guia prรกtico para o bom uso das
redes sociais
Diocese de Campo Limpo 2015
Apresentação O Manual para Redes Sociais foi criado para orientar os fiéis da Diocese de Campo Limpo no uso das redes sociais. Este documento é dirigido aos sacerdotes, cristãos leigos, religiosos, agentes de pastoral e demais pessoas que utilizam as redes sociais diariamente. Procuramos apresentar algumas diretrizes sobre o uso adequado das redes sociais como, por exemplo, a maneira de como se deve postar, linguagem, principalmente, como apresentar o seu papel de evangelizador através dos meios sociais.
Objetivos Estimular melhores práticas e guiar os católicos no uso adequado das redes sociais, incluindo a geração de conteúdo evangelizador e usuário e atuação em casos de crise. A participação nas mídias sociais deve respeitar os princípios que norteiam a comunicação católica com todas as partes interessadas: dialogar e construir relacionamentos, com respeito e consideração.
Diocese de Campo Limpo - SP Setor Comunicação Elaboração: Luciano Antunes Batista Jornalista, Especialista em Mídias Sociais e Coordenador Diocesano da PasCom
Editoração: Carlos Henrique Teixeira Assessor Diocesano de Comunicação: Pe. Adilson Ulprist Revisão: Elizabeth Aida Petersen Batista
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Conceitos básicos O que são redes sociais? Redes Sociais são estruturas sociais virtuais compostas por pessoas e/ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns na internet. As redes sociais online podem operar em diferentes níveis, como, por exemplo, redes de relacionamentos (Facebook, Twitter, Instagram, Google+, MySpace, Badoo), redes profissionais (Linkedin), redes comunitárias (redes sociais em bairros ou cidades), redes políticas, dentre outras, e permitem analisar a forma como as organizações desenvolvem a sua atividade, como os indivíduos alcançam os seus objetivos ou medir o capital social – o valor que os indivíduos obtêm da rede social.
Bento XVI
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Em sua mensagem para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado em 2013, o Papa Emérito Bento XVI afirmou que “as redes sociais, quando bem e equilibradamente valorizadas, contribuem para favorecer formas de diálogo e debate que, se realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade, podem reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana”. Ele disse ainda que “a troca de informações pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os contatos podem amadurecer em amizade, as conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas participam devem esforçar-se por serem autênticas, porque nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas
em última instância a pessoa comunica-se a si mesma”. Um dos grandes desafios que as redes sociais enfrenta é o de ser abrangente. Ao atingir este nível - que somente será possível através da sua correta utilização - elas beneficiarão a plena participação dos fiéis que desejarem partilhar a Mensagem de Jesus e os valores da dignidade humana que a sua doutrina promove. O ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente virtual, mas faz parte da vida cotidiana de muitas pessoas, especialmente dos mais jovens. “Na Evangelização e na pastoral persistem linguagens pouco significativas para a cultura atual, especialmente para os jovens. Buscar novos meios de comunicação, especialmente as redes sociais para cativar os jovens, é uma tarefa que depende muito da presença da juventude nas comunidades” (MIRANDA, 2014, p.12)
Redes Sociais e Mídias Sociais: Qual é a diferença? Mídia social significa um amplo aspecto de tópicos, com diversas conotações. No contexto de marketing de internet, mídias sociais se referem a grupos com diversas propriedades, sempre formados e alimentados pelos usuários, como fóruns, blogs,sites de compartilhamento de vídeos e sites de relacionamentos. Otimização das Mídias Sociais (SMO) é o processo de distribuir melhor, entre várias redes e mídias sociais, o conteúdo criado pelo público. Mídia social é sobre ser social, e isso quer dizer “relacionar-se e se envolver com outros blogs, fóruns e comunidades de nicho”.
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O mundo na era das Redes Sociais Levantamento realizado pela ComScore, atualmente existem, no mundo, mais de 1,15 bilhões de internautas com conta no Facebook. A pesquisa mostra que 23% destes usuários checam sua conta mais de 5 vezes por dia. Os profissionais de marketing consideram a plataforma importante para suas estratégias de negócios porque o engajamento obtido pelo seu produto / marca atinge 75% dos usuários do Facebook em até 5 horas. Outro dado que chama muito a atenção é que 751 milhões de usuários acessam o Facebook através de plataformas mobile. Mais de 350 milhões de fotos são publicadas diariamente. No Twitter existem mais de 500 milhões de pessoas cadastradas. A porcentagem de Retweets que acontecem devido à inclusão do “por favor RT” chega a 28% das postagens diárias e 60% dos usuários da plataforma a utilizam por meio de dispositvos móveis. A ComScore mostrou ainda que são mais de 288 milhões de usuários ativos do Twitter por mês. Um número que merece ser visualizado com atenção é o de perfis falsos: 20 milhões. Diariamente são postados 400 milhões de “Tweets” por dia sendo que a média, por conta, é de 208 mensagens.
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Não menos importante, mas com grande representatividade nas redes sociais, é o Google+. Atualmente são 500 milhões de pessoas que mantém o perfil nesta plataforma sendo que 40% dos profissionais de marketing utilizam esta plataforma para a divulgação de produtos e busca de novidades no mercado.
O LinkedIn é uma rede social que foi criada com o objetivo de aproximar os profissionais do mercado de trabalho e ajudar as empresas a buscar profissionais capacitados para ocuparem cargos de diretoria e chefia. Entretanto, a plataforma ganhou um novo perfil a partir do momento que passou a interagir com outras realidades. Hoje ela conta com mais de 228 milhões de pessoas cadastradas em todo o mundo e um total de 3 milhões de empresas que mantém seu perfil em busca de profissionais e novos talentos. Por se tratar de uma rede de viés profissional, o LinkdIn conta em seu banco de dados com mais de 81% de seus usuários que possuem diploma de nível superior. Uma das mais importantes e utilizadas plataformas para o compartilhamento de imagens é, na atualidade, o Instagram. Com mais de 130 milhões de usuários, a rede coloca mais de 5 milhões de fotos diariamente e seu banco de dados já conta com 16 bilhões de fotos. Os números são impressionantes: a cada segundo, 8 mil usuários “curtem” uma foto publicada; 1 mil comentários são feitos por segundo e cada usuário posta, em média, 40 fotos.
