Apostila gimp

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Sobre o GIMP • História • Interface com usuário • Funcionalidades

O GIMP é uma ferramenta para edição de imagem de bitmap, com alguns recursos de edição vetorial. GIMP é a abreviação para GNU Image Manipulation Program. O GIMP se adequa a diversas tarefas de edição de imagem, incluindo retoques em fotografias digitais ou digitalizadas, composição e criação de imagens. Entre as suas funcionalidades, estão as de ser usado como software de edição profissional de fotografia de alta qualidade, como um sistema de processamento de imagens em lote, ou como um simples programa de pintura. Ele é bastante extensível, e foi desenvolvido para aceitar com facilidade plugins e extensões que lhe acrescentem novas funcionalidades. O GIMP dá suporte, ainda, à criação desses scripts e extensões. O GIMP está disponível para diversos sistemas operacionais, e é um Software Livre sob os termos da Licença GPL do projeto GNU. Até o momento da redação desse material, o GIMP estava na versão de desenvolvimento 2.3.13, e a caminho do lançamento da versão 2.4. Os usuários ainda estão usando versões da série 2.2.

História O projeto GIMP foi criado em 1995 por Spencer Kimball e Peter Mattis e hoje é mantido por um grupo de voluntários; a lista de colaboradores pode ser vista na tela do Sobre, no menu Ajuda da janela de ferramentas principal. Ele não foi criado como uma alternativa livre ao Photoshop!, foi um projeto universitário que amadureceu bastante e é usado profissionalmente. O nome GIMP originalmente era sigla de General Image Manipulation Program; em 1997, ele foi mudado para GNU Image Manipulation Program. Hoje ele é integrante oficial do Projeto GNU. Talvez o GIMP tenha sido o primeiro grande projeto de código aberto para usuários finais. Outros


projetos mais antigos, como o compilador GCC, o kernel Linux, entre outros, eram ferramentas desenvolvidas para um público alvo especialmente de programadores. O GIMP foi a prova de que projetos de código aberto e livres poderiam desenvolver coisas para serem usadas por usuários de desktop normais, abrindo as portas para a união de esforços que levaram ao desenvolvimento de outros grandes projetos. A respeito de projetos "descendentes" do GIMP, podemos citar o GTK e o GNOME. O GTK é a sigla para GIMP Tool Kit, e é um dos frameworks para desenvolvimento de interfaces gráficas dos mais importantes e utilizados. Inicialmente foi criado para se desenvolver a interface do GIMP, e hoje é usado para desenvolver interfaces de inúmeros aplicativos, e é a base de toda a interface do projeto GNOME. Junto com o KDE, o GNOME é um dos ambientes gráficos livres mais desenvolvidos. O GIMPShop é uma modificação do GIMP para que sua aparência se assemelhe à daquele outro conhecido editor de fotografias (me refiro ao Photoshop da Adobe (R)). O CinePaint (antes conhecido como Film GIMP) é uma ferramenta desenvolvida para retoques de filmes cinematográficos.

Interface com usuário A interface do GIMP é bem particular, e não é semelhante à do Adobe Photoshop. Em verdade, seu modo de organizar e exibir as janelas não é novidade, mas para alguns parece diferente. O GIMP mantém a imagem que está sendo editada, as ferramentas principais e as ferramentas de edição específicas em janelas separadas e independentes. Esse é o formato ideal para quem trabalha profissionalmente com edição de imagem, que provavelmente investiram em um monitor com resolução bastante grande, ou usam até mesmo dois monitores ao mesmo tempo. Esse modo está em consonância com as recomendações da FreeDesktop (veja em http://www.freedesktop.org) e com o GNOME Human Interface Guide conformance, que estudam padrões de usabilidade e interface para aplicativos de desktop. Pode até parecer um pouco incômodo de início, para quem não está familiarizado (especialmente para quem usa um monitor com resolução pequena), mas com um pouco de hábito vemos que é bastante prático. Se o excesso de janelas estiver incomodando, há uma dica: selecione a janela de edição e pressione TAB repetidamente. Isso vai fazer a janela principal e as janelas de diálogos desaparecerem, deixando visível apenas a janela de edição.

Funcionalidades Veja uma breve lista de funcionalidades, ferramentas, e o que o GIMP é capaz de fazer: • Um conjunto completo de ferramentas de pintura, como lápis, pincéis e borrachas, com diferentes tamanhos e texturas; • Gerenciamento de memória baseado em seções da imagem, assim o tamanho da imagem a ser manipulada depende do espaço disponível em disco; • Amostragem de sub-pixel para todas as ferramentas de pintura, permitindo suavização dos contornos; • Suporte completo a canal alfa (transparência); • Canais e camadas; • Desfazer e Refazer limitados apenas pelo espaço em disco; • Ferramentas de transformação com rotacionar, inverter e cortar; • Suporte a formatos de arquivos inclui GIF, JPEG, PNG, XPM, TIFF, TGA, MPEG, PS, PDF, PCX, BMP e muitos outros;


• Ferramentas de seleção de retângulo, elipse, livre, bezier e inteligente; • Banco para chamada de scripts e extensões acopladas ao GIMP; • Plugins que permitem adicionar novas funcioalidades. Ao ser aberto, o GIMP sempre mostrará uma tela de splash - uma imagem inicial, que no caso da versão 2.2 é a imagem que ilustra o início deste capítulo. O splash tem na parte inferior uma barra de progresso que evolui enquanto os plugins, as texturas e os scripts estão sendo carregados. Aguarde até que a barra de progresso mostre que todos esses processos foram concluídos. O programa abrirá imediatamente depois.

Imagens e arquivos • Tipos de imagem • Formatos de arquivo

Tipos de imagem Uma imagem no GIMP é composta de uma série de atributos. Uma imagem normal é formada de um conjunto de camadas, que se unem a outros conjuntos de objetos, como máscaras de seleção, conjuntos de caminhos, lista de ações que podem ser desfeitas ou refeitas, etc. A imagem não deve ser pensada apenas como uma janela que exibe uma imagem, ou em algo simples como um arquivo JPEG. A principal características da imagem é o seu modo; os modos principais são o RGB, o modo indexado e o modo tons de cinza. O mais comum é o modo RGB, no qual cada ponto da imagem é definido como uma composição de três componentes de cor: uma porcentagem de vermelho, uma porcentagem de verde e uma porcentagem de azul. Ela é a mais comum porque praticamente todas as cores que podem ser enxergadas pelo olho humano pode ser representada como uma composição dessas três cores. Adicionalmente, a imagem RGB tem um canal adicional que não representa uma cor, mas a opacidade. É o canal Alfa, que define o quão opaca ou transparente é uma imagem. Veja mais detalhadamente adiante. No modo tons de cinza, cada ponto é representado por um valor que representa uma intensidade de um tom de cinza, que varia do zero (completamente branco) a 100 por cento (completamente preto). Diferente do RGB, que possui três canais de cor, a imagem em tons de cinza possui apenas um canal de cor. Ela pode ter também o canal Alfa definindo a transparência. É preciso perceber, em relação a esse modo de representação, que a imagem não precisa necessariamente estar no modo Tons de Cinza para que seja vizualizada em preto e branco. Veremos em outra oportunidade que há diversas maneira de se converter uma imagem colorida para uma imagem em tons de cinza. Uma delas é convertê-la para o modo tons de cinza. Isso vai fazer com que a imagem que antes tinha três canais passe a ter apenas um canal de representação de cor (além do canal Alfa, claro). Mas uma imagem no modo RGB pode ser vizualidada em tons de cinza, se nós, por exemplo, reduzirmos a saturação das cores. O modo indexado é mais complexa de se explicar, mas é a que compõe imagens mais simples. Nesse modo, somente um pequeno conjunto de cores é usado, no máximo 256, em geral. Essas cores compõem o mapa de cores da imagem, e a cada ponto da imagem se atribui um valor desse mapa de cores que represente da forma mais aproximada a cor real da imagem. Por não ter que armazenar grandes volumes de informação relativas a cores, imagens indexadas consomem pouca memória, e ocupam pouco espaço em disco. O modo indexado é cada vez menos usado, pois os computadores atuais geralmente possuem memória suficiente para suportar as representações


contínuas de cor, como RGB. Alguns tipo de arquivos comuns, entretanto, ainda produzem imagem indexada (como GIF e PNG, por exemplo). No GIMP, alguns filtros podem não funcionar em imagens indexadas, por causa da quantidade limitada de cores que podem ser representadas. Em geral, a melhor maneira para lidar com isso é transformar a imagem para o modo RGB. Para isso, vá até o menu Imagem:Imagem/Modo.

