AveiroFotoClube 2011

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2011 DESAFIOS | ENCONTROS | ENTREVISTAS


LI VRO DE DI CADO A...


Marco Silva 21-01-1980 15-07-2010 Co-fundador AveiroFotoClube


I ND I C E

AFC 4 HISTORIAL 6

LN-PT | Admin AFC

7

Logotipo e seu criador

DESAFIO MENSAL 8

Janeiro | Geometrias

12

Fevereiro | Love

16

Março | Free Me

20

Abril | Exaustão

22

Maio | Movimento

26

Junho | Molduras Naturais

28

Julho | Amizade

30

Agosto | Fruta

32

Setembro | Fotografia de Rua

36

Outubro | O Meu Mundo

38

Novembro | Crise

40

Dezembro | Árvore de Natal de Luz

DESAFIO TÉCNICO 42

Copo Transparente

44

Reflexos Aquosos

45

Panning Feat. AFC

46

Highspeed Gotas

48 Low-Key 50 High-Key 52

Pintar com Luz

54

Bokeh Luminoso

DESAFIO DE MANIPULAÇÃO 56 DM001 58 DM002 60 DM003 62 DM004 64 DM005 66 DM006


ENCONTROS MENSAIS 69

Janeiro 30 - Aveiro

ENTREVISTAS

70

Fevereiro 06 - Murtosa

80

Pedro Cardoso - fotografamos

71

Março 12 - Pateira e Alta-Vila

84

Alexander Kharlamov

72

Abril 04 - Serra da Freita

88

Rui Pires

73

Maio 14 - Estúdio fotografamos

92

Norberto Oliveira

74

Junho 04 - Pateira (Encontro Anual)

Julho e Agosto (férias)

96

BANNERS AFCianos

75

Setembro 17 - Alta-Vila / Sessão Fotográfica

76

Outubro 01 - WordWidePhotoWalk Aveiro

LIVRO AFC 2011

77

Outubro 29 - Cascata da Cabreia

102

78

Novembro 30 - Aveiro

103 Agradecimentos

79

Dezembro 03 - Almoço de Natal da Pateira

Ficha Técnica


HI STOR I AL

Um pouco de história... AveiroFotoClube é o resultado de longas conversas partilhadas com o meu grande amigo e co-fundador, Marco Silva, lá pelos meados de 2006. O intuito era reunir os amantes de fotografia mais próximos de nós, começando por criar um fórum online. Logo pensámos em Águeda, mas seria demasiado restrito, pelo que prontamente passámos para um projecto a nível distrital. Das ideias às acções ainda passaram alguns meses, até que nos princípios de 2007 criou-se um fórum à experiência num alojamento privado, mais tarde passado para um espaço livre (2008). Uma mudança que se deveu à falta de dinâmica do fórum, não se verificando a necessidade manter um serviço pago. Chegou então a época natalícia de 2008, altura em que recebi um email questionando-me acerca do fórum e sobre a estagnação do mesmo. Ora ali estava então alguém a “picar-me” e dar algum incentivo, pelo que prontamente mudei o visual do fórum e voltei à divulgação. O resultado foi o primeiro encontro, neste caso uma “cafezada”, em Aveiro, a 29 de Janeiro de 2009. Entretanto fez-se a escolha do logótipo, após votação quase unânime no logotipo que está patente na capa deste livro, da autoria de Edgar Almeida. Seguiram-se vários meses de actividade com desafios online e encontros mensais: - 29 de Janeiro - Primeiro Encontro AFC (foto ao lado) - 28 de Fevereiro - Santa Maria da Feira - 28 de Março - Aveiro - 25 de Abril - Águeda - 23 de Maio - Costa Nova - 27 de Junho - Pateira (encontro anual) - 19 de Julho - Antiga fábrica Celulose do CAIMA - 29 de Agosto - Aveiro - 26 de Setembro - Valongo do Vouga (Águeda) - 31 de Outubro - Antiga fábrica Celulose do CAIMA

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Realce também para a primeira t-shirt AFC, que após várias sugestões de layout, ficou como a da foto ao lado. Era o mês de Maio. No final de 2009 o fórum voltou a ficar menos activo, pelo que optei por alterar de serviço e usar um alojamento onde fosse possível ter acesso total ao site/fórum, procurando então outras formas de personalizar e dinamizar o espaço, o que até aí não era possível. A princípio a ideia parecia resultar, mas não foi longe. Manteve-se então com pouca actividade até Julho de 2010, quando no dia 15 desse mês o meu amigo e co-fundador do AveiroFotoClube faleceu num acidente... desde então que pouco ou nada se fez pelo AFC. Chegou-se o final de 2010 e decidi levar a cabo a derradeira tentativa de reavivar/renascer o AFC. Voltei a contactar os membros do fórum e reabri o fórum que se encontrava no servidor livre , como arquivo, onde não estaria sujeito a pagar alojamentos e assim garantir que, parado ou activo, o espaço estaria lá, com histórias, fotos e outras curiosidades sobre a comunidade. Começou então uma nova fase, com mais um encontro/cafezada e a presença de muitas caras novas, na noite do dia 6 de Janeiro de 2011. Nos dias seguintes já alguns membros se juntavam por Aveiro e logo começaram os desafios e encontros mensais, assim como muitas cafezadas. Um ano abundante de muito convívio e muitas histórias para contar... É então com muito orgulho que apresento este primeiro livro do AFC, que incide sobre o ano de 2011 desta comunidade, dedicado a todos os membros e em especial aquele que nos acompanhou sempre lá de cima...

Luís Neves


CRI ADOR DO L OGO A DM I N A F C |

Luís Neves Fundador e Admin do AveiroFotoClube Óis da Ribeira | Águeda

“xôr admin”, “xôr presidente”... ... palavras que já me habituei a ouvir de alguns membros e amigos mais activos presencialmente nas actividades fomentadas no AFC... Soam um pouco estranhas inicialmente, mas como dizia Fernando Pessoa, “primeiro estranha-se e depois entranha-se”! A verdade é que incontáveis são as horas que dediquei e continuo a dedicar a esta comunidade, que apesar de uma dinâmica com altos e baixos, já existe desde 2007. Este livro é uma prova disso, mas só existe porque 2011 foi um ano excepcional, repleto de actividades e de muita participação dos membros. Neste sentido, aproveito estas linhas para agradecer a todos os membros que, pouco ou muito activos, fazem com que a comunidade exista, assim como me desculpar pela insistência que muitas vezes faço junto de todos, sempre que há um encontro ou desafio cuja adesão está longe do esperado. Num tempo em que é tudo tão volátil e com tantas distracções, é fundamental lembrar algumas actividades, mesmo que a disponibilidade não possibilite a dinâmica e participação desejada. Deixo-vos o voto de muitos “clicks”, cafezadas e, sobretudo, bons momentos! Como dizia o Raul Solnado, “façam o favor de ser felizes!”

