PARQUE LINEAR URBANO EM GUARABIRA: APROXIMAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E O ESPAÇO URBANO by Lyza Ketlen

PARQUE

Juรก

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA – UNIPÊ CURSO DE GRADUAÇÃO ARQUITETURA E URBANISMO

LYZA KETLEN MATIAS VIEIRA NUNES

PARQUE LINEAR URBANO EM GUARABIRA: APROXIMAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E O ESPAÇO URBANO

Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ, como requisito para obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Professora Orientadora: Ms. Christiane Nicolau Rozendo Ferreira.

LYZA KETLEN MATIAS VIEIRA NUNES PARQUE LINEAR URBANO EM GUARABIRA: APROXIMAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E O ESPAÇO URBANO

BANCA EXAMINADORA

Prof. Ms Christiane Nicolau Rozendo Ferreira (Professor orientador)

N972p Nunes, Lyza Ketlen Matias Vieira. Parque linear urbano em Guarabira: Aproximação entre as pessoas e o espaço urbano / Lyza Ketlen Matias Vieira Nunes, 2020. 183f. Orientador (a): Prof . Christiane Nicolau Rozendo Ferreira Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ.

Prof. Esp. Saulo Leal Ernesto de Melo Filho (Examinador interno)

Aline Gonçalves Pinheiro (Examinador Externo)

1. Requalificação urbana. 2. Parque Linear. 3. Guarabira. 4. Paisagismo. I. Título. UNIPÊ / BC

CDU 712.26

JOÃO PESSOA, 2020

AGRADECIMENTOS O primeiro agradecimento vai para o criador de tudo, Deus, ele que me guiou por esses 5 anos que foram bastante conturbados, mas graças a ele estou aqui finalizando mais uma epata da minha vida. Aos meus familiares, em especial aos meus pais Andreza Matias e Edilson dos Santos, que sempre deram o melhor deles para mim e que nunca desacreditaram dos meus sonhos. Ao meu esposo Cleiton Nunes, que sem ele eu não teria iniciado esse curso, pois não mediu esforços para que eu pudesse realizar esse grande sonho. Só nós sabemos como foi difícil essa caminhada, mas ele sempre esteve comigo com seu apoio e companherismo. A minha orientadora Christiane Nicolau, que me auxiliou nesse trabalho desde o início, dando todo o suporte que eu precisei, sempre atenciosa e prestativa nas orientações. Aos meus colegas da turma E noite, que me acolheu da melhor forma, eu agradeço a todos, tenho certeza que foi a melhor decisão que fiz de ter me transferido para o turno da noite, pois tive o prazer de conhecer pessoas incríveis e que quero levar para a vida. Aos meus amigos Daniel Dias, Reny Pessoa e Leandro

Martins, os quais dividiram comigo os melhores e piores momentos, sentirei saudades dos nossos trabalhos juntos. A todos os professores, que contribuíram com a minha formação acadêmica, em especial a Isis Amaral, Rodrigo Nascimento, Flávia Dantas, Maiara Belo, Eduardo Nóbrega, Antônio Massa e Saulo Leal . Por fim, agradeço a banca examinadora por aceitarem participar dessa avaliação.

RESUMO

ABSTRACT

A requalificação urbana é uma estratégia de readequar as área degradadas, promovendo a valorização e a recuperação dos espaços públicos e sendo instrumento de qualidade de vida das populações. O processo utilizado para revitalização ocorre com o diagnóstico das problemáticas do local e onde os parque urbanos tornam-se soluções para o aprimoramento ambiental. Diante disso, o presente trabalho dispõe de uma proposta de inserção de um parque linear urbano em Guarabira-PB a fim de exaltar os aspectos urbanísticos e paisagísticos, intensificando a contemplação das atividades de esporte, lazer e recreação. Para isso foram realizadas pesquisas e análises identificando as fraquezas e potencialidades do local que serviram para a elaboração do conceito, diretrizes projetuais e o programa de necessidades, buscando a união do social com os aspectos culturais e ambientais.

Urban requalification is a strategy to readjust degraded areas, promoting the valorization and recovery of public spaces and being an instrument of quality of life for the population. The process used for revitalization occurs with the diagnosis of the problems of the place and where the urban parks become solutions for environmental improvement. In view of this, the present work has a proposal for the insertion of a linear urban park in Guarabira-PB in order to exalt the urbanistic and landscape aspects, intensifying the contemplation of sports, leisure and recreation activities. For this, researches and analyses were carried out identifying the weaknesses and potentialities of the place that served for the elaboration of the concept, project guidelines and the needs program, seeking the union of the social with the cultural and environmental aspects.

Palavras-chave: Requalificação urbana, Parque linear, Guarabira, Paisagismo.

Keywords: Urban requalification, Linear Park, Guarabira, Landscaping.

