Caderno Pedagogico 6.14

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CADERNOS PEDAGÓGICOS DE FORMAÇÃO GERAL VOLUME 6

Cidadania e Exclusão Social

ALUNO(A):

2013/1


NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

CADERNOS PEDAGÓGICOS DE FORMAÇÃO GERAL VOLUME 6

REITOR Arody Cordeiro Herdy PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA Carlos de Oliveira Varella PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Emilio Antonio Francischetti PRÓ-REITORA COMUNITÁRIA E DE EXTENSÃO Sônia Regina Mendes PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO José Luiz Rosa Lordello

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INOVA NÚCLEO INOVADOR Unigranrio – INOVA Coordenadora: Maria Rita Resende Martins da Costa Braz

ESCOLA DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS, LETRAS, ARTES E HUMANIDADES Diretora: Haydéa Maria Marino de Sant´anna Reis

INSTITUTO DE ESTUDOS FUNDAMENTAIS I Diretora: Lúcia Inês Kronemberger Andrade

INSTITUTO DE ESTUDOS FUNDAMENTAIS II Diretor: Lindonor Gaspar de Siqueira

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

NÚCLEO ALÉM DA SALA DE AULA Benjamin Salgado Quintans Frederico Adolfo Schiffer Junior Haydéa Maria Marino de Sant’anna Reis Herbert Gomes Martins Hulda Cordeiro Herdy Carmim José Luiz Rosa Lordello Sonia Regina Mendes

NÚCLEO DE APOIO METODOLÓGICO - NAM Anna Paula Soares Lemos Carlos de Oliveira Varella José Luiz Rosa Lordello Lindonor Gaspar de Siqueira Lúcia Inês Kronemberger Andrade Maria Rita Resende Martins da Costa Braz

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD Lúcia Inês Kronemberger Andrade Vanessa Olmo Pombo

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL Anna Paula Soares Lemos Edeusa de Souza Pereira Joaquim Humberto Coelho de Oliveira Lucimar Levenhagen Alarcon da Fonseca Tania Maria da Silva Amaro de Almeida

NÚCLEO DE MEMÓRIA E DOCUMENTAÇÃO INSTITUCIONAL Tania Maria da Silva Amaro de Almeida

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NÚCLEO DE PRÁTICAS INCLUSIVAS Lucimar Levenhagen Alarcon da Fonseca

ORGANIZAÇÃO / REVISÃO / DIAGRAMAÇÃO DESTE MATERIAL: NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

Professores(as) Anna Paula Lemos Edeusa de Souza Pereira Joaquim Humberto Coelho de Oliveira Lucimar Levenhagen Alarcon da Fonseca Tania Maria da Silva Amaro de Almeida

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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FICHA DE UNIDADE DE APRENDIZAGEM Atividade: TAE 1 / Trabalho Acadêmico Efetivo 1. (Atividades Integradas de Formação Geral I) Unidade Nº: Seis (6/14) Título: Cidadania e Exclusão Social Objetivos de aprendizagem: Comparar modelos de cidadania Analisar a relação da cidadania com os direitos no Brasil Compreender a relação entre Estado e sociedade civil no Brasil Atentar para as consequências da má distribuição de renda para cidadania Tópicos abordados: Características da cidadania no Brasil “Estadania” e Cidadania

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Cidadania e redistribuição de renda A “nova classe média” brasileira

Introdução: Nos vídeos intitulados “Caminhos da Cidadania no Brasil”, vemos as particularidades e problemas da construção da cidadania em terras brasileiras.

Em http://univesptv.cmais.com.br/caminhos-da-cidadania-no-brasil-ii-parte-2-de-2, por volta do quarto ao sexto minutos, é apresentada a teoria de T. H. Marshal. Segundo este teórico britânico, há um modelo de cidadania que se combina com uma sucessão de direitos. Esse modelo, historicamente, ocorreu na Inglaterra. E aí, tivemos, de acordo com o modelo, primeiramente os direitos civis e, sucessivamente, os políticos e sociais.

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O direito de ir e vir.

http://irmaosonline.blogspot.com.br/2011/05/o-direito-de-ir-e-vir.html

O que são esses direitos? Os direitos civis protegem o cidadão do Estado. Dizem respeito às liberdades individuais, como: a de ir e vir, a de expressão, a de credo religioso, etc. Os direitos políticos garantem a participação do cidadão no Estado, como os direitos de eleger e ser eleito. Já os direitos sociais exigem a participação do Estado para promover, por exemplo, a saúde, a educação, a moradia, etc.

