Teoria musical

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Definição A música possui inúmeras definições. Vejamos: Música é a arte de combinar os sons de acordo com as variações de altura, ordenadas sob

as leis da estética e leis de agrupamentos sonoros. Podemos encontrar esta definição no livro da Maria Luiza de Mattos Priolli. Cada autor expressa sua idéia de maneira específica, no entanto, aconselho a você, que está iniciando seus estudos a pesquisar em outros livros, tais como: Virgínia Fiusa, Cacilda Borges Barbosa, Bohumil Med, entre outros autores. Podemos ainda, atribuir a definição de música sendo a arte de manipular artisticamente as

notas e suas expressões.

A música possui três elementos que a constitui:

Melodia: Consiste na execução de várias notas tocadas sucessivamente, ou seja, uma

após a outra, formando um sentido musical. Se compararmos a melodia com a estrutura de uma banda ou conjunto, podemos dizer que, a melodia é a parte cantada da música.

Harmonia: Consiste na execução de várias notas tocadas simultaneamente, ou

seja,ao mesmo tempo. Se compararmos a harmonia com a estrutura de uma banda ou

conjunto, podemos dizer que, é a parte que corresponde aos acordes da música feitos por um ou mais instrumentos.

Ritmo: Movimento do som regulado pela sua maior ou menor duração, ou ainda,

duração existente entre os sons, dando idéia de movimento.

Notas Os sons são representados graficamente por sinais chamados notas. São sete as notas mais usadas, vejamos:

Mi

Sol

Si

Escala Ao ouvir as notas (Dó

Ré Mi Fá Sol Lá Si) em sua ordem natural, temos uma escala crescente ou ascendente, no entanto, se escutarmos esta mesma escala em sua ordem contrária (Si Lá Sol Fá Mi Ré Dó), teremos uma escala decrescente ou descendente. A escala só estará completa se começada em sua nota de origem Dó terminada uma oitava acima também


em Dó, esta será o início da escala descendente que terminará emDó (nota de origem) Vejamos:

Pauta

É a reunião de cinco linhas paralelas formando entre si quatro espaços. A pauta é contada de baixo para cima, no entanto, ela não é suficiente para se escrever todas as notas que podemos ouvir e perceber. Faz-se necessário o uso das linhas suplementares superiores e inferiores. •

As linhas suplementeres superiores são contadas de baixo para cima.

As linhas suplementares inferiores são contadas de cima para baixo.

Quanto ao uso das linhas suplementares, não há nada que impeça o uso de mais de cinco linhas. Contudo, o mais usual são cinco linhas, isso facilita a leitura.


Claves São Figuras que são colocadas no início da pauta, servem para dar nome as notas e determinar sua altura na escala. Cada clave dá seu nome a linha em que está assinalada. São três os tipos de claves. São elas: •

Clave de Sol: Colocada na segunda linha da pauta.

Clave de Fá: Colocada na terceira e quarta linha da pauta.

Clave de Dó: Colocada na primeira, segunda, terceira e quarta linha da pauta. Segue abaixo um exemplo:



Alterações

Como o próprio nome já nos diz alguma coisa, alterações, são sinais que alteram a altura das notas naturais tanto para mais quanto para menos. São cinco as alterações mais usadas. São elas: Sustenido, dobrado-sustenido, bemol, dobrado-bemol e bequadro. Cada alteração possui uma função específica. Vejamos:

: Aumenta a nota natural em um semitom.

: Almenta a nota natural em um tom. : Reduz a nota natural em um semitom.

:Reduz a nota natural em um tom.

: Anula qualquer alteração. Este sinal pode elevar ou abaixar a entoação das notas. Vejamos as regras:


Aumenta um semitom.

Reduz um semitom.

Aumenta um tom.


Reduz um tom.

Aumenta um semitom.

Reduz um semitom.

Volta a entoação natural.

Volta a entoação natural.

Semitom Cromático e Semitom Diatônico Semitom por definição é: O menor intervalo que o ouvido humano pode perceber e classificar. O semitom é classificado de duas formas. São elas: Semitom cromático e semitom diatônico. Semitom cromático: quando formado por duas notas de mesmo nome (entoação diferente).

Semitom diatônico: quando formado por duas notas de mesmo nome (sons sucessivos).