E como lidar com estes números? Lidar com esse novo modelo vai além de qualquer tentativa de regulamentação: pela primeira vez na história, grupos organizados (sejam empresas ou governos) precisam efetivamente se engajar em um relacionamento personalizado – mas em escala – com milhões de cidadãos. Portanto, seja cuidadoso ao divulgar informações pessoais. A maioria das plataformas de redes sociais permite configurar as opções de privacidade. Então, invista um pouco de tempo para conhecer esses recursos e assegurar que somente as pessoas que você realmente conheça e que são de sua confiaça, tenham acesso às suas informações.
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Outra dica importante: não divulgue informações estratégicas. Conteúdos, comentários ou até mesmo dicas de lugares onde você ou alguém da sua família estará, poderá se tornar uma maneira fácil de que pessoas mal intencionadas cometam crimes contra você. Cuidado para não prejudicar outras pessoas. As redes sociais se tornaram um dos lugares mais democráticos do mundo onde todos podem falar o que quiserem e postar aquilo que achem mais conveniente. Mas, por trás de cada postagem, pode estar escondido um grande problema que trará consequências irreparáveis.
Quando o boato se torna verdade
Reprodução Facebook
Um caso que pode ser citado e serve de exemplo sobre o uso inadequado das redes sociais aconteceu em abril de 2014. A dona de casa Fabiane Maria de Jesus, 33 anos, mãe de duas crianças foi espancada na rua, em plena luz do dia, após moradores do bairro Morrinhos, no Guarujá, litoral de São Paulo, acreditarem ser ela a mulher que a página do Facebook do jornal “Guarujá Alerta” postou uma denúncia sobre uma sequestradora de crianças na comunidade para rituais de magia negra.
Reprodução Facebook
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Reprodução Revista Veja
Na mensagem para o 1º Dia Mundial das Comunicações, celebrada em 1967, o Papa Paulo VI dizia: “Quem pode ignorar os perigos e os prejuízos que estes no-bres instrumentos podem causar a cada pessoa e à sociedade, quando não são empregados pelo homem com sentido de responsabilidade, com reta intenção e de conformidade com a ordem moral objetiva?” Essa mensagem escrita há quase meio século continua tão recente que merece ser lembrada por todos os católicos que fazem uso das redes sociais. Quando falamos em redes sociais é importante compreender que estamos lidando com pessoas. Na grande maioria das vezes, essas pessoas têm pouco tempo, mas fazem deste exíguo período, a sua única maneira de se informarem sobre o que está acontecendo na sociedade em que vivem. Por este motivo elas compreendem que as suas redes de relacionamento virtual e os veículos de comunicação online estão mais atualizados que ela pró-pria e tomam para si, a opinião que já “viralizou” na internet. Em outras palavras: checar a informação para conferir se realmente é correta e tem fundamento, tor-nou-se perda de tempo e o que foi publicado é tomado como uma “verdade abso-luta”. O Decreto do Concílio Vaticano II Sobre os Meios de Comunicação Social - Inter Mirifica - publicado em 1966, diz que “a Igreja Católica, fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo para levar a salvação a todos os homens, e por isso mesmo obrigada a evangelizar, considera seu dever pregar a mensagem de salvação, servindo-se dos meios de comunicação social e ensina aos homens a usar reta-mente estes meios”. Com o advento das redes sociais, o Vaticano teve de se adaptar a este no-vo meio de comunicação e evangelização. A chegada do Papa Francisco fortale-ceu ainda mais esta interação entre a Santa Sé e os fiéis de todo o
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mundo. Segundo dados do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais do Vaticano, o número de seguidores das contas oficiais do Papa - que são mantidas em nove idiomas - ultrapassou as 14 milhões de pessoas.
Linguagem Verbal e Visual Ao publicar qualquer conteúdo nas redes sociais é necessário levar em consideração o fato de que uma grande quantidade de pessoas irá ver a postagem. A grande maioria tem pouco tempo e não irá medir esforços para passá-la adiante. Lembre-se sempre que os botões “curtir”, “compartilhar”, “retweetar” são automaticamente acionados sem o menor critério de responsabilidade e por isso, uma informação mal apurada e com conteúdo duvidoso, pode-se tornar um viral com consequências desastrosas, tanto para quem emite a informação quanto - e principalmente - para quem é alvo deste post.