LISTA DE FIGURAS FIGURA 1- Passeio público do Rio de Janeiro �� 21 FIGURA 2- Funções das áreas verdes �� 22 FIGURA 3- Reconstituição do fórum romano �� 22 FIGURA 4 - Praça medieval: planta da piazza del campo na cidade de Siena, Itália �� 23 FIGURA 5 - Praça barroca: desenho esquemático da piazza di San Pietro �� 23 FIGURA 6 - Planta de localização �� 28 FIGURA 7 - Implantação do parque �� 29 FIGURA 8 - Diagrama de arborização �� 30 FIGURA 9 - Diagrama de permeabilidade �� 31 FIGURA 10 - Mapa de localização �� 34 FIGURA 11 - Estação Ferroviária de Guarabira �� 34 FIGURA 12 - Trecho do Riacho Jacaré canalizado �� 34 FIGURA 13 - O recorte com os bairros no seu entorno �� 35 FIGURA 14 - Publicação do Jornal Guarabira Hoje �� 35 FIGURA 15 - Trecho do canal em período chuvoso �� 36 FIGURA 16 - Escoamento fluvial do canal �� 36 FIGURA 17 - Elevações topografia AOE �� 37 FIGURA 18 - Topografia AOE �� 37 FIGURA 19 - Mapa de uso e ocupação e marcos visuais �� 38 FIGURA 20 - Mapa de gabarito e análise comportamental �� 39 FIGURA 21 - Pessoas fazendo caminhada �� 39 FIGURA 22 - Ônibus estacionados à beira do canal �� 39 FIGURA 23 - Mapa de fluxo viário �� 40 FIGURA 24 - Mapa de atributos e impactos ambientais �� 41 FIGURA 25 - Escoamento fluvial do canal �� 41 FIGURA 26 - Depósito irregurar de lixo residencial �� 41 FIGURA 27 - Mapa de macrozoneamento �� 42 FIGURA 28 - Diagrama conceitual do projeto �� 46 FIGURA 29 - Diagrama diretrizes projetuais �� 47 FIGURA 30 - Estudo de manchas �� 48

FIGURA 31 - Diagrama conceitual �� 48 FIGURA 32 - Deck de contemplação �� 49 FIGURA 33 - Espaço para concientização ambiental �� 49 FIGURA 34 - Playground �� 50 FIGURA 35 - Alimentação e esporte �� 50 FIGURA 36 - Área pet �� 50 FIGURA 37 - Materiais dos pisos �� 52 FIGURA 38 - Mobiliários urbanos �� 52

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LISTA DE TABELAS

CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

TABELA 1 - Matriz SWOT �� 43 TABELA 2 - Diretrizes projetuais �� 47 TABELA 3 - Programa de necessidades �� 47 TABELA 4 - Quadro de arborização �� 51

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística NBR – Norma brasileira OAB – Ordem dos Advogados do Brasil PB – Paraíba SNIS – Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento AOE - Área objeto de estudo

Sumário

Diversidade

Referêncial Teórico Introdução

1.1 Relação entre as pessoas e o espaço urbano 1.2 Espaços urbanos 1.2.1 Parques urbanos 1.2.2 Praças 1.2.3 Parques lineares

04 02

Referêncial Projetual

2.1 1° Lugar - Concurso de projetos: Praça Colinas de Anhanguera / HUS 2.2 Análise do objeto escolhido 2.3 Topografia 2.4 Arborização 2.5 Sustentabilidade

Diagnóstico da área

3.1 Breve histórico da cidade 3.2 Análise do objeto de estudo 3.3 Topografia 3.4 Marcos visuais e uso e ocupação do solo 3.5 Gabarito e análise comportamental 3.6 Fluxo viário 3.7 Atributos e impactos ambientais 3.8 Legislação 3.9 Matriz SWOT

4.1 Conceito arquitetônico 4.2 Diretrizes projetuais 4.3 Programa de necessidades 4.4 Esquema conceitual 4.5 Parque Juá 4.6 Arborização 4.7 Materiais 4.8 Mobiliários

R Referências

INTRODUÇÃO

Introdução O parque urbano é como um pulmão na cidade. Ele garante melhor conforto térmico além do acolhimento de atividades estimulando a sociabilidade. Kliass (1993) cita que os parques urbanos possuem dimensões significativas e são espaços públicos com cobertura vegetal e elementos naturais, destinados a recreação. Outra opção de espaço urbano são os parques lineares, que surgem como uma opção de lazer no século XIX, implantados nos projetos de vanguardas inglesas, alemães e estadunidenses trazendo uma composição de paisagem e a preservação ambiental.

Sendo assim, existe a necessidade e a importância de uma área onde os moradores e a população possam ter ligação com o espaço urbano, conseguindo encontrar suas origens de forma física com o natural, trazendo conexão entre os bairros circunvizinhos, uma frequência de uso em todos os horários do dia, dando vitalidade ao espaço, que se encontra

“abandonado” e sem atenção de todas as formas. Gehl (2013), aponta que o fato de as pessoas serem atraídas para caminhar e permanecer no espaço é uma questão cuidadosa junto a proposta, pois há uma dimensão humana a ser fortalecida e contemplada. Diante disso, na cidade de Guarabira-PB, há falta de investimento e de interesse das instituições governamentais quando se trata de parques urbanos, gerando o desconhecimento da importância dos elementos paisagísticos na composição da cidade. A maioria dos espaços urbanos são praças e estão voltadas para as áreas centrais da cidade, desvalorizando as periferias, que por sua vez sofrem com a carência. Em toda a cidade, há áreas de grande potencial paisagístico para a implantação de espaços urbanos. Segundo Jacobs(2000)”Os parques que não possuam presença da população são preocupação não só pelo desperdício, mas também pela negatividade que perlonga no espaço. Sofrendo da mesma forma que as ruas sem olhos, espalhando os seus riscos pela vizinhança, ganhando fama de perigosas e sendo evitadas.” Assim, pretende-se ao longo deste trabalho, desenvolver um anteprojeto de um parque linear urbano em Guarabira – PB, as margens do trecho canalizado do Riacho Jacaré, onde há um grande potencial paisagístico para a implantação do

