março 2014

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Basílica Menor

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MARÇO 2014 • ANO XX • nº 218

Formação Cristã

Igreja no Mundo

A Festa da Anunciação é come-

O Papa Francisco preparou uma mensagem especial para a Quaresma. Leia mais Pág.4

Via Sacra nos Bairros

morada em março. Conheça a importância do SIM de Maria. Pág.3

Vida em Comunidade Pastorais promovem encontro de formação. Veja como participar.Pág.7

saiba os endereços dos locais. Pág.2

Tema do Mês Campanha da Fraternidade 2014

chama a atenção da sociedade sobre o tráfico humano A Campanha da Fraternidade 2014 convida a sociedade para refletir sobre um tema urgente e, infelizmente, ainda atual: o tráfico humano. O texto base da campanha ressalta que o tráfico humano viola a grandeza de filhos, é cerceamento da liberdade e o desprezo da dignidade dos filhos e filhas de Deus. Por isso, resgatar essa dignidade, identificar as práticas de tráfico humano e denunciá-lo são objetivos dessa Campanha da Fraternidade. Mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar o mal do tráfico humano, a Campanha propõe-se a reivindicar dos poderes públicos, políticas e meios para a reinserção das pessoas atingidas e sensibilizar para a solidariedade com ações preventivas.

As principais modalidades do tráfico humano são: tráfico para exploração no trabalho, para exploração sexual, para extração de órgãos, para adoção de crianças, para exploração da força de trabalho e para atividade ilícita. O tráfico humano caracteriza-se pela ampla estrutura do crime organizado, em rotas nacionais e internacionais e internacionais, pela invisibilidade ajudada pela falta de denúncia e pelo aliciamento e a coação. O enfrentamento deste crime exige a cooperação entre os países, em áreas como a criminal, jurídica, tecnológica, econômica e de meios de comunicação. O Brasil adotou a “Convenção de Palermo” das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional onde foi assinado um Protocolo

Adicional conhecido como “Protocolo de Palermo”. Esse instrumento legal internacional, o principal para prevenção, repressão e punição do tráfico humano, define o crime e aponta os elementos que o caracterizam. O II Plano Nacional de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas (2013-2016) pretende: a integração e fortalecimento das políticas públicas, redes de atendimento e organizações para a prestação de serviços; capacitação para o enfrentamento; produção, gestão e disseminação de informação; campanhas e mobilização. Há necessidade de conscientizar a sociedade da importância de informar, de denunciar ao poder público para que se possa investigar e punir os que praticam o crime do tráfico humano, por meio

dos canais oficiais de denúncia disponíveis em todo o Brasil. A Igreja é solidária com as pessoas traficadas e comprometidas com a evolução da consciência sobre o valor da dignidade humana, fundamentada na Sagrada Escritura. Essa dignidade é assumida na medida em que o ser humano vive seus relacionamentos: consigo, com a natureza com o outro e com Deus em seu plano de Amor. A ruptura dessas relações leva ao pecado da violência, da exploração do outro, agressões à dignidade humana como o tráfico de pessoas. A Boa Nova de Jesus como vemos em Gálatas “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (5,1) é uma liberdade para o serviço (Rm 6,22) e para o compromisso com a justiça do Reino.

Conheça o significado do cartaz da Campanha O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente. Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à

imagem e semelhança de Deus. A sombra, na parte superior do cartaz, expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade. As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), es-

pecialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior. A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos.

Fonte: CF 2014


2|MARÇO 2014

Editorial Retomando com alegria a caminhada

Como é bom ver as pastorais retomando os compromissos depois de um belo período de descanso, para quem pode descansar! E agora estamos aqui: inclusive com algumas caras novas e também com muitas ideias novas e propósitos firmes de avançar para águas mais profundas, na missão que nos foi confiada de trabalhar na constru-

Expediente

ção do Reino, neste novo ano que o Senhor nos concede. É com grande satisfação que acolhemos um bom número de crianças que estão procurando a catequese, desejosas de conhecer Jesus Cristo. E aquilo que é mais bonito ainda, é que elas vem acompanhadas pelos pais, interessados, também eles, de rever os fundamentos da fé e redescobrir as maravilhas do amor de Deus na Palavra, nos Sacramentos e na vida da Igreja-comunidade. Não é só a Catequese Infantil, não, que está com a corda toda. São os jovens da Fanuel que elaboraram um calendário intenso de atividades para continuar sua missão, e também eles estão crescendo “em número e graça” criando espaços bem acolhedores. Mais ainda: os casais com o EFF (Encontro de Formação Familiar), e outras propostas bonitas, a Promoção Humana com sangue novo e novos horizontes, a Catequese com Adultos sempre de portas abertas, a turma da Crisma prestes a celebrar com maturidade o sacramento da decisão, e todas as outras pastorais e movimentos estão se movimentando para ser cada vez mais Igreja que se renova e marca presença no campo da missão. Ninguém pode ficar de braços cruzados, na medida que somos católicos de verdade e não só de nome. Todos temos uma parte que nos cabe

Boa Viagem - Basílica Menor São Bernardo do Campo Diocese de Santo André

Padres

Pároco: Pe. Giuseppe Bortolato Vigários: Pe. Ervino Vivian Pe. João Garbossa

Missas

Segundas: às 19h00 de Terça a Sexta: às 7h00 e às 19h00 Sábados: às 7h00 e às 16h00 Domingos: às 7h00; 9h00; 10h30; 17h30 e 19h00.