06


Edgar Almeida Criador do logótipo AFC Licenciado em Arte e Design Saltando entre Ouca, Vagos - Aveiro, onde passei a infância e Coimbra, local onde trabalho como designer gráfico, pós-productor e fotógrafo no Estúdio M - Academia de Fotografia, quando tenho tempo livre tento não esquecer a fotografia como hobby (que é sempre diferente da fotografia a nível de profissão). Sou também amante de Geocaching, hobby que recomendo a quem tenha um gps ou telemóvel com gps, que é ideal para uns passeios, para conhecer alguns sítios bastante interessantes e para tirar umas fotos. A oportunidade para a criação da logomarca do Aveiro Fotoclube surgiu na altura em que me inscrevi no Fórum, altura essa que decorria uma discussão para desenvolvimento da logomarca deste. Comecei o brainstorming de ideias, juntando ideias da discussão com detalhes que ligassem a Aveiro, como por exemplo o verde do brasão da cidade e os barcos moliceiros. Após alguns estudos e alterações sugeridas por membros do clube surgiu a versão final da logomarca do clube. A nível de trabalho pessoal e profissional poderão encontrar mais informações em www.edgaralmeida.net


DE S AFI O MEN SAL

JANEIRO | GEOMETRIAS

VENCEDOR DO MÊS Nome - José Pereira Utilizador AFC - jomagope Website - www.facebook.com/jose.m.g.pereira 08


Múrias

KaoR

Gomes

Joaquim Galhão

Flor de Lótus

KaoR


DE S AFI O MEN SAL

JANEIRO | GEOMETRIAS

Gomes

Davinsky

jomagope

Rajadas

10

Joaquim Galh達o


jo達o fitas

Gomes

Kestna

LN-PT

Rajadas LiBettencourt

LN-PT


DE S AFI O MEN SAL

FEVEREIRO | LOVE

VENCEDOR DO MÊS Nome - João Nuno Cruz Utilizador AFC - jncruz Website - www.500px.com/jncruz 12


felicci

Rajadas

carlos

MC

felicci


DE S AFI O MEN SAL

FEVEREIRO | LOVE

Pingo Doce

palmeida

palmeida

14

jomagope

jomagope


andresaomarcos

luisfbmelo

KaoR

KaoR

nunopicado


DE S AFI O MEN SAL

MARÇO | FREE ME

VENCEDOR DO MÊS Nome - João Félix Utilizador AFC - Felicci 16


jomagope

jncruz

Becas

andresaomarcos


DE S AFI O MEN SAL 18

MARÇO | FREE ME

KaoR

Jorge Jacinto

jomagope

Becas


tovieira

KaoR

Pingo Doce

andresaomarcos

jncruz

andresaomarcos


DE S AFI O MEN SAL

ABRIL | EXAUSTÃO

VENCEDOR DO MÊS Nome - João Nuno Cruz Utilizador AFC - jncruz Website - www.500px.com/jncruz 20


NunoSantos El Cavera

Felicci

Pingo Doce

Pingo Doce

jncruz

Dafema


DE S AFI O MEN SAL

MAIO | MOVIMENTO

VENCEDOR DO MÊS Nome - João Nuno Cruz Utilizador AFC - jncruz Website - www.500px.com/jncruz

22


KaoR

Freymuth Sommer

SOFIA

fotografamos


DE S AFI O MEN SAL 24

MAIO | MOVIMENTO

Vaicunela

tiagosilva

El Cavera

Rajadas


KaoR

Rajadas

Freymuth Sommer

El Cavera


DE S AFI O MEN SAL

JUNHO | MOLDURAS NATURAIS

VENCEDOR DO MÊS Nome - João Nuno Cruz Utilizador AFC - jncruz 26

Website - www.500px.com/jncruz


marcoscardoso81 Dafema

CecĂ­lia Ferreira

jncruz

Vaicunela

Paulo Carvalho

Paulo Carvalho

Davinsky


DE S AFI O MEN SAL

JULHO | AMIZADE

VENCEDOR DO MÊS Nome - João Nuno Cruz Utilizador AFC - jncruz Website - www.500px.com/jncruz

28


anapratas

Cris Ferreira

jncruz

El Cavera


DE S AFI O MEN SAL

AGOSTO | FRUTA

VENCEDOR DO MÊS Nome - João Ricardo Faria Baptista Utilizador AFC - El Cavera 30

Website - www.jbaptista.pt.vu


Múrias

FlávioM

El Cavera

fotografamos

FlávioM

psantos.eos

Múrias

jncruz

Vaicunela


DE S AFI O MEN SAL

SETEMBRO | FOTOGRAFIA DE RUA

VENCEDOR DO MÊS Nome - João Nuno Cruz Utilizador AFC - jncruz 32

Website - www.500px.com/jncruz


jncruz LN-PT

El Cavera

JDSMaia


DE S AFI O MEN SAL

SETEMBRO | FOTOGRAFIA DE RUA

LN-PT

Rajadas Rajadas

carlos 34

Felicci


Vaicunela Rajadas

El Cavera

Artur Gomes

mcarvalho


DE S AFI O MEN SAL

OUTUBRO | O MEU MUNDO

VENCEDOR DO MÊS Nome - João Nuno Cruz Utilizador AFC - jncruz 36

Website - www.500px.com/jncruz


RAPereira Vaicunela

jncruz

Paulo Carvalho

FFMiranda

Paulo Carvalho

RAPereira

Sofia Vizinho


DE S AFI O MEN SAL

NOVEMBRO | CRISE

VENCEDOR DO MÊS Nome - Carlos Utilizador AFC - carlos 38

Website - www.olhares.sapo.pt/carlov


jncruz

Sofia Vizinho

jncruz

Artur Gomes

FlรกvioM

Artur Gomes


DE S AFI O MEN SAL 40

DEZEMBRO | ÁRVORE DE NATAL... DE LUZ...


VENCEDOR DO MÊS Nome - João Maia Utilizador AFC - JDSMaia


DE S AFI O TÉCNI C O

COPO TRANSPARENTE

VENCEDOR Nome - Luís Neves Utilizador AFC - LN-PT 42

Website - www.luisneves.net


joaoffr

MĂşrias

Artur Gomes

JDSMaia

Vaicunela


DE S AFI O TÉCNI C O

REFLEXOS AQUOSOS

VENCEDOR Nome - Carlos Silva Utilizador AFC - vaicunela Website - www.facebook.com/vaicunela

44


PANNING Feat. AFC

VENCEDOR Nome - Pedro Alexandre Louro Cardoso Utilizador AFC - fotografamos Website - www.fotografamos.com


DE S AFI O TÉCNI C O

HIGHSPEED GOTAS

VENCEDOR Nome - Luís Neves Utilizador AFC - LN-PT Website - www.luisneves.net

46


El Cavera

El Cavera

MĂşrias

MĂşrias

vaicunela

tiagosilva


DE S AFI O TÉCNI C O

LOW KEY

VENCEDOR Nome - Fernando Mónica Utilizador AFC - fmonica Website - www.wix.com/fmonica/fernandomonica 48


fmonica

Múrias

El Cavera

Joaquim Galhão

vaicunela

Múrias jncruz

jncruz

Joaquim Galhão

vaicunela


DE S AFI O TÉCNI C O

HIGH KEY

VENCEDOR Nome - Fernando Mónica Utilizador AFC - fmonica Website - www.wix.com/fmonica/fernandomonica 50