Formatos de arquivo Apesar de poder trabalhar com formatos de arquivos vetoriais, e ter recursos de edição vetorial, o GIMP é um programa especializado em edição de imagens bitmap, ou de mapa de bits. Veremos quais os principais formatos de imagem de bitmap, com os tipos de arquivos mais usados. Antes, uma breve explicação sobre um conceito de uma característica que diferencia alguns formatos de arquivo, e que é um dos elementos a se levar em consideração ao se escolher o tipo de arquivo para se trabalhar ou salvar a imagem. Essa característica é o Canal Alfa. O canal alfa é quem informa o nível de opacidade de um elemento. Este é um grande benefício para mesclar imagens que não foram criadas inicialmente para estarem juntas ou para quando não se sabe exatamente em que ponto uma imagem se sobreporá a outra. Imagine que temos um círculo vermelho sobre uma imagem de folhas. Se modificarmos a intenciade do canal alfa deste círculo teremos o seguinte:

Alfa 100%

Alfa 13%

Alfa 70% Alfa 40% Na prática, o canal alfa se apresenta como um quarto canal de cor na maioria dos aplicativos que suportam essa funcionalidade, logo após os quantificadores de vermelho, verde e azul (RGB). BMP ou BitMap: O clássico bitmap da Microsoft, conhecido de todos os antigos usuários de PCs e dos novos usuários que tenham experimentado o MS Paint. Esse formato de imagem suporta indexação ou TrueColor, mas não é compactado. Esse formato não suporta canal alfa, nem transparência. TIFF ou Tagged Image File Format: Um formato popular, bastante usado por artistas para guardar imagens sem perda ou para enviar trabalhos bitmap para impressão. Suporta canal alfa e tipos distintos de compactação. Também é possível usar nenhuma compactação e este é, aparentemente, o uso mais comum. GIF ou Graphics Interchange Format: Seria o formato mais restritivo de imagem se não possibilitasse pequenas animações. Suporta apenas imagens indexadas e transparência em lugar de canal alfa, ou seja, um pixel desta imagem pode ser ou totalmente opaco ou totalmente transparente. Esse formato possibilita pequenas animações de forma simples e leve, pois novas frames não precisam representar o que for idêntico à frame anterior e os momentos lentos ou estáticos não exigem novas frames porque cada frame especifica seu tempo de exposição. JPG ou JPEG ou Joint Photographic Experts Group: Esse é, com certeza, é o segundo formato mais popular da internet, vindo logo em seguida do html. Não é a toa que o JPG se popularizou tanto, pois seu algorítimo de compactação gera imagens muitas e muitas vezes mais leves que sua original na maior parte dos casos. Seu ponto negativo é que esta compactação causa perda de informação e isso se representa em danos a imagem, o que torna inadequado o uso desse formato


quando não se trata da publicação do produto final. O JPG também não suporta transparência nem canal alfa. PNG ou Portable Network Graphics: Se no pasado eram necessários formatos com um grande poder de compactação, mesmo que isso signifique uma qualidade inferior, para que a imagem chegasse ao visitante em tempo hábil, hoje precisamos de belas representações artísticas no layout de sites para termos, no mínimo, o respeito do visitante. Bem, se o JPG estiver te limitando, pense com carinho no PNG. Esse formato livre foi criado com a intenção de substituir o formato GIF, que era patenteado. Esse formato suporta um grande número de informações, como canal alfa, correção de gama, verificação de integridade, suporte a imagens com paleta de cores ou truecolor, por fim, comprime com nível regulável e sem perdas. Pela qualidade e pela necessidade de formatos livres para o desenvolvimento da internet esse formato é recomendado pela W3C. RAW ou arquivo cru: Algumas câmeras (mais comum em câmeras profissionais) gravam um arquivo raw ou cru, que não é exatamente um formato de arquivo, mas uma forma de armazenamento que guarda a imagem da maneira como é capturada pela câmera. Ele representa o RGB para cada ponto, sem compressão, e não guarda qualquer efeito ou filtro utilzado na câmera, apenas a imagem como é percebida pelas lentes. Cada fabricante de câmeras tem um tipo de arquivo RAW próprio, e o GIMP suporta alguns deles, mas é preciso instalar plugins extras para edição desses arquivos. Por não tratar a imagem, nem fazer qualquer tipo de compressão, os arquivos RAW em geral são muito grandes.

A janela de ferramentas principal • • • • •

Um menu Botões de ferramentas Cor de Frente/Fundo Pincel, Textura e Degradê ativos Imagem Ativa

A janela de ferramentas principal do GIMP tem a seguinte aparência:


Ela guarda os botões para as ferramentas mais usadas, independente da atividade. É a parte do programa que não pode ser modificada, e que não pode ser fechada antes que o trabalho esteja terminado. Toda vez que é aberto, o GIMP exibe uma janela de "Dica do Dia". São algumas dezenas de dicas úteis, que ensinam truques interessantes de edição de imagem. Para uma ajuda mais completa, pressione F1. O GIMP abrirá a ajuda, caso você tenha os arquivos na sua instalação. Em geral, os arquivos de ajuda do GIMP são empacotados e distribuídos com o nome gimp-help, e estão disponíveis em algumas línguas. Infelizmente não está traduzido para o Português; com certeza os desenvolvedores ficarão muito contentes se algum dos alunos desse curso se oferecer como voluntário para tradução desses documentos para nossa língua! É o mesmo material que se encontra disponível na internet, numa seção da página oficial do GIMP, no endereço: http://docs.gimp.org/ A janela principal é composta dos seguintes itens: Um menu

Contém funcionalidades que não aparecem na janela de edição de imagem, pois não são exatamente relacionados à edição. O menu Arquivo permite abrir arquivos existentes e criar um novo arquivo, sair e configurar as Preferências. Permite ainda utilizar a captura de tela, que pode capturar toda a tela ou uma janela específica. Ainda em Arquivo, o menu Diálogos é reproduzido de forma idêntica ao que aparece na janela de Imagem. O menu Ajuda permite acessar a documentação de ajuda, as


dicas, e a tela Sobre o GIMP, com os créditos. O menu Extras fornece funcionalidades adicionais, como Gerenciador de Módulos, Navegador de Plugins, e o menu de acesso a Scripts. Botões de ferramentas

São botões que ativam as principais ferramentas de edição, entre elas ferramentas de seleção, ferramentas de transformação (cortar, rotacionar, redimensionar, etc.), ferramentas de texto, ferramentas de pintura (pincel, lápis, borracha, etc) entre outras. O uso dessas ferramentas será mais detalhado adiante, em capítulos específicos, e nas seções de tutoriais, aonde elas serão bastante usadas na prática. Cor de Frente/Fundo

Exibe e deixa escolher as cores de frente e de fundo que serão utilizadas em muitas operações, especialmente nas que envolvem pintura ou desenho. Clicando sobre um dos quadros de cor, temos a janela para escolha da cor. Preste atenção se você está alterando a cor de frente ou de fundo! Clicando sobre a setinha com duas pontas, invertemos cor de frente com cor de fundo. Pincel, Textura e Degradê ativos

Exibem quais são as opções atuais de pincel (usado para desenhar, apagar, e todas as ferramentas que realizem tarefas de "pintura"), de textura e de degradê (ou gradiente). Clicando sobre um dos itens, abrimos o diálogo (janelinha da funcionalidade) referente àquele item. Imagem Ativa

Como você pode trabalhar com várias imagens ao mesmo tempo no GIMP, essa é uma miniatura da imagem ativa, para evitar confusões e termos certeza de sobre qual imagem estamos operando. Essa é uma funcionalidade das versões da linha 2.2. Clicando sobre a miniatura, abre-se um diálogo que lista miniaturas de todas as imagens abertas. Essa opção ainda não vem habilitada por padrão, podese habilitá-la através da configuração das Preferências no menu Arquivo. A parte inferior da janela mostra as opções de configuração da ferramenta que estiver ativa. No caso da primeira imagem acima, refere-se ao pincel. Na verdade, é o diálogo de pincéis que está


acoplado à janela principal. Você verá detalhes sobre isso na seção que trata de diálogos e acoplamentos. Por padrão, o GIMP é aberto sempre com a mesma configuração de pincel (forma, cor, etc.). Para que as últimas configurações usadas sejam abertas da próxima vez, marque a opção Salvar configurações do dispositivo ao sair, no item Dispositivos de Entrada da janela de configuração de Preferências. Como já dissemos, a Janela de Edição de Imagem é sempre aberta separada, com uma imagem apenas.