Secretaria Paroquial

Segunda a Sexta: das 9h00 às 18h00 Sábados: das 8h00 às 12h00

Contato Endereço: Rua Pe. Lustosa, 292. CEP: 09710-120 – S.B. do Campo - SP. Telefone: 4330-5227 Pagina Eletrônica: www.pnsbv.com.br e-mail:secretaria@pnsbv.com.br

O Caminhante

Equipe Responsável: Pastoral da Comunicação - Pascom e-mail:pascompnsbv@hotmail.com Jornalista Responsável: Daniele Próspero - mtb.: 39137 Editoração e Diagramação: Pastoral da Comunicação - Pascom Tiragem: 4.000 exemplares. Impressão: Gráfica Nova Opção.

adiante, não terei as mesmas oportunidades. Se quisermos ter uma páscoa de ressurreição de verdade, façamos por onde viver intensamente o espírito e as propostas da quaresma. Quais? Mais tempo dedicado à escuta da Palavra de Deus, à oração, e se for possível, mais frequente participação na Eucaristia também nos dia de semana. Sem esquecer a prática do jejum, da penitencia, da mortificação e da caridade! Um destaque particular nas práticas quaresmais, que sempre acompanhou o povo cristão é o exercício da Via Sacra: em nossa comunidade às quartas-feiras nos bairros, e às sextas-feiras na basílica, sempre às 20h. Por último, lembro os encontros nas casas refletindo e rezando o tema da Campanha da Fraternidade 2014: “Fraternidade e Tráfico Humano”, com o lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”. Todos os grupos e movimentos encontrem momentos para aprofundar e vivenciar este tema, tão urgente e atual. A todos: uma boa caminhada, uma sincera e profícua quaresma, para chegarmos a uma Páscoa de Vida Nova com Cristo Ressuscitado! Com muita amizade, Pe. Giuseppe Bortolato

Via Sacra nos bairros Por Pastoral da Comunicação

Paróquia Nossa Senhora da

na obra da evangelização. Somos todos corresponsáveis. Então? Mãos à obra! Se alguém tiver alguma dúvida, é só se informar; na comunidade tem espaço e trabalho para todos. E, como não bastasse, estamos entrando num período tão importante e precioso na vida da Igreja que é o tempo da quaresma. É o “tempo oportuno, o momento favorável”. Tempo de repensar a nossa vida de cristãos, tempo de conversão, tempo de encontro com o Senhor, tempo de jejum e oração, de escuta mais atenta da Palavra de Deus, tempo da caridade praticada. Sim, porque este tempo nos prepara para a celebração do Grande Tríduo Pascal, quando revivemos de uma forma mais viva e intensa o mistério de Jesus Cristo, nossa Páscoa, nossa salvação. Será que finalmente nos concederemos a alegria de saborear, sentir no profundo do nosso coração e de nossa alma, o quanto Deus nos ama e se faz presente na nossa vida, quando celebramos com fé e tornamos presentes na nossa história, com gestos sacramentais, os mistérios da nossa Salvação? “Tenho medo do Senhor que passa e talvez não volte mais”, dizia, não lembro qual santo! E é isso mesmo. Não podemos desperdiçar o tempo e as oportunidades que Deus nos oferece, hoje. Este tempo não volta nunca mais para mim e, talvez mais

Durante a Quaresma nossa comunidade, por meio das vias sacras nos bairros e na Igreja, Dia 16 de Março, na missa das 10h30, celebraremos juntos com toda comunidade 60 anos de muita dedicação irá vivenciar os momentos marcantes da vida de e serviço do nosso querido Pe. Egidio. Nosso Senhor Jesus em seu doloroso caminho Após a cerimônia haverá almoço para até a cruz. comemorarmos esse grande dia. A cada estação, recebemos o convite de Todos estão convidados. Convites na secretaria. nos aproximarmos do memorial do Filho de Deus: sua Paixão, Morte e Ressurreição. Abrir a porta de nossos lares é abrir a porta do nosso coração. É total conversão ao plano de Deus. É viver plenamente a Boa Nova de Jesus. É nossa esperança de fé na ressurreição. São momentos fortes na vida de cada um de nós em preparação a semana santa. As vias sacras na igreja acontecerão todas as sextas-feiras após a missa das 19h. Veja a seguir a programação dos bairros. Dia 12/03 - Nova Petrópolis Saída Al. Dom Pedro de Alcantara, 632 Dia 19/03 - Vila Duzzi Saída Rua Drº Castelo Branco, 88 Dia 26/03 - João Basso Saída Rua João Basso (prox. ao sindicato) Dia 02/04 - Vila Gonçalves Saída Rua Capitão Mor Antonio de Oliveira (rua sem saída) Dia 09/04 - Centro Saída capela Santa Filomena


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Santo do Mês São José: o homem justo que agradou a Deus Por Pablo Machado Correia

É com muita alegria que a Igreja celebra a festa do glorioso São José. Ele é um dos poucos santos celebrado em duas datas: no dia