Um tom é formado por dois semitons. Nota-se que um dos semitons é

cromático e o outro é diatônico.

Na teoria um tom divide-se em 9 pequenas partes chamadas de coma. A

diferença de comas existentes entre os semitons cromáticos e diatônicos é de um único coma. É praticamente impossível para o nosso ouvido perceber essa diferença. Entretanto, fundamentado em cálculos matemáticos, e por meios de instrumentos de acústica, os físicos provam a diferença de um coma existente entre os dois semitons : Diatônicos e Cromáticos.

Segundo os físicos o semitom cromático possui 4 comas e o diatônico possui 5

comas.

Segundo os músicos o semitom cromático possui 5 comas e o diatônico possui 4 comas.


Para eliminar essa diferença, foi estabelecido um sistema que iguala os semitons sem causar prejuízos auditivos, ficando assim, 4 comas e meio para cada

semitom. Esse sistema é chamado de Sistema Temperado e é por meio deste sistema que podemos ter um mesmo som em notas com nomes diferentes. Vejamos: Dó# igual a Réb // Ré# igual a Mib. Assim por diante. São instrumentos temperados ou de sons fixos: Piano, violão, guitarra, harpa, entre outros. São instrumentos não temperados aqueles que não possui sons fixos, são eles: violino, viola, violoncelo entre outros.

Compasso Simples - Definição


Um compasso simples é identificado da seguinte forma: Sua unidade de tempo será preenchida por figuras divisíveis por dois e não terá figuras pontuadas. Unidade de Tempo: A unidade de tempo dos compassos simples é preenchida pelos seguintes números: 1, 2, 8, 16, 32 e 64. Unidade de Compasso: A unidade de compasso dos compassos simples é preenchida pelos seguintes números: e 4.

Os compassos dividem-se em: simples e compostos. Para que as figuras tenham valor determinado, faz-se necessário o uso de compassos. Ele determina espaço de duração do som ao qual chamaremos de tempo. Assim, se tomarmos a semibreve como figura maior valor, logo teremos uma divisão correspondente a ela. Vejamos:

Tom e Semitom Tom, por definição é: A distância existente entre dois sons, formados por dois semitons ou a soma de dois semitons. Vejamos:

Semitom, por definição é: O menor intervalo que o ouvido humano pode perceber e classificar. Vejamos:


Escala Diatônica É uma sucessão de 8 sons conjuntos guardando de um para outro intervalo de tom ou de semitom. A escala diatônica possui 8 graus, sendo o oitavo a repetição do primeiro. Vejamos:

Os tons e semitons existentes na escala diatônica são chamados de naturais. Cada nota da escala tem uma função de acordo com os graus. I grau

TÔNICA

II grau

SUPERTÔNICA

III grau

MEDIANTE

IV grau

SUBDOMINANTE

V grau

DOMINANTE

VI grau

SUPERDOMINANTE

VII grau

SENSÍVEL

VIII grau

TÔNICA

A escala diatônica é formada por 5 tons e 2 semitons. Os semitons se encontram do: III Grau

Para o

IV Grau

VII Grau

Para o

VIII Grau


Os tons são encontrados. I Grau

Para o

II Grau

II Grau

Para o

III Grau

IV Grau

Para o

V Grau

V Grau

Para o

VI Grau

VI Grau

Para o

VII Grau

O I grau (Tônica) é o mais importante da escala, pois, ele é quem dá nome a escala e que a termina de um modo completo sem deixar dúvida. Os demais graus tem afinidade absoluta com ele.

Depois do I grau, os graus mais importantes da escala são: V (dominante) e o IV (subdominante). Os graus da escala classificam-se em: Graus conjuntos: Notas uma após a outra e Graus disjuntos: Notas que intercalam graus, vejamos:

Figuras ou valores Servem para representar graficamente as várias durações sonoras. É através das figuras que escrevemos as notas na pauta e com isso, é possível grafar sob várias formas diferentes as notas. Cada figura ou valor, possui uma figura que representa o som e o silêncio, com mesma duração de tempo. O silêncio também é chamado de pausa, estas são consideradas figuras importantes na música, pois configuram um equilíbrio dinâmico e estético. Vejamos:


Existem quatro figuras que antes eram usadas e que hoje caíram em desuso. Vejamos: Quartifusa ou tremifusa: Figura ainda existente, porém, pouco usada. 1/32 Avos de tempo.

