Hal lindsey satanás está vivo e ativo no planeta terra [agraphai]

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Hal Lindsey

autor rin A Ayuniado GiaikJu Pianola Teria

Umo Analise Profundo do Ação do Prindpo das Trevos Neste Mundo


ESTÁ VIVO E ATIVO NO PLANETA TERRA Hal Lindsey UMA ANÁLISE PROFUNDA DA AÇÃO DO PRÍNCIPE DAS TREVAS NESTE MUNDO

EB

EDITORA MUNDO CRISTÃO SÃO PAULO


Titulo do original em ingíés SATAN IS AL1VE AND WI LL ON FLANET EARTH Copyright © 1972 pela Zondervan Corporation, Grand Kapids, Michigan. E.U.A. Tradução de Luiz Aparecido Caruso 1? edição brasileira em janeiro de 1975 2? edição brasileira em fevereiro de 1979 3? edição brasileira em agosto de 1981 4? edição brasileira em selcmbro de 1985 5? edição brasileira em outubro de 1989 Impresso na Imprensa da Fé. São Paulo, SP. Publicado no Brasil com a devida autorização e com todos os direitos reservados pela ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO Caixa Postal 21.257. 04698 - São Paulo. S.F., Brasil


Introdução ........................................................................... Capítulo 1. O Que Está Acontecendo? ............................... Seluas Norte-americanas... A Era Satânica... Bolha, Ebulição e Transtorno... Por que Feiticeira?... Mudar a Forma de Meu Nariz... A Inglaterra Folgazã... As Vassouras Estão Fora... Confie em Hollywood... Con­ venções no Campus... Convenção de Bruxaria e Ma­ gia... Não se Pode Ser Sério... A Feiticeira Adoles­ cente Capitulo 2. Maré Perigosa Vinda do Outro Lado ............ As Experiências de A. Ford e J. Pike... Olhe Para Dentro, Anjo... Está nas Cartas de Taró... Nichiren Shoshu... Como se forma um Guru?... Cientologia... Cristão, o Espiritismo?... Passaporte para uma Excur­ são Psíquica .. Atividade Psíquica na Rússia... É tudo uma Brincadeira de Mau Gosto? Capitulo 3. Origem do Princípe Negro ............................ De Moisés ao Mito... Levanta-se a Cortina da Pré história... Lúcifer. o Perfeito... 0 Grande “Até” ...

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Cmco Formas Verbais no Futuro. Deus Não Fabrica Robôs... O Diabo Nasceu! Capítulo 4. 0 Dia “D" da Terra . . .. ............................ 45 Rodapé nas Areias do Tempo.. Pegadas nas Areias.. . A Corca da Criação de Deus... Nenhum Lugar para Esconder .. Encontrado o Paraíso. .. Rebelde Com uma Causa... Como Satanás Fez o Homem Cair?.. 0 Plantador de Veneno.. Arsênico na Raça 0 Homem: Submetido à Contagem... Deus Entra na Arena... Apenas Pensando... De Olhos Vendados por Satanás... Agora — Agora Mesmo Capítulo 5. Guerra em Três Dimensões ............................ 59 Estratégia do Campo de Batalha A Armadilha da Carne... Obras da Carne e dos Demônios .. Apóstolos Atônitos... 0 Mundo... Começo do Sisteina Mundial... O Arquiarquiteto... O Que Caim Criou Alienação de Afeições... Satanás: Príncipe Desti Mundo... Príncipe da Potestade do Ar Deus Deste Século... Viajando Incógnito Capítulo 6. Bombas de Pensamento ................................... 7fi Bomba N.° Um: Kant Bomba N.° Dois: Hegel. . Bomba N.° Três: Kierkegaard. . Bomba N.° Quatro: Marx... Bomba N.° Cinco; Darwin... Bomba N.° Seis: Freud... Frutos de Freud... Evolução para a Revolu­ ção: Lenine... Demônios na Linha de Frente... As Coisas Profundas de Satanás Capítulo 7. Manipuladores da Mente ............................... 89 0 Mergulho de Skinner... Jamais se Curve .. Resul­ tado Radical na Educação... Treinar — no Caminho em que Ele Deve Andar. Manipuladores da Mente — na Arte... Música — para as Massas... Veneno na Pipo­ ca...O Olho em Nossa Sala de Estar. . Um Só Sistema Econômico Mundial... Troco a Menos. . Pare o Mun, do. Eu Quero Descer... Qual n Comprimento de Onda Que Você Sintoniza?.. Precisa-se de Um Novo Mundo Capítulo 8. Anjos de Luz ................................................... 103 Que há Sobre Jeane Dixon?... Encontro Marcado... A Sra. D. e a Salvação... A Sra. D. e a Fé... É ela uma Profetisa de Deus?... Adivinhação... Mágicos Cochichadores... O Teste de Um Verdadeiro Profeta... A Sra. D. e a Bíblia... Contradições na Bola de Cris­ tal... Para Enganar


Capitulo 9. Sinais e Maravilhas ...................................... 116 Profecia Acerca de Enganos... 0 Que é e Quem é um Falso Profeta?... No Poder de Satanás... Saber Dis­ cernir... Algumas Gotas Bastam... Maturidade Ime­ diata... Que há Sobre Falar em Línguas?... Afinal, o Que São “Línguas"?... 0 Verdadeiro Milagre... Pro­ pósito Original dos Dons... Os Dons de Sinal — Quais e Por Quê?... Ressurgimento de Línguas... Alguns Erros Sobre as Línguas... Deus Faz a Escolha. ... Mais Confusão Ainda... Por Que Falar em Línguas Hoje?... Resumindo Tudo... Investigação de Manifestações Capítulo 10. Diagnose da Possessão Demoníaca ............... 135 Poderes Psíquicos ou Ocultos... Magia.,. Necroman* cia... Acentuada Mudança na Inteligência... Satanás, Dàme Força... Depressão, Desânimo e Tendências Suicidas... Blasfêmia Obscena, Incontrolada... Mu­ dança Radical na Personalidade... Pode um Crente Ficar Possuído pelo Demônio?... Exorcistas. Contraste com Cristo .. Que Aconteceu à Proeminente Jovem na Conferência? Capítulo 11. Doutrinas de Demônios................................... 150 Por Que ns Reavivamentos Malogram?... Por Que Pecamos?... Psicologia ao Contrário... A Lei Não é a Culpada. . Os Dez Mandamentos... O Sermão do Monte .. Injunções do Novo Testamento.. . Para Que o Pecador Pudesse Aumentar... A Lei é Nosso Aio... A Lei Fez Seu Trabalho. . Somos Culpados Também. A Solução... Não Ponha o Carro na Frente dos Bois... Como Deus Nos Fez Santos?... Lei e Graça se Excluem Mutuamente... Graça Maior do que Todos os Meus Pecados... Quais os Resultados?... Doutrina de Demô­ nios. O Julgamento da Verdade Capitulo 12. A Viagem da Culpa ...................................... 165 A Sindrome do Pecado... Satanás Nos Cega para a Cruz... O Advogado de Defesa do Crente... Deus Nãc Tira Desforra... Mas o Que Entender de... Satanás, o Velho Ambulante da Culpa... Retratos do Antigo Tes­ tamento... Satanás: Acusador Perante Deus e a Cons­ ciência... Deus Vê Todo o Desfile da Vida... Concor­ de com Deus... Alguém Tem de Pagar... Sem Dívi­ da... Pago Completamente... Licença para Servir . Na Família de Deus Capitulo 13. As Armas de Guerra ................................... 186 Seja Forte no Senhor.., Ele Pôs de Lado o Uso de Sua


Deidade. . A Tentação de Jesus... 0 Verdadeiro Pro­ pósito de Satanás... 0 Caminhar de Cristo, Nosso Exemplo... Enchei-vos do Espírito... Como Podemos Fazer Isto?... Apresentai Vossos Corpos a Ele . Sei Quem Detém 0 Futuro.. "Não Vos Conformeis com Este Século"... Andando no Espírito... Batismo do Espírito... Domínio de Satanás .. Provocando Curto Circuito no Poder de Deus... Examinemos a Arma dura... 0 Cinto... A Couraça... Calçados... Escu­ do... Capacete... Espada... Oração... Lista de Veri ficação Capitulo 14. Uma Nota de Triunfo ................................... 206 Miopia Espiritual... Aprendida a Lição de Pedro... Fé, a Chave... Que Quantidade é Suficiente?... Saiío da Fé... Mantenha Seus Olhos em Cristo... Triunfo nas Provações... É o Seu Deus Pequeno Demais?... Poder Versus Autoridade... Autoridade de Cristo... Crucificado... Poder de Ressurreição... Ascensão com Cristo... Reivindicando Nossos Direitos Legais. . O Maravilhoso Nome de Jesus Uma Palavra aos Sábios... Vivo e Muito Ativo... Apêndice. Batismo do Espírito Santo .............................. 220 A Natureza Transitória de Atos... União com Cristo... 224 Referências


Em memória de Kent Carlson, filho de meus prezados amigos Carole e Word Carlson. Kent, com dezoito anos de idade, morreu num desastre de aviação no dia em que se concluía este livro. Sua vida foi um tributo a um lar piedoso, onde lhe ensinaram o amor de Cristo, do próximo, e de sua pátria. A Terra está mais pobre, mas o Céu está mais rico por causa da entrada deste jovem maravilhoso.

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Faz alguns anos vi-me face a face com uma completa reviravolta na comunidade acadêmica. Uma mudança fora do comum atingiu a muitos que haviam negado qualquer crença no poder de um Deus sobrenatural. Os indiferentes, os escarnecedores, os orgulhosos agnósticos da Idade do Racionalismo começaram a voltar-se para outra forma do sobrenatural. Viram-se envolvidos com pesquisa psíquica, parapsicologia, percepção extra-sensorial, filosofias misticas e religiões orientais. Tem-se verificado, recentemente, um verdadeiro alvoroço em todas as formas do oculto! A feitiçaria e a adoração de Satanás espalharam-se por todos os campi universitários e pelas cidades. Nos Estados Unidos, país tido na conta de civilizado, as pessoas se acham envolvidas em ritos e rituais esquisitos. Este livro representa um esforço para definir um inimi­ go pessoal que governa nosso sistema mundial. Quer saiba­ mos ou não, ele também influencia toda forma de vida até certo ponto. Até há poucos anos, duvidava-se de sua própria


existência. Nossas igrejas o têm negado ou subestimado. Mas ele aqui está — vivo e fazendo das suas! Jan. minha esposa, e eu. jantavamos com o casal Carole e Ward Carlson, ela minha co-autora, quando pela primeira vez discutimos sobre este livro, Saíands Está Vivo. Um res­ taurante que dó vista para o Pacífico não parecia ser a cena adequada para o assunte ; o mundo e seus problemas estavam afastados demais. Todavia, senti-me compelido a adverti-los de que qualquer pessoa que se envolvesse neste projeto seria um alvo para o personagem central. Para todos nós era patente a realidade de nosso adver­ sário. Às vezes eu achava que seria melhor deixar toda a idéia de lado; contudo, cada vez que o progresso no preparo do manuscrito retardava, eu via nisso outro motivo para a urgência desta mensagem. Nunca estive, antes, sob tal ataque pessoal. Não era imaginação minha. Todos nós fazemos parte de um conflito invisível no mundo e dentro em nós mesmos. Nem por isso temos de levar vidas derrotadas, não mporta o que nos seja atirado. Consideremos o que se diz a respeito deste astuto perso­ nagem, Satanás. Não se pode ignorar ninguém que tenha dominado a História quanto ele tem dominado, especial­ mente nestes dias. Agir dessa maneira pode pôr em risco sua própria vida.

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UM 0 QUE ESTÁ ACONTECENDO? “Milhões de criaturas espirituais andam invisíveis pela Terra, tanto quando estamos acordados, como quando dormimos JOHN MILTON, Paraíso Perdido, a.D. 1667

Que mudança! Eu havia posto de lado meu costumeiro estilo de vida de ensinar entre a cultura jovem da Califór­ nia a fim de passar uns poucos dias tranquilos com minha esposa, Jan, e um grupo de profissionais numa conferência em Indiana. Não havia pressões. Um ritmo cômodo, uma oportunidade para recarregar as baterias. Se eu soybesse o que ia acontecer naquela atmosfera reservada, provavelmente eu teria voltado ao refúgio do Oeste maluco. Tivemos dois dias de preleções, dias que foram bastante tranquilos. Nada de sessões de censura depois da meia noite, nenhum chamado às 2h da madrugada porque alguém estivesse em crise, não havia emergências que não pudessem aguardar enquanto jantávamos. Sentíamo-nos perfeitamente à vontade. No último dia resolvemos tomar juntos o desjejum com algumas mulheres que tinham vindo à conferência. Uma delas havia atraído nossa atenção porque todos os dias usava uma saia axadrezada fora do comum. Todas as mulheres se

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0 que está Acontecendo? ro

vestiam na alta moda, mas esta era uma individualista extremada. Os comentários à mesa do café derivaram para profe­ cias, e a moça de saia escocesa deixou cair uma bomba na conversação quando disse: '‘Sempre fui capaz de investigar o futuro e prever o que vai acontecer” Engoli meu café num só trago e me fiz todo atenção. Comecei a questioná-la “Isto não é algo novo. Toda a minha vida tenho tido um dom de poder psíquico — acho que o herdei de minha mãe e de minha avó.” Até hoje tenho dificuldade em descrever a mudança que se operou na atmosfera. Olhei para ela mais atentamente e reconhecí que ela era uma mulher que tinha profundos problemas. Depois de havermos discutido alguns dos resultados desta capacidade psíquica, uma de suas amigas disse: “Sei que ela possui algo fora do comum. Ela me disse coisas a respeito de minha vida que possivelmente não poderia tê-las conhecido por meios naturais”. A mulher psíquica acrescentou, sem qualquer desejo de vangloriar-se: "Sempre acreditei que este poder vem de Deus”. Sem que realmente me desse tempo para pensar, fui logo dizendo: “Isto não é de Deus. E se você não rejeitar este poder, ele a destruirá”. Todos à mesa ficaram de olhos arregalados. Quase fiquei sufocado, mas assim que eu disse, verifiquei que estava certo. Vinha havendo um senso crescente de inquietação (isso é dizer menos do que a realidade — era uma sensação da presença do mal) desde o instante em que a mulher mencionara sua capacidade psíquica. Depois notei que ela usava um anel fora do comum. Identifiquei a cabeça do carneiro com os seios de mulher, o símbolo geralmente usado pelos cultuadores de Satanás. O grupo se desfez imediatamente — se por embaraço em face de minha rudeza ou como escusa para ir às reuniões matutinas, isso não sei. Contudo, nossa amiga da saia axadrezada ficou, eviden­ temente, desejando ouvir o que mais eu tinha a dizer. Como início de conversa, perguntei-lhe acerca do anel, e ela me disse que sentia uma atração por artefatos desse tipo desde a infância e que possuía muitos desses artigos, cujo valor ascendia a algemas centenas de dólares. Ela não parecia estar cônscia do significado satânico de tais objetos.


Satanás' está Vivo e Ativo no Planeta Terra

Era uma manhã ciara de sol, no entanto eu sentia uma opressão misteriosa ao redor de nós. Falamos sobre sua vida, e ela começou a confidenciar que estava tendo algumas preocupações pessoais muito sérias. Disse-me que o marido a deixara recentemente; quando lhe perguntei se ela sabia o motivo, começou a revelar algumas coisas misteriosas. Em anos recentes, disse, ela tinha momentos de depres­ são quando preferia ficar sozinha em sua casa, às escuras. Disse que “um espirito" começou a vir-lhe à noite, tentando possuir totalmente o seu ser. Umas duas vezes ela entrou em convulsões, Começou a beber demais. A vida se lhe tornou inquieta e desorientada, e no meio de tudo isto o marido se foi. Enquanto eu falava com ela. um inexplicável senso de medo começou a atormentar-me. Eu queria correr e esque­ cer tudo isto. Não porque a mulher fosse má; era algo extra-sensório, uma espécie de presença espiritual depri­ mente. Eu sabia, conforme percebi desde o começo, mas não queria admiti-lo, que eu estava lidando com algo que até este momento constituira apenas uma doutrina aprendida na faculdade de teologia. Sabia o que a Biblia tinha a dizer a respeito de tais manifestações, mas nunca tive de lidar com alguém que estivesse sob a influência de um espírito mau. O que aconteceu nas horas seguintes foi uma experiên­ cia surpreendente, e sobre isto lhe contarei mais. no decur so deste livro. A esta altura basta dizer que testemunhei um milagre! Esta mulher foi libertada de um espírito mau. Não na África, não nas regiões distantes do Amazonas, mas à luz do sol de um campus de faculdade norte-americana. Este incidente despertou-me para o muito divulgado fenômeno do oculto. Fiquei alarmado, porque o aumento em astrologia, percepção extra sensorial, feitiçaria, magia negra, adivinhação e culto de Satanás, que se podia esperar entre a juventude da Costa Ocidental, era evidente em outros lugares. A influência do oculto tinha entrado mais profundo na vida norte-americana do que eu havia imaginado. SELVAS NORTE-AMERICANAS A epidemia das drogas foi o alarma que soou na metade e no final da década de 1960 por parte das autoridades incumbidas de fazer cumprir a lei. As estatísticas subiam a um nível assustador e realista; homens compassivos como o Comandante Bob Vernon, da força policial de Los Angeles.

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O que está Acontecendo?

observavam os resultados repugnantes nas vidas dos jovens. A enfermidade começou em grande parte no Oeste e imedia­ tamente se espalhou de costa a costa. Uma entrevista com o Comandante Vernon, no começo da década de 1970, revelou uma cena em mudança, uma nova irrupção. Desta vez a infecção era bizarra. Alguns dos . fatos que ele relatou estavam acontecendo bem à nossa porta. Enquanto estávamos no escritório do Comandante Vernon. ouvindo os incríveis relatos que ele nos apresentava, verifi­ camos que nossas constituições à prova de choque se esta­ vam desmoronando. Na ocasião em que este livro for publicado, esses rela­ tos podem ter-se tornado tão corriqueiros que a maior parte de nós terá formado atitudes a ponto de não mais nos surpreendermos por qualquer coisa. Gostaria de citar trechos da entrevista, textual, sem comentários. Deixo ao leitor a tarefa de acrescentar os pontos de exclamação. “O senhor vê indícios de feitiçaria ou cultos satânicos na região de Los Angeles?" “Sim, e eles estão crescendo dia a dia. Temos encon' trado evidência de animais, na maioria cães. que foram esfolados e deles extraído todo o sangue. Descobrimos, por conversa com alguns dos membros do culto, que o sangue é colocado em caldeirões, misturado com LSD, e depois usado como bebida durante seus ritos ou cerimônias." "Quais são alguns dos casos reais de culto de Satanás e desses sacrifícios de sangue?" “Não faz muito tempo uma mulher nos chamou e disse que tinha visto um furgão parar na praia e alguns dos ocupantes tirarem uma caixa e a enterrarem na areia. Ela pensou que eles estavam tentando desfazer-se de um bebè. Chegamos ao local da cena e descobrimos que a caixa continha os restos de um animal que, evidentemente, havia sido esfolado. Também deparamos com um caso onde uma parte da cerimônia exigia tirar a pele de um cão sem matá-lo. Era um trabalho cuidadoso e um dos mais deploráveis quadros que já vimos.” "Onde se localizam alguns desses cultos?" "Muitos vivem em comunas. Nosso esquadrão metropo­ litano fez uma incursão num canyon aqui por perto, onde eles tiveram de baixar cordas, a fim de puxar para cima os ocupantes. Estavam vivendo na mais primitiva forma que se pode imaginar — apenas a uma curta distância de uma


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das mais opulentas vizinhanças no pais — entregando-se a atos de desvio sexual, cerimônias pagãs e ritos que desafiam a imaginação.” "Está o culto de Satanás vinculado a cenas de drogas?" “É uma parte dessas cenas. Contudo, alguns desses procedimentos têm pouca ou nenhuma relação com o uso de drogas. Não faz muito tempo, houve uma ‘bacanal’ numa praia de Santa Mônica. Fui até lá e fiquei chocado pela similaridade entre o que eu vi e o que eu conhecia dos ritos dos selvagens africanos. Havia cerca de quatrocentas pes­ soas, tão juntas umas às outras que formavam apenas uma grande massa que oscilava ao bater de tambores e de uma música esquisita. Embora fosse o começo da tarde e tivés­ semos encontrado pouca evidência de droga, logo eles come­ çaram a ficar com os olhos vidrados — transportados, por assim dizer, para um outro mundo. Alguns deles começaram a despir-se. Alguns começaram a entregar-se a atos sexuais, alheios aos que estavam ao redor deles. Observamos que a maioria deles usava amuletos em torno do pescoço. Acre­ ditavam no mundo dos espiritos e estavam prontos a dizer que o diabo lhes era muito real.” "Há líderes nesses grupos de satanistas ou adoradores do diabo?" ‘‘Geralmente. Tivemos um muito estranho em nosso posto, não faz muito tempo. Disse que seu nome era ‘Om’ e que ele era Deus. Ele tinha adeptos que acreditavam que o único meio de adorar era mediante aberrações sexuais, e eles praticavam todas elas. ‘Om' tem um grupo de segui­ dores tão pervertidos que é impossível descrever. Pergun­ tamos-lhe qual a sua idade, e ele respondeu: 'Antes que o mundo existisse, eu sou.' Insistimos com ele quanto à sua idade, e ele respondeu: ‘Pela ilusão do tempo, o modo como vocês, mortais, o consideram, tenho trinta e dois anos’.” "O senhor falou sobre sacrifícios de sangue de animais. Alguma vez encontrou evidências de sacrifícios humanos?" “Um patrulheiro rodoviário prendeu um homem do qual se dizia ter matado outro homem e comido seu coração. Quando o oficial deu uma busca nele, encontrou articulações de dedo humano no bolso do suspeito. Ele fazia parte de um culto satânico.” “O senhor tem alguma explicação para a tendência no sentido da feitiçaria, do satanismo e de alguns desses outros cultos bizarros?” “Em primeiro lugar, sei que há uma fome espiritual entre o povo em nossos dias. Grande parte do povo tem ido à igreja e não tem encontrado resposta para essa fome.

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O que está Acontecendo?

Então surge alguém e lhes oferece um sentido de pertencer, um sentido de ser amado por um grupo, e eles se deixam levar por esse sentimento. Há outros motivos, é claro, mas o anseio de aceitação e de um lugar no mundo é o que vejo como parte muito importante da direção insana que muitos estão tomando para o sobrenatural.” O Comandante Vernon não é um simplório. Ele relata o fato conforme o vê.

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A ERA SATÂNICA Estamos nós numa nova era de Satanás? Muitas pes­ soas ficariam revoltadas pelas assim chamadas igrejas que abertamente adoram Satanás. O mais amplamente anun­ ciado estabelecimento deste tipo é a Primeira Igreja de Satanás, em San Francisco, chefiada por Anton LaVey. o Sumo Sacerdote. LaVey, calvo, de olhos estreitos, foi citado como autor desta declaração: “A Era Satânica começou em 1966. É quando Deus foi proclamado morto, a Liga da Liberdade Sexual adquiriu proeminência, e os hippies surgiram como uma cultura de sexo livre”. (1) Os cultos satânicos estão se expandindo em todas as grandes cidades dos Estados Unidos. “Temos recebido rela­ tórios de outras cidades da Califórnia, os quais mostram a existência de três grupos satanistas em Berkeley, dois deles comunas, um em Big Sur, um em Venice, cinco em San Francisco, e um em San Diego. O número de círculos sata­ nistas que se reúnem no Condado de Los Angeles é inde­ terminado.” (2) Algumas das igrejas de Satanás estão atrevidamente abertas, como o estabelecimento de LaVey, uma imponente residência de estilo vitoriano, de três pavimentos, enquanto outras são camufladas por lojas na frente ou salões de reunião. Na Europa as missas satânicas se realizam em igrejas e mosteiros em ruínas, mas não devemos deixar-nos enganar por castelos rangedores ou figuras imaginárias em quartos mofados. O satanismo não é simplesmente um fenômeno do Velho Mundo. Diz Arthur Lyon: “O satanismo não só está presente na Europa, mas também nos Estados Unidos. Na verdade, pro­ vavelmente os Estados Unidos abriguem os grupos de sata­ nistas de mais rápido crescimento e mais altamente organizados do mundo”. (3)


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Nas '‘igrejas" envolvidas no culLo de Satanás os ritos são o contrário daqueles de uma igreja cristã. Acentua-se toda profanação do Cristianismo, desde a cruz de cabeça para baixo até o flagrante uso do sexo e de estímulos sexuais. Em Hollywood, o altar era um tanque de vidro cheio de formaldeido. contendo o corpo de um bebê morto. Lyons relatou que o "sumo sacerdote" tinha um efeito hipnótico sobre uma garota adolescente. O ritual em que ela se tornou envolvida era tão aviltante que ele não podia descrevê-lo. Vem-nos à mente o sórdido espetáculo das meninas que foram hipnotizadas por Charles Manson. Numa entrevista pessoal com um antigo membro da familia de Manson, des­ cobri que eles consentiam em todos os tipos de satanismo e feitiçaria. Havia estórias de ser ele transportado fisica­ mente de uma extremidade do rancho Spahn para a outra. A experiência sexual de grupo, uma indulgência de algumas convenções de feiticeira, era comumente praticada pelo culto de Manson. A inversão torcida do Cristianismo era eviden­ te. Manson era chamado "Deus", "Jesus", e "Satanás" por seus seguidores. Depois da condenação de Manson pelos sete assassinatos de Tate-LaBianca, cinco membros de sua "família", moças com as cabeças raspadas para provar sua lealdade ao líder, lideraram uma passeata através de Hollywood, de joelhos, "em testemunho da segunda vinda de Manson". (4) BOLHA, EBULIÇÃO E TRANSTORNO Os passos que separam a feitiçaria e o satanismo são quase imperceptíveis. Suas histórias, seus ritos e seguido­ res se misturam.- As estatísticas das convenções de feiti­ ceiras apresentadas hoje estariam desatualizadas em um mês. A revista Life relatou, em 1964: "É difícil avaliar os números, visto como nem todas as convenções são conhe­ cidas umas das outras, mas o interesse parece estar crescendo". (5) Sete anos mais tarde, um Ph.D. (Doutor em Filosofia) de Harvard escrevia: "É inegável que a crescente predi­ leção pelo misticismo se alastrou como uma verdadeira epidemia". (6) Na Suíça, um ex-sacerdote e sua amante foram acusa­ dos do assassinato de uma mulher dentre seus seguidores. Disseram que ela tinha sido sexual e fisicamente possuída pelo diabo. (7) . Na França, 60 mil feiticeiros estão embolsando 200 mi­ lhões de dólares por ano.


0 que está Acontecendo?

Em Frankfurt, Alemanha, relata-se de dezenas de mi­ lhares que acreditam em bruxas. (8) O bispo de Exeter disse que cresce o número de bretões que se voltam para a magia negra à medida que declina seu interesse na religião tradicional. (9) O chefe do departamento de Psicologia da Universidade do Pacífico, em Stockton, Califórnia, publicou um anúncio procurando uma mulher que se julgasse bruxa ou que tivesse poderes psíquicos fora do comum para assistir num curso sobre percepção extra-sensória. (10) “O Golden State* é a nova terra santa do satanismo, e seu dilúvio de assuntos ocultos dividiu-se em duas correntes principais, dois tipos de bruxas — as drogadas e as sem drogas.” (11) Uma estimativa diz que há quinhentas bruxas em Manhattan.(12) POR QUE FEITICEIRA? Louise Huebner, que alega ser a feiticeira oficial do Condado de Los Angeles, descreve o recente reavivamento da “Velha Religião”, como muitas vezes se chama a feitiça iia, e sua atração aos jovens nos seguintes termos: “Veja, a feitiçaria é uma religião participável. Não é uma religião aonde se vai a alguma parte e senta-se para ouvir um sermão. Todos ficamos envolvidos Isto atrai a pessoa jovem, porque ele ou ela está farta das religiões organizadas e reconhecidas. Eles querem ser ativos — tomar parte A feitiçaria lhes oferece exatamente tal oportunidade. A feitiçaria é. realmente, um retorno à natureza, uma adoração dos deuses naturais em oposição aos deuses de eromo e vidro que se encontram na sociedade. Estamos mais interessados em encontrar poderes dentro de nós mes­ mos, em ampliar nossas próprias mentes.” (13) No Condado de Orange, Califórnia, uma área conhecida por sua vida em família, Knott*s Berry Farm e Disnelándia, uma atraente bruxa dona de casa. Cassandra Salem (um nome ficticio), fez outra observação sobre a feitiçaria. “Toda a nossa religião se baseia no ciclo lunar, no culto da Lua. e realmente fomos os primeiros interessados em ecologia, sobre a qual se ouve falar muito neste momento. *

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Golden State, Estado Dourado, é o nome que os norte-americanos dão ao Estado da Califórnia. — N. do T.


Nós é que forçamos um retorno à natureza, e pode­ mos estar na trilha certa. Pelo menos a feitiçaria parece estar crescendo mais depressa no presente momento do que qualquer outra religião.” (14) MUDAR A FORMA DE MEU NARIZ Muitas feiticeiras estão seriamente preocupadas com relação à sua imagem. Elas deixam claro que há, de acordo com suas opiniões, boas feiticeiras. O Dr. Robert Ellwood, professor assistente de religião na Universidade de Califór­ nia do Sul, recentemente ministrou um curso sobre "Novas Religiões e Movimentos Filosóficos na Califórnia do Sul”. Disse ele que uma reunião à qual compareceu, de oito ou nove bruxas, mágicos e satanistas, "assumiu aspectos de uma reunião de igreja protestante” Ao descrever as bruxas ele comentou: "Elas se regozijam em ser feiticeiras e ser apontadas como tais, mas ao mesmo tempo expressaram preocupação entre si acerca de sua má ‘imagem’ por causa da publici­ dade em torno da família Manson, de um recente artigo na revista Esquire. e do filme o Bebê de Rosemary". (15)

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Satanás está Vivo e Ativo no Planeta Terra

A INGLATERRA FOLGAZÃ A preocupação de imagem entre as bruxas estende-se à Inglaterra, onde castelos mal-assombrados e acontecimen tos misteriosos há muito vêm representando uma parte um tanto romântica da lenda e da vida. Os turistas se deliciam se podem ficar numa casa mal-assombrada. As modernas bruxas inglesas são diferentes. Primeiro, elas insistem em dizer que têm uma religião vital e cres­ cente. De acordo com um relatório, há nada menos de 6 mil bruxas reunindo-se regularmenle em pequenos grupos por toda a Inglaterra (16) As bruxas da Inglaterra trabalham seriamente em sua religião. Elas se encontram regularmente e executam seus rituais à maneira de adoração, e não de execução mágica, como muitas nos Estados Unidos estão fazendo. As divin­ dades das bruxas são um deus Sol e uma deusa Lua. e se gundo um "sumo sacerdote”, que é uma dona de casa e administradora de um lar para velhos, "Nós feiticeiras so­ mos pessoas simples com crenças simples". Ela descreve candidamente o tipo de pessoas que fazem parte de suas convenções.


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“Somos apenas pessoas comuns que cuidamos de nossos próprios negócios. Somos razoavelmente inteligentes. Temos médicos, professores, empresários, fazendeiros, enfermeiras, gente de teatro, trabalhadores de escritório e donas de casa entre nós. A maior parte de nós tem estudado religiões comparadas. Não tentamos converter outros, mas na realidade encorajamos as pessoas que têm inclinação para nossa arte. Não aceitamos todos quantos desejam entrar.1' (17) Isto implicaria que a feitiçaria é um clube de crentes um tanto exclusivo. AS VASSOURAS ESTÃO FORA Quando hoje se menciona a feitiçaria em muitos círculos, algumas pessoas se tornam defensivas e dizem: “Real­ mente você não crê em bruxas, não é mesmo? Isso já pas sou com os julgamentos de Salem”. É verdade que qualquer estudo de feitiçaria revive cenas de uma inquisição medieval onde muitas vítimas inocentes foram farisaicamente julgadas em nome do “Cristianismo" ou da “Igreja". Contudo, esta não é a impressão que os devotos da bruxaria desejam dar-nos. É preciso que ela pareça excitante, sofisticada, convidativa ou. talvez, um pouquinho divertida. Ninguém é atraído por dentes caninos e grasnados estridentes. CONFIE EM HOLLYWOOD Fui introduzido num lugar engenhoso em Hollywood mediante um cartão de visita anunciando a “Loja do Feiti­ ceiro". A loja era atraente sob todos os aspectos, com uma atmosfera característica. Um corvo.com o predizivel nome de “Lúcifer” saudou-me, enquanto uma grande coruja com o igualmente apropriado nome de “Salomão" me olhava amorosamente de seu poleiro perto da porta. 0 dono da loja devia ter uns vinte e dois anos de idade: disse me ele que era bacharel em ciências políticas. Tinha um aspecto digno, sério e gentil. Alguns dos apetrechos costumeiros de feitiçaria eram visíveis: o caldeirão, os jarros contendo ervas especiais para os encantamentos, os vários tipos de incenso e velas. Havia dezenas de livros de instrução sobre feitiçaria, poções, encantamentos, astrologia, tarô e ocultismo. 0 anfitrião me


disse que alguns espíritos haviam estado ali umas poucas noites antes e que uma espada se desprendera subitamente da parede. Ele disse que isso provavelmente era trabalho de um poltergeist (um espirito que faz objetos sólidos mudarse de um lugar para o outro). CONVENÇÕES NO CAMPUS A feitiçaria espalhou-se tanto que a maioria dos ginásios e das faculdades tem suas próprias feiticeiras especiais Elas vivem nos dormitórios, vão às salas de aula. e além disso encontram-se em suas convenções. Uma convenção (coven) é um círculo de bruxas e bruxos composto de treze elementos. Os ritos, os rituais e a literatura sobre bruxaria são antigos e estabelecidos. No Bible Belt* do Médio-Oeste, numa faculdade para moças, conservadora em sua perspectiva e com elevada classificação acadêmica, o jornal da escola que era publi­ cado no início do semestre do outono continha um editorial que falava de uma estranha ocorrência. A gatunagem era, evidentemente, um grave problema na biblioteca da escola, porque estavam faltando quase 2 mil livros após o inventá­ rio levantado ao fim do verão. A parte do editorial que me chamou a atenção foi a informação de que todos os livros sobre feitiçaria tinham sido tirados completamente removi­ dos das prateleiras. No mesmo campus assisti a um programa de televisão realizado na própria estação da faculdade apresentando uma aluna que dizia ser bruxa. Era uma entrevista diabólica, deixando a audiência com a impressão de que isto não era algo que devéssemos tomar a sério. A bonita entrevistada disse: “Para ser bruxa eu tive de repetir o Pai Nosso de trás para diante, três vezes, en­ quanto olhava fixamente para uma vela". Quando lhe perguntaram sobre crenças cristãs, ela ficou totalmente animada, mas também na defensiva. “Nada tenho contra o Cristianismo — disse ela. — Vocês estão enganados se pensam que a feitiçaria é contra o Cris­ tianismo. Não é.“ Ela continuou e disse que havia uma “pirâmide" que deve ser subida gradualmente antes que se possa tornar bruxa. Que a pirâmide da bruxa envolvia fé, vontade e *

Bible Belt, Cinturão da Bíblia, é o nome que se dá, nos EUA, às regiões onde predominam os cristãos dogmáticos. — N. do T.

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imaginação. Todavia, ela não podia divulgar como tornar-se bruxa. 0 New York Times, ao comentar a cena realizada no campus, descreveu uma determinada universidade católica onde foi descoberta uma convenção de bruxos. 0 deão da instituição disse: "Realmente nos tornamos progressistas por estas bandas. Há uns duzentos anos nós os teríamos queimado num poste. Agora simplesmente enviamos todos eles aos psiquiatras'*. (18) CONVENÇÃO DE BRUXARIA E MAGIA Eu poderia ter-me inscrito na Convenção de Feitiçaria e Magia e ninguém acharia isso estranho. Ela se realizou rum dos apartamentos elegantes de um dos principais hotéis de Los Angeles. Os participantes eram um grupo da respei­ tável América com os sorrisos intencionais e os horários programados de qualquer convenção. A maioria deles está fazendo promoção de livros cômicos sobrenaturais ou arte­ fatos de ocultismo. A maior parte dos oradores era membro da indústria gráfica especializada na publicação de contos de mistério. Contudo, sob a superfície que aparentava negó­ cios estava uma corrente subterrânea que emergia depois de algumas reuniões. Então se fez o grande anúncio: Nick Nocerino (não é seu nome verdadeiro) ia falar; como um parapsicólogo que ensina ocultismo, ele era considerado um especialista no assunto. Ele anunciou que era mágico ("Não um bruxo, por favor Isso é uma perversão de minha arte".) e passou a descrever numa série de preleções algo sobre sua fascinante especialidade. Nocerino fazia diferença entre o que ele chamava "magia" (da qualele fazia parte) e "arte maligna", a qual ele denominava de perversão de sua arte. Ele cha­ mava a magia de religião e disse que dez anos antes ele não poderia encontrar cinco livros bons sobre o assunto, mas hoje ele sabe de, pelo menos, quinhentos livros que estão no mercado. Disse que as bruxas estão em toda parte. Há 10 milhões nos Estados Unidos, e cerca de duas mil em Los Angeles. Contudo, acrescentou ele em tom de se gredo: "O que se conhece publicamente acerca do número de bruxas é apenas o que tem de ser conhecido". Disse ele que nos últimos anos tem visto um jorro de "arte maligna" nas revistas do país, tais como Esquire e McCalVs, e "isso me espantou ... e eu tenho andado pelo mundo por um longo tempo". Ele achava que era um crime


o fatü de sua arte estar sendo pervertida pela má publici dade, Ele revelou que há bruxas por todo o mundo, porém na França, na Alemanha e na Inglaterra elas atuam aberta­ mente. Na Itália, disse ele, a feitiçaria é praticada em conjunção com a igreja, mas a igreja não admitirá o fato. “Há um movimento hoje — explicou o famoso mágico — para trazer a feitiçaria para o campo aberto como uma religião. "Muitas bruxas são muito ativas em suas igrejas - disse Nocerino — mas nenhuma bruxa diz: ‘Eu sou bruxa'. O es­ tigma é grande demais." Nocerino não associa a verdadeira magia, conforme ele a denomina, com os cultos satânicos. Ele explicou que as pessoas são selecionadas muito cuidadosamente para fazer parte de uma convenção de bruxas, e não é simplesmente qualquer um que queira ser bruxa ou mágico que é aceito.

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NAO SE PODE SER SÉRIO Muitos consideram a feitiçaria com o mesmo grau de divertida tolerância que concederam a engolir peixinho dou­ rado, trote de cabina de telefone, e outras manias. Os veículos noticiosos estão lhe dando uma aura de brincadeira inocente. Se uma bruxa que a si própria se proclama tal é loura e bem formada de corpo, eis ai um bom modelo. Um recente relato telegráfico publicado em um dos principais jornais da Costa Ocidental dizia de uma bela feiticeira que estava levantando fundos para combater os efeitos dos fil­ mes que representam as bruxas numa luz desfavorável. "Obtemos essa publicidade prejudicial dos filmes de baixa qualidade. As feiticeiras pretas são as más feiti­ ceiras que praticam macumba, em primeiro lugar. As feiti­ ceiras brancas são as boas velhinhas que lêem a palma de sua mão por dois dólares." Esta amável senhora é uma feiticeira cinzenta, diz ela, a qual não é nem boa nem má. (19) Para transmitir a mensagem ao público há álbuns de discos que explicam como fazer no que concerne à feitiça­ ria. Um deles tem um anúncio sedutor apresentando "A Bru­ xa Cinzenta", que lhe dirá o que você pode ganhar hoje praticando a bruxaria. "Ela apresentará você a bruxas e bruxos que lhe descre­ verão tudo. desde o aparecimento de um demônio até os problemas quotidianos da bruxaria numa sociedade moderna. Bárbara lhe dirá como desenvolver e praticar sua capaci­ dade de bruxaria mesmo que você seja apenas um mortal."


O que está Acontecendo?

A FEITICEIRA ADOLESCENTE Cheryl pode ter respondido a um anúncio sobre como ser feiticeira. Quem sabe7 Ela não me disse isso, mas enquan­ to estávamos assentados no soalho da casa de café criti­ cando suas experiências, ela me disse que estava com dezes seis anos — bem. quase dezesseis. Ela era muito bonita, falava suavemente, e tinha uma mente aguda. Cheryl havia percorrido o caminho das drogas desde os doze ou treze anos. Teve seus altos e baixos, viagens* más e viagens boas. A maioria de seus associados era de mais velhos, e à medida que ela os observava nos momentos quan do sua mente estava lúcida, ela resolveu que, a menos que ela se desligasse do grupo, ela ficaria mais viciada. Assim Cheryl tomou outro caminho. Tornou-se bruxa. A princípio ela fingia que era apenas brincadeira. Al­ guém comprou-lhe uma bola de cristal, e ela passava horas com os olhos fitos nela e interpretando as visões que via. Um dia ela disse a uma de suas amigas na escola que o pai de sua amiga ia morrer. Quando, dois dias mais tarde, ele teve uma morte inopinada, Cheryl pouco se entristeceu; ela era poderosa! “A princípio me chocou — disse ela — mas fiquei fasci nada com tal poder. Eu tinha algo que ninguém mais possuia! Eu estivera lendo um bocado sobre poções e canto­ chões, e eu sabia que tinha este poder sobre as pessoas. Eu podia queimar um buraco numa pessoa simplesmente olhando para ela.M Alguns anos antes eu podia ter ouvido Cheryl e pensar que ela era uma adolescente sagaz com uma imaginação viva. Agora não penso mais assim. “A história recente tem evidenciado de maneira bas­ tante terrífica que o endemoninhado jaz simplesmente sob a superfície, pronto para apanhar de surpresa os homens, com novas e mais horríveis manifestações.” (20) Feiticeiras e satanistas, espíritos e demônios têm vindo à superfície em nossa geração. Mas por debaixo está o caldeirão de cultos, reivindicando como suas vítimas o ingê nuo e o jovem. Quais serão as vítimas? E os vitoriosos?

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* Viagem, neste sentido, significa a sensação experimentada pela pessoa que esta sob o efeito de drogas, especialmente I-SD. — N. do T.


DOIS MARÉ PERIGOSA VINDA DO OUTRO LADO "Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte." PROVÉRBIOS 14:12

0 repórter de um jornal de Washington e um defunto escreveram um best seller sobre o “primeiro relato interno, de testemunha ocular do Além". Ruth Montgomery, antiga amiga e confidente de Jeane Dixon, e Arthur Ford, falecido espiritista e médium do fina­ do Bispo Pike que estabeleciam contacto com "o outro lado”, são os co-autores de um livro que se supõe responder às principais questões metafísicas e teológicas que têm impor­ tunado a humanidade desde o começo dos tempos. Ruth Montgomery assentava-se à sua máquina de escre­ ver em estado de transe e Ford transmitia mediante as pon­ tas dos dedos dela a informação acerca do que estava acon­ tecendo no além. Evidentemente, as personalidades famosas do mundo que já passaram estão envolvidas nos mesmos interesses que tinham na Terra. Robert Kennedy está ocupa­ do com o problema dos direitos civis. John F. Kennedy está pacificando no Oriente Médio. Churchill está discutindo polí­ tica mundial com Franklin Roosevelt.

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Arthur Ford diz (mediante a escrita automática de Montgomery) que no reino espiritual tudo é basicamente o mesmo que na Terra, exceto os padrões de pensamento que substituem a forma física. Ruth Montgomery explica por que eia acredita que Foi escolhida para escrever acerca da vida futura: “Acho que Arthur e os outros decidiram que, por causa de minha expe riência jornalística, eu seria a pessoa indicada para escre­ ver ... e é a Idade de Aquário, de modo que o tempo era favorável para revelações sobre o desconhecido*' (I)

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AS EXPERIÊNCIAS DE A. FORD E J. PIRE Em 1967 Arthur Ford, provavelmente o médium mais bem conhecido dos tempos atuais, entrou em transe público, lelevisado num programa com o Bispo James Pike. O envol vimento direto do Bispo com o espiritismo foi revelado ao povo por todo o país. O interesse no oculto recebeu um novo impulso pelo testemunho do Bispo, segundo o qual ele se havia comunicado com seu filho falecido. Jim. Ford deu crédito às revelações de Pike. A publicação do livro de Pike, The Other Side (O Outro Lado), popularizou o espiritismo. Por meio de sessões espí­ ritas, médiuns e outros fenômenos espiritistas, Pike alegou ter tido muitos tratos com o mundo dos espíritos. Ele acre­ ditava que era possivel a comunicação com os mortos e durante sua vida escreveu e prelecionou extensamente sobre este assunto. Agora Pike também está morto. Seu corpo foi encon­ trado em setembro de 1969, na área deserta nas cercanias do Mar Morto. Não tenho meios de saber o que o atraiu para aquela região desolada onde ele foi encontrar a morte. Um amigo meu, que esteve naquela vizinhança um mês depois do infausto acontecimento, interrogou alguns dos habitantes, e eles disseram que ninguém em seu juízo per­ feito teria ido para aquela remota região sem guias expe rimentados e informados. Supõe-se que Ford tenha visto Pike lutando pela vida no deserto. Provavelmente sim, porque Ford não era uma fraude! Se essa declaração o surpreende, espere um pouco até que tenhamos investigado juntos a surpreendente evidência. O Dr. Merrill Unger, renomado arqueólogo e teólogo, escreve: “O espirito humano possui, de fato, poderes miste­ riosos, mas o poder maior d)s espíritos demoníacos para ilu-


dir a humanidade é o perigo não reconhecido que cerca os parapsicólogos e espíritas1'. (2) Por outro lado. Hans Holzer, professor assistente de parapsicologia no Instituto de Tecnologia de Nova Iorque e autor de vinte e seis livros sobre fenômenos psíquicos, diz: “Os fenômenos psíquicos não prejudicam a ninguém. Na realidade, eles fazem bem para vocé. Eles ampliam a mente, ampliam seu senso de finalidade do homem". (3) Chris Pike, filho do finado Bispo Pike, não concordaria com Holzer. Pike, que fala cautelosamente de seu famoso pai, disse-me numa entrevista que enquanto praticava ioga e meditação ele tornou-se possuido por seres do espírito que quase lhe destruíram a vida. Ele denunciou esse modo de vida e hoje é uma testemunha do poder transformador de Jesus Cristo. Sua própria vida foi completamente mudada, e creio que em breve o mundo ouvirá falar desse jovem brilhante. OLHE PARA DENTRO, ANJO A meditação é muito importante. O presidente do Natio­ nal Center for the Exploration of Human Potential (Centro Nacional para a Exploração do Potencial Humano) disse: “Muitos jovens hoje estão engajados numa busca extensa dos significados e valores da vida. Estão se esforçando por fazer paz, amor e tranquilidade, parte de suas vidas diárias. Estão redescobrindo as dimensões espirituais de seu ser. Há um amplo interesse em meditação, e o Movimento de Meditação Transcendental tem, presentemente, 30 mil mem­ bros entre os universitários dos EUA" (4) Um estudo feito durante um período de três anos, de vinte e duas comunas nos Estados Unidos, mostra que os “relatórios de fenômenos psíquicos muito divulgados podem ser atribuídos aos estados alterados da consciência indu zidos por drogas, em alguns casos e por meditação tipo ioga, em outros". Esses estados mentais, segundo o Dr. Stanley Krippner, tendem a fazer que a pessoa se torne céptica com relação a Deus, duvide de qualquer conceito de vida após a morte, e se descarte de muitas crenças que pode ter tido antes de ha­ ver-se envolvido em meditação e fenômenos psíquicos. (5) ESTÁ NAS CARTAS DE TARÔ A antiga arte de ler cartas de tarô foi revivida em nosso tempo. Um especialista sobre o assunto diz que o tarô deriva


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das páginas do mais antigo livro do mundo, tendo origem no Egito num período em que floresciam a magia, a astro­ logia e outras ciências místicas. 0 objetivo é ler as cartas conformes elas caem em relação de uma com a outra, para resolver os problemas de uma pessoa ou ler seu futuro. Uma especialista que fez um grande estudo desse assunto e escreveu diversos livros populares sobre a arte de ler cartas de tarô aconselha seus leitores a “aprofundar se em meditação; descubra seu pró­ prio centro divino, e você entenderá por intuição direta aquilo que o tarô apenas sugere... Prepare-se para passar pelo belo portão do simbolismo que dá para o estrelado mundo além". (6) SupÕe-se que o tarô tenha seus “próprios poderes divi­ natórios e seu próprio conteúdo espiritual". 0 leitor, aquele que interpreta as cartas, está particularmente interessado na análise de seu caráter, seu futuro, e soluções de proble­ mas imediatos, quase como o quiromante ou adivinho. Acentua-se que “há também aqueles que avaliarão a ajuda oo tarô na meditação". (7) NICHIREN SHOSHV Essa seita budista começou há uns poucos anos, contando com a maioria de seus membros entre os treze e os vinte e nove anos. Nos últimos anos pessoas mais idosas entraram para o rol de membros. Uma reunião típica é um grupo representativo de norte-americanos, todos sentados forman­ do uma flor de loto, repetindo muitas vezes, em tom monó­ tono de cantochão, as mesmas palavras. Dizia um relatório que nos Estados Unidos havia 25 mil adeptos em 1965 e 200 mil em 1971. (8) Willie Davis, jogador de beisebol dos Dodgers de Los Angeles, está envolvido com a Nichiren Shoshu. Ele canta nessa forma de cantochão todo o tempo. Davis disse que ele faz a maioria de seu canto a um rolo (scroll) em casa com sua família, mas que ele “podia estar cantando todas as vezes durante o dia". “As pessoas se espantam quando você diz budismo — disse ele — porque imediatamente pensam tratar-se de algum tipo de feitiçaria. É uma filosofia, uma verdadeira filo­ sofia." (9) O dono de uma mercearia em Manhattan canta nas reuniões Nichiren porque, diz ele, “Me faz bem, é tranqüilizante. me faz acalmar... o culto Nichiren Shoshu é belo porque você participa. Enfrentemos o fato de que a igreja


perdeu. A igreja perdeu a maioria da minha geração e, eu diria. toda a geração seguinte". (10) As religiões orientais, com seus cantochões e meditações, estão florescendo em solo Ocidental.

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COMO SE FORMA UM GURU? Numa viagem que fiz proferindo palestras no Texas, fui convidado a aparecer num programa de televisão com Peter Max, o conhecido artista de música popular. Max, cuja maneira psicodélica nos veículos divulgadores de arte tem influenciado muitas das formas de arte da cultura jovem, contou-me que ele foi uma das primeiras pessoas a trazer gurus do Oriente para ensinar meditação, reencarnação e transcendentalismo. Os animadores de programas têm sido líderes nesse movimento, buscando o conselho de "homens santos" e inclusive fazendo peregrinações à Índia a fim de consultar o que ela tem de melhor no momento com referência a guru. Ao longo das alamedas banhadas de sol, onde estão as lojas de nossas cidades da Califórnia, está outra seita oriunda das religiões orientais, chamada Hare Krishna. De mistura com os cabelos compridos de sua própria gera­ ção, as cabeças raspadas e os longos mantos amarelos desse grupo apresentam agudos contrastes. Os devotos de Krishna aproximam-se de qualquer um que hesita em seu andar e tentam vender-lhe sua revista. Eles cantam, dançam, cantochonam, aparentemente imunes a qualquer crítica ou senso de ridículo. Los Angeles é o lugar ideal para gurus em excursão. Lm guru de treze anos vindo da índia em visita enviou material de publicidade carimbado com os dizeres "Alta­ mente Sagrado", material esse que descrevia a juventude como "capacitada a comunicar a imperecível palavra de Deus a todos os aspirantes sinceros que buscam per­ feita tranqüilidade da mente mediante introspecção espi­ ritual". (11) Foi relatado que milhões creem que o "mais jovem guru do mundo” é o novo filho de Deus. Ele viaja de avião a jato como o "Senhor do Céu", trazendo o que ele diz serem as mensagens de esperança e sabedoria às almas turbadas. Alguns de seus devotos que vão adorá-lo dizem que são salvos em sua presença. McCandlish Phillips, do New York Times, escreveu: "Demônios do Oriente estão vindo para os Estados Unidos trazendo, agora, consigo os ensinos religiosos e as artes


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ocultas com os quais de longo tempo eles têm, lá. enganado as pessoas". (12) As religiões do Oriente podem parecer alheias ao estilo de vida de muitos norte-americanos, mas outros cultos são aceitáveis na sua insistência por auto-aperfeiçoamento e cumprimento. CIENTOLOGÍA A maioria dos cultos tem uma vigorosa imagem do fun­ dador. L. Ron Hubbard, o homem que inventou a cientologia, é praticamente cultuado como sendo uma força indestrutível. Ele é um líder autoritário, possuído de um zelo missionário para divulgar a palavra de seus descobrimentos. A lite­ ratura do culto declara que: "Em 1950, um só homem, um só livro, provocaram a centelha que se tornou uma estrela para toda a humanidade". (13) Com inexcedívél modéstia, outra publicação da ciento­ logia afirma que Hubbard é o autor do livro Dianetics, The Modem Science of Mental Health (Dianética, a Ciência Mo­ derna da Saúde Mental), o qual tem feito mais do que qual­ quer outro livro para mudar o destino da humanidade. (14) A cientologia alega ser ao mesmo tempo uma religião e uma ciência. Ela cunhou seu próprio vocabulário, que é esquisito aos não-iniciados. Eles têm cursos de "dianética", "processamento de poder", e passos a seguir para alcançar sua meta de "Sinal Verde". A cientologia alega: "Estamos evoluindo o homem para um estado mais elevado". (15) O rol de seus membros e novos centros estão aumen­ tando em uma taxa espantosa. O ardoroso jovem com o qual falei em um dos centros disse que a cientologia tem duplicado cada seis meses desde 1966. Quando lhe perguntei como explicava esse surpreendente crescimento, ele disse simplesmente: "Funciona". Um articulista da revista Life percorreu alguns dos passos recomendados pelo culto e chegou a algumas con­ clusões pessoais. Escreveu ele: "A cientologia é assusta­ dora — por causa de seu tamanho e crescimento, e por causa das técnicas potencialmente desastrosas de que tão casualmente ela faz uso”. (16) O jovem escritor disse: "Tenho de agradecer a Hubbard pela verdadeira vida de pesadelo que roeu as relações de minha família e me sobrecarregou com um peso do qual ainda não pude livrar me". (17)


CRISTÃO, 0 ESPIRITISMO? 0 espiritismo encontrou lugar em muitas igrejas. Uma denominação espiritista chamada a Igreja Universal do Mestre teve seu inicio em 1966 e agora tem 125 igrejas ativas. Na lista telefônica de Los Angeles há oito congregações arroladas. (18) Raphael Gasson. ex-membro de uma igreja espiritista e médium, escreve: “Muitas pessoas não estão cônscias do desafio que o espiritismo apresenta à verdadeira Igreja de Deus, e deviam ser advertidas a não tratar tão levianamènte aquilo que é uma das ilusões diabólicas que Satanás Tsta usando. Muitos têm sofrido grandemente porque come1 çaram investigando essa coisa e finalmente foram levados à confusão mental quando tentaram livrar-se dela". (195 Dm amigo meu, jovem banqueiro bem sucedido, viu-se envolvido numa igreja espiritista que faz muita propaganda — os rosa-cruzes. Ele viu o mal no movimento, mas pensou que havia bem suficiente para compensar alguns de seus aspectos mais desagradáveis. Essa linha especial de pensamento se chama “Metafísica Cristã". Enquanto estávamos num restaurante brilhante­ mente iluminado, tomando uma refeição informal, o jovem gerente me falou de alguns dos estranhos acontecimentos nesse movimento. Falou de auras circundando os corpos dos participantes, de homens e mulheres controlados por espirito. Para qualquer pessoa que uma vez se tenha apro fundado no oculto, é difícil, se não perigoso, que ele fale de suas experiências. Reviver o passado envolve descon­ forto desnecessário, e por esse motivo fi-lo parar com o relato de suas experiências quando ele ficou definitivamente desassossegado. PASSAPORTE PARA UMA EXCURSÃO PSÍQUICA Numa recente viagem ao Oriente Médio notei um inte­ ressante sinal de nossos tempos numa revista da Pan Ame­ rican Airlines. A Pan American está forçando uma excursão para explorar o reavivamento do oculto na Grã-Bretanha. A cena psíquica é uma atividade intensa de quatorze dias, incluindo um banquete oferecido pela Associação Espiritista da Grã-Bretanha. Estou certo de que não é coincidência que um dos pontos mais luminosos da excursão sejam as preleções feitas por Ena Twigg. que foi a intermediária quando o Bispo Pike desejou falar com seu filho falecido. Também se diz que

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Twigg estabeleceu contacto entre a Sra. Pike e o Bispo, depois que ele morreu no deserto. A companhia promotora da excursão promete gráficos pessoais astrológicos/numerológicos preparados para os par­ ticipantes. ATIVIDADE PSÍQUICA NA RÚSSIA Tem-se feito notável pesquisa sobre o uso extenso dos fenômenos psíquicos na Rússia. Esses estudos não envolvem a violação de túmulos ou a tolice da feitiçaria, mas são tra­ balhos cuidadosos realizados por homens de ciência. Alguns desses achados trazem ominosas advertências ao mundo livre quanto ao tipo de manipulações da mente e do pensa­ mento que hoje se empregam numa sociedade anti-Deus. É interessante que o reino do oculto se tornou cientifica­ mente respeitável sob o disfarce acadêmico de “parapsicologia". Nas forças mais científicas ou refinadas do que o culto de Satanás ou convenções de feiticeiras, encontramos efei tos que poderíam ser mais insidiosos. Num livro recente, Psychic Discoveries Behind the Iron Curtain (Descobrimen­ tos Psíquicos Atrás da Cortina de Ferro), os pesquisadoresescritores dizem: “No princípio dos anos sessenta, o tabu estalinista contra todas as coisas psíquicas desapareceu com estrondo. Os fisiologistas, geólogos, engenheiros, físicos e biólogos de alto nível abruptamente se lançaram ao traba­ lho sobre percepção extra-sensorial. Um renascimento psí­ quico, como que de roda livre, pouco conhecido, atingiu a Rússia. Dispondo de fundos governamentais, não somente os russos, mas os búlgaros, os checos e os poloneses estão em busca de pistas para a telepatia, a profecia e a psicocinese. que é a capacidade de mover a matéria com a mente apenas". (20) Esta é a mesma Rússia do sputnik — a Rússia do homem científico, onde os líderes a partir da revolução comunista têm sido cuidadosos com tudo quanto não pode ser visto à maneira materialista. O extenso interesse da Rússia em pesquisar o “espaço interior", da mesma forma como a comunidade científica tem buscado conquistar o espaço exterior, tem meios-tons agourentos. Por exemplo, dizem os autores: “Os cientistas soviéticos altamente colocados tomam a parapsicologia seria­ mente, não zombeteiramente... Tinha-se esperança de que a sugestão à distância pudesse induzir os indivíduos, sem


que disso eles estivessem cônscios. a adotar as atitudes políticas e sociais oficialmente desejadas". (21) Isso não soa como lavagem cerebral através da tele­ patia? Também esse mesmo livro descrevia que foram vistos relatórios confidenciais indicadores de que os soviéticos estão tentando treinar clarividentes para finalidades de espio­ nagem.