A janela de imagem

No GIMP, a imagem a ser trabalhada fica aberta em uma janela separada. Se estivermos editando diversas imagens ao mesmo tempo, cada uma delas será aberta em sua própria janela. Isso possibilita trabalhar com várias imagens ao mesmo tempo, sem, entretanto, ter que abrir o programa várias vezes. Somente uma instância da janela de ferramentas principal será executada e colocada


na memória do computador. A janela de edição da imagem não pode ser acoplada a outras janelas ou diálogos. Veja a seção de Diálogos e Acoplamentos. Os componentes principais da janela de imagem são: • Barra de título do sistema (1): A depender do seu sistema operacional e gerenciador de janelas, haverá uma barra superior de título. Em geral, ela serve para movimentar a janela na tela e redimensioná-la. No GIMP, ela mostra o nome do arquivo, o tipo (RGB ou Indexado), se possui camadas e as suas dimensões em pixels. Se o arquivo sofreu modificações e ainda não foi salvo, a barra mostra também um sinal "*" precedendo o nome do arquivo. • Menu Imagem (2 e 3): Menu que permite acessar todas as funcionalidades e ferramentas de edição de imagem. As ferramentas estão dispostas nos menus de acordo com categorias e utilidade. O menu indicado por (2) é idêntico ao apresentado em (3), com a diferença que o (3) é apenas um pequeno botão, que não ocupa espaço na tela. Através do menu Visualizar, é possível remover da interface alguns elementos. É possível remover o menu, por exemplo. Por isso há essa "duplicada" do menu. O mesmo menu também aparece com um clique com o botão direito sobre a área de edição de imagem. Esse pode ser "destacado" do restante da janela, clicando-se sobre a linha tracejada em sua parte superior. Assim, ele se transforma em uma pequena janela, separada da janela de imagem. Veja:

• Régua (4): Serve para medir distâncias e dimensões. Está calibrada na unidade de medida para a qual o programa estiver configurado (por padrão, pixels). • Zoom Automático (5): Se ativado, muda o tamanho da imagem automaticamente para caber na janela, sempre que a janela é redimensionada. • Ativador da Máscara Rápida de Seleção (6): Próximo ao canto inferior esquerdo da imagem, o pequeno botão permite ativar e desativar a visualização da máscara rápida de seleção. Veremos a Máscara com detalhes no capítulo sobre Seleções. • Barras de Rolagem (7): Servem para rolar a imagem, caso ela seja maior do que o tamanho da janela. • Coordenadas do Mouse (8): Exibe os valores das coordenadas (X,Y) sobre as quais está o ponteiro do dispositivo apontador (na maioria dos casos, um mouse). O ponto de origem é o canto superior esquerdo da imagem. O crescimento é para a direita e para baixo, acompanhando a régua. • Unidades de Medida (9): Exibe e altera a unidade de medida padrão (pixels, milímetros,


polegadas, etc.). Por padrão, as medidas das dimensões e a régua estão calibradas em pixels. • Zoom (10): Mostra o nível de zoom atual (o zoom de 100% nos faz ver a imagem em suas dimensões reais), e permite alterar o zoom (aproximar ou afastar). • Barra de Progresso (11): permite ver o progresso das tarefas que estão sendo executadas. Na aplicação de um filtro ou outro tipo de efeito, por exemplo, que costumam tomar um certo tempo de processamento, essa barra mostra o progresso da execução. • Botão Cancelar (12): permite cancelar a execução de um processo que ainda não foi concluído, enquanto o seu progresso está sendo mostrado na Barra de Progresso.

Diálogos e acoplamentos • Criando acoplamentos • Removendo abas Diálogos são janelas que se abrem quando utilizamos alguns grupos de ferramentas, ou realizamos determinadas ações. A figura a seguir mostra um exemplo de um diálogo de Camadas. Diálogo de camadas de uma imagem que está sendo editada:

Os diálogos podem ser abertos através do menu Diálogos na janela de edição da imagem ou na janela de ferramentas principal. As botões e funcionalidades presentes nas diversas janelas de diálogo não estão localizadas na janela de ferramentas principal, não por serem menos importantes, mas por representarem ações e funções específicas, enquanto que o botões da janela de ferramentas principal executam funções bem genéricas da edição de imagem. O GIMP nos permite bastante flexibilidade para se organizar o modo como as janelas são dispostas na tela. É fácil organizar os diálogos de forma mais conveniente, colocando-os numa mesma janela, por exemplo, em vez de abrir uma janela para cada diálogo. Chamamos de acoplamento essa janela composta por vários diálogos diferentes. Usar acoplamentos de diálogos permite ter menos janelas abertas, tornando o acesso às ferramentas mais fácil e gastando menos espaço da tela, pois é possível agrupar diálogos em abas. A janela de edição de imagem não pode ser acoplada às janelas de diálogo; ela sempre abre em uma janela individual. Outros tipos de janelas também não podem


ser acoplados aos diálogos, como a janela para abrir um novo documento ou a janela de configuração das preferências.

Criando acoplamentos As janelas de diálogos têm barras para acoplamento ou conexão tão discretas que a maioria das pessoas não notam que elas existem até que alguém as alertem. Essas barras estão destacadas na imagem adiante. Toda janela também tem uma barra com o título, também destacada na imagem. É possível reconhecer essa região da janela, porque no momento que passamos o mouse sobre ela, o ponteiro do mouse se transforma em uma mão. É também a região do diálogo que tem seu título. Para acoplar um diálogo a outro existente, devemos clicar nessa área do diálogo, e arrastar até a barrinha de acoplamento da janela de diálogo de destino. Dessa maneira, o diálogo que foi acoplado estará visível na janela. Se for um diálogo que é usado com bastante frequência, esse é o melhor método. Se você quer que ele ocupe menos espaço, o ideal é acoplá-la como aba. Para isso, em vez de arrastar um diálogo até a barra de acoplamento de outra janela, arraste-o até a região da barra de abas, ou da barra de título. Sendo acoplado como aba, o diálogo não é mostrado por inteiro, é exibida apenas a aba que permite selecioná-lo.

Removendo abas Para cada aba ou novo acoplamento, existem dois pequenos botões: Um com um sinal X de fechar, e outro com um desenho de uma pequena seta para a esquerda, que abre um menu quando clicado com o botão esquerdo. O menu tem as opções que dependem do diálogo ao qual se refere, mas entre as opções estão as de Adicionar Aba, Fechar Aba e Desacoplar o diálogo ou aba. Na imagem a seguir há três diálogos: O diálodo de Camadas, o diálogo de Mapa de Cores e o diálogo de Degradês. Em destaque, estão as barras de títulos dos diálogos de Camadas e Mapa de Cores, os botões com os menus contextuais e os botões de fechar o acoplamento ou a aba, e por fim, a região de abas, mostrando as abas dos diálogos Mapa de Cores e Degradês. Nesse momento, é o diálogo de Mapa de Cores que está selecionado, portando é ele que estamos vendo acoplado ao diálogo de Camadas. O diálogo de Degradês também está presente, mas sua aba


não está selecionada no momento. Por isso não vemos o diálogo diretamente, apenas a aba, através da qual podemos ter acesso ao diálogo.

Conceitos básicos I • Tipos de imagens • Formatos de imagem Bitmap • Formatos Vetoriais O objetivo principal dessa seção de Conceitos é familiarizar todos com a terminologia geralmente utilizada na edição de imagem. O objetivo não é, ainda, de ensinar a utilizar ferramentas nem aplicar efeitos ou transformações. Para isso, os capítulos posteriores trazem definições e exemplos, e os Tutoriais trazem exercícios práticos para aplicação de todos os conceitos. Tentamos fazer tutoriais que utilizassem o máximo de conceitos, mesmo que a aplicação ou o resultado final fosse simples, permitindo, desse modo, que a teoria fique bem estabelecida.

Tipos de imagens comparar imagem vetorial com bitmap e citar os tipos de arquivos Enquanto em uma imagem bitmap temos uma matriz de cores de pixels que define a imagem, na imagem vetorial temos pontos com posicionamento livre, que ligados por linhas formam o desenho.


Na imagem acima, a primeira estrela representa uma imagem vetorial, onde os pontos (pequenos círculos verde-claro) são ligados por linhas que definem o objeto. Seu preenchimento é um amarelo alaranjado e a borda é vermelho escuro. A segunda estrela representa um zoom na imagem bitmap, por isso nota-se o quadriculado (um problema que não existe nas imagens vetoriais). Note que o conjunto de quadros, cada um com sua cor, juntos conseguem representar a mesma estrela da primeira imagem, o grande problema é a definição.

