O DEUSDESPINOZA
TEXTO DE RÉGIS DE OLIVEIRA
Montagem mostra a vida e a essência do pensamento do filósofo holandês que foi condenado em 1656 por questionar a doutrina religiosa judaica e contestar seus ensinamentos.
Adaptação e Direção de Luiz Amorim
Juliano Dip e Bruno Perillo
Amsterdã, ano de 1677. A Holanda, em seu período mais rico, fervilha cultural e intelectualmente. É o Século de Ouro dos Países Baixos. Ali um livre pensador questiona as doutrinas e dogmas religiosos e os conceitos políticos. Baruch de Spinoza é convocado a arrepender-se, mas não abre mão de seu pensamento. Assim passa pelo Herem, a condenação judaica equivalente à excomunhão, e vai viver no exílio da sua comunidade. Muda o seu nome para Benedictus de Spinoza do latim. Conta com o apoio de seu amigo Jan Rieuwertsz, com quem pode desabafar e contar de seus planos futuros. Um convite à reflexão e à liberdade de pensamento. O espetáculo é pontuado por música sefardita do século XVII.
VIVEMOS NUM MUNDO CONTURBADO E CHEIO DE EMOÇÕES.
O momento pelo qual passamos necessita de reflexão, entendimento e clareza. O pensamento de Spinoza - filósofo do século XVII - nos traz uma luz nestes tempos.
O espetáculo mostra Baruch de Spinoza depois de expor o seu pensamento - considerado herético. Ele foi condenado pelo Conselho de Rabinos, e saiu de Amsterdã, exilado. Passou por várias cidades como Vijnsburg e Voorburg, e terminou em Den Haag (Haia). Acompanhamos os seus delírios e sua clareza de pensamento, e constatamos que são muito importantes até os dias de hoje.
Segundo Maurício Marsola, Professor de Filosofia na Universidade Federal de São Paulo, “...o ser humano é um modo da substância que possui uma faculdade capaz de conhecimento do mundo, a razão e as paixões, forças em nós que devem ser conhecidas e diante das quais é preciso ter serenidade”. Diz
ainda o professor da Unifesp: “É preciso, portanto, segundo uma famosa afirmação de Spinoza, ‘não rir ou chorar, alegra-se ou entristecer-se, mas entender’.”
Para o Advogado e Crítico Teatral, Evaristo Martins de Azevedo: “O espetáculo mostra a projeção daquele episódio real, de mais de 365 anos, havido na comunidade judaica portuguesa de Amsterdã, na Holanda, para um palco do Brasil constitucionalmente laico, tradicionalmente católico e cada vez mais politicamente evangélico. E conta essa história de forma irruptiva, convidando o público a compreender as angústias do icônico personagem e a se emocionar com ele, independentemente da fé que professa”.
Herem – Condenação de Baruch de Spinoza, equivalente à excomunhão, proferida em 27 de julho de 1656, na Sinagoga de Amsterdã:
“Por decreto dos anjos e mandamento dos santos homens, nós excomungamos, expelimos, amaldiçoamos e danamos Baruch de Spinoza, com o consentimento de Deus, bendito seja Ele, e com o consentimento da inteira santa congregação, e em frente desses rolos santos com os 613 preceitos que estão inscritos neles, amaldiçoando-o com a excomunhão com que Josué excomungou Jericó e com a maldição com que Eliseu amaldiçoou os meninos e com todos os castigos que estão escritos no Livro da Lei. Anatematizamos e amaldiçoamos o réu e praguejamos diante de todos e que seja Baruch maldito de dia e de noite, no seu deitar e no seu levantar. Maldito seja ele ao ir e ao retornar. O Senhor não o poupe, mas a ira do Senhor e seu zelo ardam contra esse homem, e todas as maldições que estão que estão escritas neste Livro caiam sobre ele, e o Senhor risque seu nome sob os céus. Que ninguém a ele dirija a palavra nem ouça o que ele diz. Quem com ele conviver sob o mesmo teto também será igualmente maldito. Ninguém pode falar com ele pela boca ou por escrito. Nem ler o que escreve”.
