Thayse Cristine Medeiros
Itajaí
“Cotidiano Peixeiro”
Thayse Cristine Medeiros
Itajaí “Cotidiano Peixeiro”
Itajaí “Cotidiano Peixeiro” Universidade do Vale do Itajaí - Univali Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação, Turismo e Lazer Curso Superior de Tecnologia em Fotografia Disciplina: Fotojornalismo Projeto de Avaliação de Fotojornalismo Autora: Thayse Cristine Medeiros Professor: Robson Souza dos Santos
*As informações contidas na introdução do livro foram retiradas do site: http://www.guiacatarinense.com.br/itajai/itajai.php * Os textos que compõe o livro, são músicas do compositor Carlos Cória, nascido em Porto Alegre/RS, músico brasileiro de Itajaí/ SC, onde vive desde 1959. “Foram utilizadas expressões típicas da região, com objetivo de dar ênfase à cultura local. Por outro lado, muitas expressões são escritas conforme a fala do povo, enfatizando assim a questão da variabilidade lingüistica.” - Texto retirado do encarte do CD de Carlos Cória, escrito pela Prof ª Nalba Lima de Souza.
A cidade de Itajaí, que se situa no estado de Santa Catarina é localizada no Litoral Catarinense, distante 98 km da capital do Estado (Florianópolis), com área de 289,255 km² (0,30% de Santa Catarina) - Fonte: IBGE, 2002. A cidade tem data de criação em 04 de abril de 1859, sendo desmembrada de Porto Belo e São Francisco do Sul. Sua emancipação foi no dia 15 de junho de 1860, com colonização açoriana e alemã. Possui 147.894 habitantes, sendo 72.753 homens e 75.141 mulheres - Fonte: IBGE, 2000, assim 113.062 eleitores, distribuídos em 2 zonas eleitorais, 50 locais de votação e 338 seções eleitorais - Fonte: TRE, 2006 -, e o seu povo é chamado de Itajaiense (conhecido também como “Peixeiro”). Itajaí tem o clima temperado, com temperatura média anual de 24,5 ºC. A economia é sustentada pelo tripé porto, comércio atacadista de combustível e pesca, mas o setor de produção industrial também exerce importante papel na arrecadação do município, bem como a comercialização de gêneros alimentícios.
“É..., Visse...? Tu dix...? Pode até ser muito bem, Não tem??? Eu digo, égua... Fuzuê, furdunço armado, E tá feito o escarcéu, De tarrafa e d’espinhéu... Eu digo, égua... Marcolina fofoqueira, Fez lambança da vizinha, Dix que a menina é mãe solteira, Dix que o pai é o primo dela, Dix que vive de bobeira, Que entrou pela janela, Que fugiu com a rapariga, Foi morar pra Porto Belo, Se ajuntou de vez, não tem??? Não tem??? É..., Visse...? Tu dix? Pode até ser muito bem, Não tem??? Eu digo, égua... Óli, ó!!! Égua... Ah, ah! Visse, se ajuntou de vez, não tem???”
“Ah, ah, ah tax tolo... Ah, ah, ah bobiça... Preparo o puçá, Entro na bateira e vou pegar siri, Me ponho a remar, O rio agora é mar e começou a aventura, Em casa todos me esperam bem, Panela, fogo, sirizada vem, Papa-sirí é a tua vez...
Preparo o puçá, Entro na bateira e vou pegar siri, Me ponho a remar, O rio agora é mar e começou a aventura, Soltando pipa na Fazenda, Café com pão, manteiga não, Papa-sirí é a tua vez, e a hora é agora, Papa-sirí, sou um papa-sirí, sou um Papa- sirí, sou... Papagaio, Morcego, da Cruz e do Farol, Da Atalaia à Praia Brava, São João, São Vicente, Olha o Nego Dico aí gente!!!”
“Aguidal de barro, café de boião, Água de barrela, Lenha no fogão, água no feijão, Gato na janela, Bibelô de mesa, casa de madeira, Quintal de chão batido, Pego o meu puçá, caniço e samburá, Só volto pro jantar... O sol batendo forte, Pescador, bateira e o mar, são um só, Na beira da praia, Mariquinha chora se sentindo só, E o pensamento voa, voa, voa, voa, Pra além do cafundó... Roupa no varal, tudo é tão normal, etc e tal... Pandorga não é pipa, E usa a mesma seda pra te confundir, Na praia é a mesma laia, mergulho na Atalaia, Ou na ponte do Fritz, Que hoje só tem lama, sumiu o camarão, Cadê o meu siri?”
“Antisdonte, dijaoge, Adispoge, não avacalha, Não me amola, isso é barda? Ô boca de caboza! Não me intica, não me injica, Seu ingronha, disconjuro Zé, Não me intica, não me injica, Seu ingronha, istepô, mané... Farinha é pouca meu pirão primeiro, Siri na lata, sirigaita, Samba sem pandeiro, Se eu pegar na corda, Tu não escapa Zé, Dô te um peteleco de atolá o pé... Que qui tas fazendo aí com a cangica arreganhada? Não te abóba nego, não Te aprecata cacalhada, Presepêro aqui anda na pinguela, Cai na pirambeira ou dentro da panela...”
“No vai e vem da maré, No sobe e desce do mar, Lua cheia na areia, Rio correndo pro mar, Pescador que sai na barra, Não sabe se vai voltar, Coração ficou em terra, morena, Lenço branco a beira mar... Reza, reza Mariana, À Senhora dos navegantes, Pra acabar tua agonia, Teu amor, tua alegria, Faz voltar bem, de manhã, Agradeça, Mariana, À Senhora dos navegantes, Acabou tua agonia, Teu amor, tua folia, Chegou bem de manhã...”
“Eu gosto é de ouvir o som do mar, Quando chego na curva da Atalaia, Dou de cara com um verde, sei lá, Num domingo ensolarado, Gente pra todo lado... Deitada na areia, menina sereia, Quando passa, arrasta a raça da fumaça, Sentada na pedra, na cara dura, Contando piadas, num bode de riso, Fazendo pirraça da moça que passa, Com um andar esquisito, E um biquini engraçado, Ela é “gente boa”, Si não quéx, dix, Si quéx, quéx, Si não quéx, dix...”
Thayse Cristine Medeiros, filha de Adilson Medeiros e Fabiana Werner Pereira Medeiros, nasceu em Brusque/SC no dia 11 de abril de 1992, mas sempre residiu em Itajaí/SC. Atualmente é acadêmica da primeira turma do Curso Superior de Tecnologia em Fotografia da Univali – Universidade do Vale do Itajaí, e está cursando o último período. Sempre gostou de fotografia e desde criança já tirava fotos da família e dos amigos, e então no ano de 2009 surgiu a oportunidade para o seu aprendizado profissional.