Lar de Idosos: Envelhecimento Saudável

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Ludmila Castellucci de Lima

2017

LAR DE IDOSOS: ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL



CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO UNISEB Trabalho Final de Graduação Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo Orientador: Carlos Stechhahn Ribeirão Preto, 2017



AGRADECIMENTOS

A G R A D E C I M E N T O S

Quero agradecer neste momento, onde se finaliza mais um ciclo, a todos que fizeram parte do mesmo, que me apoiaram e me ajudaram a cursar meu caminho. Agradeço à toda minha familia, entre eles aos meus pais, meu irmão e meus avós e em especial à minha bisavó Elza Vie�a Ferraz, que sem ao menos perceber, me ensinou muito nestes meus humildes 22 anos de idade, me ensinou juntamentemente com o resto da minha familia, o valor do respeito, da dedicação, da força, do amor e da tolerância, à ela dedico não somente meu tema, mas todo meu Trabalho Final de Graduação. Quero agradecer também aos meus amigos próximos, que me ajudaram e es�veram comigo no co�diano e nas longas madrugadas de trabalho, e agradecer aos meus queridos professores pelos ensinamentos adquiridos em meio a amizades construídas, entre eles quero agrader ao meu Orientador Carlos Stechhahn, o qual me ajudou na construção deste trabalho e me ensinou muito durante a consumação do mesmo.



S U M Á R I O

INTRODUÇÃO

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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 O Envelhecimento Populacional 1.2 O Envelhecimento Populacional e a Vida do Idoso com o Estado 1.3 O Idoso e sua Assistência 1.4 Acessibilidade em Parceria com o Bem-Estar

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2. LEITURAS PROJETUAIS 2.1 Edi�cio Residencial para Idosos 2.2 Lar de Repouso e Cuidados Especiais 2.3 Lar de Idosos Peter Rosegger

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3.ÁREA DE INTERVENÇÃO 3.1 Terrenos 3.2 Terreno Escolhido 3.3 Estudo do Terreno 3.4 Terreno do Projeto

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4.PROJETO 4.1 Programa Inicial para o Projeto 4.2 Projeto

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20 26 33

42 44 44 44

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INTRODUÇÃO


Tema: Asilo Contemporâneo O projeto “Lar de Idosos: Envelhecimento Saudável” tem como obje�vo proporcionar às pessoas da terceira idade um espaço de lazer e ao mesmo tempo de a�vidades �sicas e mentais, onde elas serão es�muladas �sica e mentalmente para obtenção de uma melhor qualidade de vida, diferenciando-se de muitos asilos atuais, nos quais os idosos posteriormente à sua chegada, acabam tendo sua saúde deteriorada aos poucos, não somente pela idade, mas muito pelo fato da solidão, da saudade da família e da falta de a�vidades que tornam seus dias repe��vos e tediosos. Desta forma, será proposto um espaço onde eles possam chamar de lar e os traga não somente felicidade, como também seja um espaço saudável e ao mesmo tempo de lazer, re�rando o receio que possuem com asilos. Um local que pense nas necessidades desta faixa etária, que cons�tui uma parcela cada vez maior da população.

Justificativa: De acordo com o IBGE (Ins�tuto Brasileiro de Geografia e Esta�s�ca) e o ar�go escrito por (CHAIMOWICZ,1997), no Brasil o número de idosos e sua expecta�va de vida está se ampliando ao passar dos anos, o que é determinado pela redução da fecundidade e pelo declínio da mortalidade, iniciada com a ação médico-sanitária realizada pelo Estado nas primeiras décadas do século XX, por meio de polí�cas urbanas de saúde pública. Desta maneira, é necessária atenção com esta parcela da população, considerando as necessidades dos idosos, onde à medida que envelhecem, cuidados são indispensáveis. Uma parcela da população idosa, por mo�vos dis�ntos, não conseguem mais residir em suas casas ou com familiares, com isso busca-se Ins�tuições de longa permanência para idosos, dessa forma é importante para a sociedade atual, a preocupação com um lugar digno em que os idosos possam viver, cuidando de sua felicidade, seu bem-estar e sua saúde, re�rando a vida monótona e tediosa, e o receio que possuem destes espaços. “O envelhecimento é um processo universal, evolutivo e gradual, que envolve um somatório de fatores, enfatizando-se os fatores sociais, psíquicos, ambientais e biológicos, que estão intrinsecamente relacionados, e podem acelerar ou retardar esse processo. “ (MAZZA; LEFÈVRE 2004)

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Objetivo Geral: O trabalho tem como obje�vo o projeto arquitetônico de um espaço para idosos, que possa proporcionar a eles um espaço que seja sinônimo de bemestar, saúde e felicidade.

Objetivo Específico: O trabalho inicialmente estudará a par�r de pesquisas realizadas, e textos, como ar�gos, o envelhecimento da sociedade e sua importância, a relação do estado e da vida do idoso, sua necessidade em possuir independência e acessibilidade. A intenção final é projetar um ambiente onde pessoas da terceira idade possam morar e pra�car diferentes a�vidades, que apesar de parecerem apenas lazer, tem como outro importante obje�vo conservar a saúde do idoso. Além disso, outra intenção é sempre apresentar o “novo” para os residentes do Lar de Idosos, não deixando suas vidas monótonas, será feito através das a�vidades de lazer, culturais como pintura, música e artesanato. O Lar de Idosos possuirá vagas para que pessoas de idade avançada possam passar um período do dia no edi�cio, interagindo com os residentes.

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1.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


1.1 O Envelhecimento Populacional:

O processo de declínio da mortalidade no Brasil ocorreu de forma rápida, tendo seu inicio a par�r de 1940, onde de acordo com (CHAIMOWICZ, 1997), Nos diversos países do mundo, encontram-se diferentes transições a taxa declinou 13% neste período, o oposto das quatro décadas anteriores, demográficas ocorrendo, o que se sucede de acordo com as caracterís�cas onde a taxa existente era de 16%. Este processo de declínio da mortalidade de cada país, que ajudam a explicar estas transições. se prolongou até a década de 70. Segundo (NASRI,2008), foi na Europa que iniciou-se a transição Entre 1940 e 1970 houve o aumento do crescimento vegeta�vo, onde a demográfica, na época da Revolução Industrial, ocasionada pela queda da população brasileira foi de 41 milhões para 93 milhões de pessoas, havendo fecundidade, como viria a acontecer no Brasil. Neste con�nente, a Europa, o um crescimento de em média 2,8% ao ano, de acordo com (CHAIMOWICZ, aumento da expecta�va de vida foi lento e ocorreu devido aos avanços nas 1997). condições sociais da população, juntamente com o saneamento e o uso de Foi a par�r de 1960 que o envelhecimento populacional começou de fato, remédios e vacinas, o que é um dos principais diferenciais em relação à iniciando-se pela diminuição da fecundidade em determinadas regiões mais América La�na, onde ao contrário da Europa que obteve avanços sociais e desenvolvidas do Brasil, entretanto posteriormente foi abrangendo as demais desenvolvimento na renda, na América La�na, houve a urbanização, sem que regiões do país, englobando as áreas urbanas e rurais, juntamente com todas a distribuição de renda fosse alterada. Além desse diferencial, há o fato de as classes sociais. cada uma ter ocorrido em épocas diferentes. “A taxa de fecundidade total caiu de 5,8 para 2,7 filhos por No Brasil, de acordo com (CHAIMOWICZ, 1997), o envelhecimento rápido mulher, entre 1970 e 1991, redução superior a 50%. Como da população vem acontecendo desde a década de 60, o que ocorre devido a consequência, o peso relativo dos jovens declinou de 41,9% queda das taxas de mortalidade e de fecundidade, que de forma progressiva, para 34,7% no mesmo período e a proporção de idosos estreita a base da pirâmide populacional. Anteriormente, a população cresceu de 3,1% para 4,8%. O índice de envelhecimento da possuía um nível baixo de idosos e era formada pra�camente pelo grupo população, que era igual a 6,4 em 1960, alcançou 13,9 em mais jovem, porém hoje a quan�dade de idosos aumentou 1991, incremento superior a 100% em apenas três décadas. consideravelmente. Se no início do século a proporção de indivíduos que “Estima-se que o coeficiente de mortalidade tenha conseguia alcançar os 60 anos se aproximava de 25%, em declinado de 29,1 por mil, em 1900, para 24,4 por mil em 1990 ela superava 78% entre as mulheres e 65% entre os 1940. A esperança de vida ao nascer pouco variou no homens; a esperança de vida ao nascer então já período, passando de 33,3 para 37,6 anos para homens e ultrapassava os 65 anos.” 34,1 para 39,4 anos para mulheres. A taxa bruta de natalidade, que permanecia ao redor de 46 nascimentos por (CHAIMOWICZ, 1997) mil habitantes entre 1870 e 1900 declinou para 43,5 por mil no final daquele período. O crescimento vegetativo manteveDessa forma, pode-se dizer que a queda das taxas de fecundidade, se por volta de 2%. A população era extremamente jovem; o juntamente com o declínio das taxas de mortalidade foram o que grupo com menos de 15 anos representava cerca de 42% a impulsionou o envelhecimento populacional, modificando a população 46% do total e os idosos 2,5% da população.” brasileira, a qual com o passar dos anos esta envelhecendo de forma progressiva e aumentando sua expecta�va de vida. (CHAIMOWICZ, 1997)

