|Entre Limites| Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

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|ENTRE LIMITES| Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

Luiz Henrique Silva Rinaldi TFG - 2018





UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

|ENTRE LIMITES| Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

LUIZ HENRIQUE SILVA RINALDI ORIENTADOR: GASTÃO SALES

SÃO PAULO 2018


AGRADECIMENTOS


Aos meus pais, Márcia e Valdecir, que me deram todo o apoio necessário para que essa etapa da minha vida fosse concluída. Sem vocês isso teria se postergado ou talvez nunca teria acontecido. À minha namorada Juliana que fez parte de toda minha jornada acadêmica e que também passou por todas as dificuldades ao meu lado, me ajudando sempre. A jornada sem você teria sido muito mais difícil. Ao professor Gastão Sales por todo apoio, paciência e pelas orientações. À toda minha família, amigos e professores que me auxiliaram de alguma forma. Obrigado!


DEDICATÓRIA


Dedico este trabalho à minha família, aos meus amigos e à toda população da cidade de Poá.



Olhe de novo para o ponto. É aqui. É o lar. Somos nós. Onde todo mundo que você ama, todos que você conhece, todo mundo que você ouviu falar, cada ser humano que existiu, viveu suas vidas. O acúmulo de nossas conquistas e sofrimentos, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e caça, todo herói e covarde, cada criador e destruidor de civilizações, cada rei e plebeu, cada jovem casal apaixonado, cada mãe e pai, criança esperançosa, inventor e explorador, cada professor de moral, cada político corrupto, cada “superstar”, cada “líder supremo”, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu lá – em um grão de poeira suspenso em um raio de sol. A Terra é o único mundo conhecido que habita a vida. Não há outro lugar, no mínimo num futuro próximo, para qual nossa espécie possa migrar. Visitar, sim. Se estabelecer, ainda não. Goste ou não, no momento a Terra é onde temos que ficar. (...) Para mim, isto sublinha nossa responsabilidade para lidar mais gentilmente uns para com os outros, e preservar e acalentar o pálido ponto azul, o único lar que nós conhecemos. (SAGAN, 1994, tradução nossa)


Croqui feito pelo autor


Resumo

Poá é uma pequena Estância Hidromineral que, não diferente de outros municípios paulistas, sofre com alagamentos, enchentes e inundações. Outra característica do município é a fragmentação de seu território gerado pela ferrovia. Em síntese, a urbanização não só em Poá, mas na maioria das cidades Brasileiras, se deu de forma espontânea. O sistema de loteamentos adotado e a falta de fiscalização geraram problemas que não foram previstos, e que podem ser resolvidos adotando medidas relacionadas ao redesenho e ao planejamento urbano. O objetivo deste trabalho é não só requalificar o território de Poá, mas também analisar e considerar a cidade como ensaio para uma ideia de reestruturação das dinâmicas locais no contexto da metrópole. As palavras de Sagan dão início ao trabalho, mostrando que deve-se zelar pela Terra, o planeta que nos acolhe e que é o único, entre infinitos outros até então, que pode abrigar a vida. Associado à isso, propõe-se analisar Poá, um pequeno lugar acolhedor e que merece um novo olhar. Palavras-chave: Poá. Requalificação. Intervenção urbana.


SUMÁRIO


|ENTRE LIMITES| 1 2 3 4 5 6 7 8

INTRODUÇÃO

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LEITURA TERRITORIAL

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ANÁLISE GERAL

24

ANÁLISE SETORIAL

38

ESTUDOS DE CASO

62

PARTIDO E PROGRAMA

74

PROJETO

90

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

126


1 - INTRODUÇÃO


1.1 -Panorama geral da Cidade

RMSP - Poá

Poá - Área de Intervenção

Figura 1: Localização Territorial da Área de Projeto. Fonte: Elaboração própria sobre base de domínio público.

Poá é o 3° menor município do Estado de São Paulo possuindo apenas 17 km², localizado na zona leste a aproximadamente 35 km da Capital. A cidade é uma Estância Hidromineral e recebe incentivos para o turismo por possuir uma das melhores águas do Brasil, a água Poá, extraída da Fonte Áurea. Por mais que seja referenciada como uma Estância Hidromineral, a cidade não possui infraestrutura para as atividades turísticas. Não há acolhimento para quem chega, como hotéis e restaurantes. Há, por outro lado, festas típicas, a própria água que atrai pessoas devido seus benefícios à saúde, e também um balneário que está em obras, e pretende atrair e acomodar turistas para que possam usufruir das águas da cidade, assim como já o fazia antes de ser desativado e demolido para a construção de um edifício mais moderno. Por morar e vivenciar as questões que ocorrem na cidade, mais precisamente no centro, sempre tive o anseio de compreender o problema que lá se encontra. Poá tem seu centro cortado por um curso d’água, o Córrego Itaim. Em épocas de chuvas as cheias afetam negativamente todo o eixo central da cidade, principalmente os comércios ali inseridos.

O município possui características interioranas, mas apresenta um dinamismo comercial e industrial devido a incentivos econômicos governamentais em relação a taxas de impostos muito baixas (ISS 2%), que atraem empresas, segundo a ACIP, Associação Comercial e Industrial de Poá. A zona comercial está inserida no centro da cidade, e pode ser dividida em dois setores: o afetado e o não afetado pelas cheias. Em uma abordagem preliminar, percebeu-se que ambos os setores possuem características similares, porém a discrepância é nítida em relação às dinâmicas comerciais de cada um. Por mais que façam parte da mesma localidade, o setor da área central que não é afetado pelas águas do córrego durante as cheias é mais desenvolvido do que os da área afetada, com lojas de grande porte e maior variedade comercial. Em minha concepção, não seria diferente com a área central afetada. Poder-se-ia encontrar variedades de comércio e serviço, mais lazer e qualidade de vida, porém a infraestrutura inadequada que se faz presente inibe o seu desenvolvimento.

2.2 - Objetivos Para uma intervenção eficaz, é necessário que se crie um cenário desejável, combatendo os principais problemas que assolam a região através do entendimento das demandas e oportunidades de desenho urbano relacionados à infraestrutura de drenagem e de mobilidade. Pretende-se que, a partir dessa análise, possa-se apresentar um projeto de escala local, mas simultaneamente relacionado ao espaço metropolitano. As intervenções, pensadas para implantação em trechos, seriam catalisadoras das mudanças nas dinâmicas econômicas da cidade em alinhamento com planos metropolitanos desejáveis. Adicionalmente, o processo de desenvolvimento do turismo poderia ganhar forma através da união do projeto urbanístico e arquitetônico, e da melhoria das infraestruturas urbanas, como de drenagem, transporte e suas conexões intermodais. Os resultados esperados incluem o aumento da qualidade de vida tanto de usuários como moradores, dos trabalhadores e dos futuros turistas de Poá.

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2 - LEITURA TERRITORIAL


2.1 -Poá - Inserção Territorial Poá faz parte da Região Metropolitana de São Paulo(RMSP), localizado à Leste da Capital, fazendo divisa com os municípios de São Paulo, Suzano, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos. Faz parte da sub-bacia Tietê-Cabeceiras que, junto das Sub-bacias Juqueri – Cantareira, Pinheiros – Pirapora, Cotia – Guarapiranga e Billings – Tamanduateí formam a Bacia de contribuição do Alto Tietê. Tabela 1: Municípios Integrantes da Bacia do Alto Tietê

Fonte: ETMC - Equpie Técnica Mogi das Cruzes

Figura 3: Principais vias de acesso à cidade Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público LEGENDA

Figura 2: Sub Bacias do Alto Tietê Fonte: ETMC - Equpe Técnica Mogi das Cruzes

Recorte de Área

Rodovia Ayrton Senna

Rodoanel Mário Covas

Linha 12 Safira CPTM

Linha 11 Coral CPTM

Trevo

Estação Calmon Viana

Estação Poá

Limite Municipal Poá

Sua localização é privilegiada, pois está inserida num trecho urbano que dispõe de um sistema rodoviário que facilita o acesso à cidade, como por exemplo o Rodoanel, que interliga a Região Metropolitana de São Paulo, garantindo fácil acesso para turistas desta região; a Rodovia Ayrton Senna, que tem seu início onde acaba a Marginal Tietê e vai até a Rodovia Carvalho Pinto, a qual interliga o Litoral à grande São Paulo, passando pela saída que leva à cidade de Poá; e também as linhas de trem 11-Coral e 12-Safira da CPTM, que interligam o extremo leste à Capital. |ENTRE LIMITES| 19


2.2 -A ocupação territorial Para compreendermos a situação atual da cidade, é preciso olhar para trás, para a história. No Brasil, o processo de urbanização teve início no século XX devido a mudanças sociais e tecnológicas, e com Poá não foi diferente. A migração do campo para a cidade de forma rápida e desordenada com a ajuda da ferrovia, nova tecnologia que possibilitou a urbanização e desenvolvimento de diversas áreas, trouxe consigo algumas questões que, por não serem tratadas na época, acabaram se alastrando para os tempos de hoje, manifestando problemas em virtude da falta de planejamento. A história de Poá, como conta o jornalista Sílvio de Carvalho Filho (2000 no Jornal Notícias de Poá, começa em meados do Século XIX. Por volta do ano 1838 o atual município era um Distrito de Itaquaquecetuba, e foi assim que permaneceu durante os 80 anos seguintes. Em 1877 a região ainda era despovoada, e moradores que viviam nas proximidades reivindicavam a instalação de uma nova estação entre Mogi das Cruzes e Lageado, atual Guaianazes. Foi então inaugurada em 1891 a Estação de Poá, que servia de escoadouro dos produtos gerados na região. Após a integração da Estação à Central do Brasil, a urbanização se tornou mais rápida. Famílias começam a se instalar na região que passa a ter características de Vila. A localização da Estação era muito favorável, e foi uma das principais condicionantes para a efetiva aprovação de sua implantação. Em síntese, Poá era uma terra privilegiada, e na língua indígena significa “bifurcação de caminhos” em uma das versões históricas da origem de seu nome, comprovando que naquela época já era consideravelmente valiosa. As transações que ocorriam no entorno imediato da estação contribuíram para o desenvolvimento comercial local. A Cidade começava a crescer, a se urbanizar, e a ocupação era predominantemente de casas, sete para ser exato, segundo documentos encontrados, datados em 1899.