FICHA TÉCNICA
Texto: Régis de Oliveira
Direção e Adaptação: Luiz Amorim
Direção Musical: Marcus Veríssimo
ELENCO
Baruch de Spinoza: Bruno Perillo
Jan Rieuwertz: Juliano Dip
Rabino Saul: David Kullock
Rabino Hlut: Luiz Amorim
Rabino Bores: Norival Rizzo / Roberto Borestein
Musicistas: Marcus Veríssimo, Margot
Lohn, Lucas Bisparo e Lisi Andrade
Desenho de Luz: César Pivetti
Figurinos: João Pimenta
Cenografia: Evas Carretero
Visagismo: Beto França
Ilustração: Hidreley Dião
Designer Gráfico: Luciano Alves
Técnico e Operador de Luz: Rodrigo Pivetti
Camareira: Alana Carvalho
Contrarregragem: Magnus Odilon
Fotografia: Ronaldo Gutierrez
Mídia Social: Felipe Pirillo
Produção Executiva: Erika Horn
Realização: Régis de Oliveira
Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco
RÉGIS DE OLIVEIRA – Texto
Professor titular da Faculdade de Direito da USP. Desembargador aposentado. Foi deputado federal e Vice-Prefeito de São Paulo. Mestrado e doutorado na PUC-SP sob a orientação do professor Celso Antônio Bandeira de Mello. Secretário Municipal de Educação em 1997. Professor titular de Direito Econômico, Financeiro e Tributário da Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP). Autor de livros de direito e de quatro novelas e um romance recentemente publicado. Alguns títulos: Manual de Direito Financeiro; Somos Todos Órfãos; O Desterro É o Destino - o Drama da Vida Humana; Receitas Públicas Originárias; As águas não são impetuosas; O Juiz na Sociedade Moderna; As desigualdades sociais, a mulher e a liberdade no Direito; Filosofia na Antiguidade - Sócrates e Platão; Interpretação, paixões e direito; O Direito na Bíblia; entre tantos outros.
LUIZ AMORIM – Ator / Direção
Ator: Três Vezes Tebas, A Vida Não é Justa, O Vendedor de Sonhos, Sete Minutos, Deus Lhe Pague, O Fantasma da Ópera, Viva o Demiurgo! Tieta, o musical, O Que Leva Bofetadas, Avalon, O Casamento do Pequeno Burguês, Bola de Ouro, A História do Comunismo contada aos Doentes Mentais, Fuenteovejuna, etc, além de infantis, séries, novelas e publicidades em tv e cinema (Ponte Aérea, Corda Bamba, De Passagem, Sábado, Sao Paulo, etc). Foi presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, membro do Conselho Municipal de Cultura, da Comissão Estadual de Teatro, Fomento, ProAc, etc. Membro do Prêmio Governador do Estado (2017/2018). Juri do Prêmio Shell de Teatro. Presidente do Centro Brasil ITI/UNESCO.
BRUNO PERILLO – Ator
Ator: As Duas Mortes de Roger Casement, A[r]mar, O Último Concerto para Vivaldi, Dançando em Lúnassa, Ópera do Malandro e Absinto, A Serpente, Moço em Estado de Sítio, Ivanov, Rasto Atrás, Vestido de Noiva e Morte e Vida Severina sob direção de Eduardo Tolentino, no Grupo TAPA. Happy End e outras montagens sob a direção de Marco Antônio Rodrigues no Grupo Folias d’Arte. Em 2009 foi indicado ao prêmio Shell pela direção musical de Querô. Em 2019, indicado ao prêmio APCA e ao prêmio Aplauso Brasil pela direção de Chernobyl, peça também indicada a melhor espetáculo. Em cinema, atuou em Salve Geral, Onde Andará Dulce Veiga, Último Chá, Real, O Plano Por Trás da História. Como diretor: Ato a Quatro, O Campo, Velhos Tempos, Ânsia – Terra Desolada, Cabaret Luxúria, Swallow, A Vida em Vermelho, Chernobyl e O Beijo no Asfalto. Na TV, trabalhou nas telenovelas Belíssima, Viver a Vida, Passione, TV GLOBO, e em diversas séries, entre elas O Negócio, Buu - Um Chamado para a Aventura, À Mesa – O Encontro.
JULIANO DIP - Ator
Juliano Dip é jornalista e ator, apresentedor do BandnewsTV e repórter do Jornal da Band. Ex-CQC, atualmente apresenta também o podcast TodaGente, nos canais digitais da Band. Com 20 anos de carreira tem passagens pelo SBT, rádios Globo, CBN e rádio Vaticano. No teatro trabalhou com Paulo Goulart Filho, Jairo Mattos, Maria Eugênia de Domênico, Kiko Jaess, Augusto Marin, Esther Góes, entre outros.
