REVISTA DE FOTOGRAFIA | IHSENIOR | ED 03
EMOFIX V E R Ã O | 1 7
Quando se pensa na tecnicidade do processo fotográfico, vê-se que a iluminação tem um papel fundamental. Trata-se do elemento que promove a interação e identificação das múltiplas formas, cores, ambiências e limitações que nos envolvem. Poder-se-á dizer que funcionam como um reflexo da nossa sociedade e dos nossos paradigmas de existência. No entanto, como se trata de uma leitura de estímulos materiais, impõe-se a necessidade paradoxal de compreender as meta-realidades que povoam os intervalos das representações. Trata-se da irrealidade; da metáfora invertida. É a matéria que está presente entre os elementos. É o que limita e confere geometria à interpretação da fotografia. Trata-se, pois, da compreensão das implicações da aplicação técnica da sombra e da contraluz. Ao tentar compreender este elemento, o filósofo japonês - Junchiro Tanizaki (1999) propõe que se: "está perante uma oposição entre a luz ocidental, cuja a industrialização tudo arraste e submete, e a oriental que se esforça por descobrir o encanto da profundidade e do mistério que emerge daquilo que não é evidente". É sobre este último aspeto que este trabalho se pendeu. Pois, acredita-se que através desta abordagem evoca-se, assim, a universalidade de uma experiência semiótica e a solicitação de uma ordem emocional em que: “todo o homem sente prazer nas imagens” (Aristótoles, 1998).
VOL I
Fotografias de:
revista de fotografia | iHsenior ed: escola de educação sénior de Coimbra | programa iHumanus ESEC Publicação desenvolvida no âmbito da UC de fotografia - docente: Luís Miguel Pato da escola de educação sénior de Coimbra
António Mendes Carlos Estevinho Eduarda Marques Horácio Queirós Jorge Espírito Santo José Martins Maria de Jesus Assunção
emofix 2017