El Cavera

Clรกudia

jncruz

Casacas

vaicunela


DE S AFI O TÉCNI C O

PINTAR COM LUZ

VENCEDOR Nome - Carlos Ventura Utilizador AFC - carlos 52

Website - www.olhares.sapo.pt/carlov


fotografamos

jncruz

jpmonteiro

skyoman fotografamos

vaicunela

vaicunela jncruz

jpmonteiro


DE S AFI O TÉCNI C O

BOKEH LUMINOSO

VENCEDOR Nome - João Nuno Cruz Utilizador AFC - jncruz 54

Website - www.500px.com/jncruz


tiagosilva

anapratas

Sofia Vizinho

FabioCosta

JDSMaia

Cris Ferreira


DE SAFI O DE MANI PULA Ç ÃO

Nº 001

VENCEDOR Nome - Cláuda Alexandra Oliveira Utilizador AFC - Cláudia Website - www.flickr.com/photos/claudialexandra_oliveira 56


FOTO ORIGINAL jncruz MĂşrias

fotografamos

JDSMaia

fmonica

LN-PT

tiagosilva

jncruz


DE SAFI O DE MANI PULA Ç ÃO

Nº 002

VENCEDOR Nome - Pedro Alexandre Louro Cardoso Utilizador AFC - fotografamos Website - www.fotografamos.com

58


FOTO ORIGINAL Cláudia

Múrias chinese

anapratas

jncruz El Cavera

Paulo Carvalho


DE SAFI O DE MANI PULA Ç ÃO

Nº 003

VENCEDOR Nome - Bruno Santos Utilizador AFC - Casacas Website - www.flickr.com/photos/bruno_santos_fot 60


FOTO ORIGINAL fotografamos

Axmiguel

jncruz

luisfbmelo

vaicunela


DE SAFI O DE MANI PULA Ç ÃO

Nº 004

VENCEDOR Nome - Luís Neves Utilizador AFC - LN-PT Website - www.luisneves.net 62


FOTO ORIGINAL Casacas

dafema

fmonica

JDSMaia

vaicunela

jncruz


DE SAFI O DE MANI PULA Ç ÃO

Nº 005

Cláudia

VENCEDOR Nome - João Nuno Cruz Utilizador AFC - jncruz Website - www.500px.com/jncruz

64

FOTO ORIGINAL “Última foto que tirei, antes de cair...” LN-PT


Casacas

Artur Gomes

Artur Gomes

Casacas

jpmonteiro

tiagosilva

MiguelCarvalho

vaicunela

Paulo Carvalho


DE SAFI O DE MANI PULA Ç ÃO

Nº 006

VENCEDOR Nome - Flávio Martins Utilizador AFC - FlávioM 66

Website - www.flickr.com/photos/flaviomartins


FOTO ORIGINAL jncruz foto com filtro de infra-vermelho

MĂşrias

LN-PT

JDSMaia

EL Cavera


E NCONT RO MEN SAL 68

69

Janeiro 30 - Aveiro

70

Fevereiro 06 - Murtosa

71

Março 12 - Pateira e Alta-Vila

72

Abril 04 - Serra da Freita

73

Maio 14 - Estúdio fotografamos

74

Junho 04 - Pateira (Encontro Anual)

Julho e Agosto (férias)

75

Setembro 17 - Alta-Vila / Sessão Fotográfica

76

Outubro 01 - WordWidePhotoWalk Aveiro

77

Outubro 29 - Cascata da Cabreia

78

Novembro 30 - Aveiro

79

Dezembro 03 - Almoço de Natal da Pateira


Aveiro 30 de Janeiro de 2011

Primeiro encontro AFC 2011 Nada melhor para comeรงar a conhecer pessoal e dar o gosto ao dedo!


E NCONT RO MEN SAL

Murtosa 05 de Fevereiro de 2011

Objectivo - Fotografar o nascer do sol Condições - Muito nevoeiro e muito frio Resultados - Sol já ia alto quando deu da sua graça... 70


Pateira (Óis da Ribeira) e Parque Alta-Vila (Águeda) 12 de Março de 2011

Objectivo - Tudo preparado para ir à cascata da Cabreia, em Silva Escura, Sever do Vouga Condições - Chuva Resultados - Optou-se por um encontro de manhã na Pateira, em Óis da Ribeira, onde se almoçou. À tarde fez-se uma visita ao parque Alta-Vila, no centro de Águeda, onde foi captada a foto. Neste momento já não se encontravam todos os participantes.


E NCONT RO MEN SAL 72

Serra da Freita 16 de Abril de 2011

Objectivo - Minas de Regoufe, aldeias de xisto, Drave Condições - Muito calor, muitas pedras, muitas fotos, muitas caras novas... Resultados - Um dos grandes encontros do ano, quer em distâncias quer em histórias. Na descida para Drave, um dos participantes teve uma aparatosa queda e terminou nas urgências do hospital de S. Pedro do Sul, não falando da famosa fish-eye que tirou retratos até ficar literalmente dividida... O encontro terminou por ali, mas a história nunca mais se esqueceu... eu que o diga... Obrigado a todos pelo apoio nesse momento, assim como fazerem questão de o lembrar variadas vezes... ;) Luís Neves


Estúdio fotografamos 14 de Maio de 2011

Objectivo - Mini Workshop de iluminação e fotografia em estúdio Condições - Estúdio fotografamos, do Pedro e Marina (membros do AFC) Resultados - Uma manhã de saudável discussão e novas experiências, com muitos modelos fotógrafos!!!


E NCONT RO MEN SAL

Encontro Anual “Margens da Pateira” 04 de Junho de 2011

Objectivo - Participação no encontro anual “Margens da Pateira”, 6ª Edição Condições - Muito calor e muita gente!!! Resultados - Belo passeio pelas margens da Pateira, a maior lagoa natural da Península Ibérica, neste caso na margem de Requeixo e Carregal.

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Sessão fotográfica no Parque Alta-Vila, em Águeda 17 de Setembro de 2011

Objectivo - “Free photo shoots” para quem aparecesse no local Condições - Um parque com vários “spots” interessantes Resultados - Uma nova experiência para a maioria dos participantes


E NCONT RO MEN SAL

WorldWidePhotoWalk Aveiro 01 de Outubro de 2011

Objectivo - Organização do WorldWidePhotoWalk Aveiro Condições - Muito calor!!! Resultados - Com temperaturas pouco normais para a época, a vontade era encontrar uma esplanada, refrescar e aguardar para ir fotografar o pôr-do-sol nas salinas... e assim foi.. !