Máxima 32 TEMPOS

Longa 16 TEMPOS


Breve 8 TEMPOS

Estas figuras são usadas em trechos de autores antigos.

Divisão de valores Considerando a semibreve sendo a figura de maior duração, esta será tomada como unidade de referência para a nossa divisão. Logo se dividirmos e subdividirmos a semibreve obteremos o seguinte quadro, vejamos:

Observamos que quanto maior for a figura menor será a quantidade de figuras e quanto maior o número de figuras menor será o tempo de duração. Vejamos:


Algumas perguntas temos que nos fazer para compreender como funciona a divisão proporcional. São elas: 1- Se tomarmos a N (f) figura de maior valor de tempo, quantas figuras serão necessárias para completar N (f) figura, sendo N qualquer figura? Logo teremos: Uma figura de maior valor e serão necessárias uma quantidade de figuras exatas para completarmos o tempo da figura de maior valor. Vamos aos exemplos: Se tomarmos a semibreve como figura de maior valor, teremos o seguinte resultado:


Se tomarmos a mĂ­nima como figura de maior valor, teremos o seguinte resultado:

Se tomarmos a semĂ­nima como figura de maior valor, teremos o seguinte resultado:


Se tomarmos a colcheia como figura de maior valor, teremos o seguinte resultado:

Se tomarmos a semicolcheia como figura de maior valor, teremos o seguinte resultado:


Se tomarmos a fusa como figura de maior valor, teremos o seguinte resultado:

Se tomarmos a semifusa como figura de maior valor, teremos o seguinte resultado:

Quando unimos duas ou mais colcheias, semicolcheias, fusa ou semifusa, unimos as figuras com travessĂľes substituĂ­mos os colchetes por barras horizontais na parte superior da figura, separando-as em grupo. Ficando assim:

Compasso Simples - Definição


Um compasso simples é identificado da seguinte forma: Sua unidade de tempo será preenchida por figuras divisíveis por dois e não terá figuras pontuadas. Unidade de Tempo: A unidade de tempo dos compassos simples é preenchida pelos seguintes números: 1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64. Unidade de Compasso: A unidade de compasso dos compassos simples é preenchida pelos seguintes números: 2, 3 e 4. Os compassos dividem-se em: simples e compostos. Para que as figuras tenham valor determinado, faz-se necessário o uso de compassos. Ele determinará o espaço de duração do som ao qual chamaremos de tempo. Assim, se tomarmos a semibreve como figura de maior valor, logo teremos uma divisão correspondente a ela. Vejamos:

Os tempos serão agrupados em partes iguais. Logo, teremos divisões em dois tempos, t tempos e quatro tempos. Os compassos de dois tempos são chamados de BINÁRIOS. Os compassos de três tempos são chamados de TERNÀRIOS. Os compassos de quatro tempos são chamados de QUATERNÁRIOS. Um compasso é divido da seguinte forma:

Temos o NUMERADOR que identificará a figura que preencherá o espaço de um compa


inteiro, sendo assim, uma única figura preencherá todo o compasso. O DENOMINADOR identificará a figura que preencherá o espaço de um tempo inteiro, sendo assim, teremos que preencher o compasso com um certo número de figuras de um tem Logo, se temos um compasso 2/4, significa que teremos como DENOMINADOR a figura da semínima valendo um tempo, o que vai nos levar a um total de duas semínimas para completarmos dois tempos.

Como achar a unidade de tempo e compasso? O método é simples – Vamos tomar como base um exemplo, vejamos:


Na parte superior do exemplo, do lado esquerdo temos um compasso binário 2/4. Logo, temos a seguinte lógica.

O numerador 2 indica a quantidade máxima de tempos dentro de um compasso. O denominador 4 indica a figura que representa a quarta parte da semibreve, que por su vez, valerá 1 tempo. Pensando desta forma fica mais fácil a identificação das unidades. Vejamos:

1º devemos achar a figura que tenha o número 4 como unidade para o denominador ( semínima), es valerá 1 tempo. 2º devemos identificar os tempos reais de cada figura. Logo, teremos a seguinte conclusão:

A semínima valendo 1 tempo. Multiplicamos o seu valor por dois e chegaremos ao result que será a figura acima da semínima. A mínima, que valerá o dobro da semínima, 2 tempos. Chegando a mínima, 2 tempos, multiplicamos novamente por 2 e obteremos o valor da figura acima da mínima. A semibreve, que valerá o dobro da mínima 4 tempos. 3º faremos o pensamento ao contrário das figuras acima da semínima.