19 de março, como esposo de Maria, e em 1º de maio, como Padroeiro dos Trabalhadores. A tradição nos revela que provavelmente José teria nascido em Belém, seu pai se chamava Jacó, seria o terceiro de seis irmãos e era um carpinteiro muito talentoso de temperamento humilde, manso e devoto. Entre todos os homens do seu tempo, Deus o escolheu para ser o pai adotivo de seu Filho. Ele foi pai verdadeiro de Jesus, não pela carne, mas pelo coração. Na história da salvação coube a São José dar a Jesus um nome, fazendo-O descendente da linha-

Indulgências: Dom de Deus, pelo ministério da Igreja

Por Edmar Souza

Para entendermos as indulgências é necessário entendermos o que a Igreja ensina sobre o purgatório. A Igreja nos diz que aquelas almas das pessoas que morrem na amizade com Deus, mas que não estão perfeitamente santificadas, passam por um período de purificação no purgatório antes de entrarem na glória do céu. Isto ocorre porque no céu nós só poderemos entrar se formos completamente santos, pois Deus é Santo e o céu é a comunhão perfeita com Ele. A Igreja nos ensina que Deus dá a oportunidade de purificação para as almas que estão no purgatório. Estas almas devem permanecer lá até que atinjam a total purificação, pois não podem mais conquistar méritos por elas mesmas porque termina com a morte o tempo de conquistar méritos diante de Deus. Fica então para nós, a missão de rezarmos pela purificação daqueles que já faleceram para que os mesmos alcancem a santificação. É a Igreja que está no céu (Igreja Triunfante) e a Igreja que está na terra (Igreja Militante), que rezam pela Igreja Padecente no purgatório dando corpo ao que a Igreja mesma denomina como ‘Realidade da comunhão dos Santos’. Somente o Papa pode conceder indulgências. Mas, afinal, o que são as indulgências? - O Manual das Indulgências Normas e Concessões nos diz que indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e apli-

ca, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos. A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberta, em parte ou no todo, da pena temporal devida pelos pecados. Ninguém pode lucrar indulgências a favor de outras pessoas vivas, mas qualquer fiel pode lucrá-las para si mesmo ou aplicá-las aos defuntos como sufrágio. Nós, aqui da terra, conseguimos que uma alma do purgatório tenha a sua purificação apressada e possa ir para o céu. Vamos entender uma coisa, o pecado causa dois tipos de prejuízos: a chamada culpa e a pena temporal. A culpa é a ofensa a Deus, mas, por meio do Sacramento da Confissão, podemos alcançar o perdão dos pecados. Porém, o estrago que o pecado deixou primeiro no próprio pecador, depois nas outras pessoas e na Igreja, ainda permanecem. Por isto, esta perda precisa ser reparada, seja no purgatório ou aqui mesmo na terra. A pessoa pode buscar a sua purificação restaurando o mal que seus pecados fizeram por meio da oração, do jejum e da caridade. Porém, as pessoas que morrem sem esta purificação terão que passar pelo purgatório. Para conseguir uma indulgência plenária, você precisa primeiro fazer quatro coisas: 1. Uma boa confissão 2. Participar da comunhão eucarística 3. Rezar pelo Papa 4. Fazer uma forma de piedade Com isso, conseguimos lucrar uma indulgência parcial ou plenária para si mesmo ou para uma alma do purgatório.

gem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas divinas. Nunca discutiu as ordens recebidas no sono ou por meio dos mensageiros de Deus. Mass obedecia fielmente, mesmo que isto o levasse a abandonar tudo aquilo que tinha realizado naquele momento: as amizades, os bens e a segurança social. Ele soube reconhecer a santidade de Maria e o propósito da virgindade perpétua. Por isso, quando soube da sua gravidez, não a considerou uma pecadora adúltera que naquela época era apedrejada. Mas, livrou Maria deste cruel destino com a sua aceitação à vontade de Deus.

São José foi proclamado pela Igreja como Padroeiro da Família e também da Boa Morte. Patrono da Família porque foi um pai exemplar, um marido autêntico que ensinou a todos a viver os verdadeiros valores da vida e está junto de Deus intercedendo por todas as famílias. Padroeiro da Boa Morte porque teve uma morte santa, tendo os últimos suspiros de sua vida nesta terra nos braços de Maria e de Jesus. Celebrar a festa de São José é celebrar a vitória da fé e da obediência sobre a rebeldia e a descrença que hoje invadem os lares, a sociedade e até a Igreja.

Festa da Anunciação: o SIM de Maria

Por Fernanda Callegher

A Anunciação, também conhecida como Anunciação da Virgem Maria, é a celebração cristã do anúncio pelo Arcanjo Gabriel para a Virgem Maria que ela seria a mãe de Jesus Cristo. Apesar da virgindade, Maria milagrosamente conceberia uma criança, que seria chamada de Filho de Deus. Muitos cristãos celebram este evento na Festa da Anunciação, em 25 de março, exatamente nove meses antes do Natal. De acordo com a Bíblia (em Lucas 1:26), a Anunciação ocorreu no "no sexto mês" da gravidez de Isabel, a prima de Maria e mãe de João Batista. Creio que uma das maiores alegrias da vida de uma mulher seja conceber um filho, gerar uma vida, ainda mais se esta criança é acolhida em um lar completo. Com certeza Maria sentiu toda alegria por esse momento. Mas, devemos nos recordar que ela era noiva, ainda não era casada com José e, por isso, enfrentaria muitas dificuldades. Maria teve medo, mas encorajada pelo anjo confiou nos planos de Deus, ela abandonou-se e disse SIM. A mãe de Jesus não poderia ser qualquer mulher. Deveria ser uma mulher de fé, confiança, oração, plena do Espírito Santo e dócil à vontade de Deus.