Os Direitos Sociais

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http://amfglolm.blogspot.com.br/2011/04/direitos-civis.html

Mas, no Brasil, não se aplica o modelo inglês. Pelo contrário, houve uma inversão. Primeiro os sociais, depois os civis e, depois, os políticos. Então, entre nós, alguns direitos sociais foram adquiridos em regimes ditatoriais e autoritários, sem os direitos políticos. Isso marca, acentuadamente, a nossa cultura política, influenciada por um Estado paternalista, que oscila entre ser repressor, ser cobrador de impostos e distribuidor de favores.

Em http://univesptv.cmais.com.br/caminhos-da-cidadania-no-brasil-i-2-2, o historiador José

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Murilo de Carvalho denomina essa situação, com forte presença do Estado na vida social brasileira, como “estadania”, em contraste com cidadania (4:41). Em contraste, porque quanto mais forte o executivo, mais fraca a representação política (5:25).

Por fim, em http://univesptv.cmais.com.br/caminhos-da-cidadania-no-brasil-ii-parte-2-de-2 é focada a situação global dos dias de hoje, com o privilégio das relações e interesses econômicos, enfraquece-se ainda mais a atividade política (2:22). E, justamete, dessa atividade esperam-se práticas que reorientem o mercado a fim de gerar mais inclusão social, ou seja, melhor redistribuição de renda e combate à miséria. Pois, um dos maiores problemas da democracia e da cidadania brasileira é, sem dúvida, a grande discrepância entre os pouco e muito ricos e os muito e muito pobres.

No entanto, nos últimos dez anos, novos segmentos sociais ascenderam economicamente no Brasil. Há uma discussão sobre como denominá-los, se por “nova classe média”, “nova classe C” ou se por “classe batalhadora”. Isso porque sociólogos não acham adequado classificar as classes sociais apenas por critério de renda, ignorando o que se denomina capital cultural.

Não nego que tenha havido a ascensão social de 30 milhões de brasileiros nem que esse fato seja extremamente importante e digno de alegria. O que questiono é a leitura dessa classe como uma classe média. A classe média é uma das classes dominantes em sociedades como a brasileira porque é constituída pelo acesso privilegiado a um recurso escasso de extrema importância: o capital cultural. Seja sob forma de capital cultural

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL técnico, como na "tropa de choque" do capital (advogados, engenheiros, administradores, economistas etc.), seja pelo capital cultural literário de professores, jornalistas, publicitários etc., esse tipo de conhecimento é fundamental. Tanto a remuneração quanto o prestígio social atrelados a esse tipo de trabalho são consideráveis. (FOLHA DE SÃO PAULO, 2013)

Já os batalhadores, ou a nova classe em ascensão, tem uma vida [...] marcada pela ausência dos privilégios de nascimento que caracterizam as classes médias e altas. Não falo só do dinheiro transmitido por herança. Os privilégios envolvem também o recurso mais valioso das classes médias: o tempo. Os batalhadores, em sua esmagadora maioria, precisam começar a trabalhar cedo e estudam em escolas públicas de baixa qualidade. Eles compensam a falta do capital cultural e econômico com esforço pessoal, dupla jornada e aceitação de todo tipo de superexploração da mão de obra. (FOLHA DE SÃO PAULO, 2013)

http://midias2.gazetaonline.com.br//_midias/jpg/2012/08/11/739_classe_media-699304-5026e14f3bd59.jpg

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Os Batalhadores Brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora?

Óleo sobre tela: “Operários”, Tarsila do Amaral http://www.tarsiladoamaral.com.br/

Portanto, em busca desse capital cultural, em complemento às aquisições econômicas, aumenta, consideravelmente, a procura pelos cursos universitários e também pelos aeroportos e viagens.

E os investimentos não ficam alheios a essa movimentação na sociedade brasileira, Enquanto no andar de cima o dinheiro que sobra vai para investimentos e no de baixo vai para alimentação, esse segmento consome. De uma maneira geral, nessa faixa a renda dos trabalhadores cresceu 9%, contra uma inflação de 5%. O freguês dos

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL shoppings gasta em média cerca de R$ 70. [...] Hoje a clientela dos shoppings da BRMalls é a chamada classe média emergente, um nome chique para o que nada mais é que o trabalhador brasileiro. As classes B e C têm uma renda familiar que vai de R$ 1.600 a R$ 6.900. Em 2003, havia 66 milhões de pessoas na classe C. Em 2009, chegaram a 95 milhões e, em 2014, poderão ser 113 milhões. (GASPARI, 2013).

