Breves considerações sobre arte em exposição

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Capa e edições: Luiza Maciel Nogueira 2017 2


SUMÁRIO A Cor do Gesto – Lázara Papandrea.........................7 Alquimera Grazak.....................................................8 I.

José Couto........................................................11

II. José Couto........................................................13 III. José Couto........................................................15 IV. José Couto........................................................17 V. José Couto........................................................19 VI. José Couto........................................................21 VII. José Couto........................................................23 VIII.José Couto......................................................25 IX. José Couto.........................................................27 X.José Couto..........................................................29 XI.José Couto.........................................................31 XII.Joelma Bittencourt...........................................33 XIII.Lázara Papandrea...........................................35 XIV.Chris Herrmann..............................................37 XV.Líria Porto.......................................................39 XVI.Elke Lubitz.....................................................41 3


XVII.Nathan Sousa................................................43 XVIII.Adriane Garcia.............................................45 XIX. Carvalho Junior..............................................47 XX. Luciane Lopes.................................................49 XXI.Adriana Aneli Costa Lagrasta........................51 XXII.Luiz Alexandre Cruz Ferreira.......................53 XXIII.Arnaldo Sisson............................................55 XXIV.Fabíola Mazzini Leone...............................57 XXV.Gustavo Terra...............................................59 XXVI.Wander Porto..............................................61 XXVII.Nil Kremer.................................................65 XXVIII.Inês Santos................................................67 XXIX.Bianca Velloso............................................69 XXX. José Couto....................................................71 XXXI.Paulo George................................................75 XXXII.Lourença Lou.............................................77 Apontamentos de Artur Madruga...........................79 XXXIII.Joelma Bittencourt....................................81 XXXIV.Lázara Papandrea.....................................83 XXXV. Alquimera Grakak.....................................85 4


XXXVI. Alquimera Grazak....................................91 XXXVII.Clóvis Malta............................................93 XXXVIII.Joelma Bittencourt.................................97 XXXIX.Joelma Bittencourt...................................99 XL.Joelma Bittencourt.........................................101 XLI. José Couto....................................................103 XLII.Lázara Papandrea........................................105 Notas de Artur Madruga.......................................107 XLIII. Antonio Torres...........................................111 XLIV. Tassio Ribeiro............................................113 XLV.Luiza Cantanhêde.......................................115 XLVI. Paulo George.............................................117 XLVII. Marta Aguiar Dos Santos.........................119 XLVIII. Jô Diniz...................................................123 XLIX. Ivy Menon.................................................126 L. Tânia Regina Contreiras...................................128 LI. Lázara Papandrea............................................133 LII. Lázara Papandrea...........................................135 Os autores..............................................................136

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Alquimera Grazak

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A COR DO GESTO Fui apresentada à pintura de Alquimera Grazak ( Artur Madruga ) pelo poeta Jose Couto e me encantei! " A Cor do Gesto" é uma exposição imperdível que acontecerá em setembro com considerações poéticas de José Couto e poetas convidados. A pintura do mestre Alquimera é de uma coloridíssima inquietude e de uma forma que nos provoca ao mesmo tempo controle e caos. Nas suas cores, linhas e fragmentos é possível abrigar silêncios e gritos, evocar o aflito da luz, afogar a realidade no vento brando das possibilidades infinitas. Num instante você olha e se depara com o céu, o sol, o azul para em seguida viver solo quente, queimadura, serpente, perfume cabalístico de manhãs que ainda não são. Viagem. Pura viagem no tempo, na imaginação, no caos da imaginação... Mestre Alquimera, fiquei tentada a pegar aquela velha caixa de lápis de cor e ousar rabiscos pelos céus do longínquo que ficou tão agora. Sinto o gosto, a textura, o cheiro. Fui inundada pela beleza sinestésica de sua obra. Parabéns!(minhas considerações são apenas poéticas)

Lázara Papandrea

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Alquimera Grazak

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Artur Madruga ( Alquimera Grazak ) é escritor, artista plástico e pedagogo formado pela UFRGS, professor licenciado em pluridisciplinaridade pela FAETA. Recebeu inúmeros prêmios como Revelação Literária Estadual do IEL, Menção Honrosa Nacional no Prêmio Fernando Chinaglia, Menção Honrosa no III Prêmio Guilhermino Cesar, da Universidade de Ijuí, além de outras premiações de entidades como União Brasileira de Escritores, Habitasul e Correio do Povo. No jornal O Alvoradense, escreve semanalmente sobre temas relacionados a cultura."A Cor do Gesto" é sua primeira exposição individual.

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I Anjo Baudelairiano da incerteza e do espanto Matisse de cores reverberadas Ecos fragmentados de eus Estorvo do mundo alucinado Vos ofereço inquietações, arquétipos, possibilidades. Se me decifrares ou não, eu te devoro.

José Couto

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II aqui tudo é fluxo e refluxo de consciência distinguir para des-unir origem e continuação de todas coisas linguagem inusitada das cores deslumbre do sexo transfigurado alma que no vácuo se expande desejo Dali Breton Miró Buñuel inspirações formas perscrutadas de silêncios sementes germinando vertigens alegórica chave de acesso a outras dimensões do vir a ser

José Couto

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III não há deus de ébano só um eloquente desejo heraclitiano uma luz de tão benevolente capta a instabilidade e mutabilidade dos seres José Couto

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IV traços dos extremos cores transgressoras recriam dualidades tal qual Hesse, lobo da estepe Incurso alucinante nas vanguardas de um outro tempo : apolíneo e dionisíaco.