Na Festa da Anunciação devemos celebrar a alegria da maternidade, a vida e a família. Todos sabemos que para uma criança ser gerada é necessário a semente do pai e a semente da mãe, porém neste momento em que Maria disse sim, o divino se encontrou com o humano. Por isso, Jesus Cristo é 100 % Deus e 100% homem. Toda parte humana de Cristo veio de Maria e toda parte divina do Espírito Santo. A carne de Cristo é a mesma de Maria! Nos recordemos que Maria, embora cheia de graça, era humana, filha e, portanto livre, sendo assim deveria dar uma resposta. Imagino que o céu inteiro esperava por aquele SIM. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1,14). Neste dia meditemos sobre o grande amor de Deus pela humanidade que enviou seu filho para nos salvar, servindo-se de uma humana para que este plano de salvação acontecesse. Podemos pensar que da mesma forma que Maria foi e ainda é um instrumento nas mãos de Deus, também nós podemos ser instrumentos em suas mãos.


4|MARÇO 2014

Igreja no Mundo Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma Queridos irmãos e irmãs! Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico? A graça de Cristo Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez conosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado» (CONC. ECUM. VAT. II, Const. past. Gaudium et spes, 22). A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Ba-

tista para O batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1, 2). Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf. Rm 8, 29). Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo. O nosso testemunho Poderíamos pensar que este «caminho» da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d’Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se

faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo. À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiênicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diaconia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha. Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de

miséria, que é causa também de ruína econômica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos autossuficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus. O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana. Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói. Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia.


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Família Scalabrini Sonhar juntos

“Um sonho que se sonha a sós pode ser pura ilusão. Um sonho que se sonha juntos é sinal de um renascer”. (Helder Câmara)

Por Marcos Manuel López Bustamante Cs.

No afã de chegar a uma pátria melhor, de encontrar seu sonho, muitos migrantes padecem um calvário no caminho. São vítimas do mal governo, das leis, das fronteiras, dos traficantes de drogas ou de pessoas e muitas vezes dos muros que levantamos com as nossas indiferenças, com as nossas divisões de raças, de cor e de línguas. É uma realidade que precisamos reconsiderar, pois apesar de sermos tão diferentes, todos temos algo em comum, todos somos seres humanos e sempre estamos a caminho procurando uma melhor vida, procurando uma melhor humanidade. É bom então perguntarmos pelo futuro desta humanidade: para onde estamos indo? Para onde estamos caminhando? É isto o que queremos? Um mundo de desigualdade, um mundo dividido pelas riquezas, pelas raças, pela cor, pelas ideologias re-

ducionistas, separados pelas feridas abismais que os nacionalismos têm deixado na história da humanidade? Acho que não. Ninguém de nós sonha por algo assim, pois então, comecemos a trabalhar por um mundo melhor, comecemos a mudá-lo, mudando nossos pequenos mundinhos. Aqueles onde acreditamos que existem raças superiores, culturas melhores ou mais civilizadas, ou pior ainda, acreditando que existem pessoas superiores a outras por ser mais ricas ou por ter mais conhecimentos. Só existe o amor do Deus que nos criou da mesma terra, do mesmo barro, do mesmo pó. Não existem países ou culturas mais avançadas que outras. Existe mais bem uma pluralidade de culturas, um conjunto de culturas com diferentes riquezas, costumes, tradições, e que lutando juntas podem realizar o sonho de todos os seres humanos, o sonho de criar um

mundo melhor onde todos somos irmãos. O sonho de criar o reino de Deus aqui na terra. É por isso que também eu, assim como muitos migrantes no afã de chegar a uma pátria melhor a “pátria de Deus”, embarquei neste sonho junto com muitos outros jovens acreditando que, como seres humanos, e principalmente como cristãos, podemos criar este mundo de amor, podemos renascer e ser uma melhor humanidade. Poderíamos comer sushi e beber saquê, comer pizza e beber vodca e cerveja, tomar terere e comer churrasco ou feijoada, ou comer hot dogs e tequila. Irmanarmos como uma só família, esquecer as divisões nacionalistas ou culturais, pois todos somos humanos e isso nos une, nos faz iguais. Mas, é isso o que mais nos falta hoje neste mundo, huma-

nidade. Nós não somos cidadãos de um pequeno pedaço de terra, ou de uma bandeira, não pertencemos a nenhum governo que vende por interesses próprios aos mais pobres e fracos. Nós somos mais que isso, somos cidadãos do mundo. Eu sou um jovem cidadão do mundo, um cidadão universal e, por isso, convido a todos os jovens, e a todos os que se fazem chamar de cristãos a que sonhemos juntos. E que, nesta Quaresma e nesta Campanha da Fraternidade, que reflete sobre o Tráfico de Pessoas, lutemos juntos, reflitamos e caminhemos juntos para que um dia este sonho de todos sermos irmãos se realize. Para que exista um mundo onde todos sejamos simplesmente humanos, onde todos sejamos FILHOS DE DEUS. Que bonito seria um mundo assim!