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Por este motivo, aconselha-se a publicação de conteúdos simples, fáceis, diretos e com a menor extensão possível. Porém a simplicidade não significa publicar informações pela metade ou ainda, usar de uma linguagem muito íntima com os seus interlocutores. Evite também abreviações do tipo “vc” (você), “kd” (cadê), “LOL” (do inglês: Laughing Out Loud - morrendo de dar risada), “sdds” (saudades), “SQN” (só que não), “S2” (desenho virtural que representa um coração expressando amor, carinho, paixão). As redes sociais são rápidas, mas nada supera a beleza e a grandeza da nossa língua portuguesa. Escrever corretamente mostra que valorizamos e apreciamos a nossa língua mãe. Um estudo detalhado sobre os documentos da Igreja mostra que todo o católico tem condições de utilizar as redes sociais de forma adequada. Em 8 de setembro de 1957 o Papa Pio XII promulgou a Encíclica Miranda Prorsus, dedicada ao cinema, ao rádio e à televisão, com o objetivo de “seguir e proteger os seus filhos ao caminho maravilhoso do progresso das técnicas de difusão”. Este é um documento com quase 60 anos, mas aborda o tema com uma atualidade que muitos poderiam dizer que foi escrito há pouco tempo, como neste exemplo: “Há ainda outra razão que leva a Igreja a interessar-se pelos meios de difusão: é que Ela, superior a todos os demais, tem o encargo de transmitir aos homens uma mensagem universal de salvação: ‘anunciar aos povos as investigáveis riquezas de Cristo, e mostrar a todos qual é a economia do mistério escondido desde o começo em Deus, que tudo criou’; mensagem esta de incomparável riqueza e força, que deve ser recebida na alma de todos os homens, sejam quais forem a nação ou tempo a que pertençam”. Este é apenas um dos grandes documentos elaborados pela Santa Sé que falam sobre a importância do católico em vigiar, não só a si mesmo, mas também
Pio XII
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sobre tudo o que é falado sobre a Igreja. Outro exemplo é o de São João Paulo II que, em 24 de maio de 1998, portanto há 17 anos, em sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações afirmou que “os comunicadores cristãos transmitem uma esperança crível, quando são os primeiros a vivê-la pessoalmente, o que só se verifica se forem homens e mulheres de oração. Reforçada pelo Espírito Santo, a oração permitir-nos-á estar sempre prontos a dar a razão da esperança a todo aquele que interpelar (cf. 1 Pd 3, 15). Deste modo, o comunicador cristão aprende a apresentar a mensagem de esperança aos homens e às mulheres do nosso tempo com a força da verdade”.
São João Paulo II
Quando falamos em redes sociais devemos nos lembrar de que estamos falando de relacionamento interpessoal. Este relacionamento é baseado em afinidades, interesses e necessidades. O Cardeal John Patrick Foley, ex-presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais escreveu o documento “Ética nas Comunicações”, publicado em 4 de junho de 2000 onde explica a necessidade de os cristãos estarem conscientes sobre a sua capacidade de dialogar em qualquer meio de comunicação. “A Igreja tem o papel fundamental de encorajar os homens e as mulheres a estarem conscientes da própria dignidade, a entrarem nos pensamentos e nos sentimentos dos outros, a cultivarem um sentido de responsabilidade recíproca e a crescerem na liberdade pessoal, no respeito pela liberdade do próximo e na capacidade de dialogar”. O Cardeal faz ainda uma reflexão sobre dois outros importantes documentos: “Gaudium et Spes” e “Communio et Progressio”. Foley explica que os “meios de comunicação podem também ser usados para obstruir a comunidade e prejudicar o bem integral das pessoas: alienando os indivíduos ou marginalizando-os e isolando-os; atraindo-os para comunidades perversas, organizadas à volta de valores falsos e destruidores; fomen-
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tando a hostilidade e o conflito, exorcizando os outros e criando uma mentalidade de ‘nós’ contra ‘eles’; apresentando o que é vil e degradante numa luz fascinante, e ao mesmo tempo ignorando ou menosprezando aquilo que exalta e enobrece; difundindo informações erróneas e desinformação; promovendo a trivialidade e a banalização. Os estereótipos — presentes em fatores de raça e de etnia, de sexo e de idade, bem como em outros ainda, inclusive de religião — são tristemente comuns nos mass media. Além disso, a comunicação social subestima com frequência o que é genuinamente novo e importante, também a boa nova do Evangelho, e concentra-se na moda e nos caprichos”.
Cardeal John Foley
Você no meio deste universo Padre Antonio Spadaro, diretor da revista “La Civiltà Cattolica” e professor na Pontifícia Universidade Gregoriana, além de consultor do Pontifício Conselho de Cultura e do Pontifício Conselho para a Comunicação Social, explica em seu livro “Web 2.0 - Redes Sociais” que <<o ser humano precisa se esforçar para que a “rede” não se transforme num local de compartilhamento de palavras e imagens que degradem o ser humano e de mensagens que “alimentem o ódio e a intolerância, ou que explorem os fracos e indefesos>>. O sacerdote jesuíta também explica o conceito de “amizade” que se faz através das redes sociais. Segundo ele, “o desenvolvimento da web 2.0 nos faz entender como as relações entre as pessoas se encontram no centro do sistema e da troca de conteúdos, que cada vez mais aparecem fortemente ligados a quem os produz ou assinala”. Isso significa que a quantidade e o tipo de mensagem compartilhada por determinada pessoa, traça qual é o seu perfil, seus gostos individuais e, mesmo que o usuário da rede social não perceba, acaba vulnerabili-
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-zando suas informações que são facilmente detectadas por “rackers” e bandidos que as utilizam de forma criminosa.
Gráfico 1
Para entendermos um pouco mais sobre o quanto estamos vulneráveis, utilizamos uma pesquisa realizada pela ComScore, uma empresa especializada em medições e análises digitais sobre o comportamento do consumidor na web, mostra dados interessantes sobre o perfil dos latino-americanos e, principalmente dos brasileiros nas redes sociais. O gráfico 01 mostra a quantidade de horas que os usuários das redes soci-ais passam conectados. Os latinos americanos lideram com uma média diária de 8,13 horas, seguido dos europeus com 7,41 horas. Segundo levantamento realizado pelas Organização das Nações Unidas (ONU), a América Latina possui hoje 569 milhões de habitantes dos quais, 425 milhões são católicos. O fluxo de notícias e postagens relacionadas à Igreja não chega a 20%. Já o gráfico 02 nos mostra que as mulheres são as que passam mais tempo conectadas e são as responsáveis pela maior quantidade de compartilhamento de informações.