Dividiremos o valor da semínima por 2 e teremos o resultado da figura abaixo da semínima, que se colcheia ,esta por sua vez, será a metade do valor da semínima ½ (meio) tempo.

Se continuarmos a dividir os valores das figuras abaixo da colcheia teremos as seguintes figuras: semicolcheia valendo ¼ de tempo, a fusa valendo 1/8 de tempo e a semifusa valendo 1/16 avos de tempo.

4º localizamos as figuras e seus respectivos tempos, agora fica fácil identificar a unidade de compasso. Basta contar os tempos para cima : se a semínima vale 1 tempo, a mínima valerá 2 tempos e a semibreve 4 tempos.

Observação: Uma curiosidade a respeito dos compassos ternários. Como não se tem fig com o valor de 3 tempos, o pensamento é o seguinte: Toma-se como base a figura que mais se aproxima do 3, o que nos coloca a indagação: será o número 2 ou 4, isto é, a mínima ou a semibreve. Vamos pensar: Se pegarmos a mínima e somar o seu valor mais a sua metade, obterem valor 3. O que não ocorrerá com a semibreve. Seu valor somado mais a sua metade dará 6 tempos. Com isso, os compassos ternários terão ao lado da figura de número 2 um ponto de aumento (ponto colocado a direita da figura que serve para aumentar o valor da figura mais a metade), sendo assim, não serão mais figuras de 2 tempos e sim figuras de 3 tempos. Seu no terá a palavra pontuada adicionada a ela. Tomando como base o exemplo do compasso ¾, a figura da unidade de compasso será a mínima pontuada e não somente mínima. O mesmo se faz com qualquer compasso. Representação dos compassos simples:



Os compasso 4/4, 3/4 e 2/2, tambĂŠm podem ser representados desta forma:

Como se contar os tempos em um compasso? Observem o grĂĄfico:


A indicação das setas mostram o movimento das mãos.

Compasso Por definição é: A melhor forma de se organizar os tempos e partes de tempo. Cada grupo de tempos de um compasso serão separados por linhas verticais denominadas travessões. Vejamos:

Ao terminar um trecho ou finalizar definitivamente o trecho usaremos respectivamente os seguintes sinais:


A organização dentro do compasso depende de qual será a ordem estabelecida pelas unidades de tempo e de compasso.

Unidade de tempo É a figura que sozinha preenche o espaço de um tempo inteiro. O DENOMINADOR identificará a figura que preencherá o espaço de um tempo inteiro, sendo assim, teremos que preencher o compasso com um certo número de figuras de um tempo. Logo, se temos um compasso 2/4, significa que teremos como DENOMINADOR a figura da semínima valendo um tempo, o que vai nos levar a um total de duas semínimas para completarmos dois tempos.

A unidade de tempo dos compassos simples é preenchida pelos seguintes números: 1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64.

Unidade de Compasso É a figura que sozinha preenche o espaço de um compasso inteiro. Temos o NUMERADOR que identificará a figura que preencherá o espaço de um compasso inteiro, sendo assim, uma única figura preencherá todo o compasso.


A unidade de compasso dos compassos simples é preenchida pelos seguintes números: 2, 3 e 4.

Tempo Espaço de duração do som.

Intervalo É a diferença de altura existente entre os sons, vejamos: Um intervalo pode ser medido de acordo com sua distância de 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª... e assim por diante.

O intervalo está classificado como:


Simples: Quando não ultrapassa uma oitava.

Composto: Quando ultrapassa uma oitava.

Melódico: Quando se tem notas sucessivas.

Harmônico: Quando se tem notas simultâneas.

