#Junkie (GearShark Book 1) - Cambria Hebert

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Disponibilização: Lizzie Tradução: Renata e Lizzie Revisão: Lizzie e Claudinha Revisão Final: Aline, Fabi Leitura Final: Sophy Glinn, Fabi

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DREW FORRESTER É UM VICIADO TOTAL EM ADRENALINA

SUA MELHOR ESCOLHA? CARROS E Quanto mais rápido, melhor. Ele vem percorrendo as curvas do circuito de corridas subterrâneas de Maryland desde que cruzou a linha do estado, e depois de conversar com ele, percebemos que não vai pisar no freio tão cedo.

Então, o que exatamente o leva a queimar pneus e fazer uma reputação em um mundo onde a única regra é não ter regras?

Você tem que estar com fome... Você tem que ter bolas...

E VOCÊ NÃO PODE VOLTAR ATRÁS O que aprendemos aqui no

GearShark?

D R E W C O R R E S P O N D E A T O DO S O S I T EN S A C I M A TAMBÉM SABEMOS QUE ELE MANTÉM ALGUNS SEGREDOS ENTERRADOS SOB O CAPÔ. SECRETAMENTE, ACHAMOS QUE ELE CARREGA ALGUNS SEGREDOS TURBINADOS, E ISSO PODE DEFINIR O MUNDO DOS CARROS EM CHAMAS.

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PRÓXIMAS EDIÇÕES


PRÓLOGO Você pode instantaneamente esfriar um carro que estava no sol apenas abaixando as janelas, e depois abrir e fechar ambas as portas do carro umas cinco ou seis vezes. Quem no mundo descobriu isso?

Trent Eu estava de saída. Eles gostavam de me lembrar disso quase que diariamente. Como se eu precisasse de um lembrete. O tique-taque constante do relógio na parte de trás da minha cabeça era todo o lembrete de que eu precisava. Tic-tac. Tic-tac. Eu estava bêbado. Precisava de algo para entorpecer o som da minha vida passando por mim. Precisava de algo para calar a voz sussurrante no fundo da minha cabeça. O problema era que a cerveja não estava funcionando. Não essa noite. Então, continuei bebendo. Troquei a cerveja pela vodka. E a Vodka era um pouco mais qualificada em calar os meus pensamentos mais profundos. Pelo menos me enganei achando que era. "Regras Ômega!" Eu gritei, e todos ao alcance da minha voz seguiram o exemplo. Afinal eu era o presidente. Quando eu fazia alguma coisa, eles faziam também. Bati o copo vazio na mesa e limpei a boca com a parte de trás da minha mão. A sala girou um pouco, e pisquei para manter o foco. "Você sabe do que você precisa?" Jack falou, colocando o braço em volta do meu pescoço e tentando me puxar para baixo para que pudesse gritar em meu ouvido.

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Eu ri e me inclinei, tornando mais fácil para ele. Ele era dois anos mais novo que eu, verde como uma nota nova de um dólar, e muito menos cansado do que eu jamais estaria novamente. Ele também era quase a metade do meu tamanho, por isso, se eu não me curvasse, ele não seria capaz de gritar no meu ouvido, como ele claramente planejava fazer. "O que é?" Perguntei. "Um pedaço de bunda," ele anunciou. Joguei a cabeça para trás e ri. A ação o fez soltar o braço do meu pescoço. "O que te fez dizer isso?" Jack continuou firme com a sua garrafa de cerveja longneck de cor escura e fez um som de escárnio. "Porque, irmão," ele falou, bem-humorado. Isso fez meus dentes rangerem, porque eu odiava quando ele me chamava de irmão. Eu tinha uma família, e ele não fazia parte dela. Olhei ao redor da casa da fraternidade que estava cheia. Minha casa. Mas, nenhuma dessas pessoas era a minha família. Minha casa estava cheia de pessoas que eu não conhecia. A casa de um homem não deveria estar cheia com a sua família? "A maneira como você está entornando essas bebidas, me diz que não é o álcool do que você precisa. E sim, de uma bunda." Jack terminou. Eu resmunguei. Ele estava certo sobre o álcool. Claramente, não era o que eu precisava. Não estava me ajudando. "É como eu vejo isso," disse Jack, deslocando seu corpo, com isso ficamos lado a lado e olhando para a multidão. "Como presidente da fraternidade, você tem que escolher a melhor." Ele estendeu o braço e fez um gesto em direção a todos, como se o mundo fosse a minha ostra. "Escolha um par de coxas para ficar entre elas," ele convidou. Sim. Sim. E, talvez, uma foda sem amarras fosse exatamente o que eu precisava essa noite. Talvez fosse afugentar o que quer que esteja errado comigo. Ou, talvez fosse piorar. 5


Eu não gostei desse pensamento, então ignorei. Eu lido com as mulheres como eu lido com as peças de um carro na AutoZone. Nem todos os modelos e estilos são para mim. Eu estava determinado... Imaginando o porquê… Sacudi o pensamento... E dei palmadas nas costas de Jack. "Gosto do jeito que você pensa." "Só estou fazendo o que posso pelo nosso superior," ele respondeu. Eu murmurei e me afastei dele. Ele só estava beijando a minha bunda porque estava de olho na Presidência e queria que eu lhe desse o consentimento. A fraternidade inteira esteve atrás de mim durante semanas, para conseguir o meu apoio para o novo presidente Ômega. Meu tempo estava quase acabando. Quanto mais cedo tivéssemos um substituto, melhor. Você acha que eu estava ansioso para apoiar um nome. Eu estava ansioso o suficiente para fechar a porta dessa fraternidade. Mas algo me segurava. Eu não tinha certeza do que era, mas era algo. Um grupo de meninas em um canto do outro lado da sala parecia muito promissor. Havia uma garota usando jeans apertado, que parecia uma segunda pele moldando uma bunda redonda com perfeição. Ela tinha o suficiente para encher as minhas mãos. Apesar do tempo lá fora estar frio, ela usava um top. Era simples, preto, e deixava pouco à imaginação. Havia um copo vermelho em sua mão, e seu cabelo escuro estava amarrado em cima de sua cabeça. Normalmente, eu escolho as loiras, mas eu não queria o que costumava fazer esta noite. Ela me viu olhando e deu um sorriso. Você sabe aquele tipo de meio sorriso, e um olhar de soslaio que tranca em um cara, apenas o tempo suficiente para dizer, eu estou interessada. Comecei a andar através da multidão de pessoas dançando na pista, e passei ao redor de um grupo jogando algum jogo envolvendo bebidas. Ela olhou para mim 6


quando me viu avançando, e percebeu que eu estava chegando, e deslocou o seu corpo, de forma que estivesse aberto para o meu. Movia-me como um predador, perseguindo uma presa. E então, alguém familiar apareceu ao lado dela. O instinto de caça foi deixado de lado com o reconhecimento. Uma cabeça loira escura inclinou-se de forma ágil e graciosa, e deslizou entre o meu alvo e sua amiga. Eu não conseguia ver o rosto dele, apenas o topo de sua cabeça quando se inclinou e falou com as mulheres, que ele tão casualmente envolveu em seus braços. O que quer que ele estivesse dizendo era algo pingando com charme, porque as duas meninas se inclinavam para ele, e sua risada familiar flutuou pelo espaço restante entre nós. Ele tinha uma risada profunda, como se viesse do lugar mais profundo de dentro dele. Talvez por essa razão, sempre que ele ria assim, as mulheres desmaiavam, porque sentiam como se estivessem recebendo um pedaço dele, que ele não dava com muita frequência. A garota que eu escolhi olhou para cima e me deu outro sorriso. Fiquei parcialmente surpreso. Com Drew em pé ao lado dela, eu deveria ter sido esquecido. Claro, ele era um frequentador assíduo desta casa. Ela provavelmente sabia quem ele era. E provavelmente sabia que ela estaria competindo por sua atenção contra outras vinte garotas nesta sala. Talvez ela quisesse a mesma coisa que eu esta noite. Uma coisa certa. Enquanto caminhava, alguém colocou uma dose de bebida em minha mão, provavelmente algum "irmão" e atirei em minha garganta. Ele me apontou o dedo indicador, e lhe devolvi o copo vazio. Não sei quantas doses bebi esta noite. Parei de contar há muito tempo. "Cara." Drew olhou para cima, levantou o braço e me ofereceu seu punho. Esbarrei o meu contra o dele. "Achei que você não viria hoje à noite," eu disse por meio de saudação. Ele deveria estar na pista. "Não há muita coisa acontecendo na pista esta noite." Ele deu de ombros. 7


Mesmo bêbado, eu ainda podia sentir bastante merda para estar aliviado. Normalmente, eu ficava com Drew quando ele dirigia no circuito de corridas por aqui. Mas, em algumas noites, as merdas da fraternidade vinham primeiro. Essa noite era uma delas. Não posso dizer que gostei da ideia dele dirigindo sozinho. Aprendi muito sobre os pilotos nesses últimos meses, e havia muitas coisas que não eram nada boas. Se eu pensava que rivalidade de fraternidade ou mesmo a rivalidade do futebol era ruim... Não era nada comparada com a competição de corrida por aqui. A corrida não era exatamente como o futebol da instituição. Não era regulada por regras e regulamentos. Claro, talvez houvesse esses regulamentos no mais alto nível. No nível da NASCAR. Mas até chegar lá? Não havia regras. Era um mundo onde cão come cão, e não estou falando de Chihuahuas. "Ouvi dizer que você é muito rápido," a loira debaixo do braço dele disse, olhandoo. Ele sorriu preguiçosamente. Ele tinha uma covinha na bochecha. Você poderia achar que a baixa iluminação sobre seu rosto sem se barbear naquela manhã o esconderia. Não. Só serviu para deixá-lo ainda mais atraente. "Só quando preciso ser. Às vezes sou agradável e lento." Você teria que estar morto para não perceber a sugestão em seu tom, e esta menina não estava morta, bêbada talvez? Sim. Ela riu como se fosse tímida. Ok, certo. Suprimi rolar os olhos. "A cerveja está ali," eu disse a ele apontando atrás de mim, na direção da cozinha. "Onde está a sua?" Ele perguntou, tirando os olhos da menina. "Estou bebendo vodka hoje à noite." "Eu também!" A menina de cabelos escuros à minha direita disse, mostrando-me o seu copo vermelho. Dei-lhe um sorriso lento e inclinei o copo para mim para que pudesse ver. 8


"Bom gosto," eu disse, peguei o copo na minha mão e passei meus lábios ao redor da borda. A vodka estava misturada com suco de cranberry, adulterando o gosto, mas ainda estava boa e forte. Eu quis dar apenas um gole, mas acabei bebendo o resto e jogando o copo vazio sobre o meu ombro. Antes que ela pudesse dizer alguma coisa sobre sua bebida perdida, envolvi minha mão na dela e a puxei para longe de seus amigos. "Vamos dançar." Quase nunca danço, a menos que estivéssemos no Screamerz. Mas como eu disse esta noite, eu não queria fazer o que normalmente fazia. A morena veio de bom grado, e logo, estávamos nos esfregando bem no centro de vários corpos. A música estava alta, tão alta que eu não podia ouvir meus pensamentos, por isso não havia maneira nenhuma que pudéssemos conversar. Mesmo se ela dissesse o seu nome, eu não a ouviria. E não me importava. A sala se inclinou um pouco, mas ignorei e a puxei para mais perto, deslizando minha coxa entre as dela e trazendo-a contra o meu peito. Seus dedos passaram por minhas costas e me acariciavam enquanto dançávamos. A música alta vibrava as paredes, com uma batida pesada e irregular. Mesmo assim, não dançamos seguindo o ritmo. Em vez disso, a segurei bem contra mim nos movendo um contra o outro de modo sugestivo. Seu queixo se inclinou e ela olhou para mim, seus olhos estavam pesados e os dentes se afundaram em seu lábio inferior. Rocei meu polegar ao longo de seu lábio inferior, depois inclinei o meu rosto. Seus dedos estavam apertados em volta das minhas costas, quando os meus lábios colidiram contra os dela. Ela tinha um ligeiro gosto da bebida de cranberry. Eu gostei. Ficava bem com a mistura em minha língua, então lambi profundamente a sua boca, para que os dois sabores pudessem se misturar. Enquanto nos beijávamos, continuamos a moer um contra o outro, e pequenos sons vibravam do fundo da sua garganta. Deslizei minha mão para baixo até o seu traseiro e apertei. Alguém bateu em nós por trás, levando-me a balançar para frente. Meus braços se apertaram ao redor dela para que não caísse, e acabei batendo em alguém quando tentei nos ajeitar. "Foi mal," falei para quem quer que eu tenha empurrado e a levei através dos dançarinos para a porta de trás da casa. 9


"Preciso de um pouco de ar," eu falei, e ela concordou. Lá fora, o ar estava frio. Eu provavelmente deveria ter notado, considerando que eu estava usando apenas uma camiseta com os meus jeans. Mas me sentia quente e estava totalmente perdido, de modo que os elementos da natureza era a última coisa na minha cabeça. Não havia muitas pessoas lá fora. Na verdade, não havia ninguém, exceto um cara na lateral da casa vomitando nos arbustos. Empurrei a menina contra a pedra ao lado da casa e me inclinei para beijá-la novamente. Ela riu, e meu estômago revirou. Ignorei a sensação e fundi nossas bocas juntas, e moí meus lábios nos dela. Quando não consegui a reação que queria, afastei a minha boca e mudei de direção, cobrindoa mais uma vez. Ela me beijava e chupava os meus lábios ao mesmo tempo, passando os dedos na frente do meu peito, mas ainda... Nenhuma reação. Não senti nada. Não havia necessidade. Não havia emoção. Meu pau nem sequer se animou no meu jeans. Empurrei-a abruptamente, e ela piscou. "Vamos para o seu quarto," ela ronronou e passou as costas da mão ao longo da minha braguilha. De repente, o mundo inteiro girou, e me afastei ainda mais, fui até a grama, onde imediatamente caí de joelhos e comecei a vomitar. E isso explicava a falta de entusiasmo de alguns minutos atrás. Cerveja misturada com licor acabou me deixando doente. Vomitei mais algumas vezes, colocando pra fora mais álcool do que me lembrava de ter bebido, depois me ergui, limpando meu rosto com a bainha da minha camiseta. Minha cabeça estava confusa, meu interior abalado. Então me lembrei da garota. Virei para lhe dizer que eu ficaria bem em alguns... mas ela se foi. Acho que meu vomito não tinha sido muito excitante. Não que ela tivesse sido também. Inferno. Pela primeira vez eu havia ido de ficar para vomitar em dois segundos. 10


Claramente, ela não era o meu tipo. Eu ri alto. Isso foi muito hilário. Eu ainda estava rindo quando duas pernas vestidas com jeans apareceram diante de mim. "Que porra você está fazendo?" Drew perguntou, olhando para mim como se eu tivesse perdido a cabeça. "Eu estava tentando ficar com alguém. Ela não era o meu tipo." Comecei a rir novamente. "Qual foi a sua primeira pista? O vômito? Ou talvez o fato de que ela te deixou aqui fora vomitando até desmaiar?" "Eu não vou desmaiar," eu protestei. Ele fez um som. "Ainda não." As mãos de Drew deslizaram sob meus braços e ele me puxou para ficar de pé. Eu balançava como uma rede ao vento em uma praia, ele manteve o seu aperto. "Quanto você bebeu, porra?" "Não sei," falei arrastado. "Vamos lá, a festa terminou. Vamos pra casa." "Esta é a minha casa," eu disse desapontado. Ele não disse nada. Em vez disso, ele deslizou um braço em volta da minha cintura e começou a me levar ao redor da lateral da casa. Eu fui junto, sem dizer uma palavra, porque, honestamente, eu não me importava onde ele estava me levando. Ele cheirava bem. "Espere," eu gemi e praticamente caí e comecei a vomitar novamente. Drew murmurou algumas palavras, algumas maldições, mas permaneceu em cima de mim, como se estivesse me vigiando. Quando acabei, as minhas costelas estavam doendo muito, ele me ajudou a levantar, e me levou para a rua onde o seu Mustanh Vintage '69 estava estacionado. "Este não é o meu quarto," eu disse. "Eu não vou deixar você aqui, bêbado, seu idiota," Drew disse e abriu a porta do passageiro. "Quem diabo pode imaginar o que os idiotas dessa festa fariam com você assim desse jeito?" Eu afundei no assento e inclinei a cabeça para trás com um gemido. 11


A próxima coisa que soube, estávamos estacionados do lado de fora da casa de Drew e ele estava pegando as chaves. Atrapalhei-me com as mãos, tentando abrir a porta. "Espere," Drew disse, mas não dei ouvidos. Consegui abrir a porta e cai na calçada. "Ow," eu gemi. "Idiota," Drew disse acima de mim, e pela terceira vez naquela noite, ele me ajudou a levantar do chão. "Faça-me um favor e não acorde a casa inteira," ele reclamou. "Você parece uma mulher," Eu zombei. Meus pés não funcionavam muito bem subindo as escadas, mas de alguma forma, consegui. Nós tropeçamos no quarto de Drew, e ele fechou a porta atrás de nós. Eu caí em cima da cama, jogando os braços para cima, olhando para o teto escurecido. Drew estava se movendo ao redor, e virei minha cabeça para vê-lo sentado, tirando seus sapatos. Em seguida, tirou a jaqueta de couro preta que estava usando, pelos braços, e jogou-a sobre sua cômoda. Fiquei hipnotizado pelos seus movimentos. Tudo estava meio embaçado e desfocado, menos ele. Eu podia vê-lo claramente. Ele tinha um abdômen definido, magro e firme. E a maneira em que a camiseta que estava usando se agarrava ao seu corpo, parecia à coisa mais interessante que já tinha visto há muito tempo. Observei-o se endireitar e girar, enfiar a mão no bolso de trás da calça jeans. Seus dedos longos puxaram para fora a sua carteira, e a jogou sobre a cômoda, também. Seus quadris eram estreitos e as pernas eram longas e magras. Ele ficava bem usando jeans. Eles não ficavam muito apertados, mas não estavam largos também. Seus pés estavam descalços. Eu não sabia onde a meia estava, mas não me importava. Esse pedaço de pele nua, ainda que fossem os seus pés, fizeram a minha boca secar. Ou talvez eu só estivesse desidratado. "Preciso de água," disse abruptamente e me levantei do colchão. Meu movimento súbito causou uma nova onda de náusea, e caí para frente. 12


Drew estava pronto, e assim que comecei a vomitar, uma lata de lixo apareceu debaixo de mim. Como no inferno ainda restava alguma coisa dentro de mim para vomitar? Eu senti como se tivesse vomitado durante horas, e estava tão cansado que não conseguia nem segurar a lata de lixo. Drew a segurava para mim. Ele ficou em silêncio, segurando a lata na minha frente, enquanto eu fazia sons que esperava nunca ouvi-los novamente. Mesmo depois que parei, ele ainda estava ali, segurando a lixeira, certificando-se de que eu estava completamente bem antes de se afastar. "Eu estou bem," eu disse fracamente depois de um momento e virei o rosto. Sua grande palma tocou as minhas costas e deu duas batidas antes de se decidir passar para a minha camisa. Esse único toque me deixou um pouco mais ligado, um pouco menos instável e em perigo, de literalmente desmaiar ali. Ainda com a palma da mão onde estava ele afastou a lixeira. Abaixei minha cabeça em minhas mãos e estremeci. Deus, me sentia como um asno doente. "Sinto muito." "Por que você está tão bêbado?" Drew perguntou. "Vodka," eu murmurei sombriamente. Ele fez um som como que se isso não fosse uma resposta. "O que diabos deu em você para beber tanto hoje à noite?" "Só queria uma pausa," eu murmurei. "Uma pausa de quê?" "Hã?" Drew se acomodou ao meu lado na cama. "Trent. Que porra é essa?" "Não fique louco," Eu falei deitado de costas na cama. "Eu não estou louco." "Você parece meio louco." "Ainda bem que apareci naquela porra hoje à noite." Ele meio que rosnou e se afastou da cama. 13


Ouvi o farfalhar das roupas, mas não olhei para ele. Minha cabeça doía. "Eu não gosto quando você dirige sem mim." Drew apareceu em cima de mim, olhando para baixo, ao lado do colchão. Algo sobre a sua presença me fez abrir os olhos. Os nossos olhares travaram. Senti algumas coisas que eu não sabia como afastar. O álcool tornava difícil mentir. "É disso que se trata? Você está chateado porque fui dirigir sem você?" Ele perguntou. Ele não estava usando mais uma camisa, e no lugar do jeans, estava usando um short solto. Seu cabelo loiro escuro estava bagunçado, e sua boca era uma linha sombria. A forma como seus olhos pareciam naquele momento... Era como se ele pudesse ver algo. Rolei para o lado dele. "Às vezes um cara só quer ficar bêbado." E às vezes um cara quer esquecer. Meu estômago revirou e minhas costas empurraram com a força do meu impulso. Drew murmurou uma maldição e se afastou da cama, e logo colocou a lixeira na minha frente, foi quando comecei a vomitar novamente. Ele estava parcialmente deitado em mim, e mesmo com minha cabeça meio fora do ar, e doente como um cão, eu ainda pude notar e sentir a forma como o seu peso ficava em mim. A maneira que eu estava pressionado completamente no colchão pelo seu tamanho. Ajudou a me sentir menos instável no momento. Quando finalmente parei de vomitar, tempo suficiente para respirar, Drew afundou no chão perto da minha cabeça. "Porra, cara," eu disse entre dentes. "Sinto muito. Você deveria ter me deixado em casa." "Você está em casa."

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Ele falou tão baixo que pensei que talvez tivesse sido um pensamento em minha própria cabeça e não uma sentença saída de seus lábios. Olhei para cima, meus olhos vermelhos, inundados de sangue, tentando tanto se concentrar nos dele. Ele olhou de volta e não disse uma palavra. Apenas me olhou. Será que ele falou isso, ou foi só um pensamento? Finalmente, ele limpou a garganta. "Você acha que vai ficar bem?" "Espero que sim," eu disse asperamente. Minha garganta estava seca e queimada. O interior da minha boca tinha gosto de carne morta da estrada, e meu corpo doía. Ele balançou a cabeça e rapidamente amarrou o saco da lixeira e rapidamente substituiu-o por um novo. "Aqui," ele disse e empurrou a lixeira em meus braços antes de desaparecer por alguns minutos. Quando reapareceu, tinha uma garrafa de água e um pote de aspirinas. Eu gemi, e ele colocou as coisas de lado. "É para mais tarde." Eu não tinha certeza se eu seria capaz de manter alguma coisa no meu estômago, mas mantive esse pensamento para mim. "Você não pode dormir assim, fique de lado." Ele fez um sinal com a mão para me mover. Eu comecei a rolar, mas ele pegou a barra da minha camisa, me parando. "Sentese." Comecei a sentar, mas depois cai para trás. Ele fez um som e deslizou um braço debaixo de mim e me levantou. "Você é muito pesado para essa merda," ele agarrou. O seu cabelo limpo roçou sobre a minha pele aquecida quando ele puxou a camisa sobre a minha cabeça. "Você está se aproveitando de mim?" Eu comentei.

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"Você cheira a vômito," ele rebateu. Então, em um tom mais sarcástico, disse: "Além disso, você não pode fazer nada agora, mesmo se quisesse." "Por você eu poderia." Sobriedade instantânea. Foi exatamente o que essas quatro palavras representaram. Ficaram soltas no ar, por longos minutos. Durante esse tempo, tudo no quarto parou. Tudo. Eu tenho certeza que meu coração não batia. Drew não respirava... Não havia nada. Nada, apenas as palavras. E o significado. A implicação. A verdade por trás delas. Oh merda! Eu estava prestes a piorar tudo, usando meu cérebro bêbado para tentar recuar, e tentar inventar alguma desculpa. Ele me salvou. Assim, como abruptamente tudo parou, começou de novo. Ele recomeçou a tirar a minha camisa. Seus dedos estavam frios em comparação com a minha pele corada, quando ele pegou no meu queixo. Meu rosto estava inclinado para cima, e fechei os meus olhos para que ele não tivesse que ver a verdade por trás da minha confissão. "Isso está na sua cara," ele falou, e senti a suavidade da camisa que usava sobre meu queixo, quando ele começou a limpar a bagunça que eu havia feito. Lamentei intensamente ficar bêbado esta noite. Por isso, e muitos outros motivos. "Você não tem que fazer isso," eu disse constrangido. "Eu sei." Abri os olhos. Por apenas um milésimo de segundo, nós nos conectamos. 16


Por apenas um milésimo de segundo, pensei ter sentido algo que não tinha anteriormente. Então, ele se afastou. Minha camisa foi jogada de lado, e a minha embriaguez total voltou para mim novamente. Eu gemi. Ele riu. "Se você está se sentindo como uma merda agora, você vai estar meio morto amanhã." "Se eu chegar até amanhã." Caí de costas na cama. "Você vai chegar." Ele me bateu na perna. "Fique do seu lado." "Quem se importa?" Eu resmunguei, mas fiz, e rolei de costas para o meu lado. O movimento me deixou doente. Mais uma vez. Vomitei violentamente por um longo tempo, entre promessas de nunca mais beber novamente. Drew não disse nada. Apenas segurou a lixeira, porque eu estava muito cansado para fazer isso. Quando terminei, desabei sobre o colchão, e o meu corpo tremia de forma irregular. Ele colocou a lixeira sobre a mesa ao lado da cama e desapareceu. Senti o mergulho no colchão quando ele se sentou no outro lado. "Eu posso ficar no sofá," gaguejei entre o choque de meus dentes. "Você vai ficar, e eu também, alguém tem que olhar o seu rabo bêbado." Eu não disse nada. Apenas fiquei deitado enquanto estremecia. Ele colocou o cobertor em cima de mim, e me enrolei nele, em mais uma tentativa para parar de tremer. O quarto estava escuro e silencioso. Não sei quanto tempo fiquei lá deitado, tremendo. Eu estava me sentindo completamente miserável. Eventualmente, eu desmaiei. 17


Mas a felicidade temporária foi interrompida quando comecei a vomitar minhas tripas novamente. Eu me lancei para pegar a lixeira, me encolhendo contra os sons que rasgavam a minha garganta. Drew estava lá. Ele deslizou sobre o colchão pelas minhas costas e jogou um braço sobre mim, para estabilizar a lixeira enquanto eu tentava segurá-la. Eu gemi e cai de volta no travesseiro. "Não sobrou nada," eu gemi. Eu literalmente coloquei tudo para fora. Drew não parecia muito certo, e ele segurou a lixeira mais alguns minutos. Seu braço estava caído sobre mim, e seu peito estava pressionado contra as minhas costas. Fechei os olhos e relaxei contra o cobertor. O tremor em meus membros diminuiu, e deixei escapar um suspiro de alívio. Seu corpo pressionou ainda mais contra o meu quando ele se inclinou para colocar a lixeira de lado. Sua pele nua escovava contra a minha, e eu tremi. Ele se afastou. "Está com frio?" "Não." Drew se acomodou em seu lado da cama. O meu tremor começou novamente. "Eu só quero parar de tremer," murmurei e ele chegou um pouco mais perto, perto o suficiente para ficar pressionado ao meu lado. Nossas costas estavam se tocando, nossos ombros também, e assim estavam nossas bundas. Em segundos, todo o meu corpo se acalmou e a agitação diminuiu, e fiquei sonolento. Como eu estava à deriva, coloquei um dos meus pés entre suas panturrilhas, emaranhando a minha perna com a dele. Talvez, se eu não estivesse tão bêbado, tão fora da minha mente, eu teria notado que ele ainda continuava ao meu lado. Talvez eu soubesse o que eu estava fazendo. Mas eu estava bêbado. Não notei. E não pensei. Mas eu falei. Minha língua bêbada e burra, não iria dizer merda para depois fingir e esquecer. "Não direi," eu sussurrei para a escuridão. 18


Ele não disse nada. Ele não se afastou. Adormeci com a sensação dele contra mim. Caí em um sono pesado. Quando acordei na manhã seguinte, ele não estava lá. O quarto estava vazio, mas o travesseiro ao meu lado ainda estava quente da cabeça dele. E lembrei. Mesmo bêbado e fora da minha mente, e doente o suficiente para vomitar tudo de dentro de mim, eu não fui capaz de limpá-lo da minha memória. Acontece que não vomitei tudo. Ainda havia alguma coisa dentro de mim. Sentimentos. Momentos que ainda estavam tão frescos e novos, que ainda não podiam ser considerados memórias. Em vez disso, eles se tornaram segredos. Uma noite eu estava "bêbado demais" para lembrar. Poderíamos voltar a ser Super Bros. Melhores amigos. Era melhor assim.

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Em Xangai, na China carros vermelhos são proibidos

Vários meses depois... Drew Algumas pessoas dizem que eu nasci com óleo de motor em minhas veias. Que a chamada de uma estrada aberta e um carro com um tanque cheio de gás era a razão pela qual eu vivia e respirava. Eu amo carros demais. Amei a forma como o motor acelerou quando virei à primeira vez a chave, o cheiro de couro recém-polido, e a sensação do volante sob minhas mãos. Acima de tudo, amei a velocidade. Eu amava voar pelo asfalto em um ritmo que poderia me colocar na cadeia... Ou pior. Eu amava a emoção de transpor uma linha tênue entre a vida e a morte, e que um pequeno erro poderia literalmente me deixar em um caixão. Mórbido? Poderia ser se eu tivesse um desejo de morte. Eu não tinha planos de morrer, não tão cedo. Mas isso não me impedia de viver como queria. Havia algo tão incrivelmente libertador sobre quebrar todas as regras quando eu estava na estrada. Algo sobre a liberdade que me abraçava. Mesmo que a adrenalina fosse a minha droga, eu ainda era um homem. Eu ainda era humano. Quando me cortava, não era um óleo espesso e preto que vazava de minhas veias. Era sangue. O mesmo sangue vermelho que todos os outros tinham. 20


Ainda assim, deixava todos pensarem que eu era um pouco menos humano do que eles. Eu alimentava a percepção de que talvez houvesse algo a mais dentro de mim que me dava uma vantagem. Eu faria o que fosse preciso para chegar à linha de chegada. Foi precisamente com essa atitude que fui ganhando um nome no circuito de velocidade aqui em Maryland. Foi a minha condução “sem-pé-no-freio,”, até que meus pneus ficassem logo carecas e os nós dos meus dedos ficassem brancos ao volante, até as línguas balançarem. E em se tratando de carros, uma conversa era a metade da batalha. A outra metade? A forma como um homem dirigia. Inferno, o tipo de motorista que você era, pode ser até mais importante do que a coisa real que você dirigia. Porque quando chegava à hora... Não era o tamanho do motor do carro. Era o tamanho do motor do homem. O meu motor? Era tão grande que era edição limitada. Eu ficava na minha, também. Se alguém quisesse saber quem eu era, eles podiam entrar no banco do passageiro, e eu lhes mostrava. Eu não precisava falar de heróis; só precisava dirigir. O autódromo de Chesapeake era a maior pista desse lado de Maryland. Mas, na outra direção do estado, perto das grandes cidades, onde os Knights (a nossa equipe de futebol do estado) tinha a base, havia uma pista ainda maior, onde alguns grandes eventos aconteciam ao longo dos anos. Mas essa pista era um nível mais profissional. Pelo menos em termos de concorrência. Eu não podia apenas entrar naquela pista e correr. Para chegar lá, eu precisaria de patrocinadores. Eu precisava de um carro melhor e um nome maior. Basicamente, no mundo das corridas, o dinheiro falava mais alto, e assim, você faz o que pode. Mesmo que eu estivesse pilotando desde que tinha cinco anos, estava basicamente começando de baixo. Crescendo na Carolina do Norte, a corrida era apenas um hobby. Era apenas algo a mais que meus pais me deixavam fazer, porque se não o fizessem, 21


eles me encontrariam na garagem, tentando purificar o cortador de grama para torná-lo mais rápido. Ou usar um capacete e subir em um kart caseiro para descer da colina no meu quintal. Kart = era um antigo carro de corrida com rodas, onde tirei as grades e coloquei um volante velho e sobressalente no topo. Minha mãe quase teve um ataque cardíaco naquele dia. Eu ainda não sei o motivo de toda aquela confusão. Eu tinha usado um capacete. Enfim, tive que atender a minha necessidade de velocidade de uma forma mais controlada, e devia ter permissão para fazer "máquinas de morte" caseiras (palavras da minha mãe, não minhas). Mesmo que tudo na minha vida girasse em torno da pista, ainda esperavam que eu fosse crescer fora dela. Dirigir nunca seria algum tipo de escolha de carreira. Minha carreira foi decidida muito antes de eu sequer pegar em um molho de chaves. Meu pai queria um filho que seguisse seus passos, um filho que fosse aquilo que ele queria. Quando saí de casa, o meu destino estava selado. Pelo menos até exatamente seis meses atrás. Até então, eu havia feito tudo o que esperavam de mim. Terminei o ensino médio, fui para uma faculdade de alto nível, e me destaquei em TI (tecnologia da informação) e ciência da computação. Não surpreendentemente, também me destaquei em design gráfico, provavelmente porque era muito mais divertido do que a ciência do software. Mas, ainda assim, superei ambas as matérias. O que posso dizer? Eu tenho um grande cérebro para correr junto com o grande motor dentro de mim. Meu pai estava recheado de orgulho como um peru no Dia de Ação de Graças. Depois da faculdade, fiz um estágio em uma empresa de software e tecnologia, fazendo café todos os dias, gastando tanto tempo o quanto fosse possível nos elevadores, e tentando não morrer por dentro. Quando eu ligava ou ia para casa, agia como se tudo estivesse ótimo, como se a minha vida no mundo da informática fosse exatamente o que eu queria. Mas não era.

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Na verdade, quanto mais tempo passava naquele prédio de escritórios, mais enjaulado eu me sentia. A única coisa que me impediu de perder a cabeça completamente foi às longas viagens de carro que eu fazia depois do trabalho. E o tempo que passava na pista local (que era pouco mais que um caminho de terra circular). Quando o estágio terminou, fui para casa sabendo que meu pai já estava marcando filas de entrevistas e oportunidades de trabalho para que eu pudesse começar a minha carreira com seriedade. Eu tinha que ficar longe dele. Eu precisava respirar. Quando fiquei sabendo que a minha irmã Ivy foi morar com um cara que nenhum de nós conhecia, eu decolei. Foi à desculpa perfeita para ir embora. Afinal de contas, sempre fui muito protetor de Ivy. E meu pai não podia dizer nada por eu ter que dirigir até lá. Ele queria que sua filha ficasse bem. Então, sim, talvez eu tivesse usado a minha irmã como uma desculpa para me dar um pouco de férias. Mas então, acabei parando em uma bela entrada de garagem. Bati na porta da frente de uma casa em um bairro chique. A visão de minha irmã me fez esquecer a razão pela qual eu tinha acelerado na interestadual para chegar lá. Claro, mesmo que a sua escolha de companheiro não fosse a minha favorita, mas, depois que realmente conheci o cara, as coisas mudaram. E não apenas o Braeden... Ivy tinha uma família inteira aqui. Uma família que me senti uma parte quase que imediatamente. E, de muitas maneiras, mais do que eu já tinha com a família que nasci. Era quase perturbador. Olhando para as pessoas que eu não conhecia há muito tempo, me senti como se fosse à pessoa que estava destinado a ser - a que eu havia suprimido em minha vida para agradar ao meu pai - era aceito por eles e eles me aceitavam. De repente, não parecia que eu estava fugindo de alguma coisa, mas para alguma coisa.

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Para a vida que eu realmente queria. A vida que nunca considerei que pudesse ter. Meu hobby, minha paixão poderia ser mais do que isso. Era como se eu fosse um carro descobrindo que estava dirigindo com o meu freio de emergência puxado. Talvez por isso eu fosse esse viciado em adrenalina agora. Eu havia perdido tempo, e tinha que compensar. Dizer ao meu pai que eu não voltaria para casa, que não iria trabalhar naquelas grandes empresas, de alto perfil e com salários iniciais polpudos, não havia sido fácil. Dizer ao meu pai, um homem que eu amava; que eu estava rejeitando tudo o que ele queria para mim foi provavelmente a coisa mais difícil que eu já havia feito. Mas Ivy me deu coragem e também um gosto da vida que eu poderia ter aqui. Ele não ficou feliz com isso, mas não foi à luta que eu imaginava que seria. Ele ficou muito mais tranquilo com a minha escolha, acabou aceitando. Até Ivy parecia levemente surpresa. Não questionei isso. Por que eu deveria? Que tipo de homem procura problemas quando é a última coisa que quer? Um burro. E já foi observado que eu não sou burro. O som de carros trocando as marchas e gritando fora da pista me trouxe de volta ao presente. Era raro eu perder o foco na pista de corrida. Claramente, eu estava entediado. Acho que esta pista não era a corrida que eu precisava esta noite. Ou talvez fosse o fato de eu já ter vencido as duas vezes que corri esta noite. Eu vi dois carros na pista, um Camaro de modelo mais antigo e um SS Monte Carlo, correndo. O Monte Carlo diminuiu o nitro um pouco perto da linha de chegada. Custou-lhe a vitória.

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O Camaro estava em aceleração máxima durante todo o tempo. Totalmente comprometido em cada volta. Era exatamente por isso que ele tinha que perder uma corrida esta noite. Até agora. Eu deslizei o meu Mustang até a linha de partida quando fui liberado para fazê-lo. O homem que gerenciava a linha me deu um OK e estava prestes a dizer-me para voltar, mas eu o joguei no acostamento e escancarei a porta do motorista. "O que ..." ele gritou, andando na minha direção. Eu levantei uma mão e apontei. O Camaro estava chegando e era provável que fosse fazer outra corrida. Eu plantei as botas que usava na calçada e encontrei os olhos do motorista mais à frente. Era um desafio, direto e claro. Já havia me decidido, e como já estava na fila, uma vez que era a minha vez, teria uma última corrida. E ia ser uma boa corrida. Senti os olhos da multidão me assistindo, e sabia que eles estavam confusos. Então, levantei o braço, estendi minha mão e apontei para o carro preto e lustroso, invicto esta noite. Eu ainda não tinha visto aquele Camaro por aqui; este piloto não era um regular. Isso significava que ele era novo em corridas ou apenas estava de passagem. De qualquer maneira, eu aproveitaria a oportunidade de correr com alguém novo. O movimento de pessoas nas proximidades aumentou, todos começaram a aplaudir e gritar, claramente entretidos com o meu desafio. Geralmente, fazer corridas nesta pista em uma noite como está não era assim. Você tinha que entrar na fila, esperar a sua vez, e correr com o cara ao seu lado. O motorista não escolhia o seu adversário. Ele corria com quem estava na fila. Nossos tempos eram escrito em um quadro branco, e todos nós tentávamos correr para baixar esse tempo. Bem, eu principalmente tentava bater o meu tempo. Eu sou muito competitivo comigo mesmo. 25


Então, mais tarde, em noites mais planejadas, os pilotos com os melhores tempos voltavam a correr, era o tipo de corrida onde apenas corriam os melhores tempos. Olhei para o homem que supervisionava a linha para ver se ele se oporia, mas parecia bastante divertido, conhecia o meu jeito. Abaixei o meu braço e olhei para o Camaro. Ele diminuiu a velocidade, e pude sentir os olhos do motorista. Eu o vi, e ele hesitou. Eu estava surpreso. Ele não estava aqui para correr? Os contornos de sua cabeça e dos ombros se contorciam, como se ele estivesse olhando por cima do ombro, ou procurando alguém. Olhei para além do seu carro, além da multidão. Havia uma tonelada de carros estacionados ao redor. Não havia jeito de saber o que ele estava procurando. Tão rapidamente quanto ele virou, ele voltou. O Camaro mudou sua direção, atravessando a pista até a faixa de largada. Todos aplaudiram. Sorri e voltei para o Mustang. Quando o Camaro emparelhou, acenei para o piloto da vez que eu iria correr com outro piloto; dando uma volta completa até a linha de chegada. Dei uma saudação simulada em agradecimento por deixar esse cara entrar na linha. Antes de colocar o cinto, me virei para olhar por cima do ombro, procurando por Trent, que estava nas proximidades. Ele usava um boné de beisebol preto, virado para trás de sua cabeça, seus braços estavam cruzados sobre o peito, e ele estava sorrindo. Eu sorri e acenei. Alguns instantes depois, ambos os nossos carros foram verificados para garantir que estavam no mesmo lugar na linha de partida, e, em seguida, uma garota com uma saia minúscula de cotton, com um top e saltos altíssimos ficou entre nós. Em sua mão estava uma bandeira quadriculada. Ela apontou primeiro para o motorista ao volante do Camaro. Em resposta, o motor acelerou em voz alta, mas foi um som suave e poderoso. Em seguida, a menina da bandeira apontou para mim. O Mustang rosnou em resposta. Segurei o volante quando uma onda de excitação salpicou em minhas entranhas. Isso era o que faltava. 26


A mulher levantou as mãos. A bandeira voou para a direita com o vento. Baixei os óculos de sol que estavam apoiados na minha cabeça. Sim, já era noite e não estava ensolarado. Mas os óculos de sol me davam uma vantagem. Ele escurecia tudo ao meu redor, só um pouco. Para qualquer outra pessoa, isso poderia ser um inconveniente. Mas, o fato da variação de tons ajudava com o meu tempo de reação na pista. Sim, eu sei. Eu parecia até uma vovozinha supersticiosa divulgando os benefícios de dormir com alho em sua gaveta de meias ou alguma merda assim. Mas isso era um fato. É realmente um fato comprovado que usar óculos de sol pode ajudar um motorista com o seu tempo de reação. O olho humano capta melhor a luz no escuro. Ou seja, no mesmo segundo que recebesse a liberação para correr, eu poderia vê-lo imediatamente. Não haveria perda dos preciosos milissegundos, enquanto esperava que a minha mente fosse se recuperar. Sabendo que estávamos prontos para voar, a menina da bandeira apontou para uma luz nas proximidades, indicando o sinal da largada. Uma vez que a pista estava liberada, respirei fundo e segurei firme o volante, deixando a onda familiar de adrenalina correr em meus membros. A luz mudou para verde, e arranquei da linha de partida imediatamente. Eu segurei o volante com firmeza para manter o Mustang em linha reta, me mantendo à direita no caminho, onde já havia marcas de pneus das antigas corridas desta noite. Borracha adere à borracha. E isso significava que os meus pneus teriam melhor tração e aderência enquanto pudesse dirigi ao longo dessas marcas. Era como seguir alguém em uma tempestade de neve. Era mais fácil andar em cima dos seus passos ao invés de criar o seu próprio caminho. O motorista do Camaro era rápido também. O cheiro de pneus queimando e o ronco do motor dos carros era inebriante. Eu acionei o nitro, mas não usei tudo. Eu já havia assistido várias corridas de carros esta noite, e não precisava acionar todo o poder do V8 do meu Mustang, porque eu poderia ganhar desse cara sem ele.

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Era mais um dos meus truques. Nunca mostrar-lhes tudo o que tinha; manter um pouco de reserva até que fosse absolutamente necessário. Ele não precisa conhecer a minha velocidade máxima. Eu só precisava ser um segundo mais rápido. Um segundo era o suficiente. Um segundo era à diferença entre ganhar e perder. Acelerei imediatamente, e todo o resto desapareceu. Tudo o que sentia era à força do motor do carro abaixo de mim, e a forma como os meus pés vibravam com a velocidade que eu estava viajando. No meio do caminho, o Mustang alcançou a velocidade máxima, não era o suficiente ainda para ganhá-lo. Agora, eu estava acelerando. Meu grito vibrou no interior do carro, e olhei rapidamente para o Camaro. Ele estava bem ao meu lado. Estávamos lado a lado. Venha! Eu silenciosamente gritava para ele. Ele observou o quão bem emparelhado nós estávamos. E acabei sentindo um cheiro diferente no ar com a nossa disputa. Calmamente, olhei para trás e acionei o nitro, arrancando para frente. Usei o nitro apenas o suficiente para cruzar a linha de chegada em primeiro lugar. Eu vi o outro motorista ao volante enquanto alcançava a linha de chegada. Ele ainda estava correndo a todo vapor. Desliguei o nitro e ele continuou. "Otário," eu murmurei e fiz uma curva brusca imediatamente. A extremidade traseira da carroceria derrapou um pouco com a força da minha guinada, mas os pneus seguraram, e deslizei para frente. Ao longo da pista, procurei a pessoa que eu queria compartilhar a minha vitória. O meu melhor amigo. Trent estava com dois dedos na boca, assobiando com a minha vitória. Vi quando ele baixou as mãos e começou a bater palmas. Momentos depois, parei perto de onde ele estava. Ele abriu a porta do seu carro e correu a curta distância entre nós. Abaixei a minha janela, e ele descansou as mãos no peitoril da porta. O boné escuro que ele usava cobria a maior parte de sua cabeça, destacando os seus olhos. Normalmente, eles eram de uma cor mais clara, mas na noite escura, parecia uma máscara profunda de âmbar. "Esse foi um exemplo excelente de condução!" Ele bateu na porta. 28


"Ainda estou entediado," eu disse lentamente, inclinando a cabeça para trás contra o encosto de cabeça e sorrindo para ele. Um sorriso malicioso curvou sua boca. E aquele dente dele, ligeiramente torto na frente, fez o meu sorriso aumentar. "Siga-me," Trent concordou e voltou para o seu Mustang. Segundos depois, o carro acinzentado na minha frente, me acompanhou no asfalto. Acionei o nitro, e afundei a minha bunda no banco, rumo à estrada principal. Era hora de se divertir.

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Noventa por cento dos motoristas cantam atrás do volante. Os outros dez por cento são apenas estranhos. Ou mentem.

Trent Nós íamos ser presos. Era apenas uma questão de tempo. Mas quando Drew disse que estava entediado, o caos que se segue é sempre muito mais divertido, do que se preocupar com as consequências. Eu provavelmente deveria me preocupar mais. Com o meu status de jogador de futebol Alpha U e como presidente da Alpha Ômega, uma prisão no momento seria a última coisa que eu precisava. Mesmo assim, eu não me importava. Que as sirenes gritem e que as luzes pisquem nos caçando. Isso, provavelmente, apenas tornará as coisas mais emocionantes. Fazíamos isso há meses, e não houve uma só vez que tivéssemos sido apanhados. Talvez, por isso não nos preocupávamos. Eu estava confortável no caos que Drew parecia atrair. E sim, tudo bem, fui eu que comecei essa coisa com ele. Tecnicamente, eu havia começado com isso uma noite. Sim, eu sabia que ele me acompanharia logo depois, no momento em que ele disse que estava entediado, então, fui eu que comecei primeiro. Eu estava liderando esse desfile de delinquência.

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Seu Mustang estava afastado da minha bunda há uma boa distância na rua, eu não passaria por um cuzão. Então, entrei na estrada principal e acelerei. O carro de Drew era azul cobalto Mach 1, uma senhora carroceria, uma verdadeira cadela sobre rodas, e a maneira como ele dirigia era ainda mais durona. No entanto, eu não era uma vovozinha bebedora de Kool-Aid1, dirigindo como um veadinho. Meu Mustang Coupe GT era um V-8, tal como o dele. Admito não ter a mesma habilidade dele ao volante, mas eu estava aprendendo. Rasgando pela cidade em uma base quase semanal, com certeza era uma boa prática. Buzinas soavam enquanto eu desviava pelo tráfego das ruas mais movimentadas da cidade. Drew seguia atrás, e quando desviei para a esquerda, ele foi para a direita. Era como comparar cisnes com motores em um lago. Éramos uma linda visão de condução. Os outros motoristas na estrada não estavam tão impressionados, eles estavam apenas com inveja. Mais à frente, o sinal ficou amarelo, e acelerei. Luzes amarelas = acelerar. Um grito de raiva disparou de uma janela quando atravessei cortando o cruzamento. Acertei a direção, e o carro rapidamente respondeu, deslizando pelo canto, mal dando tempo do mustang passar, mesmo quando acionei o nitro novamente. Ouvi o barulho familiar do motor turbinado de Drew e dei uma olhada para fora da janela do motorista. Por um longo segundo, seu carro emparelhou com o meu, e nós dirigimos paralelos um ao outro, bem no centro da estrada. O bip irritado e frenético me trouxe de volta, e fiquei surpreso. "Foda-se!" Eu gritei e virei à direção, bem a tempo de contornar um carro que vinha em sentindo contrário. Mesmo estando em meu carro, e Drew no dele emparelhado ao meu, ele conseguiu manobrar a tempo, indo parar do outro lado da estrada, eu ainda podia ouvir o riso dele. Eu não precisava mais estar com ele para ouvi-lo. Eu conhecia o som da voz dele, tão nitidamente quanto a minha, e agora, eu sabia que ele estava rindo pra caralho. 1

Igual ao Ki-suco no Brasil

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Nós permanecemos um atrás do outro, e levantei o meu dedo médio e o coloquei para fora da janela. Segundos depois, ele assumiu a liderança, e nós dirigimos como se estivéssemos em uma dessas estradas secundárias, que quase nunca eram percorridas. Uma vez lá, passamos por colinas e vales. Havia uma colina, e eu sabia que ele estava indo para lá, ele ia naquela direção quase o tempo todo. Era íngreme, e logo depois havia um grande e enlouquecedor mergulho na montanha. Drew dirigia nessa parte como se o diabo estivesse em sua bunda. Em cada percurso, o seu Mustang necessitava de um pouco de ar. E a cada vez, o meu estômago embrulhava apenas observando o carro dele. O filho da puta era louco como o inferno. E todo o tempo que passava em seu carro, todo o dinheiro gasto... Então, ele corria e praticamente saltava de alguma estrada curvilínea em uma montanha na calada do inverno em Maryland. Ele estava pedindo por um para-choque avariado. Ou pior. Eu adorava, apesar de tudo. Havia uma parte de Drew, que era tão rebelde que eu admirava. De longe, é claro. Pois eu sempre acabava usando os meus freios nessas estradas íngremes e curvilíneas. De jeito nenhum iria me desfazer do meu Mustang. Da minha posição na estrada atrás dele, observava a carroceria do seu carro nas curvas. Ele não usava o freio. Nem mesmo uma única vez. Corri para tentar ver o show dele. Drew, com impetuosidade, não hesitava. Era enlouquecedor ver as curvas fechadas, e mais uma vez não vê-lo usar seu freio. Quando cheguei ao topo, desacelerei no caminho e assisti ao show. Segundos depois, o carro fez outra grande curva. Ele estava indo tão rápido, parecia flutuar. Não é como se ele fosse dar um salto de uma grande altura, mas era o suficiente para que todos os quatro pneus ficassem fora do asfalto.

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Meu estômago se apertava quando ele batia no chão, mas o Mustang se recuperava e os pneus absorviam o choque. Ele se encaminhou para a próxima colina e desviou à esquerda, desaparecendo de vista. "Louco pra caralho." Eu ri e segui atrás (em um ritmo menos alucinante). Ele estava estacionado no largo do encostamento ao virar a próxima curva, inclinado contra a lateral de seu carro, como se estivesse esperando por horas em vez de apenas um minuto. "Se dessem prêmios para pilotos tartarugas, você teria conseguido um." O tom preguiçoso em sua voz combinava com a sua postura. "Foda-se." Eu ri e abri a porta. "Você vê como ele fica no ar? Ainda posso melhorar." Ele se afastou da lataria do carro e imitou com os braços, a maneira como imaginou o carro flutuando. Ele estava usando jeans de cintura baixa na cor preta, botas de couro pretas, e a sua jaqueta de couro, também era preta. Por baixo da jaqueta de couro, usava uma camisa simples branca, estilo hoodie2, o capuz estava para trás, sobre a gola da jaqueta. "Sim, foi muito doce." Concordei e me encostei na traseira do meu carro, enfiando as mãos nos bolsos da frente da minha calça jeans. "Você deveria estar pilotando esta noite," Drew disse, movendo-se para ficar ao meu lado. "A forma como você estava conduzindo lá atrás na estrada, foi infernal." "Malicioso?" Eu olhava para ele. "Sim, audacioso também, mas não muito durão... Malicioso." Eu ri. "Você foi muito malicioso também." Coloquei para fora essa palavra. Eu gostei. "Foi à primeira vez que vi aquele Camaro ao redor da pista. Você reconheceu o piloto?" Ele negou com a cabeça. "Não, as janelas estavam muito escuras para reconhecer o rosto dele. Vi só o contorno." "Um tipo peculiar," murmurei, cruzando os braços sobre o peito. Estava muito frio aqui. "Por que isso?" Drew franziu a testa.

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Moletom com capuz

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Dei de ombros. "A maneira como pareceu meio amável na pista. Eu tive a impressão de que ele estava querendo competir com você, e como você disse, realmente não pude ver o rosto dele... mas senti que ele estava olhando para você." Drew levantou a sobrancelha, a sugestão em sua voz era maliciosa. "Talvez fosse uma mulher." Meu estômago deu um alerta estranho, e me fez sentir doente de repente. Eu o ignorei e revirei os olhos. "Você quase perdeu para uma menina, então." "Merda, tive que dar uma segurada na direção o tempo todo." Fiz um som que poderia ser de alguém que estava de acordo ou não. Abri a porta do motorista e acionei a alavanca para abrir o capô. "Coloque uma luz aqui," o instrui, enquanto levantava o capô do carro dele e dobrava as mangas do casaco do colégio que estava usando. "Como você sabia?" Drew perguntou, quando ligou a lanterna do seu celular, colocando a luz na direção do motor do seu carro. Dei uma risada. "Eu te conheço, Drew. Toda vez que você pega nas bolas dessas curvas na estrada, e depois dando aqueles mergulhos, algo acaba se soltando." "E por isso que quando chegar o meu grande momento eu vou te levar comigo. Todo motorista precisa de um chefe de tripulação.” Ele meditou e colocou a luz exatamente onde precisava. Olhei para cima. "Um chefe de tripulação?" Ele acenou com a minha confusão parcial. Eu sabia o que ele queria dizer, mas nunca o tinha ouvido falar nisso, se referindo a mim como um chefe de tripulação. "O mecânico líder, o chefe de equipe, gerente, seja qual for o nome. Você será aquele que quero comigo." Este sentimento engraçado se espalhou em meu peito, meio morno e líquido. E me fez sentir meio estranho e parcialmente exposto. Por isso, mantive meu rosto virado para baixo e focado na verificação de todas as partes que precisavam ser verificadas. Depois de um minuto, quando ele não disse nada, limpei minha garganta. "Não sou tão experiente para ser o seu mecânico chefe." Inclinei-me para o lado para verificar outra seção do motor.

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Estava me concentrando tanto em não olhar para ele, em não pensar muito sobre como isso me fez sentir, que nem percebi quando ele se aproximou. Então, quando me desloquei, ele estendeu a mão, e meu ombro roçou contra o dele. Afastei-me um pouco me concentrando novamente. "Talvez não," ele respondeu, "mas eu confio em você, e a confiança é mais importante do que a experiência." Engoli em seco e puxei o ar. "Eu confio em você, também, cara." Eu limpei novamente a minha garganta (de repente, parecia difícil de engolir) e, finalmente, olhei para cima. "Esta peça está solta." "Vamos ver." Drew se inclinou para frente, trazendo a luz com ele. Nossos ombros estavam juntos novamente. Desta vez eu não me afastei. Ele também não. "Vê?" Eu disse, virando para ele. "Aperte o quanto for possível, quando chegar em casa, vou pegar as ferramentas." Inclinei-me um pouco mais para fazer o que ele pediu, esperando que ele se afastasse. Drew ficou onde estava. Nós dois permanecemos amontoados sob o capô, curvados, os corpos pressionados, olhando para o motor, entretanto, eu não estava pensando no motor. Perguntei-me se ele estava. Pisquei, dando ao movimento um pouco mais de ação do que o necessário, deixando os olhos fechados por uma fração maior do que o normal. Era um toque inocente. Amigos se tocavam o tempo todo. Drew e eu, não éramos daquele tipo de amigos que respeitava o espaço pessoal um do outro, então, encostar um no outro, não era nada de novo. Mas esse toque me fez sentir diferente. Parecia intencional. Como o toque que começa primeiro de forma acidental, apenas por causa do espaço apertado... E então, não era mais intencional. 35


Era apenas uma desculpa para ficar perto, uma desculpa para sentir a tensão no ar e sofrer em silêncio por isso. Não sei por que, mas eu queria testar essa teoria. Mesmo que fosse fingir ser ainda o trabalho no carro, realmente queria. Tudo o que eu conseguia focar era a maneira como ele estava tão perto. A forma como parecia mal e bom ao mesmo tempo. Virei ligeiramente, afastando o meu braço apenas uma fração. Apenas o suficiente para não haver mais contato. "Você entendeu?" Ele perguntou e seu corpo seguiu o meu. Olhei para o lado. Ele ainda estava focado no carro. Eu estava imaginando isso? Eu estava de pé ao lado dele, em uma estrada na montanha, no ar frio e intenso, perdendo completamente a cabeça? Drew percebeu o que eu estava fazendo e se virou para mim. E quando os nossos olhos estavam prestes a se conectar, a lanterna na mão dele caiu. Escuridão envolveu tudo, incluindo a resposta que eu esperava encontrar em seu olhar. "Droga de aplicativo," ele xingou e endireitou seu corpo, se atrapalhando com o telefone, apertando a tela dele novamente. A escuridão me sacudiu, e voltei a trabalhar no carro. Drew inclinou-se novamente, mas não tão perto quanto antes. Trabalhamos em silêncio por alguns minutos até que tivemos certeza de que tudo estava bem para seguir viagem de volta para casa. "Você vai me dizer o que está acontecendo com você?" Drew perguntou quando levantei a minha mão para inspecionar o óleo. "Huh?" Olhei para cima, limpando minha mão no meu jeans. Ele fez um barulho rude e fechou o capô do carro. "Algo está acontecendo com você..." "Eu..." Drew ergueu a mão para me cortar. "Você estava calmo durante toda a noite. Então você dirigiu como um homem com alguma agressividade reprimida no caminho para cá." Ele quis dizer antes, não agora. 36


"Você dirige assim quase diariamente." Eu apontei. "Isso é diferente." Ele resmungou. "Como?" "Não tente virar esse jogo para mim." Ele passou a mão pelo cabelo, deixando bagunçado em lugares estranhos. "Eu conheço você." "Então, você sabe que não quero falar sobre isso, e não vou." Meu tom era final. "Portanto, há algo." Um som familiar à distância nos fez parar. "Que porra é essa?" Drew murmurou e virou-se. Nós dois olhamos para a curva, quando o som do motor de um carro se aproximou, esperando que ele aparecesse. "Tem algum músculo debaixo do capô," Drew murmurou, com a cabeça inclinada, enquanto ouvia e mantinha os olhos treinados na curva. "Eu nunca ouvi qualquer outro piloto dirigir por aqui", acrescentei. Um farol apareceu à vista antes do carro, fazendo o contorno da curva, iluminando a estrada como uma espécie de tapete vermelho. Meus músculos das costas ficaram tensos, enquanto o meu corpo estava se preparando para algum tipo de confronto. Um carro preto vinha em nossa direção e diminuiu. Mesmo quando Drew não deu nenhuma indicação de surpresa, eu sabia que ele estava. E fiquei imediatamente em guarda. Todos os meus instintos gritavam. Nós tínhamos sido seguidos. O Camaro do autódromo freou do outro lado do meu Mustang. Parte dele permaneceu na estrada, porque o acostamento não era grande o suficiente para todos os três carros emparelhados. O cara ainda não havia saído do carro, e eu ainda não tinha posto os olhos no rosto dele. Mas não gostava da situação. A porta se abriu e um cara saiu. Instantaneamente, entendi o motivo.

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Na Alemanha, um carro é produzido, para ser controlado a partir do pensamento do motorista. Esperamos que o motorista nunca tenha raiva da estrada

Drew De jeito nenhum. Eu saberia. Não havia nenhuma maneira no inferno de que esse desgraçado arrogante fosse o mesmo que correu hoje no Autódromo. Mas era o mesmo Camaro preto com as mesmas janelas matizadas. "O que porra ele está fazendo dirigindo por aqui?" Trent rosnou atrás de mim. Lorhaven era um babaca do premiado, e eu confiava nele tanto quanto eu amava ópera (o que não era nada), mas havia alguma coisa sobre esse cara que irritava totalmente Trent e o tirava dos eixos. Ninguém nunca irritava Trent e o tirava dos eixos; Ele geralmente se dava com todo mundo. Não com Lorhaven. Trent não gostou desse cara no segundo em que ouviu os pilotos independentes locais sussurrarem o seu nome. Quando se encontraram face a face, o seu desagrado apenas se intensificou. "Você partiu tão rápido que não tive a oportunidade de felicitá-lo pela sua condução, esta noite."

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Lorhaven comentou e sorriu. Era um sorriso falso. O tipo que um lobo daria a uma ovelha para tentar provar que não estava prestes a se tornar o seu jantar. Olhei para ele fixamente, vestindo seus jeans desbotados, camiseta branca, e casaco verde de estilo militar. Teria sido ele ao volante esta noite? Parecia que era isso que ele queria que eu pensasse... Examinei o contorno de sua cabeça, o corte de cabelo quase torto, e estava pensando se combinava com o que vi hoje mais cedo por trás das janelas coloridas na pista. Eu não podia ter certeza... Merda, não é como se eu tivesse olhado para o cara tempo suficiente para conhecer a forma de sua maldita cabeça. Além do mais... "Pensei que não era bem-vindo na pista", eu respondi. De acordo com todos os regulares lá, Lorhaven costumava dominar em todas as corridas. Não só era um bom motorista, mas ele tinha uma conta bancária gorda para modificar seus carros com as melhores partes - um luxo que a maioria das pessoas nesta cidade não tinha. Ele provavelmente ainda estaria dominando se não tivesse ficado preso por apostar ilegalmente. E, claro, uma vez que ele havia sido pego com a mão no pote de biscoitos, todos começaram a questionar se todas essas vitórias sob seus pneus eram honestas. Honra era quase tão grande no mundo das corridas quanto ganhar. Enganar e trapacear empilhando as probabilidades em seu favor era uma jogada imbecil. Diabos, um motorista pode ser o mais sujo na estrada, mas desde que ele fosse honesto sobre isso, ninguém dizia nada. Mas no segundo, que começou a ser desprezível e a trapacear ao cruzar a linha de chegada em primeiro lugar, era o fim do jogo. Ele havia sido banido da pista logo depois, as apostas ilegais foram à razão oficial dele estar fora do asfalto. Extraoficialmente? Ele estava em cima dele porque era um mentiroso. "Quem disse que eu estava lá?" ele perguntou inocentemente. Trent estava a meu lado, mas fui eu quem falou. "Esse é um carro legal." Fiz um gesto para o Camaro com meu queixo. "Parecia especialmente doce no meu retrovisor." "Espere até você vê-lo por trás. Parece ainda melhor." "Se você estiver dirigindo, é uma visão que nunca veremos", observou Trent. 39


O olhar noturno de Lorhaven estalou para Trent. Arrogância e desafio brilharam em seu rosto. "Sim? Eu gostaria de vê-lo ganhar de mim." Trent ergueu-se em toda sua altura e cruzou os braços sobre o peito sólido. As ondas de desagrado que ele estava emitindo eram intensas. Eu realmente nunca pensei em Trent como um cara intimidador, geralmente porque ele era muito quieto, muito descontraído. Muito rápido para sorrir. Mas maldição. Ele não estava sorrindo agora. A maneira como ele parecia olhar ameaçadoramente para Lorhaven fez uma maravilha quando o sujeito estalou os lábios em alegria. Trent não era um cara pequeno. Ele era alto, volumoso, e largo. Jogar futebol na faculdade pelos últimos quatro anos apenas aperfeiçoou seu corpo, e sua força física só poderia ser igualada a outros atletas. Lorhaven e eu éramos pilotos. Corrida era um esporte seguro. Ainda que para correr fosse necessária mais habilidade do que força. Na verdade, ser um pouco mais leve era uma vantagem. Menos peso no carro. Em suma, se eu fosse Lorhaven, e Trent estivesse me olhando com seus largos braços de pítons em exibição, mesmo sob a cobertura de seu casaco, eu não seria tão rápido para agir como se eu pudesse chutar sua bunda. "Nomeie seu tempo e lugar," Trent entoou. Ele estava falando sério, também. Ele ia ficar atrás do volante agora, e se ele se arrependesse. Eu me arrependeria. Tanto quanto rachassem minha bunda para admiti-lo, Lorhaven iria ganhar. Antes que pudessem ir longe demais e quisessem marcar uma data para uma corrida ou começar a dar socos, dei um passo para frente, ligeiramente à frente de Trent. Felizmente, ele entendeu o recado para deixar de ser um idiota e calar a boca. "Você não está aqui para me parabenizar. Você e eu sabemos disso. O que você quer?" Trent e Lorhaven encararam um ao outro em silêncio por um momento antes que Lorhaven mudasse de posição e olhasse para longe. Ele apontou para o carro e a porta do passageiro se abriu. "Você está errado", disse Lorhaven quando um homem veio ao redor do Camaro. "Eu queria felicitá-lo. Você deve aproveitar essa vitória. Você não vai conseguir ter muitas mais delas na pista de corrida." 40


Decidi ignorar sua postura e o que seria uma introdução arrogante e/ou morna. Quer dizer, sério. O cara gostava de ficar ao redor e deixar que as pessoas soubessem o quão grande ele pensava que era. Eu estava cansado disso. E estava frio como uma sala cheia de ex-namoradas aqui. "Ei, cara," Eu disse e ofereci um punho para o recém-chegado. "Meu nome é Drew. Você foi bom dirigindo esta noite na pista." Os olhos do recém-chegado brilharam de surpresa com minha saudação informal. Ele também ficou surpreso que eu tinha elogiado suas habilidades de condução. Ou talvez ele estivesse surpreso, que eu sabia que era ele que estava dirigindo hoje à noite. Após uma rápida olhada na direção do Lorhaven, ele se recuperou rápido e levantou seu próprio punho para bater. "Obrigado. Meu nome é Arrow." Arrow, que provavelmente não era seu nome real, mas algo que ele escolheu para si mesmo, era só um garoto. Bom, tudo bem, ele não era um garoto, propriamente dito. Chamá-lo disso só me fez sentir como um homem velho. Ou talvez fosse o fato de que ele parecesse um garoto para mim que me fez sentir velho. Ele não podia ter mais de dezenove anos, o que o tornava verde no meu livro. Ele era alto, perto de 1,83 de altura, e magro como o inferno. Seus pés e mãos eram grandes, porém, só alimentava o fato de que ele era jovem e ainda tinha o que preencher. Arrow tinha cabelos loiros, e não o loiro natural, também. Era pintado de um loiro claro. Estava dividido ao lado, mais à direita e curto na esquerda. Ele estava vestido com jeans rasgado, um capuz preto de grandes dimensões, e usava sapatos pretos. Ele meio que parecia um aspirante a Justin Bieber. Trent ficou onde estava, mas ele deu ao garoto um gesto com o queixo, que ele retornou. "Conheça meu novo motorista, Forrester." Lorhaven disse e bateu Arrow no ombro. "Eu posso não ser mais capaz de conduzir na pista de corrida, porém, posso patrocinar." Interessante.