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Imagem 1- Projeção da População Brasileira em 1980

Imagem 2- Projeção da População Brasileira em 2017

O declínio na taxa de mortalidade ocasionou-se principalmente pelo fato da mesma sofrer diminuição na fase da infância, isto fez com que mais crianças vivessem, e de certa forma como a idade é pequena, a diminuição nas taxas de mortalidade na infância foi equivalente à elevação da fecundidade, o que causou o rejuvenescimento da população. A queda da mortalidade de crianças nascidas entre o final de 1940 e meados de 1960, fez com que anos após os nascimentos ocorridos entre a metade da década de 60 e final da de 70, estas crianças se tornassem adolescentes e adultos jovens dentro de seu período reprodu�vo, ocasionando assim uma “onda jovem”, de 1990 à 1995. Estas pessoas que causaram o rejuvenescimento da população, par�cipando da época de baixa fecundidade e mortalidade no passado, estão envelhecendo com o passar dos anos, desta forma, a pirâmide etária con�nuará elevando sua proporção de adultos e em seguida de idosos, este fenômeno já acontece no Sul e Sudeste do País.

Imagem 3- Projeção da População Brasileira em 2050

Entre os anos de 2000 e 2050 ocorrerá um aumento rápido na quan�dade de idosos existentes, pois eles irão de 5,1% para 14,2%, de acordo com (CHAIMOWICZ, 1997). Nota-se este aumento nas Pirâmides Etárias Absolutas acima re�radas do IBGE (Ins�tuto Brasileiro de Geografia e Esta�s�ca), a par�r delas é visível a mudança que acontece nas faixas etárias brasileiras progressivamente. Na Imagem 1 a base da pirâmide encontra-se mais ampliada, posteriormente esta base vai diminuindo e a quan�dade de adultos e idosos aumentando, o que acontece também pelo fato das pessoas estarem com hábitos mais saudáveis aumentando sua expecta�va de vida. Em 2050 a quan�dade de idosos será maior que a quan�dade de crianças e jovens. Com isso, a elevação proporcional da quan�dade de idosos aumentará a preocupação do estado com poli�cas voltadas para esta parcela da população que precisam de apoio e amparo em sua velhice.

Fonte das Imagens 1,2 e 3: IBGE- Projeção da População do Brasil h�p://www.ibge.gov.br/home/esta�s�ca/populacao/projecao_da_populacao/2008/piramide/piramide.shtm

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1.2 O Envelhecimento Populacional e a Vida do Idoso com o Estado: Em meio ao envelhecimento populacional, desde os mais jovens até os idosos, estão aderindo a hábitos de vida mais saudáveis, hábitos estes que os ajudam no aumento da esperança de vida, fazendo- os , cada vez mais, viver mais e com mais disposição, porém devido aos diferentes direitos sociais existentes e as dis�ntas classes sociais no Brasil, existem diferentes expecta�vas de vida. De acordo com (CHAIMOWICZ, 1997), na região Sudeste a esperança de vida aumentou aproximadamente 10 anos à mais que no Nordeste do Brasil, enquanto no Sudeste entre 1940 e 1984 a expecta�va de vida cresceu 27 anos, e passou de 48,5 para 70,5 anos, no Nordeste passou apenas de 38,7 para 55,7 anos, isto mostra como as diferentes classes sociais influenciam na saúde e vida das pessoas, às quais já que não possuem a assistência devida do governo em seu co�diano, sofrem para possuir uma vida digna e uma velhice calma. “Da mesma forma, embora a esperança de vida ao nascer para o grupo mais rico do Sudeste (rendimento mensal familiar superior a cinco salários-mínimos) se compare a dos países desenvolvidos (75 anos), para os grupos mais pobres do Nordeste (até um salário-mínimo) ela não supera os 52 anos de idade, índice semelhante ao do Rio Grande do Sul na década de 30.” (CHAIMOWICZ, 1997) Este impacto social existente no país muito provavelmente será intensificado, a desigualdade existente entre as taxas de crescimento de idosos, os quais possuem um nível elevado de demandas, serão também u�lizadas por aqueles jovens, quando estes possuírem mais que 65 anos. A forma rápida com que acontece este envelhecimento populacional no Brasil é determinante para o Estado, este não está preparado para suprir as necessidades desta faixa etária, em que ele possui uma dificuldade considerável para passar pelo novo perfil epidemiológico que ganha espaço, sem subs�tuir o perfil existente anteriormente predominante.

De acordo com o Censo de 1996, o declínio da fecundidade vem se espalhando e alcançando novas regiões do Brasil. Nos Estados do Nordeste as taxas de crescimento a ano se reduziram, entre 1991 e 1996, pelo fato principalmente das famílias estarem diminuindo seu tamanho, as quais anteriormente possuíam uma quan�dade elevada de filhos, o contrário do que acontece atualmente, onde muitas famílias optam por possuir menos filhos, como dois por exemplo. Nos Estados do Sul e Sudeste, a quan�dade reduzida de fecundidade já se consolidou. O ritmo da sociedade contemporânea e os avanços ocorridos na medicina, fazem com que aumente o envelhecimento da população, isto acontece pelo fato das mulheres estarem trabalhando e buscando o progresso profissional, pelas famílias estarem mais conscientes da quan�dade de membros familiares que conseguem manter , e além disso, porque o Estado está se preocupando em distribuir métodos contracep�vos e preserva�vos, para que não aconteça gravidez indesejada e para o controle da população, porém isto não significa que estão acontecendo conquistas relacionadas aos direitos sociais, pois o acesso ao sistema de saúde é precário, principalmente nas regiões mais pobres. Os idosos são uma população que sofre bastante com a displicência do governo, estes possuem como rendimento muitas vezes apenas aposentadoria e pensões, desta forma as pessoas buscam através de seu trabalho co�diano poupar recursos para seu futuro, prevendo a má assistência aos idosos. Apesar da assistência do Estado às pessoas da terceira idade estar aumentando, as despesas médias da Previdência vêm apresentando variações nega�vas. “Em consequência do baixo valor dos benefícios, 1/3 dos brasileiros com 60 anos ou mais se mantinham em atividades produtivas em 1995.” (CHAIMOWICZ, 1997) Existe também o lado em que o idoso gera grandes gastos ao governo para que possa acontecer sua assistência, porém, o governo tem o dever de gerar o bem estar da população e daqueles que contribuíram anos com seu trabalho.

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1.3 O Idoso e sua Assistência: O envelhecimento é um fator natural que acontece com todos os �pos de vida, este acontece de forma progressiva e também irreversível. A medida que as pessoas envelhecem, vão surgindo problemas �sicos e mentais, e gerando dependência de terceiros para a conclusão de tarefas diárias. No Brasil estão acontecendo migrações das pessoas mais jovens, em direção aos grandes centros urbanos, o que acontece pela busca de emprego, de melhores condições de vida e oportunidades, causando problemas para os idosos, pois a família não reside por perto para conceder a assistência necessária. Se a família não dá a assistência necessária ao idoso, cabe ao Estado suprir esta falta, o que acontece com menos eficiência nas regiões pobres. Um exemplo de programa de assistência gerada pelo governo municipal na Cidade de Ribeirão Preto, é a Vila Dignidade. A Vila Dignidade é um serviço de acolhimento que se volta às pessoas da terceira idade, e possui capacidade para instalar 18 idosos. Os habitantes possuem suas respec�vas habitações individuais, em formato de “casinhas”, é como se fosse um condomínio, porém a casa é da prefeitura. Esta Vila que se encontra na Cidade de Ribeirão Preto é des�nada às pessoas que por algum mo�vo possuam vínculos familiares pequenos ou rompidos. A intenção da Prefeitura de Ribeirão Preto é dar àquelas pessoas um espaço para morar, porém para que possam residir ali, é necessário que possuam independência e que atendam aos critérios determinados pelo programa. Entre estes critérios, está o fato destas pessoas não necessitarem de assistência diária, pois não há ninguém os ajudando o dia todo, é como se eles vivessem a vida deles normalmente, porém dentro da Vila Dignidade, além disso, no interior de cada casa são os idosos quem decoram e levam sua mobília, toda a manutenção da casa é deles, ou seja, se quebrar algo, são eles quem consertam. Se acontecer algo do lado de fora das casas é a prefeitura quem arruma, e eles não possuem permissão para pintar as casas, nas quais encontra-se cor padrão. Se em algum momento alguém perder sua independência, esta pessoa é encaminhada para um asilo e re�rada da Vila Dignidade. Fonte Imagem 4 e 5: Fotos re�radas durante à Visita da Vila Dignidade em Ribeirão Preto

Imagem 4- Habitações na Vila Dignidade

Imagem 5- Entrada das casas 3 e 4 na Vila Dignidade

Em meio a isto, nota-se cada vez mais o aumento da procura dos idosos por assistência, sejam aqueles sem muitos laços familiares que precisam de ajuda, ou famílias, que com dificuldade de dar a assistência necessária para o familiar idoso, ou por outros mo�vos, têm buscado meios ins�tucionais de cuidados para idosos, com o intuito de que sejam amparados e possuam a assistência necessária. Porém ainda existe muito bloqueio com os asilos, por muitos considerarem eles um meio de solidão e abandono, onde os idosos ficam a espera da morte. Porém os asilos vem se desenvolvendo e tornando um local mais agradável, com diferentes a�vidades, que ajudam ao idoso e sua saúde.

