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Trabalho de Graduação Integrado Luisa Brunaldi dos Santos nov/2016 CAP David Moreno Sperling Luciana Bongiovanni M. Schenk Lucia Zanin Shimbo Joubert José Lancha Orientadora GT Catherine Otondo 2
Reconecções Urbanas Intervenção na Baixada - Ribeirão Preto
Luisa Brunaldi dos Santos Trabalho de Graduação Intergrado IAU-USP 11.11.2016 3
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio, convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
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Luisa Brunaldi dos Santos Conexões Urbanas: Intervenção na Baixada de Ribeirão Preto Trbalho de Graduação Integrado apresentado à banca avaliadora para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP)
Composição da Banca:
_____________________________ Prof. Dr. Luciana Bongiovanni M. Schenk
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______________________________ Prof. Dr. Catherine Otondo
___________________
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Aos meus pais e irmĂŁo, por sempre me apoiar, A minha famĂlia, pela presença e apoio, Aos meus amigos, pelo incentivo e ajuda, Aos meus professores, por me guiarem nesse universo da arquitetura, Meus sinceros agradecimentos
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SUMARIO Resumo 10 Inquietações
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Lugar
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Implantação geral
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Área de recorte
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Escola 73 9
Resumo
O principal questionamento que levou à concepção do presente projeto foi a inquietude em relação à mudança das dinâmicas que vem ocorrendo nos centros de grandes e médias cidades: moradias se deslocam, os investimentos são escassos, vê-se abandono e consequente degradação de algumas regiões pela prefeitura, espaços públicos escassos e/ou pouco utilizados, violência, etc. Questionando o papel do arquiteto e como este pode contribuir para tentar alterar essa realidade e requalificar as regiões centrais, o presente trabalho tem como objetivo a analise e intervenção na chamada Baixada de Ribeirão Preto, região central e de formação da cidade. Com o estudo realizado, se propõe intervenções ao longo do trecho, de forma a o requalificar e ressignificar. Dessa forma, busca-se alterar as dinâmicas da região através da incorporação de espaços e equipamentos públicos de qualidade, melhoria da mobilidade e uma proposta de galerias comerciais ao longo de todo o projeto urbano. 10
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inquietações 13
"...assim, conexões sociais são os maiores responsáveis pela qualidade de vida - saúde, felicidade, tolerância, altruísmo, etc - do que qualquer outro fator que possamos mensurar." Robert Waldinger - Estudo sobre Desenvolvimento Adulto de Harvard
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Este trabalho surge a partir de uma inquietação: o declínio dos espaços públicos e das conexões sociais físicas no cenário contemporâneo. A existência e a formação de conexões sociais tem uma enorme relevância na vida das pessoas; estudos (por exemplo o Estudo sobre desenvilvimento adulto de Harvard) mostram que quem constitui mais conexões sociais de qualidade, vive mais, com mais felicidade e saúde, além de terem uma visão e posturas mais humanas e tolerantes e maior tendência de ajudar e entender o outro. Pensa-se o espaço público como o grande potencializador de ocorrência de relações sociais, uma vez que seria ele o local do acaso, o local de encontros, desen-
contros e reencontros dos habitantes de uma cidade. É a passagem, é o estar, é o comprar, é o passear, é a fuga e é o achar. Nesse contexto, o centro é a grande união de tudo isso; o centro é (ou era em um momento primeiro) o bairro comum de toda a cidade, então a região de maior potencial desses encontros, dessa vida compartilhada da população. Por isso é triste e ao mesmo preocupante a maneira como estão sendo tratados os centros de muitas cidades brasileiras atualmente: padecem com falta de recursos e interesses a eles destinados e saída do capital (classe alta e seus investimentos). 15
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lugar RibeirĂŁo Preto 17
Localização do municipio de Ribeirão Preto no Brasil, no estado de São Paulo e macro região administrativa
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Ribeirão Preto A escolha da cidade de estudo veio do interesse de entender o processo de formação e conformação do lugar em que cresci, junto com uma vontade de explorar pontenciais que sabia existir na cidade e projetar espaços públicos diferenciados que instiguem a formação de conexões sociais. Localizada no estado de São Paulo, Ribeirão Preto é uma cidade média de mais de 600 000 habitantes. Fundada em 1856 a partir da atual praça XV de Novembro, dentro do Quadrilátero Central, que foi palco de inúmeras transformações pelo poder econômico, político e social. A produção cafeeira levou a um grande crescimento econômico e desenvolvimento da cidade. Apesar da crise de 1929, o progresso da cidade continuou com as fábricas que já estavam instaladas, como as cervejarias, e investimentos na indústria da construção civil, se direcionando a um importante centro industrial e comercial, diversificando a economia local. Segundo a lógica de urbanização do final so século XIX, a formação inicial da malha urbana se caracterizou pela predominância de parcelamentos e arruamentos ortogonais, resultando num padrão de parcelamento urbano em quadras regulares (a