“No centro da cidade, conforme planta topográfica encontrada, contava que em 1899 havia apenas sete casas residenciais. Três delas situavam-se na atual 26 de Março e as quatro restantes na rua Coronel Benedito de Almeida, Avenida Brasil e ao lado da Estação” (POÁ, 2000,p18)

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Em 1913 é elevada a Distrito Policial e, em 1919 ,a Distrito de Paz. Isso significava sempre um passo a mais em direção à independência administrativa e política. Quando uma vila como Poá se tornava um Distrito Policial, ela passava a ser chefiada por um subdelegado que subdividia o território em quarteirões que seriam dirigidos por inspetores de quarteirão. Ao subir de categoria, tornando-se um Distrito de Paz, Poá conseguiu desmembrar-se de Itaquaquecetuba, região a qual pertencera desde 1838. A instalação como Distrito de Paz se deu no dia 13 de março de 1920, e foi considerada um passo muito importante para a emancipação política da cidade.

Figura 4: Inauguração da Estação Poá, em 11 de Abril de 1981. Fonte: Poá, 2000


2.3 -Crescimento Demográfico

2.4 -O Passado no Presente

No ano de 1920, segundo levantamento histórico, foram identificados 1.281 moradores no então Distrito de Paz de Poá. Atualmente vivem cerca de 115.488 pessoas na cidade, contando com uma densidade demográfica de 6.141,05 hab/Km² de acordo com o último censo realizado em 2010 pelo IBGE. Poá era um Distrito de Mogi das Cruzes até 1949, quando passa a ser um Município do Estado de São Paulo. Ser um distrito de Mogi não lhe beneficiava em nada pois os governantes não davam a devida atenção para a cidade que começava a se formar.

A cidade cresceu com a típica urbanização subordinada aos loteamentos. O que se vê hoje é uma pequena cidade conurbada, de gabarito baixo, com 5 ou 6 edifícios residenciais verticais espalhados pelo território, que possui um ar de cidade pequena mas características de cidade grande devido suas atividades socioeconômicas. Seu passado está amarrado aos acontecimentos atuais da cidade. A falta de planejamento, as técnicas que vieram sendo usadas no decorrer do seu desenvolvimento, a utilização e impermeabilização do solo contribuem para um corriqueiro problema em certas épocas do ano que, mesmo possuindo características naturais, afetam os habitantes da cidade. Refiro-me às enchentes do Córrego Itaim que corta o centro.

“Nem mesmo meros prolongamentos de calçamentos e substituições de pontes. Era um descaso total.” (POÁ, 2000,p 13) Crescimento Demográfico 140.000 115.488

120.000

106.013

100.000

Habitantes

82.461 80.000 52.783

60.000 40.000

32.373

20.000 1.281 0

Figura 5: Terminal Ayrton Senna, 1989 Fonte: Poá, 2000.

1.920

4.922 1.940

11.697

1.950

15.829

1.960

1.970

1.980

1.994

2.010

2.017

Ano

Gráfico 1: Crescimento demográfico da população poaense Fonte: Elaboração própria com dados do IBGE.

Foi aí então que após mobilização de moradores em prol da emancipação política, Poá se torna um Município, no dia 1° de janeiro de 1949, porém comemora-se na data de 26 de Março o aniversário da cidade, que foi quando a Câmara Municipal foi instalada. O descaso continua atualmente, e a situação a qual a cidade se encontra precisa ser revista.

Figura 6: Terminal Ayrton Senna, 2018 Fonte: Aquivo pessoal do autor.

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É possível ver nas imagens que a cidade cresceu mas não se desenvolveu. As edificações mudaram, mas mantiveram o mesmo gabarito. Os espaços e equipamentos públicos foram projetados há anos, e não suprem mais a necessidade de mais de 115.000 habitantes. Outro ponto é a infraestrutura urbana de saneamento básico, implantada na década de 60 pela SABESP, contando com a distribuição de água potável e com a captação de esgoto.

2.5 - Visão de Futuro

Figura 7: Funcionários instalando a rede de esgoto, década de 60. Fonte: Poá, 2001

Figura 8: As estreitas calçadas no entorno imediato da Estação Poá da CPTM. Fonte: Arquivo pessoal do Autor

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Pode-se dizer que a situação em que a cidade se encontra atualmente é, de fato, incômoda. Os serviços e as infraestruturas públicas básicas outrora já funcionaram, mas o tempo nos mostra que as atualizações sempre são necessárias para suprir as demandas da população atual. Para auxiliar no desenvolvimento territorial e compreender as necessidades básicas de cada área, a criação de leis específicas por parte dos órgãos cabíveis é acionada, e assim temos, por exemplo, os Planos Diretores regionais. A cidade de Poá conta com o PDDI, Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, que visa o desenvolvimento da RMSP como um todo. É objetivo do trabalho estabelecer um projeto de escala local, que requalifique as áreas centrais da cidade, resultando assim no melhoramento ambiental, mas também criar um plano associado ao espaço metropolitano, o qual possa ser disseminado em pelo menos 22 municípios que são atendidos pela CPTM e apresentam as mesmas características territoriais, configuradas pelo traçado urbano vinculado à ferrovia. Logo, basear-se em alguns itens presentes na citada lei é essencial. O PDDI estabelece, dentre outros fatores, que é imprescindível pensar o território como parte de um planejamento global. Trabalhar, portanto, o projeto nas escalas tanto municipal quanto metropolitana é um desafio. Também é estabelecido por lei ações que intensifiquem o desenvolvimento do turismo para consolidar Poá como Estância Hidromineral, além da preocupação com as características locais, sendo previsto a proteção da individualidade de seus vales e talvegues, sendo incentivado a se aproveitar de tais conformações geográficas para a tomada de decisões projetuais que enfatizem e qualifiquem o aspecto ambiental do município. Por fim, a leitura territorial ajuda tanto a entender o território como visualizar assuntos que podem ser agregados ao projeto, e que gerem novos temas de discussão. Desta maneira, analisa-se Poá como embrião de uma nova ideia, a qual possa ser desenvolvida e disseminada em outros municípios da RMSP.


Figura 9: Os 22 municípios que são atendidos pelos serviços da CPTM Fonte: medium

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N

3 - ANÁLISE GERAL


3.1 - O Lugar

“(...)o lugar é o espaço ocupado, ou seja, habitado, uma vez que uma de suas definições sugere sentido de povoado, região e país. O termo habitado, de habitar, neste contexto, acrescenta à ideia de espaço um novo elemento, o homem. O espaço ganha significado e valor em razão da simples presença do homem, seja para acomodá-lo fisicamente, como o seu lar, seja para servir como palco para as suas atividades.” (REIS-ALVES,2006)

Neste trabalho, o lugar é o centro da cidade de Poá, onde não se trata de apenas um espaço ou ambiente. O lugar em questão é uma região de extrema importância para a cidade, e só é referido como lugar pois há uma apropriação afetiva, pessoal e única de cada indivíduo para com esta localidade.

“Quando o espaço nos é inteiramente familiar, torna-se lugar.” (TUAN, 1983, p.10)

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A escolha da área de Intervenção se deu a partir das particularidades do lugar. O eixo entre o rio e a ferrovia -entre limites- (Figura 10) possui características muito comuns em termos de urbanidade. A área é um fundo de vale que abriga várias atividades, e é área de jusante da sub-bacia do córrego Itaim, o qual corta a cidade e tem sua foz no Rio Tietê logo a frente. Este eixo é comumente deteriorado pelas enchentes do córrego (Figura 11) que trás um grande volume de água, vindas de Ferraz (Montante) em épocas de chuva. A violência das águas é consequência deste grande volume escoado, que é um problema comum em áreas de sub-bacias urbanizadas. Segundo Doutor Carlos Tucci, especialista e professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH-UFRGS), o alto índice de impermeabilização do solo e a falta de vegetação contribuem para que toda a água da chuva seja encaminhada para o sistema de drenagem, que tem a função de levar toda esta água o mais rápido possível para a foz. Com esta lógica, o problema é transportado para jusante, como é o caso de Poá. Outro problema que pode ser encontrado aqui e nos demais municípios paulistas de grande aglomeração urbana é a relação ferrovia - cidade. Nota-se neste caso que as ferrovias vieram primeiro que a urbanização. O alto índice de indivíduos no meio urbano acabou gerando um conglomerado de construções que englobaram as linhas férreas. Havia uma ideia de setor destinado para o projeto, mas após esta breve análise, o limite da área de intervenção foi modificado, agora incorporando uma área maior que também sofre com as cheias do córrego.

Figura 10: Entre Limites - Recorte de Intervenção Inicial Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público Limite Inicial

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Figura 11 : Área de risco de enchentes Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público LEGENDA Área de Risco de Enchente Ferrovia - 11 Coral Recorte de Intervenção Inicial Córrego Itaim


Ao delimitar a nova área de intervenção, o passo seguinte foi demarcar uma região de análise que exercesse influência no novo limite(Figura 12). Foi então integrado à análise a Zona Especial de Interesse Comercial (ZEIC), que representa a região central da cidade (Delimitada em azul na Figura 14). Ao demarcar os limites da área de análise(Figura 13), notou-se que uma parcela desta não fazia parte da ZEIC, que é onde situa-se o piscinão e um trecho de bairro (Delimitada em vermelho na Figura 14), onde é possível observar algumas construções em APPs, indiferente de boa parte do que se vê por todo o município. Obteve-se então um recorte de análise que abrange a ZEIC e mais um trecho de área que envolve o piscinão e os arredores do mesmo, como pode ser observado na figura 14.w Com o estabelecimento do recorte de análise, pode-se observar que o setor de área central onde o piscinão está inserido é realmente diferente do setor estipulado como ZEIC. Através dessa leitura, compreendeu-se que o eixo de intervenção fazia parte da área que poderia ser definida como “áreas afetadas pelas cheias”, e a ZEIC, em sua grande maioria, como “áreas não afetadas pelas cheias” , pois apresentam características territoriais muito diferentes, e que serão analisadas a seguir. Pretende-se que o eixo, graças a diversidade de questões que podem ser encontradas ao longo de toda sua extensão, possa ser dividido em setores, para que seja proposto as devidas intervenções para as respectivas demandas e necessidades. Para identificar os setores e compreender melhor suas oportunidades foi feita uma análise em uma área maior, além dos limites, definida como escala municipal. Esta análise auxiliou na identificação dos setores de intervenção.