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"Não sabia que você patrocinava pilotos", observei, me certificando de não parecer muito intrigado. "Eu não patrocino normalmente. Mas Arrow aqui, sabe como lidar com um carro, e com um pouco de orientação, estou pensando que ele poderia ir longe." "Então você acha que vai ganhar dinheiro com ele", brinquei. Arrow endureceu um pouco, e Lorhaven riu. "Às vezes tudo é apenas sobre o amor aos carros." "E às vezes tem a ver com o seu pé na porta onde ele já foi arrancado", Trent acrescentou casualmente. Lorhaven ignorou Trent completamente. "Desde que somos... algum tipo de colega, achei que era apenas direito apresentá-lo a você, assim, quando você vê-lo por perto, vai saber de quem são as lanternas traseiras que você está vendo." "Você é muito profissional", eu respondi. "Isso significa que você não vai mais dirigir?" Perguntou Trent. Lorhaven riu. "Eu sempre estarei dirigindo." Seus olhos se voltaram para mim. "Até a próxima corrida." "Assumindo que é você que está autorizado a participar." Seus olhos se estreitaram. Eu sorri, mas não foi exatamente uma espécie de sorriso amistoso de despedida. "Cuidado, Forrester. Você pode ter mais controle na pista de corrida do que eu tenho agora, mas possuo o resto do mundo por aqui. Uma palavra minha e você seria banido." Trent saltou para frente, e empurrei uma mão no centro de seu peito para mantê-lo de volta. Eu não preciso dele lutando as minhas batalhas. Lorhaven sorriu, porque ele sabia que havia atingido um nervo. "Volte para a sua gaiola, cão de guarda." Trent fez um som, e empurrei-o de volta novamente. "Você não deve escolher uma luta que não pode vencer." Eu o adverti. Ele começou a fazer algum comentário estúpido, algo que, provavelmente deixaria Trent ainda mais irritado. Levantei a mão e o cortei. "Cuidado, Lorhaven." Eu repeti a advertência. "Não quero que ninguém tenha a impressão de que você está tentando 42


me excluir... Notícias correm de que me quer fora daqui porque posso ser mais rápido do que você." Arrow ficou tenso e deu um passo para frente. Lorhaven fez um som, e o garoto caiu para trás. Eu sorri com todos os meus dentes. "Ah, e o meu cão de guarda é maior que o seu." Branco de raiva, furioso - ou talvez fosse inveja - iluminou seu rosto. Tive um pouco de prazer nisso. Esse cara era um idiota classe A. "Vamos," Lorhaven gritou. Arrow voltou deu a voltou ao redor do carro enquanto ele abriu a porta do motorista do Camaro. "Vejo você, garoto", Trent chamou. Segurei uma risada. Estou feliz por eu não ter sido o único que se sentiu como um homem velho ao redor do garoto. Como um verdadeiro adolescente, ele entrou no carro e bateu a porta. Lorhaven suprimiu a vontade de revirar os olhos. Com um último olhar cintilando em minha direção, ele entrou e fechou a porta. Mesmo que o vidro fosse matizado, eu era capaz de ver movimento suficiente para saber que Lorhaven bateu na parte de trás da cabeça do garoto. Trent e eu ficamos ali em silêncio e observamos até que o Camaro virou na esquina e desapareceu de vista. "Aposto dez contra um que o verdadeiro nome do garoto é Justin." Foi à primeira coisa que Trent disse. Dei uma gargalhada. "Cara. Eu estava pensando a mesma coisa." "Ele não tem ideia do que está fazendo se misturando com alguém como Lorhaven." Olhei para ele. "Você realmente não gosta dele." Ele fez um som rude. "Não. Não gosto." "Ele só quer um conjunto de olhos na pista de corrida. Porra, o que mata ele, é não ter mais ideia do que se passa lá." Olhei na direção em que eles saíram. "Não. O que mata ele é você dominar lá e ele não poder fazer nada sobre isso. Toda a atenção está mudando para você. Ele está ameaçado." Então, ele encontrou um motorista jovem o suficiente para controlar. Com fome suficiente por uma chance de fazer um nome para si mesmo no mundo das corridas 43


clandestinas. Alguém que ele poderia usar para me vigiar quando ele não podia. "Sim, talvez", eu respondi. "Ele não correu mais desde aquela noite, meses atrás, quando você o fuzilou. Seu pau ainda está macio sobre ele." Quando eu não disse nada, Trent empurrou meu ombro. "Você não correu desde aquela noite. Certo?" "Não." Eu virei a minha atenção para Trent, que estava parecendo um pouco acusatório. "Prometi a você que não iria mais sozinho no seu território. Você esteve em todas as corridas ultimamente." "Você vê por que é uma má ideia agora?" Eu zombei. "Posso lidar com Lorhaven." Trent se arrepiou. Deus, esse cara era como um maldito cacto espinhoso quando Lorhaven estava envolvido. "Além disso, não quero que você volte a ficar bêbado novamente porque está chateado que fui dirigir sem você", brinquei, tentando aliviar o clima. Ele não acha engraçado. "Tanto faz. Devemos ir. O frio esta congelando as minhas bolas aqui." Ele se virou. Eu não deveria ter trazido esse assunto à tona essa noite. Naquela noite de meses atrás, quando Trent estava tão destruído, ele vomitou por horas. Na noite em que ele estava tão bêbado, ele me disse que odiava quando eu dirigia sem ele. Não foi à única coisa que ele disse naquela noite. "Ei, desculpe. Eu não deveria ter tocado no assunto." Segui atrás dele. "Está tudo bem", ele permitiu e me deu uma olhada. "Eu simplesmente não consigo rir das merdas que não me lembro." Sim. O álcool era uma borracha gigante para seu cérebro naquela noite. Mas eu me lembrava. Cada palavra do que ele disse. Cada detalhe da escuridão. Às vezes, quando estava realmente tranquilo, eu pensava nas coisas que somente eu lembrava. O álcool muitas vezes faz você admitir coisas que as pessoas estão com muito medo de dizer sóbrias. 44


Às vezes eu queria que Trent se lembrasse daquela noite. Às vezes eu ficava feliz que ele havia esquecido.

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O Cadillac de Al Capone que tinha pneus a prova de bala foi apreendido por agentes de tesouraria e mais tarde foi usado na limusine do presidente Franklin D. Roosevelt.

Trent Envenenamento por álcool. Separar uma briga. Reuniões com ex-alunos. Reunião orçamentária. Um banheiro entupido porque alguém pensou que seria divertido lavar um saco de bolas de gude. E um patinho de borracha. Ok, admito que foi engraçado. Isso foi só esta semana, uma semana que ainda não havia terminado. Fins de semana tendem a ser ainda mais agitado, porque é quando todos os irmãos tinham tempo livre para se meter em problemas. Às vezes, me sentia mais como uma babá do que um líder. Ser presidente de uma fraternidade não era tão glamoroso como parece na TV. Ou mesmo na mente das pessoas. Na realidade, ser o presidente de uma casa cheia de homens era meio difícil. Não que eu me arrependesse de me tornar o presidente da Alpha Ômega. Mesmo que tivesse sido uma espécie de papel surpresa. Tornar-se presidente desta

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fraternidade não estava na minha agenda. O plano sempre foi colocar Romeo nessa posição. Romeo não só era o cara mais popular no campus, mas também era muito respeitado e de uma família de legados Ômega. Mas não deu certo. Zach aconteceu. E ele fodeu um monte de merda para todos. Então, quando Romeo se comprometeu e saiu, ele me recomendou, e as pessoas escutaram. Eu era presidente há quase dois anos agora. Na maioria das vezes, era algo que eu gostava, mas se eu estivesse sendo honesto, admitiria que estava me queimando. Eu estava cansado. Senti-me puxado em todos os tipos de direções diferentes. Tantas, que eu estava começando a me perder. Você pode achar que um cara que está prestes a se formar na faculdade com diploma de bacharel em finanças estaria pronto para mais responsabilidades. Não era pra isso que a faculdade servia? Tornar-se um adulto? Crescer? Claro, se eu tivesse que passar pelo fato de passar metade da manhã pescando um patinho de borracha para fora do ralo do banheiro, eu acho que a resposta a essa pergunta seria um sonoro não. Quanto mais perto eu chegava da graduação, menos responsabilidade eu queria. Não era que eu não quisesse me formar. Eu queria. Se eu tivesse que fazer mais um maldito trabalho ou fazer mais um projeto em grupo, eu ia gritar, mas ainda assim... Parte de mim estava hesitante em seguir em frente. Talvez fosse por isso que eu ainda não tivesse apoiado um candidato a presidente da Ômega. Ou talvez eu estivesse apenas esperando para ver qual candidato faria algo para me mostrar que ele era o cara certo para o trabalho. Eu poderia estar cansado, mas eu não estava tão cansado que entregaria esta casa a alguém como Zach. Ele tinha quase sido a ruína de toda esta organização. Limpar as manchas que ele colocou no nome Ômega havia levado mais de um ano.

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Eu queria um presidente que garantiria que a Alpha Ômega continuasse com a boa reputação que eu estava ajudando a ganhar. A sala de jantar "formal" do lugar histórico em que vivíamos no campus era na frente da casa, separado da grande porta de entrada por duas portas francesas amplas de vidro. Embora tenha sido criada como uma sala de jantar com uma enorme mesa de cerejeira alinhada com cadeiras e um lustre suspenso acima da mesa, ninguém nunca comeu aqui. Nós usávamos este espaço para reuniões em casa. As paredes acima dos lambris3 eram verdes escuros e forradas com fotos emolduradas de todos os membros que vieram antes de nós. Na parte da frente da sala havia uma grande janela dupla com vista para o gramado e a rua em frente da casa. As cortinas de xadrez formal nunca foram usadas porque, como eu disse, só vínhamos aqui para reuniões da casa. Esperei na cabeceira da mesa dentro da sala em um pódio que estava lá desde o dia em que me mudei. Os irmãos enchiam a sala com bastante rapidez, já que a reunião deveria começar em apenas alguns minutos. Quando entravam, sentavam-se em uma das cadeiras que revestiam a enorme mesa. Os dois irmãos concorrendo à presidência Ômega estavam sentados ao meu lado. Ambos chegaram cedo. Não era obrigatório que o fizessem, mas por respeito geral e como uma demonstração de compromisso com a fraternidade, eles fizeram de qualquer maneira. Ambos os candidatos eram estudantes do segundo ano aqui na Universidade Alpha, achei que era um bom ano para comandarem, porque isso significava que tinham estado na fraternidade por um ano (e, neste caso, se aproximando de dois anos), então sabiam o que esperar aqui na casa e no campus. Mas eles ainda eram jovens o suficiente na universidade para estar na presidência por mais de dois semestres. Suas tenras idades iriam realmente oferecer alguma estabilidade para a fraternidade, porque eles estariam aqui por um tempo para executar as coisas. Tivemos um calouro que pediu para concorrer, mas eu o tirei da disputa. Mesmo que gostasse dele, ele não tinha experiência suficiente. 3

Revestimento aplicado até certa altura das paredes internas de um ambiente 48


Surpreendentemente, nenhum dos membros superiores queria entrar. Embora eu entendesse. Eles já estavam confortáveis com seus papéis. Eles estavam começando a voltar sua atenção para o que iriam fazer, uma vez que se formassem e não estavam tão focados na casa. A eleição para o novo presidente será no próximo mês, no início da primavera. Ele me daria tempo para fazer a entrega da casa, ajudar o cara novo a se acostumar com seu novo papel, etc. Então, depois disso, eu estaria me formando. Não haveria mais aulas. Não haveria mais fraternidade. Não haveria mais futebol. Acho que sentirei falta do futebol mais do que tudo. Eu nunca admitiria isso nesta casa, mas os Wolwes eram mais como irmãos para mim do que qualquer outra pessoa nesta fraternidade. Jogar o meu último jogo não há muito tempo atrás, tinha sido comovente. O fim de algo que eu realmente amei. Foi quando eu realmente comecei a me perder. Bem, em seguida, a noite que tive a maior bebedeira da minha vida. Drew pensou que eu não me lembrava de nada daquela noite. Deixei-o acreditar nisso. "Todo mundo está aqui", Jack sussurrou em meu ouvido. Olhei para cima e fiquei surpreso ao ver todas as cadeiras ao redor da mesa ocupadas. Só para ter certeza de que era realmente hora de chamar a ordem, eu verifiquei o relógio no meu celular. Todo mundo estava rindo e conversando, mas quando pisei no pódio um silêncio caiu sobre a sala. Era uma sensação estranha ter tantos olhos em você ao mesmo tempo. "Eu sei que esta reunião foi provavelmente, um inconveniente para muitos de vocês, considerando que eu os chamei no último minuto." Eu falei a todos. "Pé no saco", um dos rapazes disse na ponta da mesa, mas disfarçou (muito mal) com uma tosse. Eu sorri. "Isso também."

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Depois que todos se acalmaram, continuei. "Tenho certeza que todos vocês já sabem que na noite anterior, um dos nossos irmãos, Jonathan, foi levado para o pronto-socorro e teve seu estômago bombeado. Ele foi tratado por envenenamento por álcool e entregue aos cuidados de seus pais. Ele está bem e estará de volta na casa na próxima semana." Muitas pessoas pareceram aliviadas, e eu sabia que o mesmo olhar estava estampado no meu rosto. Esta fraternidade não podia ter nenhuma manchete ruim. "Porque o seu... uh, acidente, não ocorreu em uma das nossas festas, nós não estamos sendo examinados, mas isso não significa que o reitor não está nos observando. Ele está." Todos fizeram barulhos reclamando, e eu assenti. "Então, a reunião desta noite é um lembrete para sermos responsáveis sobre beber, especialmente esta noite na festa dos irmãos. Não podemos e não teremos mais irmãos sendo levados para o hospital.” A festa dos irmãos era basicamente uma festa em casa apenas para membros da fraternidade. Tínhamos uma vez por mês para ajudar a manter os laços de fraternidade vivos dentro das paredes da casa. Não sei o que isso dizia sobre mim, que eu realmente não sentia os laços de fraternidade com os caras nesta sala. Meus irmãos não moravam nesta casa. Romeo e Braeden eram meus irmãos e companheiros ex-Wolves. Nós três começamos a jogar para a faculdade no mesmo semestre e tínhamos jogado juntos até o ano passado, quando ambos foram recrutados (separadamente) para a NFL. Quando Romeo me pediu para morar com todos em sua casa na cidade, eu queria dizer que sim. Mas eu não podia. Eu tinha um compromisso com esta casa. Além disso, havia Drew... Ele era da família. Definitivamente. Mas eu não conseguia pensar nele da mesma maneira que me lembrava de Romeo e B. E por causa disso, foi provavelmente uma coisa boa eu não ter sido capaz me mudar para lá. Discuti mais alguns negócios da casa desde que eu tinha a atenção de todos e, em seguida, abri a palavra para qualquer um que quisesse falar ou levantar questões e preocupações.

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Um dos caras no final da mesa, White, empurrou a cadeira para trás e se levantou. "As eleições para presidente da casa serão nas próximas semanas. Todos nesta sala estão querendo saber quem você está apoiando para seu sucessor." Todos os olhos se voltaram para mim. Na hora. Isso é exatamente como eu me sentia naquele momento. Meu apoio seria um longo caminho para determinar os resultados desta eleição. Especialmente desde que eu era muito querido. Especialmente desde que chutei Zach para fora deste lugar e trabalhei como um cão para corrigir o mau nome que todos nós ganhamos. Poderia até mesmo dizer para qual homem dei o meu aval para ganhar. "Eu sei que todos vocês estão se perguntando sobre isso." Eu falei. "A verdade é que esses dois caras são boas escolhas." Fiz um gesto para Jack que estava sentado à minha direita e depois para Conner (Con para abreviar) à minha esquerda. "Isso não é uma resposta!" Colley gritou. Todo mundo riu. Sorri rápido, então suspirei. "Sim, sim", eu murmurei. "Vocês saberão assim que eu decidir", eu disse, em seguida, bati o martelo que sempre estava no pódio. "que a festa dos irmãos comece!" Ninguém precisava falar duas vezes para que eles pudessem ir buscar uma cerveja. Esperei onde eu estava, enquanto todos os caras debandavam para fora da sala em direção ao sistema de barril e sistema estéreo. Eu não estava me sentindo muito festivo hoje à noite, mas eu fingiria. Eu havia me tornado muito bom em fingir coisas. "Você sabe que vai ter que escolher um de nós em algum momento," Con disse, sem olhar para mim, mas para toda a sala. Jack ainda estava de pé do meu outro lado. Virou-se para nós com interesse quando Con falou. "Do jeito que eu vejo," eu comecei, dirigindo-me a ambos, "quanto mais eu esperar para escolher, menos poderei influenciar a eleição. Vocês dois terão a mesma oportunidade de conquistar a casa sem a minha influência."

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"Eu respeito isso." Con assentiu. "Pelo menos, em seguida, o presidente eleito vai saber que ele ganhou porque mereceu e não apenas porque você disse isso." Eu balancei a cabeça. "Se você me der licença..." Con continuou. "Tenho algumas campanhas a fazer." A sala estava quase completamente vazia agora, então fui para frente, pensando em fazer um caminho mais curto para o barril. "Você subestima o poder que você tem na casa." As palavras de Jack me pararam. Virei-me para olhar. Ele estava vestindo uma calça jeans escura e uma camisa polo com a insígnia da casa sobre ela. Seu cabelo escuro era curto nos lados, mas o topo era ligeiramente mais longo e penteado para o lado. O cabelo de Drew parecia semelhante quando ele arrumava, o que não era frequente. Normalmente, ele só passava as mãos através dele e iniciava o dia. "O que você quer dizer?" Perguntei. "Você trouxe esta casa de volta da beira de um desastre de Zach. Eu mal conhecia o cara, mas a sua libertinagem ainda é muito bem conhecida, as coisas que ele fez..." "Estou bem ciente da merda que ele fez". Eu o cortei, minha voz concisa. Eu não queria reviver qualquer coisa que ele tenha feito a ninguém. Acima de tudo com a irmã de Drew. O que ela havia passado nas mãos daquele psicopata... Jack entendeu claramente, que eu não tinha nenhuma vontade de falar sobre Zach, e ele assentiu. "Todos nós confiamos em você, Trent. Você foi um bom presidente. Sei que você está cansado. Não só foi pioneiro das mudanças desta fraternidade, mas você jogou futebol e foi às aulas. E ainda assim tem tempo para fazer algumas corridas." "Eu não sou um piloto." Eu discordei. Jack meio que sorriu. "Talvez não, mas fica com um." A imagem de Drew sorrindo para mim de trás do volante de sua Fastback4 encheram meus pensamentos. De alguma forma eu não tinha tempo para correr com Drew. Eu fiz o tempo.

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É uma carroçaria de carro

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"De qualquer forma, tudo o que estou dizendo é que empurrar a casa em uma direção ou outra pode ser uma coisa boa. Pode lhe dar uma melhor ideia de como a casa será uma vez que você não estiver mais no comando." Ele tinha um ponto. Um bom. Jogando meu apoio atrás de um dos candidatos me daria uma perspectiva diferente sobre como aquele homem estaria em uma posição de poder e, também, como a casa iria responder a segui-lo de perto. "Você está esperando que eu te apoie", eu disse, sem corte. "Claro", disse Jack. "Acho que já deixei claro que quero a presidência." "E se eu apoiar Con e não você?" Jack deu de ombros. "Espero que não. Mas se o fizer, vou respeitá-lo porque sei que você vai fazer o que acha que é o melhor para esta casa." Ele olhou nos meus olhos, segurando-se com orgulho. Eu acreditei nele. Ponderei suas palavras um pouco mais enquanto eu socializava com alguns dos meus irmãos e bebia uma cerveja. Também assisti Jack e Con com os outros caras na casa. Você pode dizer muito sobre um homem pela maneira como ele trata as outras pessoas ao seu redor. Especialmente quando há álcool envolvido. Às vezes, ele trazia a verdade de um jeito que ninguém mais podia. Eu estava apenas na metade da minha primeira cerveja quando um dos rapazes fez sinal para mim perto da porta de entrada. A música estava alta, por isso, quando fui para o lado dele, ele simplesmente apontou para a porta da frente. Ótimo. Era provavelmente a segurança do campus respondendo a uma queixa de barulho. Abri a porta o suficiente para enfiar a cabeça para fora, certificando-me de manter o meu copo fora de vista, esperando ver homens de uniforme com a cara séria. Havia apenas um homem. E não havia uma única coisa na cara dele que eu consideraria sombria. "Drew?" Eu disse surpreso.

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Ele estava vestido com um jeans desbotado desgastado e slim-fit5 de capuz preto com um design cinza em todo o ombro esquerdo e na área do peito. Quase parecia que a camisa era uma tatuagem foda. Seu cabelo estava realmente arrumado em uma versão mais confusa de Jack, e a covinha na bochecha estava em plena exibição. "O que é isso, garoto da fraternidade?" Ele me cumprimentou, seu sorriso aumentando. Eu odiava quando me chamava assim. Ele sabia disso e é por isso que ele estava sorrindo com tanta força. Deslizei para fora da porta para a varanda da frente. Aqui fora a música era muito mais abafada, felizmente. Pelo menos agora eu não teria que me preocupar com uma violação de ruído. "Obrigado por isso", eu falei. "Se você não tivesse acabado de abrir a boca e dito algo estúpido, eu não saberia que era você." Estendi a mão para seu cabelo liso e fiz um som. "Inacreditável, isso é gel? Laquê? Você está muito bonito esta noite." "Morda-me." Ele bateu na minha mão. Aposto que você teria um bom sabor. Praticamente engasguei com o pensamento. Que porra é essa? Olhei para a cerveja como se ela fosse de alguma forma responsável pelos meus pensamentos aleatórios e perturbadores. "O que você está fazendo aqui?" Perguntei. "Interrompi alguma coisa sagrada da fraternidade?" Ele respondeu à minha pergunta com a sua própria. "Não", eu respondi, franzindo a testa um pouco. A maneira como ele disse que quase parecia como se ele estivesse louco. "Por quê?" "Porque nós estamos do lado de fora." Ele olhou ao redor. "E porque a primeira vez que bati o cara que respondeu não me deixou entrar. Bateu a porta na minha cara." Eu resmunguei. "Noite dos irmãos. Festa exclusiva para os membros Ômega." Drew assentiu com a cabeça e enfiou as mãos no bolso da frente do moletom. "Vou sair da cidade esta noite. Pensei em... ah, parar e dizer adeus." 5

Camisa mais justa, com caimento mais rente ao corpo

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Senti como se tivesse acabado de tomar um golpe no campo e esse era aquele momento em que eu ficava atordoado, esperando que meus pulmões relaxassem para que eu pudesse respirar fundo. "Você está indo embora?" Eu disse, fazendo-me falar antes que eu estivesse totalmente pronto. Como resultado, as palavras saíram um pouco apressadas e tensas. Eu não tinha ideia de que ele estava pensando em sair. Ele nunca mencionou a possibilidade de ir a qualquer lugar. Esse estranho sentimento de solidão encheu meu peito. Era um sentimento que eu não gostava. "Apenas o fim de semana. Voltarei domingo à noite." E assim, meu corpo era meu novamente. Eu já não estava tomado por esses sentimentos que eu não queria reconhecer ou não entendia. “Tenho uma reunião com Ron Gamble." Ele continuou, excitação acendendo seus olhos azuis. "Não brinca!" Eu exclamei e cai para frente, a cerveja no meu copo derramando por cima da borda e fazendo um som esparramando no concreto. "Por que você não me contou?" "Ele ligou hoje. Acho que a palavra Romeo adicionada ao jeito que tenho dirigido recentemente chamou a atenção dele." "Cara, isso é incrível." Ele sorriu. E vi que no fundo ele estava nervoso, mas também com expectativa esperançosa. "Vou até lá dirigindo hoje à noite e a reunião com ele é na primeira hora na parte da manhã." "Você está no seu caminho agora?" Drew assentiu e balançou as chaves na mão. "Assim que eu sair daqui." "Você vai ficar bem em conduzir até lá?" Eu não consegui manter a preocupação fora do meu tom. Ele fez um som rude. "É poucas horas pelo estado. Não é como se eu estivesse indo para a Califórnia." Eu assenti com relutância. "Pensei que talvez você gostasse de vir comigo?" Sugeriu. Algo no ar mudou. E não era o tempo. Uma nova dinâmica entrou no espaço que nos rodeava. Eu não conseguia decidir se era por eu ser incapaz de esconder minha 55


preocupação sobre ele viajar sozinho ou por causa da maneira que ele quase timidamente perguntou se eu queria ir com ele. Por que de repente foi estranho entre nós? Eu queria ir. Muito. "A noite dos irmãos é uma tradição". Fiz um gesto para a casa. Foi decepção nos olhos dele? "Certo. Bem, vou te ligar depois da reunião. Dizer o que ele disse." Drew se virou e correu para a calçada. Olhei para seu Fastback estacionado perto. Bem na grama. Esse cara não tinha respeito. Fez-me sorrir como um idiota. "Ei," Eu chamei. Ele se virou, andando de costas em direção ao carro. "Sim?" "Dê-me cinco minutos para colocar alguma merda em uma bolsa." Ele parou de andar. "E a fraternidade?" "Algumas coisas são mais importantes." O vento soprou exatamente enquanto eu falava. Ele empurrou minhas roupas e contra a parte de trás do meu pescoço com seus dedos gelados. Mas não foi o vento que afastou o constrangimento súbito entre Drew e eu. Foram minhas palavras. "Tem certeza? Se você tem merda para fazer..." Drew disse, como se para testar o novo ar ao nosso redor. "Cinco minutos", respondi. Sua covinha apareceu novamente. Gostei da covinha. Dentro, coloquei o meu copo sobre mesa ao lado da porta da frente e subi correndo as escadas, para o meu quarto. Desde que eu era o presidente, eu não tinha que compartilhar, o que era uma vantagem definitiva. O quarto não era grande, mas seria maior se não houvesse uma enorme cama amontoada aqui. Eu preferia ter a cama em vez do espaço, apesar de

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tudo. Eu era grande demais para dormir em um tamanho grande ou até mesmo uma queen size. Minha bolsa de lona estava debaixo da cama, e eu o joguei no colchão e comecei a jogar algumas roupas dentro. Adicionei o meu carregador de celular e a minha toalha de banho, em seguida, fechei. Saindo pela porta, peguei o meu moletom Alpha U fora do armário e um boné de beisebol preto. No corredor, quase colidi com Conner. "Uau," eu disse, e "Desculpe, Con. Eu quase te atropelei." "Indo a algum lugar?" Ele perguntou, pegando a minha bolsa. "Sim, viagem de última hora. Volto Domingo." "É a noite dos irmãos." Sua voz assumiu uma nota de surpresa. "Eu sei, mas isso é importante." Eu não dei mais detalhes, porque não era da sua conta. "Mais importante do que seus irmãos?" Ele pressionou. Na realidade? Sim. Senti o músculo do meu queixo saltar. Ele estava questionando minha lealdade a esta casa? Mas. Que. Porra. “Vou estar de volta no domingo", eu disse curto, e, em seguida, o empurrando. Eu não tenho que me explicar para ele. Eu era o presidente. Não ele. "Diga oi para Drew por mim." Suas palavras me seguiram enquanto eu corria pelas escadas. Isso me irritou. Tudo sobre Con apenas, me irritava. Jack estava parado dentro da sala de estar com alguns caras, incluindo alguns dos irmãos que correram ao mesmo tempo que eu. Todos eles olharam para cima onde eu estava com a minha bolsa. Joguei-a para a porta da frente e coloquei o boné na minha cabeça, para trás. "Ei," eu disse, aproximando-me dos homens. "Sei que é noite dos irmãos, mas algo surgiu. Eu tenho que sair". "Tudo bem?" Perguntou Scott. "Sim, está tudo bem. Apenas algo que preciso fazer." 57


"Merda acontece", o cara perto de Scott disse. "Inferno sim", eu respondi e passei um braço sobre os ombros de Jack. "Então escute", eu disse para o grupo de rapazes. Notei alguns ao redor virem para mais perto. "Desde que eu vou embora, se você tiver um problema ou algo assim, falem com o Jack aqui." Jack olhou para mim, surpresa em seus olhos. "Acha que pode lidar com isso, Jack?" Eu perguntei. "Eu sei que posso", respondeu ele. "Acho que acabamos de receber um aceno de nosso Presidente," Scott anunciou. "Comportem-se", disse a todos ao alcance da voz. Todos eles me saudaram com seus copos SOLO6. Fiz uma careta e puxei Jack junto comigo em direção à porta e da minha bolsa. "Você tem um problema comigo deixando-o?" Perguntei diretamente. "Eu deveria?" ele respondeu. "Não". "Bom o suficiente para mim." Ele encolheu os ombros. "Você está legal para manter um olho nas coisas?" Eu queria que ele soubesse que eu estava falando sério sobre isso. "Você realmente me deu seu apoio como o próximo Presidente?" Eu sorri. "Sim. Então não estrague este fim de semana." Ele assentiu com uma cara séria. "Não". Suprimi uma risada e peguei a minha bolsa. "Até domingo". Eu não esperei ele responder. Eu estava muito ansioso para sair. O Fastback estava ligado e os faróis cortando toda a grama e o asfalto. Meu estômago vibrou com excitação... Enquanto eu corria em direção a ele. Viagens eram divertidas. As viagens de carro com Drew eram.

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Copos descartáveis

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Assim que abri a porta, ele começou a montar na minha bunda. "Você combinou as suas roupas? Pra combinar com seus quatro pares de sapatos?" Joguei a bolsa no banco de trás e deslizei para o interior escuro do Mustang. "Você levou tanto tempo que eu quase fiquei sem gás", ele rachou. "Você esperou", eu disse e estendi minhas mãos em um gesto que você pode fazer. Drew virou a cabeça na minha direção e sorriu. "Coloque o cinto de segurança, garoto da fraternidade. Eu tenho alguma condução para fazer."

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Havia um minibar no porta-luvas do Cadillac Eldorado 1950

Drew Eu não gosto de batatas fritas. EU AMO. Dourada e crocante por fora, quente e recheada por dentro, com sal apenas o suficiente para fazer uma maldita festa na minha boca. Com ketchup. Um homem não pode comer batatas fritas sem um balde de ketchup. E não é alguma marca barata, tipo prateleira de baixo. Havia apenas um ketchup: Heinz. Cerca de uma hora do hotel, onde Gamble tão generosamente me reservou um quarto, nós encostamos em alguma lanchonete de beira de estrada que parecia um poço de gordura. Isso significava que provavelmente tinha algumas batatas fritas fodonas. Eu estava morrendo de fome. Ignorei o jantar porque logo depois que eu tinha recebido a chamada do Gamble (não seu assistente, mas o próprio homem), eu saí até a garagem e fiz um check-up completo no meu carro. Não, tecnicamente ele não precisa de um. Mas eu não podia simplesmente deixar de fazer um check-up quando iria dirigir para um homem que poderia literalmente fazer seus sonhos se tornar realidade. "Estou com tanta fome que eu poderia comer minha própria comida agora," eu disse, desligando o motor e guardando as chaves. 60


Trent fez uma careta. "Não está com tanta fome." "Eu posso fazer alguma merda", argumentei. "Sim, merda que deixa as pessoas doentes", Trent brincou. Ele estava certo. Eu era o pior cozinheiro conhecido pelo homem. Às vezes eu queimava a merda no micro-ondas... Eu nem sabia que era possível até que eu fiz. "Como se você fosse melhor", retruquei quando ele abriu a porta de vidro prata em forma de bala da lanchonete e entrou. "Eu sou melhor que você." Ele me deu um sorriso por cima do ombro. O pulôver de lã verde-escuro que ele usava tinha a gola levantada, e o chapéu para trás trabalhavam juntos para lhe dar uma espécie de olhar misterioso. Tipo coberto, como alguém com um monte de camadas. Eu conhecia todas as camadas de Trent. Será? Eu não estava pensando em outra coisa senão no que estávamos falando e eu ri. "Bem, isso é verdade." Trent não cozinha muito, mas ele era melhor. Sua comida era pelo menos comestível. Houve mais de uma noite entre sair e jogar jogos de vídeo que estávamos com muita preguiça para ir buscar alguma coisa, e ele conseguiu fazer alguma comida boa o bastante para comer. A lanchonete era exatamente como o tipo clichê que você vê na TV ou encontra em uma estrada durante uma viagem aleatória como esta noite. O interior era longo, como um grande retângulo ou uma pista de boliche. Contra a parede oposta tinha uma linha onde o cozinheiro preparava os pedidos à vista de todos os clientes. Na frente da linha estendia-se uma longa bancada com banquinhos redondos que eram salpicados com dispensadores de guardanapos, garrafas de ketchup, saleiros e pimenteiros. A garçonete estava atrás do balcão em uma extremidade, de pé atrás de uma caixa registradora, não um computador, mas uma registradora genuína. Ela fez um sinal sonoro quando deu um soco no bilhete que alguém lhe dera para pagar.

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Ela era uma mulher mais velha com o cabelo vermelho e uma camisa branca de botão que parecia pertencer a um homem. Ela tinha uma caneta enfiada atrás da orelha e chiclete em sua boca. Elvis estava tocando nos alto-falantes, e todo o lugar cheirava como uma combinação de panquecas, café, e hambúrgueres. Como era tarde, não havia muita gente aqui. À minha esquerda na última cabine da linha tinha um grupo de adolescentes com suas cabeças para baixo concentradas nos seus celulares em suas mãos. Um homem sentado no balcão, comendo um pedaço de torta com merengue era tão alto que eu me perguntei se havia algum enchimento debaixo dele. Havia outra cabine ao lado da porta, com um homem e uma mulher que compartilhavam um milk-shake. Eles estavam, provavelmente, terminando um encontro, tendo vindo de um filme ou algo assim, e esse deve ser o único lugar que poderiam vir para prolongar o seu tempo juntos. Trent foi para a direita, e caminhou até o fim, e deslizou para a última cabine, de costas para a parede, de modo que estivesse voltado para a sala. Deslizei em frente a ele e agarrei um cardápio de trás dos condimentos e do dispensador de guardanapo. A garçonete apareceu segundos depois e levou nossos pedidos de bebidas que eram dois refrigerantes. Quando ela voltou com os refrigerantes, pedi um cheeseburger e batatas fritas. Trent pediu um sanduíche Rueben7 e batatas fritas. Quando ela foi embora, peguei meu canudo, arranquei o papel fora, e soprei o papel restante da mesa em Trent. Com um sorriso malicioso, ele arrancou-o no ar, deu um nó no centro, e deixou-o cair sobre a mesa. Em seguida, deixei cair o canudo sobre a mesa, peguei o meu copo, e tomei um gole. "Se você não vai usar o canudo, por que você faz isso?" Ele me perguntava toda vez que eu soprava o papel para ele. Que era o que eu fazia toda vez que íamos para um lugar que me davam um canudo. Ele sempre perguntava, e eu sempre respondia. A conversa era sempre a mesma. "Porque eu posso." Encolhi os ombros e me recostei contra o assento.

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O sanduíche Reuben é um sanduíche composto por carne em lata, queijo suíço ,sauerkraut e molho Thousand Island , grelhados entre fatias de pão de centeio .

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Trent recuou também, passando os braços pela parte superior do assento do banco e chutando para fora suas pernas. Nossos pés bateram juntos, mas eu não puxei para trás. Ele puxou. Segundos mais tarde, seus Nikes apareceram quando ele apoiou-os no assento ao meu lado. Suas pernas eram longas o suficiente para que ele pudesse usar o meu assento como um banquinho para seus pés e ainda se sentar confortavelmente no seu próprio. "Sinta-se em casa", eu convidei, olhando para os seus pés gigantescos. "Obrigado. Eu vou", ele disse inclinando a cabeça para trás. A aba do seu boné o atrapalhou, e ele tirou e jogou ao lado dele. Minha atenção foi pega pela sua mão correndo pelo cabelo, bagunçando-o. "Você está nervoso?" Perguntou. Pisquei os olhos e tive que repetir sua pergunta na minha cabeça antes que eu pudesse responder. "Sim, não era para estar?" "Merda, eu estou." Senti meus lábios se inclinar para um lado. Foi por isso que lhe pedi para vir. Foi por isso que quando Gamble chamou, a primeira pessoa para quem eu queria dizer era ele. Ele entendia. Ele entende como grande parte de mim está na corrida, o quanto eu queria esse encontro, e o quanto estava em jogo nisso. E não necessariamente em um sentido profissional. Apesar disso, sim, havia muita coisa em jogo lá, também. Se eu não fizer algo acontecer com estas coisas de corrida, meu pai ia dizer o temido - eu te disse - e me dar alguma palestra sobre o porquê que eu deveria ter escutado ele e corrido como um hobby. Ele estaria certo. Aquele seria uma porra de um dia doloroso. Mas não foi isso que eu quis dizer. O que eu quis dizer era em um nível pessoal. O que eu queria provar a mim mesmo. Se eu não poderia fazê-lo na corrida, o que significaria?

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Significaria que o homem que eu pensei que era, aquele com a velocidade em seu DNA, não era real? Significava que esta vida, basicamente, virou as costas para tudo que eu tinha trabalhado nesta direção durante anos, era uma vida que eu não estava destinado a ter depois de tudo? Se isso não der certo, irá me esmagar. Mesmo quando eu estava vivendo a vida que meu pai me preparou, a vida que todo mundo dizia que era minha, no fundo, eu ainda tinha esperança. Eu ainda mantinha a ideia de que o meu verdadeiro eu estava lá, em algum lugar, e ele reivindicaria a vida que ele realmente queria quando fosse o momento certo. A esperança era uma emoção perigosa. Ela faz um homem acreditar em possibilidades. Ela sussurrava na parte de trás da sua mente, mesmo nos dias mais escuros, mesmo quando eu tinha certeza que o outro “eu” havia desaparecido. Eu alimentei essa esperança. No dia em que apareci na porta de Ivy. No dia em que me sentei ao lado de Trent em Screamerz. No dia que decidi ficar em Maryland, e no dia em que eu disse a meu pai. Minha esperança estava crescendo. Estava ficando gananciosa. Esta chamada de Gamble era quase como o culminar de uma vida em dois caminhos distintos. Dois caminhos que logo se fundirão num só. Trent cutucou o lado da minha perna com o pé, tirando-me do meu pensamento. "Terra para Drew." Sem pensar nisso, minha mão se fechou sobre seu sapato e segurou. Eu precisava de uma mudança de assunto. Essa merda estava ficando muito real em minha cabeça. "Você tem um monte de merda para sair hoje à noite?" "Nah." Eu apertei seu pé. "Sério?" A garçonete chegou com nossos pratos. Nós dois olhamos para cima, mas não nos endireitamos imediatamente das nossas posições relaxadas enquanto esperávamos a comida. "Aqui está", disse ela, colocando os pratos na nossa frente. Quando ela se endireitou, seus olhos foram para o lado. "Posso pegar mais alguma coisa para você?" "Estamos bem, obrigado", respondi, seguindo seu olhar. 64


Estava onde a minha mão segurava o sapato de T. Ela notou o meu olhar, e eu encolhi os ombros. "Minha mãe me ensinou melhor do que colocar meus pés nos móveis de outras pessoas." Então, abaixei minha voz e me inclinei em direção a ela. "Claramente, sua mãe esqueceu essa lição." Ela riu e saiu para verificar as outras mesas. Trent olhou para mim e puxou seus pés para trás debaixo da mesa. "Sério?" Roubei o ketchup (o bom) e ri enquanto colocava do lado, no meu prato, pela aparência muito saborosa da batata frita. Quando terminei, entreguei a Trent, e ele derramou um pouco em seu prato. Em seguida, retirei o pão de cima do meu hambúrguer, peguei as duas fatias de tomate, e joguei-as para o prato de Trent. Eu mencionei que eu não gosto de tomate? Sim. Eu sei que é do que o ketchup é feito. Ele pegou uma das fatias, decadente escorregadia e com aparência vermelha e empurrou-a na boca. Trent não gostava de ketchup, mas amava tomates. Enquanto mastigava, ele inclinou o prato para que às batatas fritas e o ketchup estivessem a uma curta distância. Estendi a mão e arranquei uma batata de seu prato, molhei-o no ketchup, e empurrei em minha boca. Eu sempre comia metade de suas batatas fritas. Eu tinha um vício. Ele facilitava isso. Além disso, eu o pago em fatias de tomate. "Dei o meu apoio a um dos candidatos essa noite", ele anunciou casualmente. Eu sabia que isso não era casual para ele, apesar de tudo. Ele havia estado bastante quieto ultimamente. Achei que tinha algo haver com merdas da fraternidade. O futebol acabou, e ele não era do tipo de ficar todo emo8 sobre o seu trabalho escolar. Tentar conversar com Trent, às vezes, era como falar com uma parede de tijolos. Ele não falava muito sobre si mesmo. Ele jogou muito perto do colete. Às vezes eu empurrava. Na maioria das vezes não. 8

Estilo EMO, no sentido deprimente ou sentimental.

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"Então, será Tweedledee ou Tweedledum9?" perguntei, ainda comendo as batatas fritas de seu prato. Elas estavam do jeito que eu gostava. Ele sorriu no meio da mastigação. Havia comida em seus dentes. "Jack". "Sua bunda finalmente se cansou de todos os seus beijos?" Eu estalei. Eu apontei para o prato. "Você está sem ketchup." "Você ainda tem no seu prato", ressaltou. "O gosto do seu é melhor", retruquei rapidamente. Fiz uma pausa. Por que diabos eu disse isso? Olhei para cima. Trent estava olhando para mim, esse olhar engraçado em seus olhos. Algo se passou entre nós, algo que eu não reconheci. O que quer que fosse, Trent o afugentou agitando a porção de Rueben na mão dele. "Você sabe como me sinto sobre o beijar a minha bunda." Ele zombou. Ele enfiou o resto na boca e pegou o ketchup para, casualmente, adicionar mais em seu prato. "Então, como você finalmente fez a sua cabeça?" perguntei, usando o molho, quando ele derramou. "Con me deixou puto." Dei uma gargalhada. "Falou como um verdadeiro líder." "Foda-se," Trent murmurou. Foi um pouco menos sarcástico do que o habitual. Atingi um nervo. "O que houve?" Eu disse, chutando o meu pé e batendo no seu sapato. Desde que eu tinha devorado a maior parte de suas batatas fritas, voltei minha atenção para o meu hambúrguer. "Ele só parece um pouco confiante demais. Como se ele achasse que já tem a eleição ganha. Eu não gosto disso." "Então, você jogou com o perdedor." "Sim, talvez." Ele se sentou e olhou pela janela. "É estranho, sabe? Graduação, tentando descobrir o que virá depois." 9

Tweedledee e Tweedledum são personagens fictícios do livro de Lewis Carroll Through the Looking Glass. Os dois personagens apareceram na adaptação da Disney de Alice no País das Maravilhas.

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Eu havia estado onde ele estava. Quando me formei. Quando eu estava fazendo aquele estágio chique. Inferno, eu ainda me perguntava o que diabos eu estava fazendo. Movendo-me para Maryland, me mudando. Isso me desafiou. Fez-me sentir diferente... mas o mesmo. Lá fui eu novamente com os meus pensamentos profundos. Enfiei um pedaço de hambúrguer na minha boca e foquei no tema em questão. "Eles fazem isso como se fosse fácil, certo? Como se ir para a faculdade apenas fosse colocar sua vida nos eixos. Mas isso não acontece. A faculdade é como estar na linha de partida de uma corrida, acelerando o seu motor para a partida." Trent estava me observando. Eu senti sua atenção de uma maneira que normalmente não fazia. Como se ele estivesse realmente me escutando agora, como se ele precisasse ouvir o que eu ia dizer. Fez-me desejar que eu tivesse algo melhor do que uma analogia de carro. "Em seguida, a bandeira desce e você está fora, acelerando em direção à linha de chegada, mas você esqueceu-se de carregar o seu GPS com o curso, então você não tem ideia de qual caminho seguir." Ele assentiu. "É exatamente isso." "Apoiando um novo presidente para a Ômega só significa que você terá mais tempo para descobrir o que fazer em seguida." Ele balançou a cabeça e fez um som de acordo. "Será bom não ter uma casa cheia de pessoas observando cada movimento meu." Algo em sua voz me fez parar. Sentei-me para trás, abandonando a minha comida, e estendi a mão para o meu copo. "Alguém lá está dando-lhe algum trabalho?" "Não." Ele suspirou. "Foi só uma longa semana. Ser o presidente, inferno, e ser um jogador de futebol também, é como uma identidade inteira sabe? Todo mundo espera que você seja de certa maneira." Eu balancei a cabeça. "É muita pressão. Especialmente quando você não tem certeza de que a identidade que você tem é a única que você quer." "O que é que você quer dizer?" Ele perguntou rapidamente. Seus olhos se arregalaram um pouco. Ele quase parecia um cervo preso em um par de faróis. Ele estava chocado...

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"Significa que eu entendo", eu disse, casualmente, enquanto o observava. "Toda a minha vida eu vivi a identidade que meu pai queria que eu tivesse. Nunca foi a vida que eu queria ter.” Ele relaxou. O olhar chocado deixou os seus olhos, e ele pegou seu refrigerante para tomar um gole. "Sim, é assim." Ele concordou. Depois disso, nossa conversa se voltou para os carros, mais especificamente, a minha condução e que amanhã eu irei me encontrar com Gamble. Mesmo que a conversa mudasse, meus pensamentos internos permaneceram com a nossa troca anterior. Não tanto as palavras, mas a maneira como Trent olhou e reagiu enquanto conversávamos. Era quase como se ele estivesse escondendo algo. Ou fugindo. Fez-me questionar o que estava realmente acontecendo dentro da sua cabeça.

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Já viram um carro de palhaço? O maior número de pessoas a ser colocado em um carro. Esperamos que ninguém peide!

Trent Talvez a viagem não tenha sido uma boa ideia. Não por causa da noite dos irmãos na fraternidade. Porque sentar no espaço fechado do carro, compartilhar uma mesa no restaurante, e conversar com ele sobre coisas que eu não falo com mais ninguém... bem... Isso mexeu comigo. Ele mexeu comigo. Sob minha Pele. No fundo, onde ninguém jamais esteve antes. Significou algo, algo que eu não queria admitir para mim mesmo. No entanto, só porque eu não achei as palavras não significava que elas não estavam lá. Isso não significa que eu não as sentia. Eu sentia. Não costumava ser tão difícil, mas nos últimos meses, a tensão estava bombeando dentro de mim, me enrolando como um daqueles brinquedos estúpidos de plástico. Havia uma guerra constante dentro de mim. Uma luta constante. Ficar perto dele. Ficar longe. Ambos eram igualmente difíceis. Ele era meu melhor amigo. 69


Mas ele era mais. Era exatamente como antes, na casa da fraternidade. Ele me pediu para vir. Eu queria imediatamente. Sua condução era quase tão importante para mim como era para ele. Eu sabia que nos conhecíamos há algum tempo, mas parecia que eu tinha estado nesta montanharussa de sua carreira há muito mais tempo. Eu via a paixão em seus olhos quando falava sobre corridas. Assistia a maneira cuidadosa que ele meticulosamente trabalhava em seu carro. Sim, ele era um viciado em adrenalina, mas era, além disso. Drew estava destinado a correr. Estar em uma reunião que poderia literalmente mudar sua carreira, só parecia natural. Parecia certo. Ainda assim, eu disse não. Eu usei a fraternidade como uma desculpa. Mesmo quando eu disse as palavras, algo dentro de mim se revoltou. Alguma coisa estava errada dentro de mim por afastar ele assim. Ele ficou desapontado. E isso havia sido como uma faca no meu peito. Eu nunca quis ser a pessoa em sua vida que havia o deixado para baixo. Melhores amigos deveriam ser melhores do que isso. Era difícil ser o melhor amigo de Drew. Quando eu me sentia muito mais. Eram partes iguais de prazer e tortura estar com ele. Por mais que eu quisesse puxá-lo para perto, eu o mantinha afastado. Eu tinha que ser um masoquista. No final, eu sempre escolhi a tortura. A tortura de sentar perto dele e engolir as emoções que borbulhavam dentro de mim. O tormento de ouvi-lo rir e senti-lo abaixo da minha barriga. Negando a mim mesmo toda vez que eu via sua covinha e coçava para esfregar meu polegar sobre ela, para ver quão profunda realmente era. Eu gostava de sua presença. Do seu cheiro. A familiaridade de seus movimentos e a maneira como ele sempre comia as batatas fritas do meu prato. Eu odiava ketchup. Mas eu sempre derramava no meu prato apenas para vê-lo pegar as malditas batatas fritas do prato. 70


Eu notei a maneira como à garçonete olhou para nós esta noite. O jeito em que seus olhos pousaram em sua mão envolvida no meu pé. Isso me deixou desconfortável porque eu sabia o que ela devia estar pensando. Ainda assim, eu não estava tão desconfortável assim para puxar meu pé para trás, fora do seu alcance. Eu não acho que ele sabia o que estava fazendo na verdade. Eu sabia. Oh, eu sabia. Meu coração triplicou o ritmo, e meu estômago atingiu o fundo do poço no minuto em que seus dedos longos se envolveram em torno da sola do meu sapato. Eu gostei. Gostei muito mais do que um melhor amigo deveria. Quando Drew viu a garçonete olhando, eu esperava que ele reagisse. Para puxar para trás em vergonha ou até mesmo nojo. Ele me surpreendeu. Assim como ele sempre fez. Ele sorriu preguiçosamente e fez uma piada. Como se não se importasse com o que ela pensava. Ou talvez Drew simplesmente não entendesse. Talvez ele não percebesse o que ela estava pensando. Se ele tivesse, teria sido diferente. Mesmo que eu basicamente houvesse me dedicado a me atormentar pela proximidade apenas por ter vindo com ele nessa noite, eu não me arrependo. A agonia de estar perto dele era doce comparada com a de me manter afastado. Dito isso, suspirei de alívio quando ele puxou o Fastback sob o grande toldo do hotel. Era um lugar luxuoso. Um edifício de arenito iluminado com uma tonelada de luzes que fazia tudo parecer ouro. Forrado de vegetação grossa no circular de carros e as ruas com lâmpadas de estilo antigo. Na entrada, onde ele estacionou, o pavimento era de tijolo e levava diretamente para grandes portas de vidro duplas que recebia os hóspedes para dentro. Além delas, eu vi uma fonte de água no interior, que também era iluminada com luz dourada. No segundo que Drew parou, um manobrista vestido com um uniforme, deu a volta ao lado do condutor. Eu sabia antes de sair o que ele ia dizer.

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Suas mãos enrolaram na parte inferior do volante, enquanto sua cabeça loira se inclinava para trás contra o encosto de cabeça. Drew girou a cabeça para olhar para mim. "Você estaciona enquanto faço o check-in10?" Eu ri sob a minha respiração e senti meu rosto rachar em um largo sorriso. Ele confiava em mim com seu carro. Ele não confiava em mais ninguém com ele, exceto em mim. "Duh", eu respondi. O calor de sua palma irradiada através da minha camisa quando ele me deu um tapa no peito antes de abrir a porta. "Ei, cara." Ele falou com o manobrista, que estava olhando para o Mustang como se fosse um filé perfeitamente envelhecido. "Estamos cuidando desse, mas obrigado de qualquer maneira." "Seria um prazer estacionar o seu carro para fazer o processo de check-in o mais fácil possível", o homem argumentou. Eu ri da forma que Drew apertou seu corpo e plantou os pés, como se estivesse defendendo a honra de seu precioso Fastback. Ele daria um soco se fosse preciso. Eu já tinha visto isso antes. Como seria divertido, mas eu não tinha vontade de ficar no meio de uma luta essa noite, e eu não me sinto com vontade de procurar outro hotel. Saí e corri ao redor do capô para o manobrista. "Esta beleza é como uma mulher. Ele se irrita se você não souber como lidar com ela do jeito certo," eu disse suavemente. Drew me deu uma olhada, mas eu o ignorei. "Eu vou dirigi-lo ao redor e estacioná-lo." Eu tirei uma nota de cinco dólares e coloquei na mão do homem antes de sentar no banco do motorista. Drew abriu o lado do passageiro, empurrou o banco para frente, e estendeu a mão na parte de trás para pegar a sua bolsa e a minha. "Você chamou meu carro de mulher", ele entoou, olhando para mim. "Eu estava pensando que poderíamos chamá-la de Nancy." Eu respondi com ironia. "Merda", ele cuspiu. "Se este carro fosse uma mulher, seu nome seria Brenda." Comecei a rir. "Vejo que você já pensou sobre isso." Ele voltou a olhar para mim. Fazendo-me sorrir ainda mais. 10

Check-in é o nome dado ao processo de entrada do hóspede no hotel

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"Não destrua o meu carro", Drew ordenou e atirou uma bolsa sobre cada ombro. "Cuidado com a minha bolsa," Adverti. Ele soltou, e ela caiu atrás dele e fez um som estrondoso batendo no chão. "Oops." "Idiota” Eu rachei. Ele sorriu claramente orgulhoso de si mesmo, e fechou a porta antes que eu pudesse responder. Sentei lá até que ele se abaixou e pegou a bolsa para caminhar preguiçosamente através das portas duplas de vidro. Eu definitivamente não notei a maneira como a calça jeans abraçava a sua bunda. Levei alguns minutos para encontrar um lugar para estacionar o Fastback. Circulei algumas vezes procurando um lugar que eu pensasse que seria bom e, finalmente, tive sorte, quando um carro saiu de um local à direita debaixo de uma iluminação pública. O estacionamento inteiro era muito seguro e bem iluminado, mas eu não queria correr nenhum risco. Depois que encostei no local e olhei em volta para me certificar de que não havia nada ao redor que parecesse atraente para qualquer ladrão, tranquei e guardei as chaves enquanto caminhava para dentro. Eu não precisei ir muito longe, porque o local que escolhi não estava só sob a iluminação direta, mas também estava à vista da entrada da frente. O manobrista estava no pódio quando eu passei, então parei e olhei para ele. "Você trabalha a noite toda?" Ele assentiu. "Turno da noite." Este foi o primeiro hotel que eu tinha ido e que tinha manobristas que trabalhavam vinte e quatro horas. "Legal", eu disse e tirei quarenta dólares para deslizar pelo topo do pódio. "Importa-se de manter um olho extra no Mustang lá?" Ele olhou para ele brevemente antes de voltar para mim. "Claro." "Obrigado. É uma beleza. Às vezes chama a atenção." Ele balançou a cabeça como se entendesse. Talvez ele fizesse. Eu não me importava. Eu só queria ter certeza que o carro de Drew não seria tocado esta noite. "Obrigado." Eu lhe dei uma palmada nas costas e comecei a me afastar. "Não se preocupe. O carro do seu namorado ficará bem", ele me chamou. 73


Eu parei de andar. Namorado. Ele pensou que Drew e eu estávamos juntos. Meu estômago revirou e, uma sensação de calor intenso agarrou meu peito. Parecia muito com possessividade. Comecei a me virar, para corrigir o cara. Para deixá-lo saber que estava errado. Pergunto-me o que ele viu que o fez pensar que estávamos juntos? Provavelmente a mesma coisa que a garçonete viu mais cedo. Em uma decisão precipitada, continuei em frente. Corrigir o seu erro já não parecia tão importante. Na verdade, se eu fosse totalmente honesto comigo mesmo (pela primeira vez), eu gostei do fato dele ter pensado que estávamos juntos. O conhecimento de que eu gostei me deixou muito confuso. Embora, provavelmente não pelas razões que você possa pensar. Eu não estava confuso a respeito do porquê eu me senti assim. Eu suspeitava que estivesse confuso porque eu não sabia o que fazer com os sentimentos. Eu não tinha ideia de como agir. Então fiz o que eu sempre fiz. Eu os guardei. Lutei contra eles. Eu estava ficando realmente bom nisso. Eu também estava muito cansado. Drew estava sentado na beira da fonte quando pisei na área da recepção. O hotel era incrível, como eu sabia que seria. Tudo era quase austero11. Apesar de ser um lugar onde as pessoas entravam e saiam quase de hora em hora e o tráfego de clientes era interminável, o lugar parecia intacto. Os pisos eram de madeira escura, polida e limpa. As paredes eram todas creme, e tudo era feito em acentos cor de ouro, branco e neutro. Não é um ouro brilhante e berrante, mas um fosco, contemporâneo. A fonte era de pedra, provavelmente travertino12, e redonda. No centro, havia uma grande escultura de um casal se abraçando sob um guarda-chuva. A água saia do topo, caindo de uma forma que parecia chuva. "Encontrou um bom local?" Perguntou Drew, levantando-se. 11 12

Rigorosamente auto-disciplinado, rígido. O mármore travertino é uma pedra natural e sua cor é puxada para o bege

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"Cara, você se preocupa mais do que uma mãe com um recém-nascido." Ele apenas olhou para mim, esperando por uma resposta. Eu suspirei dramaticamente. "É claro que sim." "O quarto é por aqui", ele disse e me levou para os elevadores. O quarto era no quinto andar, mas o elevador era suave como manteiga, e nós deslizamos até parar rapidamente. O corredor estava em silêncio quando entramos e caminhamos pelas portas brancas imaculadas com números dourados no centro. Drew não parou muito longe e enfiou a chave na fechadura. Ela fez um som de desbloqueio, e ele girou a maçaneta. Antes de entrar, porém, ele me olhou por cima do ombro. "Este era a único quarto que eles tinham." "Tenho certeza de que é muito melhor do que a caixa que eu durmo todas as noites." Ele abriu a porta e entramos. Enquanto entrávamos, eu me perguntava por que ele parecia um pouco estranho e sentiu a necessidade de explicar sobre o quarto. O som de sua bolsa batendo no chão seguido pelo distinto clique de uma luz revelou a sala de estar. As paredes aqui eram leves, assim como o resto do hotel, e a madeira escura também. Na parede do fundo havia um grande sofá e um tapete cinza de aparência suave, com uma mesa de café no centro. Havia também uma mesa de madeira que podia acomodar quatro pessoas e uma TV de tela plana grande na parede. Passando pelo sofá havia um bar com um frigobar e um lavatório, o que levou a uma grande porta que eu assumi que era o quarto. Drew continuou caminhando, então eu segui junto enquanto ele acendia mais algumas luzes. No segundo em que meus pés cruzaram o limiar no quarto, eu entendi a sua explicação sobre o quarto. Havia apenas uma cama. Minha boca ficou seca quando olhei para a enorme king-size com toda a roupa de cama branca e os travesseiros empilhados. Todo o branco e a penugem fizeram parecer como uma nuvem. Eu meio que me perguntei se eu afundaria nele se me deitasse, e então, eu tive uma imagem atrás dos meus olhos que me fez apertá-los fechados.

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"Eu não sabia se haveria um sofá", disse Drew, e eu reabri meus olhos quando ele saiu do banheiro anexo ao quarto. Ele deixou a luz acesa, e ela brilhou pelo chão. "Isso é bom. Eu vou ficar com ele." Quando ele começou a caminhar, agarrei o seu braço. "Eu fico com ele." "O que? Não." Ele fez uma careta. "Esta é a sua reunião. Seu quarto." Eu apontei. "Sim, e você é maior do que eu. Estarei mais confortável no sofá." "Eu não sou muito maior," eu resmunguei quando ele se soltou e saiu. "Obrigado, Drew", ele chamou. Eu dei-lhe o dedo, embora ele não estivesse no quarto para vê-lo. "Eu vi isso!" Ele gritou. "Você deve ter os olhos bem abertos", eu gritei de volta e joguei minha bolsa no chão e olhei de volta para a cama. Ele disse que não sabia que havia um sofá, mas claramente sabia que havia apenas uma cama. O que ele estava pensando antes de entrar aqui? A maneira estranha que ele olhou para mim... não era do jeito que um melhor amigo olha para o outro. Isso era… Era à maneira que uma garota olhava para mim quando ela estava sentindo alguma coisa, mas não sabia se eu também estava. Meu estômago revirou. Eu ignorei. Bem. Eu tentei. O que ele teria feito se não houvesse sofá? Ofereceria o chão? Pediria por uma cama extra? Ou ele iria sugerir que apenas compartilhássemos a cama? Eu não vou dizer. As palavras da noite em que eu estava tão bêbado e fiquei em seu quarto sussurravam através da minha mente. Eu caí de cara no colchão. Meu corpo afundou e eu deixei meu rosto ser sufocado pelos cobertores. Eu esperava que talvez ele também fosse sufocar os meus pensamentos. 76


O som da TV no outro quarto filtrou-se dentro, mas eu ainda não me mexi. Alguns minutos depois a voz de Drew veio ao meu lado. "Se importa se eu tomar um banho antes de desmaiar?" Levantei minha cabeça. Ele não estava usando uma camisa. Apenas jeans, que já estavam desabotoados na cintura. A faixa de sua boxers estava visível porque as calças estavam penduradas em seus quadris. Ela era um Calvin Klein preto. Ele tinha bom gosto para cuecas. Forcei meus olhos até o seu rosto, tendo seu tronco longo, definido. Na verdade, ele não era tão grande quanto eu, mas ele era musculoso. Drew tinha uma estrutura magra e forte, e seus ombros eram largos. O peito dele era suave e sem pelos, e seus mamilos eram uma distração para os olhos. "Claro cara, vá em frente." "Você precisa de alguma coisa em primeiro lugar?" Perguntou. Limpei a garganta. "Não, eu estou bem." Ele se trancou no banheiro, e alguns segundos depois, ouvi o chuveiro ligar. Fiquei na cama, ouvindo o som da água e Drew movendo-se no banheiro. Minha pele começou a ficar quente e minha camisa parecia restritiva. Com uma maldição, me levantei e comecei a tirar meus sapatos e puxei a camisa sobre a minha cabeça. A camiseta que eu usava veio com ela, e eu não me incomodei em colocá-la de volta. O ar parecia bem contra a minha pele subitamente corada. Saí para o minibar e olhei em volta. Ele estava totalmente abastecido. Apesar disso eu não tirei nada. Essa merda era muito cara. Em vez disso, derramei um pouco de água da torneira em um copo e cai no sofá para assistir ao canal de esporte que Drew havia colocado. Eu estava olhando para a TV, tentando prestar atenção ao que os locutores estavam falando, quando Drew entrou. O cheiro de sabão formigava meu nariz, e eu olhei. Seu peito estava ainda em exibição, e havia uma toalha branca enrolada na cintura. Gotículas de água se agarraram às pontas de seus cabelos, e quando ele se virou para procurar algo em sua bolsa, havia mais água na parte inferior das costas. 77


Peguei meu copo e tomei um gole. De repente, eu estava com muita sede. "O quarto é todo seu", ele disse. "Não quer a cama?" Perguntei. Ainda de costas, ele puxou um short de ginástica e deslizou-os por debaixo da toalha. Olhei para longe, e ouvi o movimento do tecido. Segundos depois ele deitou no final do sofá, sem nada, além dos shorts. Ele não estava usando cueca. "Eu estou bem. Só vou pegar um travesseiro da cama e ligar para a recepção e pedir alguns cobertores." Levantei-me, peguei o telefone do bar, e liguei pedindo mais cobertores. Desde que eu ficaria com a cama, era o mínimo que eu podia fazer. Peguei um travesseiro da cama. Quando voltei, Drew estava no bar com um copo de água na mão. Parei na porta, incapaz de não olhar para ele. Eu gostei do jeito que ele me olhou. Lá. Eu disse isso. Eu realmente fiz. Apenas admitir isso para mim mesmo me fez sentir mais leve. Como se carregar o fardo de tentar não admitir que eu o achava visualmente atraente me levasse para baixo. Eu me perguntava se o quanto mais leve eu me sentisse mais eu admitiria algumas das outras coisas que eu tentava esconder. Drew abaixou o copo. Ele fez um baque baixo na bancada de pedra. Virou a cabeça e os nossos olhos se encontraram. Já mencionei como eles são azuis? A cor de um céu em um dia de verão perfeito. O tipo de dia que não volta frequentemente. Perfeição raramente faz. Correntes de eletricidade passaram entre nós. Era inconfundível. Era como se ele soubesse que eu estava verificando-o. Ele sabia e gostava. O corpo de Drew girou em direção ao meu. Assisti os seus músculos abdominais se contraírem com a torção de seu tronco. Uma mão descansava sobre a bancada e a outra estava flexionada ao seu lado. Constrangido por basicamente estar verificando-o, forcei meus olhos para cima, só para ver que ele não estava mais olhando para mim. 78


Ele estava olhando para o meu peito. Eu tinha um desejo insano de soprar isso para fora. Mas não o fiz. Eu me segurei. De repente, senti um arrepio por todo o meu corpo. Minha pele estava vibrando e formigando. "T...” Ele era o único que me chamava assim. Houve uma batida na porta. Drew endureceu e foi atender. Quando ele se foi, murchei como um balão com um buraco gigante. Eu esperava que ele pegasse uma braçada de cobertores e fechasse a porta. Isso não foi o que aconteceu. A voz profunda de Drew falou e foi seguido por um riso leve. O tipo de riso que me fez revirar os olhos. Pendurei-me na porta (totalmente como uma trepadeira) e observei como uma das funcionárias do hotel entrou na sala, carregando uma grande pilha de roupa de cama branca. "Vou colocá-los aqui para você", disse a mulher. Ela tinha provavelmente vinte e poucos anos, com cabelos loiros, grandes peitos, e olhos verdes. Eu apostaria dinheiro que ela estava usando lentes de contato coloridas. De jeito nenhum seus olhos eram naturalmente tão verdes. Se fossem, seus cabelos seriam naturalmente loiros, também. Ha. "Obrigado", disse Drew, ainda mais perto da porta. Ela se virou, dando-me uma visão de seu perfil. Foi o suficiente para ver que ela estava totalmente verificando ele e sua nudez básica. Ficou também muito claro que ela gostou do que viu. "Você quer que eu arrume o sofá para você? Ele se transforma em uma cama." "Eu acho que posso lidar com isso." Ele sorriu para ela. Eu queria expulsá-la. "Além disso, tenho certeza que você tem muito trabalho a fazer." "Na verdade," ela ronronou, perambulando pela sala em direção a ele. "Eu saio em apenas alguns minutos." "Doce."