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1.4 Acessibilidade em Parceria com o Bem-Estar: Na terceira idade, com o surgimento de diferentes limitações, aos poucos surgem necessidades diárias para mais fácil acessibilidade e independência desta parcela da população. A par�r do momento em que a idade avançada vai chegando, surgem com ela problemas de saúde, como dificuldades na locomoção, problemas sensoriais (visão, audição, paladar e o olfato) e de memória. De acordo com a Secretaria Nacional de Promoção de Direitos da Pessoa com Deficiência, a acessibilidade dá às pessoas uma qualidade de vida, possibilitando-as acessar diferentes lugares e fazer coisas que sem a acessibilidade não é possível. Esta tem como forma de ajudar, dar às pessoas maior autonomia e segurança, independente de sua idade. Dentro de um asilo por exemplo, é necessário a preocupação com a acessibilidade, notando-se que ao envelhecer as pessoas começam a u�lizar aparelhos que ajudem na sua autonomia, estes estão com elas muitas vezes o dia todo, e para isso o projeto deve dar suporte a estes utensílios, os quais são, entre outros: cadeira de rodas, bengalas, óculos, andador, etc. É para as pessoas com necessidades especiais que há legislação com tamanho de espaços mínimos e o que é necessário haver no ambiente para ajudar esta parcela da população. De acordo com uma pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde, dentro de um edi�cio é necessário que haja os seguintes quesitos: – elevadores e rampas – sinalização adequada – corrimãos em escadas – degraus não muito altos ou inclinados – piso an�derrapante – áreas de repouso com cadeiras confortáveis – número suficiente de banheiros públicos Outro fator citado no texto é que de acordo com idosos, e pessoas que interagem com esta parcela da população, foram descritas caracterís�cas que os agradam no ambiente urbano e em ambientes construídos, entre essas caracterís�cas, são citadas um ambiente limpo e agradável, espaços verdes e acessibilidade.

O espaço verde é um dos itens mais comentados pelos idosos, este é um espaço que os transmitem tranquilidade, e fazem sen�rem-se livre no ambiente e alivia o stress. Desta forma, nota-se a importância do espaço e sua independência para os idosos, estes dois devem andar juntos para que haja a interação entre o espaço e a pessoa, e supra as necessidades existentes por elas, agora e no futuro.

Fonte Imagem 6: h�p://decorassentos.com.br/blog/2012/12/banheiro-adaptado-para-pessoas-com-necessidades-especiais/

Imagem 6- Banheiro Adaptado para Deficientes

Imagem 7- Exemplo de planta de dormitório com acessibilidade

Fonte Imagem 7: h�p://www.acessibilidadenapra�ca.com.br/tag/quarto/

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2.

LEITURA PROJETUAL


2.1 Edifício Residencial para Idosos Escritório de Arquitetura: Atelier d'Arquitectura J. A. Lopes da Costa Localização: Santo Tirso, Portugal Arquitetos responsáveis: José António Lopes da Costa, Tiago Meireles Ano do projeto: 2013 Fotografias: Manuel Aguiar Colaboradores: Rita Gonçalves Filipe Ribeiro Ano do projeto: 2007-2009

O Edi�cio a ser analisado, localiza-se em Portugal e foi feito pelo Atelier d'Arquitectura J. A. Lopes da Costa em 2013, com os arquitetos José António Lopes da Costa e Tiago Meireles, e colaboração de Rita Gonçalves Filipe Ribeiro. O Atelier, possui sua sede desde 1989, e contém experiências em projetos de arquitetura e urbanismo, arquiteturas interiores, recuperações, remodelações e paisagismo, obtendo diversos prêmios ao decorrer dos anos.

Volume: De acordo com as plantas e imagens a seguir, é percep�vel que o projeto foi realizado de maneira geométrica, u�lizando formas retangulares que se encaixam, em meio a somas e subtrações em seus pavimentos. LEGENDA Ampliação do Edi�cio Formas Retangulares Área Edificada Área Livre/ Verde

Planta de Implantação

Para o Trabalho Final de Graduação, o edi�cio possui um programa, volume e materialidade, que ajudam com ideias e percepções para facilitar na criação do projeto a ser realizado para idosos. Onde este edi�cio é exclusivamente ligado a esta faixa etária, ocasionando maior ligação com o tema do Trabalho Final de Graduação. Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/759062/lar-residencial-torre-senior-atelierdarquitectura-j-a-lopes-da-costa

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1

1

1

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3

2

Planta Baixa Subsolo 2

3

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1

3

1

Planta Baixa Subsolo

1

LEGENDA Formas Retangulares

3

Como observa-se nas plantas baixas acima e ao lado, os volumes vão se completando e fazendo sobreposições, o que causa um volume final dis�nto e interessante.

1

2

2

1

3

2

Planta Baixa Térreo

Planta Baixa Primeiro Pavimento

Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/759062/lar-residencial-torre-senior-atelier-darquitectura-j-a-lopes-da-costa

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Um ponto importante no volume do edi�cio é a maneira com que ele se encaixa na topografia do terreno, onde a construção se situa em partes abaixo do nível do solo.

Corte 1

Materialidade: O Edi�cio Residencial para Idosos possui em sua materialidade a madeira, o vidro e a alvenaria, com pintura de coloração branca acima, e em alguns locais há �jolos de concreto à vista, os quais são materiais que possuem probabilidade de uso para o projeto do Trabalho Final de Graduação. As fachadas viradas para a rua são mais fechadas, preservando a privacidade interna do edi�cio, nelas encontram-se a madeira como alterna�va para a privacidade e modernidade, enquanto de frente ao vale encontra-se fachadas mais abertas e envidraçadas.

LEGENDA Corte 2 Formas Retangulares

Madeira Alvenaria com pintura da cor branca por cima

Brises de Madeira

Corte 3

De acordo com as imagens acima, é notório, pelos cortes das Plantas do Subsolo, o que foi dito anteriormente, onde em uma área do edi�cio o subsolo se mantém totalmente abaixo do nível do solo, e em outras áreas, com a ajuda da topografia, este volume se torna visível pela área externa do edi�cio.

LEGENDA Corte Plantas Térreo e Primeiro Pavimento Corte Plantas Subsolo

Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/759062/lar-residencial-torre-senior-atelierdarquitectura-j-a-lopes-da-costa

Beiral com pintura de coloração branca

Vidro

Bloco de concreto aparente

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Programa:

Átrio/Recepção Zona da Direção/ Serviços Administra�vos Loja Sala de Convívio Instalação Sanitária Refeitório Zona de Circulação Cabeleireiro

Planta Baixa Subsolo 2

Cozinha Oratório

Planta Baixa Térreo

Cuidados Médicos/ Enfermagem Ginásio/ Fisioterapia Piscina Interior Balneários Arrumos Área Técnica Sala de A�vidades Sala Polivalente Garagem Dormitórios

Planta Baixa Subsolo

Em seu programa, o Edi�cio Residencial para Idosos dispõe de diversas áreas, para nutrir suas necessidades e atender seus clientes, os idosos. O projeto possui 60 quartos, de 3 �pologias dis�ntas, para haver maior diversidade e escolha para os que ali residirão, e possui diferentes a�vidades, para o co�diano do idoso.

Despensa

Planta Baixa Primeiro Pavimento

De acordo com as plantas acima, nota-se que o térreo é uma área onde se encontra maior diversidade de ambientes, e como é um espaço mais aberto e frequentado, não há dormitórios, estes residem em todos os outros andares. Além disso, percebe-se que este edi�cio é dividido em áreas como: lazer, saúde, administra�va, serviço, áreas técnicas, refeições, instalações pessoais e garagem.