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É TUDO UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO? Feitiçaria, adoração de Satanás, cultos, ocultismo, espiri­ tismo, fenômenos psíquicos — deveriamos tomar a sério qual­ quer desses movimentos? Não se trata apenas de uma tendência passageira? Será que eles algum dia vão alcançar nossas vidas ou influenciar nosso futuro? Creio que a busca do homem pela verdade e realidade podem levá-lo a domínios de expansão da mente onde se pode causar sério dano à sua saúde mental e à sua capa­ cidade de enfrentar à altura as situações reais da vida. O Journal of the American Medicai Association disse: "A nova mania do oculto — e é exatamente isso — tem dado margem a toda sorte de disparate e mistificação com a saúde das pessoas. Nesta Idade de Aquário, a charlatanice está florescendo à medida que um número surpreendente de pes­ soas, jovens e velhos, está correndo para a superstição e a irrealidade". (22) Todos esses cultos, essas aventuras no espiritismo, adivinhação e avenidas psíquicas têm um perigo comum: eles abrem a mente para associar-se com o reino espiritual e buscar contacto com o mundo além. A vontade está à disposição para qualquer experiência que esteja além dos sentidos. Quer se reconheça ou não, a pessoa assim exposta pode ser conduzida sob a direta influência de poderosas per­ sonalidades espirituais que se dedicam a escravizar-lhe a vida. Há fenômenos que escapam ao reino dos sentidos. Estão começando a ser aceitos nos círculos científicos, e podemos escarnecer ou rir em nosso próprio dano. Eles não se rela­ cionam com o verdadeiro Deus, mas com alguém a quem Jesus Cristo chamou "o príncipe deste mundo". Creio que Satanás está dando poderes super-humanos às pessoas a fim de que elas possam promover sua obra na terra. Estamos apenas no começo dessa explosão. Haverá invenções vindas do mundo do espírito e exibições fantás­ ticas de milagres e maravilhas que as antigas Escrituras


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predisseram ocorreríam nos dias exatamente antes que a presente civilização termine. Não deveriamos ser enganados por milagres operados mediante poderes extra-sensoriais de Satanás. Este é um tempo em que as pessoas necessitam conhecer o que está atrás das erupções que estão desfigurando nosso mundo. E mais importante: precisamos conhecer quem está atrás disso tudo. Nas páginas seguintes levarei o leitor de volta à aurora da História, a um relato que é mais estranho do que a ficção; sem um conhecimento desse fato. o leitor nunca poderia entender a confusão em que o mundo se encontra. Algumas das proposições apresentadas nos próximos capítulos podem parecer-lhe muito fortes. Por outro lado, o alimento para a mente pode ter gosto fora do comum. Qualquer que seja sua experiência anterior, se você apro­ ximar-se deste assunto e francamente, creio que verificará que as conclusões se justificam.


TRÊS ORIGEM DO PRÍNCIPE NEGRO "Como caíste do céu, ô estrela da manhã, filho da alva!'1 ISA1AS 14:12

“Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em t t “ EZEQUIEL 28:15

Tenho um amigo que em 1966 submeteu os originais de um livro a uma renomada editora. Foram rejeitados eom a explicação de que o assunto era um problema ultrapas­ sado e já ninguém mais acreditava nesse tipo de coisa. O livro intitulava-se The Dark Prince (O Príncipe Negro), e apresentava um ser espiritual muito real que às vezes é chamado de Satanás. Ousaria alguém dizer que este é um problema morto, hoje? Recentemente um brilhante jovem inglês por nome Os Guinness começou a pesquisar pelas vastas bibliotecas de Londres a literatura sobre feitiçaria, magia e ocultismo. Verificou que a maioria das principais obras sobre História arrolavam esses assuntos como fenômenos quase extintos, sobre os quais a Renascença e a ciência moderna haviam desferido um golpe mortal. Contudo, começando lá por 1967


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ele descobriu uma verdadeira explosão de literatura e do­ cumentação sobre o assunto. Estou convencido de que a vasta maioria das pessoas, hoje, inclusive aquelas que se acham diretamente envolvidas cm percepção extra-sensorial. astrologia, ocultismo e várias formas de religiões orientais, não sabe. de fato. com quem estão lidando. Quantos creem que estão estabelecendo contacto com um ser espiritual poderoso, incrivelmente inteligente, que enca­ beça um vasto e muitíssimo bem organizado exército de seres espirituais semelhantes a ele próprio? Este exército dedica-se a cegar as mentes humanas à dádiva do perdão c amor que Deus ofereceu mediante Jesus Cristo, e a des­ truir ou neutralizar aqueles que já creem nele. Pode-se compreender exatamente quão sabido é esse ser espiritual (às vezes ele é chamado de Satanás) pela estra­ tégia que ele tem usado na história moderna. Começando no periodo da Renascença e estendendo-se até os primeiros dois terços do século vinte, progressivamente os homens lejeitaram os fenômenos que se situavam além de seus sentidos. Muitas superstições medievais relacionadas com demônios e diabos foram abandonadas como tolice pelos des­ cobrimentos científicos e pela educação, como deveríam ter sido. Contudo, dos seminários da Alemanha, no século deze­ nove, surgiu um grupo que a si mesmo denominou “Escola de Alta Crítica”. Esses eruditos biblicos liberais começaram a questionar a historicidade da Bíblia. Usando métodos subjetivos de análise literária (não com base nos rígidos fatos da História ou da Arqueologia), eles dissecaram o? livros de Moisés e os atribuíram a uma hoste de diferentes escritores. Muitas dessas críticas tinham por base os dife­ rentes nomes de Deus usados nas várias seções dos escritos de Moisés. Sobre esta base tênue, esses homens rejeita ram todos os testemunhos da História que atribuíam os cinco primeiros livros da Bíblia a Moisés e ignoram o fato de qu. nos próprios livros está repetidamente declarado aue eles são os escritos de Moisés. (1) DE MOISÉS AO MITO A partir dos livros de Moisés, a "Alta Crítica” passou a atacar outros livros decisivos do Antigo e do Novo Testa­ mento. O efeito foi transformar toda a Bíblia numa massa de mitos sem fundamento histórico e folclore do povo judeu. Cada um desses mitologistas biblicos negou, ora mais, ora menos, a possibilidade do sobrenatural. .Alguns foram menos


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sutis e espalhafatosamente negaram todas as manifestações sobrenaturais. Este tipo de ensino começou a espalhar-se. e os jovens teólogos procedentes do restante da Europa e dos Estados Unidos que estudaram sob a influência desses intelectuais retornaram a seus seminários e suas igrejas e começaram a introduzir essas novas doutrinas. Em 1925, muitos dos prin cipais seminários norte-americanos haviam adotado esse ponto de vista. Nas faculdades e universidades dos Esta­ dos Unidos tornou-se moda rejeitar a Bíblia como destituída de base histórica e inadequada para consideração acadêmica honesta. Nas universidades, hoje, muitas vezes os cursos biblicos são ministrados por homens de tendência contrária a uma aproximação normal, histórica, e que geralmentc mostr.im hostilidade para com a aceitação do miraculoso. Em alguns dos cursos de “A Bíblia como Literatura", que tive oportu nidade de observar, os professores eram agnósticos Nos últimos quatorze anos, centenas de estudantes ne relataram sentir que sua fé era deliberada e implacavt mente atacada ou desacreditada nos cursos de religião o filosofia ministrados na universidade. Alguns realmente receberam nota deficientes em trabalhos escolares bem feitos, simplesmente porque expressaram um ponto do vista cristão centralizado na crença na Biblia como literalmente verdadeira. O que começou com a escola da “Alta Crítica" da Ale­ manha motivou uma quase universal rejeição da Biblia como documento historicamente digno de confiança nas faculda­ des e universidades do mundo atual. E aqui está a ironia: a Bíblia foi desacreditada e des cartada por causa de uma rejeição geral do sobrenatural. Todavia, a partir do final da década de 1960. começou a desenvoiver-se uma nova tendência com a aceitação da ESP (percepção extra-sensorial) e outras formas do sobrenatural. Infelizmente, nessa aceitação, a Bíblia ficou de fora. Atualmente temos alguns membros da comunidade acadê­ mica bem como nossa juventude fazendo experiências com percepção extra-sensorial e com o ocultismo, sem quaisquer critérios dignos de confiança para entender a origem dos fenômenos que experimentam. Um professor do prestigioso Instituto de Tecnologia do Massachusetts descreve uma experiência que teve num semi nário com alguns dos melhores estudantes daquela institui­ ção. Ele disse que a progressão de tópicos ia desde filosofia asiática até meditação, ioga, zen, depois passava para

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1 Ching (um livro que apresenta um antigo artificio chinês de adivinhação, o qual supostamente capacita o indivíduo a tomar decisões), a dieta maerobiótica yang-yin. Maher Baba. astrologia, corpos astrais, auras, objetos voadores não-irientificados, cartas de tarô, parapsicologia, feitiçaria e magia. Ele acrescentou que os estudantes não estavam brincando com esses assuntos, mas estavam envolvidos neles “E eles não eram plebeus disse o professor. Inte lectualmente eles eram aristocratas com a mais elevada média em notas de matemática no pais, e dois ou três anos de estudos complementares do M.I.T. (Instituto de Tecnologia do Massachusetts)." (2) Não creio que essa tendência da História tenha aconte­ cido por acaso. Satanás não deseja um mundo que rejeite o sobrenatural; ele deseja um mundo que seja “religioso” e aceite o sobrenaturalismo porque este prepara o ambiente para ele ser adorado na pessoa de um líder mundial vindouro conhecido pomo o Anticristo. (3) 0 primeiro passo era desa­ creditar a Bíblia de sorte que não se descobrissem a verda­ deira natureza e o verdadeiro plano de Satanás. Satanás deseja um mundo religioso, mas um mundo que rejeite a oferta de Deus de um relacionamento pessoal com Ele me­ diante Jesus Cristo. Se você está encontrando dificuldades em aceitar alguma dessas afirmativas, se você está dizendo “Como pode qual quer pessoa instruída acreditar realmente num diabo pes­ soal?”, atrevo me a pedir-lhe que continue a leitura com mente aberta e peça a Deus que revele o que for verdadeiro. Há evidência histórica da realidade desse ser, e a evidência está aumentando. Reconheço que no longo esforço do homem para expli­ car a contínua existência do mal no mundo, brotaram muitos mitos e muitas superstições. Porém o relato que estamos investigando aqui encontra-se no registro das antigas Escri­ turas hebraicas. Creio que este relato tem provado ser a mais consistente explicação da natureza rebelde do homem e da sociedade. Para entender o que está acontecendo hoje e no futuro próximo, devemos voltar a esses antigos documentos e exa­ minar bem os acontecimentos que ocorreram antes que o homem viesse a existir. O relato de como um ser sobrenatu­ ral e exaltado, de incrível beleza, poder e inteligência, de nome Lúcifer, veio a ser Satanás, é mais estranho do que a ficção. A Bíblia registra a origem de Satanás com a mesma precisão fatual de qualquer outro acontecimento histórico por ela coberto. A chave para entender a finalidade e des-


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tino do homem relaciona se com o conflito pré-histórico que teve início com a revolta de Lúcifer contra Deus. LEVANTA-SE A CORTINA DA PRÉ HISTÓRIA A história da Antigüidade pode ser maçante. Estou certo de que alguns dos meus leitores tiraram suas sonecas duran te as aulas sobre o assunto. Contudo, a história da Antigüi­ dade escrita por Deus é algo bem diferente. Ela é interessan­ te porque tem significado para todos nós; ela nos atinge onde nos encontramos hoje Examinemos o livro de Jó, por exemplo, que foi escrito há cerca de quatro mil anos. Jó foi um cidadão que teve uns poucos problemas. À medida que as coisas começaram a acumular-se, ele começou a fazer o que muitos de nós fazem — começou a questionar o julgamento de Deus. Deus fez a Jó algumas perguntas propositais, destinadas a mostrar-lhe que ele não tinha sabedoria suficiente para colocar se em posição de julgar a Deus. Conseqüentemente, Deus revelou alguma informação fantástica acerca de cria­ ção deste planeta e toda a sua galáxia circundante. “Onde estavas tu. quando eu lançava os fundamentos da Terra? Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, Ou quem lhe assentou a pedra angular. Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, E rejubilavam todos os filhos de Deus?" (Jó 38:4 7.) Aqui nos deparamos com algumas descrições interessan tes: “estrelas da alva" e “filhos de Deus". Um estudo cuida­ doso desses títulos revela que no Antigo Testamento eles são usados somente em relação aos anjos. Os anjos são mais elevados do que o homem; eles têm maior inteligência e maior poder do que o homem. Eles têm audiência pessoal com Deus. Ora, quando Deus criou o universo, esses seres do espí­ rito, essas personalidades do espirito '“ rejubilavam" em face da demonstração do tremendo poder de Deus. Que quadro grandioso! Eles não estavam lutando ou argumentando acerca de suas posições no reino de Deus. Esta passagem diz clara-


menle que rejubilavam todos, indicando completa harmonia entre os anjos. Obviamente, nenhuma rebelião havia ocorrido nesse tempo,

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L Ú C I F E R , O PERFEITO

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A mais alLa e a mais exaltada posição desse reino do espírilo era ocupada por Lúcifer, uma criatura perfeita em todos os seus caminhos desde o dia em que foi criada. 0 modo como somos apresentados a ele é importante em si mesmo. Em Ezequiel 28:1-2 um governador é apresentado como o principe de Tiro. Ele é descrito como um homem que se tornou tão vão quanto a suas riquezas e inteligência, que ele reivindicou ser Deus. Em Ezequiel 28:12 somos apresen­ tados a alguém que. segundo a descrição, é uma pessoa dife­ rente. Ele é chamado o rei de Tiro. O rei de Tiro é o verda­ deiro poder que está atrás do principe de Tiro. “Veio a mim a palai>ra do Senhor, dizendo: Filho do homem, levanta lamentações contra o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim di2 o Senhor Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus, de todas as pedras precio sas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe.' a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda, ungido, e te estabelecí; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti.” (Ezequiel 28:11-15.) Deus verdadeiramente lamentou por essa pessoa; ele é descrito como “o sinete da perfeição", o que, no original hebraico, significa um padrão de perfeição. Também ele é descrito como tendo sido "cheio de sabedoria e formosura”, o mais belo e sábio de toda a criação de Deus! Estaremos em condições de entender quão perfeito é o perfeito (o que de modo algum é um termo relativo quando Deus está descrevendo Lúcifer) por algumas das descrições que se aplicam a ele. Ele é chamado de "querubim da guarda, ungido". Querubim é um ser angélico de elevada categoria, associado com a presença santa de Deus e Sua glória. Querubins são seres celestiais que proclamam a justiça de


0 GRANDE “ATÉ" Lúcifer era perfeito em seus caminhos até "que se achou iniquidade nele". Esta marcou a queda de Lúcifer e a ori­ gem de Satanás. Qual foi essa iniqüidade ou mal, em Isaías 14:12-14 acha-se descrito mais plenamente. É importante observar que Deus Se dirige a Satanás mediante a pessoa do principe de Tiro. Satanás é a fonte invisível da arrogância e autodeificação deste príncipe. Scofield descreve outros casos de tratamento indireto com Satanás mediante um homem ou outra criatura: quando Deus Se dirigiu à serpente no jardim, em Gênesis 3:14: quando Jesus falou a Satanás através de Pedro, em Mateus 16:23. “A visão não é de Satanás em sua própria pessoa, mas de Satanás em seu desempenho num rei terreno e atra-

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Deus. Ele é chamado “n ungido*', o que indica favor suprema de Deus. “Ungido" é a mesma palavra que se usa falando do Messias, rei ungido de Deus. Esta pessoa era o gover­ nador c líder dos seres angélicos e evidentemente os guiava em seu louvor a Deus e júbilo. A palavra hebraica traduzida “da guarda" em Ezequiel 28:14 e 16 significa literalmente “quem conduz". Foram-lhe dadas todas as jóias fabulosas, indicando tam­ bém sua categoria exaltada. Ele estivera no "Éden, jardim de Deus" e “no monte santo de Deus". Ele andava "no brilho das pedras", n que é um símbolo amiúde usado para indicar a presença santa de Deus. Tal descrição não poderia aplicar-se a um mero ser humano. Esta passagem fala do mais grandioso ser que Deus criou, um ser que tinha força, sabedoria, beleza, privilégio e autoridade inigualados. Este é aquele que, segundo Isaías, foi chamado de “Lúcifer" e “Filho da Alva". Literalmente seu nome significa "o brilhante" e é uma palavra para expressar grande beleza. O ponto de crise do universo está descrito em Ezequiel 28:15 onde diz: "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado..." Poderia este ter sido um homem comum? Não. Antes de tudo, o homem não é criado; (desde Adão) ele é nascido. Em segundo lugar, nenhum homem nasce perfeito. O Lúcifer imaculado, perfeito, foi criado sem qualquer forma de mal, e isso é algo que não poderia aplicar-se a qualquer homem depois de Adão. Que aconteceu a Lúcifer?


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vés desse rei que se arroga honras divinas" (Scofield Reference Biblie, p. 871). CINCO FORMAS VERBAIS NO FUTURO Em Ezequiel temos a chave da origem do mal. Em Isaias 14:12-14 há uma descrição do mesmo ser sobrenatural que introduziu todo o sofrimento no universo. Quando esta passa gem foi escrita no original hebraico, era um cântico de tris teza. Deus estava lamentando por esta criatura a quem Ele havia criado e amado Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilita­ vas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo (Isaias 14:12 14).* Primeiro ele foi descrito como Lúcifer, o “brilhante”. Ele era tão belo que literalmente brilhava, e não era estra­ nho à santidade porque foi criado, evidentemente, com a própria glória de Deus. Contudo, quando o versículo em Isaias começa: “Tua dizias no teu coração", temos aí a ver­ dadeira descrição do mal. É aí que se origina o pecado — no coração. Cinco vezes nesse texto ele emprega o verbo no futuro: subirei, exaltarei, assentarei, subirei, serei. Lúcifer encheu seu coração com a violência da rebelião; ele queria agir independentemente de Deus. Ele estava dizen­ do a Deus: “Afinal de contas, visto como eu sou tão magni ficente, tão belo, tão cheio de poder, por que não deveria eu receber parte da adoração do universo para mim mesmo? Ele disse: “Eu subirei ao céu". Em outras palavras: “Mude-Se para outro lugar, Deus, vou ficar encarregado disto aqui". Ele disse: “Far-me-ei semelhante ao Altíssimo”. Ele queria ser Deus! DEUS NÃO FABRICA ROBÔS Quando Deus criou o reino angélico (e evidentemente Lúcifer era o principal de todos os anjos), Ele assumiu um * O autor usa neste texto a versão do Rei Tiago. Onde o texto de Almeida diz “estrela da manhã", o do Rei Tiago diz “Lúcifer". — N, do T.


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risco calculado. Ele criou Lúeifer com maior inteligência do que qualquer outro ser criado, dotando-o, e aos demais seres angélicos, de autodeterminação. Deus não queria robôs. Ele queria criaturas que pudessem responder ao Seu amor e ter comunhão espontânea com Ele. Deus acreditava que valia a pena correr o risco de criar esses seres com a capacidade de agir independentemente de Sua vontade e poderem escolher rejeitá Lo ou obedecerLhe. Lúeifer, reconhecendo quão belo era, inflou-se de poder e orgulho, rebelou-se contra Deus. Rompeu sua relação com Deus quando disse: “Serei semelhante ao Altíssimo”. Evidentemente, uma grande rebelião irrompeu por todo o universo nesse tempo. Lúeifer liderou uma revolução entre os anjos. Em Apocalipse, cap. 12. lemos que um terço do reino angélico seguiu a Lúeifer nesta revolta. Depois que Lúeifer se rebelou e se tornou a primeira criatura pecami­ nosa, em nada ele perdeu seu grande intelecto, sua beleza ou poder. Ele usou esses fatores para aliciar muitos anjos a juntar-se em suas Fileiras. Contudo, ele perdeu o único traço que o faria funcionar corretamente, e esse traço era um relacionamento pessoal com Deus. Quando o perfeito Lúeifer, o único que tinha autoridade sobre toda a criação de Deus e andava em unidade com Deus, se encheu de orgulho e caiu de sua elevada posição, o universo perfeito de Deus tornou-se impuro. A poluição encontrou com tal pressa que Deus trouxe o maior poluidor de todos os tempos a julgamento e pronunciou juízo sobre ele e todos os anjos que o acompanharam na revolta. O DIABO NASCEU! Evidentemente, quando Deus julgou os crimes de Lúeifer, Ele mudou lhe o nome para Satanás, o Diabo, o Maligno. “Satanás” significa “o resistidor ou adversário” : o nome “Diabo” significa o “acusador e caluniador". Satanás foi sentenciado ao banimento eterno. Em Mateu 25:41 Jesus diz que o inferno foi criado para o diabo l seus anjos. Depois que Deus pronunciou o julgamento de Satanás, Seu primeiro ato foi limpar um dos planetas do universo, embelezá lo e chamá-lo "Terra”. Esse pequeno planeta devia tornar-se a área da mais poderosa competição de todos os tempos: uma competição onde o próprio Deus ficaria feridr numa luta de vida e morte com os poderes das trevas. Deus tinha um plano, um método para resolver esta rebelião da pré-história liderada por Satanás, plano esse que envolvia


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a criação de outra criatura com a qual todos nós estamos familiarizados. Reconheço que este relato pode parecer a alguns uma extravagante conjectura baseada em apenas uns poucos ver­ sículos. mas o que eu fiz foi projetar a luz derramada pelo restante da Bíblia numa área onde pouco é, realmente, reve­ lado. Contudo, à medida que você continuar a leitura, vera que é consistente com tudo o que está revelado da obra de Deus na história humana.


QUATRO O DIA “D" DA TERRA principio criou Deus os céus e a terra. A ter­ ra. porém, ero sem forma e vazia: havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas." GÊNESIS 1:1-2

"Criou Deus, pois. o homem à sua imagem, à ima­ gem de Deus o criou: homem e mulher os criou." GÊNESIS 1:27

Quando Deus fez o planeta Terra, Ele estabeleceu um gigante e complexo centro de pesquisa e desenvolvimento ende ia ser testada uma criatura chamada "homem". Con tudo, antes de criar o homem, Deus restaurou a Terra de seu estado caótico causado pela rebelião de Satanás, e pro­ duziu vida na forma de animais, peixes e aves para habitar essa Terra. Deus poderia ter deixado que a Terra permanecesse como um gigantesco e perpétuo jardim zoológico, mas em vez disso Ele fez algo acerca do qual muitos têm emoções misturadas Ele nos deu nossos primeiros pais. Por que Deus faria tal coisa? Por que Deus criou o homem? Essas são as mais básicas questões de todos os tempos: Por que é homem? Por que ele existe? Por que estamos aqui?

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ro d apé nas a r e ia s do tem po

e»j-Cú bH o Q a Q O *

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Não quero injetar aqui pesada teologia, mas, ao contrá­ rio, tentar responder a algumas especulações concernentes aa universo de eternidade passada. Crêem alguns que Deus criou o mundo em seis fases, em seis intervalos separados por Jongas expansões de tem po. À isto se dá o nome de teoria do dia era. Acreditam outros que Deus espaçou diferentes fases de evolução que se desenvolveram no mundo de hoje Uma outra crença centraliza-se no conceito de que Gêne­ sis 1 e 2 descrevem uma criação do mundo, original e recen­ te (em relação à eternidade). Creio que os capítulos 1 e 2 não explicam a criação origi­ nal do planeta Terra e do Universo, mas supõem sua exis­ tência anterior. Se considerarmos este ponto de vista, então esses dois capítulos descrevem uma reconstrução da Terra e sua galáxia, por Deus, em seis dias solares literais. A cronologia de Jó 38:4-7 indica que Deus criou o univer­ so material antes da revolta angélica e, consequentemente, antes do aparecimento do homem no planeta. Em Jó 38:4 o contexto começa: “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da Terra?" e continua falando dos grandes atos da criação. Depois, no versículo 7, Deus diz: “Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?" Conforme deixamos mencio­ nado no capítulo 3. isto se refere aos anjos. O texto também indica que fodos os seres angélicos estavam em harmonia, visto como se rejubilavam ante esta demonstração do grande poder de Deus. Dois fatos vitais se acham envolvidos aqui: a Terra foi criada depois da criação dos anjos, mas antes da rebelião angélica. Creio, depois de juntar cuidadosamente os poucos raios de luz oriundos da Bíblia acerca de coisas anteriores ao capítulo 1 de Gênesis, que a Terra estava de certo modo devastada quando Deus capturou Satanás e suas coortes e os trouxe a julgamento. Os únicos atos originais de criação, em Gênesis 1 e 2, são descritns^eTã palavra“hebraica "BaraM~ que ê empregada no sentido de trazer ã exisiencia ãlgo tirado do nada. È empregada em Gênesis Ifl, ondé se refere ao- ato original de criação no passado não-revelado; novamente em Gênesis 1:21, onde acha descrita a criação de todas as criaturas sub-humanas; e em Gênesis 1:27, onde se descreve a criação da vida e personalidade do homem. Outras palavras empregadas em conexão com a criação não implicam, necessariamente, quaisquer ãtõs originais,


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mas antes a restauração de uma galáxia que se acha des crita em Gênesis 1:2 como sendo um estado de caos. Essa condição caótica é o significado literal das palavras hebrai­ cas ^toE^wa^bohiTr, traduzidas 11sem forma e vazia ’’. 'Esta expressão não significa simplesmente “subdesenvolvicfoT\ mas antes algo que resultou de úmã~cãiàstrofe. Esta é, as vezes, chamada a teoria do “hiato1, assim denominada por causa do espaço^ de tempo decorrido^ entre Gênesis 1:1 e Gênesis 1:2. Barnhouse descreve o tempo entre a criação original da Terra e sua restauração do caos como “O Grande Intervalo". Uma das mais irrefutáveis declarações que ele faz para sustentar este ponto de vista é: "Se Deus criasse um mundo muito imperfeito, caótico, imprestável e desolado, uma des­ truição e ruina, seria uma violação de um dos grandes prin­ cípios espirituais formulados pelo próprio Espirito Santo: ‘Acaso pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?' (Tiago 3:11)." (1) Após a subseqüente formação ou reconstrução da mesma Terra que se havia tornado em caos, Deus criou o homem, e agora ele ocupa o centro do palco. PEGADAS NAS AREIAS Na eternidade passada houve somente uma vontade, a vontade de Deus. Não havia qualquer espécie de mal, somen­ te harmonia, santidade e justiça. Quando entrou no univer­ so a segunda vontade, gerada pelo coração de Lúcifer. irrompeu a rebelião. O tempo, como o conhecemos, começou com duas vontades em existência. Um grande estudioso da Bíblia diz que a mais curta defi­ nição de pecado é simplesmente "eu quero". (2) 13úando Satanás nasceu e formulou seus orgulhosos dese­ jos, Deus não hesitou; Deus destituiu a Satanás de sua posi­ ção de autoridade em Seu governo. Estava feita a declaração' de guerra, mas Deus não fora apanhado de surpresa. Ele tinha Seu plano pronto para ser lançado com a Operação Homem. Sem dúvida Deus tinha muitos motivos para criar o homem, motivos que não podemos imaginar, mas eu creio que os seguintes são básicos. Deus queria provar Seu per­ feito amor e mostrar aos seres angélicos que preferiram ficar com Ele, que Ele não tinha sido injusto nem desamoroso com Satanás e seus seguidores pelo fato de sentenciá-los ao banimento eterno. No Gólgota, Deus demonstrou este amor em sua plenitude.


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Talvez outro motivo tenha sido mostrar a completa insen satez de escolher rejeitar a vontade de Deus. E, finalmente. Deus queria elevar o homem acima do reino angélico e man ter comunhão com Ele. Deus mostra, no livro de Hebreus. que o homem gover nará o mundo por vir; os anjos realmente estarão sob o governo do homem: "Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir. sobre o qual estamos falando: antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: ‘Que é o homem, que dele te lembres? ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor do que os anjos, de glória e de honra o coroaste. Todas as cousas sujeitaste debaixo dos seus pés'.” (Hebreus 2:5-8). O Apóstolo Paulo diz a mesma coisa em 1 Coríntios 6:3: "Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos; quanto mais as cousas desta vida?" Mas o homem não é apenas um peão para uma demons­ tração divina. Ele tem seu destino. Deus ama grandemente a cada pessoa e se preocupa com ela, e dá perdão completo ao homem que deposita sua fé na reconciliação que Deus oferece. A COROA DA CRIAÇÃO DE DEUS Das milhões de galáxias do universo. Deus escolheu uma galáxia para Seus grandes esforços criadores. Ele apar­ tou um dos planetas para ser o palco de prova, um centro complexo de experimentação, mais amplo do que poderia imaginar qualquer conselho de administração de uma em­ presa progressista. Deus decidiu construir o mundo em seis dias. (Embora eu creio que Ele podia tê-lo criado numa fração de segundos se tivesse preferido.) No sexto dia lemos a respeito da maior criação de Deus — o homem. "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa ima­ gem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua ima­ gem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou'1 (Gênesis 1:26-27). A parte importante é que o ser imaterial do homem foi criado à própria imagem de Deus. Deus não tem braços ou pernas ou um corpo em Seu ser essencial; a imagem de Deus no homem é a posse de vontade, intelecto, emoção.


g in á -lo

ENCONTRADO O PARAÍSO 0 ser imaterial do homem existirá sempre: viverá sem­ pre. Nesse sentido, o homem também é criado à imagem de Deus. Ao tempo de sua criação, o homem recebeu autoridade legal para governar-se e governar toda a terra. A responsa­ bilidade está claramente pormenorizada em Gênesis 1:28: “E Deus os abençoou, e lhes disse: Sede fecundos, multipli­ cai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que rasteja pela terra”. Esse é um fato importante a recordar: quando Deus concedeu ao homem esse direito legal, ele foi colocado num jardim onde havia provisão para toda necessidade concebí-

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razão moral e existência eterna. Tudo islo é parte do que a Biblia chama a alma do homem. Os anjos também possuem essas qualidades, com uns poucos aditivos superiores que os colocam à parte dos seres humanos: os anjos têm maior mobilidade e inteligência do que o homem. Contudo, homens e anjos têm em comum uma qualidade vitalmente importante — ambos possuem liber dade de escolha e intelecto para fazer escolhas. NENHUM LUGAR PARA ESCONDER Uma vez criado o homem, ele estava sob a vigilância tanto dos anjos de Deus como dos anjos caídos. Pensamento fantástico, não é mesmo? Cremos que podemos ir a uma remota ilha do Pacífico ou retirar-nos para uma isolada mon­ tanha e fugir de todos e de tudo. Todavia, ainda estamos sendo vigiados por anjos. Sabemos isto por via de muitas passagens da Bíblia. Em Lucas 2:8-14 os anjos visitaram os pastores e lhes falaram do nascimento do Salvador. Em Efésios 3 diz que Deus está ensinando “principados e potestades nos lugares celestiais'' (termos usados somente acerca de anjos, descre­ vendo sua categoria e ordem) muitas coisas a respeito de Si mesmo através do homem. Se o homem é o objeto de uma grande dose de estudo por parte dos anjos, devemos perguntar “por quê?1' Que estão eles observando? Que estão eles aprendendo? Creio que Deus está demonstrando aos anjos que Ele foi perfeitamente justo em Seu julgamento eterno quanto a eles e que Seu amor é tão grande que nenhum ser criado pode ima­

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vel que ele pudesse ter Podemos permitir que nossa imagi­ nação humana assuma o comando aqui. visualizando quão perfeito teria sido aquele ambiente No Jardim do Éden não Leria havido necessidade de defensores do Dia da Terra, de juntas Federais de Qualidade da Agua, ou departamentos He Controle He Poluição do Ar. Quando Deus criou o homem, Ele viu que o homem ia precisar de uma companheira com a qual partilhasse o Paraíso, por isso Ele criou a mais amável criatura na forma de uma mulher. Eva deve ter sido a mais deslumbrante mulher que já existiu. Demasiadas vezes hoje pensamos no homem da Antigüidade parecendo eompletamente inferior ao homem moderno. Contudo, a verdade era bem o contrário. Adão e Eva foram os mais belos espécimes do homo sapiens que já caminharam neste planeta, segundo a Bíblia. Eles eram a criação direta de Deus Amiúde o homem abraça a idéia de que se ele tivesse a mais bela mulher como compa nheira, todos os problemas desapareceríam; a mulher pensa aue se ela tivesse o homem perfeito e bonito, todos os seus problemas estariam resolvidos. Outros pensam: Se ao menos tivéssemos uma sociedade segura, com um perfeito equilí brio ecológico da natureza e providas todas as necessida­ des materiais, não teríamos problemas. Adão e Eva tiveram tudo isto e mais a comunhão pessoal com Deus. mas joga ram isso fora. REBELDE COM UMA CAUSA Que drama em Gênesis 3! Nenhum dramaturgo arguto, com todas as habilidades para manipular personagens e prover truques psicológicos de suspenso poderia sonhar com melhor trama do que aquela que aconteceu no Jardim do Éden. Vemos no palco Adão e Eva vivendo em comunhão com Deus, contemplando a evidência do amor de Deus em todos os lados. Contudo, havia uma proibição: o homem não devia comer do fruto de uma determinada árvore daquele jardim A árvore chamava-se “a árvore do conhecimento do bem c do mal". (A palavra hebraica para conhecimento significa "conhecimento experimental".) Não sabemos qual o tipo de fruto que a árvore ostentava, porém ele devia prover a prova que determinaria se o homem queria permanecer cm per­ feita comunhão com Deus ou não. A prova prepararia o ambiente para Deus demonstrar Sua justiça e Seu amor ao reino angélico.


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0 homem foi avisado de que se ele comesse dessa árvore, ele morrería. O mal não estava na árvore — ela não fora borrifada com algum inseticida letal que envenenaria o fruto. O mal estava em rejeitar a vontade revelada de Deus e, consequentemente, rejeitar a comunhão com Deus. O palco estava arrumado, e Satanás teve permissão para entrar em cena. Ele estava fora do palco, nos bastidores, todo o tempo, esperando sua vez de entrar, tramando como ele poderia fazer o homem rebelar-se contra Deus do mesmo modo como ele o havia feito. Evidentemente ele pensava que toda a competição realizada no palco girava em torno desse ato, o ato de fazer o homem cair. Satanás pode ser extremamente sábio, mas ele está bata­ lhando contra um ser muitíssimo mais sábio. Pois quando Satanás fez o homem cair, ele agia exatamente de maneira a dar a vitória a Deus, e armou uma armadilha para si próprio. Ele montou uma situação mediante a qual Deus podia demonstrar Sua justiça e Seu amor em grau infinito. Deus não queria que o homem caísse, mas não ficou surpreso quando ele caiu. E Ele tinha um plano — um plano para salvar o homem de seu próprio estado rebelde. COMO SATANÁS FEZ O HOMEM CAIR? Provavelmente o capítulo 3 de Gênesis seja um dos mais importantes capítulos da Bíblia. Devemos entendê-lo para compreendermos qualquer coisa da história. Diz Gêne­ sis 3:1: "Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito,...” Isto não significa “sagaz" no sentido de ser inteligente, embora saibamos que ele o era. Neste caso, sagaz significg gracioso e amável. Nossa tendência é para pensar numa serpente como uma coisa viscosa que serpeia por toda parte sobre seu ventre, mas não era essa a aparência que a ser­ pente possuía então. A palavra "serpenle”, no original hebraico, significa algo brilhante e belo. É semelhante, em significado, a "Lúcifer". Evidentemente, naquele tempo a serpente andava por toda parte sobre pernas, co;j0rme indicado pela descrição “animais selváticos”. Frd astuto, um membro extremamen­ te sábio e manhosa reino animal. Quando Satanás come­ çou a operar s^us ardis, era óbvio que ele havia feito seu trabalho de '^asa <x*npleitamente. Ele estudou o homem e a mulher r dra ve<r como poderia fazê-los rebelar-se contra Deus; anaHSOu «à situação e viu que o mais suscetível dos ^0lV, podia ser a mulher. Satanás também viu que se ele


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pudesse conseguir que Eva se rebelasse, provavelmente Adão a seguiria em vez de seguir a Deus. Satanás foi um mestre em determinar a oportunidade em seu primeiro encontro no jardim. Ele aguardou o momento exato para desferir sua tentação contra Eva. Ele sabia que se a tentação não desse resultado, seria duas vezes mais difícil enganá-la a segunda vez. Também, ele não veio dire­ tamente tentar Eva, mas usou uma bela criatura. Onde estava Eva quando tudo isto ocorreu? É óbvio do contexto do capítulo que ela estava perto da árvore do co­ nhecimento do bem e do mal. Ela estava curiosa a respeito, um característico que tem significado transtorno para mui­ tos! A pobre Eva não percebia que dignitários poderosos e maus estavam vigiando, quase sem fôlego, enquanto ela olhava para a árvore proibida. Ela só estava ali, provavel­ mente pensando: Gostaria de saber por que Deus não quer que comamos deste fruto. Satanás já havia posto na sua mente a sugestão de olhar para a árvore. É assim que ele opera no homem — plan tando uma idéia aqui. uma insinuação ali. Satanás, o ser superinteligente, inventou um dos mais ardilosos ataques de todos os tempos. Inventou o poder da sugestão, a capacidade de colocar pensamentos em nossas mentes acerca de coisas que já desejamos. Ele conhece nos­ sa fraqueza natural; ele conhece as áreas onde o desejo é mais forte em nós. Ele conhecia Eva e sua curiosidade fun­ damental, e atingiu-a no exato momento. Vemos quão hábil c diabolicamente inteligente é este inimigo quando entende­ mos que o original hebraico em que se escreveu Gênesis 3:1 dá exatamente a inflexão correta às palavras da serpente. Experimente fazer esta pergunta em voz alta e veja como soa: “Na verdade, realmente Deus disse: ‘Não comereis de Ioda árvore do jardim'?” (Tradução literal). Êxito retum bante! Satanás pode, realmente, alcançá-lo quando ele dese­ ja tentar! Ele não chega a uma pessoa com uma afirmação dogmática: “A palavra de Deus não é verdadeira”. Ao contrário, ele fará uma pergunta cuidadosamente destinada a despertar a dúvida atormentadora em nossas mentes. Observe como ele disse a Eva; “Não comereis de toda arvore do jardim”. Quantas árvore^ poderia ela usar para satisfazer a sua fome, seu desejo, e auas necessidades? Todas, exceto uma, é o que nos diz o texto. Então, em que se concentrava Satanás? Na única limitação, t claro. Esta pergunta foi planejada para que Eva tirasse os olhos de tudo quanto Deus lhe havia dado e os concentrasse na única


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coisa que Ele havia proibido. Satanás é um mestre neste ponto. 0 PLANTADOR DE VENENO Satanás é um mestre no plantio de sementes de dúvida. Ele nos cobre de névoa e ficamos confusos. Foi exatamente isto que ele fez com Eva. Quando Eva respondeu à pergunta da serpente sobre comer da árvore, vemos que o veneno de Satanás tinha começado a atuar. Ela disse: “Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais" (Gênesis 3:2-3). Espere um minuto! Há somente um problema. Eva acres­ centou seu próprio embelezamento à ordem original em Gênesis 2:17. Ela disse: "Nem tocareis nele". Ela estava fazendo o pecado algo material ou tangivel. em vez de uma escolha da mente. Ela estava sob controle psíquico! Já tinha ela o problema errado. Satanás viu que ela estava onde ele queria e ajustou a mira de sua arma com uma negação completa da palavra de Deus. É sua técnica especial: primeiro ele faz sugestões numa área onde estamos incertos ou duvidosos; depois ele se aproximará com uma rejeição direta do que Deus disse. Em Gênesis 3:4 ele disse: “É certo que não morrereis!" Provavelmente Eva ficou com os olhos pregados na árvo­ re, ouvindo a conversa macia de Satanás, e a próxima coisa que ela pensou foi: “Qual o motivo de Deus para não querer que eu coma desta árvore?" Satanás foi direto ao ponto com o motivo. Ele disse: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal" (Gênesis 3:5). 0 que Satanás dizia a Eva era que o motivo de Deus era ciúme. Satanás queria dizer com isso: “Olhe, Eva, Ele está ocultando fatos de vocês porque se vocês comerem desta árvore, terão conhecimento experimental do bem e do mal e serão como Deus". Este é outro dos métodos de Satanás: ele pega a verdade clara e deixa cair nela veneno em dose suficiente para matar-nos. Era verdadeiro que se Adão e Eva comessem da árvore eles adquiriríam o conhecimento experimental do bem e do mal, porém não era verdadeiro que eles seriam como Deus. Vê quão inteligente é Satanás? Ele conseguiu que essa mulher, que já estava confusa e perdendo o rumo, rejeitasse completamente a Palavra de Deus e aceitasse a


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idéia do que Deus tinha motivos impuros e oferecia resis Lência porque Ele não amava a humanidade. Uma vez plan­ tado esse pensamento insidioso. Satanás tinha seu aliado — a cobiça dos olhos. ARSÊNICO NA RAÇA Eva comeu daquela árvore e imediatamente começaram a acontecer coisas. Em primeiro lugar, creio que houve uma visivel mudança em Eva. Antes dislo ela estava coberta de luz, um brilho proveniente de Deus, mas depois que ela comeu, ela perdeu esse resplendor etéreo. 0 que é mais sur­ preendente é que do fruto ela "deu também ao marido, e ele comeu". Podemos dizer que a mulher estava confusa, que ela foi tnganada e portanto não era legalmente responsável pelo pecado. Contudo, não há escusa, absolutamente, para o homem. "E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enga­ nada, caiu em transgressão" (1 Timóteo 2:14), Adão cedeu sem luta! Não houve uma palavra dirigida diretamente ao homem, nem uma tentação. Ele caminhou para a transgressão com os olhos bem abertos. Parece que ele simplesmente preferiu ficar com Eva a continuar com Deus. Ele tomou uma decisão fria e calculada de rejeitar a Deus. Adão tinha o poder lega! de representação sobre si mesmo e sobre o mundo, mas ele traiu a confiança que Deus havia depositado nele e perdeu sua autoridade em favor de Satanás. Satanás, esse ser fantasticamente super-humano. alcan­ çou o que ele julgava ser uma grande vitória — levar o homem a ir contra a vontade de Deus. Realmente acontece­ ram coisas quando Adão e Eva rejeitaram a Deus e obede­ ceram a Satanás; numa fração de tempo a humanidade teve alguns resultados drásticos. O HOMEM: SUBMETIDO A CONTAGEM Um — o homem morreu instantaneamente, da forma como Deus havia dito: “ ... no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2:17). Ele perdeu a vida espiritual, a mais importante esfera de vida que temos. O homem compõe-se de corpo, seu ser material; alma, sua vida imaterial; espírito, sua vida espiritual com a qual ele é capaz de comunicar-se com Deus. No instante em que o homem desobedeceu a Deus, ele perdeu esta vida espiritual e cortou aquela linha direta de comunicação com seu Criador.


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Como está escrito: “ .estando vós mortos nos vossos delilos e pecados"' (Efcsios 2:1). “obscurecidos de entendimento alheios à vida de Deus"' (Efésios 4:18). Dois — o homem recebeu uma natureza de egocentrismo e rebelião contra Deus. Vemos este resultado por toda a história da humanidade. Deus o descreve deste modo: “En ganoso v o coração, mais do que todas as cousas. e desespe radamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9). Esta natureza rebelde e a raiz du que a Biblia chama de pecado. Três — Satanás tornou-se o senhor absoluto do homem: o homem tornou-se o escravo. Ê realmente uma cena pesada, mas de acordo com a Biblia, Satanás está governando todos aqueles que rejeitaram a Deus. Jesus Cristo revelou isto claramente quando comissionou Paulo: “ .. para os quais eu te envio, para lhes abrir os olhos, e convertê-los das trevas para a luz e da pntestade de Satanás para Deus ." (Atos 26:17 18). Quatro — quando o homem se rebelou, o mundo passou legalmente para Satanás. Adão tornou se, realmente, o traidor típico do universu Quando ele obedeceu a Sata nás, ele passou o documento de propriedade de si mesmo, de todo o seu domínio, e de todos os seus descendentes para Satanás. Por isto é que Jesus chamou Satanás de “principe deste mundo" (João 12:31). DEUS ENTRA NA ARENA Satanás venceu o primeiro assalto no jardim. Ele pensou que a luta estava terminada, mas estava apenas começan­ do. Somos parte deste conflito maciço que está decidindo uma antiga batalha entre esses seres extraterrestres e Deus, porque, depois da queda do homem. Deus fez a promessa de que a semente da mulher finalmente triunfaria sobre Satanás (Gênesis 3:15). Aqueles que hoje lançam dúvida acerca do nascimento virginal de Jesus Cristo deveríam marcar bem que foi a semente da mulher, e não a semente do homem, que Deus prometeu finalmente conquistaria a Satanás. Jesus Cristo, o Prometido, ficaria grandemente ferido nesla batalha com Seu adversário, mas por firr. traria a Satanás um ferimento mortal. Quando o homem caiu nas mãos de Satanás, imediata mente Deus lançou Seu plano para redimir o homem desta situação desamparada. Com o que Satanás não contava era que Deus seria tão justo que não perdoaria o homem a menos aue a justiça divina fosse satisfeita. E algo muito mais incri-


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vel — que Deus seria tão amoroso que Ele estaria disposto a baixar do céu e temporariamente deixar de lado todos os Seus direitos divinos e tornar-Se homem. Satanás não previa que Deus, como homem, mais tarde iria a uma cruz e supor taria Seu próprio julgamento justo contra o pecado de todo o universo.

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APENAS PENSANDO Talvez Satanás tivesse calculado que se ele pudesse levar a nova criação de Deus a pecar, em vez de condenar o homem, Deus desviaria dele a Sua justiça e deixaria também Satanás livre da punição. Satanás pode ter raciocinado: Se eu puder conseguir que boa parte da humanidade rejeite a Deus, então Deus não poderá obrigar-Se a julgar todos eles, e por fim Ele os dei­ xará livres. Uma vez que Deus compromete Sua justiça com o homem, Ele terá de fazer o mesmo comigo e meus anjos Você já ouviu alguém dizer: “Nâo posso crer que Deus condenasse todas essas pessoas”? Ora. onde você pensa que elas obtiveram essa linha de raciocínio? Deus, tomando a forma humana, derramou sobre Si mesmo toda a justa ira que devia recair sobre a raça huma na, de sorte que aquele que estiver sob a cruz com Jesus será defendido dessa ira. Para entrar na familia de Deus, tudo o que precisamos fazer é aceitar o fato de que Jesus morreu em nosso lugar com nossos pecados e simplesmente receber essa dádiva de perdão que nosso Substituto proveu para nós. 0 Espírito de Deus des:reve-o belamente: “Quando estáva mos totalmente desamparados, não tendo nenhuma possibili­ dade de fuga, Cristo veio justamente na hora certa e morreu por nós, os pecadores, que não prestavamos em nada para Ele. Mesmo que fôssemos bons, realmente não esperaríamos que alguém morresse por nós, embora isso fosse raramente possível, naturalmente. Deus, no entanto, mostrou-nos Seu grande amor, enviando Cristo para morrer por nós enquanto ainda éramos pecadores. E já que por Seu sangue Ele fez tudo isso por nós como pecadores, quanto mais Ele nâo fará por nós agora, que nos declarou sem culpa? Agora Ele nos salvará de toda a ira divina que está para vir. E se, quando ainda éramos inimigos dele, fomos levados de volta a Deus pela morte do Seu Filho, quantas bênçãos Ele deve ter para nós agora, que somos Seus amigos, e Ele está vivendo den­ tro de nós!" {Romanos 5:6-10, O Novo Testamento Vivo).


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Quando Deus realizou isto na cruz, ficou evidenciado de modo conclusivo que Ele é perfeitamente justo porque Ele não desviou Sua justiça para salvar o homem desse conflito todo; Ele mostrou quão grande é Seu amor porque estava disposto a tornar-Se homem e suportar Seu próprio julga mento a fim de libertar o homem. “Deus mostrou quanto nos amou, enviando o Seu único Filho a este mundo pecaminoso para trazer-nos a vida eterna por meio da Sua morte. Nesta atitude nós vemos o que é o amor verdadeiro: não é o nosso amor por Deus, mas sim o Seu amor por nós, quando nos enviou o Seu Filho para acal­ mar a ira de Deus contra os nossos pecados” (I João 4:9-10. O Novo Te.'*amento Vivo). Esta é a demonstração extrema, tanto da justiça como do amor de Deus! Tudo isto foi feito para que Deus pudesse ser a um te.npo “justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus" (Romanos 3:26). Satanás pensava que se ele pudesse destruir o Homem que era o Filho de Deus, se ele pudesse destruir a humani­ dade de Jesus Cristo, ele seria vencedor. Ele pensava que aquele Homem nunca seria capaz de erguer-se do túmulo. Uma vez morto, Ele permaneceria sepultado! A ressurreição de Jesus selou a derrota de Satanás. Era a prova de Deus de que Jesus havia pago completamente todo pecado que tivesse sido cometido. Mesmo um só pecado que não houvesse sido pago teria retido Jesus Cristo na sepultura. O fato de Jesus estar vivo prova que todo aquele que Nele crê é declarado justo perante um Deus Santo (Romanos 4:25). Agora Satanás não tem autoridade legal sobre o crente. DE OLHOS VENDADOS POR SATANÁS Satanás pode ter vencido uma batalha no jardim, mas não ganhou a guerra. Ele já foi derrotado, e sabe disso! Contudo, ele vai empregar toda tática que traz em sua baga­ gem de enganos para impedir que o maior número possível de indivíduos saiba disso, especialmente aqueles que são crentes em Jesus. Ele já tem os incrédulos em seu poder, cegando os às boas novas do perdão que Deus oferece gratui­ tamente mediante Jesus Cristo. “Se para alguém a Boa Nova que pregamos está oculta, ela está oculta daquele que vai a caminho da morte eterna. Satanás, o deus deste mundo pecaminoso, o fez cego. incapaz de ver a gloriosa luz do Evangelho que está brilhando sobre ele, ou de compreender a mensagem maravilhosa que pre-


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gamos acerca da glória de Cristo, que é Deus" (2 Corintios 4:3-4. O Novo Testamento Viuo). AGORA... AGORA MESMO Onde você se situa neste conflito? Talvez você esteja encontrando dificuldade em aceitar essas coisas. Se está, adivinhe quem o está ajudando a pensar desse modo? O fato mais importante a reconhecer é que você não tem de crer em tudo para tornar-se membro da família eterna de Deus. Tudo o de que você precisa é fé suficiente para pedir que Deus entre em seu coração e dar-Lhe graças que Jesus Cristo morreu por sua incapacidade de estar à altura de Seus padrões perfeitos. Receba o perdão de seus pecados e dé graças a Deus por isso. Diga a Jesus Cristo que você quer que Ele entre em sua vida agora mesmo e comece a torná-la agradável a Deus. Se você fizer isto, com base na autoridade da Palavra de Deus eu lhe asseguro que você tem a vida eterna neste exato momento.


CINCO GUERRA EM TRÊS DIMENSÕES “Pois de força me cingiste para o combate . “ REI DAVI, SALMO 18 39

0 Dr. Francis Schaeffer, o erudito cristão de L'Abri Fellowship, Suíça, disse me recentemente: “Esta não é uma época para ser cristão mole". Ele me falou de sua preocupação por algo que também me deixa inquieto. Ele sente que há uma tremenda necessi­ dade de alcançar as dezenas de milhares de rapazes e moças que se voltam para Cristo na Revolução de Jesus e dar-lhes treinamento em profundidade em sua nova fé. Creio que o Dr. Schaeffer está certo nisso! Emociona-me grandemente observar em primeira mão a surpreendente obra que o Espírito de Deus está realizando entre a juven lude dos Estados LJnidos e de outras partes do mundo, espe cialmente naquilo que outrora se conhecia como a cultura hippie e de drogas. Tenho visto a juventude libertada do vício incorrigível do LSD e da heroína mediante a fé em Jesus Cristo. Os radicais favoráveis aos princípios de Mao Tsé-tung tornaram-se radicais favoráveis à divulgação do amor de Jesus. Os “Weathermen"* e os Anjos do Inferno agora são verdadeiros discípulos de Jesus Cristo. Nenhum * Nos EUA dá-se o nome de “Weathermen" aos subversivos — N. do I*.


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homem ou grupo pode receber o crédito pelo que está acon tecendo. É obra de Deus. Mas, por mais importante que seja, temo que se não houver professores amadurecidos e treinados que possam comunicar-se com o “Povo de Jesus” e comecem a exercer influência sobre eles e a instruí-los, eles serão levados de roldão para terríveis erros e excessos. Poucos cristãos reco­ nhecem. hoje, que estamos engajados numa guerra tridimen­ sional. O que está em jogo é se desfrutaremos do tremendo senso de paz interior, finalidade da vida e nova fonte de energia que constituem a herança de todo crente. Ou sua vida será contada para Deus ou ela será margi­ nalizada e neutralizada pela oposição dos inimigos pouco entendidos. ESTRATÉGIA DO CAMPO DE BATALHA Se chegamos ao ponto em nossas vidas onde cremos em Jesus Cristo e O aceitamos como nosso Salvador, um dos primeiros desejos que temos é que almejamos viver uma vida que Lhe seja agradável. Isto provém de uma nova natureza que Ele coloca dentro em nós. Neste ponto todos verificamos que há muitos defeitos que nos impedem de ser o tipo de pessoa que desejamos ser. Estamos, quer saibamos expressá-lo ou não, enfrentando uma guerra em três frentes. Essas frentes têm sido chama­ das de o mundo, a carne e o diabo. Por toda a História nunca vemos os líderes aproxi­ mando-se de um inimigo em guerra como uma criança bran­ dindo um pedaço de pau, malhando em todas as direções. Eles têm usado estratégia cuidadosa e têm estudado o modo pelo qual o inimigo faz suas manobras. O General Albert Wedemeyer, excelente estrategista militar da Segunda Guer­ ra Mundial, falou de frequentar a Escola Alemã de Guerra no final da década de 1930 e aprender dos próprios homens que mais tarde se tornariam seus oponentes em guerra. Disse ele: “Os alemães acentuavam as campanhas de Fre­ derico, o Grande, Napoleão, César. Alexandre e Filipe da Macedônia. “Quando estudávamos uma campanha de Frederico, o Grande, ou de Napoleão, geralmente íamos à área onde se travara a batalha’1, escreveu o General Wedemeyer. ”0 instrutor de história militar revisava a situação, analisava as disposições e decisões táticas, e introduzia anedotas interessantes.” (1)


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Se vamos entender e estudar a guerra em que estamos, devemos conhecer a área onde se travam as batalhas. A “carne" é um campo de batalha onde nosso inimigo Satanás constantemente nos impede de fazer o que Deus quer. A ARMADILHA DA CARNE O termo "carne" (“sarx" no original grego) é emprega­ do de muitas maneiras no Novo Testamento. As vezes se emprega para significar simplesmente o tecido que cobre nossos ossos, como em Lucas 24:39: "Vede as minhas mãus e õs meus pés, que sou eu mesmo: apalpai me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho". As vezes se usa o termo carne para representar todo o corpo, como em Atos 2:2b: ‘‘PorTsso sê alegrou o meu coração e a minha língua exultou; além disto também a minha própria carne repousará em esperança". E às vezes a palavra carne é empregada no sentido de nossas limitações físicas, terrenas, como em 2 (Jorintios lü:3-4: ‘‘Forque, embora andando na carne, não müitamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e. sim. poderosas em Deus, para destruir forta­ lezas". Mas o sentido em que é usado como numa área de guerra está plenamente desenvolvido pelo Apóstolo Paulo. Os Drs. Arndt e Gingrich comentam assim: “Especialmente no pen­ samento de Paulo, a carne é o instrumento inclinado ao pecado e está sujeita ao pecado a tal ponto que seja lá o que for a carne, todas as formas de pecado estão igualmen­ te presentes, e nenhuma coisa boa pode viver na própria carne". (2) Um estudo cuidadoso das muitas passagens sobre a "carne", quando empregada neste sentido, revela os seguin­ tes fatos: (£) É uma natureza básica, ou princípio, que opera em nós desde o momento em que nascemos fisicamente. Essa natureza está em rebelião contra Deus; ela é egocêntrica e deseja agir a seu próprio modo (Romanos 7:14-24; 8:5-9). (27 É uma parte inseparável de nosso corpo material e não pode ser erradicada até que recebamos nossos corpos de ressurreição transformados (Romanos 7:25: 1 João 1:8, 10). (3j Embora não possa ser erradicada, seu poder de operar na vida do cristão foi neutralizado por estarmos uni­ dos com Cristo em Sua morte para 0 pecado. A carne já não tem mais direito de reinar na vida do cristão, e seu


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poder está quebrado em nossas vidas quando consideramos isto como verdadeiro (Romanos 6:1 -14). A atitude de crer que Deus já rompeu o poder do pecado e/ou da carne sobre nós deixa o Espírito de Deus livre para tornar a vitória uma realidade em nossa experiência (Romanos 8:1-4). Eis uma lista apenas parcial do que a carne faz em nossas vidas quando não consideramos rompido seu poder e quando não dependemos do Espírito de Deus: "Ora, as obras da carne são conhecidas, e são: prostituição, impure za, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedi ces. glutonarias, e cousas semelhantes a estas, a respeito das quais vos declaro, como já outrora vos preveni. que não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam" (Gálatas 5:19-21). A maior parte dessas palavras empregadas para as obras da carne precisa ser ampliada. Em poucas pala­ vras, eis algumas das específicas: Prostituição: da palavra “pornéia", significa todo intercurso sexual fora do casamento. Impureza: pensamentos e ações impuros, especialmente na área do sexo. Lascívia: viver antes de tudo para agradar os sentidos (apetite descontrolado de alimentos, música, sexo, conforto pessoal etc.). Idolatria: tudo o que colocamos à frente de Cristo como objeto de nossa atenção e devoção; poderia ser a namorada ou o namorado, nossos filhos, um emprego, a educação, uma bela moradia, roupas, um corpo alinhado ou uiri auto­ móvel veloz. Feitiçarias: da palavra “pharmakia” ; a prática da magia e do ocultismo em associação com drogas. Inimizades: estar em desavença com as pessoas; levar rancor. Discórdias: o homem moderno as chama de “conflitos de personalidade'*, mas “egoísmo” é mais preciso. Dissensões: literal mente', divisão: causar conflitos e tomar partidos entre pessoas. Facções: literalmente, heresias; desviar com falsa dou­ trina e formar seitas. Invejas; atitudes de descontentamento que levam o indi­ víduo a desejar o que os outros têm. Bebedices: qualquer perda de juízo e consciência nor­ mais mediante o uso de álcool ou drogas. A idéia de melhor


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vida por meio de produtos químicos em vez do Espirito de Deus. Glutonarins: buscar escapar à realidade mediante pro­ cura excessiva de entretenimento. Essas são apenas algumas das obras da carne, não todas elas! Quando o Apóstolo diz que “não herdarão o reino de Deus" os que praticam tais coisas, ele quer dizer que aqueles que habitualmente consentem nelas evidenciam o fato de que nunca receberam a nova natureza que odeia o pecado. É impossível ao cristão praticar regularmente as obras da carne sem uma mudança de coração diante de Deus. Devido ao fato que o Espírito Santo habita em nós, não podemos ser continuamente felizes no pecado. Mais cedo ou mais tarde o cristão reconhecerá seu pecado e voltará a confiar em Cristo para libertá-lo do poder do pecado; e, do ponto de vista da felicidade, quanto mais cedo tanto melhor. A tolerância continua, ininterrupta, das obras da carne deveria levar a pessoa a indagar se realmente ela nasceu espiritualmente. 0 verdadeiro cristão pode experimentar, e de fato experimenta, essas obras da carne, mas ele sentirá desejo de livrar-se delas por amor a Cristo. O não-cristão apenas deseja livrar-se das consequências. OBRAS DA CARNE E DOS DEMÔNIOS Alguns cristãos bem intencionados, hoje, têm a tendên­ cia para acentuar demais a questão dos demônios. Quero cStar certo de que ninguém caia na armadilha de atribuir aos demônios o que é realmente obra da carne. Talvez você tenha ouvido pessoas falarem acerca do “demônio da mentira", "demônio da luxúria", “demônio da inveja" e outros. Não creio que haja demônios especí­ ficos tais como esses que só possam fazer uma coisa. Considere um colega que está constantemente pensando em sexo. Ele é consumido por pensamentos lascivos todos os dias. Se ele ouviu falar de tais coisas, pode ser que ele comece a pensar: "Talvez eu tenha um demônio lascivo". Ele fala com algum de seus amigos cristãos acerca desses pensamentos e eles realizam uma pequena reunião de oração e “expulsam o demônio". Com modos de santarrãa eles podem dizer: "Expulsamos o demônio da lascívia. Louvado seja Deus". Nosso amigo cristão, assim seguro por seus próprios sentimentos e pelos pronunciamentos dos amigos, leva sua


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esposa a um restaurante, satisfeito em sua vitória sobre si mesmo. Uma garçonete que é só curvas, vestida em minis­ saia aproxima-se da mesa, e num relâmpago o velho demô­ nio está de volta. O perigo que reside nesse conceito é que uma obra que realmente é parte da carne ou da velha natureza de pecado é atribuida a um demônio. É vital que atribuamos as coisas à sua própria causa. Não há “demônio de lascívia" per se. A lascívia é um pecado que vem da carne. Mas há demônios que se utilizarão da lascívia da carne para guiar-nos a desas ire moral. Satanás pode pegar um impulso natural e usá-lo mas ele não é seu originador. Ele tira proveito de algo que já está em curso em nossos corações. Paralelamente a muitas outras doutrinas que se tornam destorcidas no trato popular, o tema de Satanás provavel­ mente tem mais clichês falsos anexados a ele do que qual­ quer outro. “O Diabo me obrigou a fazê lo" é uma desculpa esfar­ rapada. Quando Satanás toma o desejo que você tem e o utiliza para suas finalidades, ele não obriga você. Se você real mente expressa a verdade quando apanhado por um pecado da carne, você diria: “Fiz isso porque escolhi seguir o^ desejos de minha velha natureza". Agora isso não é tão fácil de dizer como “O Diabo me obrigou a fazê-lo", porém é mais honesto.• • APÓSTOLOS ATÔNITOS O capítulo 7 de Marcos apresenta uma boa descrição da carne. Jesus havia contado uma parábola aos discípulos, e eles O interrogaram a respeito dela. Quase podemos vê-lo abanando a cabeça quando disse: "Assim vós também não entendeis?” Então Ele explicou: “O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostitui­ ção, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura: Ora, todos estes males vêm de dentro e conta­ minam o homem" (Marcos 7:20 23). Jesus está falando a respeito da carne, a fonte desta natureza pecaminosa. Ele mostra que nosso principal pro­ blema não é nosso meio ambiente mas nossa natureza inte­ rior da carne. Não é pecado ter um pensamento mau que lampeja na mente; só é pecado quando deixamos de dizer-lhe "não” e


0 MUNDO Najnaioria dos casos, o termo "mundo", conforme usado na Biblia, vem da palavra "kosmos7’. Basicamente Ida pos­ sui três idéias em sua forma verbal: colocar as coisasêm ordam, sistematizar, e adornar ou decorar. Na última forma a palavra passou a ser usada como "cosmético", que é o conceito de adornar a aparência exterior. Pnmeira idéia: no Novo Testamento, "mundo" é pala­ vra empregada no sentido do planeta Terra, o planeta mate­ rial. Assim é usada em Atos 17:24 e João 1:10. Segunda idéia: "mundo" é empregada para significar os habitantes da Terra. Primeiro, referindo-se às pessoas em geral, não as considerando como boas ou más, como em João 3:16 — "Deus amou ao mundo de tal maneira": e segundo, referindo-se a todos os incrédulos, alheios para com Deus, como em João 14:17 e João 15:18.