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"Talvez você queira que eu venha ajudá-lo a fazer a cama, então?" Ela correu uma unha pintada de vermelho em seu peito. Eu me afastei da porta e entrei no quarto. "Aqui está um travesseiro", eu disse alto. Então parei como se eu tivesse ficado surpreso ao ver a mulher lá. "Oh, ei," eu disse. "Você trouxe os lençóis? Obrigado. Precisávamos deles." Os olhos da mulher brilharam um pouco. Então, sua boca abriu e fechou. Boa. Eu esperava que ela perguntasse sobre nós. Sobre Drew. Somente vadias atacavam homens que nem sequer conheciam há dois segundos depois de colocarem os olhos neles. "Eu sinto muito. Pensei que estivesse sozinho", disse ela. Eu fiz um som. "Sim, porque um cara precisa de toda essa roupa de cama extra." Os olhos de Drew se estreitaram em mim sobre a cabeça da loira. Ela riu levemente e seus olhos estavam calculando novamente. Claramente, ela colocou tudo junto, não estávamos compartilhando a mesma cama desde que precisávamos de lençóis extras. Acho que ela não era tão burra quanto parecia. "Então, eu deveria voltar?" perguntou ela, com a voz baixa, apenas para Drew. Eu ainda a ouvia. Cerrei meus dentes de trás, e uma irritação juntamente com a sensação de que eu estava sendo cutucado com um ferro em brasa me empurrou para outro lado da sala. "Se você sabe o que é bom para você, você não vai," Eu meio que rosnei, chegando ao redor de Drew para abrir a porta e olhar fixamente para a garota. Ela saiu para o corredor e se virou, ela arremessava seu cabelo enquanto se movia. Bati a porta em sua cara antes que ela pudesse abrir a boca. Só para garantir, bloqueei a porta. "Que diabos foi isso?" Perguntou Drew, confuso. "Essa garota era uma total prostituta", eu rebati. Seus olhos se arregalaram. "Não é como se eu fosse transar com ela aqui no meio da sala." Eu ri um som amargo. "Tenho certeza de que ela teria gostado." "Trent", disse Drew. A palavra era uma linha entre temor e confusão. 80


Amaldiçoei sob a minha respiração. Eu estava agindo como um louco. Não. Ciumento. Eu estava agindo com ciúmes. Porque eu estava. "Vou para a cama. Se você quiser ligar para ela, vá em frente." Sua mão pegou meu cotovelo quando tentei ir embora. "Eu não quero ficar com ela." Algo em sua voz me fez olhar para cima. Seus dedos estavam mais frios do que a minha pele, e senti alívio. "Eu não estou aqui para você curtir com alguém hoje à noite," eu admiti com um sussurro. Nossos olhos se encontraram e fixaram. Por longos momentos, nós apenas encaramos um ao outro. Juro que medi minha respiração com a sua. Minutos depois, ele soltou meu braço. Eu me senti estranhamente vazio sem o seu toque. Eu não olhei para ele novamente ou disse outra palavra. Eu fugi para o quarto como o frango que eu era. "Eu não estou aqui para me juntar com ninguém esta noite também." Suas palavras jogadas me tranquilizaram. Eu parei no meu caminho. Eu gostava dessas palavras. Gostei malditamente, muito. Eu não voltei, mas eu queria. Eu estava assustado. "Boa noite, T," Drew disse alguns minutos depois. Eu não me lembro de andar para o quarto ou puxar para trás os lençóis ou ir para a cama. Eu só lembrava de repente de voltar à realidade, uma vez que eu estava lá. Os sons fracos de Drew se movendo pela sala ao lado fizeram a minha pele formigar. Rolei e coloquei um travesseiro sobre a minha cabeça para bloquear o som. Eu não tinha necessidade de ouvi-lo. Eu sabia que ele estava lá.

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Em média uma pessoa gasta duas semanas de sua vida sentada em um sinal vermelho.

DREW O som perturbador de uma porta batendo corta o meu sono. Ainda com as pálpebras pesadas, abro um olho, reunindo todo alarme que pude, nem mesmo acordado o suficiente para ser surpreendido. "Desculpe." Trent estremeceu, andando mais para dentro do quarto. "Tentei segurar a porta antes que batesse." Esfreguei a mão no meu rosto sonolento, tentando acordar mesmo apenas uma fração. "Que horas são?", perguntei, apoiando-me em um cotovelo para olhar para o meu celular. "Sete", ele respondeu. Eu gemi e larguei o telefone onde estava. Eu não era uma pessoa da manhã, embora eu tivesse que me levantar cedo todos os dias para trabalhar. Era fim de semana. Um homem não deveria ser autorizado a dormir em um sábado? Não quando ele tinha reuniões com homens que tinham dinheiro suficiente para patrocinar um carro de corrida. "Café." A voz do Trent estava por perto, mas ele falou baixo e divertido. Ele viu claramente a minha resistência para se levantar.

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Um copo alto com uma tampa preta apareceu sobre a mesa na minha frente. Ao lado direito, ele colocou um prato cheio de ovos, bacon, e um muffin inglês com manteiga. Meu estômago roncou em apreciação. Ele era um traidor. Tão disposto a se levantar cedo apenas para alguns bacons. Sua risada quente e abafada roçou sobre mim. Só me fez querer enterrar ainda mais para dentro dos cobertores. Ele deu um passo para trás, em direção à mesa do outro lado da sala, e de repente me senti mais acordado. "Aqui," eu disse minha voz menos sonolenta agora. Balancei meus pés para o lado do sofá e sentei, puxando os cobertores em volta da minha cintura para dar espaço para ele se sentar. Seu prato, que era quase idêntico ao meu (quase = menos manteiga + mais frutas), juntou-se ao meu na mesa juntamente com o mesmo tipo de café. Liguei a TV e escolhi o canal de notícias para que eu pudesse ver a previsão do tempo e obter as condições que eu iria dirigir hoje. A almofada no sofá era grande, longa e afundou um pouco quando ele se sentou. Eu estava parado reclinado preguiçosamente contra as costas, olhando para o movimento na tela da TV, ainda à espera de despertar completamente. "Café." O copo apareceu bem na frente do meu rosto. Trent estava se aproximando, segurando-o como um farol. Ele cheirava a sabonete, que o hotel oferecia. Era alguma merda extravagante, e ele realmente tinha um bom perfume. Mas não cheirava exatamente como eu lembrava do meu banho na noite passada. Era um pouco diferente, um pouco mais familiar. Percebi que não era o sabonete que eu estava notando, mas o cheiro natural de Trent. Olhei de relance, em seu rosto completamente acordado, bem barbeado e cabelo lavado. Seus olhos castanhos tinham manchas douradas que pareciam mais brilhantes esta manhã, e seus lábios cheios pareciam um pouco brilhante, como se estivessem molhados. Perguntei-me se eles teriam gosto de café se eu me inclinasse para frente e... Eu me ergui. O. Que. Porra? "Whoa." Ele puxou o meu copo um pouco para trás e franziu a testa. "Você está bem?" 83


"Sim", eu me apressei a dizer. "Eu estou bem." Eu tomei o café, evitando cuidadosamente os dedos, e coloquei-os aos meus lábios. O primeiro gole era sempre o melhor. Sempre o mais gratificante. Este café estava exatamente da maneira que eu gostava. Pesado no creme, mais leve no açúcar. Eu sabia exatamente como Trent bebia seu café também. Menos creme e menos açúcar, que dava um sabor um pouco mais forte. "Nós ainda temos uma hora ou mais se você quiser dormir mais alguns minutos." Ele soou preocupado. Quem poderia culpá-lo? Eu estava sendo um burro estranho. Ele tinha sido pior ontem à noite, no entanto. Foda-se, me virei neste sofá-cama estúpido por algumas horas, relembrando do jeito que ele agiu com a funcionária que trouxe os lençóis. Eu havia repetido suas palavras em minha cabeça esperando que quanto mais eu pensasse, mais fácil seria de entender. No final, tudo o que consegui foi uma noite de sono de merda. "Não, eu preciso acordar e ficar pronto. Quero estar lá cedo.", eu respondi. "Pensei isso. É por isso que eu desci e peguei o café da manhã." Eu estendi minha mão entre nós, e bati nele. "Obrigado, cara." "Você conseguiu dormir ontem à noite?" Ele perguntou casualmente, deixando de lado seu café e mergulhando em sua comida. "Ou você estava muito nervoso sobre a sua manhã?" Não era esta manhã que estava em minha mente na noite passada. "Levei um tempo para cair no sono." Ele fez um som e empurrou um pedaço inteiro de bacon em sua boca. A cafeína começou a trabalhar na minha corrente sanguínea, dando-me um pouco mais de energia, então, eu também mergulhei em meu prato e comecei a comer. O tempo parecia claro para o dia nublado e frio, mas sem chance de qualquer tipo de precipitação. Eu esperava que a maior parte dessa merda estivesse acabando porque a primavera em breve chegaria.

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Às vezes, Maryland era complicada assim. O inverno poderia se prolongar, ou a primavera podia custar a chegar. De qualquer maneira, nós ainda tínhamos algumas semanas de tempo frio. Esperávamos que não houvesse mais neve. Quando terminamos a nossa comida e o café, falamos de estratégia e, basicamente jogamos para fora um monte de cenários que Gamble poderia atirar em mim hoje na reunião. Eu sabia que ele queria me ver dirigir. Nós nos encontraríamos na grande pista aqui na cidade. Com sorte, ele gostaria do que veria e quisesse falar também. Eu não me incomodei em tomar outro banho, mas escovei os dentes, molhei meu rosto com água fria, e aparei do pescoço até o meu queixo. Não mantenho a barba com tanta frequência. Eu sabia das regras do meu chefe no local de trabalho, mas provavelmente ele gostava de mim, então eu não me importava. Eu gostava da forma como o meu pescoço se sentia. Ela mantinha o meu rosto quente. E verdade seja dita, as senhoras pensavam que era sexy. Quem era eu para decepcioná-las? Eu mantive-o aparado e arrumado, no entanto. Eu penteei meus cabelos com os dedos. Reparti para o lado usando um pouco de gel que a Ivy me disse que eu precisava. Eu não discuti, quando ela me entregou o frasco um tempo atrás. Eu só discutia com minha irmã sobre a merda que me preocupava. Por um longo tempo, ele ficou em cima da minha cômoda, até que um dia ela caminhou para meu quarto, sem bater, tirou o meu boné e falou do estilo dos meus cabelos, o tempo todo me dando um "curso" sobre a forma de olhar "quente". Eu ri o tempo todo, e ela pisou no meu pé, que doeu como o inferno, mas quando ela terminou e olhei no espelho, eu gostei da maneira que ficou. Ele definitivamente ficava muito menos amarrotado do que o jeito que eu costumava arrumar. Então eu fiz uma concessão. Eu o usava assim na metade do tempo, e na outra metade, eu apenas o deixava fazer a sua coisa. Alguns cabelos não podem ser contidos. Como o de Rimmel. Ivy tentou dar suas aulas também. Uma vez que eu tive certeza de que meus cabelos passariam no teste da minha irmã, saí do banheiro para a minha bolsa. Vesti uma calça jeans de cintura baixa que parecia mais cinza do que azul e uma camiseta branca lisa. Trent estava no sofá com o telefone no ouvido, escutando quem estava do outro lado. 85


Minha mão fechou sobre uma camiseta de basebol com mangas amarelas e um torso branco. Puxei e enfiei apenas a parte da frente por trás da fivela no cinto preto. Meu casaco de couro preto estava na porta, e eu o vestiria antes de sairmos. Sob minhas duas camisas, eu estava usando minha corrente da sorte. Eu usava o tempo todo. Era uma longa corrente de prata com um pingente de velocímetro. Ivy me deu anos antes de eu dirigir em uma corrida. Eu ganhei naquele dia, tornando-o assim meu amuleto da sorte. Não, eu não estava vestido para a reunião. Indo para ver Gamble vestido em um terno seria uma mentira. Ele precisa ver exatamente o que ele esta recebendo como piloto, porque se um patrocinador colocar um monte de dinheiro, ele precisava saber onde é que ele está se enfiando. Além disso, eu dirijo melhor quando estou vestido como eu. Trent jogou o telefone no sofá, e eu olhei. "Algo errado?" "Nah, apenas verificando a fraternidade, certificando-me de que ninguém fez nada estúpido ontem à noite." Eu fiz um som. "Jack ainda está beijando a sua bunda?" Ele riu. "Não é tão ruim. Aparentemente, Con não está muito feliz com a minha decisão, no entanto." "Estou chocado." Caí no sofá e peguei o meu café, que estava quase no fim. "Seu celular está tocando." Trent fez um gesto para o meu celular deitado na mesa. Agarrei-o e a tela iluminou. Eu tinha um monte de textos. Eu sorri. "Rome disse a todos sobre a reunião." Eu folheei as mensagens. Um de cada um dos nossos membros da família. Romeo: Donos da estrada hoje. Ivy: Eu te amo! Esteja a salvo! Rimmel: Devo dizer-lhe para quebrar uma perna? Isso não é muito agradável. Dirija rápido! Braeden: Não venha para casa sem um acordo. Eu ri quando li a de B. Meu cunhado era uma peça. Trent se inclinou para mim, e eu segurei o celular entre nós e rolei as mensagens novamente para que ele pudesse ler. Ele riu também. 86


Meu telefone soou novamente. Fui para o texto mais recente. Era uma foto da minha sobrinha de quase seis meses de idade, Nova, vestida com uma camiseta com um carro de corrida rosa choque na parte da frente. Ivy: Nova ama você, também! Significava muito ter o apoio de todos nisso. Eu sempre tive uma grande família. Eu cresci em uma. Mas a família parecia ter um novo significado quando me mudei aqui para estar mais perto de minha irmã. Havia algo especial sobre a família que você escolhe. Não era sangue que nos mantinha juntos. Era lealdade. Amor. Digitei um texto rápido para a minha irmã. Obrigado por todas as mensagens. Dê a Nova um beijo por mim. Vou ligar mais tarde. Trent levantou-se do sofá, estendeu seus longos braços para fora e colocou seu telefone no bolso de trás da calça jeans. "Você está pronto para isso?" "Eu nasci pronto."

Que porra de santuário! Esse foi o meu pensamento quando chegamos ao Gamble Motor Speedway. O lugar era uma incrível pista, que fez o que eu estava fazendo aqui hoje, ainda mais surreal e excitante. Não era a maior pista de corrida que eu já vi, mas não era a menor. Claramente, Gamble pôs dinheiro neste lugar, e ele também paga para mantê-lo atualizado. Tudo estava muito industrial. Todo o concreto, aço e cinza. A área ao redor do prédio estava plana e limpa de árvores, e havia um grande parque de estacionamento rodeando nós. Havia um homem de pé na entrada que nos permitiu acesso para a área da pista.

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Quando deslizei ao lado dele e rolei a janela para baixo, ele entregou dois cordões com um passe grampeado na frente e me mandou entrar. Uma vez que me entregou, nos foi dado um polegar para cima, e ele acenou para nós passarmos. Eu dirigi lentamente, aproveitando o momento. Quando passamos pelo túnel e chegamos ao interior da pista, eu queria chorar. Era uma linda visão. A pista em si era de forma oval, e eu estimava que tivesse cerca dois quilômetros e meio. Havia muitos assentos ao redor dela, mais do que o suficiente para corridas da NASCAR, se é que alguma vez tivessem sido hospedadas aqui. Pelo que li apenas algumas corridas NASCAR tiveram lugar aqui, e isso foi há anos atrás. Na maioria das vezes, esta pista era usada para eventos locais e estaduais. Ela também servia como quartel-general para a “equipe” Gamble de corrida. Eu uso o termo equipe vagamente porque os motoristas que Gamble patrocina não são necessariamente uma equipe, por si só. Todos eles dirigem em suas próprias corridas. Todos eles têm patrocinadores diferentes além do próprio Gamble. O que os fazia sua "equipe" era que ele era o maior patrocinador contribuindo que eles tinham, e mais de um carro era pago por ele. Eles eram todos baseados aqui. Eles praticavam aqui. Tenho certeza de que todos os motoristas se conheciam. Inferno, eles provavelmente praticavam juntos, o que soou como a porra de um privilégio para mim. Claro, eu acho que em muitos aspectos, esses caras eram concorrentes, mas eu não gosto de ver as coisas dessa forma. Eu gostava de pensar neles como pessoas para aprender, as pessoas para me empurrar e me motivar a ser melhor. No lado noroeste, parecia haver vários condomínios construídos sobre a pista, e eu descobri que era onde os pilotos e, provavelmente, alguns dos funcionários e gerentes viviam quando não estavam na estrada. No centro da pista era onde ficava os pit stops13. Era uma estrada longa e reta descendo do centro, conhecida como linha pit. Cada piloto podia puxar para fora da pista e descer a linha para o seu pit stop designado, onde sua tripulação estava estacionada. 13

Uma faixa de circulação separada da pista por um muro, onde as equipes e pilotos se preparam e arrumam os seus carros durante o fim de semana de competição.

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Parecia calmo aqui hoje, silencioso e vazio. Mas quando o local estava cheio e uma corrida estava acontecendo, o silêncio era a última palavra usada para descrever este lugar. Geralmente era o caos em uma pista como esta: fãs enlouquecendo, música alta, o som dos motores acelerando, o cheiro de gasolina e de borracha queimado enchia o ar. A energia era inigualável. Enchia o espaço com um rugido maçante que só podia ser encontrada em uma pista de corridas. Os fãs de corridas estão entre os mais dedicados e leais de todos os esportes. Eu não tinha certeza de onde estacionar ou onde Gamble iria nos encontrar, então, eu dirigi pelo lado e estacionei a vista. "É uma bela vista", pensei, olhando para a pista. "Estive em corridas em lugares como este, mas eu nunca fui parte de uma antes." "Seu tempo está chegando", disse Trent. Sua voz não tinha a mesma qualidade esperançosa. Sua voz estava mais definida. Como se ele soubesse com certeza. Eu gostava de sua confiança em mim. Parecia real. "Hoje pode não sair do jeito que eu espero." Falei, lembrando-me para não ter esperança. "Talvez não." Ele concordou. "Mesmo se isso não acontecer, este é apenas um passo adiante." "Obrigado por ter vindo comigo". "A qualquer momento, Drew." O silêncio caiu sobre o carro, mas não era estranho; era o tipo de silencio que só amigos verdadeiros podiam ter sem a necessidade de muitas palavras. Eu estava feliz por ele estar aqui. Algo sobre sua presença me acalmava, me fazia sentir um pouco mais forte. Poucos minutos depois, um Cadillac preto parou ao lado do Fastback. As janelas estavam matizadas, mas eu sabia que era Gamble. "Esse é ele." Eu falei em voz alta, mas eu estava falando para mim mesmo. Os nervos eram reais. "Vou sentar naquela parede ali", ele apontou para uma barreira de concreto próxima. “E assistir, precisando de alguma coisa, basta sinalizar". Eu balancei a cabeça. 89


A porta do passageiro do Cadillac se abriu e um homem em um terno azul-marinho sob medida saiu. Ele não estava usando uma gravata. Em vez disso, a camisa estava desabotoada no pescoço. Ele era um homem mais velho, mas não tão velho que eu consideraria fora do seu auge. Ele teria por volta dos seus cinquenta anos, com o cabelo escuro que era predominantemente cinza nas têmporas e salpicado pelo resto. Deixei as chaves na ignição e sai, engolindo meus nervos e sorri. "Senhor Gamble." eu disse e ofereci a mão. "Ron," ele corrigiu quando nós apertamos as mãos. "É um prazer colocar um rosto ao nome que eu tenho ouvido tanto." "É um prazer, senhor. E só vou admitir as coisas boas que você ouviu. O resto juro é blasfêmia." Ele riu. "Romeo Anderson certamente não disse uma palavra ruim contra você." "Romeo é um bom homem e um ótimo quarterback14." "Ele é." Ron inclinou a cabeça. "Não me arrependi nem um pouco desde que assinamos com os Knights. E então, novamente quando ele não parou de cantar os louvores de Braeden Walker." "Minha irmã vai manter Walker em cheque." Eu brinquei. Gamble riu. "Conheci sua irmã. Se alguém pode manter aquele garoto na linha, é ela." Meu peito se encheu de orgulho por Ivy. Eu a tinha ensinado bem. Eu soube no instante em que ele queria começar a trabalhar, porque seus olhos ficaram afiados e assumiu um olhar mais sério. "Eu não sou um homem de rodeios. Prefiro ir direto ao ponto. Poupa muito tempo e besteira." "Eu posso compreender isso." Concordei. Ele olhou para o meu carro. "Esse é um Mustang muito bonito. Vale muito dinheiro. Você fez todo o trabalho nele?" Eu balancei a cabeça. "Levei quatro anos, - todo o tempo que eu passei na faculdade - para reconstruir o motor e comprar as peças que eu queria. Um carro como esse não é barato, mas eu nunca recuei de trabalho duro." "Um bom motorista sempre conhece o seu motor." Eu tinha certeza de que havia aprovação em seu tom. 14

Quarterback (QB) é uma posição do futebol americano

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"Eu conheço o meu motor. E todas as outras partes em torno dele." Eu assegurei a ele. "Você tem um diploma em programação de computador, não é?", Ele perguntou, ainda olhando por cima do corpo da minha máquina azul-cobalto. Um sorriso dividiu meu rosto. "Essa é uma maneira de colocá-lo." "Parece que você poderia ganhar mais dinheiro nesse campo." "A vida nem sempre é dinheiro. Às vezes é sobre a paixão e ir onde à estrada nos leva." Ele olhou para longe do carro e voltou para mim. "Que tal você dar algumas voltas, me mostre o que você e este carro que você construiu podem fazer? Então vamos falar sobre onde à estrada pode levá-lo." Ele não teve que me dizer duas vezes. Eu estava muito ansioso para entrar no carro e dirigir na pista. Este era o lugar onde eu ficava mais confiante, o lugar que eu podia realmente me soltar. Logo antes de eu dirigir para o asfalto, meu telefone tocou. O peguei para desligá-lo para que não me distraísse enquanto estava dirigindo ou depois quando estivesse com Gamble. O nome na tela me chamou a atenção. Trent. Puxei o texto. Todo mundo mandou uma mensagem, mas me deixei de fora. Eu totalmente sorri para o meu telefone. Ele tocou novamente. Dirija rápido. Olhei pela janela para onde Trent estava sentado no muro de concreto, e o telefone em sua mão. Ele olhou para cima como eu fiz, e nós sorrimos um para o outro. A onda familiar de adrenalina começou em meu núcleo e espalhou-se como o sol nascente enchendo a escuridão com luz. Meu joelho saltou de energia, e agarrei a alavanca de câmbio. Eu pressionei o acelerador e decolei. Eu estava voando. 91


A multa mais cara já dada foi na Suíça em 1 milhão de dólares! Nós apostamos que o cara nunca vai passar novamente lá.

Trent Malditamente incrível. Isso é o que era assistir Drew correndo. Ele literalmente voou sobre a estrada, com medo desenfreado. Foi emocionante. Eu só podia imaginar como seria estar atrás do volante. Claro, eu dirigi muito com ele, mas eu era mais contido. Mais cauteloso. Então, era uma corrida, assim, a maneira que ele deve se sentir quando se solta, e por isso, era provavelmente incomparável. Eu me perguntava se alguma vez eu experimentaria qualquer coisa que possa chegar perto de como ele se sentia agora. Mesmo enquanto eu estava pasmo, o mecânico em mim despertava. Prestei atenção à forma como o carro se inclinava e tomava as curvas. Eu assisti a suavidade com que as engrenagens mudavam e a aderência dos pneus contra o asfalto. Drew sabia como conduzir seu carro para obter grandes resultados, mas até certo ponto, ele estava fora de controle. Dependia do carro, do seu funcionamento interno, e da qualidade das peças e do trabalho que fizemos nele. Ele confiava em mim com aquele carro, que basicamente equivalia a ele confiar em mim com sua vida. Eu levava isso a sério. 92


Provavelmente mais sério do que a minha própria segurança, às vezes. Ainda, assim, eu tinha pressa de vê-lo na pista, a maior parte de mim entrava em modo de trabalho. Isto me fez desejar ser um mecânico melhor, porque provavelmente eu faria merda que alguém mais experiente não o faria. Notei a forma como o carro se inclinou um pouco, e comecei a trabalhar em um plano para quando fossemos capaz de estar sob o capô. Ron Gamble estava mais perto da pista, perto de seu carro, para assistir. O homem que o trouxe para cá estava ao seu lado e observava também. De vez em quando, eles se inclinavam e falavam um com o outro. Isso estava me deixando louco. O que eles estavam dizendo? O que eles pensavam de Drew? A segunda vez que Gamble olhou na minha direção, eu pulei fora da parede e caminhei até onde ele estava. No início, eu havia planejado ficar de fora, apenas ficar aqui para apoiar Drew. Foda-se. Eu poderia apoiá-lo e dar uma boa palavra para ele ao mesmo tempo. Gamble deve ter estado esperando pela minha abordagem, porque no segundo em que cheguei ao comprimento de um braço, ele se virou e estendeu a mão. "Ron Gamble," ele se apresentou. “Trent Mask”, soltei. “Ah, sim! Eu vi você jogar futebol por alguns anos. Você é uma grande adição para os Lobos.” "Obrigado", eu disse, genuinamente. "Foram uns bons quatro anos com os Lobos. Eles passaram rápidos." Seus olhos enrugaram nos cantos. "Sim. A vida tem uma maneira de fazer isso." "O mesmo acontece com Drew." Fiz um gesto para o Fastback azul-cobalto que não passava de um borrão enquanto ele voava. Gamble riu. "Sim, ele definitivamente é rápido." Seus olhos se afastaram de mim e retornou para a pista. "Este é um colega meu, Jay Hopper. Ele trabalha na sede, mantém um olho em todos os motoristas." Ofereci minha mão para o homem ao lado dele, e apertamos. 93


"Então..." Eu comecei indo direito ao assunto. "O que você acha de Drew?" "Eu gosto de um homem que vai direto ao assunto", disse Gamble. "Um dos pilotos mais motivados que você nunca vai encontrar." "Você não é tímido, né?" Ele olhou para mim, seus lábios puxados para cima num sorriso. Dei de ombros. "Não quando se trata dele." "Você é o empresário dele?" Perguntou Hopper. "Não, ele é meu melhor amigo. Estou aqui para apoiá-lo." "Ele tem muito apoio," Gamble meditou. "Anderson e Walker falam dele sempre que têm uma oportunidade. E suas esposas?" Gamble riu. "Elas falam sobre ele constantemente." "Somos uma família." Dei de ombros. Fiz uma nota mental para dizer a Braeden para interceder por ele. Eu tinha certeza que ele receberia um chute de seu cunhado por interceder por ele. Aqueles dois gostavam de dar um ao outro um tempo difícil, mas isso só provava que B realmente gostava dele. Gamble voltou a assistir Drew. "É bom ter um grande sistema de apoio. É necessário em um esporte como este." "Isso significa que você está interessado em trabalhar com ele?" Droga. Isso pode ter sido um pouco direto. Hopper deu uma gargalhada. "Tem certeza que você não é seu empresário, garoto? Você deveria ser." "Eu vou dizer isso. Se você contratá-lo, vou estar sempre ao redor". Naquele momento, Drew derivou em torno da curva oval. Era a porra de um desvio perfeito. Meu peito se encheu de orgulho. Olhei para Gamble e levantei uma sobrancelha, como se dissesse, você seria estúpido para não o contratar. "Ele é bom", ele permitiu. "Melhor do que bom." Eu corrigi. "Ele está lá sozinho", Hopper acrescentou. 94


"Vamos ver como ele se sai na pista com outro piloto". Gamble continuou. O som de outro motor pareceu explodir na pista do outro lado. Quando um carro como uma bala disparou para a estrada e se juntou a Drew. Era um Nissan Skyline amarelo brilhante com uma capa toda preta e aerofólio preto na parte traseira. Estava voando, assim como Drew, mas eu podia ver uma mancha amarela em cada pneu, e eu sabia que devia ser algum tipo de iluminação na roda para que brilhasse. O corpo do carro era baixo, tão baixo que quase se sentava no chão, mas parecia feroz dessa forma, enquanto ele abraçava a estrada e, literalmente flutuava. Mesmo que o carro fosse extremamente encantador, meu estômago apertou. "Você devia ter-lhe avisado de que ele não estaria sozinho. Ele não está esperando outro motorista lá fora." Eu me preocupei. "Há muita coisa inesperada nas corridas", Hopper respondeu suavemente. Ele me irritou. "Sim. Mas colocar um motorista em perigo para provar um ponto é um movimento idiota". Sim. Eu só discuti com o homem mais rico do estado e seu lacaio. Será que eu dou à mínima? Aparentemente não. Nenhum dos dois homens parecia ofendido. Eu não estava preocupado com isso de qualquer maneira. Se esse fosse o tipo de merda que Drew podia esperar desses dois, então dane-se isso. Ele estaria melhor no circuito Indie. Pelo menos lá já sabíamos que todos eram idiotas. Eu esperava melhor desses caras. "Eu diria que ele está tratando o amigo na pista muito bem," Gamble ponderou em voz alta. O carro esportivo amarelo manobrava à direita ao lado do Mustang e combinou seu ritmo perfeitamente. Mesmo que dessa distância eu não pudesse dizer, ainda parecia que os motoristas estavam se medindo. Alguns segundos depois, o Skyline acelerou e passou à frente, o som de seu motor acelerando enchendo o ar. Vamos, Drew. O carro trabalhou quando ele mudou e acelerou. Ele empurrou para o ponto em que eu comecei a me preocupar. Ele tinha que estar perto de cento e oitenta e 95


ganhando velocidade. Lembrei-me de que esta era uma pista fechada, e não era como se ele estivesse lá fora, com alguém que não sabe dirigir. "Quem é esse?" perguntei, percebendo que eu não tinha ideia de quem eles eram. "Um dos meus motoristas patrocinados," Gamble respondeu. "Achamos que tínhamos que ver como Forrester age com alguém que tenha experiência profissional." Senti-me chateado mais uma vez. É como se eles quisessem que ele falhasse, e me senti culpado. Eu sabia que o Skyline estava provavelmente melhor equipado do que o Fastback. Eu deveria saber melhor do que me preocupar com Drew. Esse cara sempre soube como sair por cima. Eu assisti em alfinetes e agulhas quando ele se aproximou do carro amarelo no interior. Em resposta, o carro deslizou, cortando-o. Ele ficou para trás, deslocando... dando a impressão de estar derrotado. Mas eu sabia melhor. Segundos depois, Drew cortou à direita para balançar fora da largura ao redor do exterior de seu concorrente. O carro parecia antecipar seu movimento e desviou, ao mesmo tempo. A extremidade traseira do Skyline quase bateu na extremidade dianteira do Fastback, e eu murmurei uma maldição. Drew ficou suspenso e pisou nos freios - bem, no freio de emergência. Ele deu uma guinada forte imediatamente e foi direto para a grama do lado no interior do oval. Assim quando seus pneus dianteiros atingiram, ele fez outra curva dura, empurrou o carro de volta para o asfalto, e deu um soco no gás. Ele passou rapidamente o carro amarelo e desviou-se na frente dele, assumindo a liderança. Hopper fez um som, e eu sorri. Os dois carros lutaram, tecendo dentro e fora um do outro e puxando alguns truques que eles não seriam capazes de puxar sobre uma pista cheia de carros. Nós todos ficamos lá e assistimos até Gamble sinalizar para eles virem.

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Drew desacelerou e trouxe o carro em uma parada nas proximidades, mas o carro amarelo passou à direita e desapareceu no túnel que saiu apenas alguns minutos antes. Era melhor assim. Eu senti como se o cara que estava conduzindo fosse um panaca. O rosto de Drew estava dividido em um largo sorriso enquanto corria para frente, e havia uma luz distinta em seus olhos azuis. Ele estava totalmente drogado agora pela velocidade. Corri alguns passos na frente dos homens e lhe ofereci um punho. "Essa foi uma corrida apertada." "Inferno sim," ele jurou. Ele se aproximou. "Eu acho que estraguei alguma merda, no entanto. Vou precisar de algumas peças novas." Eu balancei a cabeça, já imaginando o quanto ele teria que ter, para acompanhar e se manter com o Skyline. "Sr. Forrester" Hopper chamou, e ambos viramos. Acenando para nós, falou. "Vamos conversar!" "Você falou com eles?" Drew perguntou suavemente enquanto caminhávamos na direção deles. "Sim. Ainda não me decidi sobre eles ainda." Senti que ele me olhava com o canto do olho, mas não disse nada, porque nós nos juntamos aos homens. Depois que foram feitas as apresentações entre Drew e Hopper, Gamble assumiu a conversa. Eu acho que já que ele era o único com o dinheiro, a palavra final era dele. Ainda assim, eu tinha a sensação de que ele e Hopper se conheciam há muito tempo e poderiam se comunicar sem falar muito e permanecer na mesma página. "Você dirige bem." Começou Gamble. "Eu definitivamente vi por que sua família fala tão bem de você." "Com todo o respeito, eu não quero estar aqui, porque Romeo falou algo", disse Drew. Gamble assentiu. "Claro. Um homem quer ganhar o seu caminho. Sua família não é a única razão de você estar aqui. O submundo das corridas, ou como alguns chamam, o mundo Indie, está crescendo".

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Hopper assentiu. "Eu não ficaria surpreso se, dentro dos próximos cinco anos ou mais, os pilotos independentes quebrassem o cenário e tornarem-se tão populares como aqueles que dirigem profissionalmente." Mordi minha língua. Não pude deixar de me sentir um pouco ofendido. É como se ele estivesse dizendo que pilotos independentes eram de alguma forma menos profissional, porque eles não tinham patrocinadores e apoiadores extravagantes. "Concordo". Gamble retomou a conversa novamente. "Você tem ganhado um nome no mundo subterrâneo, Forrester. É por isso que você está aqui. Romeo me falou de você meses atrás, mas esperei até que você estivesse no estado por um tempo. Esperei até que você tivesse um histórico na pista por aqui." "Eu dirigi na Carolina do Norte, também," ele respondeu. Gamble assentiu. "Eu sei. Fiz algumas ligações." Mexi-me com impaciência, mas Drew se manteve calmo e esperou que Gamble chegasse ao ponto. "Eu gosto de você", ele finalmente disse, seus olhos deslizando para mim. "Também gosto do seu empresário. Ele definitivamente não vai levar uma merda." Drew olhou para mim, e eu queria fazer uma careta. Eu não tinha sido exatamente... uh, um beijador de bunda. "Você é rápido, você lida com um carro facilmente, você claramente tem muita coragem, e às vezes parece que não tem medo. Além disso, você tem bom gosto para carros." "Mas?" perguntou Drew. Gamble deu um meio sorriso. "Mas você é verde. Você dirige como um Indie. Sem regras. Sem cuidados. Quase ouso dizer que você é muito destemido." Drew riu. "Eu tenho certeza de que isso não é uma coisa ruim." "Faz você imprudente", disse Hopper. Senti Drew arrepiar. Imediatamente, minha atitude mudou para elogiar ele. Ele estava na defesa agora, então, eu estava no ataque. Essa é a maneira que Drew e eu trabalhávamos, dois lados da mesma moeda. Se ele estava quente, eu estava frio. Se ele estava louco, então eu era a razão.

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Em vez de discutir como eu sabia que ele queria, Drew estendeu a mão para Gamble. "Obrigado por encontrar tempo para se encontrar comigo. Eu sei que você é um homem muito ocupado." Gamble olhou entre Drew e sua mão. "Isso é tudo que você tem a dizer?" Ele perguntou, levantando uma sobrancelha. Drew baixou a mão. "Eu não tenho mais nada a dizer. Minha condução disse tudo lá fora, na pista. Eu respeito a sua opinião, e vou levar tudo o que você disse em consideração enquanto eu continuar dirigindo." "A maioria dos caras iriam tentar e lutar por seu lugar", disse Hopper. Drew virou-se para ele. "Eu não sou a maioria dos rapazes." Não, ele não é, eu pensei. "Como você mesmo disse, o mundo Indie da corrida vai e vem. É apenas uma questão de tempo antes de entrarmos em cena. Tudo o que precisa é um motorista receber um golpe de sorte ou um excêntrico realmente rico querer jogar com as equipes fracas." Drew deu de ombros. "Eu vou continuar fazendo a minha coisa até esse dia chegar." Às vezes o cara me surpreende. O modo como ele se recusou a deixar que algo o empurrasse para baixo. Eu o respeitei mais naquele momento. "Não estou dizendo que não", disse Gamble. Ouvi o respeito em sua voz. “Você, não está?" perguntou Drew. Ele sorriu. "Eu sei melhor do que deixar um futuro e promissor nome escapar por entre os meus dedos." "Então, o que você está dizendo exatamente?" Eu disse, à queima-roupa. "Estou dizendo que essa tem sido uma conversa interessante, e embora eu possa ter vindo aqui esperando uma coisa, estou contente que tive outra." "E o que é isso?" Drew cruzou os braços sobre o peito. Mesmo Hopper parecia um pouco perplexo, como se pela primeira vez ele não soubesse o que Gamble iria dizer. "Você pode não ser um piloto profissional, no sentido de alguém pronto para estar nas conformidades para os padrões da NASCAR e da Formula 1... mas você é um piloto da mesma forma. Você representa uma população muito maior. Como você disse, a cena de corrida da Indie vai explodir a qualquer momento." 99


"Eu acho que vai ser um pouco mais do que isso," Drew respondeu seco. "A não ser, é claro, alguns excêntricos com muito dinheiro que vêm e querem, como você disse, jogar com as equipes fracas." "Você está dizendo que quer patrocinar Drew em um nível Indie?" Perguntei. "Estou dizendo que eu acho que o submundo das corridas precisa de um rosto, um capaz de trazer esta organização não reconhecida de pilotos para o centro das atenções." Senti meus lábios puxar para cima em um sorriso animado. "Está frio aqui fora, e temos muito que discutir. Vamos nos encontrar na sede." Gamble apontou para os condomínios sobre a pista. "Estaremos mais confortáveis, e há café." "Claro." Drew concordou. Esperamos até que Gamble e Hopper saíssem no Cadillac antes de ir para o Mustang. "Que porra aconteceu?" Drew ponderou. "Alguma coisa grande", eu disse. "Eu não sei o que, mas isso vai ser grande." Drew fez um som de engasgo e ergueu o punho no ar. Eu ri, mas o som era abrupto porque ele se lançou para mim. Eu não o vi chegando e eu não estava preparado. Mesmo que eu tivesse tempo, eu não teria sido capaz de me preparar para isso. Um segundo estávamos rindo, e no próximo... Drew estava nos meus braços. O peso dele em mim foi chocante no início. Claro, com o futebol, eu estava acostumado à violência desnecessária, mas isso era diferente. Eu não estava em um campo de futebol. Isso não era um jogo, e eu não estava na defesa. Drew não estava tentando me derrubar; ele estava me abraçando. Gostei da forma como o seu peso colidiu com o meu. Isso me atingiu imediatamente, mas era como se meu corpo estivesse pronto; Meu corpo sabia como reagir a Drew. Ele saltou animadamente em primeiro lugar e me deu um tapa nas costas. Eu ri e pressionei minha palma da mão nas costas dele. 100


Algo mudou. O abraço comemorativo animado transformou-se em mais. Seu corpo relaxou, e os meus braços se moveram, puxando-o mais apertado, rebocando seu peito direto contra o meu. O queixo de Drew caiu no meu ombro, e sua mão parou de bater em minhas costas. Em vez disso, seus dedos cravaram. Então, isso é o que é. Era assim que se sentia ao ser segurado por Drew. Segurado por ele. Droga.

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A maioria das pessoas baixa sua música ao seguir as direções. E totalmente nos ajuda a ver melhor.

Drew

Uma nova marca de corrida. Essa foi à proposta. Eu vim aqui esperando por um patrocínio, um carro com uma tonelada de logotipos sobre ele, taxas de entrada pagas para um monte de corridas legítimas e bem conhecidas. Eu não consegui. Eu tinha algo melhor: uma chance. Alguns pilotos estariam esperneando agora. Eles estariam se sentindo desiludidos, negados, rejeitados. Eu não. Não, eu não consegui um patrocínio ou um acordo com uma grande quantidade de apoio. Eu tenho algo muito mais arriscado. Algo que poderia arruinar minha carreira antes mesmo de começar. Eu tenho um caminho de poeira através de uma floresta fortemente arborizada. Tudo o que eu precisava era de um caminho. Tudo o que eu precisava era de uma chance. Eu gostava de riscos. 102


Talvez eu tenha sido imprudente. Mas, com grandes riscos vêm grandes recompensas. Ou, pelo menos, um inferno de uma descarga de adrenalina. Eu não conseguia parar de pensar sobre o encontro com Gamble. Sobre a decepção afiada que senti quando ouvi o "mas" em sua voz antes dele terminar criticando minha condução. A crítica em si estava no ponto, então eu não podia ficar brabo com isso. O resultado era que os pilotos tiveram que malhar com o seu principal patrocinador. Aos pilotos tinha que ser dada a liberdade para conduzir da maneira que eles queriam. Eu não ia pedir a Gamble para procurar algo diferente do que normalmente fazia em seus pilotos. Assim como eu nunca mudaria a maneira como eu corria para agradar um patrocinador. Acho que foi a minha atitude "rebelde sem causa" que colocou em movimento o que aconteceu lá atrás. "Sério, apesar de tudo." Trent zombou. "Isto vai ser um sucesso." Era o meio da tarde, e estávamos na estrada voltando para casa. Assim que a reunião terminou, nós comemos alguma coisa e pegamos a estrada. Trent estava dirigindo. Eu não tinha certeza se ele sabia, mas ele era o único que eu deixava dirigir meu carro. Normalmente entregar a alguém o volante me dava uma ansiedade como um cão em uma sala cheia de gatos. Mas não com ele. Todo mundo sabia o quanto eu amava o meu carro. Mas nem todo mundo realmente compreendia. De fato, ninguém realmente sabia. Mas ele sabia. Desde que eu estava literalmente tonto depois de tudo que aconteceu, pensei que poderia ser melhor se ele dirigisse. Eu poderia lidar com isso, mas relaxar e deixar a minha mente pensar em todas as possibilidades parecia uma boa ideia agora.

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"Cara." Eu concordei. "Se nós pudéssemos conseguir isso..." Ele riu. "Você está de brincadeira? Isto é perfeito para você." Era muito perfeito. Gamble queria criar uma nova divisão de corridas. Tipo como o dos irmãos bad boy da Racing Pro. Onde instituições como a NASCAR e a Fórmula Um, etc. eram governadas por regras, políticas e páginas de clausulas, este novo mundo, - esta nova geração de corridas - não estaria. Nós seríamos mais sujos. Corajosos. Mais emocionante. Basicamente, seríamos como o mundo Indie era agora, - maior. Melhor. A diferença? Teríamos dinheiro. Teríamos destaque. Seriam corridas de rua ilegais. Exceto que seria legal e nós teríamos uma pista. As pessoas migrariam para ela. Por quê? Porque havia algo inerentemente excitante sobre nenhuma regra. Era emocionante. Era um tabu. Era perigoso. A maioria das pessoas é muito cautelosa para viver assim, mas assistir alguém fazer isso? Por trás do volante de um carro encantador? Sim. A ideia era trazer corridas subterrâneas para fora da escuridão. Estabelecer uma série de corridas, tudo basicamente legítimo para o piloto "não profissional". Posso apenas dizer que realmente queima minhas calças? O fato de que qualquer piloto que dedique tanto tempo e energia em seu carro e dirige, um homem que aprimora sua habilidade e se esforça para fazer um nome para si mesmo, apenas para ser chamado de não profissional e de alguma forma falta em comparação com um motorista com patrocinadores e logotipos é um monte de bosta de cavalo. Merda de cavalo coberto de moscas.

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Se qualquer coisa, os pilotos do mundo Indie são mais famintos e mais experientes porque eles têm que trabalhar e ralar para tudo. Podemos ser menos controlados, e não afiados para as "regras" da corrida tradicional, mas eu ainda colocaria dinheiro em um dos meus próprios, antes de qualquer outra pessoa. Um dos meus. É engraçado como basicamente uma entrevista para uma vaga em uma equipe profissional de corridas, um lugar que eu pensava que era meu jogo final, só mostrou onde eu realmente pertencia. Exatamente onde já estive. Não que fosse sem sentido eu acabar no circuito profissional de corrida um dia. Inferno, eu nunca descartei a possibilidade. Gamble disse algo sobre ter um pé nos dois mundos algum dia. Eu ia gostar disso. Isso faria de mim um piloto melhor, mais bem desenvolvido. Mas, por agora, eu planejava manter os dois pés no domínio Indie. Assim… Toda uma temporada de corridas seria criada. Preliminares para determinar o melhor dos melhores na minha classe. Então, aqueles pilotos iriam seguir em frente. Corridas seriam realizadas. Os vencedores seriam coroados. E no final da temporada, numa corrida final, a ser realizada ali mesmo no Gamble Speedway, um campeonato de corrida para determinar o rei do submundo. Os fãs não haviam tido um "novo" esporte para afundar seus dentes há muito tempo. E todo mundo gostava de torcer pelo oprimido. Bem, esta instituição inteira estava sendo construída sobre eles. Escolha o seu oprimido. Veja-os lutar por um título. E a única regra? Não há regras. 105


Nota adicional: é claro que teria que haver algumas regras. Alguns tipos de normas a que todos teriam que cumprir. Mas esses padrões não seriam tão rígidos e sufocantes quanto os profissionais. Haveria uma margem de manobra. Haveria honra. Não haveria nenhuma garantia. Essa era a melhor parte. Gamble queria me fazer o rosto da nova revolução de corridas. O cara que daria um nome a tudo. Ele queria me patrocinar nas corridas, ter certeza que meu carro tivesse as melhores peças e tivesse a oportunidades de passar pelas portas que estavam se abrindo. Eu pegaria tudo o que ele estava me oferecendo. Mas no final, a única maneira de que eu precisaria era chegar até o campeonato, para realmente possuir o mundo das corridas subterrâneas, era dirigir o meu carro. O dinheiro só me ajudaria agora. Talento e habilidade eram o que me levaria pela linha de chegada. "Sua vida está prestes a ficar muito ocupada", disse Trent. Eu não tinha certeza, mas posso ter sentido um pouco de hesitação em sua voz. "Você está pronto para isso?" perguntei, percebendo que eu tinha sido tão malditamente bombeado que eu não perguntei a ele o que pensava sobre tudo. Ele parecia estar muito focado durante a reunião. Ele havia jogado ideias e sugestões enquanto todos nós falamos. Mas agora não estávamos sentados em uma reunião. Agora estávamos em território familiar, sozinhos. Ele teve tempo para pensar. "Eu?" Sua voz era duvidosa. "Por que eu precisaria estar preparado para isso?" "Você sabe que eu não posso fazer isso sem você." Ele fez um som. "Cara, você sabe muito bem que eu não serei capaz de fazer todo o trabalho que este carro vai precisar para estas próximas corridas." Acenei para longe suas palavras. "Não estou falando de um mecânico, imbecil. Hopper e Gamble pareciam pensar que você daria um bom empresário. O que você disse para eles?"

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Ele estava bebendo seu refrigerante e engasgou. Seu braço arremessou para fora, e eu peguei o refrigerante antes que derramasse enquanto ele tossia. Oh, isso seria bom. Esperei até que ele se acalmasse e olhei para ele com expectativa. "Ahh." Ele passou a mão pela parte de trás do seu pescoço. Ele sempre fazia isso quando estava nervoso. Com o canto do olho, olhou para mim, envergonhado. "Eu poderia tê-los chamados de idiotas." Eu pisquei. Minha cabeça foi para trás com a força da minha risada. "Você chamou o homem mais rico do estado de Maryland de idiota?" "As pessoas ricas também são idiotas," Ele se defendeu. "Isso é verdade." Eu gargalhei. "Eu pensei que você ia ficar chateado", ele admitiu com tristeza. Em seguida, ele franziu a testa. "Por um minuto, pensei que lhe custaria um acordo." "Se você deu a eles um tempo difícil por algo que você não gostou, e foi o suficiente para fazer-lhes não querer trabalhar comigo, então eu não quero me associar com eles de qualquer maneira." Ele parecia surpreso. "Como você sabe que eles fizeram algo que não gostei?" Senti meus lábios aparecerem. "Foi o segundo piloto, certo?" Seu rosto escureceu. "Nenhuma porra de aviso." Sim. Isso foi o que eu pensei. Trent era um pouco protetor. Tinha sido assim desde a primeira vez que ele tinha me visto dirigir. Eu nem sequer tinha que vê-lo para saber mais. Era apenas algo que eu sentia. Algo que eu inerentemente sabia. Isso costumava me irritar. Fazia-me sentir como se ele pensasse que eu era um maldito maricas que não podia cuidar de mim mesmo. Mas eu podia. Ele não me irritava mais. Eu meio que gostava agora. 107


"De qualquer forma," eu disse, limpando a garganta. "O que você acha? Quer ser meu empresário?" "Você está falando sério?" "Não, idiota. Eu estou brincando com você." "Eu também não sei nada sobre isso." Sua voz estava arrependida. Ele quer fazer isso. Meu estômago revirou um pouco. "Você me conhece. Você sabe como eu dirijo e que tipo de pessoa eu sou. Você pode descobrir todo o resto enquanto nós vamos..." "Em um mundo onde não há regras..." Ele ficou pensativo. "A não ser, é claro, que fosse demais. Eu sei que a minha agenda está prestes a ficar louca, mas a sua já está bastante cheia. Com a fraternidade, terminando a faculdade..." "Eu quero fazer isso." Ele cortou. "Pode haver algumas viagens envolvidas quando eu começar a fazer entrevistas e merda." Eu avisei. Ele acenou com a cabeça uma vez. "Estou dentro." Graças a Deus. O pensamento de sair da cidade por qualquer quantidade de tempo e deixá-lo para trás me fazia sentir doente por dentro. Afastei esse pensamento. "Doce. Provavelmente levará um tempo para as coisas realmente se moverem de qualquer maneira. Gamble tem um monte de chamada a fazer e um monte de portas para abrir." Trent assentiu. "Não vai ser fácil, recebendo todo o dinheiro envolvido que é necessário para, basicamente, iniciar uma nova divisão de corridas." Ele estava certo. Gamble era rico, mas não podia financiar tudo sozinho. Bem, talvez ele pudesse. Inferno, eu não tinha ideia do quão rico era o cara. Mas, mesmo assim, ele ficaria ruim se pagasse tudo e depois eu ganhasse. As pessoas diriam que ele me comprou um título. 108


De jeito nenhum. Além disso, para algo tão grande como isso, para obter toda a exposição que precisava, tinha que haver um monte de jogadores pesados envolvidos. Redes e concessionárias de veículos, corporações e empresas. Tudo o que estava com Gamble e seu povo. Ele começaria imediatamente. Até então, eu deveria fazer o que já estava fazendo: concentrando-me na condução. Oh, e mais uma coisa. Minha sombra. Trent parecia seguir a minha linha de pensamento. Ou talvez fosse o olhar sombrio de repente nos meus olhos. "Quando sua babá deve chegar?" Ele rachou. Dei-lhe o dedo. "Ele não é uma babá." "Desculpe," Trent corrigiu sarcasticamente. "Quero dizer, o piloto profissional que aparecerá na cidade para se sentar no carro com você enquanto você dirige para lhe dar algumas dicas "Pro" e treiná-lo." "Eu não preciso de um treinador", Rosnei. "Ok, então, para ajudar a dar-lhe uma vantagem sobre todos os outros pilotos Indies que provavelmente estarão lutando pelo campeonato." Deus. Parte do acordo com Gamble era eu que dirigiria com alguém de sua escolha para ajudar a aprimorar as minhas habilidades. Ele não queria que eu fosse muito "verde". Eu não me importei com a ajuda, eu não era tão arrogante para pensar que eu não precisava melhorar. O que me incomodava era que eu tinha que "aprender" de alguém que eu nunca conheci. Eu não tinha ideia de que tipo de piloto esse cara seria. Mas eu estava preso a ele. Pelo menos por um tempo de qualquer maneira. "Deve estar aqui depois de amanhã," eu resmunguei. Trent riu. 109


"Acho que isso significa que quando ele chegar aqui você vai ser relegado para o banco de trás." Ele parou de rir. Um olhar irritado cruzou seu rosto. Fez-me sentir satisfeito, quase como se esperasse o ciúme. Agora por que diabos eu iria querer Trent sentindo ciúmes? Minha mente imediatamente foi para o abraço. O abraço. É claro que eu tinha abraçado pessoas antes. Muitas pessoas. Até mesmo caras. Mas nunca assim. No fundo, eu sabia o que isso significava. Eu simplesmente não estava pronto para enfrentá-lo.

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O primeiro carro à venda nos Estados Unidos era um Oldsmobile por $ 650,00!

Trent

Era o domingo de panqueca. Domingo de panqueca = a tradição iniciada por Rimmel (a garota do Romeo), onde toda a família se reunia todos os domingos pela manhã para tomar o café da manhã. No início, eu havia sido incluído por padrão, depois de ter sido amigo de Romeu e Braeden por um tempo. Quando Drew apareceu, pareceu que meu lugar na família se tornou um pouco mais sólido, e eu era esperado em todos os jantares de família, reuniões, etc. Eu não tinha irmãos ou irmãs de nascimento, então tê-los agora, tipo preencheu um vazio na minha vida que eu não havia percebido que estava lá. Basicamente, eu os amava. Na noite passada, eu consegui escapar para dentro da casa Ômega despercebido. O que quase nunca acontecia em uma casa cheia de rapazes universitários. Alguém sempre estava por perto, e estar sozinho não era algo que eu esperava, a menos que eu estivesse no meu quarto com a minha porta trancada. Inferno sim, eu mantinha minha porta trancada. Esses caras eram idiotas. (Da melhor maneira possível.)

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Se eu não trancasse minha porta, eu acordava de manhã com um bigode desenhado no meu rosto, ou pior ainda, um pau. Tom Barris nunca viveria essa merda. As fotos dele com um pau em seu rosto (desenhado com marcador) o assombrariam para sempre. Sendo o presidente não me isenta de merdas assim. Isso me fez ser mais um alvo. É por isso que investi em um bom bloqueio. Já era tarde quando voltamos para a cidade ontem à noite, uma vez que paramos cerca de uma hora fora do caminho para comprar algumas peças do carro em uma grande loja que não tínhamos por aqui. O Fastback necessitava de alguma merda nova depois que Drew empurrou o motor tão difícil no Gamble Speedway. Em seguida, paramos para jantar no Applebee´s nas proximidades. Eu não estava com pressa para voltar de qualquer maneira. Meu impulso de apoiar Jack como presidente causou algumas ondas. E eu não estava ansioso para nadar nelas. Merda, eu estava cansado. Foi bom fugir. Apenas Drew e eu na estrada aberta. Nós fomos para um lugar onde ninguém nos conhecia. Eu não sabia que isso afetaria a forma como interagíamos, mas afetou. Nós estávamos mais relaxados um com o outro... mais abertos. Que por sua vez levava a momentos de constrangimento. Por isso estávamos relaxados e desajeitados um com o outro quase tudo de uma vez. Quando entrei na casa pelo hall de entrada, a sala de estar estava vazia, considerei o meu dia de sorte e subi para o meu quarto, onde fiquei o resto da noite. Isso me deu esperança de sair da casa novamente esta manhã sem aviso prévio. Não tive essa sorte. Antes mesmo de sair da cama, bateram na minha porta, me fazendo gemer. Pensei em fingir que não estava aqui, mas vetei o pensamento quase que imediatamente. Eu não era o tipo de cara que me escondia das coisas. Sim, você é, uma voz falou na parte de trás da minha mente. Isso me deixou ranzinza. 112


Atirei longe as cobertas e abri a porta, enfiei a cabeça para fora. "O quê é?" Era Jack, e ele estava completamente vestido, parecendo muito acordado para uma hora tão cedo em um domingo. Ele olhou em volta, como se não quisesse ser visto fora da minha porta. Que porra é essa? "Você deveria descer", disse ele em voz baixa. "Por quê?" perguntei, certificando-me de que o meu tom combinasse com o dele. Ele balançou sua cabeça. "Con convocou uma reunião na casa. Não quer que você saiba sobre isso." Isso chamou a minha atenção. "Desculpe-me?" Rosnei. Jack deu um passo para trás e olhou para as escadas. "Depressa", ele falou e saiu correndo. Fechei a porta, muito mais calmo do que como me sentia, e corri ao redor (tanto quanto se podia correr em um quarto com quase nenhum espaço), tirando uma calça jeans e uma camiseta de mangas compridas. Deliberadamente escolhi uma com o símbolo Ômega na parte da frente e a palavra PRESIDENTE em negrito na parte de trás. Algo me disse que eu iria precisar de um pouco de ajuda para lembrar as pessoas que EU estava no comando deste lugar. Eu sabia que Conner estava chateado, mas para convocar uma reunião em casa? Nas minhas costas? Que diabos ele estava pensando? E, cara. Será que ele realmente acha que eu não ficaria furioso com ele? Como eu pensei, meu celular estava desligado. Quando o liguei, simultaneamente entraram dois textos de dois membros diferentes da Ômega. Ambos os textos eram variações de, traga sua bunda aqui embaixo! Foi bom ver que Jack não era o único que achava que isso era besteira. Não me incomodei em pentear meu cabelo ou escovar os dentes antes de correr pelas escadas. Considerei minha aparência toda amassada e o bafo de dragão parte do castigo para aqueles que pensavam que poderiam me trair pelas minhas costas. 113


Claramente, isso é o que era. Por que Con convocaria uma reunião e queria que eu não soubesse? As vozes vindas da sala de jantar fizeram meus dentes ranger junto. Eu parto por um dia... "Isso não está certo. Trent deveria estar aqui", disse alguém. "Eu concordo. Que tipo de besteira é essa?" Outro cara entrou na conversa. "Se ele estivesse fazendo o que é certo para a casa, ele estaria aqui. Esta reunião nem sequer seria necessária," Con respondeu, como se fosse à voz da razão entre os homens. Meus punhos cerraram ao meu lado, e eu disse a mim mesmo para relaxar. Indo lá pronto para esmagar a cabeça desse estúpido. Eu precisava saber o que estava acontecendo antes que eu pudesse descobrir a melhor forma de lidar com isso. Eu sabia que uma coisa era certa, porém. Foi uma boa coisa eu não ter apoiado Con para presidente. Esse cara era uma arma. Parei na porta e deixei a minha altura e largura considerável preencher o arco. "Estamos tendo uma reunião?" O silêncio abafado encheu a sala, e senti todos os olhos em mim. Eu não olhei ao redor. Ainda não. Em vez disso, olhei diretamente para Con, que estava em pé no pódio. O meu lugar. Lugar do presidente. "Eu convoquei uma reunião na casa," Con anunciou. Eu não gostava de seu tom arrogante. "É difícil ter uma reunião de Ômega sem o presidente da Ômega", eu disse casualmente. "De acordo com os estatutos da casa Ômega, como está escrito pelos nossos pais fundadores", Conner disse como se tivesse ensaiado esse discurso uma centena de vezes antes, "estou exercendo meu direito declarado sob o Código presidencial de conduta que qualquer membro da casa pode fazer um movimento para ter qualquer presidente votado quando o atual perde sua posição por justa causa." 114


Eu ri. Ele estava tentando me destituir. Que fofo. Eu tinha certeza que o som da minha risada levantou os cabelos de alguns pescoços aqui porque as pessoas começaram a se mover desconfortavelmente e a limpar suas gargantas. "E qual é o motivo que você está alegando ter?" Levantei minha sobrancelha e olhei diretamente para Con. "Deslealdade com a Ômega". Eu ri novamente. Desta vez foi um pouco mais profundo, o som um pouco mais severo. Eu empurrei para fora da porta e dei um passo mais para dentro da sala. "É mesmo?" Eu disse. A confiança que Conner tinha apenas alguns segundos atrás pareceu evaporar-se, e um olhar de dúvida cruzou os olhos. Boa. "Então você acha que fui desleal com esta casa?" Eu disse, certificando-me de que minha voz circulasse através da sala inteira. "Você diz que eu sou de alguma forma um traidor de minha própria fraternidade e, portanto, devo ser destituído como presidente, uma posição que eu ocupo há quase dois anos?" "Ele quer que você saia completamente da fraternidade." Um dos veteranos nas proximidades falou. Cruzei os braços sobre o peito. Estava ficando cada vez mais difícil conter minha raiva. Isso era uma merda séria. Movi-me para o pódio, andando com cuidado deliberado. Quando cheguei lá, eu estava bem atrás de Con, a minha altura excessiva e peso elevando-se sobre ele, e eu gostei. "Você está no meu caminho," eu disse. Ele se mudou. Uma vez no meu lugar no pódio, eu fiz questão de fazer contato com os olhos por alguns segundos com todos na sala. Alguns deles estavam hesitantes em olhar para trás. Eu apenas olhava para eles, até que cedessem.

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Eu não seria empurrado nesta casa. Inferno não. Eu não seria expulso por algum Classman15 inferior com raiva e que estava agindo como se alguém tivesse tirado sua pá da caixa de areia. "Neste dia, a minha lealdade à fraternidade Alpha Ômega, da Universidade Alpha tem sido posta em questão. O acusador, o candidato presidencial Conner Nichols, conforme a Norma três cinco seção um, convocou uma reunião da casa." Olhei de volta para o bosta. "Eu suponho que você planejou uma votação?" Ele assentiu secamente. "Eu gostaria de saber a evidência que você tem para sustentar a minha suposta deslealdade." O rosto de Conner corou. "Você deixou a noite dos irmãos! É uma tradição sagrada e consagrada pelo tempo." "Ah." Eu virei minhas costas para ele. "Esta sexta-feira passada foi à noite dos irmãos. Eu deixei. Surgiu uma coisa, e eu precisava sair. Era a primeira noite dos irmãos que perdi em meus quatro anos nesta fraternidade." Baixos murmúrios a mesa. Conner tomou isso como um sinal de que ele estava perdendo e fazendo-se parecer um idiota. "Isso não é tudo!" Ele disparou. "Ele tem saído muito! Ele coloca outras pessoas, - pessoas que não são membros desta casa a frente de seus próprios irmãos! Como presidente, os homens nesta casa devem vir acima de todos os outros. Este fim de semana foi apenas um exemplo de como você nos colocou em segundo!" Mantive minhas costas para Con, porque eu tinha certeza de que se olhasse para ele, amassaria seu rosto. "Eu não gosto do fato de minha integridade estar sendo questionada aqui." A raiva na minha voz não podia ser perdida. "Passei a melhor parte de dois anos me dedicando a esta fraternidade. Sou o único que construiu o caso contra Zach para tirá-lo. Sou o único que se assegurou de que houvesse provas suficientes para ter certeza de que ele ficasse fora. Passei horas e horas a cada semana indo para reunião após reunião e representando esta casa de uma maneira respeitável. Todos sabem que quando Zach saiu ninguém queria associar-se com a gente. O nome Ômega foi manchado. Eu fui o único que deu a volta por cima. Lutei para nos convidar, para nos levar a eventos onde as pessoas pudessem nos ver fazer 15

Um membro de uma classe; Um colega de classe.

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o bem. Se você quiser questionar a minha dedicação a esta fraternidade, talvez eu devesse pegar o diário oficial. Cada hora que passo no negócio da Ômega está documentado. Se isso não for suficiente, eu ficaria feliz em chamar o reitor, em seu celular pessoal, e perguntar-lhe sobre esta reunião de domingo de manhã e o que ele pensa desta besteira." Meu peito arfava quando terminei de falar. Merda. Eu estava chateado. "Talvez devêssemos ligar para Drew. Pergunte a ele quanto tempo você passa com ele." Conner provocou. Como uma corda desgastada, eu quebrei. Minhas mãos fizeram um som agudo quando dei um tapa no pódio e agarrei as bordas até que a madeira escavou em minhas mãos. "O que diabos você está insinuando?" Rosnei. "Que talvez os irmãos desta casa não queiram ser representados por um Gay." O som ensurdecedor da madeira estilhaçando rompeu pela sala quando o pódio atingiu o chão. Girei tão rápido para enfrentar Conner que a minha visão estava realmente embaçada. Mas eu ainda podia ver o suficiente. "O que você acabou de me dizer?" Eu mordi fora. Seus olhos se arregalaram. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, eu o agarrei pela frente de sua camisa e levantei. Seus pés saíram do chão com facilidade, e ele pendia ali como uma pinhata vazia. Eu não conseguia me conter. Eu era como um trem descarrilado. O som que meu punho fez ao acertar em seu rosto me deu nada além de satisfação. Quando larguei sua camisa, ele caiu no chão, e eu puxei meu braço para trás novamente. Eu estava tão enfurecido que não conseguia pensar. Tudo o que eu podia fazer era sentir. Ferido. Raiva. Confusão. Traição. 117


"Whoa!" Alguns dos veteranos que haviam estado comigo desde o inicio correram e me impediram me puxando pelas costas. Con sentou e pressionou seus dedos contra o corte em sua maçã do rosto. Eu dividi a pele com a força do meu soco. O sangue foi o que me trouxe para baixo, fora da borda. A visão do material vermelho escorrendo de seu rosto e do olhar dele na ponta de seus dedos. Eu não me arrependo. Como diabos eu faria. Eu queria, eu coçava para socá-lo novamente. Mas uma vez poderia ser considerada uma falta de juízo. Duas vezes seria considerada uma escolha. "Eu estou bem", eu disse para os caras me segurando. "Eu estou em ordem." Relutantemente, eles me soltaram, mas ficaram ao meu lado. Me virei para o resto dos homens todos sentados lá e observando com interesse. "Está claro para mim que o verdadeiro traidor nesta casa é o idiota que está tentando fazer com que eu seja expulso secretamente. Acho engraçado que ele não tenha encontrado falha nenhuma com a minha liderança até sexta-feira a noite, quando apoiei Jack para a presidência, não ele." Outro murmúrio percorreu a sala. "Mas eu divago. Vocês me querem fora, é a sua convocação. Só sei que não estarei por perto para limpar a bagunça que ele irá fazer no próximo ano como eu fiz quando Zach saiu." Para o cara perto de mim, eu disse: "Ponha isso em votação." Ele limpou a garganta e deu um passo para frente. "Todos aqueles a favor de destronar o atual presidente da Alpha Ômega, digam sim." Ninguém disse merda nenhuma. Fiz questão de esperar vários minutos, longos e silenciosos, para deixar claro como o dia que Conner era um completo perdedor. "Isso é besteira!" Ele cuspiu e levantou-se. "Todos aqueles a favor de retirar Conner como candidato presidencial para a próxima eleição, digam sim", eu falei ao longo da Sala. 118


Todos levantaram as mãos e falaram. Olhei para Con. "Você está fora." "Você não pode fazer isso!" Ele gritou como a cadela que era. "Já que você parece tão familiarizado com os estatutos e códigos desta fraternidade, estou certo de que você está bem ciente de que eu posso." "Você não pode me expulsar!" "Você não está fora", eu disse suavemente. "Você ainda é um irmão, mas você não vai ser presidente desta casa." Ele começou a dizer algo, mas fiz um movimento cortante no ar com a mão, e ele se encolheu. "Agora temos apenas um candidato a presidente da casa", eu disse. "Há alguém que gostaria de lançar seu nome no ringue para a eleição? Você será bem-vindo." Conner riu. "Você está de brincadeira? Todo mundo está com medo de você agora!" "A única pessoa que deveria ter medo de mim é você", eu respondi. "Isso foi uma ameaça!" "Eu não ouvi nenhuma ameaça", o cara ao meu lado disse. Todos começaram a dizer o mesmo. "Alguém?" Eu perguntei após alguns momentos. Ninguém avançou. Olhei para Jack. "Isso significa que Jack será nosso próximo presidente. Espero que você esteja pronto para o trabalho." "Eu vou fazer o meu melhor", ele falou. Conner começou a falar novamente. "Tire-o fora da minha vista!" Eu gritei. Ele foi levado embora. “Nós ainda vamos realizar uma votação formal para torná-lo oficial", eu disse para os homens restantes na sala. "E vou começar a orientá-lo agora." 119


Todos concordaram e mudaram de posição, como se não soubessem o que fazer. Limpei a garganta. "Eu gostaria de agradecer a todos aqui por sua lealdade hoje. Vocês fizeram a coisa certa por não segui-lo. Estou pensando que é drama suficiente para um dia. Reunião encerrada. Aproveitem o que sobrou de seu fim de semana." Ninguém saiu da sala. Era como se todos estivessem colados no lugar. Olhei para o pódio rachado. "Nós vamos cuidar disso", meus amigos ofereceram. "Obrigado. Só vou pegar um pouco de ar. Já volto." Eu saí da sala, meu pescoço formigava enquanto eu caminhava. Assim que virei o corredor para a porta da frente, as pessoas começaram a falar. Eram sussurros baixos. Alguns animados e alguns cheios de temor. Eu ouvi a palavra "gay" sussurrada por mais de um homem. Caminhei pela porta da frente para o ar frio da manhã. Eu meio que senti o que Con acreditava na sexta-feira quando me disse para dizer oi para Drew. Essas palavras inocentes falavam com tanto significado subjacente. Eu o ignorei. Pensei que ele estava apenas sendo um idiota. Eu nunca pensei nisso como uma ameaça. Não só a cabeça de pica-pau havia tentado me expulsar da minha própria fraternidade, mas ele também disse a todos que eu era gay e disse usando uma linguagem que me fez estremecer. Eu não sou gay. Puxei meu celular do meu bolso de trás e mandei uma mensagem para Drew. Não posso ir para o café da manhã. Negócios da fraternidade. Tudo bem? Ele mandou uma mensagem de volta. Sim. TTYL16. 16

"Talk to You Later" (falo com você mais tarde)

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Depois da minha resposta concisa, desliguei meu celular e guardei de volta no bolso. Eu não quero falar com ninguém agora. Especialmente Drew. Eu não sou gay. Exceto... talvez eu fosse.