76


Cascata da Cabreia, Sever do Vouga 29 de Outubro de 2011

Objectivo - Umas “longas exposições” na cascata da Cabreia Condições - Foram encontradas algumas velas espalhadas pelo parque... ;) Resultados - Mais uma manhã descontraída e com experiências IR. Foto de grupo no final, já sem algum elementos.


Luzes de Natal em Aveiro... ou não... 30 de Novembro de 2011

Objectivo - Não deixar passar Novembro sem encontro!!! Condições - Recepção no Ramona e passeio gélido junto à ria... sem luzes de Natal... é a crise... Resultados - Sem luzes de Natal, ficou-se por alguns retratos, muita conversa e um vídeo engraçado.

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Almoço de Natal da Pateira 03 de Dezembro de 2011

Objectivo - Participação no tradicional Almoço de Natal da Pateira Condições - Nada como almoçar com um cenário destes no horizonte! Resultados - Almoço entre amantes da fotografia vindos de diversos pontos do país. Foi o último encontro de 2011.


EN T R E V I STA - fo t o g r a fa m os . co m

fotografamos.com Pedro Cardoso 29 anos Fotógrafo Aveiro www.fotografamos.com

Quando e como foi o teu primeiro contacto com a fotografia? É curioso como estas coisas nascem sem nós nos apercebermos. Eu nunca tive contacto com a fotografia quando era pequeno. Não fui uma daquelas crianças cujo pai ou avô tinham uma paixão pela fotografia e que transmitiram aos descendentes. Só havia uma máquina em casa e raramente se tiravam fotografias. Até que, em 2003, comecei a construir automóveis e motas à escala 1/24. Nessa altura acabei por fazer parte da organização do fórum de modelismo português www.automodelista.org e tinha necessidade de partilhar algumas imagens da construção dos meus “brinquedos” com a comunidade. Foi aí que comecei a usar a máquina digital que o meu irmão tinha comprado há pouco tempo, na altura uma Sony P72. Entretanto o meu pai comprou uma DSLR e o gosto pela fotografia começou a crescer. Sempre que tinha hipótese, saía para fotografar. Disparava a tudo o que mexesse e a tudo o que não mexesse. E nunca mais parou. Desde então foi um processo contínuo até hoje ou houve interregnos? Neste último caso porquê? Posso considerar que foi um processo contínuo, mas entre Agosto 2006 e Abril 2007 houve um período de arrefecimento. Fui trabalhar para Lisboa e como a máquina não era minha e ficava em Aveiro, só quando vinha cá passar o fim-de-semana é que saía para fotografar. Mas o bichinho nunca morreu! Com que área da fotografia mais te identificas ou preferes trabalhar? Quais as razões dessas preferências? O que mais gosto de fazer são retratos. A interacção com as pessoas, o conhecê-las, o conhecer a história delas e poder registar isso numa imagem é extraordinário. No fundo, é por isso que faço e gosto tanto da fotografia de casamento.

80

Achas fundamental a aposta num determinado género de fotografia, ou uma mesma pessoa pode ou tem espaço para desenvolver em simultâneo vários projectos diferentes? Num ponto de vista profissional, eu acho que os fotógrafos deviam apostar sempre naquilo que mais gostam e


que melhor fazem. Eu acredito que se nos especializarmos num determinado género, seremos realmente bons nisso. Mas acredito também que há sempre lugar para experiências e para projectos diferentes. Se fizermos exclusivamente sempre o mesmo, vamos ser óptimos nesse género, mas também não veremos mais nada e não cresceremos. Qual foi a sensação ao saberes que, pela primeira vez, um trabalho teu ia ser exposto? Nunca tive trabalhos expostos - a não ser em casa dos clientes. Aí sim, fico extremamente feliz. Sempre! E quando foste convidado para o primeiro trabalho “a sério”? Quando as nossos primeiros noivos nos disseram que queriam que fossemos nós a fotografar o casamento deles, foi a euforia total. Eu e a Marina parecíamos uns tolinhos, aos saltos em casa. Sentir que estas pessoas estavam a depositar a confiança deles em nós para registarmos um dia tão importante foi absolutamente extraordinário. Ainda hoje sentimos o mesmo a cada vez que temos uma resposta positiva de um casal! No âmbito da tua carreira, seja ao nível de autor ou comercial, qual ou quais os projectos que ainda estão na gaveta, mas que têm que ser feitos? Projectos e ideias há sempre muitas. Uma delas era montar um “estúdio” na rua e fotografar todas as pessoas que passassem. Para isso é preciso coragem, algo que ainda estou a reunir. Não é um projecto para amanhã, mas não está arrumado. Está só à espera do tempo certo. Sendo o processo criativo algo tortuoso, tens alguma(s) técnica(s) ou metodologia que sigas para conseguires desbloquear o processo quando ele pára mesmo? Eu sou muito visual e muito gráfico. Preciso de ver muitas coisas para me inspirar e tento procurar ambientes diferentes do meu quotidiano para desbloquear o processo. Se estou parado num determinado ponto num determinado processo, paro e procuro outras áreas. Neste aspecto, o Pinterest tem dado uma ajuda imensa. É um site com imensas coisas “bonitas” e é absolutamente inspirador. Mas antes do Pinterest, e ainda hoje continuo a fazê-lo, é pegar no carro e ir em direcção a um sítio onde nunca tenha ido. Outra forma de desbloquear é conversar com pessoas criativas. Para ser criativo, temos de nos rodear de pessoas criativas e inspiradoras! Quais os teus fotógrafos de referência ou que, de alguma forma, te influenciam ou influenciaram? Vários e por várias razões. Zack Arias: porque adoro o estilo limpo e descomplicado com que ele fotografa. Pela forma como é desligado do equipamento e pela atitude do “levanta-te e faz alguma coisa, não fiques aí parado a queixar-te”. Pela humildade e pela honestidade; O Chase Jarvis porque me ajudou a tomar uma decisão importante na minha vida. Porque ele acredita no que faz e fez-me acreditar que temos de apostar naquilo que gostamos e não naquilo que os outros acham que é melhor para nós. Quando estava indeciso sobre o vir ou não embora da empresa onde trabalhava para me dedicar ao que realmente gosto de fazer, recebi este email dele:


