questionário 2007_respostas sobre uma auto-avaliação de escola

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1. a) Há claramente benefícios para uma organização em se predispôr a um processo de AA, se tivermos como ponto de partida uma grande consciencialização da gestão e dos clientes internos para a necessidade de introdução de mecanismos autoregulação de processos e de procedimentos que nos levem aos caminhos duma gestão total de qualidade ( sensibilização para a mudança organizacional no sentido da melhoria continuada ); Numa organização complexa como é uma escola, neste caso secundária, penso ser necessário, para além do envolvimento das pessoas e do desenvolvimento do sentido de pertença, uma estratégia dos vários órgãos de gestão que leve através de directivas e nomeações executivas à criação da(s) equipa(s) de AA, com distibuição nos respectivos horários de tempos comuns de trabalho e que a participação dos inquiridos e entrevistados seja “ compulsiva “, o que não me parece contrariar o espírito de uma “ colaboração voluntária e fidedigna” e é, no meu ponto de vista e numa escola, uma forma de contornar “ delicadamente “ a resistência dos colaboradores e gestores intermédios; Se muitas vezes intuímos as forças e fraquezas dos nossos processos e procedimentos, também é verdade que a análise introjectiva pode não ser suficiente ( não é ), daí que um dos benefícios da AA seja, através das evidências, o reconhecermos o que de bem fazemos e detectar o que está mal feito, de modo a poder-se melhorar o funcionamento global, com eficiência e eficácia; O caminho da AA também nos levará a um discurso contextualizado sobre os conceitos envolvidos em linguagem de “ escola “, tornando coerente a abordagem às propostas de melhoria que irão surgir, mais naturalmente, penso eu... Para além do aparente carácter “ compulsivo “ que deixo perspassar pella resposta, admito ser fundamental que a organização reconheça os benefícios de enveredar por uma AA, de forma sistemática, pois só assim poderá tornar real uma qualquer melhoria organizacional com um custo/benefício/esforço pessoal adequado; Avançada que vá uma primeira AA, se o processo de tomada de consciência dos benefícios da mesma pela organização for grande, mais rápido se caminhará para uma maior responsabilização dos órgãos de gestão, até mesmo por pressões vindas de baixo para cima; A grande utilidade de se proceder a uma AA interna é a do envolvimento directo de um considerável número de pessoas que mais facilmente poderão sensibilizar os colegas, ganhando competências processuais e procedimentais que poderão transmitir, com custos financeiros mais adequados ao orçamento disponível; b) Seria mais cómodo encomendar uma auditoria a uma consultora externa, com os custos finaceiros inerentes, mas o que é certo é que perder-se-ia o conhecimento directo dos processos desencadeados, com a agravante de a organização estar a tomar decisões fundamentadas em propostas de melhoria da consultora, que pouco ou nada conhece do funcionamento de uma escola, por exemplo; Que a auditoria externa é fundamental como processo de aferir os resultados de uma AA e as várias propostas de melhoria, estou de acordo, ainda mais se considerarmos que se poderão tornar mais equilibrados os poderes e contra-poderes instalados na organização e se pensarmos exclusivamente na missão e projecto de futuro da mesma, apesar de ser sempre latente uma certa dose de factores políticos e sociais que indirectamente influenciarão as partes e o todo; c) Se eu conhecer os processos e procedimentos da organização, imbuído do seu espirito de missão e perspectivando o seu melhor futuro, só ganho em desempenho e satisfação com o resultado de uma AA e do respectivo plano de melhoria, desde que estes sejam objectivos, racionais e, diria, “ utilitários “, pois aquilo que se pretende é o cumprimento dos objectivos, eficiência e eficácia dos serviços e do meu desempenho pessoal;


2. Associar a TQM à AA é uma decorrência natural do caminho que vem sendo percorrido pelos processos de avaliação que, já aplicados no privado, passaram a ser assumidos como uma necessidade pública de conhecimento, controlo e prossecução dos objectivos das organizações, nomeadamente para que a relação custo/benefício seja favorável, em simultâneo, para o cliente e para o cidadão. Estão aqui envolvidas questões de ganho em cultura organizacional, de desempenho, de resolução de conflitos de interesse, de eficácia e eficiência, de estratégia e economia ( de escala ), suportada em indicadores e evidências. A lógica que subjaz a esta relação da TQM com a AA é a que resulta do cruzamento entre os requisitos e processos da organização que correspondem ( devem corresponder ) à satisfação do cidadão/cliente, com um espírito de melhoria contínua assente num equilíbrio dinâmico das partes envolvidas ( pessoas, processos, relações internas e externas ... ). Levanta-se aqui a questão da eficácia duma AA, se quem manda se detém demasiado nos controlo dos processos/operações em detrimento da valoração dos resultados, correndo-se o risco óbvio de falhar metas.


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