Vida em Comunidade Jovens passam o Carnaval em comunidade Por Guilherme Anjos (Fanuel) ‘’Eu sou a videira, vós os ramos; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer’’. João 15:5 Estar com os jovens e vivenciar o Cristo vivo, acredito que

é muito significante para cada um de nós. E, juntos, poder levar esse Cristo aos outros jovens é o que pretendemos a cada dia de nossas vidas. Por isso, no dia 4 de março, em plena terça-feira de Carna-

val, nos encontramos, para juntos, podermos fazer um Carnaval diferenciado de muitos outros jovens, adultos e adolescentes. Mas, claro, sem perder a essência da juventude que é a alegria e a diversão. Como já dizia João Paulo II: “Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo. Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem discman”. O diferencial está na maneira como comemoramos, que foi ao lado de Nosso Senhor Jesus Cristo e nossos irmãos de comunidade jovem.

Iniciamos nosso encontro às 9h com a Adoração ao Santíssimo. Logo em seguida, seguimos com o café da manhã. Ao término do café, fizemos uma dinâmica em oração pelo Papa e toda a juventude do mundo. Por fim, arrumamos a quadra para nos divertimos e partilharmos de um delicioso churrasco. O que Deus une o homem não separa. E, quando jovens se unem por um único motivo que é Cristo, essa amizade se finca e nunca acaba. Somos felizes e não temos vergonha de assumir o quão especial é estar na presença de Cristo e de nossos amigos em um dia como esses, o carnaval.


6|MARÇO 2014

3º Encontro de Formação Familiar acontece em abril

Informamos que nos dias 05 e 06 de abril será realizado o 3º EFF (Encontro de Formação Familiar) em nossa comunidade. Para quem ainda não conhece, será uma ótima oportunidade de viver esse serviço em favor da evangelização de famílias, que busca construir o Nos encontros realizados entre casais para a formação das famílias, surgiram muitas dúvidas e perguntas a respeito de diversos temas. Por isso, no jornal ‘’O Caminhante’’ queremos oferecer pistas de respostas aos questionamentos que surgiram. As questões foram respondidas pelo padre Giuseppe. Confira: Por que a Igreja é contra o casamento pela segunda vez, mesmo se a esposa ou o esposo ficou viúvo? A Igreja não é contra o casamento pela segunda vez, porque o primeiro casamento permanece até que a morte os separe. Permanecendo vivos os dois, vale aquela sentença de Jesus: ‘’Ninguém separe o que Deus uniu’’. Porém, cada caso é um caso. É necessário ver seriamente se a primeira união foi abençoada por Deus tendo condições válidas para um casamento verdadeiro. Como acontece a anulação de um casamento na Igreja? Não existe anulação de casamento e sim declaração de nulidade, isto é, após uma acurada e

Reino de Deus a partir da família. É um momento de ajuda aos casais para se reencontrarem com eles mesmos, com os filhos, com a comunidade e com Deus, resgatando às famílias seu justo valor de célula primeira e vital da sociedade, formando famílias missionárias.

Tendo como compromisso a evangelização da família, que é a Igreja doméstica e santuário da vida, aqui, na Basílica Menor Nossa Senhora da Boa Viagem, foi criado o EFF com o objetivo de apoiar as famílias a partir da realidade que se encontram, com casais sacramentados ou não, buscando todos juntos conhecer, defender, desenvolver e testemunhar pela fé os valores da família. O EFF tem como propósito também, além de evangelizar, promover a inclusão, pois para enfrentar os desafios da sociedade em que vivemos, é preciso edificar a base familiar em Deus. Mais do que nunca é preciso anunciar a grandeza do amor gratuito vivido como dom de si

Esclarecendo dúvidas dos paroquianos

atenta verificação dos fatos que precederam e acompanharam a realização do matrimônio, a Igreja pode declarar se realmente aquele matrimônio obteve as condições para ser válido, consciente e livre. Não tendo tido as condições necessárias, a Igreja pode declarar nulo o casamento e habilitar para outro. Como a Igreja age junto a um casal que não se entende e chega à separação? O matrimônio bem preparado, celebrado conscientemente e bem cultivado não tem porque chegar à separação. Se isso acontecer a Igreja procura ajudar o casal a se entender e a redescobrir os valores do matrimônio cristão, a responsabilidade do acompanhamento e educação dos filhos. Caso seja necessário existe também a possibilidade da reconciliação e o perdão entre os dois. Se tendo experimentado todos os meios e o casal não chegar a um acordo, pode ser aconselhado à separação sem dispensar das responsabilidades com os filhos; e isso não habilita a uma nova união. E a respeito dos casais de segunda união? Casal de segunda união é sempre bem-vindo à Igreja e na co-

Nova Pastoral dos Idosos

Para o ano de 2014, foi lançado um novo desafio para a nossa comunidade. Que tal formarmos aqui, na Matriz, a Pastoral dos Idosos? Diversas outras paróquias pelo país já desenvolvem esse importante e bonito trabalho pastoral. Agora, chegou a nossa vez também. Se você tem interesse em colaborar e ajudar a organizar a Pastoral dos Idosos, deixe seus contatos na secretaria paroquial ou converse com os padres ao final das missas.