Área do Pessoal Instalação Sanitária de Funcionários Cargas e Descargas Banhos Assis�dos Lavanderia Área Logís�ca

Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/759062/lar-residencial-torre-senior-atelier-darquitectura-j-a-lopes-da-costa

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Iluminação:

A iluminação nas fachadas é feita através de grandes aberturas, principalmente ao lado sul do edi�cio onde externamente a ele encontram-se vales, desta forma não interfere na privacidade dos que ali moram, do lado norte do edi�cio há também grandes aberturas, porém elas são protegidas por brises de madeira, os quais ajudam na privacidade, pelo fato de exis�r outros edi�cios em frente, e a conter o conforto ambiental dos espaços ali existentes. Através destas aberturas entram iluminação e ven�lação no ambiente. LEGENDA Aberturas ao Norte

Planta Baixa Subsolo

Aberturas ao Sul Aberturas Ven�lação e Iluminação

Nas fachadas mais abertas encontram-se apenas a Atrás dos brises de madeira combinação da alvenaria, com pintura branca acima e o encontram-se grandes aberturas vidro. Nesta fachada há em sua maioria dormitórios, de vidro, que ajudam no aproveitando a vista da paisagem externa e a conforto do ambiente. iluminação e ven�lação recebidas . Ven�lação e Iluminação

Planta Baixa Térreo

Planta Baixa Primeiro Pavimento Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/759062/lar-residencial-torre-senior-atelierdarquitectura-j-a-lopes-da-costa

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Circulação:

Planta Baixa Subsolo 2

Planta Baixa Térreo

Planta Baixa Subsolo

LEGENDA

Entrada Principal

Entrada/ Saída de Emergência

Circulação Principal

Circulação Secundária

Circulação Ver�cal Interna

Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/759062/lar-residencial-torre-senior-atelierdarquitectura-j-a-lopes-da-costa

Planta Baixa Primeiro Pavimento

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2.2 Lar de Repouso e Cuidados Especiais Arquitetos: Dietger Wissounig Architekten Localização: Leoben, Áustria Equipe de Projeto: Dietger Wissounig, Stephan Brugger, Vojka Mocnik, Patrick Steiner, Nicola Schnabl, Barbara Steindl, Thomas Wadl Área: 3024.0 m2 Ano do projeto: 2014 Fotografias: Paul O�

O Segundo Edi�cio a ser analisado, localiza-se na Áustria, e foi feito pelos arquitetos Dietger Wissounig, Stephan Brugger, Vojka Mocnik, Patrick Steiner, Nicola Schnabl, Barbara Steindl, Thomas Wadl, através do Dietger Wissounig Architekten em 2014, o qual é um escritório de arquitetura que busca construir edi�cios em primeiro lugar, com contribuição cultural, possuindo uma certa história, em segundo lugar com requisitos funcionais e em terceiro lugar, edi�cios que possuam economia em termos de conceito, implementação e uso, como diz no site do escritório, e em quarto lugar há a mistura sen�mental, com soluções constru�vas. Para o Trabalho Final de Graduação, o edi�cio possui pontos importantes para serem estudados, como sua forma, sua organização, materialidade, estrutura, iluminação e ven�lação. Um ponto interessante do projeto a ser estudado, é sua área de 3024,0m² que se aproxima da área de 2991,54m² do projeto do Trabalho Final de Graduação.

Volume: O edi�cio foi construído em um terreno que possui muitas árvores e que localiza-se perto do mosteiro Goss, em Leoben, na Áustria. O Lar de Repouso e Cuidados Especiais foi feito para 49 moradores. Em sua forma, encontra-se geometria, com subtrações de volumes retangulares, igual acontece na leitura projetual anterior, porém, ao contrário da outra, esta possui forma mais limpa, no sen�do de ser de modo geral, um grande volume retangular, possuindo outro volume menor ao lado.

Planta de Implantação

LEGENDA

Sacada

Volume do edi�cio Volumes Subtraídos Área não Edificada Acesso no Terreno

Fonte: h�p://www.wissounig.com/ Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/788077/lar-de-repouso-e-cuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten

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Materialidade: No edi�cio encontra-se como materialidade o vidro, a madeira, a alvenaria juntamente com a pintura branca acima, e o ferro que encontra-se nas circulações ver�cais, e nos guarda corpos, por exemplo.

A materialidade do edi�cio, é de grande importância, a par�r dela, notase a modernização e combinação com a sua volumetria, trazendo ao edi�cio uma aparência viva, confortável e dis�nta. Além disso, a diversidade da materialidade não encontra-se apenas na parte externa do edi�cio, ao entrar no mesmo, nota-se a ligação entre o externo e interno, deixando-o com uma aparência diferente e interessante, que complementa ainda mais o conforto para os idosos, e sua vontade de permanecer naquele espaço.

Detalhe Janela Vidro Madeira

Alvenaria com pintura branca acima

Escada de Ferro Mobiliário: Banco de Madeira e ferro

Fonte: h�p://www.wissounig.com/ Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/788077/lar-de-repouso-e-cuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten

Nota-se pelas imagens o uso da madeira nos caixilhos, na estrutura da cobertura transparente e no chão, neste espaço que é aberto, causando uma iden�dade ao local. E �rando o edi�cio do óbvio, apenas com a alvenaria pintada.

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Planta Segundo Pavimento

Planta Térreo

LEGENDA Deck de Madeira

Planta Primeiro Pavimento

Decks de madeira encontram-se espalhados nos três pavimentos do Lar de Repouso e Cuidados Especiais, interagindo com as outras materialidades existentes no ambiente, e diferenciando sua pavimentação.

Fonte: h�p://www.wissounig.com/ Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/788077/lar-de-repouso-e-cuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten

30


O Edi�cio Principal possui três pavimentos, com um porão. No térreo encontram-se áreas semi-públicas e públicas. De acordo com o site do escritório Dietger Wissounig Architekten, as áreas de cozinha e serviços, depósitos, rouparia, salas para seminários, uma capela, terapia, administração e salas de consulta, localizam-se todas no térreo, onde há também o café do lado de fora do edi�cio no jardim. No primeiro pavimento há duas zonas residenciais, as quais possuem condições para abrigar pacientes com demência, e possibilidade de abrigar doze pessoas em cada zona. O segundo pavimento possui também dormitórios, porém com vinte e cinco vagas para residentes, e em igualdade com o primeiro pavimento, os dois possuem áreas comuns para a refeição e lazer do idoso.

Organização do Espaço:

Planta de Implantação

LEGENDA

Acessos ao Terreno e ao Edi�cio

Edi�cio Principal

Café

Vagas de Estacionamento

Área não Edificada

Área Livre para Lazer

No lado externo ao Edi�cio, encontra-se um café, que pode ser usado pelos moradores e por familiares dos mesmos. Ao mesmo tempo ali há uma área livre, de lazer, onde há espaço verde, e bancos pelos caminhos existentes. Perto da entrada do terreno, representada pela flecha maior, encontra-se o estacionamento, para que haja maior facilidade na locomoção do idoso. Observação: Não há as plantas do subsolo(porão) e do café disponíveis para que possam ser analisadas. Fonte: h�p://www.wissounig.com/ Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/788077/lar-de-repouso-e-cuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten

31


Um ponto interessante do projeto, é a quan�dade de espaços de convívio que há pelo edi�cio, principalmente nas áreas dos dormitórios. Este é um fator que nos permite perceber a importância de levar em consideração o que os usuários do local pensam, pois nem todos gostam de conviver com uma quan�dade elevada de pessoas por perto. Por esse mo�vo, além do fato da locomoção e outros problemas de saúde, é importante ter um espaço onde eles possam ficar perto de seus dormitórios e sen�rem-se confortáveis. Além disso, percebe-se que os dormitórios localizam-se nos pavimentos superiores, proporcionando maior conforto e privacidade. LEGENDA Espaços Abertos

Jardim de Inverno

Área de Convívio

Dormitórios

Circulação Horizontal

Circulação Ver�cal

Planta Térreo

Planta Primeiro Pavimento

Planta Segundo Pavimento

Observação: Não há as plantas do subsolo(porão) e do café disponíveis para que possam ser analisadas. Fonte: h�p://www.wissounig.com/ Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/788077/lar-de-repouso-e-cuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten

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Iluminação e Ventilação: A iluminação e ven�lação do Lar de Repouso e Cuidados Especiais, são feitas pelas grandes janelas, portas, sacadas e principalmente pelo jardim de inverno, localizado pra�camente no centro do edi�cio, mostrado nas plantas anteriores ao falar da organização do espaço, este como possui cobertura transparente, apenas proporciona a iluminação ao edi�cio, porém com as aberturas existentes em todas as fachadas, e a organização do espaço, o edi�cio possui ven�lação cruzada.