Com isso, “com uma boa dose de esperança, claro, a nova classe C está indo à luta e, quando voltar, não se resignará mais a viver sob certos padrões culturais, nos sentidos lato e estrito” (DAPIEVE, 2012).

Conteúdo: FOLHA DE SÃO PAULO. É um erro falar que existe nova classe média no Brasil. Disponível em :<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1302201106.htm.> Acesso em 26 fev 2013.

UNIVESP. Caminhos da Cidadania no Brasil. Disponível em < http://univesptv.cmais.com.br/busca>. Acesso em 26 fev 2013.

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Síntese: A cidadania no Brasil tem a singularidade de ter concentrado mais poder nas mãos do Estado do que na própria sociedade civil. Isso é percebido no atendimento a alguns direitos sociais básicos, antes mesmo de ter sido garantido os direitos políticos. Além dessa dificuldade, a cidadania, no Brasil, também se depara com a alta desigualdade econômica. Porém, nos últimos dez anos, constata-se a ascensão de novos segmentos sociais, sobre o qual não há consenso como denominá-lo: “nova classe média”, “nova classe C”, “classe batalhadora”, etc.

Desigualdade econômica. http://4.bp.blogspot.com/-XUIt4YINoI8/T5PUFrTYJZI/AAAAAAAAFWA/Wp5pS6ahNbI/s400/desigualdades-sociais.jpg

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Leituras complementares: ABC DAS CLASSES SOCIAIS. Jornal O Globo, 18 de maio de 2012. DAPIEVE, Arthur. Pelo capital cultural. A classe C vai à guerra. Jornal O Globo, 18 de maio de 2012. GASPARI, Elio. Uma empresa de um novo Brasil. Disponível

em:

<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/38561-uma-empresa-de-um-novo-

brasil.shtml>. Acesso em: 28 fev 2013.

Bibliografia recomendada: <http://blogs.unigranrio.com.br/formacaogeral/>. Acesso em 22 fev 2013. CARVALHO, José Murilo de Carvalho.Cidadania no Brasil. O longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. DIMENSTEIN, Gilberto. Cidadão de papel. São Paulo: Ática, 2001. MATTA, Roberto. A casa e a rua. Espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1997. PINSKY, Jaime e PINSKY, Carla Bassanezi. História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.

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Música: Clique nos títulos das músicas veja o vídeo e ouça a música. HINO DA CIDADANIA:

Que País É Esse? Legião Urbana “ (...) Nas favelas, no Senado Sujeira pra todo lado Ninguém respeita a Constituição Mas todos acreditam no futuro da nação Que país é esse? (...) ”

Cidadão – Zé Geraldo

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Leituras de imagens: A nova classe média brasileira.

http://brasil.indymedia.org/images/2012/03/504534.jpg

Exclusão Social

https://www.facebook.com/juventudesustentavel.oficial

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Reflita: “O bullyng é uma palavra moderna para designar o processo de estigmatização e suas consequências... é, inegavelmente, uma violência aos direitos humanos...” (Jorge Bichuetti)

Filmes sobre Cidadania e Exclusão social.

Filme: Colegas

Trio de

Estrelado por um trio de atores com síndrome de Down, "Colegas", de Marcelo Galvão, faturou o Kikito de melhor filme da 40ª edição do Festival de Cinema de Gramado. A cerimônia de premiação foi realizada na noite deste sábado (18) no Palácio dos Festivais. Clique AQUI para assistir ao trailler do filme.

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Ônibus 174: um olhar sobre a violência urbana e a exclusão social

Do mesmo diretor de Tropa de Elite, Ônibus 174 é mais uma obra prima de José Padilha. O documentário concentra-se em mostrar a vida de Sandro Dias do Nascimento, o jovem que sequestrou um ônibus na zona sul do Rio de Janeiro, em julho de 2000.

Clique AQUI para assistir ao trailler do filme.

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O Contador de Histórias

O Contador de Histórias` mostra a incrível vida de Roberto Carlos Ramos, que nasceu em uma família pobre em BH e foi levado pela própria mãe para a FEBEM, onde `comeu o pão que o diabo amassou` e fugiu mais de 100 vezes, até conhecer a pedagoga francesa Margheritte , que acreditando que nenhuma criança é irrecuperável praticamente o adotou, e lhe mostrou que a vida podia ser muito melhor do que a realidade brutal que o cercava. Clique AQUI para assistir ao trailler do filme.