EN T R E V I STA - fo t o g r a fa m os . co m

“Hey Peter. Just wanted to pass along a little note. Consider quitting your job and pursuing photography full time. You’ll need to have a good plan and an amazing will power, but you only live once. All the best, Chase.” No âmbito da fotografia de casamento, a Jasmine Star tem sido uma inspiração monumental. Não só pelas fotografias mas também pela perseverança e pelas ideias frescas que traz à indústria. Pela boa disposição e pela energia positiva. O Nate e Jaclyn da theimageisfound.com, pela irreverência e boa disposição. O Ed Peers e o Jonas Peterson pela simplicidade e descomplicação. Que equipamentos usas e quais ainda te faltam para teres o que “kit” pronto? A nossa lista de equipamento não é muito extensa, até porque estamos num ponto onde não precisamos de muita coisa. Muito honestamente, se me dissessem que tinha de abdicar de tudo, eu só iria sentir falta da D700 e 50 f/1.4. Mas dado o nosso estilo de fotografia, o que nos está a fazer realmente falta é outra D700, a 35 f/1.4 e a 85 f/1.4. Filme ou Digital? Porquê? Apesar de ter começado com uma máquina digital em 2003, em 2007 acabei por comprar uma Nikon F4 em 2ª mão e foi aí que aprendi a dar valor a cada frame. Cada premir do botão custava dinheiro e eu tinha de pensar muito bem naquela fotografia. Saía do bolso e custava.. Ainda hoje fotografo com a F4 e dá-me um gozo tremendo ir buscar o rolo ao laboratório e ir sempre com aquela ansiedade de “será que saiu tudo bem?”. Mas o digital é muito conveninente. Melhor ou pior? Não sei, é apenas diferente. Se pudesse, fotografava só com filme em grande formato; Técnica ou Conteúdo? Porquê? Conteúdo. O Ansel Adams disse-o da melhor forma possível: “There is nothing worse than a sharp image of a fuzzy concept.”

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Que conselho gostavas que te tivessem dado no início, que agora agora darias a quem está a começar? Muito sinceramente, não senti falta de nenhum conselho em especial porque sempre tive todo o apoio das pessoas ao meu redor. Mas para quem está a começar, apenas posso aconselhar para não darem ouvidos àqueles que vos querem impingir equipamento. Ao contrário daquilo que possam pensar, o equipamento é o ponto menos importante de tirar fotografias.Invistam na formação cultural. Visitem outras cidades e outros países, visitem museus e galerias de arte. E fotografem muito. O mais que puderem!


Questão especial, pelo membro JDSMaia: “Gostava de lhes fazer uma pergunta, já que, como nós todos sabemos, eles são um casal apaixonado, um pelo outro e pela fotografia, onde é que a fotografia entra na relação deles ? O facto de partilharem a mesma paixão fotográfica, faz crescer a paixão deles ou será o contrário ? Quem meteu o bichinho da fotografia a quem, ou começaram ao mesmo tempo ? Não me consigo abstrair do facto de serem um casal, que partilha a mesma paixão, hobbie e agora profissão, é preciso considerar que nos tempos difíceis que correm, eles “amandaram-se”, de cabeça, OS DOIS .... é uma doideira .... um pelo outro e pela fotografia ... e é de louvar ... Para mim fotografamos será sempre sinónimo de fotografia apaixonada .... “ O apaixonado pela fotografia sou eu. Eu vivo e respiro fotografia. E falo disto o dia inteiro. A Marina acabou por ser contagiada por mim e pelo meu entusiasmo. Até aí, ela tinha tanto interesse em fotografia como eu pela cozinha! E ao longo destes nossos anos juntos, acabamos por transpirar os nossos gostos e paixões um para o outro. Eu passei a ver programas de cozinha na televisão, como o MasterChef, e ela passou a ver sites de fotografia e a pesquisar sobre isso. No fundo, é o resultado da vida em conjunto de duas pessoas que se amam e se adoram. Nós complementamo-nos não só em casa, na vida particular, como também no negócio. Eu tiro as fotografias e faço todo o processamento. A Marina trata da parte burocrática, compõe os álbuns e ajuda-me a manter são e lúcido. Sem ela, eu nunca seria o que sou hoje.


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Alexander Kharlamov 23 anos Estudante Aveiro www.ak-arts.com Quando e como foi o teu primeiro contacto com a fotografia? A primeira vez que decidi pegar na maquina fotográfica para fazer algo mais pensado sem ser para registar um momento de família foi há 9 anos atrás, não possuía maquina fotográfica e usava emprestadas de vez em quando. Sinceramente nunca olhei para a fotografia com especial interesse antes disso. Contudo, dado que nessa altura já pintava a desenhava há alguns anos, a fotografia começou a parecer um atalho “simples” para criar imagens pelo que comecei a ganhar-lhe gradualmente o gosto. Desde então foi um processo contínuo até hoje ou houve interregnos? Neste último caso porquê? A fotografia para mim não é o meu único passatempo, tenho outras coisas que gosto de fazer apesar de dedicar uma porção maior do meu tempo livre à imagem. Faço fotografia raramente, a minha média tem sido uma sessão de captura por mês, embora no último ano tenha sido mais raramente. Acho importante não saturar-me com fotografia, faço as coisas por gosto quando quero, gosto de sentir livre de quaisquer prazos neste campo. No entanto nunca deixo de ter contacto com a “imagem” como apreciador porque defendo que o factor diferenciador na qualidade de um fotografo é a sua cultura visual que só se pode cultivar através do exercício da observação e análise critica. Com que área da fotografia mais te identificas ou preferes trabalhar? Quais as razões dessas preferências? Considero que tenho duas abordagens fundamentais na área da fotografia, uma técnica e outra artística. Como fotografia técnica tenho muito interesse no “saber fazer” determinadas capturas, com foco na tecnologia. No campo da fotografia técnica incluo todas as capturas micro/macro, fotografia de alta velocidade, entre outras que têm valor pelo processo e não são consideradas arte. No que toca a fotografia artística, como um estimulo emocional procuro fazer fotografia que signifique algo e que envolva de algum modo pessoas. Não sou bom a capturar momentos, gosto de controlar tudo porque normalmente quando vou fazer as minhas capturas tenho já os conceitos muito bem definidos na minha cabeça e bloco de apontamentos. Pelo que para responder a questão de forma simples, como pessoa que tem maquina fotográfica gosto de dominala em todas as áreas, como autor criador de imagens prefiro fotografia de retrato (o que inclui nú) e conceptual. Achas fundamental a aposta num determinado género de fotografia, ou uma mesma pessoa pode ou tem