parque, afim de buscar a revalorização do espaço que hoje encontra-se abandonado. Juntamente com os objetivos específicos que são, identificar as necessidades dos moradores e usuários da área, mapear áreas de lazer existentes no parque e no entorno, promover a conexão dos espaços públicos do entorno com o parque, priorizar os pedestres e o riacho por meio do desenho urbano e paisagístico na área objeto de estudo e buscar possíveis soluções de interatividade para a área. O trabalho se estrutura em quatro capítulos , tendo início com o primeiro que consiste em análises dos conceitos sobre a relação do homem com o espaço urbano , sobre os parques urbanos e especificamente sobre os parques lineares. No segundo capítulo é apresentado o estudo de correlato indentificando as características do local que são relevantes para a proposta. O terceiro capítulo é seguido pelo diagnóstico da área e o estudo da morfologia do lugar. Já no quarto capítulo aborda o conceito juntamente com as diretrizes, o programa de necessidades, o estudo esquemático em forma de diagrama, uma breve descrição sobre o parque e por fim as especificações das espécies de vegetação. Para o desenvolvimento deste trabalho foram realizados procedimentos metodológicos com finalidade de análise e produção do anteprojeto final. Na etapa inicial foram realizadas pesquisas bibliográficas e Web gráficas como consultas a livros, sites, dissertações, artigos indispensáveis

ao entrosamento do tema. Os autores selecionados trazem amplas informações na extensão do urbanismo como Scalise(2002) e Macedo e Sakata(2002), além de tratarem sobre ambientes públicos, parques urbanos, infraestrutura. Sobre a pesquisa documental foram consultados normas, mapas, dados, leis, documentos institucionais, governamentais, entre outros, trazendo uma pesquisa mais adequada sobre o tema. Dentre essas fontes foram utilizadas a Prefeitura Municipal de Guarabira- PB, o Acervo de documentação Coronel João Pimentel em Guarabira- PB, o Plano Diretor da cidade de Guarabira- PB, como também a NBR - 9050/2015 que traz informações importantes sobre acessibilidade. A união das informações teve como intuito apontar todas as etapas de estudo que servirão de assistência para o desenvolvimento do projeto. A partir de visitas de campo, pesquisas com os usuários, análises da área, pode-se colher informações relacionadas para a elaboração das diretrizes. Levando isso em consideração, serão produzidos mapas, desenhos técnicos, maquetes eletrônicas em 3D, cortes, tabelas, quadros, que darão base para o entender a leitura do lugar. Visitas de campo foram realizadas com o intuito de avaliar o espaço destinado a elaboração do anteprojeto e entender de forma profunda, as dificuldades e os potenciais

Hoje pode-se observar que o crescimento urbano, principalmente no que diz respeito às moradias e instituições, somado à falta infraestrutura urbana em algumas cidades fazem com que a população não possa usufruir das conexões entres os recursos naturais e os bairros, entre os espaços verdes que cercam o entorno e isso acaba gerando áreas abandonadas ou pouco frequentadas.

INTRODUÇÃO

da área, colhendo informações fotográficas e analisando como funciona e como é aproveitada a área pela população, adotando a metodologia indicada no livro Introdução ao desenho urbano de Vicente Del Rio , com o objetivo de acrescentar a construção da análise. As visitas foram efetivadas em dias com horários e climas diferentes para analisar os movimentos e as dificuldades da área objeto de estudo.

O estudo da proposta tem início com uma breve história sobre a área de estudo , logo após foram elaborados mapas juntamente com a análise da área e a legislação pertinente. A partir daí o programa de necessidades e as diretrizes deram continuação ao processo, depois, na setorização do anteprojeto, no memorial e conceito arquitetônico foram explicadas as disposições projetuais que foram inseridos na proposta, a qual é exibida na etapa de anteprojeto pelas imagens e desenhos técnicos.

Após a fundamentação teórica, foi iniciado os estudos do correlato e análise das condicionantes projetuais, os quais colaboraram com elementos sobre o assunto onde se encontram, as dificuldades abordadas e quais atos foram imprescindíveis para alcançar a conversão da situação, buscando entender as relações projetuais como meio urbano as quais foram inseridos, identificando os pontos positivos e negativos das propostas.

REFERÊNCIAL TEÓRICO

REFERENCIAL TEÓRICO

são essas mesmas alterações que lançam novos espaços e necessidades.

1.1 A relação entre as pessoas e o espaço urbano 1.2 Espaços urbanos 1.2.1 Parques urbanos De acordo com Levitas (1986), a ação do espaço público, junto com a natureza e o conteúdo da influência social que nele tem ambiente varia com a classe, etnia, estruturas, idade e tipo de função do bairro está localizado.

Serdoura e Silva (2006) tratam da interação entre a espaço urbano e o desempenho social e explicam que pode ser de fácil convívio ou conflituoso com as cobranças humanas da história urbana, mas independente de qual for a situação não podem ser separadas. As alterações e mudanças das atividades sociais relacionadas com a utilização do lugar são decorrência da percepção particular e social sobre esse espaço. Para agradar as populações que usam frequentemente o espaço urbano, terá que haver tentativas de relacionar os espaços com o conjunto urbano em que estes estão inseridos, de maneira a considerar as alterações culturais e da vida cotidiana que as pessoas têm particularmente e em conjunto, já que

Em um trabalho do Department of Planning and Development e do Department of Park and Recreation da cidade de Toronto, Canadá, citado por Scalise (2002, p. 18), o parque urbano é definido como: [...] como um grande espaço aberto público, que ocupa uma área de pelo menos um quarteirão urbano, normalmente vários, localizado em torno de acidentes naturais, fazendo divisa com diversos bairros; os limites principais são as ruas, e que a sua organização espacial apresenta um equilíbrio entre áreas pavimentadas e ambiências naturais. O parque urbano pode abrigar o uso informal de passagem, esportes recreativos, caminhos secundários de pedestres, festivais, playgrounds, centros comunitários, piscinas, entre outros (SCALISE, 2002, p. 18).

