Reflexões Pedagógicas 1° semestre de 2017
“Qual o sentido da escola? ” Textos individual e em grupo desenvolvidos a partir da leitura do capítulo 3 do livro Escritos sobre o sentido da escola (COÊLHO, 2012) e discussão sobre o mesmo.
Cotidiano Escolar Reflexões e produtos desenvolvidos durante a disciplina ministrada pela Professora Bruna Sola, textos Luiza
Melo
Visita orientada à Associação Caminhos das Águas
Observações e Análises sobre o espaço e conduta do professor
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. ” (FREIRE, 2004)
Aluna: Luiza Teixeira de Melo Disciplina: Cotidiano Escolar Professora: Drª Bruna Sola Departamento de Ciências da Educação - UFSJ São João del-Rei, 3 Julho de 2017
Índice
Introdução ............................................................................................................... 4 1. Situação da Educação em São João del Rei, MG .............................................6 2. O processo avaliativo dentro da Pedagogia Waldorf....................................................7 3. “Educação Bancária”........................................................................................................7 4. “Qual o sentido da escola? ”...........................................................................................8 5. Contos de Escola..............................................................................................................11 6. Visita orientada à Associação Caminho das Águas......................................................12 7. Referências......................................................................................................................28
Introdução Na sociedade contemporânea há uma subversão do papel da escola, consequência de uma sociedade capitalista que se abstém da educação de seus filhos e terceirizam a função de educar e ensinar às escolas. Ao falar do papel do professor Masschelein (et al. 2013) cita a seguinte frase: “Eu moro em um lugar onde a comunidade deixa seus filhos para trás, dando-me tempo para fazer coisas interessantes com eles enquanto seus pais estão sendo produtivos em casa ou no trabalho.” (MASSCHELEIN, 2013, p 74) Nessa frase ao falar que “a comunidade deixa seus filhos para trás” afim de serrem ”produtivos” exemplifica que a prioridade da sociedade contemporânea é produzir para o capital, colocando de lado a formação e educação do ser humano. Coêlho (2012) também faz uma crítica de como a sociedade contemporânea trata a escola. Segundo o autor os espaços educacionais são geridos “como uma repartição pública [...] estabelecimento comercial ou quartel” (COÊLHO, 2012, p 60), não havendo uma preocupação com o sujeito e sua formação social.
Fig. 1 “En L’An 2000” do ilustrador Villemard. Fonte: Pale o Future. Disponível em: http://paleofuture.com/ blog/2007/9/10/french-prints-show-the-year-2000-1910.html. Acessado em: 26 de junho de 2017
Lanz (1986) fala que a crise educacional atinge o mundo todo, sendo o conhecimento tratado como mercadoria. Roth (apud LANZ, 1986) aponta que o sistema tradicional de educação falha por não ter claro qual a sua finalidade: “A educação comum não sabe exatamente quais são suas metas pedagógicas – se são matérias, cognitivas, sociais ou afetivas” (LANZ, 1986, pág. 65). Dessas instituições saem pessoas sem preparo profissional (o autor a ponta a questão da adaptabilidade e espírito de iniciativa) e, infelizmente, de forma mais grave, sem “preparo moral”, “personalidade”, “integração social” e “idealismo social”. ” (LANZ, 1986, p 66). Entretendo, mesmo reconhecendo que o ensino tradicional está falido, não há uma discussão ampla envolvendo toda a 4
sociedade para a sua melhoria. Poucos são os projetos que visam reacender interação entre a educação e a sociedade. A luz de um progresso o Projeto Educativo da cidade de Barcelona traz como prioridade a participação da comunidade. Segundo Vintró (2003) uma das 7 linhas estratégicas do projeto é “Aprofundar a dimensão social e comunitária da educação promovendo um compromisso estável dos agentes sociais e distritos e bairros. ” (VINTRÓ, 2003, p. 47). O Projeto foi desenvolvido a partir do entendimento que a educação falha quando não há interação ente a escola e a comunidade. Sendo assim, o avanço só se daria mediante uma ação multidisciplinar, envolvendo toda comunidade. Também é preciso escolher uma metodologia pedagógica que leve o indivíduo a questionar e atuar como ser social consciente. Entretanto, segundo Coêlho (2012), o sistema educacional tradicional está preocupado em produzir mão de obra para o mercado, transformando os alunos em máquina de desempenho criados para sustentar o sistema capitalista de exploração, sem consciência e senso crítico. Em contraponto a pedagogia Waldorf, desenvolvida por Rudolf Steiner, tem como princípio “integrar o ser humano corretamente na vida social,
Fig 2. Sala de aula para meninas séc. xix de E. R. Robson. Fonte: Kowaltowski, 2011, pag. 68
Fig 3. Sala de aséc xxi. Fonte: Ateneu. Disponível em: http://www.ateneu.com.br/portal/wp-content/ uploads/2011/08/11.jpg.Acessado em: 26 de junho de 2017
Fig 4. Sala de aula da Escola Waldorf Goetheanum II. Fonte: Fotos fornecidas por Helena Contente.