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não confiamos cm Cristo para derruba lo. A tentação e o pecado são diferentes. Aplica se ai o antigo ditado: “Você não pode impedir que um pássaro pouse em sua cabeça, mas pode impedi-lo de fazer ai seu ninho* Quando a Bíblia fala das tentações da carne, é sempre em termos de uma necessidade contínua de vencê-las. É uma questão de confiança de momento a momento no Espí­ rito Santo por escolha deliberada de vencer as lascivias da carne. Nunca se alcança a vitória por livrar-se da tentação, mas por vencer a tentação mediante o poder do Espírito Santo residente. Lemos em Gálatas 5:16: "Digo. porém: Andai no Espí­ rito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne". Andar no Espirito significa ter uma atitude continua de confiança no Espirito Santo e não em seus próprios recursos humanos. Observe isto: o texto não diz que se você andar no Espirito você não íerd tentações: diz, isto sim. que você náo as cumprirá. O crente controlado pelo Espirito será tentado, mas a tentação náo é pecado senão quando ele deixa de confiar no Espírito para combatê-la. A Bíblia fala sobre vencer a carne, ou entrar em luta com ela na dependência do Espirito Santo que vive em todo crente. Contudo, quando a Bíblia fala do "mundo", fala de reivindicar a vitória que já foi ganha. Cristo conquistou a vitória sobre o mundo e os cristãos devem reclamar essa vitória. Este assunto será amplificado mais tarde, no capítulo "Armas de Guerra".

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Terceira idéia: vital para nosso estudo, é usada para descrever o sistema mundial, belamente organizado e dis posto para funcionar sem Deus, contrário a tudo o que é verdadeiro em Jesus Cristo. O sistema mundial eslá ador nado com os belos conceitos de cultura, música, arte, filo­ sofia, conhecimento, atividades sociais, programas de bemestar. ciência, política, religião e prazer Abrange todas essas coisas num sistema ordenado. Não são más em si mesmas, porém Satanás as entrelaça numa ordem mundial, de sorte que ele possa afastar o coração do homem de um verdadeiro relacionamento com Deus e concentrá-lo naque las coisas que são ao mesmo tempo temporais e materiais COMEÇO DO SISTEMA MUNDIAL No Jardim o homem deu a batanás a escritura de pro­ priedade do mundo, e a partir daí o mundo tem estado sob seu controle. Antes que o homem rejeitasse a Deus, não havia “cosmos" no sentido de um sistema mundial ordenado, alheio a Deus. Havia somente o planeta Terra e o regente indicado por Deus. o homem Quando o homem preferiu rejeitar a comunhão com Deus e seguir a mentira de Sata­ nás, ele não só transferiu para Satanás o titulo de proprie dade da vida e do homem, mas também o da própria Terra Foi então que começou a desenvolver se o sistema mundial Adão tinha recebido autoridade sobre o planeta Terra, incluindo suas criaturas e seus elementos. “E Deus os abençoou, e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeita a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que rasteja pela terra" (Gênesis 1:28). Adão tinha procuração com plenos poderes: quando ele decidiu rejeitar a Deus e seguir a Sata­ nás, a posse legal da humanidade, dos animais e da Terra foi transferida para Satã. Deus, sendo justo, tinha de honrar esse direito legal, inclusive em se tratando de Satanás. O homem e o mundo não poderíam ser retomados até que o pecado, que causou a transferência de posse para Satanás, fosse completamente liquidado. Certamente Jesus sabia que Satanás tinha conquistado direito legal sobre o mundo. Quando o diabo pessoalmente tentou a Jesus, exibindo naquela ocasião sua capacidade de enganar, as Escrituras dizem: “Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me joi entregue, e a dou a quem eu quiser" (Lucas 4:fi).


Nossas mentes inclinadas para as coisas da Terra não podem compreender o poder misterioso necessário para mos­ trar a Jesus todos os reinos do mundo num momento. Pro­ vavelmente Satanás fê-lo parecer a mais deslumbrante pro­ dução cinematográfica, combinando um panorama de beleza natural e a pompa e glória dos reinos. Satanás pode fazer que as coisas do mundo pareçam tão boas que os homens dariam suas vidas por elas — e alguns o fazem. (Veja n Ti­ móteo 4:10 quanto à tragédia de um jovem e promissor mi­ nistro. Demas.) Jesus não discutiu o direito que Satanás tinha sobre o mundo: Ele sabia que Adão havia transferido a posse legal do planeta todo e de tudo que nele existia. O A R Q U lA R Q U ITETO

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Satanás não perdeu tempo começando a montar toda uma cena que levasse a mente do homem para longe de Deus. Gênesis 4 registra o começo do sistema Uma das partes mais fundamentais do sistema do mun­ do é a religião. A religião baseia-se no orgulho do homem. Ela supõe que o homem pode fazer alguma coisa para mere­ cer a aceitação de Deus. A verdadeira fé afirma que você só pode ser aceito por Deus se receber o perdão como uma dádiva, na base de um substituto provido por Deus que arca com a penalidade do pecado. Abel aproximou-se de Deus pelo caminho verdadeiro. Ele trouxe o sacrifício de animal apontado como substituto para morrer pelos pecados. Caim, por outro lado, veio pelo caminho do sistema do mundo. Ele trouxe o fruto de suas próprias obras. Abel foi aceito — Caim, não. Deus ainda argumentou com Caim e procurou conseguir que ele viesse pelo caminho verdadeiro. "Então lhe disse o Senhor: Por que andas irado? e por que descaiu o teu sem­ blante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal. eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo" (Gênesis 4:6-7). O orgulho de Caim inflamou-se. Em vez de vir pela fé na provisão de Deus. ele fez o que a religião vem fazendo durante séculos: ele assassinou o único que representava a verdade de Deus. A religião não pode resistir em face da verdade, porque esta é uma censura ao egocentrismo e ao orgulho do homem. É por isso que alguns dos maiores cri­ mes da História têm sido praticados em nome de um falso


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Cristianismo e da religião. 0 falso não pode resistir ao verdadeiro. 0 sistema mundial começou com os princípios subja centes de orgulho, rejeição da verdade de Deus, e força. 0 QUE CA1M CRIOU Vemos que o sistema mundial depois se desenvolveu con­ forme Caim: “Retirou-se Caim da presença do Senhor...” (Gênesis 4:16). Caim estabeleceu uma sociedade e cultura altamente desenvolvidas que deixaram Deus de fora; ele edificou a primeira cidade mencionada na Biblia. chamada Enoque. Muitos progressos foram feitos nas gerações que se seguiram imediatamente. “Jabal ...este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado” (Gênesis 4:20). A agri cultura começou a desenvolver-se e a florescer. “Jubal ...este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta” (Gênesis 4:21). Música, arte e cultura foram introduzidas para tomar seus lugares no sistema mundial. “Tubalcaim, artífice de todo instrumento cortante, de bronze e de ferro..." (Gênesis 4:22). E agora vemos o de senvolvimento da indústria envolvendo-se no primitivo siste ma mundial. Essas coisas não são más em si mesmas, porém havia um gritante problema — elas deixaram Deus fora. As reali­ zações do homem tornaram-se uma cilada para afastar seu coração ainda para mais longe de Deus. Aqui estava toda uma civilização organizada e desenvolvida em torno do ma­ terial e temporal. A orgulhosa auto-suficiência do homem, sua rejeição de Deus e a violência permearam todo o sistema. Somente depois que Sete, Filho de Adão, teve um filho, é que se diz: “daí se começou a invocar o nome do Senhor” (Gênesis 4:26). 0 primeiro sistema mundial ficou tão permeado de todo tipo de mal que Deus teve de destruí-lo (Gênesis 6:7). ALIENAÇÃO DE AFEIÇÕES A verdadeira batalha com o mundo relaciona-se com algo tão fundamental quanto nossas afeições. Quando Sata­ nás não pode alcançar uma pessoa mediante tentações para que ela cometa os mais óbvios e grosseiros pecados da carne, ele se muda para avenidas tão inocentes e dignas como edu­ cação, carreiras profissionais, natureza, dinheiro, fama ou uma miríade de outros interesses. Se ele pode deslocar


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qualquer coisa do sistema mundial para ocupar o primeiro lugar em nossas afeições, tomando o lugar de prioridade que cabe a Cristo, efetivamente ele nos envolveu na teia de aranha do mundanismo. Por isso ê que João adverte: ”Não ameis o mundo (cosmos), nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo (sistema), a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai. mas procede do mundo (sistema)" (I João 2:15-16). Amizade com o mundo é inimizade com Deus porque a filosofia do mundo, sua visão toda da vida, está em con­ tradição com o ponto de vista de Deus quanto à vida. Abra çar o mundo e seus caminhos inevitavelmente desviará de Deus nossas afeições. Não há terreno neutro. É por isto que João advertiu: "Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele". Atrás de tudo o que é tangível no sistema do mundo há o gênio intangível de Satanás, o senhor enganador. Atrás das "coisas do sistema do mundo" está a mente mestra que as utiliza para deslocar o foco de nossa devoção a Cristo para a devoção às coisas. Uma vez feito isto, manifesta-se a inevitável força de ganância que não pára de crescer. Porque as coisas nunca podem tomar o lugar da comunhão com Deus, nunca estamos satisfeitos. Quanto mais conse­ guimos, tanto mais desejamos. Tiago foi certeiro nisto quando disse: "Cobiçais, e nada tendes; matais e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis: pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:2-4). SATANÁS: PRÍNCIPE DESTE MUNDO A inteligência dominante e diabólica que sustenta o sis­ tema do mundo engana e apanha em ciladas as mentes das pessoas. Ele faz um bom trabalho com aqueles que não crêem em Cristo, e um trabalho razoável com aqueles que crêem. Três títulos descrevem o trabalho de Satanás: primeiro, ^le è "o príncipe deste mundo", õ que significa que ele eslã constantemente em trabalho no governo Tiumano ITseus siste mas políticos.


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Antes que você me acuse de anaçquista, não quero dizer que todo governo seja totalmente mau ou imoral, mas que Satanás é capaz de manipular todas as formas de governo para seus propósitos. Jesus nos deu muitos pormenores acerca desta pessoa que puxa as cordas políticas do sistema mundial. Mesmo aqueles que vêem Jesus apenas como uma figura histórica ou um grande mestre devem admitir que Ele não teria ensi­ nado qualquer coisa que não pudesse provar por experiên­ cia. Aqui estão algumas passagens onde Jesus fala do ‘‘príncipe deste mundo” : “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (João 12:31). “Já não falarei muito convosco, porque aí vem o prín­ cipe do mundo: e ele nada tem em mim" (João 14:30). “Do juízo, porque o príncipe deste mundo já está jul­ gado” (João 16:11). A palavra grega correspondente a príncipe nas pas­ sa gTns^ãritêriõrêsnr^ãrcRo DF grêgõs eram espêcíTIêüs em seus significados, e quando se usa “archon”, acentua-se 2 garra que Satanás tem sobre ó mundn Literalmente significa um potentado* político. Encarece o controle quê Satanás exerce sobre os sistemas políticos da Terra. Vejamos um exemplo disto no livro de Daniel. Daniel era um dos grandes profetas de Deus. Numa ocasião ele recebeu uma visão profética que ele não podia interpretar. Orou para que Deus lhe revelasse o seu significado. Daniel passou vinte e um dias em oração. Então um anjo apareceu a Daniel e lhe disse que viera revelar-lhe o significado da visão. O anjo explicou a Daniel que ele tinha sido rodeado de uma maneira incomum. “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias” (Daniel 10:13). Nesse tempo a Pérsia dominava o mundo. Não era um mero ser humano que resistiu a um dos anjos de Deus. mas um demônio (ou anjo caído), um dos generais de Satanás, que estava controlando o príncipe da Pérsia. Esta poderosa força espiritual que estava atrás do príncipe persa realmen­ te resistiu ao anjo por três semanas, até que Deus enviou Miguel, um de Seus principais anjos, para vencer o demônio e enviar o mensageiro em seu caminho para Daniel. Isto não é apenas história antiga, algo que delegamos ao tempo de Daniel. De acordo com a Bíblia, está se tra­ vando uma batalha invisível atrás dos acontecimentos mun­ diais todo o tempo. A Bíblia descreve esta “guerra invi­ sível” desde o Gênesis ao Apocalipse. O vasto e altamente


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organizado exército de demônios que está atrás do sistema do mundo está claramente revelado em Efésios 6:12: "Por­ que a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e. sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal. nas regiões celestes" PRÍNCIPE DA POTESTADE DO AR 0 segundo titulo de Satanás é "príncipe da potestade _do ar". Antes que uma pessoa se forne cristã, ela está espT ritualmente morta e governada por esse príncipe. "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o principe da potestade do ar, do espirito que agora atua nos filhos da desobediência" (Efésios 2:1-2). A palavra traduzida "ar" literalmente significa o ar que respiramos. Contudo, neste contexto, obviamente ela não é empregada num sentido literal. A cláusula anterior, "...o curso deste mundo", considera o mundo no sentido das for­ mas de pensamento e ambiente da opinião do mundo desce sistema mundial ímpio. A cláusula seguinte, "do espírito que agora atua nos filhos da desobediência", considera o espírito energizante do mal que há no mundo incrédulo. Ambas as cláusulas falam da dinâmica que motiva e molda a maneira pela qual os homens pensam e atuam. Portanto, no contexto, a pala­ vra "ar" deve estar falando do "ânimo" ou "atmosfera de pensamento." Muitas vezes usamos o termo "atmosfera" nesse sentido. Por exemplo. "Paris tem uma atmosfera zomântica", ou "A atmosfera na sala era opressiva". Diz-se que Satanás é o príncipe e o poder que está atrás da atmosfera dos pensamentos deste sistema mundial, que são inimigos de Deus Antes de crermos em Jesus Cristo e nascermos espiritualmente, estamos inconscientemente dominados por esta atmosfera de pensamento. Como "príncipe do ar", Satanás governa os pensamentos do sistema mundial. Ele deu origem ao conceito de lavagem cerebral muito antes que os governantes humanos o usassem para manipular os prisioneiros de guerra. Neste papel Satanás injeta sua traição no sistema edu­ cativo, na filosofia, nos veículos de massa, nas artes, na moda e na cultura. Ele usará um lago de verdade para disfarçar um litro de veneno. Suas decepções acerca da vida e sua finalidade são letais. Qualquer namoro com os


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caminhos do mundo pode levar a adultério espiritual (Tiago 4:4). Quando pensamos que ele é que controla todas essas formas de pensamento e reconhecemos os modos pelos quais somos bombardeados todos os dias por essas fontes, come­ çamos a ver quão mortal pode ser o sistema do mundo. Ao mesmo tempo, começamos a entender a importância da pro messa de I João 5:4-5: “Porque tudo o que é nascido de Deus vence o mundo: e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é o que vence o mundo senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?" Com nossos corações concentrados em Jesus, estamos constantemente tendo nossas mentes renovadas pela visão que Deus tem da vida, a qual é alheia ao ponto de vista humano do sistema mundial. O ponto de vista humano da vida olha para os proble mas diários bem como para todas as complicações de viver neste mundo do ponto de vista da capacidade humana de estar à altura deles. O ponto de vista divino olha para a vida a partir da capacidade de Deus para lidar com ela por meio de você que se rendeu. Compete a Ele lidar com suas tentações e necessidades. Há paz da mente, estabili­ dade e poder para aquele que tem o ponto de vista divino. É por isto que Romanos 12:2 diz: “Que o mundo que nos rodeia não vos comprima nos seus próprios moldes, mas deixai Deus reformar a vossa mente" (tradução de J. B. Phillips). (3) DEUS DESTE SÉCULO Q terceiro título de Satanás é “o deus deste século", que vem da palavra grega "aion". Muitas vezes isto sígtti* Tica o pensamento predominante de uma determinada era. Satanás está constantemente mudando a coisa “em voga", de sorte que quando você chega “onde ela está", você des­ cobre que está onde ela estava. A marcha está aceleran­ do; o sistema do mundo está mudando tão depressa que mesmo o mundo não consegue acompanhar o passo. No futuro, as velhas instituições vão mudar tão rapi­ damente que as pessoas chegarão a um tremendo estado de instabilidade e distúrbio emocional resultando em pro­ blemas psicológicos. Nada será digno de confiança, está vel ou certo. “O deus deste século" também se refere à atividade de Satanás em relação à religião Ele gosta de religião Ela é seu trunfo para cegar nossas mentes à verdade. Ele


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é o deus de todos quantos não seguem a Jesus Cristo. Aqueles que adoram em qualquer forma religiosa à parte de Cristo estão, em última instância, sendo iludidos por Satanás. É confortador saber, contudo, que Satanás não pode cegar permanentemente as mentes dos que verdadeiramente estão buscando conhecer a Deus. Onde quer que uma pessoa possa estar, seja na Lapônia ou na África, em Dubuque ou Denver, as Escrituras dizem que ela pode chegar a um estado consciente de Deus. "Deus, entretanto, mostra do céu a Sua ira contra todos 09 homens pecadores, maldosos, que repelem a verdade. Pois a verdade sobre Deus faz-se conhecida a eles instintivamente; Deus pôs esse conheci­ mento em seus corações. Desde os primeiros tempos os homens viram a Terra, o céu e tudo quanto Deus fez, tendo conhecido Sua existência e Seu grande e eterno poder. Assim, eles não terão desculpa alguma (quando estiverem diante de Deus no Dia do Juizo)" (Romanos 1:18-20, O Novo Testamento Viuo). Se um homem deseja sinceramente conhecer a Deus, então Deus moverá céus e terra para dar-lhe suficiente luz de maneira que ele tenha o conhecimento para lançar-se sobre a misericórdia de Deus. "Buscar-me-eis, e me acha­ reis, quando me buscardes de todo o vosso coração" (Jere­ mias 29:13). Embora Satanás não possa cegar a mente da pessoa que sinceramente está buscando a Deus, na realidade ele cega aqueles que rejeitam a luz que possuem. Este é um fato duro que cada pessoa deve enfrentar, não importa quão boa seja em sua própria opinião, não importa a que bons prin­ cípios obedeça, não importa quantas boas obras pratique. Se não está seguindo a Cristo, inconscientemente está se­ guindo a Satanás, “o deus deste século” "Se para alguém a Boa Nova que pregamos está oculta, ela está oculta daquele que vai a caminho da morte eterna. Satanás, o deus deste mundo pecaminoso, o fez cego, incapaz de ver a gloriosa luz do Evangelho que está brilhando sobre ele, ou de compreender a mensagem maravilhosa que pre­ gamos acerca da glória de Cristo, que é Deus” (II Corintios 4:3-4, O Novo Testamento Vivo). VIAJANDO INCÓGNITO J-'* "O mais inteligente ardil do diabo é fazer crer que ele não existe.” (4)


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Esse é o motivo de vermos os retratos ridículos de Satanás com chifres e vestimenta vermelha, exibindo cauda e um sorriso perverso. Se ele for uma figura cômica ou um vilão mitico, há pouco dano que ele possa causar, exceto proporcionar-nos um pesadelo ocasional. As formas incógnitas de Satanás são mais inteligentes do que os disfarces de uma estrela de cinema. Ele se escon de atrás da religião, do intelectualismo, da poesia, da arte. da música, da psicologia, do entendimento humano, e mesmo nosso ‘'ego'' humano. A Bíblia diz: ‘*0 mundo inteiro jaz no maligno1’ (I João 5:19). Todos os homens estão sob o domínio de Satanás até que sejam trazidos a Jesus Cristo. Isso é pesado! Quando nos defrontamos com uma situa­ ção de alternativa ou uma escolha entre branco e preto, a maior parte de nós gostaria de tomar uma posição no centro com um “talvez*' ou atacar pelo meio usando um chapéu cinza. 0 pensamento moderno rejeita a antiquada idéia de que Satanás é a origem do mal e tem o mundo sob seu controle. 0 homem tem tantas explicações para a exis­ tência do mal: pobreza, poluição, políticos, polícia, pais, em­ pregadores, sindicatos, minorias raciais, maiorias raciais... escolha sua causa! Ponha a culpa em alguém, diz o homem, mas não me fale de Satanás Isso é negativo — desagra dável. Os cristãos não se acham isentos dessa incapacidade de entender onde e como Satanás está operando. Na realidade, pelo fato de sua doutrina ter sido negligenciada por tanto tempo, às vezes eles são os menos perspicazes de todos em entender o sistema do mundo. Os jovens cristãos são espe­ cialmente vulneráveis. Como disse Francis Schaeffer: “Temos deixado nua a próxima geração em face do pen­ samento do século XX pelo qual ela está cercada". (5) Satanás não é o homem que está lá embaixo, amonto­ ando carvão numa fornalha eterna. Ele está em dia com tudo o que ocorre; ele está “por dentro*' da última causa. Quando Deus fez a Satanás uma pergunta direta, sua res­ posta revelou ultrajante arrogância: “E o Senhor disse a Satanás: De onde vens? E Satanás — o adversário e acusa dor — respondeu ao Senhor: De andar de um lado para outro na Terra, e de andar nela para cima e para baixo" (Jó 2:2, Bíblia Ampliada). Que quadro ! Satanás percorrendo toda a Terra, constan­ temente fazendo das suas em todo lugar onde pode! Ele está operando em nosso sistema mundial através dos gover-


nos, da educação, dos negócios e da cultura. Vocé dá o nome à coisa — eJe a domará. Este moderno "promotor" tem tido alguma ajuda de seus homens de vanguarda que começaram a planejar sua campanha do século XX faz umas centenas de anos. Fique preparado para as ondas de choque provenientes das bom­ bas de pensamento do século XIX que estão ameaçando trazer toda a civilização para o Armagedom.


SEIS BOMBAS DE PENSAMENTO “Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?" APÓSTOLO PAULO AOS CORlNTlOS

"Nossa filosofia dialética anula todas as noções de verdade absoluta e definitiva.,‘ FREDERICK ENGELS num elogio a KARL MARX

Washington, novembro de 1971 “A explosão atômica de 5 megatons detonada sábado pe­ los Estados Unidos sob a Ilha Amchitka causou o maior tre­ mor de terra produzido pelo homem mas não resultou em dano evidente fora da vizinhança imediata de Amchitka/' (1) Quem se lembra de Amchitka? A explosão naquela remota ilha fez Hiroxima parecer uma bombinha de fabri­ cação caseira. No entanto a influência maléfica oriunda de Amchitka foi menor comparada com as bombas de pen­ samento detonadas por uns poucos homens dos séculos XVIII e XIX, os quais inventaram idéias que expediram ondas de choque para embalar nosso pensamento hoje. A contaminação dessas idéias explosivas tem sido tão devastadora que permeou completamente o pensamento do século XX. Os homens que projetaram essas bombas de pensamento constituem o assunto deste capitulo. Satanás


BOMBA N.° UM: KANT Immanuel Kant foi um filósofo alemão. Ele nunca via­ jou a uma distância superior a cento e dez quilômetros de sua casa na Prússia, onde ele viveu de 1724 a 1804. e no entanto seu pensamento original formulou princípios que ainda influenciam o mundo civilizado. Antes de a filosofia kantiana começar a influenciar os intelectuais da época, a filosofia clássica baseava-se no pro cesso da antítese, o que significa que o homem pensava em termos de causa e efeito. Isto quer dizer que se A é ver­ dadeiro então não-A também não pode ser verdadeiro. De acordo com a filosofia clássica, os valores eram absolutos. O mundo em geral aceitou essas possibilidades de abso­ lutos tanto no conhecimento como nos costumes. Antes de Kant podia-se raciocinar com uma pessoa na base de causa e efeito. Contudo, esse homem com suas críticas começou a pôr em dúvida se as pessoas realmente podiam aceitar fatos que estavam além de seus cinco sentidos. Um moderno filósofo francês descreve o pensamento kantiano assim: "Kant foi capaz de ir definitivamente além

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tomou os conceitos desses homens e os infiltrou na estrutura de pensamento subjacente, para nossa presente perspectiva histórica, educativa, filosófica, sociológica, psicológica, reli­ giosa, econômica e política. Você e eu e nossos filhos temos sido engenhosamente condicionados para pensar em termos contrários aos princípios e verdades bíblicos em todas essas áreas — e sem que o reconheçamos. Há somente uma pessoa que tinha algo a lucrar condi­ cionando tão radicalmente o pensamento da humanidade, e essa pessoa é Satanás. Ele era o gênio verdadeiro e o ímpeto que estava atrás de cada. um desses homens e suas idéias que vamos analisar Reconheço que é uma grave acusação querer dizer que esses homens brilhantes, que de muitas formas fizeram sig­ nificativas contribuições para nosso mundo, foram instrumen­ tos de Satanás para desviar o pensamento dos homens das verdades eternas, mas como o processo contra eles se des­ dobra, creio que as conclusões se justificarão. Você pode achar que parte desta leitura seja um tanto pesada, mas é absolutamente fundamenta] que entendamos como chegamos à presente hostilidade contra o ponto de vista que Deus tem da vida. A análise de cada homem e sua filosofia será breve e se limitará às áreas específicas onde seu pensamento entrou em conflito com a Bíblia.

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do cepticismo e do realismo reconhecendo os característicos descritos e irredutiveis da experiência externa e interna como o fundamento suficiente do mundo’'. (2') Na análise que Kant faz do processo de pensamento ele propôs que ninguém pode conhecer qualquer coisa exceto por experiência. Ele acreditava que a liberdade individual reside na obediência à “lei moral que fala dentro de nós". (3) Kant. portanto, não encontrando base pessoal para acei­ tar os absolutos, disparou as idéias que resultariam na filo­ sofia introduzida por um outro alemão. BOM BA N.° DOIS: HEGEL Hegel tomou as idéias de Kant e começou a dar-lhes impulso. Ele viveu de 1770 a 1831 e deixou uma herança de brutal e violenta chuva radioativa que invadiu nosso século. Ele foi chamado de ditador filosófico da Alemanha. Acreditava que um fato ou idéia (tese) atuando contra outro fato (antitese) produziría um novo fato (síntese). Esta filo­ sofia foi a base das idéias comunistas políticas e econômicas de Karl Marx e do Nacional-Socialismo de Adolf Hitler. Hegel glorificou o Estado. Ele ensinou que o Estado rão tinha de obedecer a leis morais, nem os governos tinham de manter os acordos. Hitler seguiu essa filosofia com perfeição. Segundo o pensamento hegeliano, tudo era relativo. Isto dava ao homem uma aproximação da verdade, uma apro­ ximação da vida em que não havia absolutos, mas somente termos de relatividade. Quando Hegel apresentou a base filosófica para o pen­ samento relativo e rejeitou os absolutos, literalmente ele alterou o futuro curso do mundo. Os absolutos são verda des imutáveis com as quais se pode raciocinar indo de causa para efeito. No pensamento relativo lida-se com pensamento subjetivo no qual causa e efeito não entram. A relatividade baseia-se na mutabilidade. Quando se pensa dessa maneira, diz-se: “Bem, como se «ente a esse respeito agora?" Visto como Hegel acabou com a lógica de causa e efeito, não havia necessidade de verdade última. Com a elimina ção de uma causa ou verdade última, o homem podia mer gulhar de ponta-cabeça sem qualquer necessidade de crer num Deus Criador. Esta filosofia de pensamento relativo logo permeou os sistemas educativos mais elevados da Europa e dos Estados Unidos. O triste progresso (?) posterior foi simples: quanto


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mais as pessoas se educavam, tanto mais elas rejeitavam os absolutos de Deus. da verdade e dos costumes morais. Inclusive aqueles que tinham verdadeira fé em Jesus verifi­ caram que sua fé enfraquecia na faculdade, mas era difícil descobrir por què. 0 Dr. Francis Schaeffer. em seu grande livro, The God Who Is There (O Deus Que Está Presente), mostra que não era tanto a verdade que estava sendo atacada quanto o era a própria base de pressupostos para a verdade. Isto era mui­ to mais sutil. Hoje o estudante médio de faculdade, que não nasceu espiritualmente mediante fé pessoal em Jesus Cristo, não acredita na possibilidade de verdade absoluta. O pensa­ mento relativo agora foi rebaixado aos mais primitivos niveis de educação elementar. É um Cavalo de Tróia que poucos pais cristãos entendem, e muito menos combatem ativamente. BOMBA N* TRÊS: KIKRKEGAARD Da Dinamarca, no século XIX, veio um teólogo filó­ sofo, Soren Kierkegaard. Embora procedesse de um am­ biente cristão, ele rejeitou as crenças geralmente aceitas da Igreja Luterana, a igreja oficial da Dinamarca. Kierkegaard exerceu grande influência na teologia de seu tempo, e é considerado o pai do existencialismo moder­ no. Seus escritos constituem uma negação dos princípios básicos da fé cristã e revelam desdém por aqueles que não concordam com suas buscas intelectuais. Ele foi o primeiro homem a lançar um sistema de pensamento em que o deses­ pero era a corrente subjacente. Em dois livros que o pró­ prio Kierkegaard chamou de “os mais perfeitos livros que eserevi", Fear and Trembling (Temor e Tremor) e The Sickness Unto Deaíh (A Enfermidade para a Morte), os pró­ prios titulos refletem aquele espírito de desânimo. Kierkegaard acreditava que o homem chega a um ponto na vida quando ele conclui que não pode encontrar quais­ quer motivos definidos para a verdade ou para a vida. Para encontrar finalidade ele tem de dar um salto de fé que não tem absolutamente racionalidade a apoiá-lo. Nos escritos de Kierkegaard há desprezo por aqueles que não pensam de acordo com seu plano intelectual. É compreensível que sua filosofia não aceitasse as verdades bíblicas. Por exemplo, em seu volume Fear and Trembling ele escreveu desdenhosamente: “Com freqüência se ouve ciizer — por homens que por falta de perder-se em estudo ficam absorvidos em frases — que brilha uma luz no mundo


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cristão ao passo que as trevas pairam sobre o paganismo. Este pronunciamento sempre me pareceu estranho, porquan­ to todo pensador profundo e *odo artista sério são, mesmo em nossos dias, rejuvenescidos pela juventude eterna da raça grega”. (4) Kierkegaard foi um dos primeiros proponentes da filo­ sofia que dominou completamente o mundo intelectual até nosso tempo. Ele introduziu os princípios de Kant e Hegel na teologia da fé cristã. A idéia de que não há base racio­ nal para as coisas que estão além dos cinco sentidos, mas que devemos dar um salto irracional de fé cega para encon­ trar finalidade na vida veio do ensino de Kant. A idéia de que não há verdade absoluta e que devemos, portanto, encontrar razões relativas sobre as quais basear nossa vida resultou do ensino de Hegel. Este foi o começo do “pensa mento existenciar'. Creio que isto deu uma estrutura filosófica para “os en­ sinos de demônios" que Paulo disse varreríam o mundo nos últimos tempos antes da volta de Cristo. Quando Karl Barth surgiu no princípio do século XX e desenvolveu um “novo" sistema de teologia denominado “Neo-ortodoxia” (o qual não era novo nem ortodoxo), esse pensamento existencial, relativo, divulgou-se completamente pela Igreja cristã. BOMBA N.° QVATRO: MARX Karl Marx, um dos mais influentes homens a explodir suas idéias no cenário mundial, foi um alemão nascido em 1818 e vinha de uma longa linha de preeminentes eruditos e rabinos. Seu pai rompeu a tradição religiosa de sua famí­ lia e se tornou protestante quando Karl era criança. Karl foi um estudante brilhante e. do que sabemos por via de seus biógrafos, um homem que não fazia ou não conservava amigos. De temperamento quente, sorumbático e intenso, ele permitia que sua esposa e filhos quase mortos de fome vivessem em pobreza cruel enquanto ele se devo tava a seus estudos intelectuais. Marx e o único amigo íntimo que ele teve, Friedrich Engels, foram cooperadores por muitos anos no movimento que mudou o curso da história moderna. À medida que vemos a vasta cadeia de influência esta­ belecida pelos filósofos e escritores do século XIX, não seria de surpreender que Marx se envolvesse na Universi­ dade de Berlim com um grupo de ala esquerda que adotava a filosofia de Hegel. O principal golpe desse grupo naquele tempo era expulsar o Cristianismo. Marx foi inspirado em


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sua indagação intelectual a iniciar um movimento para refa zer o mundo. (Pelo menos esse desejo foi parcialmente cum­ prido gerações após a sua morte.) Quando Marx e Engels se juntaram para formular o grande projeto que tornaria este aguerrido planeta uma utopia, eles já haviam decidido que o principal caminho para alcançá-lo seria por meio de uma sociedade sem classes. Viram o proletariado (a classe do trabalho assalariado^ num estado de guerra, ou conflito, com a burguesia (a classe dos proprietários). Segundo o pensamento marxista, os donos de propriedade eram os exploradores, e os operários eram os explorados. O marxismo aplica o principio da dialética, ou a arte de raciocinar, a esta inevitável luta de classe de ma­ neira que podemos ver imediatamente a influência de Hegel. Três elementos estão em operação: a tese (uma força po sitiva) e a antítese (uma força contrária) resultando num choque que produziría uma nova idéia de força (síntese). Este choque proveria a dinâmica que lançaria a sociedade em algum novo desenvolvimento. Marx e Engels acreditavam que essa grande e gloriosa luta de classe eliminaria a causa de todos os passados con­ flitos da sociedade. Pensavam que a causa de todas as lutas e guerras humanas podia ter sua origem nesse ter­ rível mal — a propriedade privada. Se a grande classe em ascensão destruísse a propriedade privada, então nada have­ ría por que lutar e todos poderíam viver felizes dai para a frente. Para refazer o mundo ao longo das linhas dessa socie­ dade sem classes, o marxismo emprega todas as armas: não apenas bombas, canhões e tanques, mas também as ar­ mas da educação, religião, comércio, economia e cultura. A melhoria material da sociedade será provocada por quaisquer métodos úteis à causa. O fim justifica os meios. As metas que Marx estabeleceu foram: abolir a pro­ priedade privada: centralizar todo o poder nas mãos do Estado: controlar o mundo. Coletivizar, centralizar, controlar. Marx acreditava que a classe proprietária usava a reli­ gião como um dispositivo para suprimir a “classe explo­ rada”. Isto se estendeu à filosofia do comunismo moderno que tem uns poucos princípios básicos: tudo pode ser expli­ cado pela matéria (o cosmonauta soviético que não viu sinais de Deus na estratosfera): o materialismo é o começo e o fim da realidade. “O intelectual comunista acredita que tudo quanto exis­ te surgiu como resultado de movimento incessante entre as

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forças da natureza. Tudo é produto de acidente acumulado. Não hà desígnio. Não há lei. Não há Deus. Há somente matéria e força na natureza.M(5) Marx justificava a violência para realizar a nova socie­ dade sem classes, embora ele expusesse os ideais sociais t econômicos do comunismo utópico Suas idéias e seus obje­ tivos permearam todos os aspectos do pensamento e da vida do século XX. 0 finado .1 Edgar Hoover disse: “0 comunismo tem mui­ tas coisas: um sistema econômico, uma filosofia, um credo político, um condicionamento psicológico, uma doutrinação educacional, um modo de vida dirigido** <6) É tempo para o mundo reconhecer que o comunismo não c simplesmente outra filosofia política, mas uma religião — uma religião que promete utopia a seus devotos. 0 Estado c cultuado em lugar de Deus 0 comunismo trata de pro­ blemas básicos tais como: Que é o homem? Qual o mais fundamental problema do homem? Como pode o homem libertar-se deste problema? Qual o destino do homem? Em todos esses pontos o comunismo oferece respostas diametral­ mente opostas à verdade de Deus. BOMBA N.° CINCO: DARWIN Quando Darwin, um inglês do século XIX. entrou em cena, causou verdadeira sensação no mundo científico e não-cientifico. Darwin acumulou uma vasta quantidade de fatos científicos e apresentou uma teoria que lida com o desenvolvimento das plantas e dos animais. Esta teoria, cm forma simples, dizia que as coisas vivas aumentam mais rapidamente do que as pessoas pensam. A Terra não pode prover espaço e alimento para todos os descendentes dessas coisas vivas: os membros de cada espécie competem, pois, por uma oportunidade de viver Esta competição provoca um processo chamado seleção natural, ou a preservação daque­ las formas de vida mais aptas para sobreviver na luta pela existência. Em esscncia, esta é a crença de que as formas inferiores avançam para formas mais elevadas nesta luta pela existência. Quando Darwin tomou suas teorias dos reinos vegetai e animal e as transferiu para o homem, as chispas atearam fogos educativos que chegam a nosso tempo. De um lado estava a teoria de Darwin, amplamente apoiada, de que toda a vida, incluindo o homem, evoluía de formas inferio­ res, e de outro estava a Bíblia que no relato de Gênesis afirma que Deus criou o homem, os animais e as plantas


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“segundo as suas espécies"; eles não evoluiram de formas inferiores. Conflito! Hegel e Marx ficariam felizes — um cientista usando suas teorias de tese, antítese e sintese. Hoje, embora ouçamos uma boa dose acerca da teoria da evolução, mesmo alguns livros de consulta a colocam na categoria de fato. Uma nova série de consulta diz: "A con­ cepção popular de que o darwinismo é simplesmente a teoria da evolução aplicada à origem do homem está longe de ser correta. Sua novidade reside não na concepção da evolu­ ção. mas numa explosão de uma provável causa da evolução tão clara e convincente a ponto de remover a teoria da esfe­ ra da especulação filosófica para a esfera da vida prá­ tica”. (7) Em The Naked Ape (O Macaco Nu), um livro muito recomendado por professores de ginásio e faculdade a seus alunos de psicologia, o autor afirma: "Se aceitarmos a his­ tória de nossa evolução, então um fato se distingue clara­ mente: a saber, que surgimos essencialmentc como preda­ dores primalas". (8) Isto nutre a idéia de que visto como o homem não é mais do que um animal, ele deve atuar como um deles. Hegel introduziu a base filosófica para que o homem não veja necessidade de um Deus Criador. Darwin introduziu o que parecia ser uma base científica para não se crer num Deus Criador perante quem o homem era responsável. O impacto desta bomba de pensamento é que desde que o homem não teve começo especial, ele não tem finalidade ou destino especial. Este pensamento leva muitos a afun­ dar-se num comportamento amoral, na desorientação e no desespero. BOMBA N.° SEIS- FREUD Sigmund Freud, nascido na metade do século XIX na Áustria, foi "muito atraído pelas teorias de Darwin por que elas ofereciam a expectativa de um avanço extraordi­ nário do conhecimento humano". (9) Freud. fundador da psicanálise, era ateu. Suas idéias, seus ensinos, seu conceito do inconsciente tornaram-se tão fundamentais à atitude mental do século XX que “sem eles muito da vida moderna é ininteligivel". (10) Freud define a psicanálise como um "método de trata­ mento para os que sofrem de distúrbios nervosos". (11) A doutrina que promoveu esse tipo de tratamento baseia-se nas opiniões fundamentais que Freud tinha da natureza humana


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— opiniões que formaram a base para a sociedade permis­ siva em que vivemos hoje. Se uma pessoa hoje sabe ou não qualquer coisa a res­ peito de Freud, se ela apenas pensa que Freud é alguém que inventou esses “lapsos" que ouvimos mencionados tão frequentemente, ou se é um estudioso que estudou suas obras durante anos, tudo isso é produto da ética freudiana. Em que é que Freud acreditava? A raça humana é moti­ vada principalmente pelo prazer; tudo começa e termina com o sexo. O homem é reprimido pela sociedade no cumpri­ mento de seu impulso inconsciente de gratificação de seus desejos eróticos; esta repressão o faz infeliz. A consequên­ cia do conflito entre nossos instintos buscadores do prazer e a repressão exercida por nossa sociedade é a neurose. "As doutrinas de Freud, e particularmente sua ética, são o produto deste conceito da raça humana. Não há fina­ lidade na existência do homem. Não há objetivo na pre­ sença da humanidade na Terra. Não há Deus... e se é assim, tudo é permitido." (12) Freud lançou firmemente os alicerces da permissividade extrema. Ele simplesmente apresentou as conclusões lógi­ cas do comportamento para o homem como a mais elevada forma da cadeia evolutiva. Um proeminente médico escreveu: "...os intelectuais e os abastados promovem e defendem uma permissividade extrema sem mesmo reconhecer que estão contaminados pela ética freudiana, a ética que declara que tudo é permi tido, que a sindrome da permissividade é o impulso natural de um ser humano ser livre da sociedade e que ele não deveria ser reprimido ou mesmo controlado". (13) O interesse no sexo, que estava apenas conseguindo um domínio carnal no começo do freudismo norte americano, explodiu em nosso tempo. É irônico, todavia, que a influên­ cia da ética freudiana esteja crescendo depressa enquanto seu filho intelectual, a psicanálise, parece estar morrendo. FRUTOS DE FREUD Estamos colhendo os frutos da permissividade. Há um crime de homicídio cada trinta e três minutos nos Estados Unidos. Esse pais está "mantendo sua distinção infeliz e de longa data, de liderar as nações ocidentais adiantadas na taxa em que seus cidadãos se destroem uns aos ou­ tros... Ele tem levado muitos cientistas do comportamento a começar a falar acerca de uma 'crise de violência’ na­ cional". (14)


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0 padrão que vemos vai da permissividade à desinte* gração. O estado de desordem na família norte-americana, fomentado em nossa sociedade permissiva, tem contribuído para o fenômeno da fuga. Cada semana, mais de 10 mil crianças norte-americanas fogem dos lares, das escolas e das instituições. Por quê? As ondas de choque dessas bombas de pensamento estão começando a demolir nossa sociedade. Um jovem fugitivo disse: "Realmente fui estragado por minha mãe. Ela me deveria ter dito 'não' quando eu era pequeno. Agora ela está tentando corrigir o erro e diz ‘não’ a tudo. mas é tarde demais". (15) Um oficial de Policia de um subúrbio de alta classe de Chicago disse: "Torna-se uma forma de extorsão que as crianças usam com relação aos pais. Talvez os pais não permitam que o garoto fique fora tão tarde quanto ele de­ seja, por isso ele foge. Alguns desses pais têm recebido ameaças dos filhos desde o tempo em que eram pequenos. Eles deviam aceitar o desafio das crianças e não ceder". (16) Muitos de nossos modernos manipuladores da mçnte, os teoristas educacionais dos Estados Unidos do século XX, não sabem a diferença entre uma sociedade livre e uma sociedade permissiva. Um colunista que escreve para uma agência de notícias disse: "Sob a tutela piegas deles, temos criado duas gerações de filhos que supõem que a disci­ plina é cruel, que a obediência é coisa do passado". (17) Os defensores da escola permissiva estão observando com horror os frutos que estão surgindo na forma de vio­ lência, alienação de seus. filhos, e a trágica desintegração das famílias. EVOLUÇÃO PARA A REVOLUÇÃO: LENINE As bombas de pensamento estão chegando mais perto de nossa época. Lenine morreu há uns cinquenta anos, dei­ xando uma herança de brutalidade e violência para as gera­ ções seguintes. Provavelmente mais do que qualquer outro homem. Lenine seja o construtor do comunismo moderno. Ele pregou uma filosofia e adicionou o ativismo. Lenine não era um simplório. Ele teve altas notas como estudante de direito e tornou-se um firme marxista. Ele tinha uma crença muito fundamental: ateísmo. Ele refere-se à religião como o "ópio do povo”. Lenine empregou o terror, o assassinato e a policia secreta para esmagar toda oposição contra-revolucionária às


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suas idéias e se tornou ditador da Rússia Soviética. Elt acreditava que para ter êxito a revolução devia ser domina da intelectualmente por um grupo pequeno e totalmente leal de revolucionários treinados, e com esta intensidade de crença ele leve êxito em criar uma força que cruzaria as fronteiras nacionais e uniria os socialistas numa classe uni­ versal. Este grupo estaria resolvido a nada menos do que uma vitória comunista de âmbito mundial. Em 1917 Lenine declarou: “Destruiremos tudo e sobre as ruinas construiremos nosso templo! Será um templo para a felicidade de todos. Mas destruiremos a burguesia toda, reduzi-la-emos a pó... Serei inclemente com todos os contra-revolucionários”. Desde 1917 a História tem testemunhado o impacto do que Lenine queria dizer: Hungria, Checoslováquia. Alema­ nha Oriental, os Bálcãs. Cuba. China. Na filosofia comunista, o homem é tratado com a lógica fria da “sobrevivência do mais apto”. Uma vez que não há Deus, e uma vez que o homem não tem destino ou finalidade especial, mas é simplesmente matéria em movi­ mento, pode-se dispor dele sem consciência. A vida do indi­ víduo não é importante. O Estado é tudo.

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DEMÔNIOS NA LINHA DE FRENTE Às vezes Satanás opera abertamente no sistema mun­ dial mediante os governos e lideres dos paises. Frequente­ mente tem sido dito, mesmo por aquelas pessoas que têm pouco conhecimento ou crença em seres sobrenaturais, que Adolf Hitler era possuído de demônio. Contudo, a extensão da influência sobre o curso da história da Alemanha por parte de outro homem estranho e não muito conhecido, que segundo ele mesmo admite era possuído de demônio, é um fato espantoso comunicado por William L. Shirer. “Prova velmente não seja exagero dizer, conforme tenho ouvido mais de um seguidor de Hitler dizer, que Chamberlain (Houston Steward Chamberlain. um dos mais estranhos in­ gleses que já viveram) foi o fundador espiritual do Ter ceiro Reich." (18) Eis a descrição que Shirer faz de Chamberlain, o homem que inspirou Hitler e seu insano reino de terror e poder: “Hipersensível e neurótico e sujeito a freqüentes colapsos nervosos, Chamberlain era dado a ver demônios que, por conta dele mesmo, o forçavam inexoravelmente a buscar novos campos de estudo e viver bem com seus escritos pro­ digiosos. Uma visão após outra forçaram-no a mudar-se da


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Biologia para a Botânica, para as Belas-Artes, para a Músi­ ca. para a Filosofia, para a Biografia, para a História. Uma vez. em 1898. quando ele retornava da Itália, a presença de um demônio tornou-se tão imperiosa que ele desceu do trem em Gardone, fechou-se num quarto de hotel durante oito dias. e. abandonando algum trabalho sobre música que ele tinha cm vista, escreveu febrilmente sobre uma tese hiológica até que ele recebeu o germe do tema que domi­ naria todas as suas obras posteriores: Raça e História Desde que ele se sentiu aguilhoado por demônios, seus livros (sobre Wagner. Goethe, Kant. Cristianismo e Raça) foram escritos sob controle de uma terrivel febre, um ver­ dadeiro transe, um estado de intoxicação auto-induzido, de sorte que, conforme ele diz em sua autobiografia, Lehenswege (Por Amor ã Vida), muitas vezes ele era incapaz de reconhecê-los em sua própria obra. Mas foi sobre o Terceiro Reich. que não chegou senão seis anos depois de sua morte mas cuja vinda ele previra, que a influência desse inglês foi muitíssimo grande. Suas teorias raciais e seu senso ardente da destino dos alemães e da Alemanha foram adotados pelos nazistas que o acla­ maram um de seus profetas. Durante o regime de Hitler, livros, panfletos e artigos jorravam dos prelos enaltecen­ do o ‘fundador espiritual da Alemanha Nacional-Socialista.” (19) AS COISAS PROFUNDAS DE SATANÁS À medida que eu examinava as filosofias dos homens e movimentos que exerceram influência sobre os dois últi­ mos séculos, comecei a entender o que o capitulo 2 de Apo­ calipse quer dizer quando fala rias coisas profundas de Satanás (Apocalipse 2:24). Há coisas muito profundas atrás dos padrões de pensamento de nosso tempo, introduzidas por muitos dos fabricantes de munição filosófica do passado. Esses são os homens que foram à frente, para a aproxima ção do homem à verdade hoje. A maioria'da educação secular (à parte daquela rela­ cionada com a forma cristã da verdade que se encontra na Bíblia) baseia se nesses conceitos. Quando pensamos acerca de moralidade no mundo, não há meio de estabelecer o que á certo e o que é errado porque não há meio de relacio­ ná-lo com Deus. Moralidade se torna um sistema baseado em pesquisa de opinião pública. Ai é onde estamos. Esse é o tipo de pensamento que se espalhou pelo mundo educado.


0 sistema mundial estabeleceu esta atmosfera de pen sarnento que busca sutilmente ganhar apoio no pensamento dos crentes. Uma vez feito isto, exerce uma constante pres são para afastá-lo do ponto de vista divino da vida. Graças a Deus que “ ...as armas da nossa milícia não são carnais (isto é. recursos humanos), e, sim, poderosas cm Deus, para destruir fortalezas; anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levan­ do cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (II Colintios 10:4-5). À medida que simplesmente conservamos nossos olhos da fé concentrados na capacidade de Jesus para operar em nós e continuarmos confiando Nele para ensinar-nos a Pa­ lavra de Deus, verificamos que “maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo (sistema)' (1 João 4:4).


SETE MANIPULADORES DA MENTE “Nunca houve na história norte-americana um tempo em que o povo necessitasse mais de saber o que está atrás das erupções e rupturas que começam a lacerar a sociedade e a desfigurar a história." McCANDLISH PHILLIPS, Comentarista do New York Time

0 controle do pensamento revolta-me. Homens livres devem ser capazes de pensar por si mesmos. Lembro-me de um filme de ficção cientifica que me im pressionou por causa de suas implicações de longo alcance. Talvez fosse um filme de categoria B, classificado G — difi­ cilmente poderia concorrer a um Prêmio ‘‘Oscar’' da Aca­ demia, — mas nunca mais me esquecerei dele. Criaturas vindas do espaço exterior invadiram este planeta, capturaram seres humanos e os levaram para sua nave espacial. Quando tiveram as pessoas da Terra amarra­ das e anestesiadas, eles implantaram pequenos receptores elétricos na parte traseira de suas cabeças. Os invasores ficaram com os transmissores controladores e devolveram os terráqueos a seus trabalhos e à sociedade. Algumas das pessoas que estavam sob controle remoto mataram seus próprios maridos e esposas, cometeram crimes vis e trans­ formaram seus estilos de vida em paródias de suas antigas


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selvas porque seus pensamentos e ações eram controlados por esses invasores extraterrestres. Isso descreve Satanás exatamente. Ele é um invasor extraterrestre que implantou seu receptor fundo em cada coração humano. Esse receptor se chama “a carne" ou a natureza de pecado. Ele também emite suas mensagens para nossas mentes por intermédio do vasto e altamente organi zado sistema que ele controla É por isto que Deus nos diz: "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus. para destruir fortalezas. Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e. sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mum do tenebroso..." (2 Coríntios 10:4; Efésios 6:12). Os extremos do comportamento criminoso não são os únicos meios pelos quais Satanás opera. Seu controle da atmosfera de pensamento no sistema mundial é mais mortal do que o aço frio de um revólver em suas costas. Seu modus operandi tem alcançado tanto êxito que mesmo os cristãos estão constantemente sendo seduzidos a deixar o ponto de vista divino da vida e cair na trama enganosa de Satanás. Bombardeado de todos os lados, minados pela filosofia, edu­ cação, formas de arte, música, veículos de comunicação em massa, costumes e modas do dia, o sistema mundial nos arrastará em rodopio para sua cloaca se não entendermos como estamos sendo empurrados e onde podemos escorregar. Satanás sempre criou confusão no mundo. Há dezenove séculos o Apóstolo Paulo advertiu energicamente os cristãos: "Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia c- vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" (Colossenses 2:8). Esta é a advertência: não devemos ser levados cativos por Satanás por meio da filosofia, a qual ele sempre usou como um meio sutil e lógico de afastar da Verdade as mentes dos homens. Hoje esses desvios filosóficos são usados mais poderosamente do que em qualquer outro tempo. A manipulação da mente no século XX assume muitas formas. Nos campos da psicologia e da sociologia, um dos modernos planejadores sociais a atingir proeminência de uma maneira espetacular é B. F. Skinner. O MERGULHO DE SKINNER Em 1971, a revista Time trazia uma estória de capa a respeito do homem que diz "já não podemos mais permitir a liberdade, e por isso ela deve ser substituída por controle


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sobre o homem, sua conduta e sua cultura". (1) Esta tese, proposta nãn por um escritor de ficção, mas por um homem de ciência, levanta o espectro de uma sociedade do estilo 1984 rie Orwell, que pode tornar se realidade. B. F. Skinner. a quem Time chama de "o mais influente dos psicólogos norte-americanos vivos", argumenta que a livre vontade ú uma ilusão: ele alega que visto como o homem já está controlado por influências externas, ele deve­ ria planejar seu meio ambiente de maneira que o comporta­ mento desejado será garantido. No mundo skinneriano, a utopia seria alcançada condicionando-se o homem para ser­ vir a interesses de grupo Como se poderia fazer isto? Skinner crê que "o compor­ tamento humano pode ser predito e moldado como se fosse uma reação química". O modo de fazê-lo, pensa ele, é mediante a "tecnologia do comportamento", uma ciência de controle, ainda em desenvolvimento, que objetiva mudar o meio ambiente em vez de mudar as pessoas, que busca alte­ rar as ações em vez dos sentimentos, e que desloca a ênfase psicológica costumeira do mundo que está dentro dos homens para o mundo que está fora deles. Diz-se que Skinner crê que um “homem interior é uma superstição que teve origem, como a crença em Deus. na incapacidade do homem de compreender seu mundo". (2) Este importante expoente do comportamentismo, que negaria a própria existência de uma vida da alma, muito menos aceitaria a possibilidade de necessitar um nascimento espi­ ritual. Esta é uma opinião extrema de manipular o homem, e muitos psicólogos respeitáveis rejeitam os métodos de Skinner. Contudo, o fato amedrontador quanto ao livro de Skinner, Beycnd Freedom and Dignity (Além da Liberdade e Dignidade), é que alguns jovens intelectuais estão come­ çando a levá-lo a sério. Quem teria sonhado que os escritos de Karl Marx encontrariam adeptos tão dedicados — ou que a tese maluca de Chamberlain de uma raça dominadora inspiraria zelo fanático por seus princípios dentro de uma geração? Tudo o de que essas novas panacéias radicais para solução dos problemas do mundo necessitam a fim de flores­ cer é de tempos de crise e lideres satanicamente inspirados como Lenine e Hitler. Poderia dar se o caso de que a figura há muito temida da profecia biblica, o Anticristo, surgisse para realizar as doutrinas básicas do Dr. Skinner? Segundo as últimas projeções dos cientistas, eruditos e estadistas, os tempos que temos logo à frente serão próprios para tal

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fenômeno. As maiores crises na história do homem são uma certeza matemática segundo os projetos feitos por computa­ dor do "Projeto Predicamento do Homem", patrocinado pelo prestigioso grupo internacional chamado o Clube de Roma (3). Mas antes que os jovens intelectuais de idade ginasial e de faculdade se defrontem com algumas das mais avançadas técnicas de um Skinner, eles já se tornaram dóceis pelo dobrador de mentes em seus anos pré escolares e de curso primário. JAMAIS SE CURVE Talvez em nenhum lugar o ponto de vista do mundo moderno se tenha tornado mais obviamente contrário ao ponto de vista de Deus do que na área do relacionamento pais-filhos. Os conceitos fundamentais de disciplina, respeito à autoridade, absolutos, e moralidade, têm sido radicalmente transformados nos conceitos de educar filhos e do sistema educacional público. A síndrome permissiva não é algo novo. pois as gerações recentes têm-se nutrido dela desde as sementes plantadas por homens tais como Freud, Dewey e Spock. Esses homens estiveram à frente em aplicar o pensamento relativo e os padrões de vida sem normas ao nível da criança. A filosofia de Freud é complexa, porém ela é mais bem descrita por sua teoria da “repressão". Repetidas vezes em seus escritos Freud retorna à questão da repressão do homem pela sociedade em que ele vive “A repressão c c fato” básico da infelicidade do homem, em seus conflitos interiores, pois a sociedade reprime o indivíduo, e dessa maneira o indivíduo é forçado a reprimir-se." (4) O pensamento freudiano diz que os problemas desde a infância até ao estado de adulto são o resultado de repressão, mas a Biblia diz: "Corrige o teu filho, e te dará descanso, dará delicias à tua alma" (Provérbios 29:17). John Dewey, um homem que expulsou os conceitos tra­ dicionais de umas poucas gerações atrás (que há leis morais fixas e verdades eternas), rejeitou Deus e a idéia de que o homem tem alma. Suas teorias educacionais desdenharam o individualismo e promoveram a idéia de que o homem deveria perder sua individualidade encontrando aceitação e absorção na grande massa. A filosofia educacional de Dewey estava edificada sobre princípios permissivos, embora as idéias fossem denominadas "educação progressista", e não educação permissiva. A Associação de Educação Progressis­ ta, inspirada nas opiniões de Dewey, colocou algumas doutri-


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nas deste em seus estatutos, por expressões tais como: “O comportamento dos alunos será governado por eles mesmos, de acordo com as necessidades sociais da comunidade", e "Interesse será o motivo para todo o trabalho". (5) Que significa tudo isto? Erich Fromm, renomado psicó­ logo, escreveu: “O principio básico dessa autodeterminação foi a substituição da autoridade pela liberdade, para ensinar a criança sem o emprego de força, apelando para sua curio­ sidade. .. esta atitude marcou o começo da educação pro gressista e constituiu um passo importante no desenvolví mento humano". (6) Certamente um professor deveria esfor­ çar-se por ser interessante e prender a curiosidade natural da criança. Mas o que esses homens propuseram foi educa­ ção sem exigências ou estruturas específicas. Diametralmente contrárias a esta forma de pensar estão as instruções de Deus: "A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela" (Pro­ vérbios 22:15). O Dr. Benjamin Spock, o pediatra que se tornou político, em seu famoso manual para os pais, Baby and Child Care Cuidado do Bebê e da Criança), aconselhava os pais da csente geração a não restringir o complexo de permissividade dos filhos. O conselho de Spock foi seguido por milha­ res de pais que criaram seus filhos com este livro sob um braço e o bebê no outro. Dizia-se aos pais que não batessem, mas argumentassem. De acordo com a escola de pensamen to Dewey-Spock, os princípios antiquados da surra com cor­ reia no barracão do quintal não eram uma demonstração de amor. Deus quer que disciplinemos nossos filhos, mas certa­ mente ele não perdoa a brutalidade. Algumas das surras e dos castigos cruéis praticados por aqueles que desabafam suas próprias frustrações e ódios sobre os filhos são des­ prezíveis. Os filhos provarão os pais até onde puderem. Eles irrita­ rão, terão mau comportamento e desobedecerão até que a autoridade paterna se faça sentir por meio de ação, não ocasionalmente, mas de modo consistente. Deus não é cruel; Ele é justo — por isso Ele disciplina Seus filhos com amor. E é assim que Ele nos ordena disci­ plinar nossos filhos — em amor, não em ira. Diz a Bíblia: "O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina*’ (Provérbios 13:24). Disciplinar cedo significa disciplinar firmemente, cons­ tantemente, incansavelmente e pacientemente. Não ê uma coisa esporádica.