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Curiosidade: Desde 2002 o Brasil passou a ter uma outra língua oficial além do português, é a Língua Brasileira de Sinais (Libras), com o objetivo de diminuir a exclusão social dos surdos. Com isso, depois de muitos anos de lutas e debates as pessoas surdas conquistaram o direito de exercer sua cidadania e usar esta língua na escola, no trabalho e no convívio social.

Os índios Urubu-Kaapor, que vivem no Maranhão, próximo à fronteira com o estado do Pará, possuem uma língua de sinais própria (a Língua de Sinais Kaapor Brasileira), usada tanto pela comunidade surda do povo, como também por seus membros não surdos na comunicação com os surdos.

Quando os índios estão reunidos conversando e chega um índio surdo, imediatamente eles param de conversar oralmente e começam a falar em língua de sinais.

Um grande ato de cidadania, não é mesmo?

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E você saberia falar na 2ª língua oficial do seu país? Clique abaixo e conheça o Dicionário digital de LIBRAS.

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TEXTOS

TEXTO TEXTO 1 1

ENTREVISTA JESSÉ SOUZA. É um erro falar que existe nova classe média no Brasil. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1302201106.htm> . Acesso em: 01 mar 2013.

É UM ERRO FALAR QUE EXISTE NOVA CLASSE MÉDIA NO BRASIL Para sociólogo, os 30 milhões que ascenderam na era lula formam um grupo social diferente, de "batalhadores'

UIRÁ MACHADO DE SÃO PAULO Autor do livro "Os Batalhadores Brasileiros", o sociólogo Jessé Souza afirma que a ascensão social de 30 milhões de pessoas no governo Lula não produziu uma "nova classe média", mas uma classe social diferente, que ele chama provocativamente de "batalhadores". Assim como fizera em seu livro anterior, Souza procura determinar as características dessa classe por um recorte diferente do que ele chama de economicista e quantitativo, fugindo tanto de análises pelo consumo e renda quanto de abordagens marxistas "unidimensionais". Abaixo, trechos da entrevista sobre a classe que, para ele, "parece se constituir, com o resgate social da ralé, na questão social, econômica e política mais importante do Brasil contemporâneo".

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Folha - Em seu livro "Os Batalhadores Brasileiros", o senhor questiona a afirmação de que o governo Lula alçou 30 milhões de pessoas à classe média e diz até que se trata de uma mentira. Por quê?

Jessé Souza - Não nego que tenha havido a ascensão social de 30 milhões de brasileiros nem que esse fato seja extremamente importante e digno de alegria. O que questiono é a leitura dessa classe como uma classe média. A classe média é uma das classes dominantes em sociedades como a brasileira porque é constituída pelo acesso privilegiado a um recurso escasso de extrema importância: o capital cultural. Seja sob forma de capital cultural técnico, como na "tropa de choque" do capital (advogados, engenheiros, administradores, economistas etc.), seja pelo capital cultural literário de professores, jornalistas, publicitários etc., esse tipo de conhecimento é fundamental. Tanto a remuneração quanto o prestígio social atrelados a esse tipo de trabalho são consideráveis.

Folha - E os batalhadores?

Jessé Souza - A vida deles é outra. É marcada pela ausência dos privilégios de nascimento que caracterizam as classes médias e altas. Não falo só do dinheiro transmitido por herança. Os privilégios envolvem também o recurso mais valioso das classes médias: o tempo.

Os batalhadores, em sua esmagadora maioria, precisam começar a trabalhar cedo e estudam em escolas públicas de baixa qualidade. Eles

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compensam a falta do capital cultural e econômico com esforço pessoal, dupla jornada e aceitação de todo tipo de superexploração da mão de obra.

Essa é uma condução de vida típica das classes trabalhadoras, daí nossa hipótese de trabalho desenvolvida no livro que nega e critica o conceito de "nova classe média".

Folha - Como surgiu o nome dessa nova classe?

Jessé Souza - Nesse estudo, o que impressionou foi o esforço de superação de condições adversas. O título foi uma homenagem à luta cotidiana e silenciosa desses brasileiros. O termo "batalhadores" sinaliza o fato de que o que perfaz o cotidiano dessas pessoas é a necessidade de "matar um leão por dia" como forma de vida de toda uma classe social que tem que lutar diariamente contra o peso da própria origem.

Folha - Quais são os valores dessa classe batalhadora?

Jessé Souza - A principal diferença em relação aos excluídos e abandonados sociais é a constituição de uma ética articulada do trabalho duro.

Os batalhadores são quase sempre vindos de famílias pobres, mas bem estruturadas, com os papéis de pais e filhos reciprocamente compreendidos, exemplos de perseverança na família e estímulo consequente para o estudo e para o trabalho.

