Ação Educativa Séculos Indígenas no Brasil

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A exposição Séculos Indígenas no Brasil, em sua 3ª edição,

em que a Lei 11.645/08 determina a inclusão das temáticas

apresentada entre agosto e outubro de 2011 no Memorial dos

indígenas nos currículos escolares.

Povos Indígenas, em Brasília-DF, realizou uma Ação Educativa em pareceria com a Secretarias da Educação e da Cultura do

A Ação Educativa do Projeto Séculos Indígenas no Brasil buscou

Governo do Distrito Federal, a Secretaria da Identidade e da

oportunizar uma percepção crítica e sensível da realidade

Diversidade Cultural do Ministério da Cultura e a Fundação

histórica e política dos povos indígenas contemporâneos ao

Darcy Ribeiro, tendo sido reconhecida como uma ação pioneira

operar com o imaginário do indígena na sociedade brasileira

na implementação da Lei 11.645/08 junto a uma secretaria

como forma de reconhecer conflitos e proconceitos assentados

de educação no Brasil pela Comissão dos Direitos Humanos e

na desinformação acerca destes povos.

Legislação Participativa do Senado Federal. A Ação Educativa da exposição Séculos Indígenas no A necessidade de se realizar uma Ação Educativa surgiu da

Brasil compreendeu a Roda dos Saberes, o Fórum de

identificação da carência de conhecimentos da comunidade

Atualização Sobre Culturas Indígenas; o Curso de

escolar a respeito da história e da realidade contemporânea

Formação de Mediadores; as Visitas Educativas e a

dos povos indígenas brasileiros, principalmente no momento

criação e publicação de Materiais Didáticos.


O Fórum de Atualização sobre Culturas Indígenas

da FUNAI, contou com a participação de cerca de 200

representou a atividade de formação de professores

professores. O Módulo II, realizado em Junho de 2010,

promovida pela Ação Educativa do Projeto Séculos Indígenas

reuniu mais 300 professores e desenvolveu atividades

no Brasil. Suas atividades dirigiram-se a cerca de 500

práticas e laboratórios que culminaram na concepção de um

professores das redes pública e privada do Distrito Federal

material didático. No Módulo III, os professores conheceram

e contaram com o apoio da Escola de Aperfeiçoamento dos

a exposição Séculos Indígenas no Brasil e tiveram contato

Profissionais da Educação da Secretaria de Educação do

com os mediadores culturais indígenas.

Governo do Distrito Federal – EAPE.

O Fórum ofereceu palestras sobre temas atuais relativos

Realizado em três módulos, o Fórum teve por objetivo

aos povos indígenas brasileiros, contando com lideranças

preparar e estimular os professores frente ao desafio de

indígenas atuantes tais como Álvaro Tukano, Ailton Krenak

desenvolver uma abordagem crítica e atualizada sobre as

e Fernanda Joféi Kaingang. Também realizou uma série de

culturas e a história dos povos indígenas brasileiros em sala

atividades participativas visando à atuação dos professores

de aula dentro de uma perspectiva multidisciplinar.

em sala de aula, além de distribuir apostilas com conteúdo

O Módulo I, realizado em Outubro de 2009 na sede

teórico e referências de pesquisa para os participantes.


O Curso de Formação de Mediadores Culturais teve por objetivo preparar a equipe de educadores que conduziu as Visitas Educativas à exposição Séculos Indígenas no Brasil. Reuniu cerca de 25 jovens estudantes secundaristas e universitários, residentes em Brasília, composto em sua maioria por indígenas de cerca de 13 etnias, o que tornou a equipe diversa e representativa, dando voz aos povos indígenas e afirmando a presença do indígena na contemporaneidade para além de uma imagem estereotipada e defasada historicamente. Assim, a exposição Séculos Indígenas no Brasil ofereceu um espaço para a apresentação da imagem do indígena pelos próprios indígenas, proporcionando a interlocução direta entre os visitantes, professores e estudantes das redes pública e privada do GDF, e os indígenas.


As Visitas Educativas oportunizaram a cerca de 5.000 estudantes dos ensinos infantil, fundamental e médio, de EJA e de nível superior, o contato com a diversidade cultural indígena do Brasil contemporâneo e a interlocução direta com os mediadores culturais indígenas em um espaço de experiência e de construção de conhecimento compartilhado. As Visitas Educativas proporcionaram, junto à exposição, um ambiente próprio à interação com a arte e com as heranças culturais indígenas, bem como com a história do Brasil e do movimento indígena brasileiro, promovendo a descoberta de novos paradigmas e a construção de outras visões acerca dos povos indígenas.