espaço para desenvolver em simultâneo vários projectos diferentes? Isto é como qualquer outra área sem ser fotografia, a especialização é boa quando o objectivo é qualidade. Explorar a fotografia em diversos campos diferentes é o mesmo que estudar em simultâneo varias línguas estrangeiras: o resultado em cada uma é precário e o desempenho é pobre. Se olharmos para o processo da fotografia como conjunto de varias variáveis, a melhoria contínua só é possível se reduzirmos a incerteza em cada um dos processos. Manter o tipo de lente que se usa constante, o rolo, revelador ou software de edição constantes de modo a melhorarmos a variável mais importante que é o factor “humano”, i.e. nós próprios. É preferível ter resultados constantemente medíocres com tendência a melhorar do que saltar de área em área, de lente em lente, sem nunca de facto compreender a raiz da falta de qualidade/impacto das imagens, que na maior parte das vezes está em nós. Um bom trabalho por acidente num conjunto de trabalhos fracos não é sinal de sucesso, é mero acaso que demonstra que o autor não domina o que faz. Contudo é natural que os nossos melhores trabalhos surjam no meio do aparente acaso, o fundamental é identificar criticamente o que faz esse trabalho bom e procurar repetir. Qual foi a sensação ao saberes que, pela primeira vez, um trabalho teu ia ser exposto? Foi agradável, tinha 9 anos de idade, obviamente fiquei muito contente na altura. E quando foste convidado para o primeiro trabalho “a sério”? Nunca me convidaram para um trabalho que eu tenha considerado muito sério, porém já fiz fotografia paga e confesso que detesto fazê-lo, evito a todo o custo e só o faço quando preciso de investir em equipamento novo ou reabastecer o stock de consumíveis. No âmbito da tua carreira, seja ao nível de autor ou comercial, qual ou quais os projectos que ainda estão na gaveta, mas que têm que ser feitos? A nível de autor, tenho gavetas cheias de projectos por fazer que ainda não amadureceram ao ponto de serem concretizados; ora por falta de elementos, ora por falta de uma pessoa que eu ache ideal para aquela série de imagens em particular. É uma constelação de factores que de vez em quando faz sentido e eu avanço com a ideia, a tal dita “inspiração”. Registo tudo, escrevo as ideias, faço esboços e guardo. A constante em todos os meus projectos é o elemento humano e as diversas emoções subjacentes. Sendo o processo criativo algo tortuoso, tens alguma(s) técnica(s) ou metodologia que sigas para conseguires desbloquear o processo quando ele pára mesmo? O processo criativo não pode ser forçado, ou acontece ou não acontece. Por vezes folhear livros com imagens de pintores que admiro, ler ou ver alguns filmes bons ajuda a desbloquear as ideias. No entanto o meu melhor método é arrumar todo o material num armário e deixar passar algum tempo até me voltar a apetecer fazer algo, dedicandome entretanto às outras coisas. É a diferença entre “ter de fazer” e o “querer fazer”, acredito que o processo criativo só acontece quando estamos com a disposição certa.


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Quais os teus fotógrafos de referência ou que, de alguma forma, te influenciam ou influenciaram? Não gosto de me concentrar apenas em fotografia, procuro de manter a “imagem” como uma área que envolve desenho, pintura ou fotografia como um todo. Os artistas de referencia são fundamentalmente: Caravaggio; Goya; Rembrandt; Vermeer; El Greco; Dali; Magritte; M.C. Escher; J. P. Witkin; Man Ray; Jan Saudek; Que equipamentos usas e quais ainda te faltam para teres o que “kit” pronto? Tenho mais equipamento que o que consigo usar. Após uma fase em que sentia imensa falta de material para realizar fotografia, um gradual investimento e fase de saturação em que não sabia para que tinha tanta coisa se não usava muitas delas, estou neste momento com o meu kit reduzido a digital e película. Para digital tenho uma Canon 5DmkII e lentes de alta qualidade que cobrem o intervalo desde os 24mm até aos 200mm. Para fotografar em pelicula tenho algumas maquinas de 35mm que guardo como recordação e uso médio formato, Mamiya RZ67 com lentes prime 110mm e 180mm dando preferência a rolos Ilford HP5 e Kodak TriX400. Provavelmente falta-me um scanner melhor. No entanto o que me realmente falta é tempo livre para usar tudo o que já tenho. Filme ou Digital? Porquê? Ambos, cada um pelas suas características particulares. Filme PB tem uma gama dinâmica fabulosa e todo o processo de captura com restrições é apaixonante, obriga-me a pensar melhor, ter outro tipo de cuidado e a sensação de ver os resultados exactamente como os imaginava passado horas é inigualável. Digital tem virtualmente custo de captura nulo, é bom para experiências, testes de luz e registos rápidos. Contudo digital é melhor para fotografia em cor e oferece muito mais flexibilidade. Depende tudo do objectivo que tenho e a finalidade das imagens. Valorizo mais o meu trabalho em filme do que em digital. Técnica ou Conteúdo? Porquê? A escolha daquilo que fotografamos, no campo da fotografia artística, para mim ultrapassa qualquer técnica, i.e. registos nítidos de temas sem qualquer impacto ou interesse não têm lugar na fotografia como arte. A técnica é só um meio para se criar algo, é essencial mas não é um fim em si mesmo. Na fotografia técnica, o essencial obviamente é a técnica de captura, contudo essa fotografia na minha opinião não pode ser classificada como arte. A tua fotografia parte de um misto de várias tecnologias e eras, dado que fotografas em filme e depois digitalizas e trabalhas as fotos em digital. Como te defines? Um purista que abraçou o digital? E quais são as maiores dificuldades com quais te encontras ao utilizar esta técnica? O que faço e como abordo a questão cai muito aquém do purismo na fotografia. Para mim vale tudo o que eu conseguir dominar para criar uma imagem. Tento diferenciar-me da corrente geral utilizando o meu background mais alargado de experiência com diferentes meios de registo. Penso que se continuar a trabalhar no meu método híbrido que mistura filme com técnicas digitais daqui a alguns anos terei um corpo de trabalho que me vai distinguir da massa geral de fotógrafos. A maior dificuldade, neste caso limitação é ter tempo para o fazer porque cada imagem dessas demora de 10 a 50 horas a ser realizada.


Que conselho gostavas que te tivessem dado no início, que agora agora darias a quem está a começar? Gostava que me tivessem feito entender que o problema não era a falta de equipamento que fazia as minhas imagens más, mas eu próprio.

Título: Part of the Whole II

Técnica: Método hibrido, fotografia em médio formato 67, rolo de 120mm Ilford HP5 revelado em T-Max Dev. Digitalizado e alterado com métodos de desenho digital com recurso a tablet em Photoshop.


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Rui Pires 43 anos Funcionário do Estado - Autoridade Tributária e Aduaneira Fotografia como segunda actividade Ilhavo http://ruipires.fineart-portugal.com http://1x.com/artist/ruipires http://www.facebook.com/ruiafpires Quando e como foi o teu primeiro contacto com a fotografia? Muito novo, teria uns 5 ou 6 anos, meu tio era um fotógrafo amador, já avançado para a época, fotografava essencialmente em preto e branco, revelava e ampliava as suas próprias fotografias. Ensinou-me muito. Desde então foi um processo contínuo até hoje ou houve interregnos? Neste último caso porquê? Embora desde miúdo fizesse umas fotografias, nada de especial, só me iniciei a sério no início da década de 80. Naquele tempo era impraticável para um estudante praticar seriamente a fotografia, era caro, havia pouco material disponível aos amadores, as revelações eram essencialmente feitas nos “fotógrafos” ou lojas de fotografia. Havia pouca forma de dar asas à criatividade que não fosse na tomada de vistas fotográfica. Depois era entregar o “rolo” e passado uns dias ir buscar as fotos. Era caro, acabei por ter de parar. Com que área da fotografia mais te identificas ou preferes trabalhar? Quais as razões dessas preferências? Gosto muito de fotografia documental, fotografar pessoas, desenvolver projectos nesta área para documentar determinadas comunidades, para mim a fotografia documental é comparável à escrita, como escreveres um livro. Nunca fui de sair e fotografar tudo o que mexe ou fotografar por impulsos. Quando saio para fotografar, é já com algo específico em mente, uma espécie de seguimento natural do projecto que tenho em curso. Claro está que de vez em quando também aposto nos “devaneios”, especialmente na área da fotografia de paisagem.