ROBERTO BORESTEIN - Ator
Graduou-se pela Recriarte e pela Escola Contemporânea de Artes (São Paulo) e pelo Players Workshop of the Second City (em Chicago, EEUU), com Pós-Graduação em Artes Cênicas na Universidade São Judas Tadeu (em São Paulo). Atuou em mais de 50 peças teatrais, em mais de 10 curtas-metragens, protagonizou o longa-metragem “Lasanha de Berinjela” (co-dirigido por Roberto Skora e Vinicius Piedade, filme ganhador de 26 prêmios em festivais no Brasil e no exterior, sendo 7 prêmios de melhor ator protagonista) e criou 7 videos para seu canal de youtube. Participa das filmagens do longa-metragem “Boca de Lobo”, dirigido por Vivian Altman e Rogério Nunes.
DAVID KULLOCK - Ator
Multiartista, David Kullock é cineasta, ator, cantor litúrgico e escritor. Dirigiu os filmes “Pedra de Ori” , “Último Chá” e “A Mudança”. Atuou em O Ano em que meus Pais Sairam de Férias, no Seriado Destinos SP – O Noivo do Filho, também na serie Psi, Amigo de Aluguel e Irmãos Freitas. Dirigiu, atuou e criou a ópera popular Pulomelu. Compôs e gravou canções para os CDs Cancioneiro da Imigração e Teatro do Descobrimento.
NORIVAL RIZZO - Ator
Formado pela EAD/USP- Escola de Artes Dramáticas/ Universidade de São Paulo-1978 Trabalhos em Teatro: Foi Bom Meu Bem?, Cala Boca Já Morreu, Besame Mucho, Muito Barulho Por Nada, Nossa Cidade, Oração para Um Pé de Chinelo, Sua Excelência um Candidato, Homem das Cavernas, Histeria, A noite de 16 de janeiro, A cabra ou quem é Silvia, Adultérios, 12 Homens e uma Sentença, Ator Mente, Diabinho e outras peças curtas, Bata Antes de Entrar, O Homem e Sua Próstata, Trabalhos em TV, X-Tudo, Revistinha, Ra-tim-bum. Novelas: Sangue Bom, Alto Astral, Fina Estampa, Haja Coração, Apocalipse, Cúmplices de um resgate, Gênesis. Séries: 9
MM São Paulo, 171 Negócios em Família, 3%, Sessão de Terapia, Rota 66. Cinema: Magal e os Formigas, Real, o Plano Por Trás da História, Meu Querido Embaixador, Fogo e Paixão, TPM, Eureka.
JOÃO PIMENTA - Figurinos
Considerado um dos grandes nomes da moda brasileira, iniciou carreira em 2003 no evento Casa de Criadores e desfila criações na São Paulo Fashion Week. Estilista da marca que leva seu nome e atual consultor criativo dos bacharelados em design de moda do centro universitário Senac. Entre tantos trabalhos no teatro, assina o figurino do espetáculo “Tal Vez”, da Cia de Ballet Dalal Achcar. João foi premiado com as montagens “Romeu e Julieta – ao som de Marisa Monte” e “Merlin e Arthur – Um Sonho de Liberdade”. “Sweeney Todd” e duas óperas no Theatro Municipal de São Paulo – “ Navalha na Carne” e “O Homem de Papel” . Figurino da comissão de frente da escola de samba “Vai Vai”. Prêmio Bibi Ferreira - Melhor Figurino em Peça de Teatro 2018/2019 – “Dogville”, Prêmio Bibi Ferreira - Melhor figurino em musicais 2021/2022 – “Sweeney Todd”, Prêmio Shell – Melhor Figurino –F.E.T.O 2023 “Amo criar figurino. Como eu gosto de linguagem, uso ela na moda e o figurino tem que ser comunicação pura. Ele estimula muito a contar histórias via roupas”, diz o estilista.
CESAR PIVETTI – Iluminação
Lighting Designer. Ao longo de 26 anos desenvolveu inúmeros projetos de iluminação não somente no Brasil mas em algumas partes do mundo. Trabalha e trabalhou com diretores como: Marcio Macena, Naum Alves de Souza, Bibi Ferreira, Marcelo Várzea, Renato Andrade, Dan Rosseto, Bia Szvat, Otávio Martins, Marisa Orth, Debora Dubois, Roberto Lage, Jorge Farjalla, Pablo Diego Garcia, Rodrigo Mercadante, Isser Korik entre outros. Indicado e vendedor de Prêmios como: Prêmio Shell na categoria melhor iluminação por “O mistério de Irma Vap”. Indicado e vencedor do prêmio Bibi Ferreira na categoria melhor iluminação por “O mistério de Irma Vap”. Prêmio Cenyms na categoria melhor iluminação por “O mistério de Irma Vap”. Prêmio Aplauso Brasil de teatro na categoria melhor iluminação por “Dolores”. Recentemente fez “Brilho Eterno”.