LEGENDA Ven�lação Iluminação Ven�lação e Iluminação Abertura Jardim de Inverno Corte

Observação: Não há a localização do corte disponível nas plantas, para que ele possa ser indicado . Fonte: h�p://www.wissounig.com/ Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/788077/lar-de-repouso-e-cuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten

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Circulação: Ao contrário do “Edi�cio Residencial para Idosos”, analisado anteriormente, neste edi�cio é notável a falta da saída de emergência, apesar de haver três escadas, apenas há um elevador e localiza-se no centro do edi�cio, dessa forma, se algum idoso passar mal, deverá ser levado por aquele caminho, causando o malestar dos outros residentes. Além disso, o edi�cio possui cinco entradas possíveis e o elevador não chega ao porão. LEGENDA Circulação Ver�cal

Circulação Horizontal Corte

Acessos Principais

Planta Térreo

Planta Primeiro Pavimento

Planta Segundo Pavimento

Observação: Não há a planta do porão e a localização do corte disponível nas plantas, para que ele possa ser indicado . Fonte: h�p://www.wissounig.com/ Fonte: h�p://www.archdaily.com.br/br/788077/lar-de-repouso-e-cuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten

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2.3 Lar de Idosos Peter Rosegger

Volume: Arquitetos: Dietger Wissounig Architekten Localização: Graz, Áustria Ano do projeto: 2014 Fotografias: Paul O�

O Terceiro Edi�cio a ser analisado também localiza-se na Áustria, e foi feito pelos arquitetos Dietger Wissounig, igualmente ao segundo projeto estudado. Como o explicado anteriormente, na análise do Lar de Repouso e Cuidados Especiais, este escritório de arquitetura preocupa-se desde a contribuição cultural do edi�cio e seus requisitos funcionais, até as soluções constru�vas apresentadas no projeto. Como o Trabalho Final de Graduação tem por obje�vo a criação de um Lar para Idosos, o edi�cio a ser analisado pode ajudar pelo programa que apresenta, sua volumetria, materialidade, acessos, iluminação e ven�lação. A par�r de seu estudo, juntamente com os já realizados, é possível pensar com maior facilidade, e um número mais abrangente de ideias e referências no projeto que será desenvolvido, onde o obje�vo é realizá-lo pensando na obra e ao mesmo tempo no seu público e suas necessidades.

Este Edi�cio, igualmente aos anteriores, possui forma geométrica, onde são subtraídos volumes, que causam diversas aberturas e recortes, os quais se encaixam no programa apresentado no projeto que ajudam, juntamente com outros fatores, a obter um edi�cio diferente, bonito e confortável para os que ali residem.

LEGENDA Formas retangulares Volume do edi�cio Volumes Subtraídos Área não Edificada Acesso no Terreno

Planta de Implantação

35


Materialidade e Estrutura: O Lar de Idosos foi construído como uma casa pré-fabricada de madeira, com medidas para que haja a prevenção de incêndio no edi�cio. Nele são u�lizadas vigas em madeira e estrutura de madeira laminada cruzada.

No interior do edi�cio, encontra-se madeira e vidro, o que traz um ambiente dis�nto ao idoso, e confortável, tornando-o também, um local moderno, que não remete as ins�tuições para pessoas da terceira idade existentes. É um ambiente onde há a harmonia entre a decoração, a madeira, o vidro e suas aberturas. Este edi�cio, consegue conectar o externo ao interno, pelo seu volume, seu programa e materialidade.

O Brise protege a escada

Madeira de lariço austríaco não tratada

Vidro

Madeira

Vidro

Madeira laminada cruzada

Madeira

Por esta imagem, nota-se que a maioria do mobiliário é de madeira, combinando com o restante do espaço. Dessa forma, é notável a preocupação em todos os pontos do edi�cio, para obter um ambiente harmonioso. Madeira

h�ps://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger-wissounig-architekten

36


Programa:

O Edi�cio possui dois pavimentos, onde nele há um conceito espacial de oito habitações, no primeiro pavimento existem quatro habitações e no superior encontram-se mais quatro. Para os que no edi�cio residem, existem dois jardins, onde há a horta e a jardinagem, além de outros espaços abertos que compõem o edi�cio, trazendo uma sensação de “liberdade”. Diferente das duas leituras projetuais anteriores, neste Lar de Idosos, encontra-se uma ligação com um parque público planejado pela cidade de Graz, que fica ao leste das instalações, o que mostra a interação do edi�cio e seu entorno, aproveitando um espaço de lazer existente ao lado, para compor o projeto.

Parque público planejado pela cidade de Graz. Planta de Implantação

LEGENDA Bicicleta

Espelho D`Água

Parque

Área Verde

Horta

Pá�o de Serviço

Acessos

Jardim Perene

Jardim Perfumado

Ponto de Coleta de Lixo

Caminho

Jardinagem

Pá�o de Entrada

Via

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Térreo

Planta Primeiro Pavimento

LEGENDA Dormitórios

Refeitórios

Parque

Depósitos

Banheiro para enfermos

Sala de Terapia

Circulação

Lavanderias

Dormitórios dos Enfermeiros

Sanitários

Varanda

Acessos

Nota-se ao analisar o programa do Lar de Idosos, que este foi projetado com uma planta padrão, apenas com algumas modificações no espaço, o qual possui dormitórios em suas extremidades e na área central encontram-se áreas de apoio e lazer. Com o conceito espacial de oito habitações proposto pelo projeto, em cada habitação existe um refeitório, dessa forma os idosos não precisam se reunir todos em só um ambiente obrigatoriamente, desta forma, o projeto pensa no conforto dos residentes, similar ao que acontece na leitura projetual anterior. h�ps://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger-wissounig-architekten

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Iluminação e Ventilação: O Lar de Idosos possui sua ven�lação e Iluminação bem resolvidas, onde o projeto propõe aberturas distribuídas por toda sua extensão, o que causa conforto ambiental e ao mesmo tempo deixa o ambiente mais aberto, deixando-o mais agradável para os que ali residem. Além disso, encontram-se no edi�cio janelas que ocupam pra�camente toda parede dos dormitórios, estas, para segurança dos moradores, possuem apenas uma parte com possibilidade de abertura, a outra se mantém fixa. No edi�cio, existem também brises, estes ajudam na contenção da luz solar, em alguns ambientes, causando sombra e conforto térmico. LEGENDA

Iluminação

Ven�lação

Abertura

Brise

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Circulação e Acessos:

Térreo

Planta Primeiro Pavimento

LEGENDA Circulação

Escadas

Elevador

Acesso Principal

Acesso Secundário

Acesso de Serviço

De acordo com as plantas acima, o edi�cio possui apenas dois elevadores, o qual é ú�l para melhor locomoção dos residentes, onde o principal fica na área central, juntamente com a escada, e o outro localiza-se perto do acesso de serviço, este é mais u�lizado em momentos de urgência, e se algum idoso passar mal, é por aquele elevador que ele é re�rado do edi�cio, desta forma, é um local perto da saída de serviço e não passa pelo meio do edi�cio, o que poderia deixar o enfermo exposto aos olhares de um número mais elevado de pessoas, causando a preocupação e abalo dos outros residentes. h�ps://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger-wissounig-architekten

40




3.

ÁREA DE INTERVENÇÃO


3.1 Terrenos:

Terreno 1:

Escolhas Iniciais: O terreno para o projeto do Trabalho Final de Graduação, foi escolhido a par�r da análise de três terrenos iniciais, onde são analisados seus pontos posi�vos e nega�vos, para posteriormente haver a escolha daquele que melhor atende as necessidades dos idosos. Os terrenos foram escolhidos na cidade de Ribeirão Preto-SP, no Bairro Jardim Canadá, buscando um espaço que se localize em meio às residências, trazendo tranquilidade, conforto e fácil acessibilidade, porém que ao mesmo tempo esteja próximo de espaços onde os idosos possam ir, caso tenham autorização para passear externamente ao edi�cio, dessa forma os terrenos foram escolhidos ao norte do bairro.

Área: 3303,66m² Localização: Brasil, Ribeirão Preto-SP Esquina da Rua Montreal, com a Rua José da Costa Mello

Pontos Positivos: Localiza-se em esquina e há fácil acesso Possui área necessária para o projeto Apresenta topografia suave Pontos Negativos: Demolição de duas casas Localiza-se moderadamente afastado de espaços para lazer ao ar livre

LEGENDA Bairro Jardim Canadá

LEGENDA

Fonte: Google Maps

Fonte: Arquivo Pessoal

Praças

Terreno 1

Ribeirão Shopping

Comércio e Prestação de Serviço

Terreno 1 Terreno 2 Terreno 3

N

44


Terreno 2:

Terreno 3:

Área: 3187,45m²

Área: 2991,54m²

Localização: Brasil, Ribeirão Preto-SP Rua Miguel Delloiágono

Localização: Brasil, Ribeirão Preto-SP Esquina da Rua Vancouver, com a Rua Toronto

Pontos Positivos: Possui área necessária para o projeto Localiza-se moderadamente próximo aos espaços de lazer ao ar livre Apresenta topografia suave Pontos Negativos: Não localiza-se em esquina Acesso mais complicado Demolição de uma casa LEGENDA

Fonte: Google Maps

Pontos Positivos: Localiza-se em esquina e há fácil acesso Possui área necessária para o projeto Localiza-se próximo aos espaços de lazer ao ar livre Apresenta topografia suave

Fonte: Google Maps

Pontos Negativos: Demolição de uma casa Fonte: Arquivo Pessoal

Praças

Terreno 2

Ribeirão Shopping

Comércio e Prestação de Serviço

Mapa de Referência

Fonte: Arquivo Pessoal

LEGENDA

Praças

Terreno 3

Ribeirão Shopping

Comércio e Prestação de Serviço

Mapa de Referência

45


3.2 Terreno Escolhido:

3.4 Terreno do Projeto:

Posteriormente às análises, o terreno escolhido para o projeto do Trabalho Final de Graduação, é o terreno 3. Este apresenta o número mais elevado de pontos posi�vos, e é o que melhor se encaixa, não somente para a construção do projeto, mas principalmente para o conforto dos clientes da terceira idade. O fato do terreno localizar-se próximo ao espaço de lazer ao ar livre, causa o bem-estar daqueles que ali residirão, pois em sua grande maioria os idosos preferem andar em espaços abertos, ir em praças, restaurantes e comércios, por exemplo.