Para Escada (1992, p. 13), os parques urbanos podem ser divididos como elementos de lazer em diversos tipos, sendo os principais: Parques de Vizinhança: são de uso localizado, pois são planejados para

Parques de Bairro: são de maiores dimensões, devendo conter uma gama maior de equipamentos de lazer; podem desempenhar função paisagística e ambiental, se dotados de vegetação, espaços livres de impermeabilização e águas superficiais (ESCADA, 1992, p.49).

Macedo e Sakata (2003, p. 16) explicam que o parque brasileiro surgiu como “uma figura complementar ao cenário das elites emergentes”, construindo uma forma urbana compatível com a forma internacional. Os parques urbanos que possuem caráter ambiental apropriado são destinos para utilização de exercícios físicos e áreas de lazer. Isto é, são essenciais para o bem-estar e a saúde, além de possibilitar a diminuição do sedentarismo. Em contraponto, a baixa qualidade dos espaços gera o desprazer dos usuários, de maneira a separar as verdadeiras funções com a saúde pública e a qualidade de vida. O primeiro parque urbano do Brasil foi o Passeio Público do Rio de Janeiro (Figura 1), criado em 1783 por ordem do vice-rei Luís de Vasconcelos de Sousa, quando o Brasil era colônia de Portugal. Inspirado nos jardins clássicos franceses, o parque possui linhas geométricas, e é considerado o parque mais antigo do Brasil (MACEDO E SAKATA, 2003, p. 18).

FIGURA 1: Passeio público do Rio de Janeiro.

Segundo Xavier (2018) os fatores que são utilizados para medir a utilização dos parques podem variar em questões de período, tempo de atividade, tipos estudados, entre outros. Vários fatores podem intervir no uso do parque como a quantidade e a qualidade do espaço, os acessos, a ligação entre os aspectos do parque e as necessidades dos usuários, a segurança, etc. Vieira (2004) as áreas verdes tendem a assumir inúmeros papéis na sociedade e suas funções devem estar relacionadas no ambiente, de acordo com o tipo de uso a que se destinam (Figura 2).

Gehl e Gemzoe (2000) analisam por sua vez que o caráter do espaço público, como ambiente recreativo e social, tem crescido constantemente. Ou seja, a idealização urbana adota cada vez a importância que a história urbana tem para as formas de vida pública.

Segundo Scalise (2002), os parques surgiram no final do século XVIII, e tem seu desenvolvimento no século seguinte. As cidades necessitavam de espaços saudáveis, longe da poluição, entretanto, só a classe alta da população tinha acesso aos parques. Com o desenvolvimento das cidades, a preocupação com a estética ganhou uma proporção maior.

servir a uma unidade de vizinhança ou de habitação, substituindo as ruas e os quintais das casas das cidades menores; são espaços com tamanho reduzido, que devem abrigar alguns tipos de equipamentos ligados à recreação, vegetação e distar entre 100 e 1.000 m das residências ou do trabalho.

FONTE: Acervo IMS, Marc Ferrez, 1880.

1. Referencial Teórico

REFERENCIAL TEÓRICO

Alívio das tensões diárias Lazer, recreação, contemplação

FUNÇÕES DAS ÁREAS VERDES

FUNÇÃO EDUCATIVA

FUNÇÃO ECOLÓGICA

Vegetação-Solo-Fauna Clima e qualidade do ar, água e solo

Segundo Scalise (2002) é impossível tratar dos grandes parques urbanos deste século, sem a devida referência ao movimento conservacionista do “Park Movement”¹ e aos grandes projetos do século passado. Durante o decorrer das décadas, os parques ganham uma proporção no desenvolvimento urbanístico das cidades, cada um com suas características, até nos parques atuais, as ligações da ecologia são consideradas.

1.2.2 Praças Outra classificação de espaço público são as praças. Tendo definição de um espaço público urbano, a praça é

Segundo Angelis (2005), o termo “praça” varia de acordo com cada cultura, o tratamento e o seu modo de uso são quem define seus usuários. Nos períodos gregos e romanos, as praças eram chamadas de ágora ou fórum e tinham como função transmitir conhecimento e cultura, tomadas de decisões e exposição de ideias. FIGURA 3: Reconstituição do fórum romano.

Parques eram vistos como uma ferramenta para melhorar a condição moral de certos cidadãos. Pensava-se que os parques poderiam ser um terreno nivelado, onde as classes trabalhadoras pudessem aprender com as classes altas. Retirado de <http://web.uvic.ca/vv/student/cricket/bhp/ParkMovement.html> Acesso em: (20, nov, 2019)

FIGURA 4: Praça medieval: planta da piazza del campo na cidade de Siena, Itália.

No Renascimento e no Barroco, as praças ganharam um novo sentido, a criação de novos modelos urbanos, as praças e os jardins começaram a ter mais atenção (ANGELIS, 2005, p. 9).

