EVIL WAYS O desbocado compositor fala um pouco sobre o novo album da DRIVE SHAFT
TERROR The Babadook, e a lista dos maiores filmes de terror segundo Martin Scorsese
PITTY A entrevista definitiva com uma das principais cantoras do Brasil atualmente
E MAIS... Ryan Gosling fala um poco sobre como foi trabalhar em um filme como Caรงa aos Gangsters
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8. pitty
4. CAPA
7. A LISTA DE SCORSCESE
10. RYAN GOSLING
6 BABADOOK
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Sempre Desbocado
O músico fala sobre o novo álbum, encher a cara com James Spader e odiar o pop atual
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em ótimo nem ruim, é só mais uma porra de um dia qualquer”, Luiz Aleixo diz com um suspiro de tédio. O compositor famoso pela língua azeda estava no intervalo do ensaio da turnê de Evil Ways, o segundo álbum do DRIVE SHAFT Be With Me, projeto que começou depois da formação acadêmica de Luiz Aleixo em Publicidade e Propaganda, em 2018. “Passei 4 anos em uma universidade, estudando muito e me demorando pra descobrir o que realmente queria”, relembra ele. “Dane-se vou fazer isso agora. Aliás, acho que o melhor pra mim foi quando voltei a tocar bateria com uma banda junto, me senti vivo!”
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Sua música nova, “My Only Lever”, tem um solo de saxofone no estilo do Pink Floyd, algo bem inesperado. O que você teria dito, no começo do Drive Shaft, se alguém tivesse sugerido a adição de um sax em, digamos, “You All Everybody”? [Risos] Bom, essa conversa não teria sido muito longa, e terminaria com alguém recebendo instruções de se dirigir à porta de saída, a serventia da casa. O que mudou no seu estilo de vida, em comparação àquele tempo? No começo da universidade, o meu estilo de vida era igual ao de um dragão selvagem. Meu estilo de vida hoje é igual ao de um cão bonzinho. 4
Quando você tem 24 anos e está na maior banda do mundo, consegue lidar com a maluquice envolvida nisso. Quais são seus programas de TV preferidos? Gosto muito de programas policiais o da vez pra mim agora é Blacklist adoro o papel de James Spader nessa série me identifico muito com ele Você é amigo de Spader Sobre o que vocês conversam? De todas as pessoas que eu conheço, ele é a mais divertida. É engraçado – e como bebe. Ele tem grandes ideias – para a carreira dele e para o cinema. A propósito a voz dele em Ultron foi algo que casou com o personagem. Você escuta muito pop? Não, é uma bosta. O pop de hoje é uma besteira sem sal. Não é para mim. E Taylor Swift? Ela é uma estrela pop, mas muita gente elogia o talento dela como compositora. [Risos] Quem diz isso? Os pais dela? Muita gente. Diga o nome dessas pessoas. Isso é besteira. Ela parece uma garota bacana, mas ninguém nunca disse essas palavras e você sabe bem disso.
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The Babadook: entenda como uma diretora pouco conhecida fez um dos filmes mais assustadores em anos
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cineastwa australiana Jennifer Kent (Babe - O Porquinho Atrapalhado na Cidade ) passou anos tentando fazer decolar vários filmes “estranhos e ambiciosos”. Mas, finalmente, ela tirou a sorte grande com The Babadook, um longa-metragem do gênero terror tão assustador que William Friedkin, diretor do clássico O Exorcista, classificou o título como a produção mais apavorante que já assistiu. Kent baseou The Babadook em Monster, curta-metragem lançado por ela em 2005, que conta a história de uma mãe que defende o filho de um bicho-papão. A diretora batizou a criatura com um nome derivado de um conto popular sérvio e juntou terror e melodrama maternal para criar uma fábula obscura enraizada na ansiedade da vida real. No filme, uma mãe atarantada que cria os filhos sozinha (interpretada por Essie Davis) é levada à loucura por um filho desobe6
diente, obcecado em construir armas para destruir o monstro que, segundo ele, fugiu do livro. “A gente começa a perceber: ‘Ai meu Deus, o menino tinha razão’”, diz Kent. “Achei que o filme seria muito criticado por causa das falhas óbvias dela como mãe. Mas isso serviu para que muitas mulheres pudessem, simplesmente, enxergar um ser humano ali. Isso não se vê com muita frequência.” Com Essie Davis (A Lenda dos Guardiões), Daniel Henshall (As Horas Finais) e Noah Wiseman (The Gift), The Babadook ainda não tem data de estreia definida no Brasil.