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Os dados remetem a outro valor mostrando que o brasileiro é, dentre todos os demais, o que passa mais tempo conectado. Cada um gasta cerca de 18.5 minutos conectados em uma rede
social. E quanto deste tempo é dedicado à Evangelização? O Decreto do Concílio Vaticano II sobre os Meios de Comunicação Social “Inter Mirifica”, editado em 1966 diz que “É necessário, sobretudo, que todos os interessados na utilização destes meios de comunicação formem rectamente a consciência acerca de tal uso, em especial no que se refere a algumas questões acremente debatidas nos nossos dias. A primeira questão refere-se à chamada informação, ou obtenção e divulgação das notícias. É evidente que tal informação, em virtude do progresso atual da sociedade humana e dos vínculos mais estreitos entre os seus membros, resulta muito útil e, na maioria das vezes, necessária, pois a comunicação pública e oportuna de notícias sobre acontecimentos e coisas facilita aos homens um conhecimento mais amplo e contínuo dos fatos, de tal modo que pode contribuir eficazmente para o bem comum e mai-or progresso de toda a sociedade humana”. Se fizermos uma análise sobre as nossas publicações, será que realmente estamos usando corretamente as redes sociais É fato que o avanço da tecnologia, somado à grande facilidade que as pessoas tem em adquirir um aparelho, seja móvel ou não, que possibilite o aceso às redes sociais, têm provocado uma “avalanche” de compartilhamento de opiniões, dados e ideias nos mais variados campos. Segundo Dominique Mehl houve, com este resultado, a chamada “ideia social” provocada pela exposição exagerada do indíviduo nas redes sociais. A Igreja, de fato, é chamada a usar os meios de comunicação não somente para difundir o Evangelho, mas também para integrar a mensagem salfívica na “nova cultura” que os poderosos instrumentos da comunicação criam e amplifi-cam (cf. CNBB, Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, 124, p.83). O católico tem um papel fundamental no projeto de Evangelização e hoje existem inúmeras ferramentas que são capazes de facilitar este processo e garantir que a Palavra de Deus seja amplamente difundida.
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Mas como posso fazer diferente? Quando falamos teológicamente sobre salvação fazemos uma ligação direta com o perdão e a associação da salvação com o perdão nos leva à vida eterna. Padre Antonio Spadaro explica, no entanto, que “a salvação digital, o ‘salvamento’ é exatamente o oposto do cancelamento”. Isso quer dizer que, quando publicamos algo na internet, seja em sites, blogs ou redes sociais, esta publicação jamais será apagada. Você pode deletar a publicação, mas ela deixa rastros que podem ser acessados a qualquer tempo, mesmo daqui 30, 40, 50 anos.
Pe. Antonio Spadaro
Spadaro cita um exemplo: “se uma pessoa teve uma vida dissoluta e dedicada ao espetáculo pornográfico e decidesse mudar radicalmente de vida, ela sabe que as suas imagens estarão sempre ali para lembrar potencialmente a todos o que ela era e que, portanto, sempre é e continuará sendo no mundo virtual”. O sacerdote explica que a “salvação digital” (isto é, o “salvamento”) desta pessoa coincide paradoxalmente com a impossibilidade de seu “perdão”. Segundo Evaristo Eduardo de Miranda, “a Igreja incentiva as pessoas e as comunidades a exercerem o seu protagonismo no contexto social em que vivem, mas não consegue mobilizá-las em seu protagonismo de evangelizadores”. O quadro a seguir é uma pequena síntese - porém extremamente prática - sobre o que devemos levar em consideração no momento em que queremos postar algo. Criado pela equipe de monitoramento das redes sociais do portal IG, este fluxograma apresenta uma linha de raciocínio que pode ajudar você naquele momento crucial
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onde a dúvida sobre postar, comentar ou curtir algo, lhe trará algum tipo de benefício. É importante lembrar que “uma vez colocado na internet, jamais sairá. Por isso, lembre-se sempre deste quadro para que, no futuro, você não seja surpreendido por uma publicação que você mesmo postou, se arrependeu, apagou e acreditou que jamais alguém iria resgatá-la. Deixar de observar este pequeno gráfico pode levar a um dos mais graves riscos que os usuários das redes sociais podem correr: a perda do controle da própria privacidade. Embora as plataformas de compartilhamento possam dar a impressão de serem locais seguros e confiáveis, você se torna facilmente um alvo em potencial. Seus dados pessoais ficam expostos e as chances de serem roubados é muito grande. Preste atenção no seguinte detalhe: você está navegando pela sua linha do tempo do Facebook e de repente, aparece aquela propaganda sobre um hotel super bacana em Salvador, ou ainda, uma promoção imperdível de uma determinada loja que vende televisores e a propaganda é justamente daquele produto que você estava procurando. Teria o Facebook lido os meus pensamentos? Como ele sabia que eu estava planejando uma viagem para Salvador ou que eu procuro televisor de 45 polegadas de última geração? Não, não é advinhação e nem sorte: é monitoramento! O Google é hoje uma das ferramentas mais utilizadas
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em todo o mundo. Suas ferramentas facilitam muito a nossa vida, seja para uma simples busca, seja para mandar e-mail ou aumentar a visualização em sites. Entretanto, as ferramentas que são utilizadas pelo Google são capazes de traçar um perfil de cada usuário com seus gostos, interesses e necessidades. Sendo assim, se você tem uma conta no Gmail e mandou uma mensagem para um amigo que mora em Salvador mencionando a “intenção” de viajar nas férias para a capital baiana, então se prepare porque você será bombardeado por promoções de hotel, passagens aéreas e outras oportunidades que nem imagina de onde vem. É por isso que devemos sempre observar com muita cautela o que postamos nas redes sociais, principalmente no Facebook. Esta rede social utiliza a propriedade de acesso de controle conhecida como SSO (Single Sign On). É um protocolo que permite acessar a sua conta na rede social mesmo em aplicativos e sites de terceiros. É este rastreio que permite ao Facebook saber dezenas de detalhes sobre todos os seus 1,3 bilhão de usuários, indo desde a cor do cabelo aos hobbies, da marca de roupa preferida até os detalhes da escola que cursou. Um exemplo: se você posta uma foto praticando um esporte radical, fatalmente passará a receber propagandas de produtos ligados a este determinado esporte, além de sugestões de amizade que também o praticam. O Google utiliza esta mesma ferramenta (SSO). Além disso, todos que possuem o sistema operacional Android estão conectados ao Google Ad ID que é uma identificação utilizada pelos produtos AdSense, AdMob e DoubleClick, sem contar com as informações coletadas no Youtube, Gmail, Voice e buscas.