Figura 13: Recorte de área de intervenção projetual Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público LEGENDA Recorte de intervenção

Limite da área de análise (Macroárea)

Figura 14: Recorte de análise geral Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público Figura 12: Área afetada pelas cheias Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público Limite de Análise Área afetada Eixo de intervenção

LEGENDA ZEIC

Área de análise ampliada

Limite da área de análise (Macroárea)

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3.2 - Análise Municipal -Mapa de usos

LEGENDA Residencial Comercial Institucional Serviços Uso Misto Praças Imóveis Subutilizados Imóveis Ociosos Estação Poá Estação Calmon Viana Linha de Alta Tensão Limite de Análise ZEIC Rodoanel Mário Covas

ESCALA 1 / 12.500

O mapa de usos e ocupação é de grande utilidade, pois mostra a distribuição das diversas dinâmicas urbanas, econômicas e sociais de Poá. Nota-se um grande eixo vermelho de cunho comercial que atravessa o centro e transpassa a ferrovia. Essa é uma característica que se deu há alguns anos. Como as dinâmicas eram outras, haviam passagens em nível sobre os trilhos da atual linha 11 coral, e os “lados da cidade” tinham laços mais evidentes. Ainda há marcas no traçado atual, e uma delas é este caráter comercial que ainda se estende pelos dois lados, mesmo havendo uma descontinuidade entre eles, a ferrovia. A Zona Especial de Interesse Comercial, ZEIC, delimitada e descrita anteriormente, é nitidamente reconhecida neste mapa pois tem em seu conteúdo variados tipos de uso e ocupação. Logo, observa-se que o trecho de área com o uso predominante de residências, em amarelo, não faz parte desta Zona. |ENTRE LIMITES| 29


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-Mapa Topografia e Hidrografia

LEGENDA Rios Divisores de Água Curva Mestra Curva Intermediária Ferrovia Limite de Análise

ESCALA 1/12.500

O que mais chama atenção neste mapa é a geografia acidentada da área de estudo. O recorte de área é um vale, e o projeto busca apropriar-se desta relevante particularidade topográfica.

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-Mapa de cheios e vazios

LEGENDA Edificações Vazios Estação Poá Estação Calmon Limite de Análise ESCALA 1/12.500

O mapa de cheios e vazios mostra um pouco da espacialidade que há no fundo de vale o qual o eixo projetual se situa. As áreas mais à sudoeste, de terrenos amplos e com menos construções, tem potencial para abrigar, assim como já o faz pois contém o reservatório de combate às enchentes, as possíveis intervenções responsáveis pela retenção do volume de água excedente antes de chegar ao centro. As intervenções não se sustentariam caso o mesmo cenário continuasse a existir.

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-Mapa de Corredores e Equipamentos

LEGENDA 1 - Fonte Áurea 2 - Praça dos Eventos 3 - Teatro Municipal 4 - Reino da Garotada 5 - Praça da Bíblia Rodoanel Mário Covas SP-066 Via Arterial-Metropolitana Ferrovia

Figura 15: Fonte Áurea Fonte: Wikimapia

Figura 16: Teatro Municipal de Poá Fonte: Arquivo pessoal do autor

Via Arterial Via Coletora Ciclovia

SEM ESCALA

Os corredores se dividem em diversos tipos e atendem várias escalas de circulação entre Poá, os municípios vizinhos e a metrópole. São encarregados de distribuir o trânsito da cidade, assim como facilitar o acesso entre os diversos ambinetes do município. É possível encontrar nas principais vias da cidade equipamentos que atendem o público da região. Os equipamentos de maior impacto no município são os listados no mapa. São edificações situadas em localidades importantes, de conhecimento do público geral, tanto de Poá como dos municípios vizinhos. Dentre eles, destacam-se a fonte Áurea, responsável pela extração da água Poá que dá o status da cidade; o teatro municipal, edificação relativamente nova, mas que já faz parte da paisagem local; e a praça dos eventos, principal localidade da cidade em relação às atividades de grande público, que recebe shows, e é palco da exposição de orquídeas, famosa por toda a região e que ocorre periodicamente.

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-Mapa Síntese

LEGENDA Eixo Comercial Institucional/cultural Setor 1 Setor 2 Setor 3

Síntese

Estação Poá Limite de Análise Balneário e Fonte Áurea

Após a análise feita, notou-se que o centro da cidade apresenta uma variedade de dinâmicas de âmbito comercial e institucional, porém estas atividades encontram-se situadas em áreas específicas. É visível que o setor cultural, delimitado pela praça da Bíblia, praça dos eventos e teatro municipal, situa-se num trecho que não é afetado pelas enchentes, assim como o eixo comercial. O eixo comercial por sua vez, estende-se, em um pequeno trecho, por uma área afetada pelas enchentes, atravessando o setor 3. Neste intervalo, a discrepância é notável no que se refere aos tipos de comércio e serviços encontrados. Por se tratar de uma área afetada pelas enchentes, as atividades oferecidas são mais simples e básicas, diferente da diversidade de ofertas que se pode encontrar mais à norte.

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N

4 - ANÁLISE SETORIAL


Este trabalho busca analisar e intervir na área entre o rio e a ferrovia. Para uma compreensão mais sólida dos setores, a análise setorial foi feita através de levantamento fotográfico em campo. Acredita-se que para uma melhor compreensão do eixo de intervenção, a divisão do mesmo é essencial, uma vez que identifica, analisa e especifica os problemas e suas soluções, as oportunidades e suas possibilidades. Cada setor então passa a ser analisado separadamente para que suas individualidades possam ser estabelecidas e devidamente estudadas.

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4.1 -Setor 1

SEM ESCALA

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Ao observar a área definida como Setor 1, pode-se dizer que ela aparenta ser apenas mais um bairro da cidade, composto por residências e edificações irregulares implantadas sobre áreas indevidas. Porém, nele está inserido o reservatório de combate às enchentes(1), feito neste setor pela Prefeitura Municipal devido o local apresentar grandes áreas livres e ser o ponto onde se iniciam as enchentes, como é possível ver na figura 17. Tendo em vista as características apresentadas e a existência de mais áreas livres para a atualização da infraestrutura de drenagem, pensou-se então que este setor pudesse ser responsável pelo manejo das águas, tentando conciliar o redesenho urbano com infraestruturas verdes de drenagem, requalificando a área e possibilitando a requalificação dos trechos à jusante. Existem algumas construções que, em sua maioria, são de comércio e serviço, e estão situadas em uma área de APP. Essas edificações serão desapropriadas e o espaço liberado será usado para benefícios à população como um todo, já que retirando-as poderá ser gerado um espaço maior de área permeável, melhorando o desempenho da rede de drenagem.

Figura 18: Edificações localizadas em área de preservação permanente(2) Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 17: Pontos críticos atingidos pelas enchentes, piscinão (1) e edificações irregulares(2)

Figura 19: Área livre entorno no córrego

Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público

Fonte: Arquivo pessoal do autor

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Para que os problemas periódicos relacionados às chuvas e à infraestrutura de drenagem atual sejam resolvidos, uma solução possível que o município pode adotar é o Plano de Desenvolvimento de Drenagem Urbana (PDDU). Este plano tem como objetivo “minimizar o impacto ambiental devido ao escoamento das águas pluviais” (PINTO, PINHEIRO, 2006). O plano consiste em estudar toda a área da bacia hidrográfica, para estabelecer normas e critérios projetuais. O Setor 1 possui uma passarela que faz o transpasse da linha férrea que divide a cidade, sendo uma das poucas maneiras de se deslocar de um lado ao outro da linha. Em uma breve análise, pode-se observar que há apenas três maneiras voltadas exclusivamente para pedestres de atravessar a linha férrea, sendo uma delas pela passarela indicada na foto ao lado. Os outros caminhos são feitos mais a leste, próximos à estação Poá, ou por baixo da linha, pelo “famoso buraco”, uma passagem subterrânea, ou pela própria passarela que dá acesso à estação. É possível atravessar a linha também pelo viaduto Tancredo Neves, mas não é uma passagem confortável ou exclusiva para pedestres. Pretende-se que a etapa final de projeto possa contemplar essas relevantes informações, para assim gerar outros métodos e mais opções de tranpasse deste limite que é a ferrovia.

Figura 20: Passarela e Trilhos sobre o rio Fonte: Arquivo pessoal do autor

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Figura 21: As transposições da ferrovia, e a passarela do setor 1 Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público

Figura 22: Vista do pedestre da passarela presente no Setor 1 Fonte: Arquivo pessoal do autor


Figura 23: A passarela do Setor 1.

Figura 25: Cruzamento de Limites. Rio e Ferrovia.

Fonte: Arquivo pessoal do autor

Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 24: Foto aérea do Setor 1 com ênfase nas edificações inseridas muito próximas ao córrego

Figura 26: Situação atual das edificações na APP

Fonte: Prefeitura do município de Poá

Fonte: Arquivo pessoal do autor

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4.2 -Setor 2

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6 4 5 3 2 1 Figura 27: Pontos de análise do setor 2 Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público

O setor 2 é uma grande quadra cortada diagonalmente pelo córrego Itaim, e é um dos pontos mais atingidos pelas enchentes. Entre os limites -rio e ferrovia- é possível encontrar uma creche(1), um centro de saúde “CS II” (2) e uma grande área de lazer(3), com quadras e quiosques, além de um edifício que, hoje abandonado, abrigava o antigo cinema Cine Jóia(4). Há também a presença da praça José Felipe Júnior(5) e alguns comércios(6). Alvo corriqueiro das enchentes, a creche encontra-se hoje em estado de completo abandono por estar muito próxima do córrego. Salas fechadas e vazias, paredes e janelas depredadas, o que se vê é uma edificação com ótima localização na cidade, mas inutilizada devido o problema das águas.

