O filme que quebrou recordes de bilheteria
R$ 12,50 Jul - Dez 2013 | 1º Edição
Frozen
OUT
Fade
Editorial É uma grande responsabilidade e honra preparar esta 2ª edição da revista Fade Out, dedicada a todos os leitores e amantes do Cinema, das críticas e das grandes produções cinematográficas... Fazer um material a fim de entreter nosso público, nos faz refletir sobre as matérias que estarão em alta e terão os olhares voltados à ela. Nesta edição, trouxemos temas que vão desde os filmes mais cotados do ano até as aventuras congelantes de Frozen. Nossa matéria principal apresenta detalhes sobre o filme infantil da Disney que está dando o que falar: Frozen - uma aventura congelante. Com isso, vocês ficarão por dentro da reportagem, além de terem acesso as fotos mais marcantes do filme. Na editoria Críticas, vocês ficarão a par da crítica de 4 filmes que estão dando o que falar no momento. Na seção Bilheteria, estará a relação dos 6 filmes que tiveram a maior quantidade de público e bilheteria. Também traremos uma reportagem especial sobre os melhores filmes franceses dos últimos tempos, além de falar sobre os filmes que estão sendo cotados a ganhar o Oscar 2014. Além de todas essas informações, traremos também uma lista com os lançamentos de março dos melhores filmes. Ainda nesta edição, traremos suspense, curiosidades, além de matérias que prometem deixar você de boca aberta.
Sumário
Sinopses p.16
Equipe
Os melhores filmes franceses p.8
Frozen: uma aventura congelante p.10
Jennifer
Kaísa
Karla
Filmes mais cotados do ano p.6
Luiza
Mineira, 19 anos, cristã. Viciada em esportes, academia e seriados. Amante de uma boa música, aspirante a designer.
Menina do Rio, 23 anos, estudante de Desenho Industrial na UFES. Apaixonada por música e filmes.
Capixaba, 20 anos, estuda Design Gráfico na UFES. Adora fotografia e não vive sem musica. O violão é seu melhor Hobby.
Capixaba, 21 anos, Especialista em Marketing. Cursa Design Gráfico na UFES. Abundante na alegria.
Críticas
Tarzan - A evolução da lenda Dinossauros, meteoros, radares e helicópteros. Por mais que soe estranho, estes são alguns dos elementos usados em Tarzan - A Evolução da Lenda. O objetivo da animação alemã dirigida por Reinhard Klooss é misturar o velho com o novo e trazer a clássica história para os dias de hoje. O viés tecnológico que está no centro da trama do filme, porém, não traz nada de muito interessante a Tarzan, a não ser que o espectador encontre originalidade nesta espécie de Avatar para crianças. O unobtainium da vez é o meteoro radioativo responsável pela extinção dos dinossauros. No filme, o imenso corpo rochoso está escondido em algum ponto das selvas africanas e armazena uma energia suficiente para abastecer indústrias do mundo todo. A família Greystoke sofre um acidente de helicóptero enquanto procura essa massa de metal e rocha; o único sobrevivente é o garotinho JJ (Tarzan), de quatro anos. Mesmo sendo uma adaptação infantil, o diretor optou por não dar voz aos animais. Cerca de metade do longa não tem diálogos, apenas grunhidos entre Tarzan e os outros seres da mata. Isso pode ser cansativo para crianças, público-alvo do filme. Com enredo fraco, animação abaixo da média e, no Brasil, dublagem nada convincente, Tarzan será mais uma das dezenas de adaptações esquecidas da obra de Burroughs. Se o objetivo for ver uma boa versão infantil, a versão de 1999 da Disney certamente ainda está fresca na memória de muita gente.
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Ficha Técnica Dirigido por: Reinhard Klooss Com: Kellan Lutz, Spencer Locke, Trevor St. John, Brian Huskey, Mark Deklin, Jaime Ray Newman, Les Bubb, Robert Capron
Gênero: Animação, Aventura Nacionalidade: Alemanha Língua: Inglês Classificação: Livre Distribuidor: Imagem Filmes Ano de produção: 2013 Sinopse: Após seus pais serem mortos, um bebê é criado por uma gorila, que passa a tratá-lo como filho. Ao crescer ele se torna Tarzan (Kellan Lutz), o rei da selva. Quando um exército de mercenários é enviado à floresta por um malvado executivo da Greystoke Energies, Tarzan os enfrenta com a ajuda de Jane Porter (Spencer Locke), uma jovem que chega à floresta após um acidente no avião.
Críticas
Questão de tempo
Ficha Técnica Dirigido por: Richard Curtis Com: Domhnall Gleeson, Rachel McAdams, Bill Nighy, Lydia Wilson, Margot Robbie, Lindsay Duncan.
Gênero: Romance Nacionalidade: Reino Unido Língua: Inglês Classificação: 12 anos Distribuidor: Universal Ano de produção: 2013 Sinopse: Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu pai (Bill Nighy) de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo: todos os homens da família conseguem viajar para o passado. Tim se empolga e sua primeira decisão é
usar esta capacidade para conseguir uma namorada, mas logo ele percebe que viajar no tempo pode provocar consequências inesperadas.