O terreno escolhido para o projeto, a par�r da análise dos terrenos iniciais, localiza-se no Brasil, na Cidade de Ribeirão Preto-SP, na esquina da Rua Vancouver, com a Rua Toronto. O terreno localiza-se ao Sul da Cidade de Ribeirão Preto, em um local de fácil acesso, perto de avenidas conhecidas da cidade.

Foto do Terreno

Fonte: Arquivo Pessoal

Esquina Fonte: Arquivo Pessoal

Foto do Terreno

Fonte: Arquivo Pessoal

3.3 Estudo do Terreno:

Foto do Terreno

Antes de se iniciar o projeto para os idosos, é necessário estudar o terreno, para isto ele será analisado, juntamente com um raio traçado a par�r dele, com uma distância de 500m, para a realização do estudo do seu entorno. LEGENDA Raio de 500m ‘

N

Mapa de Ribeirão Preto Fonte: Google Maps

LEGENDA Terreno Escolhido Área de Estudo Av. José Adolfo Bianco Molina Av. Prof. João Fiúsa

Terreno Escolhido

Rua Vancouver

Área de Estudo

Rua Toronto

N

46


Área:

2991,54m²

Localização:

Brasil, Ribeirão Preto-SP Esquina da Rua Vancouver, com a Rua Toronto

Bairro Jardim Canada: Zoneamento: ZUP – A E R Recuos: Frontal: 5,00m Lateral: 3,00m na esquina e 1,50m do outro lado

Fonte: Google Maps

LEGENDA

Terreno

Área de Estudo do Entorno

Lote Construído

Divisão dos lotes

Calçada

Fundos: 3,00m (Parques Internos)

Altura Máxima: Dois pavimentos, mais sótão, á�co e porão Observação:

No recuo lateral obrigatório para imóveis comerciaisR=H/6; onde H é a distância do piso térreo ao úl�mo piso u�lizável. Lote construído existente no terreno Fonte: Arquivo Pessoal

Terreno

Fonte: Arquivo Pessoal

Esquina do Terreno

Fonte: Arquivo Pessoal

O terreno localiza-se em uma área de zoneamento ZUP - A E R ( Zona de Urbanização Preferencial e Áreas Especiais Exclusivamente Residenciais), porém pode ser projetado ali o edi�cio para acolhimento de idosos, pelo fato de ser um local de baixo ruído e que não atrapalha os que naquele bairro residem. Ele apresenta quatro lotes, onde três deles são vazios e em um encontra-se uma residência, de dois pavimentos, onde sua construção está parcialmente concluída, e não há no momento nenhum residente. A ideia é comprar os lotes para a realização do projeto, demolindo o edi�cio do lote onde há a construção.

47


Lazer no Entorno:

O terreno foi escolhido características próprias, favorável aos idosos.

pensando até um

no “todo”, desde entorno que seja

“É necessário encontrar o equilíbrio certo...


Próximo ao terreno onde será projetado o Lar de Idosos, existem espaços de lazer, os quais proporcionam a liberdade aos idosos de poder ir e vir, porém isto deve ser feito de forma controlada pelos superiores do Lar de Idosos, mantendo o controle da situação.

...entre o controle da experiência espacial...


O fato do idoso necessitar de assistência, não significa que ele deve residir apenas no edifício, é importante haver uma liberdade, para que estes se sintam “vivos”.

...e uma liberdade...


O controle entre o fechado e o aberto é essencial desde dentro do próprio edifício, até em relação ao externo a ele.

Praça Matheus Nemer_ Bike

...para permitir que as coisas aconteçam.” Álvaro Siza


Terreno e Topografia:

Sol Vento

52


No entorno do terreno há um misto de residências, com prestações de serviço, comércios, áreas ins�tucionais, áreas verdes e vazios. Entretanto, a predominância está nas áreas residenciais. Ao Norte há maior diversidade de áreas, onde encontra-se uma grande área ins�tucional, que é o Colégio Santa Úrsula, áreas verdes onde há praças como a Praça Mateus Nader Nemer e a Praça Omilton Visconde e um misto entre áreas comerciais e de prestações de serviço. Ao Sul há em maior parte, áreas residenciais e vazios.

O gabarito do entorno do terreno, possui em sua maioria edi�cios de um e dois pavimentos, além de exis�r um número considerável de espaços vazios. Ao leste do terreno é onde encontram-se os edi�cios mais altos de mais de dez pavimentos. No terreno, composto por quatro lotes, um deles possui uma casa de dois pavimentos, não terminada. Em volta do terreno, próximo a ele, há vazios e edi�cios de um e dois pavimentos que não causam interferência no projeto. LEGENDA

Um Pavimento

LEGENDA Área Ins�tucional

Dois Pavimentos

Área Residencial

Entre três à dez pavimentos

Área Comercial

Acima de dez pavimentos

Área de Prestação de Serviço

Área Verde

Área Verde

Vazios

Vazios

Mapa Uso do Solo

N

Terreno

Próximo ao terreno há a tranquilidade e o conforto da área residencial, que também proporciona menor tráfego nas ruas, onde encontra-se a área. Além disso, há o fácil acesso às áreas comerciais, às praças e às áreas de prestação de serviço próximos ao local do projeto.

Mapa de Gabarito

Mapa de Figura Fundo

N

Terreno

Pelo mapa de Figura Fundo, nota-se a quan�dade de vazios, e o formato do edi�cios existente no terreno e aqueles próximos a ele, onde o maior é o Supermercado Pão de Açúcar, circulado em amarelo.

53



4.

PROJETO


4.1 Programa Inicial para o Projeto: Para a realização do programa inicial, o qual servirá como base para a realização do projeto, foram divididos setores:  Térreo: Administração, Lazer, Área de Apoio e Saúde.  Primeiro Pavimento: Dormitórios.

Lazer

Térreo:

Administração

SUBTOTAL 1:

AMBIENTE

Sala para Uso Geral

150m²

Sala de Música

65m²

Sala de Pintura

65m²

Sala de Artesanato

65m²

Piscina

30m²

AMBIENTE

Recepção/Espera

45m²

Sanitário Feminino

3m²

Sanitário Masculino

3m²

Ves�ário feminino

5m²

Sanitário Deficiente

4m²

Ves�ário masculino

5m²

Diretoria

9m²

Sanitário Deficiente

4m²

Sala de Reuniões

16m²

Tesouraria

9m²

Sanitário Feminino

6m²

Contabilidade

9m²

6m²

Almoxarifado/Sala de Arquivos

9m²

Sanitário Masculino Área Churrasqueira

6m²

107m²

SUBTOTAL 2:

407m²

56


AMBIENTE

Enfermaria

16m²

6m²

Morgue

6m²

Refeitório

120m²

Consultório Médico

12m²

Sanitário Deficiente

4m²

Sala de Fisioterapia

16m²

Sanit./Vest. Feminino

6m²

Sanit./Vest. Masculino

6m²

AMBIENTE

Área de Apoio

Cozinha

25m²

Setor 1

Despensa

167m²

SUBTOTAL 3:

Área de Apoio Setor 2

SUBTOTAL 4:

AMBIENT

Lavanderia

6m²

Depósito

6m²

9m²

Saúde

SUBTOTAL 5:

50m²

AMBIENTE

SOMA DOS SUBTOTAIS

740m²

Circulação Ver�cal/ Horizontal Área TOTAL do Terreno

+15%

+111m² = 851m²

X3

2553 m²

A par�r do programa realizado como base para o projeto, foi calculada a área aproximada que o terreno deve possuir, para suprir as necessidades da ins�tuição des�nada às pessoas da terceira idade.

57


Primeiro Pavimento:

4.2 Projeto: O projeto “Lar de Idosos: Envelhecimento Saudável”, des�nado às pessoas da terceira idade, possuirá dois pavimentos, este será projetado pensando no bem-estar do idoso e na acessibilidade necessária para que possam ter o máximo de independência possível e conforto. Como mostrado no programa inicial, que é base para o projeto, no primeiro pavimento inicialmente permanecerá a administração, lazer, área de apoio e saúde, pois a intenção do projeto é haver aproximadamente 20 residentes e 10 vagas para que idosos possam permanecer durante o período do dia no lar. Com isso, o térreo é um espaço onde pode receber idosos de fora da edificação, sendo mais aberto, e com espaços de lazer para suprir as necessidades dos que ali frequentarem. Estas necessidades também são pensadas no primeiro pavimento, o qual tem como propósito a privacidade dos residentes gerando maior conforto para os mesmos, este espaço será des�nado aos dormitórios, sala da plantonista e sala priva�va. INTERATIVIDADE

Ao projetar o Lar de Idosos, o programa poderá ser modificado, assim como suas áreas determinadas.