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De posse destas informações, fica mais fácil saber agora, o que nós, enquanto católicos, podemos fazer para melhorar a nossa participação nas redes sociais.
Faça das Redes Sociais suas amigas Não há mais como negar que as redes sociais chegaram e conquistaram um lugar de destaque no mercado, seja para a simples troca de experiência, seja para reencontrar amigos e colegas de escola até marcar eventos de grande mobilização. Estas “comunidades” aproximam pessoas, despertam interesse, criam elos de amizade e podem, em certos casos, tornar-se ponto de partida na criação de projetos e do nascimento de empresas de sucesso. Porém, como já vimos anteriormente, é necessário que, para alcançar o êxito, o usuário saiba usá-las com coerência, clareza e, acima de tudo, sinceridade. Caso contrário, sua vida pode virar um verdadeiro terror. Segundo pesquisa realizada pela consultoria Great Place to Work (GPTW), de cada 10 empresas, oito utilizam as ferramentas sociais para contratar seus funcionários. Para conseguir ser “fisgado” por estas empresas, o ideal é tomar cuidado com os “posts”, álbum de fotos e as páginas que curte. Outra dica importante é ter uma atenção especial à Língua Portuguesa. Escrever errado é um tiro no pé! Recomenda-se também montar seu perfil com interesses na sua área de atuação compartilhando as informações e posts ligados à sua profissão. Não use as redes sociais de forma empolgada! Você pode ser muito prejudicado com isso. Não são poucos os casos de pessoas que foram demitidas por justa causa por pedirem afastamento do trabalho alegando problemas de saúde e foram flagradas em festas, viagens e até rodeios ao publicarem as fotos nas redes sociais.
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O Papa Francisco afirmou que a Igreja deve assumir seu papel no mundo da comunicação, por meio do diálogo. “Os homens e as mulheres de hoje, para compreender as suas expectativas, as suas dúvidas e esperanças e na atual era da globalização, assistem ao aumento da desorientação e da dificuldade para trabalhar as relações mais profundas”. Na mensagem do Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013, o Papa Emérito Bento XVI dedicou o texto às redes sociais, sintetizando a participação do fiel católico e como deve ser a sua ação protagônica no mundo virtual. Diz o Papa: “A autenticidade dos fiéis, nas redes sociais, é posta em evidência pela partilha da fonte profunda da sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo. Tal partilha consiste não apenas na expressão de fé explícita, mas também no testemunho, isto é, no modo como se comunicam escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele. Um modo particularmente significativo de dar testemunho é a vontade de se doar a si mesmo aos outros através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana. A aparição nas redes sociais do diálogo acerca da fé e do acreditar confirma a importância e a relevância da religião no debate público e social”. Segue Bento XVI: “Para aqueles que acolheram de coração aberto o dom da fé, a resposta mais radical às questões do homem sobre o amor, a verdade e o sentido da vida – questões estas que não estão de modo algum ausentes das redes sociais – encontram-se na pessoa de Jesus Cristo. É natural que a pessoa que possui a fé deseje, com respeito e tato, partilhá-la com aqueles que encontra no ambiente digital. Entretanto, se a nossa partilha do Evangelho é capaz de dar bons frutos, fá-lo em
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última análise pela força que a própria Palavra de Deus tem de tocar os corações, e não tanto por qualquer esforço nosso. A confiança no poder da ação de Deus deve ser sempre superior a toda e qualquer segurança que possamos colocar na utilização dos recursos humanos. Mesmo no ambiente digital, onde é fácil que se ergam vozes de tons demasiado acesos e conflituosos e onde, por vezes, há o risco de que o sensacionalismo prevaleça, somos chamados a um cuidadoso discernimento. A propósito, recordemo-nos de que Elias reconheceu a voz de Deus não no vento impetuoso e forte, nem no tremor de terra ou no fogo, mas no murmúrio de uma brisa suave. Devemos confiar no fato de que os anseios fundamentais que a pessoa humana tem de amar e ser amada, de encontrar um significado e verdade que o próprio Deus colocou no coração do ser humano, permanecem também nos homens e mulheres do nosso tempo abertos, sempre e em todo o caso, para aquilo que o Beato Cardeal Newman chamava a luz gentil da fé”. As redes sociais, para além de um falar de desenvolvimento humano, podem e devem ser um excelente instrumento de evangelização. Por exemplo, em alguns contextos geográficos e culturais onde os cristãos se sentem isolados, as redes sociais podem reforçar o sentido da sua unidade efectiva com a comunidade universal dos fiéis. As redes facilitam a partilha dos recursos espirituais e litúrgicos, tornando as pessoas capazes de rezar com um revigorado sentido de proximidade àqueles que professam a sua fé. O envolvimento autêntico e interativo com as questões e as dúvidas daqueles que estão longe da fé, deve-nos
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fazer sentir a necessidade de alimentar, através da oração e da reflexão, a nossa fé na presença de Deus e também a nossa caridade operante: «Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine. No ambiente digital, existem redes sociais que oferecem ao homem atual oportunidades de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Mas estas redes podem também abrir as portas a outras dimensões da fé. Na realidade, muitas pessoas estão a descobrir – graças precisamente a um contacto inicial feito on line – a importância do encontro direto, de experiências de comunidade ou mesmo de peregrinação, que são elementos sempre importantes no caminho da fé. Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente digital, podemos convidar as pessoas a viverem encontros de oração ou celebrações litúrgicas em lugares concretos como igrejas ou capelas. Não deveria haver falta de coerência ou unidade entre a expressão da nossa fé e o nosso testemunho do Evangelho na realidade onde somos chamados a viver, seja ela física ou digital. Sempre e de qualquer modo que nos encontremos com os outros, somos chamados a dar a conhecer o amor de Deus até aos confins da terra.