José Couto

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V De que matéria etérea é feita essa mandala? Que quarks movem a vórtice póesis? Que divindade habita sua leveza? Não vislumbro, mas desejo o que sugere : expressão, continuidade, evanescência. José Couto

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VI essa arte não é dentro não é fora não é no centro essa arte sim adentro sim noutro tempo sim interior essa arte não quer te deixar inquieto não quer te deixar estático não quer te deixar caótico essa arte sim e não jogo lúcido : aspiração e inspiração José Couto

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VII será renascentista a obra desse artista ou será que esse deleite em perspectiva é obra do acaso será uma experiência estética ou será que é inerente o subjetivo inconsciente é obra metafísica será artífice desse poeta das formas ou será que são desígnios de divindades ascencionadas é obra iluminada será que abstração é arbitrária ou intuitiva ou será que pinta o ilusório impermanente é obra sacramentada será que são cores neorealistas surrealistas dadaístas ou será ruptura arte pura ousadia rimbaudiana é obra transformadora

José Couto

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VIII à maneira de René Magritte Ceci n’est pas une árida tempestade shakespeariana Ceci n’est pas une alma desolada do pássaro desnudado enfurecido Ceci n’est pas une última lágrima de Cristo crucificado Ceci n’est pas une perfume da primeira manhã depois da alucinação Ceci n’est pas une Zeus decifrando o som cabalístico ecoando continuamente de uma mandala no longínquo deserto de rapa-nui Ceci n’est pas une poema som pungente de oboé percorrendo os corredores ermos em louvações José Couto

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IX enquanto me intrigo a prever o traço do artista seu rigor ou causalidade um céu cintilante imite sons música das almas embora não seja ágora, deuses que já não são recordam suas trajetórias sem ruídos, alaridos ou comoções enquanto me sacrifico em traduzir seu eros e thanatos sua forma se transmuta um céu em seu declínio etéreo, inunda-nos de humanidades embora não seja olimpo, homens e seus rumores recordam seus corpos cósmicos sem súplicas, estridentes ou taciturnos José Couto

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X recriar o que não existia vir a ser o sentido que nos insere no não tempo pintar o ar o fogo a água o terrestre e o espanto signos reinventados em combinações musicadas: essa aquarela desmesurada só pode ser releitura de julia de lennon e mccartney essa aquarela evanescente só pode ser releitura de welcome to the machine do pink floyd essa aquarela ardente só pode ser releitura all things must pass do george harrison essa aquarela criptografada só pode ser releitura das quatros estações do vivaldi José Couto

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XI Cores são interconexões de prelúdios poéticos Inevitável harmonia dos opostos se decompondo Ímpeto reflexivo de partículas e idéias inexistentes Alimentando de luz das estrelas que desvanecem Poetas e pintores das galáxias distantes José Couto

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XII No tempo de habitar caleidoscĂłpio dei-me como deus o arco no cĂŠu e como alforria ganhei o dom de mimetizar-me em pigmentos. Joelma Bittencourt

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XIII Céu pouco não há quando entranham as tramas à luz. Um infinito fala de luas Em outro reluz o sacro. Desnudamento nato de silêncios na farta geometria da pele! E meus olhos presos não descansam da beleza que se insere adônica, entre cores. Lázara Papandrea

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XIV Caótica a cabeça não me manda, a boca não me cala, as folhas não me secam. só o teu olhar penetra o caos, o buraco negro, o sopro do nada, a vida inexistente sem você. Chris Herrmann

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XV bênçãos olhas-me e me reconheces poros vertem rogos secas banzo sede de mil cântaros então me recolhes banhas-me limpas meus pecados culpas e depois me benzes Líria Porto

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XVI Plagiei sombras em versos azuis Meu destino verbal: - ondas do infinito Centelhas do universo cintilam no cĂŠu da tua boca na luz da retina, ainda... Aurora do sonho (espectros angelicais) ** Plagiei sombras em versos azuis e, nada mais...

Elke Lubitz

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XVII NADO SINCRONIZADO Então, se é de olhos que o tempo se alimenta – boreal e transitório feito a epiderme da planta – será fácil captar tua nascente. E como se um feto emoldurasse a placenta com risos que só às asas (encolhidas) confia seus motivos, contornar tua coroa não passará de um descaminho necessário. Somente a fome desvia o peixe do calvário Nathan Sousa 43


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XVIII Lúcio II Lúcio II estava deitado em seu sofá Quando Mademoiselle seu amor chegou Mademoiselle seu amor só sabia chegar Lúcio II continuava no sofá Havia uma TV um computador ele pouco se movia Mademoiselle já não tinha nome era pura gentileza Até que pulou da janela da sala Numa terça-feira E estragou a vida sem más memórias De Lúcio II. Adriane Garcia

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XIX Lepidóptera face circundada de enigmas lava os olhos em cores de difícil tradução: tejubinas, libélulas, galinhas-d’angola, beija-flores, pipas de papel... teu nome é uma borboleta que me dança os arco-íris da infância no ventre de uma bolha de sabão. Carvalho Junior

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XX reproduções em luz o pássaro se compreende entre os escombros estão vivos agora tão vivos como os bicos de luz amarelas e vivas de vermelho o pássaro se alucina os olhos espreitando sua voracidade de de ave suas ovulações espirais

Luciane Lopes

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XXI festa de casamento sem véu a noiva não esconde futuro espreita sua face há um resto de flor um gesto cortado voz engasgada sim ou não felicidade emboscada máquinas em nudez e desejo aceitam o verso que lhes cabe bailam os noivos aterrorizados para sempre. Adriana Aneli Costa Lagrasta

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XXII VENHA VER . . Vem ver, não demora São seus olhos Explodindo com o sol, Incandescendo voos De navios solitários, Breves e loucos. . . Vem ver, não demora São asas espatifadas, Cobras transpassadas Lágrimas na face crua... Minha cara sangrando Saudade e solidão. . . Vem ver, não demora, Que o traço que me atiça, O aço que me fere, A cor que me tinge Já não podem mais esperar... . . Vem ver, não demora, Que outro beijo perdido (Nas sombras do que Quando mingua em mim A lembrança dos teus cabelos Lisos) pode até me matar De tristeza. Luiz Alexandre Cruz Ferreira

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XXIII Enviado especial de mim mesmo me dou total cobertura. Sou quem por ver produz e redige a notícia, reto e a sério, quase sincero, mas perto de certos critérios que afinal a vertical também segue um plano com um exato padrão de engano. Em três ou quatro cores não apenas o palco também a rede, o trapézio, o salto e por fim a serragem, todo o gestual em si é insano. Arnaldo Sisson