Viagem no tempo é um assunto complicado em qualquer contexto, seja ficção científica ou romance. Existem regras que não devem ser quebradas, paradigmas a serem evitados e infinitas possibilidades de destinos a serem considerados. No entanto, quando o que está em jogo é a vida de uma pessoa, sua felicidade, e não o destino do universo, a perspectiva muda muito. Em Questão de Tempo, conhecemos Tim (Domhnall Gleeson), um jovem ruivo bem-apessoado que só quer encontrar o amor, descobre que descende de uma família de viajantes no tempo. Seu pai (Bill Nighy) lhe ensina: entre num armário (“um lugar bem escuro também funciona”) e pense no exato momento do tempo para o qual você quer voltar e estará lá. Já casado com Mary (Rachel McAdams) e pai de Posy; Kit Kat (Lydia Wilson), irmã de Tim, sofre um acidente de carro. Instintivamente, volta-se no tempo para evitar o desastre. Ao retornar para o presente, Tim se depara não com Posy, mas com uma criança completamente diferente. “A cada vez que você modificar alguma coisa no passado, terá um filho diferente”, diz seu pai. O roteiro de Richard Curtis emociona ao usar o tom sentimental sem ser meloso, tocando fundo em questões muito parecidas as do espectador. Mesmo com algumas escorregadas no ir e vir temporal, Questão de Tempo ensina uma preciosas lições de moral: viva cada momento como se fosse o último, aprecie as menores coisas da vida e não será necessário refazer nada.
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Críticas
Hobbit: A Desolação de Smaug O tema em questão é a ganância. Basicamente, todos os personagens do filme enfrentam o desejo pela obtenção de algo e precisam lidar com esse sentimento. Todos têm o potencial de se transformar nos grandes antagonistas do filme, o dragão Smaug (Benedict Cumberbatch), o Mestre da Cidade do Lago (Stephen Fry) ou o Necromante (também Cumberbatch). Dessa forma, este segundo O Hobbit é muito mais sombrio e adulto que o primeiro e divertido filme. Qualquer comparação com o Império ContraAtaca não é exagero, já que o arco pelo qual passam os personagens é bastante parecido - e o final (ou a ausência dele) igualmente agonizante. Para quebrar o tom melancólico, Peter Jackson emprega empolgantes cenas de ação, sem muito espaço para o humor. As batalhas são de uma fluidez sem igual, com dezenas de coisas acontecendo em tela e tudo absolutamente bem isolado. Nada disso é de grande relevância, porém, quando surge o mais belo dragão já criado nas telas. Smaug, o Magnífico, enche os olhos e move-se com peso e ameaça em um cenário absurdamente bem trabalhado. Todo o clímax em Erebor, a montanha dos anões, é espetacular - e seria perfeito não fosse a interrupção indesejada do filme, que continua apenas em 2014, com O Hobbit - Lá e de Volta Outra Vez. Se serve como prêmio de consolação, ao menos o último filme promete a maior batalha já vista no cinema.
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Ficha Técnica Dirigido por: Peter Jackson Com: Martin Freeman, Richard Armitage, Ian McKellen, Orlando Bloom, Evageline Lilly, Cate Blanchett
Gênero: Fantasia, Aventura Nacionalidade: EUA Língua: Inglês Classificação: 12 anos Distribuidor: Warner Bros Ano de produção: 2013 Sinopse: Após iniciar sua jornada ao lado de um grupo de anões e de Gandalf (Ian McKellen), Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) segue em direção à Montanha Solitária, onde deverá ajudar seus companheiros de missão a retomar a Pedra de Arken, que fará com que Thorin (Richard Armitage) obtenha o respeito de todos os anões e o apoio na luta para retomar seu reino. temido dragão Smaug (voz de Benedict Cumberbatch).
Críticas
A menina que roubava livros
Ficha Técnica Dirigido por: Brian Percival Com: Geoffrey Rush, Emily Watson, Sophie Nélisse, Ben Schntezer, Nico Liersch.
Gênero: Drama Nacionalidade: EUA - GER Língua: Inglês, alemão Classificação: 10 anos Distribuidor: Fox Filmes Ano de produção: 2013 Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, uma garota chamada Liesel Meminger (Sophie Nélisse) sobrevive através dos livros que ela rouba. Ajudada por seu pai adotivo (Geoffrey Rush), ela aprende a ler e partilhar livros com seus amigos, incluindo um homem judeu (Ben Schnetzer) que vive na clandestinidade em sua casa. Enquanto não está lendo ou estudando, ela ajuda sua mãe (Emily Watson) e brinca com o amigo Rudy (Nico Liersch).