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Los Angeles tem três vezes mais carros do que pessoas. Então por que demora tanto tempo para obter uma entrega de pizza?

Drew

O trabalho do dia era o equivalente real a um Ceifador sugador de alma. Todas as manhãs eu levantava e colocava a minha calça e a camisa. Eu tinha uma gaveta cheia de gravatas com listras e padrões de "profissionais". Eu odiava usar uma gravata. Qual era o ponto? Como um pedaço de seda em volta do meu pescoço me faria mais capaz de fazer o meu trabalho? Senti-me mais como um laço. Alguns dias, quando comecei a trabalhar e o chefe não estava lá, eu tirava e empurrava para minha gaveta. E todos os dias, eu usava minha jaqueta de couro no escritório porque pelo menos ela me fazia sentir um pouco mais como eu. Estava ficando cada vez mais difícil de levantar todas as manhãs e ir para um trabalho que eu realmente odiava. Ok, para ser justo, eu não odiava o trabalho real. Eu não me importava de mexer em computadores. Eu era bom nisso. Mas fazê-lo durante o dia todo, todos os dias, ao som das instruções de outra pessoa? Uma porra de tortura. Eu precisava desse trabalho. Ele paga bem, mesmo para uma posição básica, não era uma empresa chique como o meu pai queria que eu trabalhasse. É por isso que eu 122


fiquei. Com o salário que era pago, eu era capaz de cobrir a parcela do aluguel, manter a casa, e ainda sobrava muito, que eu podia colocar no meu carro. Admito, eu provavelmente não teria tanto dinheiro para o carro se eu tivesse que pagar um aluguel real. Especialmente por uma casa como a que eu vivia. Uma de quatro quartos, dois andares em um dos melhores bairros do estado inteiro. Tínhamos nossa própria academia, uma cozinha atualizada, sala de estar grande com uma lareira e um quintal cercado. A entrada era grande o suficiente para todos os nossos carros, e havia ainda espaço na garagem para eu armazenar todas as ferramentas e merda que eu usava no Mustang. Claro, eu gostaria de poder estacionar o meu carro na garagem, mas é aí que o Hellcat verde-limão de Romeo era mantido. Eu não estava louco por isso, no entanto. O cara pagou um ano inteiro do aluguel adiantado e, em seguida, mudou-se com toda a família (exceto Trent). A única coisa que todos nós dividimos era os utilitários. Então, sim, eu tive sorte porque eu tinha um monte de sobras para o meu carro e porcarias. Eu não tinha certeza de quanto tempo mais estaríamos vivendo aqui, no entanto. Romeo e Braeden estavam construindo alguma grande casa que eles estavam chamando de "complexo". Era um lugar enorme com um muro ao redor de toda a propriedade (que tinha vários acres). Para realeza. Sendo que ambos eram jogadores de futebol profissionais, agora, a minha irmã tinha sua própria coluna pessoal na revista e um canal popular no YouTube (tudo sobre moda e coisas de mulher), a imprensa nunca os deixava sozinhos. Assim que Ivy anunciou que estava grávida da minha sobrinha (uma total surpresa, por sinal), os planos para o complexo passaram para o topo da lista, porque todos concordaram que era necessário privacidade e proteção. Rimmel, a esposa de Romeo, havia passado por muita merda ao longo dos anos, e Romeo era como um leão louco cheio de filhotes quando se tratava de protegê-la. Mesmo que eles não tivessem filhos, a imprensa a perseguia, seguindo-a ao redor e, às vezes, vigiavam o abrigo de animais em que ela trabalhava, apenas esperando por uma foto de uma "barriga de grávida", que ela não tinha.

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Inferno, mesmo na panqueca de domingo, estava ficando difícil ter uma refeição em família, porque minha família era um bando de celebridades. Assim que a casa estivesse pronta, este lugar não seria mais necessário, então eu não tinha certeza para onde eu iria. Provavelmente alugaria o meu próprio apartamento ou talvez uma casa de um quarto com uma garagem para o meu carro. Eu estava colocando de lado o dinheiro de cada cheque de pagamento para que eu tivesse uma quantidade razoável guardada para um depósito e porcarias. Acho que Ivy assumiu que eu viria para o complexo com ela e a família. Eu não sabia de que estava nas cartas para mim. Eu não queria impor aos casais. Às vezes, eu me sentia como uma quinta roda. Não que eu diria a minha irmã. Ela me daria uma palestra. Eu sentiria falta do bebê, mas... Minha sobrinha roubou totalmente o meu coração desde o dia em que nasceu. Eu nunca liguei para crianças, mas ela não era apenas uma criança. Nova me envolveu em torno de seu pequeno dedo-rosa. Às vezes eu ficava de plantão com ela para que B e Ivy pudessem sair e ficar sozinhos. Eu gostava, embora. Ela era uma boa ouvinte, e ao contrário da maioria das mulheres, ela nunca me deu uma porcaria. Achei que isso poderia mudar quando ela começasse a falar, mas eu ia aproveitar enquanto pudesse. Talvez depois que Trent se formar, eu veria se ele queria dividir um aluguel comigo. Ele estava quieto ultimamente. Eu mal falei com ele desde que voltamos do encontro com Gamble. Ele mandou uma mensagem se esquivando das panquecas de domingo, e eu não tinha falado com ele o resto do dia. Quando mandei uma mensagem para ele esta manhã, ele não havia respondido, então liguei. Foda-se o quão cedo o relógio disse que era. Ele sempre respondia os meus textos.

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Eu não percebi o quão tenso que eu estava até que sua voz rouca, meio adormecida entrou na linha. Mesmo que ele estivesse sendo um bastardo ranzinza, apenas ouvir sua voz me relaxou. Nós não conversamos muito porque ele ainda estava meio adormecido (e malhumorado) e eu tive que ir trabalhar e proteger a minha alma. Perguntei-lhe se estava tudo bem. Ele disse que estava. Eu não tinha certeza se acreditei nele. Algo estava acontecendo. E eu queria saber o que era. Olhei para o meu telefone várias vezes hoje. E o relógio. Eu conhecia a programação de T. Somos amigos por tempo suficiente para eu conhecer a sua rotina diária. Toda vez que eu sabia que ele estava entre as aulas, almoço, ou provavelmente sem fazer nada, eu pegava o meu celular. Eu o larguei no lugar, no entanto. Eu não mandei um texto para ele. Eu não liguei. Ele também não. Ele estava me evitando. Eu estava começando a pensar que eu estava evitando ele também. Talvez seja por isso que eu estava ainda mais mal-humorado hoje. Talvez não fosse apenas o laço em volta do meu pescoço, esta estúpida mesa, o brilho intenso do computador de mesa na minha frente, e o café de merda no meu cotovelo. Poderia muito bem beber um cinzeiro. "Sério, caramba!" Eu gritei por cima do meu cubículo. "Quem fez este café?" A única resposta foi algumas risadas abafadas e alguns acordos murmurados. Na minha pausa para o almoço, eu folheei a última edição da GearShark e li o artigo sobre Roger Bones, o novo rei da NASCAR. Também não ajudou no meu humor. Quanto mais animado eu estava para a nossa nova revolução em corridas e trazendo a corrida subterrânea para fora do escuro, mais irritado eu me sentia em relação aos profissionais. 125


Havia uma linha clara traçada entre os dois grupos. De um lado viviam os pilotos profissionais, carregados com patrocinadores e dinheiro. Eles têm os holofotes e toda a atenção. Em seguida, do outro lado estavam todos os pilotos Indies como eu. Nós não éramos "profissionais" porque não tínhamos o dinheiro e o apoio de grandes empresas. Porque minha jaqueta de couro não tinha um milhão de logos para provar o meu valor, eu não valia um centavo. O que é um duplo padrão. Eu fazia o trabalho. Dirigi mais do que os prós17. Eles não tinham tanto tempo de pista como eu que corria nas ruas todas as semanas. Eles provavelmente não faziam o trabalho em seus próprios carros, porque eles tinham uma equipe para fazer isso para eles. Eles não tinham que chegar lá e falar com a equipe de homens que trabalhavam nas pistas, etc. porque eles já tinham toda atenção que precisavam. Era um monte de bosta. Eu não podia esperar até que as Indies pudessem provar. Não, nós não estaríamos dirigindo contra os motoristas profissionais, porque estávamos em uma divisão diferente. Mas talvez um dia. Até então, seria doce o suficiente para fazê-los compartilhar os holofotes. Eu me perguntava se Gamble, já estava fazendo a bola rolar. Eu estava ansioso para começar. O quanto mais cedo fizéssemos isso acontecer, mais cedo eu poderia sair de trás desta mesa. Minha babá deveria estar aqui esta noite. Eu não sabia nada sobre ele, exceto que seu nome era Joey. Eu esperava que ele não fosse um piloto esnobe que pensava que era melhor só porque era um profissional. Se esse fosse o caso, ia ser uma longa semana de merda. Ou o tempo que ele deveria estar grudado comigo. Trent sabia que o cara viria hoje. Ele não tinha dito nada sobre isso. Será que ele simplesmente não se importava mais? Talvez ele esteja apenas ocupado. Relaxe, cara. 17

profissionais

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Deus. Eu estava agindo como uma maldita mulher. Ele ligaria quando pudesse. Ele tinha uma agenda lotada. Dez minutos antes de terminar o meu expediente, desliguei os programas que tinha aberto e o meu computador. Fiz um show ao endireitar a minha papelada e arrumar a mesa e folheei um pouco mais as páginas da GearShark antes que o relógio finalmente atingisse às cinco. Pulei para fora da minha cadeira de escritório com mais emoção do que mostrei o dia todo, agarrei meu paletó, e caí fora. No estacionamento, tirei o nó da gravata e deixei pendurada em meus ombros. Depois que desabotoei os botões no meu pescoço, rolei as mangas até os cotovelos e empurrei minhas mãos pelo meu cabelo, baguncei tudo um pouco. Eu já estava me sentindo mais como eu mesmo. O Fastback estava estacionado perto do prédio, e eu parei para tirar meu paletó, e trocá-lo pelo meu de couro. Antes de tirar, verifiquei meu telefone. Ainda sem chamadas ou textos. No caminho para casa, coloquei a música tão alta quanto eu podia e fechei a janela para que o ar frio girasse no interior. Se fosse verão, eu estaria com todas as janelas abertas. Nada melhor do que uma estrada aberta, música alta, e o ar fresco chicoteando através do carro. Era liberdade completa. Quando dobrei a esquina de casa, o Mustang estremeceu um pouco, seguindo a minha súbita reação ao carro desconhecido estacionado. Desconhecido de uma forma familiar. O Skyline amarelo-neon era inconfundível. Eu só havia corrido contra ele no fim de semana que ele apareceu na pista do nada. E desapareceu com a mesma rapidez. Sem introdução. Sem saudação. Nada. Quando perguntei sobre o piloto, Gamble sorriu e me disse que ele seria meu mentor. 127


Eu não podia dizer exatamente quem ele era, embora eu realmente quisesse. A última pessoa de quem eu queria aprender alguma coisa era de algum panaca que achava ser bom demais para se apresentar a mim. E ele pilotava como um idiota. Um idiota rápido, mas tudo a mesma coisa. Bem. O cara podia dirigir. Eu mal consegui manter o ritmo. Ele era, provavelmente, arrogante sobre isso também. Desde que não tive escolha, parei na entrada, ao redor do Skyline (evitando olhar para ele), e estacionei no meu lugar habitual. A doce caminhonete fantasia de B estava na garagem. Ela era impecável. Eu tinha certeza que ele ainda tinha tesão quando olhava para ela. Foi um presente de Natal de todos. Quando Ivy me perguntou que tipo de caminhonete seria bom para seu marido, eu brinquei e apontei para um que era raro, caro, e foda. Eu nunca pensei que ela ficaria com um. Eu realmente deveria saber melhor. Tudo o que ela teve que fazer foi bater seus olhos para Romeo e a caminhonete apenas apareceu. Romeo tinha seriamente alguma influência na vida. Não havia nada que eu tenha o visto querer ou desejar que não conseguisse. Olhei pelo retrovisor e vi a forma de alguém sentado no banco do motorista. Claramente, eles estavam esperando por mim. Resisti à vontade de bater a cabeça no volante e saí. Eu não tinha pressa para ir ao carro (que era claramente bem cuidado). Em vez disso, levei o meu tempo, como se estivesse dando um passeio. O céu estava no crepúsculo, à luz do dia desaparecendo rapidamente. Na próxima meia hora ou assim, o céu estaria totalmente escuro. Eu estava pronto para o verão. Noites quentes. Dias longos. A porta se abriu, e eu parei de andar, me preparando para esse cara. Dois pés pequenos tocaram o chão, e minha testa enrugou. Observei, fascinado, quando a pessoa deu a volta na porta e bateu fechando.

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Meus olhos viajaram das pernas cobertas de jeans preto, quadril arredondado, cintura fina, e a minha boca se abriu quando olhei para o par de mamas perfeitos como globos. "Você vai engolir moscas," disse a estranha, com diversão clara em sua voz. Sim. Ela. Era uma mulher. Forcei meus olhos para fora de seu peito (que era seriamente impressionante) para o rosto dela. Pisquei. "Você é uma garota." Seus dentes brancos retos brilharam sob os lábios pálidos. "Que bom ter notado." Ela tinha a pele cremosa, suave e uniforme. Não era muito pálida, mas também não era muito bronzeada. O rosto dela tinha a forma de um coração, as maçãs do rosto largas e altas. Seu queixo era ligeiramente pontudo, mas havia uma fenda fraca no centro. Ela me olhava com humor aberto através dos olhos verdes com cílios impossivelmente escuros. No topo de tudo isso estava o cabelo dela. Ela tem muito cabelo e é escuro, não completamente preto, mas muito escuro para ser apenas marrom. Era longo e encaracolado, meio selvagem, como se ela também gostasse de dirigir com as janelas abertas. Suas pernas longas e bem torneadas se aproximaram, trazendo-a para perto. A mulher era bastante alta, mais alta do que todas as mulheres da minha casa. Ela provavelmente estava perto de 1,70cm. Fiquei ali ainda atordoado enquanto ela estendia a mão e empurrava o meu queixo, fechando minha boca, que estava totalmente aberta. "Pensei que Joey viria", eu disse. Ela sorriu e colocou a mão entre nós. "Eu sou Josephine. Joey para abreviar." Coloquei minha mão na dela e apertamos. "Esse é o seu carro?" Fiz um gesto para o Skyline. 129


"Esse é o único." "Era você que estava dirigindo no outro dia?" perguntei cético. Ela sorriu novamente. Eu estava começando a pensar que era um mau hábito dela. "Fumei você." Fiz um som de escárnio e puxei minha mão para trás. "Como o inferno que você fez!" Ela riu totalmente emocionada que me deixou puto. "Não se preocupe." Ela bateu no meu peito. "Você se saiu melhor do que a maioria. Mesmo com um carro que..." Agarrei sua mão do meu peito e resmunguei. "Você insulta o meu carro e eu vou chutar a sua bunda." Ela apertou a mão em seu peito e piscou seus olhos verdes. "Será que ninguém te ensinou a não falar com uma senhora desta maneira?" Revirei os olhos. "Algo me diz que você pode lidar com isso." "Então, ah..." Ela apontou para minhas roupas. "Vestindo calças e couro. Eu gosto disso." "Acabei de sair do trabalho," Eu recuei. "E posso ver a batalha acontecendo entre o seu trabalho real e o que você quer." Irritei-me. "Dirigir é um trabalho real. Só porque eu não tenho um patrocinador chique como você." "Calma, garoto." Ela assobiou. "Eu estava brincando." "Os verdadeiros pilotos não brincam sobre corridas." Seus lábios franziram, e ela me estudou. Eu olhava para ela calmamente. Ela não era realmente o que eu esperava esta noite. "Ele estava certo," ela declarou. "Quem?" Eu exigi. "Gamble. Ele disse que você tem o que é preciso para atrair toda uma base de fãs." Bufei. Aprendi com a minha encantadora irmã Rimmel. "E o que é isso?" 130


"Paixão. Você tem isso. Muito disso." "E o que você acha sobre o Indie estar tendo uma chance em seu próprio esporte popular?" Eu desafiei, levantando uma sobrancelha. Debaixo de seus lábios, sua língua deslizou sobre seus dentes enquanto ela me encarava. "Honestamente?" Ela falou, e eu preparei-me para um comentário totalmente imbecil. "Estou com ciúmes." Eu pisquei. Não era isso que eu esperava. Eu parecia estar pensando muito nela. "Vamos de novo?" Perguntei. Ela encolheu os ombros. "Uma divisão de corridas totalmente nova? Sem regras, começando do zero para torná-lo o que você quer que ele seja? Parece incrível." Suas últimas palavras foram ditas em um suspiro melancólico. "Acho que a maioria dos pilotos diria que sua atitude parece incrível." "Sim, nada como ser ordenado a ir para o outro lado do estado para ensinar alguém a dirigir, que não precisa ser ensinado e que claramente não quer você por perto." Droga. Que estava no local. Eu sorri. "Você acha que eu não preciso ser ensinado?" Ela revirou os olhos. "Você sabe dirigir", ela permitiu. "Mas você definitivamente tem coisas para aprender. Você é como um curinga ao volante." Encarei isso como um elogio. "Vamos." Fiz um gesto e fui em direção à porta da frente. "Eu preciso tirar esse uniforme." Fui em frente para abrir a porta, e eu senti totalmente ela examinando a minha bunda. "Apreciando a vista?" Eu perguntei. "Já vi melhor", ela respondeu. Eu ri alto. Pelo menos ela não negou que estava olhando.

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Dentro, eu tirei os meus sapatos (que foram, obviamente, projetados por Satanás) e fiz sinal para ela fechar a porta. Pendurei meu casaco nas proximidades e puxei meu celular do meu bolso, verificando a tela por quaisquer mensagens. Nenhuma. A palma da minha mão caiu sobre a parte de trás do meu pescoço, e eu esfreguei a tensão ali. O som de unhas clicando sobre a madeira me fez sorrir, e guardei meu celular apenas quando Prada (a Chihuahua da minha irmã) saltou para dentro do quarto, vestindo um tutu cor de rosa. No segundo em que ela viu Joey, começou a latir e rosnar como se fosse comê-la. "Boa menina!" Eu disse a ela e dei um tapinha em sua cabeça. "Engraçado," Joey respondeu e agachou-se, oferecendo a mão para Prada. Para minha surpresa, o cão parou de latir e se aproximou dela com cautela. "Os animais me amam." "Forrester, entre aqui!", Gritou uma voz da cozinha. Eu sorri. "Vamos. Vou apresentá-la ao meu cunhado." Ele iria comê-la viva, e seria tão divertido de assistir. Braeden estava de pé na cozinha com Nova em seus braços. Parecia que ele havia terminado de alimentá-la, porque havia comida por todo o balcão e sobre ele. Mas não havia manchas no pequeno anjo em seus braços. "Você precisa de um banho," eu disse a ele. Nova sorriu para mim, suas bochechas gordas de bebê arredondando ainda mais. "Aí está a minha menina!" Eu disse. Ela inclinou seu corpo em direção a mim, e eu a arranquei dos braços de B. Quando o bebê se aconchegou contra o meu ombro por alguns segundos, meu coração sentiu-se completo. "Dando o inferno para seu pai eu espero."

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Ela levantou a cabeça e olhou para cima. Seus olhos eram azuis como os meus. Eu dizia que ela os puxou de mim e não de sua mãe. Eles eram cobertos de cílios escuros, e seus cabelos macios em sua cabeça eram completamente escuros também. Ela puxou o seu pai. Ela estava usando algum tipo de tiara na cabeça. Era listrado de preto e branco e tinha uma flor gigante dourada na lateral. As calças que cobriam a parte inferior eram listradas de preto e branco e sua camiseta era branca com uma grande hashtag dourado no centro. Claramente, Ivy tinha vestido dela. Eu beijei suas bochechas, enquanto apoiava a sua cabeça, e ela riu. B limpou a garganta e olhou para Joey. Ela não esperou que eu a apresentasse. Em vez disso, ela se adiantou e ofereceu a mão. "Eu sou Joey, o piloto aqui que vai ensinar Drew." Oh Deus. Aqui vamos nós. "Aww merda!" Braeden gargalhou. "Drew está sendo ensinado por uma mulher?" Ele rachou e voltou-se para mim. "Cara. Você está sendo educado por uma garota." Cobri os ouvidos de Nova e articulei as palavras, Foda-se, para ele. Braeden riu e olhou para Joey. "Sou Braeden, casado com a irmã de Drew. Criador desse pacote de fofura logo ali." Ele apontou para Nova. Joey sorriu. "Ela é definitivamente linda." "Isso é porque a minha irmã a fez." Eu corrigi. "Onde ela está afinal?" "Filmando um vídeo para o seu canal", Braeden respondeu, jogando os pratos que ele usou na pia. "Ela está tentando adiantar, então quando eu voltar a treinar, ela terá mais tempo livre." "O que você faz?" Perguntou Joey. Eu ri. "Ele é um jogador de futebol dos Knigths." "Certo", disse Joey. "Eu deveria ter sabido isso, eu acho." "Não há razão." B deu de ombros. Eu sabia sem ele dizer que estava feliz que ela não tinha ideia de quem ele era. 133


Como regra geral, não trazíamos estranhos ao redor da casa. Sempre. Era muito difícil confiar nas pessoas. A maioria delas só queriam um pedaço dele ou Romeo. Ou as meninas. Pelo menos agora sabíamos que não seria um problema ter Joey por perto, desde que ela ficaria por um futuro previsível. "Ei, você se importaria de cuidá-la enquanto salto no chuveiro?" Ele apontou para sua camisa, que estava coberta de comida para bebês. "Alguém não gostou do seu jantar." Ele olhou furioso para Nova. Ela riu. "Claro, homem vá em frente. Depois, vamos sair." Braeden parou na porta. "Onde está o Trent?" Eu não era o único que notou a sua ausência. "Coisas acontecendo na fraternidade", eu disse. "Eu mandei uma mensagem para ele e ele não respondeu. Romeo também." Ele continuou. "É melhor você dizer a ele que se ele não responder em breve, vamos passar lá e bater na sua bunda." Concordei, mas não disse mais nada. Eu não sabia mais o que dizer. Quando B se foi, Joey falou. "Trent é o seu empresário, certo? O cara da pista no outro dia?" "Sim", eu respondi, indo até a geladeira pegar água. Eu realmente queria uma cerveja. Mas isso era um mal exemplo para a pequena dama em meus braços. Além disso, nós provavelmente estaríamos dirigindo hoje à noite. "Gostaria de conhecê-lo", disse ela, sentando-se na ilha. Dei-lhe uma água. "Claro", eu disse, animando-me um pouco. "Logo que B terminar, podemos ir até onde ele mora. Adoraria apresentá-lo." Eu não estava realmente fazendo isso por ela. Eu estava usando-a como uma desculpa para ir até lá. Só para vê-lo. Uma vez que eu me certificasse de que ele estava bem, eu poderia voltar a evitá-lo. 134


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Até mesmo os criminosos têm boas maneiras. O famoso casal de criminosos, Bonnie e Clyde, uma vez escreveram uma carta de agradecimento a Henri Ford pela confiabilidade e o desempenho de seus carros.

Trent

Semana do inferno. Acontece que domingo foi apenas o começo da tempestade de merda sobre a minha vida. Entre as aulas e os deveres Ômega, Con continuou agindo como uma vadia. Bem, desculpe-me. De acordo com ele, eu era a cadela. Como a cadela de outro homem. Ele nunca disse isso quando outras pessoas estavam por perto. Ele só me insultava com palavras que minha mãe teria esbofeteado as sobrancelhas do meu rosto por usar quando eu era o único ao alcance da sua voz. Quando outros irmãos estavam por perto, ele agia como se nada tivesse acontecido, como se ele nunca tivesse tentado me derrubar e como se eu nunca tivesse dividido o seu rosto com o meu punho. Me cocei para fazê-lo novamente. Só que desta vez, eu não iria parar com apenas um soco. Eu não pararia até que me sentisse melhor. Eu não podia. Tudo o que eu faria era dar-lhe munição para usar contra mim. Batendo nele poderia realmente lhe dar um motivo para ir reclamar com o reitor sobre isso. Tanto

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quanto eu odiava o cara, eu preferiria comer merda fresca (Que era muito pior que a merda do dia) do que dar-lhe esse prazer. Suas palavras e provocações me incomodavam. O que, por sua vez, me incomodou mais. Normalmente eu não dava a mínima para o que alguém me dizia. Eu era um cara confiante. Eu era forte e silencioso. Eu era seguro o suficiente para que as palavras das pessoas me fizessem mal. Ser insultado sobre ser gay não deveria me incomodar. Mas incomodava. Foda-se, parecia um ferro quente escaldante sendo conduzido direto em minha espinha. Doeu porque eu não estava seguro nisso. Eu neguei a maneira que me sentia por tanto tempo. Eu empurrei os sentimentos para dentro de mim porque me assustavam muito. Porque pensei que eles estavam errados. Eu não podia mais fazer isso. Eu não podia continuar mentindo para mim mesmo. Estava me rasgando por dentro. Mas só porque eu estava admitindo para mim mesmo que sim, eu provavelmente era gay, não significava que eu estava pronto para contar a alguém. Eu não queria falar sobre isso. E certamente não queria ser provocado. Eu sabia que as pessoas da casa estavam falando. O plano de Con para me destronar pode não ter funcionado, mas aparentemente, sua acusação de que eu era gay não foi tão difícil de convencer as pessoas. Algumas pessoas me trataram exatamente como sempre fizeram. Senti uma nova apreciação por aquelas pessoas. Outros me olhavam com pena nos olhos, como se eu tivesse algum tipo de doença horrível que não poderia ser curada. Isso me irritou. Talvez eu fosse gay. E daí? Eu ainda era o mesmo cara que tinha sido a minha vida inteira. Eu ainda era um jogador de futebol. Eu ainda era presidente da Ômega. Ainda amava carros e odiava filmes de romance. 137


É aí que a confusão começa. Eu ainda era o mesmo. Irrevogavelmente. Isso significava que eu realmente não era gay? Eu namorei mulheres toda a minha vida. Porque é o que você deveria fazer. Eu gostava de sexo com mulheres. Não tanto quanto deveria. Estes sentimentos estavam se tornando mais difíceis de negar. Por causa de Drew. Parei meu Mustang na garagem da casa da fraternidade. As aulas da semana haviam acabado, e eu planejei ficar quieto neste fim de semana. Eu não saí imediatamente depois que desliguei o motor. Olhei através do para-brisa pelo amplo quintal ao redor da casa de pedra. Eu tinha certeza que estava apaixonado, por Drew. Como no amor com ele. Tentei não estar. Era uma batalha perdida. Quando ele apareceu aqui no início da semana com o seu novo "mentor," tudo o que eu sentia por ele tornou-se inegável. Ele era uma mulher. Gamble não apenas enviou qualquer motorista. Ele enviou uma mulher. Ela era uma motorista durona. Ela também era incrivelmente linda. No segundo em que ela saiu do lado do passageiro do Fastback e sorriu para Drew, eu fui golpeado. Fiquei louco por vê-los juntos. Joey era basicamente uma versão feminina de Drew. Complemento perfeito. Ela tinha um cabelo muito escuro e selvagem, olhos brilhantes, e um corpo de tirar o fôlego. Eu não estava atraído por ela. Eu estava muito ocupado odiando-a. Joey era tudo que Drew queria em uma garota, e eu não era. 138


Inferno, eu nem era do gênero certo. Eu podia dizer pelo jeito que ele estava com ela, Drew estava interessado. Isso balançou minhas entranhas. Retirei-me como um covarde para lamber minhas feridas, afundar-me ainda mais nas sombras escuras do isolamento. Evitei Drew, o máximo que pude. Evitei Romeo e Braeden, Ivy e Rimmel. Eu até evitei Nova. Isso machucava. Doía me separar das pessoas que eu havia feito minha família. Mas eu não podia estar ao redor delas e não ver Drew. Eles saberiam que algo estava errado. E eu não estava pronto para contar a ninguém. Porra, eu mal conseguia admitir isso para mim. Eu ia perder a minha família por causa disso. E meu melhor amigo. Eu vou me formar na faculdade e seguir em frente. Eles iriam embora. E eu estaria sozinho. Baixei a cabeça para trás contra o assento e olhei para o tecido cinza no teto. Eu não sabia o que fazer. Talvez não seja só Drew, uma voz sussurrou no fundo da minha cabeça. Sentei-me, intrigado com o pensamento. Talvez eu fosse atraído por outros caras também, como outros homens gays. Homens que compreendem o que eu estou sentindo. Homens que já estiveram onde eu estava. A verdade é que eu não estava lutando por ser gay. Eu estava lutando por estar apaixonado pelo meu melhor amigo. Isso estragaria tudo, toda a minha família. Mas se eu amasse outro homem... Eu poderia manter minha amizade. Eu poderia manter a minha família. Pela primeira vez durante toda a semana, senti como se talvez houvesse alguma esperança.

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Eu precisava testar essa teoria. Eu precisava ver o que era estar ao redor de outros homens, para ver se eu podia sentir algo por alguĂŠm que nĂŁo fosse o meu melhor amigo. Peguei meu celular e comecei a procurar.

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A primeira corrida de Americam car foi no ano de 1895 e a velocidade de paragem foi de 11km por hora. Estamos em GearShark acho que o nosso modelo de capa, Drew Forrester, cairia de condução dormindo em paz.

Drew

Duas vezes. Essa é a quantidade de vezes que vi Trent essa semana. Uma vez, quando apareci para apresentá-lo a Joey e outra vez há alguns dias atrás, quando parei para lhe dar uma peça do carro que eu pedi para o Mustang. Ele estava saindo, então eu literalmente entreguei-lhe a peça, trocamos algumas estúpidas gentilezas como estranhos, e, em seguida, ele saiu. Então, basicamente, eu não tinha visto ele de forma alguma. Sua reação a Joey não era o que eu esperava. Ele estava atordoado no início, é claro, por ela ser uma menina. Todos nós realmente esperávamos um cara. Eu sei. Que é coisa machista a se dizer. Mas em minha defesa, quase não havia pilotos de corrida femininos no circuito profissional e quase tão poucos no mundo Indie. Só não era comum. Ela podia dirigir. Ela provou isso no primeiro dia na pista e, em seguida, inúmeras outras vezes essa semana quando saíamos pilotando. Ela era basicamente o inferno de salto alto. 141


Sim. Ela dirigia de saltos. Ela era uma coisa. Eu estava pensando em convidá-la para sair. Quero dizer, por que não? Ela era quente, dirigia como um badass18, e tinha uma boca inteligente. Eu gostava dela. Mas algo me segurava. Cada vez que eu pensava em ver se ela estaria interessada em assumir mais do que os carros para um passeio, eu não fiz. Ela era uma espécie de colega de trabalho. Seria pouco profissional namorar um colega de trabalho. Mesmo em um mundo onde não havia regras e ela estaria voltando de onde ela veio, em breve. Talvez não fosse porque ela era uma colega de trabalho. Era outra coisa. Algo que me deixava desconfortável e meio torcido para pensar. Como eu deveria pensar sobre isso de qualquer maneira quando tudo o que eu podia pensar era em dirigir e a falta da presença de T? Estávamos definitivamente evitando um ao outro. Foi ele que começou. Mas eu não havia tentado descobrir o porquê. Eu também estava participando da ‘coisa de evitar’. Eu sentia falta dele. Como se alguém houvesse feito um buraco na minha vida, no meu peito. O ar frio assobiava através dele constantemente, criando, uma dor estranha e aflita. No fundo, eu suspeitava porque estávamos dançando em torno de si dessa forma. Talvez eu devesse admitir isso para mim. Diga as palavras dentro da minha própria cabeça. Experimente-as. Eu não estou preparado. "Terra para Drew“ disse Joey, acenando com a mão na frente do meu rosto. Sacudi meus pensamentos para fora da minha cabeça e voltei à realidade. "Hã?"

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Pessoa extrema em suas atitudes e comportamento de uma forma admirável; fodão

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Ela fez um som e largou o garfo. "Você quer conversar?" Pisquei e olhei ao redor do restaurante movimentado como se eu suspeitasse que alguém pudesse saber o que eu estava pensando. Nós tínhamos parado aqui para uma refeição antes de chegar às ruas. Nós tínhamos estado na Chesapeake Speedway três noites esta semana, e por isso, hoje eu queria realmente dirigir na estrada aberta. Eu estava tão ansioso para testar todo o poder do meu carro que as solas dos meus pés coçavam. Senti como se eu estivesse cheio até a borda com a tensão e ansiedade, e a única maneira de colocá-lo para fora era dirigir de forma tão rápida até que levasse tudo embora. "Desculpe," murmurei e peguei uma batata frita no meu prato. "Eu estava pensando em algo que eu queria tentar com a minha máquina." Menti. Ela estava comendo uma salada gigante. Sem batatas fritas. Claro, mesmo que ela houvesse ordenado, eu não teria comido - fora de seu prato. Eles não pareciam tão bons. "Olha, eu sei que nós só nos conhecemos faz uma semana, mas parece que alguma coisa está incomodando você", disse ela à queima-roupa. "Você é direta." Digo. "Eu gosto disso." "Sim, bem, eu gosto de honestidade," ela murmurou. "O que você quer dizer?" Ela suspirou como se ela estivesse condenada a alguma tarefa que não queria fazer. "Ron Gamble é o meu pai." Abandonei as batatas fritas que eu nem estava comendo para olhar para ela. "O quê?" "Podemos pular todo o “oh meu deus” da coisa?" Ela gemeu. "Já fizemos isso quando você viu que eu era uma menina." Eu ri. "Você consegue essa reação muitas vezes, né?" "Você está de brincadeira? Sendo uma menina e descendente de Ron Gamble é uma faca de dois gumes." Ela pegou sua Coca-Cola e tomou um gole. Eu realmente gostei que não fosse diet. E sua salada tinha bife nela.

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A maioria das meninas bebiam diet ou água e comiam alface. Era totalmente chato. "Acho que posso ver como isso pode ser um problema." Ela me deu um olhar aborrecido. "As probabilidades estão contra mim. Tenho que provar a mim mesma, duas vezes mais, porque sou uma boa motorista. Então, quando deixo para trás todos os imbecis na pista, é porque papai me comprou peças do carro extravagante, me deu um treinamento chique, e que pagou o meu caminho para os profissionais." "Você quer ser reconhecida pelo seu talento e habilidade", eu disse. "Assim como todos os outros pilotos na estrada. É uma luta constante." O cansaço penetrou em seu tom. Aposto que ela intimida cerca de noventa e oito por cento dos homens que conhece. Ela é forte, independente, e foi atrás do que queria. Ela claramente se destacou em seu esporte escolhido e não tentou montar na aba do seu rico pai. Inferno, eu nem havia percebido que ela era sua filha. Claramente, eles mantêm escondido, tanto quanto possível. Sem falar que ela é linda e descendente de um homem muito poderoso... Sim. As cartas estavam empilhadas contra ela. Meio que me fez sentir melhor com a minha semana de merda. Sim. Eu era um idiota. É preciso ser um homem forte para estar ao lado de uma mulher como ela. "Você deveria facilitar para si mesma e parar de dirigir de salto", eu disse. Ela olhou para mim de forma engraçada. Dei de ombros. "Bem, é claro, você já tem o suficiente para lutar contra. Por que prender esses demônios sobre seus pés? Use tênis. Pode ser muito confortável enquanto você chateia todo mundo." Ela começou a rir. Quando ficou sobre controle, ela sacudiu os cachos selvagens sobre seu ombro e olhou para mim. "Você não se importa, não é?" "Gamble ser seu pai?" Balancei a cabeça. "Não." 144


"Isso é uma boa mudança." "Se isso faz a diferença..." comecei e me inclinei sobre a mesa. "Acho que o seu sucesso é ainda mais impressionante agora que sei. Tê-lo como um pai é definitivamente uma desvantagem na carreira. Mas você continua indo em frente de qualquer maneira, e você é uma boa motorista. Para uma menina." Ela jogou um pedaço de pão em mim. Isso me lembrou de como eu sempre soprava meu canudo em Trent. "Eu não sou tão bem-sucedida", disse ela. "Ainda." "Você é uma estrela em ascensão. É só uma questão de tempo." "Como você sabe?" perguntou ela. Dei-lhe um olhar. "Eu pesquisei sobre você. Estatísticas impressionantes". "Você me pesquisou?" Eu não sei por que ela ficou surpresa. "Você achou que eu estaria dirigindo com alguém que sabia tudo sobre mim e eu não sabia nada sobre ele?" "Justo", ela permitiu. "Você estava na lista de motoristas que li para a próxima temporada no GearShark." "Foi uma breve menção." Sua voz estava cortada. "Você parece amarga." "Talvez um pouco. Todos os homens tinham suas biografias postadas. Tudo que eu tinha era uma linha de estatísticas. Nada mais." Eu havia notado também. Deve ser um inferno ser uma mulher em um esporte dominado por homens. "Bem, será ainda mais doce quando você deixá-los todos na poeira e começar a fazer capas." "E quanto a você?" Ela perguntou, mudando de assunto. "Quanto a mim?" 145


"Você estava prestes a me dizer o que tem na sua calcinha." Fiz uma careta. "Eu não uso calcinha. Eu uso cuecas boxer. Quer vê-las?" Eu balancei as sobrancelhas sugestivamente. Ela não podia se distrair. "É Trent?" Eu fiquei sério. "Por que você está perguntando isso?" Ela encolheu os ombros. "Eu tive a impressão de que vocês dois eram próximos. Mas ele não tem ficado por perto essa semana. Pensei que talvez fosse por isso que você está agindo como se alguém tivesse roubado o seu brinquedo favorito." Perceptiva. E irritante. Felizmente, fui salvo de responder quando meu celular tocou. Puxei-o para fora rapidamente e olhei para baixo com um pouco de vibração no meu estômago. Eu sabia que ele ia ligar. Mas não era ele. Meu humor escureceu e meu estômago ficou amargo. Era um número que eu não reconhecia. Não vou atender o telefonema, mas se eu não atender, terei que continuar falando com Joey. "O quê foi?" Eu exigi. Eu nunca disse que tinha de ser amigável. "Corrida improvisada perto da Rua River Falls. O cacife é de quatro mil. Se você confirmar, poderá pegar o número cinco, tornando o pote de vinte mil. Você está dentro?" Eu assobiei baixo. "Vinte mil? São algumas apostas altas." Joey olhou para cima interessada. "Chamada de Lorhaven", a voz, que eu não conhecia, disse. Ele estava falando baixo e abafado. "Lorhaven sabe que você está me convidando?" Perguntei. "Não. Pensei que poderia tornar as coisas mais interessantes, no entanto. Faça-o trabalhar um pouco mais para ganhar." 146


"Quem disse que ele iria ganhar?" Retruquei. A pessoa riu. "Exatamente." Eu fiz um som. "Estou realmente tentado. Mas não vou mentir, não tenho quatro mil agora." "Droga. Isso é decepcionante." "Mas obrigado pelo convite." Joey praticamente saltou sobre a mesa. "Faça!" Olhei para cima. "O que?" "Uma corrida?" Ela murmurou. Eu balancei a cabeça. "O quê?" O homem no fim da linha perguntou. Ele pensou que eu estava falando com ele. "Espere," eu disse, e olhei para ela. "Eu tenho o dinheiro. Vamos." Ela bateu o guardanapo sobre na mesa e levantou-se para agarrar sua jaqueta de couro da cadeira. Excitação bombeava pelo meu sistema. "Na realidade. Estou dentro." Eu disse. "Quando começa?" "Cinco minutos", ele respondeu. Eu desliguei e me levantei. "Temos que tirar nossas bundas daqui, mulher." "Minha primeira corrida de rua." Os cachos em sua cabeça saltaram de excitação. Joguei algum dinheiro na mesa para cobrir a conta e peguei a mão dela. "Vamos, estou prestes a mostrar como a outra metade do mundo das corridas dirige."

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Nissan inventou um artificial, mas para testar assentos de carro. Estamos em GearShark quero saber se eles colocaram roupas íntimas e calças nele.

Trent

Eu menti pra Drew. Eu disse a ele que tinha negócios da fraternidade e não podia sair com ele e Joey esta noite. Então, chamei um táxi e encontrei-o no campus, longe da casa Alpha U. Depois que dei ao motorista o endereço do lugar que queria ir, deixei o meu telefone desligado e guardei no meu bolso. Eu estava nervoso e meio assustado, mas não o suficiente, para mudar de ideia. Em vez disso, sentei na parte de trás do táxi e pensei em Drew. Eu sabia que não deveria. Mas era algo que eu nunca havia me permitido antes. Antes, eu estava muito ocupado negando como me sentia. Eu não tenho que negar mais. Pelo menos não dentro da minha própria cabeça. Então pensei sobre ele. Sobre o modo que às vezes doía para correr meus dedos pelo seu cabelo quando estava uma bagunça. Como sua risada fazia meu estômago apertar e como quando eu olhava para seus dedos agarrando um volante? Eu às vezes gostaria que fosse minha mão. 148


Eu também me permiti pensar sobre a maneira que me sentia tê-lo em meus braços. Ele era forte e capaz. Seu corpo era duro, e seus braços agarraram-me apertado. Eu amei isso. Eu sempre fui o único a fazer o movimento, com as mulheres. Era eu que as envolvia. Elas eram sempre tão pequenas e frágeis. Não Drew. Ele tinha braços capazes de me segurar, ombros largos o suficiente para descansar minha cabeça. Eu não teria que me preocupar com meu tamanho com ele. Eu não teria que me preocupar se iria machucá-lo. Se alguma coisa, ele tinha o poder de me machucar. Nunca me senti vulnerável antes. E eu não tinha certeza se gostava. Trinta minutos depois, o táxi entrou no estacionamento de um edifício bem iluminado. Estava cheio de carros, e música filtrava para fora do interior. Paguei a tarifa astronômica e fiquei ali na entrada até que o motorista estivesse fora de vista. A porta do lugar se abriu e dois caras saíram. Eles estavam rindo e tinham seus braços frouxamente presos um ao outro. Mesmo eu olhando para eles, eles não me viram. Para eles, eles estavam sozinhos. Quando um bêbado tropeçou, o outro o pegou e corrigiu ele. "Vamos lá." Ele riu. "Vamos jogar você na cama." "Só se você vier comigo", o mais bêbado do casal disse. "Como todas as noites." Eles se caminharam na direção oposta, em direção a uma linha de carros. Perguntei-me como vê-los e ouvi-los me fez sentir. Procurei a resposta mais honesta que eu tinha. Fizeram-me sentir saudades de casa. De Drew. O lugar chamava-se The Eight Ball. Era no condado seguinte, longe da Universidade Alpha e de todos que eu poderia conhecer. Além de ter um serviço completo de bar, havia também mesas de bilhar e uma instalação para uma banda ao vivo aos fins de semana. 149


E outro detalhe: este lugar era predominantemente um bar gay. Era o tipo de lugar que eu sabia que podia vir e ver o que eu... hum, sentia. Imaginando que passei bastante tempo em pé no estacionamento, fui para dentro. No início, me sentia meio estranho caminhando, meio como se eu tivesse um sinal de néon em volta do meu pescoço que estava piscando "Eu sou gay" em negrito. Mas, quando a porta se fechou atrás de mim, ninguém se virou para olhar. A música não parou. Era um bar como todos os outros que eu já havia ido. Era um lugar grande, com um grande bar quadrado no centro. Por todos os lados, havia bancos, e os barmans trabalhavam em volta. Eu não poderia ajudar, mas me pergunto se eles sentiram como se estivessem em um aquário. Espalhados ao redor do bar haviam mesas de tamanhos variados e cabines altas – guichês cobriam as paredes. Era mais escura naquele lado do bar, e eu não prestei muito atenção, imaginando que era lá onde os caras que queriam um pouco de privacidade iam. Eu não estava pronto para isso. Do outro lado da sala tinham as mesas de bilhar, e todas elas estavam cheias com os caras jogando. Em seguida, no outro lado das mesas havia um palco onde eu imaginei que as bandas estavam se instalavam e tocavam. Ele era impecável, a música era alta e atual, e todos pareciam estar se divertindo. Sem saber o que fazer, eu andava ao lado do bar onde havia algumas mesas livres e sentei. Um barman apareceu na minha frente. "Ei, cara. O que posso te servir?" "Chope. O que quer que seja bom aqui", eu respondi. Ele se afastou para pegá-lo, e eu não podia ajudar, mas me perguntava se ele era gay. Que coisa estúpida de se perguntar, eu disse a mim mesmo. Eu não me importava se ele fosse. Eu não me importava se ele não fosse. A maneira que eu vi (e sempre vi), não importava. Tudo o que importava era que ele não era um idiota. Mas acho que me questionar me fez querer questionar os outros. 150


"Cinco dólares", disse ele quando voltou e colocou o líquido âmbar na minha frente em um copo gelado. Deslizei o dinheiro através da barra brilhante do balcão, junto com uma gorjeta. Ele piscou para mim. "Obrigado, coisa quente." Senti-me corar. Acho que respondeu a minha pergunta. Ele afastou-se do balcão e começou a arremessar bebidas como se pudesse fazê-lo de olhos fechados. Pendurado nas proximidades da parede havia uma grande tela plana ligada no canal de esportes. Assisti isso e tomei um gole de minha cerveja. Alguns minutos depois, o garçom apareceu novamente. Ele apoiou os cotovelos no topo na minha frente. "Primeira vez em um lugar como este?" Perguntou. Tirei a cerveja dos meus lábios e fiz uma careta. "Isso é óbvio?" Ele riu. "Não, mas normalmente eu reconheço todos os rostos. O seu não." "Eu não sou daqui", eu respondi. "Carne fresca", ele meditou. "O que?" "Você veio sozinho?" Balancei a cabeça. Ele se endireitou, saiu do balcão e sorriu. "Bem, você não estará sozinho por muito tempo." Eu realmente não tive a chance de pensar sobre isso porque alguém se sentou ao meu lado. Ele estava vestindo uma camisa de flanela vermelha e jeans. Seus cabelos eram castanho claro, longos, amarrado para trás. Ele não era nada como Drew. Eu sorri para ele. "Ei." "Ei. O que você está bebendo?" "O que o barman me entregou." Ele riu, genuíno. 151


O barman parou na frente dele e piscou para mim como se dissesse, não disse. "Bud Light", disse o rapaz. Segundos depois, uma garrafa escura19 apareceu no bar. "Qual é o seu nome?" Ele perguntou, voltando-se para mim. "Trent." Ele assentiu. "Max". Max tinha alguma barba no queixo, um pouco mais leve do que o cabelo em sua cabeça. Isso me lembrou de Drew. Eu sempre quis saber como seria beijar alguém com barba. Perguntava-me se seria áspero ou sedoso. Pare de pensar em Drew. "Você gosta de esportes?" Max perguntou. Eu sorri um pouco. "Sim." "Você parece um cara que pratica esportes." "E você?" Perguntei, relaxando um pouco. Era como ter uma conversa com outra pessoa, talvez um pouco diferente. No sentido de estar tudo bem em olhar para ele quando eu olhava para ele. Eu não precisava fingir que não estava observando suas características. "Eu os assisto na TV?" Ele riu. "Perto o suficiente." Ele estava dizendo a verdade, porque começamos a falar sobre algumas equipes e ele conhecia o suficiente para manter uma conversa. Quando ele começou a flertar, eu flertei de volta. E gostei. Mas eu não amei. Aparentemente, essa emoção estava reservada para outra pessoa.

19

No sentido de que ficou um silêncio constrangedor

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Weiner Mayer. Existe apenas oito Oscar Mayer Wienermobile nos Estados Unidos. Única faculdade sênior elegível para conduzi-los.

Drew

Quatro carros estavam alinhados na linha de partida quando me virei para a rua vazia. Senti em vez de ver que cabeças e olhos viraram na direção dos meus faróis. "Há muita gente", disse Joey. Eu sorri. "Bem vindo ao lado sombrio." Havia um local, grande o suficiente, apenas no final da fila de carros para o Fastback estacionar. Parei, certificando-me de que minha parte frontal estivesse em linha com todos os outros. Algumas das pessoas que estavam ao redor aplaudiram. Alguns deles não. Estava tudo bem. Os aborrecedores tornaram as coisas mais interessantes. O carro ao meu lado era um Camaro preto que eu havia corrido no circuito. Eu não conseguia ver se era Arrow ou Lorhaven atrás do volante, no entanto. Abri minha janela e olhei através do lado do passageiro. Alguns segundos depois, a janela do carro abriu. "Oh meu Deus, é Justin Bieber!" Joey ofegou. O garoto fez uma careta, e eu uivava de tanto rir. 153


"Arrow", eu disse enquanto ria. "Boa sorte!" Ele fechou a janela sem dizer uma palavra. Olhei para Joey. Ela me olhou de soslaio. "Acho que ele não é um fã?" Eu ri novamente. "Trent e eu dissemos a mesma coisa." "Trent e você, hein?" "O que há com as mulheres?" Rosnei. "Se você tem algo a dizer, apenas diga. E não saia batendo em torno do arbusto com conversa que só outras mulheres iriam entender." "Espinhoso", Joey cantou. Sentei lá e tentei decidir se seria errado mostrar um dedo para uma menina. Houve uma batida na janela. Rolei de volta para baixo, e alguém que eu havia visto antes, mas nunca conheci, baixou o rosto para que ele pudesse olhar para dentro do carro. "Tem um passageiro esta noite", disse ele. "Eu posso lidar com o peso extra," eu disse, sabendo onde ele estava indo. O peso no carro só iria torná-lo mais difícil de vencer. Tudo bem. Eu gostava de um desafio. Ele encolheu os ombros. "Ela é muito mais leve do que o seu passageiro habitual." Joey fez um som, e eu a ignorei. "Você está comandando este show?" Perguntei. Ele assentiu. "Quatro mil." Estendeu a mão. Joey puxou uma bolsa de couro preta com franja para fora da parte de trás e colocou no colo. A próxima coisa que eu vi, foi ela me entregando quatro mil dólares em dinheiro. Eu levantei minhas duas sobrancelhas. "Só uns trocos?" Ela encolheu os ombros. "Eu sou filha do meu pai."

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Virei-me e entreguei o dinheiro. Em troca, me foi dado um GPS pré-carregado com a rota da corrida. Tudo o que tínhamos que fazer era atingir a chegada. Tive um choque quando olhei para cima. Lorhaven estava parado perto do capô do meu carro, olhando fixamente com uma escuridão em suas feições. "Vocês não foram convidados", ele exigiu. Engatei meu braço na porta do carro e me inclinei para fora. "Aww, qual é o problema, Lorhaven? Você tem medo de perder agora?" "Foi apenas uma vez", ele disse. "Uma é o suficiente." Ganhar uma corrida contra ele foi o suficiente para chegar a sua cabeça. "Vá para casa", ele cuspiu seu rosto escurecendo. "Alguém não gosta muito de você por aqui", Joey observou a partir de seu assento. "Ninguém gosta de uma ameaça", eu disse suavemente. "Meu dinheiro é tão verde quanto o de todos os outros", eu gritei para Lorhaven e olhei para o cara da coleta. Ele assentiu. Lorhaven franziu a testa e deu um passo adiante. "Onde você dinheiro? Quem está no carro contigo?"

conseguiu o

"Estamos aqui para correr ou fofocar?" "Você o convidou?" Lorhaven parou ao lado do outro cara. Ele assentiu. "Você me disse para juntar o dinheiro e carregar o pote. Cinco pilotos fazem vinte mil." "Com esse dinheiro vou comprar um monte de peças para o carro," eu meditei. Os olhos sombrios do Lorhaven me encararam. "Você pode possuir a estrada, mas eu sou o dono das ruas." "Aww, você está louco que o seu filhote de cachorro não foi capaz de ganhar aquela corrida?" Estiquei meu lábio em um beicinho. Seus punhos cerraram ao lado do seu corpo. 155


"Vamos correr ou o quê?" Joey chamou. Lorhaven esqueceu de mim, e seus olhos se arregalaram. Joey poderia ter um nome de menino, mas essa era a única forma que alguém poderia confundi-la com um homem. Até sua voz era toda feminina. A próxima coisa que eu soube, que o cara que organizou a corrida se foi, e a cara feia do Lorhaven enchia a minha janela aberta. "Bem, bem", disse ele. "Quem é?" Joey agitou os dedos para ele, mas não disse nada. Eu resmunguei. "Trouxe um encontro." Lorhaven ficou quieto por um minuto. "Eu conheço você?" Ah Merda. Nunca pensei que alguém a reconheceria aqui. Eu não tinha a menor ideia de quem ela era até que me disse e eu pesquisei. "Não", ela respondeu concisa, e se virou para olhar pela janela. "Vamos correr ou o quê?" Eu entoei. "As pessoas estão impacientes." Gesticulei para a multidão de pé ao redor da estrada. Ele se endireitou e olhou para mim. "Você está lá, Forrester." Então, para o homem colocado no comando, ele exigiu, "Vamos!" A multidão aplaudiu e motores aceleraram. Uma menina de jeans apertados, botas de amarrar, e um top entrou na linha de frente com uma grande bandeira quadriculada em preto-e-branco em sua mão. Segurei o volante e respirei, deixando meus pulmões se expandirem enquanto corria adrenalina pelo meu corpo. Meus dedos já estavam tocando o couro no volante com antecipação. Eu estava pronto para fazer isso. Eu queria isso. Eu voaria hoje à noite, quando finalmente bati nos pedais, nem sequer me lembrei do meu próprio nome. Toda a minha atenção se estreitou na estrada. Meu coração batia com a mesma cadência que o motor, e o cheiro de escape encheu o ar. 156


Alguém nem sequer terminaria a corrida a julgar por esse cheiro. Bom, um lugar mais perto de reivindicar meu dinheiro. A moça na rua levantou os braços, e a multidão ao nosso redor aplaudiu. Suas mãos foram para baixo, e a bandeira vibrou com o movimento. Todos os cinco carros guincharam para fora da linha e estouraram para frente. Não havia espaço suficiente na estrada para todos os cinco de nós dirigir lado a lado, por isso, tivemos que deslizar em lugares. Lorhaven era o primeiro. Ele estava dirigindo um Corvette esta noite. A Mitsubishi verde intimidava seu caminho atrás dele, e eu fiquei para trás, ocupando o terceiro lugar. O Camaro estava atrás de mim, e atrás dele estava o carro que restava. Eu não me concentrei neles. Do jeito que eu via, eles já haviam perdido. O carro atrás de Lorhaven era agressivo, muito agressivo tão cedo. E ele foi ficando cada vez mais a cada segundo que passava. Toda vez que ele tentava o primeiro lugar, Lorhaven bloqueava ele. Eu cruzei junto, começando a reconhecer as ruas em que estávamos, elas eram todas estradas traseiras perto do Business district, então, elas estavam todas vazias neste momento numa sexta à noite. Meus faróis saltaram para fora da estrada, e eu mantive o foco nas linhas amarelas, então, eu sabia constantemente como segurar o carro. "Há uma grande curva à frente", disse Joey, lendo a rota no GPS. "Cerca de 400 metros." Eu sorri e bati no gás, colocando a pressão sobre o meu amigo já irritado na minha frente. Agora ele foi imprensado entre nós e não tinha muitas opções. A curva surgiu, e o piloto na minha frente saiu ligeiramente para o lado, tentando contornar Lorhaven, que tomou o meio da estrada para tentar impedir as pessoas de passarem. Isto deixou uma zona estreita no lado de dentro da curva e completamente aberto.

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Bati o freio e joguei o Fastback em um desvio apertado, ao virar a curva. Não era uma curva muito ampla, por isso mesmo quando eu deslizei, tinha que preparar-me para endireitar o volante e bater no gás. Apenas quando deslizei paralelo aos outros dois carros, roubei a roda novamente e bati no gás e fui para frente. Meus pneus cantaram, e o cheiro de borracha queimada encheu o ar em torno de nós, mas eu continuei correndo. Segundos mais tarde, eu assumi a liderança. "Yeah!" Joey gritou, e eu olhei para ela com um sorriso. Ela estava segurando a alça lateral e rindo. "Eles têm que ficar putos!" Ela gritou. "Qual é o próximo?" Perguntei, apontando para a estrada enquanto tomava uma ligeira curva para a esquerda. "Estreito e apertado por aqui. Em seguida, ela abre... parece que é uma ponte, e depois estreita novamente. A linha de chegada é um pouco além disso." Eu tinha um tanque de NOS20 sob o assento, mas eu não estava pronto para usar isso ainda. Eu estava na liderança. Faróis me cegaram por trás, e eu olhei para cima. Lorhaven estava na minha bunda, e quando digo na minha bunda, quero dizer que ele estava ameaçando o trabalho de pintura no meu para-choque. Me mexi e empurrei o carro ainda mais duro. Estávamos voando agora, tão rápido que, se um policial me pegasse, eu ficaria um tempo na prisão. Mas eu não me importei. Esta foi incrível. Eu não precisava pensar em nada naquele momento. Era apenas eu e o carro. A estrada era minha guia, mas o destino era nenhum. Eu sabia que era um momento de euforia, um único momento de felicidade. Lorhaven girou em volta de mim, tentando me apertar ainda mais para que ele pudesse passar. Eu me recusei a ceder, e ele estava ficando frustrado.

20

Nitro

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Eu tive um segundo de preocupação onde pensei que ele pudesse tentar cortar a minha traseira para me tirar do caminho. Eu deslizei uma fração para fazê-lo pensar que ele estava ganhando alguma margem de manobra. Um carro que se aproximava veio correndo em nossa direção. A estrada era tão estreita que obrigaria Lorhaven cair para trás, para dar espaço. Empurrei para frente novamente e recuperei os cinco centímetros que eu pus entre nossos carros, forçando-o a cair para trás quando fomos em direção aos faróis. O carro começou a apitar a buzina freneticamente e desviou para longe de nós, Quando voei pela direita. Lorhaven caiu atrás de mim, e eu aproveitei para esticar na frente. A ponte ficou à vista. Eram duas pistas, e eu sabia que ele estaria ao meu lado dentro de segundos. Eu precisava pensar além da ponte. Eu precisava ser o único a assumir a liderança uma vez que a estrada estreitasse novamente. Atrás de nós outro conjunto de faróis saltou ao redor, e eu olhei a tempo suficiente para saber que era Arrow no Camaro. Meus pneus rolaram sobre a ponte, e eu empurrei duro, olhando para frente. Lorhaven começou a balançar para o lado, mas eu cortei no último segundo, evitando por pouco bater em sua extremidade dianteira. O som de seus freios guinchando não foi perdido por mim enquanto eu tomava o lado da estrada que ele queria. Ele se irritou, e eu ouvi o estrondo de seu carro quando ele acelerou para frente e veio no meu lado do passageiro. "O que você está fazendo?" Perguntou Joey. "Segure-se," eu disse e reduzi a marcha. O carro respondeu imediatamente e Lorhaven cutucou a minha frente só um pouco. A estrada estreitou, e logo não haveria espaço para nós dois tomar a curva ao mesmo tempo. Então eu o deixei ter. Fui para fora da estrada. Meus pneus rasgando no chão, rasgando a terra e grama estéril quando eu fui.

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O trem de pouso foi atingido com pedras e detritos quando eu mudei de novo e bati no gás. A traseira derrapou e estimulou a frente quando eu cortei a grama em uma linha reta enquanto Lorhaven dirigia ao redor da curva na estrada. "Você está na frente," Joey gritou. "Está perto." Eu não olhei para ver o que ele estava fazendo. Em vez disso, mantive meus olhos focados no caminho brilhante à minha frente fornecida pelos faróis. "Ele está bem ali," Joey gritou novamente, e eu deslizei meu dedo para baixo ao lado do banco e senti o botão para liberar o NOS. Se eu acertar este botão e não manter o controle deste carro quando fizermos a transição da grama para a estrada, poderia ser muito, muito ruim. Foda-se. Apertei o botão e segurei o volante com as duas mãos. O Mustang disparou para frente. Tudo fora do para-brisa tornou-se nada mais que um borrão. A estrada estava bem na nossa frente agora, e eu prendi a respiração quando o Mustang deslizou para a rua, deslizando lateralmente um pouco. Eu o deixei ir um pouco, não tentando lutar contra isso muito forte e, em seguida, fortemente armado de volta para uma linha reta. Uma vez que eu tive certeza de que todos os quatro pneus tinham um aperto, soquei o gás mais uma vez e disparei cruamente a linha branca traçada através da rua estreita. As pessoas e os carros alinhados na linha de chegada começaram a pular e se movimentar, mas eu continuei em frente, deixando o carro baixar e meu coração voltar ao normal. "Oh meu Deus!", Disse Joey, empurrando seu cabelo. "Isso foi muito melhor do que competir na pista!" "Meu desvio não te assustou?" Perguntei, retardando o carro ainda mais e retirando para o lado para que eu pudesse fazer uma inversão de marcha e ir reclamar o meu dinheiro. "Não, mas eu tinha certeza de que você ia nos envolver ao redor de uma árvore." "Mulher de pouca fé", eu murmurei. 160


Lorhaven já estava perto da linha e andava de um lado para o outro na frente de seu carro quando eu parei. "Fique aqui", eu disse a Joey e sai. As pessoas começaram a aplaudir e gritar. Alguns dos outros pilotos me ofereceram a sua mão, e eu podia jurar que vi algum espanto nos olhos de Arrow, mas eu nunca o chamaria. Ele ia ficar em apuros com o seu patrão. "Que diabos foi isso!" Lorhaven rugiu, perseguindo-me. Os outros que me cercavam se separaram. "Isso foi eu vencendo", eu disse lentamente. "Esta foi uma corrida de rua", disse ele. "Não é uma pista de terra batida, porra." "Oh, isso estava no livro de regras?" Perguntei, olhando ao redor. Lorhaven corou. "Oh. Certo. Não há um. Você disse para começar do ponto A ao ponto B em primeiro lugar. Eu fiz. Se eu tivesse que tomar uma rota alternativa, é porque essa bunda velha de Corvette de vocês não compartilham a estrada." "Aww merda", algumas pessoas falaram a partir da multidão. O homem que segurava o pote estava por perto, e eu sinalizei para ele. "Ei, cara, eu estou aqui para cobrar." "Como no inferno", Lorhaven rosnou. "Você trapaceou." "Por que isso?" Perguntei mortal. "Porque eu não enganei usando as suas regras particulares?" Todos ficaram em silêncio. Você não deveria desafiar Lorhaven em seu próprio território, em sua própria corrida. Mas foi por isso que eu fui convidado, não foi? Talvez algumas pessoas estivessem cansadas dele fugir com todas as suas besteiras. Estendi a mão para a pilha gorda de dinheiro, mas Lorhaven pulou na frente e me empurrou de volta. Meu corpo tencionou e algo em mim estalou. Aparentemente, a corrida não ajudou a soprar um pouco da tensão dentro de mim; só piorou.