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Pistas de ação evangelizadora nas Redes Sociais Como cristãos temos de observar alguns pontos importantes para que o nosso trabalho de evangelização através das redes sociais alcance uma grande quantidade de pessoas. 1. Frases ou imagens sem sentido e que não agregarão valor nenhum a você ou a seus amigos, não compartilhe ou comente; 2. Procure sempre que possível, inserir citações bíblicas quando postar imagens. Lembre-se do poder que a Palavra de Deus possui; 3. Quando comentar ou compartilhar algo referente ao catolicismo ou a fé cristã, escreva a sua experiência pessoal. Conte como foi importante aquele momento em que você alcançou uma graça. Testemunhos são sempre muito bem vindos; 4. Ao compartilhar um texto publicado por terceiros, tenha a certeza de que você concorda com ele e que não há nada que comprometa você, seus amigos e, principalmente, a fé cristã; 5. Seja autêntico. As pessoas têm uma percepção muito clara de quem está sendo verdadeiro e quem apenas escreve com a intenção de conquistar amigos, ser “legal” e mentir. “Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor; mas os que praticam a verdade são o seu deleite” (Prov.12,22); 6. Seja coerente com a Palavra de Deus. Tenha plena certeza do que escreve e confira a citação antes de publicar; 7. Não tenha vergonha de professar a sua fé;
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8. Dedique um tempo para evangelizar nas redes sociais. Como já vimos, o brasileiro é o povo que mais fica conectado durante o dia. Invista alguns minutos para levar a seus amigos a Palavra de Deus; 9. Utilize o seguinte critério: Isso edifica meu próximo de verdade? Isso faz com que meu próximo conheça Jesus? Isso está de acordo com a Bíblia? Esse conteúdo não induz ao erro? 10. Não desanime. Mesmo que o seu post não tenha tantas curtidas, lembre-se que “se sou fiel no pouco, Ele me confiará mais”.
Sugestões para seguir e curtir Diocese de Campo Limpo www.facebook.com/diocesedecampolimpo Padre Manoel Corrêa Viana Neto www.facebook.com/manoel.viananeto Padre Cesar Silva Rossi www.facebook.com/cesar.silvarossi Padre Adilson Ulprist www.facebook.com/aulprist Padre Alberto Gambarini www.facebook.com/PadreAlbertoGambarini Rádio Vaticano – Programa Brasileiro www.facebook.com/radiovaticanobrasil Santuário Santa Terezinha www.facebook.com/ss.terezinha.taboao Setor Juventude Dioc. Campo Limpo www.facebook.com/SetorJuventudeDioceseDeCampoLimpo Paróquia Nossa Senhora das Graças www.facebook.com/j.gracas
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Nomenclaturas e Siglas Avatar - Imagem que identifica o perfil de um usuário nas mídias sociais. Pode ser utilizado qualquer tipo de imagem, como: desenhos e fotos. Blogger - Serviço Google, que oferece ferramentas para edição e gerenciamento de blogs, semelhantemente ao WordPress. O Blogger permite a hospedagem de um número ilimitado de blogs nos servidores do Google, que adotam o endereço .blogspot.com. Blogs - Um blog é uma página da Web, cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos de tamanho variável, chamados artigos, ou “posts”. Estes são organizadas cronologicamente de forma inversa (como um diário), costumam abordar uma temática, e podem ser escritos por um número variável de pessoas. A ferramenta também pode ser desenvolvida para melhorar a comunicação dentro de uma empresa, entre pessoas, departamentos ou equipes. Busca Orgânica - São os links ordenados por relevância em uma página de resultados, excluídos os links patrocinados. Buzz Marketing - O termo Buzz Marketing está associado a uma estratégia de marketing que visa estimular um indivíduo a repassar a outros, de seu âmbito social, determinadas informações sobre um produto, serviço, etc. Como os vírus reais, tais estratégias aproveitam a velocidade da Internet para multiplicar a mensagem e leva-la a milhares e até milhões de pessoas, podendo ser difundido por meio físico ou digital. Cibercultura - É a cultura que surgiu, ou surge, a partir do uso da rede de computadores através da comunicação através de computadores, a indústria do entretenimento e o comércio eletrônico. É também o estudo de vários fenômenos sociais associados à internet e outras novas formas de comunicação em rede, como as comunidades on-line, jogos de multiusuários, jogos sociais, mídias sociais, realidade aumentada, mensagens de texto e inclui questões relacionadas à identidade, privacidade e formação de rede. Compartilhar - Possuir um tomar uma posição em relação a; fazer parte de: compartilhava das aflições alheias. Usar em rede uma mesma informação com arquivos dados e imagens com outro computador e/ou usuário. ComScore - Empresa de tecnologia de internet que fornece análises para o mundo digital Curtir - O botão de "curtir" é um recurso onde os usuários podem gostar de certos conteúdos, tais como atualizações de status, comentários, fotos, links compartilhados por amigos, e propagandas. É também uma característica da plataforma do Facebook, que permite aos sites participantes a exibirem um botão que permitem o