No final do século XVIII é que as praças surgem no Brasil como dito anteriormente sendo uma maneira de reaproximarse ao meio ambiente natural, adaptando os jardins as suas necessidades. É possível afirmar que as praças tiveram e têm um papel importante no cotidiano, como local de encontro, de comércio, de espetáculos, de urbanização ou de religiosidade, esse espaço tem passado por alterações, especialmente física, ao decorrer da História. No Brasil, hoje tem-se a ideia de

Educação Ambiental

Diversificação da paisagem e embelezamento

FIGURA 5: Praça barroca: desenho esquemático da piazza di San Pietro

FONTE: Unwin (1984 p. 10).

FUNÇÃO ESTÉTICA

É um espaço de reunião, construído para e pela sociedade, imbuída de significados, marcos centrais da constituição de trajetos, ponto de chegada e partida, concentração e dispersão. Consiste em espaço para pedestres e é palco representativo da dimensão cultural e histórica da cidade, além de abrigar, frequentemente, o comércio formal e o informal, como as feiras populares, coloniais, de artesanato, entre outras (FONT, 2003, apud VIERO e FILHO, 2009, p. 1).

FONTE: Orlandi (1994 p. 6)

LAZER

FUNÇÃO PSICOLÓGICA

FONTE: BARGOS, 2010, p.34, adaptado 2020.

FUNÇÃO SOCIAL

Na Idade Média, as praças tinham funções sombrias, como funerais e execuções, mas também para casamentos, comércios e ritos religiosos. Espaço social, área de mercado, ponto de encontros políticos, mas também espaço com finalidade a singularização do habitual, das relações coletivas - o privado é público (ANGELIS, 2005, p. 6).

FONTE: Cerone (1994 p. 7).

um espaço livre de edifícios que proporciona convívio e/ou interação para os seus visitantes. (VIERO; FILHO, 2009, p. 01):

FIGURA 2: Funções das áreas verdes.

REFERENCIAL TEÓRICO

praça com relação ao espaço urbano com a vegetação sendo valorizada e priorizada.

1.2.3 Parques lineares

REFERENCIAL TEÓRICO tradicionais. 3° Abrir o processo de criação do parque para ser fiscalizado por setores o mais amplo possível: autoridades, técnicos, usuários, vizinhança (SCALISE, 2002, p. 22).

Outro exemplo são os parques lineares, criados a princípio para uso recreativo, porém eles trazem outras utilidades como ir ao trabalho, à escola, conexão entre a cidade, além de produzir a valorização do entorno, melhorando a qualidade de vida (SCALISE, 2002, p.22).

O parque linear é um elemento de fácil acesso e democrático, visto que não beneficia só um lugar da cidade. O processo pode ir acontecendo através de fóruns públicos, comunicações e Informação constante quanto às etapas do desenvolvimento de projetos (SCALISE, 2002, p. 22).

De acordo com Giordano (2004) os parques lineares, também denominados de greenways, são espaços longos, com funções tanto à preservação como à conservação dos elementos naturais com disposição de interligar frações florestais e outras informações de um lugar, como corredores ecológicos, entretanto, nestes há a associação de funções de uso humano compondo, desta forma, acrescenta também princípios do desenvolvimento sustentável.

Diante de todo o processo de estudo sobre o assunto, o objeto de estudo tem embasamento para a elaboração de um anteprojeto de um parque linear, buscando referências de paisagismo e conexão com o entorno, gerando o interesse e a aproximação dos usuários.

1° Conectar o local com os bairros onde está inserido e oferecer conexões adicionais pela variedade de possíveis lugares de interesse: campos, escolas, bibliotecas, quadras, centros comerciais, esportivos, médico, cultural, de lazer, profissionalizante, exposições, feiras, serviços. 2° Segurança: experiência com policiais equipados, telefones, câmeras de segurança. Pela sua permeabilidade e continuidade da forma, o parque linear evita os perigos de isolamento e desconexões dos parques urbanos

Scalise (2002) afirma que é de fundamental importância que sejam levados em conta alguns pontos na criação destes novos parques:

REFERÃ&#x160;NCIAL PROJETUAL

REFERENCIAL PROJETUAL

2. Referencial Projetual

2.1 1° Lugar - Concurso de projetos: Praça Colinas de Anhanguera/HUS 2.1.2 Análise do objeto escolhido

microrregião de Osasco, zona oeste de São Paulo, a área de intervenção é uma valiosa área que se tornará um espaço importante para a utilização da população. O principal objetivo do projeto é fazer com que a praça se torne um elemento de ligação entre o social com o tecido urbano, reorganizando o seu traçado, qualificando os espaços públicos e potencializando o seu uso.

O trabalho a ser analisado tem a intervenção proposta para um bairro isolado e carente de equipamentos de lazer, localizado no município de Santana do Parnaíba, na FIGURA 6: Planta de localização.

FONTE: Archidaily,2018.

A forma longitudinal expande o terreno desde a zona de grande movimento e comércio da Avenida Cândido Portinari para a zona adjacente à Rua José de Domé, essencialmente habitacional. Essas características determinam os setores básicos do projeto: no Norte, é palco de conferências, eventos públicos, feiras e concertos, e no Sul, é o espaço para atividades esportivas e de lazer. Considerando o desenho universal, a regulagem de todo o nível foi pensada para tornar utilizável toda a extensão da praça. Sempre que possível, os desníveis puderam ser recuperados por um declive suave (até 4%) ou, se necessário a utilização de rampas. Todo o contorno dos canteiros possui FIGURA 7: Implantação do parque.