Figura 28: A situação atual da creche(1) Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 29: Relação da creche(1) com o córrego Fonte: Arquivo pessoal do autor

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Figura 30: O Centro de Saúde II (CSII)(2)

Figura 31: Situação da área de lazer(3) localizada no setor 2

Fonte: Google Earth - Street view

Fonte: Arquivo pessoal do autor

Não diferente e vizinho à creche, o centro de saúde enfrenta os mesmos problemas. Implantado de costas para o córrego Itaim, também é alvo da violência das águas, e já teve as portas fechadas em detrimento de sua localização; que é ótima em relação à cidade, porém péssima em relação ao córrego. A área de lazer pertencente ao setor 2 é muito utilizada por jovens para praticar esportes durante a tarde. Possui duas quadras e 8 quiosques que raramente são utilizadas pelos cidadãos. Por mais que sejam poliesportivas, as quadras possuem infraestrutura apenas para a prática do basquete, com cestas reguláveis. Não há balizas, traves, redes, nem grades de proteção caso a bola vá para a direção do córrego. A situação atual é de abandono. Figura 32: Situação do mobiliário ofertado na área de lazer(3) Fonte: Arquivo pessoal do autor

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Há no setor 2 uma edificação ociosa ao lado da área de lazer que abrigava um antigo cinema chamado Cine Jóia. Em mapa de 1972, é possível ver o local identificado como cinema. Havia também um outro cinema chamado Cine Esmeralda, porém hoje o prédio está sendo usado para finalidades comerciais. No caso do Cine Jóia, a edificação pode ser considerada, na visão de Lynch, como um ponto marcante por mais que esteja degrada. A praça José Felipe Júnior é muito frequentada, pois é ponto de parada de ônibus e possui comércios, vizinhos ao antigo cinema, que são acessados por ela. É um ambiente agradável, com boa arborização, mas possui mobiliário degradado, antigo e pouco convidativo.

Figura 34: Fachada do antigo Cine Jóia(4) Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 33: Mapa de 1972 - os cinemas de Poá - Cine Jóia(4) e Cine Esmeralda Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público

Figura 35: A praça José Felipe Júnior(5) vista da Avenida Padre Anchieta, com o Relógio de Poá e antigo Cine Jóia ao fundo Fonte: Google Earth - Street view

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4.3 -Setor 3

SEM ESCALA 48 |ENTRE LIMITES|


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Figura 36: Mapa de localização do setor 3 com os pontos que serão analisados. Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público

1- Praça dos Expedicionários 2- Praça Atílio Santarelli, mais conhecida como praça do relógio 3- Estação Poá - CPTM 4- Casa da Estação 5- Passagem pública que liga as praças Atílio Santarelli e Ruy Barbosa 6- Praça Ruy Barbosa

7- Ex-base da Polícia Militar 8- Terminal rodoviário Ayrton Senna 9- Secretaria de Serviços Urbanos da prefeitura de Poá 10- Trecho canalizado do córrego Itaim(1) 11- Trecho canalizado do córrego Itaim (2) 12- Avenida 9 de Julho |ENTRE LIMITES| 49


Figura 37: Divisão dos setores 2 e 3 :Praça dos expedicionários(1), praça do relógio(2) e a entrada do “buraco”, passagem subterrânea que liga os dois lados da cidade separados pela ferrovia. Fonte: Mapio.net

Figura 38:Praça Atílio Santarelli(2) e mobiliário , em frente a estação Poá, comumente chamada de praça do Relógio. Fonte: Wikimapia

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O setor 3 talvez seja o mais complexo em termos de análise, pois é uma das mais importantes áreas do centro, abrigando a estação Poá da CPTM(3), e outras diversas atividades que podem ser tomadas como oportunidades. Tanto a estação como seu entorno imediato possuem grande valor histórico para a cidade. Há praças, comércios formais e informais, edificações antigas e novas, um terminal de ônibus, serviços, bancos, trechos onde o córrego itaim está canalizado, locais que em dias específicos são exercidas atividades de feira, e outras dinâmicas que serão melhor demonstradas através de imagens. O Relógio é um marco da cidade, hoje em dia pouco notado. Abriga um ponto de táxi e sanitário público. Na figura XX, outra ponto interessante que pode ser notado são os quiosques na praça Atílio Santarelli(2), comumente referida como praça do relógio.


A casa da estação(4) é um dos patrimônios da cidade. Era uma casa de apoio à antiga estação Poá, e hoje é um pequeno museu-biblioteca que mantém um acervo de livros e arquivos históricos da cidade, localizada na praça do relógio. Os quiosques da praça acabam interferindo a visão do prédio, que é, assim como o relógio, um marco. A passagem mostrada nas fotos ao lado é uma importante via da cidade. Ela liga as praças do Relógio e Ruy Barbosa, e possui grande fluxo de pedestres. Assim como nas praças, o comércio “informal” se faz presente, e funciona nesta localidade como os “olhos da rua” para Jane Jacobs.

Figura 40: Quiosques como os “olhos da rua” na passagem(5) que liga a praça do relógio(2) com a praça Ruy Barbosa(6). Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 39: Casa da Antiga estação(4), os quiosques da praça e o mobiliário urbano ofertado.

Figura 41: A passagem(5), os quiosques, a casa da estação(4) e a estação Poá(3) ao fundo.

Fonte: ofrontispicio

Fonte: Arquivo pessoal do autor

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Esses comércios informais encontrados nas praças no entorno da estação remetem às transações comerciais de quando a estação foi criada, mostrando o quão importante é este local para a cidade, pois é lá que a as pessoas passam para chegar à estação. Outro importante ponto da cidade já mencionado é a praça Ruy Barbosa(6), localizada ao lado do Terminal Ayrton Senna(8), que apresenta as mesmas características da praça anteriormente citada. A praça é bem arborizada, mas também é composta pelo mesmo tipo de mobiliário urbano das praças José Felipe Júnior(setor 2) e praça do relógio, podendo identificá-las como um conjunto de praças que formam um eixo verde entre os Limites. Parte da proposta projetual seria requalificar todo esse eixo formado pelas praças, para que assim, quem chegue na cidade, possa ser acolhido em um espaço público mais agradável, e que essas praças possam ser incumbidas de auxiliar na questão da drenagem.

Figura 43: A praça Ruy Barbosa e o terminal Ayrton Senna(8) ao fundo Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 42: A praça Ruy Barbosa(6) e os quiosques Fonte: Arquivo pessoal do autor

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Figura 44: O antigo paço municipal e ex-base da polícia militar(7) abandonado hoje por causa das enchentes. Fonte: Arquivo pessoal do autor


O terminal Ayrton Senna(8), que leva este nome em homenagem ao piloto, não mudou muito desde sua inauguração em 1989. A infraestrutura do “terminal” se resume a pontos de ônibus comuns, que encontram-se deteriorados, e que não atendem a demanda dos usuários nos horários de pico, deixando a desejar quando realmente precisa-se de um abrigo para se proteger da chuva ou do sol. As intervenções projetuais pretendidas neste trecho baseiam-se na requalificação do espaço, no atendimento das demandas dos usuários e nas conexões intermodais possíveis, pois nota-se na imagem abaixo que há apenas uma única saída da estação direto da plataforma que liga-se ao terminal (escadas no canto esquerdo da imagem).

Figura 45: A praça Ruy Barbosa(6) à esquerda, o terminal(8) à direita e o busto do piloto. Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 46: O desnível da cidade marcado pela ferrovia Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 47: A estação(3), a ex-base da polícia militar(7) e a praça Ruy Barbosa(6) vistos do terminal Fonte: Arquivo pessoal do autor

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O terreno abaixo do viaduto abriga a Secretaria de Serviços Urbanos(9), onde todo o espaço, cercado por muros altos no centro da cidade, contém oficinas de marcenaria, elétrica, almoxarifado e depósitos de materiais que auxiliam nas obras de manutenção, além de servir como depósito de carros velhos e caminhões e tratores que fazem os serviços pelo município. O Edifício da Secretaria também está inserido no local, possui diversas salas para trabalhos específicos e reuniões, e é o gabinete do secretário de serviços urbanos. Por estar no centro da cidade, a fachada das construções deste grande lote poderiam se relacionar melhor com o entorno. Esses muros altos acabam criando um clima diferente daquele esperado perante uma praça arborizada e frequentada como é a praça Ruy Barbosa.

Figura 49: O muro das oficinas da Secretaria de Serviços Urbanos Fonte: arquivo pessoal

Figura 48: Foto aérea mostrando o terreno da Secretaria e o Terminal, trecho do setor 3 Fonte: Portal news

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Figura 50: Prédio da secretaria (à dir.) e o pátio que acomoda as oficinas de apoio e os caminhões(9). Fonte: Arquivo pessoal do autor


Figura 51: O córrego canalizado(10). Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 53: Pós canalização, rumo ao Tietê à leste. Fonte: Arquivo pessoal do autor

No setor 3, o córrego itaim tem metade de seu curso canalizado, e este trecho é um dos que mais apresentam problemas durante as épocas de chuvas, pois a infraestrutura subterrânea não comporta a grande vazão e acaba transbordando no setor anterior, fazendo com que as águas, ao chegarem no setor 3 corram pela superfície. Neste trecho(10) do córrego, os tampões que o cobrem servem de piso para áreas de convivência pouco atrativas, onde raramente param pedestres, servindo apenas como área de passagem. É uma proposta interessante, mas que não tem agregado muito aos usuários por não apresentar um diferencial. Os tampos de concreto mencionados, utilizados para cobrir o córrego, chegam a desprenderem-se do chão com a violência das águas nas épocas de chuva, sendo arrastados por vários metros. Isso é muito perigoso e coloca em risco a vida de moradores e comerciantes da região. A foto acima mostra o canal por onde corre o córrego Itaim, que segue livre para o Tietê à leste, sem mais nenhum trecho canalizado. Figura 52: Trecho canalizado, passando pela Avenida Leonor Marques da Silva Fonte: Arquivo pessoal do autor

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Figura 54: Foto do trecho canalizado(10 e 11), com as Avenidas 9 de Julho(12) à esquerda e a Avenida Leonor Marques da Silva à Direita Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 56: Acesso às lojas por cima do córrego Itaim canalizado(11) Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 55: Continuação da Avenida Leonor Marques da Silva, com o córrego canalizado(11) Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 57: A ambientação do centro no trecho canalizado do córrego(11) Fonte: Arquivo pessoal do autor

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Figura 58: A Avenida Nove de Julho Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 59: Chapas de aço protegendo as lojas das possíveis enchentes - Av. Nove de Julho(12) Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 60: Chapas de aço protegendo as lojas das possíveis enchentes - Av. Leonor Marques (11) Fonte: Arquivo pessoal do autor

As fotos aqui selecionadas tentam retratar um pouco do que se encontra neste trecho do setor 3. Este é o “setor afetado pelas cheias”, mencionado no início do trabalho. Pode-se observar o tipo de comércio e o mobiliário público ofertado, além das grandes chapas metálicas que lojistas se acostumaram a usar para se protegerem das águas, e que se tornaram parte do cotidiano poaense. |ENTRE LIMITES| 57


Por último, mas não menos importante, a Estação de Poá(3) está presente no Setor 3, e foi elemento chave na história para o desenvolvimento da cidade. No livro Hipóteses do real, obra que reúne projetos do escritório do arquiteto Héctor Vigliecca, encontra-se uma consideração muito relevante para este trabalho. Ao entrar no capítulo sobre áreas consolidadas é dito que : “Os projetos apresentados para áreas consolidadas colocam algumas questões significativas a serem destacadas. Trabalhar a coexistência dos tempos é uma delas. Reconhecer a dimensão histórica do território urbano é não começar do zero: pelas marcas do lugar, por reconhecê-lo como ‘território usado’, pela coleção de coisas.” (RUBANO, 2012. in: RUBANO;FERREIRA, 2012, p.44)

Saber lidar com as preexistências é algo primordial neste trabalho, e relevante é o fato de que são elas que poderão de certa forma guiar o projeto, pois como citado, não se começa do zero em regiões consolidadas como esta.