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Temos nas famílias dessa classe a incorporação da tríade disciplina, autocontrole e pensamento prospectivo que sempre está pressuposta em qualquer processo de aprendizado na escola e em qualquer trabalho produtivo. Sem disciplina e autocontrole é impossível, por exemplo, concentrar-se na escola - daí que os membros da ralé diziam repetidamente que "fitavam" o quadro negro por horas sem aprender.

Assim, ainda que falte a essa classe o acesso às formas mais valorizadas de capital cultural -monopólio das "verdadeiras" classes médias-, não lhes falta força de vontade, perseverança e confiança no futuro, apesar de todas as dificuldades.

Folha - Uma das características dos batalhadores parece ser a precariedade da situação econômica e social. O que o governo pode fazer?

Jessé Souza - Eu acho fundamental o aprofundamento mais consequente tanto da política social quanto de políticas de crédito e estímulo.

Folha - A religião é mais importante para os batalhadores que para a classe média tradicional?

Jessé Souza - O tema da religião é tão importante para essa classe que dedicamos toda uma parte do livro a essa temática. Mas é preciso cuidado, pois esse tema pode servir para que se construa uma nuvem de preconceitos contra essa classe. É, sem dúvida, correto que as religiões evangélicas -como, aliás, todas as religiões em alguma medida- exigem o sacrifício do intelecto, o que, efetivamente, não ajuda no exercício da tolerância nem no desenvolvimento das capacidades reflexivas dos seres humanos.

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Em troca, no entanto, essas religiões oferecem o que a sociedade como um todo, o Estado ou mesmo algumas das famílias menos estruturadas dessa classe jamais deram a eles: confiança em si mesmos, autoestima, esperança e força de vontade para vencer as enormes adversidades da vida sem privilégios de nascimento.

Nesse sentido, tudo leva a crer que a religião seja mais importante para esses setores do que para as classes médias estabelecidas, ainda que nunca tenhamos feito nenhum estudo sistemático.

E não apenas as religiões evangélicas, que são importantes especialmente nos núcleos urbanos. Também a católica, no interior do Nordeste, ainda forte, cumpre uma função fundamental de baluarte da solidariedade familiar e como fundamento de uma ética do trabalho em muitos aspectos semelhantes à do protestantismo.

Folha - A nova classe batalhadora faz surgir um novo tipo de preconceito no Brasil?

Jessé Souza - Sim, basta olhar as revistas que analisam o padrão de consumo dessa classe sob a égide da visão de mundo da classe média estabelecida. Ela aparece sempre como um tanto vulgar e sem o "bom gosto" que caracterizaria os estratos superiores.

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TEXTO 2 2 TEXTO

ELIO GASPARI. Uma empresa de um novo Brasil. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/38561-uma-empresa-deum-novo-brasil.shtml>. Acesso em: 01 mar 2013

UMA EMPRESA DE UM NOVO BRASIL ELIO GASPARI

Os shoppings da BRMalls faturaram 25% a mais no primeiro trimestre; como isso foi possível?

COMO DIRIA Bob Dylan, alguma coisa está acontecendo aqui, mr. Jones, mas você não sabe o que é. Na semana passada, a empresa brasileira BRMalls, que é dona e/ou administradora de 46 shoppings em 15 Estados e 29 cidades, anunciou que no primeiro trimestre deste ano seu faturamento cresceu 25%, chegando a R$ 4,1 bilhões.

Ela surgiu há cinco anos, com seis pequenos shoppings. Tornou-se a líder do mercado e no ano passado seus centros comerciais tiveram 360 milhões de visitantes, que movimentaram R$ 16 bilhões. Suas ações valorizaram-se 360%. A empresa vale R$ 10 bilhões.

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Mr. Jones tem dificuldade para entender isso, sobretudo porque ele viu as imagens de shoppings vazios na China, por excesso de oferta. O êxito do BRMalls reflete a conjunção de três acertos: percebeu que o consumidor brasileiro mudou, viu que quem investe ganha dinheiro e entrou no mercado com uma gestão profissional e meritocrática.

Entre 2008 e 2010, a empresa tomou um olho roxo metendo-se a administrar a Daslu, templo de exibicionismo da grã-finagem nacional.

Hoje a clientela dos shoppings da BRMalls é a chamada classe média emergente, um nome chique para o que nada mais é que o trabalhador brasileiro. As classes B e C têm uma renda familiar que vai de R$ 1.600 a R$ 6.900. Em 2003, havia 66 milhões de pessoas na classe C. Em 2009, chegaram a 95 milhões e, em 2014, poderão ser 113 milhões.