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compartilhamento de conteúdo do site com os amigos.66 O recurso é criticado por especialistas que dizem que as curtidas podem ser falsificadas. E-mail marketing - São peças publicitárias no formato HTML disparadas para usuários previamente cadastrados e que autorizaram o recebimento (optin) de empresa ou marca. Por meio de ferramentas de disparo pode-se medir a quantidade de e-mails enviados, abertos, clicados e ainda registram as optout, erros permanentes e temporários. Facebook - Rede social lançada em 2004. Fundada por Mark Zuckerberg, atualmente, possui mais de 500 milhões de usuários e com um valor estimado em US$ 56 bilhões. Feed - O termo Feed vem do verbo em inglês “alimentar”. Na Internet, este sistema também é conhecido como “RSS Feeds” (RDF Site Summary ou Really Simple Syndication). Na prática, feeds são usados para que um usuário de internet possa acompanhar os novos artigos e demais conteúdo de um site ou blog sem que precise visitar o site. Sempre que um novo conteúdo for publicado, o “assinante” do feed poderá ler imediatamente sem precisar ir até a página. Flickr - Rede social voltada para hospedagem e compartilhamento de imagens. Oferece como ferramentas a criação de um perfil, de álbuns e adicionar amigos. Foi lançado em 2004 e recebe cerca de 3 mil fotos por minuto e em 2010 alcançou a marca de 5 bilhões de fotos publicadas. Formspring - Rede social baseada em perguntas e respostas. Tem sido utilizado também por empresas como FAQ, facilitando o atendimento ao cliente. Pode ser conectado com outras redes sociais, para que as perguntas respondidas sejam postadas automaticamente em redes como Twitter e Facebook. Foi criado em 2009. Google Trends - Ferramenta Google que apresenta os termos mais populares no momento. Nela é possível visualizar gráficos com a frequência em que um termo particular é procurado em várias regiões do mundo, e em vários idiomas. Google+ - Rede social lançada em 2011.Foi criada com o objetivo de agregar serviços sociais do Google, como Google Profiles, Google Buzz ePicasa Web. Também possui algumas características novas do mundo social como: círculos (grupos de amigos), sparks (sugestões de conteúdo) e hangouts (chat por vídeo). Hootsuite - Plataforma para mídias sociais. Publica para sites como o Facebook, Twitter, LinkedIn, Foursquare, MySpace e WordPress, além de gerar gráficos de interação sobre cada post. Instagram - Aplicativo gratuito de compartilhamento de fotos Klout - Ferramenta para análise de mídias sociais. Mede a influên-
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cia de um usuário através de sua rede social, através de dados coletados a partir de sites como Twitter e Facebook. Link Building - É o processo de estruturamento do total de links externos para um site LinkedIn - Rede social voltada para a vida profissional. Possui mais de 85 milhões de membros e está presente em mais 200 países. Se trata da maior rede social focada em negócios e trabalhos. Links patrocinados - Forma de publicidade através de resultados de uma busca. Costuma ter relação com a palavra-chave utilizada na procura. Livestream - Plataforma de streaming de vídeo que permite a seus usuários assistir e transmitir vídeos utilizando uma câmera e um computador através da internet. É responsável pelo serviço Twitcam que, vinculado ao Twitter, permite que usuários do microblog transmitam vídeos diretamente de sua conta, sem necessidade de cadastro no Livestream. Monitoramento - Serviço de pesquisa, seleção e relatórios sobre notícias e posts veiculados sobre a empresa/ marca nas redes sociais. MySpace - Rede social lançada em 2003. Possui um sistema interno de e-mails e fóruns. Atualmente é focada em perfis relacionados à música, como de cantores e bandas independentes Newsletters - Informativos com dicas, notícias ou artigos, que são enviados a e-mails previamente cadastrados (leia também e-mail marketing) Pagerank - PageRank™ é uma família de algoritmos de análise de rede que dá pesos numéricos a cada elemento de uma coleção de documentos hiperligados, como as páginas da Internet, com o propósito de medir a sua importância nesse grupo por meio de um motor de busca. O algoritmo pode ser aplicado a qualquer coleção de objetos com ligações recíprocas e referências. O peso numérico dado a cada elemento é chamado PageRank notado como PR(E). Pay With A Tweet - Sistema de marketing de mídia social que permite que criadores de conteúdo concedam acesso ao seu trabalho (e-books, músicas, etc.) em troca de um tweet ou um post no mural do Facebook. Podcast - Áudio digital (MP3 ou AAC) divulgado através de podcasting na internet e atualizado via RSS. Possui diversos formatos como programas de rádio, informativos, listas de música, etc Redes Sociais - Sob a perspectiva do conceito que engloba a mídia social, as redes sociais são um de seus elementos, os chamados sites de relacionamentos, como o Facebook. Já de um ponto de vista mais amplo, as redes sociais são uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns.