Formatos de imagem Bitmap O GIMP pode editar e salvar arquivos em diversos formatos de imagem de bitmap, além de poder exportar para formatos que não são nativos. Vejamos alguns deles: BMP ou BitMap: O clássico bitmap da Microsoft, conhecido de todos os antigos usuários de PCs e dos novos usuários que tenham experimentado o MS Paint. Esse formato de imagem suporta indexação ou TrueColor, mas não é compactado. Esse formato não suporta canal alfa, nem transparência.Veja sobre o que vem a ser imagem indexada ou TrueColor no capítulo sobre Imagens e Arquivos. TIFF ou Tagged Image File Format: Um formato popular, bastante usado por artistas para guardar imagens sem perda ou para enviar trabalhos bitmap para impressão. Suporta canal alfa e tipos distintos de compactação. Também é possível usar nenhuma compactação e este é, aparentemente, o uso mais comum. Algumas câmeras digitais geram arquivos nesse formato, especialmente câmeras semi-profissionais ou aquelas chamadas compactas de gama média (que têm porte um pouco maior e recursos profissionais, mas ainda não são consideradas câmeras profissionais). GIF ou Graphics Interchange Format: Seria o formato mais restritivo de imagem se não possibilitasse pequenas animações. Suporta apenas imagens indexadas e transparência em lugar de canal alfa, ou seja, um pixel desta imagem pode ser ou totalmente opaco ou totalmente transparente. Esse formato possibilita pequenas animações de forma simples e leve, pois novas frames não precisam representar o que for idêntico à frame anterior e os momentos lentos ou estáticos não exigem novas frames porque cada frame especifica seu tempo de exposição. JPG ou JPEG ou Joint Photographic Experts Group: Esse é, com certeza, é o segundo formato mais popular da internet, vindo logo depois do html. Não é à toa que o JPG se popularizou tanto, pois seu algorítimo de compactação gera imagens muitas e muitas vezes mais leves que sua original na maior parte dos casos. Seu ponto negativo é que esta compactação causa perda de informação e isso se representa em danos à imagem, o que torna inadequado o uso desse formato quando não se trata da publicação do produto final. O JPG também não suporta transparência nem canal alfa. A maioria das câmeras digitais do tipo chamado de câmeras compactas (câmeras não profissionais e de tamanho pequeno) gravam as fotografias nesse formato de arquivo. PNG ou Portable Network Graphics: Se no pasado eram necessários formatos com um grande poder de compactação, mesmo que isso signifique uma qualidade inferior, para que a imagem chegasse ao visitante em tempo hábil, hoje precisamos de belas representações artísticas no layout


de sites para termos, no mínimo, o respeito do visitante. Bem, se o JPG estiver te limitando, pense com carinho no PNG. Esse formato livre foi criado com a intenção de substituir o formato GIF, que era patenteado. Esse formato suporta um grande número de informações, como canal alfa, correção de gama, verificação de integridade, suporte a imagens com paleta de cores ou truecolor, por fim, comprime com nível regulável e sem perdas. Pela qualidade e pela necessidade de formatos livres para o desenvolvimento da internet esse formato é recomendado pela W3C. RAW ou arquivo de imagem cru: Formato usado para gravar imagem sem perdas e com altíssima definição em câmeras digitais consideradas profissionais. A fotografia é armazenada exatamente da maneira como foi capturada, sem efeitos, compactação, ou qualquer tipo de alteração. O RAW, entratanto, não é um formato padrão, e diferentes fabricantes de câmeras e equipamentos estabelecem diferentes tipos de arquivo RAW, atrapalhando a interoperabilidade. Por não ser comprimido, seu tamanho também é muito grande, e uma foto pode pesar muitos Megabytes. O GIMP suporta abrir e editar arquivos RAW de diversos fabricantes de equipamentos. Para tanto, é necessário instalar algumas extensões, como por exemplo o gimp-ufraw, se o sistema operacional tiver o sistema UFRAW instalado, ou o gimp-dcraw, se o sistema for o DCRAW. Em geral, apenas fotógrafos profissionais e que possuem equipamentos sofisticados precisa do suporte a esses tipos de arquivo.

Formatos Vetoriais Por que falar de formatos vetoriais num curso de GIMP, que serve especificamente para edição de imagem Bitmap? A resposta é que você eventualmente vai precisar trabalhar com vetores, mesmo que esteja trabalhando apenas com edição de fotografia. E é muito provável que, se você se interessa por edição de imagem, deve ter algum interesse em edição de imagem vetorial, além de edição de fotografia. O principal software livre para edição de imagem vetorial é o Inkscape. Veja o material sobre ele no Curso de Inkscape. Seu formato de arquivo nativo é o SVG. O GIMP é capaz de editar arquivos SVG se for instalada a extensão GIMP-SVG. Entretanto, o GIMP realmente não é a melhor ferramenta para se trabalhar com desenho, sendo recomendado utilizar uma ferramenta específica. O GIMP pode, ainda, exportar as imagens para alguns formatos vetoriais, além dos formatos de bitmap nativos. Veja uma lista de arquivos de formato vetorial, e uma breve descrição de cada um: PS ou PostScript: Esse formato é largamente suportado e pode, inclusive, ser enviado diretamente à maioria das impressoras recentes para aproveitamento máximo da sua qualidade de impressão. Porém esse é um formato simples que não suporta canal alfa nem filtros e por isso não pode ser usado sempre como formato intermediário para impressão. EPS ou Encapsulated PostScript: É basicamente um PS com algumas restrições que ajudam na incorporação deste formato em outros arquivos PostScript. PDF ou Portable Document Format: Um formato abrangente e também largamente suportado que pode representar quase tudo o que é representável em outros formatos, por isso é um boa escolha no momento de enviar peças para gráficas. O risco em usar o PDF como formato intermediário se dá pela inexistência dos filtros previstos no formato SVG, como o de desfocagem e da grande variação de estágio de maturidade das aplicações que geram e lêem PDF, podendo levar a um resultado final diferente do esperado. AI ou Adobe Illustrator Artwork: Um formato vetorial de propriedade da Adobe Systems. CDR ou Arquivo Corel Draw: Um formato vetorial de propriedade da Corel Corporation. SVG ou Scalable Vector Graphics: Esse é o formato aberto (o que significa livre para uso e implementação) criado pela W3C (World Wide Web Consortium). SVG é um dialeto de XML e isso significa que é muito mais simples interpretar e modificar um arquivo SVG que um outro em


formato binário. Esse formato suporta elementos primitivos como elipses e retângulos, caminhos (que criam elementos complexos), texto formatado, texto encaixado em caminhos ou moldes, canal alfa, degradês, recortes, máscaras, clonagem, filtros, inclusão de imagens bitmap e muito mais. Com isso o SVG pode ser visto em pé de igualdade com os formatos mais completos do mercado. uma dificuldade que teremos (ao menos por enquanto) é que temos o RGB como espaço de cor padrão do SVG, o que é bom para a tela do computador, mas não para a impressão, onde seria melhor usar CMYK. Isso mostra um outro ponto negativo, pois, ao menos no Inkscape, ainda não temos suporte a outros espaços de cor. Como fazer a conversão de um trabalho criado com Inkscape de RGB para CMYK? Veremos nos tutoriais. O grande problema fica na escolha da aplicação para visualizar, manipular e imprimir o SVG, já que é um formato bastante recente e sua implementação ainda não está madura o suficiente na maioria das aplicações.

Conceitos básicos II • • • • • • • • •

Camadas Seleção Desfazer Formas Pincéis Degradê Texturas Paletas Texto

Camadas Uma forma de ver uma imagem é como uma pilha de transparências sobrepostas. Cada uma dessas transparências é chamada de uma camada. Pode haver tantas camadas quanto se queira, umas sobre as outras, de forma a obtermos um determinado resultado da sobreposição dessas camadas. No capítulo sobre Manipulação de Camadas, você verá como trabalhar com elas, e terá mais detalhes de como elas funcionam.

Seleção Na maioria das vezes que trabalhamos com uma imagem, queremos que o efeito somente seja aplicado a parte da imagem. No GIMP, a melhor forma de conseguirmos isso é selecionando parte da imagem. A maioria das operações agem somente sobre a parte selecionada, quando há alguma seleção associada a uma imagem. Para a maioria dos problemas, a solução passa por conseguirmos fazer uma seleção correta do objeto a ser trabalhado. O GIMP tem diversas ferramentas de seleção, e permite aplicar outras estratégias para criar seleções, sem necessariamente usar as ferramentas de seleção. Veja isso com um pouco mais de detalhes na seção Criando e Usando Seleções. Quando criamos uma seleção, enxergamos uma linha tracejada que se move ao redor da região selecionada. Essa linha normalmente é apelidada de "Caminho de formigas". O fato de enxergarmos essa linha delimitadora pode nos levar a pensar que a seleção é uma região nitidamente delimitada, e que a parte interior à linha está selecionada, e a parte externa não. Isso é um engano! Na verdade, a seleção é implementada como um canal. O canal é formado por uma estrutura semelhante àquela usada para a composição da cor, com componentes Vermelho, Verde e Azul, e


mais um componente Alfa ou Transparência. A seleção tem um valor entre 0 e 255 definido para cada pixel da imagem, permitindo um determinado ponto estar totalmente selecionado (valor 255), não selecionado (valor 0), ou qualquer valor intermediário. Assim, um ponto pode estar "mais selecionado" do que outro. As operações realizadas afetarão mais um ponto da imagem quanto mais ele esteja marcado por uma seleção. Uma mesma operação pode, então, atingir de forma mais intensa em parte da imagem, e menos intensa em outra parte. Quando você vir a linha do Caminho de Formigas, deve sempre lembrar que ela apenas mostra um limite, ou seja, uma linha que tenta dar uma idéia do que está selecionado, mas que não quer dizer que o interior dessa linha esteja completamente selecionado, e nem que tudo o que esteja fora dela não esteja selecionado. Para conseguir ver o que realmente está selecionado, podemos usar a Máscara Rápida de Seleção, que mostra a seleção como se fosse a aplicação de uma camada colorida sobre a imagem. Quanto mais selecionada uma parte da imagem, mais transparente será essa máscara. Assim podemos visualizar mesmo regiões parcialmente selecionadas. As ferramentas de seleção padrão criam seleções com limites bem definidos. O que está dentro da linha está selecionado, e o que está fora da linha não está selecionado. O menu Imagem:Seleção traz operações que podem ser usadas sobre as seleções para torná-las mais ou menos nítidas, arredondar cantos, enevoar num determinado raio, etc. Para enxergar os efeitos sobre a seleção use a Máscara Rápida de Seleção.