quadrícula) que foi característico até o começo do século XX. No final do século XIX foi implantada a ferrovia Mogiana, instalando uma estação na região de formação da cidade e consolidando uma região de comércios e serviços intensos. Observa-se também que desde seu início até os dias atuais, Ribeirão conta com dois eixos de crescimento que estão ligados também a uma segregação e exclusão espacial fortemente delineadas: o vetor de expansão sul , que configura a centralidade da elite, concentrando valores imobiliários altos, alto consumo e concentrando o número de equipamentos e espaços públicos (é o atual eixo de expansão mais significativo da cidade); e no sentido norte, a partir da chamada “baixada”, onde ao Norte se localiza a população de baixa renda com pouquíssimos equipamentos e espaços públicos próximos. Esse quadro atual se apóia no processo de crescimento da cidade, quando em sua formação os ricos comerciantes e fazendeiros moravam no centro enquanto os imigrantes eram "empurrados" para o Norte (região do Núcleo Colonial Antônio Prado que deu início à ocupação da região).
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Crescimento da cidade: grande aceleração recentemente, principalmente para o vetor Sul
Observa-se também que desde seu início até os dias atuais, Ribeirão conta com dois eixos de crescimento que estão ligados também a uma segregação e exclusão espacial fortemente delineadas: o vetor de expansão sul , que configura a centralidade da elite, concentrando valores imobiliários altos, alto consumo e concentrando o número de equipamentos e espaços públicos (é o atual eixo de expansão mais significativo da cidade); e no sentido norte, a partir da chamada 'baixada', onde ao Norte se localiza a população de baixa renda com pouquíssimos equipamentos e espaços públicos próximos. Esse quadro atual se apóia no processo de crescimento da cidade, quando em sua formação os ricos comerciantes e fazendeiros moravam no centro enquanto os imigrantes eram "empurrados" para o Norte (região do Núcleo Colonial Antônio Prado que deu início à ocupação da região). 20
Distribuição de renda. Fonte: Prefeirura de Ribeirão Preto
Intensa segregação social Norte (renda alta) x Sul (renda baixa)
Disparidade na distribuição dos equipamentos de saúde e educação
Crescimento de Ribeirão Preto. Fonte: prefeitura de Ribeirão Preto
Distribuição dos equipamentos de saúde e educação. Fonte: prefeitura de Ribeirão Preto
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escalas de intervenção 1. Plano O plano de estudo é o chamado Quadrilátero Central, é o centro tradicional da cidade.
2. Eixo O eixo de atuação e estudo envolve a região de formação incial da cidade ("Baixada"), localiada na região central da cidade, no encontro entre o Ribeirão Preto e o Retiro Saudoso. É a área onde serão feitos os levantamentos mais detalhados.
3. Intervenlção A área de intervenção, ou seja, de projeto, que é a região ao longo da margem do Ribeirão Preto. 22
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centro Após escolhida a cidade, volta-se a antenção para o centro, enquanto área que ainda concentra grande parte das atividades político administrativas , culturais, comerciais, de serviços. Devido à expanção urbana, o centro da cidade tem sofrido um processo de desdobramento e deslocamento das atividades até então tidas como de centro (CALIL, 2003), gerando alterações nas dinâmicas sociais e de pertencimento com a região. A Região de início da cidade, às margens do Ribeirão Preto, foi instalada a estação ferroviária da ferrovia Mogiana, que alavancou a economia da cidade e a partir dela teve seu comércio e serviço avançando para o atual centro da cidade (imagem ao lado). Até hoje esses são pontos de intenso comércio e serviços 24
Expanção do comércio e serviço no centro de Ribeirão Preto, XIX - 2002. Fonte: Calil Junior Ozório
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Areas especiais segundo o plano diretor de Riberão Preto
I - AQC: Área Especial do Quadrilátero Central, que abrange a área urbana situada entre as avenidas Nove de Julho, Independência, Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves, a qual será objeto de programa de reestruturação e requalificação urbana. II - AIS: Áreas Especiais de interesse social - Tipo 1, que constituem área onde estão situados loteamentos residenciais de média e baixa renda ou assentamentos informais, parcialmente desituidos de condições urbanísticas adequadas, destinadas à recuperação urbanística e provisão de equipamentos sociais e culturais. (Lei Complementar no 2157/2007) Area de projeto
Linha do tempo com os principais acontecimentos na região central de Ribeirão Preto. Fonte: autora
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A partir dessa imagem vê-se a ênfase dada ao Quadrilátero Central (região de formação da cidade), atual centro consolidado. O Quadrilátero, como se vê, é alvo de um programa de reestruturação e requalificação urbana, enquanto a região que o entorna, a Vila Tibério, é área de Interesse Social, alvo de investimentos em equipamentos socais e culturais.