FONTE: Archidaily,2018.

uma borda de pedra de 5 cm de altura, que pode servir de guia para auxiliar os deficientes visuais a dirigir pelo caminho. Ad informações em Braille aparecem em totens de sinalização, bebedouros lixeiras. Outros equipamentos terão projetos especiais para atender todas as pessoas com necessidades especiais.

REFERENCIAL PROJETUAL

O objetivo principal do plantio é criar um envoltório arbóreo para a praça, garantindo a uniformidade espacial do seu entorno. Portanto, toda a calçada externa, junto às edificações existentes, é densamente arborizada e apresenta duas espécies arbóreas nativas: na região Norte, Pau-formiga

(Triplaris americana) e na região sul, Pau-mulato (Calycophyllum spruceanum). O motivo da escolha reside não só a nível de decoração, mas também principalmente pela sua estrutura colunar coroada, adequada para situações em que o espaço é reduzido e o sistema radicular é profundo sem agredir o passeio.

Além de apresentar um apelo refrescante em climas quentes, um sistema de reutilização também é projetado para coletar a água dos aspersores para o reservatório para que possa ser usada para plantio de irrigação e limpeza de pisos. Da mesma forma, para o mesmo fim, a água da chuva FIGURA 9: Diagrama de permeabilidade.

FONTE: Archidaily,2018.

Em relação as diretrizes relacionadas a esse correlato, o 1° Lugar – Concurso de projetos Praça Colinas de Anhanguera, traz um conceito de sustentabilidade em toda a praça, com equipamentos e formas de reaproveitamento e reutilização da água para o próprio lugar, como também a arborização que foi proposta ao local, além de buscar a integração dos elementos sociais e urbanos. Essas diretrizes foram levadas em consideração para o desenvolvimento do projeto.

FIGURA 8: Diagrama de arborização

também é coletada no mesmo tudo de drenagem próximo aos aspersores. Embora a área do projeto seja grande e precise ser utilizada ao máximo pelos usuários, alguns dos pisos serão revestidos com pisos semipermeáveis para não prejudicar a capacidade de drenagem natural da área.

DIAGNÓSTICO DA ÁREA

A primeira estrada de ferro Conde D’Eu foi instalada em Guarabira em 5 de julho de 1884, cortando a cidade e trazendo progresso ao comércio local e de toda a região polarizada pelo município de Guarabira. A transformação e ocupação da margem direita do sítio teve início mais cedo, podendo ser identificado pelo fato das construções mais antigas ocuparem a margem esquerda, identificando esse

FIGURA 12: Trecho do Riacho Jacaré canalizado

No entanto as residências da margem direita, são todas com a frente para o riacho.

FIGURA 13: O recorte escolhido com os bairro no seu entorno CONJ. NOSSA SENHORA DE APARECIDA

JUÁ

NAÇÕES

CENTRO

NORDESTE I

NORDESTE II

ESPLANADA MARGEM ESQUERDA DA AOE MARGEM DIREITA DA AOE ÁREA DE INTERVENÇÃO

FONTE: Google earth, adaptado, 2020.

A fundação da cidade de Guarabira vem do ano de 1694, a partir de um povoado em terras do engenho Morgano , o crescimento vem a partir do cultivo e comércio de cana-deaçúcar, pois a cidade servia como ponto de parada para quem vinha do litoral sentido interior do estado.

FIGURA 11: Estação ferroviária de Guarabira

O município de Guarabira – PB é composto por trechos percorridos por rios e riachos que pertencem à bacia hidrográfica de Mamanguape – PB, onde o Riacho Jacaré é um dos seus afluentes. O Riacho separa o tecido urbano em duas áreas: uma parte mais recente (lado direito) representado na cor vermelha e outra mais antiga (lado esquerdo) representado na cor amarela (Figura 13). A poligonal de estudo representado na cor azul, consiste em um espaço de total esquecimento e precariedade dentro da cidade. O Riacho Jacaré tem início na Comunidade Nossa Senhora Aparecida e percorre pelos bairros do Juá, Centro, Nações, Nordeste e por fim, no bairro da Esplanada.

A cidade começou a se preocupar com o riacho Jacaré por conta das inundações em tempos de chuva, pois alagavam as ruas e as residências próximas (GUARABIRA HOJE, 2013) FIGURA 14: Publicação do Jornal Guarabira Hoje.

Com o pensamento de resolver a situação, a então Prefeita Léa Toscano (de 2000 a 2004), publicou no jornal da cidade (Guarabira Hoje, 2003, p.8) uma proposta de projeto urbanístico (Figura 14) beneficiando os moradores dos bairros no seu entorno. No entanto, de todo o projeto o que realmente teve execução foi a canalização do trecho. Um dos principais objetivos da canalização era receber as águas das chuvas, evitando a continuação das inundações que ocorriam nos períodos chuvosos.

FIGURA 10: Mapa de localização.

FONTE: Autoria própria, 2020.

O município de Guarabira está localizado em uma região de Caatinga do Estado da Paraíba. Segundo o IBGE (2019) a cidade possui 162.387 Km² de extensão, situado a 105Km da capital João Pessoa.

fato por meio da construção das casas mais antigas que ocupam a margem esquerda do riacho, onde a maior parte dá as costas para o mesmo.

FONTE: Google earth, adaptado, 2020.

3.1 Breve histórico da cidade

O desenvolvimento da cidade deu início com a chegada do transporte ferroviário.

FONTE: Acervo Jonatas Rodrigues, 2009.