De acordo com os tons e semitons dentro dos intervalos podemos classificá-los em: Maior, menor, justo, aumentado e diminuto. Os intervalos de 2ª, 3ª, 6ª e 7ª são classificados como: Maior, menor, aumentado ou diminuto. Os intervalos de 4ª, 5ª e 8ª são classificados como: justo, aumentado ou diminuto. Tabela de tons e semitons dentro dos intervalos:


Categoria

representação

nº de t e st

2ª Maior

2

1T

2ª menor

b2

1ST

3ª Maior

3

2T

3ª menor

b3

6ª Maior

6

6ª menor

b6

7ª Maior

7

7ª menor

b7

4T, 2ST

4

2T, 1ST

4ª justa

1T, 1ST 4T 3T, 2ST 5T

4ª aumentada

#4

3T

4ª diminuta

b4

1T, 1ST

5

3T, 1ST

5ª aumentada

#5

3T, 2ST

5ª diminuta

b5

3T

5ª justa

8ª justa

8

5T, 2ST

8ª aumentada

#8

5T, 3ST

8ª diminuta

b8

5T, 1ST

Os intervalos podem ser invertidos, sendo que sua inversão gera outro intervalo. Vejamos: 2ª Maior

inversão

7ª menor

2ª menor

inversão

7ª Maior

3ª Maior

inversão

6ª menor


3ª menor

inversão

6ª Maior

6ª Maior

inversão

3ª menor

6ª menor

inversão

3ª Maior

7ª Maior

inversão

2ª menor

7ª menor

inversão

2ª Maior

4ª justa

inversão

5ª justa

4ª aumentada

inversão

5ª diminuta

4ª diminuta

inversão

5ª aumentada

5ª justa

inversão

4ª justa

5ª aumentada

inversão

4ª diminuta

5ª diminuta

inversão

4ª aumentada

8ª justa

inversão

uníssono

8ª aumentada

inversão

Som cromático ascendente

8ª diminuta

inversão

Som cromático descendente

Observe como é na partitura: Os intervalos estão escritos na mesma ordem do quadro acima.

Os intervalos de 3ª e 6ª são classificados como intervalos consonantes variáveis ou imperfeitos, pois, quando invertidos mudam a sua classificação, no entanto, continuam consonantes.

Os intervalos de 4ª, 5ª e 8ª justas são classificados como intervalos consonantes

invariáveis ou perfeitos, pois, quando invertidos não mudam sua classificação e continuam consonantes.

Os intervalos de 2ª, 7ª maiores e menores e todos os intervalos aumentados e


diminutos são considerados intervalos dissonantes, pois pedem resolução sobre um intervalo consonante.

Informações gerais sobre escalas, Graus modais, graus tonais, entre outros. Trataremos aqui da formação das escalas, assim como, as informações necessárias para um aprendizado mais profundo sobre o tema: Observe o gráfico abaixo:

Tomando por base a escala maior, vamos analisar a sua formação quanto aos graus e, identificar quais são os graus mais importantes da escala. Vejamos: A escala diatônica é formada de 5 tons e 2 semitons, tomaremos como exemplo a escala de Dó maior. Observamos o seguinte: Do I para o II grau, Do II para o III grau, Do IV para o V grau, Do V para o VI grau estão localizados os tons. Do III para o IV e Do VII para o VIII estão localizados os semitons. É importante focar este aspecto, pois, se a estrutura não estiver bem firme na mente, será mais


complexo o entendimento. Graus Tonais e Graus Modais:

Dentro de uma escala observamos que o I grau é o mais importante, pois, ele além de dar o nome a escala, é o I grau (Tônica) que a termina, não deixando dúvidas na tonalidade. Depois do I grau, os graus mais importantes são : V (Dominante) e o IV (Subdominante), são eles os responsáveis em determinar a tonalidade, afirmam a afinidade entre o I grau e os demais. Deste modo, estes graus, IV e V são chamados de graus tonais. O III e o VI grau são chamados de graus modais, pois estes modificam o modo da escala. Se do I grau para o III for uma terça menor e do I para o VI uma sexta menor, temos uma escala menor e não mais uma escala maior.