Enquanto no andar de cima o dinheiro que sobra vai para investimentos e no de baixo vai para alimentação, esse segmento consome. De uma maneira geral, nessa faixa a renda dos trabalhadores cresceu 9%, contra uma inflação de 5%. O freguês dos shoppings gasta em média cerca de R$ 70.

A empresa acreditou na expansão do mercado, na ampliação do acesso ao crédito e na queda dos juros. Em janeiro de 2007, a taxa Selic estava a 13,25% ao ano e agora está em 9%, com os bancos finalmente competindo nos custos que jogam em cima de seus clientes. A BRMalls investiu R$ 6 bilhões, no ano passado abriu um grande shopping na Mooca (SP), outro no Irajá (RJ) e inaugurará um terceiro em cima da rodoviária de Belo Horizonte.

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Até aí o êxito foi da empresa para fora. Para dentro, enquanto o comércio é controlado por empresas familiares, a BRMalls é inteiramente profissional. Parente, nem namorada. A idade média de seus 350 funcionários está em 30 anos. Quando foi criada, tinha 15 sócios e a cada ano promove três pessoas de seu quadro. Hoje são 27. Todos os funcionários ganham bônus, mas se um leva dois salários, o melhor leva 20. Um craque que entra na empresa aos 25 anos pode sonhar em fechar seu primeiro milhão de reais aos 30.

A BRMalls descende da cabeça de Jorge Paulo Lemann, o empresário que mais produziu milionários na história do Brasil e também o que mais botou dinheiro em atividades filantrópicas. Seu negócio é a caça ao mérito. Formado no sistema financeiro, hoje tem os pés na produção (AmBev). Na lista da Forbes, além dele, com US$ 12 bilhões, há duas de suas crias: Marcel Telles (US$ 5,7 bilhões) e Carlos Alberto Sicupira (US$ 5,2 bilhões).

O sucesso da BRMalls deve-se a Carlos Medeiros, seu executivo-chefe. Ele organizou a empresa aos 33 anos, vindo do banco de investimentos de Lemann. Fala pouco, não vai a Brasília desde 1998 e, nos últimos cinco anos, jamais pisou no BNDES. Viaja com mala de mão e o que gosta mesmo é de correr maratonas pelo mundo afora. A BRMalls trabalha com uma infantaria de 3.000 funcionários nos shoppings. Vai dar trabalho, mas Medeiros acredita que conseguirá desenhar um sistema de bonificação (por meio de ações) para uma parte dessa tropa.

AO CARPATHIA O comissariado petista desistiu da ideia de procrastinar o julgamento do mensalão. Discute-se agora quem conseguirá chegar ao Carpathia, o navio que recolheu um terço dos passageiros do transatlântico cujo naufrágio completou cem anos.

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Ele recolheu um terço dos desabrigados. (Como o outro barco não trazia sorte para quem se metia com ele, o Carpathia foi torpedeado em 1918, quatro meses antes do fim da Primeira Guerra.)

DESASTRE Numa longa entrevista ao repórter Carlos Costa em que criticou a ação da ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, o ministro Cezar Peluso lembrou que, trabalhando na corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo, lidava assim com alguns juízes: "Chamávamos os envolvidos e abríamos o jogo: 'Temos tantas provas contra vocês e, se não forem para a rua agora, iremos abrir processo. Nunca fizemos escarcéu com esses casos".

De fato, houve um caso em que pouca gente ouviu o grampo. O que faltou foi escarcéu.

SÉRGIO KIRCHNER Cristina Kirchner assumiu o controle da petrolífera YPF em nome do futuro da Argentina. Pelo menos é o que ela diz.

O governador Sérgio Cabral desapropriou um edifício de 13 andares avaliado em R$ 500 milhões, onde funcionam 14 grandes empresas, nas quais trabalham 4.000 pessoas, para servir de anexo à Assembleia Legislativa e dar conforto a 70 deputados.

Até 2011, 33 deles estavam espetados na Justiça.

Quem sabe, até o fim do mandato, desapropriará sua casa de Mangaratiba para servir de colônia de praia para os deputados.

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Atividades para Autoavaliação Atividade: TAE 001 / TRABALHO ACADÊMICO EFETIVO – ATIVIDADES INTEGRADAS DE FORMAÇAO GERAL I Unidade Nº: 06 Título: Cidadania e Exclusão Social

QUESTÃO 1 Tópico Associado: Consequências da má distribuição de renda UFPB 2008 (Adaptado) A figura representa a pobreza e a exclusão social na

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cidade de Daca, Bangladesh.