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RESULTADO RADICAL NA EDUCAÇÃO Embora a filosofia permissiva dos seguidores de Dewey se tenha infiltrado em nosso sistema educativo por várias formas, poucos admitiriam que as teorias extremas de um desconhecido que lhe é comparável, de nome A. S. Neill, são aceitáveis em nossos sistemas de escola pública. Contudo, se você perguntar à maioria dos estudantes de faculdade nos cursos de preparação de professores se eles já ouviram falar de “SummerhiH”, eles responderíam que “sim*‘. A. S. Neill começou sua aproximação radical na educação de crianças em sua escola “SummerhiH”, na Inglaterra. 0 método de SummerhiH espalhou-se pelos Estados Unidos e está sendo adotado em muitas escolas particulares e escolas públicas experimentais. Se não se exigisse que as idéias de Neill fossem lidas em tantos cursos de faculdade e não fossem tão amplamente aceitas em círculos intelectuais, elas podiam não ser importantes nesta parte acerca de educação. Mas o que B. F, Skinner é ao extremo em pensamento psicológico, Neill é ao extremo em círculos educacionais. Em SummerhiH, e noutras escolas que seguem seu padrão, não há regulamentos, não há cursos estabelecidos de estudo. Liberdade é o ponto máximo; felicidade é o alvo. “Não há necessidade alguma de ensinar as crianças como comportarse. Uma criança aprenderá o que é certo e o que é errado a seu tempo... contanto que não seja pressionada.” 7) Neill acredita que todas as crianças nascem boas: por­ tanto, não há necessidade de redenção. Ele crè que a ins­ trução moral torna uma criança má, que “não há caso, qualquer que seja. para instrução moral das crianças". (8) O homem que deu origem a essa aproximação radical da educação escreve: “ ...repito que os pais estão estragando as vidas de seus filhos ao impor-lhes crenças antiquadas, maneiras antiquadas, costumes antiquados”. (9) A Bíblia diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele" (Provérbios 22:6) TREINAR. . NO CAMINHO EM QUE ELE DEVE ANDAR Uma caricatura publicada no Los Angeles Times mostra­ va uma Estátua da Liberdade amarrada e amordaçada com um professor apoiando-se nela e dizendo: “Olhe. tudo o que eu quero é a verdade, toda a verdade, e nada senão a ver­ dade... conforme eu a vejo”. Muito da educação formal que temos hoje é um produto da “verdade... conforme eu a vejo”. Quando foi construída


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a escola de educação permissiva, os engenheiros sociais foram os construtores esforçando-se por um novo mundo, uma sociedade melhor através da orientação do homem e seu comportamento Disse Bertrand Russell: *'0 homem agora só precisa de uma coisa para sua salvação: abrir o coração para a alegria. Ele deve erguer os olhos e dizer: ‘Não, não sou um miserá­ vel pecador'. ”(10) A Bíblia diz- “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores... porque todos pecaram e carecem da glória de Deus” (1 Timó­ teo 1:15: Romanos 3:23). H. G. Wells disse: “É o triângulo do Socialismo, Lei e Conhecimento que estrutura a Revolução que pode ainda salvar o mundo" fll) A Bíblia diz de Jesus “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4*12) Esses homens nunca apresentarão uma cura adequada para os problemas fundamentais do homem porque eles começaram com uma diagnose errada. E assim continuam os planificadores sociais e os enge­ nheiros educacionais, crendo que o homem é basicamente bom e que de certo modo ele pode elevar a sociedade e criar um mundo melhor por seus próprios esforços. Entrementes, o sistema escolar anula os absolutos e dilacera os valores morais à medida que ele cai nas garras do sistema mundial. Estudantes e pais devem acordar! Precisamos de avaliar cuidadosamente o que o sistema educativo está favorecendo nos métodos dos manipuladores da mente. À medida que se faz maior esforço para centralizar e controlar a educação, há maior urgência do que nunca para aprender e entender qual é a verdade de Deus. MANIPULADORES DA MENTE. NA ARTE É "moda” ser entendido em arte. Não há dúvida que a arte causa um verdadeiro impacto sobre os tempos. Ou talvez devéssemos dizer que os tempos causam impacto sobre a arte. Um professor de Belas-Artes na Universidade de Edimburgo disse: "A arte é um espelho de sua época... cada época tem a arte que merece". (12)


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A opinião que um homem tem do mundo permeará tudo quanto ele cria. Se o artista adota uma filosofia de vida onde não há absolutos, nenhum meio de conhecer a finali dade definida, sua arte refletirá esse fato. Este é o motivo pelo qual um psicanalista pede a um paciente que desenhe um quadro. 0 modo como o paciente esboça seu ambiente e vida pode revelar muito de si mesmo. Muito da arte hoje vai desde o lascivo até ao absurdo. Você não precisa ser um connoisseur para ser atingido em seu subconsciente pelas obscenidades expressas por alguns artistas modernos. A arte é um dos mais poderosos meios que afetam o modo de a pessoa pensar acerca da vida. Ao analisar alguns dos importantes expoentes da nova arte, um critico de arte escreveu: “Há certa evidência de que o clima de Nova Iorque pode agora ter-se tornado quase favorável demais para heresias e experimentos radicais de todos os tipos. O aparecimento de uma grande e militante audiência de vanguarda, um público à prova de choque que avidamente aceita tudo o que for oferecido em nome da arte na medida em que for indubitavelmente novo e tenha impressionado a Duchamp, dentre outros, é prova de que o longo declínio da arte ocidental acaba de atingir seu nadir”. (13) H. R. Rookmaaker, professor de História da Arte em Amsterdã, ao documentsj as principais tendências da arte desde a Renascença até ao século XX, diz: "A arte moder­ na em suas formas mais consistentes coloca um ponto de interrogação contra todos os valores e princípios”. A arte moderna, segundo Rookmaaker, ganhou a batalha e se tornou a arte oficial de nossos dias. “Se no encalço desta avalancha de obra moderna de todos os tipos houver uma forte tendência anarquista entre a geração mais jovem, pão devemos ficar surpresos.” Ele acredita que o moderno movimento de revolução na arte tem sido vitorioso porque os cristãos não estiveram alertas. Diz ele que seus colegas cristãos não têm entendido que a arte e a literatura, a filo­ sofia e mesmo a música popular são os agentes do “novo espírito da época” e que eles “deixaram esses elementos sozinhos ou de modo otimista admitiram que eram remotos demais para exercer influência". (14) MÚSICA... PARA AS MASSAS Satanás trabalha de modo subliminar na área da música. Estamos sendo bombardeados, e não sabemos o que nos está atingindo. Fiquei atônito quando comecei a estudar este assun-


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to. Basicamente sou ignorante a respeito de música, no entanto reconheço que é um meio poderoso de provocar emoções. Henry Thoreau, o velho novo herói de muitos jovens, profetizou em Walden: “Também a música pode ser intoxicante. Tais causas aparentemente sem importância destruíram a Grécia e Roma, e destruirão a Inglaterra e os Estados Unidos”. Ouvi um professor de sociologia falar sobre tendências na música, e sobre o “rock” em particular. Este homem não era um membro da academia encerrado na torre de marfim a falar sem experiência. Ele era membro do sindicato dos músicos e havia sido trombeteiro profissional durante quinze anos. Ele explicou que as tessituras harmônicas e rítmicas da música rock são decisivamente importantes. E não é neces sário entender as complexidades da música para entender o que está sendo feito com ela. Este antigo homem de jazz descreveu como se podem usar variações no ritmo e outras técnicas musicais para intro­ duzir atitudes e conceitos. Muitos dos experimentos de Pavlov foram conduzidos com um metrônomo para pesquisar os efeitos dos ritmos como agente condicionador. Mudando se o ritmo de uma peça musical, pode-se causar um forte impacto sobre o ouvinte. O efeito subconsciente é empurrar a mensagem com maior força. A capacidade da música para excitar e incitar não é novidade. Nas sociedades primitivas a principal função da música é suscitar emoção e ação. Contudo, nos paises civili­ zados, a música é mais um meio de comunicar emoções agra­ dáveis e não de criar destruição. Hoje, pelo menos em alguma de nossa música popular, parece que estamos voltando à selvageria O indicio mais dramático deste fato é o número de vezes que os concertos de rock degeneraram em tumultos Não estou tentando destruir toda música moderna, mas penso que deveriamos estar cônscios do fato que Satanás pode usá-la como instrumento seu para afastar-nos de Deus e levar-nos ao pensamento caótico. VENENO NA PIPOCA Quando os críticos de filmes começam suas críticas com uma análise social da falta de arte do cinema, é sinal de que a preocupação pelo mau impacto desse veículo está muito espalhada. Um crítico de um dos maiores diários dos Estados Unidos escreveu: “Como amiúde se tem observado, a perda de fé na tecnologia nestes tempos perigosos reflete-


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se no ressurgimento do interesse em astrologia, fenômenos psíquicos e inclusive satanismo. A nova preocupação com o oculto também se reflete nos filmes. 0 sucesso esmagador de 0 Bebê de Rosemary mos­ trou que os produtores de filmes já não precisavam mais de apresentar explicações racionais para comportamento apa­ rentemente sobrenatural... Em resumo, o que há alguns anos a maioria das pessoas teria rejeitado como superstição em sua mais horrenda forma está, em algumas partes, sendo tomado seriamente, considerado como 'purificador' ou ‘escla­ recedor’." (15) Não é difícil ver como Satanás está usando o mundo da diversão para favorecer seu reino. Quando os filmes não estão apresentando sexo, violência ou temas satânicos, vemos a ruidosa zombaria da fé cristã. Um filme classificado GP (o que significa que os pais enviam seus filhos sem o menor receio) foi The Reincarnate (O Reencarnado). A propagan­ da alardeava: "Nada de Céu... Nada de Inferno... Nada de Culpa! A vida eterna é a única realidade!" 0 subtítulo do filme anunciado era "Um conto fascinante do oculto”. Percorremos um longo caminho desde os tempos do velho Clark Gable quando a mais ousada travessura nos fil­ mes era uma cena de "It Happened One Night" (Aconteceu Naquela Noite) onde Clark Gable e Claudette Colbert fize ram uma cortina de um cobertor colocando-o entre seus leitos quando se viram obrigados a passar uma noite numa cabana. Eles chamavam o cobertor de "Muralhas de Jerico", mas hoje os produtores de filmes demoliram os muros e os transformaram em lençóis amarrotados. Supõe-se que a vida filmada retrate a vida real, mas os temas de alguns filmes são irreais. Contrafazer o Cristianis­ mo é um tema favorito. Uma edição da revista Time trazia duas críticas, uma do filme chamado Black Jesus (Jesus Negro), a outra Sweet Savior (Amável Salvador). 0 primeiro artigo descrevia uma cena em que um dirigente africano, mundialmente famoso apóstolo da não-violência, foi trazido perante o Pôncio Pilatos local, lançado na cadeia com um ladrão, e torturado com pregos cravados em suas mãos. A descrição de Sweet Savior dizia: "0 filme exulta com satis­ fação maligna suas cenas de sexo degenerado e atinge seu climax em carnificina humana... sintoma de uma moléstia social”. (16) Para seu próprio crédito, muitos produtores de filmes estão tentando curar esta enfermidade social, mas o vírus conta com vantagem inicial.


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0 OLHO EM NOSSA SALA DE ESTAR Em nenhum outro lugar o tema da permissividade é apre sentado mais sutilmente do que através da televisão. Um programa popular de comédia mostra o “amor” como uma inevitável caçada dentro e fora do dormitório, desfrutada em felicidade fora do casamento. Muitos programas atribuem elegância à bebida social e ridicularizam o bêbado social. Os veículos de comunicação se mostram santarrões a respei­ to de eliminar a propaganda de cigarros, mas são liberais com as piadas sugestivas. Os programas de entrevistas têm um modo de refletir as tendências do entrevistador e as opiniões do auditório. Em um programa de entrevistas, uma celebridade que se casou muitas vezes falava sobre uma cerimônia de casamento a que ele havia comparecido recentemente onde os votos tro­ cados entre o noivo e a noiva terminavam “ ...enquanto ambos nos amarmos". Os comentários do Sr. Celebridade foram: “Essa não é uma idéia rotineira. Nada desta idéia vitoriana de repetir ‘enquanto ambos vivermos*.” O auditório reagiu com aplausos, e o mestre de cerimônias concordou. Desde as caricaturas até à comédia, os manipuladores da mente usam os controles de televisão para canalizar-nos no molde do sistema mundial. UM SÓ SISTEMA ECONÔMICO MUNDIAL Satanás... o unificador. Sistema e controle são ingre­ dientes fundamentais em seu sistema do mundo. Na vasta área da economia e dos negócios, a tendência no sentido de uma economia mundial com um câmbio monetário cen­ tralizado seria um instrumento que se podería usar para manobrar os cordões do dinheiro do mundo. É possível um sistema econômico mundial? Um relatório da UPI dizia, em 1968: "Rune Hoglund, presidente do maior banco sueco, disse que a solução a longo prazo dos problemas internacionais do ouro e da moeda é o estabelecimento de uma moeda-papel internacional emi­ tida pelo Fundo Monetário Internacional”. (17) A maior parte de nós tem pouco conhecimento das maquinações da atividade bancária internacional ou de que efeitos ela tem sobre nossa vida pessoal. Contudo, uma tendência para uma sociedade onde não circula o dinheiro seria óbvia a todos nós que andamos com nossas carteiras protuberantes. Viver com cartão de crédito é uma futura probabilidade. “Banqueiros de uma cidade após outra refe­ rem-se a isso como 'a revolução do cartão de crédito*.” (18) 99


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Segundo um relatório de 1967, num espaço de tempo de dois anos o número de bancos que oferecem serviços de cartão de crédito pulou de cem para mil e quinhentos. Dois anos mais tarde a V. S. News relatava "uma revolução atual­ mente em curso nos bancos por todo o país". (19) Isto en­ volvia a formação de holding companies (companhias con­ troladoras) que possuem um banco além de outros negó­ cios. O presidente da Junta da Reserva Federal temia que as companhias controladoras pudessem levar a uma indevida concentração do poder econômico nas mãos dos bancos. Muitas outras manipulações econômicas podem ser usa­ das para centralizar o controle nas mãos de uns poucos: a indústria tirada da economia de livre mercado e colocada sob o controle do Estado; a destruição da iniciativa indivi­ dual pela excessiva tributação; leis reguladoras que estran­ gulam a empresa privada; intervenção do governo em todos os aspectos dos negócios privados. Um futuro governador mundial terá seu palco preparado se estiver a seu alcance um só sistema econômico mundial. TROCO A MENOS Todo este sistema de pensamento tem um pressuposto fatal. "Podem-se curar todas as doenças do homem mudandose ou manipulando-se seu meio ambiente." O centro do ensino de Jesus Cristo era que o problema do homem está em seu próprio coração e natureza, e que só se pode curar o homem dando-lhe uma transformação inte­ rior, uma nova natureza. Tal coisa é possível somente por uma operação miraculosa do poder de Deus, chamada "novo nascimento". Jesus explicou que o homem deve nascer espi­ ritualmente porque ele nasce neste mundo com um vácuo no centro de seu ser. Ele tem vida física pela qual pode relacionar-se com os fenômenos deste mundo, mas está sem uma dimensão espiritual pela qual ele pode conhecer a Deus pessoalmente. Jesus disse: "Os homens só podem reproduzir a vida humana, mas o Espírito Santo dá a vida nova do céu; por­ tanto, não se admire da minha declaração de que você pre­ cisa nascer de novo!" (João 3:6-7, O Novo Testamento Vivo). PARE O MUNDO. EU QUERO DESCER Qualquer pessoa normal, ajuizada, deve estar dizendo agora: "Pare o mundo, eu quero descer!" Mas não podemos parar o mundo ou o sistema mundial. Que podemos fazer


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então? Devemos estar cônscios, principalmente, de como Satanás usa a arte, a música, a filosofia, a educação, a eco­ nomia e os veículos de comunicação de massa para induzirnos a deixar o ponto de vista que Deus tem na vida. Penso que já é tempo de reconhecermos o significado de Tiago 4:4: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimi­ ga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo He Deus". Por que Tiago usa a palavra "infiéis''? Se você pessoal­ mente creu em Jesus Cristo e aceitou o Seu perdão, você está casado com Cristo num sentido espiritual. Quando você volta para o caminho do mundo, figurativamente está cometendo adultério. “Não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?" significa que qualquer pessoa que faz do sistema mundial um amigo, é inimiga de Deus, O mundo é um verdadeiro campo de batalha na área de nossas mentes e nossas afeições. Precisamos de que o Espí­ rito de Deus nos dê cuidadoso discernimento acerca daquilo que permitimos bombardear nossas mentes. É por isto que as Escrituras dizem: “Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele (1 João 2:15). ÜtJAL O COMPRIMENTO DE ONDA QVE JOCÉ SINTONIZA? Se pensamos que podemos participar dessas coisas enga­ nosas do mundo e ainda permanecermos em relações íntimas com Deus, estamos iludindo a nós mesmos. Não queremos perder nosso relacionamento com Deus, mas de tal modo nos desorientaremos espiritualmente que não podemos pen­ sar os pensamentos de Deus. Não podemos ser íntimos de Deus quando nossas afeições se acham dominadas pelo mun­ do. Estamos sintonizados num comprimento de onda diferente. Quando Jesus nos disse que devemos estar “no .mundo mas não ser do mundo'1. Ele queria dizer que não devemos retirar-nos do mundo como eremitas, mas rejeitar o domí­ nio do mundo sobre nossas afeições e atitudes mentais. Então podemos ser parte da solução do problema do mundo em vez de ser parte do problema. Precisamos de mais escriores, artistas, homens de em­ presa e educadores cristãos que produzam obras que expres­ sem o ponto de vista de Deus. Este não é tempo para tirar­ mos o corpo: é tempo para envolvimento!


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PRECISA-SE DE UM NOVO MUNDO H. G. Wells disse: "Ou a humanidade entra em colapso ou nossa espécie se esforça para galgar as vias difíceis e mais ou menos óbvias que examinei neste livro para atingir um novo nível de organização social". Os filósofos atuais tentam encontrar unidade e motivo neste mundo confuso. Contudo, eles se desligam da única esperança — Jesus Cristo. Mais e mais vejo o que Jesus queria dizer quando falou: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’ (João 8:32). Jesus Cristo não é um conceito de verdade; Ele é a Ver dade. Por isso Ele é o único que pode libertar-nos da ordem mundial estabelecida. Ele é o único que pode dar-nos libcr dade para encontrar o potencial pleno que Deus queria que tivéssemos. Ele é o único que pode dar significado e defini­ ção e finalidade à vida. Não falo teoricamente. Falo por experiência. Quando eu estava com vinte e seis anos, eu havia tentado tudo e dizia: "Muito bem, agora o que mais posso fazer?" Eu tinha esgotado o repertório. Comecei a pensar em suicí­ dio. Foi só então que, sem fé alguma, me pus a ler o terceiro capítulo do Evangelho de João. Para minha surpresa. Alguém tomou-me a mão; Ele acendeu as luzes, e eu descobri que esse Alguém era Jesus Cristo. Neste mundo onde os homens cortaram suas amarras que os prendiam a Deus e aos valores, só há uma verdadeira esperança: nascer espiritualmente pela fé em Jesus Cristo. Para aqueles que nascem espiritualmente, é o tempo mais excitante para estar vivo. As coisas acontecem tão rapida mente hoje que dificilmente posso mantê-las catalogadas ninguém pode. Revolucionários, planejadores sociais, filósofos humanis tas,... atenção, por favor! Uma Nova Ordem Mundial será estabelecida qualquer dia. Quando Jesus Cristo voltar, Ele vai jogar fora o lixo do sistema mundial e então — e só então — veremos perfeita igualdade e paz. Esse tempo se aproxima quando os crentes em Jesus Cristo vão andar nesta terra e vê-la em perfeitas condições. A poluição será coisa do passado. Jesus Cristo vai reciclar o grande planeta Terra em agonia.

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OITO ANJOS DE LUZ .porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito pois, que os seus pró­ prios ministros se transformem em ministros de justiça. . ” 2 CORfNTIOS 11:14-15

À medida que os veiculos de comunicação de massa nos bombardeiam com notícias do momento, também eles nos apresentam programas com previsões do futuro. Os profetas dos nossos dias manipulam as mentes antecipando coisas por virem. As colunas dos jornais, as listas de livros de grande vendagem e os programas de entrevistas de televisão estão vertendo profecias, e os profetas atuais são fecundos em suas efusões. O finado Edgar Cayce, conhecido como "o profeta dormente" porque suas "leituras" lhe vinham duran­ te períodos de dormência à semelhança de êxtase, deixou tantas profecias em registros estenogróficos que há uma biblioteca especial dedicada a elas. Como deveria o público avaliar essas pessoas e seus pronunciamentos? Cada indivíduo tem liberdade de desacre­ ditá-las ou crer nelas, mas o cristão deve julgar essas profe­ 103 cias na base dos padrões de Deus.


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QUE HA SOBRE JEANE DIXON. Se essa pergunta me foi feita uma vez — bem, você sabe o restante. A Sra. Dixon é, talvez, a psíquica mais conhecida dos tempos modernos, com um rol impressionante de predições surpreendentes, algumas das quais se compruvaram e foram mais ou menos pormenorizadas. Em seu livro, The Call to Glory (O Chamado para a Glória), que fala de suas opiniões sobre Jesus Cristo, dentre outras, a Sra. Dixon alega que: “Creio que Deus me conce­ deu um dom de profecia por Seus próprios motivos, e não os questiono". ( 1 ) Como recebe ela esses poderes proféticos? “Esvazio minha mente para que eu possa enchê-la com o Espirito de Deus. Finalmente, durante minhas meditações, quando meu espírito está calmo e Ele está pronto, Deus me fala. Sei então, sem a menor dúvida, que o canal vem dire­ tamente a mim do Divino, o Senhor nosso Deus, porque eu O sinto e percebo. Sei que não é o canal de Satanás, por que tenho sentido e percebido seu canal também; e sei defini­ tivamente a diferença. Assim, de acordo com minha sabe­ doria, sigo o canal do Senhor...” (2) Ela alega: “O futuro me foi mostrado até 2037 a.D." (3) Ela prediz coisas tais como o surgimento do Anticristo, as principais condições do mundo que levam a isto e que vêm depois, a Segunda Vinda de Cristo e um tempo de bênçãos sem precedentes a seguir. Muitas de suaà novas predições aproximam-se muito das profecias biblicas sobre esses acontecimetos, mas toda a tabela de tempo para sua ocorrência não se ajusta ao padrão bíblico. Segundo minha compreensão das profecias bíblicas, todos esses acontecimentos associados com a Segun­ da Vinda de Cristo ocorrerão dentro de um período de tempo de sete anos imediatamente precedentes à Sua volta à Terra, visível e pessoal (Daniel 9 11). Ela também fala autoritariamente sobre como conhecer Jesus Cristo e entrar no reino de Deus. Quando uma pessoa faz o mesmo tipo de alegações que Jeane Dixon já fez, ou se trata de um notável profeta atual de Deus, e deveriamos analisar seus pronunciamentos profé­ ticos como novas revelações de Deus em nível com a Bíblia, ou se trata de um falso profeta que, embora aparecendo como anjo de luz, está preparando os incautos para grande decepção.


ENCONTRO MARCADO

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Para ser tãü jusio e discerncnte quanto possível com a Sra. Dixon, orei para que Deus me conseguisse, de algum modo, uma entrevista com ela. Isto era quase impossível, mas por meio do um incrível conjunto de circunstâncias, não muito depois de minha oração encontrei me face a face com ela, numa entrevista que durou algum tempo A Sra. Dixon é uma pessoa encantadora e sincera, gcnui namente interessada nas pessoas e fala de Deus de uma maneira natural e fácil Gostei dela imediatamente e des 1'rutei algumas horas de fascinante conversação com ela. Como eu havia previsto nosso encontro, examinei as Escrituras para encontrar o que á importantíssimo cm dis cernir se um profeta dos dias atuais é realmente um verda­ deiro profeta de Deus ou não. Verifiquei que as questões mais importantes são o que a pessoa crê acerca de Jesus Cristo e o que ela pensa ser exigido para tornar-se um ver dadeiro cristão. Portanto, eu estava interessado na opinião aa Sra. Dixon acerca do que a pessoa deve crer para ser perdoada do pecado e ser aceita no reino de Deus. Esto é um problema muitíssimo decisivo, e não pude encontrar uma declaração clara sobre este assunto em qualquer de seus livros. Em suas muitas ilustrações de pessoas proeminen tes a quem ela havia ajudado a endireitar-se com Deus, ela falou de encarecer-lhes que podiam encontrar Deus encon­ trando seu talento na vida e usando-o a serviço da humani­ dade. A SRA. D. E A SALVAÇÃO Em The Call to Glory a Sra. Dixon quase chega a uma declaração definiLiva sobre sua opinião de como tornar-se cristão. No capitulo sobre “Getling to Know Him” (Chegan do a Conhecê-Lo), ela diz: "No presente Jesus Cristo se torna conhecido quando trazemos para nossas vidas o cunhe cimento de sua vida histórica e Seu ensino; este é o modo de trazermos Jesus Cristo para nossas vidas, pois foi Ele quem disse: ‘Eu sou o caminho, e a verdade e a vida'." (4) Em outra parte do mesmo capitulo cia diz: "Sua (dc Jesus) principal mensagem era que. se seguirmos Seus ensi­ nos e lutarmos pelo reino de Deus enquanto estamos na Terra, então teremos uma vida muito melhor na Terra, e a segurança de vida eterna no céu" (5) A Sra. Dixon confirmou este pensamento em nossa con­ versação. Mas as declarações acima não são o Evangelho


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que Jesus Cristo nos deu para compartilhar com os homens de maneira que eles possam entrar no reino de Deus. Tais declarações apresentam uma salvação pelas obras mais a fé, e exataniente o que devemos crer não fica claro. A Biblia declara: "Porque pela graça sois salvos, me­ diante a fé: e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9). Este versículo mostra que se lutarmos para obter a aceitação de Deus mediante nossas próprias obras, nós não o conseguiremos. Quando alguns sinceros indagadores religiosos pergun­ taram a Jesus que obras eles poderiam fazer para herdar a vida eterna, Jesus disse: "A obra de Deus é esta, que creiais naquele que por ele foi enviado" (João 6:29). O único modo de chegar a Deus é aceitar a obra que Jesus fez por nós na cruz e crer Nele como nosso Salvador pessoal do pecado e sua consequência, que é a eterna separa­ ção de Deus. Somos salvos pela graça, não por obras ou mérito huma­ no. "E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário a graça já não é graça” (Romanos 11:6). O único meio possível de receber a graça é pela agência da fé. Ter fé é a única coisa que o homem pode fazer sem com isso realizar qualquer coisa meritória. A fé bíblica é receber a obra de outrem a meu favor com base no reconhe­ cimento de que não posso socorrer-me. Mesmo minhas obras para Deus como cristão devem sei feitas em minha vida mediante a fé. Pois a Bíblia diz: "Sem fé é impossível agradar a Deus..." (Hebreus 11:6). À medida que dependo de Cristo para obter força e orientação, o seguinte versículo se torna realidade: "Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua vontade" (Filipenses 2:13).

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A SRA. D. E A FÊ Nem uma vez sequer a Sra. Dixon deixa claro o objetivo da fé salvadora, a qual é o significado da morte vicária de Cristo, suportando nosso julgamento por não podermos satis­ fazer a perfeita lei de Deus. Diz a Bíblia: "Àquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Corintios 5:21). "Justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,


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sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:22 24) Ser justificado significa ser declarado justo e imaculado à vista de Deus. Na conversa com a Sra. Dixon perguniei-lhe por que ela não havia deixado a salvação e a fé claras em seus livros, e ela disse: '"Porque o mundo ainda não está pronto para isso”. Não está o mundo pronto para ouvir a mensagem que Deus ordenou fosse pregada a toda criatura? Com toda justiça, devo declarar que quando examinei os fatos do verdadeiro Evangelho de Cristo com a Sra. Dixon ela disse que sempre soube essas coisas e nelas acreditava. Admitindo que realmente ela creia nelas, é-me difícil enten­ der por que ela não as deixa claras, mas ao contrário acen­ tua uma mensagem de obras O principal objetivo de um profeta deveria ser o de levar as^ pessoas a uma fe salvadora- em Jesus Cristo. "Pois o testemunhe de Jesus é o espirito da profecia” (Apocalipse 19:10)7 É ELA UMA PROFET1SA DE DEUS? Rene Nnorbergen, a escritora do livro da Sra. Dixon. My Life and Prophecies (Minha Vida e as Profecias), levan ta vinte questões nn prólogo destinadas a levar o leitor à conclusão de que Jeane Dixon tem um dom de profecia dado por Deus, dom esse que está de acordo com as Escrituras. Ao final desse rol, Noorbergen escreve: ”0 recorde de precisão de Jeane Dixon é inigualado". (6) Eu gostaria de fazer a pergunta: “Inigualado em com­ paração a quem?” Se Noorbergen compara o recorde de Dixon com os dos profetas dos dias atuais como Edgar Cayce. Maurice Woodruff e outros, a Sra Dixon é a mais exata. Se pretende compará-la com os profetas biblicos, não há comparação. 0 profeta biblico era uma pessoa chamada por Deus e que rece­ bia um dom único e uma comissão que sempre se ajustava ao alvo último de Deus de levar os homens a uma mudança de ^coração e fé em^Sua provisão para salvação do pecado. Uma das principais credenciais de um verdadeiro pro­ feta de Deus era que ele tinha de ser exato em todas as suas predições. Noorbergen e ITêane Dixon deixaram essa credencial fora da lista de vinte apresentadas em My Life and Prophecies.

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Enquanto falava com a Sra. Dixon, apresentei o texto de Deuteronômio 18:9-22 que descreve o verdadeiro profeta de Deus. Ela disse que conhecia bem o texto: contudo, observo que estava estranhamente ausente em todos os seus livros. Nesta parte das Escrituras Moisés advertia os israelitas a respeito de buscar informação secreta e orientação median­ te as práticas ocultistas comuns a todos os povos que eles iam expulsando da terra de Canaã. Em vez de contar com a ajuda dessas buscas proibidas, eles deviam obter toda a orientação e entendimento por meio dos profetas que Deus enviaria, como Moisés era enviada de Deus. Moisés diz assim: “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der. não aprenderás a fazer conforme as abominaçÕes daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognostfcador, nem agoiireiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor; e por estas abominaçÕes o Senhor tèu Deus os lança de diante de ti” (Deuteronômio 18:9-12).

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ADIVINHAÇÃO Este é um termo tirado do texto anterior, que precisa de cuidadosa definição. Há muitos meios de adivinhação, mas todas as formas buscam obter conhecimento secreto do pas­ sado, presente e, especialmente, dos acontecimentos futuros por meios sobrenaturais. A mais- surpreendente mostra de adivinhação é a chamada “adivinhação inspirativa” em que o médium recebe diretamente dos demônios comunicação de acontecimentos que não poderíam ter sido conhecidos por meios normais. Nesta forma de adivinhação, o médium está cônscio de contacto com verdadeiros seres de espírito, embora erroneamente pensando que é o Espírito de Deus. O mundo pagão estava cheio de adivinhadores, que eram uma cópia dos profetas de Deus. Todo rei do mundo antigo tinha seu gabinete de adivinhadores, vaticinadores, mágicos e astrólogos. Daniel menciona essa prática em todo o seu livro. (Veja também Levítico 19:26,31; 20:6; Josué 13:22; Jeremias 27:9). Se uma pessoa recebe conhecimento'secreto exato, que não pode ser atribuído a mistificação, então só há duas fon­ tes possíveis. A pessoa é um profeta de Deus que recebe 108 revelação do Espírito Santo, ou é um médium adivinho que


lecebe revelação de um demônio, chamado em Atos 16:16 de "espirito adivinhador". A Bíblia não nns deixa outra opção.

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MÁGICOS COCH1CHADORES Isaías censurou severamente a nação de Israel porque eles se haviam afastado tanto de sua verdadeira fé que se estavam voltando dos verdadeiros profetas para os adivinhadores do oculto. Ouçamos esta sua advertência inspirada: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivi­ nhos, que chilreiam e murmuram acaso não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira jamais verão a alva*' (Isaías 8:19-20). O desafio de Isaías é próprio para nossos dias. Como a nação israelita fora levada a afastar-se da verdadeira fé, 2ssim nós também estamos numa corrida desenfreada para a apostasia hoje. Para discernir quanto ao que é verdadeiro e o que é falso, devemos avaliar todas as coisas pela “lei" e pelo “testemunho", conforme ensina a Biblia. Se qualquer fenômeno, não importa quão aparentemente moral, religioso e sobrenatural, não estiver em harmonia com a Palavra de Deus (é porque esses falsos profetas não “vêem a alva", ou literalmente, “não vèem a luz" (isto é, eles não têm a luz que vem do Espírito de Deus). Quando Moisés condenou todas as formas de prática oculta e predisse que outros profetas semelhantes a ele seriam enviados para entregar a Palavra de Deus a Israel, ele percebeu uma pergunta que já estava na mente de todos: “Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou?" (Deuteronômio 18:21). Em outras palavras, como vamos dizer quem é “adivinho" e quem é “profeta enviado por Deus"?

O TESTE DE UM VERDADEIRO PROFETA Moisés oferece a prova decisiva: "Quando esse profeta falar, em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse..." (Deuteronômio 18:22). Duas coisas importantes devemos observar aqui. Primei­ ra, em parte alguma há autorização para obter conhecimento secreto de coisas passadas, presentes ou futuras, exceto pela soberana vontade e inspiração do Espírito de Deus. “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade huma- 109


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na, entretanto homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espirito Santo" (2 Pedro 1:21). Sobre este assunto Deus fala novamente: “As cousas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus; porém as reve ladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei" (Deuteronômio 29:29). Somente os profetas de Deus estão autorizados a revelar cousas encobertas e somente com a finalidade de levar os homens ã obediência à Sua Palavra. Seja o que for que o Espírito de Deus revele a um profeta, é sempre proferido em nome do Senhor. Daí a declaração “Assim diz o Senhor”, que aparece centenas de vezes na Bíblia. Um profeta do Novo Testamento, por nome Ágabo, disse: “Isto diz o Espirito Santo...” (Atos 21:11). Tudo o que for falado em nome do Senhor, ou do Espírito de Deus, deve tornar-se verdadeiro exatamente como predito. Em Israel, antes de sua apostasia, um profeta era 100% exato ou ele era apedrejado. Nenhum profeta chamado por Deus tinha autorização para resguardar suas predições! Em parte alguma um pro­ feta biblico alega que algumas predições são pensamentos de homens e assim, porque os homens mudam de opinião, possam ser escusados por imprecisão. Deus, que tem perfei ta presciência de todas as coisas, nunca Se deixa levar por homens que mudam de opinião. Ele também sabe quando isto ocorrerá, e Suas profecias o levam em conta. A SRA. D E A BÍBLIA Examinemos as alegações de Jeane Dixon à luz dos padrões bíblicos de precisão e finalidade. Nem todas as suas profecias se cumpriram. Embora as predições exatas recebam grande publicidade, as inexatas geralmente são ignoradas. Apenas alguns de seus fracassos estão aqui arrolados: A Terceira Guerra Mundial começaria em 1958. A China Vermelha seria admitida nas Nações Unidas em 1958. A Guerra do Vietnã terminaria em noventa dias (isto é. a contar de 7 de maio de 1966) em condições não satisfató­ rias para os Estados Unidos. A 19 de outubro de 1968 ela disse que Jacqueline Kennedy não pensava em casamento. No dia seguinte ela casou-se 110 com Onassis.


Satanás está Vivo e Ativo no Planeta Terra

Como explica ela seus fracassos? A Sra. Dixon dá uma resposta curiosa. Ela tem diversas categorias das profecias que faz. Em primeiro lugar ela alega que as revelações divinas sempre são precisas As demais categorias baseiamse em “sintonizar” os pensamentos dos homens por via de telepatia mediante muitos métodos, tais como tocar-lhes as pontas dos dedos, fazê-los olhar para uma bola de cristal enquanto ela lê os pensamentos deles,, colocar ela sua mão num baralho que ela recebeu de uma cigana cartomante, ou sonhos e visões. A Sra. Dixon alega que no momento em que lê os pensa­ mentos da pessoa, ela prediz exatamente o que a pessoa tenciona fazer. Mas uma vez que esses pensamentos são apenas planos dos homens, as intenções podem mudar e então a predição não se cumpre. Por mais fascinante que esta explicação possa ser, ela não se enquadra na Palavra de Deus. Ela pode receber infor­ mação oculta, mas se recebe, não é do Espírito de Deus. Se fosse de Deus, ela seria precisa a despeito de qualquer mudança de opinião da parte dos homens. A Bíblia não autoriza resguardar uma revelação profé­ tica com qualificativos. Qualquer predição do futuro deve cumprir-se ou não vem de Deus. Suas profecias não são apresentadas em nome do Senhor. Revelações do futuro dadas por Deus devem ser apresenta das em nome do Senhor; não há outros tipos autorizados de predicões. Todos os demais profetas são marcados como falsos e médiuns adivinhos. Inclusive os profetas pagãos usados para predizer algumas coisas precisamente, mas não em nome do Senhor (veja Deuteronômio 13:1-5). Ela obtém, informações ocultas sobrenaturalmente, mas não pelo Espírito de Deus. Esta é uma intrusão na área expressamente proibida por Deus. “As cousas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus.“ A penetração profética da Sra. Dixon na vida das pes­ soas, tanto com relação aos acontecimentos presentes como futuros, é evidentemente ocultista. Suas profecias não se alinham com o propósito bíblico para a profecia._A verdadeira profecia tem duas finalidades: primeira, deve fevar as pessoas à obediência à Palavra ~de Deus (Deuteronômio 29:29); segunda, deve trazer às pessoas o testemunho a respeito de Jesus Cristo (Apocalipse 19:10). A Sra. Dixon faz predições acerca de coisas tais como variações da moda, corridas de cavalos e celebridades im­ portantes. Quando ela diz o futuro de personalidades reno madas, nenhuma tentativa se faz para levá-las a uma fé 111


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pessoal em Jesus Cristo ou desafiar alguns de seus proble­ mas morais e espirituais. Ela dá um bocado de conselhos políticos, mas não exoria consistentemente as pessoas por deixarem de crer em Jesus Cristo como Senhor e Salvador pessoal. Alguns líderes do Oriente vêm consultá-la, e ela não faz qualquer pronuncia­ mento concernente à fé pessoal em Jesus Cristo em vez de suas falsas religiões. Entretanto a Bíblia declara: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual impor­ ta que sejamos salvos" (Atos 4:12). Jesus Cristo é o tema de toda verdadeira profecia (Apoca­ lipse 19:10), Toda profecia deve dar testemunho direto ou então autenticar um testemunho quanto à maneira como os homens podem ser perdoados de seus pecados e nascer de novo espiritualmente. As predições da Sra. Dixon versam sobre tudo. desde os negócios mundanos até à politica internacional, sem que a elas se ligue nenhum testemunho verdadeiro a favor do Evan­ gelho da graça de Deus. Ela usa artefatos do ocultismo para receber suas profe­ cias. Finalmente perguntei à Sra. Dixon por que ela usa uma bola de cristal, um jogo de baralho de uma cartomante ciga­ na, quiromancia, astrologia, numerologia etc., e para cada coisa ela tinha uma explicação. Sobre a bola de cristal ela disse que nem sempre recebe visões na própria bola, mas de preferência a usa como meio de ajudar a pessoa a quem ela está "lendo" para clarearlhe a mente e concentrar-se. Então ela lê a mente da pessoa por "vibrações" ou "telepatia". Ambas as práticas são con­ trárias ao ensino da Bíblia. Ambos os casos são exemplo de intromissão por vontade humana na área das "coisas ocultas" que o Senhor proibiu. Deus diz: "Sabendo, primeiramente, isto, que nenhuma pro­ fecia da Escritura provém de particular elucidação" (2 Pe­ dro 1:20). Isto significa que os profetas de Deus não inicia­ ram ou deram sua própria interpretação da vida e da His­ tória. E o texto continua: "Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens falaram da parte de Deus motivados pelo Espirito Santo" (2 Pedro 1:21). De mais a mais, nenhum profeta de Deus praticou o uso de artefatos para receber uma visão ou profecia, especial­ mente coisas que historicamente têm sido associadas com o 112 oculto, conforme a Sra. Dixon usa.


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CONTRADIÇÕES NA BOLA DE CRISTAL A Sra. DLxon parece contradizer sua própria alegação de “não ver coisas na bola de cristal*'. Conforme descreveu seu primeiro encontro com a cigana aos oito anos de idade quando pela primeira vez recebeu a bola de cristal, ela disse: "Olhei para dentro dela e vi uma costa bravia, rochosa, numa terra distante, e um mar tur­ bulento a quebrar-se nas margens irregulares das rochas que se desfaziam". (7) A cartomante ficou profundamente comovida e disse que Jeane havia descrito sua terra natal. Por causa disto ela deu a Jeane a bola de cristal. Se as palavras significam alguma coisa, Jeane Dixon disse que ela “olhou para dentro da bola de cristal e viu" aquela visão. A Sra. Dixon relata outro incidente que aconteceu em 1948: "...repentinamente a bola de cristal ficou tumultuada. Vi polícia protegida com capacetes e soldados fortemente armados levando e arrastando homens mal-humorados e agressivos, por entre multidões iradas, etc." (8) Observe que ela disse que “a bola de cristal ficou tumultuada... etc.” Minha pergunta é: se a Sra. Dixon não vê suas visões na bola de cristal, por que ela precisa dela. afinal de contas? Não há outros meios de ajudar uma pessoa a relaxar-se e concentrar-se? Por que usar algo contrário a qualquer pa­ drão biblico de profecia e que sempre tem estado associado com o oculto? O baralho parcial de “cartas abençoadas” foi dado a Jeane quando ela era mocinha, pela cigana cartomante, que evidentemente era médium, possivelmente possuída pelo demônio. "Cartomancia”, segundo Kurt Koch, é a técnica de ler a sorte por meio de cartas. Koch cita muitos exemplos (ele examinou mais de 20 mil histórias de casos) de um padrão de envolvimento oculto sendo estabelecido por expe­ riências com médiuns. (9) As cartas da cartomante são exemplos dos tipos de arte­ fatos claramente condenados nas Escrituras. Na feitiçaria, por exemplo, certos artefatos carregam uma forte presença de influência do demônio. É por isso que está relatado em Atos 19:18-19 “Muitos dos que creram vieram confessando e denunciando publicamente as suas próprias obras. Tam­ bém muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunin­ do os seus livros, os queimaram diante de todos. Calcula­ dos os seus preços, achou-se que montavam a cinqüenta mil denários”.

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Para livrar sl (Jo demonisino essas pessoas confessaram sua prática de magia negra e queimaram seus artefatos Sempre que levo a Cristo uma pessoa que esteve envolvida em práticas ocultas, imediatamente insisto com ela para com fessar a Deus sua cumplicidade com us demônios e livrar-se de todos os artefatos relacionados com o oculto, tais como bola de cristal, cartas de tarô. livros sobre ocultismo, jóias do ocultismo, tábuas de ouija. objetos de uso pessoal de astrologia ou quinquilharias para ler a sorte O uso da astrologia desempenha seu papel na análise de uma pessoa por parte da Sra Dixon Uma das primeiras coisas que ela me perguntou foi: “Qual a data de seu nascimento?*' Ela tem uma coluna regular de astrologia em mais de trezentos jornais nos Estados Unidos (10). A Sra. Dixon disse que começou a coluna de horóscopo porque este era um meio de dar conselho valioso acerca da vida a muitas pessoas que lhe pediam ajuda. Deus condena a prática da astrologia, que começou na antiga Babilônia paralelamentê a todos os tipos de feitiça­ ria e magia negra. Ela~désenvoIveirse da crença pagã de que cada estrela era um deus que exercia controle sobre a^vida dos homens. 'Era igüaimente urna"pseudociência, que se comprovou absurda á luz da ciência moderna O profeta Daniel declarou claramente que as coisas de Deus não podiam ser entendidas ou preditas pelos represen­ tantes do ocultismo de seus dias: "Respondeu Daniel na presença do rei, e disse: O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem magos, nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus nos céus, o qual revela os mistérios: pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias" (Daniel 2:27-28). A astrologia era o principal meio^ d£ adivinhação no reino da Babilônia. O rei financiava a construção de torres complicadas para os astrólogos usarem em seus estudos das estrelas. As ruinas desses^observatórios'' ainda são visí­ veis hoje no Iraque. ísaias condenou os astrólogos e feiticeiros na Babilônia e predisse a destruição deles. "Deixa te estar com os teus encantamentos, e com a multidão das tuas feitiçarias em que te fatigaste desde a tua mocidade: talvez possas tirar proveito, talvez com isso inspirar terror. Já estás cansada com a multidão das tuas consultas! Levantem-se, pois, agora os que dissecam os céus e fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o que há de vir sobre ti. Eis que serão como restolho, o fogo os queimará: não poderão livrar se


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do poder das chamas; nenhuma brasa restará para se aquen tarem, nem fogo para que diante dele se assentem" (Isaías 47:12-14). Nenhum filho de Deus pode andar brincando com astro­ logia, e muito menos praticando a conforme se dá com a Sra. Dixon. PAK4 EKGAMAR Em conclusão: Creio que muitas lições deviam ser apren­ didas do caso da Sra. Dixon. É por isso que entrei tanto em pormenores a respeito dela. Creio que muitos profetas à semelhança dela aparecerão no futuro próximo. Jesus disse: .surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito" (Mateus 24:24-25). Com verdadeiro pesar eu disse à Sra. Dixon que eu acre­ ditava que sua capacidade profética não vinha de Deus. Disse lhe acreditar sinceramente que se ela não rejeitasse este poder psíquico, ele a levaria à destruição. Ela disse estar certa de que seu dom vinha de Deus e que ela conhecia sem a menor sombra de dúvida o “senti­ mento" da presença de Deus. Quando a deixei, citei-lhe Provérbios 14:12: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte*'. Quando nossos “sentimentos", não importa quão retos possam parecer, contradizem a Escritura, devemos concluir que nossos sentimentos estão errados. Que Deus toque graciosamente a Jeane Dixon e a traga à plenitude da fé. Entrementes. leitor, saiba discernir.

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NOVE SINAIS E MARAVILHAS "Suaue ê ao homem o pão ganho por fraude, mas depois a sua boca se encherá de pedrinhas de areia." PROVÉRBIOS 20:17

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Estamos vivendo numa época em que a História corre velozmente para um clímax. O padrão de acontecimentos que os profetas disseram ocorreria antes da Segunda Vinda de Cristo mostra que esses acontecimentos caminham juntos com rapidez. Após centenas de anos de andar espalhados por todo o mundo, os judeus voltaram à sua terra natal para estabe­ lecer uma nação novamente. Eles recapturaram a velha Jerusalém e vêm mantendo posse soberana sobre ela pela primeira vez em 2600 anos. Os árabes uniram-se com o desejo mútuo de atacar Israel e reconquistar sua terra. Ao norte de Israel formou-se uma grande potência mili­ tar — a Rússia. No Oriente há uma grande potência que pode pôr em campo um exército de 200 milhões de homens — a China Vermelha. Há ruidos do reavivamento da antiga cultura romana na Europa unindo-se para formar uma confederação de dez países no Mercado Comum.


Soíunás está Vivo e Ativo no Planeta Terra

Os cientistas, tendo em vista a realidade da situação do mundo, predizem fomes numa escala jamais vista pelo ho­ mem — nos próximos dez a quinze anos. Os tremores de terra estão aumentando misteriosamen te; a poluição do ar promete ser um problema cada vez maior. Todas essas coisas se acham preditas na Bíblia, e estão se ajustando umas às outras simultaneamente. Estamos num tempo sem paralelo na história humana em que g mais maravilhoso de todos os eventos, Jesus Cristo vindo secreta­ mente para arrebatar todos os que verdadeiramente crèem Nele, poderia acontecer a qualquer momento. Para um relato mais pormenorizado deste assunto recomendamos nosso livro A Agonia do Grande Planeta Terra, lançado por esta mesma editora. PROFECIA ACERCA DE ENGANOS Paralelamente a esses acontecimentos, há outro grande sinal profético do iminente retorna de Cristo: o aparecimen to de decepções satânicas mediante a atividade de falsos milagres e falsos profetas. A Bíblia apresenta uma série de solenes advertências tanto para os que conhecem Jesus Cristo pessoalmente como para os que não O conhecem ou estão protelando esta decisão. A primeira advertência o próprio Cristo a fez em uma de Suas últimas grandes mensagens públicas. Quando Jesus estava prestes a ser preso e crucificado, Ele disse que deve­ riamos vigiar porque haveria grandes enganos durante os últimos tempos; haveria falsos messias, pessoas que se apre­ sentariam com um plano para salvar o mundo, para motivar uma sociedade utópica (Mateus 24:4-5). Ele advertiu que haveria falsos profetas que enganariam a muitos (Mateus 24:11). Essas advertências não são apenas para o mundo, mas para os crentes — para aqueles que conhecem Jesus Cristo. Ele disse: ‘'Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se pos­ sível, os próprios eleitos" (Mateus 24:24). O Apóstolo Paulo profetizou que essas contrafações se­ riam parte das atividades que preparariam o caminho para o grande ditador do mundo, conhecido como o Anticristo. "Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de 117


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Satanás, com todo poder, c sinais e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos" (2 Tessalonieenses 2:9-10). O prelúdio deste ditador será uma publicidade em torno dos fenômenos sobrenaturais mediante o poder satânico. As mesmas palavras empregadas para descrever os milagres de Cristo nos evangelhos são empregadas aqui, o que indica claramente que nos últimos dias Satanás terá permissão de maior liberdade para contrafazer os milagres e dons do Espirito Santu. O QUE É E QUEM É UM FALSO PROFETA? Um falso profeta alega ter revelações oriundas de Deus, mas na realidade não as tem: ele parece ser alguém envia­ do de Deus, mas não o é. É claro que ele não vai para o palco central da humanidade e diz: "Eis, eu sou um falso profeta, por isso não deem atenção ao que eu digo" Ele vem vestido de ovelha, mas por dentro é um lobo devorador. Ele faz proclamações e predições misturadas com verdade em dose suficiente para torná-las plausíveis. As Escrituras nos dizem claramente que os falsos mes­ tres e os falsos profetas têm capacidade para misturar a verdade com o engano. À medida que se aproximam os dias da volta de Cristo, diz a Bíblia que Deus permitirá que esses falsos profetas operem milagres no poder de Seu arquiinimigo — o próprio Satanás. Eles operarão grandes sinais, de sorte que mesmo aqueles que conhecem Jesus Cristo serão enganados —■ mas não totalmente enganados, pois isso não é possível. NO PODER DE SATANÁS Que tipos de milagres podemos esperar ver nos últimos dias? Em Atos 8 encontramos um exemplo do poder de Satanás. "Ora, havia certo homem, chamado Simão. que ali praticava a mágica, iludindo o povo de Samaria, insi­ nuando ser ele grande vulto; ao qual todos davam ouvidos, do menor ao maior, dizendo: Este homem é o poder de Deus, chamado o Grande Poder" (Atos 8:9-10). Aqui estava um homem que por meio da magia negra havia executado tais coisas perante o povo que eles pensa­ vam ser isso o poder de Deus, mas ele as fazia pelo poder de Satanás!


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Temos exemplos desde os dias de Moisés quando Deus o enviou à curte de Faraó e ele operou algumas verdadeiras maravilhas perante o povo egipcio. Dizem-nos que os má gicos que pratica\am a magia negra repetiram os primeiros diversos sinais que Moisés operou; eles foram capazes de contrafazer os milagres de Deus Muitas pessoas não reconhecem que Satanás tem esse poder. Ele tem poder de vir como um anjo de luz: ele tem seus próprios ministros. Ele pode operar por intermédio de alguém que parece ser justo Ele pode executar façanhas do sobrenatural que parecem ser atos diretos de Deus. Creio que Deus está operando milagres hoje e que ainda não vimos nada! Estamos nos tempos de uma efusão espe­ cial do Espírito de Deus que encontrará paralelo nos pri­ meiros dias da Igreja. Deus está começando a mostrar o miraculoso na reautenticação de Sua Palavra e Sua mensa­ gem. Contudo, Satanás também está tendo permissão para contrafazer tais milagres. É por isto que devemos SABER DISCERNIR Cristão, esteja atento! Você pode ver atos que parecem sobrenaturais e envolver se neles. Você pode inclinar-se a pensar: "Fantástico! isto deve ser de Deus; é miraculoso!" Cuidado! Um dos meios pelos quais grandes decepções vão apa­ nhar os indivíduos é pela popularidade do oculto. Na caixa registradora de um supermercado (nos EUA) você pode comprar um livrete por 25 cents sobre Everyday Witchcrajt (Bruxaria de Todos os DiasJ. A capa exibe um gato branco, uma vela preta e as palavras convidativas: “Magia do amor, fascinação e encantamentos, leitura da sorte; tudo o que você precisa saber para desfrutar o poder do oculto!" ( 1 ) Que chamariz. Tão inocente. Tão cativante. As mulheres, especialmente, vão em busca de quiromancia e de cartomancia de uma maneira extraordinária. Orga­ nizações politicas. caritativas e filantrópicas, buscando o que há de mais novo em motivos modernos para decoração de suas lanchonetes ou programas para levantamento de fundos, voltam-se para o tema do ocultismo. Se você vem lendo este livro até esta altura e ainda não crê no perigo dessas coisas, o que narro a seguir é um fato verdadeiro acerca de um homem igualmente duro de con­ 119 vencer-se.


