4 ESC.: 1:100 GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
ELEVAÇÃO: BLOCO C
ELEVAÇÃO 1 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 2 ESC.: 1:100 GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
ELEVAÇÃO: BLOCO D
ELEVAÇÃO 3 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 4 ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
ELEVAÇÃO: BLOCO D
ELEVAÇÃO 1 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 2 ESC.: 1:100 GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
ELEVAÇÃO: BLOCO E
ELEVAÇÃO 1 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 2 ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
ELEVAÇÃO: BLOCO E
ELEVAÇÃO 3 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 4 ESC.: 1:100
GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
ELEVAÇÃO: BLOCO F
ELEVAÇÃO 3 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 4 ESC.: 1:100 GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
ELEVAÇÃO: BLOCO F
ELEVAÇÃO 1 ESC.: 1:100
ELEVAÇÃO 2 ESC.: 1:100 GSEducationalVersion Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
MAQUETE ELETRÔNICA – PONTO DE VISTA: GERAL
MAQUETE ELETRÔNICA – PONTO DE VISTA: FRENTE (ENTRADA DA RUA ANIBAL VERCESI)
MAQUETE ELETRÔNICA – PONTO DE VISTA: LATERAL ESQUERDA (FUNDO)
MAQUETE ELETRÔNICA – PONTO DE VISTA:LATERAL DIREITA (FRENTE)
MAQUETE ELETRÔNICA – PONTO DE VISTA: LATERAL ESQUERDA
MAQUETE ELETRÔNICA – PONTO DE VISTA: LATERAL ENTRADA CIRCULAÇÃO DE AUTOMÓVEIS