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Retweetar - Retuitar ou Retweetar é copiar a mensagem da pessoa e postar em seu Twitter ou clicar e Retweetar afirmando o que foi dito e disponibilizando em sua página pessoal ROI - "Return on Investment" (retorno sobre investimento) é a relação entre o dinheiro ganho ou perdido através de um investimento, e o montante de dinheiro investido Seeding - Ato de espalhar um determinado assunto nas redes sociais. Estratégia para "semear" informações na web, distribuindo-as nas mídias sociais, redes de relacionamento e blogs SEO - Conjunto de técnicas aplicadas na construção de páginas web de modo a garantir que estas sejam facilmente processadas por motores de busca. Tag - Termo classificatório para um determinado assunto. Com as tags a busca se torna mais rápida já que se é direcionado rapidamente a assuntos que se relacionam a ela Tumblr - Plataforma blogging que permite aos usuários publicarem textos, imagens, vídeo, links, citações e áudio. Se trata de uma rede social que está em um nível intermediário entre o Blog e o Twitter. Usuários podem "seguir" outros usuários e ver seus posts em seu painel. Também podem "gostar" ou "reblogar" semelhante ao RT do Twitter outros blogs TwitPic - Ferramenta online que permite aos usuários a postagem de fotos e vídeos no Twitter. Twitter - O Twitter é um microblogging que permite aos seus usuários enviar e receber atualizações de outros utilizadores. Essas atualizações (twetts) possuem o limite de 140 caracteres. O Twitter foi criado em março de 2006 por Jack Dorsey e hoje possui mais de 145 milhões de usuários em todo o mundo. Web 2.0 - Termo popularizado a partir de 2004 pela empresa americana O'Reilly Media para designar uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo como conceito a "Web como plataforma", envolvendo wikis, aplicativos baseados em redes sociais, blogs e Tecnologia da Informação. Wordpress - WordPress é um aplicativo de sistema de gerenciamento de conteúdo (cms) para web, escrito em PHP e executado em MySQL, especialmente para a criação de blogs. YouTube - Site de compartilhamento de vídeos em formato digital. Criado em 2005, logo foi adquirido pelo Google. Recebe 35 horas de vídeo por minuto e ultrapassou a marca de dois bilhões de visualizações por dia.
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Considerações finais A Igreja Católica permanece viva pela ação constante do Espírito Santo sobre os fiéis que são os responsáveis por testemunharem o amor de Jesus por cada um de nós. Todos têm dentro do coração gravada a mensagem de São Paulo Apóstolo: “Contudo, quando prego o Evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o Evangelho” (1 Cor. 9,16). Com a chegada da Internet e mais tarde as redes sociais, nos foi concedida a possibilidade de ir “além fronteiras” com o nosso testemunho da fé cristã, levando a todos os povos, o nosso amor a Cristo e as maravilhas que realiza em nossas vidas. “Antes de tudo, devemos estar cientes de que a verdade que procuramos partilhar não extrai o seu valor da sua popularidade» ou da quantidade de atenção que lhe é dada” (cf. Bento XVI, Mensagem para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais: verdade, anúncio e autenticidade de vida na era digital, 2011). Os leigos têm seu papel fundamental neste processo, porém o clero também precisa compartilhar desta verdadeira experiência de fé e testemunho. “aos presbíteros é pedida a capacidade de estarem presentes no mundo digital em constante fidelidade à mensagem evangélica, para desempenharem o próprio papel de animadores de comunidades”(cf. Bento XVI, Mensagem para o 44º Dia Mundial das Comunicações Sociais: O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos meios ao serviço da Palavra, 2010). Que as redes sociais sejam utilizadas à luz do Evangelho para difundir a Palavra de Deus e promover a paz no mundo.
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Referências Bibliográficas DUARTE, Fábio e Frei, Klaus. Redes Urbanas. In: Duarte, Fábio; Quandt, Carlos; Souza, Queila. (2008). O Tempo Das Redes, p. 156. Editora Perspectiva S/A. FOLEY, John Patrick. Ética nas Comunicações Sociais. Libreria Editrice Vaticana, Vaticano, 2000. Disponível em: http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/pccs/documents/rc_pc_pccs_doc_20000530_ethics-communications_po.html. Acesso em: 09 mar 2015 FRANCISCO, Discurso do Santo Padre Francisco aos participantes na Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Libreria Editrice Vaticana, Vaticano, 2013. Disponível em: http://w2.vatican.va/ content/francesco/pt/speeches/2013/september/documents/papa-francesco_20130921_plenaria-pccs.html. Acesso em 25 fev. 2015 II, João Paulo, Mensagem do Papa João Paulo II para a celebração do 32º Dia Mundial das Comunicações Sociais: sustentados pelo Espírito, comunicar a Esperança. Libreria Editrice Vaticana, Vaticano, 1998. Disponível em: http://w2. vatican.va/content/john-paul-ii/pt/messages/communications/documents/hf_ jp-ii_mes_26011998_world-communications-day.html. Acesso em 17 mar 2015 IV Paulo. Decreto Inter Mirífica sobre os Meios de Comunicação Social. Libreria Editrice Vaticana, Vaticano, 1966. Disponível em: http://www.vatican.va/ archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decree_19631204_ inter-mirifica_po.html. Acesso em 10 mar 2015 IV, Paulo. Mensagem do Papa Paulo VI para o 1º Dia Mundial das Comunicações: Os meios de comunicação social. Libreria Editrice Vaticana, Vaticano, 1967. Disponível em: http://w2.vatican.va/content/paul-vi/pt/messages/communications/documents/hf_p-vi_mes_19670507_i-com-day.html. Acesso em: 12 mar. 2015 MIRANDA, Evaristo Eduardo de, Eu vim para servir: comunidade, Igreja e sociedade, São Paulo, p.12, Edições Loyola, 2014 SPADARO, Antonio. Ciberteologia: pensar o cristianismo nos tempos da rede. Tradução: Cacilda Rainho Ferrante – São Paulo, Paulinas, 2012 SPADARO, Antonio. Web 2.0: redes sociais. Tradução de Cacilda R. Ferrante: - 1. Ed. – São Paulo: Paulinas, 2013 XII, Pio. Encíclica Miranda Prosurs: sobre a cinematografia, a rádio e a televisão. Libreria Editrice Vaticana, Vaticano, 1957. Disponível em: http://w2.vatican.va/ content/pius-xii/pt/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_08091957_miranda-prorsus.html. Acesso em: 13 mar 2015 XVI, Bento. Mensagem para o 47º Dia Mundial das Comunicações: Redes Sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização. Libreria Editrice Vaticana, Vaticano, 2013. Disponível em: http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/messages/communications/documents/hf_ben-xvi_mes_20130124_ 47th-world-communications-day.html. Acesso em: 12 mar.2015
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