a psicologia das cores
preto
Preto O preto é uma cor? Essa é uma das perguntas preferidas, se o preto é uma cor. Alguns estão totalmente convencidos de que o preto não é uma cor – porém não sabem dizer por quê. Contudo, ainda que o neguem, essas pessoas sem sombra de dúvida veem o preto e lhe conferem uma simbologia que não pode ser comparada à de nenhuma outra cor. O impressionismo não reconheceu o preto como cor. Essa tendência pictórica, que teve início na França em 1870, foi mais popular do que todas as outras que a ela se seguiram; ainda para os críticos atuais, os quadros impressionistas são o suprassumo da beleza. O impressionismo tem um só tema: a cor. Tanto fazia o que estivesse representado, tanto fazia o que o quadro quisesse dizer; por isso nos quadros se veem muitas flores bonitas, mulheres bonitas, lindas paisagens – tudo isso servindo para produzir efeito pelas cores utilizadas. No tempo em que o impressionismo se transformou em corrente artística, o mundo se encontrava fascinado pela fotografia. Chegaram então a temer o fim da pintura: fotografias eram muito mais baratas do que pinturas – apesar de que, naquele tempo, não existiam ainda fotografias coloridas – mas as fotos em preto e branco podiam ser facilmente pintadas. Muitos pintores que viviam de pintar retratos ficaram sem trabalho. Antes disso, os artistas bem formados tinham sempre boas oportunidades de trabalho; foi somente com o advento da fotografia que surgiu a ideia da pintura como arte não lucrativa. O impressionismo reagiu à fotografia. Os pintores passaram a fazer o que as fotografias não podiam: os pintores não reproduziam simplesmente as cores das coisas, eles mostravam os efeitos mais puros e intensos das cores. Na pintura impressionista, a luz branca do dia é decomposta, como através de um prisma, nas cores do arco-íris, e com uma multiplicidade de manchas de diversas cores se conseguia transmitir a impressão de um quadro inundado de luz. A soma de todas as cores do arco-íris é branca. O preto é a ausência de todas as cores. Desse modo, o preto foi declarado uma “não cor”. Pintar com tinta preta era uma prática censurada; até mesmo as cores escu-
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