Desfazer O GIMP permite desfazer praticamente qualquer ação executada. Podemos desfazer através do menu Imagem:Editar/Desfazer, ou com o atalho de teclado Ctrl+Z. Tudo que foi desfeito pode ser refeito, usando Imagem:Editar/Desfazer ou o atalho Ctrl+Y. Importante: somente podemos usar o Refazer imediatamente após usarmos o Desfazer. Se você desfaz algumas ações, e trabalha na imagem de qualquer maneira, não será mais possível refazer as ações desfeitas. A caixa de diálogo Histórico de desfazer pode ser muito útil se você utiliza o par Desfazer/Refazer com muita intensidade. Pode-se abrir o diálogo com o Histórico através do menu Imagem:Diálogos/Histórico do Desfazer. Em vez de repetir o comando Desfazer inúmeras vezes, você pode usar o diálogo para clicar no ponto até o qual deseja desfazer (ou refazer).

O GIMP guarda o histórico das ações que foram feitas somente enquanto o arquivo está aberto. Se ele for fechado e reaberto, o histórico não poderá mais ser usado. As ações são guardadas como "versões" da imagem. Uma certa quantidade de memória é gasta para guardar cada alteração feita, permitindo, então desfazer as ações ou refazer ações desfeitas. É possível controlar quanta memória será gasta para guardar esse Histórico, através da janela de configuração das Preferências do GIMP.


Pode-se editar as preferências acessando o menu Arquivo/Preferências na janela de ferramentas principal. Na janela Preferências, clique sobre o item Ambiente, para definir quanta memória poderá ser usada para o Histórico do Desfazer. Através do diálogo do Histórico, você pode limpar a lista de ações que podem ser desfeitas ou refeitas. Isso liberará alguma memória.

Formas Formas são curvas unidimensionais. Se a curva é fechada, é possível colorir seu interior, transformando-a numa figura. As formas podem ser editadas com a ferramenta de edição de vetores, da janela de ferramentas principal. A ferramenta utiliza edição vetorial com técnica Bezier para editar as curvas. Um vetor é composto de nós, que apresentam pontos de controle, os quais permitem alterar a forma curvatura das linhas. As formas podem ser usadas como uma ferramenta de seleção, uma vez que os vetores podem ser transformados em seleções através da opção do menu Imagem:Seleção/Do Vetor. Qualquer vetor previamente definido pode se transformar em uma linha que define os contornos de uma seleção.

Pincéis

Exemplos de texturas e formas de pincéis oferecidos pelo GIMP. Pincéis são ferramentas usadas para pintura. O GIMP tem um conjunto de cerca de 10 ferramentas chamadas de ferramentas de pintura, mas que realizam operações que não são exatamente de pintar, mas apagar, preencher, criar degradês, clonar, desfocar, aumentar ou diminuir a exposição, etc. Todas elas utilizam os mesmos conjuntos de pincéis, com excessão do balde de tinta, que preenche toda uma região com a cor escolhida. Os pincéis podem ser selecionados através do diálogo de pincéis (Imagem:Diálogos/Pincéis), mas também são exibidos toda vez que uma ferramenta de pintura é selecionada, na janela de ferramentas principal. O processo de pintura se resume a escolher um pincel e uma cor, e arrastar o mouse sobre a tela com o botão do mouse pressionado. No caminho feito pelo mouse, o conjunto de pixels que representam a forma e a textura do pincel é repetida a uma determinada velocidade, a depender do tipo do pincel escolhido.


Podemos definir a opacidade dos pincéis (ou seja, se ele será mais ou menos transparente). No caso de uma borracha, a opacidade vai regular o quanto será apagado cada vez que se passa o mouse sobre a região da imagem. Ainda podemos controlar como o pincel vai reagir caso o mouse seja mantido pressionado em um mesmo lugar. As possibilidades são aumentar a opacidade, a dureza, o tamanho ou a cor. Em Modo, podemos escolher como a cor aplicada pelo pincel vai interagir com a cor da imagem. O Modo comum é o Normal, que simplesmente pinta com a forma e a textura escolhidos sobre a imagem original. Experimente outros modos para ver o efeito deles. Ao ser instalado, o GIMP oferece um conjunto bastante grande de formas e texturas de pincéis. Outras formas podem ser adicionadas por você utilizando uma funcionalidade externa, que fica no menu Imagem:Scipt-FU/Seleções, que permite transformar uma seleção em um pincel. Também é possível salvar uma imagem ou textura em formato de pincel para ser usado posteriormente, bastando escolher a extensão .bgr no momento de gravar o arquivo.

Degradê Degradês são gradientes de cor, formas de preenchimento onde uma cor se transforma em outra em modelos predefinidos como o linear, cônico, radial, quadrado, dentre outros. Exemplos de degradê:

1. 2. 3. 4. 5. 6.

Linear Cônico Radial Linear com repetição triangular Linear com repetição ziguezague Radial com repetição triangular

Na maioria dos tipos de degradês o usuário define o inicio e fim do degradê, nesses casos a cor de fim preenche todo o resto do espaço. Quando o degradê é usado em modo de repetição o espaço além do definido pelo usuário é preenchido por cópias sucessivas do degradê. Existem dois modos de repetição: O modo ziguezague faz a repetição no mesmo sentido do original e dessa forma cada ciclo da repetição fica bastante perceptível. O modo triangular repete o degradê invertendo o sentido em relação a última repetição, criando uma ondulação suave pois a cor de fim de um ciclo é a cor de inicio do próximo. O GIMP traz uma coleção de degradês pré-definidos para usos comuns, como "céu caribenho" e "mar profundo".


Texturas Texturas são imagens que podem ser repetidas indefinidamente sem que seus limites sejam percebidos pois seus lados são continuações perfeitas uns dos outros. Dizer que os lados são continuações uns dos outros é dizer que a lógica do desenho que foi cortado do lado direito é continuada no seu lado esquerdo, desta forma se adicionamos uma cópia da imagem ao seu lado ela se encaixa continuando o desenho e não percebemos onde é o fim de uma e inicio da outra. Algumas das texturas disponíveis no GIMP:

Paletas Paletas são coleções de cores predefinidas que ajudam na seleção de cores para um desenho ou padronizam as cores usadas em várias criações. Existem paletas bastante populares, como a PANTONE™ que define uma coleção de cores e facilita a comunicação, como é o caso da cor verde na nossa bandeira, seu valor é 348C. O ponto negativo nessa paleta é que ela é de propriedade da Pantone e essa empresa usa seus direitos autorais de forma restritiva. Outra paleta popular (mas nem tanto) é a paleta do projeto Tango, esse projeto define padrões para criação de ícones e assim criar coleções compatíveis para integração de interfaces. O GIMP contém um Editor de Paletas que também ajuda a selecionar cores para a pintura. Um clique em uma cor da paleta seleciona a cor de frente para pintura, clicando em uma cor enquanto segura a tecla Control define a cor de fundo (usada pela borracha ou degradê).


Texto As versões mais recentes do GIMP evoluíram bastante em relação às versões anteriores no que diz respeito à manipulação de texto. Cada elemento do texto é guardado em uma camada separada, podendo ser manipulado posteriormente. O texto não é convertido em imagem, e a qualquer momento é possível alterar a fonte, o tamanho, a justificação (direita, esquerda, centro), espaçamento entre linhas ou mover o texto para outros locais na imagem. O GIMP oferece uma ferramenta de edição de texto, simples mas funcional:

A camada de edição de texto pode ser editada como qualquer outra camada. Por exemplo, pode sofrer as transformações de rotação, espelhamento e redimensionamento. Mas nesse caso, ao voltar a editá-la com a ferramenta de edição de texto, essas transformações feitas com as ferramentas de edição de camadas serão ignoradas, e, provavelmente, perdidas. Quando isso estiver para acontecer, será mostrada a seguinte mensagem de aviso:

Isso acontece porque uma camada com texto possui características além do que nós podemos enxergar à primeira vista, ou seja, não se trata apenas de pixels compondo uma imagem normal. Por esse motivo, prefira fazer primeiro as edições referentes ao texto (tipo e tamanho da fonte, justificação, etc.), e deixe para o final do trabalho as edições utilizando as ferramentas de camadas que forem necessárias. Você pode utilizar as fontes disponíveis no sistema.