Martin Scorsese elege os onze filmes mais assustadores da história
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artin Scors2ese já causou alguns arrepios em espectadores com filmes como Cabo do Medo(1991) e Ilha do Medo (2010), mas agora ele compartilhou sua lista pessoal dos onze filmes mais assustadores da história. O ranking, feito para o site Daily Beasy, é encabeçada por Desafio ao Além, filme de 1963 dirigido por Robert Wise. Outros longas menos conhecidos pelo grande público também foram lembrados pelo cineasta, mas sucessos como O Exorcista (1973), Psicose(1960) e O Iluminado (1980) também foram incluídos. A maioria dos eleitos é fruto da era do cinema em preto e branco, e o mais recente dos filmes é O Enigma do Mal (1982), que já completa mais de 30 anos. Nada de Atividade Paranormal ou Jogos Mortais, portanto – Scorsese compartilha a lista que poderá ser apreciada principalmente por fãs do gênero interessados em conhecer os clássicos:
1- Desafio ao Além (1963), de Robert Wise 2- A Ilha dos Mortos (1945), de Mark Robson 3- O Solar das Almas Perdidas (1944), de Lewis Allen 4- O Enigma do Mal (1982), de Sidney J. Furie 5- Na Solidão da Noite (1945), de Alberto Cavalcanti, Charles Crichton, Basil Dearden e Robert Hamer 6- Intermediário do Diabo (1980), de Peter Medak 7- O Iluminado (1980), de Stanley Kubrick 8- O Exorcista (1973), de William Friedkin 9- A Noite do Demônio (1957), de Jacques Tourneur 10- Os Inocentes (1961), de Jack Clayton 11- Psicose (1960), de Alfred Hitchcock
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Pitty
Cantora está devidamente vacinada contra a eterna epidemia do mundo pop, a “síndrome do underground” Seu dueto com jared Leto, da 30 Seconds to Mars, em “The Kill” invadiu as rádios brasileiras e Pitty ainda deixou sua marca como intérprete no CD-projeto Na Confraria das Sedutoras cantando “Lágrimas Pretas”, de Lirinha (Cordel do Fogo Encantado) e filmou uma participação em um curta fazendo dança no poste. Grávida, ela continua sua turnê [Des] concerto ao Vivo e pretende parar para compor seu novo disco, sob efeito dos hormônios. Ficou surpresa ao receber críticas somente por ser a mais conhecida das vozes do disco Na Confraria das Sedutoras, do 3 na Massa? Ah, quer saber... já esperava. Existe um ranço no Brasil. Minha parada acabou sendo bem-sucedida comercialmente e blablablá - tudo aquilo que a gente já sabe. Então isso cria uma certa reserva ao lidar com as coisas que faço. Existe aquela peste de: “Ai, é conhecida, não pode ser legal porque o povo é burro”. Tudo o que é muito popular por aqui é popularesco, mundano, vil. Isso até acontece, mas acho que as pessoas tinham que se desprender do fato de ser eu ou a garotinha cult da banda underground megahypada da esquina. É engraçado porque, quando tinha 14 anos e queria parecer especial pros meus amigos, citava um monte de banda que ninguém conhecia para poder ser cult. Se dissesse que gostava dos clássicos, seria comum. Mas tem uma galera hoje que é mais velha e continua com essa “síndrome do underground”... É muito mais legal falar de uma menina “uau”, que acabou de surgir e é um hypinho do que de uma que tá aí, toca no Faustão. Preferia que todos simplesmente abstraíssem e se concentrassem no som, que é o que deveria ser mais importante. Infelizmente, nunca é. Não a incomoda ser bem-sucedida comercialmente? Rapaz, muitíssimo pelo contrário. É isso que faz com que esteja aí em um país em que viver de arte é
um absurdo. Os caras precisam ficar em empregos que detestam para poder lançar um livro, um curta, gravar uma demo. Eu consigo fazer só o que gosto. Por isso você aceitou dançar no poste no curta Charles Manson, do André Moraes? Tô aqui pra aventura. O André é meu brother - a gente se conheceu na trilha do Meu Tio Matou um Cara (2004). Ele contou que tava filmando uma parada e tinha pensado em mim para fazer uma ponta. Falei: “Vamo aí”. Foi uma experiência nova, fiz por diversão, sem pretensão. Com essa mesma despretensão, você cantou “Umbrella”, da Rihanna, em um show? “Umbrella” é interessante em termos de melodia, só pensava que o arranjo era errado, tinha que ter mais guitarra. Acho que era um rock tocado por pessoas que não sabiam fazer rock. Mas a gente tocou por sarro mesmo, porque ela tava megabombando e resolvemos ter nossa versão. Arte para você é criar sempre cercada de amigos? Com certeza. A vida é feita de encontros. E tenho tido muita sorte nesse aspecto. Meus amigos são loucos, criativos, com a cabeça fervilhando de idéias e com coragem de colocá-las para fora. A parceria com a 30 Seconds to Mars (ela gravou uma participação na música “The Kill”) foi um encontro mais comercial do que uma afinidade artística, não? A única diferença é que não sou amiga dele [do vocalista Jared Leto]. Foi um convite entre gravadoras e vislumbrei uma possibilidade de ampliar o público lá fora. Fui lá no estúdio, fechei o olho e cantei do jeito que achava que tinha que ser. Sou meio camicase mesmo. Odeio monotonia, odeio fazer a mesma coisa sempre. Preciso daquele frio na barriga, entende? Você nunca sabe se vai se dar bem. Gosto de achar que vou quebrar a cara. De pensar: “Porra, velho, dessa vez vai dar merda”.