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Achas fundamental a aposta num determinado género de fotografia, ou uma mesma pessoa pode ou tem espaço para desenvolver em simultâneo vários projectos diferentes? Depende do que o artista pretende, onde pretende chegar, a forma como entende a fotografia e os seus objectivos na mesma. Raros são os artistas que são conhecidos internacionalmente por “fotografarem tudo o que mexe”. Normalmente, um artista torna-se conhecido com base em determinadas apetências para um tipo de fotografia específico e por apresentar excelentes trabalhos nesse tema. Mas isto são abordagens “pretensiosas” de determinados artistas, quem quer atingir determinados patamares na fotografia. É perfeitamente válido que quem pretender assumir a fotografia como uma mera actividade lúdica e de expressão pessoal tenha abordagens mais generalistas, fotografe por impulso


qualquer motivo que lhe agrade e procure fazer trabalho e explorar todas a vertentes da fotografia. Se calhar um dia acaba por se especializar num género ou outro, penso que é um caminho que todos seguem sem excepção. Obrigatoriamente os patamares são sempre atingidos através do talento, já que a fotografia é uma arte e a arte embora de definição difícil, é comummente aceite como uma mistura de técnica e criatividade, sempre com o talento presente. Qual foi a sensação ao saberes que, pela primeira vez, um trabalho teu ia ser exposto? Já tive muitos trabalhos meus expostos em muitos países, só este mês de Março vou ter trabalhos expostos em três países diferentes. A sensação inicial é sempre de apreensão relativamente à reacção do público e da crítica aos teus trabalhos. Por acaso, nunca estive presente numa exposição minha para “enfrentar” o público pessoalmente, um dia terá que ser, mas sou defensor que as minhas fotografias devam falar por si, o autor não tem de ser exposto, pelo menos eu sou uma pessoa algo reservada que preza o anonimato. E quando foste convidado para o primeiro trabalho “a sério”? Por norma não aceito trabalhos por “comissão” ou comissionados, já fui várias vezes convidado para fazer determinados trabalhos, recusei sempre. Se um dia me aparecer um convite para um projecto interessante que me agrade fazer, ponderarei aceitar. No âmbito da tua carreira, seja ao nível de autor ou comercial, qual ou quais os projectos que ainda estão na gaveta, mas que têm que ser feitos? Com o máximo respeito, não responderei a essa pergunta. Infelizmente a fotografia é uma actividade muito competitiva, especialmente no nosso cantinho à beira mar plantado. E onde toda a gente tende a imitar toda a gente, fazem-se milhares de fotografias do mesmo assunto e a criatividade parece ser algo que poucos possuem. Se referisse projectos que tenho em mente para o futuro, decerto em breve haveria alguém a pegar neles. Sendo o processo criativo algo tortuoso, tens alguma(s) técnica(s) ou metodologia que sigas para conseguires desbloquear o processo quando ele pára mesmo? A fotografia é uma arte, como todas as artes exige técnica e criatividade. A técnica é algo que se aprende a dominar, experiência, muita prática, muitas fotografias falhadas. A criatividade é mais difícil, num mundo onde se produzem milhões de fotografias por dia. Daí que é importante o artista ter projectos temáticos ou conceptuais e estabelecer uma linha de construção dos mesmos. Mas há dias em que é difícil termos paz de espírito e inspiração e o processo bloqueia, acontece a todos, o melhor é descansar e retomar mais tarde. Acontece em todas as artes. Quais os teus fotógrafos de referência ou que, de alguma forma, te influenciam ou influenciaram? Sendo essencialmente um adepto de preto e branco, tenho Ansel Adams como referência, a sua técnica em termos de preto e branco é inultrapassável. Assim, estudei minuciosamente todos os seus livros, os processos, as técnicas que


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desenvolveu. Em termos de abordagem humanista à fotografia, sou um fã incondicional de Doisneau, Atget, Dorothea Lange, Sebastião Salgado e Steve Mccurry, este último um amigo pessoal com quem me comunico frequentemente. Que equipamentos usas e quais ainda te faltam para teres o que “kit” pronto? Uso várias câmaras. Em filme uso uma Horseman LX-C e uma Horseman FA-45 para grande formato 4x5, em médio formato uso uma Mamiya RZ67 PRO II e em termos de suporte digital, uma Canon EOS 5D MKII. Para ter o kit pronto acho que não me falta nada, tenho laboratório de revelação, sistema de digitalização de negativos, um vasto conjunto de lentes e acessórios, talvez a próxima aquisição seja uma câmara de muito grande formato, penso numa 8x10” . Filme ou Digital? Porquê? Ambos. Para preto e branco sem dúvida o filme, pelas suas características orgânicas, texturas, gradação de cinzas e durabilidade relativamente a arquivo. Eu uso essencialmente o filme em médio e grande formato, que na minha opinião, desde que bem exposto e revelado ainda ultrapassa em muito as câmaras digitais. Em cor também uso o filme, especialmente para paisagem, mas admito que as câmaras digitais e os meios de edição atingiram níveis absolutamente extraordinários. No entanto sinto-me seguro por saber que tenho um vasto arquivo de fotografias em filme, devidamente arquivado e que me dá a garantia de durar centenas de anos sem perder qualidade. Já relativamente aos ficheiros digitais, não tenho essa garantia. Em termos de fotografia em ambientes de pouca luz, sem dúvida que opto pela 5D MKII, aí o filme já não atinge a qualidade destes novos sensores digitais com uma capacidade brutal para registar detalhes com velocidade suficiente quase no escuro. Técnica ou Conteúdo? Porquê? Ambos. Sendo a fotografia uma arte, não há arte sem técnica e não há arte sem conteúdo. O mais importante é o resultado final, mas um artista deve ter sempre uma boa base técnica para produzir os resultados finais pretendidos. Não acredito na arte aleatória nem acredito na técnica pura. Que conselho gostavas que te tivessem dado no início, que agora darias a quem está a começar? Fotografar essencialmente aquilo que gostamos e aprender todos os dias, estudar. No entanto, dado o estado da economia e a forte saturação do mercado de fotografia profissional, aconselho sempre os novos fotógrafos a terem uma profissão que lhes permita viver a vida com o mínimo de dignidade e terem na fotografia uma ocupação suplementar. Hoje a profissão de fotógrafo, salvo casos muito raros, é uma profissão que não proporciona um nível de vida elevado e confortável.