Figura 61: Fachada da Estação Poá, com as escadas rolantes e caixa de escada que dão acesso à plataforma Fonte: Arquivo pessoal do autor

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Figura 62: A passarela que transpõe a ferrovia Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 63: As caixas de circulação da Estação Fonte: Arquivo pessoal do autor


Figura 64: Acessos da estação ( elevador e escada) e o bicicletário existente Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 66: Saída no nível da plataforma que liga a estação ao terminal Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 65: Vista da casa da estação à noite. Quiosques como “olhos da rua” Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 67: O talude que divide a cidade e é demarcado pela ferrovia visto da plataforma de embarque sentido Estudantes com a prefeitura municipal ao fundo Fonte: Arquivo pessoal do autor

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Figura 68: O Talude Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 70: Cobertura da plataforma (sentido Luz) Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 69: Prédio de apoio aos serviços da estação, contando com vestiário e copa para funcionários Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 71: A estrutura da Estação vencendo o grande vão Fonte: Arquivo pessoal do autor

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O processo de projeto requer um olhar atento para o lugar em questão devido este ser o centro da cidade, pois “tem um papel essencial quanto à identidade e à referência de seus cidadãos e visitantes”(VARGAS; CASTILHO, 2006, p.6). Como dito anteriormente, as preexistências devem ser consideradas, e a estação é uma delas.

Figura 72: Estacionamento privativo da CPTM visto da plataforma de embarque sentido Luz com talude ao fundo Fonte: Arquivo pessoal do au’tor

“(...)Qual a importância da recuperação dos centros urbanos? Recuperar o centro das metrópoles nos dias atuais significa, entre outros aspectos, melhorar a imagem da cidade que, ao perpetuar a sua história, cria um espírito de comunidade e pertencimento. Significa também promover a reutilização de seus edifícios e a consequente valorização do patrimônio construído; otimizar o uso da infra-estrutura estabelecida; dinamizar o comércio com o qual tem uma relação de origem; gerar novos empregos. Em suma, implementar ações em busca da atração de investimentos, de moradores, de usuários e de turistas que dinamizem a economia urbana e contribuam para a melhoria da qualidade de vida, valorizando também a gestão urbana que executa a intervenção.(...)” (VARGAS;CASTILHO, 2006, p. 4).

A infraestrutura existente também deve ser considerada, já que “ Nos centros das cidades, geralmente há um sistema viário consolidado, saneamento básico, energia e serviços de telefonia, transporte coletivo, equipamentos sociais e culturais de diversas naturezas. O descarte dessa infra-estrutura, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental, é injustificável.” (VARGAS;CASTILHO, 2006, p.6)

Figura 73: Outra fachada da Estação, as circulações e a passarela que faz o transpasse da ferrovia Fonte: Arquivo pessoal do autor

haja vista que a proposta neste trabalho é além de considerar essas infraestruturas, incluir por meio de projeto atualizações e requalificações que sejam sólidas a ponto de prevenir as constantes enchentes e melhorar os sistemas de mobilidade e conexões intermodais que estão inadequados atualmente. |ENTRE LIMITES| 61


5 -ESTUDOS DE CASO


Os projetos aqui analisados foram escolhidos por serem intervenções em centros urbanos consolidados. Os parâmetros usados para a escolha de tais projetos foram as diferentes e interessantes soluções projetuais de transpasses, e a reaproximação de áreas antes segregadas pelas infraestruturas de transporte e rios urbanos em cada contexto.

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5.1 -Promenade - Passeio pĂşblico

Figura 74: O Projeto Fonte: Pinterest

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Autor: Enota Architects Localização: Valenje, Eslovênia Ano: 2016

Figura 75: Vista das arquibancadas e dos diferentes espaços gerados Fonte: Archdaily

Figura 76: Arquibancada nas margens do Rio Fonte: Archdaily

Figura 77: Mobiliário de concreto Fonte: Archdaily

O passeio público projetado pelo escritório Enota architects é uma importante via da cidade de Valenje. O projeto tem como objetivo renovar e revitalizar o centro, abastecendo a cidade com uma maior variedade de programas, organizando os fluxos dos pedestres e possibilitando o transpasse dos mesmos para o outro lado do curso d’água que corta a região. O programa é composto por diretrizes de planejamento urbano e um projeto de passeio público no eixo principal da cidade, que é responsável por organizar todo seu entorno. O desenho do passeio possui ângulos muito bem elaborados, formados por mobiliários de concreto que conduzem o caminhar e criam espaços de convivência, embelezando e qualificando a região, tornando-a mais atrativa para as pessoas. Além disso, foi criado uma arquibancada nas margens do rio, que serve de palco para atrações e festividades devido seu desenho proporcionar áreas fluidas, ora de estar, através de trechos alongados e estreitos, ora de atividades, através de trechos mais abertos, alargados, que possibilitam a execução de atividades. Este projeto foi escolhido por apresentar um programa interessante, que estabelece diretrizes de desenvolvimento para as áreas envoltórias do eixo principal, além de possuir um desenho urbano e paisagístico que, se repensados, podem servir de suporte para o manejo das águas, em virtude de parte de seu programa ser implantado às margens de um rio. |ENTRE LIMITES| 65


5.2 - Seoullo 7017 - Skygarden

Figura 78: Perspectiva 3D do Projeto Fonte: Archidaily

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Arquitetos: MVRDV Localização: Seul, Coreia do Sul Ano: 2015

Figura 79: Relação da plataforma com edifícios, e os acessos em nível Fonte: Archidaily

Figura 80: Composição da peça à noite em meio a cidade Fonte: Archidaily

Figura 81: Configuração do mobiliário urbano ofertado Fonte: Archidaily

O projeto, também conhecido como ‘Skygarden’, foi selecionado por apresentar uma interessante solução quanto às conexões de importantes espaços urbanos, anteriormente muito distantes entre sí. Reaproveitando a infraestrutura de um antigo viaduto, foi proposta uma nova laje com uma ampla variação de espécies arbóreas, criando um verdadeiro jardim suspenso, que conecta espaços antes segregados entre sí pela larga infraestrutura viária da cidade. Mais do que uma passagem, o Skygardem apresenta uma enorme variação de espécies arbóreas, tornando o passeio público mais agradável, criando uma espécie de “berçário” para espécies ameaçadas, além de ser um “viveiro informativo”, informando os pedestres sobre diversas características das espécies que lá estão. Há também em determinados pontos, lojas e mirantes. Como o projeto está inserido em um grande centro urbano, o acesso à alguns edifícios de grande porte também pode ser feito diretamente através da plataforma. Projetos em escalas como essa, que estão inseridos em grandes regiões urbanas, auxiliam a pensar sobre a implantação de tal estrutura sobre a linha férrea na RMSP. Como é possível ver na figura 78, o Seoullo 7017 liga vários pontos importantes como parques e praças por exemplo, tendo acesso em diversos locais. A noção dos blocos de acesso e ligações com pontos importantes da cidade é o que se tira de mais importante deste projeto. |ENTRE LIMITES| 67


5.3 -Jardins Suspensos

Figura 82: O Projeto Fonte: Archidaily

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Autor: Sergi Godia + Ana Molino archtects Localização: Sants, Barcelona Ano: 2016

Figura 83: Vista aérea do projeto mostrando a nova configuração urbana Fonte: Archidaily

Figura 84: Passeio em meio à vegetação. A ambiência gerada Fonte: Archidaily

Figura 85: Corte do projeto mostrando a configuração estrutural do projeto Fonte: Archidaily

O projeto dos Jardins Suspensos foi escolhido pela sua intrínseca relação com a ferrovia e o centro consolidado da cidade. É um projeto diferenciado que possui um valor muito grande para este trabalho. É configurado por uma laje que cobre as linhas férreas que antes cortavam o bairro e segregavam-no em duas partes. Agora, a cidade passa a ter mais uma área de lazer, com variadas possibilidades de conexões entre os “dois lados”, e novas atividades, mobiliário, serviços e qualidade ambiental. Este projeto foi de suma importância na elaboração do partido estrutural neste trabalho, pois a laje que abriga o solo urbano criado é sustentada por vigas que vencem o vão sobre os trilhos, que têm suas cargas descarregadas para fora da região dos trilhos em uma trama de pilares em “V”, que juntos formam uma “fachada para o edifício”. Outro ponto importante utilizado como referência foram os espaços criados, o paisagismo elegante e os passeios, seus materiais e dimensões. |ENTRE LIMITES| 69


5.4 -High Line

Figura 86: Vista aérea do projeto Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público

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Autor: James Corner Field Operations e Diller Scofidio + Renfro Localização: Manhattan, Nova York Ano: 2009

Figura 87: Caminhos Fonte: Thehighline

Figura 88: Jardins e passagens Fonte: Thehighline

Figura 89: Mobiliário e estrutura Fonte: Thehighline

O High Line é um parque projetado numa antiga linha de trem suspensa desativada. Está localizado à sul do Central Park de Nova York, e fica próximo à margem do rio Hudson. O projeto buscou reaproveitar as infraestruturas que já existiam para a criação de um parque linear, com áreas de estar e convívio, jardins e mirantes para contemplação dos diversos pontos por onde passa. Uma particularidade do projeto é a linguagem utilizada. O mobiliário possui característica única por todo o percurso. O trajeto possui uma extensão de cerca de 4 kilômetros, com bancos de madeira, trechos repletos de vegetação de várias espécies formando um verdadeiro jardim sobre laje, trilhos que remetem ao antigo uso da plataforma, e até mesmo sobre esses trilhos são postos mobiliários, como bancos que podem se mover, criando assim um ambiente que pode ser alterado pelo usuário. Os bancos também recebem um tratamento em conjunto com o piso da plataforma, sendo que há momentos que o piso “sai do chão” para se posicionar como um banco, como mostra a figura 89. Os caminhos direcionam o pedestre à áreas hora mais calmas, hora mais agitadas, sendo estas separadas por trechos ajardinados que limitam onde fica o fluxo de passagem e onde fica a área destinada ao estar, com mobiliário, como pode ser visto na figura 88. O estudo do High Line foi de grande valia para a compreensão das diretrizes que foram tomadas para a elaboração do projeto, visto que as dimensões das plataformas, a estrutura e a utilização de uma linguagem própria podem ser ferramentas que auxiliam na elaboração dos espaços, pois esse conjunto limita o processo de elaboração das características da peça final.