Em A Menina que Roubava Livros, conhecemos a história de Liesel Meminger (Sophie Nélisse), uma jovem filha de mãe comunista que também sofreu com o regime alemão. Somos apresentados à Liesel pela Morte, que narra o longa - narrativa essa que aparece somente quando conveniente, se ausentando durante grandes porções do filme. É logo que entendemos a árdua jornada da garota: sua mãe, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto, deixando a jovem ainda mais sozinha e desamparada. A montagem da narrativa, picotada e ansiosa, também não se encaixa na trama calma de A Menina que Roubava Livros. Cenas curtas e desnecessárias abrem caminho em meio a importantes pontos da trama. Max, um dos portos seguros de Liesel, passa boa parte de seus momentos doente e inerte, sem interagir com a menina, que lê livros “emprestados” para fazê-lo retomar a consciência. Por fim, a história de Liesel não é somente sua - muito menos de seus momentos como ladra. Entendemos as dificuldades não só dos rejeitados por Hitler na Alemanha nazista, mas também dos mais pobres, dos jovens que eram obrigados a cumprir deveres militares e dos inúmeros sacrifícios que todos deviam fazer para proteger os mais afligidos. A menina que roubava livros é um mero fio condutor para mostrar como aqueles tempos eram ruins.
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Uma aventura congelante
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filme de animação musical da Walt Disney tem sido um sucesso surpreendente nos Estados Unidos. Desde sua estreia no país, em novembro, ela já superou uma série de novos lançamentos, tornando-se o filme de maior bilheteria da temporada de fim de ano. Há uma semana, ela alcançou a rara distinção de manter-se na liderança do ranking das bilheterias americanas pelo sexto fim de semana consecutivo. No fim de semana passado, “Frozen” acumulou um total de US$ 317,7 milhões nos EUA, ultrapassando “O Rei Leão” como a maior bilheteria para um filme de animação da Disney de toda a história, sem levar em consideração a inflação ou relançamentos. No Brasil, onde estreou em 3 de janeiro, o filme também ficou no primeiro lugar das bilheterias no fim de semana de lançamento, levando 679.000 pessoas aos cinemas,
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segundo o site adorocinema.com. Em todo o mundo, “Frozen” já conseguiu arrecadou US$ 712,3 milhões e ainda não estreou em alguns mercados importantes, inclusive a China. No domingo, “Frozen” ganhou o Globo de Ouro como melhor filme de animação, o que o posiciona como um favorito para o Oscar. A popularidade de Frozen, como Wedde pode atestar, também tem impulsionado o sucesso de produtos associados que, com frequência, são os verdadeiros motores da rentabilidade de uma marca da Disney. A filha dela tem vestidos das duas princesas heroínas do filme, além do álbum com a trilha sonora. No início de janeiro, o disco com as músicas de “Frozen” ficou em primeiro lugar em vendas no Billboard 200, tornando-se o quarto filme de animação a alcançar esta posição nos 58 anos de história do ranking americano.
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FOI UMA EXPERIÊNCIA MUITO NOSTÁLGICA, DOS FILMES QUE EU AMAVA QUANDO ERA CRIANÇA!
Os filmes de animação infantil tem sido um dos gêneros mais atraentes de Hollywood. Em 2013, oito filmes foram lançados por grandes estúdios. “Meu malvado favorito 2”, o maior sucesso do gênero, foi o filme mais rentável já lançado pela Universal Pictures, estúdio da Comcast Corp. Mas nenhum se compara ao entusiasmo persistente que “Frozen” tem gerado. No último fim de semana, ele arrecadou outros US$ 15,1 milhões nas bilheterias americanas. Nenhum outro filme de animação lançado no ano passado arrecadou mais de US$ 5 milhões no sétimo fim de semana após a estreia nos EUA. O sucesso do filme simboliza um renascimento para a Disney Animation Studios, que é sediada em Glendale, na Califórnia, e mantém uma equipe separada à do outro estúdio de animação da empresa, a Pixar Animation Studios. “Frozen” era um candidato improvável para marcar o retorno do estúdio. Vagamente baseado em um conto de fadas de Hans Christian Andersen, o filme estava em desenvolvimento há mais de dez anos, originalmente com o título “A rainha da neve”. Uma sucessão de diretores tentou encontrar um bom ângulo, com projetos sendo bem recebidos ou rejeitados pela série de executivos que administraram a Disney ao longo dos anos. Depois que “Enrolados” obteve uma sólida arrecadação de US$ 592 milhões, a Disney decidiu ir em frente com uma versão de “A rainha da neve” como seu próximo filme de princesas. Porém, o título foi alterado para torná-lo mais atraente para os meninos, uma prática que a empresa adotou desde o fracasso de bilheteria de “A princesa e o sapo”, em 2009.
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Wedde Com o sucesso de “Frozen”, a Disney Animation se restabeleceu como a líder de um subgênero lucrativo que produziu, nos anos 90, sucessos como “A pequena sereia”, “A bela e a fera” e “Pocahontas”, que são excelentes musicais com protagonistas femininas. Esse elemento é algo importante para espectadores como Wedde, de 28 anos. “Foi uma experiência muito nostálgica, dos filmes que eu amava quando era criança”, diz ela. Em novembro, a Disney vai tomar um rumo diferente com “Big hero 6”, um filme de super-herói que marca a primeira colaboração do estúdio de animação com a Marvel, também da Disney. Para aumentar a pressão sobre o estúdio, 2014 será o primeiro ano sem lançamentos daPixar desde 2005, devido ao atraso da conturbada produção de “The good dinosaur” . O lançamento promete um grande sucesso em bilheteria.
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