como ser formado de corpo, alma e espirito” (LANZ, 1986, p 65). Para não torna-se um ser egocêntrico, fechado em si, o adulto deve atrair o jovem para a realidade do mundo, colocando-o perante de seus deveres sociais. 5
1. Situação da Educação em São João del Rei, MG Segundo a fundação Lemann (2017) no Brasil há 48,8 milhões de alunos na Educação Básica divididos entre 186 mil escolas. Sendo, que em São João del Rei, são 15439 alunos matriculados nas escolas, dívida em: 1.782 alunos em idade pré-escolar, 10.304 no fundamental e 3.353 no ensino médio (Fig. 5). (BRASIL, 2015) Esses alunos estão distribuídos entre trinta e seis escolas municipais, vinte e três estaduais, quarenta e quatro privadas e uma federal (ESCOLAS.INF.BR, 2016) A análise feita pelos institutos como o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) se restringe à gráficos e números. Entretanto, diante do que esse trabalho propõem os índices numéricos não diz sobre a verdadeira situação da educação. Nesse trabalho a qualidade da educação não é vista apenas como resultados obtidos em provas, a formação do sujeito social e seu senso crítico tem muito mais relevância. Quando o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) mostra a nota 6,6 no “indicador de aprendizagem” ele não se refere ao processo pelo qual o aluno passou para chegar ali, mas só o resultado obtivido da Prova Brasil.
6
Ensino Fundamental Fig. 5 Gráfico matriculas em escolas de São João del Rei segundo dados do IBGE (BRASIL, 2015)
Ensino Médio Pré-escolar
2. O processo avaliativo dentro da Pedagogia Waldorf
3. “Educação Bancária” FREIRE, Paulo.
Nas escolas tradicionais a avaliação dos alunos é feita de forma quantitativa. As notas obtidas determinaram o futuro do aluno, se está apto a obter diploma ou não, sua aceitação em cursos profissionalizantes, etc. Lanz (1986) aponta que essa forma de avaliação está tão enraizada na nossa cultura que poucos a questionam.
Segundo Freire (2004) o sistema tradicional de ensino pode ser equiparado ao um banco: onde o conhecimento é “depositado” no aluno e posterior mente “sacado” por meio das avaliações. Em contraposição e afim de educação que leve o indivíduo a questionar, refletir e ser capaz de transformar o mundo Freire fala de educar para o “penar certo”.
A pedagogia Waldorf por ter uma visão mais ampla da educação e formação do ser humano por completo, se opõem a essa forma de avaliação. Avalia-se a potencialidade do aluno, sua dedicação, “o esforço que fez (ou não fez) para alcançar tal resultado”. Dessa forma a trajetória do aluno é reconhecida, ao contrário do que ocorre nas escolas tradicionais onde se dá ênfase somente ao resultado final. Os boletins das escolas tradicionais transformam os alunos em números, índices, desumanizam-nos e avaliando-os somente de forma quantitativa. Afim de obter uma avaliação qualitativa, nas escolas Waldorfs, o professor produz um relato sobre a “biografia” do aluno durante o ano, apontando sua trajetória, esforço e dedicação. As avaliações quantitativas são mantidas em sigilo para os alunos e somente apresentada para as autoridades (por exemplo índices governamentais, avaliações do MEC). Esse resguardo tem a finalidade de não taxar o aluno. “Nas escolas Waldorf, ele [o aluno] terá certeza de que os professores querem fazer jus a todos os lados de sua personalidade, num espirito de carinhosa compreensão” (LANZ, 1986, pág. 92) 7
“O professor que pensar certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo” (FREIRE, 2004) Cabe ao educador instigar no aluno a curiosidade, para que esse possa nunca se saciar do conhecimento, deve sempre estar disposto a entender e indagar o mundo. “Ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível. E essas condições implicam ou exigem a presença de educadores e de educandos criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes.” (FREIRE, 2004)
e a criarem uma sociedade diferente” (COÊLHO, 2012, p 66), para isso é essencial estimular o questionamento, o autoconhecimento e a percepção de mundo. O autor aponta a busca pela autonomia, igualdade, liberdade e justiça como função fundamental da escola. Freire fala em suas obras sobre “leitura de mundo” como parte fundamental do ensino. Assim como é importante ensinar a ler,
4. “Qual o sentido da escola?” Texto individual desenvolvidos a partir da leitura do capítulo 3 do livro Escritos sobre o sentido da escola (COÊLHO, 2012) e discussão sobre o mesmo. Coêlho (2012) faz uma crítica de como a escola é tratada. O governo se preocupa mais com os dados de pesquisas, números e resultados de provas. Dessa forma estão reproduzindo o sistema industrial capitalista, preocupados somente com os resultados sem tomar cuidado com o processo.