Vamos nos unir para podermos, cada vez mais, evangelizar a todas as gerações

munidade, podendo participar de todos os atos, sem exclusão. Quanto à participação do sacramento da comunhão e confissão, existe impedimento devido ao fato de que nesta caminhada contraíram o adultério. A Igreja sabe dessa dificuldade e desse sofrimento por parte dos casais. O Papa Francisco preocupado com essas situações cada vez mais frequente convoca dois sínodos dos Bispos para refletir sobre o dom e os problemas da família. Certamente entrará na pauta dos estudos o problema da admissão aos sacramentos dos casais de segunda união. Não querer ter outros filhos e optar apenas por um é pecado? Tenho medo, não me sinto capaz... Cada um tem a sua consciência. Também para evitar novas concepções deveria ser respeitado o método natural. Cuidado porque na nossa mentalidade moderna muitas vezes entram a comodidade, o egoísmo e falta de confiança no projeto de Deus. Não temos filhos e nem queremos tê-los. Como fica? Quando vocês casaram, o padre perguntou na hora do matri-

mesmo, que é uma raridade nos dias de hoje, dentro da Igreja e da própria família. Além do Encontro de Formação, todas às quartas-feiras, às 20h, no salão paroquial, há encontro de famílias com palestras e atividades que tem como temas: defesa dos valores cristãos para relacionamentos pessoais e familiares; orientações de ações em favor da família e vivência familiar; defesa e promoção humana da vida e da família (hoje em dia tão banalizada); entre outros. Ao final de todas as missas aos domingos, haverá representantes distribuindo as fichas de inscrição para o encontro. Preencha a sua e venha conosco partilhar desse momento de formação! monio lá no altar se vocês estavam dispostos a receberem os filhos e educá-los na fé da Igreja. Vocês responderam que sim. E então? Este poderia ser um motivo de declaração de nulidade do matrimônio. A minha confissão com Deus tem o mesmo valor que com o padre? Meu irmão e minha irmã descubram a beleza e a grandeza do amor de Deus que nesse sacramento nos dá o sinal mais evidente do seu amor e da sua misericórdia. Jesus quis que o teu irmão (o sacerdote) pecador quanto você, pudesse te dar a certeza do perdão e da vida nova que Ele te oferece. Não reconhecer a misericórdia de Deus nesse sinal, ou é não ter entendido a vontade de Deus, ou é sinal do teu orgulho que não quer reconhecer que o seu pecado ofendeu a Deus e aos irmãos. Outras perguntas e dúvidas chegaram a nossa redação e procuraremos responder nos próximos números do jornal. Além disso, os padres estão sempre à disposição para esclarecer as nossas dúvidas. Não guardem dúvidas nesses assuntos tão importantes da vida cristã.

Adolescentes participam de encontro de formação

Por Edmar Souza

O grupo de jovens Fanuel promoverá um “Encontro de Formação para Adolescentes”, com idade entre 13 a 16 anos. A atividade será realizada no dia 9 de março, no salão paroquial da Basílica, a partir das 7h30 e se encerrará às 17h30. O tema do encontro - “A alegria de anunciar o Evangelho” - foi inspirado na Exortação apostólica do Sumo Pontífice Francisco

onde ele nos diz que quando estamos com Jesus Cristo, a alegria renasce sem cessar. Este encontro não terá apenas um caráter formativo, mas também buscará levar o jovem a viver uma maravilhosa experiência de encontro com o Cristo. E, por acréscimo, uma festa de encontro e amizade entre todos. A experiência de se deixar encontrar por Jesus e a sua proposta de vida provoca em nós novas atitudes e crescimento rumo ao projeto de Deus. A Igreja precisa de vós, jovens, para manifestar ao mundo o rosto jovem de Jesus Cristo!


MARÇO 2014

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Seminarista Marcos Manuel Lopez passa a colaborar na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem

Por Caroline Gomes

O seminarista Marcos Manuel Lopez, do Seminário João XXIII, está na Matriz em experiência pastoral. Natural de Oaxaca, no México, ele conta, em conversa com a equipe do jornal O Caminhante, sobre sua caminhada, o período de convívio na comunidade e a sua preparação para a ordenação sacerdotal. Confira: O Caminhante (OC): Quando você percebeu o chamado de Deus para viver a vocação sacerdotal? Marcos Lopez (ML): Este chamado não tem um momento específico, mas são diferentes sinais que fui percebendo. Quando eu tinha 19 anos, isso foi concretizado. Por um convite dos amigos, fui ao seminário e gostei. Demorei dois anos para responder "sim". Mas, em diferentes experiências, fui sentindo ainda mais profundamente este chamado e, aos 21 anos, eu respondi "sim". E ainda continuo sentindo e confirmando este chamado.