3. Diagnóstico da área

3.2 Análise do objeto de estudo

FONTE: Acervo de documentação Cel, João Pimentel, 2013

DIAGNÓSTICO DA ÁREA

A matéria do jornal eletrônico Caderno de matérias, publicada em fevereiro de 2019, mostra que em 2014, a Prefeitura de Guarabira chegou a anunciar a concepção de uma pista de cooper e de um bosque. Porém o que pode ser constatado é um total abandono do espaço público que poderia servir como área de lazer e esporte para a população da cidade.

Plano Diretor Municipal, no art. 82 esclarece não é permitido ligações diretas de esgotos com cursos d’água naturais ou artificiais, particularmente com o canal do Juá e a bacia do Rio Guarabira e o Rio Araçagi. FIGURA 16: Escoamento fluvial do canal.

3.3 Topografia

FIGURA 18: Topografia AOE.

A partir das elevações obtidas pelo Google Earth Pro foram observados declividades leves dentro dos trechos traçados sobre o terreno onde foi identificado desníveis de 2 à 3 metros em relação ao nível da rua.

FONTE: Autoria própria, 2020.

97m

96m

94m

96m

98m

95m

98m 97m

96m

FONTE: Google earth, adaptado 2020.

segundo as informações do Ministério das cidades – SNIS (Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento), de 2012, 100% do esgoto coletado é tratado em Guarabira. No

95m

FONTE: Google earth, adaptado 2020.

Além das problemáticas envolvendo o abandono do canal, o site Painel PB fez uma denúncia sobre a Cagepa recentemente, dizendo que 100% dos esgotos são jogados no Rio Guarabira e no Canal do Juá, assegurando que as estações elevatórias não estavam em funcionamento. Entretanto,

Foram observados em visitas de campo que o canal não demonstra áreas muito poluídas, mas até hoje recebe esgoto residencial, podendo ser sentido em alguns pontos no decorrer do caminho.

FIGURA 17: Elevações topografia AOE.

100

200

400 ESCALA GRÁFICA

MARGEM ESQUERDA DA AOE MARGEM DIREITA DA AOE ÁREA DE INTERVENÇÃO

FONTE: Caderno de notícias, 2019

FIGURA 15: Trecho do canal em período chuvoso.

DIAGNÓSTICO DA ÁREA

DIAGNÓSTICO DA ÁREA FIGURA 19: Mapa de uso e ocupação e marcos visuais.

3.4 Marcos visuais e uso e ocupação do solo

FIGURA 20: Mapa de gabarito e análise comportamental

A malha urbana da poligonal tem um padrão tipológico predominantemente térreo, contendo poucos edifícios altos com térreo mais 1 pavimento, térreo mais dois pavimentos e térreo mais três pavimentos. FIGURA 22: Ônibus estacionados à beira do canal.

FIGURA 21: Pessoas fazendo caminhada. FONTE: Autoria própria, 2020.

De acordo com os levantamentos gerados a partir de estudos e visitas, a região tem sua predominância de uso residencial podendo ser observado pelo mapa gerado abaixo tendo 86% do total das edificações. Em relação aos demais usos pode-se observar que existem poucos comércios com apenas 3%, que por variadas vezes se apresenta como uso misto com 4%, como também existem poucas instituições no entorno sendo representada por 6% do total das edificações.

FONTE: Autoria própria, 2020.

100

FONTE: Autoria própria, 2020. 500m

100

500m

Através das análises de comportamento juntamente com o estudo do gabarito da poligonal, pode-se observar que existem poucas atividades urbanas no entorno, sendo o uso principal do canal para atividades físicas e para convívio social da população. Tendo uma rodoviária nas proximidades, na área do canal concentra um número generoso de ônibus que utilizam como estacionamento e que são destinados as redondezas da cidade (Figura 22).

TÉRREO TÉRREO + 1 TÉRREO + 2 TÉRREO + 3 POLIGONAL PRAÇA CANAL LINHA FÉRREA

INSTITUCIONAL RESIDENCIAL COMERCIAL MISTO POLIGONAL PRAÇA CANAL LINHA FÉR

FONTE: Autoria própria, 2020.

Observa-se que os principais marcos visuais são o Hospital Regional de Guarabira, o Presídio Regional de Guarabira, o Terminal Rodoviário de Guarabira e o corpo de bombeiros, onde estes atendem toda a região da cidade. Outros marcos elencados no mapa são o cemitério São João Batista e a Escola Municipal Maria Eulália Cantalice.

3.5 Gabarito e análise comportamental

DIAGNÓSTICO DA ÁREA

DIAGNÓSTICO DA ÁREA FIGURA 24: Mapa de atributos e impactos ambientais,

FIGURA 23: Mapa de fluxo viário.

3.6 Fluxo viário

A poligonal apresenta bastante áreas verdes, porém rasteiras, sofrendo com ausência de arborização. A topografia é acidentada possuindo grande declive ao lado leste e oeste do canal, porém com áreas planificadas ao centro. FIGURA 26: Depósito irregular de lixo residencial.

FONTE: Autoria própria, 2020.

FIGURA 25: Escoamento fluvial do canal.

FONTE: Autoria própria, 2020.

O perímetro analisado tem sua classificação como em via arterial a Av. Padre Inácio de Almeida que interliga dois pontos principais da cidade. Já as vias coletoras temos como principal a Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira, que estão localizadas a beira do canal, hoje tendo os sentidos das vias de mão dupla. O entorno apresenta muitos edifícios o que torna necessário a utilização de vias locais que são por sua maioria.