“ Não há conteúdo nem metodologia ou tecnologia, em nenhuma área ou disciplina, capaz de fazer a reflexão acontecer; mas apenas o ensino que se faça pensamento vivo ocorrendo em certo momento e situação e exigindo a participação, a interrogação de todos”. (COÊLHO, 2012, P 75) [grifo do auto]
Durante a disciplina Cotidiano Escolar foi discutido o processo de produção capitalista, agressivo ao meio ambiente, pois não há uma atenção com todo processo produtivo, da extração a venda. A escola ao preocupar-se somente com resultados numéricos acaba também por ferir a “natureza” do homem, Coêlho (2012) fala que é natural do homem a “autonomia, a liberdade, a igualdade, a justiça, a cultura, o saber, o ensino e a aprendizagem; ” (COÊLHO, 2012, p 60). As escolas que agridem a natureza do homem, engessam o conhecimento, o desperta pelo aprender, a sua curiosidade natural, transforma-o em mão de obra para o mercado, sem consciência, sem senso crítico, pronto para produzir e reproduzir.
escrever, somar é preciso ensinar a pensar, critica e transformar o mundo. Isso é alcançado por meio da vivencia, do cotidiano escolar. Pereira (2006) dentro da análise de ludicidade a ponta o lazer e o tempo de não produção como essencial para o desenvolvimento humano. Entretanto esse tempo livre é visto dentro da sociedade capitalista como desperdiço, sendo “incompatível com seu princípio de exploração e alienação”. (PERREIRA, 2006, P 120). O tempo do aprender é lento, o conhecimento deve ser cultivado vagorosamente para ser absorvido ao máximo. O conhecimento enlatado e pronto é mal digerido, os alunos apenas gravam e logo esquecem do que foi ensinado. Segundo Coêlho (2012) a origem da palavra escola provem do grego “tempo livre, [...], lugar ou resultado de estudo, algo
A escola deve ser um espaço que estimule as habilidades natural do homem, onde o conhecimento não se encerra com o fim de um capitulo, a curiosidade como instrumento fundamental. A função essencial da escola é “ensinar as crianças, jovens e adultos a pensarem 8
que se faz aos poucos com certa lentidão, sem a pressa do mundo dos negócios, da empresa, do dinheiro e do poder. ” (COÊLHO, 2012, P 83). Assim o verdadeiro sentido da escola é o cultivo do conhecimento e estimulo das habilidades e percepções. Lendo esses autores vejo a escola ideal como um espaço estimulante e acolhedor, preocupado com a formação do ser humano, um ser além de números e mais do que mão de obra para o mercado. A escola deve ser capaz de estimular o questionamento, princípio básico do conhecimento, criticar o mundo, sendo capaz de transformá-lo. O ensinar deve respeitar o ritmo do aluno, o conhecimento deve ter o tempo para ser absorvido e digerido.
Texto em grupo desenvolvidos a partir da leitura do capítulo 3 do livro Escritos sobre o sentido da escola (COÊLHO, 2012) e discussão sobre o mesmo. Alunas: Isabela Coura; Luiza Teixeira; Nayara Farias; Raiane Leite; Stella Silveira; Amanda Dinalli O capitulo três do livro “Escritos sobre o sentido da escola” nos faz refletir sobre a definição da escola contemporânea, sua natureza e finalidade. Coêlho (2012) começa fazendo uma crítica de como o sistema educacional é tratado. Não há uma preocupação com o sujeito e sua formação social. A escola é vista, segundo o autor, “como uma repartição pública [...] estabelecimento comercial ou quartel” (COÊLHO, 2012, P 60). “Ensinar seria, pois, transmitir conteúdo a 9
serem memorizados, guardados e consumidos pelos alunos [...]” (COÊLHO, 2012, P 63) [grifo do autor]. Não havendo estimulo ao questionamento, reflexão e critica. Ao subverterem o sentido real da escola são os números, resultados de provas e índices que importam. Estão preocupados em produzir mão de obra para o mercado, transformando os alunos em máquina de desempenho criados para sustentar o sistema capitalista de exploração. A educação, segundo Rouseau, deve ser capaz de desenvolver os dons naturais do homem, estimular a autonomia, questionamento e “espirito humanitário. [...] Para ele, a criança deve ser educada para torna-se um ser humano completo, e não para uma profissão específica”. (KWALTOWSKI, 2011, P17). Tal como o pensamento do filosofo, Coêlho (2012) aponta que a função essencial da escola é “ensinar as crianças, jovens e adultos a pensarem e a criarem uma sociedade diferente” (COÊLHO, 2012, p 66), para isso é essencial estimular o questionamento, o autoconhecimento e a percepção de mundo. Coêlho (2012) aponta o estimulo da autonomia, igualdade, liberdade e justiça como função fundamental da escola. Pereira (2006) dentro da análise de ludicidade aponta o lazer e o tempo de não produção como essencial para o desenvolvimento humano. Entretanto esse tempo livre é visto dentro da sociedade capitalista como desperdiço, sendo “incompatível com seu princípio de exploração e alienação”. (PERREIRA, 2006, P 120). O tempo do aprender é lento, o conhecimento deve ser cultivado vagorosamente para ser absorvido ao máximo. O conhecimento enlatado e pronto é mal digerido, os alunos apenas gravam e logo esquecem do que foi
ensinado. Segundo Coêlho (2012) a origem da palavra escola provem do grego “tempo livre, [...], lugar ou resultado de estudo, algo que se faz aos poucos com certa lentidão, sem a pressa do mundo dos negócios, da empresa, do dinheiro e do poder. ” (COÊLHO, 2012, P 83). Assim o verdadeiro sentido da escola é o cultivo do conhecimento e estimulo das habilidades e percepções. Lendo esses autores vemos a escola ideal como um espaço estimulante e acolhedor, preocupado com a formação do ser humano, um ser além de números e mais do que mão de obra para o mercado. A escola deve ser capaz de estimular o questionamento, princípio básico do conhecimento, criticar o mundo, sendo capaz de transformá-lo. O ensinar deve respeitar o ritmo do aluno, o conhecimento deve ter o tempo para ser absorvido e digerido. O verdadeiro sentido da escola pede que os docentes não sejam meros reprodutores de informações, e sim que despertem a curiosidade, que estimulem a participação nas aulas. A escola deve se atentar com a formação social, iniciação rigorosa e critica de crianças, jovens e adultos no universo da cultura, política e da cidadania.