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"Cuidado", Lorhaven entoou. "Seu guarda-costas não está aqui para protegê-lo esta noite." A menção de Trent fez isso. Avancei para frente em um salto correndo, punho estendido e certeiro em seu rosto. Nós dois fomos caímos, e bati novamente, mas ele rolou e me prendeu debaixo dele. Ele se inclinou para trás, retrocedendo seu punho para bater em mim, e eu torci, rolando debaixo dele, fazendo com que ele perdesse o equilíbrio. Empurrei-o para trás e levantei, ao mesmo tempo em que ele fez. "Pare!" Uma voz familiar gritou, e Joey correu entre nós, seus cabelos voando por toda parte. "Volte para o carro", Rosnei, revirando meu pescoço. O aperto de Lorhaven soltou quando ele limpou o lábio. "Ei, essa é Joey G.", alguém gritou. "Ela é um piloto profissional. É filha de Gamble!" Lorhaven esqueceu tudo sobre seu lábio e olhou para Joey. "Você trouxe um maldito profissional para uma corrida indie!", ele gritou. Hora de ir. Me virei e arranquei o dinheiro das mãos do organizador e comecei a caminhar em direção ao Mustang. "Vamos lá!", Eu gritei para Joey. No meio do caminho para o carro, Lorhaven gritou: "Trapaceiro. Foi ela quem te ensinou a fazer todos aqueles movimentos extravagantes?" Parei e me virei de volta. Eu não era um trapaceiro. "Essa noite a condução foi toda minha. Mas se faz a sua derrota mais fácil de aceitar, então tudo bem. Foi derrotado não por mim, mas por uma garota. Aquela que é uma profissional." As narinas de Lorhaven queimaram. Entrei no Mustang e liguei o motor. 162


"Que diabos foi isso!" Joey exigiu no segundo que rasguei pela rua. "Lorhaven é meio amargo com os profissionais", eu respondi. "Um pouco?" Ela pressionou. "Ok, talvez muito. E desde que eu o venci pela segunda vez, sua credibilidade nas ruas foi ainda mais para o inferno. Acrescente isso a você estar aqui para testemunhar, e bem..." "Ele está nos seguindo!" Ela gritou assim que a parte de trás do Fastback foi acertada. "Filho da puta!" Gritei e coloquei o gás. Atrás dele estava o Camaro preto, sem dúvida, dirigido por Arrow. "O que ele quer?" Ela perguntou, virando-se de volta. "Seu dinheiro de volta? Meu rosto sob seu punho?" Acrescentei. A traseira foi batida novamente. "Foda-se!" Gritei. "É melhor não estragar o meu carro!" "Pegue o GPS, querida. Preciso de algumas direções. Precisamos despistar esses idiotas." Ela não chorou, gritou ou surtou. Ela calmamente pegou o GPS e começou a bater nos botões. Segundos depois, ela estava me direcionando como se tivesse ido a esses lugares na cidade por toda a sua vida. Consegui manter a frente deles para que não pudessem fazer mais danos ao meu carro, mas não conseguimos despistá-los. Quanto mais o tempo passava, mais chateado eu sabia que Lorhaven estava ficando. Não só eu ganhei, de forma justa, e trouxe um profissional para a corrida, mas agora eu estava tornando-se impossível para ele me pegar. Eu não sou o tipo de cara que foge de uma luta, mas eu sabia quando era uma batalha perdida. Eu não estava prestes a deixá-lo recuperar o atraso, porque o meu carro iria sofrer. E sim, talvez meu rosto. 163


Mas pior ainda, eu tinha Joey comigo. A filha de Ron Gamble. Entrar em uma briga de rua seria provavelmente não me ter em seu lado bom. "Há um túnel à frente", disse ela. "Apague todas as luzes e puxe para o ombro. Ele está tão chateado e indo tão rápido, eles vão nos ignorar antes que percebam." "Boa ideia," eu disse. No segundo que meu carro foi engolido pelo túnel escuro como breu (Hey, estávamos nas estradas secundárias de alguma pequena cidade Maryland. Não havia lâmpadas de rua aqui.), desliguei as luzes e apertei nos freios. Orei todo o tempo que eu estava puxando para o lado para que eu não extrapolasse e batesse na maldita parede. Nem mesmo segundos depois que parei completamente, a estrada foi iluminada e dois carros passaram. Prendi a respiração, esperando que os faróis refletissem do lado, mas ficamos apenas fora do alcance. "Eu gosto do seu cérebro", eu disse a Joey quando eles foram embora e fui capaz de ligar o carro novamente. Somente para uma boa causa, deixei as luzes desligadas até que estivéssemos fora do túnel. Mesmo assim, só liguei os faróis de nevoeiro. Eu precisava de algo para ver, mas estes eram mais fracos e não seria tão perceptível de longe, se eles olhassem em seu retrovisor. Cerca de um quilometro e meio até a estrada, Joey disse: "Vire aqui.” Eu fiz e puxei para um novo trecho de estrada. Liguei os faróis de novo e acelerei. Cerca de 400 metros para baixo, ela apontou para o que parecia um bar na beira da estrada. "Aqui. Estacione atrás." Assim que o carro parou, eu sorri. "Boa ideia. Eu com certeza poderia tomar uma bebida agora mesmo." Ela revirou os olhos, e vi um flash branco dos seus dentes no escuro. "Eu estava pensando que poderíamos sair um pouco. Dessa forma, há menos chance de nos pegarem." "Isso também." Eu concordei. "Aquele cara é perigoso?" Ela perguntou, havia preocupação em seu tom.

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"Lorhaven?" Eu meditei, então pensei em sua pergunta. "Honestamente, eu diria que não. Ele tem um monte de dinheiro e está acostumado a ficar por cima. Ele teve um pau no rabo dele desde que apareci em cena porque dirijo melhor e ele não gosta disso." "Ele tentou tirar você para fora da estrada." "Eu nunca disse que ele não era um idiota, só que eu não acho que ele seja perigoso. Ele definitivamente não é alguém em quem confiar." Ela assentiu com a cabeça uma vez. "As bebidas são por minha conta." Eu sorri e peguei a pilha de dinheiro ao meu lado. "Aqui, metade disto pertence a você." Ela fez um som de recusa. "De jeito nenhum. Seu carro ganhou esta noite! A minha única recompensa é conseguir um lugar na primeira fila." Eu ri e contei os quatro mil que ela usou para pagar o meu lugar na corrida. "Bem, pelo menos pegue isso de volta." Ela pegou e jogou-o em sua bolsa. No estacionamento, ela hesitou na porta da frente, e eu dei-lhe um olhar curioso. "O que foi?" Seus dentes afundaram em seu lábio inferior, e ela parecia envergonhada. "É justo eu te dizer isso." "O que?" "Este é o único bar por quilômetros. Já que era o mais próximo, achei que seria um bom lugar para parar." "Joey," eu resmunguei, desejando que ela chegasse ao ponto. "É um bar gay", ela deixou escapar. Pisquei. Algo no meu estômago afundou. Eu não sabia o que dizer então peguei o caminho mais fácil. "Bem, pelo menos não vou entrar em uma luta tentando manter os homens fora de você hoje à noite."

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Joey sorriu. "Eu gosto do seu cérebro." Ela repetiu as minhas palavras anteriores. Dentro, encontramos uma mesa ao lado da porta. Achei que era um bom lugar porque estava na extremidade da multidão e me deu uma visão para fora da janela da frente, assim eu conseguiria ver se qualquer carro familiar chegasse por aqui. Sentamos-nos e pedimos algumas cervejas (sim, ela bebia cerveja), e enquanto esperávamos, comecei a olhar ao redor curioso. Eu nunca havia estado em um bar gay antes. Sempre achei que esses lugares teriam mais... brilho. Mas, realmente, era como qualquer outro bar que tinha ido antes. Quando o garçom voltou com nossas bebidas, ele me deu uma olhada, e eu me mexi desconfortavelmente. "Todos os tipos de caras novas aqui esta noite", ele meditou. "E todos eles são um prazer de olhar." Quando ele se afastou, Joey riu. Eu dei-lhe um olhar não divertido. Então comecei a pensar sobre o que o garçom havia dito. Havia outros caras novos aqui? Examinei a multidão e os rostos, à procura de alguma coisa, quando uma sensação estranha arrepiou a parte de trás do meu pescoço. E então eu o vi. Eu o conheceria, mesmo se eu fosse cego. Foi como um chute direto nas bolas. Minha mão agarrou a latinha de cerveja e apertou até que ela amassou. Em nome de Deus, o que ele estava fazendo aqui? Em um bar gay? Flertando. Com. Um. Homem. Uma enxurrada de emoção se abriu dentro de mim, e senti como se estivesse afundando, afundando... Joey estalou os dedos na frente do meu rosto, e eu pisquei. Eu não olhei para ela. Olhei para Trent. Meu melhor amigo. Que estava sentado em um bar gay, parecendo que estava em um encontro.

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Motoristas estaticamente Hummer são os piores na estrada. A média de violação cinco vezes maior no tráfego que quaisquer outros carros.

Trent

Eu podia sentir sua presença. Eu estava sentado em um bar gay, perdendo minha merda. Como uma grande merda. Estava desesperado, então? Eu estava tão longe de Drew que não importava quem eu tentasse ficar interessado? Será que não só todas as mulheres, mas nem todos os homens, tinham chance contra o loiro, de olhos azuis. Ladrão de batata frita? Pooorra. Eu tentei. Realmente tentei. Inferno, mesmo enquanto me sentava aqui mentalmente me chutando, eu estava tentando. Talvez este fosse apenas o lugar errado. Talvez esse cara fosse à pessoa errada. E o que está no meu outro lado, que estava me dando olhares interessados por um tempo. Até mesmo o bartender me deu o seu número quando me trouxe um segundo chope (que eu não havia sequer tocado ainda). 167


Nem mesmo o álcool poderia me ajudar agora. Talvez eu não fosse gay depois de tudo. Talvez eu devesse sair daqui agora mesmo, encontrar uma mulher, e me enterrar dentro dela. Meu corpo se rebelou com o pensamento. Não importava. Eu sabia disso, e a realização me matou. Não importava que eu tentasse me conectar. O único que eu queria era Drew. Como se meus pensamentos em fúria conjurasse a perfeita imitação de sua voz, eu o ouvi claramente como um sino na minha mente. "Que diabos está acontecendo aqui?" E maldição, ele estava louco. Max era um borrão no limite da minha visão quando ele se virou para ver de onde vinha à voz. Espere. Ele ouviu a voz de Drew, também? Olhei em volta e quase deslizei para fora da minha banqueta. Ele estava aqui. E estava carrancudo. Ele estava totalmente irritado. "Drew?" Eu disse, virando-me no banco. "Você o conhece?" Perguntou Max. Se olhares pudessem matar, o pobre Max seria enterrado com sua flanela. "Sim", eu disse, tentando não rir. "Ele é meu amigo." Drew cruzou os braços sobre o peito. Eu podia sentir o cheiro dele daqui. Uma combinação de escape e couro. Eu mesmo peguei uma dica do interior do Fastback. Cheirava como casa. Tive uma súbita vontade de me atirar nele. Para pedir-lhe para envolver seus braços em volta de mim e me dizer que tudo ia ficar bem. "Então," Max disse, olhando entre nós dois. “Vocês não estão juntos?"

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Senti meu rosto ficar pálido e evitei olhar para a reação de Drew. "Não", eu respondi rapidamente. "Você está tentando pegá-lo?" Drew desafiou Max. Levantei e olhei para ele. Seus olhos estavam cheios de hostilidade e seus braços estavam ao seu lado. "Bem, ele veio aqui sozinho," Max respondeu, sua voz caindo alguns graus. Que diabos estava acontecendo agora? "Ele não está mais sozinho," Drew rosnou. Ele literalmente rosnou. Alguns outros nas proximidades se viraram para olhar. Eu realmente comecei a corar. A voz do barman falou atrás de mim. "Já tem um lutando por você, não é?" Revirei os olhos. Esse cara não era bom em pegar pessoas. "Bem, se a testosterona é demais para você, você tem o meu número", ele sussurrou em voz alta, e o ouvi ir embora. "Ele lhe deu seu número!" Drew rugiu. Max empurrou seu banco e enfrentou Drew. Ele estava na mesma altura, talvez um pouco mais cheio, mas não era musculoso. "Acho melhor você ir embora. Estávamos todos muito bem até você chegar aqui." Drew riu. Não era um som bem-humorado. Na verdade, ele meio que me deixou nervoso. "Drew," eu disse. "Sim?" Drew me ignorou e falou com Max. "Quem vai me fazer sair" Max recuou. O vi cerrar o punho. "Oh, inferno, não!" Levantei rápido e cambaleei em meus pés. Me movi empurrando-me para ficar entre os homens e plantando-me de frente a Drew. Empurrei meu rosto para perto do Max e falei baixo. Mortal. "Você não o toca. Nunca." 169


Ele arregalou os olhos, claramente surpreso. A vibração que eu exalava era muito diferente da que eu tinha durante a noite. Ele ameaçou Drew. Isso era tudo que eu precisava para ir de descontraído para letal em segundos. "Claramente, eu li esta situação errada." Ele recuou. Afastei-me apenas uma fração, querendo que ele soubesse que eu não lutaria com ele se não me desse uma razão. Minhas costas entraram em contato com o peito de Drew. Ele não recuou; Ele ficou ali tão perto que eu podia sentir o calor de seu corpo. Senti como se tivesse entrado na zona do crepúsculo. Max pegou sua carteira e se virou para o bar, voltando totalmente às costas para mim. "Quanto?" Ele estava saindo. "Não, cara, você não tem que ir. Eu vou." Peguei minha carteira. Drew estava tão perto que eu tive que me inclinar para agarrá-la. Quando eu estava tirando-a do meu bolso de trás, seus dedos se fecharam em torno do meu pulso. "Não." Olhei para ele. Nossos olhos colidiram por uma fração de segundos. Eu senti seu contato todo o caminho até a sola dos meus pés. "Eu pago", ele murmurou e pegou algum dinheiro e jogou-o no bar. "Isso é para ele e para o nosso." Ele apontou para o outro lado da sala, onde Joey estava de pé, observando a cena com os olhos arregalados. Claro que ela estava aqui. De repente, eu estava totalmente envergonhado. Por um minuto, pensei que Drew estivesse com ciúmes. Mas ele não estava. É claro que ele não estava. Ele estava aqui com ela. "O que você está fazendo aqui?" Eu me virei para ele. Ele deu um passo para trás. "É uma longa história." Seus olhos procuraram meu rosto. Comecei a esquecer de que eu estava envergonhado. 170


Eu não vou ceder. Eu não vou ceder. "Bem, eu estou bem. Você pode ir", eu disse. Seus olhos se estreitaram. "Você está vindo com a gente." "Não. Eu não estou." Drew se inclinou para frente e falou baixo. "Eu farei uma porra de uma cena agora, garoto da fraternidade. Vamos. Agora." Sua mão agarrou meu pulso e puxou. Joey apareceu ao meu lado. "Vamos, Trent. Nós devemos ir. Tem sido uma longa noite. Ele já começou uma luta. Não vamos empurrá-lo." Olhei para ela. Ela assentiu com a cabeça. "Que luta?" Minha voz era sombria. "Do lado de fora", disse ela. Eu cedi. "Está bem." Drew ainda estava segurando meu pulso, e eu puxei-o livre e sai na frente deles. No estacionamento, olhei para a lua. Eu estava novamente com a sensação de que estava perdendo a cabeça. O que aconteceu lá dentro?

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Um dos primeiros carros voadores foi um Ford Pinto, o que matou o inventor foi quando as asas saíram em pleno vôo.

Drew

Nós não falamos sobre o que aconteceu no bar. Mas, oh, estava lá. Queimou sob minha pele como uma febre. Ele roia meu estômago de uma forma única que só uma fome severa poderia. Confusão tentou lutar contra a outra emoção dentro de mim, mas a confusão era muito mais fraca, de adversário para a raiva. Merda, eu estava com raiva. Senti-me traído em tantos níveis. Como se o meu melhor amigo tivesse pisado no vínculo sagrado esta noite. Com sapatos tamanho quarenta e três de Trent. Literalmente a minha frente estava a nossa relação com as marcas de suas botas. Como diabos ele poderia ir para um bar gay sem mim? Como se ele não pudesse me dizer algo tão básico sobre ele mesmo? Porque não é básico. Era de tremer a terra. Alterando a vida. Definindo Amizades. Trent não era gay. Ele era? Ele namora mulheres. 172


Mal. Ele engancha-se com as mulheres. Nem sempre. Eu gostaria de saber se ele era gay. Como ele pôde fazer isso comigo? Para a nossa amizade? Mesmo que eu estivesse dirigindo e olhando pelo para-brisa, não era o caminho que eu via. Trent estava no bar. A grande e familiar construção de Trent se afastou de mim. Como a camisa cinza agarrou-se a suas costas largas e esticou sobre os ombros como uma segunda pele. Como a aba da porra do boné preto de beisebol para trás criou uma sombra contra o seu pescoço, criando uma espécie de véu sobre a suave pele quente. A cena repetia em minha mente mais e mais. A forma como seus ombros tremeram com sua risada. Quão forte sua mandíbula dura e larga parecia quando virou a cabeça na direção do homem com quem ele estava. Assisti o lado do seu lábio curvar para cima, e eu sabia o exato sorriso que esticou sua face. Ele tinha sorrido para mim assim mil vezes antes. Seus dentes tortos estavam em plena exibição. A julgar pela forma como o homem ao seu lado se inclinou, ele pensou que era tão charmoso quanto eu. Espera. Achei que seu dente torto era encantador? "Que diabos está acontecendo?" Trent perguntou cortando o filme que passava na minha cabeça. "Eu poderia te perguntar a mesma coisa", Rosnei por cima do meu ombro. Ele estava sentado no banco de trás, Joey na frente comigo. Eu senti seu olhar entre nós, e me perguntava o que ela estava pensando. Eu já tinha merda suficiente para pensar agora. "Pensei que você estivesse dirigindo esta noite." Trent continuou após uma breve pausa. "Do outro lado da cidade."

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"Pensou que eu estava ocupado, não é?" Eu bati, o fusível dentro de mim crescendo um pouco mais quente. "O quê?" Ouvi a perplexidade em seu tom, e isso me deixou ainda mais furioso. Bati no pedal do acelerador, e o carro disparou para frente com um grunhido alto. "Nós estávamos dirigindo," Joey explicou, virando de lado no banco, para que ela pudesse olhar para trás. "As coisas ficaram um pouco... quentes, e acabamos em uma perseguição de carro." "Jesus," Trent murmurou, sua voz perto. A parte de trás do meu pescoço se arrepiou com sua proximidade. Ele estava inclinado entre os assentos para que pudesse ouvir melhor Joey. "Por que você não me ligou?" Soltei uma risada áspera. "Será que você teria respondido?" "Você está falando sério agora, Drew?" Trent mordeu fora. Ele estava ficando louco. Boa. Idiota. "Estávamos um pouco ocupado demais para ligar," Joey respondeu como se não houvesse correntes elétricas praticamente vibrando no carro. Senti a mão de Trent agarrar o lado do meu assento e dar um puxão, como se ele estivesse usando-o como alavanca para se inclinar e olhar pela janela de trás. "Você ainda está sendo seguido? Talvez devêssemos sair da estrada." "Eu os despistei. Eles foram embora", eu disse. O assento foi empurrado um pouco de novo quando ele se virou para frente. "Eles ainda poderiam estar lá fora olhando." Dei de ombros. "Provavelmente. Mas nós estávamos no bar um pouco antes de encontrarmos com você. Eles provavelmente estão do outro lado da cidade agora." "Você estava no bar por um tempo?" Ele perguntou baixinho. Ah! O primeiro indício de culpa finalmente quebrou em seu tom. O que é que você não quer que eu veja... amigo? 174


Outro flashback de Trent no bar com o homem roubou minha visão. Os braços de Trent estavam no bar. Ele estava inclinado de lado, inclinando-se perto do homem ao lado dele, para que pudesse ouvir o que estava sendo dito. O homem com quem estava com todas as armas, totalmente comprou tudo que T estava vendendo. Ele estava vestido com uma maldita camisa de flanela, um par de jeans e botas de lenhador. E seu cabelo... Querido Deus, seu cabelo. Estava em um coque. Eu sei que não me preocupava muito com meu estilo, mas qualquer cara que tomou seu tempo para penteá-lo para cima em um maldito coque no alto da cabeça... Poderia muito bem embalar sua merda e ir viver na floresta de granola para o resto de sua vida. Um maldito coque de homem Ivy chamaria este cara de lumbersexual21. Eu o chamaria de idiota. Eu revivia o momento que o bundão virou de lado no banco, trazendo seu corpo para encarar Trent. Senti como se estivesse acontecendo pela primeira vez novamente quando me lembrei da forma como ele se inclinou, agindo como se o lugar estivesse tão alto que ele tinha que fazer isso para ser ouvido. Não estava tão alto. Ele estava apenas procurando uma desculpa para entrar no espaço de Trent. E então aconteceu. Ele se inclinou até que seu peito roçasse contra o ombro de T. Trent não se afastou. Deixou cair às mãos sobre a superfície plana do balcão e se inclinou, aproximando-se ainda mais perto do homem que estava usando coque, e comendo granola - tosco. Ele estava tão perto de sua orelha que quase tocou os lábios do homem. 21

Um estilo de moda masculino em que predomina a aparência e o comportamento rústico

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"Cuidado!" O grito agudo de Joey e a sensação do Mustang empurrando me sacudiram da memória. Faróis brilhantes me cegaram, e eu olhei quando o Mustang desviou em torno de um caminhão que se aproximava. Meus reflexos foram rápidos, e recuperei em poucos segundos e tive o Fastback em frente na estrada novamente. Meu coração estava trovejando tão alto que era tudo que eu podia ouvir, apesar do fato de que eu sabia que Trent e Joey estavam exclamando sobre a minha condução distraída. Diminuí um pouco a velocidade e olhei para baixo. A grande mão de Trent estava enrolada ao redor do lado direito do volante. Isso explicava o movimento brusco do carro, quando Joey começou a gritar. Ele havia parado o Mustang antes de bater de frente em um carro que se aproximava. Uma respiração estremeceu do meu peito, e minhas costas bateram completamente no assento. "Foda-se," eu murmurei silenciosamente. Eu tinha estado tão envolvido com o que aconteceu lá atrás que eu quase matei todos nós. Bem feito, Forrester. Bem feito. "Você está bem?" Trent perguntou, sua voz bem ao lado da minha orelha. Arrepios irromperam na minha nuca e correu pela minha espinha. Eu assenti e segurei o volante ainda mais apertado. Sua palma deslizou para o lado do volante até que sua mão roçou contra a minha. "Ei, você quer que eu dirija?" Seu toque não me abalou. Talvez, devesse. Sim, ele definitivamente deveria ter. Foi bom. Parecia certo. Isso me acalmou. "Estou bem agora. Desculpe," eu disse minhas palavras roucas.

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A ponta do polegar roçou a palma da minha mão antes de seu braço desaparecer no banco de trás. Lá no fundo do meu jeans, minhas bolas formigaram. "Oh meu Deus!" Joey ofegou e caiu para trás. Eu roubei um olhar para o lado. Ela estava colada contra seu assento com uma mão pressionada contra seu peito. Cachos escuros se derramavam ao redor do seu rosto muito pálido, e seus olhos estavam arregalados como pires. "Você está bem?" Perguntei. "Você levou cerca de dez anos da minha vida, Drew!" Ela mexia. "Acho que não preciso deles de qualquer maneira." Eu não pude evitar. Sua aceitação espertalhona do meu comportamento quase mortal me fez sorrir. "Algo me diz que você tem muitos anos naquele motor." Seu sorriso foi rápido. "Você sabe." Estendi minha mão entre os assentos, e ela bateu a sua mão contra a minha. "Obrigado por ser minha navegadora esta noite." "Nós fazemos um bom time", ela respondeu. "Inferno sim." Se havia uma coisa que aprendi esta noite com absoluta clareza, era que Joey Gamble era uma mulher que eu dirigiria a qualquer dia da semana. Ela é definitivamente alguém que eu gostaria no meu time. Ela recostou-se contra o assento, e me dei conta da distância de Trent. Ele não estava mais se inclinando entre os assentos. Sua enorme palma não estava tomando o lado do meu assento. Olhei no espelho retrovisor, e os nossos olhos colidiram. Ele estava sentado no centro do banco, com um olhar amargo, ácido em seu rosto. Pouco antes de desviar o olhar, pensei que tinha visto uma sombra de desolação através de seu olhar e, junto com ele, um lampejo de dor. O resto da viagem passou em silêncio. Mantive um aperto lívido-forte no volante e forcei a me concentrar e permanecer no presente, na estrada. 177


Fizemos isso até o hotel em que Joey estava hospedada por cerca de trinta minutos depois. O Mustang deslizou até parar a direita sob o toldo perto da entrada. "Vou acompanhar você", eu disse e soltei o cinto. "Isso não é necessário." Ela me acenou de volta. Eu não ouvi. Não havia nenhuma maneira no inferno que eu não iria acompanhá-la, pelo menos, vê-la em sua porta, depois de tudo o que aconteceu essa noite. Eu já tinha sido suficiente de um pau; Eu não precisava torná-lo pior. Além disso, eu não tinha certeza de que alguns dos goonies22 do Lorhaven não estariam postados no lobby, apenas esperando por uma chance de ficar sozinho com ela. Deixei o motor ligado, recostei na porta do condutor para o banco traseiro e disse. "Já volto." Trent não disse nada, embora eu esperasse que ele dissesse. Joey estava em um dos andares superiores, e eu insisti em andar no elevador com ela e ter certeza de que ela entrou. O passeio foi silencioso, mas carregado, e eu assumi que era porque ela estava chateada que eu insisti em acompanhá-la. Mas quando abriu a porta de seu quarto e me fez sinal sem uma pitada de qualquer hostilidade, comecei a me perguntar se eu estava imaginando coisas. Foda-se toda essa noite foi louca. Caminhei por toda a sua suíte, verificando o lugar. Eu estava mais preocupado do que realmente precisava estar. Claramente, ela estava segura aqui. Este era o melhor hotel da cidade e a segurança era de alta linha. Ron Gamble não permitiria que sua filha ficasse em qualquer outro lugar. Eu precisava de alguns minutos de silêncio, e verificar seu quarto e banheiro me proporcionou. Eu precisava de ar. Eu necessitava de um minuto para tentar me recompor, porque sentia como se estivesse desmoronando. Eu nunca me senti tão torcido por dentro. E, ao mesmo tempo, tão chateado. Eu não sabia como lidar com isso. 22

Os Goonies é um filme de 1985 onde os personagem estão a procura de tesouros

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Normalmente, entro no carro e dirijo, mas eu estava dirigindo a noite toda, e me sentia pior agora do que havia estado antes. "Tudo está limpo", eu disse a ela, dando um passo para trás na pequena sala de estar. "Obrigada por verificar," ela disse enquanto começava a tirar suas botas. "Ei," eu disse, dando um passo mais perto. "Sinto muito sobre esta noite. Colocar você em perigo era a última coisa eu queria fazer." Ela inclinou a cabeça para trás e olhou para cima, com um sorriso sardônico retorcendo seus lábios. "Faria você se sentir melhor se eu lhe dissesse que eu me diverti?" Eu ri. "Eu gosto de você." Seus dentes brilharam com um largo sorriso. "Você não é nada mal." "Você sabe que gosta de mim." Eu provoquei. "Você é o primeiro cara em muito tempo que não tem medo de realmente passar um tempo comigo. A maioria dos caras tem tanto medo do meu pai que me tratam como china." "Foi seu pai foi quem me disse para dirigir com você." Eu apontei. Ela riu. "Tenho certeza que essa noite não era o que ele tinha em mente." Eu fiz uma careta. "Talvez pudéssemos manter essa pequena aventura entre nós", eu sussurrei conspirando. "É uma pena", ela meditou e se virou. Peguei o braço dela, franzindo a testa. "O que é?" Ela olhou para baixo para onde a minha mão a segurava. Seus olhos se suavizaram um pouco. "Que você já está tomado." "Tomado?" Senti meu nariz enrugar. "Eu não estou tomado." Ela parecia um pouco triste. "Ah, mas você está." "Querida," Eu disse. "Sou tão único quanto uma nota de um dólar." 179


"Com linhas como essa, não é de admirar." Ela riu e tentou se afastar. Eu a puxei de volta, desta vez um pouco mais forte do que antes. Ela tropeçou contra o meu peito. "Eu não vejo nenhuma outra garota andando por aí. E você?" Eu retruquei. Ambas as palmas das mãos deslizaram pelo meu peito e pararam logo abaixo da minha clavícula. "Garotas? Não." O jeito que ela disse... Minha cabeça recuou. "O que foi?" "Nada", ela murmurou e se afastou. Frustração me fez rosnar. "Uh-uh." Eu a agarrei pela cintura para empurrá-la contra a parede. "Diga-me." "Beije-me." Foi falado como um claro desafio. Levantei uma sobrancelha. Ela levantou uma em resposta. Eu nunca recuso um desafio. Sem outra palavra, segurei seu queixo na minha mão e espalmei os dedos pela parte de trás de seu pescoço. Eu a observei quando me inclinei, lentamente abaixando meu rosto, deixando-a antecipar a minha chegada. Assim quando sua língua se projetou para molhar seu lábio inferior, para se preparar para o meu beijo, me movi bruscamente. Peguei seus lábios e a ponta da sua língua no meu primeiro toque. Enfiei meus lábios nos dela enquanto sua língua recuava, e nos beijamos suavemente a um ritmo sem pressa. Foi um bom beijo. Mais sensual do que aquecido. E então tudo acabou. Ela se afastou, sua cabeça subindo contra a parede. Ainda segurando seu rosto, eu procurei em seus olhos. 180


"Isso é o que eu pensava." Ela suspirou. Senti minhas sobrancelhas arquearem. "Qual é?" Ela deslizou para fora de mim e entrou no quarto. "Para alguém tão esperto, você é incrivelmente burro." "Coloque para fora já," Retruquei, sentindo-me mal-humorado. Esta foi a primeira vez que uma mulher não parecia completamente emocionada com o meu beijo. "Você não está interessado em mim, Drew," Joey disse, sem corte. "Acho que você quer estar. Mas você está interessado por outra pessoa." "Você bateu sua cabeça esta noite, quando eu não estava olhando?" Ela revirou os olhos. "Não seja um idiota." "Tudo bem." Eu joguei junto. "Em quem é que você pensa que eu estou interessado?" Isso deveria ser bom, considerando que ela era a única pessoa que eu estava saindo além de Trent. Realização me deu um tapa no rosto. Ela viu e assentiu com a cabeça. Ah Merda. "Trent e eu somos apenas amigos", gaguejei. "Melhores amigos." "Você quase nos matou esta noite após vê-lo em um bar gay com outra pessoa." "Ele mentiu para mim!" Eu atirei para fora. "E para quem você está mentindo Drew?" Ela perguntou suavemente, sua voz um contraste completo com o meu. A pergunta foi como um gancho no meu queixo. Senti minha cabeça pular de volta. "Diga-me que o nosso beijo fez você querer mais", ela incitou. "Você pode ser capaz de mentir para si mesmo, mas você não pode mentir para mim. Isso foi morno, no melhor. Um beijo entre amigos". Abri a boca, mas nada saiu. Ela estava certa. Aquele beijo não havia nada que eu quisesse repetir. 181


Mas isso não significava que eu estava quente pelo meu melhor amigo. Joey foi até a porta e segurou a maçaneta. "Beije-o", ela sugeriu. "Só uma vez. Eu não estive em torno de vocês dois por muito tempo, mas foi tempo o suficiente. Um beijo é tudo o que vai levar. No segundo em que você fizer, não será capaz de negar que o que temos é amizade, mas com Trent?" Ela abriu a porta. "É muito mais." "Eu não sou gay,” Eu ecoei enquanto caminhava entorpecido para o corredor. Eu estava estranhamente chocado com essa conversa. Quando olhei de volta para Joey, ela sorriu suavemente. "Nem Trent é." As palavras ficaram lá no corredor vazio por muito tempo depois que ela fechou a porta.

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A língua de uma baleia azul pesa o mesmo que um Hummer H2 SUV 2005.

Trent

As coisas estavam mudando. Mudando tão rápido que me sentia como se estivesse agarrando em fumaça. Eu sei, eu sei o que costumava ser, do jeito que eu queria que ainda fosse. As coisas estavam mudando. Elas nunca mais seriam a mesma.

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Tenha cuidado com quem você escolhe para amigos! Em 2007, o menino de 20 anos foi condenado à prisão perpétua sem condicional por emprestar seu carro para um amigo, que, em seguida, assassinou uma menina de 18 anos de idade.

Drew

Ele estava sentado no banco do passageiro quando voltei para o Mustang. Eu não olhei para ele. Ele não olhou para mim. Havia tudo isso... coisas entre nós. Raiva. Confusão. Mentiras. Dirigi para o meu lugar, grato que todo mundo havia saído para o fim de semana. Eu não acho que estivesse pronto para a conversa que estávamos prestes a ter. Mas se eu esperasse até estar pronto, nunca a teríamos. Tão apavorado quanto eu estava agora, a ideia de não falar era ainda pior. Assustou a alma estar em desacordo com Trent. Ele era minha pessoa. Quem eu sempre quis que estivesse lá. Nunca me permiti pensar em como eu queria que ele estivesse lá. Mas evasão foi à porta de saída quando o vi no bar com outro cara. Eu não gostei disso. 184


Não, eu odiei isso com uma paixão ardente. Na garagem, desliguei o motor e apertei as chaves. Eu não olhei para trás para ver se ele me seguia. Eu sabia que ele faria. Não havia nenhuma maneira que toda a tensão enchendo o ar fosse unilateral. Já era tempo. Joguei as chaves sobre a mesa perto da porta da frente, tirei meus sapatos e fui direto para a cozinha. Por falta de uma ideia melhor, coloquei um pouco de café. A porta da frente chacoalhou quando se fechou atrás dele, e eu senti a tensão entre meus ombros intensificar. Minhas mãos tremiam. Era dolorosamente óbvio quando derramei a água na parte de trás da máquina. Eu não sabia mais por que elas estavam tremendo, ou melhor, qual emoção dentro de mim estava fazendo-os tremer. Demais. Havia muito dentro de mim agora para compreender qual emoção era a mais forte. "Precisamos conversar sobre Lorhaven", disse Trent, entrando na cozinha. "Foda-se Lorhaven." Eu rosnei e bati o pote de café. "Você me disse que não iria enfrentá-lo sozinho", argumentou. "E você me disse que tinha uma coisa de fraternidade hoje à noite." O pomo de Adão balançou com a força de seu engolir. Meus olhos observavam abertamente como se movia com suas tentativas. "Drew." Um milhão. Isso foi quantas vezes ele disse meu nome. Um. Isso foi quantas vezes ele havia dito assim. Algo no meu peito desmoronou. Ele literalmente se desintegrou em pedaços.

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Encostei-me no balcão, precisando de algo para sustentar o meu peso. "Por que você foi lá?" Forcei as palavras, meu tom de voz rouco. Trent esfregou a mão sobre o rosto e, em seguida, enfiou o polegar no bolso de sua calça jeans. Ele olhou para todos os lugares, menos para mim, o chão, o teto, os sapatos ainda em seus pés. Eu olhei apenas para ele. Eu tinha que olhar. Eu tinha que ver. Eu não tinha certeza do que eu estava procurando, mas tinha certeza que eu saberia quando descobrisse. "Você foi a um bar gay do outro lado da cidade," eu pressionei. Eu não conseguia tirar o silêncio. "Você mentiu sobre isso. Por quê?" "Eu..." Sua voz foi sumindo. "Você acha que eu não o aceitaria?" Seus olhos castanhos fitaram os meus. Pela primeira vez no que pareciam séculos, seu olhar dourado estava lá para mim. "Não." "Então...?" "Eu só queria ver, está bem?" Ele correu para fora. Eu segurei seus olhos. "Ver o que?" Ele mudou de posição, pulando de um pé para o outro, antes de responder. "Eu sempre quis saber... sobre mim. Sobre o jeito que eu me sinto. É confuso... me sentir dessa maneira, estar em um caminho, mas saber que deve ser o outro. Então, estou conformado. Eu fiz o que era esperado. "Seus olhos assumiram uma nota desesperada. "Não foi tão ruim assim... Até que... Está ficando mais difícil..." Ele limpou a garganta e desviou o olhar. "Desde quando?" Eu pressionei. Ele não respondeu, e isso me deixou impaciente. "Desde quando, Trent," exigi áspero. Porra, isso estava me matando. Eu não conseguia tirar outro segundo disto... deste... desconhecido. 186


"Desde que conheci você!" Ele explodiu. Seus braços se abriram com a força de sua exclamação. Um rubor se espalhou sob minha pele. Desejo. E algo mais. Posse. "A partir do segundo que você sentou ao meu lado na Screamerz, senti uma conexão com você. No início, pensei que era apenas amizade... você sabe o tipo que Rome e B têm. Mas não era isso. Não pra mim. Era mais…" Lá estava ele. As palavras que eu estava esperando ouvir. Parecia que eu estava esperando muito mais do que apenas esta noite para ouvir essa confissão. No fundo, você sempre soube, também. O pensamento me pegou desprevenido. Mas eu não podia negar. Eu não tive tempo para pensar sobre isso, para tentar fazer sentido do sentimento, porém, porque Trent continuou falando. "Fui esta noite porque eu queria ver, pensei que talvez eu pudesse experimentar algumas coisas... e ver se isso me deixa menos confuso." Ele mudou de posição novamente. É estranho como seu nervosismo me atraiu. Fezme sentir como predatório. Ouvi-lo dizer essas coisas... me deixou louco. "Que coisas?" Eu moí fora. Ele olhou para cima, como se não tivesse percebido o que ele disse. "O que?" "Você queria experimentar algumas coisas", eu respondi. "Que coisas?" "Não importa", exclamou e empurrou a mão pelo cabelo. Mas ele não podia porque o chapéu para trás ainda estava lá. Ele se conformou em fazer um som frustrado na parte de trás da garganta. "Beijar", eu disse, e seus olhos voaram para mim. "Tocar". Tão inquieto como ele estava apenas alguns segundos atrás, agora ele estava igualmente quieto. 187


Baixei a voz. "Foi isso que você queria experimentar?" Ele balançou a cabeça tristemente. "Pensei que talvez..." Ele não conseguiu terminar porque um som irritado saiu da minha garganta. Empurrei-me para fora do balcão, e seus olhos se arregalaram quando me aproximei. "Você foi para um bar cheio de estranhos para que pudesse escolher um cara para bater e brincar." Oh meu Deus, apenas o pensamento trouxe de volta toda a raiva que senti no Mustang. "Bem, sim." Ele deu de ombros. A imagem dele sentado no bar com o pau de granola me atacou mais uma vez. Tudo dentro de mim o rejeitou. Rejeitei apenas o pensamento de Trent com aquele cara, com qualquer cara. Era tão forte que minhas mãos começaram a tremer de novo. "Não", eu rosnei. Trent sussurrou. "Não?" "Não." Minha voz soou como cascalho. "Olha cara. Percebo que você está chateado. E essa conversa é uma porcaria, mas você não pode me dizer o que fazer." Senti meus olhos se estreitarem. "Com licença?" "Eu não estou sentado aqui todo chateado sobre você e Joey." Recuei como se a sala estivesse cheia de péssima energia. "Eu e Joey?" Ele assentiu. "Eu pego suas vibrações. Você estava flertando com ela no carro esta noite. Ela tem um senhor tesão por você ". Eu ri. "Você disse senhor tesão." Seus lábios tremeram, mas então ele cruzou os braços sobre o peito e aquele olhar surgiu em seu rosto... um olhar que eu tinha certeza que veria refletido se eu me olhasse em um espelho. Ciúmes. 188


Ele estava com ciúmes de Joey, e eu estava com ciúmes de todos os estranhos que ele consideraria... tentar coisas. "Tente comigo." Minhas palavras foram bruscas. Seus olhos castanhos se arregalaram e os braços cruzados sobre o peito largo caíram para os lados. "O que?" "Você quer tentar com um cara. Veja como é... use-me." Tentação brilhou em seus olhos, e isso me deixou com fome. Isso me fez sentir como se eu estivesse morrendo de fome por muito tempo e nem sequer sabia disso. A tentação deu lugar à resolução. "Não", ele respondeu monótono. "Por que diabos não!" Eu exigi. "Porque você é meu melhor amigo." "Você disse que poderia haver algo mais." Eu me movi um pouco mais perto. Ele não recuou. "E quanto a você, Drew?" A voz de Trent era hesitante. "Você acha que poderia haver algo mais?" Aqui estava. O momento da verdade. O momento em que eu tinha que ser honesto comigo mesmo. Uma súbita onda de pânico me deu um tapa. Eu não estava preparado. Eu não estava pronto para isso. Não sou tão valente quanto Trent. E Trent era valente. Naquele momento, ele era a pessoa mais corajosa que já conheci. Ele tomou meu silêncio como decisão, e seus ombros caíram apenas uma fração quando ele se virou. "Está bem, cara. Entendi." "Espere", eu disse e peguei seu pulso.

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Nós dois paramos e olhei para baixo para onde eu o segurava. Ele era forte e sólido sob o meu aperto. Não delicado e ossos finos como todas as mulheres que eu havia levado para a cama. Trent era quente e seguro. Ele era forte suficiente para me pegar. Forte o suficiente para levar a minha queda. Ninguém nunca havia sido forte o suficiente para mim antes. De repente, era fazer ou morrer. Era Trent ou o meu medo. Se eu deixar o meu medo ganhar, nós nunca mais seríamos o mesmo. Claro, teríamos a amizade. Nós sempre seremos amigos. Mas ele se afastaria... Ele voltaria para aquele bar. E eu o perderia. Talvez não completamente, mas muito. Eu queria tudo dele. "Poderia ter", eu sussurrei. Seu braço sacudiu a minha mão. "Eu acho que poderia haver mais. Eu gostaria de... tentar. Eu quero ver." Meu coração estava batendo tão forte no meu peito que me senti instável. Meu estômago estava tão agitado e parcialmente preocupado que eu poderia estar doente. Ninguém jamais me afetou assim. Ninguém. E foi por causa da maneira completamente abalada e instável que senti que entendi algo que só me abalou ainda mais. Isto era real. Seja o que for, era o sentimento mais intenso que eu já havia conhecido. Trent voltou a sua atenção para onde a minha mão ainda se agarrava ao seu braço. Eu não estava mais tentando impedi-lo de sair. Agora eu estava segurando porque eu precisava de alguém para me apoiar. Eu estava assustado. "Você está tremendo", ele sussurrou e gentilmente pegou a mão livre e envolveu-a em torno do meu antebraço a deslizou para baixo e gentilmente soltou meu aperto. 190


Mas ele não a soltou. Em vez disso, ele entrelaçou seus dedos firmes com os meus trêmulos. Deixei de pensar. Não porque eu queria perder o momento, mas porque o meu cérebro simplesmente não podia processar tudo de uma vez. Naquele momento, meus sentimentos eram uma centena de vezes mais forte do que qualquer pensamento que jamais tive. Ainda segurando minha mão, Trent se aproximou. A ponta de seus sapatos colidindo com minha meia. Ele era como uma fornalha, uma fonte de calor quando você entrava em um dia frio. Seu calor me envolveu, e eu os acolhi em meus poros. A ponta do polegar acariciou a palma da minha mão, me lembrando do jeito que me senti no carro quando ele havia feito o mesmo. Meu estômago apertou com antecipação, e puxei uma longa respiração. "Tem certeza?" Trent murmurou, seu polegar fazendo isso, acariciando novamente. Eu assenti com a cabeça, porque, como eu disse, eu não podia falar. Sua mão livre se aproximou e descansou no lado do meu pescoço. No segundo que ele fez contato, meus olhos deslizaram fechados enquanto me deixava sentir a corrente de desejo fluindo da cabeça aos pés. "Ei," ele sussurrou, e eu encontrei o seu olhar cor de avelã. Ele fez esse som. Um cruzamento entre um resmungo e um rosnado, o tipo de som que um homem faz quando está completamente satisfeito, e, então, não havia mais a distância entre nós. Sua mão apertou um pouco o meu pescoço no segundo em que nossos lábios fizeram contato. O primeiro gosto era suave e agradável, até mesmo hesitante. Não foi como eu esperava que fosse. Pela forma como meu corpo estava cantarolando, eu esperava que houvesse algum tipo de impulso elétrico. Mas não foi assim. Não quando tocamos pela primeira vez. Foi essa intensa sensação de alívio. De finalmente encontrar o lugar que eu pertencia.

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Eu fiz um som; Eu ouvi isso em algum lugar à distância. Trent cobriu meus lábios novamente, e eu abri para ele, fundindo nossas bocas completamente juntas. Oh Deus. De repente, a mão que segurava a minha havia desaparecido e estava contra o meu peito duro e expansivo. Um braço agarrou a minha cintura, me segurando perto, e a mão originalmente no meu pescoço estava agora no fundo do meu cabelo, na minha nuca. Ele beijou profundamente, muito mais profundo do que eu já havia sido beijado antes. Ele tinha o tamanho, ele tinha a força, e querido menino Jesus, ele tinha a língua. Minhas mãos agarraram sua cintura. Mas não era o suficiente. Eu queria mais. Eu queria dar tão bom quanto eu estava recebendo. Sua língua enrolou a minha, e eu cheguei até a mergulhar as mãos em seu cabelo, mas seu boné estava no caminho. Eu fiz um som, e ele puxou sua boca livre, apenas o tempo suficiente para tirar o boné e jogá-lo fora. Em seguida, ele estava em mim de novo, e eu o acolhi. Eu não tinha que me curvar para aprofundar o beijo. Eu não tinha que pensar em torno dele, porque ele era maior do que eu. Tudo o que eu tinha que fazer era segurar sua cabeça e mergulhar. O que era para ser uma experiência transformou-se em desespero. A enxurrada de sentimentos suprimidos por tanto tempo estava se abrindo, e eu declarei que nunca voltasse novamente. Puta merda, eu estava sobrecarregado. Beijá-lo era como ver o mar pela primeira vez. Encontrar algo tão grande que fazia você se sentir pequeno. Era como estar debaixo de uma galáxia ou ser o ponto vermelho "você está aqui" em um mapa do mundo. Era como se, finalmente, compreendesse a resposta a uma pergunta impossível. Seus lábios eram grossos e macios. Ele usava-os para completamente assaltar os meus enquanto sua língua acariciava e fodia o interior da minha boca. Seu cabelo estava curto sob minhas mãos. Eu amei a maneira como se sentia. 192


Diferente, mas de uma boa maneira. Tipo espinhoso quando eu esfregava os dedos sobre a parte de trás de sua cabeça. Meus joelhos estavam fracos, e eu realmente (embaraçosamente) comecei a cair em direção ao chão. Trent estava lá. Ele apertou sua mão na minha cintura, e eu descobri que estava certo. Ele era realmente forte e com ele eu nunca cairia. Nossas bocas fizeram um ligeiro som ofegante quando nos separamos. Ou talvez fosse apenas nós dois tentando recuperar o fôlego. Logo que ele levantou a cabeça, ele girou e caminhou para trás de modo que eu estivesse pressionado contra a parede, então eu tinha algum lugar para me apoiar. Meu peito ainda estava levantando quando Trent começou a recuar. "Espere", eu disse, sem fôlego. Ele voltou. "Faça de novo." Minha voz estava tão rouca que mal reconheci. Seus lábios na verdade estavam lisos e com a aparência inchada, inclinados para cima. Ele não foi gentil ou cauteloso, quando ele veio para mim desta vez. Desta vez, ele se aproximou como o jogador de futebol que ele era. Honestamente, foi provavelmente bom que ele me colocasse contra a parede, porque eu nunca havia estado com alguém com tanta força antes. Eu não estava preparado para a maneira como ele foi capaz de me arrasar. Estive com alguém... Eu estava com Trent? O pensamento foi passageiro porque desta vez eu era capaz de sentir mais do que apenas uma sensação esmagadora de retidão. O corpo inteiro de Trent esfregou contra o meu. Eu me mexi, espalhando minhas pernas para que sua coxa pudesse escorregar entre elas. Sua língua se enrolou ao redor da minha no mesmo momento em que senti seu pau duro como um aço contra o meu quadril. Meu peito retumbou com prazer. O som me fez ficar quieto. 193


Eu apenas desfrutei da sensação do pau do meu melhor amigo contra mim? Trent sentiu a mudança e levantou a cabeça. Ele apoiou-se apenas uma fração, o suficiente para que eu não pudesse sentir sua ereção dura ou a parede sólida de seu peitoral contra mim. "Umm, uau", disse ele, limpando seu lábio inferior com o polegar. A ação apertou meu estômago e meu próprio pênis se contraiu. No mesmo momento, eu tinha duas realizações: 1) Puta merda... Eu estava com um tesão furioso como ele. E, 2) Eu nem havia notado meu próprio tesão porque eu estava tão envolvido em um único beijo. Nenhum beijo jamais, nem mesmo por uma fração de segundo me fez esquecer outras coisas (realmente coisas boas como orgasmos) que às vezes vinham com beijos. Nós nos beijamos apenas para experimentar. Para ver se talvez houvesse algo mais entre nós do que amizade. Tínhamos uma resposta agora. Uma resposta inequívoca e retumbante. Havia definitivamente mais entre Trent e eu do que apenas amizade. Muito, muito, muito mais.

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Fabricantes de automóveis estão esperando para introduzir carros autônomos pelo estaleiro 2020

Trent

A barba no seu rosto quase me matou. Eu não conseguia parar de olhar para o seu queixo, pensando na forma como se sentiu quando meus lábios e queixo esfregaram sobre o dele. Alguma vez você tomou um gole de chá gelado quando acabou de fazer? Onde a bebida está ligeiramente morna e super fresca de ser fervida para dissolver o açúcar. Mas o seu copo está cheio de gelo, de modo a conseguir a combinação de quente e frio em conjunto, quando ela atinge a sua língua. Esse primeiro gole enquanto as temperaturas se misturam é sempre o melhor. Isso é o que é beijar alguém com uma mandíbula desalinhada. Exceto que cada gole de seus lábios tem esse gosto. O gelo não derrete; a temperatura nunca muda. Drew era como um copo interminável desse líquido perfeito. Seus lábios eram suaves, mas o cabelo ao redor deles estava texturizado. Enquanto nos beijávamos, a sensação do movimento de sua barba contra mim era viciante. Suave, mas áspera. Áspera, mas suave. Acrescentou uma camada de um simples beijo que eu nunca soube que existisse. Um. Isso é tudo que precisou. 195


Um e feito. Eu fiquei pensando. Tentando dizer a mim mesmo que isso estava errado. Tentando convencer-me que eu realmente não o amava. Eu o amava. Eu amava Drew. O tipo de amor que pensei que apenas homens e mulheres poderiam ter. O tipo de amor que vi entre Romeo e Rimmel. Entre Braeden e Ivy. Eu queria mais. A vontade de pegar seu rosto e esfregar os meus lábios ao longo de toda a sua mandíbula e encher meus braços com o seu corpo era quase demais. Ainda não. Talvez nunca. Tão urgente quanto me sentia, havia um impulso ainda mais forte. Para proteger Drew. Para protegê-lo. Não havia jeito nenhum no inferno que ele não sentisse, pelo menos, metade do que eu senti há alguns instantes. Eu senti sua ereção, embora tentasse não esfregar contra ela. Sua ereção não era a única coisa que eu sentia, no entanto. Senti a fraqueza dos joelhos e o tremor em suas mãos. Ele estava assustado. Eu entendia melhor do que ninguém. Este era um território inexplorado para nós dois, e eu não queria acabar com isso. Drew e eu éramos amigos em primeiro lugar, e seja lá o que fosse tudo isso... isso estaria em segundo. Ele precisava da minha amizade agora mais do que eu precisava arruinar seus lábios. Eu queria saber o que ele estava pensando. O que ele estava sentindo. Se ele estava tão perdido em mim como eu estava nele. Sem chances. Mas um cara pode sonhar, não pode? Ele ainda estava contra a parede, olhando um pouco em estado de choque. Eu recuei, dando-lhe de volta o espaço pessoal que eu oh tão feliz invadi.

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"Quer um café?" Perguntei, agarrando algumas canecas do armário e virando minhas costas para ele. Uma vez que eu estava totalmente de costas, alcancei o meu jeans e ajustei meu pau. Eu ainda estava duro como uma rocha. Claramente, meu pau não concordou que era uma boa ideia dar a Drew algum espaço. "Uh, claro", ele respondeu. Despejei o líquido rico em duas canecas e adicionei a quantidade correta de creme e açúcar. Quando terminei, parecia que a tarefa simples não havia levado tempo suficiente. A eletricidade ainda chiava no ar, e meu coração ainda estava batendo de forma irregular. Inclinei-me contra a borda do balcão e olhei para o outro lado da sala. "Onde está todo mundo?" "Não aqui", disse ele. Seus olhos procuram os meus. "Não vão voltar até domingo à noite." Bem, essa resposta não iria ajudar a suavizar o meu pau. Ele engoliu em seco, o pomo de Adão balançando debaixo de sua pele. Mais uma vez, senti meus olhos persistirem na pele clara de sua mandíbula. "Eu gosto de você com barba por fazer," soltei. Eu recuei como se tivesse me dado um soco no rosto. Eu não era de dizer coisas estúpidas. Eu era do tipo que me mantinha contido. Ele estava me desfazendo. Eu me preocupava que minha atração óbvia por sua barba seria demais. Eu o subestimei. Seus dentes brilharam, e uma risada quente, quase sedutora borbulhou entre seus lábios. Drew esfregou a palma da mão sobre o queixo e pescoço. Isso me deixou com ciúmes. "Sim?" Eu balancei a cabeça, não confiando em minha língua o suficiente para não dizer outra coisa que eu poderia lamentar depois.

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"Notei", ele murmurou. O azul de seus olhos se estreitou em meu rosto, seu olhar caindo para meus lábios. Ele gostava de me beijar. Euforia me deixou tonto, e eu cobri meu sorriso me virando para pegar as canecas. Quando as levei ao outro lado da sala, os olhos de Drew me seguiram, como se estivesse com fome. Isso é bom. Deixá-lo pensar nisso. Deixe-o pensar o que quiser, sem qualquer pressão. Todo mundo sabe que um motor quente é mais rápido do que um frio. "Quer assistir a um filme?" Eu perguntei e estendi a caneca entre nós. Surpresa brilhou em seus olhos. Como se ele não pudesse acreditar que tínhamos acabado de devorar o rosto um do outro e agora eu estava entregando-lhe café e sugerindo um filme. Eu queria rir alto. Será que ele queria que eu pulasse em cima dele? Cristo, eu queria. "Claro", ele finalmente disse, endireitando-se e estendendo a mão para a caneca. Certifiquei-me de que nossos dedos não se tocassem quando a entreguei. A sala estava escura; a única luz era a que vinha da cozinha. Eu conhecia a sala tão bem que não precisava de muita luz para me orientar, então eu não me preocupei em acender a luz. O escuro pode tornar mais fácil para ele pensar de qualquer maneira. O sofá estava em frente da tela plana pendurada acima da lareira. Na frente dela estava um quadro branco – Não deveríamos colocar nossos pés na mesa de café. Ivy disse isso. Larguei o café, peguei o controle remoto, e afundei nas almofadas. Segundos depois, tirei os sapatos que eu ainda estava usando e apoiei os pés em cima da mesa. O encosto do sofá tinha algum lance peludo caído sobre ele, e eu inclinei minha cabeça para trás contra ele enquanto zapeava os canais.

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Drew estava pairando perto do sofá, e eu sabia que ele estava tentando decidir se ele sentaria comigo ou em uma cadeira próxima. Eu propositadamente havia deixado um monte de espaço no final do sofá. "Há uma maratona do Exterminador." Fiz um gesto em direção à tela. "Faz muito tempo que não vejo." "É porque o novo Exterminador saiu em DVD não faz muito tempo", disse Drew e se sentou no sofá. Ponto! "Sim? Bom. Podemos alugá-lo depois de assistir a tudo isso." Segundos depois, os pés se juntaram ao meu sobre a mesa (não estávamos nos tocando), e parecia uma pequena vitória. Colocar os pés sobre a mesa era normal para nós. Seja qual for que o normal era. Foi um bom filme, divertido. Mas eu só pude prestar metade da atenção porque a outra parte de meu cérebro estava tão concentrada em sua presença. No sofá, ele se mexia no ritmo de sua respiração. Cada vez que ele se movia, eu sentia. Eu estava tão em sintonia com o seu movimento que ele estava me deixando louco. No final do primeiro filme, surgiu uma das linhas mais memoráveis, e nós dois citamos junto com o ator. Rimos e fomos para um high-five. Só que ele não a soltou. No segundo que nossas palmas bateram juntas, a mão de Drew girou e enrolou ao redor da minha. Meu estômago literalmente caiu. Como se eu tivesse saltado de um penhasco. Nossas mãos baixaram em direção as almofadas entre nós, e, em seguida, Drew abriu meus dedos. Eu senti como na oitava série novamente e eu estava no meu primeiro encontro no cinema. Eu suava através da minha camisa porque estava tão incrivelmente nervoso. Eu havia levado até os últimos cinco minutos do filme para colocar à sua mão na minha. E quando ela não se afastou, eu literalmente pensei que eu estava na merda.

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"Está tudo bem?" Ele perguntou. Sua voz era baixa e me lembrou muito da oitava série que eu estava pensando. Eu não pude evitar. Olhei para as nossas mãos entrelaçadas. "Está melhor do que bem", eu sussurrei. Ele voltou para o filme. Eu também, mas eu nem sequer vi a tela. Eu não poderia até mesmo dizer-lhe o que estava acontecendo. Tudo o que eu sentia era a palma da sua mão contra a minha. O modo como seus dedos dobravam perfeitamente nos meus. Eu não engoli sua mão; ele não engoliu a minha. Era como uma combinação perfeita. Meu pau voltou ao seu estado anteriormente rígido. Eu estava começando a pensar que isso poderia ser um problema. Eu não queria que ele visse a aberração. Então, com a mão livre, puxei o cobertor de trás de minha cabeça e joguei por cima do meu colo. Drew olhou para mim, depois de volta para a TV. Ele sabia exatamente o que eu estava fazendo. Isso era uma coisa sobre a tentativa de esconder uma ereção de outro cara. Era meio que impossível. Drew conhecia todos os truques, também. Ele não me falou nada, no entanto, e ele não puxou sua mão para trás. Quando o primeiro filme acabou, ele tirou os pés para fora da mesa, e meu estômago apertou. Eu não estava pronto para me levantar ainda. Eu não estava pronto para ele se levantar ainda. "Eu tenho que mijar", anunciou ele e se levantou. Quando ele estava fora de vista, me perguntei se talvez estivesse usando o banheiro como uma desculpa para soltar a minha mão. "Você quer alguma coisa da cozinha?" Ele perguntou. Tudo o que eu preciso é você. "Nah! Eu estou bem!" Ele voltou carregando um saco de batatas fritas e dois refrigerantes, que ele colocou perto dos meus pés e depois se sentou. Desta vez, ele sentou-se mais perto do que antes. Se eu me movesse apenas um centímetro, nossas pernas estariam pressionadas juntas. Poderia realmente Drew ser para mim, também? 200


Por baixo do cobertor, meu pau empurrou. Ele ainda estava duro. Sério. Aparentemente, um beijo de Drew era como o equivalente a uma overdose de Viagra. Eu nunca havia ficado duro por tanto tempo assim. Eu sempre acabava tomando conta da situação. Mas eu não podia no momento. Era como uma dolorosa tortura e eu gostei. "O segundo está começando", disse ele, estalou o topo da lata, e tomou um gole. Eu vi seu perfil quando ele olhou para a TV. Após alguns segundos, a lata foi devolvida para a mesa e Drew atingiu as almofadas. Nossos ombros eram tão largos que bateram juntos. Eu queria pegar a sua mão, mas eu não tinha certeza. E se ele não quisesse que eu fizesse? E se ele quiser isso? Olhei para seus dedos longos, descansando frouxamente na parte superior de sua coxa. Movi-me como se eu fosse recostar um pouco mais no sofá e soltei meu braço perto dele. A parte de trás da sua mão caiu aberta. Eu peguei essa chance e peguei a sua mão. Seus dedos se abriram para fazer o contato com os meus. "Quando eu estou bêbado, chamo a minha avó e digo que ela é gostosa", eu disse, ainda olhando para a TV. "Em um sotaque escocês." Drew riu. "Você sabia?" Eu atirei um olhar surpreso. "Sim." Ele riu. "Será que Ivy contou a você?" Eu exigi. A mão de Drew ficou rígida na minha. "Ivy sabe?" O humor em sua voz não estava mais lá. Eu hesitei. "Sim, eu disse a ela há muito tempo", expliquei. "À noite em que ela me disse que gostava de Braeden." "Porque você estava interessado nela." Seu tom era mais duro agora, como se ele estivesse chateado. Drew começou a puxar para trás, e meu peito se encheu em pânico. 201


"Ouça." Segurei sua mão com mais força para impedi-lo de se afastar. "Você e minha irmã não é uma imagem que eu quero na minha cabeça." "Nada aconteceu entre Ivy e eu. Eu juro. Se tivesse acontecido, você acha que Braeden me deixaria entrar nesta casa?" Drew me deu um olhar de soslaio e depois se recostou contra as almofadas, mas sua mão ainda estava rígida na minha. "Então..." Eu comecei, cauteloso. "A ideia de Ivy e eu o incomoda?" Ele fez um som rude. "A ideia de você e qualquer um me incomoda." Bem, isso me deixou feliz. Totalmente atordoado. Ele não parecia tão alegre sobre o anúncio, então decidi não agir como se eu tivesse acabado de ganhar na loteria. "A maioria dos caras têm uma noite, conexões aleatórios quando eles ficam bêbados. Se não houver mulheres ao redor, eles fazem coisas estúpidas como correr toda a quadra ou entrar em brigas." "Você é um garoto de fraternidade." Drew brincou. "Se alguém me chamar assim, eu bato em suas caras." "Garoto de fraternidade", disse ele novamente. Eu o deixei fugir com isso. Porque eu o amava. E quando vinha de seus lábios, soava como um termo carinhoso. "Em vez de fazer essas coisas, eu chamaria Granny. Quem diabos chama sua avó para dizer que ela é gostosa quando está bêbado?" "Eu acho que deveríamos fazer um pouco de terapia", ele brincou. "Tão frio", eu disse, fingindo que estava ferido e como se eu fosse puxar minha mão de volta. Na realidade, alguém teria que usar uma motosserra para tirar a minha mão da dele. 202


"Ohh, T," Drew demorou. "Eu estava só brincando." Enquanto falava, ele puxou minha mão para trás e levantou-as para seus lábios. Antes que qualquer um de nós pudesse pensar nisso, ele beijou o torso da minha mão. Meu coração literalmente parou. Ele caiu calmo e pulou uma batida. Uma motosserra? Nem mesmo isso seria suficiente para me separar dele agora. Eu poderia dizer que o ato o pegou desprevenido. O jeito que ele se acalmou e puxou o rosto como se estivesse em choque. Eu não queria agir como se fosse um grande negócio, mesmo que eu tivesse certeza que meu coração acabou de pular uma batida e deu cambalhotas dentro do meu peito. "Esses telefonemas eram um sinal." Eu continuei calmo. "Um dos muitos sinais que tentei ignorar, aqueles que sussurravam no fundo da minha mente que talvez... Não, talvez, não. Que eu sou gay." "Você não deveria estar chamando seu avô, então?" Perguntou Drew. Ele estava totalmente sério. Isso não era mais uma brincadeira. Eu sorri de qualquer maneira, porque era engraçado. Mas ele não viu porque ainda estava olhando para longe. "Se fosse para ligar pro meu avô, eu não seria capaz de dizer a mim mesmo que a merda que eu estava sentindo estava errada. Além disso, eu poderia dizer a todos os caras que eu estava chamando uma garota que conheci online para fazer sexo por telefone. Eu disse a eles que ela pensava que eu era escocês." Ele não disse nada, mas eu sabia que ele estava ouvindo. "Não é como se eu nunca tivesse sido atraído por mulheres." Eu continuei. "Eu já estive." Drew endureceu, e eu apertei a sua mão. "Mas nunca como isso. Nunca tanto que me rasgou por dentro. Eu acho que talvez seja por isso que gostei de Ivy." Ele fez um som, mas me apressei antes que ele pudesse ficar louco novamente. Ele estava um bastardo espinhoso esta noite. Mas está tudo bem. Esta era uma conversa pesada. 203


"Ela era uma escolha segura. Ela não gostava de mim, não assim. Era sempre B para ela. Eu sabia que ela nunca me escolheria de qualquer maneira." "Isso realmente faz sentido", ele murmurou. "Eu menti para você." Sua cabeça se aproximou. "Sobre o que?" "Aquela noite meses atrás? Aquela em que eu estava tão bêbado que esqueci tudo?" Ele assentiu. "Eu não esqueci. Eu lembro." "O que você lembra, T?" perguntou ele, tranquilo. "Lembro-me de acordar na manhã seguinte e olhar para o travesseiro, onde você esteve durante toda a noite ao meu lado e desejando que ainda estivesse lá." Ele respirou fundo. Eu sabia que eu havia planejado deixá-lo pensar. Deixá-lo dar sentido ao beijo. Mas as palavras não paravam de sair. Simplesmente não havia em mim espaço para elas e todos os sentimentos que eu tinha pelo Drew. "Pensei que talvez agindo como se tivesse esquecido tornaria mais fácil, e eu não perderia você como um amigo." "Eu quase perdi você hoje à noite. Naquele bar." "Não. Esse bar apenas empurrou-me mais perto, em sua direção." "Eu odiei vê-lo com aquele cara." Ele olhou para as nossas mãos. "Tudo o que eu conseguia pensar era que você era meu." "Eu sou seu." "Eu não..." "Está tudo bem." Eu o interrompi. "Eu sei que você não sabe como se sente, e está tudo bem. Só sei que você não vai me perder. Não essa noite. Nunca. Mesmo que..." Eu não conseguia dizer isso. "Eu sempre serei seu amigo, Drew. " "Você tem me evitado toda a semana." Ele acusou.

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Eu fiz uma careta. "Dê-me alguma folga. Eu nunca disse que ia ser fácil. Não é todos os dias que um cara finalmente admite para si mesmo o que ele sente por seu melhor amigo." Ele levantou a cabeça e olhou para a sala escura enquanto eu observava a luz da TV cintilando na tela em suas feições. "Senti sua falta." Limpei minha garganta. "Eu também." "Eu estava evitando você, também." As palavras foram acompanhadas por um olhar muito significativo. Minha boca ficou seca, e a esperança (o bastardo malvado) inchou dentro de mim. "Porque você finalmente admitiu para si mesmo que você está totalmente caído por seu melhor amigo?" perguntei. Ele balançou a cabeça negativamente. Minha furiosa ereção murchou. “Eu não admiti. Eu não estava pronto.“ Seus olhos azuis levantaram para o meu. "Mas agora eu estou."

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Uma vez que o Sr. Rogers teve seu carro roubado. Depois foi relatado no noticiário que seu carro foi devolvido com uma nota em que disseram "Desculpe, nós não conhecíamos o seu carro.”

Drew

Meu nome é Drew Forrester. Eu tenho certeza de que estou apaixonado pelo meu melhor amigo. Que é um cara.

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Os carros mais roubados são os modelos utilitários comuns, como o Civic Honda e Accord.

Trent

"O que você está dizendo?" Perguntei. Eu queria ser perfeitamente claro. "Eu me sinto atraído por você, garoto da fraternidade. Da mesma forma que você é por mim." "Você é gay?" Ele sorriu maliciosamente. "Eu estive com muitas mulheres para me chamar de gay. Então, talvez eu seja bi. Inferno, eu não sei. Colocar um rótulo não o tornará mais fácil de entender." Eu balancei a cabeça, totalmente de acordo. "Ou mais fácil de sentir." Ele desviou o olhar e suspirou. "Venho lutando, também, por muito tempo. Nós sempre... meio que tivemos essa química entre nós. Você sabe?" Ele olhou para mim para confirmação. "Eu acho que aquele beijo provou isso", eu respondi, triste. "Eu quero fazer de novo." Sua voz era um meio rosnado. "Graças a Deus", eu jurei. Estar em um relacionamento (se é que é isso) com outro homem não vai ser fácil. Não era algo que eu escolheria para mim. Mas o amor escolheu por mim.