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XXIV Eterno Retorno Você pode sonhar um planeta colorido, até o fim da linha. Ousar mais que o Vaz de Caminha e ultrapassar o escuro do firmamento, tão resoluto. Viajar em luz, sombra e pigmentos, mesmo imprecisos. Mas do centro oco de sua viagem de bicho homem, lá no sempre escondido, estará o seu umbigo. E o céu, vasto espelho centrífugo, a te mirar no caos. Fabíola Mazzini Leone

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XXV Foi no desatar da treva após vigília ayahuasquera perambulando à pele da aurora - íris-Íbis flor e fruto(e a lua olhava de algum ponto)... os olhos que então vagavam (velho porto dissoluto) viram em asa prata o vulto: um totem luz altivo de toltecas duas faces afirmando Abraxas lembrei de Arjuna ao transver Krishna diante da batalha iminente minha biga - o dia palco da lida entre os viventes por cocheiro - o sol e assim despi-me da mortalha. Gustavo Terra

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XXVI ALQUIMERA Viajar é útil, exercita a imaginação. O resto é frustração e esforço. Nossa viagem é imaginaria. É essa a sua força. Vai da vida à morte. Homens, animais, cidades e coisas. É tudo inventado. (Littré) Costumo viajar em e através de imagens, independente de rótulos. Assim diante dessa obra de Alquimera Grasak, que só agora conheço, assusteime com o mundo nela contido porque nele não me enxerguei, não me vi, nem informação nem informado nem em formação. Digo “contido” não no sentido lato, porém molécula ávida, ativa, viva, grão de tempo, sopro de luz, gota de gosto, mel ou fel, interferido e interferindo, vendo e sendo visto, poético ou ridículo, imenso ou profético, entidade ou corpo: Olho que não olha, vê, o dente além da boca, a lágrima aquém da causa, vê o universo em expansão, tal eu, visor de mim enquanto medo, ou culpa: Espectador! Há, nesse Alquimera Grasak uma insistência em me devorar, invadir-me, enfiar-me o dedo por trás do olho nos meus labirintos adentro e, poderoso, ainda que vesgo, estúpido posto que fera, e assim tenta me instituir começos, meios, fins, fazer-me caminhos diversos do que desejo ir ou vir, ficar, dividir: Um 61


Jorge Luiz e um Borges. Não outro, um, dois em um, dual: homem e homem, noutra instância, homem versus homem. Um me camufla em roxo, Um me expõe em negro, Um me traduz em sombras, Um me devassa de brilhos. Um me diz e a si mesmo, eu, contradiz: Arte! Há nesse Alquimera uma translucidez que me sugere Pop Art. Há nesse Pop uma profusão de agentes deístas convertendo-me à Arte Vitral. Há nesse Vitral uma lógica que me simplifica em Arte e, estilhaçando o sacro vem Umberto Eco, Obra Aberta rezando: uma obra de Arte quando sai ao mundo está sujeita ao mundo e a um mundo de interpretações, inclusive, à nenhuma.

___OLHO DE GRASAK ___ Há havemos De navegar o brilho escasso E dele germinar o sonho; Há havemos De repintar a face cansada E nela estampar o riso; Há havemos De desvendar o gesto mágico E dele gerar boas-vindas, Há havemos De decifrar o vasto abismo E nele guardar a colheita, 62


Há havemos De criar o pó do universo E dele estruturar a solidão Há havemos De desfazer o beijo da morte E nela apor a pálpebra, Há havemos De cumprir os versos incendiários E com eles queimar os cílios, Ah, Havemos de desvendar esse olho Para que possamos atraí-lo Para o cisco renovador Que virá Nos vendavais de um novo mundo! Wander Porto

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XXVII Entre dedos medos quadrados calados fados quenturas nos olhos Entre dedos sombras disformes fomes de luz fugidios pronomes Entre dedos a voz desespera se a era do sol demora se agora o mar for morto Entre dedos o reconforto sê flores em mim primaveras marinhas Sei das palavras gastas entre linhas mal traçadas Mas... Se entre dedos uma vez mais guardar a minha mão Ofereço-te meu labirinto o instinto das melhores cores bastidores em que trago em uníssono nossa foz Nil Kremer

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XXVIII Na arte do olhar O olho enquadrado Não olha : É olhado Inês Santos

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XXIX delito . . . no ventre da moça pulsa um segredo vermelho . um segredo vermelho pulsa no ventre da moça . . . silêncio . . . um silêncio vermelho e um sonho pronto a não ser Bianca Velloso

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XXX esse rio p/preta Porque não pude compreender o silêncio dos deuses o perfume das nuvens e o voo do mar entre as rochas tive saudade da vida que não vivi em Estagira na Macedônia Porque não soube decifrar as escrituras que corpos em simbiose tatuaram em tua pele palavras que árvores gotejaram no pássaro aurático em gozo e orgasmo tive que fingir ter banhado-me no mesmo rio onde almas exalavam fragrâncias de memórias em decomposição

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Porque me assombrou o abismo de teu peito abraços imprescindíveis repletos de desejos, fomes, voragens, cosmos retraindo-se, para depois fluir desenfreados e desmedidos Tive que colher estrelas incandescentes de possibilidades e encantamentos antes de Prometeu roubar de Hefesto e Atena o fogo sagrado e presenteá-lo aos homens Porque guardei fragmentos de auras forjadas, estilhaçadas, ressecadas de luzes e orvalhos Inesperadamente estou agora aqui desnudo Voz fora das estações ecoando palavras dissolvidas nesse rio heracliano ponto convergente de todos desenganos buraco negro devorando-nos Entretanto amada: dissonâncias de fluidos sutis diluindo-nos em profusão ainda reverberam esse rio subterrâneo 72


encontro de minha sede com tua boca amor. Jose Couto

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XXXI Ah essas mãos que tecem o Logos é o fogo dos pássaros brincando nas sombras luminosas Ah essas mãos que incendeiam a anima são os olhares grandiosos do olho cego de Borges Elas lavram o vulcão das palavras contidas. Na lua que menstrua em nossas almas na tragédia das ruas. Ah esses pincéis , Bordéis que aliviam nossas angústias fiéis , giram os carrosséis bem para longe das nossas fúrias Diante de Deus , dos céus avermelhados !!! Ah essa pintura são duradouros pecados Tatuados no tesouro da mãe natureza Que piram todos os quadros da beleza