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eixo Como já mencionado nesse trabalho, inquieta-me em principal a carência de espaços públicos de qualidade, para vivência em comum e construção de relações percebida em alguns centros urbanos atualmente. Constata-se que Ribeirão Preto tem seu centro original sendo abandonado pelos investimentos públicos e pela classe alta. Mesmo habitações estão perdendo lugar. Dai vem a investigação do encontro de rios (ribeirão preto e retiro saudoso), região de origem da cidade, denominada Baixada: local em constante renovação e
resistência.
A Baixada foi local de instalação da estação ferroviária da ferrovia Mogiana na época do auge do café na região, o que impulsionou a economia e o desenvolvimento da ciadade. Os anos 1920 foi o auge da Baixada, mas também o começo de sua degradação, com a grande enchente de 1927, que provoucou danos e prejuízos irrecuperáveis. Em 1942 houve um incêncio no Mercadão, que destruiu o edifício, gerando grande degradação para área, que perde público e mesmo moradores, só na década de 70 ele será reerguido completamente. Em 1964, a estação ferroviaria é tranferida para a região Nordeste, o que novamente leva à uma degradação da área por a estação ser uma geradora de fluxo e comércio. Em 1973, em seu local é construída a rodoviária, o que gera um novo respiro para a Baixada. Hoje, a região conta ainda com o parque Maurilio Biagui e terminais urbanos, esses ùltimo entregues recentemente, que geram grande fluxo, mas apenas de passagem. Há vários projetos para a região na agenda da prefeitura, como a construção de escolas profissionalizantes, sede do MIS, reforma do Mercado Municipal, realocação do CPC, etc. Assim, vê-se que há uma busca por reestruturação da área, com grandes projetos de atração da população. 28
Parque Maurilio Biagui
Terminal rodoviário
Rodoviária
Fábrica Antártica
UBDS
Princiáis marcos na região de plano. Fonte: autora
CEAGESP
Mercadão
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RegiĂŁo de grande atratividade para a cidade, entretanto com grandes vazios pouco atrativos com grande potencial de uso.
RegiĂŁo com pouquĂssimo uso noturmo (limitado ao teatro e alguns bares pontuais).
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Região dividida: um lado do rio (Vila Tibério) predominância de uso misto com residências unifamiliares e pequeno comércio improvisado; e outro predominantemente comercial e uso misto com residências multifamiliares.
Região com gabarito baixo, crescendo a sul.
Fonte: autora
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área de intervenção Assim como grande parte das cidades de médio e grande porte brasileiras, Ribeirão Preto é muito deficiente em espaços livres qualificados. O processo de industrialização dessas cidades levou também a uma valorização de espaços produtivos, em detrimento dos espaços públicos comuns.