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Depois de beijá-lo, depois de se sentar aqui com ele assim.... tornou-se tão claro para mim que a única coisa mais difícil do que estar com Drew seria não estar com ele. "Naquela noite, no meu quarto, quando estava bêbado... As coisas que você sussurrou? Elas me afetaram, em um nível que eu nunca entendi. Ou tentei. Isso me assustou tanto, T." "Eu sei cara." Eu esfreguei minha mão livre sobre o meu rosto. "Eu pareço como um maldito gay dizendo isso. Mas é verdade. Eu tenho muito medo ultimamente." Eu não queria isso para ele. Eu queria que ele estivesse seguro. Feliz. Tudo. Ele se virou e olhou para mim. Procurei seus olhos azuis, na esperança de encontrar as palavras que poderia fazer isso mais fácil. "A única vez que eu não estava com medo foi quando você me beijou." Acho que eu não precisava de palavras, porque ele já as tinha. Estávamos incrivelmente perto. Poucos centímetros um do outro. Seus olhos eram tão sinceros, tão abertos naquele momento que fez meu coração vibrar. Soltei nossas mãos e coloquei a palma da mão contra o lado de seu rosto, na sua bochecha. "Eu também não estava," Eu confidenciei. Desta vez, ele me beijou. Meu coração cantou como todos os filmes da Disney que eu sempre pensei que eram mudos. Mas merda, se não se são impressionantes. Meus dedos esfregaram contra a barba em seu rosto, e ele puxou meu lábio inferior entre os seus. Ele chupou e lambeu, meus dedos arrastaram em torno de seu pescoço e mergulhou nos fios curtos do seu couro cabeludo. Ele soltou meu lábio e gemeu, cobrindo minha boca completamente. Abri, dando boas-vindas a sua língua em mim e provocando-o com a minha própria. Ele pressionou mais perto, beijando-me profundamente. Tão profundo que eu gemi e agarrei a parte de trás da sua cabeça com medo que ele pudesse desaparecer.

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Não foi o suficiente. Meus pés caíram para fora da mesa de café para o chão, trazendo meus joelhos em um ângulo de noventa graus. Ele se mudou comigo, sabendo exatamente o que eu queria, porque ele queria, também. Graças a Deus, ele também queria. Drew subiu no meu colo, sobre as minhas pernas. Suas poderosas coxas descansaram em cada lado de mim, e eu as cobri com as palmas das mãos para se deleitar com o quão forte ele era. O peso dele sobre mim era delicioso; Eu aceitei tudo. Aceitaria qualquer coisa que Drew quisesse me dar. Eu desejava mergulhar minhas mãos sob sua camisa e arrastar meus dedos pelos músculos de suas costas. Todas as vezes que eu olhava para ele, para os contornos da sua cintura, o comprimento da sua espinha, e da forma como os seus músculos se moviam sob a pele... Às vezes eu tinha que fingir que não percebia o quanto ele me afetava e o quanto eu queria explorar seu corpo de maneiras que eu não deveria querer – E eu estava tendo essa chance agora. Seus lábios eram a perfeição personificada. Eles estavam cheios e quentes. Eles combinavam com os meus de uma maneira que nenhuma mulher já fez. Adorei a forma como ele praticamente atacou minha boca. Ele não era cauteloso ou feminino em tudo. Ele era todo homem, e beijava com uma agressividade e tenacidade única que apenas um homem saberia. E querido Deus, a barba no seu queixo... era a minha cryptonita. Minha heroína. A melhor coisa que já provei. Sempre. Com um gemido, arranquei minha boca livre e agarrei seu queixo com a mão. Eu não fui muito gentil quando segurei seu rosto e inclinei sua cabeça para trás para que eu pudesse raspar meus dentes ao longo daquela barba e depois beijar seu pescoço. Drew fez um som e seus quadris rolaram e empurraram para frente. Minha cabeça caiu de volta no sofá, e eu estremeci. Meus dentes afundaram em meu lábio, enquanto eu lutava para manter o gemido de tortura lá dentro.

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Passei a mão sobre meus olhos, tentando me dar um pouco de privacidade para puxar minha merda juntos. Deus, Eu estava muito envergonhado. Eu era um homem crescido agindo como uma maldita criança que não sabia como conter seus hormônios. "Trent?" Drew se acalmou no meu colo. Debaixo das minhas mãos, apertei meus olhos fechados. "Eu... uh." Sua voz era estranha. "Desculpe, eu meio que me empolguei." Ele começou a sair de cima de mim. Fiz um som e agarrei seus quadris, segurando-o onde ele estava. "Não." A palavra saiu como um som gutural. "Não se mova." Sem pensar, empurrei meus quadris para cima para ele quando outro tremor rolou através de mim. Os olhos de Drew se arregalaram. Então, o filho da puta começou a rir. "Você vai gozar, T?" "Vou dar um soco na sua cara", eu rosnei. Ele sorriu, e meu Deus, sua covinha saiu para brincar. "Então, outras pessoas não podem bater em mim, mas você pode?" Ele estava me provocando? O homem que eu realmente amava estava sentado em meu colo, torturando meu pau, e me provocando? Maldição. Eu era um bastardo sortudo esta noite. "Não há nenhuma maneira no inferno que eu teria deixado Max tocá-lo esta noite." "Não diga o nome dele", ele entoou. "Você é possessivo," eu observei, sentindo meus lábios se inclinarem para cima. "Você é protetor", ele respondeu, me dando o mesmo olhar. Eu tenho que cuidar do que é meu. Ponto. Drew talvez não fosse meu, mas o meu coração não operava com detalhes técnicos. A mão de Drew caiu no meu abdômen, e respirei fundo.

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"Preciso levantar," eu disse, empurrando os lados de sua cintura, preparando para levantá-lo. Diversão brilhou em seus olhos. "Cale a boca," eu resmunguei. "Você esteve duro durante a noite toda?" Ele perguntou, olhando para o cobertor ainda sobre o meu colo. Eu estava tão duro até que mesmo o cobertor não estava fazendo um bom trabalho em esconder isso. "Praticamente," admiti. Seu rosto tornou-se um pouco inseguro, e eu me senti mal. Beijo e emoção eram difíceis o suficiente para lidar, mas ter meu pau, literalmente, aparecendo entre nós fazia apenas as coisas mais complicadas. "Levanta", eu disse e comecei a empurrá-lo. "Preciso ir ao banheiro." Drew pressionou seu peso para baixo. Dei outro gemido. "Cara." Eu avisei. "Você vai cuidar disso no banheiro?" Sua voz era curiosa. "É melhor do que estar à beira de gozar em minhas calças." "Eu posso?" Eu congelei. "Você pode o quê?" perguntei baixo. "Posso te masturbar?" Debaixo do cobertor, meu pau se contraiu. Acho que eu nunca quis tanto alguma coisa como eu queria sentir Drew envolver a sua mão ao redor do meu latejante pau. Estudei seu rosto, tentando ver além de meu próprio desejo nebuloso. Será que ele realmente queria isso, ou ele apenas sentia que era isso que eu queria? Mesmo que o pensamento de que ele iria oferecer isso porque sabia que era algo que eu queria me fez amá-lo ainda mais, eu não era tão egoísta. Eu não podia dizer. Eu não tinha certeza. "Não tenho certeza se é uma boa ideia," eu finalmente disse. Seu rosto escureceu. "Por quê?" 211


Porque se eu gostar dele e você não, meu coração será quebrado. "Talvez mais tarde", eu murmurei e comecei a levantar de novo. Drew tirou o cobertor do meu colo e agarrou meu pau através das minhas roupas. O som sibilante que soltei encheu toda a sala. "Você queria tentar um beijo." Ele deu um aperto. "Eu quero tentar isso." "Drew." A derrota na minha voz era embaraçosa. Vitoria encheu seus olhos. Sua mão livre pressionou contra o meu ombro, me forçando de volta para as almofadas do sofá. "Eu nunca", ele sussurrou enquanto desabotoava os botões da minha calça jeans. Coloquei minha mão sobre a dele. "Eu também." O desejo, quente e feroz, encheram seus olhos. Era um olhar atrevido para ele. Eu tinha visto Drew de muitas maneiras diferentes, mas ele nunca me olhou assim. Como se me quisesse. Rendi as mãos, deixando ambas caírem ao meu lado. Levou um minuto para que meu jeans fosse desfeito porque a minha ereção tornou isso muito mais difícil. Quando estava finalmente aberto, Drew deslizou para trás de modo que ele ficasse sentado logo acima dos meus joelhos. Suas grandes mãos agarraram o cós da calça e puxou ao mesmo tempo em que levantei meus quadris para que pudesse deslizar para baixo. Minha cueca boxer era vermelha, preta na cintura, e ela parecia muito apertada contra o comprimento do meu pau. Drew engoliu em seco, seus olhos indo direto para frente da minha boxer. Com uma mão, ele agarrou a cintura e puxou-a para baixo. Meu pau saltou livre instantaneamente. "Isso realmente parece doloroso, garoto da fraternidade," ele disse, olhando para a minha cabeça latejante. "Há quanto tempo desde que você teve algum?" "Muito tempo.” Eu moí fora. Basta olhar para ele que me fazia querer gozar. "Estou supondo que eu não vou ficar muito tempo, então." Ele olhou para cima rapidamente e sorriu. 212


Eu estava além das palavras. Eu não podia dizer uma coisa. "Da próxima vez", ele sussurrou, como se estivesse fazendo uma promessa para si mesmo. A mão de Drew era grande, então quando ele estendeu a mão e me pegou em sua palma, ele cobriu mais do meu pau do que alguém já havia sido capaz antes. Meu peito arfou e meus olhos se fecharam. Nenhum de nós falou quando ele agarrou meu pau e puxou-o para cima e para baixo. A mão dele suavizou e acariciou a pele lisa que se estendia pelo meu pau. Deus era tão bom. Ter suas mãos em mim assim. Lentamente, ele me empurrou, começando na base e se movendo para cima. Quando chegou à cabeça, ele circulou logo abaixo com o seu polegar e o dedo e deulhe um aperto. Meu corpo estremeceu, e ele acertou a ponta do polegar sobre o ponto mais sensível. "Porra.” gemi. "Eu também gosto disso," ele sussurrou. Sua voz me chamou, e eu abri meus olhos. Nós olhamos um para o outro, enquanto ele continuava a empurrar em movimentos lentos e rítmicos. Sua mão livre agarrou a base do meu pau e segurou-o no lugar, e eu fiquei deitado ali, olhando para os seus olhos azuis enquanto suas mãos trabalhavam. Gotas de sêmen vazaram do meu pau, e eu soube imediatamente quando sua mão deslizou sobre ele, porque ele parou. "Você gosta disso." "Deus, Drew. Você não tem nenhuma ideia do caralho." Eu falei. Seus olhos se moveram para baixo, senti-o olhando para o pré-sêmen revestindo o meu pau. Tive um momento para me perguntar se talvez isso o afastaria antes que a ponta do seu polegar estivesse preso no topo da minha cabeça e manchasse tudo ao redor, cobrindo a pele inchada e extremamente sensível com o sedoso lubrificante. Eu sussurrei alguma merda que não fazia sentido e empurrei meus quadris para cima em direção a ele. Usando sua mão, ele segurou minhas bolas e me bombeou novamente. 213


"Eu não posso segurar." Eu disse ofegante. "Eu tenho que gozar." "Deixe-me ver", ele respondeu, arrastando a mão para bater no ponto mágico. Meu pau começou a pulsar, e joguei minha cabeça para trás e gemi. Líquido quente explodiu fora de mim e manchou a camisa que eu estava vestindo. A luz branca explodiu atrás dos meus olhos e meu corpo inteiro liberou cerca de vinte toneladas de pressão. Estremeci e pulsei através do orgasmo, e Drew ficou comigo através de tudo isso. Ele me acariciou quando eu estremeci e trabalhou mesmo depois que parei. Caí contra as almofadas, eu estava totalmente desossado. "Droga," Drew sussurrou, e senti o toque suave de seus dedos sobre o meu saco, amassando-o delicadamente enquanto ele relaxava junto com meu pau. Eu fiz um som que só poderia ser descrito como um ronronar e dei um meio sorriso. "Isso é bom." "Eu não tinha certeza de como eu me sentiria", disse ele, cauteloso. Minhas pálpebras estavam pesadas, mas me forcei a abrir. "E?" Perguntei. "Eu pensei que seria estranho, sabe?" Eu balancei a cabeça. Ele ainda estava brincando com o meu saco, quase como uma reflexão tardia. Foi por causa disso que eu não estava nervoso. "Gosto da maneira como você se sente." Ele continuou. "Gostei da forma como senti seu pau pulsando na minha mão. Eu o assisti explodir em todo o seu peito. Eu fiz você fazer isso", ele sussurrou. Sorri preguiçosamente. "Sim, tudo isso é a porra da sua culpa." E se ele continuasse falando assim, eu ia explodir mais uma vez. "Você gostou?" Eu ri. "O melhor trabalho de mão que já tive." "Qual é a sensação?" O desejo e a curiosidade em sua voz eram claros. Minha frequência cardíaca aumentou.

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Olhei para o seu centro, notando que ele estava ostentando sua própria ereção. Isso me fez querer dar um punho no ar, porque paus nunca mentem. Se ele estava duro, era porque ele estava ligado. "Vou te mostrar:” eu gaguejei. "Você quer?" Ele assentiu.

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O carro mais caro é um Lamborghini Venon (italiano para "VENENO"), que é um SUPERCAR edição limitada que vai a uma velocidade máxima de 220,5 MPH. O seu preço? US $ 4,5 milhões de dólares.

Drew

Ele tirou a camisa. Eu estava feliz por ele ter feito uma bagunça de si mesmo, porque agora eu podia olhar para seu peito. Eu gostava de olhar para Trent. Eu gostava de saber que eu era a razão pela qual ele fez uma bagunça de si mesmo. Não, eu mais do que gostava. Isso me fazia sentir como se eu estivesse sentado na linha de partida em uma corrida. O familiar formigamento de adrenalina pulsava em meus membros, e a antecipação de seu toque me deixou quase tonto. Agora eu entendi por que tentei esconder esses sentimentos. Por que ele me assustava muito. Eu sentia por Trent como me sentia sobre corridas. Assim como corridas e carros eram uma parte de mim, ele também era. As pessoas diziam que eu tinha óleo de motor em minhas veias. Eu sabia que sangro como qualquer outro homem. Mas eu sangrei por Trent. Eu dirigi para esta cidade e quase imediatamente senti como se aqui fosse onde eu pertencia. Não foi só por causa das corridas ou minha irmã. 216


Era ele. Agora que eu admiti, me perguntava como diabos eu nunca fui capaz de saber. Afundei no sofá e coloquei meus pés no chão. Trent estava por perto. A aparência suave de sua pele me fez querer tocá-lo. Seu corpo atlético me excitava; seus músculos possuem tanto poder contido. Não havia nada pequeno sobre T, absolutamente nada. Olhei para seus ombros largos, tendo na sua maior parte, e lembro o quão rápido ele se mudou, a facilidade com que ele manobrou entre mim e o idiota no bar mais cedo esta noite. Ele usou o seu tamanho a seu favor, como um escudo para mim. A maioria dos homens não poderia fazer isso. Eu não era um homem pequeno. Mas T podia. Ele podia me proteger de uma maneira que ninguém mais podia. Ele também podia fazer-me vulnerável de uma maneira que ninguém mais podia. Era um pensamento preocupante. "Você está nervoso?” ele perguntou a partir da borda do sofá. Seu cabelo castanho-claro estava despenteado, meio selvagem e preso na base do pescoço de onde eu havia o agarrado antes, quando nos beijamos. Eu nunca notei antes como aguçado seus olhos castanhos poderiam ser. Como ele foi capaz de olhar para mim como se ele fosse capaz de ver coisas que ninguém mais notaria. Concordei honestamente. "Talvez um pouco." "Você não precisa." Ele cortou. Olhei para a força de suas costas, a forma arredondada de seus bíceps. Eu estava seguro com ele. "Eu quero." Ele assentiu com a cabeça e se sentou ao meu lado, ligeiramente inclinado para que um de seus ombros estivesse pressionado na parte de trás do sofá.

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A TV ainda estava ligada, as imagens mudando e cintilando luz baixa em toda a sala. Sua pele estava iluminada por ela, o que tornava muito difícil resistir à vontade de tocá-lo. Sua pele estava quente, quase corada contra a palma da minha mão. Desci pelo seu ombro, através de seu peito para seu peitoral. O mamilo no centro apertou em resposta, e esfreguei minha mão sobre ele, provocando o botão. Em seguida, desci um pouco mais baixo, até o seu tórax, que apertou debaixo da minha mão. Eles eram definidos o suficiente para que eu fosse capaz de traçar seu contorno com a ponta do meu dedo. "Eu não acho que é justo que eu seja o único aqui sem camisa", ele disse. Sentei-me e segurei o tecido da minha camisa sob a minha mão e o puxei. Joguei-a sobre a parte de trás do sofá e sentei, mais uma vez, reclinando um pouco para darlhe uma visão completa da minha parte superior do corpo. Senti-me um pouco autoconsciente, porque eu não estava tão construído como ele. Eu era mais magro e não tão grande. Eu nunca me senti inseguro antes, nunca me preocupei em agradar alguém com a minha aparência. Eu nunca me importei antes. Ele se moveu para me tocar, mas depois recuou. Decepção bateu em mim, e percebi o quão mal eu antecipei a sensação de suas mãos em mim. "Eu..." Ele começou. "Está tudo bem." Eu assenti. Sua mão estava tão quente como o resto de sua pele e um pouco calejadas por ele levantar tantos pesos. A textura um pouco áspera de suas mãos causaram arrepios ao longo de meus membros. Ele também foi para o meu mamilo, que já estava muito sensível. Ele a pegou entre os dedos e rolou, ligeiramente beliscando a carne sensível. Meus olhos se fecharam, e uma nova sensação me bateu. A sensação distinta de sua língua passando rapidamente sobre o broto endurecido me fez sacudir. Ele fez uma pausa e olhou para cima. Espalmei a parte de trás de sua cabeça e arqueei as costas, empurrando-me para mais perto e puxando-o para baixo.

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Seus lábios se fecharam em torno do mamilo e puxaram. Eu gemia enquanto ele esbanjava atenção no meu mamilo de uma forma que ninguém mais tinha. Enquanto ele fazia, sua mão percorria o outro para puxar e brincar com o broto também duro. Meu saco apertou perto do meu corpo, e meu pau começou a pulsar. Enquanto sua língua deslizava sobre meu peito, eu não pude deixar de me perguntar qual seria a sensação de tê-la ao redor do meu pau. Meus quadris empurraram para cima, e fiz um som impaciente. Sua risada gutural vibrou minha pele, e eu estremeci. Em vez de tirar sua boca e se sentar para trás, ele arrastava beijos quentes e molhados sobre o meu tórax, todo o caminho para baixo. Acho que murmurei uma maldição, mas eu estava além da audição. Minha mão apertou na parte de trás de sua cabeça quando a ponta de sua língua mergulhou no pequeno círculo de meu umbigo. Seus dedos grossos alcançaram o botão do meu jeans, e me inclinei para lhe dar melhor acesso. Ele riu baixo. "Você é muito impaciente." "Quero mais", eu respondi, abrindo meu próprio botão. Ele estava demorando demais. "Não, você não." Ele empurrou minha mão e colocou-a contra o sofá. "Você disse que queria saber como seria eu tocando em você. " "É uma tortura", eu gemi. Ele soltou o meu pulso e abriu o botão. O som distinto de minha braguilha se abrindo me fez tremer. "Boa ou má tortura?" "Você fala demais," eu resmunguei. Ele riu e se levantou do sofá. Meus olhos se abriram quando o peso e o calor dele não estavam mais lá. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele estava sentado no chão entre os meus joelhos, seus olhos castanhos observando, pesando minha reação à sua nova posição.

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Nossos olhos ficaram bloqueados quando ele enfiou os dedos no cós do meu jeans e da minha boxer e puxou. Ambas as roupas saíram e deslizaram todo o caminho até os joelhos. Mesmo quando meu pau saltou livre, ele não parou. Em vez disso, ele puxou-os por todo o caminho e jogou-as de lado. Eu estava completamente nu. Vulnerável de uma maneira que eu nunca havia estado antes. Debaixo de minha pele, meus músculos tremiam. De desejo. De antecipação. Trent se aproximou um pouco e colocou as mãos nos meus joelhos. Se ele me sentiu tremer, não disse nada. Em vez disso, as duas mãos deslizaram para cima, para o interior de minhas coxas. Abri minhas pernas um pouco mais lhe dando espaço, fiquei contente que fiz quando ele começou amassar os músculos lá e acariciar seu caminho até perto do meu pau. "Está tudo bem?" Ele sussurrou. "Sim." Eu suspirei e fechei os olhos. "Se eu fizer qualquer coisa que você não goste, apenas diga a palavra e eu vou parar." "Você pode fazer qualquer coisa para mim agora, garoto da fraternidade", murmurei. "Até mesmo chupar seu pau?" Meu abdômen contraiu e meu coração parou. Eu havia acabado de imaginar essa mesma coisa, e agora ele estava oferecendo-se para torná-lo realidade. Abaixei-me e me agarrei para empurrá-lo em direção a ele. Oferecendo-lhe a parte mais sagrada do corpo do homem. Ele envolveu sua mão ao redor dele e apertou, testando o comprimento e a largura. Minha mão caiu, e eu gemi. Ele começou o processo de brincar. É a única maneira que eu poderia descrever o que ele fez. Ele brincou comigo, usou suas mãos para entregar o prazer completo e requintado. Era quase como se ele estivesse com medo do meu pau, como se fosse a primeira vez 220


que tinha visto um. Eu gostei, porque ele fez o que nós estávamos fazendo juntos, o que eu estava experimentando com seu toque, muito mais devastador. Quando seus lábios roçaram o interior da minha coxa, meus dentes afundaram em meu lábio inferior. Estendi a mão para a sua cabeça novamente e cravei meus dedos em seu couro cabeludo. Eu não tinha que me preocupar muito com a quantidade de pressão que usei porque eu sabia que ele era forte o suficiente para levá-lo. "Vou precisar ouvir você dizer isso", ele murmurou. Cada sílaba que ele falava trazia seus lábios em contato com a minha pele. "Chupe," eu praticamente implorei. "Faça." Eu senti ele se mover entre as minhas pernas, a nudez do seu peito contra a minha pele. Sua mão deslizou todo o caminho até a base do meu pau latejando, e ele empurrou-o para cima. Sua boca deslizou sobre meu comprimento em um longo golpe. Arqueei para fora do sofá porque ele levou a coisa toda, todo o caminho para baixo. Meu pau não se encaixava no fundo da boca de ninguém. Trent bateu com a mão livre no meu peito e espalhou os dedos. Usando sua força, ele me empurrou de volta para o sofá e me segurou lá enquanto parava e deslizava de volta para baixo sobre mim novamente. "Pooorraaaaa..." Ele me trabalhou bem. Como um maldito mestre. Se eu não estivesse tão longe de desejo, eu poderia ter ficado chateado, porque certamente está não era sua primeira vez dando um boquete. Eu queria Trent só para mim. Eu não queria compartilhar. A pressão constante e o ritmo que ele usou no meu pau acumulou uma tensão dentro de mim. Ele de alguma forma conseguiu me levar à beira de um orgasmo e me segurar ali. Quando ele ia liberando meu pau, eu agarrei-o de volta, e ele riu. Seus lábios cheios envolveram apenas a ponta, e ele fez isso com a sua língua... esse turbilhão de movimento que fez meus olhos rolarem para trás em minha cabeça. "Eu gosto do seu sabor", ele rosnou e, então, me atacou novamente.

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Minhas mãos agarraram tudo o que podiam e ficaram penduradas. No segundo em que eu comecei a tremer, ele se afastou e me bombeou com o punho. Eu gozei duro e rápido, pulverizando todo o meu peito e vazando para baixo em sua mão. Quando senti que ele estava limpando as coisas, abri um olho, com medo de que tocar a merda de outro cara pudesse assustá-lo. Ele não parecia enojado. Se qualquer coisa, ele parecia ligado. Seus lábios estavam um pouco vermelhos de estar em torno de meu pau e sua língua saiu e deslizou por cima do lábio inferior. Trent passou os dedos em torno da minha cabeça e apertou gentilmente, ordenhando o resto da minha libertação fora do meu pau. A pérola branca que estava na ponta, então ele soltou minha pele para limpá-la dos seus dedos. Caí para trás, totalmente gasto. Isso tinha sido melhor do que algumas maratonas sexuais que tive com algumas antigas namoradas. Enruguei meu nariz. Pensar nelas e no que tínhamos feito me deixou um pouco enjoado. Parecia errado agora. Alguém me tocando além de T parecia errado O toque macio do tecido sobre meu estômago me levou a olhar para baixo. Ele estava me limpando. Algo sobre a ação fez meu coração virar. Ele estava usando sua camisa. Absorvendo o meu gozo em sua camisa. A mesma camisa que ele estava usando. Nós estávamos misturados. Talvez eu devesse estar constrangido. Eu não estava. Sem pensar, corri meus dedos pelos cabelos. Ele olhou para cima e sorriu. Estava relaxado e quase tímido. Borboletas irromperam no meu estômago. Sem brincadeira, borboletas genuínas. Ele me afetou muito. "Você está bem?" Ele perguntou.

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Ele parecia perguntar isso muito hoje à noite. Como se ele se importasse muito mais como eu me sentia do que ele. "Na verdade, estou meio chateado", eu respondi. Trent recuou, e seus olhos se arregalaram. "Por quê?" "Várias razões." Eu levantei um dedo. "Não havia nenhuma maneira de ser o seu primeiro BJ23". Alívio o fez sorrir; seu dente torto me encantou. "Eu acho que eu saberia se eu tivesse sugado o pau de um cara antes." Apertei os olhos. "Eu vou bater na bunda deles." Ele bateu na minha perna e levantou-se. "O seu é o único que eu estou interessado." Ele resmungou. “Melhor ser.” "O que mais?" Ele perguntou, atravessando a sala. Observei suas costas musculosas enquanto ele andava e o longo comprimento do seu braço quando ele se abaixou para pegar meu jeans. "Huh?" Eu disse, distraído. A presunção atravessou seu rosto. "Gostou do que está vendo?" Arqueei minhas sobrancelhas. Ele levantou o braço e flexionou seu impressionante bíceps. "Agora você está sendo arrogante," eu disse a ele. Trent riu. Foi o meu som favorito. "Por que mais você está chateado?" Ele perguntou, nem sequer preocupado. "Porque todo esse tempo, poderíamos ter estado um com o outro." Eu balancei a cabeça tristemente. "Perdi um monte de orgasmos." Trent endireitou-se e olhou para mim sério. Meu jeans pendia de sua mão. "Você gostaria de fazer isso comigo?"

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BLOW JOB = Boquete

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O tipo de pergunta me fez sentir como uma merda. Como se eu devesse ter prestado mais atenção à forma como ele estava se sentindo. Afinal de contas, eu o encontrei em um bar gay hoje à noite. Ele tinha ido lá porque estava dilacerado por dentro e se sentia sozinho. Ele queria encontrar alguém que pudesse entender. "Sim, garoto da fraternidade", eu respondi suavemente. "Isso é definitivamente algo que quero fazer." Ele piscou e engoliu em seco, de repente, dominado pela emoção. Afastei-me do sofá e contornei a mesa de café. Trent não estava olhando para mim, mas estava muito envolvido com sua tarefa. "Trent." Seus ombros enrijeceram, e ele tirou minha boxer para fora do meu jeans. "Aqui." Ele estendeu entre nós. Puxei rapidamente. "Ei." Toquei seu pulso quando ele me entregou. Ele ainda não olhava para mim. "Você está carregando isso há muito tempo, hein?" Perguntei suavemente. Ele assentiu. Trent não era um cara muito vocal. Ele era bom em misturar-se como plano de fundo, sendo o amigo que todo mundo amava, mas ninguém sabia muito bem como todos os outros. Não me importava. Mas agora eu sabia o porquê. A julgar apenas de onde eu o encontrei hoje à noite e tudo o que aconteceu desde então, isso me deixou com mais admirado por ele. Porra, ele era tão corajoso. Valente, embora ele claramente estivesse segurando juntos. Seu rosto estava marcado como um furacão Sólido em um mundo em ruínas. Ele ainda fez a sua prioridade esta noite.

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Estendi a mão para ele, o puxei-o para perto. Meus braços se envolveram em torno de sua cintura e apertei suas costas. Mesmo que ele fosse mais largo do que eu, eu ainda tinha que me curvar. Eu ainda tentei fazê-lo se sentir menos sozinho. Seu rosto pressionando o lado do meu pescoço quando ele me abraçou de volta. Eu o segurei mais apertado. Minha irmã sempre me disse que eu dava os abraços mais apertados que ela já conheceu. Eu segurei o mais forte que pude naquele momento. Se ele estivesse desmoronando, eu colocaria cada pedaço dele no lugar. Ele levantou a cabeça um pouco, apenas o suficiente para apoiar o queixo no meu ombro. "Pensei que ia te perder." Surpreendeu-me ele estar tão assustado quanto eu estava sobre o que estava acontecendo entre nós, parecia que eu poderia ter ficado com um pouco menos de medo. Ele tinha sido o único a admitir como se sentia em primeiro lugar. Ele tinha sido o único a me beijar. Ele tinha sido o único a dar o primeiro boquete. Mas eu era o único que estava aqui, segurando-o. Uma das minhas mãos deslizou pelo seu pescoço até a sua cabeça. Trent era um paradoxo, e muitas pessoas não viam. Ele era forte. Mas havia algo incrivelmente vulnerável sobre ele. Algo que fazia o meu coração inchar. Eu não tinha certeza de como me sentia até este momento. Até que eu o puxei para os meus braços e o apertei no lugar. Eu o amava. Eu o amava de uma forma que nunca amei ninguém antes.

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"VocĂŞ nĂŁo vai me perder, garoto da fraternidade," eu prometi suavemente. "Eu nĂŁo estou indo a lugar nenhum."

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Carros no início não tinham um volante, eles tinham alavancas

Trent

Ele deitou sua cabeça no meu colo. Sentei-me reclinado contra o encosto do sofá com os pés em cima da mesa e ele estava na horizontal com suas pernas apoiadas no braço. Nenhum de nós se preocupou com as camisas, e ambos trocamos para calções de basquete solto em vez de colocar um jeans novamente. Eu estava usando um calção do Drew. Ele era preto e tinha uma corda branca no interior do cós. Ele havia me dado uma camiseta, também, e embora eu estivesse tentado a usá-la apenas porque era sua, optei por ficar com o tronco nu. Desde que a minha camisa estava, ah, suja, jogamos nossas roupas na lavadora, em seguida, voltamos para baixo, onde nos instalamos para assistir o terceiro filme do Exterminador. Quando ele se deitou e colocou a cabeça no meu colo, um nó se formou na minha garganta. Esse cara estava me transformando em um marshmallow. Momentos como esses com ele haviam sido tão mal desejados que eu queria ficar apenas no agora e era uma espécie de um desejo impossível de ser concedido. Eu não era um cara do tipo emocional, mas isso significava algo para mim.

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Conversamos sobre o filme que assistimos e sobre as acrobacias na tela. Mas ele nunca estava longe dos meus pensamentos e como é bom em tê-lo e senti-lo aqui. No meio, ele rolou para o lado de modo que sua bochecha encostasse contra a minha coxa. Ele enfiou os braços ao redor dela e puxou os joelhos um pouco. "Está com frio?" "Sim," "Eu vou ligar a lareira." Eu ofereci e me levantei do sofá. "Não", ele protestou e me empurrou para baixo. "Não se levante." Quando me sentei de volta, ele suspirou e empurrou um pouco mais para o meu colo. O cobertor estava ao alcance, então eu puxei-o para baixo sobre ele, certificando-me de que seu peito e braços estivessem cobertos. Sem uma palavra, ele levantou a ponta para cima e me convidou para entrar. Coloquei meu braço sobre seu lado, em seu peito e ele soltou o cobertor para que pudesse cair para trás no lugar. Sua mão estendeu para a minha e nós ligamos juntas. "Você vai parar de me evitar?" Ele perguntou. Acho que eu merecia isso. As desculpas que enviei de texto eram bastante fracas. "Sim. Eu sinto Muito. Eu só... Foi uma longa semana." "Não é verdade?" "Está indo tudo bem com Joey?" Perguntei, imaginando o quanto eu perdi. "Você deve dar a ela uma chance. Ela é realmente uma boa piloto. Ela está realmente me ensinando algumas coisas." "Bem, agora que eu sei que você não está dormindo com ela, gosto dela um pouco mais." Ele riu e disse: "Gamble é seu pai.” "Não me diga?" Eu jurei. Ele acenou com a cabeça contra a minha perna. "Sim, e isso meio que funciona contra ela, no entanto. Isso, e ser uma menina e tudo."

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"Deve ser difícil ser uma mulher no mundo das corridas", murmurei, sentindo-me como um idiota por não lhe dar uma chance. A verdade era que no segundo em que ela saiu do Fastback, eu estava com ciúmes dela. Drew fez um som de acordo. "Ter um pai que praticamente poderia comprar qualquer coisa não ajuda." "Quanto tempo mais ela estará aqui?", Perguntei, preparando mentalmente prometendo passar algum tempo com ela, na verdade, dar-lhe uma chance. "Não tenho certeza", ele respondeu. "Ela não parece com pressa para sair. Claro que isso foi antes de eu levá-la em uma corrida de rua, que terminou em uma perseguição de carro." "Foda-se Lorhaven," eu cuspi. Drew empurrou as almofadas quando ele rolou de costas para olhar para cima e para mim. Nossas mãos ficaram ligadas, e ele as descansou em seu estômago. "Eu venci ele de novo." O sorriso triste em seu rosto me fez sorrir. "Inferno sim." Eu soltei a mão para bater nele no peito. "Esse é o meu cara." Nós dois fomos pegos de surpresa pelo que eu disse. Eu o chamei de meu. Mas nós nunca realmente discutimos isso. Eu não tinha ideia do que éramos. Relutantemente, meus olhos se voltaram para o seu rosto. O sorriso que ele tinha era profundo e orgulhoso. Eu estava cansado de resistir à covinha, então passei o meu dedo sobre ela, acariciando-a suavemente. "Eu gosto desta covinha", expliquei minha voz baixa e profunda. "Eu gosto de como seu dente frontal esquerdo é ligeiramente torto." Devolvi o sorriso e ri um pouco. "Isso enlouquece a minha mãe. Todo esse dinheiro em aparelhos dentários e meu dente ainda não vai fazer o que é dito." Drew cobriu minha mão com a sua debaixo do cobertor e desviou o olhar. Eu não deveria ter trazido minha mãe. Ela se intrometeu entre nós. De alguma forma, tínhamos entrado em algum mundo privado esta noite, onde ele se sentia mais seguro para ser como realmente queríamos estar juntos. No mundo lá fora, tudo que Drew e eu compartilhamos, não parecia bem-vindo.

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Eu me preocupava que esses momentos tranquilos estourariam a nossa bolha e que ia terminar prematuramente. "Então, o que acha?", Ele disse, olhando para mim mais uma vez. Todas as minhas preocupações instantaneamente derreteram. "O que?" "Eu tenho uma sessão de fotos e entrevista com GearShark na segunda-feira." "Não brinca!", exclamei, pela segunda vez esta noite. Excitação acendeu em seus olhos azuis. "Sim, aparentemente, as chamadas que Gamble tem feito está causando um sério rebuliço no mundo das corridas." "Bem, no mundo da velocidade, a palavra viaja rápido." "Hopper também poderia ter dito algumas coisas para os outros motoristas de Gamble e ter deixado algumas dicas importante para todos os funcionários da sede... As pessoas estão falando." "O mundo pro vai ser cozido no vapor, os indies estão roubando seu trovão," eu meditei. "Esta entrevista basicamente vai ser o primeiro anúncio oficial da nova divisão de corridas. Juntamente com a minha parte, Gamble está lançando uma declaração, e alguns dos patrocinadores que já se interessaram serão todos mencionados." "Uma imprensa livre para eles." Eu balancei a cabeça, pensando o quão inteligente Ron Gamble realmente era. "Então, onde e quando é a entrevista?" "GearShark está enviando uma equipe aqui para mim. Os caras da estrada estarão abrindo a pista para nós, as dez da manhã. Vamos fazer as filmagens lá na pista, e então vou sentar e responder algumas perguntas." "Acorde-me cedo para que possamos tomar o café no caminho", eu disse. Então pensei melhor. "Não, eu vou buscá-lo. Provavelmente vou ter que arrastar a sua bunda para fora da cama." "Sim?" Ele pareceu um pouco surpreso. "Você não tem aula?" "Foda-se a aula," Eu disse. "Isso é mais importante. Sua primeira grande entrevista e é com nada menos do que a GearShark. É uma revista de circulação nacional, cara. Uma Bíblia para todos os motoristas." 230


"Estou tão excitado." Eu podia ouvir a emoção em sua voz. "Essa revista é uma bomba. Minha primeira entrevista e seu primeiro trabalho oficial como meu empresário." "Você está pronto para ser famoso?", Perguntei. Ele zombou da ideia, mas eu sabia que era apenas uma questão de tempo. A realização fez meu estômago torcer, mas ignorei. "Então o que está acontecendo com você?", Perguntou Drew. "Con tentou me tirar para fora da fraternidade." Minha mão foi arrancada da sua quando ele levantou-se do meu colo e bateu os pés no chão. "O que?" Foi bonitinho o jeito que ele estava indignado. Mas era desnecessário. "Que idiota," eu quebrei. "É claro que não funcionou." "Ele estava muito chateado por você não apoiá-lo como o novo presidente?" Eu zombei. "Agora ele está completamente fora da eleição." "Ele continua dificultando as coisas pra você?" O rosto de Drew escureceu. Oh sim. Mas esses detalhes não eram bem-vindos neste momento, não neste bolha que criamos. "Nada que eu não possa lidar." "Estou com você. Você sabe disso, certo?" "Sim, eu sei." Drew recostou-se no sofá, nossos corpos pressionados juntos desde nossos ombros até os nossos pés. Ele encostou a cabeça no meu ombro e me senti tão bem que eu peguei no sono, mesmo que eu tentasse ficar acordado. Eu queria lembrar cada momento desta noite, mas eu estava tão cansado e a sua respiração estável e calma me fez dormir. Eu não sabia que horas eram, só que era muito tarde, quando ele me sacudiu gentilmente. 231


"Sim?" Eu disse, piscando enquanto ele se inclinava sobre mim. "Vamos, vamos para a cama." "Cama?" Eu repeti. Mesmo meio adormecido, eu ainda estava surpreso. "Você vai ficar hoje à noite." Ele estendeu a mão para mim, um convite silencioso. Olhei entre ele e sua mão, então lentamente me rendi. Ele manteve a pressão em mim todo o caminho para cima e pelo corredor. Eu não tinha ido a seu quarto desde aquela noite meses atrás. Mas eu estava totalmente sóbrio agora. Ele entrou, e eu hesitei no limiar. Ele olhou por cima do ombro, dando um leve puxão na minha mão. "Eu não estou bêbado desta vez." Eu adverti. "Não vou esquecer nada pela parte da manhã." Sua mão escorregou longe da minha e meu estômago despencou. Era o melhor de qualquer maneira; melhor saber agora antes que eu ficasse ainda mais apaixonado por ele. Drew não se afastou como eu pensava, no entanto. Ele virou de volta e girou seus quadris em minha direção, e se aproximou. Isso me lembrou do jeito que eu havia chegado até ele na cozinha. Seus olhos se encontraram com os meus. Nenhum de nós tinha que olhar para baixo ou para cima. Estávamos parados, em pé, no chão. Drew enrolou a mão em volta da minha cintura. Seus dedos rastejaram em minhas costas e descansaram contra a minha espinha. Ele se moveu com uma intenção agonizante e deliberada. Fiquei parado e deixei que ele se aproximasse. Nossos olhares continuavam trancados juntos até pouco antes de nossas bocas se tocarem. Seus olhos se fecharam primeiro, e os meus seguiram o seu exemplo. Sensível não é uma palavra que eu usaria para descrever Drew, mas isso é exatamente o que o seu beijo foi. Ele encaixou o seu lábio inferior entre os meus, então sua boca fechou em volta do meu lábio superior, sugando a plenitude e, em seguida, liberando para voltar e fazê-lo novamente. Nossos lábios roçaram juntos, como se tivessem seu próprio aperto de mão pessoal que ninguém mais sabia. 232


Era tudo naquele momento, seus lábios, sua respiração, e a sensação de sua língua lentamente emaranhamento com a minha. Sua outra mão agarrou o outro lado da minha cintura e nossos peitos se uniram. Foi a primeira vez que a nossa pele se tocou assim, a primeira vez que foi pele a pele. Eu amei a dureza de seu corpo, a forma em que seus músculos do braço flexionaram quando ele me segurou mais apertado. Eu levanto um braço e envolvo-o ao redor de seus ombros para que não haja sequer um centímetro entre nós. Mesmo que este fosse o seu beijo, aprofundei-o, e ele rosnou em minha boca e seguiu minha liderança. Eu podia sentir as batidas do seu coração contra o meu peito, e eu me alegrei com isso. Eu sabia que o meu provavelmente sentia o mesmo, e eu esperava que ele soubesse que batia tão erraticamente por causa dele. Drew recuou da minha boca lentamente, como se não fosse algo que ele quisesse fazer. Antes de puxar completamente para trás, ele chupou minha língua para um último gosto. Seu polegar bateu em meu lábio inferior quando ele falou. "Então, você vai se lembrar disso na parte da manhã?" "Vou me lembrar disso pelo resto da minha vida." Ele resmungou como se a minha resposta o satisfizesse. "Bom." Depois disso, me deixei ser puxado para dentro do quarto. Cheirava a ele aqui, e respirei fundo. Ele não se incomodou com a luz, e eu bati a minha canela no final da cama. "Merda!" Rosnei e me abaixei para esfregar o local. Uma pequena lâmpada de cabeceira ligou. "Você está bem?" "Tudo bem," eu resmunguei e me mudei para o lado oposto da cama. Drew jogou as cobertas para trás, e eu me rastejei para a cama, pois eu estava sonolento. O sono ainda tinha se apoderado de mim. Ou talvez fosse apenas à maneira como ele me beijou.

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Quando a minha cabeça bateu no travesseiro, eu suspirei, e ele riu levemente. "Confortável?" "Esta cama é melhor que a minha", murmurei. "Isso é porque eu durmo nela." "Provavelmente", eu disse no meio de um bocejo. O colchão afundou um pouco com seu peso, e os cobertores subiram quando ele o puxou e ajeitou o travesseiro. A luz desligou com um som distinto, e ele estabeleceuse contra os lençóis. "Onde está seu carro?", Perguntou. Rolei em sua direção, procurando seu rosto na escuridão. "Na Ômega. Peguei um táxi para o bar." "Não volte para lá, garoto da fraternidade", ele sussurrou. "Nunca." Eu prometi. Levantei meu braço e virei de costas. "Venha aqui." Ele ficou em silêncio enquanto deslizava entre os cobertores. Seu corpo era quase tão longo quanto o meu, e nos pressionamos juntos quase completamente. A Cabeça de Drew estava no meu ombro; a barba da mandíbula fez cócegas na minha pele. Coloquei o braço em volta dele, mantendo-o perto, e ele jogou uma perna sobre a minha, nos enganchando juntos. "Você sabe que não pode sair daqui até eu dirigir." Minha boca subiu em um meio sorriso. "Eu não tenho pressa para sair." "Eu meio que quero ficar assim durante todo o fim de semana." Parecia uma confissão sussurrada. "Eu também," sussurrei de volta. A sensação da ponta de seus dedos levemente acariciando meu abdômen era boa, e isso me deixou duro (sim, de novo), mas não havia nenhuma pressa para fazer nada sobre isso. A última coisa que eu queria fazer era me mover rápido demais com Drew e arruinar o que estava acontecendo.

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Mas eu não queria dormir, parecia uma enorme perda de tempo com ele, então lutei tão bravamente quanto pude. O sono veio de qualquer maneira; ele me abateu profundamente. Um pouco depois, quando ele se virou, meu corpo seguiu o seu. Quando amanheceu e abri meus olhos, eu meio que esperava encontrar o seu lado da cama vazia, com nada além de um travesseiro para provar que eu não havia sonhado. Drew ainda estava lá. Nós dormimos juntos com o seu pau situado firmemente contra a minha frente. Era a prova de isso realmente não foi um sonho. Mesmo sonhos não poderiam ser tão bons.

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O carro mais vendido de todos os tempos é o Toyota Corolla com mais de trinta milhões de vendas!

Drew

Ele estava duro. Eu obviamente sabia tudo sobre acordar com uma ereção pela manhã, mas eu nunca havia acordado com uma me cutucando antes. Fiquei deitado ali com os olhos fechados por um tempo, apenas com a sensação de seu grande corpo embrulhado no meu. Era diferente do que eu estava acostumado, e esperei que o constrangimento me atacasse. Agora que o sol estava alto, pensei que eu poderia me sentir diferente. Fiquei com medo de sentir arrependimento. Eu não me arrependi. Na verdade, era difícil pensar em tudo com a distração do pênis rígido de Trent pressionando contra a minha bunda. Mexi um pouco, pressionando um pouco mais contra ele. Seus quadris empurraram para frente, e eu sorri para mim. Então eu fiz isso de novo. Seu braço, que estava jogado sobre minha cintura, se moveu, e a próxima coisa que eu soube, sua mão estava em torno da minha própria ereção da manhã. "O que você está fazendo, garoto da fraternidade?" Eu gaguejei. 236


"Se você pode me provocar, eu também posso" Sua voz arrepiou o cabelo na parte de trás da minha cabeça e causou arrepios que percorreram sobre o meu couro cabeludo. Mexi de volta contra ele, e ele apertou ainda mais em torno do meu eixo. Foi bom, então empurrei em sua mão uma outra vez. Trent levantou uma de suas pernas sobre a minha, que mudou a posição de seu pênis, e eu gemi um pouco. A pressão dele contra mim foi boa pra caralho. Sua perna era como um peso me segurando no lugar enquanto ele esfregava e acariciava o meu pau através do meu calção. Eu não pude deixar de revirar meus quadris ao ritmo de seus golpes, e ele se juntou, empurrando delicadamente contra mim, esfregando o comprimento entre nós. Nós balançamos juntos por um tempo, até que ela só não era suficiente. Até que eu quisesse as suas mãos na minha pele nua. "Trent," Eu implorei, esperando que ele compreendesse a necessidade. Seus dedos deslizaram até o cós do meu short, mas ele fez uma pausa. "tudo bem?" "Faça", eu rosnei. Sua risada era gutural quando sua mão foi para minha cueca e roçou a cabeça da minha ereção inchada. O contato pele a pele era tão bom e me fez gemer. Ele acariciou o que ele podia e continuou a balançar para trás e para frente contra mim com seu comprimento, mas as minhas roupas e a posição eram muito restritivas. Eu queria mais carícias, mais de tudo. Ele sentiu o mesmo, porque depois de algum tempo, ele puxou sua mão livre e puxou meu quadril. "Role." Movi-me imediatamente e ajudei a puxar meu shorts e boxers para que eu pudesse abandoná-los em algum lugar entre os lençóis. Trent agarrou meu quadril e empurrou-me para frente. Minha metade inferior colidiu com a sua. Eu nu, meu pau duro esfregou contra o tecido da sua cueca e roçou em sua ereção. Aproximamo-nos mais quando nossos lábios se encontraram em um beijo faminto. Nossas línguas mergulharam uma na outra enquanto nos esfregávamos um no outro. A mão de Trent pousou ao lado do meu rosto e me segurou enquanto nos 237


separávamos, eventualmente, arrastando para baixo sobre meu queixo e meu pescoço. Ele chupou e mordeu a pele, me deixando com fome de mais. Estendi a mão para o cós de seu boxer e comecei a puxá-la com impaciência. Ele me soltou tempo suficiente para abandonar o tecido, permitindo que seu próprio pênis saltasse livre. Fui para ele imediatamente, envolvendo a minha mão ao redor dele e voltei para seus lábios. Nós nos beijamos em todos os lugares que poderíamos alcançar, sem ter que liberar a ereção. A quantidade de calor que geramos praticamente chiou na minha pele. Nós dois cantarolávamos com a necessidade, até que os nossos paus estavam vazando pré-sêmen sobre os lençóis. Trent se moveu primeiro, agarrando meus quadris e me puxando contra ele. Nossa metade inferior combinou bem, e nós empurramos um para o outro, batendo e esfregando nossos paus juntos. "Droga," Trent gemeu e levou nós dois em uma de suas mãos. Ele pegou nós dois ao mesmo tempo, causando respiração sibilar por entre meus lábios. Rolei para cima dele, prendendo nossos paus entre nossos corpos, e beijei-o completamente na boca. Ele estava se movendo erraticamente agora, empurrando contra mim mais rápido, então eu deslizei para baixo de seu corpo, beijando tudo pelo caminho até seu escroto. "Eu não vou durar", ele gemeu enquanto me estabeleci entre suas pernas. Arrastei um dedo em cima de seu períneo, logo abaixo de suas bolas, e ele estremeceu. Então, dei um passo adiante e lambi a mesma área e, em seguida, chupei uma de suas bolas em minha boca. Ele murmurou algumas maldições incoerentes que me fez sentir como se eu fosse incrível, e isso me estimulou. Desde que ele estava tão perto do orgasmo, eu brincava com suas bolas, beijando e chupando, e depois eu beijei a base de seu eixo. Lambi e beijei seu períneo mais algumas vezes, apreciando a forma como ele tremia, mas não fui mais baixo. Eu não tinha certeza de que eu estava pronto para isso. Ainda. As poderosas pernas de Trent estavam realmente balançando quando eu finalmente o levei em minha boca. Apenas a ponta no início, realmente trabalhando e me certificando de que ele 238


era bom e escorregadio. Então apertei meus lábios ao redor dele e deslizei para baixo, me acomodando em um movimento de sucção constante. "Agora!" A palavra arrancou de sua boca, soando como uma espécie de oração, e com uma decisão de última hora, eu suguei um pouco mais profundo. Eu o senti combatê-la, tentando segurar e me dar um minuto para liberar seu pênis. Mas eu não estava indo lá. Eu queria senti-lo derramar em toda a minha língua. Por instinto, fiz o que pude para enviá-lo para a borda e arrastei a ponta do meu polegar para baixo de seu períneo e rapidamente acariciei seu buraco enrugado. Com um grito, ele explodiu, seu sêmen quente e ligeiramente salgado jorrou em toda a minha língua. Bebi dele enquanto ele gemia em seu travesseiro. Os sons que ele fazia e os tremores sacudindo seu corpo só intensificou a minha própria excitação pulsante. Antes de deixar o seu amolecido pau ir completamente, lambi sobre a ponta uma última vez. Ergui a cabeça para olhar para ele, mas tudo o que vi foi o travesseiro branco que estava pressionando seu rosto. Eu ri e levantei-o. "Tudo bem aí embaixo?" "Você..." Seus olhos caíram para os meus lábios. "Sim eu fiz." Ele se levantou em uma posição sentada e agarrou meus quadris. "Minha vez." Eu não estava prestes a recusar um boquete. Especialmente não dele. Seus poderes de garganta profunda eram coisas que deveriam ser escritas em um livro. Pensando bem, eu não queria que ninguém soubesse o quão fantástico ele chupava um pau. Isso era só para mim. Eu já estava tão agitado com a sessão de amasso, o roçar, e a sensação dele levando nos dois ao mesmo tempo, que durei menos tempo do que um adolescente virgem. T mal teve tempo de envolver a sua boca ao redor de mim antes que eu estivesse jorrando minha carga diretamente para sua língua. Sim, ele engoliu desta vez. 239


Porra quase me fez ficar duro novamente. Nós não saímos de casa o resto do fim de semana. Nossos telefones ficaram abandonados em algum lugar que não podíamos ouvi-los. Nossas roupas ficaram dobradas na parte superior do secador. Nós só usávamos calções de basquete e as mãos um do outro. Curtimos muito, tocamo-nos constantemente, e fizemos alguns trabalhos no Fastback. Sábado à noite, ele dormiu na minha cama de novo, e passamos o domingo de manhã usando nossas bocas, sem palavras. Quando o fim de semana estava terminando, senti uma nuvem cair sobre nós que não queríamos reconhecer. Estávamos sentados no sofá, de mãos dadas e assistindo as notícias (para previsão do tempo de segunda-feira). Sua cabeça estava descansando em meu ombro enquanto eu acariciava as costas de sua mão com o polegar. Então, o som distinto das chaves na porta da frente mudou tudo. Separamo-nos como se tivéssemos sido pegos fazendo algo criminoso. Peguei a minha camiseta jogada nas proximidades e coloquei tão rápida que fiquei sem ar. Quando me virei para trás, Trent havia feito o mesmo e agora estava na outra extremidade do sofá. Ivy entrou na casa primeiro com Nova agasalhada contra o seu peito debaixo de alguns cobertores. Comecei a ir em sua direção, mas ela pressionou um dedo sobre os lábios e apontou para as escadas. Balancei a cabeça, e ela foi deitar o bebê, enquanto Rimmel e o resto da família entravam em casa. Os olhos de Romeo foram direto para Trent, que tinha se movido para a porta entre os quartos. "Eu estava começando a pensar que você estava nos evitando", ele disse. "Eu estava planejando uma viagem para a Ômega para chutar o seu traseiro." "Desculpe, Rome," Trent respondeu. "Preparando o novo presidente Ômega me manteve ocupado." Romeo olhou entre ele e eu antes de assentir e pousar o seu olhar azul em Trent. "Nada deve mantê-lo ocupado demais para a família." 240


Trent se mexeu desconfortável, e eu fui ajudar B a descarregar toda a merda do bebê que estava no carro. A bolha que Trent e eu estávamos vivendo neste fim de semana estourou oficialmente. Fiquei imaginando o que Romeo diria se soubesse que T e eu passamos a maior parte do nosso tempo desses dois dias fazendo juntos. Fiquei imaginando tudo o que eles diriam. Essa era o resultado de viver em Fantasyland. Eventualmente, a realidade sempre assumia.

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A placa mais cara já comprada é o número 1. Custou # 14,3 milhões e foi comprado por um homem de negócios em Abu Dhabi.

Trent

Ele queria me lembrar, mas ninguém mais poderia ver. Eu não poderia mesmo ser louco, porque eu entendia. Eu sentia o mesmo. Antes deste fim de semana, eu estava preocupado que perderia minha família se descobrissem o que eu sentia por Drew. Sim, porque eu achava que ele não sentia o mesmo e seria uma cunha entre nós. Mas também porque eu era "de repente" gay. Admito, eu não era realmente de repente gay, mas era assim que eles iriam ver. Eu poderia ter tomado um monte de porradas durante o futebol, um monte delas na minha cabeça, mas eu não era estúpido. Poderia ser uma nova era, e eu poderia viver em um mundo de intensa correção política, mas... Fatos eram fatos. Nem todos aceitavam a escolha de uma pessoa amar alguém do mesmo sexo. Para alguns, era considerado um pecado. Isso deixaria os outros desconfortáveis, os idiotas do mundo, e nós pervertidos. Eu não queria ser julgado por uma escolha... uma escolha do meu coração feita por amor. Eu não queria que Drew fosse julgado.

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Com as carreiras de alto nível de Romeu e Braeden como jogadores de futebol, a última coisa que eles precisavam era eu anunciando que queria estar, com Drew. Eles não entenderiam. Como poderiam? Eu mal podia envolver minha cabeça em torno disso. A forma que nos separamos quando a família chegou em casa domingo foi como um balde de água fria nas minhas bolas. Quem eu estava enganando? A relação entre Drew e eu não poderia funcionar. Especialmente se nós dois agíssemos como se estivéssemos fazendo algo errado, sempre que outra pessoa estivesse por peto. Realidade soprava os pedaços. Mesmo que eu estivesse enjoado da vida, eu ainda não poderia permanecer afastado. Drew tinha sua primeira grande entrevista hoje. Era literalmente o primeiro dia do resto de sua vida na corrida. Eu estava indo para lá, venha o inferno que viesse. Ah sim, e alguém tinha que arrastar a sua bunda para fora da cama. Como o cara conseguia chegar ao seu trabalho a tempo todos os dias (Ele iniciava às oito da manhã. Sim, ele nunca iria sobreviver a práticas de futebol). Sinceramente, eu gostaria de saber. Fui mais cedo do que eu precisava por dois motivos: 1) Eu não queria que ninguém me visse indo furtivamente até o seu quarto. E 2) Eu sentia falta dele. Fiquei acordado por um longo tempo, tentando adormecer na noite anterior, pensando nele. Sobre como era bom estar com ele do jeito que estávamos no fim de semana. Sobre como eu o amava e meio que desejei que eu não o fizesse. Pensei sobre como nós voltamos para apenas "amigos" assim que a família entrou, e como foi difícil não ser capaz de estender a mão e tocá-lo se eu quisesse. Passei muito tempo nos últimos anos tentando amar alguém. Toda garota que eu conhecia, me perguntava se ela seria a única, mesmo que eu sempre soubesse que ela não seria. Eu amava Drew sem tentar, apesar de não tentar. Achei incrivelmente irônico que agora, quando estávamos em uma sala cheia de outras pessoas, eu tinha que ter cuidado como eu olhava para ele. Eu tinha que ter

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cuidado com o amor que eu sempre tentei ter por alguém, e não mostrar em meus olhos. Não se deve sentir como um castigo ou um crime amar alguém. Pessoas saiam hoje no mundo com armas e bombas. Elas matavam uns aos outros, sem qualquer pensamento de um ser humano real. Mas eu estava lá na cama e preocupado com o que as pessoas poderiam fazer quando descobrissem que eu amava alguém. Acordei estendendo a mão para ele, mas ele não estava lá. Drew podia ser a causa do debate dentro de mim, mas ele também era a solução. Eu não sabia mais nada, mas eu sabia disso. Esta manhã foi o suficiente. Usei a chave que Romeo me deu meses atrás; era a primeira vez que eu realmente usava. Eu lembrei-me de pensar naquele momento que era desnecessário eu ter uma chave, porque alguém estava sempre em casa quando eu vinha, mas Romeo disse que embora eu não morasse aqui, este ainda era o meu lugar. Eu estava grato por essa chave agora. Isso me fez perguntar se ele sabia que eu precisaria dela algum dia. Não era super cedo, mas suficientemente cedo para que ninguém estivesse de pé e em movimento, mas eu sabia que eles estariam em breve. Nova não deixava ninguém dormir até tarde nesta casa. Por causa disso, me movi rápido, tão silencioso quanto podia, subi as escadas e caminhei pelo corredor. Prada latia de dentro do quarto de B e Ivy, e eu estremeci, mas continuei me movendo furtivamente para o quarto de Drew, fechando a porta atrás de mim rapidamente e em silêncio. O quarto tinha uma luz muito fraca, mas eu ainda podia vê-lo na cama. Em vez de ocupar o meio do colchão, ele estava deitado de lado. Como ele dormiu quando eu estava aqui. Era como se ele, também, em tão pouco tempo tivesse acostumado a compartilhar a cama comigo. Ou talvez eu só quisesse acreditar nisso.

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Seu peito estava nu. Um de seus braços, que era forte e definido, estava jogado por cima do travesseiro. Drew parecia mais jovem quando dormia. A borda intensa temerária nele foi enterrada por uma plenitude de seus lábios relaxados, a suavidade de seu rosto, e o modo como seus cílios varriam para baixo, escondendo a cor azul do céu sem nuvens de seu olhar por vezes penetrante. Eu não o preferia de uma forma ou de outra. Eu gostava de ambos. Isso que era amar alguém, certo? Amar todas as partes deles. Eu queria deslizar para debaixo dos lençóis e reivindicar meu lugar ao seu lado, mas eu hesitei. Nós não reconhecemos a forma como mudamos na noite passada quando todos chegaram em casa. Mesmo sozinho no carro quando ele me levou de volta para a casa, nós não mencionamos. Nós apenas falamos e brincamos como sempre fizemos e fingimos que tudo entre nós não havia mudado. Quando saí do carro, nós não nos tocamos ou nos abraçamos. Eu não escovei meus lábios pelo seu pescoço e em sua mandíbula. Eu não falei a ele que o amava. Eu estava com medo. E se o fim de semana foi apenas um fim de semana? E se esses dois dias fossem como o nosso primeiro beijo - algo para tentar? E se depois que eu saí e ele chegou em casa, decidiu que isto era loucura? Eu provavelmente não deveria ter entrado aqui. Pode ser um pouco estranho. Por que eu não pensei nisso antes? Bom momento, Másk, eu me repreendi. Você deveria pensar no seu jogo antes que esteja em movimento. "Você está sendo assustador." Sacudi ao som da voz quebrando meus pensamentos. Drew fez um som e olhou para mim com os olhos meio abertos. "Eu gosto de assustador tanto quanto das manhãs."

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"Eu, uh" Todos esses pensamentos na minha cabeça e eu não conseguia juntar uma frase ou desculpa a respeito do porquê eu estava de pé em seu quarto. "Você vai ficar na cama?", Ele perguntou, olhando para o meu lado do colchão. Meus olhos voaram para seu rosto. Eu não poderia ajudar, mas me senti surpreso. E aliviado. Ele não estava olhando para mim. Seus olhos estavam novamente fechados. Como ele poderia simplesmente deitar lá e dormir? O bastardo sujo. Meu tipo deve ser de bastardos sujos porque eu sorri, tirei os sapatos e caminhei ao redor da cama. Rastejei totalmente vestido com uma calça jeans e um suéter de aparência formal. Estava frio lá fora esta manhã, mas eu percebi que deveria pelo menos fazer um esforço para me vestir para a entrevista e a filmagem. Eu não estaria falando ou sorrindo para as câmeras, mas desde que eu era o empresário de Drew (ainda um pensamento super estranho), eu basicamente o representaria, e eu não estava prestes a me parecer com algum perdedor de rua. "Você está usando muita roupa", Drew disse enquanto rolava em direção a mim. "Como você sabe? Você nem sequer abriu os olhos." Argumentei. "Estou nu", ele anunciou, e, como se ele precisasse provar isso, levantou os cobertores para me mostrar que sim, na verdade, ele estava nu. Ele também estava duro. "Forrester." Engoli em seco. "Que tipo de pessoa depravada dorme mostrando sua bunda?" "O tipo que espera que alguém possa esgueirar-se em seu quarto para se aproveitar dele." Apertei minha mão em torno de seu quadril nu e puxei-o para perto. "Eu acho que poderia ser o homem para esse trabalho." Seu corpo se enrijeceu. "Suas mãos estão geladas, parece que você dormiu no ártico!" "Está frio lá fora." "Tire sua camisa." 246


"Estou aqui congelando e você quer que eu tire a roupa? Sinto o amor." Eu provoquei. "Eu vou aquecê-lo." A qualidade sonolenta na sua voz totalmente me excitou. Eu tirei as camisas sobre a minha cabeça e joguei para o lado da cama. Alcançamos um ao outro, ao mesmo tempo. Nossos corpos e lábios bloqueados, ao mesmo tempo. Nós nos beijamos como se não tivéssemos beijado em semanas, e suas pernas nuas se enroscavam através do meu querido jeans, como se ele não se importasse o quão atado nós estávamos. Eu puxei seu lábio inferior com meus dentes e esfreguei a palma da mão sobre seu pescoço e em seu rosto. Ele se afastou abruptamente e abaixou a cabeça. "Eu tenho hálito da manhã," ele gemeu. "Eu gosto de hálito da manhã." Voltamos a nos beijar, e minha mão encontrou o seu caminho ao redor de seu pênis. Os quadris de Drew inclinaram-se para me dar um melhor acesso, e eu lambi profundamente em sua boca e, lentamente, aumentou o seu comprimento. Ele fez um som de pura satisfação que apertou minhas bolas quando coloquei uma palma em seu peito e o empurrei de costas no colchão. "Tire o jeans", ele murmurou, seus quadris ainda buscando a minha atenção. "Não há tempo para mim agora", eu disse e o acariciei novamente. Ele não podia discutir. Sua cabeça caiu para trás, sua boca abriu em um O silencioso, eu deveria ter apenas acabado com ele naquele momento. Eu poderia ter, mas eu era ganancioso. Passei muito tempo na noite passada e esta manhã pensando que o fim de semana era tudo o que teríamos. Mas agora eu tinha um outro momento. Outra lembrança para guardar na minha cabeça. Eu não ia fazer isso rápido, porque estávamos pressionados pelo tempo ou porque não havia outras pessoas nesta casa. Isto poderia ser completo e tranquilo atrás de sua porta fechada. Eu queria que Drew sentisse a minha mão, mesmo depois de estarmos vestidos.

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Antes de deslizar para baixo de seu corpo, me inclinei e raspei meus dentes sobre sua orelha. "Vire," eu rosnei. Meu corpo inteiro desapareceu debaixo dos lençóis, e eu o levei na minha boca. Chupei-o profundamente, encaixando todo o seu longo caminho até a parte de trás da minha garganta, eu gostei da sensação dele dentro de mim assim. Eu gostava de estar quase cheio demais, com Drew. Isso me deixou curioso por outras formas que ele poderia estar dentro de mim, mas agora não era o momento para isso. Quando aquele momento viesse - e tivéssemos sorte de que isso fosse acontecer, eu queria que estivéssemos sozinhos a noite toda. Afastei-me e lambi toda a sua suavidade. Seu pênis estava tremendo e sua cabeça estava inchada. Com uma mão, eu segurei suas bolas e acariciei sua mácula, que o fez estremecer. A outra mão envolvi ao redor de seu eixo e bombeei para cima, ao mesmo tempo meus lábios fecharam sobre a sua ponta. A sensação repentina de sua libertação quente revestiu minha língua, e eu lambi com orgulho. Isto não era nojento para mim. Não era apenas o seu gozo. Era o seu prazer, e ele estava dando para mim. Fiz questão de sugá-lo suavemente até que seu corpo parou de tremer e ele caiu desossado contra a cama. Dei um beijo no interior da sua coxa (porque eu queria) antes de levantar os cobertores para se juntar ao seu lado. "Porra, cara," ele sussurrou. "Você sabe seriamente como chupar um pau." "Talvez seja porque eu sei o que é bom." "Vantagens de namorar outro homem," Drew meditou. Tentei não reagir, não fazer nada com o que ele disse. Por dentro, eu estava pirando, como correr por aí quando alguém bebe muita cafeína. Drew pareceu perceber o que ele disse também, porque ele estava parado. Sua cabeça girou na minha direção, e nós bloqueamos os olhos. "Será que estamos namorando?" Eu sussurrei. "Eu não sei", ele sussurrou de volta. 248


"Talvez devêssemos manter essa conversa para um momento em que não tivermos um lugar para ir," Eu sugeri. Seus olhos clarearam e ele concordou. "Sim." Permiti que meus olhos vagassem pelo seu rosto, porque eu sabia que, uma vez que deixássemos este quarto, eu estaria lutando contra a vontade de olhar para ele. Ele olhou para trás, e me perguntei se era porque ele se sentia da mesma forma. "Gosto do jeito que você me olha", confessou em voz baixa. As palavras apertaram meu coração. Era exatamente o que eu sentia. Eu usava o meu coração nos meus olhos. "Eu gosto de olhar para você", eu disse, porque eu não sabia mais o que dizer. Sua mão começou a explorar o meu peito e seus dedos ligeiramente beliscaram meus mamilos. Fechei os olhos e me rendi por alguns longos momentos, bebendo da maneira que me sentia tendo suas mãos sobre a minha pele. Quase me matou quando coloquei minha mão sobre a dele quando ele estendeu a mão para o meu jeans, mas eu tinha que fazer. "Eu preciso ir lá embaixo, e você precisa se preparar para a filmagem." "Nós temos tempo", ele insistiu, tentando empurrar a minha mão para o lado. "Forrester, se eu soubesse que essa seria a saudação que eu teria, teria chegado aqui horas atrás. Mas eu não cheguei, e você não pode se atrasar." "Você está duro como uma rocha." Ressaltou. Como se eu não soubesse. "Sem brincadeiras." Eu disse. "Deixe-me", ele seduziu. Eu gemi e quase cedi. O som de uma porta abrindo e fechando em algum lugar da casa foi o que me fez manter minha cabeça. Minha mão se fechou ao redor dele. "Preciso ir lá embaixo, a menos que você queira explicar a todos porque eu estava saindo de seu quarto."

