MANUAL DE CONSERVAÇÃO PREVENTIVA DE INDUMENTÁRIA Museu do Imigrante Bento Gonçalves Luiza Ambrosi Rodrigues
Este manual é resultado de um estágio em Museologia/UFRGS, realizado no Museu do Imigrante de Bento Gonçalves, no qual foram compiladas e traduzidas informações de guias de conservação preventiva nacionais e internacionais, com a finalidade de reunir diretrizes sobre conservação preventiva de indumentária, para o uso interno do museu. Com o financiamento do FAC Digital RS, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura, por intermédio da Associação Pró-Ensino Superior em Novo Hamburgo, o manual foi adaptado e difundido em formato e-book.
Sumário Conservação preventiva Identificação do tecido Agentes de deterioração Limpeza do espaço Manuseio/transporte Higienização Acondicionamento Marcação Armazenamento Manequinagem Materiais adequados Referências
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Conservação preventiva A conservação preventiva é um conjunto de estratégias que visam estabilizar os fatores de degradação de um objeto. Deve ser realizada a partir de um diagnóstico prévio que identifique: condições ambientais em que o item de acervo se encontra, composição de materialidade do mesmo, condições de armazenagem, entre outros aspectos. Essas medidas são essencialmente preventivas, evitando que ações mais invasivas, como a restauração, necessitem ser realizadas. Para tanto, deve-se instituir um programa de conservação periódico. No caso dos têxteis, em sua maioria, são materiais higroscópicos (absorvem umidade) e há a possibilidade de possuírem composição orgânica. Esses fatores incidem diretamente na conservação, os tornando mais suscetíveis a pragas e deformações estruturais. Mais especificamente, as indumentárias apresentam costuras e aberturas que concebem a sua sustentação. A formação de vincos, criação de microclimas e perda de resistência das fibras podem prejudicar o formato e constituição das mesmas. A conservação preventiva busca atenuar esses fatores, para prolongar o tempo de vida das peças, afim de que o acervo seja fonte de estudo pelo maior período possível. Nesse sentido, ao longo do e-book serão transmitidas algumas diretrizes, que podem ser adaptadas conforme os materiais disponíveis, corpo funcional e realidade de cada instituição.
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Identificação do tecido A maioria das peças de vestuário é composta por material têxtil, entretanto muitas possuem partes em plástico, metal, couro ou madeira (botões, fechos, ornamentos). Os têxteis, geralmente são classificados em 3 categorias:
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Proteína
Seda
Lã/malha de lã
Celulose
*imagens do banco de imagens Shutterstock
Linho
Algodão
Rami/Juta
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Sintéticos
Viscose
Nylon
Poliéster
Cabe salientar que os materiais sintéticos reagem às agressões do ambiente de modo mais lento, portanto deve-se dar preferência às peças compostas por celulose ou proteína no momento da conservação preventiva. A identificação do têxtil também serve para melhor detalhar a descrição da indumentária ao ser feita a documentação, seja por meio de fichas catalográficas ou bases de dados digitais. Para facilitar a distinção, cabe salientar que os tecidos sintéticos são produzidos em grande escala a partir de 1931, logo, apenas tecidos mais recentes os possuem em sua composição. Além disso, algumas peças possuem etiquetas de fábrica com informações sobre a mesma. Também é possível distinguir a partir do manuseio e da visualização: no linho pode-se observar um "xadrez" nas fibras; a seda tem aspecto brilhoso; o rami se caracteriza pela sua espessura maior, enquanto a viscose é mais fina. Há outros tipos de tecidos, mais modernos, porém são menos recorrentes em acervo museológico.
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Agentes de Deterioração Agentes Universais
Solução
Atrito e gravidade: atrito da peça consigo mesma e a força da gravidade, que puxa constantemente a estrutura para baixo.
Acondicionamento preferencialmente na horizontal.
Ações Criminosas e Dissociação: Roubo, vandalismo ou perda de informações.
Ficha Catalográfica devidamente preenchida e com registro fotográfico. Possuir sistema de documentação digital ou analógico. Implantação de sistema de monitoramento e alarme. Podar árvores próximas ao museu e iluminar áreas externas a fim de evitar possíveis esconderijos.
Fogo: raios, velas, instalações elétricas problemáticas.
Manutenção das instalações elétricas. Instalar detectores de fumaça, alarme de incêndio e extintores. Possuir plano de prevenção que premedite evacuação de pessoas e bens patrimoniais, cortes de energia e ativação de alarmes.