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5.5 - Estação Porta Susa

Figura 90: Vista da fachada Norte do projeto e acesso lateral em nível Fonte: Archidaily

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Autor: Silvio d’Ascia Architecture Localização: Turim, Itália Ano: 2013

Figura 91: Croqui do projeto Fonte: popsu

Figura 92: Corte do projeto mostrando a nova disposição dos equipamentos Fonte: Archidaily

Figura 93: Diagrama de Fluxos e Acessos Fonte: infobuild

O projeto da estação intermodal de Turim, na Itália, faz parte de um projeto maior de reestruturação e requalificação do tecido urbano em um eixo denominado como “Espina Centrale”. O trecho aqui analisado, chamado de “Spina 2 Porta Susa”, foi pensado de modo a abrigar as novas instalações do trem de alta velocidade que passa por vários países europeus, além de reconfigurar o espaço urbano local, para requalificar a área envoltória da estação proposta, de forma a reestabelecer as relações dos “dois lados” da cidade, que fora fragmentada pela linha férrea. A estação funciona como uma galeria de vidro, mantendo a realação interior/exterior com a cidade, permitindo a entrada de luz para dentro do difício. Sua implantação permite o transpasse em nível de usuários e pedestres através do reajuste da cota dos trilhos. A proposta de rebaixar os trilhos possibilitou de fato criar passagens e dar espaço às necessidades públicas. As principais qualidades que podem ser retiradas para a elaboração deste trabalho em um projeto como este é a capcaidade de se trabalhar em diferentes escalas, as quais culminam na edificação, que possui características de suportar uma infraestrutura de escala metropolitana, mas que está inserida em uma pequna cidade, e a de reaproximar territórios fragmentados pelas infraestruturas de transporte. |ENTRE LIMITES| 73


6 - PARTIDO E PROGRAMA


Problema Solução Mitigação A requalificação urbana proposta irá se estruturar como mostra o diagrama ao lado. As soluções dos problemas encontrados nas áreas destacadas, durante todo o percurso analítico deste trabalho, pretendem possibilitar o início da requalificação do centro da cidade. Ainda assim, mais que uma requalificação urbana no município de Poá, o projeto busca aproveitar-se do espaço aéreo das linhas férreas, que transformaram-se em barreiras em meio às cidades, para a criação de solo urbano, visando a qualificação ambiental e as conexões intermunicipais na região metropolitana de São Paulo. Com a atualização das infraestruturas de drenagem atuais e o auxílio do redesenho urbano proposto, o eixo de intervenção terá uma valorização que atrairá investimentos públicos e privados. Esses investimentos serão propostos nesta etapa de projeto, de forma que se possa ensaiar novos meios de intervenções em áreas consolidadas. Pretende-se que esses projetos tragam benefícios econômicos, sociais e ambientais não só para a área, mas também para toda a cidade em resposta à valorização e ao fomento da economia voltada ao turismo. Propõe-se então como premissa avaliar as preexistências, projetar novas conexões, idealizar edificações que valorizem a região do centro, requalificar os espaços públicos e gerar, quem sabe assim, uma maior gama de atividades que atraiam pessoas para conhecer a cidade e provar de sua maior joia, a benéfica água Poá.

Requalificação

Investimentos

Projetos

Benefícios

Econômicos

Sociais

Ambientais

Lazer

Turismo

Sustentável

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6.1 - Setor 1 O projeto do setor 1 tem como premissa básica auxiliar no combate às enchentes e abrigar as atualizações da infraestrutura de drenagem, sendo definido como o setor responsável pelo manejo das águas. As diretrizes projetuais resumem-se na análise das edificações irregulares, que são em sua maior parte comércios e serviços, para propor a desapropriação das mesmas e criar um parque que proporcione um passeio público mais agradável e com mais área útil. Para tanto, propõe-se o redesenho da calha do córrego de forma que, além da possibilidade de criação de novas áreas, se consiga assim diminuir a velocidade das águas como em um rio em leito natural. Logo, o Setor 1 será o trecho da intervenção que receberá o volume de água excedente não absorvido pelo piscinão, amortecendo e diminuindo a vazão, evitando que a água atinja o centro como é de costume.

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A primeira fase da proposta para este setor é remover as construções irregulares na APP, para que assim possam ser construídos os reservatórios subterrâneos de amortecimento de enchentes. Como trata-se de uma quadra muito comprida (com dimensões de 340m X 50m) e cortada longitudinalmente pelo córrego Itaim, pensou-se na criação de uma ponte que o atravessasse transversalmente, dando direto à uma passagem que liga o bairro. Para conciliar o redesenho urbano e a atualização das infraestruturas, pensou-se em modificar o curso atual do rio para a criação de novos espaços que possam oferecer mais área útil, bem como criar uma “arquibancada” que permita o alargamento da calha do córrego, e que possa ser utilizada por pessoas, criando um espaço diferenciado em meio à cidade. A nova configuração do córrego permitirá o encaminhamento das águas diretamente aos reservatórios subterrâneos, que se encontram abaixo das áreas de lazer criadas a partir da mudança do curso d’água, pelas aberturas nos degraus, como é possível ver ao lado.


Detalhe do degrau

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Figura 94: Vista aérea do Setor 1 atualmente com as edificações em área de preservação Fonte: Prefeitura do município de Poá

Figura 96: Maquete do Setor 1 atualmente com as edificações em área de preservação e a passarela, única transposição da ferrovia em um raio de 650 metros Fonte: Elaboração do autor

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Figura 95: Cenário proposto para receber o projeto Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público

Figura 97: Cenário proposto para receber o projeto Fonte: Elaboração do autor

Trecho de manejo das águas


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AV. VICENTE LEPORACE

AV. VICENTE LEPORACE

AMBAS

A RUA BATUIR

RUA TUPIN

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RESERVATÓRIO VOL.=200.00m³

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Figura 98: Cenário proposto para r Fonte: Prefeitura do município de Poá

A proposta deste trecho baseia-se num programa voltado para praças. A justificativa de todas as mudanças do setor se dão a partir da criação de novas áreas públicas de lazer e que, agregado a esse redesenho, se crie uma área que auxilie na mitigação de um problema crônico: as enchentes. Há, por parte da prefeitura municipal, um projeto de revitalização de área próximo ao piscinão(Figura 98) e que pode ser implementado no projeto final, de forma que as duas áreas, tanto a proposta no projeto para “trecho de manejo das águas” (Figura 97) tanto a área proposta por parte da prefeitura, se conectem. Os espaços que existem hoje e que fornecerão lugar às praças só são interligados pela passarela presente no setor 1. A ideia de aproveitar-se do espaço aéreo das ferrovias entra em funcionamento, criando uma conexão não só transversal, mas longitudinal e com mais oferta de transpasses. Além de servir como caminho e transposição, é esperado projetar espaços de convivência, observação e lazer, ou seja, criar-se-á solo urbano, aproveitando-se do espaço residual e não utilizado sobre as linhas de trem.

Figura 99: Vista do partido para o setor 1. Conexão das praças através da plataforma acima da linha férrea Fonte: Elaboração do autor

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6.2 - Setor 2 O setor 2 é tido neste trabalho como uma grande quadra cortada pelo córrego Itaim. Seu papel corresponde ao lazer, entretenimento, esporte e saúde. O lazer será mantido na praça que se faz presente no setor, através do redesenho e da nova proposta de mobiliário e equipamentos. O entretenimento será trazido à área com a proposta do retorno do Cine Jóia, antigo cinema que poderá revitalizar a praça José Felipe Júnior, que ganhará um replanejamento para atender as novas demandas. O “esporte” será realocado para um antigo galpão ocioso que tem potencial para abrigar atividades esportivas, possibilitando a prática a qualquer hora, pois até então as quadras que existem na área não são cercadas nem cobertas. A creche foi pensada num primeiro momento em ser realocada, mas como almeja-se retomar as atividades da cidade agora sem o risco das enchentes, é previsto deixá-la no mesmo local para que o prédio volte à ativa. Por último, mas não menos importante, a Saúde poderá enfim ser mantida no local, já que os problemas que hora e outra ocasionam seu mau funcionamento serão solucionados.

1

2

3

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Figura 100 - Croqui mostrando que pretende-se trazer o cinema de volta à cidade. Fonte: Elaboração do autor

Figura 102: O Galpão abandonado, próximo ao setor 2,que é uma oportunidade de retrofit. Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 101: Maquete mostrando a configuração do setor 2 antes da implantação do projeto Fonte:Elaboração do autor

Figura 103: Maquete após receber a intervenção acima da ferrovia e suas possíveis conexões com edifícios vizinhos Fonte: Elaboração do autor.

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6.3 - Setor 3 O setor mais complexo é de suma importância para a área de intervenção. Abriga a estação de trem de Poá e a Rodoviária. A intenção principal de projeto neste setor é fazer uma conexão entre o terminal e a estação. Outro ponto relevante é a proposta de tombamento à Casa da Estação, para que ela seja valorizada e que assim os comércios informais dispostos na praça sejam realocados de forma a não cobri-la. Também poderá ser pensado na mudança de seu uso, para que desempenhe algum tipo de atividade voltada ao turismo. É esperado que seja projetado também uma cobertura para o terminal Ayrton Senna, e que os muros dos edifícios de apoio da Secretaria de Serviços Urbanos de Poá(Figura 49) se modifiquem. A ideia é que se crie também um novo edifício para ser a sede desta secretaria, e que tenha em seu térreo as atividades básicas de um terminal rodoviário, substituindo assim os muros que não ajudam na qualidade ambiental. Como se trata do entorno imediato da estação, a “porta de entrada” da cidade são as praças que cercam-na. Assim sendo, pretende-se que as praças citadas sejam requalificadas, dando nova linguagem e modificando o espaço para algo mais fluido, com perspectivas visuais, mobiliário convidativo, áreas verdes e livres, espaços para se trabalhar com água e que as referidas praças também possam auxiliar no escoamento das águas das chuvas, já que hoje não há nenhum tipo de infraestrutura neste setor que auxilie no assunto.