A ideia de haver a possibilidade de idosos de fora frequentando o local durante o período do dia, possui como obje�vo a intera�vidade dos residentes com pessoas dis�ntas, tornando um ambiente que lhes proporciona sempre o novo, e não a monotonia. Este obje�vo também é levado em consideração quando determinado às áreas de lazer/a�vidades do projeto, estas além de serem des�nadas à preservação e melhora da saúde dos idosos, são também um espaço para interagir com o diferente, desde a arte, com aulas de pintura, artesanato e música, até as pessoas que poderão passas o dia no asilo. Com isso, e outros elementos do projeto, como a organização do espaço, há a interação do ambiente em que os idosos residem, com o externo, com a interação de diferentes pessoas, e autorização para sair do Lar de Idosos; o lazer e a saúde, pensando sempre no bem estar do mesmo.

58


Setorização:

611,0 612,0

Reservatório Superior

ver cou Van Rua

Rua Toronto LEGENDA Edi�cio

Planta de Implantação

Área para futura expansão Muro Muro Divisa com Lotes Vizinhos

Circulação Ver�cal

Acesso Principal Acesso de Serviço Estacionamento Área de Serviço Área de Lazer/ Área Verde

Planta Térreo

Jardim Externo Via Calçada

Circulação Horizontal

Estacionamento Funcionários Circulação Horizontal Central Circulação Ver�cal Lazer

Circulação Ver�cal

Administração Saúde Área de Apoio Jardim de Inverno

Planta Primeiro Pavimento

Dormitórios Espaço Vazio Varandas

Circulação Horizontal

613,0


ORGANIZAÇÃO DO PROJETO

A

W.C. Deficiente

Despensa Refeitório

Acima W.C. Fem.

Depósito W.C. W.C. W.C. W.C. Masc. Fem. Masc. Fem.

9.00 m

Cozinha

Lavanderia

Sala para Uso Geral

W.C. Masc.

B 9.00 m

W.C. W.C. Masc. Fem.

Copa dos Funcionários

Varanda

C Contabilidade Diretoria Tesouraria

Sala da Fisioterapeuta Consultório Médico Morgue

5.00 m

01

Sala de Reunião

5.00 m

02

Recepção

Sala de Artesanado/ Pintura

Sala de Espera Privativa para Sala de Arquivos e Diretoria Almoxarifados

5.00 m

03

Sala de Música

9.00 m

Enfermaria

5.00 m

04

D

5.00 m

05

5.00 m

06

5.00 m

07

5.00 m

08

5.00 m

09

5.00 m

23 10

N 22 11

PLANTA TÉRREO ESC.: 1:250


ORGANIZAร ร O DO PROJETO

A

W.C.

Dormitรณrio

Abaixo

Dormitรณrio

W.C. Def.

Dormitรณrio

W.C. Sala de Lazer Def.

Dormitรณrio

W.C. Def.

W.C. Def.

Dormitรณrio

9.00 m

Sala Plantonista

W.C. Def.

Varanda

9.00 m

Varanda

B

C W.C. Def.

W.C. Def.

W.C. Def.

W.C. Def.

W.C. Def.

9.00 m

W.C. Def.

Dormitรณrio

Dormitรณrio

Dormitรณrio

Dormitรณrio

Dormitรณrio

Dormitรณrio

D

5.00 m

5.00 m

5.00 m

5.00 m

5.00 m

5.00 m

5.00 m

5.00 m

5.00 m

5.00 m

N 01

02

03

04

05

06

07

08

09

23 10

22 11

PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO ESC.: 1:250


Norma Brasileira: ABNT NBR 9050 “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos” No Lar de Idosos, é de grande importância que se tenha acessibilidade para todos, com isso foram seguidas as normas da ABNT NBR 9050. Uma cadeira de rodas em rotação 360°, possui diâmetro de 1,50m, foi a par�r dai e pensando nos outros �pos de deficiências existentes, que foram determinados os espaços e a organização do projeto arquitetônico, para que todos possam se locomover com Área para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento facilidade no ambiente e possuir Fonte: h�p://www.ufpb.br/cia/contents/manuais/abnto máximo de independência nbr9050-edicao-2015.pdf possível. No térreo a acessibilidade acontece em todo o pavimento, nos corredores, com larguras onde possam passar dois cadeirantes, ou pessoas com a ajuda de outros instrumentos de locomoção, como bengalas, ou com cuidadores; nas salas de música, artesanato e no restaurante, com espaços para cadeirantes; na largura das portas e altura de suas maçanetas, e nos banheiros, onde há estes para deficientes e banheiros comuns, para maior conforto e escolha dos que ali es�verem. No primeiro pavimento, os dormitórios, foram feitos para 2 pessoas, com possibilidade de dois cadeirantes, e banheiros para deficientes, com corredores também largos para melhor locomoção. Ligando os dois pavimentos há a escada e o elevador. A acessibilidade também se encontra na parte externa do projeto, onde há vagas de Largura para deslocamento em linha reta estacionamento para deficientes �sicos, e na entrada encontra-se uma via para que o carro deixe os idosos, com ou sem deficiência, na porta de entrada do Lar de Idosos, para maior Fonte: h�p://www.ufpb. br/cia/contents/ manuais/abntnbr9050edicao2015.pdf facilidade e conforto.

60


Materialidade e Estrutura: O Lar de Idosos foi construído em módulos de 5m por 9m, para a distribuição de cargas na estrutura de forma homogênea e o favorecimento do conceito de flexibilidade do uso do espaço, o que beneficia a qualquer tempo, alterações no programa de necessidade. O projeto para receber os clientes da terceira idade, foi feito de alvenaria, com pilares de concreto e vigas de aço, isto para que possua o aspecto estrutural e visual desejado. A materialidade encontrada no Lar de Idosos são painéis de vidro, compondo três fachadas do edi�cio e espaços internos, como o refeitório, com caixilhos de alumínio. Além disso, há o acabamento das paredes com pintura látex acrílico sobre o reboco de diferentes cores no projeto, o acabamento do piso, com porcelanato de 60X60, e nas áreas molhadas, azulejos de 20X20 até 1,5m. Na parte externa do edi�cio, encontram-se pisos intertravados.

Alvenaria, com pintura látex acrílico branco

Viga Metálica

Piso de Porcelanato Guarda-Corpo em Vidro e Inox

Primeiro Pavimento: Espaço Central

Alvenaria, com pintura látex acrílico branco Painéis de Vidro

Lar de Idosos: Envelhecimento Saudável

Piso Intertravado

61


Ventilação, Iluminação e Vegetação : O projeto possui, entre outros obje�vos, ser totalmente acessível e possuir conforto aos seus u�lizadores, desta forma, a ven�lação, iluminação e a vegetação foram pensados para isto. O projeto possui o aproveitamento da iluminação natural, e a u�lização da ven�lação cruzada, buscando o conforto térmico do mesmo. Pensando nisso, existem painéis de vidro pelo edi�cio, onde há janelas maxim-ar e pivotantes localizadas no alto dos painéis, estes proporcionam a visibilidade através daquele ambiente, tornando-o menos fechados, e causando a iluminação e ven�lação natural. Além disso, há as outras aberturas existentes, e a cobertura transparente acima do jardim central, esta possui aberturas para que possa ven�lar o ambiente. Planta Térreo

LEGENDA

Planta Primeiro Pavimento

Iluminação

Ven�lação

Observação: Plantas sem escala, esquemá�cas.

63


Ventilação, Iluminação e Vegetação : O jardim localizado no centro do edi�cio, possui a intenção de trazer a ven�lação e iluminação, com a cobertura transparente acima do mesmo, porém isto soma-se também com o fato da vegetação estar presente em boa parte do projeto, tanto externa, como internamente. Isto para tornar o lugar um ambiente prazeroso e criar um conforto ambiental, com a ideia de trazer a natureza para o meio em que vivem os idosos, procurando a harmonização do espaço e deixando-o convida�vo.

Corte 5

Primeiro Pavimento: Espaço Central

Térreo: Espaço Central

LEGENDA

Iluminação

Ven�lação Corte 4

64


Corte 1

Corte 2

Corte 3

Corte 5

---

---

---

---

612

611

612.4

610.8

A 9.00 m

Corte 6 ---

B

9.00 m

613

Corte 4 ---

C 7.00 0.00 m m

9.00 m

EQUIVALE À COTA 612.59

5.86 m

613.3

A locação planimétrica deve partir deste ponto

613.4

611.75 12.88 m

5.00 m

01

5.00 m

02

5.00 m

03

5.00 m

04

5.00 m

05

O Terreno apresenta topografia suave e foi considerado apenas a limpeza do terreno, não foi necessário movimento de terra.