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O som frustrado que ele fez foi um reforço de que ele não queria explicar para ninguém. "Tudo bem", ele murmurou. "Mas depois." "Nenhum argumento de mim." Eu concordei e comecei a desembaraçar-me de seu corpo. O ar frio do quarto estava muito forte em comparação com o calor na cama. "Tome um banho," eu disse baixinho, colocando minhas camisas novamente. "Eu estarei lá em baixo." "É muito cedo", ele resmungou e puxou um travesseiro sobre seu rosto. Mordi de volta uma risada e coloquei meus pés em meus sapatos, agarrando o meu casaco de cima da cômoda. "Ei, eu tenho algo para você." O travesseiro desapareceu, e ele de repente estava acordado. Eu cavei ao redor dentro de bolso do casaco e fechei a mão em torno de um grande objeto redondo. "Pegue", eu disse e joguei para ele. Drew arrancou-o do ar e olhou para baixo. Então ele olhou para trás para mim. "Uma bola oito?" Eu sorri. "É Mágica." Drew revirou os olhos, mas então começou a sacudi-la. "Imaginei que você provavelmente estaria nervoso sobre hoje, com sua primeira entrevista e tudo. Se eles fizerem uma pergunta e você não souber a resposta, basta perguntar a oito." "O que Gamble diria se soubesse que estou consultando uma bola oito para responder as perguntas da entrevista para uma revista nacional?" Drew disse. "Bola oito mágica." Drew falou olhando para o brinquedo preto do tamanho de uma bola de softball na mão como se fosse invocar um espírito. Foi muito divertido. "Vou balançar totalmente esta entrevista hoje?" Ele deu outra sacudida, em seguida, virou-a para trás onde a janela estava. Eu sabia que o triângulo dentro flutuaria à superfície com a sua pergunta. 250


Ele olhou para cima. "Bem?", Perguntei. "O que ele disse?" "Todos os sinais apontam para sim", ele leu. "Vê?" Estendi minhas mãos na minha frente. "Funciona." "Cara, você é coxo." "Eu posso levá-la de volta." Dei um passo à frente e estendi a mão para o presente. Ele colocou-a em seu peito e me deu um olhar duro. "Obtenha a sua própria!" Me afastei longe da cama e deixei o brinquedo em seus braços. "Ei, garoto da fraternidade?" "Sim?" Levantei minhas sobrancelhas em resposta. "Obrigado." "De nada." Fui para a porta em silêncio, e ouvi alguém no corredor. "Você queria fazer uma pergunta, T?", Perguntou Drew. Olhei para trás. Ele estava no centro da cama, a bola ainda em suas mãos. Meu coração apertou. "Não." Eu menti. Ele assentiu. "Vou descer daqui a pouco." Sim. Eu menti. Às vezes uma mentira é mais amável do que a verdade.

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Levaria mais de cento e cinquenta anos para dirigir até o sol.

Drew

Ser gay não te deixa na moda. Basta perguntar a minha irmã. Eu divago. Eu não me chamaria necessariamente de gay. Eu também não diria que não era. Eu só não quero ser rotulado. Etiquetas eram para alimentos, e mesmo que eu seja saboroso, não me qualificaria como alimento. Eu nunca pensei muito sobre as minhas escolhas de vestuário até que eu estivesse em pé na frente do meu armário, olhando fixamente pelo seu conteúdo parco (porque realmente, de quantas calças jeans um cara precisa?) e percebi que eu não tinha ideia do que vestir para a entrevista. Minha irmã me disse mais de uma vez que eu precisava ir às compras, mas eu nunca escutei. Quem inferno queria passar seu tempo livre em um shopping? Com certeza não eu. Eu tinha coisas melhores para fazer. Eles teriam estilistas lá. Certo? Tentando decidir o que vestir me deixou descontente. Isso e o fato de tomar banho antes de tomar o meu café.

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Inferno, se eu não tivesse recebido um boquete alucinante esta manhã, provavelmente estaria respirando fogo agora. Eu estava esperando que ele fosse entrar escondido na noite passada. Quando ele não fez, virei na cama mais do que o habitual, eu disse a mim mesmo que era porque eu estava ansioso por hoje, mas quando meus olhos ficavam vagando para o espaço vazio, do lado de T da cama, eu realmente não podia continuar me dizendo que era a entrevista. Quando ele apareceu esta manhã, eu sabia quase que instantaneamente. Posso não ser uma pessoa da manhã, mas eu era uma pessoa Trent. Sempre estive em sintonia com ele, desde que nos conhecemos. Acredito que é a razão pela qual nos tornamos amigos tão rápidos. Mas agora era diferente. Era profundo. Eu o sentia em um nível diferente. Evitei dizer um nível de alma profunda, mesmo que fosse isso que eu suspeitasse. Sua energia carregava a minha. Como uma espécie de bateria que tivesse sido conectada. Era impossível não sentir a sua presença. Abandonando as roupas, peguei uma calça de moletom e uma camiseta e saí do quarto descalço. Meu cabelo ainda estava molhado e eu não havia feito à barba. Eu não queria. Trent gostava disso, por isso deixei. As vozes e o café na cozinha me atraíram para o andar de baixo, e quando entrei na sala, todos os olhos se voltaram para mim. Toda a minha família estava lá. Romeo estava na ilha com Rimmel no colo. Seu cabelo estava molhado como o meu, e dei-lhe um sorriso, porque essa menina e eu éramos almas gêmeas tipo de estilo. Nenhum de nós se cuidava. Ivy estava alimentando Nova com uma caneca de café, e Braeden estava nas portas deslizantes, dizendo para Prada se apressar no quintal. Mesmo que meus olhos varressem a família, eles só o fizeram em seu caminho para buscar Trent. Embora eu o tenha visto há poucos minutos atrás, eu realmente não o tinha visto. Ele parecia bem em uma calça de Levis cor escura e um suéter cinza que o fazia parecer que ele deveria estar em uma revista em vez de mim. A camisa tinha bainha nas mangas, que ele havia empurrado para cima sobre seus fortes antebraços. O

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decote do suéter era em V. Por baixo do suéter, ele usava um polo de colarinho branco, saindo de debaixo da gola V. Pelo menos ele não estava usando uma gravata e havia emparelhado com jeans. Isso o fez parecer sexy, e eu olhei para seus lábios. Eu não poderia deixar de reviver a sensação daqueles lábios deslizando para baixo sobre meu pau enquanto ele me levava no fundo da garganta. Forcei meus olhos para cima, e um olhar de conhecimento brilhou na sua cara. Eles pareciam mais verdes do que avelã hoje. Seu cabelo loiro-castanho caia sobre a testa, fazendo-me querer correr meus dedos através deles. "Dia!" Ivy piou, e eu resmunguei. "Tio Drew está mal-humorado esta manhã," ela disse a Nova. O bebê riu como se ela não se importasse, então recuei um pouco e dei um beijo suave na sua cabeça. "Parece à garota mais linda de toda a sala," eu disse a ela. Ela sorriu e estendeu os braços. "Você tem que terminar o seu café da manhã primeiro", Ivy disse a ela. Seu lábio inferior tremeu, e eu alcancei seu assento e a puxei para fora de qualquer maneira. "Você não pode simplesmente dar a ela tudo o que ela quer." Ivy me repreendeu. "Por que não?", Perguntei. "Isso é o que Braeden faz por você." "Ele tem você lá, bebê", disse B, vindo por trás dela para envolver o braço em volta de seus ombros. "Hoje é o grande dia!" Rimmel disse entusiasmada. Toda vez que ela ficava animada, era como se ela pudesse flutuar até o teto. Romeo apertou o braço em sua cintura, porque ele sabia, assim como o resto de nós, que ela era desajeitada como o inferno e provavelmente cairia de seu colo, se ele não a abraçasse. "Assim é," eu disse, fazendo um caminho mais curto para o pote de café.

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Trent pegou uma caneca e estendeu-a. Eu mudei de rumo e passei a mão em torno do copo quente e levei-a aos meus lábios. Nova me observou o tempo todo, seus enormes olhos azuis faltando nada. "Gamble já falou com todo mundo." disse Romeo. "A equipe inteira está falando sobre isso e ainda é fora de temporada." "Sim?" Eu me virei, interessado. "Diabos sim", disse B. "Tenho recebido mensagens toda a semana. Todos querem que a gente consiga ingressos para eles para a primeira corrida da nova divisão." "Nós nem sequer sabemos quando é isso", disse Trent. "A maneira como Gamble trabalha e a quantidade de interesse que ele despertou neste curto espaço de tempo?" Romeo zombou. "Vai ser em breve. Gamble é o tipo de homem que ataca, enquanto o ferro está quente." Isso me deixou animado e nervoso. Eu queria entrar na corrida com um monte de tempo de condução antes da temporada começar. Só porque eu era um bom motorista não significava que eu era o melhor. Eu não era uma vitória garantida. Eu precisava trabalhar duro como todos os outros. Isso me fez odiar o meu trabalho do dia ainda mais. Eu poderia estar gastando esse tempo dirigindo em vez de sentar atrás de um computador. "Que horas é a entrevista?", Ivy perguntou, bebendo o seu café. "Dez." Ela engasgou e pulou. "Andrew Wayne Forrester!" Eu olhei para ela, porque ela sabia que eu odiava quando usava o meu nome do meio. "Parece tão óbvio agora porque um Mustang é o seu carro favorito," Braeden rachou. "Vendo que seu nome tem raízes no Velho Oeste selvagem. Wayne." E foi por isso que eu odiava quando ela usava. B sempre tinha algo a dizer. Trent riu. 255


Eu olhei para ele. "Do que você está rindo, garoto da fraternidade?" "Nós não temos tempo para isso", Ivy falou, levantando-se para colocar as mãos nos seus quadris. Cabelos loiros caiam ao redor de seus ombros em uma cortina elegante. Como diabos minha irmã estava sempre perfeita estava além de mim. "Por favor, me diga que não é o que você está vestindo." Ela me deu seu pior olhar. Fiquei muito ofendido. "Nova acha que eu pareço bem, não é?" Eu disse à minha sobrinha. Ela me deu um sorriso desdentado, em seguida, estendeu os braços para Trent. "Sua pequena traidora." Trent riu e tirou o bebê dos meus braços. Quando o fez, sua mão roçou meu braço e arrepios correram pela minha espinha. Antes de enfiar o bebê ao seu lado, ele me deu um olhar rápido que me disse que ele também sentiu. "Você tem que parar de crescer, Midge," Trent disse a ela. Ele a chamava de Midge porque ela era uma pequena combinação de Braeden e Ivy. "Você precisa estar mais aqui", disse Romeo. A boca de Trent diminuiu um pouco. Olhei de relance para Romeo e dei-lhe um olhar WTF. Ele estava malhando a bunda de T ultimamente sobre o tempo em família. Romeo encontrou meu olhar quase num desafio, e eu ericei. Trent já tinha o suficiente acontecendo em sua cabeça sem Romeo fazendo-o sentir mal por não estar por perto tanto quanto de costume. Eu estava prestes a chamar sua atenção ali mesmo na frente de todos, mas Ivy agarrou meu braço. "Por favor, me diga que você não está usando isso." "Eles têm estilistas lá, não é?" Ela gemeu como se sua vida tivesse acabado. "Provavelmente, mas você não pode ir lá vestido assim. Você não tem nenhuma consideração pela sua imagem?" "Minha imagem?" Eu repeti. Ivy olhou para Rimmel, e as meninas trocaram um olhar. Eu gemi. "Você também não, sis?", Perguntei a Rim. "Você deveria ser minha companheira de alma elegante." 256


Rimmel bufou. "Desculpe, eu tive que aprender tudo sobre imagem pública. Agora é a sua vez." Dei a ela o meu melhor olhar triste, e ela riu. Desde que ela era a esposa do atleta mais popular de Maryland, ela havia enfeitado as páginas de um monte de revistas nacionais, e havia paparazzi seguindo-a o tempo todo, imaginei que ela tinha de aprender sobre sua imagem. Minha irmã era sua estilista pessoal, embora mesmo que ela preferisse roupas comuns e não pentear seu cabelo, ela não saia assim com muita frequência. "Tudo bem," eu murmurei. Dei uma olhada em Trent, e ele piscou para mim. O segundo que ele fez, seu olhar desviou, envergonhado. "Eu estou à sua mercê, sis," eu disse, trazendo a atenção de volta para mim e meu aparente estado de confusão. Funcionou, e ninguém mencionou a piscadela de Trent. "Trent, você cuida do bebê!" Ivy falou enquanto ela me rebocava para fora da cozinha. No meu quarto, sentei-me na cama e bebi o café que T me fez, enquanto minha irmã cavava meu armário e minhas gavetas. "Ugh!", Ela gritou. "Isso é uma vergonha, Andrew! Eu sou uma estilista. Eu escrevo uma coluna de pessoas estilosas. Eu tenho um canal de moda no YouTube! " "O que isso tem a ver comigo?" Perguntei em voz alta. "As pessoas vão pensar que eu não posso nem vestir meu próprio irmão." "Tenho certeza de que as pessoas vão perceber que sou um homem crescido que se veste sozinho," eu disse, divertido que ela estava tão chateada com a minha roupa. "Bem, ninguém pensaria que eu pegaria essas coisas," ela murmurou. "Eles terão um estilista lá, certo?", Perguntei novamente. "Tenho certeza. Mas você precisa aparecer com uma boa aparência. As primeiras impressões significam muito. Especialmente quando você está lidando com a imprensa. Eu não estava brincando quando disse que precisa pensar em sua imagem." 257


"Eu não tenho uma imagem." "Nós vamos corrigir isso", ela declarou enquanto tirava roupas. "Precisamos ir às compras." Bebi o resto do meu café e empalideci. "Por favor, não." "Tudo bem, então eu vou ir às compras sem você. Você pode experimentar de tudo quando eu chegar em casa." Bem, era melhor do que ir ao shopping, então eu concordei. Ivy suspirou e virou-se para olhar para mim. "Eu sei! Eu vou trazer peças com inspiração em corrida. O que se deve usar nas arquibancadas, fora na cidade, etc. Vai ser incrível. O editor vai adorar isso!" "Parece bom", eu disse. "Eu ainda posso adicionar algumas coisas sobre a nova divisão e você! Será imprensa extra." Ela engasgou mais uma vez. "E agora?", Perguntei. "Eu posso usá-lo como um modelo no meu canal do YouTube para o segmento de corridas, dupla exposição ". "Não", eu disse, sem graça. "Sim", ela argumentou absolutamente teimosa. "É o seu trabalho agora. Tenho muitos assinantes." "Tudo bem, o que seja", eu murmurei. "Não gaste muito em roupas. Eu não sou um jogador de futebol." Ela dispensou os meus pedidos, e eu sabia que isso significava que ela faria o que quisesse. Irmãs. "Aqui." Ela jogou algumas roupas para mim. "Coloque isso." Quando eu não comecei a me vestir, ela olhou para mim. "Bem?" "Você quer que eu me vista na sua frente?" 258


Ela revirou os olhos. "Por favor. Como se eu nunca tivesse te visto em suas boxers." "Vire-se." Fiz um gesto. "Preciso de um pouco de privacidade." "Você é um idiota", ela disse, mas virou-se de qualquer maneira. Eu sorri para a parte de trás de sua cabeça loira. Eu amava irritá-la. "Ei, Drew?" Olhei para cima por causa do som de sua voz. Ela ficou quieta enquanto eu puxava as calças de brim, e ela não estava mais me provocando ou ofegante com ideias. Algo estava acontecendo. "Sim, Ives?" Perguntei enquanto eu enfiava a cinta preta através dos jeans preto. "Eu tenho vontade de te perguntar uma coisa." "Pergunte.” Minha irmã pode me perguntar qualquer coisa. Além de Trent, ela era a minha pessoa favorita nesta terra. Eu faria qualquer coisa por ela. Mesmo assim, eu estava de repente nervoso. "Você disse algo para mim há muito tempo. Algo que tem pesado em mim desde então." Ela começou. Senti minha testa enrugar. Agarrei seu pulso e a virei gentilmente (éramos todos gentis com a minha irmã. Ela era o tipo de garota que merecia a gentileza). Eu ainda não estava usando uma camisa, mas como ela apontou, não era como se ela nunca tivesse me visto sem uma. "O que foi?" "Você disse que este lugar mudou totalmente de você." Ela olhou para cima, olhos azuis preocupados. "Havia algo sobre a maneira como você disse isso... O que você quis dizer?" Ah, lembrei-me daquele dia. O dia em que ela me perguntou se eu estava decepcionado com ela quando ficou grávida de Nova. Tivemos uma conversa naquele dia na cozinha. Essas palavras tinham caído no momento, e me arrependi instantaneamente. Eu gostaria de poder levá-las de volta, mas eu não podia. Felizmente, tínhamos sido interrompidos e nunca terminamos a conversa. A vida tomou conta, e ela nunca falou sobre isso. 259


Até agora. Eu estava falando sobre Trent. Sobre a forma como ele me fazia sentir, mesmo naquela época. Sobre como me mudar para cá se abriu tantos lados de mim que eu havia enterrado ou mesmo deixado trancado. Estar aqui me fez sentir como se eu estivesse abraçando o verdadeiro eu. Às vezes, era assustador como o inferno. "Isso..." eu comecei. “Correndo, perseguindo os meus sonhos, e não vivendo a vida que papai sempre empurrou.” “Tem sido libertador, sabe?" Ela me estudou por um longo momento. Fiquei imaginando o que ela estava pensando. "Isso é tudo?", Ela finalmente perguntou. "O que mais poderia haver?" "Eu não tenho certeza." Seus olhos nunca deixaram meu rosto. Isso me deixou desconfortável. "Você sabe que pode falar comigo sobre qualquer coisa, certo?" Sua voz era tão genuína e sincera, o embaraço que senti evaporou, e eu me senti mal por estar ali. "É, Ives, eu sei." Ela ficou na ponta dos pés e me abraçou. Eu a abracei de volta tão forte quanto ousei e segurei-a por alguns minutos. Perguntei-me se ela sentia as batidas do meu coração. "Eu te amo", Ivy sussurrou. "Não importa o que." "Eu também te amo", eu repeti. Engoli o nó de repente se alojando na minha garganta. Era quase como se ela estivesse me dizendo. Dizendo que viu mais do que ela deixava transparecer, que sabia mais do que ela disse. Como se ela de alguma forma soubesse que eu estava apaixonado por Trent. Ela me amava mesmo assim. Nada, nenhuma outra coisa senão amor vinha da minha irmã. 260


Algo em mim afrouxou um pouco. Como uma espécie de sapato que havia sido amarrado apertado e finalmente desamarrou. Eu a apertei um pouco mais apertado antes de deixá-la ir. Quando ela recuou, limpou o olho e sorriu. "Vamos, nós temos que te vestir!" Peguei uma espécie de colete que eu nem sabia que tinha, e ela puxou-o dos meus dedos. "Primeiro a camisa!" Peguei uma camisa preta com mangas compridas e a coloquei, tendo o cuidado de dobrar o colar de velocímetro por baixo do pescoço. Em seguida, ela me entregou o colete preto feito de algodão grosso que fechava com zíper na frente. "De onde diabos veio isso?" Eu perguntei enquanto colocava. "Dei a você no Natal do ano passado." Ela mostrou a língua para mim. Ele foi montado perto do meu corpo e tinha essa coisa enorme gola. O zíper fechava todo o caminho para o topo do colar. "Quem usa isso? Girafas? O pescoço é enorme." "Esse é o estilo." Sua voz estava irritada quando ela estendeu a mão e virou as pontas para cima. "Veja, o zíper acrescenta um detalhe e o pescoço apareceu, isso chama a atenção para o seu rosto e o seu queixo. Funciona bem com toda a aparência desalinhada que você tem vestindo ultimamente, também." Em seguida, ela enfiou a frente da minha camisa por trás da fivela do cinto e ajustou a parte da frente do colete, deixando-o aberto. "Vista sua jaqueta de couro sobre isso e deixe a gola levantada. Adicione as botas pretas que você tem lá embaixo, aquelas com um leve salto, porque eles vão deixá-lo ainda mais alto." Eu já era alto. Por que eu precisava ser mais alto eu não tinha certeza, mas seja o que for. "Então, tudo preto?", Perguntei, aprovando totalmente a cor, mas me surpreendeu que ela aprovasse. "É nervoso. Misterioso. Na verdade, é meio durão." Ela deu um passo para trás e estudou sua obra.

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"Sente-se na cama." Ela saiu correndo do quarto e voltou com essa porcaria para o cabelo que ela me comprou e colocou um pouco sobre seus dedos. Ivy se colocou entre as minhas pernas e penteou o meu cabelo. Eu estava feliz, porque ele sempre parecia melhor quando ela fazia isso. "Eles não vão ter pessoas lá para fazer meu cabelo?", Perguntei. Ela fez um som, e percebi que significava que eu deveria calar a boca, então eu calei. "Não", Ivy disse e recuou. "Você está pronto." "Obrigado, Ives. Você salvou a minha imagem." Eu pressionei a mão sobre o meu coração. "Não zombe de mim, Andrew." Seu dedo sacudiu na minha cara. Peguei minha caneca vazia e beijei-a na cabeça. "Preciso de mais café." Desci a escada e fui em direção à cozinha, mas não fui tão longe. Notei que Ivy estava parada atrás, perto do arco, olhando para a sala, e eu parei ao lado dela. Eu fiz um bom trabalho não reagindo fisicamente, para um homem que parecia como se tivesse tomado um soco no estômago. Trent estava na sala de estar com Nova. Eles estavam no chão, brincando. Não havia nada de extraordinário nisso. No entanto, havia. Os dois estavam no chão com um cobertor debaixo deles. Nova não podia se sentar muito tempo sozinha, de modo que ela estava apoiada por essa coisa gigante, semelhante a um travesseiro que basicamente suportava o peso, e permitia que ela se sentasse. Trent estava em frente a ela, quase em seu estômago, mas com os joelhos dobrados debaixo dele com sua bunda no ar. No chão entre eles, havia um carro de brinquedo que eu havia comprado para ela que tocava alguma canção feminina. No topo tinha um leão de pelúcia. Trent estava "dirigindo" o carro com o leão na frente dela, e ela estava sorrindo. Ele estava fazendo os sons do carro e tudo, totalmente absorto em tudo que eles estavam brincando. Nova tinha o punho em sua boca, mas seu sorriso era evidente. 262


Enquanto eu estava lá assistindo, Trent gentilmente "caiu" o carro em seu pé minúsculo coberto de uma meia cor de rosa. Ela riu. O som dá risada de um bebê era provavelmente a coisa mais inocente e pura que já ouvi. "Oh, não," Trent exagerou. "Há um engarrafamento na frente do sofá!" Sua voz era calma, mas inteiramente animada. "Depressa, Nova. Ele precisa de um abraço." T esticou o leão para ela e mexeu em sua pequena barriga gordinha. Nova riu e pegou o brinquedo. Quando ela o pegou, enfiou-o na boca. "Ele não precisa de boca a boca," Trent disse a ela. Ela continuou mastigando ele. Ele riu e passou as pontas dos dedos sobre o cabelo em sua cabeça. Ele me matou. De todas as formas possíveis que eu poderia ser morto. Eu não sei como isso aconteceu, mas de alguma forma, ele fez. Tudo começou como uma amizade e cresceu a partir daí. E agora… Agora, olhando para ele, meu peito inchou e se expandiu. Algo sobre a sua gentileza, a inocência e a pureza com que interagiu com Nova, me disse exatamente o tipo de homem que ele era. Um bom. Genuíno. Senti sorte por amá-lo naquele momento. Eu entendi exatamente por que eu o amava. Coloquei esse sentimento no fundo, dentro de mim, porque eu tinha certeza que precisaria dele mais tarde. Senti um toque no meu ombro. Desviei meus olhos deles, e Ivy sorriu para mim. Ela bateu no meu estômago e se afastou, para a cozinha. A julgar pelo jeito como ela olhou para mim, eu sabia. Se ela estava pensando algo sobre mim e T, tudo o que ela viu no meu rosto, agora só confirmou. Entrei na sala, e ele olhou para cima. "Ei, vejo que você sobreviveu a Moda 101." Ele brincou. 263


"Ivy me considerou elegantemente salvo". Ele empurrou de volta para uma posição sentada na frente de Nova e olhou para o telefone que estava próximo. "Você tem tempo suficiente para comer algo antes de irmos." "Você comeu?" Eu perguntei, ainda olhando para ele. Era como se meus olhos estivessem famintos e ele era a comida. Como se o resto do mundo estivesse em preto e branco, mas ele estivesse colorido. "Nah, eu estava cuidando de Nova." Ivy apareceu com uma caneca e segurou-a por cima do meu ombro. "Você esqueceu que queria mais café." Certo. "Obrigado." Eu a peguei e tomei um gole. Ivy entrou na sala, e os olhos de Nova a seguiu. "Onde está o seu pai?", Perguntou ela. "Eu disse a ele para tomar banho. Ele cheirava mal.", Trent respondeu. Todos nós rimos, e Ivy se sentou ao lado de sua filha. "Ele se levantou e treinou com Romeo esta manhã." "Você vai estar nas panquecas de domingo esta semana?", Perguntou Rimmel, entrando na sala, com Romeo bem atrás dela. Trent olhou para cima. "Sim, vou estar aqui." "Nós sentimos sua falta, na semana passada", disse ela. "Desculpa. Drama na Omega." "O que está acontecendo?", Romeo Perguntou. Trent balançou a cabeça uma vez. "Nada. A mesma porcaria de sempre. Eu lidei com isso." Eu não achava que Con tentando jogá-lo para fora de seu trono era nada, mas eu não diria isso. Ele mal falou sobre a fraternidade todo o fim de semana, a não ser para me dizer o que aconteceu. Eu estava começando a pensar que havia mais do que ele disse. 264


"Eu sei que não estou mais lá, mas eu ainda posso ir e ajudá-lo a esmagar as cabeças se for preciso.", respondeu Romeo. Trent sorriu. "Obrigado, cara." "Eu tenho que ir me preparar para a aula." Rimmel fez uma careta. "Último semestre até nos formarmos!" "Amém." Trent respondeu e se levantou para abraçar Rim. Ela foi engolida pelo seu tamanho, mas ela não pareceu notar. Ela estava acostumada com isso agora com Rome. "Te vejo mais tarde." "Sim, vamos sair esta semana," ela insistiu puxando para trás, e subindo as escadas, com Romeo pendurado nas costas. Ele estendeu o punho para mim, e eu bati com ele. "Boa sorte hoje." "Obrigado." Depois de mais alguns minutos com a família, Trent e eu pegamos uma rápida comida na cozinha e pegamos a estrada. Eu tinha uma entrevista para ir.

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Em 1988, uma mulher realizou a primeira viagem de longa distância de carro, sem contar a seu marido. Achamos que ela provavelmente estava cansada de dizer-lhe para parar de colocar a roupa suja ao lado do cesto, em vez de nele.

Trent

A revista GearShark não era brincadeira. Eu não tinha certeza do que esperar quando chegamos lá, mas não foi até que o fizemos. Eles enviaram uma equipe inteira para montar a sessão de fotos e a entrevista. Havia um fotógrafo, seu assistente, um estilista, um maquiador, e o escritor fazendo o artigo. Havia também alguns caras em sua tripulação, que basicamente só montavam e desmontavam tudo quando terminávamos. Era mais do que eu imaginei para uma revista. Especialmente uma revista de automóveis. Mas então eu descobri uma das razões: isso não era apenas um artigo "comum". Drew estava na capa. Ele era a reportagem principal. Em adição ao artigo e a sessão de fotos, Gamble pagou por alguns anúncios na revista para a nova divisão, e eles estavam tirando fotos e filmando tudo ao redor da pista para uso potencial. Joey estava aqui. Sua Skyline estava encantadora olhando de perto. E havia vários outros motoristas independentes que eram bem conhecidos na pista de corrida aqui e nas ruas. Um deles era Arrow. Eu não me importava com ele... muito. Ele era apenas uma criança. 266


Mas eu tinha certeza de que Lorhaven não estava contente por não estar perto. Aposto que foi um verdadeiro espinho no seu lado, ele não estar aqui agora. Ele provavelmente estava morrendo de vontade de saber o que estava acontecendo. Era uma pena ele ter sido banido da estrada. Não. A partir do minuto que chegamos lá, as pessoas andavam. Os proprietários da estrada estavam lá, principalmente fora do caminho para observar, mas ocasionalmente eles entrariam e responderiam a perguntas ou para mostrar alguns membros da equipe ao redor. Havia uma mesa montada perto do trailer onde a equipe trouxe consigo toda uma extensão de café, garrafas de água, donuts, e bandejas de lanche. Tudo estava do lado de fora hoje. A sessão de fotos era na pista. Eles haviam criado iluminação ao redor do Fastback, que foi transferida para o local da foto (por mim). Havia também outra área pequena na lateral onde planejavam tirar fotos de Drew. Eles criaram com um grande fundo branco e o piso. Eles também tinham luzes grandes em todos os lugares. Drew foi levado quase que imediatamente. Eles estavam fazendo a maquiagem nele, o que ele odiava e eu achei muito engraçado. Tirei algumas fotos furtivas com meu celular do maquiador fazendo seu rosto e enviei uma mensagem para toda a família. Ele ia ficar puto. -Há-há há-há. Havia uma mulher com o guarda-roupa que continuava segurando camisas e roupas, mas quando tirei de Drew uma xícara de café (Eu tive pena do cara... Ele estava usando base), a estilista estava dizendo que amou o visual que ele já estava vestindo. Aproveitei e lhe disse que Ivy Forrester foi à pessoa que o vestiu nesta manhã. A estilista fez sua inscrição no canal da Ivy on-line e virou totalmente uma fã. Ela declarou que ele apenas usaria o que ele tinha. Drew se certificaria de que Ivy fosse listada nos créditos das filmagens pela sua contribuição. Ela ficaria feliz. Claro, ele mudaria para outra roupa em uma parte das filmagens, para que a estilista que estava aqui também tivesse o seu crédito.

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"Acha que ele precisa de algum rímel?" Eu perguntei a menina da maquiagem enquanto eu fingia examinar o rosto de Drew. Drew olhou para mim. "Você não tem nenhuma merda de gerente para fazer?" "Certificar-me de que você tenha uma boa aparência em sua primeira capa de revista é fazer coisas de merda de gerente", eu respondi inocentemente. A maquiadora riu. "Eu estava pensando que talvez um pouco de blush, também." Drew empalideceu. Peguei meu telefone e tirei outra foto. Então tirei um selfie com a menina da maquiagem e a estilista. Tenho certeza de que tenho um Drew carrancudo com nós três no fundo. Momentos de diversão. "Você está demitido", chamou-me quando fiz as selfies. "Aww, Forrester, você nunca seria capaz de encontrar ninguém para tomar meu lugar." Seus olhos aqueceram um pouco, e um olhar passou entre nós. Eu só estava brincado, mas percebi naquele momento que havia sido pego flertando. Desviamos os olhos rapidamente, um pouco envergonhados. A jornalista que realizaria a entrevista apareceu e se apresentou para Drew e eu. O nome dela era Emily. "Então, vamos fazer as fotos primeiro. Então, podemos nos sentar, e eu vou entrevistá-lo enquanto a equipe recebe as fotos adicionais da área e outros motoristas." "Parece bom." Drew sorriu para ela. Ela corou ligeiramente, e eu sabia que ela estava atraída por ele. "Você está pronto.", A maquiadora declarou e recuou. Drew olhou para mim. "Como estou?" Eu sorri. Mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, o artista empurrou um espelho na frente dele. "Você não vai mesmo ser capaz de dizer que você está maquiado nas fotos. Isto é apenas para ter certeza de que tudo pareça impecável sob a iluminação." 268


Ele realmente não parecia diferente. Ele deve ter concordado, porque assentiu com a cabeça e entregou o espelho de volta. "Bom." Joey acenou para nós de perto do Fastback. "Eles estão prontos para você", eu disse a ele. Joey e eu ficamos de fora enquanto Drew fazia a filmagem. Você poderia dizer que ele estava um pouco nervoso no início, mas depois ele se soltou, e o fotógrafo relaxou. "Ele é natural", disse Joey, observando a pose de Drew. "Sim, ele foi feito para isso." Senti que ela me olhava com o canto do olho. "Liguei para ele várias vezes neste fim de semana.” “Nós deveríamos dirigir. Ele nunca respondeu." "Sim?" Dei um gole no meu café e fingi que não ouvi a pergunta em suas palavras. Ela não se dissuadiu. "Ele devia estar muito ocupado." "Provavelmente." Joey fez um som e se aproximou um pouco mais perto. "Não vai dizer nada, não é?" Virei o meu olhar completo para ela, meus olhos saltando para trás e para frente entre os curiosos. "Dizer nada sobre o que?" "Você e ele." "Eu e quem?" Acho que eu deveria ter antecipado suas perguntas. Ela estava no bar na sexta à noite. Ela viu o que se aconteceu quando Drew me viu. Ela suspirou e voltou para a sessão de fotos. Assistimos em silêncio por alguns minutos. "Eu disse para ele beijar você." Suas palavras eram muito baixas, quase inaudível. Mas eu ouvi. Minha mão se apertou ao redor do copo, e virei meu corpo para encará-la completamente. "O que?" Ela assentiu com a cabeça. "Você e ele. Há mais do que amizade lá." "Você parece desapontada," eu apontei. 269


Ela sorriu. "E é por isso que você não gosta de mim." Bem, foda-se. Era hora de parar de brincar de idiota. "Olha, eu sinto muito por ser uma espécie de idiota para você quando nos conhecemos. Não era... pessoal." "Eu sei", ela meditou. "A verdade?" Eu olhei para ela, medindo sua expressão. "Por favor." Sua voz estava seca. "Eu estava com ciúmes. Você é sexy, e você pode dirigir melhor do que eu. Inferno, você pode dirigir melhor do que Drew, mas não diga a ele que eu disse isso. Além disso, você é a filha de um homem muito rico. Você é basicamente o sonho molhado de todo homem." "Não o seu." Ela sorriu. Revirei os olhos. "Não. Não é o meu." "Você pensou que eu o levaria embora." Balancei a cabeça e olhei para ele. Ele estava encostado no capô do Mustang e olhando para a câmera com um olhar intenso. Espasmos formigaram nas minhas bolas, e forcei meu olhar de volta para Joey. "Ele não é meu para você tomar." "Acho que nós dois sabemos que não é verdade", disse ela gentilmente. Eu me mexi. "Acho que nós dois sabemos que é complicado." Joey curvou a cabeça, e alguns cachos escuros pegos na brisa flutuaram ao redor de seu rosto. "Eu tenho certeza que é." Ela olhou de volta. "Só sei que estou torcendo por vocês." "Sério?" Recuei um pouco surpreso. Ela sorriu. Seus olhos verdes brilharam. "Admito que se ele não estivesse com você, eu estaria interessada. Mas ele está, e eu gosto de ter um amigo que não se importa com quem é meu pai." "Que tal dois amigos que não se importam com quem ele é?", Perguntei, oferecendo um sorriso.

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"Ouvi dizer que você chamou meu pai e Hopper de idiotas." Todos os dentes dela mostraram um largo sorriso bobo que dividiu seu rosto. Eu ri. "Não com essas palavras." "Amigos?" Ela estendeu a mão entre nós. Agarrei-a e puxei-a para o meu peito para um abraço. "Definitivamente. E me desculpe se fui um idiota ciumento.", eu disse em seus cabelos. Joey devolveu o abraço. "Você não foi tão ruim assim. Mas tudo bem. Entendi." Quando nos afastamos, olhei para ela e o Skyline amarelo brilhante. "Quando você vai me levar para um passeio em sua besta?" "Que tal fazer nesta manhã quando terminarmos aqui?", Sugeriu. "Inferno sim." "Temos algum tempo de condução para compensar." Fiz uma careta. "Desculpe por ele não estar por perto neste fim de semana." Joey sorriu. Depois de alguns minutos, Drew e o fotógrafo moveram-se para outro local com o fundo branco e começou a tirar mais fotos. Eu podia dizer que Drew estava ficando cansado de sorrir para a câmera. Fiz uma nota mental para lhe dar algumas batatas fritas quando acabasse. "Então?" Joey me deu uma cotovelada no lado. "Então...?" Eu repeti. "Será que ele te beijou?", Ela sussurrou. Eu ri. "Eu o beijei." Ela me deu um tapa no braço, animada. "Eu sabia!" Quando eu não disse mais nada, ela fez um som. "E?" Levantei uma sobrancelha. "Eu não beijo e conto." 271


"Ugh," ela cuspiu. "Pelo menos me diga uma coisa?" "O que é isso?" "Você faria isso de novo?" Olhei para Drew e depois de volta para ela. "Oh sim." A parte das fotos e das filmagens acabou, felizmente, então eu e Joey não conseguimos continuar a nossa conversa. Falar sobre Drew e eu... bem, não era algo que eu estava acostumado ou até mesmo pronto para fazer. E enquanto eu estava feliz que tudo foi esclarecido entre Joey e eu e que seríamos amigos, ela não era alguém que eu conhecia a tempo suficiente para realmente ter uma conversa sobre isso. Inferno, ela teve sorte que eu disse alguma coisa. É evidente, porém, que ela sabia que algo estava acontecendo, e eu não tive o mínimo julgamento dela, mas isso não foi tudo. "Eles tiraram quinhentas fotos minhas", Drew resmungou enquanto se aproxim. "Agora eu sei por que Braeden e Romeo ficam tão irritados com os fotógrafos." Eu ri. "É melhor se acostumar com isso." "Eu só quero dirigir." Ele gemeu. "E você vai. Mas para dirigir da maneira que quer dirigir, você tem que fazer as pessoas quererem ver.” “Você tem que ter alguém torcendo por você.” Joey apontou. "Tem alguma dica para me dar, senhorita Pro Racer?" Drew provocou. Então seus olhos deslizaram para mim maliciosamente, como se fosse verificar para ter certeza de que eu não perderia a minha merda. Eu não era o único possessivo. Ele era. Bem. Sim, eu tinha ciúmes. Mas eu não estava mais. Afinal de contas, eu era o único entrando furtivamente em sua cama esta manhã. Passei meu braço ao redor de Joey e a puxei para o meu lado. "Sim, ele precisa de toda a ajuda que puder." 272


Drew agiu como se estivesse ofendido, mas eu sabia que no fundo ele estava aliviado que eu estava dando uma chance à menina. "Basta ser você mesmo, Drew," Joey disse a ele. “É por isso que meu pai gosta tanto de você, porque você é real”. “Isso é o que vai vender você e essa divisão de corridas. Motoristas reais. Concorrência real.” “Sem regras. Apenas honra." O barulho suave de um motor cortou o ar, e todos ao redor giraram para olhar. Um Corvette branco subiu e deslizou até parar. O motor ronronando foi cortado vários segundos depois. Debaixo do meu braço, Joey endureceu um pouco. "Pensei que você disse que ele não podia vir aqui?", Ela perguntou a Drew. "Ele não deveria estar aqui", disse Drew, plano. Eu não sabia muito sobre o que aconteceu na sexta à noite. Nós não chegamos conversar sobre o que me disseram no carro a caminho do bar. Eu não tinha certeza o quão ruim a coisa foi, mas isso realmente não importava. Eu não gostava dele. E ele fodeu com Drew, quando tinha uma maldita mulher no carro com ele. Isso era tudo que eu precisava saber. Lorhaven se levantou do banco do motorista e olhou em volta com curiosidade. Ele não agiu como se fosse um lugar onde ele não devesse estar ou em um lugar que não era bem-vindo. A tensão no ar tinha todos na borda. Era como se a própria vibração que o cercava gritasse, Eu sou um idiota! Arrow apareceu ao seu lado, e sua cabeça loira falsa se inclinou para dizer algo baixinho. Lorhaven se endireitou e girou seu olhar para Drew. Seus olhos se estreitaram, e ele começou a avançar. Tirei o meu braço ao redor de Joey e dei um passo à frente, plantando-me entre ele e Drew. Nós não estamos fazendo isso hoje. Não aqui. Agora não.

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Drew estava trabalhando. Enquanto ele estivesse tão interessado em sua imagem, entendi como era importante. "Bem, aí está você." Lorhaven sorriu. "Pensei que talvez Forrester o tivesse levado para o canil." "Você é um verdadeiro brincalhão, Lorhaven." Meu tom estava entediado. "Você sabe que não deveria estar aqui." Olhei para os donos da estrada. Eles já estavam a meio caminho para nós. "Estou proibido de correr aqui. Fazer apostas aqui.” Lorhaven assentiu. Ele gesticulou ao redor. “O lugar está fechado”. “Hoje eu não vou correr nem apostar.” "Apenas metendo o nariz onde não é chamado," Drew falou pausadamente, aproximando-se mais ao meu lado. Lorhaven olhou para longe de mim. "Não pode culpar um cara por ser curioso. Especialmente quando meu pequeno bro está me enviando alguns textos malditamente interessantes." "Seu irmãozinho?", repetiu Drew como se ele estivesse tentando montar um quebra-cabeça. Ele olhou para mim. Olhei para ele. Nós dois sorrimos. "Justin Bieber é seu irmão?" Eu falei. Lorhaven suspirou insuportavelmente. "Eu disse a ele para perder o loiro." Drew e eu começamos a rir. "Bem, isso explica por que ele sempre faz o que você diz a ele," Drew meditou. "Foda-se," Lorhaven rosnou, a hostilidade em seu tom. Os dois homens que possuíam o speedway pararam um em cada lado de Lorhaven. "Você sabe que não deveria estar aqui." "Relaxe suas hemorroidas, Earl. Não estou fazendo nada", Lorhaven murmurou. Reprimi uma risada. Lorhaven era um idiota, mas essa merda era engraçada. "Você está banido desta faixa, filho. Você sabe disso." O outro homem que não era Earl o lembrou. 274


"Com licença. Existe um problema aqui?" Emily, a jornalista, injetou-se na conversa com o fotógrafo quente em seus calcanhares. "Só mais um exemplo de como a nova divisão de corridas opera", disse Drew, olhando para Lorhaven. "Sem regras, mas muita rivalidade." "Este é um rival de vocês?" Emily girou seus olhos escuros em Lorhaven. Lorhaven endireitou-se. "Ele está apenas com inveja porque dirijo melhor do que ele." "Estou pensando que o maço de dinheiros que você perdeu na noite de sexta diz o contrário," Joey falou, atraindo toda a atenção para ela. Eu dei um olhar para Drew WTF. Ele nunca me disse nada sobre dinheiro. Lorhaven balançou e as profundezas sombrias de seu olhar completamente em Joey. Ela ergueu o queixo em desafio. "Você ainda está por perto?", Ele rosnou. "Eu sou bem-vinda, ao contrário de você, aparentemente," Joey brincou. Eu sorri. "Você vai precisar sair", Earl disse a ele. "A pista nem sequer está aberta", disse Lorhaven. "Só estou aqui porque estou ouvindo que há uma nova divisão de corridas, uma para os indies." Drew deu um passo à frente e olhou para Earl e seu parceiro. "Ele pode ficar por alguns minutos? Vou satisfazê-lo e em seguida, mandá-lo embora." Mais uma vez, Drew me surpreendeu. O que diabos ele estava fazendo, pedindo para que Lorhaven andasse por aí? Earl e sua equipe pareciam que estavam prestes a discutir. Emily limpou a garganta. "Eu gostaria de ouvir sobre a rivalidade." O fotógrafo falou. "Posso tirar algumas fotos do Corvette para a revista." Lorhaven olhou para Drew. "Eles estão com o GearShark?" Drew assentiu. 275


Lorhaven jogava legal, mas eu sabia que ele era um gole de água longe de mijar suas calças jeans. "Tudo bem." Earl suspirou. "Apenas alguns minutos, então você está fora. Não volte aqui novamente Lorhaven ou vamos chamar a polícia e você vai ser removido.” Quando eles viraram, Lorhaven deu-lhes o dedo. Drew voltou sua atenção para Emily. "A entrevista será no trailer?" Ela assentiu com a cabeça. "Legal. Estarei lá em apenas alguns minutos." "Eu vou estar pronta." Ela se virou e foi embora, e o fotógrafo a seguiu. "Por que diabos você acabou de ajudá-lo?", Perguntei de Drew, assim que eles não estavam nos ouvindo. "Ele tentou nos tirar para fora da estrada, Drew," Joey colocou. "Você está brincando comigo!" Eu bati. Olhei para Lorhaven, meu peito arfando. Drew colocou uma mão no meu ombro, efetivamente roubando minha atenção. Eu não podia nem mesmo ficar louco quando ele estava me tocando. Resolvi dar-lhe um olhar irritado. "Essa é a minha maneira de estender um ramo de oliveira", disse Drew, e eu queria dar um soco em alguma coisa. "Eu ganhei a corrida de forma justa, e você sabe disso. Você ainda tem sua calcinha em sua bunda, porque você estava em seu próprio território." Lorhaven endureceu. "Isso é um pedido de desculpas?" "Eu não tenho nada para me desculpar. Mas eu deveria lhe enviar um orçamento para a carroceria da parte traseira que o meu Fastback precisa." Ele me disse que bateu em uma árvore. Eu sabia que ele estava mentindo. Filho de uma... Drew apertou meu ombro e, em seguida, puxou sua mão para trás. Ele olhou para mim tempo o suficiente para prometer que me contaria mais tarde.

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"Não vou te pagar nada", Lorhaven rosnou. "Você trouxe a porra de um pro em meu território. Nada menos que uma mulher." "Então acho que eu seria menos ameaçadora se eu tivesse um pau entre as minhas pernas?" Joey interveio. Eu ri alto. Eu gostava dessa garota. Drew também riu, mas Lorhaven apenas fez uma careta. "Motoristas Pro são Poser24", ele cuspiu. "Por que não vamos para a pista, e eu te mostro o quanto de um poser eu realmente sou?" Joey intensificou. "Qual faixa? Aquela que seu pai te comprou?" "Ei." Drew deu um passo à frente e empurrou Lorhaven. "Ela está fora dos limites. Isto é sobre você e eu.” “Trata-se de motoristas indie recebendo a chance de ser legítimo nos seus próprios termos." "Não me toque". Ele avançou para Drew. Fiz um som de raiva, mas Drew sacudiu a cabeça. Eu entendi que ele era o seu próprio homem, e que ele era quase tão grande quanto eu. Mas não me importei. Ninguém o ameaçava. Ninguém. "Você quer ouvir isso ou não?" Drew gritou. "Fale." Lorhaven cruzou os braços sobre o peito. Arrow se levantou da pequena multidão que estava a vários metros de distância, nos observando. Eu ainda não conseguia acreditar que aquele garoto era irmão de Lorhaven. Pobre rapaz. "Encontrei-me com Ron Gamble há algumas semanas. Basicamente passei no teste para ele me patrocinar." 24

Poser é um termo pejorativo, usado frequentemente nas subculturas punk, metal, gótico, entre outros, para descrever "uma pessoa que finge ser algo que ela não é", copiando vestimentas, vocabulário e/ou maneirismos de um grupo ou subcultura, geralmente para conseguir aceitação dentro de um grupo ou por popularidade em meio a vários outros grupos, mas que não compartilha ou não entende os valores ou a filosofia da subcultura.

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Lorhaven parecia que estava prestes a explodir com essa pequena informação. Drew fingiu não notar e apenas continuou falando. "Eles acharam que eu era muito inexperiente e muito verde para dirigir na equipe pro". Lorhaven bufou. "É claro que sim, esses malditos esnobes." Bem, isso foi interessante. Lorhaven teve uma excelente oportunidade para fazer uma piada sobre o fracasso de Drew, mas não o fez. Em vez disso, ele parecia louco em nome de Drew. Ele também sabia como que se sentia não ser bom o suficiente. Joey se eriçou nas proximidades, e eu me aproximei e coloquei meu braço sobre seu ombro. "Sem ressentimentos", eu sussurrei em seu ouvido. Ela riu. Lorhaven olhou de relance e me deu um olhar como se ele estivesse constipado, mas, em seguida, virou-se para Drew. "Antes de eu ir embora, eu disse algo que acabou provocando uma conversa... e levou a tudo isso." Drew fez um gesto para tudo que acontecia ao nosso redor. "Uma nova divisão de corridas", disse Lorhaven. "Bom você ter chamado o seu pequeno bro para nos espionar." Drew olhou para Arrow, que franziu a testa. "Mas da próxima vez, me pergunte se quiser saber alguma coisa." Lorhaven olhou fixamente para Drew. "Justo." Drew explicou um pouco mais sobre a nova divisão e que hoje era uma espécie de anúncio oficial sobre toda a merda por vir. Quando ele terminou, Lorhaven estava praticamente espumando pela boca. "Isto está aberto a todos os motoristas indie?" Drew assentiu. "Sim. Através de um conjunto de etapas preliminares, os pilotos serão reduzidos. O melhor do melhores vai passar para uma série de corridas de divisão. O melhor do melhores irá formar uma corrida do campeonato no Gamble Speedway. O vencedor ganha uma quantidade de TBA de prêmio em dinheiro." "E respeito." Lorhaven terminou. 278


"Exatamente." Acho que Lorhaven não era tão diferente de todos os outros motoristas que conhecíamos. Ele queria o respeito, assim como o resto dos Indies. Drew estava oferecendo a ele uma chance nisso. "Por que você está me contando tudo isso?", Perguntou Lorhaven, de repente suspeitando de Drew. "Eu também gostaria de saber," eu disse. Abaixo do meu braço, Joey assentiu. "Porque quando eu ganhar, quero saber que é porque eu mereço. Você é um idiota, mas pode dirigir. Pare com essa merda mesquinha de 'meu território’ e de tentar expulsar os motoristas para fora da estrada, quando eles ganham de você." Apenas a menção disso me fez ver vermelho de novo. Drew ergueu a mão quando Lorhaven ia protestar. "Salve isso. Eu sei que não sou o único motorista que você tentou manter fora de suas corridas. É hora de colocar seu dinheiro onde a sua boca está, Lorhaven. Estou chamando você.” Lorhaven baixou o queixo e olhou para Drew. "Você está me chamando?" "Sim. Você está todo chateado porque o circuito profissional é esnobe e indie sempre obtém o eixo? Você acha que é o melhor? Venha. Temos uma plateia agora." Drew estendeu os braços. "Pegue alguns patrocinadores, escolha um carro, e você e eu, vamos resolver isso na pista. Deixar todo mundo ver que indies não são tão verdes quanto eles pensam. Podemos ser um pouco selvagens, mas isso é apenas parte do nosso charme." Eu sorri. "Posso citar isso?", Disse Emily. Todos nós viramos. Ela estava ali de pé, com um caderno e uma caneta na mão. Eu não tinha sequer notado sua abordagem. "Claro." Drew assentiu. Então ele olhou para Lorhaven. "O que você diz? Nós dois queremos respeito e ambos queremos dirigir. Eu posso transformar este mundo em sua bunda sem você, mas algo me diz que será muito mais interessante com você por perto."

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Lorhaven estudou Drew por um longo minuto. Todos olhavam entre os dois homens como se fossem decidir de que lado ficariam. Exceto eu. Eu sabia exatamente de que lado eu sempre estaria. Porra, eu amei que ele tenha acabado de chamar este palhaço. Lorhaven não recusaria. O orgulho significava muito para alguém como ele. "Tudo bem, Forrester." Ele estendeu a mão entre eles. "Vou vê-lo na pista." Drew apertou sua mão, e o clique da câmera do fotógrafo pegou tudo. Emily virou-se para ele e fez um gesto em direção ao Corvette branco. "Tire uma foto dele com seu carro." O fotógrafo olhou para Lorhaven. “Você vem?" "Vamos fazer isso", disse ele e olhou para Drew uma última vez. "Vejo você na pista." Lorhaven sorriu maliciosamente. Antes que ele saísse com o fotógrafo, ele olhou para mim, depois para Joey. "É melhor não ficar muito perto disso." Ele apontou para mim. "Você pode pegar pulgas." Revirei os olhos. "Eu tenho tudo o que preciso para os detalhes da rivalidade", disse Emily. "Agora, se pudéssemos apenas fazer a entrevista, teremos terminado." "Posso te comprar uma xícara de café?" Drew perguntou-lhe, guiando-a com uma mão na parte inferior de sua de suas costas de volta para o trailer e da mesa de lanche. "O café aqui é livre", ela apontou divertida. "Oh, bem, então tem um duplo. Em mim." Sua risada flutuou de volta para nós, e eu me afastei de Joey. "Esse cara é um trabalho", ela murmurou e olhou para Lorhaven. "Essa é uma maneira de colocá-lo," eu murmurei. 280


"Ele realmente foi expulso daqui por apostas ilegais?" Eu balancei a cabeça. "Não confie nesse cara, Joey. Ele é exatamente o tipo de cara que seu pai te advertiu." "Ele é um bom motorista", disse ela. Lorhaven era um bom motorista. Foi por isso que Drew o chamou. Drew nunca recuou de um desafio, e isso não era diferente. Era inteligente porque essencialmente colocaria um holofote sobre Lorhaven juntamente, com Drew. Agora ele tinha menos oportunidade de ser obscuro, porque ele sabia que as pessoas estavam assistindo. Eu não disse tudo isso, no entanto. Tudo o que eu disse foi: "Drew é melhor." "Eu sei." E depois da corrida do campeonato nesta temporada, toda essa gente saberia disso também.

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Quer o seu próprio desfile? Um homem dirigiu o seu Honda 1990 por um milhão de milhas, para que o Honda lançasse um desfile.

Drew

Muitas perguntas. Isso é o que é uma entrevista. Eu não me importava com as perguntas sobre as corridas, os carros, e o que estávamos começando aqui com a nova divisão. Perguntas pessoais era outra questão. Não que me importasse de falar sobre mim mesmo. Claro que as pessoas ficariam curiosas sobre o homem que era basicamente o rosto da revolução indie. Especialmente depois do que Emily viu entre Lorhaven e eu. Era uma história de interesse humano. Era um esporte, e era novo. Ah, e não havia muitas regras. As pessoas estavam, naturalmente, vindo para cá. O que era difícil sobre as perguntas pessoais e que eu estava tentando decidir o quanto deixar as pessoas verem. O quanto eu deveria manter privado. Talvez eu não tivesse pensado nisso antes. Antes que minha irmã trouxesse a minha imagem. Antes de Trent. Eu não sabia exatamente onde T e eu ficávamos um com o outro, mas eu sabia de uma coisa. Eu não estava pronto para falar sobre isso, especialmente para a imprensa. Eu só podia imaginar como o público reagiria. Como Ron Gamble reagiria.

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Parecia que eu costumava ser mais um livro aberto, mas agora eu estava muito mais cauteloso. Parecia que agora eu tinha muito mais para proteger. Eu tinha o trabalho feito. Emily gostava de mim; que muito eu poderia dizer. Eu lia muito bem as mulheres. Eu sabia quando uma estava na minha. E ela definitivamente estava. Ela também não era feia. Seu cabelo era longo e ondulado e esse tom dourado profundo que não era marrom, mas não era loiro também. Seus olhos eram azuis, e seu rosto foi feito para acentuá-los. O top azul-real que ela usava era de corte baixo, e sua saia era apertada. Eu poderia ter tido seu número em segundos. Mas eu não queria. Nem um pouco. Na verdade, enquanto me sentei lá, conversava e respondia as perguntas com ela, meus olhos vagaram várias vezes para longe, onde Trent e Joey estavam. Os dois se inclinaram contra a Skyline, falando. No início, eles pareciam meio intensos, e eu me perguntei se eles estavam se dando bem. Mas agora estavam rindo e sorrindo. Trent estava verificando seu carro. Emily estava me verificando. Trent estava verificando o carro. E eu estava verificando T. Gostei da forma como seus jeans abraçavam seus quadris estreitos e segurava sua bunda. Gostei dos passos largos que ele tomou quando ele entrou. Ele era poderoso, quase intimidante. Seu coração era bondoso. Seus lábios eram suaves, e eu gostava da sensação de sua pele contra a minha. Ele era basicamente tudo que eu poderia querer na vida enrolado em uma única pessoa. Isso me fez sentir vergonha que eu não quisesse falar sobre ele em uma entrevista.

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"Obrigada pelo seu tempo hoje. A entrevista em questão sairá no próximo mês, vai ser realmente grande. Muitas pessoas ficarão animadas por isso." "Espero que sim." Eu sorri. "Obrigado por ter vindo até aqui para falar comigo." "Foi um prazer", disse ela, sentando-se para frente em sua cadeira enquanto se levantava. Ela se inclinou um pouco mais do que o necessário para me dar uma visão de seus peitos. Desculpe, mas você simplesmente não tem o equipamento certo. Levantei-me do assento e estendi uma mão. Ela olhou entre eu e a minha mão por alguns segundos e depois deslizou a dela na minha. "Posso lhe fazer uma pergunta, em off?", Perguntou Emily. "Depende da pergunta." Eu pisquei. Ela sorriu. "Por que você mentiu sobre estar em um relacionamento com alguém?" Ela me pegou desprevenido com essa. De todas as coisas que ela poderia perguntar, foi isso que saiu da boca dela? "Hum, o que te faz pensar que eu menti?" "Estive enviando sinais durante o dia inteiro. Eu até te dei uma visão completa das mercadorias.” Ela gesticulou em direção a suas meninas. "Ou eu estou totalmente fora de meu jogo hoje, ou você já está envolvido com alguém." "Bem, você não é direta?" Esfreguei a minha mão no meu queixo. "Sou uma repórter. Eu falo com as pessoas para ganhar a vida. É o que eu faço." "Eu não menti. Eu não estou em um relacionamento.", eu disse. "Mas você está envolvido com alguém." Ela pressionou. Trent estava caminhando em nossa direção; ele provavelmente pensou que a entrevista havia terminado. "Acho que são perguntas suficientes para o dia", eu disse e me virei para ir embora. "Será que é porque você está com medo que todo mundo descubra que você está envolvido com outro homem?", Ela perguntou silenciosamente. Eu era o único perto o suficientemente para ouvir. 284


Parei e me virei. "O que?" Ela olhou por cima do meu ombro na direção em que Trent se aproximava. "A maneira como ele olha para você." Ela olhou para mim. Senti meu estômago cair. "É da mesma forma que você olha para ele." "Qual é?" Eu joguei mudo. "Qual é a outra razão, se eu lhe oferecesse o meu número, você não aceitaria." "Eu aceitaria." Eu discordei. "Você não me ligaria." "Isso não significa que eu sou gay", eu disse sem rodeios. Ela encolheu os ombros. "Não. Não é." Eu soube o momento em que Trent estava perto. Minha pele se arrepiou um pouco e o ar ao redor se tornou um pouco mais eletrizado. "Acabou?", ele perguntou, dando um passo para o meu lado. "Sim", respondi, olhando para Emily. "Não seria uma grande coisa como você está pensando que seria." Ela continuou. OK. Esta mulher precisava de uma focinheira. Ela não tinha ideia de quando calar a boca. Claramente, era por isso que ela ainda estava solteira. "Do que vocês estão falando?", Perguntou Trent. "Nada", eu disse. "Vamos." "Poderia realmente trabalhar a seu favor. É quase moda nos dias de hoje. Você obteria mais imprensa, e sua carreira, provavelmente se beneficiaria. Poderíamos colocar em off." Eu a silenciei com a palma da minha mão no ar. "Você disse que isso estava em off." Ela inclinou a cabeça. "É, mas-" 285


"Sem mas. Você está longe da base aqui. Se eu sequer ouvir um sussurro desta conversa na mídia, vou processá-la por difamação de caráter." "Eu não tive a intenção de ofendê-lo." Os olhos dela se arregalaram. "Eu não estou ofendido." Eu protestei. "Eu só não gosto quando as pessoas que eu não conheço fazem suposições e tentam me dizer como lidar com a minha carreira." “Eu ultrapassei." Ela se mexeu. Trent, que estava ouvindo a conversa com interesse tranquilo, me deu uma olhada. "Que diabos está acontecendo?" "Estou ansioso para ler o seu artigo." Eu menti. "Assim que o projeto estiver concluído, vou enviar por email para você." Ela ofereceu. "Ótimo. Obrigado. Tenha uma boa viagem para casa." Me virei e fui embora. Trent apareceu ao meu lado alguns segundos depois, suas pernas compridas não tendo nenhum problema em me alcançar. "O que aconteceu?" "Você tem as chaves do Mustang?" Ele as tirou do bolso e segurou-as. "Drew." Trent agarrou meu braço. Parei de andar e me afastei. "Ela me perguntou se estávamos em um relacionamento", eu disse baixo e rápido. Choque cintilou sobre sua face. "Você está falando sério?" "Ela queria quebrar a história. Ela acha que eu ser gay iria beneficiar minha carreira." Trent riu, mas era um som oco, vazio. "Como diabos ela descobriu isso?" "Eu não olhei para os peitos dela ou levei-a para o quarto para uma rapidinha", eu respondi, duramente. "Então, é claro que eu sou gay." Trent passou a mão sobre sua nuca e jurou sob sua respiração. "Eu sinto muito." Arrependimento atado em seu tom. "Espere." Ele olhou para cima. "Ela bateu em você?" Divertimento correu através de mim. "Quem é o possessivo agora?" 286


Ele pareceu envergonhado. "Talvez eu não devesse ter vindo." "Foda-se," eu cuspi. "Ela só estava bisbilhotando para uma história." "Um monte de repórteres vão fazer isso." Frustração brotou dentro de mim. Tanta frustração. Eu queria que isso fosse mais fácil. "Você tem que ir para a aula esta tarde?", Perguntei. "Não, se você não quer que eu vá." "Eu não quero que você vá", eu sussurrei. Lá estava ele novamente. Faíscas de atração entre nós. Era uma força própria, tão tangível que se eu tivesse uma colher, provavelmente poderia tirá-la do ar. "Vamos," T disse, capaz de se libertar primeiro. "Joey me prometeu um passeio em seu Skyline." "Parece bom." Meus ombros relaxaram, e eu sorri o que parecia ser o meu primeiro sorriso verdadeiro em quase todo o dia. E foi assim que eu soube que o amor que eu sentia por Trent era real. O tipo de pessoas por quem se luta, porque mesmo a ameaça de um repórter "de por para fora" não foi o suficiente para me impedir de querer passar a resto do dia com ele. Nós três passamos várias horas rasgando as estradas secundárias no Skyline e no Fastback. O carro de Joey era um bom pedaço de carro. Depois disso, pegamos um pouco de comida. Eu comi todas as batatas fritas de T. Ele comeu meus tomates. Nós paramos na calçada no final da tarde. O Mustang de Trent ainda estava estacionado onde deixamos, e parecia que não havia mais ninguém aqui. "Parece que temos o lugar para nós por um tempo", eu disse. "Não vai ser suficiente."

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Fomos direto para o meu quarto, nem mesmo parando para tirar nossos sapatos. Dentro, Trent não perguntou; ele não esperou por uma palavra de mim. Ele não hesitou. No segundo em que a porta fechou, ele estava lá. Seu corpo grande me empurrou contra a porta, mas ele foi gentil e deliberado. Braços fortes deslizaram ao meu redor e seus antebraços tiraram o peso do meu corpo. Eu parei de respirar. Deixei de pensar. Mas eu vi. Vi a intenção quente em seus olhos salpicados de ouro. Vi a dor do desejo deixado muito tempo inflamado. Eu assisti a maneira como ele veio para mim com ternura, como a dor que eu havia acabado de ver não importasse nada. O contato de seus lábios foi minucioso; cada centímetro de sua boca cobria a minha. Nós nos fundimos como duas metades de um todo, unidos pela necessidade, inspirados por essa necessidade. Ele me beijou fortemente, como se estivéssemos sido puxados por uma droga que silenciou tudo ao nosso redor. Meu peito estava apertado, mas não era por falta de ar. Era muita emoção. Todo o meu tronco queimava com a pressão, do tipo que levou a minha língua mais longe em sua boca e enviou seus lábios ainda mais profundos sobre o meu. As pontas dos dedos de Trent cavaram os músculos em minhas costas enquanto ele me segurava, nossos peitos apertados, e uma de suas coxas estava entre as minhas. Ele soltou seus lábios tempo suficiente para que pudéssemos puxar uma respiração, inclinei a cabeça na direção oposta e ele agrediu minha boca novamente. A mudança de direção não foi menos devastadora, e eu enchi minhas mãos com sua camisa, imitando a forma como os nossos lábios se agarravam. Debaixo de meu jeans, meu pau estava tão duro que doía, e eu já senti uma gota de umidade na minha boxers. Eu não sabia que podia ser assim entre dois homens. Eu não sabia que poderia ser assim. 288


Eu não podia imaginar esse tipo de intimidade com outra pessoa. Era como se ele tivesse a capacidade de atingir dentro do meu peito e agarrar meu coração. Mas ele não o fez. Em vez disso, ele estendeu a mão e embalou-o suavemente, com o máximo de cuidado. Quando, finalmente, ele levantou a cabeça, eu ainda podia sentir o gosto dele em meus lábios. Seus olhos estavam nebulosos e os lábios estavam inchados. Ainda me segurando perto, Trent deu um passo para trás para dentro do quarto, e eu fui com ele. Ao lado da cama, ele tirou a minha jaqueta e o colete. Seus dedos deslizaram na minha cintura quando ele alcançou a barra da minha camisa e puxou-a sobre a minha cabeça. Enquanto trabalhava, ele tirou os sapatos, e eu fiz o mesmo. Sua mão se fechou ao redor do meu queixo, segurando minha cabeça no lugar enquanto me beijava novamente, desta vez com mais impaciência, como sua outra mão teve um pouco de trabalho com o meu cinto. Afastei-me e comecei a despi-lo, e logo, nós dois estávamos completamente nus, de pé em frente um do outro com peitos arfando. Seu pênis grosso sobressaía de seu corpo e suas bolas pareciam pesadas com a libertação pretendida. Isso me fez desejar sentir seu corpo estremecer quando ele derramou toda a minha língua. Estendi a mão para ele ao mesmo tempo em que ele me alcançou. Os nossos movimentos se espelhavam um no outro, cada um de nós lentamente encontrando o outro. Trent alcançou entre nós e segurou meu saco com sua mão livre e gentilmente massageou minhas bolas na palma da mão, enquanto provocava a minha ponta com movimentos leves. Inclinei-me para frente e fechei os lábios ao redor de seu mamilo e chupei o pequeno e duro broto em minha boca. De repente, senti o intenso desejo de marcá-lo. De alguma forma, marcá-lo como meu. Minha mão apertou ao redor de seu pênis, e eu gemi. Meus lábios se afastaram de seu mamilo e pressionaram beijos suaves em seu pescoço. Brincando, eu mordiscava sua pele com meus dentes, e seu pau estremeceu em minha mão.