O Material Didático criado pela Ação Educativa da Exposição

atividades práticas para os estudantes.

Séculos Indígenas no Brasil será composto por um conjunto

O material será distribuído gratuitamente aos professores que

de peças dirigidas aos professores e aos estudantes.

participaram do Fórum de Atualização sobre Culturas Indígenas

Ele funciona como um jogo de dominó, onde as peças

no seu 4º Módulo, que será realizado em abril de 2012 no

de encaixam pelas cores, criando uma figura que evoca

Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Universidade

o serpentear de uma cobra ou as curvas de um rio.

de Brasília – UnB, dentro do Mestrado Profissional em

Seu conteúdo introduz ao estudante diversos aspectos

Sustentabilidade junto a Povos e Terras Indígenas.

relacionados às culturas indígenas, propondo o exercício

Para a elaboração do Material Didático, a equipe da Ação

crítico e o contato com aspectos e visões dos indígenas

Educativa buscou a colaboração dos professores durante o

sobre as sua culturas, histórias, organização social,

Módulo II do Fórum de Atualização sobre Culturas Indígenas

cosmovisão e relação com a natureza.

para identificar os temas de interesse dos educadores em

Pretende-se oferecer ferramentas para o trabalho do

suas disciplinas, bem como buscou conteúdo original entre

professor, orientando a pesquisa e a preparação de aulas,

os indígenas que integram a equipe de mediadores culturais,

e jogos com informação, propostas de debates, pesquisas e

através de entrevistas e propostas de dissertações.


Luciano Laner, Diana Kolker, Karina Finger e Roger Kichalowsky compõem um grupo de educadores com formação em diversas áreas: artes, história, ciências sociais e pedagogia. Atuam em ações educativas de cunho transdisciplinar, especialmente em exposições de arte. As prin-

Equipe da Ação Educativa Séculos Indígenas no Brasil - III Edição

cipais ações realizadas pelo grupo incluem formações de professores, produção de materiais didáticos, curso de formação de mediadores, palestras e seminários. Desde 2003, seus integrantes participam de projetos educativos em diversas instituições culturais de referência em Porto Alegre, incluindo: Bienal do Mercosul, Santander Cultural, Fundação Iberê Camargo e Margs. Como grupo, coordenam a Ação Educativa do projeto Séculos Indígenas no Brasil, que teve inicio com o Fórum de Atualização sobre Culturas Indígenas, em 2009 e culminou com

Coordenação Pedagógica

http://www.seculosindigenasnobrasil.com http://seculosindigenasnobrasil.wordpress.com http://www.flickr.com/photos/seculosindigenasnobrasil

Luciano Laner (coord.) Diana Kolker Karina Finger Roger Kichalowsky

Luciano Laner

Agendamento

Coordenador da Ação Educativa Séculos Indígenas no Brasil

Ana Cláudia Pereira

lucianomontanha@gmail.com 51 3208.2585 51 8575.8485

Colaboração

Luzia de Maria Zaqueu Kaingkang Mediadores Culturais

Aisanain Páltu Kamaiwra Ângela Vieira de Souza Cleidson Meireles Sampaio Cristiane da Costa Dalvinice Gonçalves dos Santos Gleucemir Nicasio Rodrigues Juliana dos S. Almeida Kariny dos Santos Ribeiro Leandro Ferreira Benedito Luvan Prado Sampaio Samantha Ro’otsitsina de Carvalho Juruna Seeribhi Lula Apolo Prado Sampaio Shirlene Prado Sampaio Tiago Kirixi Munduruku Wanderleia Melgueiro de Souza Zelandes Patamona

a exposição realizada no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília-DF, em 2011. Neste periodo foram realizados três modulos do fórum, direcionados sobretudo, aos professores das redes pública e privada de Brasilia, DF. Atualmente o grupo prepara nova edição da Ação Educativa Séculos Indígenas no Brasil, para exposição que acontecerá em março de 2012, na Caixa Cultural do Rio de Janeiro.