Manipulando arquivos • Criando novos arquivos • Abrindo arquivos


• Salvando arquivos

Criando novos arquivos Pode-se criar um novo arquivo no GIMP apenas utilizando o comando de menu Arquivo/Novo ou do atalho de teclado Ctrl+N. Isso abrirá o diálogo de criação de novo arquivo, onde você poderá escolher a altura e a largura da nova imagem, ou usar os valores padrão. Em Modelo, há uma lista de dimensões de arquivos comuns (por exemplo 640x480, 800x600, papel A4, capa de CD, etc.) que podem ser escolhidas diretamente.

As dimensões são exibidas em pixels, a não ser que as configurações do GIMP tenham sido alteradas para usar outra unidade de medida. A unidade usada aqui é a mesma que será usada para mostrar as coordenadas do mouse e a régua, na janela de edição de imagem que vai ser criada. Veja o capítulo sobre a Janela de imagem para mais detalhes. Se quiser, pode mudar a unidade de medida para outra disponível na lista. Você pode escolher a orientação da imagem (Retrato ou Paisagem). Nas Opções Avançadas, é possível escolher a resolução (geralmente em pixels por polegada) do arquivo que será criado. Se for um arquivo para impressão, geralmente é importante atentar para esse ponto; as gráficas e laboratórios de impressão de fotografia digital geralmente informam qual é a resolução adequada para impressão das imagens. Na fotografia digital, entretanto, é mais difícil alterar esses valores porque dependemos do arquivo criado pela câmera. Ainda é possível escolher se a imagem vai utilizar espaço de cor RBG ou tons de cinza, escolher como a imagem será preenchida inicialmente (branca, transparente, ou com as cores de frente ou de fundo definidas na janela de ferramentas principal), e ainda escrever um comentário sobre a imagem. A maioria dos bons visualizadores de imagem suporta exibir e editar esses comentários.


Abrindo arquivos Há diversas maneiras de se abrir um arquivo existente no GIMP. Para começar, o menu Abrir está disponível tanto no menu Arquivo da janela de ferramentas principal, quanto no menu Arquivo da janela de edição de imagem. Vai se abrir uma janela para que possamos escolher o arquivo que vamos editar:

A janela será aberta mostrando o conteúdo da pasta da qual abrimos um arquivo da última vez. Assim, se na última vez abrimos uma imagem que estava na pasta Home do usuário, da próxima vez a janela Abrir vai exibir novamente o conteúdo da pasta Home. É preciso conhecer a estrutura de pastas do computador que estamos usando para conseguirmos encontrar o arquivo desejado. Escolha o arquivo a ser editado com um clique de mouse, e pressione Abrir, ou simplesmente dê um clique duplo sobre o arquivo. Aqui, para facilitar, você pode escolher qual tipo de arquivo será listado. O padrão é listar todos os tipos de arquivo de imagem suportados, mas se você sabe o tipo do arquivo, mudar essa opção para filtrar por uma determinada extensão facilita bastante a busca, especialmente em pastas que possuem muitos arquivos, e de tipos diferentes. À direita da janela de abrir, é mostrada uma pré-visualização da imagem selecionada, auxiliando a busca. O atalho de teclado para Abrir é Ctrl+O. Para abrir um arquivo a partir do navegador de arquivos do sistema operacional, clique sobre ele com o botão direito do mouse. A depender do sistema operacional, e do gerenciador de janelas usado, o resultado será diferente. Em geral, há uma opção "Abrir com..." que permite escolher o programa que queremos usar para abrir o arquivo naquele momento. Se o GIMP estiver corretamente instalado, deverá aparecer nessa lista. Na janela de ferramentas principal, o menu Arquivo tem ainda uma opção Abrir Recente mostra uma lista com os últimos arquivos que foram abertos, dispensando o trabalho de procurar novamente pelo arquivo na nossa estrutura de pastas. OBS: Para abrir um outro arquivo como uma camada para o mesmo trabalho que estamos editando, usamos a opção Abrir como camada. A imagem não será aberta como um novo arquivo para ser editado, mas como uma outra camada no trabalho atual.


Salvando arquivos Quando fazemos alterações em um arquivo de imagem existente, ou quando criamos um novo arquivo, é necessário salvar o arquivo para que as modificações sejam guardadas. No caso de um arquivo novo, é preciso dar um nome a ele na primeira vez em que for salvo. Se o botão de fechar a janela de imagem for clicado e o arquivo tiver sofrido modificações que ainda não foram salvas, o GIMP mostrará o aviso:

Nessa janela, é possível escolher "Não Salvar", e o arquivo será fechado sem guardar as modificações. Escolhendo "Cancelar", o fechamento é cancelado, ou seja, o arquivo continua aberto. Escolhendo "Salvar", as modificações feitas desde o último salvamento serão gravadas. A janela de salvar é mostrada aqui:

Ela só é exibida da primeira vez que o arquivo é salvo, ou quando escolhemos a opção "Salvar Como" no menu Imagem:Arquivo/Salvar Como. Salvar como permite mudar o nome e o tipo do arquivo, preservando o arquivo original. A opção "Navegar em outras pastas" por padrão fica fechada, mas se for expandida mostrará as


opções de escolha de arquivo, que nos permite navegar na estrutura de pastas e escolher o local onde queremos salvar a imagem. Por padrão, a pasta onde o último arquivo foi salvo é sugerida para salvarmos a imagem atual. A opção "Tipo de preenchimento (por extensão)" também fica fechada por padrão, e quando escolhida mostra uma lista de formatos de arquivos suportados para gravação de arquivos. Se você souber a extensão do tipo de arquivo que deseja salvar (por exemplo, .jpg, .png, .xcf), basta escrever a extensão após o nome do arquivo, e o formato correto vai ser associado à extensão. Uma dica que o GIMP nos dá, para sabermos se há ou não alterações que ainda não foram salvas no arquivo, fica na barra de título da janela de edição de imagem: sempre que o arquivo sofreu modificações e ainda não foi salvo, um sinal de asterisco (*) é mostrado antes do nome do arquivo.

Desenhando objetos simples • Desenhando uma linha reta • Desenhando um retângulo ou uma elipse

Desenhando uma linha reta Vamos ver como desenhar objetos simples com o GIMP. Para desenhar uma linha reta, você pode utilizar sua ferramenta de desenho preferida, o teclado e o mouse. Vejamos como: Crie uma nova imagem. Selecione sua ferramenta de desenho preferida ou escolha o pincel, se estiver na dúvida. Selecione uma cor para o desenho, e certifique-se que as cores da frente (foreground) e do fundo (background) são diferentes. Caso contrário, você não conseguirá enxergar o que desenhar. Crie um ponto inicial clicando na área da imagem com o botão esquerdo do mouse. Agora segure o Shift do teclado e posicione o cursor do mouse no local aonde vai terminar a reta. Você verá uma linha fina unindo os pontos, indicando onde o desenho da linha vai ficar. Veja a imagem ilustrativa:


Se estiver satisfeito com a posição e o comprimento da linha, clique com o botão esquerdo do mouse para finalizar a linha.O GIMP mostrará uma linha agora, com a espessura e a cor selecionadas. Se nada acontecer, verifique se a cor da frente está igual à cor do fundo. Experimente criar muitas linhas, modificando seus atributos (cor, largura, estilo, etc.), através da escolha de diferentes ferramentas, formatos de pincel, cores, linhas e texturas na hora de desenhar.

Desenhando um retângulo ou uma elipse Podemos desenhar um retângulo ou uma elipse (isso inclui um círculo e um quadrado) usando as ferramentas de seleção. Vamos usar o desenho de uma elipse nesse exemplo. Para desenhar um retângulo, o procedimento é exatamente o mesmo; a diferença é que você vai escolher a ferramenta de seleção de retângulos. Escolha a ferramenta de seleção de formas elípticas e selecione uma região da imagem. No nosso caso, é uma imagem nova, em branco. Com uma elipse selecionada, podemos preencher com uma cor utilizando a ferramenta de Preenchimento com Cor. Basta escolher a ferramenta de preenchimento na janela de ferramentas principal (a que tem um ícone com um balde), em seguida escolher a cor do preenchimento e clicar na janela da imagem. Não é necessário clicar no interior da elipse, pois como se trata de uma seleção, somente o interior da região selecionada (nesse caso, a elipse que queremos desenhar) será preenchida.