(COELHO, Marcos Amorim Coelho; TERRA, Lygia. Geografia geral: o espaço natural e socioecômico. São Paulo: Moderna, 2001, p. 216).

I - Uma maior concentração de riqueza pelos países desenvolvidos pode ser observada atualmente. Isso se dá, principalmente, pela redução das tarifas de importação, o que beneficia ainda mais os produtos exportados por esses países.

II - Os países mais pobres, quando exportam seus produtos agrícolas, enfrentam a concorrência desleal dos países mais ricos, pois estes subsidiam sua própria produção.

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III - Os custos sociais da globalização, para os países pobres, são muito altos, mesmo assim, nos últimos anos, a taxa de desemprego nesses países manteve-se estável, bem como o número de excluídos.

IV - A economia informal ganhou espaço, tornando-se a única opção para muitos desempregados,

para

os

quais

faltam

escolas

e

assistência

social;

conseqüentemente, a violência, de maneira geral, aumentou.

Sobre as desigualdades sociais no mundo, identifique a(s) afirmativa(s) verdadeira(s). A) I, II, III B) I, II, III C) I, II, IV D) III, IV FEEDBACK DA QUESTÃO 1 Resposta certa: Vide gabarito no final deste caderno.

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QUESTÃO 2 Tópico Associado: Cidadania e exclusão social As ações terroristas cada vez mais se propagam pelo mundo, havendo ataques em várias cidades, em todos os continentes. Nesse contexto, analise a seguinte notícia:

No dia 10 de março de 2005, o Presidente de Governo da Espanha José Luis Rodriguez Zapatero em conferência sobre o terrorismo, ocorrida em Madri para lembrar os atentados do dia 11 de março de 2004, “assinalou que os espanhóis encheram as ruas em sinal de dor e solidariedade e dois dias depois encheram as urnas, mostrando assim o único caminho para derrotar o terrorismo: a democracia. Também proclamou que não existe álibi para o assassinato indiscriminado. Zapatero afirmou que não há política, nem ideologia, resistência ou luta no terror, só há o vazio da futilidade, a infâmia e a barbárie. Também defendeu a comunidade islâmica, lembrando que não se deve vincular esse fenômeno com nenhuma civilização, cultura ou religião. Por esse motivo apostou na criação pelas Nações Unidas de uma aliança de civilizações para que não se continue ignorando a pobreza extrema, a exclusão social ou os Estados falidos, que constituem, segundo ele, um terreno fértil para o terrorismo”. (MANCEBO, Isabel. Madri fecha conferência sobre terrorismo e relembra os mortos de 11-M. (Adaptado). Disponível em: http://www2.rnw.nl/rnw/pt/atualidade/europa/at050311_onzedemarco? Acesso em Set. 2005)

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A principal razão, indicada pelo governante espanhol, para que haja tais iniciativas do terror está explicitada na seguinte afirmação: A). O desejo de vingança desencadeia atos de barbárie dos terroristas. B) A democracia permite que as organizações terroristas se desenvolvam. C) A desigualdade social existente em alguns países alimenta o terrorismo. D) O choque de civilizações aprofunda os abismos culturais entre os países. FEEDBACK DA QUESTÃO 2 Resposta certa: Vide gabarito no final deste caderno.

QUESTÃO 3 Tópico Associado: A nova classe média brasileira; redistribuição e renda. Enunciado: O tradicional modelo de pirâmide ao pensar no desenho das camadas sociais brasileiras foi modificado. O novo perfil social do país forma agora um losango, aproximando-se mais do padrão dos países desenvolvidos. Compare o gráfico e a charge a seguir e escolha a opção que traduz a relação entre as duas imagens:

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A) A supervalorização do consumo e o aumento da oferta de crédito para a população promovem a inclusão social, garantindo uma vida digna para todos. B) O acesso às mercadorias atende as necessidades essenciais das pessoas e

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consumi-las é um dos modos de participar da vida social, criar identidade e partilhar dos bens produzidos pela humanidade, diminuindo, portanto a exclusão social garantindo uma melhor qualidade de vida para todos. C) O movimento de ascensão da classe média (hoje classe c) justifica-se pelo aprimoramento do consumo e na melhora da oferta de crédito para a população. Esta ascensão garante a melhoria da qualidade de vida, diminuindo as desigualdades sociais. D) O movimento de ascensão da classe média justifica-se pelo aprimoramento do consumo e na melhora da oferta de crédito para a população, entretanto, esta ascensão não garante a melhoria da qualidade de vida, reforçando as desigualdades sociais. FEEDBACK DA QUESTÃO 3 Resposta certa: Vide gabarito no final deste caderno.