Paulo George

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XXXII dos segredos da arte fascinada busco na efusão do verde e rosa a palavra dita pelo pincel do artista sutis os traços negros me segredam: é no vermelho que desabrocha a Vida

Lourença Lou

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"Lindíssimos: poema e interpretação!!!! Não estou conseguindo verbalizar quaisquer agradecimentos, porque as palavras que eu possa dizer não conseguem mensurar o sentimento e a emoção diante de tantos poemas e interpretações impressionantes nas releituras de meus quadros. Por enquanto observo essa rede de encantamento poético, tão qualificada quanto criativa. Só consigo pedir perdão pelo meu silêncio. Ainda estou renascendo, como se fosse Abraxas, a criatura que Hermann Hesse cita em seu livro Demian. O mundo me é novo."

Artur Madruga (MestreAlquimera Grazak)

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XXXIII Penso a vida como superfície. A profundeza é amor platônico do que se afoga no raso. E vivo de errar a mira. A morte: meu alvo.

Joelma Bittencourt

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XXXIV Minha mão, sem adornos, sacrifica a rosa dos rumos. Dispo-me dos ritos e coagulo, em cores, o último grito guardado em pedra. Na memória do que foi guerra estava escrito glória ao seu nome. Mas, eu trasplantei seu coração e lhe dei nome indizível Coisa que a terra não come. Lázara Papandrea

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Uma bela reflexão sobre Arte do Mestre Alquimera Grazak

XXXV Fragmentos sobre a arte Pinçar falas de um vasto elenco de fatores atribuídos como evidências das ferramentas que o artista utiliza para o seu fazer estético, é como querer, por exemplo, delimitar o que conhecemos sobre o Universo olhando para o céu à noite. A nossa limitada visão e conhecimentos nos permitem ver muito pouco do que realmente está lá fora. Por mais que os satélites procurem revelar e trazer imagens e notícias sobre a composição do que ignoramos, desconhecemos a verdade e a inventamos sob os mais diversos nomes, fraudando-nos ao perdermos a oportunidade de experimentarmos o que o gosto da descoberta possa nos proporcionar. Mas será que a arte deve ter um só princípio estético básico sob o qual possam derivar-se 85


todos os outros princípios, mesmo que presumidos ao acaso? Supomos que as ferramentas oriundas dessa fonte onde o artista busca para executar o seu trabalho, em essência, tem uma denominação independente do lucro que sua obra possa vir a lhe conferir, e que se chama simplesmente “reflexão”. Com ela ele inventa-se cotidianamente, de tal maneira que os seus “inventos” acabam por transformar-se em suas companhias, em seus queridos interlocutores com os quais dialoga as nuances da própria vida. Ou como lida com os seus parâmetros. Ou como reelabora essas concepções e as devolve. Por vezes o mundo exterior resta-lhe tão distante que ele acaba por não reconhecer as sombras e os algozes que se devoram ao seu redor. Ou ao contrário, em aguda percepção, constrói seus mundos livres, doces e encantados com tanta grandiosidade, sob seu ponto de vista, que é o que acaba por oferecer: “A estética do sonho e da reflexão”. Uma reflexão pontual, possivelmente, mas a sua reflexão original. Visitar, reler ou apreciar a 86


obra de um artista, no fundo, é buscar-se em outra proposta. O que o artista faz como princípio estético, é propor ao observador o compartilhamento de suas reflexões propositivas. Talvez por isso que Amit Goswami, um físico indiano, sentencia como com paradigma quântico: “A consciência é a base de tudo o que existe, e não a matéria”. Alquimera Grazak

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O estranhamento, que provoca à linguagem fragmentada. Às imagens insólitas, à simbologia própria que apresenta uma visão filosófica do mundo. A capacidade de inovar, criando o caos para poder, a partir daí, recompor a ordem das coisas, desarticulando a ordem convencional para nos revelar uma poesia de fluição. De criação rítmica da beleza em palavras. José Couto XXXVI Ao Mestre Sou displicente destruo a métrica fragmento a poesia Por puro encanto melódico que os versos me trazem Da poesia, sugo sua sedução o que me tonteia, desconcerta e não consigo me descrever E escancarado, aberto ao mundo 89


medito a criação: quando o mestre está pronto, o discípulo aparece. INVENÇÃO Sou o inventor de lagos Mergulhos Em noites Night blue. Confecciono ausências Inviabilizo estridências Janis Joplin Pássaro azul. Invento No meu inventar A crueldade Da imaginação. Suores e transpirares Invento a mais cruel Das dores: Invento a paixão. 90


FLORAÇÃO Quando acontece É assim: Um revoar de pombos Depois do amor Sobre o capim Uma porção De tombos Cambalhotas No jardim. Do livro em preparo de Alquimera Grazak “DESORDENS DO TEMPO”.

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XXXVII Moto-contínuo Seremos nós como flores que se desfolham ao vento ou apenas espinhos, pétalas em pleno voo? Seremos o pólen, disseminado pelo infinito, como a sombra dos vivos e a energia dos que se foram? Ou, quem sabe, a pluma, leve, seca, etérea, que entra pela janela e ziguezagueia sobre a mesa junto à folha branca da qual brota o poema? Somos tudo, e tudo é nós, ondas oceânicas à luz de labaredas – a folha, o pó, o pólen, a pluma... Somos átomo, molécula, os sentimentos profundos, 93


a palavra dita, a sufocada... Somos o roseiral, o jardim, o universo que os abarca. Somos a parte, o todo, o pr처prio mundo. Somos a aura que se move, continuamente, que flutua, voeja, pousa, repousa, se transforma, mas n찾o morre: resiste e pulsa, se renova, renasce a cada v찾o momento. Cl처vis Malta

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XXXVIII Terra prometida Eis o clímax da criação: Em corpo de fêmea há uma guerra travada entre luz e escuridão. Joelma Bittencourt

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XXXIX Adeus, lullaby As vezes que me sublimavam eram de um tom rosado. Lembravam alegres vulvas virgens. Meu declĂ­nio foi menstruar. Joelma Bittencourt