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Um pouco mais ousado, eu chupei um pouco da carne na minha boca, profundamente. A mão de Trent começou a se mover muito mais rápido, me bombeando tão profundo quanto eu chupava. Sua palma achatou contra a parte de trás da minha cabeça, e ele rosnou, "Mais fundo." Eu dei a ele o que ele queria e chupei com mais força. Chupei até que eu tinha certeza de que haveria uma marca quando levantei minha cabeça. Satisfeito, me afastei, e Trent atacou meus lábios com os seus. Nós caímos de costas na cama em um emaranhado de pernas, tocando e beijando em todos os lugares, nós dois, muito mais ousados do que tínhamos sido antes. Estando em torno de si hoje e não ser capaz de tocar havia sido como uma rodada interminável de preliminares. Parecia que tínhamos perdido tempo para compensar, e não importava o quão profundo nossas línguas acariciavam; simplesmente não era suficiente. Trent rolou até que eu estivesse debaixo dele e seu corpo pesado pressionando o meu. Nossos pênis se esfregaram juntos, a sensação de sua vara dura contra a minha foi à provocação final. Eu gemia baixo na parte de trás da minha garganta quando ele começou a se mover para baixo do meu corpo, e ele se posicionou entre as minhas pernas. As palmas de suas mãos largas cobriram minha parte interna das coxas e empurraram as minhas pernas abertas. Um pouco apreensivo, olhei para cima. "Você confia em mim?", Ele respondeu asperamente. "Sim." Eu não hesitei, porque eu confiava nele. Completamente. "Eu quero tocar mais de você, mais do que antes." Meus nervos enrolaram no meu estômago. Eles lutavam com o desejo intenso que já estava lá. Trent envolveu sua mão ao redor do meu pau e acariciou-o suavemente. "Apenas a minha mão e os dedos esta noite, nada mais." "E se eu não gostar disso?" Eu sussurrei. "Você vai." Sua confiança era sexy, e ele ainda estava brincando com meu pau. 290


Eu balancei a cabeça. Trent sorriu, revelando seu dente torto sexy. Rapidamente, ele abaixou e chupou meu comprimento inteiro em sua boca. Eu ainda estava tremendo quando ele se afastou e desapareceu por alguns segundos. Ele voltou entre as minhas pernas com um pequeno pacote na mão. Quando meus olhos se arregalaram, ele riu e ergueu-a. "Não é um preservativo. Não vamos precisar de nada disso esta noite. É apenas lubrificante." Nunca pensei em pegar um pouco disso. Claro que ele tinha, apesar de tudo. Ele sempre pensava em merda assim, qualquer coisa que ele pudesse fazer para me deixar mais confortável. Sentei-me de volta contra os travesseiros, e ele se inclinou para lamber meu comprimento. Por um tempo, isso foi tudo o que ele fez. Ele lambeu e chupou até que eu estivesse muito perto e ofegante para a liberação. Foi então que ele começou a explorar. Seus dedos deslizaram para baixo e, ao mesmo tempo, ele chupou minhas bolas. Ele continuou indo até que senti a ponta de seu dedo deslizando ao longo do meu rego. Um tipo de som como um rosnado encheu a sala, e meu pau foi instantaneamente para sua boca novamente. Ao mesmo tempo, seu dedo roçou meu buraco enrugado. Fiquei tenso, sem saber o que esperar, mas ele apenas colocou o dedo lá, permitindo-me ter tempo para se acostumar com a sensação de que ele me deu. Lentamente, seu dedo começou a se mover, esfregando sobre a área em movimentos circulares lentos. Foi bom. As terminações nervosas estavam sensíveis, e eu já estava tão ligado que só adicionou prazer. Sua boca liberou o meu pau com um leve som de estalo, e ouvi o pacote ser aberto. Segundos depois, seu dedo voltou, mas desta vez ele estava escorregadio e liso. Mexi um pouco quando ele esfregou contra mim, porque eu gostei da sensação. Trent deu um beijo no interior da minha coxa e sondou o buraco suavemente. Parecia... estranho, mas não ruim. Apenas um pouco diferente. 291


Eu ainda estava meio tenso, porque eu esperava que doesse, mas isso não aconteceu. Tudo o que eu sentia era pressão. Pressão e a necessidade de gozar. "Está tudo bem?", Ele sussurrou contra a minha coxa. "Mais", eu respirei. Trent usou sua mão livre e, usando mais lubrificante, esfregou o meu buraco enrugado. Balancei um pouco, e o dedo deslizou me violando um pouco mais profundo. Eu estava bem e molhado entre minhas coxas agora, e eu estava ficando cada vez mais ligado com a ideia de ele estar dentro de mim. Como se soubesse, Trent se inclinou para frente e tomou meu pau em sua boca mais uma vez. Quando ele deslizou sua boca para cima e para baixo no meu eixo, o dedo dentro de mim começou a se mover. Eu afrouxei um pouco, e de repente, a pressão desapareceu e tudo o que restava era um formigamento de prazer. "Oh," eu gemi. Trent substituiu os lábios pelas mãos e me agarrou enquanto trabalhava com o dedo. Comecei a mover contra ele, convidando-o a ir um pouco mais profundo. Meu corpo parecia saber exatamente o que ele queria e não tinha problema em pedir para ele. "Eu sei", ele murmurou e deslizou o dedo. Minha boca se abriu, mas nenhum som saiu. Dentro de mim, senti seu dedo ondear um pouco e escovar contra um ponto que ninguém nunca havia tocado antes. Eu choraminguei. Trent parou. "Drew?" "Porra, não pare garoto da fraternidade." Sua risada quente apenas aumentou a minha tortura, e seu dedo começou a se mover, mais ousado do que antes. "Eu vou assistir você gozar", ele sussurrou. "Eu quero vê-lo explodir para mim." Eu balançava em seu dedo, e ele abaixou, aplicando-se apenas a quantidade ideal de pressão para a minha próstata. 292


Meu corpo inteiro tremeu com a liberação. Meu pau pulsava enquanto eu derramava sobre a minha barriga. Trent continuava esfregando esse ponto dentro de mim, e eu continuei gozando até que a minha visão ficou escura e eu estava totalmente exausto. Gentilmente, Trent retirou-se do meu corpo e deu um leve aperto na minha bunda antes de suspirar. "Isso foi a coisa mais sexy que eu já vi em toda a minha vida." Eu fiz um som suave. Foi tudo o que consegui. Minha. Mente. Estava. Soprando. Eu nunca soube que eu poderia gozar tão duro. Eu nunca soube que me sentiria tão bem. Trent riu baixinho e levantou-se da cama. Ele se moveu por alguns minutos, abriu a porta, escutou, e, em seguida, desceu o corredor para o banheiro (o que significava que ainda estávamos sozinhos). Alguns minutos depois, ele voltou com uma toalha e me limpou. Eu ainda estava deitado lá tentando reconstruir meu mundo destruído. "Você ainda está comigo, Forrester?" Trent perguntou, finalmente deitando ao meu lado. "Você sabia que seria tão incrível?" Ele riu. "Eu li algumas coisas, mas eu não estava realmente certo de como seria com a gente..." Sua voz sumindo. "Você gostou?", perguntei autoconsciente. Ele guiou minha mão até seu pênis ainda duro. "O que você acha?" "Você vai me deixar tentar?" Eu perguntei, querendo lhe dar o mesmo prazer insano que ele havia acabado de me dar. "Vou deixar você fazer o que quiser, Drew." As palavras estavam bem ali, tão perto da ponta da minha língua. Eu te amo.

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Eu não disse em voz alta, no entanto. Eu me segurei. Em vez disso, rolei para o meu lado e o beijei, mantendo-o na palma da minha mão. "Você tem mais lubrificante?" Eu sussurrei quando puxei para trás. "No bolso de trás da minha calça jeans." Minhas pernas pareciam de um bezerro recém-nascido enquanto eu vacilava pelo chão para pegar o pacote. Eu nunca quero desistir disso. Subi de volta na cama, ansioso. Trent olhou para cima, com a confiança em seus olhos. E então eu dei-lhe exatamente o que ele tinha me dado.

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O fundador da IKEA dirige um volvo 1993 que vale $1.500 dólares. Mesmo ele valendo 28 bilhões de dólares(no tempo desta publicação).

Trent

Meu coração estava cheio demais. Todas as coisas que nos impediam de admitir a maneira que nos sentíamos antes, pareciam nos unir ainda mais agora. Poderíamos fazer isso. Poderíamos encontrar o nosso caminho juntos. As pontas dos meus dedos dançavam ao longo da espinha de Drew, arrastando lentamente para cima e para baixo ao longo do leve mergulho no centro de suas costas. Sua cabeça estava no meu ombro, e a paixão que nós compartilhamos ainda pairava no ar. Eu estava satisfeito. O tipo de satisfação profunda que você não poderia conseguir de qualquer coisa. Era do tipo que vinha quando tudo se encaixava e caia exatamente onde deveria. Neste momento, eu não pensava sobre todos os obstáculos que estavam no nosso caminho, todos os segredos que provavelmente teríamos que manter. Tudo que eu conseguia pensar era o quão sortudo eu era. Tive sorte de conhecer esse tipo de amor. Sorte que eu tinha este homem nos meus braços.

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"Você e Joey pareciam estar se dando bem hoje", Drew murmurou. Sua voz soava satisfeito como eu me sentia. Virei meu rosto na direção dele e deixei meus lábios escovarem sua testa enquanto eu falava. "Ela sabe sobre nós." Sua cabeça inclinou para cima, e nossos olhos se encontraram. "Existe nós?" "Você quer que haja?", Perguntei. Tudo em mim esperou com a respiração suspensa. "Mais do que tudo," ele sussurrou. "Eu quero isso também." "Exclusivo?", Ele perguntou, e isso me fez rir profundamente. Meu peito vibrou com diversão. "Eu não estou compartilhando-o." Ele grunhiu como um animal que havia acabado de reclamar sua companheira. Eu não me importava. O que Drew não sabia era que ele havia me reivindicado muito antes de hoje à noite. Ele me reclamou no minuto em que ele sentou ao meu lado naquele clube. "Você sabe muito bem que eu não estou compartilhando." "Sim, Forrester, eu sei." Eu sorri contra o seu cabelo. Depois de mais alguns minutos, eu disse, "Joey me contou o que aconteceu entre você e Lorhaven. Você pulou um monte de detalhes daquela noite." "Eu não quero falar sobre Joey ou Lorhaven ou qualquer outra pessoa agora." "Nem mesmo para eu dizer que gostei da maneira como você lidou com ele hoje?" Ele riu e passou o braço bem definido sobre a minha cintura. "Você pode dizer isso." "Então, se você não quer falar sobre ninguém hoje à noite, sobre o que você quer falar?" Eu perguntei. "Nada. Eu só quero ficar aqui com o meu namorado." "Namorado", repeti, e meu coração pulou uma batida. Ele fez um som insatisfeito. "Eu não gosto da maneira que soa. É meio estranho." 296


"Se você não quer que eu seja seu namorado, o que você quer que eu seja?" Divertido, mas de uma forma apropriada. Parecia que não havia nada tradicional sobre Drew e eu, então por que a maneira como nos referimos ao nosso relacionamento seria? "Você é a minha pessoa", concluiu depois de um momento de silêncio. "Minha pessoa exclusiva". Eu ri. "Sua pessoa exclusiva, hein?" Ele assentiu. Sua mandíbula arranhou contra o meu peito. "E eu vou ser seu." "Gosto de todas as pessoas – homens e mulheres - eu sou a pessoa que você escolheu", pensei. "Eu gosto disso." "Eu também." Ele levantou a cabeça e me deu um beijo leve sobre a marca que ele havia feito no meu peito. A marca estava acima do meu coração. Apenas uma outra maneira que ele me reivindicou. Sim, eu era um sortudo. Eu era dele. Ele era meu. Minha pessoa.

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Em Churchill, Canadá, as pessoas deixam seus carros desbloqueados como uma fuga para os peões que podem encontrar ursos polares na Main Street.

Era uma manhã fria do inverno no oeste de Maryland em uma estrada local bem conhecida. GearShark montou uma equipe pequena, que viajou para conhecer o homem causando uma grande agitação no mundo das corridas. Um homem que tem sido descrito para mim como um viciado em adrenalina. Um homem que dirige sem medo. Aqui no GearShark, estamos acostumados a esses tipos de homens. Francamente, eles vêm um centavo uma dúzia. Apenas sobre cada motorista que já entrevistei tem algo semelhante a dizer sobre ele. Então, o que torna este homem diferente? O que é sobre Drew Forrester de Maryland que tem o magnata de negócios Ron Gamble liderando a criação de toda uma nova divisão de carros de corridas? E Drew tem o que é preciso para se tornar essencialmente à marca para o que poderia ser a maior criação desde NOS? 298


Quando um Mustang azul-cobalto 1969 entra na pista com um exterior impecável, pneus e motor que mostram todo o trabalho, eu tenho conhecimento. Mas não é até que o motorista de pernas longo e magro saiu vestido de preto, com uma bagunça de cabelos loiros na cabeça que eu começo a entender o que todo mundo está falando. Drew Forrester não é qualquer motorista. Ele está com fome, ele é encantador... e ele não segue as regras da estrada. Porque na estrada que Forrester dirige não tem regras. Eu o assisto arder para a câmera (Confira a foto na capa!), e eu estou aqui para garantir que Drew não faça isso apenas para o nosso cinegrafista. Ele exala esse tipo de intensidade, não importa o que ele esteja fazendo. E na maioria das vezes, ele está dirigindo. Quando me sento em frente a ele, quero saber exatamente como Drew Forrester chegou aqui hoje, como ele convenceu Ron Gamble que vale a pena criar uma nova divisão de corridas totalmente nova, e exatamente o que faz com que ele grude. Apertem os cintos de segurança, senhoras e senhores. Esse cara está prestes a leválos para um passeio. GS: Eu tenho que dizer, você não é nada do que eu estava esperando. DF: Pensou que eu fosse trazer um pouco mais de ego comigo, não é? GS: Honestamente? Sim. Você se limitou a inspirar a criação de uma divisão indie de corridas. DF: Eu não o inspirei. Eu só estava no lugar certo na hora certa e disse algo que todo motorista indie diz. GS: O que foi? DF: Que um dia, alguns excêntricos ricos jogariam com os perdedores. GS: E você se considera um perdedor? DF: Eu acho que todo mundo, em geral, considera os motoristas não-pro, que eu gosto de me referir como indies, perdedores. Mas eu não necessariamente nos chamaria assim. Só acho que ainda não fomos descobertos. GS: Tudo isso está prestes a mudar.

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DF: Sim, está. GS: Então me fale sobre esta nova divisão da corrida. Será que ela já tem um nome? DF: Acho que ainda não existe um nome oficial. Eu gosto de pensar nisso como uma revolução de corridas. GS: Diga-me porquê. <Isto é o onde ele fica realmente apaixonado. Seus olhos azuis-claros começam a queimar com excitação, e torna-se evidentemente claro que Drew está pronto para possuir a estrada. > DF: Até este ponto, os tipos de fãs que assistem as corridas são limitadas a carros, regras e padrões profissionais. Não estou dizendo que é uma coisa ruim. Tem funcionado por muitos anos. Inferno, a razão pela qual me reuni com Ron Gamble, em primeiro lugar é porque eu queria entrar nesse mundo. GS: Ele te recusou, não foi? DF: <risos> Me recusou plenamente. Disse que eu não dirigi como um profissional, que eu era muito selvagem. GS: Isso não te incomodou? DF: É verdade. Mas aqui está a coisa. Eu não tenho que dirigir como os profissionais lá fora para ser talentoso. Isso é o que está faltando no mundo das corridas agora. Há uma grande divisão entre os motoristas. As pessoas pensam que você tem que ser profissional, você tem que ter um grande contrato e patrocinadores extravagantes com nomes em seu carro, para ser considerado um verdadeiro motorista. Mas isso não é verdade. Há todo este outro lado das corridas que ninguém vê. O submundo. GS: Parece perigoso. DF: Tudo é perigoso. GS: Então, vamos ouvir sobre esse mundo, como você diz, de corridas subterrâneas. DF: Há toda uma rede de motoristas lá fora, não apenas neste estado, mas em todo o país, que conduzem e dirigem rápido. Eles se encontram em estradas rápidas e 300


esvaziam as estradas secundárias. Às vezes eles até conhecem as estradas que não estão tão vazias. GS: Você faz isso? DF: Eu nunca vou dizer. <Com esse sorriso, mesmo que ele fosse pego, esta repórter aposta que poderia encantar e não ser pego em um par de algemas.> DF: Estes são os motoristas que não têm uma tonelada de dinheiro. Eles não têm um carro de pista ou um patrocínio. Muitos deles não conseguem promoções e lhe disseram que não eram bons o suficiente. Eles dirigem de qualquer maneira. Eles são os caras da equipe nos boxes. Os caras nos bastidores das pistas. Eles trabalham em seus carros e sabem seu caminho em torno de um motor. Esses caras não são apenas os motoristas. Eles são totalmente viciados em carro. GS: Você está dizendo que acha que esses motoristas indies são melhores do que os prós? DF: Estou dizendo que não tivemos o luxo do dinheiro, dos patrocínios e da publicidade para nos levar ao volante. GS: E é para esses motoristas que Ron Gamble está criando uma nova divisão de corridas? DF: Sim. E a corrida é real. As rivalidades não estão no script. Somos um bando de motoristas que não somos treinados profissionalmente. Não temos regras e padrões como eles têm. Tudo o que temos é a honra e uma grande vontade de vencer. GS: Algumas pessoas podem dizer que Gamble está dando a pilotos de rua uma plataforma para quebrar a lei. DF: Algumas pessoas chamam a última refeição do dia de ceia, mas eu chamo de jantar. GS: Você não quer comentar diretamente sobre a condução legal vs condução ilegal? DF: Não é considerado ilegal se é um novo esporte. Então, basicamente, não há nada para comentar. GS: É realmente um novo esporte ou uma variação de um já estabelecido? 301


DF: Mais uma vez, ceia vs jantar. GS: Você mencionou rivalidade. Eu testemunhei em primeira mão o que você tem com um motorista de sobrenome de Lorhaven. <Mais detalhes aprofundados sobre essa rivalidade aquecida na página 265. Além disso, confira o meu divertido artigo com fatos e fotos aleatórios na página 205!> DF: Ele pensa que é um piloto melhor do que eu. Eu não concordo. GS: Então o quão profundo é que essa rivalidade entre vocês? DF: Profundo o suficiente para que você assista nas corridas, você vai ser capaz de vê-lo. GS: Então você acha que Lorhaven vai superar as preliminares? DF: Se ele não fizer, ele não seria um rival muito digno, seria? <Veem? Encantador.> GS: Conte-me algo pessoal sobre Drew Forrester. DF: Eu gosto de dormir nu. GS: Sinto que devo fazer questão de mencionar, você sabe, no caso de qualquer uma de nossas leitoras quiserem saber, que você é muito bonito e ainda mais pelado. DF: Eu não ouvi quaisquer queixas. GS: Você é solteiro? DF: No momento? Sim. GS: Procurando amor? DF: Eu não acho que as pessoas devem procurar o amor. Acho que as pessoas devem deixar o amor encontrá-las. GS: Ah, um romântico. DF: Tenho meus momentos. GS: Então, que tipo de qualidades você procura em uma namorada? DF: Eu gosto quando as pessoas simplesmente são elas mesmas. 302


GS: Ok, por que as pessoas deveriam assistir a esta nova revolução em corridas? DF: Porque os motoristas indies merecem o reconhecimento. Como você pode ver, Drew Forrester fala muito como ele corre. Ele não retém. Ou será que retém? Algo me diz que esta entrevista apenas arranhou a superfície do que está acontecendo sob o capô. Mesmo que ele não pareça pensar que ele é agora o rosto desta "Revolução" na corrida, eu imploro para diferir. Só o tempo dirá se ele vai chegar à corrida do campeonato no Gamble Speedway. Mas uma coisa é certa. Drew Forrester é um piloto que todos deveriam assistir.

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Em 2006, a INDY CAR Series mudou para motores Honda. Não houve desde então nenhuma falha nos motores INDY CAR..

Drew

Uma semana se passou. Emily enviou um email com o projeto da matéria que ela escreveu sobre mim e a nova divisão. Abrir o email me deixou apreensivo, porque na verdade, eu não tinha ideia do que ela escreveria. A conversa (ou foi um confronto?) que tivemos no final, que ela disse seria "off", poderia ter sido uma mentira. Ou talvez a merda que eu disse não tivesse sido muito atraente para escrever. Tomei isso como um bom sinal, o fato de que ela estava me enviando tão cedo, porque se houvesse alguma coisa na matéria que eu não gostasse, eu teria tempo para fazer tudo o que precisasse para que ela não fosse publicada. Não havia necessidade, apesar de tudo. Foi um bom artigo, mesmo que ela tenha sugerido no final que ela sabia mais sobre mim do que deixou transparecer. A maioria das pessoas não pensaria nada disso, porque eles não estavam lá nos bastidores. No geral, ela definiria o mundo das corridas de cabeça para baixo. Eu encaminhei para Gamble, e ele ficou emocionado. Ele parecia mais confiante do que nunca e que todo este esforço seria um enorme sucesso.

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Joey foi para casa porque tinha seu próprio treinamento e merda para fazer, mas eu não havia visto ela ultimamente. Tínhamos planos de nos reunir novamente na próxima semana, quando eu fosse dirigir novamente para Gamble no Speedway para algumas reuniões e dirigir um pouco mais. Muitas decisões precisavam ser feitas, muita promoção e entrevistas para fazer. Eu estava animado. Minha vida estava de repente à beira do épico total e ela estava indo para lá na via rápida. Não só a minha carreira estava quente, mas a minha família estava saudável e feliz. Trent era meu. Eu não tinha certeza do que seria uma corrida maior – dirigindo a duzentos quilômetros por hora ou sabendo que T estaria entrando no meu quarto à noite. E não, não eram apenas os orgasmos. Não eram apenas os boquetes nem mesmo a merda mágica que ele fazia com as mãos. Era ele, - puro e simples. Meu melhor amigo se tornou o meu amante, meu coração, e o centro do meu mundo. Eu não gostava de se esgueirar, e nem ele. Mas foi uma decisão que tomamos juntos, e eu sabia que não duraria para sempre. Eu o amava demais para esconder isso. Eu sabia que enfrentaria muita oposição. Nós íamos enfrentar o ódio, e as pessoas que pensávamos que eram amigos poderiam virar as costas. Eu tinha que contar a meu pai. Essa seria provavelmente a coisa mais difícil de envolver o meu cérebro. Não só virei minhas costas para a carreira que ele queria para mim, mas agora eu estava virando as costas para a família que sempre pensou que eu teria. A única coisa que eu não queria era a família perfeita que ele inventou em sua cabeça. Eu queria aquela que vivia no meu coração. Eu não poderia ter isso sem Trent.

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Eu não sabia mais nada ainda. Estávamos basicamente entendendo em como ficaríamos juntos. Este é o nosso tempo para fazer isso, e não contar às pessoas sobre o nosso relacionamento, isso nos deu a capacidade de entendê-lo sem estar sob um microscópio. Isso nos deu a oportunidade de ser tudo sobre apenas nós dois, antes de se tornar muito mais. E sim. Talvez estivéssemos com medo. Eu não queria contar ao meu pai e o resto da minha família sobre nós. Ele também não. Ser julgado é algo que nenhuma pessoa quer, não importa quem elas amam. Então, por enquanto, nós apreciamos nossos momentos roubados, de mãos dadas no carro, e rindo silenciosamente na cama à noite depois que nos damos prazer um ao outro ao contrário de qualquer outro que eu já tinha conhecido. Às vezes, quando estávamos em uma sala cheia de gente, eu poderia olhar para cima e encontrar seus olhos por uma fração de segundos, e isso era tudo o que eu precisava. Eu sabia que, mesmo que não estivéssemos ao lado um do outro, ele estava pensando em mim, e ele sabia que eu estava pensando nele. O que tínhamos não era fácil, mas era real e que estávamos fazendo o trabalho. No sábado, me arrastei para fora da cama cedo, o que não foi tão difícil, porque eu estava indo para a Omega, onde eu pegaria Trent. Nós pegamos um pouco de café e comida e conduzimos a uma grande loja de carro a cerca de uma hora de distância. Queríamos obter algumas peças para o Fastback para a próxima experiência na Gamble Speedway. Quando chegamos em casa, passamos o resto do dia com a família, e ajudei Ivy com algumas coisas do computador para tornar seu canal do YouTube ainda mais popular. Ela me mostrou uma pilha de roupas que ela encomendou para sua peça de moda inspirada nas corridas. Eu não estava em roupas (como aprendemos anteriormente), mas as coisas que ela escolheu era muito legal. Minha irmã tinha um bom olho. Se alguém pudesse me ajudar a formar a imagem certa - no sentido de moda - para a minha carreira de piloto, era ela. Eu dirigi com Trent de volta para Omega, me sentindo um pouco irritado que tive que trazê-lo de volta. Ele apenas voltaria para casa mais tarde e se esgueiraria de

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qualquer maneira. Ele sempre deixava a casa bem antes do sol nascer. Outra coisa que me deixava ranzinza. Só porque estávamos fazendo isso funcionar não significava que às vezes eu não ficava frustrado. Estacionei ao lado da casa onde um monte de irmãos estacionavam, mas deixei o motor ligado. O Mustang de Trent estava estacionado mais próximo da casa no local designado para o presidente. "Se dissemos a família sobre nós, não teríamos que fazer isso, trazer você aqui para que você possa apenas virar e dirigir de volta.", eu disse. "Você está pronto para isso?" Trent olhou para mim de seu assento. Eu balancei a cabeça. "Sim, acho que Ivy já suspeita de qualquer maneira," eu disse. "É apenas quatro deles. Talvez lhes contar tornará mais fácil pensar em contar a outras pessoas." Como o meu pai. Trent assentiu. "Parece bom. Talvez possamos contar-lhes amanhã? Panquecas de domingo?" Sua aceitação rápida foi um pouco surpreendente. Eu sorri. "Você concordou com isso muito rápido." "Estou cansado de sair às cinco horas da manhã, eu sinto falta de dormir," ele rachou. "Você sabe que eu faria isso se você não morasse em uma casa cheia de caras", eu disse, sentindo-me uma merda que ele era o único que fazia todos os sacrifícios. "Eu sei." Ele deu um aperto de mão. "Não é tão ruim. Vale a pena." "O que você acha que eles vão dizer?", Perguntei nervoso. Os dentes brancos de Trent brilharam no interior escuro do carro. "Braeden provavelmente fará um monte de piadas inadequadas. Sua irmã vai gritar com ele, e Rimmel vai nos abraçar." O canto da boca levantada. Isso soou bastante preciso. "E Romeo?", Perguntei. Por alguma razão, ele era o que eu estava mais nervoso. 307


Provavelmente porque ele realmente era como o chefe da família. Ele era o único que todo mundo olhava primeiro quando a merda caía. Romeo apenas era desse jeito. Ele era definitivamente um alfa. Mesmo que não precisássemos de seu apoio, nós dois queríamos, especialmente Trent. Ele soltou um suspiro e inclinou a cabeça para trás. "Eu não sei. Ele tem andando meio duro comigo sobre a família ultimamente." "Percebi", murmurei. "Nova não vai dar a mínima, porém," T brincou. Eu ri. "Aconteça o que acontecer, vamos lidar com isso", Trent me disse. Assenti com a cabeça e agarrei sua mão um pouco mais apertado. "Vejo você daqui a pouco?" "Eu estarei lá. Certifique-se de que você esteja nu." "Pervertido." Eu brinquei. "Você gosta disso." Oh, eu gostava, Trent moveu-se para sair do carro, mas eu o puxei de volta. "Ei, menino da fraternidade. Você está feliz, certo? " Parecia importante saber naquele momento, na medida em que nos aproximávamos de amanhã, onde contaríamos a nossa família sobre nós. Ele estar nervoso valeria a pena. "Verdade?" Trent inclinou-se para o centro do carro. Eu balancei a cabeça. "Eu nunca estive tão feliz na minha vida." "Eu também." Seu sorriso era rápido. "Isso é o que eu gosto de ouvir." "Está escuro.", eu disse. 308


"Eu notei," ele murmurou e inclinou-se mais para mim. Eu comecei, e os nossos lábios tocaram juntos. Uma vez, em seguida, duas vezes. "Vou te ver em breve, Forrester." Ele ficou no centro do estacionamento e me observou sair com o carro. Eu o vi no meu retrovisor até que fiquei fora da vista. Liguei a música, mas era Trent que dominava minha mente. Eu estava quase chegando em casa quando meu celular tocou. Eu provavelmente não teria ouvido, mas a tela iluminava no escuro. Eu o peguei e sorri. O nome de Trent apareceu na tela. "Sentindo minha falta já, garoto da fraternidade?" Eu respondi. Não foi Trent que respondeu. Pisei nos freios. O cheiro de borracha queimada flutuava no ar junto com uma nuvem de fumaça branca. Carros frearam e desviaram para fora do caminho quando fiz um súbito retorno em U e deitei o gás. Graças a Deus o meu carro foi rápido. Eu não sabia o que diabos estava acontecendo, mas eu malditamente ia descobrir.

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Você pode tomar o calor? Na África do Sul você pode legalmente anexar pequenos lança-chamas ao lado do seu carro como defesa contra ladrões de carros.

Trent

Eles se materializaram para fora da escuridão. Quatro homens que eu conhecia bem. Meus irmãos Omega. Um deles havia se comprometido comigo. Um deles era Conner. "Caras," eu disse, sentindo uma nota de advertência fluir até a volta do meu pescoço. O que diabos eles estavam fazendo aqui fora no escuro, basicamente, espreitando em volta da casa? "Eu disse," Conner entoou. "Ele é estranho." Meus dentes de trás se juntaram. "Que porra é o seu problema, Con?" Eu bati. "Eu estive ouvindo você explanar ódio por mim por semanas. Pensei que você fosse melhor que isso." "Ele não negou," um dos outros caras disse. Ele era um amigo próximo de Con. "Aposto que eles estavam fazendo no carro agora," o cara que eu corri disse. Olhei para ele, incrédulo. Isso era verdade? Será que esses caras estavam realmente parados aqui para me assediar, porque eles achavam que eu era gay? Eu sabia que eles não me viram realmente beijar Drew. Estava muito escuro.

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"Você estava sentado aqui esperando por eu chegar em casa?" "Você esteve se esgueirando muito dentro e fora ultimamente", observou Conner. "Eu não me esgueirei," eu bati. "E eu tenho que lidar com tudo sobre Omega. Esta casa ainda está no ponto." "Nós não queremos um gay para presidente", disse Con. "Todo o campus vai pensar que nossa casa está cheia deles." Outro concordou. "Eu tenho que admitir que isso parece ruim, Trent," meu velho "amigo", disse. "Sua lealdade não é o que costumava ser." "Fale com o reitor," eu disse duro e comecei a me afastar. Deus, eu não podia esperar para me livrar deste lugar. E pensar que há algumas semanas atrás, eu havia estado um bocado chateado sobre a mudança. Agora eu só queria lavar as mãos de tudo. Inacreditável. Uma mão agarrou meu braço e me empurrou ao redor com força. O soco veio imediatamente depois, e eu não tive tempo para reagir. O golpe aterrissou no lado da minha mandíbula e bati minha cabeça para trás. Adrenalina e descrença me assaltaram. Eu tropecei e me endireitei, batendo na mão que me agarrou. Foda-se. Eu ia chutar suas bundas. Girei, e bati o cara ao lado de Con. Eu rodei e colidi com o cara que eu pensei que era meu amigo. Ele caiu para trás, e eu o chutei no lado. "Agarre-o!" Con gritou, e eu zombei. Minha mão agarrou sua garganta e apertou. Eu estava além de pensar sobre quanto dano eu ia infligir. Tudo o que eu via era vermelho. Tudo o que eu ouvi foram as palavras de ódio que ele tinha vomitado para mim por semanas e, em seguida, novamente esta noite. "Idiota chupador," Con murmurou, um olhar torcido em seu rosto. 311


Eu puxei meu braço de volta para pegá-lo, mas algo me pegou e eu larguei. Deixei Conner, e ele caiu em uma pilha ofegante. Braços apertados prenderam os meus atrás de mim, e eu comecei a chutar. Mais palavras feias foram gritadas, e eu levei outro golpe ao lado do meu rosto. Antes que eu soubesse o que estava acontecendo, eles eram quatro contra um. E eu era aquele que estava preso e sendo batido. Eu era um cara forte. Mesmo em uma luta menos justa, eu poderia ter chutado alguns traseiros. Mas esta não era uma luta. Era uma emboscada impulsionada pelo ódio e inveja. As chances não estavam ao meu favor. "Chega," uma voz acima de mim gritou. "Você fez o seu ponto, Con. Vamos." Dor irradiava no meu lado, e meu olho já estava inchando e fechando. Senti uma mão batendo na minha perna, e eu joguei meu braço para fora, cegamente tentando acertar alguém. A mão foi para o meu bolso e tirou o meu telefone. "Eu preciso fazer uma chamada primeiro.", disse Con. Eu odiava a presunção em seu tom. Tentei me levantar, empurrando-me no asfalto, mas eu estava desorientado, e sangue turvava minha visão. "Você pode querer voltar," Con disse, e eu estava confuso. "Você deixou algo quando foi embora." Meu telefone foi abandonado ao lado da minha cabeça. "O que diabos você fez?" Engoli em seco. "Vamos," o cara que cancelou a "luta", disse. Eles me deixaram lá sozinho. Eu rolei de volta e pisquei para o céu. Levante-se, Trent. Abra a boca!

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Com um assobio, eu me forcei para uma posição sentada, usando minha mão como um suporte. Limpei o sangue dos meus olhos e pisquei para o meu Mustang nas proximidades. Dor irradiada em meu corpo, e o mundo em torno de mim inclinou quando eu tropecei em meus pés. Doía respirar. Doía pensar. Esses caras deveriam ser meus irmãos. Nós tínhamos vivido sob o mesmo teto há anos. Fui traído. Batido. Irritado. E tudo por causa de quê? Porque eles achavam que eu era gay. Se isso era o que acontecia quando alguém suspeitava que eu era gay, o que aconteceria quando eles descobrissem que, na verdade, eu era? O que vai acontecer com Drew? Eu caí na parte de trás do meu carro e o usei para me guiar até o chão. Debrucei-me contra a para-choque traseiro, várias partes do meu corpo latejavam. À distância, o estrondo familiar do Fastback cortou a noite. Meus olhos percorriam tudo até que ele caiu no meu telefone que se encontrava a poucos passos de distância. Aquele filho da puta chamou Drew. Ele não podia me ver assim. Minhas pernas fraquejaram quando eu empurrei a primeira vez para fora da terra, e eu caí para trás. Os faróis se aproximaram, e eu ergui um braço para proteger os olhos e me obriguei a ficar de pé. "Trent!" Drew chamou sobre o som do motor em funcionamento. "Eu estou bem", eu disse. Ele provavelmente não podia me ouvir. Seus pés martelando e com uma série de maldições ele chegou perto, e então ele estava lá, envolvendo um braço ao meu redor e me ajudando a ficar de pé. Eu caí no seu lado, grato pelo apoio. "Oh meu Deus, T. Que porra aconteceu com você?" 313


"Eu estou bem", eu insisti novamente. "Quem diabos fez isso?", Ele rosnou. Sua voz irradiava raiva, e o braço que me segurava tremia de raiva. "Drew?" Eu disse, tentando me concentrar em seu rosto, mas o meu olho estava inchado e fechado. "Sim?" Sua voz suavizou. "Quero ir para casa." "Hospital", ele insistiu e me arrastou para o carro. "Não." Minha voz era firme. "Casa." Ele parou tempo suficiente para pegar meu telefone, e então ele estava me ajudando a entrar no carro. Eu deixei minha cabeça cair para trás contra o assento e os meus olhos se fecharam. Apertei a mão ao meu lado, com minha respiração superficial. "T", Drew disse do assento do condutor. Eu o senti olhar. Sua voz tinha tanta preocupação e medo. Eu sorri. Doeu, mas eu fiz de qualquer maneira. "Eu quero ir para casa." Ele fez um som sufocado e, em seguida, o carro estava voando. O som do motor rosnou quando ele acelerou pelas ruas, era como uma espécie de canção de ninar. "O que aconteceu?" A voz de Drew estava quebrada. Todas as coisas desagradáveis que eles disseram, os golpes que me deram encheu minha cabeça, meu corpo pulsava. Sussurrei a única resposta que podia. "Ódio."

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O Lamborghini carrega explosivos para explodir as portas caso haja um capotamento.

Drew

"Ivy!" Eu rugi quando entramos na porta da frente. Ela sacudiu quando chutei a porta para trás, e levei Trent mais para dentro da casa. Ivy apareceu no topo do degrau. "O bebê está dor…" Ela engasgou. "Meu Deus! O que aconteceu?" "Eu preciso do kit de primeiros socorros", eu disse asperamente. "Eu estou bem", Trent insistiu pela centésima vez. Ele não estava bem. E quem fez isso estava morto. Ele parecia carne de cachorro. Seu rosto estava ensanguentado e machucado. Um olho já estava inchado e fechado. Havia um corte na orelha e um corte em sua cabeça. O lábio de Trent estava rachado e seus dentes estavam manchados de vermelho. Eu poderia dizer pelo jeito que ele favorecia seu lado e puxava respirações superficiais, suas costelas estavam provavelmente quebradas. Ou talvez apenas rachadas. Como se uma coisa fosse melhor do que a outra.

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Eu não tinha certeza de onde mais ele estava ferido, mas eu sabia que ele estava em lugares que eu não podia ver. A impotência que senti quando meus faróis saltaram sobre o homem tropeçando no estacionamento apenas minutos atrás tomou conta de mim mais uma vez. A forma como suas pernas apenas dobraram e ele se sentou lá apoiado por seu carro. Sozinho no escuro. Sangrando. Se isso não tivesse sido suficientemente ruim... percebi que era Trent. Isso me deixou doente por dentro. O pânico absoluto, que se apoderou de meu peito por ver um cara tão forte e capaz assim me rasgou por dentro. Era uma imagem que eu nunca seria capaz de apagar da minha mente. Isso me assombraria para sempre. No inicio, ele parecia desorientado, me fazendo preocupar que ele pudesse ter uma concussão. Ou talvez fosse apenas a dor. Claramente, ele foi atacado e tomado de surpresa. Não havia outra explicação. Trent não perderia assim em uma luta justa. Quando ele me disse que queria ir para casa, suas palavras eram como uma faca dentada no meu intestino. Eu me preocupei que ele precisasse do tipo de atenção médica que não seria capaz de dar, mas como eu poderia discutir com tal pedido de partir o coração? Eu estava esperando que ele parecesse pior do que era por causa de todo o sangue. O corte ao longo da sua sobrancelha, provavelmente, era responsável pela maior parte do sangue. Ferimentos na cabeça sangravam excessivamente. Talvez uma vez que fosse limpo, ele não pareceria tão ruim. Isso foi uma mentira. Não importava o quão melhor Trent parecesse quando estava limpo. Ao vê-lo com dor em tudo foi pior do que apanhar eu mesmo. Se ao menos eu estivesse lá. "Braeden!" Ivy gritou e desapareceu no topo da escada. 316


"Vamos, garoto da fraternidade", eu disse suavemente e nós fomos para a sala de estar. "Eu não sou um deles", ele moeu fora. "Nunca mais." Os músculos de minha mandíbula apertaram com tanta força que ouvi-los moer. Ômegas fizeram isso com ele? Provavelmente aquele pequeno pau Conner. Ele deveria saber para não iniciar guerras que não poderia ganhar. "Aqui." Abri minha mandíbula e tentei falar sem malícia. Tão irritado que eu estava, mas não era sobre eles agora. Era apenas sobre Trent. "Sente-se. Suavemente." Eu usei meus dois braços e os envolvi ao redor de sua cintura para guiá-lo para baixo para que ele não machucasse seus ferimentos que já estavam ruins. Quando ele reclinou contra as almofadas, uma respiração assobiou entre seus dentes. "Droga, T," Eu disse, pegando o queixo na mão e olhando para o dano. "Quão ruim você está machucando?" "Não é tão ruim quando você me toca." Ele sorriu. Bem, eu pensei que ele tinha. Metade do seu lábio estava muito inchado para aparecer. No entanto, ele ainda sorriu para mim. "Eu te amo." As palavras saíram, mais rápido do que eu já havia dirigido um carro. Seus olhos brilharam, mesmo o lado inchado abriu-se o suficiente para eu ver a surpresa. "Eu realmente faço." Eu admiti minha voz baixa, apenas para nós. "Você é melhor do que qualquer hospital jamais seria Forrester." Sua mão se levantou e agarrou a frente da minha camisa. Ele começou a dizer alguma coisa, mas Braeden bateu as escadas descendo e correu para a sala e ao redor do sofá. Soltei o queixo de Trent e me movi apenas o suficiente para que B pudesse banquetear seus olhos na confusão. "Oh, diabos, não!" Braeden rugiu. Seus punhos cerraram e ele andou um pouco em frente da mesa de café. 317


"Quem fez isso?", Ele perguntou asperamente. Ivy correu para a sala, carregando uma grande caixa branca com uma cruz vermelha na frente. "Aqui! eu tenho isso." Ao lado da mesa, seus pés pararam como se tivesse cola, e seus olhos se encheram de lágrimas. "Oh, Trent." "Eu estou bem", ele jurou. "Eu já fui batido mais forte no campo." Ivy fungou e tentou engolir as lágrimas. Ela não fez um bom trabalho, mas eu não podia culpá-la. Comecei a chorar olhando para ele pela primeira vez, também. "Temos uma situação familiar," Braeden rosnou para o telefone pressionado contra sua orelha. Eu sabia que tinha que estar falando com Romeo. "É melhor você trazer a sua bunda aqui." "Eu só preciso de um Band-Aid", disse Trent. Sua língua parecia grossa, porque suas palavras eram ligeiramente arrastadas. Ivy definiu o kit sobre a mesa, abriu a tampa e correu. Ela veio com um frasco marrom escuro com um tampão branco e um pano branco limpo. "Vamos limpar você." Ela correu ao redor da mesa em direção a ele e estendeu a mão. "Não toque nele," Eu rosnei e avancei para bloqueá-la. "Whoa." Braeden cortou rapidamente puxando Ivy para que ele pudesse ficar na frente dela. "Temos um problema?" "Sinto muito, Ives." Eu estava imediatamente contrito. "Eu só estou tenso. Encontrar o meu melhor amigo... deitado em um estacionamento-" "Não se desculpe," ela disse e deu a volta ao redor de B para estender os suprimentos. "Aqui." Peguei-os porque, mesmo que eu me sentisse mal por gritar com ela, eu ainda não queria que ninguém mais limpasse T. "Vou pegar alguns analgésicos para dor e gelo.", disse ela e saiu rapidamente da sala. "Foda-se," eu murmurei e puxei a mesa de café mais próximo para que eu pudesse me sentar na frente do Trent. 318


"Ok", ele me disse. Destampei a garrafa e despejei algumas coisas no pano. "Alguém saltou em você?" Braeden exigiu. Trent resmungou. "Quatro deles." O plástico da garrafa em minha mão fez um som áspero quando o lado amassou sobre a pressão do meu punho quando ele apertou com as palavras dele. "Por favor, me diga que você sabe quem eles eram. Mesmo que só um. Eu só preciso de um nome." Braeden disse atrás de nós. "Vai doer como o inferno." Eu avisei a ele e me inclinou para frente. "Apenas faça isso." Nós fechamos os olhos, e um momento se passou entre nós. Gentilmente, eu comecei a limpar o corte em sua cabeça. Sua mandíbula apertou, mas ele não disse nada. "Trent." A voz de Braeden estava impaciente. "Eles são Omega." Braeden parou de andar. “Seus próprios irmãos bateram em você?" Sua voz havia ficado quieta. Mortal. Isso era um sinal perigoso para Braeden. "Eles não são meus irmãos," Trent respondeu. "Você disse que estava tudo bem por lá," B pressionou. Ele havia dito isso. Por que eu não sabia que ele estava mentindo? Por que eu não tinha prestado mais atenção? O corte na sua testa estava um pouco mais profundo do que eu gostava, mas não sangrava mais, apenas escorria um pouco. Uma vez que eu tinha a área ao redor dele limpa e seca, retirei um curativo de borboleta e apliquei. Os olhos de Trent caíram fechados enquanto eu trabalhava, aplicando uma bandagem larga sobre a borboleta, apenas para mantê-lo limpo por agora. 319


"Por que fariam isso com você?" Braeden exigiu. Sua estimulação retomada. Os olhos de Trent abriram-se e ele olhou para mim. O que eu vi penetrou no meu peito. O olhar que ele usava estava fechado, o tipo de olhar que ele reservava para as pessoas que não eram eu. Eu sabia que era ruim. "Por quê?", perguntei em voz baixa. Seus olhos se afastaram e trancaram em Braeden. "Porque eu sou gay." Eu nunca tinha ouvido Braeden tão silencioso antes. Era como se ele estivesse sem palavras. Trent segurou seus olhos diretamente em B, mas eu não virei para ver sua reação. Eu estava muito focado no homem na minha frente. "Peguei o gelo", Ivy correu de volta para o meu lado. O frasco de analgésicos em suas mãos sacudiu com comprimidos. Ela notou o silêncio mortal na sala e hesitou. "Cerveja", perguntou Trent. "Água", corrigi. Braeden fez um som rude. "Traga uma cerveja para o homem, querida. Ele teve uma noite difícil." "Ele não pode tomar pílulas com cerveja," Eu disse. "O que você é, sua mãe?" B argumentou. "A água está bem", disse Trent, mas Ivy já havia ido para a cozinha. Voltei para limpar o seu rosto, e seus olhos caíram novamente fechados. A sala ficou em silêncio por longos minutos, mesmo quando Ivy voltou com uma cerveja e uma água em suas mãos. Quanto mais sangue eu limpava dele, mais contusões eu encontrava. Meu estômago estava tão amarrado que eu me perguntei se ele suportaria as torções de hoje à noite para o resto da minha vida. Uma vez que seu rosto estava completamente limpo e remendado, eu destampei a água e entreguei a ele com alguns comprimidos.

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Os nós de seus dedos estavam vermelhos e raspados, então, quando ele terminou de beber, eu agarrei sua mão e comecei a limpeza isso também. "Eu acho que suas costelas estão quebradas", eu disse. "Eu posso ligar pra minha mãe e mandá-la vir." A mãe de B era uma enfermeira. Ela provavelmente saberia com certeza se ele precisava de cuidados médicos ou não. "Isso seria…" "Não" Trent interrompeu. "Não esta noite." "Você pode respirar bem?", Perguntou B. "Bem o suficiente", ele respondeu. Eu fiz um som frustrado. Trent me deu aquele olhar de novo, e eu calei a boca. "Vamos ligar para ela de manhã," ele ofereceu como se quisesse me pacificar. Eu balancei a cabeça, porque eu queria acalmá-lo, também. Trent olhou para Braeden. "Você vai dizer alguma coisa?" "Eu tenho uma pergunta." Ele disse. Olhei para Ivy, imaginando que ela pensaria quando falássemos sobre o status de Trent. "Pergunte," Trent pediu, mudando um pouco. Uma careta puxou seus lábios, e eu queria rasgar sua camisa e olhar para o dano no seu peito. "O tamanho realmente importa?" B brincou. Todo mundo ficou em silêncio por um segundo e, em seguida, Trent começou a rir. "Oww," ele gemeu. "Droga, B. Sem mais piadas." Sua mão apertou a seu lado quando ele mesmo riu. "Braeden James Walker!" Ivy falou. "Eu não posso acreditar em você. Eles dizem que estão em um relacionamento e você perguntar-lhes sobre a sua preferência de tamanho!" Você poderia ter ouvido um alfinete cair no centro da sala.

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Trent nunca disse a B que ele e eu estávamos envolvidos. Ele não havia me mencionado. Acho que ficou bem claro que minha irmã já sabia. "É uma pergunta legítima," Braeden disse finalmente. Olhei para ele, o choque claro em meu rosto. Braeden olhou entre mim e T e acenou com a mão. "Você acha que isso é novidade? Todos nós já sabíamos." "Você sabia?" Eu repeti, chocado. Ele revirou os olhos. "Eu não sou um idiota." Trent riu de novo, e se transformou em outro gemido. "Você deveria se deitar." Ivy disse preocupada. "Você está ferido em qualquer outro lugar além de suas costelas? Você tem dor em qualquer outro lugar?" "Eu estou bem", ele respondeu. "Não durou muito tempo. Eles estavam com medo de que fossem pegos." "Eles vão ser pegos," B entoou. Pela primeira vez, o temperamento quente de meu cunhado parecia uma coisa boa. Seria útil quando fossemos para a Omega chutar alguns traseiros. "Você não pode dormir ainda," eu disse a ele. "Você pode ter uma concussão." "Eu não tenho.", argumentou. "Eu já tive o suficiente de futebol para saber. A minha cabeça está bem." "Pare de ser tão teimoso," eu disse a ele, com menos calor do que eu pretendia. Eu apenas não conseguia gritar com ele. Olhei para Braeden. "Ligue para sua mãe." "Eu estava certo em não querer contar a ninguém." Trent deixou cair essas palavras na sala como uma bomba atômica. Elas literalmente explodiram um pedaço do meu coração. Eu odiava essas palavras. Eu odiava que ele estivesse certo. Por que as pessoas tinham que ser tão cheias de ódio? 322


Ivy fez um som angustiado e sentou-se no sofá ao lado dele. "Ninguém nesta casa se importa quem você ama Trent." Ela olhou para mim, incluindo-me em suas palavras. "Você nunca precisa hesitar em dizer qualquer coisa para nós. Você é a nossa família. Nós amamos você, não importa o quê." Trent pegou a mão de Ivy, e ela deu-lhe de bom grado. Ela estendeu a outra para mim, e eu peguei. "Eu amo vocês dois. Eu quero que vocês sejam felizes." Engoli em seco, forçando para baixo a emoção. Eu não ia chorar. Eu não chorei. Mas ouvir aquelas palavras da minha irmã era algo que eu precisava desesperadamente. Eu não havia percebido quão ruim precisava até que ela nos deu. "Eu acho que vocês fazem um bom casal." Ela continuou e sorriu. "Obrigado, Ivy", disse Trent. Eu podia apenas assentir. Ela apertou meus dedos como se ela soubesse que eu não podia falar. Ela olhou por cima do ombro para B. Ele limpou a garganta. "Isso me irrita muito, o que aconteceu com você, Trent. Eu sei que você foi obrigado a nos dizer quando claramente você não estava pronto. Mas estou feliz, porque eu tenho vontade de dizer isso para você por um tempo." Girei e olhei para ele. Ele me olhou nos olhos e assentiu. "Eu não me importo que vocês tenham algum amor de homem." Amor de homem? Braeden clássico. "Você é minha família, e nada vai mudar isso." O rosto de Ivy brilhava de orgulho, e ela balançou a cabeça, concordando com ele. Levantei-me e ofereci a B minha mão. Ele pegou e me puxou para perto, e nós nos abraçamos com a mesa entre nós. "Nós não vamos deixar que isso fique impune", ele sussurrou em meu ouvido. Eu me afastei e acenei com a cabeça, deixando-o ver a raiva brilhando em meus olhos.

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"Coloque um pouco de gelo em seu rosto, cara," ele disse para Trent. "Essa merda parece dolorosa." Ivy pegou o pacote de gelo do colo e levantou-a em direção ao seu rosto. Então ela parou e olhou para mim. "Aqui." Ela deu o pacote para mim em vez disso. Com um pequeno sorriso, peguei e cuidadosamente pressionei contra os olhos de Trent. "Mantenha isso", disse ele. Uma vez que sua mão estava sobre ele, eu segurei entre nós. "Vamos lá, você está indo para a cama, e nós precisamos verificar suas costelas." Trent deixe-me ajudá-lo. A maneira dura que ele se moveu e a careta em seu rosto me deixou com raiva de novo. A necessidade de socar algo encheu meus membros como adrenalina. Ele se inclinou sobre mim, enquanto saímos da sala. Ivy torceu as mãos como se ela não soubesse o que fazer, e Braeden ficou lá de cara feia. Eu lhes chamei a atenção e fiz um sinal para que ele ligasse para sua mãe. Eu não me importava com o que Trent disse. Alguém precisava olhar ele. B assentiu e tocou seu telefone. "Não fique nu!" B gritou. "Rome irá logo que entrar." Trent riu novamente e dobrou de dor. Eu dei a B um dedo. Deixei a porta do quarto aberta e acendi a luz no segundo em que entramos. Trent saiu debaixo do meu braço e se moveu lentamente em direção à cama. "Tire sua camisa," Eu instruí. Um som de protesto rasgou de sua garganta. Eu atravessei o quarto, peguei sua camisa e rasguei. Ele fez um som de rasgo distinto quando eu a dividi ao meio. "Eu sei que você gosta do meu corpo, Forrester, mas caramba", brincou fracamente. Empurrei a camisa arruinada para fora de seu corpo e olhei para baixo.

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Seu lado direito estava preto e azul. A pele estava manchada e inchada. Não havia nenhuma maneira no inferno que suas costelas estivessem apenas rachadas. Filhos da puta. Afastei-me dele e coloquei minhas mãos atrás do meu pescoço, cavando-os em minha pele. Eu não sabia o que fazer com toda a raiva dentro de mim. Eu nunca havia estado tão chateado antes. Havia um hematoma no ombro esquerdo, também. Alguém o chutou. Eu quase podia vê-lo claramente nos meus pensamentos torturados. "Drew," ele disse, movendo-se através do quarto para mim. Eu continuei andando. Ele agarrou meu braço e eu calei, não querendo que meus movimentos abruptos o machucassem de qualquer forma. "Acalme-se. Eu vou ficar bem. Eu não sou o primeiro cara a ter o seu traseiro chutado em uma luta." "Isso não foi uma luta," Eu exclamei. "Isto foi um ataque." Sua mão enrolou em volta do meu pescoço e puxou. Eu pisei nele, cuidando onde meu corpo entrava em contato com o dele. Abraçamo-nos por longos e silenciosos momentos. No térreo, a porta da frente bateu, e ouvi vozes. Romeo estava em casa. Afastei-me de T, e fui até a porta, e bati ela fechada. Eu precisava de algum tempo com ele. Só nós. "Vamos," eu disse a ele e puxei o edredom e lençóis para trás. Trent afrouxou a fivela do cinto e desabotoou a calça jeans manchada de sangue. Eu o ajudei a tirá-los, e ele deitou na cama, vestindo apenas cueca. "Você está tonto? Mal do estômago?", Perguntei. "Nah." "Pare de ser forte," Eu bati. 325


"Você prefere que eu chore?" "Não. Sim." Eu me contradisse. "Porra!" "Venha aqui." Ele levantou seu braço. Meus ombros caíram um pouco, e eu fui até ele. Eu me movi cautelosamente sobre o colchão, com medo de machucá-lo. Ele não estava tendo isso, no entanto. Ele me puxou para o seu lado e ancorou um braço na minha cintura. "Sinto muito que você teve que me encontrar assim esta noite." Eu fiz um som sufocado. "Você não me deve um pedido de desculpas." "Eu acho que talvez eu deva." O tom de sua voz mudou com essas palavras. Tornaram-se séria e estranhamente... tipo fechado como seus olhos haviam estado lá embaixo. Afastei-me um pouco. "O que você tem que se desculpar?" Seu rosto virou para baixo, olhando para o seu colo. Suas palavras sussurradas explodiram mais um pedaço do meu coração. "Sinto muito, mas amar você não é suficiente."

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Exatamente uma semana antes de morrer, o ator James Dean foi avisado por Sir Alec Guiness para não dirigir o seu novo Porsche 550 Spider, ou “Você será encontrado morto por ele na próxima semana.”

Trent

O amor é paciente. O amor é gentil. Isso é o que eles dizem. Eles também dizem que o amor não toma; amor só dá. Embora essas palavras sejam bonitas, elas não são verdadeiras. O amor toma. Para amar alguém é preciso ter força. O amor exige muito trabalho. E às vezes… O amor toma um sacrifício. Lembro-me de pensar, de sentir que a única coisa pior do que estar com Drew seria estar sem ele. Eu ainda me sentia assim, mas esta noite me mostrou que eu era egoísta. Realmente amar alguém significa amá-los mais do que a si mesmo, e eu fiz. Eu amei tanto Drew. Eu o amava mais do que a mim mesmo. 327


Então, isso foi difícil. Mais difícil do que qualquer coisa que eu já tenha conhecido em toda a minha vida. Eu não sei se foi certo, mas foi tudo o que eu tinha para dar. Drew já tinha o meu coração. Meu corpo nunca iria querer outro. Eu sempre o amaria. Meu amor era perigoso. Então eu teria que amá-lo de longe. Parecia que a única coisa que restava para dar a ele era segurança. A promessa de colocá-lo antes de mim. Sempre. Gostaria de ter uma centena de espancamentos pelo privilégio de amá-lo. Gostaria de suportar a zombaria, o preconceito, e até mesmo o ódio para mantê-lo ao meu lado. O que eu não faria era pedir o mesmo dele. Eu não o colocaria em perigo por causa do meu coração. Ou até mesmo seu coração. O pensamento de alguém fazer qualquer coisa, mesmo próximo a isto com Drew era mais do que eu podia suportar. A sociedade teve uma boa conversa. Eles aprovaram leis e pregaram a quem quisesse ouvir. Eles pintaram o arco-íris como se esse símbolo de alguma forma fosse tornar tudo bem. Amor é amor. As pessoas são livres para ser quem são. O amor gay é bonito. Eu queria que fosse simples assim. Porque, mesmo que, como um todo, o mundo queira aceitar o tipo de amor que eu sinto, ainda não estávamos lá. Eu quase senti que era a mesma que colocar um animal no meio da rua e dizer a ele que seria seguro. Talvez fosse para alguns motoristas, mas não para todos. Isso significava que eu os deixei ganhar? Isso significava que, empurrando Drew para longe, os únicos que perderiam seriam nós? Como eu faria essa distinção? Como é que eu escolheria a minha felicidade sobre a sua segurança? Não era tão certo e errado. 328


Às vezes o amor não é suficiente. "O que você está dizendo, Trent?", Perguntou Drew, desconfiança em seu tom. Eu puxei meu braço em torno de sua cintura e escovei meus dedos em todo o lado do rosto. Vou sentir falta desta peste. "Eu te amo", eu prometi. "Você acha?" Ele sorriu. "Sim. Eu te amo com tudo que eu tenho." Ignorando o protesto em minhas costelas, me inclinei para frente e reivindiquei seus lábios. Beijei-o suave no início, gentil e doce. O beijo mudou no segundo em que sua língua varreu meu lábio inferior, como se ele estivesse tentando acalmar a carne inchada. Minha mão fechou na parte de trás da sua cabeça, e nós aprofundamos o beijo. Drew hesitou num primeiro momento, mas eu não iria deixá-lo puxar para trás. Eu não iria deixá-lo se preocupar se isso iria doer. Eu já estava sofrendo. De uma dor muito pior do que um lábio arrebentado. Eu devorava sua boca até que ele rasgou afastado. "Você está sangrando de novo." Ele bateu no meu lábio inferior com o polegar e levantou entre nós. Tinha um vermelho estragando a sua pele. "Sinto muito", disse eu, por mais do que apenas o sangue. Drew limpou o dedo em sua camisa e, em seguida, limpou meu lábio novamente, repetindo a mesma ação. "Eu também te amo", ele sussurrou, e eu sabia que era verdade. Eu sentia. "Nós vamos lidar com esses bastardos na Omega." Ele começou. "Agora que a família sabe, você pode se mudar para cá. As coisas vão ficar mais fáceis." 329


"Não." Eu o interrompi. Ele se afastou, rugas formando no centro da testa. "Não?" Eu balancei minha cabeça. "Eu não posso fazer isso." Fiz um gesto entre nós. "Estar junto não vai funcionar." Ele saltou da cama, um olhar incrédulo em seus olhos. "Que porra você quer dizer que não vai funcionar?" Apenas diga isso. "Nós não podemos ficar juntos. Eu não vou ficar com você." Ele riu, um som meio louco. "Você acabou de dizer que me ama." "Eu amo", eu sussurrei. "Isso é por causa de hoje à noite?", Ele gritou. "Porque alguns idiotas te derrubaram? Você vai deixá-los vencer!" Eu não tinha dúvida de que toda a casa podia ouvi-lo gritar. Mas eu não lhe disse para ficar quieto. Se eles ouvissem, ele me salvaria de ter que dizer isso duas vezes. "Você é um maricas!" Drew rugiu. Eu endureci. Tudo em mim se revoltou. "Eu sou realista!" Eu gritei e empurrei para fora da cabeceira da cama. Apontei o dedo para ele no ar. "O que você vai fazer, hein?", Prossegui implacável. "Você vai para a Omega e chutar um monte de bunda? Mostrar-lhes que você não dá a mínima sobre o que eles pensam?" Ele começou a dizer alguma coisa, e eu fiquei de pé. Doeu para me endireitar, mas mesmo assim eu fiz. "E então?" Eu o desafiei. "O que acontece na próxima vez que alguém me odiar por amar você? O que acontece quando for você que estará deitado em um estacionamento em vez de mim?" A última parte me drenou completamente. E eu caí para frente. Drew estava lá, seu corpo forte oferecendo apoio. "Sente-se." Ele me cutucou delicadamente. "Vamos. Você precisa relaxar.” 330


Deixei que ele me ajudasse a voltar para a cama. Eu estava tão cansado. "Não me peça para fazer isso", eu implorei para ele. "Não me peça para perguntar se vou aguentar cada vez que você sair de casa, se você vai ser vítima de alguém. Não me peça para ver você se despedaçando na mídia por seu relacionamento com um homem." "Nós não sabemos o que vai acontecer." Ele tentou raciocinar. "Emily acha que isso vai ajudar a minha carreira." "Emily não é a pessoa apaixonada por você. Eu sou. Eu não vou explorar o fato de que estou apaixonado pelo meu melhor amigo para vender revistas." "Eu não esperava que você fizesse." "E eu não espero que você minta." Eu esfreguei uma mão sobre a minha cabeça e fiz um som. "Eu não quero me esgueirar. Eu não quero fingir que sou apenas seu empresário quando na verdade você é meu mundo inteiro." "Então você está terminando comigo?" Ele se afastou, mágoa e dor em sua expressão. Eu desviei o olhar. "Sim." "Não." Minha cabeça disparou. "Não?" Eu não pude evitar. Eu achei graça. "Eu não aceito isso. Eu não vou terminar com você." "Você não tem uma escolha." Minha voz era final. Minha decisão foi tomada. "Se você me ama tanto quanto você diz que ama, então lute," ele desafiou. "Isso é lutar, estou lutando contra mim. Lutando para mantê-lo seguro." "Foda-se minha proteção!" Drew rugiu e disparou para o outro lado da sala. O som de um baque pesado e o rompimento do reboco me fez estremecer. Ele puxou o seu braço para trás, puxando o punho para fora do buraco que ele acabou de fazer na parede. Os nós dos dedos estavam sangrando. Ignorando o sangue, ele invadiu todo o quarto e pegou algo fora de sua cômoda. Ele jogou sobre a cama. Ele caiu com um baque entre as minhas pernas. 331


"Faça isso", ele bufou. Peguei a bola mágica oito que eu tinha dado a ele. "Pergunte a ele o quê?" "Pergunte a ele se devemos ficar juntos. Vamos deixar o destino decidir. " Meus dedos apertaram ao redor da bola. "Eu já fiz", eu disse miseravelmente. "O que?" "Você me perguntou antes se eu fiz uma pergunta." "Você disse que não." "Eu menti. Perguntei a ela se devíamos ficar juntos. Ela disse 'todos os sinais apontam para não'. " Ele riu, mas não estava com humor. "É um brinquedo burro. Ele não sabe de nada." "No entanto, aqui estamos nós." A cabeça de Drew estalou para trás como se eu tivesse dado um soco nele. "Levei meses e meses e meses para finalmente admitir para mim mesmo o quanto eu gostava de você. Em uma semana, em uma maldita semana em que estivemos juntos, aprendi todos aqueles meses de agonia valeram a pena. Eu faria tudo novamente para acabar aqui." Meu coração doeu. Parecia que alguém estava fisicamente rasgando-o ao meio. "Então, não, Trent. Não." Ele continuou. "Nós não terminamos. Nós apenas começamos." Ele era lindo. Um homem bonito e teimoso. Eu o amaria pelo resto da minha vida. E então eu o amaria mais. "Estou cansado." Eu não tenho que fingir estar cansado. Virei o meu rosto para longe dele, recusando-me a olhar em seus olhos. "Trent." Eu apertei meus olhos fechados contra a dor em sua voz.

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Quando ele percebeu que eu não voltaria atrás, um som irritado arrancou do seu peito. A porta do quarto bateu contra a parede quando ele a abriu e saiu furioso. No segundo que fiquei sozinho, eu desintegrei. A minha força para afastá-lo se dissolveu, e eu fiquei lá deitado em uma confusão quebrada e machucada. A bola oito ainda estava apertada na minha mão, e eu puxei-a no meu peito. Minha determinação vacilou. Sua mágoa e seu coração aberto me fez pensar que eu estava errado. Olhei para o brinquedo e pisquei para limpar a minha visão. Pergunte mais uma vez. Uma decisão final. Foi nisso que a minha vida havia se transformado? Confiar em um brinquedo para decidir o meu futuro? Eu não sabia mais o que era certo. Eu estava confuso. Talvez não fosse apenas um brinquedo que decidisse por mim. Talvez fosse como Drew disse. Talvez fosse o destino. O destino sabia o que estava fazendo. Certo? Levantei a bola e dei uma boa sacudida. "Drew e eu devemos ficar juntos?" Eu virei à bola em minha mão para a janela para vê-la. O pequeno triângulo dentro saltou ao redor e flutuou para a superfície. Era isso. Minha resposta. Meu destino.

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