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Figura 104: Maquete mostrando a configuração do setor 3 antes da implantação do partido do projeto. Em destaque, o prédio da estação Poá. Fonte: Elaboração do autor

Figura 105: Maquete do setor 3. Relação da plataforma acima da linhha férrea, o terminal rodoviário e o eixo de praças criadas. Fonte: Elaboradção do autor

Figura 106: Maquete mostrando a configuração do setor 3 pós a implantação do partido do projeto Fonte: Elaboração do autor

O Setor 3 possui um elemento topográfico caracterizador do espaço. Este elemento é realçado pela linha férrea e fragmenta o município. Refiro-me ao talude, evidenciado nas análises setoriais. Esta conformação geográfica, anteriormente natural, mas evidenciada pelo homem através da construção da estação e da ferrovia que por ali passa, torna-se um “limite”. A etapa seguinde busca comprender seus diversos níveis, melhorando assim a relação do pedestre com a área, gerando transpasses que se baseiam na utilização e conciliação desta oportunidade geográfica com as propostas de desenho urbano.

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6.4 - Plataforma Urbana Após todos os levantamentos, premissas e diretrizes, a proposta projetual, que foi mencionada durante todo o trabalho, pretende conectar todo o eixo de intervenção para que não exista mais uma fragmentação no tecido urbano da cidade. Para tanto, o que se pensou foi criar uma estrutura em cima da ferrovia capaz de suportar uma nova laje, ou “um novo solo urbano” que usufruísse do espaço aéreo livre e subutilizado das ferrovias, cenário recorrente, presente em vários municípios da RMSP. O projeto consiste em uma grande laje, que se lança por toda a extensão da ferrovia, contendo vários acessos através de rampas, escadas e elevadores. Apresenta, ao longo de sua trajetória, diversos tipos de atividades, vegetações, espelhos d’água, caminhos, mobiliário urbano e iluminação diferenciada, como se fosse um extenso parque linear que, em Poá, liga o eixo verde recriado e requalificado à cidade, deixando este de estar entre limites, e no meio metropolitano cria solo urbano de qualidade, vencendo a barreira das linhas férreas e conectando regiões pelo mesmo caminho do trem, num novo percurso, em um novo ambiente. Sobrepor o limite é recosturar o traçado anteriormente fragmentado.

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O Partido

Implantação geral do eixo de intervenção

ESCALA 1:5000


Figura 107: Maquete do eixo de intervenção antes da implantação do projeto. Cenário atual. Fonte: Elaboração do autor

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Figura 108: Maquete do eixo de intervenção com o partido do projeto implantado. Cenário proposto Fonte: Elaboração do autor

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6.5 - Faseamento O processo de projeto iniciou-se a partir do estabelecimento de todas as questões anteriormente abordadas. A proposta de um faseamento para este trabalho serviu para compreender melhor qual caminho seguir na etapa de projeto. Um dos objetivos deste trabalho era compreender a questão das enchentes e estudar propostas que pudessem ser implementadas na região afetada do centro da cidade, com a responsabilidade de sanar o problema. Tendo isso em vista, é indispensável que os ajustes previstos no Setor 1 aconteçam para dar início à todo o método pensado para implantação do projeto, sendo assim esta a primeira fase do trabalho. Logo, a segunda etapa proposta é a implantação dos projetos do Setor 3, para que assim o sistema de mobilidade e as intergrações entre os modais possam se estabelecer, e novas conexões/transpasses através da plataforma urbana consigam ser implantadas. Por fim, o Setor 2 ficaria como fechamento e concretização de todo o eixo, criando mais áreas públicas de qualidade através da plataforma, agora totalmente vinculada à cidade. Com partido e programa definidos, iniciou-se assim a etapa de projeto.

Fase 1

Setor 1

Fase 2

Setor 3

Fase 3

Setor 2

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Setor 3

Setor 2

Setor 1

Figura 109: Sequeência de fotos da Maquete do eixo de intervenção com o partido do projeto implantado. Cenário proposto. Fonte: Elaborado pelo autor

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7 -PROJETO


7.1 - Projeto O Setor 3 foi selecionado para ser ampliado e desenvolvido por possuir diversificados assuntos quanto ao redesenho urbano, à atualização das infraestruturas de drenagem e às de mobilidade, bem como propostas de novas edificações e aplicação de usos para edificações existentes. Para isto, parte do Setor 2 foi anexado, e deu-se por fim um recorte de área que foi ampliado, e definido agora como Projeto. Saliento ainda que as fotos aqui apresentadas são da maquete elaborada na primeira etapa deste trabalho, e os desenhos a seguir são responsáveis por dar continuidade ( de projeto ) neste capítulo.

Figura 110: Conjunto de fotos da maquete evidenciando a área que será ampliada e projetada Fonte: Elaborado pelo autor

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m

o Itai

Rua P

ojuca

g Córre

740

Av. Padre Anchieta 740

Av. Prefeito Jorge Francisco Correa Allen

| ENTRE LIMITES | Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Aluno

Luiz Henrique Silva Rinaldi

RA

201404872

RIO

FERROVIA

CORTES

TRECHO

N


Av. Leon

or Marqu

Av.

9

es da Silv

a

o

ulh

J de

740

Rua Herculano Duarte Ribas

745

745

Av. Brasil

LEGENDA

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2018

Acessos Plataforma Urbana Monumento dos Expedicionários

N

Desenho

Data de Entrega

Planta de Implantação Setor 3 - Trecho A 13/11/2018

Escala

1:500

Folha

01

10


Rua Ambrosina Ciscato

740

Bus

Rua Herculano Duarte Ribas

Av. Brasil

| ENTRE LIMITES | Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Aluno

Luiz Henrique Silva Rinaldi

RA

201404872

RIO

FERROVIA

CORTES

TRECHO

N


Av. Leon

or Marqu

es da Silv

a

Córrego It

aim Córrego Itaim

Av. Leonor M

arques da Silv

a

740

sto do Piloto Ayrton Senna

Rua Herculano Duarte Ribas

Av. Brasil

750

LEGENDA

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2018

Acessos Plataforma Urbana Monumento Busto Ayrton Senna

N

Desenho

Data de Entrega

Planta de Implantação Setor 3 - Trecho B 13/11/2018

Escala

1:500

Folha

02

10




Estacionamento

Cinema Cine Jóia

Antigo Cine Jóia. Proposta de projeto visa sua reabertura

Av. Padre Anchieta 740

Av. Prefeito Jorge Francisco Correa Allen

| ENTRE LIMITES | Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

LEGENDA

Acessos Plataforma Urbana Monumento dos Expedicionários

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Aluno

Luiz Henrique Silva Rinaldi

RA

201404872

RIO

FERROVIA


740

Monumento aos Expedicionários (Ver Figura do Cap. 1, p. 16) Base da Edificação que sustenta o Relógio de Poá

N

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Desenho

TRECHO

EDIFICAÇÕES NOTÁVEIS

N

Data de Entrega

Planta Praça José Felipe Júnior e Plataforma Urbana 13/11/2018

Escala

1:250

Folha

04

10


Bicicletá

Rua Her

Eixo Ferrovia

Av. Brasil

| ENTRE LIMITES | Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

LEGENDA

Acessos Plataforma Urbana

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Aluno

Luiz Henrique Silva Rinaldi

RA

201404872

RIO

FERROVIA


ário Existente

Antiga casa da Estação Utilizada no projeto como central de atendimento ao turista

740

rculano Duarte Ribas

751,3

743

Estação Poá Edifício existente

751

N

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Desenho

Planta Estação Poá, Plataforma Urbana e Praça do Relógio TRECHO

EDIFICAÇÕES NOTÁVEIS

N

Data de Entrega

13/11/2018

Escala

1:250

Folha

05

10


Piso interativo como fonte de água

Rua Ambrosina Ciscato

Ant Atu (Ve

740

| ENTRE LIMITES | Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

Rua Herculano Du LEGENDA

Acessos Plataforma Urbana Busto do Piloto Ayrton Senna

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Aluno

Luiz Henrique Silva Rinaldi

RA

201404872

RIO

FERROVIA


Córrego Itaim

Av. Leon

or Marqu

es da Silv

a

tigo Paço Municipal ual prédio da P.M. er Figura 44, p. 52)

740

Rua Herc

uarte Ribas

N

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Desenho

TRECHO

EDIFICAÇÕES NOTÁVEIS

N

Data de Entrega

Planta Praça Ruy Barbosa

13/11/2018

Escala

Folha

06 1:250

10


Av. Leono

r Marque

s da Silva

740 Busto do Piloto Ayrton Senna

Rua Herculano Duarte Ribas

741,30

751,3

| ENTRE LIMITES | Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

LEGENDA

Acessos Plataforma Urbana Busto do Piloto Ayrton Senna

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Aluno

Luiz Henrique Silva Rinaldi

RA

201404872

RIO

FERROVIA


Córrego Itaim

N

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Desenho

Planta Terminal de Ônibus Ayrton Senna

TRECHO

EDIFICAÇÕES NOTÁVEIS

N

Data de Entrega

13/11/2018

Escala

Folha

07 1:250

10


Trecho do córrego Itaim canalizado

Corte AA escala - 1 : 500

lajes que co

740

Corte AA - Ampliação 1 escala - 1 : 200

Climate Tile

Climate T

Galeria

Esquema de drenagem proposto para o Setor 3 escala - 1 : 1000

| ENTRE LIMITES |

Det. 1

Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Aluno

Luiz Henrique Silva Rinaldi

RA

201404872

CORTES


Plataforma Urbana Antiga Estação

Estação Poá

Climate Tile s alveolares e galerias oletam as águas pluviais (ver det. 1)

750

750

746,7 743,5

Tile

A

B Desenho

C

Corte AA - Estação Poá, Plataforma Urbana e trecho do córrego Itaim canalizado

C

A

N

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

B N

Data de Entrega

13/11/2018

Escala

Indicada

Folha

08

10


Corte BB

escala - 1 : 500

Corte BB - Ampliação 1 escala - 1 : 200

739 737,8

Corte BB - Ampliação 2 escala - 1 : 200

Secretaria de Serviços Urbanos SSU Poá

| ENTRE LIMITES | Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Aluno

Luiz Henrique Silva Rinaldi

RA

201404872

CORTES


753

748,5 Prefeitura da Estância Hidromineral de Poá

751,3

744,2

Plataforma Urbana Acesso à Plataforma Urbana. Foi criada uma conexão entre a Prefeitura de Poá e a Secretaria de Serviços Urbanos