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XL Uma fome que nunca se sacia um desespero transmutado em alegria uma mimese do que nos alumia uma força disfarçada em poesia. Aqui jaz a tentativa de plantar um pÊ de vida. Joelma Bittencourt

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XLI sui generis pode ser sem juízo estético o movimento que desencadeou o olho do furacão. a descomplacência apraz por si só os contrastes as formas mais refinadas das oscilações estrelares: a decomposição dos significados. - ver é cristalino o olho pode não captar. Jose Couto

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XLII Em pauta A flauta doce de Pã Palimpsestos de insetos povoam a mata Deuses musicam a interminável manhã da vida. Lázara Papandrea

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Perguntei para o mestre Alquimera Grazak - Alguma poesia em especial te tocou mais profundamente, que outras. (José Couto) Resposta - Estou com dificuldade em escolher um poema. Sei que sou suspeito, porque é uma releitura de meus quadros, mas toda essa tempestade poética que estou observando, me trouxe uma grande esperança à poesia brasileira, haja vista que são olhares de poetas de diversas partes do país, representando uma diversidade cultural imensa. Entretanto, o que observo, é uma qualidade textual como há muitos anos não lia, Poucos poetas me entusiasmavam. A poesia estava cheia de vícios e patinando na pieguice cultural que desabou sobre o povo brasileiro. Surge um frescor às palavras que eu imaginava irrecuperável. Estar envolvido por isso que está acontecendo me deixou de certa forma tão perplexo, que ainda não encontrei as palavras 107


para agradecer a todos e a ti, José Couto, pela iniciativa. És novamente responsável por uma fase nova que se inicia na minha vida, unindo a arte com o experimentalismo criativo coletivo. Parece que que costurei uma bola para que os jogadores se motivassem a chutá-la e, com a batuta de um técnico que sabe o seu ofício, fizestes a partida funcionar. Um jogo que está ganho. O jogo da poesia, da palavra, do lirismo, da arte. Elos que se unirão para construir uma corrente extremamente forte que leva todos juntos, pra frente. Sinceramente, todos os poemas, até agora, estão impecáveis. Na ausência e na impotência de escolher uma, porque estaria rompendo uma cadeia forte que me aprisionou dentro de uma estética apaixonante, escolho todas, Todas são essências à minha emoção nesse tempo. Cabe ao técnico, ao proponente, ao idealizador do projeto fazêlo. Peço perdão porque todas essas poesias são as extensões da vida exterior que começaram a me habitar. Me emponderei, sobrevivi a algo irreversível e inominável. Talvez, ao dobrar a esquina e descobrir que aquilo que não vejo 108


tenha se tornado transparente, eu venha mudar minha posição. Por enquanto sou apenas gratidão a todos os poetas que estão participando do projeto e a poesia que sustenta nossa vida. Abração José. Os originais das obras são pintados com acrílico e pastel oleoso. Fotografados e impressos digitalmente em tecido canvas, usando técnica à laser, todos com 0,70 x 1,00. Cada quadro leva o título da poesia que foi feita para ele, homenageando o poeta que o releu. Artur Madruga

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XLIII FLOR SOLAR Confieso que el arte sobre mĂ­ tiene poder, y delante de su magia ya no sĂŠ si sueĂąo o deliro, y me siento a vagar en el Cosmos, a flotar sobre un mundo de luces y colores tomando las sombras, jugando con la musicalidad oculta en el silencio, como el instante de la eternidad en que los dioses se aman y con sus besos dibujan flores locas y alucinadas con la sangre del sol para iluminar la primavera. Antonio Torres

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XLIV ESPESSO SOLAR Vi-me diante da flor solar Infinito na densidade Visceral em sua luz Da cor maleรกvel ao cume Da terra, nela se fitou Mostrando pro mundo O apogeu do espesso Do molde perene. Tassio Ribeiro

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XLV FRAGMENTOS SOBRE ARTE Ah, quimera Que sol ou prece Deixou em teus olhos As cores do sobressalto De onde vens Ó escultor de luzes E formas Trazendo o azul do Atlântico nas mãos Contido num caleidoscópio Fragmentado. Movimento Arabesco Vértebras Aves, pedras e peixes É a Arte gritando Pintando O Universo Num Girassol Vermelho Luiza Cantanhêde 115


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XLVI De Improviso a um artista magnífico Tuas mãos de nuvens de algodão Pintam deslumbramentos nas sombras ardentes da angústia O sol sangra versos verdes dos nossos olhos Diante da beleza que emolduras os horizontes mágicos do Universo Nesse teu parto de imagens inebriantes eu me reparto em pétalas Para ser parte dessa imensa arte que mais talhada no cerne Renasce floresce Primavera Paulo George

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XLVII TENGU Depara-se com a tela nua, crua Sua mão se alinha a traçar o imortal É na brancura que constrói a sua linha Na pressa insana de pôr fim ao bem no mal Enfim, há sincronia. Na negra escuridão, a morte, a noite Passeia no mistério e na magia A cor se alinha e salta a linha do destino Detém-se a mente, no que se esmera Na forma, se espelha Alquimera E tece a rede Sede e fome de um alento Surgindo deus nas asas do tormento. A solidão, a ausência, causa estranhamento E se dissipa com o prenúncio da harmonia A cor avança trazendo isocromia A noite, o dia, transforma-se em renovo Olha de novo e lá está a forma O ser que rege, emerge da tinta E se deslumbra no verde que o pinta.