ALGUMAS GOTAS BASTAM Um jovem ministro desejou mostrar ã sua congregação a insensatez da astrologia. Em vez de mostrar-lhe o espi rito demoniaco que está atrás da astrologia, calculou que o melhor meio era ele mesmo envolver-se, de modo que ele mandou elaborar o seu horóscopo. Por que não? pensou ele. Isso é tudo ridículo. e vou mostrar a meu poiw como é absurda a astrologia. Ele contou à sua igreja o que havia feito e contou-lhe também o que fora predito a respeito de sua vida. Para espanto dele, aquelas coisas começaram a confirmar-se. Ele começou a ter períodos de terrível medo; perdeu seu discer­ nimento. Ele lia a Bíblia, porém não tinha o entendimento que tinha antes. Quando se tornou quase insuportável o con flito no domínio espiritual, finalmente ete se pôs de joelhos diante de Deus e confessou que havia pecado por imiscuir se nessa arte, reconhecendo que não era apenas um punhado de embustes. Quando ele foi a Deus, e confessou, livrou se desta opres­ são espiritual e imediatamente o restante daquele horóscopo começou a revelar-se errado. Há muitas histórias de casos desse tipo no livro do Dr. Kurt Koch, Between Christ and Satan (Entre Cristo e Satanás). (2) A qualquer tempo que você se submete sem reservas ao domínio espiritual, desliga sua mente e cessa de discernir, você está se abrindo para possível engano do demônio. À medida que você estuda as Escrituras sobre este assunto, •verificará que muito embora você seja sincero, busque a Deus ardentemente, não seja imoral ou não esteja envolvido em algum pecado grosseiro, isto não o impedirá de ser enganado. Jesse Penn Lewis relata como um grande reavivamento em Gales foi completamente neutralizado por uma invasão do poder demoníaco. (3) Os demônios começaram a intro­ duzir-se neste movimento por intermédio de pessoas que sin­ ceramente desejavam conhecer a Deus de um modo mais profundo e começaram a expor-se a todos os tipos de con­ tacto e liderança espirituais. Você pode dizer: “Bem, se isso é verdadeiro, deveria eu abrir-me para Deus?*’ Claro que sim. A ordem é para que nos submetamos a Ele. Con­ tudo, visto como há mais de um espírito que tentará contac­ to conosco no reino espiritual, somos advertidos a “provar os espíritos” para ver se eles são de Deus ou não. Quando


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dependermos do Espírito Santo e tivermos a Palavra de Deus em nossos corações, o Espírito Santo nunca nos levará em sentido contrário à Sua palavra escrita. às vezes esse discernimento leva tempo; podemos não entender o que o Espírito Santo está procurando revelar-nos. Nossos corações podem clamar: “Quero que aconteça algo dramático — algo que me mostre o poder de Deus de um modo fantástico. Quero conhecer tudo — neste exato momento!" S MATURIDADE IMEDIATAUm espírito enganador pode entrar na vida de uma pessoa quando ela começa a crer que há alguma experiên­ cia que vai dar-lhe maturidade instantânea. A Escritura nos diz que quando nos tornamos crentes em Jesus Cristo, temos o Espirito Santo morando em nós. Como crentes devemos chegar ao ponto de compreender que podemos andar na dependência do poder do próprio Espírito de Deus. Podemos ter Seu poder para vivermos por Cristo, para entendermos a Palavra de Deus, para ministrarmos por Cristo segundo nossos dons espirituais, e para vencer a tentação. Qualquer crente pode ter isto. Um bebê em Cristo, que se submete a Deus e caminha pela fé e depen­ dência de Cristo, pode ser revestido de poder pelo Espírito. Contudo, não há tal coisa como perfeição instantânea ou maturidade imediata! Quando, como jovem crente em Cristo, pela primeira vez aprendi que eu podia ter o poder do Espírito Santo em minha vida, então reivindiquei esse poder pela fé e Deus começou a vencer dificuldades em minha vida. Ele começou a fazer coisas por meu intermédio que eu nunca vira antes em toda minha vida. Quando olho para trás com a perspectiva madu­ ra que possuo agora, sei que Deus estava abençoando minha fé e minha compreensão até onde esta ia, mas havia grandes áreas que eu não podia entender, e Deus não me fazia res­ ponsável por essas áreas. A vida do cristão é um processo de maturação. Temos de continuar crescendo em graça e conhecimento de Cristo. Hoje há muitos cristãos, especialmente jovens, que desejam tudo agora. Alguns buscam uma experiência pela qual ins­ tantaneamente alcancem total vitória sobre a carne — não mais as tentações. Querem ter grande poder e sabedoria de maneira que repentinamente saibam mais do que os mes­ tres da Bíblia, mais do que seus pastores. 121


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Deus pode conceder-nos. graciosamente, uma expericn cia que dé à nossa fé um solavanco de tal natureza que começamos a crer Nele. Podemos, repentinamente, chegar a reconhecer pela primeira vez que o Espírito Santo está habitando em nós e que podemos contar com Ele para obier poder. Para muitas pessoas isto pode vir como uma reve­ lação bem-vinda que eles descreveríam como uma "segunda bênção". Alguns concluem mesmo que devem ter recebido u Espirito Santo pela primeira vez porque Sua presença constante se lhes tornou real. Isto. entretanto, não é bíblico Cada crente tem o Espirito Santo morando nele. mas não necessariamente enchendo-o ou dando-lhe poder. Quando inicialmente nos tornamos cónscios de Seu poder pessoal e de Sua presença pessoal em nós e nos rendemos ao Seu controle, podemos experimentar algo que vai desde um tranqüilo senso de certeza até um sentido emocional de libertação. O problema é, contudo, que ainda temos de crescer em conhecimento; temos de saber como aplicar a verdade da Escritura ã nossa vida dia a dia; temos de crescer em nossa capacidade de depender de Deus em nossas circunstâncias diárias e viver pela fé. reivindicando Suas promessas, Se tentamos saltar esse processo de crescimen to, podemos chegar a uma situação onde nos veremos desa­ gradavelmente enganados. 'que ha sobre falar em Um dos mais controvertidos assuntos do mundo cristão hodierno, e assunto sobre o qual escrevo somente depois de anos de estudo e muita oração, é a questão dos dons sobre­ naturais do Espírito, especialmente línguas. De quando em quando topo com pessoas que nunca ouviram falar a respeito desse fenômeno. Muitas outras estão confusas pela profusão de livros sobre o assunto — Dró e contra — e estão buscando genuinamente uma aproximação calma, razoável e biblica a este problema. Por este motivo julgo necessário considc rar o assunto num livro como este. Meu estudo não é. de forma alguma, exaustivo; seria necessário um livro inteiro para isso. Mas desejo expor alguns dos pensamentos prevalecentes acerca desta matéria, e minhas próprias conclusões. Há diferentes opiniões, dentre aqueles que falam em línguas, com referência á finalidade das línguas, tipos de linguas, o que as línguas indicam, e quem deve falar em 122 linguas. Os pentecostais da velha ala e uma nova estirpe


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de escritores e oradores articulados que têm procurado ser os porta-vozes do novo fenômeno das línguas, geralmente referido como movimento carismático, não concordam em todos os pontos. Semelhantemente, muitos evangélicos têm falado com vigor aquilo que pensam contra esta manifestação dc nossos dias, o sua denúncia vai desde acusações de que “todas as línguas são do diabo" até “Deus pode estar concedendo o dom hoje, mas você estaria em melhores condições sem ele". Quando o presente fenômeno carismático começou a atingir proporções epidêmicas em muitas partes do mundo, achei necessário dar mais uma olhada para ver se algo desse fenômeno era de Deus e para a igreja hoje. Anteriormente eu acreditava que todos os dons de sinais como cura, miia gres, línguas e profecias cessaram como dons de botia fiâe, do Espirito Santo, lá pelo fim do primeiro século, logo depois que se completou o Novo Testamento. O texto bíblico comumente citado para provar esta tese é I Coríntios 13:812: “O amor jamais acaba: mas, haven­ do profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; ha­ vendo ciência, passará; porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das cousas próprias de menino. Porque agora, vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido". —^ Há muitos eruditos bíblicos que crêem que a palavra “perfeito" nesta passagem se refere ao cânon das Escrituras relativo ao Novo Testamento. Esta escola de pensamento argumenta que depois que o Novo Testamento foi escrito, já não havia mais qualquer motivo para a mensagem de Deus ser autenticada por sinais sobrenaturais de natureza espe­ cial, de modo que os dons foram tirados. Por esse motivo eles olham de modo céptico para qualquer manifestação desses dons de sinais em nossos dias. —V Esta é. reconhecidamente, uma passagem difícil da Es­ critura, mas vim a crer que a palavra “perfeito" se refere a uma condição que será verdadeira quanto a nós quando Cristo voltar para a Igreja e nos der corpos glorificados semelhantes ao Dele. Então O veremos face a face e conhe­ ceremos como temos sido conhecidos. Portanto, minha opi- 123


ruão é que esta passagem sozinha não é suficiente para ga­ rantir a proibição de línguas hoje.

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£ AFINAL, 0 QUE SAO “L IN G U A S ^ J

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De textos tanto em Atos como na primeira carta aos Corintios, a palavra “línguas” parece referir-se a uma língua real que nunca foi aprendida pelo que fala. No capítulo 14 de I Corintios, os crentes estavam falando, bem como oran do, numa língua desconhecida. Não creio que fosse uma lin­ guagem inarticulada. Creio que era o mesmo fenômeno do dia de Pentecoste — uma língua verdadeira. Se usada em culto público, precisava de um intérprete; mas não se usada em oração individual, particular. ^-^pAlguns há que crêem haver dois tipos diferentes de lín­ guas: o primeiro é uma língua celestial (às vezes chamada língua de oração), ininteligível a qualquer outra pessoa na Terra, e o segundo é o dom de línguas, que é uma língua desconhecida do que fala, mas inteligível a alguém, em al­ gum lugar no mundo. Contudo, as mesmas palavras são usadas na língua ori­ ginal por todo o Novo Testamento para descrever a mani festação de línguas, mostrando assim sua unidade de signi­ ficado. Não estou convencido de que haja sólida base bíblica para afirmar que há um autêntico fenômeno de línguas dife­ rente do dom de línguas, o qual é uma língua real. O primeiro relato de falar em línguas, no Novo Testa­ mento, está no livro de Atos. Após a Sua ressurreição. Cristo falou a Seus seguidores (cerca de 120 deles) que aguardas­ sem em Jerusalém até que recebessem o Espirito Santo. Quando viesse o Espírito Santo, Ele lhes daria poder para fee tornarem testemunhas ousadas perante o mundo todo. No capítulo 2 de Atos lemos o cumprimento dessa pro­ messa. Todos os crentes ficaram cheios do Espírito Santo no cenáculo, e todos eles começaram a falar em diferentes línguas, línguas que eles nunca haviam estudado. Saíram pelas ruas e começaram a contar as obras maravilhosas de Deus e a louvá-lo, e todos ouviram a mensagem em seu pró­ prio idioma. Neste caso a principal finalidade das línguas era habilitar os discípulos para pregar a mensagem de Cristo às massas de estrangeiros que se encontravam na cidade durante aquela festa religiosa. Havia dezenas de dialetos representados nas multidões, e muitos pagãos endu­ recidos ficaram atônitos ao ouvir a mensagem de um judeu Salvador transmitida em sua própria língua.


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VERDADEIRO MILAGRE J Mas o verdadeiro milagre do dia de Pentecoste foi que após semanas de desânimo e covardia, esses crentes agora estavam cheios de uma ousadia esmagadora pai« dar teste­ munho, e foi essa ousadia que lhes confirmou que haviam recebido o Espírito Santo — e NÀO simplesmente o fato de que haviam falado em linguas ou que as linguas de fogo e os ventos impetuosos também estiveram presentes. Lembro-me de uma estória que o Dr. J. Edwin Orr cos­ tumava contar a grupos de estudantes. Ele contou de um es­ tudante ter-lhe falado a respeito de seus hábitos de beber. 0 rapaz embriagava-se na segunda feira à noite com gim e soda. Na terça-feira à noite ele ficava alto com uísque e soda. Na quarta-feira à noite sua bebedeira era causada por vodca e soda. Na quinta-feira era vermute e soda. Então o Dr. Orr faria a pergunta: “Que é que vocês supõem que deixava o rapaz embriagado? Obviamente era a soda.“ Do mesmo modo, amiúde as pessoas tiram a conclusão de que estando as línguas associadas em alguns casos onde os crentes ficaram cheios do Espírito, no livro de Atos, obviamente as línguas são a evidência de ter recebido a plenitude do Espírito. Mas se vamos crer no testemunho do livro de Atos, poder e louvor constituem a principal evidên­ cia de terem ficado cheios do Espírito, visto como eles são os fatores comuns mencionados cada vez que um crente ficava cheio do Espírito. A mesma coisa se pode dizer do testemunho das epistolas quanto a este assunto. iPROPÔSITCLORlGlNAL DOS DONS ) Creio que a razão primária de Deus a principio conce­ der os dons do Espírito aos crentes é a que Paulo tenta diligentemente ressaltar nos capítulos 12 a 14 da primeira carta aos Corintios. Paulo pinta um belo quadro em pala­ vras para mostrar com que a Igreja realmente se parece. Ele diz que somos como um corpo: Cristo é a cabeça, e cada um de nós foi colocado pelo Espírito Santo, sempre de maneira amorável e consciente, em seu próprio lugar no corpo. Ele seleciona o papel que cada um de nós deve desempenhar no corpo. Não podem todos ser um olho e não podem todos ser um ouvido. Estou certo de que há certas partes de qual­ quer corpo que têm mais encanto do que as outras, e ninguém está realmente interessado em ser um enorme dedo do pé. Mas Paulo diz que o Espírito nos colocou no corpo, como Lhe apraz, tendo por base o dom que Ele nos concedeu. Em 125


Sinais e Maravilhas

outras paJavras, o lugar que você ocupa no corpo é deter minado pelo seu dom, e não teremos todos o mesmo lugar porque não temos todos o mesmo dom. O fato real que Paulo estava considerando nesla caria àqueles crentes carnais de Corinto era que eles se estavam julgando “importantes” entre si com seus dons, e especial mente o dom de línguas. Na realidade ele estava dizendo: “Olhem, o Espírito não comete enganos. Ele sabe qual o dom de que vocês precisam para funcionar adequadamente no corpo. Não é necessário rogar lhe por este dom ou aque­ le, ou fazer alarde dele na cara das pessoas uma vez que vocês o tenham descoberto. Permaneçam simplesmente como membro sadio do corpo e Deus usará o dom que vocês possuem para edificá-los e edificar o restante do corpo, e também trazer mais membros para ele”. ^ OS DONS DE SINAL - QUAIS E POR QUÊ? No rol de dons espirituais que Paulo enumera em Roma­ nos 12 e 1 Coríntios 12, há cerca de dez que seriam consi­ derados capacidades mais ou menos normais, embora qual­ quer dom espiritual seja assistido com poder divino quando exercido no Espirito. Todavia, há diversos dons menciona­ dos, definitivamente sobrenaturais em sua manifestação: os dons de cura, de milagres, de línguas, de profecias e de interpretações. No capítulo 2 de Hebreus o escritor fala com toda clare­ za por que são concedidos os dons sobrenaturais. “Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão e desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande sal­ vação? a qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Se­ nhor. foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram: dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres, e por distribuições do Espirito Santo se­ gundo a sua vontade" (Hebreus 2:1 4). O Evangelho da redenção em Cristo tinha de ter forte autenticação para que o judeu a aceitasse como uma men­ sagem que tomou o lugar daquilo que sempre lhe fora ensi­ nado. O mundo pagão também tinha de ser convencido de que os discípulos não estavam apenas trazendo uma estória a respeito de mais outro deus dentre muitos, mas que sua mensagem vinha do único verdadeiro Deus. 126 Ê fato inegável que esses dons deixaram de ser ampla-


mente conhecidos desde perto de meados do segundo séculc até os tempos atuais. Não se pode explicar isto satisfato riamente dizendo que os crentes, no decorrer desses séculos todos, simplesmente não acreditariam em Deus para a con­ cessão desses dons. Mais provável, a verdade é que sim plesmente não havia a mesma necessidade de autenticar a mensagem do Evangelho como tinha havido antes que se completasse o Novo Testamento. Por isso é que há pouco registro, se houver algum, do uso público do dom de língua no decorrer desses séculos. Talvez houvesse uso privado do dom como finalidade secundária, visto como a necessidade primária |á não existia mais. ( RESSVRG

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Parece que os dias atuais são uma outra época quando se faz necessária forte autenticação para a Palavra de Deus. Os dons de "sinal" fizeram uma notável invasão no Movi­ mento de Jesus. Há muitos motivos para isto, e nem todos são bons. Muitos jovens que se voltaram para as drogas têm tido experiências sobrenaturais com demônios e Satanás e eles podiam não ter muita utilidade para um Deus que não pudesse levar a cabo alguns milagres maiores do que aqueles que eles já experimentaram. Um outro lugar onde se faz necessária uma renovada validação das Escrituras é em muitas denominações eclesiás licas que engoliram as opiniões destrutivas dos teólogos libe­ rais a respeito da validez e historicidade da Bíblia. A neoortodoxia procura encontrar valores espirituais na Bíblia enquanto toma partido com os liberais contra sua precisão. Os resultados têm sido um grupo desnorteado de sinceros buscadores de Deus. que não pode encontrá-Lo nas igrejas institucionais. Em algumas das principais denominações da linha antiga onde essas condições existiram em grau máximo, surgiu um fenômeno estranho As pessoas começaram a receber o dom de falar em línguas. Inclusive ministros que exerciam o ministério durante anos começaram a experimentar este dom do Espirito enquanto se reavivaram em Cristo, muitos pela primeira vez. Em muitas regiões resultou um verda­ deiro reavivamento. Milhares vieram a experimentar nova vida em Jesus Cristo e estão excitados a viver para Cristo e dar testemunho a Seu favor. Isto também tem dividido igrejas e separado amizades de longa data, mas não há negar que muitos cristãos impotentes, derrotados, chegaram a viver gloriosamente em Cristo. 127


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Lembra-se da historieta do Dr. Orr a respeito de "uís­ que e soda"? Que é que deixava o rapaz embriagado, o uísque ou a soda? Que á que tem transformado esses crentes sinceros? São as línguas ou é o Espirito Santo? É o Espi lito Santo! Com ou sem línguas, quando você começa a andar em completa dependência do poder do Espirito em você; quando você se torna disponível a tudo quanto Deus tornou disponível a você; quando você se retira da cena. admitindo suas fraquezas, e deixa que Ele assuma o con­ trole; então você também experimentará uma vida trans­ formada. Mas o próprio Sr. Engano tem entrado de modo sorratei­ ro paralelamente a este novo reavivamento carismático. Podemos ter certeza de que o diabo é consistente. Onde houver vitória, ele provocará um contra-ataque. E talvez nenhum dom espiritual seja mais suscetível à contrafação e confusão satânicas do que o dom de línguas. Esta afirma­ tiva não á feita com qualquer intuito de diminuir ou degra­ dar o dom genuino. mas antes acautelar aqueles que se entusiasmaram com sua experiência e não a relacionam cuidadosamente com as Escrituras. í ^ALGUNS ERROS SOBRE ASLÍNGUAl A primeira confusão que se estabelece no excitado, mas incauto, entusiasta de "línguas*' é de que todos podem e de vem ter a experiência de falar em línguas. Esta é uma conclu são lógica baseada em sua própria experiência. Muitos, ou não eram realmente nascidos de novo ou podem ter sido cristãos que nunca foram ensinados que o Espirito Santo habitava neles desde o tempo de sua conversão e estava ali para dar poder a suas vidas. A maior parte deles foi ensinada que se eles pudessem obter este dom de línguas, então eles poderíam ter toda a plenitude e todo o poder do Espirito; eles se referem a este fato como "o batismo do Espírito". Naturalmente, uma vez que eles alcançaram este dom, ele fez que todas as atenções deles se voltassem para o Espirito Santo e acreditaram que o Espírito os enchia — e tudo o que é necessário para que o Espírito Santo nos encha é crer que Ele é. Se eu lhe digo repetidamente que você pode ter a plenitude e o poder do Espírito tão logo você possa ficar com seu braço direito arrepiado, então no dia em que você tiver essa pele de galinha você começará a crer que se está enchendo do Espi­ rito. Quando você acredita isso, Ele de fato enche você. 128 Mas não ande por toda parte tentando conseguir que todos


tenham pele de galinha! Apresente às pessoas o fato de que o Espirito Santo vive nelas e que Ele deseja enchê-las com a vida de Jesus; elas terão abundância de pele de gali­ nha se esse for o plano de Deus para elas. Se elas nunca obtiverem o dom especial que você possui, elas ainda podem possuir o Espírito e Seu poder; do contrário, todas as epis tolas não passam de uma zombaria sobre este assunto. Nos livros do Novo Testamento chamados epístolas, Paulo, Pedro e João explicam o significado dos aconteci­ mentos históricos registrados nos Evangelhos e nn livro de Atos. Ensinar que todos devem ter a experiência de falar cm línguas para alcançar o pleno poder do Espírito a fim de viver a vida cristã é uma contradição das epistolas. Na carta aos Romanos, por exemplo, onde Paulo apresenta sua mais plena e mais definitiva declaração a respeito da sal­ vação e das verdades centrais do Cristianismo, as línguas não são mencionadas uma única vez, e no entanto as demais doutrinas vitais para viver-se neste mundo como crente estão cuidadosamente expostas. Somente se acentua a Fé nas pro­ messas de Deus. Teria Paulo omitido desse importante tra­ tado uma verdade que constituía a chave para receber poder de servir e de viver para Deus? Satanás está Vivo e Ativo no Planeta Terra

Paulo tem muito a dizer acerca do dom de línguas, mas não o que geralmente se ensina no movimento carismático hodierno. Em 1 Corintios 12:28 30 Paulo chega ao ponto cul­ minante de sua argumentação com três pontos chaves: o Espírito Santo decide quem obtém qual poder espiritual; não podemos todos possuir o mesmo dom; e ninguém é inferior por não possuir determinados dons que são mais espeta­ culares. Diz ele: “A uns estabeleceu Deus na igreja, primei­ ramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Por­ ventura são todos apóstolos? ou todos profetas? são todos mestres? ou operadores de milagres? têm todos dons de curar? falam todos em outras línguas? interpretam-nas todos ?" Cada pergunta exige uma resposta negativa. Assim, quando Paulo faz a pergunta: "Falam todos em outras lín­ guas?" — a resposta é "não!" Não podem todos falar em línguas assim como não poderiam todos ser apóstolos, pro­ fetas, evangelistas ou mestres. 129


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Dever-se-ia observar cüidadosamente que Paulo não diz que todos não têm o ‘‘dom" de hnguas. Alguns tèm ensinado que há um dom de línguas e depois há um sinal de línguas, o qual é diferente do dom e é concedido como evidência do que eles chamam o “batismo no Espírito Santo". Segundo este ensino, embora o indivíduo possa falar em linguas como sinal de haver recebido a plenitude do Espírito, pode ele não ter o dom. Tentar fazer todo o ensino das Escrituras adap tar-se à experiência é agarrar-se desesperadamente a qual­ quer coisa, e um estudo cuidadoso da Palavra não dá apoio a tal atitude. Mesmo se desse, Paulo negou que qualquer dos tipos de linguas deve ser verdadeiro tratando-se de todas as pessoas quando disse: “Falam todos em outras linguas?" Se o pleno poder do Espirito Santo só está disponível àqueles que experimentam o "batismo do Espirito Santo", conforme é chamado, e seu sinal, as linguas, então Paulo está dizendo que alguns há que nunca poderíam ter o pleno poder de Deus para viver. Pois, de novo. Paulo diz: “Falam todos em outras línguas?"

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A segunda confusão no movimento das línguas provém da primeira. Aqueles que enfatizam as línguas geralmente ensinam que uma vez que você não pode realmente possuir todo o poder do Espírito enquanto não falar em linguas. então naturalmente todos deveríam buscar a experiência. Posso ver a genuína preocupação por outros que os leva­ ria a esta conclusão, mas devo confessar que essa prática especial tem-me angustiado grandemente. Tenho visto mui­ tos buscando o "batismo" com ansiedade dolorosa, e não o receberam. A vida cristã dessas pessoas está em marcha lenta e elas sentem que Dfus simplesmente não pode uiilizar-Se delas ou dar lhes poder porque elas não podem falar em línguas. Elas não crerão nas promessas incondicionais da Bíblia acerca de seus bens espirituais porque aprende­ ram que aqueles bens só podem pertencer-lhes uma vez que tenham recebido seu "batismo". Muitas pessoas vâo de uma reunião “de espera" para outra, de certo modo esperando alcançar essa "coisa" mis­ teriosa que eles vêm buscando. Acontece que meu dom espiritual é o de ensinar. Não o busquei, não o esperei, ou mesmo desnecessariamente me interessei em saber qual era ele. Quando o Pai achou que eu estava pronto para lidar com o dom que Ele tinha para mim, ele começou a utilizar me e abençoou grandemente


ná^nriefal.~

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meus primeiros tímidos esforços. À medida que eu crescia em meu conhecimento da Palavra e Ele continuava a aben­ çoar-me de um modo mais grandioso, reconhecí que Ele me havia concedido o dom de ensinar. Agora, naturalmente, estou entusiasmado com o dom que o Senhor escolheu para mim. Sou pessoalmente abençoado e assistido à medida que o Espírito de Deus opera por inter­ médio deste dom. Mas que espetáculo triste seria — e quão completamente frustratório para todos — se eu começasse a ter reuniões “especiais” depois de cada palestra que eu fizesse, nas quais eu encorajasse as pessoas a virem à frente esperar por meu dom de ensinar. Seria frustratório porque, enfrentemos a realidade, Deus simplesmente não planejou que todos no Corpo de Cristo devessem ser mestres. “São codos mestres?” Nunca falei em línguas, e honestamente não vejo qual quer evidência escriturística de que eu deva buscá-lo. Tenho desfrutado de um caminhar cheio do Espírito por muitos anos e aos poucos descobri que tudo quanto Deus tem está disponível p nim quando eu estiver disponível a Ele. Não preciso tentar obter mais de Deus, mas simplesmente recla­ mar por fé e desfrutar o que Ele já me concedeu, Paulo escreveu à igreja em Corínto: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o temem. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito..." (1 Co rintios 2:9-10). E eu tenho em mim esse maravilhoso Espí­ rito Santo fazendo exatamente isso. Nas Escrituras, a ordem de crescimento como crente é fato, fé, sentimento. Os sentimentos nunca deveríam gover­ nar a vida. Satanás pode conceder os mais eletrizantes sen­ timentos a um crente incauto que desviou seu entendimento das Escrituras e se expôs a qualquer experiência que resol­ va suas “tolices" espirituais. Se o resultado final é conse­ guir que o crente se envolva em falsa doutrina e ênfase errada. Satanás mesmo o ajudará a ter algumas experiên­ cias pessoais aparentemente grandes. Ele é mestre em reti­ rar textos do contexto e reuni-los numa colcha de retalhos de falsa doutrina. É_de origem diabólica que a mais falsa doutrina tenha em si verdade apenas^suficiente para^ tor-

Por que as pessoas querem falar em línguas hoje? Acho que se pode ver, de tudo o que eu disse, que elas estão sin- 131


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ceramente convencidas de que isso dará à sua vida cristã um tremendo estímulo e lhes curará a maioria de seus pro­ blemas espirituais. Quem não querería um antídoto fácil para os males da alma? O problema é, não obstante, que muitos estimados crentcs, tendo tido seu “batismo no Espirito”, descobrem para seu grande desapontamento que todos os seus problemas não se resolvem miraculosamente. Dia a dia eles descobrem que ainda têm de lutar com o mundo, a carne e o diabo; e para alguns começa a grande desilusão. Outros vivem de expe­ riência em experiência e desta maneira sutil continuam concentrando se no dom e não no Doador, e isso equivale a andar pela vista em vez de andar pela fé. Por que dispensei tanta atenção a este ponto? Porque ~\ a Escritura diz que devemos andar no Espirito e jamais satisfaremos à concupiscência da carne (Gálatas 5:16). Paulo-^' \ insiste conosco para que nos deixemos ser continuamente^ cheios do Espírito Santo e por Ele controlados (Efésios 5:18). "N Andar no Espírito Santo e estar continuamente cheio do Es­ pírito Santo, são experiências que se repetem. Trata-se de J todo um padrão de vida acerca do qual Deus esta falando^ 4 RESUMINDO TUDO Creio que há um genuíno dom de línguas que Deus está concedendo hoje. Muitas vezes ele desperta uma pessoa para crer em Deus no que se refere ao poder do Espírito a fim de viver uma vida piedosa. Muitas pessoas têm recebido esse dom sem mesmo buscá-lo, e outras que o buscaram o receberam graciosamente porque ele era, obviamente, um dos dons que Deus já havia planejado para elas. O exercício desse dom. tanto em particular como em público, tem sido uma bênção pessoal para elas. Alguns sentem que quando oram em línguas são capazes de exprimir a Deus o inex primível. Outros cantam no Espírito, deixando que o Espi­ rito componha a música e a letra à medida que eles Lhe entregam suas cordas vocais. Eu não desejaria de forma alguma roubar a essas pes­ soas seu novo amor a Cristo. Não é necessário. O exercí­ cio de qualquer dom espiritual pode abençoar grandemente a vida daquele que o pratica, e ninguém tem direito de negar a qualquer pessoa a bênção que Deus tencionou dar-lhe. Quando uma pessoa anda no Espirito e exercita seu dom espiritual, esse dom não pode deixar de conceder-lhe um 132 amor mais profundo a Cristo e ao mundo perdido.


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Eis minhas únicas palavras de cautela. É tão fácil dese quilibrar-nos em nosso andar cristão se não estivermos dis cernindo retamente a Palavra e andando somente à sua luz. O movimento carismático tem acentuado de maneira dese­ quilibrada a importância das linguas. Tem tirado conclu­ sões não escrituristicas acerca de um dom espiritual autên­ tico e de boa fé. Quanto mais o mundo cristão tem criticado o movimento deles, tanto maiores as reivindicações que eles têm feito a favor das linguas. Quanto mais eles têm buscado validar sua ênfase com alegações insustentáveis biblicamen te, tanto mais os eruditos biblicos conservadores e os cris­ tãos têm resistido a eles. Com uma_polarizaçjo como essjL^Quemivoçg^açJaa que vaj*"" ser o ganhador?^Você^adivinhou? Satanàs. STe^aguilhoiTambos / os lados com relação às suas causas ejepois^Tca por lras dan"' âõjrisaHãs enquanto eles se combatem em vez de combatê-lo. INVESTIGAÇÃO DE MANIFESTAÇÕES Se houver determinadas áreas da Palavra de Deus onde estamos um pouquinho inseguros, é importante separá-las e examiná-las de quando em quando. No primeiro século, quando alguém se levantava e apre­ sentava uma revelação, ou falava numa língua, o objetivo era: “Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três. e os outros julguem" (1 Coríntios 14:29). O verbo julgar no grego significa “discernir completamente"_—_investigar completamente. Espíritos enganadores podem operar facilmente por intermédio de pessoas que dizem ter uma profecia. Alguém se levanta e diz algo que contém uma bela verdade, enquanto por baixo é enganosa, e ele leva outros a extraviar-se por orientação falsa. Devemos depender do Espírito Santo e aplicar nossa mente renovada à Palavra de Deus — para aprendermos e constantemente sermos discernentes. Creio que, em tempos passados, os cristãos poderíam, até certo ponto, valer-se do impulso inicial de suas experiências na carreira cristã, mas não podemos afrouxar agora. Estamos numa época da maior oportunidade para serviço e da maior possibilidade de perigo. Precisamos de agarrar a oportunidade e não ser apanhados em engano. Temos de depender do Senhor e examinar a Palavra. Somente a ver­ dade de Deus afasta o erro. Paulo disse que viriam tempos perigosos e que “os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganan­ do e sendo enganados” (2 Timóteo 3:13). 133


Sinais ê Maravilhas

Depois ele exortou a Timóteo: "Tu, porém, permanece naquilo que. aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste" (2 Timóteo 3:14). "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o en­ sino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (2 Timóteo 3:16). O antídoto para q erro de Satanás é a verdade de Deus.

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DEZ DIAGNOSE DA POSSESSÃO DEMONÍACA “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano." LUCAS 10:19

As ruas da antiga Jerusalém são estreitas e sinuosas. Quando duas ou mais pessoas se reúnem, temos um conges­ tionamento. Estamos abrindo nosso caminho por entre as barracas cheias de odores penetrantes, colidindo as máqui­ nas fotográficas com nossos amigos norte-americanos numa peregrinação à Terra Santa, quando tivemos de parar por causa de um congestionamento de tráfego de oito ou dez pessoas que ouviam a um homem desgrenhado fazendo um violento discurso. Jan e eu ficamos um tanto constrangidos quanto ao ho­ mem porque parecia que ele olhava para nós; cada vez que nos movimentávamos na rua a fim de livrar-nos dele, ele nos seguia. Ele continuava repetindo o mesmo breve discurso num frenesi quase insano. As duas únicas palavras que identificamos foram "americanos” e ‘‘Maorné". Ele car­ regava um grande retrato de Maorné. Quando a multidão começou a aumentar, bati uma chapa do homem e em seguida me voltei para Jan e lhe disse: “Vamos sair daqui". Dirigimo-nos a passos rápidos para o 135


Diagnose da Possessão Demoníaca

Portal de Damasco, e o homem, ainda gritando, seguiu nos através do portal. É desnecessário dizer que nos sentimos muitíssimo contentes de sair daquela situação potencialmente explosiva. A primeira vez que mostrei os retratos de nossa viagem depois que voltamos para cas$>-jrfiquei espantado quando topei com a fotografia deste personagem extravagante. Lem brei-me do que estivera pensando enquanto o observávamos em Israel e verifiquei que minha avaliação original estava correta. Toda a sua expressão facial, de modo particular seus olhos, me comprovaram que ele era possesso do demônio. Não abordo este assunto levianamente. Quando se come­ ça a investigar, tem se a tendência de ver todo o mundo como possesso do demônio. É preciso evitar isto tanto quanto a pura ignorância. PODERES PSÍQUICOS OV OCULTOS Tome cuidado com os que possuem poderes psíquicos. Esses poderes seriam a capacidade de sentir coisas acerca de pessoas, a capacidade de predizer o futuro, ter uma visão intima das pessoas sem ter qualquer conhecimento delas. Pode ser um dom de discernimento vindo de Deus, mas tam­ bém pode ser uma contrafação oriunda de Satanás e sin­ toma de possessão demoníaca Paulo e Silas tiveram um encontro com uma jovem que possuía esses poderes: “Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espí­ rito ;adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores” (Atos 16:16). Adivinhação, como vimos no Capítulo 8. é a capacidade de predizer acontecimentos futuros ou revelar informação ulta. Um estudioso da Bíblia diz que a adivinhação > a “contrafação satânica da profecia bíblica”. ( 1) A escrava adivinhadora era uma peste. “Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens são servos do Deus Altíssimo, e vos anunciam o caminho da salvação” (Atos 16:17). • Duas coisas importantes notamos nesse incidente. Pri­ meira, a adivinhadora estava descrevendo exatamente a mis­ são de Paulo e Silas. Eles eram “servos do Deus Altíssimo”. Segunda, ela misturou o erro sutilmente com a verdade. No • riginal grego desta passagem ela diz literalmente: “e vos 136 anunciam um caminho de salvação”. m


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•A implicação era que Jesus era “ um caminho" de sal vação, mas que havia outros caminhos. A Escritura, con­ tudo, é explícita neste ponto: "E não há salvação em ne­ nhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos*' (Atos 4:12). Observe como o demônio faz as coisas. A jovem escrava estava falando pelo poder de um demônio, e sem conhecer Paulo e Silas, ela dizia a verdade a respeito deles. Então, como é costume dos adivinhadores, o erro era camuflado com fatos. Que persistência! "Isto se repetia por muitos dias. Então Paulo, já indignado...” (Atos 16:18). Por que Paulo se agitou tanto com o testemunho que essa adivinhadora dava de sua missão? Ele reconheceu nesse gesto a velha tática de Satanás: "Se você não pode batê-los, junte-se a eles”. Ter aceitado o testemunho de uma adivinhadora endemoninhada teria produzido diversas coisas. Em primeiro lugar, aos olhos do povo, teria sido um ato de aprovação de suas capacidades. Isto teria exposto muitos a enganos, porque Satanás inspirará muita verdade somente para infiltrar se mais tarde com mentiras engenho­ sas. Em segundo lugar, Paulo ficaria exposto ao ataque demoníaco. Obviamente Paulo possuía o dom de discernir os espí­ ritos, pois ele solucionou o problema quando "voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo eu te mando: Retira-te dela. E ele na mesma hora saiu" (Atos 16:18). Qualquer cumplicidade com atividades do demônio, quer se trate de tábuas de ouija, cartas de tarô, horóscopos, bolas de cristal, leitura das mãos ou ler a sorte, torna o indivíduo vulnerável a influências demoníacas. Tenho encontrado casos onde foi assim que começou a pesada influência do demônio. A ordem que temos diz: "resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). Se não resistirmos, faremos uma aber tura em nossas vidas que Satanás aproveitará para entrar. Brincar com qualquer forma do oculto é, definitiva­ mente, não resistir ao diabo mas dar lhe assistência. Como no caso da jovem escrava controlada pelo demô­ nio, um adivinho pode ser capaz de contar a você acerca de seu passado e presente, e ser absolutamente preciso. Isto podia dar a você confiança de que essa pessoa realmente tem poder sobrenatural e você aceitaria a possibilidade de que suas predições se comprovassem. Consequentemente, você poderia ser dirigido para uma profecia de autocumpri- 137


mento. Vimos, no último capitulo, como isto pôde acontecer com o jovem ministro. Quando se realiza a profecia de um adivinhador, pode uma pessoa cair na escravidão demoníaca. Um jovem, em uma de minhas classes, contou a respeito de uma adivinha dora que chegou à porta da casa de sua mãe quando ela estava grávida do primeiro filho. A adivinhadora lhe disse que ela não teria filhos até que fosse muito mais velha e oue ela ia ter uma tragédia em sua família muito em breve. Visto como a mulher já estava grávida, mas ainda não dava para notar, ela não deu importância à adivinhadora. achan­ do que era fraude. Contudo, o bebê que ela carregava morreu e também o próximo filho. Éla ficou deprimida a ponto de ser apanha­ da na armadilha demoníaca do poder da adivinhadora. Não brinque com adivinhação — não importa quão ino­ cente ela possa parecer!

Diagnose da Possessão Demoníaca

. MAGIA Deveriamos suspeitar do envolvimento em magia quan­ do entendemos quão exposta à possessão demoníaca pode estar uma pessoa. Não estamos falando daqueles que fazem truques de prestidigitação ou nos divertem com exibições engenhosas. Isso é engraçado e é uma forma legítima de entretimento. Mas, há outra forma de magia que envolve mesmerismo, magia negra e poderes sobrenaturais. O tipo de magia a que nos referimos como sinal carac­ terístico de possessão demoníaca é uma “arte divinamente proibida de provocar resultados que estão além do poder humano mediante recurso a agências super humanas do espírito". (2) Os cépticos de nosso tempo tendem a negar a realidade tanto do poder divino como do poder demoníaco, segundo o Dr. Unger, um dos mais distintos eruditos da Bíblia no mun do. Combinada com esse cepticismo está uma confusão sobre a natureza da magia. Para nosso estudo, o ponto importante é entender que muitos dos fenômenos que envolvem o reino do espírito e resultam em arrebatamento do espirito, movi­ mentação de móveis e outras ocorrências estranhas são uma parte dos engodos diabólicos. Algumas pessoas podem alegar que possuem poderes mágicos vindos de Deus. As Escrituras nos falam de um mágico que fez tais alegações falsas: “Ora, havia certo ho mem, chamado Simão, que ali praticava a mágica, iludindo 138 o povo de Samaria, insinuando ser ele grande vulto: ao qual


* Para um estudo sobre este assunto, lido com discernimento cristão, veja The Hiatory and Practice of Magic, por Paul Christian, The Citado] Press, Inc., New York, 1963.

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todos davam ouvidos, do menor ao maior, dizendo: Este homem é o poder de Deus, chamado o Grande Poder. Ade­ riam a ele porque de há muito os iludira com mágicas" (Atos 8:9-11). O homem chamado Simão estava tão envolvido em má­ gica que muito embora ele fizesse profissão de fé, sua fé não era genuína. Pedro puxou-o pelo pescoço e disse: "O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir por meio dele o dom de Deus. Não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te. pois, da tua maldade, e roga ao Senhor; talvez que te seia perdoado o intento do coração" (Atos 8:20-22). Deve-se evitar a história da magia com obras diabó­ licas e qualquer envolvimento com ela.* NECROMANC1A Necromancia significa invocar os mortos ou predizer o futuro mediante comunicação com os mortos. Geralmente quando um médium invoca alguém dentre os mortos, tra la se de fraude demoníaca: isto é, um demônio. personifi­ cando alguém que está morto começa a falar através do médium. A necromancia tem sido praticada desde o come­ ço da história registrada. A Biblia apresenta um exemplo vivido no Antigo Testamento. Saul, o primeiro rei de Israel, por sua reiterada desobe­ diência havia perdido a comunicação com Deus. Deus cessou de enviar-lhe instruções mediante os sacerdotes ou profetas. Além do mais, o respeitadíssimo e acreditadíssimo profeta. Samuel, que fora amigo de Saul. estava morto. Quando os inimigos de Israel reuniram um grande exér­ cito e ameaçaram invadir o país, Saul cometeu o pior de todos os seus pecados. Numa hora de desespero ele mandou chamar uma médium para invocar a Samuel dentre os mor­ tos. Em outras palavras, ele desejava uma sessão espirita. Saul sabia que isso era proibido, pois anteriormente ele havia expulsado do país todos os espíritas e médiuns (Deuteronômio 18:10-12; I Samuel 28:3). Os homens de Saul localizaram uma médium num lugar chamado En-Dor. Disfarçandose. Saul persuadiu a médium a dirigir uma sessão espírita e invocar a Samuel.

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Diagnose da Possessão Demoníaca 140

Quando Samuel apareceu, ele censurou Saul diretamente por seu pecado e predisse que Israel seria derrotado pelo exército filisteu e que Saul e seus filhos morreríam na batalha. Deus considerou o pecado da necromancia como a últi­ ma atitude de uma situação insuportável no tocante a Saul. De fato ele e seus filhos morreram em combate no dia se­ guinte e Israel foi destroçado. Minhas filhas gêmeas me contaram de colegas de classe tentando realizar sessões espíritas com estudantes mais ve­ lhos. Atualmente em muitas escolas secundárias e facul­ dades as sessões espíritas são consideradas passatempos po­ pulares, mas todos deveriam entender que Deus considera essa atividade um assunto extremamente grave. Ouçamos de novo a advertência de Deus por meio de Moisés: "Não se achará entre ti . . . nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor" (Deuteronômio 18:10 12). Qualquer brincadeira com sessões espíritas pode abrir a porta para uma forte influência demoníaca em sua vida, quer você seja cristão ou não-cristão. Isso pode, inclusive, levar a uma morte prematura. O Bispo Pike estava profundamente envolvido com mé diuns e necromancia antes de ser levado à morte.* ACENTUADA MUDANÇA NA INTELIGÊNCIA Quando um demônio está influenciando pesadamente uma vida, pode haver um aumento repentino ou esporádico na inteligência da pessoa. O maior exemplo deste fato foi Adolf Hitler. Este homem possuía uma inteligência incrível, entretanto não tinha educação formal. Depois que ele se envolveu com o partido nazista, começou a demonstrar capa­ cidade mental e poder de oratória fora do comum. Sua habilidade para falar era, evidentemente, demoníaca. Hitler hipnotizou o povo alemão e essa gente o seguiu de livre e espontânea vontade. Sua grande capacidade oratória foi o "canto da sereia" mortal para milhões. A operação de poder demoníaco é forte numa área onde as pessoas estão dispostas a seguir um lider demoníaco. Se a ambição cruel e o desejo de proeminência tomam conta * Para um relato pormenorizado, veja 0 livro do Dr. Merrill Unger,

The Haunting of Bishop Plke.


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da vida de um homem. Satanás pode ganhar uma posição onde firmar os pés. SATANÁS. DA ME FORÇA Os demônios são capazes de transmitir energia às pes­ soas com incrivel vigor. No caso do endcmoninhado geraseno relatado no capitulo 5 de Marcos, diz-se que ele muitas \ezes fora preso com grilhões e cadeias e ele os quebrava. Ninguém podia subjugá-lo. Desde que venho estudando sobre possessão demoníaca e encontrando sua realidade, lembro-me de um vizinho que todos pensavam estar mentalmente enfermo. Pelos caracte­ rísticos que ele exibia, creio que era endcmoninhado. Uma noite ele quase matou a esposa com um martelo. A polícia veio para prendê-lo e o algemou. Ele tinha mais ou menos l,70m de altura e pesava em torno de 60 quilos, mas foi capaz de quebrar as algemas. Foram necessários diversos poli­ ciais para dominá-lo e levá-lo preso. Agora sei que isso era mais do que força humana. Vi um endemoninhado em Berkeley, com tal força superhumana que foram necessários seis homens para subjugá-lo e impedi-lo de fazer dano a si próprio ou a outros. DEPRESSÃO, DESANIMO E TENDÊNCIAS SUICIDAS ‘ Outra palavra de advertência: devemos tomar cuidado ao avaliar qualquer desses sintomas, porque eles podem ter sido provocados por outras causas. Contudo, combinados com outros sintomas eles poderiam ser um forte indício de possessão ou influência demoníacas. Alguns exemplos tirados da Biblia: depois que Satanás usou Judas para atingir seu objetivo, ele usou o poder de culpa para levar Judas à autodestruição (Mateus 27:5-10). O rapaz endemoninhado, em Mateus 17:14-15, tinha uma forte tendência para a autodestruição. Ele se atirava ao fogo e depois à água. Isto era resultado de o demônio ten­ tar infligir dano e autodestruição ao menino. O endemoninhado geraseno continuamente se cortava com pedras, indicando como os demônios provocam tendên­ cia para autodestruição. Embora provavelmente não tenhamos meios de dizer depois que o ato foi cometido, certamente deveriamos admi­ tir que há uma forte possibilidade de que as pessoas que se embebem de gasolina e ateiam fogo à roupa são levadas a esse gesto pelos demônios.

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Combinando com outros sintomas, é possível observar o rosto de uma pessoa e ver evidências de possessão demoníaca. Você se lembra do relato do orador de Jerusalém no começo deste capitulo. Seus olhos eram arregalados e selvagens, seu rosto mostrava uma deprimente contorção do mal. Tenho visto as expressões daqueles que ficaram endemoninhados e a maneira vivida em que Cristo pode operar uma transfor­ mação miraculosa. BLASFÊMIA OBSCENA INCONTROLADA A reação quase espontânea de uma pessoa de blasfemar e amaldiçoar quando se menciona o nome de Jesus Cristo ou de Deus pode ser sintoma de espírito imundo ou demônio. Muitas vezes Jesus Se defrontou com essa situação. Uma compulsão contínua para blasfemar o nome de Deus e de Cristo pode, em conexão com outros sintomas, consti­ tuir sina! de possessão ou influência do demônio. MUDANÇA RADICAL NA PERSONALIDADE Este característico de possessão demoníaca foi vividamenic dramatizado em uma das cartas recebidas de um leitor de A Agonia do Grande Planeta Terra: Uma mulher que reside na parte noroeste dos EUA con­ tou como o seu marido, que era normalmente bom chefe de familia, ficou fascinado com uma tábua de ouija numa festa. Quando a tábua de ouija começou a dar respostas exatas às perguntas a seu respeito e a respeito de outros, ele ficou furioso. Ele decidiu provar que tudo aquilo era um embuste. Na tardinha seguinte ele voltou para casa. vindo do traba­ lho, com uma tábua de ouija e insistiu com a esposa para que participasse. Uma vez mais a tábua começou a predizer que ele ia tornar-se um grande líder e ajudaria a trazer paz a muitos. Para fazer isso, foi-lhe dito, ele teria de abandonar a familia. Essas profecias continuaram. Sua personalidade começou a transformar-se radicalmente. Ficava fora do lar e bebia muito. Mudou-se, e vinha a casa apenas para breves visitas. Sempre que estava em casa, continuava a pressionar a esposa para realizar sessões com a tábua de ouija. A pobre mulher ia ficando cada vez mais alarmada com tudo aquilo e buscou ajuda de amigos que eram crentes em Cristo, um assunto que seu marido achava insuportável. Finalmente, uma noite, enquanto faziam perguntas para 142 a tábua de ouija, esta respondeu que eles não mais teriam de


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Lisà-la; o espírito daria orientação diretarneme por intermé ríio do marido A esposa ficou espantada quando o marido imediata­ mente entrou em transe e uma voz — não a voz do marido — falava por meio dele. O espirito, que era um demônio, reite­ rou tudo quanto anteriormente fora respondido pela tábua e disse à mulher que era tempo de seu marido partir para a sua missão do destino. Logo depois uma amiga disse à mulher que eu devia estar na cidade falando sobre o progresso do ocultismo. Ela persuadiu o marido à acompanhá Ia à reunião, e ficaram chocados ao verificar que estavam envolvidos com demônios mediante contacto inicial com a tábua de ouija. Adquiriram um exemplar do livro A Agonio do Grande Planeta Terra; a esposa leu-o e finaJmente persuadiu o mari­ do a lê-lo também. Como resultado ele renunciou a seu envolvimento com demônios, pediu perdão e recebeu a Jesus Cristo como seu Salvador. Sua personalidade transformou se imediatamente para melhor. Ele voltou para o lar, e tanto ele como a esposa se tornaram verdadeiras testemunhas do poder salvador de Jesus Cristo PODE VM CRENTE FICAR POSSVÍDO PELO DEMÔNIO? A separação que a semântica faz entre possessão do demônio e influência do demônio parece importante a algu­ mas pessoas. Uma pessoa influenciada pelo demônio está sob o poder de espíritos maus. o que pode resultar em qual­ quer coisa desde tormento mental até comportamento anor­ mal extremo. Tanto crentes como não-crentes podem estar sujeitos à influência do demônio. A maioria dos eruditos bíblicos e missionários que estu­ daram o problema ou lidaram com ele entendem a possessão do demônio como a permanência de um ou mais espíritos rnaus no corpo de uma pessoa, resultando dai que a persona­ lidade do demônio assume controle total. Em tais condições, a personalidade da vítima é escravizada e o demônio real­ mente exerce completo controle. O Dr. Unger tem um excelente estudo sobre se um cristão pode ser possuído pelo demônio. (3) Ele afirma que um não-cristão pode ser totalmente controlado e manipulado por poder demoníaco, mas um cristão raramente tem o mes­ mo grau de subjugação completa Esta é minha posição, também. Contudo, tenho falado a muitos missionários que tiveram de lidar pessoalmente com esses problemas, e devo 143


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dizer que parece possivel a um cristão ter certo grau de possessão demoníaca. Dick Hillis. das Cruzadas de Além-mar, deu-me um exemplo de cristão possuído pelo demônio. Dick é um homem que conhece as Escrituras, não apenas como teólogo, mas como um guerreiro da fé. Homem de discernimento cuidado­ so, não dado a sensacionalismo, ele passou a maior parte de sua vida no campo missionário. Hillis me falou de um incidente que aconteceu enquanto estava na China, antes da ascensão comunista, quando um dos presbíteros de sua igre­ ja, que era inquestionavelmente um crente, ficou tão possuí­ do pelo demônio que sua personalidade se transformou. Ele se tornou vil e profano em sua linguagem e extraordinaria­ mente forte. Alguns dos membros da igreja o trancaram num quarto e mandaram chamar Hillis. Quando Dick transpôs a porta, este homem ficou vio­ lento e uma voz estranha gritou: “Sei quem é você". Hillis disse: “E eu sei quem você é", e começou a falar ao demônio. Esse foi um caso em que um crente na realidade ficou possuído por um demônio que falava em outra voz. Nos países onde há franca adoração de ídolos, como a China, uma pessoa é muito mais suscetível à influência e possessão demoníacas. Conforme diz Unger: “Nas terras onde a idolatria influenciada pelo demônio floresceu sem ser obs tada pelo Evangelho durante séculos, os novos crentes que foram libertados da possessão do demônio mas depois volta ram a seus antigos ídolos tornam-se repossessos". (4) O principal argumento contra um cristão ficar endemoninhado surge do fato que o Espírito Santo habita o cristão. Portanto, um demônio não pode habitar no mesmo lugar onde habita o Espírito Santo. Contudo, no capítulo 5 do livro de Atos temos dois cren­ tes por nome Ananias e Safira, que certamente foram con trolados por Satanás. Pedro disse: “Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo?" (Atos 5:3). A palavra traduzida “encheu" é a mesma usada em Efésios 5:18 para descrever o ministério controlador e capacitador do Espírito Santo em relação ao crente. Ela significa a mesma coisa aqui, apenas que Satanás exerce o controle. Para uma pessoa apossar-se de outra, literalmente isso significa que uma pessoa controla a outra por seu consen­ timento. Portanto, o que está sendo controlado é responsável porque aceitou o controle. Essa responsabilidade se evidencia claramente quando Pedro diz de novo a Ananias: “Como.


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pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Atos 5:4). 0 ponto principal é que Ananias era um crente cujo coração passou a ser controlado por Satanás. Creio que aqui nos é feita uma solene advertência. Sempre que, deliberadamente, deixamos de depender do Espírito Santo para resistir à tentação, e então, conscientemente, planejamos cometer pecado, expomo-nos à possibilidade de ataque satânico e inclusive controle. Quando Jesus anunciou a Seus discípulos que Ele ia ser preso e levado à morte, e Pedro O censurou e disse que isto nunca aconteceria, outra importante declaração foi feita. Jesus disse a Pedro: “Arreda! Satanás; tu és para mim uma pedra de tropeço: porque não cogitas das cousas de Deus, e, sim, das dos homens"' (Mateus 16:23). Jesus diri­ giu-se a Pedro como Satanás porque, obviamente, Satanás o estava influenciando e desencaminhando nesse ponto. Era Satanás que estava afastando os olhos de Pedro do propósito de Deus e voltando-os para o ponto de vista humano. Creio que esses e outros incidentes mostram como um crente pode ficar possesso até certo ponto, embora apenas temporariamente e nunca de maneira tão completa como no caso de um não-crente. Certamente isso nos incentiva a andar em contínua dependência do Espirito Santo e não ten­ tarmos viver por poder humano. Seria bom entendermos claramente que Satanás não pode obter o controle de um crente que está andando pela fé e à disposição do Espírito Santo. No Capitulo Treze dire­ mos muito mais sobre este ponto, EXORCISTAS O velho assunto do exorcismo ou expulsão de espíritos maus reapareceu em nossa sociedade aerodinâmica. O livro 0 Exorcista tornou-se êxito de livraria no pais.- Para aque les que, em nossa cultura, possam pensar que tudo isto é alguma nova e esquisita aventura no campo da irrealidade, devemos recordar as origens pagãs do exorcismo. . Fórmulas e rituais mágicos para expelir espíritos maus têm sido praticados durante séculos. Muitos dos métodos eram dolorosos ao possesso e envolviam surrar, atormentar, queimar e outros tipos de abuso físico. Unger nos fala de um lugar sagrado na índia, muito conhecido entre hindus e muçulmanos como um lugar onde os demônios são exorci-*

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zados. A violência e a inflição de dor são comuns, mas quando o demônio que deve ser expulso é por demais obsti­ nado, embebem-se mechas de algodão em óleo, ateia-se-lhes fogo e com elas se entopem as narinas do possesso. A crueldade dos exorcistas profissionais está além do entendi­ mento humano. Quando lemos e ouvimos acerca de métodos de expulsar demônios usados por incrédulos, entendemos que é mesmo possível sob o poder de Satanás expulsar demônios, se isso promover seus ensinos e propósitos. CONTRASTE COM CRISTO O método que Jesus usou para expelir demônios estava em nítido contraste com o método dos exorcistas judeus e pagãos. Mateus 8:16 diz-nos que quando os discípulos trouxe­ ram a Jesus muitos endemoninhados, Ele expulsou os espi ritos com a palavra. Ele não recorreu a rituais. Seus discípulos expelem demônios "em nome de Jesus" Cristo deu-lhes tal autoridade quando lhes falou após a Sua ressurreição. Disse Ele: "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expelirão demônios" (Marcos 16:17). O nome de Jesus significa o infinito e onipotente Deus que está atrás do nome e não tem poder mágico em si mes­ mo. Não há truque relacionado com dizer "em nome de Jesus”. A advertência ao crente jovem ou imaturo deve ser enfática neste ponto. Temos de conhecer qual é nossa autori­ dade como crentes e aprender a verdade da Palavra de Deus antes de tentarmos "expelir demônios” de alguém que supo­ mos esteja possesso. Cristo disse: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano. Não obstante. alegraivos, não porque os espíritos se vos submetem, e, sim, porque os vossos nomes estão arrolados nos céus" (Lucas 10:19 20) Esta é uma promessa feita pelo Senhor, que deve ser. compreendida por todos os que se envolvem neste estudo. Como crentes recebemos autoridade sobre os demônios, e o ünico meio pelo qual os demonios poaem agarrar nos e quan3o deliberadamente, conscientemente' e persistentemènfê andamos em pecado. Quando andamos com Cristo, podemos encontrar-nos em situações que nos causam medo; nada, porém, pode prejudi146 car-nos se fazemos valer nossa autoridade sobre o inimigo.


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Se entramos nessa área da atividade satânica e não conhece­ mos nossa autoridade, vamos ficar em apuros. Satanás vai blefar conosco até onde ele puder: ele tomará todo o terreno que lhe dermos. Mas se nos firmamos nas promessas de Deus e usamos nossa autoridade segundo as Escrituras, ele respeitará essa autoridade e fugirá. Não esta mos falando de bravata humana ou de blefe de nossa parte. Estamos falando sobre a vitória da cruz. Devemos tomar posi­ ção atrás dessa vitória e ter um respeito saudável pelo poder de Satanás. Um dos perigos da imaturidade na fé cristã está naquele ponto em que Deus começa a mostrar obras de poder e responde a esta fé recentemente adquirida. É fácil ficar encantado com o poder e deixar se prender pelos dons em vez do Doador. O grande perigo na adolescência espiritual é ter pouco conhecimento e não sabê-lo é pouco conhecimento. Recentemente ganhei um velho e inapreciável livro que contém percepções profundas deste assunto. Os escritores foram eruditos e cristãos de grande compreensão e profun­ didade. Diziam eles: “Para a libertação das almas que se acham sob a escravidão de espíritos maus em possessão, é preciso que se tenha muito conhecimento de Deus e das coisas espirituais’1. (5) Se um crente encontra o que ele pensa ser uma verda­ deira manifestação de possessão demoníaca, creio que ele deveria, na maioria dos casos, recorrer a um crente maduro, que merece confiança, e os dois orariam pedindo orientação quanto ao modo de lidar com a situação.

QUE ACONTECEU A PREEMINENTE JOVEM NA CONFERÊNCIA? Antes de começar a escrever este livro, nunca expeli demônio de ninguém Isso não é algo que eu buscaria fazer ou um ministério que eu achasse particularmente agradável. Mas creio que o Senhor me deu a experiência que relatei em poucas palavras no Capitulo Um, de modo que eu tivesse um entendimento melhor de todo este campo. Quando a jovem preeminente do Médio-Oeste (veja Capí­ tulo Um) me mostrou o anel no dedo, sinal de uma adoradora de Satanás, e descreveu o espírito mau que a lançava em períodos de grande depressão e desânimo, ela também me contou que sua mãe e sua avó tinham sido cartomantes. Evidentemente ela havia herdado delas sua capacidade psíquica. 147


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Não era fácil dizer a esta mulher qual era seu verda­ deiro problema. Com genuína compaixão eu lhe disse que ela estava possuída por um espirito de adivinhação, um de­ mônio que se especializa em ler a sorte. Ela ouvia atenta mente enquanto eu explicava que de acordo com muitas histórias de casos que eu havia lido, geralmente isso ocorria em famílias que tinham em sua história poderes ocultos. Insisti com ela para que renunciasse a esse poder psíqui co e se voltasse para Jesus Cristo, o único que podia libertála. ou então este demônio lhe destruiría a vida. “Gostaria de ser libertada deste espírito e receber Jesus Cristo em sua vida?” Ela não hesitou. “Se isso significa encontrar paz de espírito, estou certa de que sim." Então orei de acordo com o padrão do Apóstolo Paulo em Atos 16:18. “Espírito mau, eu te ordeno em nome de Jesus Cristo que saias desta mulher e a deixes sozinha." Nunca eu havia experimentado tal senso de autoridade em nome de Jesus como naquele momento. A mulher estremeceu ligeiramente e começou a soluçar. “Faça esta oração em voz alta", continuei. “Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus que morreu por meus peca­ dos. Jesus, entra em minha vida e faze-a agradável a Ti." A mulher esforçou-se para falar cerca de uns três minu­ tos. A garganta dela parecia estar comprimida por mão invisível. Orei silenciosamente para que Jesus dominasse a influên­ cia de Satanás. Finalmente ela fez a oração em voz alta. Assim que ela acabou de orar, todo o seu semblante se transformou diante de meus olhos. Ela ficou radiante. Excla­ mou: “Estou livre!" Para ela isso tinha um significado dife­ rente do que tem para a maioria das pessoas. Ela me deixou abruptamente e se dirigiu para a reunião final da conferência. A primeira pessoa que ela encontrou foi Jan. Ela foi logo dizendo sem medir as palavras: “Sabe o que seu marido acaba de fazer? Ele expeliu um demônio de mim". Minha esposa, que não se surpreende com facilidade, imediatamente viu a surpreendente mudança na mulher. Per­ cebendo-lhe a necessidade espiritual imediata, Jan disse calmamente: “Jesus Cristo entrou em sua vida?" “Mas é claro", disse ela jubilosamente. Depois ela encontrou as amigas que a haviam trazido e surpreendeu-as com a boa nova. Quando a ex-psíquica estava prestes a partir, dei-lhes 148 instruções para livrar-se de todos os seus artefatos de ocul-


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tismo, porque esse é um meio de os demônios conservarem um ponto de apoio numa vida. Ela concordou em fazê-lo. Então eu levei um verdadeiro golpe. Ela apontou para o saiote escocês que ela usara todo o fim de semana "Reconhece este tecido axadrezado?" Examinei-o por um momento e disse: "Creio que é o tecido de Lindsey". "Certo”, respondeu ela. "Faz umas poucas semanas estive na Escócia. Enquanto estava lá. tive uma premonição de que eu ia encontrar-me com alguém chamado Lindsey e que ele ia exercer um profundo efeito em minha vida. Esse é o motivo pelo qual comprei o saiote de tecido axadrezado.” Fiquei mudo. Mais tarde, refletindo sobre o incidente, experimentei uma grande emoção 0 poder de Jesus Cristo me era tão real!