10
5. Contos de Escola Dia de caçar borboletas Lembro de estar na primeira série. Primeira sala do lado esquerdo no topo da escada. Piso de ardósia, escuro e maltratado, paredes brancas, janelas com grades voltadas para rua e em uma das paredes um enorme quadro negro que a cobria toda. Era dia de sol, céu claro, poucas nuvens e muito calor. A nossa turma se juntou a outras 2 turmas, não lembro de qual série. Saímos a caçar borboletas. Sugestão do livro didático, para vermos o processo de desenvolvimento desse inseto. Subimos no alto do morro a uns quatros a cinco quarteirões da escola. Rua sem calçamento, terrenos vagos, muito mato, mas pouca vegetação nativa. Levamos algumas redes para a atividade. A minha tinha sido feita no dia anterior com minha mãe. Pegamos uma régua de madeira, ela fez um furo em uma das pontas, por onde passamos um pedaço de arame grosso, com ele fizemos um círculo e amarramos a rede. Foi difícil conseguir pegar as borboletas. Pois éramos pequenos quase do tamanho da rede. Por fim uma das professoras pegou uma lagarta. A nova colega de sala que vinha da natureza com toda a sua liberdade estava agora em um pote de vidro na estante, pouco de terra no fundo, só alguns furos na tampa. Pouco depois começou a fazer seu casulo. Não me lembro de vê-la borboleta, se morreu ou foi libertada ou se passou do pote para o quadro alfinetada. Não sei porque escolhi contar essa história, mas agora que chego ao final penso que talvez meu subconsciente tenha feito uma analogia 11
entre a lagarta e nós. Por natureza somos livres, quando pequeninos não sabem voar, mas é forte em nós a curiosidade, a vontade de explorar e entender as coisas, mas somos postos e vidros eméticos na estante. Como rebeldia e força conseguimos desenvolver nossas asas e voar, mas nem todos tem essa capacidade, morrem sufocados dentro do potinho, ou terminam seus dias em um quadro alfinetado pelo sistema.
6. Visita orientada
à Associação Caminhos das Águas Localização da Associaçõa Caminhos Das Águas
2 1
4 3 5
2
6
7
8
Fig 6 Mapa de São João del Rei, MG. Em destaque as principais regiões e avenidas da cidade e o local da Associação Caminhos das Águas
9
10
1
Colônia do Maçal
2
Associação Caminho das Águas
3
Bairro Matozinhos
4
Bairro Fábricas
5
Centro
6
Bairro Tijuco
7
E.M Menino Jesus
8
E. Enlace
9
EE Brighenti Cesare
10
Igreja da N.S.Conceição Av. Trinta e um de março Av. Luís Giarola
Fig. 7 Mapa do entorno da Associação Caminhos das Águas. Fonte: ORTHOPHOTO, QBCP, 64km², São João Del Rei-MG. Modificado em 20 de junho de 2017
Av. Leite de Castro
12
Primeira visita No primeiro dia (6 de junho de 2017) houve uma conversa com uma das idealizadoras do espaço, Helena Contente, que tem formação em pedagogia Waldorf. Helena falou sobre a organização e formação da Associação Caminhos das Águas. A associação é composta por três princípios básicos característicos das escolas Waldorf: Economia fraternal: Os salários dos professores, assim como as mensalidades são decididas de forma coletivas, afim de ser benéfico a todos. Para melhor gestão da parte econômica há um concelho de pais para gerila. A associação não visa o lucro, todo dinheiro é destinado ao seu desenvolvimento. Cultura livre: Respeita-se a diversidade cultural de todos. Bem como, são promovidas festas da cultura regional. Também há uma comissão de pais para organizar e promover os eventos. Juridicamente igualitária Como já exposto tudo é decidido comunitariamente por comissões afim de atender a todos envolvidos de forma igual. Há grupos responsáveis pela economia, o concelho pedagógico é formado pelos professores, concelho dos pais responsáveis pela parte jurídica, comissão de festas, cursos, comunicação, etc.