Água: Inundações, infiltrações.
Observação periódica de paredes, telhados e bens materiais de modo geral. Uso de desumidificadores. Afastamento de mobiliário das paredes e abertura regular de cômodos ou mobiliários fechados para circulação de ar.
umidade,
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Agentes Específicos
Solução
Luz: Toda luz é nociva, seja natural, fluorescente, incandescente, ou outras formas.
Para os têxteis, o nível de lux deve ser inferior à 50 lm/m² e os raios UV inferiores à 30 pw/lm, para um tempo de 250 horas ao ano. Quando em exposição, limitar o tempo de incidência da luz (indicado de no máximo 7 horas por dia); afastar o objeto de locais com incidência de luz; controlar incidência por meio de luxímetro e termômetro; utilizar filtro ultravioleta para janelas ou aberturas; usar cortinas em pano cru ou material refletor, reostato, telas ou persianas. Dar preferência às luzes LED, em cor branca.
Temperatura: quando muito baixa, elevada ou as flutuações de temperatura são prejudiciais de acordo com o material.
No caso dos têxteis, deve-se atentar para as flutuações e temperaturas muito elevadas, pois favorecem o crescimento biológico. O ideal seria em torno de 18ºC.
Umidade Relativa do Ar: é a relação, em percentagem, da quantidade de vapor de água em determinado volume de ar e quantidade máxima de vapor de água que esse volume pode ter em certa temperatura.
Valores acima de 60% favorecem crescimento biológico e valores abaixo de 40% podem causar quebras e deformações nos tecidos (referências para couro também). Manter manutenção do edifício monitorando possíveis infiltrações; instalar equipamentos de climatização (desumidificador, ar condicionado, umidificador); usar silica gel ou art sorb para reter umidade; usar aparelhos como psicrômetros, termômetros de mercúrio, cartas termo higrométricas, termohigrômetros digitais ou data loggers digitais.
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Agentes Químicos
Solução
Poluentes: compostos prejudiciais em estado líquido, gasoso ou sólido que podem ser externos (carros, indústrias) ou internos (visitantes, limpezas). Nos têxteis o enxofre pode causar escurecimento de pigmentos e perda de resistência dos tecidos. Os ácidos da pele em contato com o tecido podem causar hidrólise no mesmo. Ademais, o próprio tingimento ou acabamento do tecido pode lhe causar danos (goma ou pigmento).
Como prevenção deve-se checar o acervo periodicamente; inspecionar sistema de climatização para limpeza de filtros; aspirar o pó, em reservas técnicas, usando aparelhos com filtro; acondicionar objetos corretamente; vedar qualquer abertura; utilizar luvas ao contato; usar tubos colorimétricos e fitas medidoras para avaliar nível de poluentes.
Agentes Biológicos
Solução
Origem em plantas, animais, fungos ou microorganismos (Caruncho, traças, térmitas, baratas e fungos).
Não manter plantas dentro do edifício. Dar atenção especial para os tecidos com fibras orgânicas, como seda e lã, monitorando periodicamente. Fazer limpeza mais profunda nas mudanças de estações do ano; colocar telas nas janelas; retirar o lixo diariamente; controlar umidade e temperatura; permitir a circulação de ar; vedar encanamentos, portas e aberturas de esgoto; encaminhar acervo novo para quarentena e higienização adequada. Em caso de infestação: evitar tratamento com químicos e nunca usar naftalina. Pode-se realizar anoxia (suspensão de oxigênio) para objetos infestados e manter peças afetadas em quarentena, seladas em polietileno.
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Limpeza do espaço Fazer limpeza semanalmente do espaço de quarentena, sala de conservação e reserva técnica com aspirador de pó (Figura 1); Figura 1- Limpeza do Espaço
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.11.
Utilizar aspiradores de pó com cilindro, filtro e gama de biqueiras; Semestralmente fazer limpeza mais profunda, que pode incluir lavagem com pano de algodão e detergente neutro. Secar logo em seguida, sem deixar umidade alguma; Se houver evidência de atividade de pragas, os sacos do aspirador devem ser removidos após cada uso, selados em sacos de polietileno e eliminados; Antes de expor o objeto em vitrines, limpá-las com pano de algodão neutro; Lavar jaleco, panos e luvas com água quente e detergente neutro;
8 No espaço de quarentena, selar objetos com polietileno; Manter aparelhos de climatização ligados 24 horas por dia, mesmo com museu fechado; Evitar muitos visitantes simultâneos na reserva técnica a fim de não causar mudanças bruscas de temperatura e umidade; Não comer ou beber água na reserva técnica, salas expositivas e sala de quarentena.