Dessa forma, dentro da área de estudo, optou-se por intervir de fato nos espaços de maior potencial para gerar espaços agregadores e atrativos, para que haja uma retomada do uso dessa região por toda a população da cidade e região. Engloba-se a antiga Fábrica da Antártica, a praça Schimdt, a rodoviária, terrenos do Terminal Urbano Rodoviário e o Parque Maulio Biagui. Para toda essa área, o presente trabalho irá deifinir diretrizes de intervenção e posteriormente irá detalhar um recorte. 32
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implantação geral 35
Ressalto que trabalho com quatro camadas que nortearam o trabalho a serem sempre tomadas de referência nas decisões acerca do projeto:
Buscou-se, na elaboração do projeto, conexões entre centro e baixada e vila tibério, em conjunto com a criação de espaços públicos de qualidade que potencializem a ocorrência de conexões e mistura sociais. 36
- História: retomada da memória da ferrovia que passava pelo recorte de projeto - Conexões sociais: possibilitar espaços que propiciem ou petencializem a ocorrência de encontros e reencontros sociais, unindo classes e grupos diversos em espaços dequalidade. Mais espaços públicos acessíveis e atrativos, que convidem ao uso epermanência com espaços para livre ocupação (desde grandes eventos, shows, feiras, àsimples possibilidade de fazer um piquenique ou passear com o namorado sem ter que ir necessariamente a espaços privados de consumo como usalmente ocorre amplamente atualmente) - Cultural: procura-se incorporar ao projeto um programa cultural - Ambiental: percusos mais arborizados (diminuição da temperatura e convite ao caminhar; e implementação de civlovia no percuso).
Diretrizes gerais 1- ligação dos diversos espaços da baixada: retomada do antigo percurso da ferrovia, criando-se um percurso de pedestres por onde ela passava e atrelado a ele, espaços públicos 2- criação de estabelecimentos para o pequeno comércio (muitas vezes já existente de forma precária) 3- trazer equipamentos culturais para a área (já na agenda da prefeitura) 4- elaboração de espaços públicos para apropriação (eventos, feiras, shows, etc) 5- edifícios garagem em terrenos de garagem no entorno, para suprir a demanda 6- retirada de cercas: rodoviária e terminais permeáveis 7- transposições da avenida e rio - ligação centro-vila tibério
Cultural Espaços pùblicos Comércio Percurso ligação Transposições 37
Esquema das principais ações de projeto
transposições
percurso retomando à ferrovia
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espaços públicos para usos diversos
espaços permeáveis
comércio proposto
usos culturais propostos
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Parque Maulio Biagui
UBDS Rodoviรกria
Terminal
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Implantação geral do projeto
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|Ações| Trecho 1 Fábrica Antártica
Diretrizes gerais: .gerar espaços de apropriação .espaços livres plantados nos limites da área .programa cultura baseado em projetos já na agenda da prefeitura .alia-se galerias de comércio para uso misto e maior atratividade para a região .palco para incentivar a ocorrência de eventos
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Contra a lógica de espaços públicos murados, retira-se os muros limítrofes da cervejaria e é criado um amplo espaço para livre circulação e apropriação. Em contraponto aos paredões existentes e buscando-se resgardar a área de intervenção, são criados canteiros de massa vegetal circundando os edifícios. Programa: Afim de atrair usuários e novos olhares, propõe-se um programa baseado nos projetos que estão na prefeitura, já mencionados neste trabalho. Assim, pensa-se na consolidação de uma região cultural, onde seriam abrigados (1) sede nos MIS; (2) escola profissionalizante de dança; (3) bar de cerveja artesanal e museu da cervejaria; (4) museu do trem (5) espaço lúdico para as crianças (6)administração e apoio (7) comércio (8) espaço para eventos (shows, feiras, apresentações, etc.)
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|Ações| Trecho 2 Praça Schimidt Diretrizes gerais: .consolidação do pequeno comércio de alimentos .área de recreação (crianças) .restauração da fonte .gerar espaços de vivência de espaços de calmaria (verde arborizado) .percursos com alargamentos para apropriação
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Cria-se, na praça com a USBD, um espaço que consolida o pequeno comércio de alimento já existente que abastece a demanda gerada pela UBDS (hoje pequenas barracas de lanches, doces, etc). Na praça Schimidt, área de recreação para as crianças perto do percuso que remete à ferrovia. Além disso, mantem-se e restaura-se a fonte existente mas que atualmente encontra-se fora de uso.