13
A Associação ainda não está registrada na secretária de educação, por isso não é chamada de escola. Helena falou da burocracia de registra-la na secretaria de educação. A escolas Waldorfs por possuírem um plano pedagógico diferente das escolas tradicionais e se depara coma alguns empecilhos burocráticos. Para Steiner o processo de alfabetação deve acontecer no final no segundo setênio, aos 7anos, entretanto o MEC recomenda iniciar-se aos 5. O nome da Associação Caminhos das Águas ainda não constata na lista de escolas da Sociedade Antroposófica no Brasil (SAB) e nem Federação de Escolas Waldorf no Brasil (FEWB). Para estar nessa lista, além de atender as exigências da secretaria de educação a Associação passa por uma avaliação para garantir que está aplicando os princípios da pedagogia Waldorf. Helena comentou sobre a “escola de pais”. Movimento que reuni os responsáveis para discutirem e serem orientados sobrea as atividades que podem realizar com as crianças em casa. Assim os participarem ativamente da educação dos pequenos, não a delegando somente à Associação. Essa “escola de pais” também ajuda os responsáveis a conhecer melhor os princípios da pedagogia Waldorf e aplicar de forma coerente no dia-a-dia das crianças.
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
Segunda visita A segunda visita à escola foi durante o horário de aula da turma do jardim de infância sobe a tutela da Professora Kênia. Durante a visita orientada foi possível observar como o espaço é usado, os fluxos, algumas necessidades e a interação entre os professores e alunos. A visita ocorreu no dia 9 de junho de 2017, das 7:50 ás 12h.
12
Sala do jardim de infância
13
Despedida dos pais do jardim de infância
14
Área verde
15
Ponto de encontro dos pais
16
Estacionamento Fluxo dos pais do maternal
17
N
15
12 A M
B C
13
K L J I H
R
D
14
E
Q
G F
16
T U
S 0 1 2 3m
17
Fluxo dos pais do jardim de infância Fig 8 Planta da Casa Associação Caminhos das Águas, desenho desenvolvido por Luiz Guilherme Derio e Roberta Andrade. Desenho da área externa da Associação esquemático. Em destaque os fluxos e usos observados durante a visita orientada
11
25
Despedida dos pais do maternal
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
11
P
RUA
14
V
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
Sala do Maternal
O
A
B
B
C
C
D
E
F
F
G
H
I 15
A - Cozinha adjacente ao Jardim de Infância; B e C Cozinha improvisada dentro do Jardim de Infância; D - Espaço externo para as crianças guardarem sua coisa E - Cenário da história “A menina da Lanterna”; F - Espaço dos brinquedos no Jardim de infância; G - Crianças brincando no Jardim de infância H Brinquedos de materiais naturais; I- Pintura na porta de uma das salas;
J - Brincadeira na sala do Jardim de Infância; K - Outro espaço para os brinquedos Jardim de Infância; L - Local de guardar as pantufas M - Banheiro com banquinho para as crianças se lavarem sozinhas; N - Cozinho da sala do Maternal; N - Sala do Maternal; O - Corda de slackline; O - Arvore para as crianças subirem; P - Caixa de areia; Q - Escorregador; R - Tecido acrobático para as crianças brincarem; R - Brinquedo de subir; S - Composteira; T - Frente da casa da Associação; T - área livre e verde para as crianças brincarem; U - Feira dos pais na sexta-feira; V - Estacionamento;
J
K
L
M
N
N
O
O
P
Q
R
R
16
0 1 2 3m
A M
S
T
T
U
K
B
C D
L
J I
E
H
Visita orientada:
F
As aulas começam as 8h da manhã. As crianças chegam aos poucos trazidas pelos pais. A professora chega um pouco antes para organizar a sala. Só há alguns pinceis que ficaram secando do dia anterior. (fig 6.3)
Fig. 6.3 Professora Kênia organiza a sala para o início das atividades do dia. Fonte própria.
B 17
G
Fig. 6 Planta esquemática da associação Caminhos das Águas. Em destaque a sala do jardim de infância.
*Lanz (1986) fala da importância dos alunos conhecerem e participarem de atividades como: “panificação, construção de casas, jardinagens” entre outras. Pois possibilita uma ampla visão sobre o mundo, “ Elas [essas atividades primarias] alargam o horizonte e enriquecem a formação do aluno” (LANZ, 1986, pág. 83). (capítulo 4.2 desse trabalho)
A professora começa a separa os utensílios (Fig. 6.4 e 6.5) para a primeira atividade do dia: preparar biscoitinhos com as crianças para o lanche da manhã*.