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Manuseio/transporte O manuseio e transporte de um item de acervo se faz necessário quando a peça é emprestada, fotografada, pesquisada, vai para exposição ou em caso de conservação preventiva periódica (higienização e troca de invólucro). Anteriormente a qualquer contato com acervo é necessária a preparação do profissional: Uso de luvas de algodão de cor branca ou de látex (de preferência sem talco), uso de jaleco, retirada de anéis, pulseiras, cintos, relógios e braceletes. Em caso de cabelos longos colocar touca ou prendê-los; Para o transporte é preciso planejar o percurso, retirando obstáculos do caminho e mantendo as portas abertas; Possuir quantidade de pessoas ideal para a distribuição do peso do objeto, segurando em vários pontos. (Ex.: No caso de um vestido, uma pessoa segura a cauda, outra o busto e outra a cintura); Para pequenas peças, como chapéus ou luvas, usar as duas mãos ou bandejas, evitando segurar em partes frágeis. Acessórios e peças independentes devem ser carregadas separadamente (Figura 2); Figura 2 - Objetos em Bandeja
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.18.
10 As bandejas devem ser acolchoadas com tecido neutro e fibras (pode ser fibra de algodão ou poliéster, forrados com nãotecido*). Pode-se também utilizar carrinho de rodas com amortecimento para vibração; Caso as peças sejam levadas dentro de caixas, não empilhar muitas. Em caso de empilhamento, colocar as menores por cima; Têxteis enrolados podem ser movidos em seus tubos, sendo carregados por uma pessoa em cada ponta (Figura 3); Figura 3 - Modos de transporte
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.18.
*terminologia recomendada conforme norma ABNT NBR-13370. O nãotecido também é popularmente denominado TNT.
11 Se o objeto estiver com cabide, é possível transportá-lo de modo a apoiar a estrutura em um braço e no outro segurar o cabide. Cuidado para não encostar a veste no chão (Figura 4); Figura 4 - Transportando no cabide
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 200, p.18.
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Higienização A higienização é necessária quando o objeto for manuseado (inserção ou retirada de exposição, empréstimo, pesquisa), na chegada de objetos novos e semestralmente, como medida preventiva. A maioria dos têxteis pode ser higienizada por meio de aspiração em baixa potência (exceto se a peça tiver partes soltas e caso a sujidade tenha valor histórico); O aspirador de pó deve ser exclusivo para a limpeza das peças e adaptado com forro no bocal (para o forro usar tecido musseline ou nãotecido preso por elástico); Uma alternativa à forração do bocal é colocar o forro (musseline) sobre a própria peça e passar o aspirador sobre o forro; O objeto deve estar em uma superfície plana; O movimento da aspiração deve ser em direção às fibras do tecido (Figura 5), evitando encostar o aspirador na peça. Figura 5 - Aspiração de peça
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.21.
13 Aspira-se pequenas porções de cada vez; Nas partes mais delicadas, como rendas, lantejoulas e adornos, a higienização se dá apenas por uso de trincha de cerdas macias; Em caso de infestação de pragas, não aplicar produtos químicos. Consultar conservador especializado.
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Acondicionamento O acondicionamento pode variar de acordo com as dimensões da peça, mas impreterivelmente deve-se usar material de PH neutro e sem tingimento. Não usar alfinetes, grampos, papel pardo ou qualquer tipo de capa de plástico, pois elas retêm a umidade. Apesar de não ser o ideal, caso não haja caixas suficientes, é possível empilhar tecidos em uma mesma caixa, deixando sempre o mais pesado por baixo e os separando com tecido/papel neutro. Partes metálicas ou plásticas (fechos, botões) sempre devem ser isoladas, usando-se nãotecido ou tecido neutro. Para peças pequenas, como véus e lenços, até 90cm (maior que isso fica difícil o transporte e passagem em portas): Utilizar caixa de papel neutro, incolor, que se adeque ao tamanho da peça; Forrar caixa internamente com tecido neutro; Colocar a peça; Dobrar sobras do forro sobre a peça; Identificar caixa.