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|Ações| Trecho 3 Rodoviária
Diretrizes gerais: .abertura da rodoviária: retirada das cercas e percurso que adentra o terreno .reestruturação do terminal de ônibus .ampliação do potencial de comércio já existente no interior da rodiviário, abrindo lojas para fora e criando novas .espaço para apropriação
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Objetivando melhor circulação e condições para o pedestre, retira-se as barreiras ao redor da rodoviária, ou seja, tanto as cercas que a rodeiam como se libera o acesso ao embarque (hoje apenas quem vai reamente embarcar que tem acesso) e o percurso adentra a região de embarque. Tornando-a, assim, como tantas outras, uma rodoviária aberta. Além disso, houve a modificação dos acessos do terminal para continuidade da calçada, e melhor deslocamento do pedestre Por fim, retirou-se os estacionamentos existentes nos dois lados da rodiviária, criando-se extensões da área de comércio já existente no interior da rodoviária (que já tem inclusive lojas abrindo para fora, região atual desses estacionamentos).
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|Ações| Trecho 4
-
Terminais e ligação Centro-Vila Tibério Diretrizes gerais: .ligação dos dois lados do rio .passagens em níveis melhores .criação de uma escola profissionalizante de música dispersa em dois terrenos, um de cada lado do rio .edifício garagem para suprir os estacionamentos retirados
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Aliando a demanda já existente da prefeitura de construção de uma escola profissionalizante de música ao desejo de incorporar usos diversos na área de intervenção, porpões a construção de uma escola profissionalizante de música nos terrenos de estacionamento, ligando os dois lados do rio pela divisão da escola nesses dois terrenos (um para aulas teóricas outro para as práticas) e potencialização da travessia em nível.
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1 Escola profissionalizante de dança e teatro
Museu da cerveja e cervejaria artesanal Restaurantes (inclusĂŁo de turnos)
e bares usos no-
Galerias comerciais e apoio (local para mesas, bancos, etc, no alargamento do percurso)
Sede do MIS
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Esportes
Palco para eventos
Espaço para feiras, eventos, exposições, shows, etc
Ponto de ônibus
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2
Fonte (já existente)
Playground Espaço com bancos e redes para leitura e descanso UBDS
Reformulação da vBanca de jornal e Táxi (que já existem)
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Abertura do espaço entre os blocos; percurso o adentra e gera espaços de estar
Rodoviária Espaço público destinado à abertura das lojas da rodoviária e criação de novos blocos de lojas(galerias)
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Palco externo e arquibancada Bloco 1 escola de música Rua compartilhada
Extensãoes galerias
Terminal Urbano
Transposição Rio e Av. Terminal Urbano
Bloco 2 escola de música
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recorte 57
área de recorte Em continuação, escolheu-se uma área para recorte da área de intervenção para maior desenvolvimento de projeto. Optou-se pelo desenvolvimento do quarto trecho. Isso porque este trecho desafia o desenvolvimento da mobilidade da região, sempre uma questão importante durante o trabalho, e permite o desenvolvimento de um estudo dos edifícios da escola profissionalizante de mùsica.
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Principais fluxos e acessos de interesse 59
área de recorte
situação
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Dificil mobilidade devido a cercamentos, rio e avenida.
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área de recorte Primeiramente, para que pudesse haver uma passagem, foi necessário reconfigurar o terreno do terminal, unido-o com o terreno acima, hoje ocupado em parte por um estacionamento. Em seguida, como principal estratégia, o percurso que remete à ferrovia é estendido para ser usado como transposição do rio e avenida (com preferência ao pedestre) e ligação dos dois blocos da escola. Esse recurso permitiu a retirada das cercas do Terminal Rodoviário e humanização da travessia do Centro - Terminal - Vila Tibério. A escola profissionalizante de mùsica com seu programa dividido en dois terrenos, um de cada lado da marginal, completa a ideia de união dos dois lados. São previstas, ainda, galerias comerciais com pequenas lojas para atender aos alunos da escola e incentivar o uso e o estar da praça arborizada criada acima do Terminal Rodoviário.
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Entre as galerias e o segundo bloco da escola, é realocada a via existente, mas agora vira uma rua compartilhada, para que não se tornasse mais uma barreira para a tranposição Centro - Vila Tibério. Rua não muito larga para baixa velocidade dos veículos e grande calçada no meio para garantir a preferência e segurança do pedestre.
detalhe 1 detalhe 2
detalhe 3
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implantação da área de recorte com térreo
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corte geral escala 1:500 67
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Detalhe de como se organizaria o tĂŠrreo do bloco 2 da escola profissionalizante de mĂšsica e rua compartilhada.
detalhe 1
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Detalhe de como se organizaria a rua compartilhada e as galerias. Para enfatizar o caráter de ocupação, vários mobiliários de mesas e bancos, espaços amplos, além de sombras propiciadas por árvores e marquise das galerias.