B **Os jardins de infância Waldorf busca trazer o clima de um lar. Opta-se por mesclar crianças de diferentes idades (de três a sete anos), tal como seria em uma casa com irmãos mais velhos e mais novos, onde os maiores são instigados a zelar pelos menores. (capítulo 4.2 desse trabalho)
C
Fig. 6.4 utensílios para a primeira atividade do dia. Fonte própria.
Fig. 6.5 A professora separa os ingredientes e limpa o espaço para. Fonte própria.
As crianças trazidas pelos pais e se aprontam par entrar na sala de aula. Do lado de fora da sala há um local para colocar os sapatos e mochilas (Fig. 6.6). Os pais não se demoram muito, alguns comentam alguma coisa dos filhos aos professores. As crianças parecem felizes em chegar a escola. A turma é composta por crianças entre 3 e 7 anos.** Fig. 6.6 Na varanda adjacente a sala há uma estante para as crianças deixarem suas coisas. Fonte própria.
D 18
A professora orienta as crianças a lavarem as mãos. Tudo é posto de um tom sugestivo e amoroso, a professora transmite uma autoridade plena e natural. Como o espaço é improvisado, não foi projetado para ser uma escola infantil, era um sítio, o banheiro, por exemplo, não é ergonômico para as crianças. Sendo, assim, é necessário um banquinho perto da pia paras as crianças conseguirem lavarem-se sozinhas (Fig. 6.7). O chão da sala é de madeira e há pantufas para manter os pés aquecidos. Da mesma forma que são orientados a lavarem as mãos, a professora os orientam a colocar as pantufas. Há um local próprio para as pantufas (Fig. 6.8), onde individualmente, cada criança as vestem.
M
Fig. 6.7 banquinho perto da pia paras as crianças.Fonte própria.
L
M
K
B
C D
L
J I
E
H
F G
Fig. 6.8 Local para guardar as pantufas das crianças. Fonte própria.
Hora da primeira atividade do dia: fazer o lanche da manhã. Na sala há duas mesas adequadas ao tamanho das crianças, um armário com os produtos, uma geladeira e uma bancada com uma pia, que ainda não está funcionando (fig. 6.9 e 6.10). Todos, de mãos lavadas, sentam-se a mesa para fazerem os biscoitos. Alguns recebem tarefas outros preferem observar. São atividades simples, mas que ajudam no desenvolvimento das habilidades motoras: picar as bananas, amassa-las, adicionarem os ingredientes 19
0 1 2 3m
A
Fig. 6 Planta esquemática da associação Caminhos das Águas. Em destaque a sala do jardim de infância.
*Na fase pré-escolar o ideal seria que as crianças tivessem um convívio maior com seu familiares e comunidade vizinha, além do contato com a natureza. Entretanto diante da sociedade capitalista contemporânea esse convívio é relegado. [...] Em medida paliativa o jardim de infância é posto afim de suprir essa necessidade e garantir o desenvolvimento normal e saudável das crianças. Tem o objetivo, segundo Lanz (1986) “de criar para as crianças o lar que não têm mais em casa” (LANZ, 1986, pág. 95). (capítulo 4.2 desse trabalho) A inserção da cozinha dentro da sala remete ao lar e aproximas os pequenos dos processos produtivos.
B
C
Fig. 6.9 Espaço da sala que simula uma cozinha com armário. Fonte própria.
Fig. 6.10 Nesses espaço também há uma geladeira e bancada com uma pia. Fonte própria
As crianças sentem-se responsáveis e tem o conhecimento da produção. São postas a participar da atividade. Vão contra o sistema capitalista que nos alienam dos processos. Elas fazem a atividade concentrada, conversão sobre o que estão fazendo. Uma das crianças, estimulada pela atividade, fala que quer ser confeiteira quando crescer. Esse tipo de atividade é muito rica, pois desenvolve as habilidades manuais das crianças, colocam como seres atuantes de sua comunidade, ensinam sobre o processo e estimula a criatividade. Na hora de moldar os biscoitos, algumas crianças preferem ir brincar enquanto outras continuam a atividade. 20
A professora leva os biscoitos ao forno, que fica na cozinha próxima a sala (fig. 6.11). Por ser uma casa que foi adaptada para a Associação, falta algumas coisas para estar adequada a proposta de uma escola Waldorf*. “O ideal”, comenta a professora, “seria a cozinha na sala, para crianças verem todo o processo e sentirem o cheiro. Com uma bancada para trabalhar de frente para as crianças”. Comenta, ”quando é sopa tem um fogãozinho para cozinhar na sala”.
A
Fig. 6.11 Cozinha próxima a sala do jardim de infância
A sala do maternal, mesmo não construído para esse fim, apresenta uma cozinha (Fig. 6.12). Outras coisas foram adaptadas no espaço: colocação do piso de madeira e fechamento da área (Fig.6.12), ambos feitos por um dos pais associados.