15 Para peças médias/grandes planas (xales): Enrolar é um meio de acondicionamento sem que haja dobras ou vincos; O processo para enrolar (Figura 6) necessita de espaço e pessoas suficientes, de acordo com o tamanho do tecido; Podem ser usados tubos de papelão (de lojas de tecidos) forrados duplamente com tecido neutro; A peça deve ser colocada em uma superfície plana, virada para baixo; Após, deve ser enrolada em torno do tubo, com cuidado para que não se criem vincos, e juntamente a ela estar atrelado e sendo enrolado um tecido/papel neutro; Por fim, amarrar o tubo com fitas de algodão e identificá-lo; Se possível, suspender os rolos em pinos a fim de evitar pressão sobre prateleiras. Figura 6 - Processo para enrolar
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.18.
16 Para peças mÊdias/grandes disformes (vestidos, casulas): Pode-se optar entre armazenamento horizontal, em caixas, ou vertical, em cabides, conforme Figura 7; Figura 7 - Armazenamento horizontal e vertical
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.24.
17 O acondicionamento horizontal é feito por meio de caixas de papel livres de ácido, confeccionadas manualmente ou pré-fabricadas (Figura 8). Para a acomodação da peça, deve-se forrar internamente a caixa com tecido neutro, colocar a indumentária, e então dobrar por cima dela as sobras do forro. Se a indumentária possuir vincos, pode-se colocar rolos de nãotecido de modo a acomodá-los. Identificar a caixa externamente; Figura 8 - Caixa para acondicionamento horizontal
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.30.
18 Se não tiver como fazer uma caixa de tamanho adequado, pode-se dobrar a peça, colocando tecido ou papel neutro dentre as dobras e rolinhos de nãotecido nos vincos (Figura 9); Figura 9 - Caixa para acondicionamento horizontal com peça dobrada
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.31.
19 O acondicionamento vertical necessita de cabides acolchoados, sendo necessário um espaço no armário entre cada peça, para que respirem. O cabide pode ser em madeira, acolchoado com feltro ou poliéster e forrado com algum tecido branco neutro, como musseline ou algodão (Figura 10). Além disso, a peça precisa ser coberta com uma capa, em tecido neutro e branco, para protegê-la da luz e pó. Essa capa pode ter alguma abertura a fim de que a peça respire; Para esse acondicionamento deve-se analisar se a peça está com as fibras consistentes, não possui rasgos, e se possui sustentação nos ombros a ponto de aguentar o próprio peso (não pode ter alças). Normalmente peças como vestidos ou indumentária litúrgica, de maior peso, não são acondicionadas verticalmente; Figura 10 - Estrutura de cabide ideal
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.32.
20 Para casos específicos (chapéus, luvas, sapatos): As luvas podem ser guardadas em pequenas caixas brancas, de papel neutro, separadas uma da outra com papel ou tecido neutro; Os sapatos mais baixos devem ser acondicionados na vertical. Botas ou calçados de cano longo podem ser na lateral; É necessário confeccionar um suporte rígido que estabilize os calçados colocados verticalmente. Podese utilizar espumas de polietileno como encaixe para a sola/salto e amarrações em fita de tecido neutro. Para a parte interna do calçado fazer preenchimento em material neutro (espuma de polietileno, papel seda) (Figura 11). O invólucro final pode ser uma caixa de papel/plástico neutro que acomode esse suporte com a peça, e evite o acúmulo de pó. Figura 11 - Acondicionamento de sapato
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.35.
21 As toucas ou chapéus não devem ser apoiados pela coroa ou aba, a fim de não danificar a estrutura. É necessário um molde interno para evitar formação de dobras ou vincos, como na Figura 12. O molde deve ser feito em material neutro (espuma de polietileno). Pode-se apoiar a peça em material rígido, para não ser preciso tocar nela quando for manuseada. O objeto, por fim, deve ser colocado em um caixa de papel/plástico neutro para proteger do pó. Figura 12 - Acondicionamento de touca
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.33.
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Marcação Os objetos devem possuir marcação própria. No tecido geralmente se costura com fio de algodão, uma etiqueta em tecido neutro e sem tingimento, marcada com caneta permanente. A etiqueta é fixada em uma parte que não fique visível caso o objeto seja exposto. De preferência padronizar o local em que será costurada (por exemplo, na barra ou próxima à gola) para facilitar sua localização; Pequenos objetos podem possuir uma etiqueta em papel com a marcação em caneta permanente, amarrada com fio de algodão; O invólucro também necessita de marcação (pode ser à lápis) a fim de que o objeto seja manuseado o menos possível. Colocar uma foto do item, em boa qualidade, na ficha de catalogação e no invólucro auxiliam a identificação.