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detalhe 2
Detalhe de como se organizaria o tĂŠrreo do bloco 1 da escola profissionalizante de mĂšsica.
detalhe 3
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escola estudo
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escola profissionalizante de mùsica Opto aqui por entrar no estudo do projeto da escola de mùsica para pensar as principais características que ela deveria possuir, principamente em relação ao entorno. Assim, procurou-se: > Permeabilidade visual com o externo, para que haja a in-
teração do transeunte e o estudante > Junto à escola, espaços pùblicos que convidem à interação com a mùsica e com o lugar. > Salas amplas e livres (prática da mùsica) > Isolamento acùstico
Dividiu-se o pragrama entre os dois blocos da seguinte forma: O primeiro bloco é um edifício de 7 andares, alinhado com o gabarito de alguns edifícios do entorno, que abriga a administração, estùdio de gravação e salas de aula prática (coletivas e individuais). Já o segundo bloco é térreo para que não constraste com o entorno, além de manter a relação visual acima do talude. 74
estrutura metálica com fechamento em painéis pré-fabricados de concreto ou painéis de vidro duplo para as janelas.
painél de (janela)
vidro
onde estão as salas de aula prática (no primeiro bloco), as paredes e as lajes são isoladas acusticamente
duplo isolamento acùstico viga
piso laje
painél composto por duas placas de concreto pré fácricado formando um "sanduíche" com o isolamento acùstico no meio
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bloco 1 Devido ao corte existente no terreno, temos a possibilidade de ter dois térreos: um alinhado com a calçada da Gerônimo Gonçalvez, onde se localizam as salas de ensaio e o estudio (mais reservado), além de um grande espaço público coberto que pode ser usado para feiras, exposições, audições, etc. O outro, tem acesso pela calçada lateral, apenas por uma passarela; nele está a entrada principal do edifício, com a recepção, e uma praça elevada. A administração se localiza no primeiro andar e o restante do programa são salas de aula em grupo e individuais. O edifício é organizado com um bloco destinado à circulação, banheiros e apoio (copa, depósito, maquinário) e outro às salas de aula propriamente ditas.
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programa das salas de aula e administração
circulação e apoio
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Planta Térreo 1
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A
A
B
Planta Térreo 2
Planta Pav 1
A B escala 1:250 79
Planta Pav 2
80
A
A
B
Planta Pav 3
Planta Pav 4 e 5
A B escala 1:250 81
corte AA escala 1:200
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corte BB escala 1:200
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bloco 2 O segundo bloco possui as salas de aula teórica, auditório e biblioteca. Dividido em três edifícios sob uma mesma cobertura, é mais aberto possibilita a livre passagem do pedestre por ele. Acima, um terraço com um café que permite apreciar a vista para o centro da cidade. Como acesso a ele tem-se uma passarela no nivel superior do talude e uma escada entre a biblioteca e as salas de aula. 84
Biblioteca
Salas de aula
Auditório
Espaço entre a viga e o piso do terraço - para passagem de encanamentos e colocação do substrato para o terraço jardim
Viga invertida
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C D
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D
C
D
D
planta tĂŠrreo bloco 2 escala 1:250
D
planta terraço bloco 2 escala 1:250
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corte CC escala 1:200
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corte DD escala 1:200
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fachada bloco 1 escala 1:200
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facahada bloco 2 escala 1:200
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galerias As galerias são basicamente compostas por uma cobertura de estrutura metálica (viga, pilar, laje) sob a qual a formatação das lojas se desenvolvem livremente com painéis pré-moldados de concreto, janelas e portas (assim como o fechamento dos blocos da escola). Ao lado, um exemplo de possível formação das plantas das lojas, utilizado no projeto anteriormente apresentado.v
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galerias - exemplo de conformação utilizado no projeto. escala 1:250
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referências bibliográficas CALIL, Ozório Jr. - O Centro de Ribeirão Preto: os processos de expansão e setorização. Dissertação de mestrado. São Carlos, 2003. MORALES, Solà - De cosas urbanas. Gustavo Gili, 2008. ROLNIK, Raquel - Reablitação de Centros Urbanos. Brasília: Ministérios das Cidades, 2005. GEHL, Jan - Cidades para Pessoas. Tradução de Anita Di Marco. São Paulo, 2013. Prefeitura de Ribeirão Preto
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