Luciano Laner (Canoas/RS, 1975) é artista visual e educador. Graduou-se em Artes Visuais no Instituto de Artes - UFRGS (2007). Integrou as equipes educativas da Bienal do Mercosul em 2003, 2005 e 2007, tendo sido um dos coordenadores do Espaço Educativo da 6ª Bienal do Mercosul, contemplado com o Prêmio Cultura Viva – MinC (2007). Coordenou o Programa Educativo da Fundação Iberê Camargo (2008-10). Coordena a Ação Educativa do Projeto Séculos Indígenas no Brasil. Realiza curso de formação de mediadores culturais no Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo. Diana Kolker (Rio de Janeiro/RJ, 1983) é licenciada e Bacharel em História, educadora em espaços não formais, desenvolve e realiza projetos educativos de cunho transdisciplinar. Integra a equipe de coordenação da Ação Educativa do Projeto Séculos Indígenas no Brasil. Em 2011 integrou a equipe responsável pelos Cursos para Professores da 8ª Bienal Mercosul e supervisão dos mediadores na mostra Geopoéticas. De 2008 a 2010 integrou o Programa Educativo da Fundação Iberê Camargo. Integrante do Coletivo E de arte educadores realiza ações educativas, incluindo formação de mediadores culturais, encontros com professores e ações educativas para grupos escolares. Foi mediadora cultural em diversas mostras como FILE, no Santander Cultural, 2011; VIVO ARTE. MOV, 2010; VII Salão do Trabalhador SESI/ FIREGS, 2010; VI e V Bienal de Artes Visuais do Mercosul. Integrou projetos sócio-educativos direcionados a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Karina Luiza Finger (Videira/SC, 1972) é bacharel e licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente, integra a equipe de coordenação da Ação Educativa do Projeto Séculos Indígenas no Brasil. Em 2011, foi coordenadora do Espaço Educativo Ykon Game e assistente do Projeto Pedagógico para o Curso de Formação de Mediadores da 8ª Bienal do Mercosul (RS). Moderadora da conferência “Efeitos Colaterais da Imagem, da cognição à alienação”, CE Buchholz, Lisboa(PT), 2011. Foi mediadora do VIVO ARTE.MOV, 2010. Em 2009, foi Supervisora Pedagógica da mostra de arte “Absurdo” da 7ª Bienal de Artes do Mercosul (RS). De 2008 a 2009 participou do Programa Pedagógico da Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre (RS). Integrou a equipe do Espaço Educativo da 6ª Bienal do Mercosul, contemplado com o Prêmio Cultura Viva – MinC (2007). Roger Kichalowsky (Porto Alegre/RS, 1973) - Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais. Trabalha com Educação e Artes Performativas. Participou do Projeto de Descentralização da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre ministrando oficinas em diversas regiões (2003,2004,2006,2007, 2008 e 2010). Em 2007, integrou a equipe do Projeto Pedagógico da 6ª Bienal do Mercosul, contemplado com o Prêmio Cultura Viva - MinC. Neste projeto, foi um dos Coordenadores do Espaço Educativo. Em 2008 integrou a equipe de formação de professores no projeto ‘Conexões’ da Fundação Bienal do Mercosul, trabalhando em 35 cidades do interior do Rio Grande do Sul. Entre 2003 e 2007, integrou a equipe de Ação Educativa do Santander Cultural, em Porto Alegre, atuando como mediador, oficineiro e formador de professores em 11 exposições importantes. Em 2004 fundou o grupo ‘Cabeças de Porongo’, que atua até hoje, realizando intervenções em lugares públicos e privados com a idéia de ‘conversar’ sobre o cotidiano (mistura música, vídeo, ações, etc). Com esse projeto cultural realizou atividades como oficinas, conferências, concertos e performance em Lisboa e Porto em fevereiro de 2011. Em 2011, ainda, foi convidado pela Eclipse Arte Associação Cultural para participar do INNI Festival, em Lisboa, que ocorreu entre 15 e 31 de julho, na ocasião ministrou workshop sobre arte performativa e educação. Em 2008 foi convidado a integrar a equipe do Projeto Pedagógico da exposição ‘Séculos Indígenas no Brasil’. Na 8ª Edição da Bienal do Mercosul em 2011, coordenou o Espaço Educativo Ykon Game. É professor de artes plásticas na Rede Municipal da Cidade de Esteio desde 2009(RS/BR).



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