Para criar uma linha com o formato da seleção, seja uma elipse ou um retângulo, utilize a opção Contornar Seleção no menu Imagem:Editar. Esta é a janela de diálogo que será exibida:


Essa janela tem duas opções principais: Contornar a seleção com Linha de contorno ou Contornar com uma ferramenta de pintura. A primeira opção vem marcada por padrão. Com a opção Linha de contorno selecionada, clique sobre a opção Estilo das linhas para abrir mais opções, referentes ao formato das pontas e dos cantos da linha, e estilos de linhas tracejadas. Se você não abrir a opção Estilo das linhas, o GIMP vai criar a linha com as opções escolhidas na última vez. Se você escolher Contornar com uma ferramenta de pintura, terá bastante liberdade para criar, pois as ferramentas de pintura têm bastantes possibilidades de configuração, e elas podem ser usadas para contornar a seleção. Ao escolher essa opção, a lista de ferramentas de pintura ficará disponível. Ao clicar em Contornar, a seleção efetuada na imagem será contornada com a ferramenta de pintura escolhida, e com as configurações definidas previamente na janela de ferramentas principal. Por exemplo, escolhendo a ferramenta Pincel, é possível escolher o tipo e a espessura da linha, selecionando um dos tipos de pincéis disponíveis; ainda é possível selecionar a opacidade e o modo desejados, e todas as personalizações possíveis para um pincel. Veja na imagem abaixo um exemplo em que foi escolhida a opção Contornar com uma ferramenta de pintura. Nesse caso, foi escolhido o Pincel, e ele foi configurado para pintar com a cor vermelha, opacidade 100%, e estilo do pincel do tipo Círculo de bordas nítidas e raio de 11 pixels (Circle(11)).


Experimente essa funcionalidade, escolhendo ora a opção Linha de contorno e ora a opção Contornar com uma ferramenta de pintura. Em ambas, varie as opções possíveis até se familiarizar com as ferramentas e ser capaz de criar desenhos utilizando apenas as formas simples oferecidas pelo GIMP.

Criando e usando seleções • Seleção retangular • Seleção elíptica • Seleção a mão livre (lasso) • Seleção de regiões contíguas • Selecão por cor • Seleção de formas a partir da imagem • Vetores (ou caminhos) Soluções devem ser criadas para podermos editar uma parte específica da imagem, sem que o efeito ou a transformação aplicada afete toda a camada ou imagem. O GIMP tem diversas ferramentas disponíveis para seleção. Cada uma delas se adequa mais a um determinado uso. Veja quais são elas, pela ordem que aparecem na janela de ferramentas principal:

Seleção retangular Seleciona regiões da imagem em forma de retângulo (lembrando que um quadrado é um retângulo!) - o atalho de teclado para ela é 'R';


Seleção elíptica Seleciona regiões elípticas da imagem (um círculo é uma elipse) - o atalho para essa ferramenta no teclado é 'E';

Seleção a mão livre (lasso) Permite se "desenhar" com o mouse a região que vai ser selecionada. Muito útil para selecionar regiões sem uma forma definida na imagem. Por outro lado, é difícil seguir algum contorno com a ferramenta, pois depende da habilidade do usuário em conduzir o mouse apropriadamente.

Seleção de regiões contíguas Permite selecionar tomando como referência a cor, porém selecionando apenas regiões contíguas na imagem. Ao se clicar na camada utilizando essa ferramenta, todos os pixels vizinhos que tenham a mesma cor daquele que foi clicado são selecionados. O atalho no teclado é um 'Z';

Selecão por cor Também seleciona regiões tomando por base sua cor, mas diferente da anterior, seleciona regiões não contíguas da imagem. Se clicamos com essa ferramenta numa região azul do céu, por exemplo, toda a área do céu com aquele tom de azul será selecionada. Mas também serão selecionadas outras regiões da figura com a mesma cor, mas que não estão ligadas ao céu. Uma camisa azul, por exemplo, também seria selecionada junto com o céu.

Seleção de formas a partir da imagem Para essa ferramenta, o GIMP usa atributos da imagem para identificar limites, e cria uma linha de seleção que segue esses limites. Esta ferramenta é muito útil para selecionar partes da imagem que têm um contorno nítido. Clique num ponto qualquer do contorno da região que deseja selecionar. Depois clique em outro ponto adiante, também no limite da região a ser selecionada. Veja que a linha formada segue o contorno da figura. Continue clicando em pontos ao redor da região a ser selecionada até contorná-la por completo. Para terminar, é necessário clicar no ponto aonde se começou a seleção. Você terá então uma linha circulando toda a região a ser selecionada, mas que ainda não é uma seleção. Para ela virar uma selecão, clique em qualquer ponto no interior da região circundada pela linha. Agora você verá o "caminho de formiga", que é como se chama essa linha com traços se movimentando que representam uma seleção. Se a seleção não ficou perfeitamente ajustada ao contorno do objeto, você pode ainda modificá-la (puxar e arrastar, adicionar novos nós, mover os nós existentes), basta editá-la antes de transformar a linha em caminho de formiga.

Vetores (ou caminhos) Não é exatamente uma ferramenta de seleção, mas no GIMP, é utilizada como tal. Se a extensão gimp-svg estiver instalada, é possível também editar imagem vetorial no GIMP. Mas a ferramenta de vetores serve basicamente para se criar vetores que serão transformados em seleções através do menu Imagem:Seleção->Do Vetor. Vetores são um recurso poderosíssimo, pois permitem utilizar os pontos de controle (pontos de manipulação Bezier) para editar os nós, manipulando formas e curvas dos vetores, de forma semelhante ao que se faz na edição de imagem vetorial. Consulte o material do curso de Inkscape para saber mais sobre isso. A escolha da ferramenta de seleção é muito pessoal, e cada uma foi implementada para se adequar a


um uso específico. Pense bem ao fazer a escolha da ferramenta, para garantir que vai conseguir executar a tarefa sem excesso de trabalho ou gasto de tempo. A descrição acima auxilia a escolha, mas as preferências são pessoais e cada um deve experimentar as ferramentas de seleção em diversas situações para estar apto a escolher conscientemente. O uso da máscara rápida de seleção ajuda bastante, uma vez que permite utilizar as ferramentas de pintura para criar seleções. A Máscara é mostrada com detalhes em um capítulo a parte.

Usando a máscara rápida de seleção A máscara rápida de seleção é um recurso bastante útil para conseguirmos selecionar objetos de contorno irregular, ou que, por algum motivo, sejam difíceis de selecionar através das ferramentas de seleção tradicionais. Também facilita selecionar gradativamente uma parte da imagem, ou selecionar suavemente, ou também selecionar regiões diferentes da imagem, com características de seleção diferentes. Todas essas facilidades se devem ao fato de podermos usar o pincel, a borracha, e todas as ferramentas de pintura para selecionar, escolhendo os diferentes tamanhos e texturas de pincel, em lugar de utilizar as ferramentas específicas para seleção. A máscara é como uma nova camada, que é exibida sobre a imagem, mas de forma a podermos enxergar a imagem sob ela. Ao pintarmos ou apagarmos a máscara, as partes da máscara que estiverem transparentes serão convertidas em seleção. Quanto maior o grau de transparência, maior a intensidade da seleção daquele ponto. Onde a máscara estiver visível, a imagem não será selecionada. Assim, podemos ter uma seleção com intensidade de 50%, numa região onde a máscara estiver 50% transparente. Se aplicamos um degradê sobre a máscara, a seleção também será gradativa. Em resumo, a seleção é definida por um canal, baseada em quão opaco é esse canal sobre cada ponto. Isso significa que a seleção não precisa necessariamente ter bordas, mas é definida a cada ponto, permitindo selecionar objetos de borda não nítida ou irregular, e selecionar parcialmente uma região da imagem. Veja o capítulo sobre seleção para saber como funciona a seleção no GIMP. Vamos a um exemplo prático. Vamos usar essa fotografia:


Ligue a máscara rápida de seleção (no menu Imagem:Selecionar, ou clicando sobre o pequeno botão com um quadrinho tracejado no canto inferior esquerdo da imagem, ou ainda usando o atalho de teclado Shift+Q). Veja a aparência dela:

A máscara tem essa cor, mas caso isso atrapalhe a edição da imagem (no caso, por exemplo de a imagem que está sendo editada ter cores semelhantes à da máscara), sua cor pode ser alterada. Para isso, abra o diálogo de Canais (através do menu Diálogos da janela de edição), e clique com o botão direito sobre o canal correspondente à Máscara de Seleção. No menu que se abrir, escolha a opção


"Editar os atributos do canal" e escolha uma nova cor. Neste exemplo, vamos apenas fazer uma seleção em forma de degradê, a título de demonstração. Serve para mostrar como a seleção pode ser gradual, sem limites definidos. Usando uma ferramenta de pintura, o Degradê, vou escolher um degradê de forma radial (circular) e aplicá-lo na máscara, a partir do centro da flor. Veja o resultado:

Para utilizarmos o efeito da máscara, é preciso lembrar de desativá-la. Se tentarmos aplicar qualquer efeito sem desativar a máscara, o efeito será aplicado ao canal correspondente à mascara, e não à imagem. No momento que desligamos a máscara, ela se transforma em uma seleção. Só então podemos podemos trabalhar sobre ela. Veja a imagem após desligamento da máscara. Uma linha do tipo "caminho de formigas" vai ser mostrada com a forma aproximada da seleção. Mas essa linha não define exatamente os limites da seleção.