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ONZE DOUTRINAS DE DEMÔNIOS "O diabo pode citar a Escritura em benefício de seus propósitos SHAKESPEARE, O Mercador de Veneza, 15*97

"Ora, o Espírito afirma expressamente que. nos üllimcs tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios." I TIMÓTEO

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Satanás, em seu papel como "o deus deste século", tem dirigido uma estratégia implacável, bem planejada, para cegar as mentes dos homens à verdade a respeito de Deus e como conhecê Lo. Se você fosse Satanás, com o propósito de controlar os homens, onde você lançaria seus mais pesa dos ataques? Contra a Bíblia e aqueles que a pregam e ensinam, e contra a igreja, é lógico! Com a Bíblia aceita de modo geral como revelação de Deus — a humanidade não poderia ser cegada facilmenle. Enquanto houvesse ministros que pregassem e ensinassem a Biblia, o cristão continuaria crescendo na fé. dando teste munho vital ao mundo, e não seria facilmente enganado. 150 Enquanto as igrejas fossem organizadas e funcionassem


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segundo o padrão do Novo Testamento, elas não poderíam ser desviadas de seu verdadeiro propósito de edificar os discípulos e alcançar o mundo com as “boas novas acerca de Cristo’'. Quando os apóstolos reconheceram que se aproximavam do fim de suas vidas, fizeram advertências com relação aos ataques futuros à verdade e à igreja os quais seriam acele rados nos dias logo antes que Cristo voltasse à Terra em Sua Segunda Vinda. Na última reunião de Paulo com os presbíteros da igreja em Éfeso, ele fez a seguinte exortação: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espirito Santo vos consti tuiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus. a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levan­ tarão homens falando cousas pervertidas para arrastar os discipulos atrás deles. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que por três anos. noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um" (Atos 20:28 31) Paulo predisse que havería ministros dentro da igreja que ensinariam coisas pervertidas embora se apresentassem como mestres da verdade. O antidoto para esta apostasia futura está no versículo 32. “Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra cia sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados." Paulo exortou a liderança da igreja a ter firme confian ça em “Deus e na Palavra de Sua graça". Quando um ministro cessa de ensinar e acentuar um éndar pessoal com Deus, pela fé, com base no princípio da graça em vez da lei. ele deu o primeiro passo que leva à estrada da apostasia. •x 0. ’<■ v POR QVEOS REAV1VAMENTOS MALOGRAM? A História está repleta de evidência de movimentos nas cidos no calor de reavivamentos que depois de umas poucas gerações cairam no erro e na consequente apostasia. Muitas das grandes denominações atuais trazem pouca semelhança com a fé e fervor de seus fundadores. Os cristãos têm ficado desnorteados com essa continua tendência para afastar-se de Deus e têm perguntado: “por quê?" Na maioria dos casos a tendência começou quando se afastaram da graça de Deus e entraram no “legalismo". Legalismo - buscar viver para Deus segundo o princí pio da lei — é o primeiro e o pior ensino dos demônios. É 151


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u pequeno furo em sua armadura que Satanás vai alargar até que tenha um buraco suficientemente grande que dê para passar um caminhão. Desconheço outra distorção doutriná­ ria que tenha sido mais devastadora para os crentes. O fato terrível é que o legalismo pode levar para o desvio um crente maduro bem como um crente novo, Na realidade, este ensino demoníaco parece encontrar solo especial mento fértil na vida de um crente que está crescendo e que está atento em agradar a Deus em sua vida Foi com relação aos mestres de legalismo que Paulo escreveu: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com sua astúcia, assim também sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar; porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras“ (2 Corintios 11:3, 13 15). De acordo com esta advertência, Satanás tem seu pró­ prio corpo de ministros dedicados que se mascaram de “mi­ nistros de justiça". O que pnderia ser mais eficaz do que um ministro, sincero e moral, citando a Biblia, mas omitindo a ênfase da graça? Alguns ministros que verdadeiramente pertencem à famí­ lia de Deus se tornam instrumentos de Satanás ao colocarem seu rebanho “sob a lei”. Se não entendermos a diferença que existe entre o prin­ cípio da lei e o princípio da graça no ponto em que ele se relaciona com Deus, então não entenderemos por que pecamos.

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POR QUE PECAMOS? Ás vezes, quando pecamos, preferimos dizer: “O diabo me obrigou a fazê-lo". Isso nos ajuda a remover a difieul dade mental, mas não podemos lançar a culpa sobre Satanás por todo o nosso pecar. Há dois ingredientes necessários para uma pessoa pecar. Em Romanos 7:5 Paulo diz: “Porque, quando vivíamos segun do a carne (isto é, antes de nos tornarmos crentes), as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros a fim de frutificarem para a morte" Paulo mostra que há duas coisas em operação dentro de um não-crente para fazê Io pecar: suas paixões pecaminosas,


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ou natureza pecaminosa como às vezes se diz, e a lei. Quan do a lei instiga as paixões pecaminosas, ocorre a rebelião contra a lei e é a isso que a Bíblia chama "pecado". Mais adiante, em Romanos 7:7-8, Paulo diz que a lei opera exatamente do mesmo modo na vida do crente, “ ...eu não ter ia conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo manda mento, despertou em mim toda sorte de concupiscência: por­ que sem lei está morto o pecado.” Paulo podia ter dito com toda facilidade: ‘‘Minha natu­ reza de pecado, acostumada a ser provocada por todas as leis antes de tornar me cristão, ainda continua instigada pela lei não obstante agora eu seja filho de Deus. Se eu pudesse escapar a todas essas leis, então eu não teria de aborrecer-me por causa de todo este pecado". PSICOLOGIA AO CONTRARIO A psicologia tem observado essa mesma tendência no homem de fazer exatamente o contrário do que lhe é orde­ nado fazer. Chamamos a esse fato a “lei da psicologia ao contrário". Se você quiser que alguém faça alguma coisa, diga lhe para fazer exatamente o contrário. Os pais. em sua maioria, têm entendido isto antes que seus filhos tenham mais idade. Exemplo clássico deste fato é uma estória que apareceu numa publicação do pais. faz alguns anos. Construiu-se um hotel luxuoso sobre um molhe em Galveston, no Texas. Quan­ do estavam prestes a realizar sua abertura de gala e o gerente inspecionava um quarto que dava vista para o Golfo, repentinamente lhe ocorreu que as pessoas iam ser tenta­ das a pescar das sacadas. Se pescassem, quando elas ati­ rassem suas linhas com chumbadas pesadas o vento podia soprá las de encontro às janelas de baixo e causar um bocado de quebra de vidraças. Houve um pequeno pânico por alguns momentos, enquan­ to o gerente tentava decidir o que fazer. Finalmente eles colocaram cartões sob o vidro de cada mesa dos quartos dizendo que era absolutamente proibido pescar das sacadas! Chegou a semana da abertura. Você adivinhou! Muitas janelas estavam quebradas. A administração do hotel ficou abalada. Finalmente um funcionária do hotel disse: “Por que não jogar fora os cartões e ver o que acontece?" Imediatamente cessou o estrago. Não havia mais "lei" para instigar as “paixões pecaminosas" dos clientes do hotel! 153


A LE I NÃO fi A CULPADA

Doutrinas de Demônios

Sei que tudo isto tende a fazer que a lei pareça má. quer se trate da lei de Deus, quer da lei do homem. Porém a lei não é o verdadeiro problema. Aquelas paixões pecamino sas ou naturezas de pecado instigadas pela iei é que cons tituem o problema. Você podia querer saber por que Deus daria a lei se Ele sabia que ela iria operar contra nós em vez de operar a nosso favor. Há quatro motivos fundamentais por que Deus deu a Sua lei. T) primeiro motiv^é mostrar ao homem o que é o pecado. A lei è um principio que orienta nosso comportamento fixan­ do padrões de comportamento e ameaçando de certas conse­ quências se não forem satisfeitos esses padrões. Há diversos tipos de lei expostos na Bíblia. O primeiro é a lei da consciência. Quando Adão e Eva comeram da árvore do conhecimento do bem e do mal. eles desenvolve ram um conhecimento consciente do que deveriam e não deveriam fazer. O Apóstolo Paulo referiu-se a esta lei da consciência em Romanos 2:14-15. "Quando, pois, os gentios que não têm lei (a lei de Moisés) procedem por natureza de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei, gravada nos seus corações, testemunhando-lhes também a consciência, e os seus pensa­ mentos mutuamente acusando-se ou defendendo-se.” O único problema com a consciência como padrão fide digno de conduta é que ela pode ser facilmente cauterizada. Dentro das poucas centenas de anos que decorreram de Adão até Noé, o homem amorteceu de tal modo a sua cons­ ciência que Deus Se entristeceu por haver feito o homem. Nos tempos atuais pode-se ver quão eficaz tem sido a pesquisa da consciência humana. O filme sedutor de Jane Russell, The Outlatv (O Proscrito), feito nos anos 50 é tão inocente pelos padrões do momento que ele poderia ser exibi­ do num piquenique de Escola Dominical. Deus rejeitou a lei da consciência como meio para o homem conhece Lo. Nos tempos de Moisés o povo tinha tão pouca consciência do que era o pecado, que Deus viu a necessidade que eles tinham de um padrão objetivo que fixas­ se para sempre o que Ele considerava pecado. OS DEZ MANDAMENTOS Çvando Deus deu os Dez Mandamentos e as diversas 154 outras leis à nação de Israel, pela primeira vez o povo


S&lnnàs esta Vi vo e Ativo no Planeia Tnra

soube exalamcnte até que ponto podia ir, sem pecar. Antes que a lei fosse dada, so um homem tivesse a fraqueza de querer dormir com as esposas de outros homens e sua consciência nãn o perturbasse, então não era pecado. Os outros maridos podem não ter gostado, mas não havia lei para a qual apelar para convencer o outro homem de proce­ dimento errado. Talvez houvesse certas leis tribais, mas não havia lei moral mais ampla que pudesse ser invocada cnn tra o homem Durante as centenas de anos decorridos até que .Jesus entrasse em cena. os judeus haviam interpretado tão estrita mente suas leis que eles tinham evoluído para uma mera observância da forma exterior e do ritual. A acusação de Jesus contra eles era que no exterior pareciam sepulcros caiados, mas no interior estavam cheios de ossos de defun tos (Mateus 23:27). O SERMÃO DO MONTE O Sermão do Monte foi o maior sermão de “fogo infer na] e danação" que já foi pregado. Em termos que não deixam dúvida, Jesus disse que não era apenas o que se fazia no exterior que era pecado, mas também o que se pensava no intimo. Nada poderia ter aguilhoado mais o coração farisaico daquelas pessoas religiosas do que ouvir que "as boas obras" não eram suficientes para levá Ias ao céu. Repetidas vezes Jesus os deixou sem apoio ao dizer-lhes: "Ouvistes o que foi dito", e então citar um dos Dez Mandamentos. "Eu. porém, vos digo: não é apenas o que jazeis errado que vos condenará, mas os vossos pensamentos maus é que vos trarão condenação." Jesus procurou mostrar-lhes qual fora sempre a intenção fundamental da lei de Moisés Assim podemos ver que os ensinos de Jesus a respeito do -comportamento do homem definiam de maneira mais ampla para a humanidade o que realmente era pecado. INJUNÇÕES DO NOVO TESTAMENTO Todas as epístolas do Novo Testamento estão repletas de palavras de advertência, palavras de admoestação, e pala vras de definição com vistas ao que o cristão deve e não deve fazer. Esia "lei do Novo Testamento" é a mais defiri Uva e exata lei dada ao homem. Podemos ver a progressão desde a vagarosa "lei da consciência" até às exigentes "injunções do Novo Testamento" 155


Que aconteceria se a lei não fora dada7 Suponhamos que Jesus tivesse vindo e anunciado ao mundo: “Estou aqui. Vou morrer por vossos pecados. Eu sou a solução para vosso problema" Se a lei não fora dada, o que tcriam dito eles? "Que problema? Não temos nenhum problema. Minha consciência não me acusa. De que problema estás falando?*' Este é o primeiro motivo por que a lei foi dada: mostrarnos o que é o pecado a fim de dar-nos um padrão pelo qual comparar nossas vidas. Quando vemos que não correspon­ demos, somos forçados a admitir que temos um problema Agora quando Jesus vem e diz que Ele é a solução de nosso problema, olhamos para a lei e olhamos para nossas vidas e dizemos: “Homem, preciso de uma solução!" A lei se parece muito com a dor Se não fosse a dor, podíamos estar em dificuldade fisicamente. O mais insignifi­ cante ferimento poderia acabar sendo fatal se não tivesse mos dor para indicar-nos sua gravidade O homem nasce neste mundo com um tremendo ferimento cm sua alma. e se não fosse pela “dor" da lei açulando suas paixões pecaminosas e provocando-as, ele tinha de prosseguir mansamente em seu caminho para o inferno, dizendo: “Pro­ blema. que problema?" PARA QUE O PECADO PUDESSE AUMENTAR

Sei que vai ser difícil aceitar o segundo motiv^por que Deus deu a lei, mas é verdadeiro. A lei foi dada para pro­ vocar a natureza de pecado do homem a pecar mais. Paulo disse em Romanos 5 :20: “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa.. " Deus quer que o incrédulo fique tão sobrecarre­ gado de pecado que ele não possa deixar de ver quão total­ mente pecaminoso ele é e o quanto ele precisa de um Salvador. Em I Coríntios 15:56. Paulo disse: “ a força do pecado é a lei". Segundo este versículo, mesmo a natureza pecami­ nosa dos crentes consegue oprimi-los mediante o aguilhão da lei. Parece que Deus está agindo contra Si próprio para conseguir que pequemos mais, porém esse é o modo de Deus levar-nos a total desespero do esforço próprio em viver para Ele. E esse é o terceiro motivo por que Deus deu a lei: levarnos ao desespero do esforço próprio Quando nos desesperar­ mos do esforço próprio, estamos prontos para o quarto moti­ 156 vo j>or que Deus deu a lei: trazer o incrédulo a Cristo para

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alcançar salvação e o crente ao Espirito Santo para receber Seu poder. 4 LEI É NOSSO AlO Quando Paulo escreveu a carta aos crentes gálatas, ele usou uma ilustração terrificante de como a lei opera nos incrédulos. Em Gálatas 3:24-25 ele diz: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. -Mas. tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio”. Aio era um escravo especialmente escolhido cujo trabalho consistia êm pegar uma criança romana pela mão, todas as manhãs, e conduzi-la à escoía Tícava esperando ali até que as lições fossem feitas e depois conduzia a criança para casa. Ümavez terminado o período escolar da criança, ela ja não precisava mais de seu ‘'‘aio11. A lei pega o incrédulo pela mão e gentilmente o leva a Cristo para alcançar salvação. Uma vez que ele foi a Cristo, já não precisa mais de seu “aio", a lei. A lei também se destina a fazer a mesma coisa a um crente. Em Romanos 7:14-24 vemos o retrato de um homem que havia atingido os limites de si mesmo, e a lei o levara ali: “ ...eu. todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e, sim, o que detesto. . Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum: pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço... Desventurado homem que sou! quem me livrará do corpo desta morte?” Sabe quem proferiu essas palavras angustiantes? 0 Apóstolo Paulo! Lá estava ele — bem onde a lei estava destinada a levá-lo — nos limites de si mesmo. Nesse ponto a lei tomou-o ternamente pela mão e o conduziu ao Senhor Jesus Cristo, que o libertou quando ele começou a andar no Espírito. Em Romanos 8:3-5 Paulo disse que o que a lei não pôde fazer por ele, Deus fez. Deus produziu em Paulo a vida reta que a lei exigia dele, e isto aconteceu quando Paulo simples­ mente andava no Espírito. A LEI FEZ SEU TRABALHO A lei nos mostrou o que é o pecado, e realmente nos fez pecar mais Ela nos conduziu ao desespero do esforço huma-

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no e finalmente nos levou a Cristo para a salvação e para o poder de viver para Ele momento a momento. Quando esta progressão estiver acabada, então a lei finalmente está ter minada para o crente. Por isso que nos é tão difícil de entender e aceitar esse fato, ele é um constante castigo para o cristão. A lei. esta se acabou para nós. mas não queremos largála. Olhemos para o que temos feito com a lei em nossa \ ida cristã hoje. Muitos dizem: "Certo, estamos livres da lei de Moisés, mas estamos sob a ‘Lei de Cristo' que é mais elevada, o que significa que temos de observar o Sermão dn Monte e todas as leis do Novo Testamento". Se a lei de Moisés era impossível de ser observada, e era mesmo, como pode entrar em nossa cabeça supormos que podemos observar as leis do Novo Testamento que são mil vezes mais arrochadas? As leis do Antigo Testamento eram externas, mas em sua maioria as leis do Novo Testa­ mento são internas, lidam com nossas emoções c nossa vida pensante. O problema com o judaísmo era que os judeus pensavam que se pudessem apenas ser obedientes às suas leis, então eles poderíam obter a justiça. Paulo disse que eles não atin­ giram a justiça porque tentaram obtê-la pela obediência, e não pela fé (Romanos 9:30-32). Uma coisa se pode dizer a favor deles: tinham zelo por Deus. Mas. infelizmente, tal zelo não estava de acordo com o plano de Deus (Romanos 10:1-3). SOMOS CULPADOS TAMBÉM Temos feito exatamente o que os judeus fizeram, com nossos próprios refinamentos, é claro. Temos tido um boca­ do de zelo por Deus. mas muito desse zelo não foi segundo o conhecimento. Estabelecemos regras sobre como ser um "bom cristão" e temos dito: "Muito bem. aqui estão as coisas que podemos fazer, e aqui as que não podemos". Os judeus tentaram fazer-se justos obedecendo aos Dez Mandamentos, e isso não funcionou. Temos tentado ser jus­ tos em nosso viver pela obediência ao Sermão do Monte e todos os ensinos de Paulo e mais uns poucos tabus feitas pelo homem, e isso também não funcionou

A SOLUÇÃO Qual a resposta para se obter uma vida justa e obe 158 diente?


“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê (Romanos 10:4). “ sc fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente da lei” (Gálatas 3:21). “E é evidente que pela lei ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não pro cede da fé. " (Gálatas 3:11-12). “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (João 1:17). A resposta para se alcançar uma vida justa e obediente é andar no Espirito e andar pela fé em Sua capacidade de produzir a justiça de Deus e a obediência às Suas leis den­ tro de você “A fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo O Espírito" (Romanos 8:4).

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NÃO PONHA O CARRO NA FRENTE DOS BOIS Na vida cristã há somente uma fonte de poder — o Espi­ rito Santo habitando em nós. Há somente um meio de liberar essa fonte, e esse meio é a fé. Há centenas de resultados na vida do cristão que dá liberdade ao Espírito em sua vida, pela fé: testemunho, santidade, obediência, boas obras, poder, ousadia, louvor, fé etc. Alguns dos leitores podem ainda estar preocupados em saber como vão guardar todos os mandamentos da Biblia. Esses mandamentos são simplesmente “resultados" da vida produzida pelo Espírito. Devemos preocupar-nos somente com andar no Espirito, e Ele Se preocupará com tornar todas essas admoestações bíblicas uma realidade em nossa vida. Isto transforma os mandamentos da Bíblia em promessas do que podemos confiar que Ele fará em nós. Se tentarmos produzir a vida santa que vemos espe­ rada de nós segundo a Bíblia, então estamos nos concen trando nos “resultados" da vida cristã em vez de concen­ trar nos em sua fonte, Jesus. Estamos sentenciados a acabar em total frustração. Não nos levantamos pela manhã e dizemos: “Bem. devo ser obediente hoje. Devo conferir todas as minhas listas de coisas que os cristãos fazem e não fazem. Devo fazer o melhor que posso a fim de viver para Deus hoje". Sabe o que acontece quando você faz isso? É como jogar uma tonelada de carne fresca na jaula de leões semifamíntos. Todas as suas resoluções, determinações e boas intenções serão reduzidas a frangalhos bem antes que ter-

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mine o dia, Tudo o que sua natureza de pecado esteve espe­ rando, para transformá-la numa fera enraivecida, é uma “tonelada" de lei. Se como crente você procura fazer-se justo pela obe­ diência à lei. qualquer tipo de lei, você interrompeu o poder de Cristo em sua vida. É isso que Paulo diz em Gálatas 5:1-5. Obediência é resultado de um relacionamento cheio do Espirito com Cristo, e não o meio de produzi-la. COMO DEUS NOS FEZ SANTOS? Olhamos para a lei: vimos o que ela é. Examinamos qual é seu propósito tanto no incrédulo como no crente. Vimos o que ela nos fez e como a usamos mal. Agora, pois, o que fez Deus quanto à lei e o relaciona­ mento do crente com ela? Ele nos tirou da jurisdição da lei e nos colocou sob Sua graça. A lei ainda está ali, mas não estamos sob sua esfera de ação. ' Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra" (Roma nos 7:6). A lei simplesmente não nos fala mais como uma base de operação na vida cristã. Quando Cristo morreu, foi sepul tado, ressuscitou e subiu ao céu, nós morremos com Ele para a lei e seu poder sobre nós. Tenho um amigo que conta uma estória para ilustrar este ponto. Você está num carro e vai a uma velocidade de trinta quilômetros numa zona de velocidade permitida de cinqüenta quilômetros. Um guarda está seguindo você, mas você realmente está se controlando. Lá em cima há um pássaro voando a uma velocidade de sessenta quilômetros por hora. Você olha de relance para o guarda, mas ele nem se mexe. Por quê? Porque a lei dos cinqüenta quilômetros simplesmente não tem jurisdição sobre aquele pássaro.

LEI E GRAÇA SE EXCLUEM MUTUAMENTE É imperioso reconhecermos que a lei e a graça são sis­ temas completos em si mesmos. São mutuamente exclusivas Misturar esses princípios é roubar à lei seu terror bona fide e à graça sua liberdade criadora. 160 Que sentido prático tem isto para nós?


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Antes de mais nada, significa que não existe coisa algu­ ma que tenhamos de fazer para merecermos o favor de Deus. Sob a graça, nossa aceitação da parte de Deus baseia-se no fato de que estamos em Cristo e Deus O aceita completamente. Portanto Ele nos aceita do mesmo modo. Nossa aceitação baseia-se no que Cristo fez por nós. Se insistirmos em relacionar-nos com Deus pelo princi­ pio da lei, então nossa aceitação diante de Deus baseia-se em nosso próprio desempenho. Desconheço visão mais la­ mentável do que crentes ardorosos, bem-intencionados, mas completamente errados, esforçando-se por melhorar sua posi­ ção diante de Deus pelos seus atos todos de justiça. Quem dera eles pudessem, ao menos, saber que tudo isso é fútil. A aceitação deles já é fato consumado e não há meio algum de aperfeiçoá-la. A graça realça o amor como motivação para obediência t serviço, mas a lei usa um motivo de ameaça pelo medo. Satanás sutilmente faz você pensar: “Algo horroroso me acontecerá se eu não progredir em minha vida cristã. Deus tirará um de meus filhos ou permitirá que eu fique aleijado num acidente”. Não há meio de sentir-se amado por Deus ou amar a Deus num relacionamento baseado na lei. Tudo depende de sua própria engenhosidade em conservar Deus feliz com você, e essa é uma carga de responsabilidade pesada demais para agüentar. GRAÇA MAIOR DO QUE TODOS OS MEUS PECADOS Você sabe o que realmente a graça significa e o que a graça de Deus colocou ao alcance de Seus filhos queridos e amados? Significa que não existe agora, nem jamais poderá exis­ tir, por qualquer motivo, qualquer condenação que nos atinja, feita por qualquer pessoa, incluindo nós mesmos e Deus. Significa que somos totalmente aceitos por Deus em nossa condição presente, inacabada. Significa que Ele é tão livre para ministrar em nós e para nós que Ele o fará sem que Lho peçamos (Romanos 8:1). Pois bem, isto é um bocado para digerir, mas é apenas um relance do que é Sua graça. Leva uma eternidade para imaginá-lo. QUAIS OS RESULTADOS? Quando chegamos a saber e crer verdadeiramente que já não estamos mais sob a lei, mas sob a graça, o Espírito 161


Santo fica livre para produzir a santidade em nós. Amor. louvor, obediência, desempenho, tudo isso será resultado de o Espírito Santo tornar esses elementos uma realidade em nossas vidas. Sentimo-nos como quem responde em amor a alguém que fez tanto por nós. '‘Nós amamos porque ele nos amou primeiro" (1 João 4:19). DOUTRINA DE DEMÔNIOS Talvez você se tenha perguntado por que tomei tanto tempo para mostrar os efeitos devastadores do “legalismo" sobre a igreja. É porque essa doutrina é tolerada nas igrejas hoje e as igrejas que a toleram fazem um fetiche absoluto de serem doutrinariamente puras em qualquer área. Sata­ nás cegou-as completamente para o fato de que mantendo seus membros sob a lei, o que elas estão fazendo traz a garantia de que a vida cristã deles vai extinguir-se. Conheço cristãos, hoje, que falam sobre a graça, crêem na graça, e ao mesmo tempo quase colocaram a graça sob o dominio da lei. Deus conceda que seus olhos se abram para que vejam a liberdade que há em Cristo. Uma verdadeira compre ensão da graça nunca produzirá licença, mas tenho visto abundância de licença produzida pelo legalismo. Satanás está em atividade constante, não perdendo oportunidade.

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O JULGAMENTO DA VERDADE O legalismo tem como companheira outra “doutrina de demônios". Esta começou na Alemanha na década de 1880 quando o assim chamado movimento "Alta Crítica" (mencio­ nado em poucas palavras no Capitulo Três) lançou seu ata­ que contra a historicidade e autenticidade da Bíblia. Esse grupo tendencioso apresentava argumentos tão convicentes de investidas contra a Bíblia que os jovens semi­ naristas se tornaram verdadeiros cruzados para espalhar “a verdade honesta" acerca da Bíblia a outros seminários e destes para as várias igrejas. Esses liberais religiosos, que começaram como a supo­ sição básica de que não pode haver ocorrências sobrena­ turais verdadeiras, atacaram com todo o vigor os relatos da vida de Cristo constantes dos quatro evangelhos. Afirmavase dogmaticamente, sem nenhuma evidência inflexível da 162 História ou da Arqueologia, que os seguidores de Jesus ha-


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viam embelezado e reescrito os relatos de Sua vida e haviam inserido os milagres como mitos fantasiosos. Esses homens, baseando-se na especulação antes de mais nada, dataram os escritos dos evangelhos e de outros livros do Novo Testamento, em sua maior parte, no segundo século. Isto lhes permitia argumentar que os escritores estavam tão distantes dos fatos reais que os leitores origi­ nais não tinham jeito algum de apurar a exatidão dos livros. As recentes descobertas arqueológicas podem explodir essa “mitologia liberal”. Talvez um dos mais excitantes achados arqueológicos deste século, relacionado com o Novo Testamento, tenha sido relatado com pequeno destaque nos veículos noticiosos. O artigo de Louis Casseis, da United Press, intitulava-se “Bible Accounts Strengthened by Scholar’s Finds" (Relatos Bíblicos Apoiados por Achados de Eruditos). Essas descobertas arqueológicas relacionavam-se com a identificação de certos pedaços de papiros encontrados entre os Rolos do Mar Morto, em 1947, como possivelmente sendo partes do evangelho de Marcos, escrito em torno de 50 a.D. O relato do jornal continua: “A data é o que importa. Os estudiosos da Bíblia de há muito admitiram que o evan­ gelho de Marcos, baseado nas reminiscências do Apóstolo Pedro, foi escrito pouco antes da morte de Pedro em Roma, o que o dataria em torno de 68 a.D. Uma vez que Jesus foi crucificado cerca de 33 a.D. a atribuição de uma data anterior ao evangelho de Marcos — geralmente considerado o primeiro a ser escrito — deixa­ va um hiato de 35 anos no qual os pormenores históricos da vida de Jesus ou foram transmitidos oralmente ou por meio de registros que agora estão perdidos... A erudição biblica alemã, às vezes denominada ‘crítica da forma' tem sido pregada desde o Século XIX, na suposi­ ção^ de que durante este lapso de 35 anos os fatos reais acerca da vida de Jesus ficaram por demais misturados com mito e lenda.” ( 1) Os fragmentos de papiro identificados pelo Professor José 0 ’Callaghan, um erudito que trabalha no Instituto Bíblico Pontifício, em Roma, foram datados por métodos científicos como possivelmente existindo desde cerca de 50 a.D., o que indica que o evangelho de Marcos podia ter estado em circulação dentro de pouco mais de dez anos após a morte de Jesus. Como ressalta Louis Casseis, se esta primeira data para o evangelho for correta, isso “significa que o registro de Marcos teve de sobreviver ao teste de qualquer escrito jornalistico ou histórico - sendo publicado num tempo quando 163


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podia ser lido, criticado, e, se inautêntico, denunciado por milhares de judeus, cristãos, romanos e gregos que viviam r.a Palestina ao tempo do ministério de Jesus. “Que a igreja primitiva escolheu Marcos como um dos únicos quatro Evangelhos dentre tantos outros outrora em circulação a fim de ser preservado para posteridade no Novo Testamento também indica que as pessoas mais che­ gadas aos acontecimentos — seguidores originais de Jesus — acharam o relato de Marcos preciso e digno de confiança, r.ão mito mas história verdadeira.” (2) Os eruditos podem estar trabalhando para provar ou rejeitar este e outros achados durante os anos vindouros: como, porém, cada dia que vivemos se torna história, vere­ mos mais evidências da autenticidade da Bíblia desdobrarse perante o mundo incrédulo. Durante séculos Satanás tem-se deleitado em fazer o Cristianismo bíblico parecer não-intelectual aos olhos do mundo. Quão grandioso, porém, é saber que não temos de abandonar nosso intelecto para crer na mensagem do poder transformador de Deus mediante Cristo.

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DOZE A VIAGEM* DA CULPA ‘Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas trans­ gressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro O SENHOR, em ISA1AS 43:25

Se você fosse o comandante de um exército invasor, você procuraria o ponto mais fraco nas defesas de seu adversário para entrar e matar. Satanás, o arquiinimigo dos santos, tem um modo de apagar os cristãos — vezes sem conta. Ele nos ataca no ponto fraco e nos leva na direção que ele quer. Quando uma pessoa se torna verdadeiro crente em Cristo, ela nasceu na família de Cristo e morreu para a família de Satanás. Satanás faz tudo o que pode para conservar-nos cegos à oferta de perdão em Cristo, porém milhões têm-se livrado de seus grilhões e passado da morte para a vida. Isto tem deixado Satanás totalmente furioso, e cada vez que alguém responde ao Evangelho, é um tapa no rosto de Satanás. C. S. Lewis, em seu divertido livro The Screwtape Letters (publicado em português sob o título Cartas do Inferno — N. do T.)*, satiriza a rotina diária no inferno e as fraquezas * Aplica-se neste capítulo a nota ao

pé.

da pág.

22.

— N. do T.

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A Viagem da Culpa

e dores de cabeça de demônios diligentes que apenas tentam apresentar um dia de trabalho honesto arruinando os cristãos. Uma das táticas mais eficazes que os demônios empre­ gavam para neutralizar seus inimigos (os cristãos) era con­ seguir que eles dessem importância demais a seus fracassos Uma vez que eles começassem a sentir-se culpados por seu desempenho na vida crista, eles já não constituíam mais qualquer ameaça para o programa de Satanás. As coisas não mudaram muito nas táticas de Satanás. Por que deveríam mudar? Ele se fez vencedor. Nada há que mais agrade a Satanás do que fazer que um crente inicie a viagem da culpa. Quando volvo os olhos para trás em minha própria vida. reconheço que a culpa é um cabo que o diabo tenta cons­ tantemente agarrar para dirigir-me. Uma ilustração clás sica que me vem à memória aconteceu-me no meu terceiro ano de seminário. Eu tinha um colega que era amigo muito íntimo. Havíamos passado juntos três anos de grandes mo­ mentos. Certa ocasião pedi lhe que me emprestasse algum dinheiro. Eu lhe disse que em duas semanas estaria em condições de pagar o empréstimo. Passada uma semana, comecei a preocupar-me um pouco sobre como conseguir o dinheiro para pagar-lhe. Mas eu tinha outra semana para mexer-me, de modo que não me preocupei muito. Passou-se a segunda semana, e eu simplesmente não conseguia levantar o dinheiro em parte alguma. Eu me sentia um tanto constrangido perto de meu amigo, mas não levantei o assunto porque eu esperava que ele tivesse esque­ cido qual era a data. À medida que os dias passavam, parecia-me que ele me olhava com uma expressão acusadora cada vez que eu o via, e eu fazia o melhor que podia para não encontrá-lo. Depois que o último prazo já estava com duas semanas de atraso, comecei a planejar meu dia de modo que eu não tivesse de encontrá-lo inesperadamente. Era horroroso. Eu achava terrível ter perdido um amigo tão bom. mas por outro lado eu não podia entender por que ele não se mostrava mais compreensivo com meu problema. Lembre-se disto: não tro­ camos uma palavra sequer com relação ao dinheiro, mas eu me sentia tão culpado que estava certo de que ele me havia riscado como amigo. Finalmente um dia, para meu horror, eu vi que ele vinha em minha direção. Não havia onde esconder-me! Ele me levou a um canto e disse: "Muito bem, Hal, que é que há 166 com você?"


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‘Bem, é a respeito daquele dinheiro que lhe devo”, respondi em tom defensivo. Ele riu e colocou sua enorme mao sobre meu ombro e disse: “Irmão, eu achei que era isso. Olhe. Hal, eu não mudei. Não*me sinto em nada diferente para com você do que sentia há poucas semanas. Se você tivesse o dinheiro, sei que já teria efetuado o pagamento. Mas o dinheiro não significa tanto assim para mim. Sua amizade significa um bocado mais para mim. e ainda sou seu amigo do peito”. Durante três semanas andei de um lado para outro pen­ sando que ele me estava condenando. Mas isso não era absolutamente verdadeiro — ele ainda era meu melhor amigo. Isso me ensinou uma lição inesquecivel. Se pensamos que alguém tem algo contra nós, tornamo-nos alienados e hostis para com esse alguém. É simplesmente uma reação inevitável, um mecanismo de defesa. Creio que esse é o motivo numero um por que os cristãos falham em seu relacionamento com Deus. Porque estamos sempre cônscios de que em muitos pontos deixamos de atin­ gir o que deveriamos ser como cristãos, é muito natural supor que Deus deve estar descontente com nosso desem­ penho. Quanto mais desapontamos a Deus, tanto mais supo­ mos que Ele esteja irado, até que em nossas mentes se manifeste tal alienação que praticamente nos é impossível desfrutar uma comunhão vital com Deus. E a dolorosa tragédia é que tudo isto está apenas em nossas mentes. Deus não está furioso conosco! Sei o que alguns dos leitores estão pensando. Dificil­ mente podem crer que o que eu digo é verdadeiro. Ao nivel humano, se desapontamos ou ofendemos as pessoas, essa atitude produz alienação da parte delas. E além disso, se você se viu crivado de culpa, então você tem uma suspeita atormentadora de que realmente você merece a inimizade de Deus. Quero dizer algo alto e bom som, em termos que não deixem dúvida: “Agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos pe rante ele. santos, inculpáveis e irrepreensíveis” (Colossenses 1: 22) . Quando você se torna “santo, inculpável e irrepreensí­ vel”? No minuto erh que Ele o reconcilia com o Pai, e isso acontece no momento em que você crê na morte vicária de Cristo a seu favor. Deixemos que a Escritura sustente essa afirmativa. Há diversas palavras que no original grego do Novo Tesíamento significam reconciliação! tTma delas se enconira 167


Viagem da Culpa

em Mateus 5:24: “diallasso", que significa que duas partes Tstào em inimizade entre si e precisam- ser reconciliadas pela remoção da causa da inimizade. Essa palavra é empre­ gada estnCamente nos relacionamentos humanos quê éncbnTramõs~riar ~BTbTTã.” Ha. cõnfudo, outra palavra sempre usada em relação com Deus e o homem ~rTapokataJasso^, signi ficando ~qué~snmeme uma das partes tem inimizade em seu coração e precisa ter removidas as barreiras sepãradõras da comunhão, enquanto ãToutra parte não Tem inimizade. Veja, üeúF nao temTnimizade conosco. Ele sempre amou o homem. É por isto que Ele Se fez Homem, de sorte que, como nosso substituto, Ele pudesse suportar o juízo que nos cabia e em assim fazendo remover toda barreira que nosso pecado erigiu entre Ele e nós. Deus nunca teve necessidade de ser reconciliado: só o homem é que tem tal necessidade. Como diz a Escritura: “ .. .Deus estava em Cristo, recon ciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões...", pois "Àquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos jus­ tiça de Deus" (2 Coríntios 5:19, 21). Não parece uma troca equilibrada; Ele fica com nosso pecado e nós ficamos com Sua justiça. Mas aí você tem o fato. O plano incomparável de Deus era reconciliar o ho­ mem, trazendo-o de volta à comunhão com Ele. Por isso é que Deus pode, na realidade, dizer a todos que recebem a Cristo: "Agora sois santos e inculpáveis perante Mim" (Colossenses 1:22: Efésios 1:4). Pode você pensar em outro ser humano, inclusive você mesmo, que o considera totalmente santo e inculpável? Eu não posso! Entretanto, aos olhos de Deus já somos perfeitos: não seremos, mas somos! Este não é um status concedido numa base provisória enquanto tentamos tornar-nos dignos dele como cristãos. Uma vez que Deus nos coloca em união com Seu Filho, reves timo-nos de Sua justiça e Deus nos vê como santos e inculpá­ veis porque é desse modo que Ele vê Jesus. Experimental­ mente podemos ser muito imperfeitos, mas nossa aceitação aos olhos de Deus nunca se baseia em como nos desempe­ nhamos, e, sim, no fato de que estamos em Cristo e Deus O aceita perfeitamente. Conhecer esses fa^os libertadores e tê-los na conta de verdadeiros numa base fie momento a momento é o mais importante fator para jdver uma vida agradável a Deus. Você não pode de;xar responder com amor e obediência 168 a alguém que o ama e aceita.


Pois bem. Satanás dedica-se a impedir os cristãos de des­ cobrir o que acabamos de dizer lhe. e ele tem feito um traba­ lho muito bom no mundo cristão hodierno. Ele permite que os cristãos provem um pouquinho da vida vitoriosa e depois os ataca com sua artilharia pesada. Ele conseguirá que os ho­ mens falhem com Deus e tenham os olhos postos em si mes­ mos. Depois de uma série de fracassos, Satanás os introduz num padrão ao qual tenho chamado de "a sindrome do pecado".

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A SINDROME DO PECADO Primeiro, pecamos conscientemente. O resultado inevi­ tável, se não relacionamos o pecado com a Cruz, é que desen­ volvemos a culpa. E a culpa sempre leva à alienação. Ai está a sindrome: pecado, culpa, alienação. Ninguém pode viver com a culpa. Então ojiomem tenta lidar com a culpa por uma de duas formas - ambas erradas. Se ele é o tipo que não tem uma consciência especial­ mente sensível, ele tenta justificar-se. Ele apresenta escu­ sas e oferece motivos válidos por que ele fez algo: "Foi apenas uma pequena mentira, e era mais fácil com relação aos que estavam envolvidos". "Afinal de contas, o governo gasta o dinheiro do meu imposto em coisas com as quais não concordo de maneira alguma." “Mas realmente nos amamos, e todo mundo faz isso." Quando justificamos nossas ações, o resultado será um sentimento de perda de comunhão com Deus, porque lá bem no íntimo sabemos que não temos sido honestos com nós mesmos ou com Deus. Sentimos que temos ofendido a Deus por nossos desvios. E quando sentimos que Deus foi ofen­ dido, então nos sentiremos também alienados de Deus. Lem­ bremo-nos de que Deus não está encolerizado, mas nós pen­ samos que está. Outro modo pelo qual a homem lida com a culpa, e é igualmente errado, é condenar-se. Ele peca repetidamente na mesma área, a culpa se manifesta, e então ele começa a viagem de autocondenação. Satanás gosta de pôr as mãos num desses cristãos "sen­ síveis". Sem a menor dificuldade, ele consegue que eles se sintam como vermes inúteis diante de Deus. Ele os conven­ cerá de que possivelmente não poderiam esperar que Deus os ouvisse quando oram, e certamente Ele não lhes respon­ dería às orações mesmo que as ouvisse. Ele consegue que 169


A Viagem da Culpa

os oihos deles se concentrem de tal modo em suas vidas cristãs miseráveis, que eles ficam certos de que Deus pos­ sivelmente não as usaria. Satanás simplesmente senta-se atrás e relaxa-sc quando ele nos vê a caminho da autoeondenaçãn. Estamos fora de combate no que a ele concerne A esta altura você pode perguntar se há qualquer lipo de culpa bona fide na vida de um crente em Cristo*’ Há o que eu chamo de culpa “legal". Esta é a maldi­ ção de Indo homem quando ele entra no mundo. É sua cul pabilidade herdada peln pecado, e foi esta que Cristo remo­ veu como barreira entre Deus e o homem quando Ele foi á cruz por nós. Tenho muito a dizer sobre isto um pouco mais adiante Depois temos a “emoção" da culpa. Isto é o que Satanás se delicia em amontoar sobre os crentes que acham ter falha­ do com Deus. Este tipo de culpa é instrumento de Satanás e não tem lugar na vida de um filho de Deus. Finalmente, há o ministério condenador do Espírito San 10 descrito pelo Apóstolo Paulo em 2 Coríntios 7:8-9 como “tristeza" que leva ao arrependimento. Se a “tristeza piedosa'' causada pela condenação do Espirito Santo não leva a arrependimento, ou a uma reviravolta, então ela bem pode entrar no segundo tipo de culpa, a emoção de culpa, que ó mortal ao andar do cristão com Deus, Há necessidade de confessar a Deus quando somos cul­ pados de pecar, e livremente podemos fazê-lo se temos cer­ teza de que Deus continuará a amar-nos e aceitar nos. Quan do continuamos a sentir-nos imperdoados depois de haver­ mos reconhecido ou confessado nosso pecado, é sinal de que desviamos nosso foco do perdão de Deus para nós mesmos. Então estamos dizendo que nossas fraquezas pecaminosas são mais poderosas do que o poder perdoador de Deus. Ou Ele não é suficientemente grande para nos perdoar ou Ele não quer perdoar-nos. Em q*ualquer dos casos, quando há culpa não resolvida na vida de uma pessoa, ela se sentirá alienada de Deus. Não confiará que Deus opere em sua vida mediante o Espirito Santo e a livre das tentações da carne e dos ardis astuciosos de Satanás. Ela simplesmente não quer ir a Deus em busca de ajuda se acredita que Ele está irado com ela. Um cristão apanhado no estado mental de culpa começa a buscar fazer coisas para Deus na energia da carne a fim de apaziguá-Lo por seu senso de culpa. Isto resulta em mais 170 frustração porque, como diz a Bíblia: “ ...o pendor da carne


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é inimizade contra Deus, pois não está sujeito â lei de Deus. nem mesmo pode estar” (Romanos 8:7). O Rei Davi. de Israel, certamente entendia essa progressão. Ele conhecia um bocado sobre pecar e suas reper­ cussões. Não somente ele era culpado de adultério com Bate-Seba. a esposa de outro homem, porém mais tarde ele tramou a morte do marido dela para encobrir seu pecado. Em sua vida posterior Davi escreveu o Salmo 130, o qual nos mostra que ele havia aprendido de suas escabrosas ex­ periências. Preste atenção a isto, particularmente: “Se observares. Senhor, iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que te temam” (Salmo 130:3 4). No original hebraico a palavra "observares” significava conservar uma conta discriminada de algo, item por item. Davi está dizendo aqui: “Senhor, se Tu Fosses um guardalivros celestial que mantivesse uma conta pormenorizada de meus pecados, eu estaria em grande dificuldade!” Que é que Davi aprendeu do tratamento de Deus com elen Ele aprendeu que com “(Deus) está o perdão para que (Ele) seja temido". A palavra “temer" no hebraico significa ser capaz de confiar reverentemente em alguém. Aqui Davi colocou o dedo numa verdade fantástica, uma das coisas mais importantes que já pudemos saber acerca de Deus. Se pensamos que Deus está mantendo uma conta detalhada de nossos pecados e mantendo-os contra nós, real­ mente não podemos confiar Nele; é impossível depositar Nele uma fé ousada, dinâmica. Por quê? Porque você só pode confiar em alguém que você crê que realmente ama e aceita você completamente, a despeito de todas as suas faltas. Aprender o que Cristo realizou na Cruz é a mais impor- " tante verdade que você pode assimilar em toda sua vida. Ela deveria saturar sua mente todos os dias. Corjíar .como verdadeiro o absoluto perdão que Cristo conseguiu na cruz é o fundamento de uma fé plena de poder. Você não pode realmente responder a Deus em fé a menos que saiba que Ele o aceitou assim como você é, a menos que saiba o que significa ser aceito no Amado (Efésios 1:6). O Amado é o título do querido Filho de Deus, Jesus. Deus nos vê a todos envolvidos em Jesus. A aceitação que Deus tem por Jesus, o Filho de Seu amor, o Amado, é aceitação que Ele continua tendo por nós. Falhar em sér aceito completamente por Deus, mesmo por um segundo, significaria que de certo modo nos apar- 171


lamos de Cristo, e isso simplesmente não é possível. Ele r ão nos largaria! Não é essa uma grande noticia? SATANÁS NOS CEGA PARA A CRVZ

Satanás gostaria de cegar nos para toda esta maravi lhosa verdade. Na realidade, ele continua tentando cegarnos todos os dias. Pode ser que nem mesmo o reconheçamos, mas o motivo número um por que o poder de Deus sofre curto circuito em nossas vidas é que realmente nunca apren­ demos o que significa a cruz de Cristo numa base quotidiana, A cruz é a base contínua de Deus aceitar-nos e perdoar-nos. Todos nós temos tido experiências que consideramos maravilhosas — ocasiões quando experimentamos a operação do Espírito Santo em nossas vidas de uma maneira nova. Por um momento tudo é grandioso e então, sem mesmo saber­ mos por que, as coisas começam a arrastar-se. A frouxidão espiritual começa a enfraquecer-nos, e queremos saber o que estava errado. Já desci por esta estrada dolorosa, e cada vez que isso aconteceu, descobri o verdadeiro problema: Eu havia ini­ ciado uma “viagem da culpa”. Para desapontamento de Deus, deixei de crer que do Seu ponto de vista já estou per­ doado; eu tinha apenas de reivindicar um perdão que já é um fato, e não mendigar de Deus como se o perdão fosse algo duvidoso. O ADVOGADO DE DEFESA DO CRENTE

A Viagem, da Culpa

É desejo do Senhor que Seus filhos vivam piedosamente e não no pecado, mas nosso Pai onisciente, conhecendo nossa natureza, fez provisão para Seus filhos que erram. O Apóstolo João, ao escrever aos novos crentes de seu tempo, disse: “Filhinhos meus. estas cousas vos escrevo para que não pequeis. Se. todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e ele é a propiciaçâo pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro" (I João 2:1-2). Um advogado significa um advogado de defesa. Por que precisaríamos de um advogado de defesa na presença de Deus, nosso Pai? A maior parte das pessoas pensa signi­ ficar que Jesus nos defende contra o Pai, de sorte que Ele não nos julgará. É verdadeiro isso? Asolutamente não. Ten do em vista o que Jesus realizou na cruz, nunca mais o Pai nos condenará. A palavra “propiciaçâo" significa não admi172 tir a ira merecida porque a justiça foi satisfeita. O que Cristo


realkou na cruz foi suportar a ira de um Deus Santo composta de todos os pecados que seriam cometidos pôr todos o« homens que viessem a viver. A grande palavra teológica “propiciação" significa simplesmente: “Deus não esta mais jrado comigo,r7 Enquanto Jesus pendia na cruz, Deus derramou sobre Ele toda a ira que Ele teria contra nossos pecados. Agora Ele está livre, numa base perfeitamente justa, para continuar lidando conosco em amor, mesmo quando Ele nos disciplina. DEUS NAO TIRA DESFORRA

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Está você pronto para aceitar isto? Deus não castiga. Castigo significa "desforra", e Deus não faz isso. Ele já “acertou as contas com Jesus com Têlação a todos os nossos pecados. Deus “disciplina' seus filhos, mas sempre em amor, nunca em ira. As palavras “disciplina" e “treinamento" são intercambiáveis. O disciplínamento de Deus sempre tem a vista voltada para o treiHamento (Hebreus 12:5-131. Quando Deus vê um filho Seu que continuamente se re­ cusa a depender do Espírito Santo para livrá-lo de suas tentações, então profundamente preocupado pelo bem-estar e felicidade desse filho, Deus começará a treiná-lo de ma­ neira que ele venha a depender Dele no futuro. Deus sabe que somente seremos felizes quando estivermos vivendo vidas santas. Isto é disciplina verdadeira e não tem semelhança com castigo. Às vezes esta disciplina pode parecer dolorosa, mas se aprendermos a ver tudo o que surge em nosso caminho como sendo permitido pela mão amorosa de nosso Pai Celestial, então podemos dar graças, inclusive pela disciplina. Infelizmente, neste ponto Satanás tem tirado sua vanta­ gem com muitos crentes. Eles vivem em constante temor de castigo por seus pecados. A maior parte de nós tem uns poucos pecados espe­ cialmente graves, que cometemos no passado e que nos assustam como o proverbial esqueleto no cubículo. Sempre que alguma dificuldade ou calamidade atinge nossas vidas, mostramos o esqueleto e dizemos: “Oh, sim. Deus está tiran­ do desforra comigo por causa ‘daquele pecado'.’' Alguns vivem com o inquietante temor de que o raio vai atingi-los ou Deus vai matar um de seus filhos para desforra por algum pecado que cometeram há muito tempo ou pecado em que se acham envolvidos no momento. 173


Deus não nos trata desse modo. Sem dúvida, as adversidades são permitidas na vida do crente, porém elas se destinam a ensinar-nos a confiar em Deus, e não a destruir nos com vingança.

A Viagem da Culpa

MAS O QUE ENTENDER DE... Pois bem. alguns de vocês podem estar dizendo: “Tudo certinho, Hal; se Deus nunca nos castiga por nossos pecados, como entendemos Gálatas 6:7 que diz: 4Não vos enganeis: de Deus não se zomba: pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará’?” É incrível como este versículo é arrancado do contexto por tantos cristãos. O versículo anterior a este diz: “Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as cousas boas aquele que o instrui" (Gálatas 6:6) Este contexto fala sobre sustentar financeiramente aquele que se entrega a estudar e ensinar a Bíblia. Esta mesma idéia de semear dinheiro para a obra de Deus está contida em 2 Coríntios 9:6 “E isto afirmo: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará''. Este conceito de que “aquilo que o homem semear, isso também ceifará" relaciona-se com investir nosso dinheiro na obra de Deus e a recompensa ou falta de recompensa por nossa mordomia. Aplicar esta passagem ao método de disciplina de Deus é contradizer todo o princípio de graça com o qual Deus agora lida com Seus filhos.

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SATANÁS. O VELHO AMBULANTE DA CULPA Se você ainda se sente culpado depois de confessar seu pecado e lembrou-se de que está perdoado, adivinhe quem está lançando a culpa sobre você. É o velho ambulante da culpa, ele mesmo, Satanás. Satanás não deseja que você se lembre de que Deus acabou com seu pecado na cruz. É por isso que você precisa de um advogado de defesa diante do Pai. O nome Satanás significa “O Acusador”. Cristo não tem de defender você contra o Pai; Ele o defende contra Satanás, perante o Pai. Aqui está uma cena que provavelmente ocorreu no céu, na presença de Deus, hoje. Podemos agradecer a Jó por este pedaço de conhecimento da tática de Satanás.


Satanás foi para lá hoje com uma pasta de documentos sobre cada um dos filhos de Deus. Ele levou um dossiê sobre João e Pedro e Luiz e Karina, e especialmente um grande arquivo sobre Hal. Ele acusa e aponta: “Ah, ah! Temos ai o Hal. Ele é um de Seus filhos, pois não? Viu o Cjue ele acaba de fazer?” Satanás começa a acusar. Então Jesus Se aproxima e diz: “Pai, o Hal creu em Mim em 1956. O perdão que eu adquiri na cruz foi então aplicado a ele. Esta é nossa única justificativa’’. E o Pai diz: "Acusação rejeitada! Caso encerrado!” Deus não permitirá que ninguém discipline Seus filhos senão Ele mesmo. Ele o fará em amor porque Ele-é livre para lidar conosco em graça. Deus, à base de Seu Espírito que reside em nós, em quem Ele confia e instalou na vida de cada crente, está nos conformando diariamente à imagem de Jesus

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RETRATOS DO ANTIGO TESTAMENTO Há, nu Antigo Testamento, um retrato maravilhoso da cbra intercessória de Cristo a favor dos crentes. Ele traz nossos nomes em Seu coração e continua mente nos repre­ senta perante o Pai. Aprendemos isto no Antigo Testamento da prática do sumo sacerdote. Ele entrava no Tabernáculo diante da Pre­ sença do Senhor, diante da Área, como era chamada, e quei­ maria incenso, que era representativo da oração. Preso sobre seu coração estava um paramento especial com pedras preciosas, e sobre cada pedra estavam os nomes 3os filhos de IsraeL Deus disse: “Assim Arão levará os nômes dos filhos de Israel ... sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do Senhor contínuamente" (Êxodo 28:29) Este é um belo quadro de como Jesus Cristo está conti­ nuamente diante do trono de Deus com seu nome sobre Seu coração. É por isso que em Hebreus 7:24-25 temos estas palavras encõrajadoras:~‘reste, no entanto, porque continua para sem pre. tem o seu sacerdócio imutável. Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”. De acordo com esta extraordinária promessa de segu­ rança, uma vez que cremos em Cristo como Salvador, é impossível perder-se de novo ou ficar imperdoado. Para um filho de Deus perder-se era preciso que Cristo deixasse de 175


Viagem da Culpa 176

interceder por ele. A promessa é que Ele “pode salvar total­ mente os que por ele se chegam a Deus". Jesus mesmo prometeu: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei" (Hebreus 13:5). Graças a Deus que Ele “vive sempre para interceder por nós”, e por causa disso podemos “achegar-nos confiadamente junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e achar­ mos graça para socorro em ocasião oportuna" (Hebreus 4:16). SATANÁS: ACUSADOR PERANTE DEUS E A CONSCIÊNCIA Depois que Satanás nos acusa perante Deus e não faz qualquer progresso ali, ele começa a acusar nossas cons­ ciências. Ele nos coloca como que numa roda-viva: pecar, fazer voto de que não repetiremos, tentar não pecar, e então pecar novamente. Eis como ele trabalha: Primeiro, ele começa trabalhando numa área de fraque­ za. Todo cristão tem. pelo menos, uma área onde ele é especialmente vulnerável: Ainda temos em nós a velha natu­ reza de pecado que pode tentar-nos, e quando não nos colo­ camos na dependência do Espírito Santo que habita em nós. para vencer as tentações, nós pecamos. Procurando ser bom cristão, podíamos dizer: “Deus, sei que ando errado: graças Te dou por me perdoares". Nossa carga é removida e tudo anda bem por algum tempo. Então Satanás nos faz cair de novo na mesma área. Odiamo-nos por sermos cristãos assim tão horrorosos, mas acei­ tamos Seu perdão e continuamos a vida — apenas estamos nos sentindo um pouco culpados por termos tão pouca força de vontade de viver para Deus. Não demora muito tempo e Satanás nos faz pecar nova­ mente na mesma área, e desta vez nos sentimos tão indignos que prometemos: “Ó Deus, se me perdoares apenas mais esta vez, prometo que não farei isto novamente". Em face desta notícia, Satanás e suas hordas de demô­ nios soltaram um estrondoso viva de vitória. Ele nos tem exatamente onde ele nos quer — na roda-viva do pecado. Esforçamo-nos o mais que podemos para agradar a Deus, só que o fazemos no poder da carne. Quanto mais nos esfor­ çamos, tanto mais falhamos. Quanto mais falhamos, tanto mais fazemos votos de não incidir no mesmo erro. Então Satanás entra e diz acusadoramente: “Péssimo! Deus não vai perdoar você desta vez. Você está perdido. Não há mais graça para você. Ou, se ele vê que somos sabidos demais para cairmos por essa extrema linha de


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raciocínio, ele dirá: "Deus pode perdoar você, mas Ele não pode esquecer-Se de que você não merece confiança Deus nunca poderá usá-lo tão plenamente como antes". É aquela velha rotina de que “pássaro com a asa que brada nunca voará tão alto novamente". Pum! Você está liquidado! Você se esqueceu de que o problema não é se Deus vai perdoar você mas se você vai crer que Ele já o perdoou e vai confiar Nele para obter a força interior para voltar se do pecado. Não estou tentando ensinar que podemos ir e pecar e não ter a consciência pesada a respeito, portanto não fique preo cupado quanto a isto. O Espírito Santo com toda fidelidade convencerá o crente do pecado, não de modo que ele confesse a fim de ser perdoado, mas de modo que possa reivindicar o perdão e crer Nele novamente. Deus não quer que permaneçamos em nossos pecados, e, sim, em nosso perdão. Se o seu foco está continuamente concentrado em você mesmo, então você não pode estar "olhando firmemente (sem distrair o olhar) para Jesus" (Hebreus 12:2). Quando finalmente você entender o que Jesus Cristo realizou na cruz, você vai reconhecer que Deus nunca cessa de perdoá-lo, ainda quando você está no processo de pecar, embora você mesmo não possa apreciar o consolo do perdão enquanto está pecando. • Quando Cristo morreu na cruz, quantos de seus pecados eram futuros? Todos eles. Eu pensava que quando aceitei a Cristo, isso significava que Cristo havia morrido por meus pecados até esse ponto, mas desse ponto em diante eu tinha de confessá los à medi­ da que os cometia ou então, eu não era perdoado. É perigoso estar nessa posição, porque você está bem certo de haver confessado todos os pecados-, e bem podia haver um ou dois que Deus está retendo contra você. Um dia reconhecí que aquele todos em Colossenses 2:13 significava: "E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões, e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos". Estávamos mortos antes de aceitarmos Jesus, mortos espiritualmente, incapazes de conhecer a Deus como uma realidade viva, como uma Pessoa. Então a Bíblia diz: “...vos deu vida juntamente com ele". Isto é falar a respeito do novo nascimento, a expe­ riência de receber vida espiritual no momento em que você 177


A Viagem da Culpa

crê em

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Cristo. Pur que isto õ possível? “Perdoando todos os nossos delitos.” O verbo traduzido “perdoando” significa algo que acon tece num ponto do tempo que não tem de repetir se. l Tm ato final. Na mente de Deus, que quantidade~significa aquele todos* Quantos de nossos pecados T)eus viu quando ETc os julgou em Jesus na cruz? A resposta é todos! DEUS VÉ TODO O DESFILE DA VIDA Deus está olhando para nossas vidas como um piloto de helicóptero vé lá embaixo um desfile. Se estamos numa esquina observando uma parada, vemos o seu começo, cada segmento que passa por ali, e depois vemos o seu fim. Vemos consecutivamente Mas Deus. como o piloto, vê o desfile lodo de uma só vez. É assim que Deus vê a sua vida: seu passado, presente e futuro estão todos no agora com Ele. Quando você deposita fé em Jesus como seu Salvador. Deus já viu (lá no a.D. 33) sua vida passar como num desfile. Ele tomou toda a sua vida e o pecado e a culpa da vida, e colocou tudo sobre Jesus Cristo. Assim, quando você crê em Cristo como Salvador, quan­ tos pecados Deus já lhe perdoou? Não apenas aqueles que você cometeu até esse ponto, mas os pecados de toda a sua vida. Ele não poderia. de maneira alguma, aceitá-lo num relacionamento com Ele a menos que Ele pudesse perdoar você inteiramente. Isto não significa que Deus tolera o pecado na vida de um crente — longe disso. Significa que Ele é livre e está pronto a operar em nós no momento em que vemos que pecamos e o confessamos e aceitamos Seu perdão. Lemos em 1 João 1:9: “Se continuarmos confessando nos­ sos pecados. Ele é fiel e justo, para ter-nos perdoado nossos pecados e ter nos purificado de toda injustiça” (tradução literal dos tempos do verbo grego). A Biblia nunca diz a um crente, depois da cruz, que peça perdão. Já é um fato assentado com Deus. e Ele simplesmente quer que reivindi­ quemos o que já é verdadeiro. • Em 1 João 1:9, a palavra “confessar” significa estar de acordo com alguém a respeito de alguma coisa; neste caso, estar de acordo com Deus a respeito de nossos pecados. Mas não posso estar de acordo com Deus a respeito de Sua atitude para com os meus pecados até que cu veja clara­ mente qual é Sua atitude.