OC: Quais foram as principais mudanças que essa escolha trouxe para a sua vida? ML: Todas! No sentido familiar foi difícil, pois eu fiz a escolha e queria, mas ir para longe foi difícil para minha família, ainda mais porque sou o quarto filho entre cinco, ou seja, quase o caçula. Foi uma escolha e uma mudança radical, ainda mais porque sou muito família, de estar junto. Também deixei minha namorada, meu trabalho e a faculdade onde cursava Contabilidade. Eu fiz uma escolha que mudou toda a minha vida, mas não me arrependo. OC: Qual foi a experiência mais marcante que você viveu durante sua caminhada? ML: Vem na minha mente logo uma experiência. Missões sempre me marcaram e a fé do povo também. Mas, a primeira experiência que vem na minha mente, que marcou e vai marcar toda a minha vida, foi a confirmação dessa decisão. Depois de três anos no seminário, eu ainda tinha dúvidas e, quando fui passar as férias em casa, eu pensava se voltaria ou não. Então, aconteceu algo inesperado na paróquia: o padre ficou doente, precisei ajudar nas missas e fui me envolvendo muito. No primeiro dia de 2006, o padre me pediu para fazer aquela celebração, que é muito grande na minha paróquia, e eu não acreditei. Perguntei: "Por que eu?". Tive que falar a todo o meu povo, à toda minha cidade, centenas de

amigos, famílias que me conheciam, e depois o padre ainda pediu para que eu fizesse a procissão com o Santíssimo, pois ele não podia. Eu sai às ruas, com todo o povo, caminhando com o Santíssimo nas mãos, sendo que eu estava com dúvidas. Eu estava chorando, pois não acreditava, e aquele momento confirmou a minha vocação! Quando eu tinha dúvidas, Deus me confirmava de várias formas e isso foi o mais importante. OC: Por qual motivo você optou pelo carisma scalabriniano? ML: Eu diria que foi porque "o padre e os meus colegas seminaristas eram legais". Então, eu escolhi. Mas, realmente permaneci porque o carisma do migrante faz parte da minha realidade. O México é um país de migrantes, minha região é um foco de expulsão de migrantes. E saber que se pode apoiar, transmitir a palavra de Deus e transmitir vida a estes migrantes me chamou muito a atenção, conseguir ser missionário e sacerdote, servindo a eles e a Deus. Conheci muitos outros carismas, mas ainda continuo apaixonado por este. OC: Você já passou por diferentes comunidades em outros lugares do Brasil? ML: Foram muitas comunidades, cidades e Estados. Muitas experiências e pessoas. Todas me enriqueceram com sua fé, alegria e sabedoria e eu também transmiti algo a elas. O maior tempo que

fiquei foi no bairro do Grajaú, em São Paulo. Durante dois anos, trabalhei com os jovens. Depois, fiquei um ano em Mato Grosso do Sul, dando catequese em um presídio feminino. OC: E como tem sido essa experiência aqui, na Matriz, e em especial no convívio com os jovens? ML: Muito bonita! Tenho poucos dias aqui e, neste tempo, encontrei muita riqueza na paróquia. Uma riqueza humana. É uma paróquia bonita, onde encontrei humildade e uma acolhida linda que me deixou surpreso. Os padres também me receberam bem e me apoiaram. E os jovens, principalmente, onde comecei acompanhando a Fanuel e a Crisma, que possuem muita riqueza espiritual. Estou me adaptando e me sentindo muito bem aqui. OC: Em qual etapa você está no seminário e quantas faltam até a ordenação? ML: Nosso itinerário de formação varia de 10 a 12 anos. Eu já tenho 10 anos de formação, no qual fiz um ano de propedêutico, três anos de Filosofia, um ano de noviciado e mais cinco de Teologia. Agora, farei mais alguns meses de experiência pastoral, me preparando para o diaconado. Assim que eu terminar esta preparação eu me ordeno. E, depois de mais alguns meses, me ordeno sacerdote. Minha ordenação sacerdotal será no final deste ano ou no começo do ano que vem.

Economia Familiar Dicas sobre o Imposto de Renda Pessoa Física 2014

Por Miriam e Roberto Vertamatti Queridos leitores do jornal O Caminhante, seguem algumas dicas e orientações para a preparação e entrega da declaração de imposto de renda 2014, ano base de 2013. Neste ano, o prazo de envio da declaração vai até 30 de abril. Devem declarar as pessoas que tiveram rendimentos tributáveis (salário, por exemplo) acima de R$25.661,70 ou rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte (indenização trabalhista, por exemplo) acima de R$40 mil. Também é obrigado a apresentar o IR quem investiu em ações ou tinha bens acima de R$300 mil em 2013. A declaração deve ser entregue pela internet. No caso da entrega por computador, será preciso baixar um programa no site da Receita Federal e da mesma forma para os tabletes.