No nosso exemplo simples, apenas recortei a parte selecionada, deixando um efeito suave. Dá para notar que a seleção não tinha limites definidos nitidamente, mas que seguia a proporção do degradê. Veja o resultado:

Experimente outros usos da máscara para fazer seleções, para se acostumar a utilizá-la.


Manipulando Camadas O GIMP é capaz de trabalhar com camadas, como outros editores de imagem. Para entender como funciomam as camadas, imagine diversas lâminas de plástico ou vidro, transparentes, uma sobre a outra. Em cada uma delas, há uma imagem. Você está olhando para elas por cima. Como as lâminas são transparentes, você consegue enxergar através delas. Assim, o que você vai enxergar é um conjunto de imagens sobrepostas, sendo que a imagem das lâminas que estão acima impedem a visão das imagens nas lâminas abaixo. Uma figura em camadas é parecido. Cada camada pode ter uma imagem, ou partes da imagem, de forma que, enxergando todas as camadas como se as víssemos por cima, elas compõem uma imagem. Trabalhar usando camadas nos permite isolar partes da imagem, sobrepor uma imagem a outra, aplicar efeitos ou transformações a apenas uma parte da imagem, sem ter que fazer seleções complexas ou usar outros artifícios. Ainda é possível ter qualquer grau de transparência nas camadas, permitindo que uma camada seja visualizada abaixo de outra. Não há limites, no GIMP, de quantas camadas podemos usar. O limite é a quantidade de memória disponível. As camadas podem ter um nome, ter ou não canal alfa (transparência), e podem estar visíveis ou não. A janela de Diálogo de camadas é a janelinha com as ferramentas para selecionarmos e manipularmos as camadas. Ela pode ser aberta através do menu: Imagem:Diálogos-Camadas ou através do atalho de teclado Ctrl+L

Para deixar uma camada visível ou não, clique no botão com uma figura de um olho, ao lado da miniatura da imagem que representa a camada. O botão entre o de visibilidade e a miniatura que representa a camada exibe uma corrente se for clicado. Com ele, você pode agrupar várias camadas, para executar uma mesma operação (como mover, ou transformações) sobre todo o grupo ao mesmo tempo. Os botões na parte de baixo da jenela de Diálogo de Camadas permitem criar uma nova camada,


mover a camada uma posição acima ou abaixo, duplicar, ancorar ou remover uma camada. Clicando-se com o botão direito sobre a representação de alguma das camadas, se abre um menu com uma lista de opções úteis que podem ser aplicadas à camada. Este não é o mesmo menu Camadas da janela de edição da imagem. As funcionalidades usadas com mais frequência (adicionar nova camada, duplicar uma existente, mover para cima ou para baixo, ou remover uma camada) não precisam ser usadas através do menu, pois estão comodamente posicionadas na parte inferior da janelinha de diálogo. • O menu para editar as propriedades de uma camada:

Dando um clique duplo sobre o nome de uma camada, podemos alterar seu nome. Ainda na caixa de Diálogo de Camadas, você pode definir o quanto uma camada será visível ou transparente (o quanto se pode ver através dela). Isso é chamado de opacidade. Quando mais opaca uma camada, menos se pode enxergar através dela. O Modo define de que maneira as cores de uma determinada camada se combinam com as cores da camada abaixo dela, para produzir o efeito que é visualizado. Às vezes alteramos o modo para conseguirmos um determinado efeito ou resultado, mas o mais comum é trabalhar com as camadas no Modo Normal. O pequeno check-box logo à frente da opção de Modo deve ser marcada se desejarmos manter as propriedades de transparência da camada, mesmo mudando o modo como cada pixel seu interage com os pixels das camadas abaixo. Observação: Quem ainda não tem muita prática com edição usando camadas comete muito um erro comum: utiliza as ferramentas de edição na imagem, mas não vê o efeito ou o resultado não é aquele esperado. Na verdade ela está editando uma camada e enxergando outra. A camada que vai sofrer qualquer edição tem que estar selecionada no diálogo de camadas. Se, mesmo com a camada correta selecionada, você não vê as alterações que está fazendo, verifique se há outras camadas acima daquela que você está editando. Se há uma camada acima, e ela não é transparente (ou seja,


se tem opacidade alta), você enxargará apenas a camada mais acima e não verá as alterações acontecendo na camada que está sofrendo a edição. O tamanho da camada também é variável, pois não é necessário que uma camada tenha o tamanho igual ao tamanho total da imagem. Quando se insere um texto, por exemplo, esse texto é guardado em uma nova camada, que tem apenas o tamanho da caixa de texto. A camada vai consumir mais espaço na memória a depender de seu tamanho, e não de seu conteúdo. Se uma camada tem dimensões grandes, ela vai ocupar mais espaço da memória RAM, mesmo que nela só haja uma pequena e simples imagem. Para começar a trabalhar com camadas, se sua imagem só possui uma, você deve usar a opção do menu Imagem:Camadas/Nova Camada. O diálogo que se abrirá permite escolher um nome e um tamanho para a nova camada. Os campos com altura e largura já vêm preenchidos com valores iguais aos da imagem que está aberta. • Diálogo para criar uma nova camada:

No Tipo de Preenchimento da Camada podemos escolher se a nova camada será Branca, Transparente, ou terá a cor de frente ou a cor de fundo selecionadas na janela de ferramentas principal. A opção Duplicar Camada no menu Camadas cria uma nova camada que é idêntica à camada original. Ao mandar salvar um arquivo de imagem que está dividida em camadas, é preciso salvá-lo em um formato que suporte armazenar essas camadas. O formato de imagem do GIMP, o XCF, tem suporte a camadas. Salvando um trabalho em XCF, ele pode ser aberto posteriormente, permitindo continuar o trabalho. As camadas, canais, vetores, atributos de camadas como nomes, posicionamento e opacidade, são preservados. É recomendável salvar nesse formato sempre que o trabalho ainda não estiver terminado e pretendemos continuar mais tarde. Outros formatos comuns para armazenamento de imagem, como PNG e JPG não suportam armazenar camadas. Para salvar em um desses formatos, é preciso Achatar a imagem. Achatar significa transformar todas as suas camadas em uma só, que serão vistas exatamente como enxergamos o trabalho como um todo, mas não será possível recuperar as camadas. Ao mandar salvar uma arquivo em um desses formatos, o GIMP mostrará um alerta dizendo que a imagem não pode armazenar camadas ou não sabe tratar transparêcias, e portanto tem que ser achatada:


As camadas da imagem podem ser achatadas através da opção do menu Imagem:Imagem/Achatar Imagem. Se já estiver achatada no momento que mandamos salvar em PNG ou JPG, o alerta não será mais mostrado. Também podemos achatar a imagem e mantê-la em XCF, mas isso também provocará perda dos atributos das camadas, os quais não poderão ser restaurados qando o arquivo for reaberto futuramente. A opção Combinar Abaixo do menu Camadas faz com que a camada selecionada se combine com a camada imediatamente abaixo, tornando-se uma só camada. Se usarmos a operação Combinar Abaixo diversas vezes, até que reste apenas uma camada, é equivalente à operação de Achatar a Imagem. As operações de transformação, como espelhar, rotacionar e redimensionar podem ser feitas tanto sobre uma camada quanto para toda a imagem. Se a transformação for feita para toda a imagem (utilizando o menu Imagem), ela valerá para todas as camadas que compõem a imagem. Se for feita apenas na camada (coma as opções do menu Camadas) então ela valerá apenas para a camada que estiver ativa no diálogo de Camadas. A opção Cortar Automaticamente do menu Camadas corta a camada, redimensionando-a para que ela comporte apenas a parte que contém algo. Se você criou uma camada nova e fez algum desenho nela, mas o desenho não ocupa toda a camada, essa opção pode ser usada, fazendo com que a camada se ajuste melhor à imagem. A opção Alinhar Camadas Visíveis utiliza diversos métodos para alinhar as camadas existentes. Se as camadas que foram sendo criadas ao longo do trabalho não têm o mesmo tamanho, essa ferramenta pode ser usada para alinhá-las vertical ou horizontalmente, ou usando uma das opções disponíveis. A opção Tamanho dos Limites da Camada altera o tamanho dos limites da camada para os valores escolhidos, enquanto que a opção Camada para o tamanho da Imagem altera os limites da camada para o tamanho da camada. Quando os limites da camada são alterados, a camada em si não cresce, ou seja, a imagem contida nela, e o próprio fundo da camada continuam do mesmo tamanho e na mesma posição. O que muda são os limites que definem as dimensões da camada. Em geral, as funcionalidades apresentadas através do menu Camadas também estão disponíveis clicando-se com o botão direito do mouse sobre a representação da camada no diálogo de camadas.


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