CONCORDE COM DEUS

Antes de mais nada, Deus quer que vejamos nosso peca­ do como Ele o vê — é pecado. Mas Ele não quer que pare­ mos ai. Se realmente concordamos com Deus a respeito de nosso pecado, então nós também temos de vê-lo como já perdoado. É desse modo que Deus o vê. Finalmente, Ele quer que nos voltemos do pecado e comecemos a confiar Nele para capacitar-nos a alcançar vitória sobre o pecado no futuro. Se não julgamos nosso pecado deste modo, aceitando Seu perdão e voltando-nos do pecado em Seu poder, Satanás entra e segura com força aquele cabo da culpa. Ele fará que tentemos compensar nossos pecados, e terminaremos punindo a nós mesmos ou alguém mais por tentar aliviar a culpa.

Satanás está Vivo e Ativo no Planeta Terra

ALGUÉM TEM DE PAGAR Toda vez que pecamos, instintivamente sabemos que alguém tem de pagar por isso. Não é preciso que nos ensi­ nem a esse respeito: faz parte de nossa própria estrutura. Quando eu peco, ou tenho de pagar pelo pecado, ou faço alguém pagar (geralmente aqueles que me são mais caros), ou olho para Jesus como já tendo pago por ele. Nestes anos em que sou crente tenho tido muitas expe riências de aconselhamento nesta área. Lembro-me de uma bela jovem cujo marido teve de efetuar uma demorada via­ gem ao exterior. Enquanto ele estava fora, ela cometeu adultério. Isso era pecado, não resta a menor dúvida. Depois do acontecido ela reconheceu que era pecado e o confessou a Deus. Porém ela não acreditava no que Deus clisse, que o pecado já estava perdoado. No seu caso, ela não contava o perdão divino como sendo verdadeiro. Ela estava em muito pior forma do que imaginava, porque a culpa não solucionada é uma das mais destrutivas forças que há na Terra. O marido voltou. Profundamente plantados na mente daquela jovem estavam o pecado e a culpa não solucionada dele oriuffida — não porque Deus ainda lhe retivesse a culpa, mas porqüe ela não acreditava no que Deus disse e portanto ela não se perdoava. Uns poucos anos depois da volta do marido eles tiveram o primeiro filho. Satanás começou a meter a mão no sub­ consciente dela e a apossar-se daquela culpa. Não demorou muito e ela estava tendo graves problemas mentais. Ela 179


A Vingem da Culpa

contou ao marido o que havia acontecido, pensando que tal­ vez isto lhe aliviaria a consciência. Ele a perdoou, porém ela ainda não podia perdoar a si mesma Sabe o que ela acabou fazendo? Um dia o marido chegou e encontrou-a tentando estrangular o filho. Por quê'1 Porque ela amava aquele filho mais do que qualquer outra coisa no mundo. Matá-lo era um modo de infligir o máximo castigo sobre si mesma pelo senso de culpa Que tragédia desne­ cessária! Tudo isto lhe era incompreensível a principio, até que lhe foi deslindado no aconselhamento. Lá bem no fundo es­ tava esta culpa que não fora solucionada. Em vez de rela­ cioná-la com a cruz de Cristo e dizer: "Graças Te dou por me perdoares”, ela tentava punir-se pelo que havia feito, lnstintivamente ela sabia que alguém tinha de pagar, e ela estava fazendo ela mesma pagar. A culpa é a doença que causa mais aleijões no mundo hoje! Um amigo meu estava no consultório de um médico quando olhou do outro lado da rua, para um hotel, e viu uma mulher prestes a saltar do décimo pavimento. Ele atravessou a rua apressadamente, subiu pelo elevador, e chegou lá exatamente a tempo de dizer: "Espere, não salte. Permita-me apenas falar-lhe”. Lenta e distintamente ele disse: "Deus a ama”. A moça virou-se e olhou para ele com uma horrível expressão de culpa e desespero, depois voltou-se e pulou. Ela morreu imediatamente. Os psiquiatras e os médicos dizem que a culpa não solucionada é a causa número um das doenças mentais e do suicídio. Mais da metade dos leitos hospitalares está ocupada por pessoas que tèm enfermidade emocional. Possivelmente a melhor terapêutica que eles poderíam en­ contrar seria descobrir que Deus os ama e colocou à dispo sição deles, em Cristo, um perdão que abrange tudo Deus não teve de esperar até que Freud surgisse a fim de ter uma resposta para a enfermidade mental. Não temos de ir a um psiquiatra a fim de obter a resposta para a culpa Jesus proveu a única resposta verdadeira para a culpa há quase dois mil anos. Se crermos no que Deus disse, há uma resposta que nos purifica a consciência e nos livra das obras mortais para servirmos ao Deus vivo. Não quero que você sofra de culpa mutiladora como esta. Quero que você seja capaz de liberar o poder de Deus em 180 sua vida, dia a dia, momento a momento — seja liberto de


um complexo de culpa e seja capaz de confessar a Deus: “Sim, Senhor, sou culpado, mas Te dou graças porque fui perdoado*’. Depois se volte e creia que o Espirito de Deus operará em sua vida neste mesmo instante. Você não tem de espe rar até que seja digno dessa operação ou que a mereça. Aqui está um texto que me emociona cada vez que o leio — ele nunca envelhece. “Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente encra­ vando-o na cruz” (Colossenses 2:14'). SEM DIVIDA

Satanás está Vivo e Ativo no Planeta Terra

Este é um poderoso retrato falado. No tempo em que isto foi escrito a palavra traduzida como ^escrito dê divida" era amplamente conhecida-. Sempre que uma pessoa fosse condenada~ruim tribunal romano, pfepararse-ia um ‘'escrito de divida“ ou"õbrtgãção~O escrivão do tribunal pormenorP zaria e escrevería por extenso cada crime pelo quaTa pessoa Tora condenada^ Eslè’escrito ou certificado significava quê o pnsiohéircTdevia a CêsãFUm pagamento fixado por” aque­ les crimes. Depois ele seria levado com o prisioneiro onde quer que ele fosse aprisionado e afixado na porta de sua cela. Que ilustração o Apóstolo Paulo usou para mostrar-nos como Deus lida com os nossos pecados. Quando Jesus pen­ dia na cruz há dezenove séculos, o “escrito de dívida" de cada homem que um dia vivesse estava pregado na cruz com Ele. Nosso escrito de dívida arrola cada vez que não cor­ respondemos à perfeita lei de Deus por pensamentos, pala­ vras ou atos. Do mesmo modo como aquele escrito teria sido afixado na cela do criminoso, Jesus tomou nosso escrito de dívida e o cravou na cruz. Por quê? Porque Ele tencionava pagar a dívida. Segundo a lei romana, quando uma pessoa era lançada na prisão e o escrito de 'dívida era aflxaHõ na porta, ele permanecería ali até que a sentença fosse executada.- Então eles pegariaéstê~êscríto~è escreveríam nele a palavra quê significava ,rEstá consumado". Enrolavam o documentoT entregavam-nõ ao prisioneiro, elè nuhca mais poderia ser punidõ^or esses crimes. ^5ãbia você que essá foi uma das últimas coisas que Jesus exclamou do alto da cruz?

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Pouco antes de Ele inclinar a cabeça e dizer. “Pai. nas luas mãos entrego o meu espírito", Ele deu um grito de vitória. Ele bradou da cruz: “Está consumado". A palavra grega para esta expressão é fítetelestaTr. que significa “pago complefamente” (João 19:30).

A Viagem da Culpa

PAGO COMPLETAMENTE Jesus pegou nosso escrito de dívida e escreveu nele com Seu próprio sangue: “Pago completamente". Nunca pode­ mos ser julgados por nossos pecados novamente depois que recebemos o perdão. Está solucionado para sempre no cóu pelo sangue do unigênito Filho de Deus. É por isso que diz em Colossenses 2:14: "(Ele) removeu-o (nosso escrito de dívida) inteiramente encravando-o na cruz". Devo a Deus perfeita obediência à Sua lei, mas Deus usa um método muito diferente de classificar minha observância da lei. É perfeição ou nada — e eu não posso pagar. Isso é o que significa a palavra “redenção": adquirir da escravidão e libertar pagando o preço do resgate. O res­ gate que Cristo teve de pagar para libertar-nos foi o preço de devermos a Deus perfeita obediência à Sua lei, e Cristo pagou a sentença de dívida completamente. “Sabendo que não foi mediante cousas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordei­ ro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo" (1 Pedro 1:18-19). É por isso que lemos em Colossenses 2:15: “E, despojan­ do os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz". Os “principados e as potestades” são Satanás e todos os seus exércitos. E Cristo os despojou! Eles não têm base legal alguma para pôr as mãos num filho de Deus, jamais. Satanás não tem bases legais para atuar na vida de um cristão. Podemos darlhe a base legal, se não quisermos crer em Deus, mas certa­ mente não somos obrigados. Deus quer que tomemos nossa carta de alforria, que é o perfeito perdão de Jesus Cristo, e reconheçamos que quando pecamos devemos ir a Ele ime­ diatamente com a atitude de coração: “Ó Senhor, concordo contigo que pequei”. Esta atitude, todavia, não tem em mira obter perdão. É simplesmente reconhecer um perdão que já é um fato. Quando Cristo morreu na cruz, Ele cuidou do problema 182 do pecado para sempre. Um outro sacrifício nunca será


necessário. Por quê? Por causa do valor da vida Daquele que foi sacrificado. Não é como o sangue de bodes e de touros no Antigo Testamento, que meramente cobria o peca­ do. Quando Cristo morreu pelo pecado, ele o removeu como um problema. "Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redençãoM(Hebreus 9:12). Quão longa é a eterna? Deus não oferece qualquer coisa menos. A base está no valor do sacrifício de Jesus Cristo. "Portanto, se o sangue de bode e de touros, e a cinza de uma novilha, aspergida sobre os contaminados, os santi­ fica, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mor­ tas para servirmos ao Deus vivo!" (Hebreus 9:13-14).

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LICENÇA PARA SERVIR Esta é a mais poderosa mensagem que o Espírito Santo já me fez compreender. Era uma licença para servir, não para pecar. A motivação proveniente de conhecer uma per­ feita aceitação com Deus é tão maior do que andar no temor de que você vai perder o relacionamento, que simplesmente não há termo de comparação. Deus quer que sirvamos não por dever, mas por gratidão por aquilo que Ele realizou em Jesus Cristo. "Purificará a nossa consciência" — é onde a culpa se engasta — "de obras mortas para servirmos ao Deus vivo!" Uma "obra morta" é qualquer coisa que você e eu faze­ mos tentando ajudar a Deus perdoar-nos nosso pecado. É tentar adicionar ao que Cristo realizou plenamente na cruz. Obra morta é quando não cremos que realmente estamos perdoados e tentamos fazer algo para compensar o que fizemos. Que é que Deus quer que façamos quando pecamos? Precisamos Dele nesse momento mais do que em qual­ quer outra ocasião em nossas vidas. Não é ocasião para fugir de Deus, como fez Adão. Quando Adão pecou, Deus apareceu no Jardim e disse: "Adão, onde estás?" Deus tinha, realmente, necessidade de perguntar? Você não acha que Ele sabia onde Adão estava? Adão escondeu-se porque ele ficou com medo. Ele deveria ter compreendido que Deus ainda o amava, pois do contrário Ele não andaria à procura dele. Então Adão cometeu a primeira obra morta da História! Ele tentou esconder seu 183


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senso de culpa com folhas de figueira. Tentou cobrir seu pecado e sua culpa mediante a obra de suas próprias mãos, e em assim fazendo ele cometeu o primeiro ato “religioso". Isso é, na realidade, o que a “religião" é, se você a entende corretamente. Cristianismo não é religião: Cristianismo é um relacio­ na mêntFliêssõãrcõnrDêuFlnêHIãntê^ ÇonclUida. Nao e nosso estorço por ganhar a aprovação ~de Deus pelo qüeTazemos.

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NA FAMÍLIA DE DEUS Pense nisso! Temos acesso à presença de Deus. “Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo os cora­ ções purificados de má consciência, e lavado o corpo com água pura" (Hebreus 10:22). Quando pecamos conscientemente, Deus quer que nos aproximemos Dele “com sincero coração", para sermos honestos “em plena certeza de fé" (isto é, no que Cristo fez). “Nessa vontade é que temos sido santificados, median­ te a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas" (Hebreus 10:10), Deus nos ama e nos aceita. Estamos perdoados. Ele quer que confessemos o que temos feito e Lhe demos graças por Seu perdão. Se não fizermos isto, teremos uma consciên cia má. Conheço histórias comoventes, uma após outra, de pessoas que enfermaram mentalmente por causa de culpa não resol­ vida; outras permanecem razoavelmente sãs, mas não têm poder em suas vidas. Tentam sacar sobre alguma experiên­ cia que tiveram no passado e querem saber por que não têm mais o mesmo poder. Quão absolutamente fantástico é saber que há um perdão garantido a nós mediante a oferta de Jesus Cristo, uma vez por todas, a nosso favor. Por isso é que se diz: “Portanto Ele é capaz também de salvar ao máximo — completamente, perfeitamente, finalmente e por todo tempo e eternidade — aqueles que vêm a Deus por intermédio Dele. visto como Ele vive sempre para fazer petição a Deus e intercede com Ele e intervém por eles" (Hebreus 7:25, Bíblia Ampliada). Estou certo de que alguns dos que lêem isto têm permi­ tido que a culpa os venha amarrando com nós durante anos. Você esteve simplesmente esperando que Deus descesse a lenha sobre você por algum pecado oculto ou por uma vida vivida em franca rebelião contra Sua vontade quanto


a você. Essa mesma culpa tem produzido uma alienação da única Pessoa da Qual você mais precisa aproximar-se neste momento — seu amoroso Pai Celestial. Não pode você ver quão maravilhoso seria que Ele pusesse Seus grandes e fortes braços em tomo de você e o confortasse e lhe reafirmasse Seu amor e aceitação? Deixe-O fazer isso agora. Ele não está zangado com você, — não importa o quanto você O tenha desapontado. Ele o perdoou totalmente por quaisquer ofensas contra Ele. A única coisa que entristece a Deus agora é que Seus filhos se sintam alienados Dele quando Ele Se interessa tanto por eles.

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TREZE AS ARMAS DE GUERRA “Quanto au mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a ar­ madura de Deus, para poderdes ficar firmes con­ tra as ciladas do diabo; Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e. sim, contra os principados e potestades. contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal. nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis EFÉSIOS 6:10-13

Sempre que as nações foram à guerra, cobrindo os cam­ pos de batalha da História com vidas destroçadas, houve alguns países que permaneceram neutros, a despeito do con­ flito que se travava ao redor deles. Neste livro já vimos que estamos numa guerra onde não podemos ser neutros! As linhas de batalha estão claramente traçadas. Nesta guerra não há os que apresentam objeçÕes de consciência, não há subterfúgios para escapar ao serviço militar, não há generais de poltrona, não há advogados da paz a nenhum preço.


Este é um tempo quando cada cristão deve estar do lado de Cristo, coberto inteiramente com toda a armadura de Deus. Não faz qualquer diferença se você é velho ou fisica­ mente fraco; o Senhor Jesus será sua força. Não faz qualquer diferença se você é jovem e não entende toda a estratégia de batalha de seu adversário, o diabo; a armadura de Deus o protegerá. Mas você não pode ser um especialista em faça-o-você mesmo. Você não pode montar uma armadura de confecção própria com bocadinhos e pedaços de determinação, coragem, resolução, inteligência ou bondade básica. Satanás pode en­ contrar e encontrará cada buraco num terno que traga um jótulo indicando feito a mão. Nossa única defesa contra o “príncipe das trevas” que opera no sistema mundial, distorcendo para seus próprios fins tudo o que é bom e belo, é revestir-nos de toda a arma­ dura de Deus. É nossa única proteção contra as tentações que bombardeiam o corpo, a alma e o espirito.

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SEJA FORTE NO SENHOR Não podemos viver a vida cristã com nossa própria força. Provavelmente você já descobriu isso. É imperativo que dei­ xemos o Senhor conceder nos Sua força. Sem ela, não temos probabilidades contra o incrível poder de Satanás. A força humana é totalmente inútil contra os ataques do diabo e seus engenhosos “esquemas” A ordem de Paulo para “sermos fortalecidos no Senhor" é ainda mais forte no texto original. A ordem está na voz passiva, o que significa que recebemos a ação que o verbo descreve. Realmente ela diz que devemos estar "constante­ mente permitindo que sejamos fortalecidos pelo Senhor". Em outras palavras, Ele promove o fortalecimento e nós usufruí­ mos os resultados em nossas vidas. Que é que significa ser fortalecido no "Seu poder"? Lucas nos dá a resposta a essa pergunta: "Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto" (Lucas 4:1). Talvez você esteja pensando: “Naturalmente Jesus estava cheio do Espirito Santo, mas como isso me afeta?" 0 escritor de Hebreus nos diz que Jesus era o autor e consumador da nossa fé. Isso significa que Jesus delineou todo o plano do Espírito Santo vivendo no homem, mas Ele simplesmente não ficou sentado no céu e disse: "Agora, minha gente, vocês vão e vivam esse plano”. Ele desceu e 187


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entrou na arena e Ele mesmo viveu pela fé e mostrou que todo o plano funcionava admiravelmente. ELE PÔS DE LADO O LISO DE SUÀ DEIDADE No segundo capítulo de Filipenses lemos que quando Jesus veio a este mundo, Ele escolheu deixar temporaria­ mente o uso de Seus poderes divinos para trás e viver aqui neste planeta exatamente como qualquer outro homem teria de viver. Tivesse Ele escolhido de outra maneira, e não teria sido um verdadeiro homem e não Se teria qualificado como um substituto para suportar a pena de nossos pecados em nosso lugar. Também, se Ele tivesse encontrado os problemas da vida e lidado com eles usando parte da força humana e parte da força divina, Ele não teria estabelecido qualquer tipo de exemplo que pudéssemos seguir. Teríamos sido vencidos antes mesmo de começarmos porque não somos em parte divinos. A grande verdade que Jesus quer que saibamos é que Ele escolheu viver Sua vida como espera que vivamos, con­ fiando no Pai momento a momento, o Pai que operou por intermédio Dele mediante o Espírito Santo. A vida fantástica que o mundo conheceu como a vida de Jesus, realmente foi vivida não por Jesus, mas pelo Espírito Santo em Jesus. Lembro-me de um dia quando um amigo me perguntou quem eu achava ser a única pessoa que já viveu a vida cristã exatamente como Deus queria que fosse vivida. Depois de pensar por um minuto, respondí: “Bem, Jesus, é claro". Fiquei chocado quando ele disse: “Não, Jesus não viveu a vida cristã: ela foi vivida Nele pelo Espírito Santo". Depois que pensei a respeito por alguns instantes, realrnente isso fez sentido e jorrou alguma luz sobre uns poucos versículos da Bíblia — um em particular, João 14:2, onde Jesus disse: “ ...fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará. porque eu vou para junto do Pai". Enquanto Jesus esteve aqui na Terra, a residência espe cífica do Espírito Santo era Nele. Quando Ele foi para o Pai, Ele enviou o Espírito Santo de volta para encher seus segui­ dores do mesmo modo que Ele fora cheio. A vida que fora produzida em Jesus pelo Espírito Santo era produzida em Seus seguidores à medida que eles confiavam no Espírito como Jesus havia confiado. Isto torna a vida cristã uma possibilidade excitante. Se eu achasse que tinha de repetir a mesma vida que Jesus


viveu, usando para isso minhas próprias forças ou mesmo de mistura com alguma força que o Espírito Santo conce­ desse, eu ficaria desencorajado antes mesmo de começar. Mas é importante saber que esse não é o plano de Deus para fazer a Sua obra na Terra.

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A TENTAÇÃO DE JESVS Jesus nos deu um tremendo padrão para andarmos no Espírito. Em Lucas 4:2-3, lemos que o Espírito Santo guiou Jesus ao deserto para ser tentado pelo diabo. “Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome. Disse-lhe então o diabo: Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão.” Aqui você vê uma das táticas inteligentes de Satanás: como ele tira proveito de situações em nossas vidas tentan do fazer-nos pecar. Satanás é um estrategista mestre: ele conhece nosso padrão de fraqueza. Jesus não havia comido durante quarenta dias, e Ele estava com fome. O diabo disse sarcasticamente: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão". Não acha você que Satanás sabia que este era o Filho de Deus? Claro que sabia. Satanás não é estúpido. Ele não teria estado gastando todo o tempo com Jesus se ele não cresse que Ele era o Filho de Deus. Na realidade ele estava dizendo: “Agora olha, Jesus, desde que tu és o todo-poderoso Filho de Deus, por que Tu mesmo não arranjas um pequeno almoço aqui? Faze essas pedras transformarem-se em pão”. i Sem dúvida alguma, esta tentação é uma grande prova da dêidade de Cristo. Se nós rião tivéssemos comido Uúfante quarenta dias e quarenta noites e o diabo viesse e nõs dissesse: rrJS qufTvõcè é filho de Deus, por que não trans­ forma essas pedras em pão?” isso não constituiría tentação para nós — porque não poderiamos fazê-lo! Com um simples estalo de dedos Jesus podería encontrar pâezinhos gostosos em cada arbusto! O VERDADEIRO PROPÓSITO DE SATANÁS Vê o plano sinistro de Satanás? Jesus estava sendo ten­ tado a deixar de viver em total dependência do Espírito Santo para o provimento de Suas necessidades, como qual­ quer homem teria de fazer, e usar Sua própria deidade para satisfazer a essas necessidades. Satanás sabia que Jesus L89


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era ao mesmo tempo Deus e homem e que Ele havia deci­ dido nunca a usar Seu poder divino enquanto estivesse aqui na Terra. Satanás teria feito qualquer coisa para que Jesus deixasse de lado a vontade do Pai e usasse Sua própria divindade para satisfação de Suas necessidades. Jesus rejeitou terminantemente a oferta de Satanás e deixou que o Pai O sustentasse por meio do Espirito Santo. Um motivo por que Ele agiu deste modo foi para que você e eu pudéssemos ter um padrão a seguir e pudéssemos saber quão grande e poderoso Deus nós temos ao nosso alcance para satisfação de todas as nossas necessidades. Ele pegou toda a conversa mole que este mundo e Satanás tinham para oferecer, e agiu inteiramente como homem, dependendo do fortalecimento interior e do poder do mesmo Espírito que vive em nós. O CAMINHAR DE CRISTO. NOSSO EXEMPLO Toda a vida de Cristo foi vivida em dependência do Pai que operava Nele mediante o Espirito. Cada circunstância que Ele enfrentava Ele a relacionava com a capacidade do Pai de lidar com ela por meio de Sua humanidade. Ele pode­ ría ter controlado qualquer uma delas por sua própria força divina, mas por causa do exemplo que Ele queria deixar-nos, Ele não o fez. João disse de Jesus: "Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele (Jesus) andou*' (1 João 2:6). Jesus Cristo andou concentrado no Pai, e o Pai operou através Dele pelo Espírito Santo residente Nele. Temos de andar com nossas vistas voltadas para Jesus, e Ele operará por nosso intermédio pelo mesmo Espírito Santo que reside em nós.

ENCHEI-VOS DO ESPIRITO Este padrão de vida é o que em Efésios 5:18 se chama "encher do Espirito”, onde se diz: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espí­ rito*'. A ordem para cada cristão "encher-se do Espírito" está r.um tempo de verbo no original grego que significa estar continuamente cheio do Espírito. Deve ser uma experiência 190 de momento a momento na vida do crente.


Muitas pessoas têm a idéia de que estar cheio do Espírito ê como destampar a cabeça de alguém e despejar dentro o Espirito Santo até encher Não é isto que significa. Você não obtém mais Dele: Ele obtém mais de você. Que é. então, que significa, exatamenle, estar cheio do Espirito Santo7 Paulo usa uma boa ilustração em Efésios 5:18 quando compara o estar cheio do Espírito Santo com a experiência de embriagar-se. Quando você está embriagado, significa que outra força assumiu o controle de sua mente e domina sua personalidade. Voluntariamente você entregou o controle de sua vida ao álcool estimulante. Quando Paulo manda a todos os cristãos encher-se do Espirito Santo, ele quer dizer que voluntariamente você en tregue o controle de si próprio a outra pessoa, o Espírito Santo. Deixe que Ele capacite sua personalidade.

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COMO PODEMOS FAZER ISTO? Primeiro devemos saber que o Espirito Santo ocupou residência permanente em nós no momento em que recebe­ mos a Cristo. Romanos 8:9 diz que não ter o Espírito Santo em você é a mesma coisa que não ser cristão. O Espirito Santo que habita em nós é,uma pessoa co-igual e co-eterna com o Pai e o Filho Em segundo lugar, devemos saber que o pecado entris­ tece o Espírito Santo mas não O leva a deixar-nos (Efésios 4:30). Jesus prometeu: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei" (Hebreus 13:5). A terceira coisa que devemos saber é que uma coisa é o Espírito Santo habitar em nós, mas coisa totalmente diferen­ te é Ele encher-nos ou controlar-nos. Deus quer que continuamente sejamos cheios do Espi­ rito. O único meio de que dispomos para que isto aconteça é decidir quem dirige o espetáculo em nossas vidas. Temos de tomar uma decisão de uma vez por todas de ceder a Deus o titulo de posse de nossas vidas. Isto não significa que sem­ pre vamos fazer o que Deus quer que façamos. Significa que chegamos a um ponto em nossa vida onde seriamente avalia­ mos o que Deus fez por nós em Cristo. Raciocinamos que se Ele nos deu vida eterna, introduziu-nos em Sua família para sempre, deu-nos herança com Seu Filho, e nos fez reis e sacerdotes para sempre, então podemos dizer com confian ça: "Posso confiar num Deus assim. Se eu entregar minha vida totalmente à Sua guarda. Ele saberá como dirigi-la e fazer com ela o melhor que pode ser feito". 191


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APRESENTAI VOSSOS CORPOS A ELE Quando chegamos a esse ponto — e para alguns de nós é depois que atingimos o fundo espiritualmente — então, na realidade, podemos apreciar as palavras do Apóstolo Paulo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrificio vivo, santo e agra dável a Deus, que é o vosso culto racional'’ (Romanos 12:1). Quando Paulo usa a palavra “apresentar" neste versí­ culo, ela está no tempo aoristo na língua original, e significa fazê-lo uma vez e por todo o tempo. Ê algo que não precisa ser feito repetidas vezes Talvez você tenha chegado a um ponto em sua vida cristã quando pense: "Já tive o meu quinhão. Tudo está contra mim; não posso governar minha vida do modo que ela devia ir. Estou cansado de experimentar. Entrego os pontos". Creia-me, esse é um importante lugar para chegar como cristão. Quando você chegou ao fundo espiritualmente, não há outro lugar aonde ir senão subir. Deus nos permite esgotar Iodos os truques que temos para viver uma vida vitoriosa. Quando, finalmente, nos agarramos às cordas, Ele entra em cena e diz: “Não quer reconhecer a derrota agora e deixar que Eu assuma o comando?" Lembro-me de quando eu mesmo tomei a decisão de fazer isto. Eu tinha sido crente durante vários anos e havia traba­ lhado com entusiasmo para Deus. O que tinha sido fácil a princípio começou a tornar-se difícil depois de algum tempo. Encontrei-me numa montanha russa espiritual e a vida cristã estava se tornando uma droga. Num esforço para colocar-me de novo em forma, comecei a seguir conselho de várias pessoas sobre como ser um cristão vitorioso. Tentei abandonar todos os meus maus hábi­ tos e descobri que alguns deles tinham uma garra bem firme cm mim. Um amigo insistiu para que eu começasse a memo­ rizar versículos da Bíblia. Fiz, mas isso não produziu a con­ sistência que eu estava buscando. Passei de um dispositivo para outro, a maioria deles coisas boas em si mesmas, tais como testemunhar, estudo bíblico, oração e confissão, mas nenhum deles ajudou por muito tempo. Finalmente, um dia, enquanto eu dava voltas em meu carro, pedindo desesperadamente a Deus a solução de meu problema, Ele parecia dizer: "Pare de lutar, filho. Apenas Me dê sua vida agora mesmo, e você não terá a dor de cabeça de governar-se deste ponto em diante".


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Não sei. realmente,'o que aconteceu, exceto que parci de lutar e entreguei minha vida a Ele sem reservas. A paz de Deus me inundou a alma. Senti que foi tirada de mim uma tremenda carga e João 7:38 39 tornou-se uma realidade viva: “ ...do seu interior fluirão rios de água viva. Isto disse ele com respeito ao Espírito. A partir daquele dia, comecei a experimentar o que sig nificava andar no Espirito. Eu via Deus refazer-me emocio­ nal e psicologicamente. Ele tomou algumas situações impos siveis em minha vida e as resolveu fantasticamente para Sua jjlória e meu benefício. SEI QUEM DETÉM O FUTURO Desde aquele tempo venho mantendo esta atitude: Não sei o que o futuro detém, porém eu sei quem detém o futuro. Esta é a atitude que Deus deseja de nós se vamos ter uma vida continuamente cheia do Espirito. Contudo, permi­ ta me uma advertência: esteja certo de que você pretende isso quando der sua vida a Deus desse modo, porque Ele levará o assunto a sério. Você dirá: “Senhor, desejo a Tua vontade, muito embora eu não saiba agora qual será ela". À medida que você vai conhecendo a Deus deste modo intimo, você descobrirá que não fez um negócio arriscado. A vontade divina para a sua vida irá muito além de seus sonhos mais extravagantes. Tudo o que Ele tem esperado de você é um cheque em branco, de modo que Ele pudesse começar a preenchê-lo com Seu plano e propósito maravi­ lhosos. Tem havido momentos quando digo: “Muito bem, Senhor, as coisas têm ido às mil maravilhas, mas eu gostaria de tentar dirigir minha vida por um momento". Eu estava em vias de ir de encontro ao chão quando repentinamente senti as rédeas curtas e o Senhor disse: “Desse jeito você não vai, amigo”. Tem havido ocasiões quando sinto lágrimas nos olhos porque o Senhor não me deixa continuar na direção que eu seguia, mas nunca me lamentei do fato de Lhe haver dado o direito de segurar as rédeas. Deus quer que você decida quem é o senhor de sua vida. Quando você aceita a Jesus Cristo, você recebe a vida eterna e se torna membro da família de Deus. Depois disso Ele insiste com você para que Lhe apresente o título de proprie­ dade de sua vida, embora Ele não o force. Mas faz sentido apresentá-lo. Afinal de contas, quem realmente sabe melhor 193


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como governar você do que Aquele que reuniu você, átomo por átomo, molécula por molécula'7 “NAO VOS CONFORMEIS COM ESTE SÉCULO" (Romanos 12:2) Que é que Paulo queria dizer por “este século“? Ele queria dizer o sistema do mundo de pensar e fazer o que exclui Deus. Gosto do modo como J. B. Phillips diz em sua moderna tradução do Novo Testamento: "Que o mundo que nos rodeia não vos comprima nos seus próprios moldes, mas deixai Deus reformar a vossa mente “ O único meio de podermos escapar à conformidade do molde do mundo é chegar àquele lugar onde nos apresenta­ mos a Deus e dizemos: “Aqui está minha vida. Dirige-a. ó Deus. Refaze me a partir do interior dando-me uma nova mente, uma nova perspectiva de Ti, de mim mesmo e do inundo”, Se, pela fé, dependermos Dele para fazer isto e sim­ plesmente vivermos nossa vida diariamente, esperando que Elé nos controle e nos encha do Espirito Santo, Ele o fará. Você não precisa ter qualquer experiência emocional extática para ficar cheia do Espirito Santo. Você não é apanhado por alguma força misteriosa, a qual indica que você deve estar cheio do Espírito e que Ele o arrebatará em êxtase. O Espirito em você não opera desse modo. Deus tem um plano que é ainda melhor. Ele prometeu satisfazer as circunstâncias da vida que encontramos de momento a momento e lidar com elas para nós se permitir­ mos que Ele o faça. Ele pode vencer o medo, a timidez, a inimizade, o orgulho, a luxúria, o ciúme e quaisquer outras emoções que não podemos controlar. Tudo o que Ele quer de nós é que nos recuemos do problema e deixemos que Ele o resolva. E Ele não deseja qualquer ajuda nossa. Ou Ele faz tudo por nós e por nosso intermédio, ou Ele nos deixa tentar resol­ ver sozinhos. Não se faça condescendente com Deus solici­ tando Sua ajuda. Ele não ajuda aqueles que ajudam a si mes­ mos. Ao contrário. Ele ajuda aqueles que admitem estar desamparados. Isso realmente vai contra a natureza do pen­ samento do mundo, mas esse é o plano de ação de Deus. Lembro-me da primeira vez que experimentei fazer um discurso em público Foi num curso de oratória na faculdade, e enquanto eu estava lá em frente da classe eu ia ficando cada vez mais desajeitado. Finalmente eu disse: “Que


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maçada! Desisto", e virei-me e sai. Esse foi o fim de meus dias de fazer discurso. Poucos anos mais tarde tornei-me cristão. Um domingo, na igreja, pediram-me para lecionar uma Classe de adultos na Escola Dominical. Quase desfaleci quando me pediram, mas eu estivera aprendendo o princípio de andar no Espírito, e assim decidi ver se dava resultado nesta área de necessi­ dade de minha vida. Pus-me de pé em frente da classe naque­ la manhã e literalmente deixei que o Espirito Santo vertesse Sua mensagem por meio de minhas cordas vocais rendidas a Ele. Tudo saiu perfeitamente bem, mas não posso receber qualquer crédito pelo trabalho. Foi a demonstração de Deus todo o tempo. ANDANDO NO ESPÍRITO Às vezes é um tanto desconcertante saber exatamente como devemos viver a vida cristã. Primeiro você lê que deve encher-se do Espírito Santo e isso lhe dará o poder de que você precisa. Então alguém se aproxima e fala de andar no Espírito e lhe diz que isso o impedirá de pecar. Alguém mais descobriu que andar pela fé é o segredo da vida cristã vitoriosa. Presentemente, muitos estão alegando que devemos ser batizados com o Espírito para vencer as tentações da vida Qual é, afinal de contas, a fórmula certa? Há algum ponto em nossa vida cristã onde devemos ter um encontro especial com o Espírito Santo, encontro esse que alterará o curso de nossa vida e o modo de vivermos? Permita-me partilhar com você o que eu sinto que a Bíblia ensina a esse respeito. As exortações de Paulo aos crentes para encher-se do Espirito (Efésios 5:18), para andar no Espirito (Gálatas 5:16), e para andar pela fé (2 Coríntios 5:7; Hebreus 11), todas se referem ao mesmo princípio de o crente chegar à conclusão de que ele não pode viver para Deus. Ele deve confiar que o Espírito Santo viva a vida cristã nele e por intermédio dele. Para muitos cristãos o reconhecimento de que o Espírito Santo deseja viver e é capaz de viver a vida cristã através deles é notícia tão alvissareira que quando eles começam a experimentar a vitória em vez da derrota, eles ficam literal­ mente como que esmagados. Para muitos, este entrar na vida cheia do Espírito é uma experiência de crise. Se durante anos você esteve chafurdando-se em derrota na sua vida cristã e de repente o Cristo 195


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que habita no seu coração torna-se magnificentemente vivo, você pode sentir-se como se tivesse levado um tiro! Todavia, Deus não deseja expor-nos ao Seu poder numa exposição de um tiro único. Ele quer dar-nos um novo padrão de vida onde Ele nos enche de momento a momento com nova vida e energia espiritual. Qualquer encontro com o Espírito Santo que não produza uma vida nova e completa não é o andar no Espírito ou o encher-se do Espírito que o Novo Testamento ensina. BATISMO DO ESPÍRITO 0 Novo Testamento menciona muitas vezes o batismo do Espírito, mas somente é definido em um lugar, em 1 Coríntios 12:13: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batiza­ dos em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livrês. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito". Este versículo simplesmente nos diz que o batismo do Espírito é aquele ministério particular do Espírito Santo que nos une em uma união viva com Cristo e Seu corpo, a Igreja. Isto acontece a cada pessoa no momento em que ela deposita fé em Jesus Cristo como Salvador. 0 batismo do Espírito não é o ministério do Espírito Santo destinado a dar ao crente poder em sua vida diária. Esse é o ministério de encher do Espírito. Andar no Espírito, encher-se do Espírito e andar pela jé são termos sinônimos. Em nenhuma parte das epístolas do Novo Testamento temos ordem para ser batizados com o Espírito. Se esse fosse o meio de poder na vida cristã, os ensinos de Paulo estariam cheios dele. O batismo do Espírito é um ensino bíblico e válido, mas deve ser cuidadosamente relacionado com todas as escritu­ ras do Novo Testamento. (Para uma análise mais completa deste assunto, veja o apêndice a este capítulo, no final do livro.) DOMÍNIO DE SATANÁS Naturalmente Satanás fica fulo de raiva quando um crente descobre algo sobre a vida cheia do Espírito e começa a andar no Espírito. O cristão que começa a viver neste novo reino encontrar-se-á exposto a uma hostilidade franca da parte de Satanás a tal ponto que às vezes chega a ser esmagadora. Áreas de nossa antiga vida pecaminosa que estiveram adormecidas durante anos começam a cíusar-nos 196 dificuldade.


S a la n d .s e s ta

Por quê? Porque o Espírito Santo não é o único que habita no reino do espírito. Satanás vive ali também, e quando começamos a cruzar seu domicílio, estamos em terri­ tório inimigo. Entrar neste campo de batalha sem estar cheio do Espí rito e revestido com Sua armadura é completa insensatez. Satanás nos reduzirá a frangalhos. Não nos esqueçamos de que Satanás tem milhares de anos de prática de arruinar os filhos de Deus. Não somos páreo para ele. Mas, louvado seja Deus, Jesus é! À medida que andamos no Espírito, não satisfaremos à concupiscência da carne. Foi isso que Paulo prometeu em Galátas 5:16. Conforme ele afirma em outro texto: “ ...somos mais do que vencedores e ganhamos uma vitória insuperável mediante Aquele que nos amou” (Romanos 8:37, Bíblia Ampliada). Se o encher-se do Espírito parece exatamente o de que você vem necessitando em sua vida, por que não toma neste momento uma decisão de começar a permitir que o Espírito Santo controle a sua vida? Ele está mais do que desejoso, e certamente é capaz de responder à sua fé, conquanto peque­ na, e começar a fazer em você e por seu intermédio uma duplicata da vida de Jesus. PROVOCANDO CURTO-CIRCUITO NO PODER DE DEUS Que é que nos acontece se não andamos pela fé? Paulo diz: ”E tudo o que não provém de fé é pecado” (Romanos 14:23). Se não andamos no Espírito, então estamos andando segundo a carne, e isso é pecado (Romanos 8:4-5). Isso quer dizer que estamos procurando manobrar nossas vidas e pro­ blemas com nossa própria sabedoria humana. Estamos viven­ do no reino dos cinco sentidos e concluindo que o que senti­ mos', vemos e pensamos é que realmente é verdadeiro, em vez de relacionar o problema à sabedoria e capacidade de Deus de lidar com ele. Se andamos na força da carne, somos excelentes candi­ datos a terminar numa viagem de culpa de primeira classe ou ser apanhados na síndrome do pecado. Não podemos, conscientemente, andar na carne e andar em dependência do Espírito Santo ao mesmo tempo. Quando paramos de confiar no Espírito Santo para livrarnos das tentações e buscamos nós mesmos manobrá-las, esta­ mos garantindo um mergulho espiritual a pique. O resultado inevitável da atividade da carne é o pecado, e o pecado 197

Viva e Ativo no Planeta Terra


As Armas* de Guerra

provocará curto-circuito na energia que vem de Deus para a vida do crente. Não é que Deus cesse de amar-nos e aceitar-nos. É sim­ plesmente que paramos de crer naquele amor e naquela aceitação, e nosso foco está fora do solucionador do problema e concentrado no próprio problema — nós! No momento em que o filho de Deus reconhece a futili­ dade de viver deste modo e confessa a Deus que está andando na carne, ele é restaurado à comunhão de Deus em sua pró­ pria mente. Deus nunca parou de “comungar" com ele. porém ele parou de comungar com Deus. Não permita que o mundo, a carne ou o diabo assombrem você. Somos os vencedores nessas três áreas quando andamos no Espírito e usamos toda a armadura de Deus. EXAMINEMOS A ARMADURA “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo" (Efésios 6:11). O diabo explora os ardis de nossa personalidade, as concupiscências da carne, e nossos impulsos físicos naturais a fim de conspirar contra nós. Há vezes em que tenho uma mensagem a preparar ou estudo para fazer. Reúno meus materiais e me acomodo em meu escritório. Então elas me atacam — as dores da fome! Ora, eu sei que não devia estar com fome — provavelmente tomei meu café matutino há menos de uma hora — mas uma escusa como que embutida, automática me foi apresentada para eu deixar de lado a Palavra de Deus. Gostaria que eu sempre dissesse: “Satanás, dê o fora!" mas não digo. Começo a zanzar de um lado para outro, arranjando algo para comer, e antes que eu me dê conta, matei uma hora — uma hora de tempo valioso. Realmente eu não precisava daquele alimento, mas Satanás pode usar quaisquer impulsos naturais que temos se eles não estão sendo controlados pelo Espírito Santo. Outro impulso que Satanás usa é nossa necessidade natu­ ral de sexo. Uma vez que você é casado, essa necessidade tem o potencial de ser satisfeita, mas inclusive no casamento ela pode escapar ao controle. Satanás pode usar esse impulso natural para romper um casamento ou produzir tal hostili­ dade que impeça, absolutamente, a comunicação. Ele pode tornar um homem tão ávido de satisfazer ao seu próprio desejo que deixe de considerar as necessidades emocionais da esposa. 198 Satanás usa outro impulso natural em sua campanha


Satanás está Vivo e Ativo no Planeta Terra

contra os jovens: a necessidade de um companheiro. Esta é uma área onde as moças são especíalmenLe vulneráveis. Se elas acham que precisam de um companheiro, e se não con­ fiam ao Senhor esta área de suas vidas. Satanás chega e as faz tão ansiosas quanto a encontrar o homem certo que elas entram numa queda em parafuso, como um avião. Tenho visto tantos eminentes cristãos ficarem arruinados porque não confiaram no Senhor para prover-lhes um compa­ nheiro. Satanás põe as garras sobre eles, e em alguns casos se envolvem sexualmente porque acham que esse é o único meio de segurar seu namorado ou namorada. Outros não confiam no Senhor para prover lhes um companheiro e se casam com a pessoa errada. Talvez se casem com um não cristão ou com um cristão que realmente não leva uma vida espiritual Satanás usa essas necessidades naturais quando elas não se acham sob o controle do Espirito É por isto que precisa­ mos da armadura de Deus “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne. . O que é. realmente, que está atrás desses impulsos quan­ do eles escapam ao controle? Nossa própria carne ou natu­ reza de pecado começa a resmungar em nós em busca de saiisfação, e depois, paralelamente vêm “os principados e potestades... os dominadores deste mundo tenebroso... as forças espirituais do mal. nas regiões celestes" que dão energia à nossa carne com ardentes desejos não-naturais. (Efésios 6:12.) Satanás está em constante alerta, vigiando cada crente e esperando que sua armadura escorregue, mesmo ligeira­ mente, para que ele possa arremessar seus dardos infla­ mados. “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis" (Efésios 6:13). ' 0 CINTO Quando o Apóstolo Paulo escreveu esta carta aos Efésios, ele estivera guardado bem de perto por um soldado durante vários meses. Ele deve ter tido boa oportunidade de observar à curta distancia as peças de armadura do soldado. “Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade, e ves­ tindo-vos da couraça da justiça,; (Efésios 6:Í4). O exército romano possuía a melhor armadura do mundo antigo, e Paulo usou-a como ilustração da armadura que Deus tem para o cristão usar contra Satanás.


.Is Armas de Guerra

Na armadura dos romanos, u cinto, de quinze a vinte centímetros de largura, era colocado em torno de sua cintura Era uma das mais importantes peças de equipamento por que tudo mais estava preso a seu cintu Se o cinto não esti vesse no lugar, então a armadura não estaria firme. • Paulo diz que a peça básica de equipamento do cristão é a verdade: aum crescente conhecimento e entendimento das Escrituras e como elas se aplicam à vida. Deus quer que tenhamos armadura defensiva contra as ciladas de Satanás. IJm soldado não veste sua armadura depois de entrar na batalha, mas como preparação para a batalha. O cinto da verdade deve estar seguro ou tudo mais cairá! A COURAÇA Na armadura romana havia uma couraça feita de bronze forrada com resistentes pedaços de couro. A couraça prote­ gia uma das áreas mais vitais do corpo — o coração. A couraça de nossa armadura que nos protege o coração dos ataques de Satanás é a jitsfiça. Refere-se à justiça de Cristo. Em sua segunda carta aos Corintios Paulo descreve c que Cristo fez por nós: “Àquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Corintios 5:21). Isto não é falar acerca de nossa justiça; quando cremos em Jesus Cristo. Sua justiça nos é dada. Não somos apenas perdoados de todos os nossos pecados, mas somos revestidos com a própria justiça de Cristo. Desse ponto em diante, no que concerne a nosso relacionamento com Deus, Ele nos vê justos como Cristo. O que Satanás gosta de fazer é entrar quando temos falhado com Deus e dizer: “Ah. ah, agora Deus não vai acei­ tar você. Olhe o que você fez!" Nesse momento, se estamos vestidos da couraça Ha justiça, podemos dizer: “Dê o fora, Satanás. Não apareço a Deus em minha própria justiça, e nunca apareci. A justiça de Cristo é que sempre me tem feito aceitável, e ela não mudou". CALÇADOS “Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz" (Efésios 6:15). Qualquer pessoa que alguma vez tenha lutado em qual­ quer tipo de combate corpo a corpo sabe que pisar com segu­ rança é muitíssimo importante. Eu lutava boxe, e me lembro 200 de que púnhamos resina na sola de nossos sapatos. Mais de


S n t u n a s e s t á V i v o e A t t v o no P l a n e t a T e r r a

uma vez fui à lona porque perdi os pés exatamente no momento em que eu desferia um murro. Na luta com espa da, como lutavam no tempo das legiões romanas, perder os pés podia significar a morte. Assim, o problema do soldado de infantaria em matéria de calçado naquele tempo era a sandália com tachões. Quando lutavam em combate frente a frente, seus pés se plantavam firmes; seu pisar era seguro. Na vida cristã precisamos, também, de pisar firme, se vamos andar e resistir a Satanás. Esse pisar firme é provido pelo evangelho da paz. Isto não é o mesmo que Evangelho da salvação. "Evangelho" significa "boas novas", e certa mente é uma grande noticia que temos perdão mediante crer em Jesus Cristo, mas há mais algumas boas novas para nós. Há um lugar de descanso e paz de espírito para todos os cristãos: é o esconderijo de Deus para todo crente em Jesus Cristo. O capitulo 4 de Hebreus nos fala de entrar no des­ canso de Deus. É um descanso aqui e agora, não o "celeste porvir". Isso é boas novas! Deus tem paz de espírito e um lugar de repouso disponí­ vel para todo crente em Jesus Cristo. Se não aprendermos como depender das promessas de Deus quanto á paz. então não teremos o pisar seguro que nos capacita a estar firmes contra as ciladas de Satanás. Ele nos golpeia, faz-nos perder o equilíbrio, e caímos ao chão antes que o percebamos. Satanás usa a preocupação, a ansiedade e a tensão para realmente manter-nos fora de equilíbrio. O evangelho da paz está interessado em resolver a preocupação com as promes sas de Deus. Está com medo? Então exija esta promessa: "Não temas, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel" (Isaías 41:10). Está preocupado com suas necessidades? As contas estão se acumulando? As pressões'dos negócios apertando? Os filhos ou os pais apresentam problemas que parecem impos­ síveis de controlar0 Olhe para estas promessas e reclame-as: "Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos cora­ ções e as vossas mentes em Cristo-Jesus" (Filipenses 4:6-7). Essas promessas são reais. Uma das poucas coisas que Deus nos diz para temermos é que falhemos em reivindicar Suas promessas (Hebreus 4:1). Quando nos levantamos de manhã, devemos examinar nossa armadura. Estamos cingidos com o cinto da verdade?


As Armas de Guerra

Estamos vestidos com a couraça da justiça? Estamos come­ çando a entrar num relacionamento com Deus baseado no desempenho? Estamos colecionando emblemas de mérito por nossas boas ações, trabalho na igreja e contribuições benefi­ centes? Se Satanás consegue que iniciemos essa viagem, estamos prontos para um golpe letal. Certifique-se de que está descansando nas promessas de Deus. ESCUDO “Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual pode­ reis apagar todos os dardos inflamados do maligno" (EFésios 6:16). 0 escudo de um soldado romano tinha mais ou menos sessenta centímetros de largura por cento e vinte centíme­ tros de comprimento. Ele o usava para repelir os golpes do inimigo e também para abrigar-se quando os arqueiros inimi­ gos desferiam uma saraivada de flechas. Os romanos podiam ajoelhar-se no chão e erguer um muro de escudos ao redor deles para bloquear os mísseis flamejantes. Satanás está sempre arremessando seus dardos inflama­ dos contra nós: ele está sempre tentando introduzir-se em nosso interior com culpa ou com alguma acusação. Se você tem o escudo da fé a protegê-lo. essa fé simples*, implicita no fato que Cristo é mais do que capaz para satisfazer suas necessidades, então você tem proteção adequada ali mesmo. CAPACETE “Tomai também o capacete da s a l v a ç ã o . ( E f é sios 6:17). O capacete, é lógico, protegia a cabeça, outra área que precisava de ser guardada de um golpe fatal. Era uma peça vital na armadura romana, assim como é em nossa armadura. Satanás gosta de perverter a Palavra de Deus. Foi isto que ele fez com Jesus. Quando Jesus foi tentado no deserto. Ele repetiu a Satanás: “Está escrito" e “Está dito". Na últi­ ma tentação que Satanás desferiu contra Jesus, ele Lhe citou a Palavra. Satanás conhece a Bíblia de cor; a Palavra não lhe é estranha. Se ele encontra um cristão que se firma na Palavra, ele tentará distorcê-la É quando precisamos do capacete da salvação. Tenho encontrado um grande número de pessoas que se acham praticamente à beira de enfermidade mental porque pensam que perderam sua salvação — que a vida eterna já


ESPADA

Satanás está Vivo e Ativo no Pümera Terra

não lhes pertence mais. Crêem que cometeram algum pecado horrível, e o inimigo chega e diz: “Você cometeu o pecado imperdoável". Ou, "você cometeu algum pecado que Deus não vai perdoá-lo desta vez". Voltou à velha viagem da culpa! O capacete da salvação é saber que sua salvação está absolutamente segura e completa. Uma vez que você crê em Jesus Cristo você está perdoado de seus pecados — passa­ dos, presentes e futuros. Uma vez que você creu Nele, nunca mais você pode ser tirado de Sua família. "Eu lhes dou a vida eterna: jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo: e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um (uma essência)" João 10:28 30). Todavia, Satanás tomará algum versiculo obscuro e ten­ tará desfazer todo o ensino claro do restante da Bíblia e fazer você pensar que perdeu sua salvação. Ele pegará alguns desses versículos e os torcerá para desfazer o ensino do livro todo de Romanos, que claramente afirma que a salva­ ção é um assunto resolvida de uma vez por todas mediante a fé somente. A salvação não depende de desempenho: nunca depen­ deu, e nunca dependerá. Ela depende do que Cristo fez por nós. Se você não possui esse capacete ou segurança de sal­ vação, você nãn pode ter uma fé vitalmente forte.

"...e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Efésios 6:17). A espada é uma arma de ataque: a espada romana era a bomba atômica da guerra antiga. Tinha uma lâmina de quase sessenta centímetros de comprimento, afiada nos dois gumes, em ponta na extremidade. O desenho desta espada era importante. Um legionário adestrado podia espetar e cortar de qualquer posição de sorte que ele nunca era apanhado em desequilíbrio. Os sol­ dados adversários com espadas maiores tinham de adquirir uma determinada posição para balançar jo corpo. O soldado romano esquivava-se, apanhava o oponente fora de equilíbrio € o liquidava antes que este pudesse arrastar-se para outro balanceio. A Palavra de Deus é assim. Ela é "viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes..." (Hebreus 4:12). Quando confiamos no Espírito Saná) para ensinar-nos a Biblia e ajudar-nos a usá-la contra as tentações de Satanás, 203


nunca estamos fora de posição ou perdemos o equilíbrio pelos ataques de Satanás. Quando o diabo tentou Jesus (Lucas 4), Jesus lhe citou versículos da Escritura que expressavam o ponto de vista de Deus referente a cada tentação. Não há maior exemplo de quem possamos aprender do que o exemplo de Jesus, há? Por isso é que sempre que me sinto atacado por Satanás, começo a citar, em voz alta. versículos da Escritura dirigí dos a ele. Nunca me esquecerei da emoção da primeira vez que tentei isto. Eu tinha sido assaltado por uma determinada tentação durante horas. Nada a fizera diminuir. Eu havia alegado as promessas, havia dependido do Espirito Santo, tinha orado e pedido ao Senhor que a retirasse — e nada dava resultado. Então me lembrei do que Jesus havia feito em Sua hora de provação, e assim encontrei um versículo da Escritura que expressava diretamente o ponto de vista de Deus a res­ peito da tentação. Então, sentindo-me um tanto tolo. eu disse: “Satanás, deixe-me sozinho, pois está escrito..." e citei o versículo em voz alta. Foi tiro e queda! A tentação se foi — e também Satanás. Creio que é assim que devemos “resistir ao diabo". Quando o fazemos, a promessa de Deus é: “ele (o diabo) fugirá de vós" (Tiago 4:7). O crente precisa de um conhecimento de combate da Palavra de Deus. ORAÇÃO

)

Armas cie Guerra

“Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos" (Efésios 6:18). A espada do Espírito e a oração constituem as armas ofensivas do cristão. Uma vez que temos Satanás em fuga. podemos impedi-lo de um contra-ataque usando essas armas. Mas, lembre-se, Deus responde à oração porque cremos Nele, não porque O bombardeamos com frases profundas e com­ pridas. LISTA DE VERIFICAÇÃO Em face do dilúvio de ataques de Satanás hoje, precisa­ mos de examinar nossa armadura, mantendo-a polida e lubrificada sempre, pronta para o serviço ativo. Se nossa 204 espada está ficando enferrujada porque não temos estudado


a Palavra, é bom que a agucemos. Se nossa couraça está escorregando do lugar porque estamos embarcando no estí­ mulo do desempenho, é melhor que a justemos. Se nosso capacete não está no lugar porque não estamos certos de nossa salvação, então seria melhor nos aprofundarmos na Palavra de Deus ou irmos em busca de alguém que conheça a Palavra e certificar-nos de que ele está no lugar. Não podemos ser soldados de chumbo: não ousamos brin­ car com Satanás. Ele está capturando homens à esquerda e à direita, usando todo o seu arsenal de armas para fazê-lo. “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os domi­ nadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Efésios 6 : 12). Seres espirituais reais estão começando a sair a campo aberto, em tal extensão que as pessoas estão dispostas a cultuar Satanás, e ele ainda está praticando seus modos sutis nas pessoas que não crêem que ele existe — na realidade, ele está obtendo grande êxito com elas! Assobie uma melodia alegre, se quiser, mas esteja certo de que sua armadura está no lugar enquanto você assobia. Ao arsenal, tropas! Satanás está Vivo e Ativo no Planeta Terra 205


QUATORZE UMA NOTA DE TRIUNFO

Começou você a leitura deste livro com um sentimento de apreensão? Era o assunto matéria intrigante mas amedrontadora? A magnitude das forças alinhadas contra nós pode sufo­ car alguns; a realidade e poder de Satanás e suas hordas, a constante atração da carne e a sutil atratividade do sistema do mundo podem facilmente desviar o centro de nosso inte­ resse das superprovisões de Cristo para a vitória. Nada deliciaria mais a Satanás! A estratégia de Satanás tem sido sempre cegar a mente dos homens à verdade do perdão de Deus em Cristo. Quando isso não tem êxito e a pessoa é resgatada do reino das trevas e nasce para o reino da luz, então Satanás não poupa esfor­ ços para manter o crente alheio às miraculosas provisões que Deus fez para sua vitória diária. Satanás usará cada dispositivo hábil e insidioso do mun­ do e da carne para concentrarmos a atenção em nós mesmos e nossos problemas em vez de concentrá-la em Cristo. Satanás magnificaiá em nossas próprias mentes as nos­ sas fraquezas naturais e humanas, levando-nos a sentir-nos inferiores com Deus e com o homem. Ele excitará nosso orgulho a fim de fazer-nos pensar que não estamos receben­ do dos outros crentes o reconhecimento que sentimos mere­ cer. Ele fará que o ciúme traga divisão entre irmãos em Cristo. Ele gosta de fazer os cristãos errarem em questões doutrinais, a tal ponto que nos esquecemos de amar e aceitar 206 aqueles verdadeiros irmãos que diferem de nós.


Se passamos muito tempo estendendo-nos em nossas fra­ quezas e pecados, dentro de pouco tempo nos tornamos desencorajados e derrotados

Satanás está Vivo e Ativo no Planeta Terra

MIOPIA ESPIRITUAL Deus sabia que esta “miopia espiritual” seria nosso maior problema. Penso que é por isso que Jesus passou por todas as dificuldades a fim de dar-nos um exemplo clássico da loucura de concentrar-nos em nós mesmos e nossas cir­ cunstâncias em vez de concentrar-nos Nele. Em Mateus 14:22-33 lemos que Jesus deliberadamente mandou os discípulos tomarem seus barcos no Mar da Galiléia, muito embora -Ele soubesse que se aproximava uma tempestade. Ele sabia que eles tinham maior confiança em sua habilidade de marinheiros do que em qualquer outra coisa por causa de seus longos anos como pescadores. Quando veio a tempestade, ela era mais violenta do que tudo que haviam experimentado, e os discípulos ficaram cheios de terror. Pela primeira vez na vida eles não puderam confiar em suas próprias capacidades de lidar com um problema. Deus provará Seus filhos nas áreas onde eles se mos­ tram mais confiantes de sua capacidade humana a fim de mostrar-lhes a completa necessidade que eles têm de depen der Dele Quando os discípulos começaram a desesperar-se, Jesus Se aproximou deles andando sobre a água. Pedro disso cora­ josamente: “Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas”. Ele tinha fé suficiente para crer que se Jesus o mandasse ir ter com Ele sobre as águas, Ele também o habilitaria, de algum modo, a fazê-lo. Neste ponto Pedro não tinha confiança em sua própria capacidade de andar sobre a água, mas ele tinha confiança em Jesus. Ele tomou o que tinha de pequena fé e a colocou no objeto certo. Este é um princípio importante a lembrar. Cristo nos capacitará a fazer tudo quanto Ele nos mandar fazer. “Por­ que Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o reali­ zar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2:13). Pedro saiu cautelosamente do barco para o mar tormen­ toso. Realmente ele estava caminhando sobre a água, moven­ do-se na direção de Jesus, com os olhos confiantes fixos Nele e em Sua capacidade de sustentá-lo miracul^samente. 207


Tudo ia muito bem até que lemos: “Reparando, porém, na força do vento, teve medo: e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor!”