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As questões de direitos fotográficos a nível de fotografia de rua são uma coisa que ainda dá muita discussão, costumas fotografar e depois falar com as pessoas a pedir para assinarem o “image release” ou simplesmente fotografas sem te preocupares com esses preceitos legais? A lei dos direitos de autor é uma peça de direito, um regime jurídico, como tal, sujeita a interpretações várias. O direito


à imagem é consagrado, mas nem sempre um cidadão tem direito à reserva estando em locais públicos. O fotógrafo tem de saber lidar bem com estas situações e procurar compreender onde é que é exigível uma “image release”. Tudo se prende com a utilização que se vai dar aos trabalhos fotográficos e o seu âmbito comercial e o consentimento tácito ou expresso do fotografado. Outro factor é preservar sempre a dignidade da pessoa fotografada, nunca o fazendo de forma a por em causa o seu bom nome. Nas minhas séries documentais, por norma, fotografo sempre os elementos humanos após muito tempo de troca de opiniões e conversas, fazendo sempre saber ao fotografado que a fotografia terá como fim uma publicação editorial, educativa ou artística sob a forma de livro ou eventualmente uma exposição de fotografia. Muitas vezes até são os mesmos a pedirem-me para lhes tirar uma fotografia. Partindo do pressuposto que o elemento humano fotografado acede tacitamente a essa condição, julgo não necessitar de uma “model release” assinada. O mesmo não seria válido caso a utilização final do trabalho fosse meramente comercial, tal como os fins publicitários comerciais onde a lei exige o consentimento do fotografado. Por outro lado, não fotografo os elementos humanos em momentos de privacidade que possam por em causa ou seu direito à mesma, sou muito ético relativamente a isso. A fotografia humanista exige muito cuidado com a dignidade e exposição pública das pessoas retratadas. E nunca, nunca fotografo ninguém sem que as pessoas se apercebam que estão a ser fotografadas e o aceitem. Foto da colecção “Rural Moments”


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Norberto Oliveira 32 Anos Responsável de Área – Worten Aveiro Cacia www.netotal.net www.olhares.com/netotal

Quando e como foi o teu primeiro contacto com a fotografia? O meu primeiro contacto com fotografia foi há cerca de 3/4 anos, quando comprei a minha primeira reflex, uma Nikon D40. Desde então foi um processo contínuo até hoje ou houve interregnos? Neste último caso porquê? Comecei na altura por fotografar paisagens aqui bem perto no baixo Vouga, e que me lembre a única pausa que fiz foi no momento em que fui furtado e fiquei sem a minha máquina, nessa altura fiquei cerca de 2 meses sem fotografar. Entretanto adquiri novamente uma Nikon desta vez a D80. Com que área da fotografia mais te identificas ou preferes trabalhar? Quais as razões dessas preferências? Desde bem cedo percebi que era na área de moda e social que me sentia bem a fotografar. Moda, porque gosto de participar em todos os detalhes de uma produção fotográfica, desde a escolha dos modelos, a equipa de produção, make-ups, styling, etc. Achas fundamental a aposta num determinado género de fotografia, ou uma mesma pessoa pode ou tem espaço para desenvolver em simultâneo vários projectos diferentes? Eu acho que não há uma formula para medir esta questão. Conheço fotógrafos que se dão bem em vários tipos e géneros de registos. Acho que devemos por experimentar os vários tipos de fotografia para a certa altura percebermos em qual registo nos sentimos mais confortáveis. Depois sim investir algum tempo ou mesmo formação nessa área, estudar trabalhos dos grandes nomes que marcaram esse género de fotografia e criar o seu próprio estilo.

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Qual foi a sensação ao saberes que, pela primeira vez, um trabalho teu ia ser exposto? Isso aconteceu muito mais cedo do que eu previa, e por esse mesmo motivo senti-me surpreso e assustado. Foi um marco na minha carreira de fotografo, aumentou a minha responsabilidade e dedicação sendo que entretanto já conto com várias publicações de dimensão nacional.


E quando foste convidado para o primeiro trabalho “a sério”? Aconteceu logo após a final de um concurso da SIC “Á PROCURA DO SONHO”, quando através da agência Face Models recebi o convite para fotografar parte dos finalistas do concurso inclusive os vencedores. No âmbito da tua carreira, seja ao nível de autor ou comercial, qual ou quais os projectos que ainda estão na gaveta, mas que têm que ser feitos? Neste momento aguardo pelo inicio da campanha da nova linha masculina da estilista Fátima Lopes da qual já recebi a confirmação que seria o fotografo deste trabalho. A produção das peças está em fase terminal pelo que a qualquer momento vamos avançar com este trabalho. Sendo o processo criativo algo tortuoso, tens alguma(s) técnica(s) ou metodologia que sigas para conseguires desbloquear o processo quando ele pára mesmo? Tento envolver sempre que possível várias pessoas na produção de cada trabalho, é bom debater e reunir ideias para que em conjunto se chega a um resultado final que nos possamos orgulhar. Quais os teus fotógrafos de referência ou que, de alguma forma, te influenciam ou influenciaram? Vou apenas referir fotógrafos nacionais, acompanho sempre que possível os trabalhos do Frederico Martins, Orlando Gonçalves e de mais perto o fotografo com quem divido estúdio que tem sido uma referência e é um prazer poder trabalho com eles (Carlos Teixeira). Que equipamentos usas e quais ainda te faltam para teres o que “kit” pronto? Actualmente estou equipado com uma reflex Nikon D700, tenho as lentes Nikon 50mm 1:1.8D AF, TAMRON AF 1850mm 1:2.8 (IF) e o flash Nikon SB-600. Filme ou Digital? Porquê? Digital, assumo que não tenho experiência em filme. A rápida passagem para edição ajuda em todo o processo. Técnica ou Conteúdo? Porquê? Os dois, de que nos vale a técnica se não tivermos o conteúdo que pretendemos? Acho que os 2 temas num só trabalho se complementam. Que conselho gostavas que te tivessem dado no início, que agora agora darias a quem está a começar? Acho muito importante socializar com fotógrafos que já andam nesta área há mais tempo, ajudam-nos sempre a conhecer melhor as técnicas e todas as dicas são sempre bem vindas, umas poderão adequar-se no momento e outras mais tarde.


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Norberto, tendo já fotografado várias personalidades portuguesas, qual seria a personalidade da nossa “praça” que gostarias de fotografar e ainda não tiveste oportunidade? Neste momento há grande nomes da nossa praça dos quais posso orgulhar-me por ter tido o privilégio de ter feito alguns trabalhos com eles. Neste momento não escondo que gostaria fotografar aquele que é o único manequim português a constar no raking dos 50 melhores manequins do Mundo que foi também o vencedor dos globos de ouro na categoria de melhor manequim (Luis Borges).


Ă‚ngelo Rodrigues (Actor)


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LI VRO AFC 2011

FICHA TÉCNICA EDIÇÃO Luís Neves Admin AFC APOIO João Nuno Cruz RP AFC LOGÓTIPO Edgar Almeida

www.aveirofotoclube.com 20 de Março de 2012

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AGRADECIMENTOS Todos os membros AFC que participaram nos vários desafios e encontros de 2011, tornando possível a edição deste livro. Às pessoas que se prontificaram a responder ao questionário que deu origem às “Entrevistas” aqui presentes.


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