Armadura de Clave Aprenderemos neste capítulo a construir as armaduras de clave, compreendendo as características das escalas. Construção da armadura de clave em (#) sustenido:

Tomamos como base a escala modelo de Dó maior, vamos dividir esta escala em dois grupos de quatro notas. Observamos que a escala de Dó não possui alteração em sua armadura, deste modo, ela é a primeira do grupo com ( 0 ) de alteração em sua construção. Vamos agora pegar o segundo grupo de notas desta mesma escala, logo, ela iniciará uma nova escala, vejamos: Dó

Ré Mi Fá

Sol Lá Si Dó

Sol Lá Si Dó Ré

Mi Fá Sol

Acontece que, na segunda parte da nova escala forma ocorreu um erro de estrutura do VI para o VII grau, deveria haver um tom por regra entre estes graus e o que ocorreu foi um semitom Mi para Fá. Observamos que o VII grau ganhou alteração ascendente para consertar o erro ocorrido. Podemos agora construir um pensamento a partir desta observação. Se a escala que se formou a partir do segundo grupo de notas da escala de Dó obteve um erro que precisou ser consertado para manter a integridade da estrutura, originando assim, o primeiro acidente dentro das armaduras, o Fá # , que faz parte da escala de Sol ( 1 ) de alteração em sua construção, podemos estabelecer uma regra, todo VII grau da nova escala que se formará a partir do segundo grupo de notas da escala de origem terá alteração ascendente ( # ). Ordem dos (#) sustenidos:

Fá Dó Sol Ré Lá Mi Si


Observação: A ordem dos sustenidos na partitura obedecem uma regra, que na sua grande maioria obedecem as regras mais atuais dentro dos tratados de teoria, fóruns de teoria entre outras reflexões que estabelecem uma padronização na escrita musical mundial. Para a armadura de clave em # usamos as alterações da seguinte forma:

Fá como 1ª alteração, conta-se uma quarta justa descendente que será o Dó e depois, uma quinta justa ascendente que será o Sol, depois, uma quarta justa descendente que será o Ré, depois, novamente uma quarta justa descendente que será o Lá (neste caso, foi estabelecido desta maneira por uma questão estética da escrita, nada mais), depois, uma quinta ascendente que será o Mi, depois, uma quarta descendente que será o Si. Número de alterações dentro das Armaduras: ( 0 ) Dó, ( 1 ) Sol, ( 2 ) Ré, ( 3 ) Lá, ( 4 ) Mi, ( 5 ) Si, ( 6 ) Fá#, ( 7 ) Dó#


Errata. Na tonalidade de Mi maior, ocorreu um erro de escrita, o sol ĂŠ sustenizado. Aprenderemos a construir as escalas com armadura em bemol (b).


Observe a figura acima e você notará que a construção agora se dará de maneira contrária. Pegaremos o primeiro grupo de notas da escala e as colocaremos no segundo grupo, ou seja, na próxima escala ficará faltando o primeiro grupo de notas para ser completado, deste modo, fica fácil construir todas as outras escalas, pois, seguem o mesmo pensamento. A ordem dos bemóis dentro da armadura segue uma lógica. Vejamos a construção da escala. I DÓ FÁ

II RÉ SOL

III MI LÁ

IV FÁ SI

V VI VII VIII SOL LÁ SI DÓ dó ré mi fá

Para manter a construção da escala diatônica, faz-se necessário corrigir um erro que apareceu no IV grau da nova escala. Do III para o IV grau da escala apareceu um tom no lugar de semitom, logo, para se manter o semitom em seu devido lugar, reduzimos em meio tom a nota si, ficando assim: Fá Sol Lá Sib Dó Ré Mi Fá. Notaremos que todo o IV grau de uma nova escala receberá alteração descendente, preservando assim, a estrutura da escala.

Para a armadura de clave em b usamos as alterações da seguinte forma: A ordem dos bemóis, na maneira de pensar é feita de maneira inversa a ordem dos sustenidos, vejamos: SI MI LÁ RÉ SOL DÓ FÁ A primeira alteração que aparece na armadura é o SIb. Contaremos uma quarta justa ascendente que será o Mi, em seguida, contaremos uma quinta justa descendente que será o Lá; novamente uma quarta ascendente que será o Ré, em seguida; contaremos um quinta descendente que será o Sol; uma quarta justa ascendente que será o Dó e por fim, uma quinta descendente que será o Fá. Deste modo,


temos a ordem dos bem贸is na partitura. Segue abaixo as escalas.

Abaixo, temos um quadro com as armaduras tanto em # como em b.


Escalas Maiores com Armadura em (#) - Sustenido


Escalas Maiores Com Armadura em (b) - Bemol


Escalas Menores Com Armadura em (#) - Sustenido





Escalas Menores Com Armadura em (b) - Bemol






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