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Armazenamento O mobiliário deve estar afastado das paredes em ao menos um metro, para manter as correntes de ar; Dar preferência aos armários de aço, pois os de madeira reagem com têxteis; Caso não haja alternativa a armários de madeira, forrá-los com nãotecido; Manter luzes apagadas; Abrir periodicamente armários fechados para arejar.
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Manequinagem O objeto só deve ser exibido em manequins se tiver estrutura para ficar na posição vertical, ou seja, caso não possua rasgos, fibras esmaecidas, possua ombros bem estruturados (não alças) e não for pesado. Caso contrário, pode ser exposto em uma superfície plana, com acolchoamento em tecido neutro; Na utilização de manequins deve-se criar suportes que distribuam os pontos de tensão da peça, buscando proteger principalmente locais de costura; Há alternativas à manequinagem, como o modelo da Figura 13. Figura 13 - Alternativa a manequim
Fonte: ROBINSON; PARDOE, 2000, p.41.
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Materiais adequados Sempre privilegiar materiais com PH neutro e incolores. Como alguns materiais são mais caros, adaptar à realidade do museu. Por exemplo, em vez de fitas neutras, usar nãotecido ou tecido de algodão para amarrações.
Bandagem em algodão tubular para forração de cabides
Musseline/ algodão cru (tecido neutro, branco)
Caixa de polipropileno ou chapas, sem tingimento, para invólucro de peças pequenas ou confecção de suporte rígidos
Espuma de polietileno
Tecido nãotecido/NT
Enchimento de poliéster
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Fio de costura em algodão(para costura de etiquetas e amarrações)
Papel Filifold para suportes rígidos ou confecção de caixas
Fita de algodão
Papel Seda/Manteiga
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Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE NÃOTECIDOS E TECIDOS TÉCNICOS. Classificação, Identificação e Aplicações de Nãotecidos. São Paulo. Disponível em: <http://www.abint.org.br/pdf/manual_ntecidos.pdf>. Acesso em: 23 set. 2020. Guide to Collection Care. Dd: Gaylord Archival, 2016. Disponível em: <http://www.gaylord.com/resources/guide-to-collections-care>. Acesso em: 18 set. 2020. ICOM (Org.). Diretrizes do Comitê de Indumentária – ICOM. ICOM. Disponível em: <http://network.icom.museum/fileadmin/user_upload/minisites/costume/pdf/g uidelines_portuguese.pdf>. Acesso em: 18 set. 2020. MADUREIRA, Joana; CAYRES, Inês. Manuseamento, acondicionamento e transporte de bens culturais – avaliação de riscos e cuidados específicos a ter com pinturas de cavalete, têxteis e trajes. Estudos de Conservação e Restauro, D, n. 3, p.66-79. Disponível em: <https://revistas.ucp.pt/index.php/ecr/article/view/7829>. Acesso em: 16 set. 2020. MUSEUMS, Hammond-harwood House City Of Bowie (Org.). Textile Cleaning and Care. Série Collector’s Corner: A Workshop Series. Disponível em: <https://sustainingplaces.files.wordpress.com/2014/03/textile-cleaning-andcare-handout.pdf>. Acesso em: 20 set. 2020. TEIXEIRA, Lia Canola; GHIZONI, Vanilde Rohling. Conservação Preventiva de Acervos. Florianópolis: Fcc Edições, 2012. 76 p. 1 v. Disponível em: <http://www.cultura.sc.gov.br/downloads/patrimonio-cultural/colecaoestudos-museologicos>. Acesso em: 18 set. 2020. USP (Org.). Roteiros Práticos: Conservação de Coleções. São Paulo: Edusp, 2005. Disponível em: <https://www.sisemsp.org.br/blog/wpcontent/uploads/2012/09/Museu-9-Conserva%c3%a7%c3%a3o-deCole%c3%a7%c3%b5es.pdf>. Acesso em: 20 set. 2020.. ROBINSON, Jane; PARDOE, Tuula. An Illustrated Guide to the Care of Costume and Textile Collections. London: Museums & Galleries Commission, 2000. Disponível em: <http://www.monheritage.mn/files/method/Care%20of%20Costumes%20and %20Textiles.PDF>. Acesso em: 18 set. 2020. VIANA, Fausto; NEIRA, Luz García. Princípios gerais de conservação têxtil. Revista Cpc, São Paulo, n. 10, p.206-233, 2010. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/15667>. Acesso em: 16 set. 2020.
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