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Quando está em pé, olha o mundo Se deita, olha-se no profundo No pincel não há o que se repita Um pássaro liberta-se místico, grita Para anular do ser o mal que lhe é primeiro O bem que não o tem, na guerra, é derradeiro Em traços que se abrem e queimam por dentro Enquanto nos olhos os medos se enfrentam O ser que explora a liberdade. aflora E o equilíbrio louco se restaura Minh’alma credita : “ Tengu!” Marta Aguiar Dos Santos

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XLVIII Essência De que matéria o artista é feito? Quem vê o mundo desse mesmo jeito? Quem gosta de andar em labirintos sem luz, buracos escorregadios, nesgas escondidas, ofegante, com cada vez menos oxigênio, com as pernas exaustas do chão torto, sem caminho certo e seguro para seguir, sem líquido fresco para matar a sede em lugar sombrio, fechado, que lhe esgota a sanidade, e a água das vísceras? Quem vê as formas de Rodin em rochas toscas, pedras cobertas de musgos, quem reconhece o som das sonatas de Chopin em cristais disformes, gotas d’água de chuva escorrendo pelas curvas das grutas, folhas das árvores, pétalas das flores comuns em lugares sem importância e sem cuidado? Quem vê tudo o que te passa despercebido o tempo todo? Quem perde tempo com o que não é fácil de ler, fácil de lidar, fácil de entender? Quem deu ao artista esse olho que busca o que está por trás da cortina, 123


que busca o que está na coxia, no avesso da cena, e que não se contenta com o que as luzes dos holofotes insistem em fazer o seu olho engolir? Ele tem fome das entranhas, da célula tímida, do que você esconde e do que nem você mesmo, depois de atravessar seus sete salões escuros, ouvindo somente o eco da sua própria voz, descascando cada camada do seu tempo, até a faixa de limite de segurança te impedir de prosseguir, conseguiu ver. Jô Diniz

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XLIX (Al) Quimera olhos de mandrágoras a Arte cheia de frutos divisa a aurora assombra Ágora e zomba de Platão Aristóteles acorda gargalha de si “só entre se souber geometria” grita aos neófitos e desavisados ecos apenas espectros conhecem melhor as regras utopias sabem de cor e salteado que a teoria das cordas dança tira onda do mundo das ideias o universo namora rimas a vida sobrepõe-se ao mito brincadeira de criança Quimeras sublimes versos dissonantes desenhados nas linhas das palmas das mãos. Ivy Menon 127


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L Por detrás do azul Todo amor Tem fundo Falso. Cor-de-rosa Matizes de Azul, amarelo Laranja, violeta. Arco-íris é a Voz anárquica Da Tristeza; A Beleza chorando Em gotas suspensas E ensolaradas. Todo amor Tem, sim, um Fundo falso; Onde os amantes 129


Deitam e choram; A flecha do Cupido É seta apontada para O fim de uma estrada E a gênese de uma loucura Forjada pelo Raso. Enlouquecem Os que esmiúçam As feições impávidas Do Nada; Tornam-se Céticos Cortam-se E sangram sem Ousar acreditar No Infinito. Eu olho pelo Olhar de Artur E me aparto do Axiomático. Atravesso o azul 130


O cor -de –rosa A explosão fogosa Da esperança anoitecida - Porque todo amor é tecido Com os finos fios do Mistério!

Tânia Regina Contreiras

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LI ela vinha face linda face lisa em purpurina e brisa vinha lá de dentro sempre quando o medo decompunha o sonho para dizer: voa, tens-me ainda que o visgo dos dias me deforme e eu esteja presa à enorme teia dos séculos ainda que meus berros se apaguem na grande noite do tempo! Lázara Papandrea

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LII Finda a viagem. Deu-se o entrelaçamento de cores e linhas e o sonho não mais se despovoa. A possibilidade de viver o belo se expande e chega em lugar além: um não lugar onde se acomodam partículas de luz, e assim, o ontem pode ser revisitado como se acontecido no agora. A mágica foi engendrada. Lá fora fica sendo aqui dentro, onde há abraço e recolhimento.Sabemos o pleno e ele não nos escapa. Em estado de graça evocamos da prece que povoa o deserto e alimenta a larva solitária.Eis a concepção. Eis o nascimento. Eis a frutificação.Um homem-deus deixou registrado em traços e cores o grandioso ciclo. A beleza tem memoráveis desdobraduras! Lázara Papandrea

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OS AUTORES

LÁZARA PAPANDREA nasceu em Pouso Alegre MG, vive atualmente em Juiz de Fora. Formada em História e pós graduada em Teoria Literária. Publicou em 2016 pela Penalux o livro de poesia "Tudo é Beija - Flor ". Escreve no blog www.vestesdepalavras.blogspot.com

JOSÉ COUTO professor e escritor. Publicou "A Impermanência Da Escrita", poesias, 2010. Editora Alcance. Participou de diversas Antologias de poesias, crônicas e contos em diversos livros e periódicos da imprensa cultural do País. Escreve semanalmente no jornal O Alvoradense sobre poesia. Lançará em Novembro o livro "O Soneto de Pandora", poesias. Além da obra autoral, o poeta também abre espaço para divulgar novos talentos e obras de já consagrados escritores. Blog:http://oalvoradense.com.br/opiniao/josecouto 136


JOELMA BITTENCOURT Paraense, mora em Inhangapi, formada em Letras pela Universidade Federal do Pará. Atualmente é professora na rede estadual de ensino. Apaixonada por poesia, escreve desde a adolescência. Possui textos publicados em diversos blogs e nas redes sociais, Publica suas poesias na sua página no Facebook: https://www.facebook.com/joelma.b.poesia

CHRIS HERMANN Publicou “Voos de Borboleta”, “Na Rota do Hai y Kai”, “Gota a Gota” e diversas publicações e antologias das quais participou, editou e organizou. É uma das autoras da Revista Plural e edita em parceria com Adriana Aneli o blog ‘Boca a Penas’. Atualmente é Colaboradora da Mallarmargens

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LÍRIA PORTO Professora, poeta, publicou Borboleta desfolhada e De lua , em Portugal e Asa de passarinho e Garimpo (finalista do prêmio jabuti 2015), no Brasil. Publicados pela editora lê. Autora do blogue Tanto mar, participa de vários sites e revistas na internet, entre eles escritoras suicidas, germina literatura, zunái, blocos online, raimundo, considerações do poema, poesia perfeita, Mallarmargens. Mora em Araxá, interior de Minas Gerais.

ELKE LUBITZ LAUTERT Ocupa a cadeira nº 5 da Academia Jacarehyense de Letras.Catarinense, é formada em pedagogia com licenciatura em orientação educacional e pedagógica. Comerciante em Jacareí há mais de 20 anos, sempre esteve envolvida com literatura. Participou de várias antologias, atualmente da “Dez Poetas e Eu”. Escreve 138


regularmente no site http://letraso.blogspot.com.br/. Prepara seu primeiro livro individual.