Prédio do Terminal Rodoviário com banheiros, guichês de compra de passagem e café

A

N

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

B

C

Desenho

Corte BB Rio, Terminal Ayrton Senna, Plataforma Urbana e Prefeitura Municipal

C

A

Plataforma de embarque Estação Poá

B N

Data de Entrega

13/11/2018

Escala

Indicada

Folha

09

10


Corte CC escala - 1 : 500

Climate Tile lajes alveolares que encaminham as águas pluviais para galerias coletoras (ver det. 1 e 2)

Corte CC - Ampliação 1 escala - 1 : 200

744,9

739

Corte CC - Ampliação 2 escala - 1 : 200

Infraestrutura de águas pluviais instalada responsável por encaminhar as águas coletadas pelo Climate Tile

| ENTRE LIMITES |

Det. 1

Secretaria de Servi SSU Po Det. 2

Requalificação e desenvolvimento urbano na cidade de Poá

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Aluno

Luiz Henrique Silva Rinaldi

RA

201404872

CORTES


iços Urbanos oá

739

752

739

Prédio do Terminal Rodoviário com banheiros, guichês de compra de passagem e café

A

Desenho

C

Corte CC Praça Ruy Barbosa, Terminal de ônibus Ayrton Senna e ampliações

C

A

N

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

B

B N

Data de Entrega

13/11/2018

Escala

Indicada

Folha

10

10


7.2 - Maquete Eletrônica

Figura 111: Perspectiva 3D do Projeto - Secretaria de Serviços Urbanos de Poá Fonte: Elaboração do Autor


Figura 112: Perspectiva 3D do Projeto - Vista da Plataforma Urbana, Estação Poá e Praça do Relógio Fonte: Elaboração do Autor


Figura 113: Perspectiva 3D Geral do Projeto - Vista 01 Fonte: Elaboração do Autor


Figura 114: Perspectiva 3D Geral do Projeto - Vista 02 Fonte: Elaboração do Autor


Figura 115: Perspectiva 3D Geral do Projeto - Vista 03 Fonte: Elaboração do Autor


Figura 116: Perspectiva 3D Geral do Projeto - Vista 04 Fonte: Elaboração do Autor


7.3 - Maquete Física

Figura 117: Foto da Maquete Fonte: Elaboração do autor


Figura 118: Foto da Maquete Fonte: Elaboração do autor


Figura 118: Foto da Maquete Fonte: Elaboração do autor


Figura 119: Foto da Maquete Fonte: Elaboração do autor


Figura 120: Foto da Maquete Fonte: Elaboração do autor


Figura 121: Foto da Maquete Fonte: Elaboração do autor


Figura 122: Foto da Maquete Fonte: Elaboração do autor


Figura 123: Inserção Fotográfica Fonte: Elaboração do autor sobre base de domínio público


8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


- LIVROS FARRELLY, Lorraine. Drawing for urban design. London: Laurence King, 2011. 192 p. (Portfolio skills. Architecture). ISBN 9781856697187 (broch.)

PINTO, Luiza Helena; PINHEIRO, Sérgio Avelino. Orientações Básicas para Drenagem Urbana. Publicação da FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente, 2006. Disponível em: <http://www.feam.br/images/stories/arquivos/Cartilha%20Drenagem.pdf> em: Março/2018.

JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2003. 510 p.

REIS-ALVES, Luiz Augusto dos.O conceito de Lugar. Disponível em: < http://www. vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.087/225>. Acesso em: Abril/2018.

LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1988. 205p

TUCCI, Carlos E. M. Gerenciamento da Drenagem Urbana. Publicado na Revista Brasileira de Recursos Hídricos – RBRH, Vol. 7, 2002. Disponível em: <http:// rhama.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/01/GEREN02.pdf>. Acesso em: Março/2018.

REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Bases para projeto estrutural na arquitetura. São Paulo: Ziguarate, 2007-2017. 286 p. RUBANO, Lizete Maria (Org.); FERREIRA, Marcela Alonso (Org.) (Coord.). Hipóteses do real = Hypotheses on reality: concursos de arquitetura e urbanismo Vigliecca&Associados = architecture and urban design competitions Vigliecca&Associados. 1. ed. São Paulo: Vigliecca & Associados, 2012. 363 p.

- LEGISLAÇÃO E DADOS

SAGAN, Carl. Pálido ponto azul = Pale blue dot. New York City, NY: Ballantine Books, 1997. 384 p.

Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Poá (1971). Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-poa-sp>. Acesso em: Abril/2018.

TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo, SP: DIFEL, 1983. 250p.

Zoneamento, uso e ocupação do solo. Disponível em: <https://leismunicipais. com.br/plano-de-zoneamento-uso-e-ocupacao-do-solo-poa-sp>. Acesso em: Fevereiro/2018

VARGAS, Heliana Comin; CASTILHO, Ana Luisa Howard de (Org.). Intervenções em centros urbanos: objetivos, estratégias e resultados. 2. ed., rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2009. xxix, 289 p. VARGAS, Heliana Comin; PAIVA, Ricardo Alexandre. Turismo, arquitetura e cidade. Barueri, SP: Manole, 2016. 524 p.

- ARTIGOS CONSELHO BRASILEIRO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL. Requalificação de edifícios e espaços construídos. São Paulo, SP, 2013. Disponível em: <http://www. cbcs.org.br/_5dotSystem/userFiles/comite-tematico/projetos/CBCS_CTProjeto_ Retrofit_folder.pdf> Acesso em: Abril/2018.

Plano Diretor de Poá (2006). Disponível em: <http://prefeituradepoa.sp.gov.br/ indisponivel/plano-diretor/>. Acesso em: Fevereiro/2018.

Os dados e arquivos recebidos da prefeitura, bem como mapas de topografia e zoneamento do município, foram usados na elaboração dos diversos desenhos, mapas, esquemas e diagramas presentes neste trabalho.

- PERIÓDICOS Poá: Uma história de audácia. Poá, São Paulo: Editora Jornalística Notícias de Poá, 2000. 20 p. Poá: O crescimento pós anos 60. Poá, São Paulo: Editora Jornalística Notícias de Poá, 2001. 16 p.

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-ÍNDICE DE FIGURAS 1- 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10- 11- 12- 13- 14- 15- 16- 17- 18- 19- 20- 21- 22- 23- 24- 25- 26- 27- 28- 29- 30- 31-

Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018. Disponível em: <http://www.fundacaofia.com.br/gdusm/sub_bacia_ at.htm>. Acesso em: Março/2018. Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018. Disponível em: Editora Jornalística Notícias de Poá, 2000. Disponível em: Editora Jornalística Notícias de Poá, 2000. Arquivo pessoal do autor, 2017. Disponível em: Editora Jornalística Notícias de Poá, 2001. Arquivo pessoal do autor, 2018. Disponível em: <https://medium.com/trens-metropolitanos/os-130-km -de-trilhos-da-cptm-esquecidos-dentro-da-capital-475a930a34ca >. Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018. Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018. Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018. Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018. Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018. Disponível em: <http://wikimapia.org/6569340/pt/Fonte-%C3%81u rea>. Acesso em: Março/2018. Arquivo pessoal do autor, 2018. Arquivo pessoal do autor, 2016. Arquivo pessoal do autor, 2018. Arquivo pessoal do autor, 2018. Arquivo pessoal do autor, 2018. Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018. Arquivo pessoal do autor, 2018. Arquivo pessoal do autor, 2018. Disponível em: < http://prefeituradepoa.sp.gov.br/portal/audiencia -puwblica-para-discutir-renovacao-com-sabesp-sera-realizada-no -dia-11/>. Acesso em: Abril/2018. Arquivo pessoal do autor, 2018. Arquivo pessoal do autor, 2018. Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018. Arquivo pessoal do autor, 2018. Arquivo pessoal do autor, 2018. Google Earth - Street view, 2018. Arquivo pessoal do autor, 2018.

128 |ENTRE LIMITES|

32- Arquivo pessoal do autor, 2018. 33- Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018. 34- Arquivo pessoal do autor, 2018. 35- Google Earth - Street view, 2018. 36- Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018. 37- Disponível em: <http://mapio.net/pic/p-74623409/>. Acesso em: Maio/2018. 38- http://wikimapia.org/16154634/pt/Pra%C3%A7a-At%C3%ADlio-Santa relli>. 39- Disponível em: < http://ofrontispicio.blogspot.com.br/2014/06/expo-di vino-em-poa.html>. Acesso em: Maio/2018. 40- Arquivo pessoal do autor, 2018. 41- Arquivo pessoal do autor, 2018. 42- Arquivo pessoal do autor, 2018. 43- Arquivo pessoal do autor, 2018. 44- Arquivo pessoal do autor, 2018. 45- Arquivo pessoal do autor, 2018. 46- Arquivo pessoal do autor, 2018. 47- Arquivo pessoal do autor, 2018. 48- Disponível em: <http://www.portalnews.com.br/_conteudo/2016/09/ cidades/40084-poa-e-a-2-colocada-no-ranking-de-eficiencia-na-regiao. html>. Acesso em: Abril/2018. 49- Arquivo pessoal do autor, 2018. 50- Arquivo pessoal do autor, 2018. 51- Arquivo pessoal do autor, 2018. 52- Arquivo pessoal do autor, 2018. 53- Arquivo pessoal do autor, 2018. 54- Arquivo pessoal do autor, 2018. 55- Arquivo pessoal do autor, 2018. 56- Arquivo pessoal do autor, 2018. 57- Arquivo pessoal do autor, 2018. 58- Arquivo pessoal do autor, 2018. 59- Arquivo pessoal do autor, 2018. 60- Arquivo pessoal do autor, 2018. 61- Arquivo pessoal do autor, 2018. 62- Arquivo pessoal do autor, 2018. 63- Arquivo pessoal do autor, 2018. 64- Arquivo pessoal do autor, 2018.


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-TABELAS 1-

Disponível em: <http://www.fundacaofia.com.br/gdusm/sub_bacia_ at.htm>. Acesso em: Março/2018.

-GRÁFICOS 1-

-SITES

Elaboração do autor sobre base de domínio público, 2018.

Equipe técnica Mogi das Cruzes. Disponível em:< http://www.fundacao fia.com.br/gdusm/index.html> Acesso em: Março/2018.

IBGE. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/poa/pano rama>. Acesso em: Março/2018.






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