Uma Nota de Triunfo

APRENDIDA A LIÇÃO DE PEDRO Que aconteceu? Pedro saía-se muito bem até que ele fez o que você e eu fazemos freqüentemente. Ele pôs olhos no problema, no seu caso o mar tormentoso, retirando-os do Solucionador do Problema, Jesus. Quando fez isso, lá ia ele para o fundo Louvado seja o Senhor por Sua fidelidade a despeito de no-la faltar. Ele agarrou Pedro antes que ele afundasse; bem a tempo para que ele aprendesse a lição mas não fosse afogado por ela. Pedro não é o único a quem esta lição se destinava. À medida que você e eu passarmos pór nossas tempestades particulares, devemos conservar nossos olhos da fé con­ centrados em Jesus e Sua capacidade de dirigir-nos no meio da tormenta. Qual é sua “tempestade" neste exato momento? Está você desempregado e ficando desesperado financeiramente? Quando as contas vão subindo seu espírito começa a descer? Você não é nenhum tolo. Você sabe que precisa de alimento e de um teto. E aí está Satanás, sempre rodeando para tirar vantagem da situação, dizendo: “Dê uma olhada na condi­ ção em que as coisas se encontram. Será que vocé não é capaz de ver o fracasso que você é em prover para sua família? De onde você acha que vem o dinheiro para tirá-lo desta confusão?” Ele acusa sem cessar, com o propósito de desviar seus olhos do Pai Celestial, amoroso, poderoso, que tudo provêj para fixá-los em você mesmo e seus problemas. Lembra-se do que aconteceu a Pedro quando ele fez isso? A mesma coisa nos acontecerá a menos que finquemos nossos dentes em Suas promessas de satisfazer nossas necessidades. “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4:19). “Eis que eu sou*o Senhor, o Deus de todos os viventes; acaso haveria cousa demasiadamente maravilhosa para mim?" (Jeremias 32:27). Se retirarmos de Cristo nossos olhos de confiança e os concentrarmos em nossos problemas, mesmo com a boa intenção de nós mesmos lidarmos com eles, começaremos a 208 afundar-nos em desespero e derrota.


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FÉ, A CHAVE Você pode estar dizendo para si mesmo: "Isso soa boni­ to, Hal — agora, tudo de que preciso é fé suficiente para crer que daria resultado comigo". Você está morto! A fé é, realmente, a chave para apro­ priar-nos de tudo quanto o Senhor já proveu para nós. Por este motivo. Satanás tentará confundir-nos sobre o que é a fé e como ela opera. Quando começamos a aprender a respeito de todos os nossos bens e armadura espirituais com os quais viver para Deus, Satanás entrará e cochichará exatamente o que você estava pensando: "Todas as provisões de Deus são mara­ vilhosas. Que extraordinário não seria se eu apenas tivesse fé suficiente para usá-las!" QUE QUANTIDADE É SUFICIENTE? Uma vez que Satanás nos leva a pensar na fé em termos de quantidade, estamos perdidos. Dizer "Gostaria de ter mais fé" é refletir um conceito errôneo fundamental do que é a fé. Fé responsabilidade: minha resposta à capacidade de Deus. É tão simples! Na fé biblica. é o objeto da fé que lhe dá seu poder. Jesus disse que se tivéssemos tão pequena fé como um grão de mostarda, se depositada Nele, poderiamos remover mon­ tanhas. Não há poder na fé. Q poder está em Jesus. A fé é semelhante è visão ocular. Deve haver um objeto a fim de que ocorra a visão. A fé precisa ter um objeto a fim de que o poder ocorra, e esse objeto é Cristo e o que Ele proveu para nós na cruz. É tão triste ouvir cristãos rogando a Deus mais fé. Todo cristão tem fé na proporção 20/20. Sem dúvida, alguns vêem a Deus mais claramente do que outros, mas isso é porque eles se mudaram para mais perto Dele, o objeto de sua fé. Se você está a uma distância de cem quilômetros de uma montanha, ela lhe será obscura e indistinta. Você pode conhecer um bocado de fatos a respeito dessa montanha, porém ela nunca aumentará em volume enquanto você não se mudar para mais perto dela. Simplesmente não podemos responder à grande capaci­ dade de Deus de satisfazer nossas necessidades enquanto não o conhecermos de um modo mais íntimo e não desco


brirmos acerca das provisões que Ele fez para que Seus filhos vivam neste mundo hoje. O SALTO DA FÊ Suponhamos que vocè esteja no quinto andar de um edifício em chamas. Não há meio de escapar e você está preso numa sacada. Você não pode ver o chão por causa da fumaça, mas de repente você ouve uma voz a bradar: ‘‘Pule, temos uma rede pronta para apanhá-lo!" O temor agarrou-se a seu coração. Você se encontra pensando em todas as pessoas sádicas do mundo; podia ser algum lunático excitadamente feliz lá embaixo a gritar para você. Você não tem confiança alguma nessa pessoa porque nada conhece a respeito dela. De repente você ouve outra voz. Esta lhe é familiar. Ela chama: “Filho, é o papai; pule, há uma rede aqui em­ baixo". Na força de sua confiança em seu pai e conhe­ cendo o amor que ele tem por você, você se confia a ele e salta. E o que você encontra enquanto cai através da escu­ ridão? “Por baixo de ti estende os braços eternos" (Deuteronômio 33:27).

Uma Nota de Triunfo

MANTENHA SEUS OLHOS EM CRISTO Alguma vez alguém já lhe disse que tudo o que você precisa fazer é simplesmente olhar para Jesus quando você tem um problema e isso o resolverá? Lembro-me da pri­ meira vez que alguém me disse tal coisa. Eu estava com um problema em minha vida, de modo que tentei fazer aparecer em minha mente uma imagem de Jesus, retratando minha pintura favorita Dele. Apenas me mantive pensando a respeito deste quadro. Sabe de uma coisa? Isso não pareceu ajudar-me de maneira alguma na solução de meu problema. Decidi, naquele mesmo instante, que devia haver algo mais, supõe-se, que eu precisava de me concentrar em Jesus Cristo além de Sua imagem física. Estou contente com o que me aconteceu aquela situação porque ela me obrigou a sentar-me e pensar bem no que é que se supõe eu deva olhar quando concentro minha vista em Jesus. Primeiro, devo ver que Deus me ama incondicional­ mente. Segundo, devo crer que o perdão divino de meus pecados cobre todos eles, passados, presentes e futuros, e Ele não está retendo qualquer um deles contra mim Ter210 ceiro, devo reconhecer que Deus tem um plano para minha


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vida, e Ele tomará tudo que me acontece, seja aparentemente bom ou mau, e operará tudo junto para o meu bem (Roma­ nos 8:28). E por último, devo ver que Deus é inteiramente fiel e capaz de cumprir cada promessa que me fez na Bíblia. TRIUNFO NAS PROVAÇÕES Quando você conhece esses fatos e conta com eles, então você pode relacioná los adequadamente às provações que Deus permite venham à sua vida. Você pode ver que todos eles são planejados como um meio de bênção em sua vida, e não de maldição. Quando chega a provação, você pode dizer: “Sei que Deus me ama tanto que Ele não permitiría uma só coisa atingir minha vida que não seja consistente com aquele grande amor" Visto como você chegou a saber que Deus julgou a Cristo por todos os seus pecados, você sabe que esta provação não é para desforrar-Se de você por algum pecado secreto ou castigá-lo por qualquer motivo. Deus já castigou a Cristo por todos os seus pecados. Sempre que uma provação ou uma verdadeira tragédia acontecer em sua vida, se você sabe que Deus tem um plano total e Ele está ajustando esta situação num padrão de benefícios para você, então você pode louvá-lo pela pro­ vação. Pode você não ver um grama de benefício na própria dificuldade, e pode não haver nenhum, porém Deus empenhou-Se inalteravelmente em transformá-lo na maior bênção possível em sua vida. Caso a provação não tivesse acontecido a você, você teria sido defraudado de um raro privilégio de bênção especial de Deus. É O SEU DEUS PEQUENO DEMAIS? A medida que cresce nossa compreensão de todas essas provisões maravilhosas que Deus fez para nossas neces­ sidades, começamos a ver Deus maior do que nossos pro­ blemas. Se as dificuldades de nossa vida ainda parecem demasiadas para Deus controlar, então nosso Deus é pe­ queno demais para nós. Uma vez que vemos que o problema não é quanta fé nós temos, mas ao contrário, quão fiel, digno de confiança e poderoso é Jesus, então estamos prontos para as principais alianças da vida cristã. Quando tomamos qualquer que seja a fé que temos no momento, seja pequena ou grande, e a de­ positamos no Senhor Jesus Cristo, ela libera Seu poder para operar por nosso intermédio e a nosso favor. 211


Se as provisões de Deus para mim estivessem sempre um bocadinho além do alcance de minha fé, que benefício ••criam para mim todos esses bens espirituais? Como pode ria eu crescer? Seria como balançar uma cenoura na frente de um burro para fazê-lo mover-se. Podia resultar em algu­ ma semelhança de progresso, mas a expensas de frustração total. Longe de as ricas bênçãos de Deus sempre estarem pouco além de nossa fé, a Escritura diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestes em Cristo../' (Efésios 1:3). A vitória sobre a carne, o mundo e o diabo é nossa - agora. PODER VERSUS AUTORIDADE

Uma Nota de Triunfo

Muito se disse neste livro sobre o poder que opera no crente mediante o Espirito Santo. Mas até agora, nada real­ mente foi exposto sobre a autoridade que nos está dispo nível. Na realidade, pouco parece estar dito em qualquer parte do mundo cristão a respeito desta verdade decisiva. Entretanto, quanto se trata de lidar com os ataques dos demônios e de Satanás, não há outro bem espiritual mais importante para se compreender e apropriar. Talvez você pergunte: “Qual é a diferença entre poder e autoridade na vida cristã?" -----HT urna grande dose de diferença. No grego do Novo Testamento usam-se consístentemente Huas palavras para os nois conceitos. A palavra “dunamis” se usa para descrever c poder do EspTriTõ^SãriTõ" que opera "no cristão/ A palavra “exousia” se usa para descrever autoridade. Infelizmente os tradutores nem sempre" são consistentes em traduzir “exousia" para a palavra portuguesa, autoridade. VExousia", ou autoridade, significa poder delegado. 6 Dr. b\ Huegel. grande teólogo cristão e amigo, contou-me uma estória que ilustra a diferença desses dois con­ ceitos. Estávamos sentados perto do grande bulevar da Ci­ dade do México, a Avenida Reforma, e discutindo a autori­ dade do crente sobre o mundo demoníaco quando ele rela­ tou sua estória. Ele falou de um grupo de escoteiros mexicanos que ten­ tavam atravessar a Avenida Reforma na hora em que o tráfego é mais movimentado. Eles cruzaram até à metade da larga rua e se abrigaram no passeio que há no centro 212 da rua. No canto do passeio havia um pedestal especial onde


S atan ás está V iv o e A tiv o n o P la n eta T erra

ficava o guarda de trânsito para dirigir o tráfego. Os rapa zes vigiavam quando o guarda de trânsito erguesse o braço direito e todos os possantes automóveis em alta velocidade rangeriam os freios a fim de parar. Na Cidade do México esse pedestal é um lugar de auto ridade, e todos os motoristas o conhecem. Por esse tempo ocorreu um ligeiro acidente ali perto e o guarda deixou o seu posto para investigar. Enquanto o guarda discutia com os motoristas, um dos escoteiros subiu no pedestal e ergueu a mão direita. Instantaneamente os carros começaram a brecar a fim de parar. Veja, os mo­ toristas reconheceram que o rapaz estava no lugar de auto­ ridade e que todo o poder do governo mexicano apoiava aque­ le que estava no pedestal. Suponha que o rapaz tivesse tentado fisicamente parar um daqueles possantes automóveis. Teria sido um caso de opor sua força contra a força do carro, e você pode adivi­ nhar quem seria o perdedor. É isto que acontece quando tentamos lidar com o diabo em nossa própria força. Fica­ mos arrasados! Mas os motoristas tinham de parar, mesmo quando um rapazinho estava no lugar de autoridade porque todo o poder do governo do México era invocado com o simples movimento de sua mão direita. 0 mesmo princípio se aplica a nós quando reconhecemos nosso lugar de autoridade e o assumimos. Só que em nosso caso, todo o poder de Deus está atrás de nós, e mesmo Sata­ nás tem de respeitá lo e recuar. Exercer autoridade é operar no reino do poder delegado. A grandeza da autoridade é proporcional à grandeza do pocTer daquele que o delega. TTo caso da autoridade do crente, atrás dele está o maior poder do universo, o próprio Jesus Cristo. Ele disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mateus 28:18). AUTORIDADE DE CRISTO A maioria dos cristãos tem um vago conceito do poder e autoridade de Cristo, mas a maioria não é capaz de dizer exatamente como Ele obteve Sua autoridade e como ela se relaciona a eles. Não posso pensar em outra verdade que tenha sido mais fundamental a toda a compreensão que tenho da obra de Deus em minha vida do que a verdade da vitória de Cristo sobre Satanás. É impossível avaliar sua posição de vitória 213


Uma Nota de Triunfo

em Cristo enquanto você não souber como Ele conquistou a vitória sobre seus três grandes inimigos — o mundo, a carne e o diabo. Em numerosos lugares do Novo Testamento Paulo deixa claro como crista! o plano de Deus para sujeitar todos os poderes hostis a Cristo e aos que crêem Nele. Há três palavras que resumem a aquisição de autoridade de Cristo para Si mesmo e para nós: crucificado, ressurreto e assunto. Se você não entendesse outros conceitos da Biblia senão essas três palavras, você saberia o suficiente para viver diariamente uma vida cristã vitoriosa. CRUCIFICADO Quando Cristo pendia na cruz com nossos pecados sobre Si, Ele não estava apenas suportando nosso pecado e sua conseqüência de morte, mas realmente estávamos pendura­ dos lá na cruz com Ele. Esta completa união com Cristo é a incrível verdade que Paulo quer que compreendamos no capítulo seis de Romanos. Quando Deus derramou toda Sua ira e juízo sobre nos­ sos pecados, Ele não somente julgou a Cristo com a culpa de nossos pecados, mas Ele nos julgou também. Quando Cristo experimen.ou a ferroada final do pecado, a morte. nós morremos também Muitas vezes tenho imaginado a histérica alegria que deve ter dominado o inferno à medida que se divulgava a notícia da morte do Filho de Deus Não percebendo que a morte de Cristo era o último prego colocado em seu ataúde. Satanás erradamente aplaudia Sua crucificação. Como você sabe. muití-* vezes na vida de Jesus, Sata­ nás tentou induzir Jesus a pecar, de modo que Ele ficasse vulnerável à conseqüência do pecado, a morte. Quando ele viu Jesus assumir os pecados da humanidade e depois volun tariarhente morrer por causa desses pecados, Satanás pensou que finalmente ele havia vencido em seu conflito com Deus. Habilidosamente ele-havia conseguido que o primeiro homem perfeito de Deus, Adão, pecasse e agora o segundo “Adão" de Deus, Jesus Cristo, o Perfeito, também estava suportando pecado e morte Deve ter havido uma celebração selvagem entre Sata­ nás e suas hordas de demônios durante aqueles três dias e três noites — um verdadeiro fim de semana perdido. Mas 214 depois caiu sobre as forças de Satanás um silêncio solene e


mortal quando esses seres atônitos observaram a maior exi­ bição de poder que já foi desencadeada das mãos do Deus Todo poderoso. O Filho de Deus estava ressurreto dos mortos! E também nós! PODER DE RESSURREIÇÃO

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“Onde está, ó morte, a tua vitória? onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (I Coríntios 15:55). A derrota de Satanás estava selada! Com a ressurreição de Jesus, Satanás perdeu para sempre sua autoridade sobre a humanidade de Jesus e sobre todos quantos alegam união com Ele. Imagine só a humilhação que Satanás deve ter sofrido diante de seus seguidores rebeldes. Longe de ser o ven­ cedor, ele se tornou o vencido: ele e suas hordas eram os cativos no cortejo de vitória do triunfante Jesus. Paulo nos diz que “(Ele, Cristo) despojando os principa­ dos e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:15). Quando Jesus despojou Satanás e seus demônios de sua autoridade, essa vitória era nossa. Na mente de Satanás, não somente Jesus é o conquistador; são-no, também, aque­ les que estão em Cristo. Satanás sabe que ele não tem direito legal a qualquer terreno na vida do crente, mas se ele puder impedir-nos de descobrir esta verdade, ele terá obtido êxito em nossas vidas. Diz-nos a Bíblia que Jesus “despojou” aqueles poderes inimigos. É exatamente isso que significa. Satanás é como um bulldog desdentado. Ele pode rosnar e intimidar, mas não tem autoridade para sustentar suas ameaças à vida do crente. Se não sabemos disto, ou se não cremos, embora nós lhe permitamos que nos intimide, ele é mestre nisso. Ele gosta de ver os cristãos acovardados ou correr de medo dele. Muitas pessoas pensam que Deus e Satanás estão em posições opostas, porém são iguais em poder e autoridade. Nada poderia estar mais distante da verdade. Satanás é um inimigo vencido. Mas ele está vivo e em forma, e é um mestre de blefe, ameaça, intimidação, acusação e tentação. O crente que não conhece esta completa identificação com Cristo em Sua crucificação e ressurreição e não conta com ela, é um objetivo de primeira ordem para esses ataques ardilosos de Satanás. 215


IJma Nota de Triunfo

ASCENSÃO COM CRISTO Eu disse que há três palavras que abrangem a posição de autoridade de Cristo sobre Satanás. Já vimos em poucas palavras o que a crucificação e ressurreição de Jesus fize­ ram às hostes do inferno. A culminância de todo o plano redentor de Deus era colocar Cristo no- trono à Sua mão direita, colocando os inimigos de Cristo para sempre sob Seus pés. Qualquer ini­ migo de Cristo é nosso inimigo, e quem for colocado sob os pés de Cristo está colocado sob os nossos também, por­ que "somos membros do seu corpo" (Efésios 5:30). Devido à minha total identificação com Cristo na mente de Deus. tudo quanto for verdadeiro em se tratando de Cristo é verdadeiro em se tratando de mim. Cristo agora está assentado em Seu trono no céu à des­ tra de Deus. o centro do maior poder e autoridade em todo o universo. E estamos assentados ali com Ele, Ele nos delegou o uso da mesma autoridade que Ele tem e o poder de usá-la sobre nossos inimigos mútuos enquanto estamos aqui na Terra Não é fantástico? Deus lidou tão completamente comigo, o pecador, e meus pecados, que Ele já me fez sentar nos lugares celestiais com Cristo. Posso estar no Brasil neste exato momento, mas também estou sentado nos lugares celes­ tiais. Não tenho de esperar até que eu morra e vá para o céu antes que isto se torne verdadeiro quanto a mim. REIVINDICANDO NOSSOS DIREITOS LEGAIS Essas verdades que expus aqui são os direitos "legais" de todo filho de Deus. Esses fatos legais foram para sempre estabelecidos no "Tribunal Divino da Divindade" em eras passadas. Nada pode anulá-los, e a única coisa que pode impedir um crente de exercer seu poder e autoridade em Cristo é sua ignorância dessas verdades ou sua recusa de crer nelas. Em Efésios 1:18-23 e 2:4-7 Paulo insta ardentemente conosco para vermos qual é nossa tremenda herança como filhos de Deus. Deus também não nos está oferecendo “uma torta no céu, no porvir". Cada tempo de cada verbo que Paulo emprega acentua nossa posição divina agora. "Iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos, e qual a suprema grandeza 216 do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia


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da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressusci­ tando-o dentre os mortos, e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio (esses se referem aos poderes de Satanás), e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pós todas as cousas debaixo dos seus pés e, para ser o cabeça sobre todas as cousas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo .. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus." O MARAVILHOSO NOME DE JESUS "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2:9-11). Há mais poder no nome “Jesus" do que em qualquer outra palavra proferida pelos lábios de Deus ou do homem. Quando usamos Seu nome em oração, Deus o Pai conhe­ ce tudo o que esse nome abrange e as riquezas que ele tornou disponiveis àquele que o usa com fé. Quando declaramos esse maravilhoso nome ao contar as boas novas da salvação às pessoas em nossos dias, e quando elas crêem no que esse nome fez por elas, elas se voltam das trevas para a luz. Porém há um reino de existência espiritual mais cônscio do poder que há nesse nome do que qualquer outra esfe­ ra, e esse é o domínio de Satanás. Quando o crente, sabendo que está sentado na posição de autoridade em Cristo nos lugares celestiais, usa esse nome sobre Satanás ou demônios, eles devem recuar. Eles ficam terrificados diante de Seu nome porque ele representa para eles sua humilhante derrota em face da ressurreição de Jesus. UMA, PALAVRA AOS SÁBIOS 0 uso do nome de Jesus também lembra ao crente que a vitória de Cristo foi que Ele conquistou Satanás; somo9 217


Uma Nota

de Triunfo

conquistadores somente pur causa Dele. Se ousarmos sair de trás da cruz de Cristo e tentarmos combater a Satanás com nossas próprias forças, já perdemos. Tenho visto crentes zelosos obter esta nova autoridade em Cristo e andar bem por algum tempo. Depois começam a envaidecer-sè de poder, e não demora muito tempo estão mandando Satanás fazer isto e mais aquilo e ingenuamente mandando os demônios sair das vidas dos cristãos. Satanás “revolve se no chão, faz de conta que está morto" nas pri­ meiras vezes que tentamos isto simplesmente para nos es­ magar com nosso grande e novo poder, mas ele esperará por nós. E uma vez que nos convencemos de que somos seus vencedores, é apenas uma questão de tempo antes que estejamos estendidos de costas no chão, olhando para cima c querendo saber o que foi que nos derrubou. Jesus é o vitorioso, e à medida que permanecemos Nele e sacamos contra Seu poder e contamos com Sua vitória, Ele no-los delegará. Se ousamos sacar contra nosso próprio poder e autoridade, não seremos adversários para Satanás. O único lugar de segurança é o próprio trono celestial. Ele está localizado "acima" do campo inimigo, e enquanto istivermos mentalmente morando ali, não podemos ser tocados. Satanás empregará todo truque possível para fazer-nos descer dos lugares celestiais e nós mesmos lidarmos com ele. Mas se estivermos andando no Espirito, nossas vidas diárias normais serão vividas com a consciência de que es­ tamos sentados com Cristo em Sua posição de autoridade e poder VIVO E MUITO ATIVO O mundo está gemendo com seus problemas. Os cora­ ções estão chorando por causa de suas necessidades. Como pode alguém aguentar viver hoje sem Cristo? Se você O conhece, seu próprio ser sofre por aqueles que não O conhecem? Se você O conhece, está vivendo com uma nota de triunfo? Cada manhã, quando acordamos para o novo dia que Deus nos concedeu, temos de vestir nossa armadura e tomar nosso assento com Cristo, Precisamos lembrar-nos de que temos vitória sobre o mundo, a carne e o diabo mediante a obra de Cristo a nosso favor Pessoalmente, reafirmo a entrega de minha vida a Jesus e autorizo o Espirito Santo -18 a controlar-me momento após momento


À medida que o dia avança e o mundo começa a pres­ sionar, se eu fracasso espiritualmente, considero o proble­ ma com meu compreensivo Pai Celestial, admitindo livre­ mente o que fiz Então Ele me reassegura Seu amor e aceitação. Se prejudiquei outras pessoas, procuro pôr me de acordo com elas. Uma das maiores bênçãos que tenho experimentado continuamente é permitir que .Jesus leve minha carga de “autocondenação" e culpa Esta verdade sozinha tem feito mais para libertar me das garras de Satanás do que qual­ quer outro conceito que Deus me haja ensinado. Que tempo para estarmos vivos! Podemos ver “os prin cipados e potestades. os dominadores deste mundo tenebro­ so" engolfando o planeta Terra, mas podemos ter a autori­ dade de Cristo, o poder de Cristo para produzir vitória. Diga isso ao mundo! Possa Deus usar essas verdades libertadoras para tra­ zer nova liberdade à sua vida, nova esperança para o futu­ ro. Lembre-se de nosso grito de vitória que Jesus bradou da cruz — “Está consumado!" Tetelestai! Satanás está Vivo e Ativo no Planeta Terra 219


APÊNDICE (Ao Capítulo 13) BATISMO DO ESPÍRITO SANTO

Ouvimos muitos crentes falar a respeito do ‘'batismo do Espírito”, e seus proponentes fazem muitas alegações a seu favor. Alguns procuram mostrar, a grande maioria por meio do livro dos Atos. que esta experiência conduz o cristão a uma vida dinâmica, cheia de poder. .Alguns dizem que é o verdadeiro ponto em que o Espírito Santo habita naquele que já é crente. A maioria dos aderentes acredita, contudo, que se trata de um ponto de crise na vida do cristão quando inicialmente ele entra em contacto com o poder de encher do Espírito. Na realidade, muitas vezes eles usam a frase “encher-se do Espírito" e “batismo do Espírito" intercambiavelmente. Os irmãos carismáticos e pentecostais acreditam que este “ba­ tismo" será evidenciado por falar em línguas. A questão que devemos levantar é: foi o batismo do Espírito o meio designado por Deus para dar poder aos crentes fracos? Sem tendência emocional, examinemos o que a Palavra ensina sobre este assunto. Vou limitar-me a dois aspectos desta questão: o que é o batismo do Espirito e a natureza transitória do livro de Atos. O batismo do Espírito é definido somente em um lugar da Bíblia, em I Coríntios 12:13: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado 220 beber de um só Espírito”.


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A palavra “batismo*' vem da palavra grega “baptizo”, e significa identificar totalmente uma coisa com outra. Quan­ do uma pessoa é batizada em água, é um testemunho público de sua fé que ela foi tomada pelo Espírito em salvação e unida numa união com Jesus. Isto a identifica com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição (Romanos 6). No batismo do Espírito, cada crente, no momento de sua conversão, identifica-se totalmente com Cristo em Sua mor­ te, sepultamento e ressurreição e com o corpo que é o corpo de Cristo aqui na Terra, do qual ele é a cabeça (I Coríntios 1 2 ). 0 ritual do batismo de água é um símbolo do batismo interior do Espírito, o qual já ocorreu no momento em que a pessoa nasceu de novo. A NATUREZA TRANSITÓRIA DE ATOS 0 livro de Atos nos mostra os problemas transitórios dos crentes que viviam sob a lei de Moisés. Com a concessão do Espírito Santo eles foram tirados de sob essa lei e colo­ cados sob a graça. Os primeiros crentes judeus tinham sido criados sob o sistema mosaico de adoração e ensino. Nesse ensino o Es­ pírito Santo só descia sobre determinadas pessoas para ministérios especiais. Antes da Cruz, nem todos os crentes tinham o Espírito Santo habitando neles. Também, não ti­ nham-ensinamentos de uma união de uns com os outros e com Deus que os tornariam um só corpo. Este era o misté­ rio, oculto ao mundo, que Paulo revelou em Efésios 3. Era parte do Novo Pacto que Cristo estava instituindo. No livro de Atos está presente uma situação incomum. Centenas de seguidores de Jesus e crentes nem mesmo esta vam cônscios de que Ele ia mudar-lhes o modo de relacio­ nar-se com Deus unindo-os em união com Seu próprio corpo. Isto Ele ia fazer batizando cada crente e morando em cada crente com o Espírito Santo. Deus revelou esta nova verdade pela primeira vez no dia de Pentecoste quando o Espírito Santo foi derramado sobre os 120 crentes judeus pfesentes no cenáculo em Jeru­ salém (Atos 2). Depois desta doação inicial do Espírito à nação judaica, sempre que um 'judeu cria em Cristo, simul­ taneamente ele recebia o Espírito Santo e era por Ele bati­ zado em viva união com o corpo de Cristo. Em Atos 8, os crentes samaritanos meio judeus, meio gentios foram introduzidos neste novo ministério de habita­ ção e capacitação do Espírito Santo. Eram levados à união 221


Batismo do Espírito Santo 222

com os crentes judeus por meio de sua nova união com Cristo. Depois disso, sempre que os samaritanos se torna­ vam crentes, eles eram batizados com o Espirito Santo ao mesmo tempo. Em Atos 10, Cornélio, o centurião romano, e seus amigos eram gentios que experimentaram a iniciação no corpo de Cristo, a Igreja. Os crentes judeus que estavam presentes ficaram atônitos ao reconhecer que este novo relacionamento com o Espirito Santo era privilégio dos crentes gentios também. 1 Em Atos 19 havia um grupo de crentes devotos que foram convertidos pelo ministério de João Batista. Embora já fossem verdadeiros crentes no tocante a tudo que ele lhes havia ensinado sobre Jesus, eles não tinham ouvido falar que havia um Espírito Santo. Quando Paulo chegou a Éfeso, perguntou-lhes: "Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crentes?" Se eles dissessem "sim", então ele teria sabido que eles se tornaram crentes desde o Pentecoste (todos os novos crentes receberam o Espírito Santo simultaneamente com a conversão depois que ocorreu a tran­ sição no Pentecoste — Atos 2, 8, 10). Quando ele descobriu que eles ainda não tinham o Espí­ rito Santo, mas tinham sido verdadeiro^ crentes antes do Pentecoste, então ele verificou que eles tinham necessidade de uma doação inicial do Espírito Santo. Assim Paulo impôs as mãos sobre eles e eles receberam o Espírito Santo do mesmo modo que os 120 judeus em Atos 2, os sainaníanos em Atos 8, e os gentios em Atos 10. Todos os diferentes grupos étnicos de crentes agora eram iniciados na forma neotestamentária de relacionar-se com Deus mediante Seu Espírito residente e pela união com Ele. Desse ponto em diante, todos os crentes foram batizados com o Espírito Santo no momento de sua conversão. Este é o padrão apresentado nas Epístolas. Elas supõem a transi­ ção como completa. UNIÃO COM CRISTO O ensino claro da Bíblia é que o batismo do Espírito é aquele ministério pelo qual o novo crente é unido numa união viva com Cristo e Seu corpo, a Igreja, aqui na Terra. Isto acontece a cada pessoa no momento em que crê em Cristo para salvação pessoal. Você não precisa pedi-lo ou buscá-lo; está preparado para você, pelo Espirito Santo, como parte da salvação.


Satanás está Vivo e Ativo no Planeta Terra

Não tem de ser evidenciado pelo falar em linguas por­ que não há evidência bíblica ou histórica de que as línguas fossem manifestação erigida deste batismo. Creio que a confusão surgiu com relação a esta expres­ são “batismo do Espírito” porque no livro de Atos cada vez que um grupo era inicialmente introduzido no novo relacio­ namento com o Espirito Santo havia uma manifestação de novo poder, e em diversos casos, mas não em todos, eles falavam em línguas. Todavia, não podemos usar o padrão do batismo do Es­ pírito no livro de Atos como o padrão para nosso relacio­ namento com o Espirito Santo hoje, a menos que entenda­ mos o fato de que o livro todo lida com uma transição desde o Antigo Pacto até ao Novo Pacto, da lei para a graça. É nas epístolas do Novo Testamento que encontramos nosso padrão para relacionar-nos com o Espírito Santo hoje. Repetidas vezes temos o imperativo de encher-nos do Espí­ rito, de andar no Espírito, e de andar pela fé. NUNCA se nos diz para sermos batizados com o Espírito porque Paulo sabia que todos os verdadeiros crentes já tinham sido bati­ zados pelo Espírito no momento de sua conversão. Permita-me dizê-lo de novo. O ato de encher-se do Espi rito é o meio que Deus concedeu para vivermos a vida cristã com poder. Não é opcional. É uma ordem. “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolu­ ção, mas enchei-vos do Espirito" (Efésios 5:18). Sei que as pessoas que insistem com outras para serem batizadas com o Espírito estão buscando sinceramente satis­ fazer a uma necessidade de poder na igreja, hoje. A igreja enfraqueceu-se no decorrer dos séculos e há uma grande necessidade de revitalização. Contudo, devemos ser doutrinariamente corretos naquilo que ensinamos. Muitos cristãos que se acham desesperada­ mente em necessidade de poder do Espirito não comprarão a mensagem tencionada pela expressão “batismo do Espí­ rito”, porque sabem que a expressão é uma aplicação ina dequada de uma doutrina bíblica e válida. Infelizmente, todo o conceito de estar cheio do Espirito redundou em má reputação e confusão para alguns por causa daqueles que aplicaram reivindicações excessivas e sem base bíblica ao que eles chamam de "batismo do Espirito”. Isto tem fechado a mente de muitos que decididamente precisam de encher se do Espírito e experimentar o que é andar Nele momento após momento. Há somente uma pessoa que sai ganhando neste tipo de confusão — Satanás! 223


REFERÊNCIAS

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224

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11. 12. 13. 14 15. 16. 17. 18. IV. 20. 21. 22.

Los Angeles Times, 31 de outubro de 1971. McCandlish Phillips, The Bible, The Supernatural and The Jews (New York: World Publishing Co., 1970). Advanced Organization of Los Angeles, Advance, Publicação *1, Volume 1. A Igreja da Cientologia da Califórnia, The Auditor, n.° 61. Ibid. Life, 15 de novembro de 1969 Ibid. West, suplemento de Los Angeles Times, 25 de abril de 1971. Rapbaei Gasson, The Challenging Counterfeit (Plainfieid, N. J.: Logos International, 1966). Ostrander & Schroeder, Psychic Discoveries Behind the Iron Curlain (Englewood Cliffs, N 1: Prentice-Hall, 1971). Ibid Today's Health, novembro de 1970.

CAPÍTULO 3 1. Merrill F. Unger, Introductory Guide to the Old Testament (Grand Rapids, Mich.: Zondervan Publishing House, 1956). 2. New York Times Magazine, 1." de junho de 1969. 3. Hal Lindsey com C. C. Carlson, A Agonia do Grande Planeta Terra (Editora Mundo Cristão, São Paulo, SP. 1973) CAPITULO 4 1. Donald Barnhouse, The Invisible War (Grand Rapids, Mich.: Zon­ dervan Publishing House. 1965), 2 Ibid. CAPÍTULO 5 1. Albert C. Wedemeyer, Wedemeyer Reports (Henry Holt and Co., 1958). 2. William Arndt & F. Wilbur Gingrich, A Greek-English Lezicon of the New Testament (Chicago: University of Chicago Press, 1959). 3. Phillips, J. B., Cartas às Igrejas Novas (Edição Vida Nova, São Paulo, 2 ; ed., 1972). 4. Barnhouse, The Invisible War. 5. Francis Schaeffer. The God Who Is There (Chicago: Imer-Varsity Press, 1968). CAPITULO 6 1. Los Angeles Times, 8 de novembro de 1971. 2. Maurice Merleau Ponty, The Structure of Behavior (Boston: Beacon Press, 1963), 3. Lincoln Library (The Frontier Press Co., 1970). 4. Soren Kierkegaard, Fear and Trembling (1843). 5. Cleon Skousen, The Naked Communist (Salt Lake City, Utah: Ensign Publishing Co., 1961). 6. J. Edgar Hoover, Maaters of Deceit (New York: Holt, Rinehart & Winston, Inc., 1958).

225


7. 8. 9 lí) II 1? 13. 14. 15 16. 17. 18. 19.

Lincoln Library . Desmond Morris, The Naked Ape (New York: McGraw-Hill, 1969) Dr. A. A. Brill, The Basic Writings of Sigmund Freud íNew York Rondon House, 1938), Franz Alexander, Fundamentais of Psychoanalvsis (New York: W W Norton & Co., 1948). Sigmund Freud, A General Inrroduction to Psychnanalysis(Garden City, N Y.: Garden City Publishing Co, 1943). Boris Sokoloff. The Permissive Society (New Rochelle, N Y.: Arlington House, 1971) Ibid. Time, 24 de abril de 1972. U. S, News and World Repon, 24 de abril de 1972. Ibid. James Kilpatnck, Los Angeles Times, 21 de abril de 1972. William L. Shirer, The Rise and Fali of the Third Reich (New York: Simcm & Schusrer, 1960). Ibid

CAPÍTULO 7 1. Time, 30 de setembro de 1971. 2. Ibid. 3 Prof. Dennis L. Meadows, A Repon for the Club of Rome Project on the Predicament of Manking (New York Universe Books, 1972). 4. Sokoloff, The Permissive Sociery. 5. Lewis Aiesen, Mental Robots (Canon Printers, Ltd , 1957). 6 International Socialist Review, Inverno, 1960. 7 Erich Fromm, do prefácio de SummerhiU, de A. S. Neills (New York: Hart Publishing Co., 1960) 8. Ibid. 9 Ibid 10. Bertrand Russell, New Hopes for a Changing World (New York: Simon & Schustcr, 1951). 11. H. G. Wells. The New World Ordcr (New York: Alfred Knopf, 1940). 12. D. Talbot Rice. Teach Yourself to Study Art (Londres: The English Universities, Ltd ). 13. Calvin Tomkins, The Bride and the Bachelors (New York Viking Press, 1965). 14. H. R. Rookmaaker, Modernd Art and the Death of Culture (Lon­ dres: Intervarsity Press, 1970). 15. Los Angeles Times. 7 de janeiro dc 1972. 16. Time, 20 de setembro de 1971 17. Santa Ana Register, 27 de março de 1968 18. U.S. News and World Repon, 22 de maio de 1967. 19. U.S. News and World Repon, 3 de fevereiro de 1969. 20 H .G. Wells, New World Order

226

CAPÍTULO 8 1. Jeane Dixon, The Call to Glory (New York: William Morrow & Company, 1972, p. 42 2. Ibid., p. 43. 3. Ibid., p. 175.


4 5 h 7 S l(i

Ibid., p. 24 Ibid.. p. 23 Jenne Dixon, My Life and Praphecies (New York: William Morrnw & Campany, 1969), p. 10 Ibid., p 54 Ibid., p 62 Kurt Koch, Beiween Cbrisi and Satan (Grand Rapids, Micn.. Krcgel Publicatians, 1970) Dixon. My Life and Propheeies p 26

CAPITULO 9 1 Delphine Lvons, Everyday Wiichcraft (New York: Dell Publishin^ Co., 1972), 2 Koch. Beiween Chrisi and Satan. 3 Jesse Penn Lewis, War on lhe Sainis (Bournemouth, Inglaterrj: The Overcomer Book Room, 1912). CAPITULO lü 1. Merrill F. Unger, Demons in the World Today (Wheaton, 111: Tyndale Home. 1971). 2. Ibid. 3 Ibid. 4 Ibid. 5 Jesse Pcnn Lewis, War on the Sainis CAPÍTULO 11 1 Los Angeles Times, 14 de abril de 1972. 2 Ibid CAPÍTULO 14 Referências: 1 Coríntios 12:13; Romanos 6; Colossenses 3:1-15; Efésios 1:15; 2 10; 3:14-21; Gaiatas 2:20; 3:26-27.

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P A R A S U A E D lM C A Ç Ã O FSP 1 R IT U A L L E IA E S T E S L IV R O S D A

EDITORA MUNDO CRISTÃO

C A I X A P O S T A L 2 1 .2 5 7 —

04698 —

SÃO PAULO —

SP

A B ÍB L IA V IV A A B íb lia c m lin g u a g e m s im p lif ic a d a e f á c il d e s e r e n t e n d id a p o r io d o s . M a is d c 3 0 m i­ lh õ e s d e e x e m p la r e s já f o r a m v e n d id o s n o m u n d o . E n c a d e rn a d a e em b ro c h u ra . S É R I E A . W . T O 7 .F .R O C A M I N H O D O P O D E R E S P I R I T U A L ........................................................................ A.W. Tozer O q u e f a lt a p a r a a t i n g i r m o s o n í v e l d e e s p i r i t u a l i d a d e q u e d e s e j a m o s o u u m a v i v a m e n i o ? A C O N Q U I S T A D I V I N A ........................................................................................................... A.W. A n e c e s s id a d e d e te r C r i s t o c o m o S e n h o t n a v id a .

Tozer

D E D E U S E O H O M E M .............................................................................................................. . 4 . H : Tozer M e n s a g e n s p e n e tra n te s s o b re a r e la ç ã o e n tre D e u s c o h o m e m . S e rá q u e v o c ê é o h o m e m a q u e m E le p r o c u r a ? E S S E C R I S T Ã O I N C R Í V E I ........................................................................................................ A.W. Tozer In s t r u ç õ e s p a r a o c r is t ã o q u e d e s e ja — d c c o r a ç ã o — a p r e n d e r a s e g u ir e c o n h e c e r a S e n h o r. H O M E M : H A B I T A Ç Ã O D E D E U S ..................................................................................... A.W. Tozer O a u t o r tra ta d o p r o f u n d o r e la c io n a m e n to e n tre D e u s c o h o m e m , e a s r iq u e z a s d e S u a g ra ç a p a ra o c re n te . M A I S P E R T O D E D E U S ........................................................................................................... A.W. Tozer O s a t r ib u t o s d e D e u s c o s s e u s s ig n if ic a d o s n a v id a c r is t ã . P a ra a q u e la s p e s s o a s q u e q u e ­ r e m u m r e l a c i o n a m e n t o m a is p r o f u n d o c o m D e u s . P e l o m e s m o a u t o r : O Camtnho do P o­

O

der Espiritual, A C onquista Divina, D e Deus e o Homem, Esse Cristão Incrível. O M e­ lhor de A. W, Tozer, O Poder de Deus, A Raiz dos Justos. M E L H O R D E A . W . T O Z E R ................................................................................................. A.W. Tozer S e le ç õ e s p r e d ile t a s d o s l i v r o s d e u m p r o f e t a d e h o je

O P O D E R D E D E U S ..................................................................................................................... A.W. S e rá q u e c o m p r e e n d e m o s r e a lm e n t c o q u e é o p o d e r d e D e u s ?

Tozer

A R A I Z D O S J U S T O S ................................................................................................................... A.W. A p r o c u r a d e u m a v i d a m a is f r u t í f e r a d i a n t e d e D e u s .

Tozer

V ID A C R IS T Ã A A G O N I A D O G R A N D E P L A N E T A T E R R A .......................................................... H al U m a a n á lis e d a s p r o f e c ia s b íb lic a s s o b r e o fim d o m u n d o !

Lindsev

O S A N O S 80: C O N T A G E M R E G R E S S IV A P A R A O J U Í Z O F I N A L .......................................................................................................................... H al Lindsev C o m o o s a c o n t e c im e n t o s m u n d ia is h o je e m d ia e s tã o c u m p r in d o a s p r o f e c ia s d a B íb lia s o b r e o fim d o m u n d o . U m l i v r o a t u a l! C O N H E C E N D O A V O N T A D E D E D E U S ................................................................... Blaine Smith O a u t o r e s c la r e c e o s p r i n c í p i o s b íb lic o s d c o r ie n t a ç ã o p a r a a s u a v id a . A j u d a p r á t ic a d e c o m o a c h a r a v o n ta d e d e D e u s. A C U R A D A S M E M Ó R I A S .................................................... ................................... D avid Seam ands H á e s p e r a n ç a p a r a a q u e le s q u e s o f r e m p o r c a u s a d o p a s s a d o . A s m e m ó r ia s t r a u m á t ic a s d a in f â n c ia p o d e m s e r c u r a d a s U m l i v r o id e a l p a r a t o d o c o n s e lh e ir o .


( ) D E S A F I O D E S E R S O I . T E I R A ........................................................................ Margaret Clarkson N e s te l iv r o in t im o , a a u to r a a f ir m a q u e s e r s o lt e ir a n ã o é c a s t ig o ; p o d e s e r a te u m a g r a n ­ d e b e n ç ã o . S u a m e n s a g e m f r a n c a c r e a lis t a s e r v ir á d e in s p ir a ç ã o p a r a o s s o lt e ir o s . D I N H E I R O , S E X O E P O D E R ..................................................................................... Rtchard J. Fosier U m l i v r o re c e n te d e e n o r m e s u c e s s o n o e x t e r io r . ( ) a u t o r d is c u t e o d e s a f io d a d is c ip lin a c r i s t ã . D o m e s m o a u t o r d e Celebração üu Disciplina. E . N F R E N i A N D O A M O R I E ............................................................................................... Joseph Baylv E s t e l i v r o d á -lh e u m a o r ie n t a ç ã o v a lio s a d c c o m o c o n f o r t a r e a ju d a r a lg u é m q u e e s tá d c lu t o . G U L A D O C R I S T Ã O ........................................................................................................... Kenneth Taylor D e p o is d e t o r n a r -s e c r is t ã , q u e d e v e u m a p e s s o a ía / e r ? U m g u ia d e t a lh a d o s o b r e o s p r i ­ m e ir o s p a s s o s d o n o v o c r is t ã o . H Á V I T Ó R I A E M C R I S T O ......................................................................................... Charles Trumbull P a r a q u e m e s tá -s e s e n t in d o d e r r o t a d o , o a u t o r ir a / u m a m e n s a g e m p o d e r o s a d e c o m o c o n s e g u ir a v id a c r is t ã v it o r io s a . A I G R E J A , C O R P O V I V O D E C R I S T O ...................................................................... Ray Stedm an M o s t r a c o m o C r i s t o e s tá t r a b a l h a n d o a t r a v é s d a i g r e j a p a r a a l c a n ç a r S e u s o b j e t i v o s . C a d a c re m e p o d e d e s c o b r ir s e u d o m e s p ir it u a l. M A N Á N O D E S E R T O ........................................................................................................... K.P. Guedelha L e it u r a s d iá r ia s p a r a m e d it a ç ã o e r e f le x ã o . E s c r i t o d e f o r m a p r á t ic a , e s p e c ia lm e n t e p a r a o le it o r b r a s ile ir o . M I S S Õ E S T R A N S C U L T U R A I S .....................................................................................................................

Uma Perspectiva Bíblica, Histórica, Cultural e Estratégica. O g r a n d e d e s a f io d a ta re fa m is s io n á r ia . U m a a n t o lo g ia d e a r t ig o s

e s c r it o s p o r m is s ió lo g o s d e d i v e r s o s p a ís e s . U m a c o l e ç ã o i n d i s p e n s á v e l . E m 4 v o l u m e s . P R E D E S T I N A Ç Ã O E U \ R E - A R B Í T R I O ....................................................... Basinger/fíasm ger Q u a t r o e n s a io s s o b r e e s te t e m a p o lê m ic o . U m d e b a t e lit e r á r io , n o q u a l o s q u a t r o c o l a ­ b o r a d o r e s a p r e s e n t a m s u a s id é ia s e r e s p o n d e m à s o p in iõ e s d o s o u t r o s . R A Z Ã O P A R A C R E R ................................................................................................................ R.C. Sproul U m liv r o p a ra a te u s , a g n ó s t ic o s , e c re n te s q u e n ã o s a b e m p o r q u e c rê e m . O a u to r d e f in e a l ó g i c a d a fé c r i s t ã . R E V O L U Ç Ã O N O D I S C I P U L A D O ............................................................................. Georgc Verwer U m a p e lo d o c o r a ç ã o p a r a e s t a r c o m p r o m e t id o m a is p r o f u n d a m e n ie c o m J e s u s C r i s t o . A S Ã D O U T R I N A .......................................................................................................... D w ight Peniecost U m e s t u d o d o u t r i n á r i o b a s e a d o n a s 14 p a l a v r a s m a i s i m p o r t a n t e s d a f é c r i s t ã : g r a ç a , r e ­ g e n e r a ç ã o . ju s t if ic a ç ã o , e tc . S E N H O R , F A Ç A D E M I N H A V I D A U M M I L A G R E ! ........................................ .R a yO rtlu n d O r i e n t a ç ã o p a r a e s t a b e le c e r p r i o r i d a d e s e s p i r i t u a i s q u e p o d e r ã o r e v o l u c i o n a r a s u a v i d a ! S E N H O R . T R A N S F O R M A - M E ! ........................................................................... Evelyn Christenson C o m o m u d a r s u a s a t i t u d e s , s e r r e a lm e n t e a p e s s o a q u e v o c ê g o s t a r i a d e s e r e a s s e m c l h a r -s e a C r i s t o n a s s u a s r e la ç õ e s c o m o u t r a s p e s s o a s . S E Q Ü E S T R O E M A N G O L A ............................................................ Mirian e M argarida H orvath U m d e p o im e n t o f a s c in a n t e s o b r e o s e q u e s t r o d a s d u a s m is s io n á r ia s b r a s ile ir a s n o in ic io d c 1986. U m r e la t o c o m o v e n t e s o b r e o a m o r d e C r i s t o e n tre a v io lê n c ia a f r ic a n a . S E U D E U S É P E Q U E N O D E M A I S ..................................................................................... J.B. Philips M u it o s tê m u m a id é ia d e D e u s in a d e q u a d a e r e s t r it a . E s te l i v r o d e s t r ó i o m it o d o D e u s l i m i t a d o . ( T i t u l o a n t e r i o r : Deus e Deuses.) V I V E R : D E S E S P E R O O l E S P E R A N Ç A ? ................................... Caio H á e s p e r a n ç a p a r a o c r is t ã o q u e v jv e n u m m u n d o d e c a d e n te ?

Fábio D 3A raújo Filho

V O C Ê É A I jG U È M E S P E C I A L ......................................................................... Dr. Bruce Narramore E s t e p s ic ó lo g o c r is t ã o e s c re v e o q u e a B íb lia d iz s o b re a u to -e s tim a e p o r q u e d e v e m o s n o s a c e it a r c o m o D e u s n o s fe 2.


V O C í P ( ) I ) L E X P L I C A R S l A F F . ? ..................................................................................... Paul Little R e s p o s t a s p a i a o s a s s u n l o s m a is i n q u i r i d o s p e l o s i n c r é d u l o s c a s d i h i d a s e n t r e o s c r e n ­ te s Nnva edição. F A M ÍL IA O A M O R Q L L N Ã O S E A P A G A ..................................................................................... Dr. Ed W heai P a ra c a s a is q u e d e s e ja m c o n s t r u i r u m ó l i m o c a s a m e n t o . U r n c a m p e ã o d e v e n d a s n o e x t e r io r ! C O M E Ç A R D F N O N O .......................................................................................... John e Betiv Drescher A o lo n g o d a v id a c o n ju g a l, c a d a c a s a l d e s c o b r e a s a le g r ia s c a s d e c e p ç õ e s d o c a s a m e n to . N e s te liv r o o c a s íl D r e s c h e r d e s c re v e o q u e f a r ia m d e o u t r o m o d o , se T o s s e m r e c o m e ç a r o seu c a s a m e n to . C O M O R F . A I M E N T E A M A R S E U F I L H O A D O L E S C E N T E .......... Dr. Ross C am pbell O s j o v e n s p r e c i s a m s e r a m a d o s p e l o s p a i s . S ó a s s im s e d e s e n v o l v e r ã o c o m m a t u r i d a d e e e q u il í b r i o m e n t a l. U m l i v r o p a r a o s p a is . C O M U N I C A Ç Ã O : A C H A V E P A R A O S E I C A S A M E N T O ....................... N orm an Wright M u it o s p r o b le m a s c o n ju g a is s u r g e m p o r q u e o s c ô n ju g e s n ã o se c o m u n ic a m d e m a n e ir a h o n e s t a e f r a n c a . U m ó t im o liv r o . D e v e r ia s e r lid o p o r t o d o s o s c a s a is . A C R I A N Ç A N O L A R C R I S L Ã O , ...................................................................... M argaret Jacobsen C o n s e lh o s p r á t ic o s s o b r e a s c a r a c t e r ís t ic a s d a s c r ia n ç a s c m c a d a id a d e n a s á re a s f ís ic a , e m o c io n a l, m e n ta l e e s p ir it u a l. E D I E I C A N D O L M I . A R C R I S T Ã O ...................................................................... D r Henry Brandí C o m o e s t a b e le c e r u m l a r c r i s t ã o b e m - s u c e d i d o . T r a t a d o r e l a c i o n a m e n t o e n t r e m a r i d o e m u l h e r e e n t r e p a is c f i l h o s . E L A P R E C I S A S A B E R ! ......................................................................................................... C ary Srna/ley Q u e é q u e lo d o h o m e m g o s t a r ia q u e a e s p o s a s o u b e s s e ? U m l i v r o d i r ig i d o à s m u lh e r e s , p e lo p o n t o d e v is t a m a s c u lin o . . . . E O S D O I S T O R N A M - S E l M .................................................................... Honda de A ssum pçào U m a p e r s p e c t iv a b r a s ile ir a s o b r e o c a s a m e n to b e m -s u c c d id o . I n c lu i c a p ít u lo s s o b r e á re a s c r ít ic a s d o c a s a m e n t o c o m o : p a p é is d o s c ô n ju g e s , s e x o , c o m u n ic a ç ã o , f in a n ç a s , e tc . F n . H O S F E L I Z E S ......................................................................................................... D r Ross C am pbell U m a p e r s p e c t iv a n o v a s o b re o s r e la c io n a m e n t o s e n tr e p a is e f ilh o s . E s c r it o p o r u m p s i­ q u ia t r a c r is t ã o . A M U L H E R Q L Í E Q U E R O S E R ................................................................................ Barbara Sullivan U m l i v r o e s p e c ia l q u e a b o r d a a s a p r e e n s õ e s , a s a n s i e d a d e s , a i n s e g u r a n ç a , a t i m i d e z , o d e s e jo o c u lt o d e s e r b e la e d c v a lo r iz a ç ã o p e s s o a l, p e c u lia r e s a q u a s e t o d a s a s m u lh e r e s , e m o s t r a c o m o . e m to d a s a s á re a s , a t in g ir o n e c e s s á r io e q u ilíb r io d a a u t o -im a g e m f e m in in a . Q L E B O M S E E L E S O U B E S S E ! ..................................................................................... Gary Smalley Q u a is s ã o a s c o is a s q u e t o d a m u lh e r g o s t a r ia q u e s e u m a r id o s o u b e s s e ? U m l i v r o d i r i g i ­ d o a o m a rid o . S E T E N E C E S S I D A D E S B Á S I C A S D A C R I A N Ç A ............................................. John Drescher O a u t o r la ia s o b r e : s e g u r a n ç a , v a lo r , a c e ita ç ã o , a m o r , e lo g io s , d is c ip lin a e c o n h e c e r a D e u s . S E X O E I N U M I D A D E ......................................................................................................... Dr. Ed M heai T é c n i c a s s e x u a is c s a t i s f a ç ã o f í s i c a n o c a s a m e n t o e n s t ã o . E s c r i t o p o r u m m e d i c o / s e x ó l o g o c r i s t ã o , a u t o r d e O A m or Que .\'õo Se Apaga. I l u s t r a d o . O R A ÇÃ O C O M O O R A R .................................................................................................................................. R.A. Torrey S a b e m o s q u e d e v e m o s o r a r , m a s m u i t o s p a r e c e m i n c e r t o s s o b r e como, quando e onde orai. E s t o l i v r o é a c lá s s ic a r e s p o s t a .


J E S U S . E N S I N A - N O S A O R A R ! ........................................................................... H ope M acD onatd E s t e l i v r o n o s e n s in a a o r a r d e m o d o p r a t ic o , a g r a d á v e l c a le g r e . F .x p õ e d ia u ic d e n ó s o p o t e n c ia l d a o ra ç ã o . O Q U E A C O N T E C E Q U A N D O A S M U l . H E R E S O R A M .................... Lvelyn Chnstenson O s p r i n c í p i o s d e s t e l i v r o j á l o t a m p o s t o s e m p r á t i c a p o r m i lh a r e s d e m u l h e r e s , o q u e p r o v a q u e o s e n s in o s d e s ie l i v r o f u n c io n a m ! O S E G R E D O D A O R A Ç Ã O ................................................................................ Warren e Ruíh M yers S u a s o b r e v iv ê n c ia e s p ir it u a l d e p e n d e d a s u a c o m u n ic a ç ã o c o m D e u s . N e s te liv r o , d e s c u ­ b r a a e s s ê n c ia d a o r a ç ã o e f ic a z . A D O L E S C Ê N C IA E J U V E N T U D E A D O L E S C Ê N C I A F E L I Z ! ................................................................................................. Jam es D ohson U m a e x p o s iç ã o a h e r t a , d a r a c o b je t iv a d o s p r o b le m a s e n f r e n t a d o s p e lo s a d o le s c e n te s . O S A D O L E S C E N T E S E O S E X O ....................................................................................... M ary Kehle U m t r a t a m e n t o b íb lic o m a s f r a n c o s o b r e o a s s u n to d e s e x o p a r a o s a d o le s c e n te s . E s c r it o n o n í v e l d e le s p a r a r e s p o n d e r à s s u a s p e r g u n t a s e m l i n g u a g e m f á c i l d e e n t e n d e r . A N T E S D F . D I Z E R S I M ! ......................................................................................................... Jaime K em p U m g u ia p a r a n o iv o s c s e u s c o n s e lh e ir o s . T r a ta d c a s s u n t o s c o m o : n a m o r o , c o m u n ic a ­ ç ã o , a m o r c s e x o . f in a n ç a s , lu a -d e -m e l. e tc . C O M Q U E M V O U M E C A S A R ? ............................................................................................ Luís Palau O a u to r , fa m o s o e v a n g e lis ta a r g e n t in o , e s c re v e s o h r c a lg o d e im p o r t â n c ia p a ra t o d o jo v e m D E U S E S E I ) N A M O R O .................................................................................................... Tonv C um poto C o n s e lh o s lú c id o s s o b t c a s r e s p o n s a b ilid a d e s d o jo v e m n o s r e la c io n a m e n to s r o m â n tic o s , D E U S K S U A P R O F I S S Ã O ............................................................................................... 7 b / ).v C um poto N a e s c o lh a d a s u a p r o f is s ã o , o jo v e m d e v e c o n s id e r a r s e u s e r v iç o c r is t ã o . O a u t o r a f i r ­ m a q u e i o d o c r i s t ã o d e v e c o l o c a r - s e o n d e ê m a is n e c e s s i t a d o . E N S I N A - M E S O B R E O A M O R ! .................................................................................... John Drescher C o m o é q u e o s jo v e n s p o d e r i o s a b e r a d if e r e n ç a c m r c o v e r d a d e ir o a m o r e a p a ix ã o ? J O V E N S . S E X O E O A M O R ........................................................................................ Dr. Witson Grani E m e s t i l o a g r a d á v e l e f á c i l , o a u t o i d i s c u t e a.s f a s e s q u e o j o v e m a t r a v e s s a c m s e u d e s e n ­ v o lv im e n t o s e x u a l. O S O P O S T O S S E A l R A E M ............................................................................................ John Drescher O a u t o r o fe r e c e c o n s e lh o s d e c o in o n a m o r a d o s o u p e s s o a s c a s a d a s p o d e m t ir a r p r o v e it o d a s d ife r e n ç a s d c s u a s p e r s o n a lid a d e s . S E X O . A M O R O I P A I X Ã O ? .................................................................................................... Ray Shori O a u t o r d i s c e r n e a s d i f e r e n ç a s e n i r c o p u r o a m o r e a p a i x ã o s e x u a l I m p o r t a n t e : le r an­ tes d e c a s a r - s c ! S E X O E J U V E N T U D E ................................................................................................................ t.uis E s c r i t o a o s j o v e n s p a r a q u e m o s e x o ê u m a d a s m a io r e s t e n t a ç õ e s P ê l o a u t o r d e Com

Vou M e Casar?

Palau Quem

A S T R Ê S F A C E S D O A M O R .......................................................................................... Josh M cD ow ett R a z õ e s lú c id a s p o r q u e o p la n o d c D e u s p a r a o a m o r . c a s a m e n to c s e x o é 0 m e lh o r .


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