NATHAN SOUSA Nasceu em Teresina (1973), é escritor, poeta e letrista. Integra várias antologias e é vencedor de prêmios literários, dentre eles o Prêmio LiteraCidade – 2013, do Prêmio Assis Brasil e o 4º Prêmio Poesia Urbana-SC. É autor dos livros O Percurso das Horas (Edição do autor, 2012), No Limiar do Absurdo (LiteraCidade, 2013), Sobre a Transcendência do Silêncio (LiteraCidade, 2014) , Um Esboço de Nudez (Penalux, 2014) E Mosteiros Penalux, 2015. Foi finalista do Prêmio Jabuti 2015 e do Prêmio OFF Flip 2016

ADRIANE GARCIA É historiadora, arte-educadora e atriz. Escreve poesia, contos, livros infanto juvenis e teatro. Venceu o Prêmio de Literatura do Paraná - Helena Kolody, em 2013, com o livro de poesia “Fábulas para adulto perder o sono”. Publicou, em 2014, o livro “O nome do mundo”, pela 139


Editora Armazém da Cultura, e, em 2015, o livro "Só, com peixes", pela Confraria do Vento. Publica poemas em diversos sites das redes sociais.

CARVALHO JUNIOR Autor dos livros Dança dos dísticos (Patuá, 2015) e No alto da ladeira de pedra (Patuá, 2017), Carvalho Junior é a assinatura poética do professor/escritor, de Caxias-MA, Francisco de Assis Carvalho da Silva Junior, autor do livro Dança dos dísticos (Patuá, 2014). Especialista em língua portuguesa, 29 anos, do signo linguístico, casado, pai de duas meninas, pele coberta de sonhos. Tem publicados os livros de poesiaMulheres de Carvalho (Café & Lápis, 2011) e A Rua do Sol e da Lua (Scortecci, 2013). É membro efetivo da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão.

LUCIANE LOPES É poeta e letrista, nascida em Mirassol, interior de São Paulo,Prepara seu primeiro livro publicado pela Editora Patuá. “O Miolo do Mundo é Macio” Publica poesias em várias revistas eletrônicas. 140


ADRIANA ANELI É autora dos livrosTodas as cores do amor, A construção da primavera e amor expresso. Membro Correspondente da UBE-RJ e do Coletivo Marianas. Dramaturga do grupo Baila Comigo. Idealizadora do projeto Tempestade Urbana, comunidade que reúne artistas e trabalhos de várias partes do mundo. Ao lado de Chris Herrmann, é editora da página literária Boca a Penas. É colunista e editora de poesia da Revista Plural.

LUIZ ALEXANDRE CRUZ FERREIRA Natural de Pedregulho-SP, reside atualmente em Ribeirão Preto-SP. Citação favorita : "Ame e faça o que quiseres"Santo Agostinho. Publica seus poemas na sua página nas redes sociais.https://www.facebook.com/luizalexandre.cruzferrei ra?lst=100000115736411%3A100001042857070%3A150 2991224 141


GUSTAVO TERRA Nascido em Jacareí, SP em 1972, mora em São José dos Campos desde 1992. Publicou poemas e haicais em periódicos de literatura dessa cidade durante a década de 90. Publicou o livro Cantata dos Ventos, uma antologia de poemas escritos nos últimos 22 anos. Desde 2002, trabalha como Agente Cultural na Fundação Cultural Cassiano Ricardo.

WANDER PORTO Nasceu a 14 de Maio de 1950, em Patos de Minas, Montanhas Gerais. Começou na juventude escrevendo pequenos poemas de encanto, canções de maldizer, letras de música e alguns artigos nos jornais da cidade. No início dos 70, com amigos, editou o jornal A BENÇÃO que durou pouco, apenas o bastante para ser inoculado pelo vírus letal das Letras. Tem dois livros publicados e esgotados, - MUITO PRAZER! – TODO MEU!- contos ligeiros e -SOPRO DA MADRUGADA- de poemas. Na 142


gaveta sem chaves, ALMANARQUIA – Contos – e SUMIÇO – ARQUITETURA DE UMA SOLIDÃO – Romance Ficcional.

NIL KREMER Gaúcha. É atriz e arte educadora com formação acadêmica em Letras. Participou da coletânea Sobre Lagartas e Borboletas publicado eletronicamente pela TUBAP e impresso pela Scenarium. Tem poemas publicados nas revistas Plural (Scenarium), Mallarmargens, Limbo, O Emplasto, Subversa, DiversosAfins, Gente de Palavra, Revista de Literatura e arte Walking in Briarcliff, em Fanzines e outros blogs e sites. Lançou recentemente o livro independente e artesanal “Kamikaze”. Mantém o blogue: https://deserticaemtranse.tumblr.com/

INÊS SANTOS (IGNES SOLLUA) Natural e reside em São Paulo-SP. Publica seus poemas em sua página nas redes social.Prepara o lançamento do seu primeiro livro individual “ Entrelaçamentos” 143


https://www.facebook.com/ignes.sollua?hc_ref=ARRv8u YodYDb7s0Df_C6H49wsjAjYjraeaOJWUTwGPtNWQocEb1Jx Glc6ilYlEjzRc

BIANCA VELLOSO Nasceu em Porto Alegre, em novembro de 1979. Mas se fez poeta na Ilha de Santa Catarina, onde cresceu. Militante na profissão que escolheu, a Optometria, e também pela poesia ao alcance de todos. É mãe da Helena desde 2007 e do livro de poesia “no umbigo do vento” Editora Penalux. É também programadora da Rádio Comunitária Campeche, apresenta o “Sábado Arrastão”, um programa de entrevistas com foco em música e poesia. Mantém o blog http://poesiacotidianabia.blogspot.com.br/

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PAULO GEORGE Paulo George é bacharel em português , literaturas/letrista e principalmente poeta. Com dez livros publicados de forma independente: As Sílabas do Afeto, A Divina Miséria Brasileira,Arte Poemas, entre outros.Paulo George, além de estudioso e educador é um grande artista das letras. Sua Poesia e conteúdo são reinvento de tudo que conhecemos.Prepara o lançamento do novo livro de poemas ( ....) todo ilustrado pela artista plástica Luiza Maciel Nogueira.

