dez indicadores de uma boa escola

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10 Indicadores de uma boa escola John MacBeath (a partir de Jorge Ávila Lima, Em Busca da Boa Escola, Gaia: Fundação Manuel Leão (em publicação)


1. Clima da escola. Este foi o factor mais referido por todos os participantes. Foram utilizados termos como “atmosfera”, “clima”, “ethos”, a escola como um lugar “amigável” e alusões ao modo como as pessoas se “sentem” naquela escola.


2. Relações. A forma de relação referida mais frequentemente foi a de alunosprofessores, mas os docentes também referiram as relações colegiais, entre docentes e pessoal auxiliar e entre o corpo docente e os responsáveis directivos da escola. .


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Foram considerados cinco indicadores: existência de um sentido de trabalho de equipa entre todo o pessoal da escola; ajuda prestada pelos alunos mais velhos aos mais novos; sentimento dos pais e dos membros dos órgãos governativos da escola de que são bem-vindos e valorizados na escola; tolerância zero para com os comportamentos agressivos entre alunos (bullying); formas de tratamento interpessoal que sinalizam que os indivíduos se valorizam mutuamente enquanto pessoas.


3. Organização e comunicação. Foram feitas várias referências à eficiência da comunicação entre o pessoal docente da escola e entre este e os responsáveis directivos da mesma.


Foram considerados os seguintes cinco indicadores: 1.tomada de decisões na escola de uma forma participativa e aberta; 2. auscultação dos pontos de vista de todos os membros da instituição; 3. existência de fóruns para os alunos discutirem as suas preocupações e problemas; 4. informação aos pais e aos membros dos órgãos governativos da escola sobre as suas políticas e as suas práticas da escola; 5. existência na comunidade de uma forte perspectiva positiva sobre a escola. 


4. Tempo e recursos. Foram feitas várias referências a materiais, equipamentos, e oportunidades e tempo para utilizá-los. Foram considerados os seguintes cinco indicadores: 1.a organização das turmas de modo a que todos os alunos aprendam eficazmente; 2. distribuição de recursos com base numa abordagem negociada e partilhada; 3. disponibilização e utilização adequada de tempo para os professores planificarem, avaliarem e desenvolverem-se profissionalmente; 4. existência de recursos para os alunos durante e para além do dia escolar; 5. funcionamento da escola enquanto recurso da comunidade.


Foram considerados os seguintes cinco indicadores: 1.a organização das turmas de modo a que todos os alunos aprendam eficazmente; 2. distribuição de recursos com base numa abordagem negociada e partilhada; 3. disponibilização e utilização adequada de tempo para os professores planificarem, avaliarem e desenvolverem-se profissionalmente; 4. existência de recursos para os alunos durante e para além do dia escolar; 5. funcionamento da escola enquanto recurso da comunidade. 


5. Reconhecimento do sucesso. Este conjunto refere-se ao reconhecimento da excelência e do esforço (incluindo o dos próprios professores), de variadas formas.


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Foram considerados os seguintes cinco indicadores: existência de um clima de sucesso na escola; disponibilidade, para todos os alunos, de oportunidades iguais para verem os seus sucessos reconhecidos; utilização dos prémios e não das punições são a abordagem prevalecente ao desempenho e comportamento dos alunos; existência de consenso na escola sobre o que é considerado como sucesso; reconhecimento e recompensa dos sucessos do pessoal da instituição.


6. Equidade. Neste caso, está em foco a abertura da escola em relação às pessoas portadoras de deficiência e às oportunidades de sucesso oferecidas àqueles que têm NEE. Este conjunto de indicadores refere-se também, ao tratamento igual dado aos alunos, independentemente do seu género, raça e aptidão académica. Do ponto de vista dos alunos, também significa ser-se tratado de forma justa pelos docentes.


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Foram considerados os seguintes cinco indicadores: 1.crença dos alunos na política de igualdade de oportunidades da escola; 2. crença de que a diversidade cultural, moral, intelectual e social acrescenta valor à vida e à aprendizagem na escola; 3. crença, por parte de todo o pessoal da escola, de que tem um papel a desempenhar na promoção de uma cultura de igualdade de oportunidades;


4. tomada em consideração das necessidades de todas as crianças, na planificação e na organização do currículo; 5. existência de oportunidades para todos os alunos assumirem responsabilidades na sala de aula, na escola e nas actividades extracurriculares.


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7. Ligações escola-família. Neste âmbito, foram considerados os seguintes cinco indicadores: desempenho pelos pais de um papel activo na aprendizagem dos seus alunos; sentimento de confiança dos pais de que os problemas serão tratados e de que lhes será dado feedback sobre os mesmos; atenção da escola a os antecedentes sociais, culturais e linguísticos dos alunos; realização de reuniões entre pais e professores, úteis e produtivas; monitorização do progresso dos alunos e partilha regular dos seus resultados com os pais.


8. Apoio ao ensino. Incluem-se aqui as condições infra-estruturais (incluindo o tamanho das turmas) que ajudam os professores a funcionarem mais eficazmente na sala de aula.


Foram considerados os seguintes cinco indicadores: 1. apoio ao ensino e à aprendizagem como aspecto central das políticas e da planificação da escola; 2. recepção pelos professores de apoio eficaz por parte da gestão da escola; 3. dimensão das turmas que garanta que todos os professores possam ensinar eficazmente; 4. partilha entre os professores dos sucessos e problemas uns de cada um; 5. tratamento dos pais enquanto parceiros na aprendizagem dos alunos. 


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9. Clima na sala de aula. Este conjunto de indicadores inclui as referências feitas pelos alunos ao modo como a sala de aula pode ser um espaço estimulante e interessante.


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Foram considerados os seguintes cinco indicadores: a sala de aula é um local satisfatório para se estar, para os alunos e professores; existe ordem, propósito e uma atmosfera relaxada na sala de aula; os professores sentem-se confiantes para abordar os professores e pedir-lhes ajuda; os alunos trabalham cooperativamente, quando isso se revela adequado; nenhum aluno é excluído da possibilidade de ter sucesso.


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10. Apoio Ă aprendizagem. Este Ăşltimo conjunto de indicadores, em particular, os aspectos que, do ponto de vista dos alunos, os ajudam a aprender e aqueles que inibem essa aprendizagem.


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Foram considerados os seguintes cinco indicadores: os alunos vêem-se a si próprios como aprendentes independentes; os professores acreditam que todos os alunos podem aprender e ter sucesso; a actividade escolar está focalizada, essencialmente, em tornar a aprendizagem mais eficaz; a aprendizagem dentro e fora da escola é vista como um todo coerente; os alunos estão envolvidos na revisão do seu progresso, no registo dos seus sucessos e na definição das metas a atingir.


Para cada indicador, são sugeridas algumas fontes de evidência – quantitativas e qualitativas – que poderão ser recolhidas, mas qur funcionam apenas como exemplos ilustrativos e as escolas são encorajadas a inserir as suas próprias ideias. Para cada um, também são sugeridos alguns métodos e instrumentos que podem ser usados na sua avaliação. A maioria dos itens sugeridos presta-se a uma abordagem longitudinal, isto é, uma escola pode repetir a recolha de informação, por exemplo, seis meses depois e ver que evolução ocorreu. Isso permitiria calcular o “valor acrescentado” em cada um dos indicadores. Segundo MacBeath, eles poderiam, por exemplo, ser utilizados para estabelecer metas e para determinar em que medida estas estão a ser atingidas. " In Jorge Ávila De Lima Em Busca Da Boa Escola:Instituições Eficazes E Sucesso Educativo (Em Publicação)


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