QUESTÃO 4 Tópico Associado: Características da cidadania no Brasil

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“a legislação penal do fim do século XIX determinava: a ociosidade era considerada crime e, como tal, punida. Reconhecida e legitimada abertamente, a prática de repressão aos desempregados e sub empregados - os pobres - ficava clara no discurso dos responsáveis pela segurança pública e pela ordem nas cidades.. O controle social destas camadas deveria ser realizado de forma rígida. Sidney Chalhoub afirma que os legisladores brasileiros utilizam o termo “classes perigosas” como sinônimo de “classes pobres”, e isso significa dizer que o fato de ser pobre o torna automaticamente perigoso à sociedade [...]. A existência do crime, da vagabundagem e da ociosidade justificava o discurso de exclusão e perseguição policial às camadas pobres e despossuídas” (PEDROSO, R. C. Violência e cidadania no Brasil: 500 anos de exclusão. São Paulo: Ática, 2002. p.24.) O texto acima discute a configuração das classes sociais no Brasil, tomando como referência as questões da cidadania e da violência. Com base no texto é correto afirmar que, no final do século XIX, no Brasil: A) O desemprego e a criminalidade referidos as classes “pobres” eram vistos pelos poderes públicos menos como questão social e mais como questão de polícia, dentro de uma concepção restrita de cidadania. B) O combate as “classes perigosas” obrigava os poderes públicos à implementação de políticas de geração e distribuição de renda, reduzindo, assim, a influência do Partido Comunista Brasileiro junto aos pobres. C) A herança colonial da estrutura social brasileira conduzia o poder estatal a

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reconhecer como legítimas as lutas de classes populares no questionamento da estrutura política oligárquica vigente. D) A ação dos poderes públicos no trato da questão social estava centrada na supressão dos desníveis entre as classes sociais, condição básica para a emergência do Brasil industrializado. FEEDBACK DA QUESTÃO 4 Resposta certa: Vide gabarito no final deste caderno.

QUESTÃO 5 Tópico Associado: “Estadania” e Cidadania O Governo Federal deve promover a inclusão digital, pois a falta de acesso às tecnologias digitais acaba por excluir socialmente o cidadão, em especial a juventude. (Projeto Casa Brasil de inclusão digital começa em 2004. In: MAZZA, Mariana. JB online.)

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Comparando a proposta acima com a charge, pode-se concluir que:

A) o conhecimento da tecnologia digital está democratizado no Brasil. B) a dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidadão um excluído social. C) o acesso à tecnologia digital está perdido para as comunidades carentes.

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D) a preocupação social é preparar quadros para o domínio da informática. FEEDBACK DA QUESTÃO 5 Resposta certa: Vide gabarito no final deste caderno.

Questão discursiva Tópico Associado: Cidadania e exclusão social Nas últimas três décadas, com o advento do neoliberalismo apoiado pelo fenômeno da globalização, desenvolveu-se, na maioria dos países, o conceito de cidadania baseado principalmente na questão da ascensão social e no poder aquisitivo. Após analisar a charge, elabore um texto destacando os conceitos de cidadania e exclusão social entendidos por você a partir da unidade estudada.

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COMENTÁRIO: Vide gabarito no final deste caderno.

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GABARITO

FEEDBACK DA QUESTÃO 1: Resposta certa: Letra C FEEDBACK DA QUESTÃO 2 : Resposta certa: Letra C FEEDBACK DA QUESTÃO 3: Resposta certa: Letra D FEEDBACK DA QUESTÃO 4: Resposta certa: Letra A FEEDBACK DA QUESTÃO 5: Resposta certa: Letra B

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FEEDBACK DA QUESTÃO DISCURSIVA: COMENTÁRIO: As necessidades de consumo variam conforme a cultura e também dependem de cada indivíduo.

Deste modo, a supervalorização do

consumo de bens e serviços cria uma ideia equivocada de pertencimento social e inclusão, mesmo não necessariamente melhorando a qualidade de vida. Portanto, reduzir a compreensão da cidadania ao cidadão-consumidor não é o mesmo que a universalização do acesso das pessoas aos bens criados pelo trabalho humano.

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Acessem os blogs: Núcleo Inovador UNIGRANRIO

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Núcleo Formação Geral

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“Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante!” Paulo Freire

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