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1.2 estrutura shopping chão ]
projeto realizado com Gabriella Cardoso
Do Catete à Lapa, as calçadas são ocupadas por um comércio informal já há duas décadas: o Shopping Chão. Os comerciantes posicionam suas mercadorias, sobre pedaços de pano, permeando onde há um maior fluxo de passantes e vão se adaptando a morfologia de cada calçada e se espalhando pelos elementos urbanos ali presentes. Chamados também de garimpeiros, estes percorrem toda a cidade em busca de objetos que foram vistos como sem uso para certas pessoas e que podem vir a ser úteis para outras: suas mercadorias são das mais variadas e atendem diversos grupos sociais.
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Seguindo a Rua da Glória em direção à Lapa, chega-se no ponto final do percurso Shopping Chão: uma praça permeada de pequenos comércios e ocupada inteiramente pelo comércio informal. Esta é um local de passagem e de fluxo intenso, todos os dias o Shopping Chão se faz presente e ajuda na sua ativação. Visto a história de ocupação desse espaço urbano junto a história do Shopping Chão, este sítio se demonstrou o mais apto para receber o projeto.
Ocupa O Da Pra A Atual
Buscando formalizar o Shopping Chão e evidenciar o trabalho importante que os seus praticantes fazem para a cidade, uma estrutura fixa modular foi pensada para a praça, visando ser replicada para outros pontos que comércio ocupa. A partir das necessidades cotidianas dos comerciantes - uma base para expor suas mercadorias, um lugar para sentar protegidos do sol e um depósito -, da ocupação atual e das características do sítio, decks retangulares lineares permeiam o fluxo principal do local e são envolvidos por uma pórtico que suporta um per golado e bancos. O projeto se posiciona com os eixos da praça: é rebatido tanto no sentido longitudinal quanto no sentido transversal, sua simetria revela seu sistema modular que permite sua expansão e sua replicabilidade.
para que o mercadorias, decks perquanto replicabilidade.
Os decks foram pensados como uma base para dispor os garimpos e para os armazenar em sua parte interna no fim do expediente dos comerciantes. Ao todo, o projeto oferece 24 baús e, para acessá-los, é necessário desbloquear os cadeados posicionados nas tampas através do pagamento de um valor simbólico. A estrutura do baú foi pensada para isolar e proteger as mercadorias, seja da chuva ou seja de roubos, e para ser a mais prática possível em sua utilização no dia a dia.
A estrutura pode ser apropriada e vestida pelos garimpeiros a fim de comportar as suas necessidades, como hoje fazem pelas calçadas, pelas fachadas e pelas árvores da cidade. O deck cria um chão comum, quarenta centímetros acima da cota 0, separando o informal do formal e evidenciando o Shopping Chão como um comércio e uma prática cultural importante para a cidade.
A Estação Leopoldina é um edificio de extrema importância para a história do Rio de Janeiro desda década de 1920. Visto sua importância histórica e cultural, além de seu contexto urbano atual, a Estação Leopoldina foi o local escolhido para o Projeto de Revitalização do projeto 5.
O projeto compreende um terminal rodoviário, onde o edifício da Leopoldina oferece locais de descanso, espera e lazer, equipado com lanchonetes nas antigas plataformas e vagões e, espaços multiusos nos pavimentos superiores. Visto o grande terreno, neste foi projetado um grande parque alagado e uma área residencial, sempre visando articular com o entorno e as necessidades locais.