LOURENÇA LOU Mineira, das terras vermelhas de Drummond. Formada em Letras, pós-graduada em Educação e Administração Escolar, trabalhou como professora, coordenadora e diretora de escola de ensino fundamental e médio. Foi presidente de cooperativa educacional e consultora cooperativista. Atualmente é administradora de empresa, poeta, contista e cronista. Já participou de várias 145


coletâneas de poesia e de contos, de sites de crônicas e revistas literárias. loulourenca@gmail.com Lançou recentemente “Equilibrista” editora Penalux e prepara o lançamento de “Pontiaguda”, pela mesma editora.

ARNALDO SISSON Nascido em 20/09/1950, em Porto Alegre. "Após uma breve passagem pelo movimento musical gaúcho (anos 70/80) e uma cansativa tentativa de cursar as faculdades de Medicina, Letras, Análise de Sistemas, Economia, Direito e Administração de Empresas. Muita insistência em fazer alguma coisa que prestasse e inúmeras bobagens, desisti de qualquer formação acadêmica. Acredito sinceramente que poesia não é só falar besteiras melosas e assuntos meramente pessoais e mal resolvidos".Tem poemas publicados em várias revistas eletrônicas, entre elas http://www.gargantadaserpente.com/autores/arnaldo_sisso n.shtml

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FABÍOLA MAZZINI LEONE Sou uma pessoa comum, ilhada em Vitória/ES, esta cidade que tem mar, porto e muitas histórias. Escrevo por necessidade absoluta de estar inteira aqui e no mundo, junto das outras pessoas, razão de ser de toda arte.Tem poemas publicados em várias revistas eletrônicas, entre elas mallarmargens e Revista Pausa

CLÓVIS MALTA Jornalista e escritor.Publicou Ser Quem Você É: Uma vida mais autêntica, mais simples e mais feliz, com arte e criatividade , A Menina Só e o Buscador de Água ,O Sapato Verde-Amarelo e Paixão Roxa dos Gatos no Escuro todos pela eBook Kindle

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ANTONIO

TORRES

(EL

CANTADOR) Natural de Canhoba cidade em Sergipe. Reside atualmente em Aracaju-SE , Madri –Espanha e São Paulo-SP. Desde 2006 escreve poemas em espanhol, inglês e português. Prepara seu primeiro livro individual.Publica seus poemas em sua página nas redes social. https://www.facebook.com/profile.php?id=1470713267&r ef=br_rs

TASSIO RIBEIRO Natural de Bom Successo-MG, onde reside atualmente. Publica seus poemas na sua página das redes sociais. Prepara o lançamento de seu primeiro livro individual “Apaguei Meu Último Poema”. https://www.facebook.com/tassio.henrique.54?hc_ref=AR SjPDidua0dNuvER5AH0wDsmSE9I5n4HM6N7_E3v6rC uEl9T9lVmQL7z19_Y4Ni-HI 148


IVY MENON Ivy Menon nasceu em Cornélio Procópio – Paraná. Foi Jornalista em O Diário do Norte do Paraná, em Maringá. Formada em Direito, com especialização em Direito do Trabalho e Filosofia e teoria do Direito. Hoje atua como advogada. Em Dezembro/2006 foi premiada no I Concurso Carioca de Poesia da Abraci em parceria com a ABL e com a Fenac, com o livro "Flores Amarelas" lançado no RJ em 2007. Ocupou a Cadeira nº. 31, da Academia de Letras de Maringá, cujo patrono é Olavo Bilac.Publica seus poemas nas redes sociais. https://www.facebook.com/ivy.menon.3?ref=br_rs ..............................................................................................

JÔ DINIZ Jô Diniz nasceu em Salto-SP, e hoje vive em Belo Horizonte -MG. Na área de Letras, tem Pós-graduação em Revisão de Texto de Gênero Literário, e de Cinema, textos 149


publicados pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Fundação de Educação Artística de Belo Horizonte, Revistas Eletrônicas, Editoras Tribo e Scenarium, e ebooks de coletâneas de poesias. Participou de projetos editoriais para empresas no Brasil, e para a JICA (Japan International Cooperation Agency) em projeto de cooperação com o Senai de Itaúna – MG. Publica seus poemas nas redes sociais: https://www.facebook.com/FaceDaJoDiniz?lst=10000011 5736411%3A100013611994014%3A1504288320 ..............................................................................................

MARTA AGUIAR Professora de Língua Portuguesa e Literaturas, Escritora, Revisora. Natural e reside no Rio de Janeiro-RJ. Prepara o lançamento do livro de poesias AS FACES DE UM POEMA. Publica seus poemas nas redes sociais: https://www.facebook.com/marta.aguiar.562

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LUIZA CANTANHÊDE Luiza Cantanhêde,nasceu em Santa Inês -Maranhão. Luiza estreou nas letras com "Palafitas" (Penalux,2016) livro de poemas; membro da ACCAP (Academia Piauiense de Poesia ) reside em Teresina -Piauí desde 1983..

TÂNIA REGINA CONTREIRAS Tânia Contreiras é poeta, graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal da Bahia; arteterapeuta junguiana pelo Instituto Junguiano da Bahia; docente em Sensibilização Poética na formação de Arteterapeutas pelo IJBA.Atualmente mora em Salvador-BA Escreve nos blogs. http://roxo-violeta.blogspot.com.br/ http://arteterapia-poesia.blogspot.com.br/

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LUIZA MACIEL NOGUEIRA Nascida em 1984 em Igarapava, formada em Psicologia pela PUC-SP em 2008, Pós Graduada em Psicologia da Saúde na UNIFESP. Luiza é ilustradora, psicóloga e escreve para organizar a poesia de dentro. Uma parte do seu trabalho pode ser visto nos blogs: www.versosdeluz.blogspot.com www.desenhosluizamaciel.blogspot.com

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