Das Antigas para a Nova Geração
Ryan Gosling está em Caça aos Gângsteres, homenagem moderna ao estilizado mundo do crime dos anos 40 e 50
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eria difícil saber o que esperar de um filme de gângsteres, livremente baseado em fatos reais, dirigido por um diretor pouco experiente, cujo único sucesso foi uma comédia sobre zumbis. Mas Ruben Fleischer, o cineasta em questão, fez, a seu modo, um filme do gênero para as novas gerações, como ele mesmo define. Com um grupo de mocinhos – nem tão bonzinhos assim – encabeçado por Josh Brolin e Ryan Gosling e um gângster interpretado por Sean Penn (na pele de Mickey Cohen, que realmente aterrorizou Los Angeles entre as décadas de 40 e 50), Caça aos Gângsteres usa a gravação digital sem se preocupar em fazer parecer com que o filme tivesse sido rodado no meio do século passado. As lutas, os efeitos nas cenas em que balas saem lentamente dos canos, tudo é mostrado como se fosse em um filme de ação atual, com um quê de história em quadrinhos. Foi esse fator, entre outros, que atraiu Ryan Gosling, um ator nem tão acostumado – ou afeito – a superproduções hollywoodianas. Mas, para Gosling, o que importa é manter-se envolvido com o cinema, qualquer que seja ele. “Os filmes são a minha vida, e a minha vida são os filmes”, ele afirma, em entrevista em Los Angeles. Este não é um filme de gangster comum. Quais são seus aspectos favoritos nele? Ainda não vi a versão final. Sei que está sendo comparado a grandes filmes do gênero, mas minha primeira experiência com gângsteres foi Dick Tracy. Era obcecado por ele quando criança. Quando li o roteiro, achei que não era tão cênico quanto Tracy, mas que tinha uma abordagem cênica em relação ao gênero. E amei Zumbilândia, achei que seria interessante ver a visão de Ruben desse universo. Como foi o contato que vocês tiveram com as pessoas que fizeram parte da história real? Algumas delas foram ao set, nos deram conselhos.
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Jerry Wooters, em quem meu personagem foi baseado, não está mais vivo, mas os filhos dele foram ao set. Eles foram ótimos, me contaram detalhes interessantes sobre o pai deles. É duro interpretar uma pessoa real. Eles entenderam que era um filme bem diferente da realidade. Você se interessa por armas? Na verdade, não. Quero dizer, sou do Canadá, então... O glamour da Hollywood dos anos 40, 50, te atrai? Eu amo aquele tempo. Quando era pequeno, morávamos perto de uma livraria, então todos os filmes que conseguíamos eram da livraria. Eram todos filmes meio velhos. Minha primeira paixão foram as Andrews Sisters, as três [risos]. Então, sempre foi um sonho trabalhar em algo assim. Você sempre parece muito seguro nos papéis que interpreta. Isso é parte dos personagens ou você que transmite isso a eles? Eu luto com a minha autoconfiança mesmo. Acho que isso que é ótimo em filmes independentes versus filmes de grandes estúdios. Filmes de grandes estúdios tendem a ser sobre pessoas confiantes e filmes independentes sobre pessoas inseguras. Quando eu estou confiante, vou lá e faço um filme grande. Mas nesse caso, quando você falha, falha em um nível muito maior – e aí perde a confiança e volta para o cinema independente, e tenta encontrá-la de novo. É meio que uma dança. Você fala sobre seus papéis colocando personalidade neles, e acaba comentando mais sobre eles do que sobre si. Atuar é uma experiência muito pessoal? Eu não sei bem o que estou fazendo. Não sou um ator treinado, ainda estou descobrindo. Quando meu tio veio morar com a minha família, e eu tinha uns 6 anos, descobri que ele era imitador do Elvis. De repente ele está colocando um macacão, joias, cantando no espelho. Levou meses, mas ele estava aos poucos construindo esse personagem. E, então, enquanto ele estava no palco, aparecia um monte de gente gritando para o meu tio – e ele tinha um bigode, uma marca de nascença e nenhum cabelo. Nada parecido com o Elvis. Mas entrava lá e virava o Elvis. Quando o show acabava tudo esmorecia, todo mundo voltava pra vida normal. Para mim, é melhor quando sua vida se transforma naquilo em que você está trabalhando, é difícil separar. Eu nunca sinto que me tornei o personagem, como atores de método dizem, mas o personagem se torna, sim, parte da minha vida.
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