0 1 2 3m
A M
K
B
C D
L
J I
E
H
F G
Fig. 6 Planta esquemática da associação Caminhos das Águas. Em destaque a sala do jardim de infância.
Fig. 6.12 Cozinha sala do maternal
Fig. 6.13 Fechamento da sala feito em madeira
21
Na hora de brincar as crianças se dividiram em dois grupos. Um deles formado por dois meninos que fazem sua casinha em cima da mesa. (fig. 6.14) O outro grupo maior, formado pelo restante da turma – 5 crianças, brincam em outro espaço da sala. Fazem uma casinha, restaurante e uns imitam bichos. É perceptível a intensa imaginação dos pequenos. (fig. 6.15)
J
G
Fig. 6.14 Alunos do jardim de infância brincam. Fonte própria.
Fig. 6.15 Outro grupo brinca na outra parte da sala. Fonte própria
Há um pequeno desentendimento entre os alunos, uma das crianças do grupo maior quer pegar a mesa onde é a casa do outro grupo. A professora é chamada e intervém de forma calma. Pergunta para a criança que quer pegar a mesa o que está acontecendo. A tutora explica que aquela mesa é casa dos meninos, e indica que ela pode pegar a outra mesa. Pergunta, também, para o menino que chora ao ter a casa ameaçada se ele precisa de algo e explica que já está tudo resolvido. Duas das meninas do grupo maior ao carrega a mesa dizem que conseguem fazer sozinhas. É bem perceptível a autonomia das crianças e autoconfiança, sentem-se capazes. As professoras estimulam isso ao deixarem lavar as mãos sozinhas e ao indicarem uma possível solução. 22
A professora senta-se próxima das crianças, observando-as e arrumando alguns materiais. Próximo da hora do lanche as crianças são estimuladas a guardarem os brinquedos. Isso é feito de forma lúdica. A professora começa a cantar uma canção que fala sobre dobrar os panos e colocar as coisas no lugar. Ao mesmo tempo que canta, ela começa a ajudar as crianças e a arrumação acontece com naturalidade ( fig. 6.16, 6.17 e 6.18). Enquanto os pequenos terminam a tarefa a professora arruma a mesa para o lanche. Ao fim da arrumação as crianças são introduzidas à acalmaria, o brincar onde elas estavam agitadas vai tomando lugar para a concentração da refeição. A professora diminui a luz na sala e fala sobre estrelas que iluminam o local. Todos em roda coreografam e contam uma história juntos com a professora. Falam sobre uma menina a procura de luz para acender sua lamparina. Ela atravessa a floresta, encontra alguns animais, depois passa na casa de um sapateiro e uma K rendeira. No fim da história sua lamparina é acessa pelo sol e Fig. 6.16 A sala arrumada pelos próprios alunos, ela distribui essa luz a todos os se tornam responsáveis e participativos. Canto com alguns brinquedos de tecido. Fonte própria personagens da história. 23
0 1 2 3m
A M
K
B
C D
L
J I
E
H
F G
Fig. 6 Planta esquemática da associação Caminhos das Águas. Em destaque a sala do jardim de infância.
*O jardim de infância deve ser uma ambiente seguro e acolhedor para as crianças. Presa-se por uso de matérias naturais como madeira, tecidos e pedras. Assim a criança “adquiri confiança no mundo: cada objeto, pelo seu material, deve ser o que parece ser”. (LANZ, 1986, pág. 97). Em oposição o uso de matérias artificias, sintéticos como plástico mostram, subjetivamente, para as crianças que o mundo é falso, “pseudovalores”. capítulo 4.2 desse trabalho) **Assim como um lar, as crianças são recrutadas a realizar pequenas obrigações. [...] Isso dá autonomia as crianças e a insere como membro atuante na sua comunidade, em vez de assistir passivamente o tutor realiza as atividades, elas o imitam. (capítulo 4.2 desse trabalho)
***O espaço externo deve simular a natureza, grande área verde, com vegetação e “pequenos obstáculos, morros, arvores, brinquedos, gangorras” (LANZ, 1986, pág. 95). (capítulo 4.2 desse trabalho)
H Fig. 6.17 Sexto com peças de madeiras são brinquedos simples e estimulam a criatividade. Fonte própria
Na mesa posta para o lanche há uma lamparina acessa que tem o F desenho de uma menina. Cada um Fig. 6.18 Brinquedos do jardim de infância. senta em seu lugar. Os pratinhos com Fonte própria os biscoitos quentinhos são distribuídos, recebem um copo de suco natural feito pela professora e a sobremesa são frutas. Os utensílios são de metal, nada de plástico*. Todos comem sentados cada um no seu lugar, alguns concentrados na sua comida e outros mais falantes. Após a refeição alguns recebem pequenas tarefas**: apagar a vela, dobrar a toalha de mesa, juntar os utensílios e jogar o lixo orgânico na composteira (fig. 6.19). Nessa idade, 3 a 7 anos, eles começam a receber Fig. 6.19 Composteira da associação pequenas obrigações. Caminhos das Águas. Fonte própria 24
Depois é a hora de brincar do lado de fora, e encontram a turma do maternal. O local possui uma grande área verde***, ondem podem correr livremente (fig. 6.20). Há uma caixa de areia (fig. 6.21), algumas arvores, em uma delas há uma corda de slackline (fig. 6.22), outros brinquedos de subir e um tecido para ginástica acrobática (fig. 6.23)
0 1 2 3m
A M
K
B
C D
L
J I
Fig. 6.20 As crianças brincam livremente Fig. 6.21 Caixa de areia do lado externo. Fonte própria do lado de fora. Fonte própria
E
H
F G
Fig. 6 Planta esquemática da associação Caminhos das Águas. Em destaque a sala do jardim de infância.