EVAS CARRETERO – Cenografia
Formado pela Fundação das Artes de São Caetano, participou da Cia da M.A.T.I.L.D.E.. Destaque para Romeu e Julieta direção de Erike Busoni. E destaque também, para os Dois Cavalheiros de Verona direção de Kleber Montanheiro. Turnê na Europa com o espetáculo “Servos de Pan” direção de Marilia Barreto. Longa Metragem “Pais e Filhos” direção de Vinicios Piedade e Roberto Skora. Já em 2017, Cursos no Studio Luis Louis em mímica corporal e teatro físico. E “Cenas de uma execução” com Clarice Abujanra. Responsável pelo Ateliê Casa da Vovó (voltado para a construção e criação de cenários e adereços cênicos)
MARCUS VERÍSSIMO – Direção Musical
Ator, Músico e Publicitário. Atuou em “Bodas de Sangue”, dir. Reginaldo Nascimento, “Mas não se matam cavalos” dir. Ariel Moshe, “Romeu e Julieta”, “Sete gatinhos” ambos dir. Miguel Hernandez, “A Nova Roupa do Rei” Dir. Juliano Barone, “A história do comunismo contada para doentes mentais” , dir. André Abujanra e Miguel Hernandez, Mulheres de Jorge Amado, dir. Jose Eduardo Amarante, Cabaret das Fábulas- Dir. e texto Fabio Spila. “Fuenteovejuna”, dir. Juliano Barone. Cursos no Grupo Ponte dos Ventos, Lume Teatro Campinas, corpo e arte contemporânea Unicamp, Máscaras pré expressivas e Comédia Dell Arte com Joca Andreazza.
MARGOT LOHN - Musicista
Bacharel em Canto e Arte Lírica pela ECA/USP e diretora musical e preparadora vocal na Cia. Paideia de Teatro. É cantora lírica e popular. Seu repertório inclui a música judaica, popular e litúrgica, e faz participações recorrentes como cantora em cerimônias judaicas. Foi integrante do Coro Juvenil da OSESP e preparadora vocal do Coral da Eca USP. Em 2018 foi indicada ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2º semestre na categoria Revelação, pela direção musical da peça Pedro e Quim.
LUCAS BISCARO - Músico
Formado em violino pela USP, sob orientação de Eliane Tokeshi e violino barroco. Professor no Projeto GURI; formado eutonista pelo Instituto Brasileiro de Eutonia e mestrando na USP, com pesquisa sobre eutonia aplicada ao violino. Foi integrante da Orquestra Sinfônica de Rio Claro, Orquestra Filarmônica de S. Caetano do Sul, Sinfônica Heliópolis e Orquestra de Câmara da Usp. Participou do Conjunto de Música Antiga da USP e da Oficina de Música Antiga da Escola Municipal de Música. Integra a Orquestra Barroca da EMESP.
LISI ANDRADE - Musicista (alternante)
Atriz e musicista. Participou dos espetáculos “Agropeça”, com o Teatro da Vertigem, sob direção de Antonio Araújo e direção musical de Dan Maia, “Desmascarados”, com a Bendita Trupe e direção de Johana Albuquerque; e “Consentimento”, direção de Camila Turim e Hugo Possolo e “Histórias Pretas – Contos e Lendas da África”, com direção de Thais Dias, “Rosa Choque”, com direção de Vanessa Bruno. Integrou o elenco do musical “O Livro de Tatiana”, texto e direção de Bruno Garcia - Prêmio Arte Qualidade Brasil 2016. No Núcleo Educatho e Núcleo Sem Querer de Tentativas Teatrais, sob direção de Juliano Barone, participou das peças de repertório, entre elas: “Fuente Ovejuna” - Indicado ao Prêmio Shell 2018 e ao Prêmio Coca Cola Femsa; “Conto de Inverno”; “O Impostor Geral”; entre outras.
Agradecimentos
Evaristo Martins de Azevedo, Johnny Saad, Caio Carvalho, Grupo Bandeirantes de Comunicação, Oficina de Atores Nilton Travesso, Leonardo Vaz, Pedro Casali, ANOREG, Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo, AFPESP, Sylvia Lohn, Vicente Freitas, Thais Boneville, Gisele Druzian, Lilian Nishi e Cláudio Marçal, Juliano Barone, Priscilla Dieminger e Núcleo Sem Querer.
O DEUSDESPINOZA
TEATRO ITÁLIA BANDEIRANTES
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