A multa para quem entrega a declaração fora do prazo é de 1% ao mês, sendo que o valor mínimo é de R$165,74, e o máximo é de 20% do imposto devido. O contribuinte pode escolher o modelo completo ou o simplificado. Na opção pelo simplificado, é aplicado o desconto padrão de 20% (independentemente de gastos com saúde e educação, por exemplo). O limite para esse desconto de 20% é de R$15.197,02. Se a pessoa tiver imposto a pagar, pode dividir em até oito meses, desde que a parcela não seja menor que R$50,00. Imposto de valor menor que R$100,00 deve ser pago à vista. A primeira cota ou cota única deve ser paga até o prazo final da declaração. As demais cotas são pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros conforme

a Selic, até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento. Separe os documentos para o preenchimento da declaração: - CPF; título de eleitor; comprovante de endereço; documento ou anotação com sua profissão; cartão do banco para informar o número da agência e da conta para restituição ou débito; cópia da declaração do IR 2013, que facilita o preenchimento da declaração deste ano. O programa importa dados parciais da declaração do IR 2013, que você deve conferir e complementar. - Informes de Rendimentos: dos bancos, do empregador, de gestoras e corretoras. - Recibos e notas fiscais de despesas com educação. - Recibos e notas fiscais de serviços médicos e odontológicos, como

consultas, internações, gastos com plano de saúde, exames, e outras despesas com saúde, de modo geral. - Comprovante de aluguel. - Outros comprovantes: relação de compra e venda de ações; outras rendas recebidas em 2013, como heranças, doações, resgate do FGTS, indenização por ação; recibos de compra e venda de bens, como carros; documentos da aquisição de dívidas ou empréstimos. Os primeiros dias são os melhores para o envio da declaração do IR, e o contribuinte tem vantagens se entregar primeiro: - quem remete o IR antes, também recebe antes a restituição. - se houver qualquer problema, o contribuinte terá tempo para resolvê-los, evitando a necessidade de fazer uma declaração retificadora, após o prazo de entrega.


8|MARÇO 2014

08 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Olá amiguinhos!!!! No dia 08 de março, comemoramos o DIA INTERNACIONALDA MULHER, em que celebrarmos todos os direitos adquiridos pelo sexo feminino! Saiba um pouquinho mais sobre essa comemoração....  Desde os meados do século XIX, as mulheres lutam por melhores condições de trabalho e por direitos políticos e sociais. Antigamente as mulheres não tinham o direito ao voto, já inhos!!!! imaginou! No Brasil a mulher só teve direito ao voto em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas. de março, comemoramos o DIA INTERNACIONAL DA MULHER, em que  O dia 8 de março foi escolhido porque nesta mesma data em 1857, na cidade de Nova  Iorque, um grupo de mulheres operárias lutavam por uma carga horária de trabalho mais  digna. Vejam só, pediam a redução de 14 horas para 10 horas de trabalho, atualmente a  carga horária é de 8 horas por dia! Infelizmente o ato foi reprimido com violência e muitas  mulheres morreram por esta causa. 

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Pinte o seu desenho do Dia Internacional da Mulher!!

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Participem!

Dias 8 e 09 de março durante as missas na Praça da Matriz

Agenda Fixa Celebrações Festivas Dia 1º de cada mês Missa em honra ao beato João Batista Scalabrini Dia 8 de cada mês Missa da Padroeira - Nossa Senhora da Boa Viagem, com bênção das chaves das casas e dos carros Dia 18 de cada mês Missa com as “capelinhas” de N. Sra. de Schoenstatt Primeira 4ª feira do mês Às 19h, missa com o Movimento Sacerdotal Mariano Primeira 6ª feira do mês Às 7h e 19h, missa do Sagrado Coração de Jesus Após missa das 19h - Hora Santa de Adoração Terceiro domingo do mês Às 12h, missa em italiano às 15h, Adoração ao Santíssimo SacramenTodas 6ª feiras do mês Às 15h, Adoração ao Santíssimo SacramenÚltimo domingo do mês domingo da solidariedade Coleta de doações (roupas, calçados, alimentos, etc) em todas as missas

Grupos de Apoio Promoção Humana  Assistência às famílias carentes 2ª a 6ª feira - 14h00 às 17h00 (salão) Pastoral da Sobriedade Assistência aos dependentes químicos 2ª e 4ª feira - 20h00 às 22h00 (salas 4 e 5)

Reuniões / Encontros Encontro de Formação Familiar - EFF Toda 4ª feira - 20h00 às 21h30 (salão)

Confissões 2ª feira - 14h30 às 19h00 3ª a 6ª feira - 8h00 às 11h30 14h30 às 19h00 Sábado - 8h00 às 11h30

Catequese Curso de Batismo Sábado - 16h00 às 18h00 (sala 5) Catequese Infantil 3ª a 5ª feira Sábado Catequese para Adultos Sábado à tarde (salas 3 e 4) Catequese da Crisma Sábado à tarde (sala 1) Infância Missionária Domingo - após a missa das 9h00 Grupo de Jovens - Comunidade Fanuel Sábado - 17h00 Grupo de Oração 3ª feira - 20h00 às 22h00

Capela Santa Filomena Grupo de Oração 2ª feira às 14h00 Terço 3ª feira às 15h00 Novena N. Sra. do Perpétuo Socorro - Vocações 4ª feira às 15h00 Missa 5ª feira às 15h00 Terço - Pastoral da Sobriedade Sábado 12h00 Assisténcia aos dependentes químicos

Expediente Secretaria 2ª a 6ª feira - 9h00 às 18h00 Sábados - 8h00 às 12h00

Horário das Missas 2ª feira - 19h00 3ª a 6ª feira - 7h00 e 19h00 Sábado - 7h00 e 16h00 Domingo - 7h00, 9h00, 10h30, 17h30 e 19h00


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