Fig. 6.22 Corda de skyline, para os Fig. 6.23 Brinquedos de escalar e tecido de pequenos trabalharem o equilíbrio. Fonte ginastica acrobática. Fonte própria própria.
25
Do lado de fora há algumas galochas e utensílios de jardinagem. Após brincarem ao ar livre todos ajudam a limpar os brinquedos (fig 6.24) e lavam suas mãos para poder entrar. Dentro da sala de aula a professora faz a última atividade do dia: uma roda para contar história. Enquanto isso os pais vão chegando e montando a feira de sexta (fig. 6.25). Trazem produtos feitos por eles para venderem ou trocarem entre si. Há um momento de interação entre os familiares antes de irem embora com Fig. 6.24 Brinquedos lavados após a suas crianças. brincadeira. Fonte própria..
Fig. 6.25 Feira montada pelos pais na saída da aula de sexta-feira. Fonte própria
26
Na Associação Caminhos das Águas tudo parece acontecer de forma fluida para as crianças: a chegada, as atividades, o brincar, organizar, comer, brincar de novo e ir em bora. O ambiente é calmo, harmonioso, traz leveza, é lindo de se ver um dia nesse espaço. Enche a alma de alegria e dá força para continuar acreditando em uma educação plena. Uma educação de corpo e alma, como é proposto por Steiner, uma educação que coloca a família atuante e colaborativa, uma educação preocupada com a ambiência, ema educação revolucionária.
27
7. Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Educação: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Resultados e Metas IDEB 2015. Disponível em: < http://ideb.inep.gov.br/resultado/ resultado/resultado.seam?cid=274718>. Acessado em: 3 de maio de 2017. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Infográficos: escolas, docentes e matrículas por nível. Divulgado em: 2015. Disponível em: < http://ibge.gov.br/cidadesat/painel/ educacao.php?lang=_ES&codmun=316250&search=minasgerais|sao-joao-del-rei|infograficos:-escolas-docentes-e-matriculaspor-nivel>. Acessado em: 3 de maio de 2017. BRASIL. MEC. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade. Disponível em :< http://pacto.mec.gov.br/o-pacto>. Acessado em: 28 de abril de 2017 COÊLHO, Ildeu Moreira. Qual o sentido da escola?. In: COÊLHO, I. M. (org.). Escritos sobre o sentido da escola. Campinas, SP, Mercado das Letras, 2012. ESCOLAS.INF.BR. Escolas pública e particulares de São João del Rei/MG. Data da publicação 2016. Disponível em:< http://www. escolas.inf.br/mg/sao-joao-del-rei>. Acessado em: 28 de abril de 2017.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo. SP. Autores Associados: Cortez, 1989.
Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 23ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. KOWALTOWSKI. Doris C. C.K.. Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino. São Paulo, SP, Oficina de Textos, 2011. LANZ, Rudolf. A Pedagogia Waldorf: caminho para um ensino mais humano. São Paulo, SP. Antroposófica. 1986. LEMANN. Fundação. Como está nossa Educação Básica? Dados e informações mostram os desafios educacionais no Brasil. Disponível em: < http://www.fundacaolemann.org.br/dia-da-educacao/?gclid=Cj0 KEQjwg47KBRDk7LSu4LTD8eEBEiQAO4O6r2KlQBAk2IE9vVE_Mr_ Ywk4PH4TtWSUghX9GpJBJKOsaAm2k8P8HAQ>. Acessado em: 4 de março de 2017. MASSCHELEIN, Jan. MAARTEN, Simons. Em defesa da escola: uma questão pública. Belo Horizonte, MG. Autentica Editora, 2013. MINAS GERAIS. Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais (CCE - MG): Resolução Nº 446 de 21 de Março de 2002. Disponível em: http://www.cee.mg.gov.br/index.php?option=com_ docman&task=doc_details&gid=140&Itemid=144. Acessado em: 17 de junho de 2017 28
PERREIRA, Lucia H. P. Ludicidade e Arte-Educação: tecendo Fios e CoresIn: PORTE, Écio Antônio (org.) Diálogos Sobre Ensino, Educação e Cultura. Rio de Janeiro, RJ. E-papers, 2006.
29