5.00 m

06

5.00 m

07

5.00 m

08

5.00 m

09

5.00 m

23 10

N 22 11

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO ESC.: 1:200

D


Corte 1 ---

Corte 2

Corte 3

Corte 5

---

---

---

H=0.45m

2.50 m

9.00 m

25.80 m

2.50 m

6.00 m

Corte 4

7.00 0.00 m m 4.39 m

EQUIVALE À COTA 612.59

4.36 m

7.63 m

7.48 m

C

5.00 m

01

5.00 m

02

9.00 m

3.75 m 2.84 m

5.00 m

3.00 m

4.00 m

3.50 m

3.75 m

2.39 m

---

B

9.53 m

3.81 m

3.80 m

2.50 m

Projeção Aberturas

2.50 m

12.38 m

9.00 m

3.00 m

1.77 m 1.45 m1.77 m

3.00 m 3.00 m 3.00 m

2.05 m 2.91 m

2.75 m

---

Acima

4.25 m

Corte 6

4.13 m

2.00 m

A

D

5.00 m

03

5.00 m

04

5.00 m

05

5.00 m

06

5.00 m

07

5.00 m

08

5.00 m

09

5.00 m

23 10

N 22 11

PLANTA TÉRREO ESC.: 1:200


Corte 1

Corte 2

Corte 3

Corte 5

---

---

---

---

4.92 m

A

---

9.00 m

B 10.17 m

3.17 m

Corte 4

2.50 m

2.50 m

3.50 m

3.17 m

10.17 m

2.50 m

2.50 m

9.00 m

Projeção Cobertura

2.50 m

3.00 m

3.00 m

Projeção Alçapão

2.50 m 2.91 m

2.50 m

3.00 m

2.00 m

2.50 m

3.00 m

---

3.00 m

Abaixo

Corte 6

2.50 m

2.50 m

9.00 m

2.50 m

3.00 m

2.50 m

3.00 m

3.00 m

2.50 m

3.00 m

2.50 m

3.00 m

3.00 m

C

D

5.00 m

01

5.00 m

02

5.00 m

03

5.00 m

04

5.00 m

05

5.00 m

06

5.00 m

07

5.00 m

08

5.00 m

09

N

5.00 m

23 10

22 11

PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO ESC.: 1:200


Corte 1

Corte 2

Corte 3

Corte 5

---

---

---

---

A 9.00 m

Corte 6 ---

9.00 m

B

Corte 4 ---

C 9.00 m

7.00 m

D

5.00 m

01

5.00 m

02

5.00 m

03

5.00 m

04

5.00 m

05

5.00 m

06

5.00 m

07

5.00 m

08

5.00 m

09

N

5.00 m

23 10

22 11

PLANTA DE COBERTURA ESC.: 1:200


Corte 1

Corte 2

Corte 3

Corte 5

---

---

---

---

A 7.00 8.50 m m Corte 6 ---

B

Corte 4 ---

C

D

N 01

02

03

04

05

06

07

08

09

23 10

22 11

PLANTA RESERVATÓRIO SUPERIOR ESC.: 1:200


Corte 1 ---

Corte 2

Corte 3

Corte 5

---

---

---

A 9.30 m

9.00 m

Corte 6 ---

9.00 m

B

Corte 4 ---

9.00 m

C

D

5.00 m

01

5.00 m

02

5.00 m

03

5.00 m

04

5.00 m

05

5.00 m

06

5.00 m

07

5.00 m

08

5.00 m

09

N

5.00 m

23 10

22 11

PLANTA COBERTURA RESERVATÓRIO SUPERIOR ESC.: 1:200


Corte 6

A

---

Corte 4

B

---

C

D Cobertura Reservatório Superior

Planta Reservatório Superior

9.30 m

8.50 m Cobertura 7.00 m Primeiro Pavimento 3.50 m

1

Terreno

Térreo

-0.15 m

0.00 m

Corte 1 1 : 200

Corte 6

A Planta Reservatório Superior 8.50 m

---

Corte 4

B

---

C

D Cobertura Reservatório Superior 9.30 m Cobertura 7.00 m Primeiro Pavimento 3.50 m

2

Terreno

Térreo

-0.15 m

0.00 m

Corte 2 1 : 200


Corte 4

D

C

A105

Corte 6

B

---

A Cobertura Reservatório Superior

Planta Reservatório Superior

9.30 m

8.50 m

Cobertura 7.00 m Primeiro Pavimento 3.50 m Terreno

Térreo

-0.15 m

0.00 m

CORTE 03

1

Corte 3 1 : 200

01 Planta Reservatório Superior 8.50 m

Corte 1

Corte 2

Corte 3

Corte 5

---

---

A105

---

02

03

04

05

06

07

08

09

23 10

22 11 Cobertura Reservatório Superior 9.30 m Cobertura 7.00 m Primeiro Pavimento 3.50 m

2

Terreno

Térreo

-0.15 m

0.00 m

Corte 4 1 : 200


D

Corte 4

Corte 6

---

A105 FOLHA A2

C

B

A Cobertura Reservatório Superior 9.30 m

Planta Reservatório Superior 8.50 m

Cobertura 7.00 m Primeiro Pavimento 3.50 m

2

8.50 m

Térreo

-0.15 m

0.00 m

Corte 5 1 : 200

01 Planta Reservatório Superior

Terreno

Corte 1

Corte 2

Corte 3

Corte 5

---

---

---

A105 FOLHA A2

02

03

04

05

06

07

08

09

23 10

22 11 Cobertura Reservatório Superior 9.30 m Cobertura 7.00 m Primeiro Pavimento 3.50 m Térreo

Terreno -0.15 m

1

Corte 6 1 : 200

0.00 m


01

Corte 1

Corte 2

Corte 3

Corte 5

---

---

---

---

02

03

04

05

06

07

08

09

23 10

22 11 Cobertura Reservatório Superior

Planta Reservatório Superior

9.30 m

8.50 m

Cobertura 7.00 m Primeiro Pavimento 3.50 m Terreno

Térreo

-0.15 m

0.00 m

Elevação Sul

2

1 : 200

22 11 Planta Reservatório Superior 8.50 m

23 10

09

08

Corte 5

Corte 3

Corte 2

Corte 1

---

---

---

---

07

06

05

04

03

02

01 Cobertura Reservatório Superior 9.30 m Cobertura 7.00 m Primeiro Pavimento 3.50 m

1

Terreno

Térreo

-0.15 m

0.00 m

Elevação Norte 1 : 200


Corte 4

D

C

---

Corte 6 ---

B

A Cobertura Reservatório Superior

Planta Reservatório Superior

9.30 m

8.50 m

Cobertura 7.00 m Primeiro Pavimento 3.50 m

1

Terreno

Térreo

-0.15 m

0.00 m

Elevação Leste 1 : 200

A Planta Reservatório Superior 8.50 m

Corte 6

Corte 4

---

---

B

C

D Cobertura Reservatório Superior 9.30 m Cobertura 7.00 m Primeiro Pavimento 3.50 m

2

Terreno

Térreo

-0.15 m

0.00 m

Elevação Oeste 1 : 200



Perspectivas:

76


77


78


Jardim Central

79


Área Central do Pavimento Térreo

80


Área Central do Pavimento Térreo

81


Ă rea Central do Primeiro Pavimento

80


Recepção

81


Diretoria

80


Refeitรณrio

81



Bibliografia: "Lar Residencial Torre Sénior / Atelier d'Arquitectura J. A. Lopes da Costa" 15 Dez 2014. ArchDaily Brasil. Acessado 25 Abr 2017. <h�p://www.archdaily.com.br/br/759062/lar-residencial-torre-senior-atelier-darquitectura-j-a-lopes-da-costa> "Lar de Repouso e Cuidados Especiais / Dietger Wissounig Architekten" [Nursing and Re�rement Home / Dietger Wissounig Architekten] 28 Mai 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Mar�ns, Maria Julia) Acessado 12 Jun 2017. <h�p://www.archdaily.com.br/br/788077/lar-de-repouso-e-cuidadosespeciais-dietger-wissounig-architekten> "Lar de Idosos Peter Rosegger / Dietger Wissounig Architekten" [Peter Rosegger Nursing Home / Dietger Wissounig Architekten] 30 Out 2014. ArchDaily Brasil. (Trad. San�ago Pedro�, Gabriel) Acessado 12 Jun 2017. h�p://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-roseggerdietger-wissounig-architekten MAZZA, M. M. P. R.; LEFÈVRE, Fernando. A ins�tuição asilar segundo o cuidador familiar do idoso. Saúde e sociedade, v. 13, n. 3, p. 68-77, 2004. CHAIMOWICZ, Flávio. A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI: problemas, projeções e alterna�vas. Rev saúde pública, v. 31, n. 2, p. 184-200, 1997. NASRI, Fabio. O envelhecimento populacional no Brasil. Einstein, v. 6, n. Supl 1, p. S4-S6, 2008. CENSO, I. B. G. E. Disponível em:< h�p://www. censo2010. ibge. gov. br/>. Acesso em, v. 23, 2010. ABNT, NBR. 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, 2004.

80



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