3.7 Atributos e impactos ambientais

Como dito nos estudos acima, a área sofre com o despejo de lixo e esgoto, poluindo os espaços públicos e verdes. Na área foram identificados alguns pontos de poluição como concentração de lixo residencial proveniente da própria população (Figura 26). VIA ARTERIAL VIA COLETORA VIA LOCAL POLIGONAL PRAÇA CANAL LINHA FÉRREA GRANDE FLUXO DE VEÍCULOS

FONTE: Autoria própria, 2020. 0

100

500m

VIA ARTERIAL VIA COLETORA VIA LOCAL POLIGONAL PRAÇA CANAL LINHA FÉRREA GRANDE FLUXO DE VEÍCULOS

FONTE: Autoria própria, 2020. 0

100

500m

DIAGNÓSTICO DA ÁREA

3.9 Matriz SWOT

FIGURA 27: Mapa de macrozoneamento..

Em relação a matriz SWOT foram feitas pesquisas de campo e visitas técnicas identificando as forças, as oportunidades, as fraquezas e as ameaças da poligonal. Com isso foram observadas três pontos importantes de FORÇA que norteam os outros pontos, como as conexões, o potencial urbanístico e as práticas de exercícios físicos.

De acordo com o mapa de macrozoneamento da cidade (2006) a AOE se encontra em uma zona não adensável. Segundo o Plano Diretor: Art. 15. Zona não adensavel é aquela onde a carência da infraestrutura e o meio ambiente não justificam a intensificação do uso e ocupação do solo, na qual o índice de aproveitamento não poderá ultrapassar 1,0 (uma unidade). (

Segundo o mapa de zonas especiais, o riacho Jacaré está situado em uma zona de preservação ambiental. Zonas especiais de preservação são partes do territórios, localizadas em áreas urbanas e rurais, onde os interesses sociais em manter, restauras e recuperar as características da paisagem, do meio ambiente, da história e da cultura estipulam normas específicas e para o uso e ocupação do solo, abrangendo:

ZNA

Já sobre as OPORTUNIDADES, o local possui grande potencial para implantação de áreas verdes e de preservação, como também o cruzamento frequente no parque que consequentemente atrairá grande parte da população para a área.

ZNA

FONTE: Google earth, adaptado 2020.

ZEP

Área de conexão entre a cidade Potencial urbanístico e paisagístico Prática de exercícios físicos

OPORTUNIDADES

FRAQUEZAS

Cruzamento frequente no parque Falta de recursos e infraestrutura Implantação de áreas verdes e de preservação

Ausência de arborização

Aplicação e melhoramento do local Ansência de iluminação e calçadas

AMEAÇAS Abandono do local Degradação ambiental Abandono da população pela utilização do espaço

Já as AMEAÇAS, foram observados os problemas em relação a degradação ambiental e os riscos de abandono da população ao local por falta de utilização.

TABELA 01: MATRIZ SWOT.

FORÇAS I - o núcleo histórico da área central da cidade; II - os vales dos rios e seus talvegues naturais na forma da Lei Federal e Estadual pertinentes; III - os terrenos urbanos e encostas com declividade superior a 20% (vinte por cento); IV- as áreas verdes e praças públicas propostas em parcelamento do solo; V- as áreas tombadas ou preservadas por legislação Municipal, Estadual ou Federal; VI- a serra da Jurema e demais áreas indicadas no Anexo III, parte integrante desta Lei.

As FRAQUEZAS estão relacionadas com a falta de infraestrutura e de recursos que impossibilitam o uso do local, que estão interligadas a ausência de iluminação, calçadas e arborização.

FONTE: Autoria própria, 2020.

3.8 Legislação

DIAGNÓSTICO DA ÁREA

MEMORIAL PROJETUAL

A construção do programa de necessidades se deu através de pesquisas de correlatos e consistem em atividades que se relacionam dentro do parque linear. Foi elaborado uma tabela com as atividades, o setor onde se encontram, a quantidade e a área.

TABELA 02: Diretrizes projetuais.

DIRETRIZES PROJETUAIS •

FIGURA 28: Diagrama conceitual do projeto.

•

DIVERSIDADE

PARQUE

CONCEITO

ESPORTE CULTURA

• • • •

Espaços urbanos que sejam atrativos como playground, quadra de esporte e áreas de contemplação. Atividades que se relacionem com a preservação e conservação do parque Implantar manifestações culturais Favorecer eixos de conexões entre os bairros Implantar novas atividades e melhorar as existentes Inserir iluminação e infraestrutura adequada

TABELA 03: Programa de necessidades.

FIGURA 29: Diagrama diretrizes projetuais.

ATIVIDADES

SETOR

QUANTIDADE

ÁREA (M²)

PRAÇA DE ENTRADA

LAZER

3.678m²

PLAYGROUND E ATI

LAZER

948m²

PISTA DE SKATE

LAZER

821m²

ÁREA PET

LAZER

1.411m²

DECK DE CONTEMPLAÇÃO

LAZER

1.692m²

ESPAÇO PARA PIQUENIQUE

LAZER

711m²

HORTA COMUNITÁRIA

LAZER

431m²

QUIOSQUES

LAZER

12,53m²

REDÁRIO

LAZER

170m²

ESPAÇO PARA ATIVIDADES EFÊMERAS

EVENTOS

835m²

ESPAÇO PARA CONCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL

EVENTOS

1.793m²

PRAÇA PARA CAPOEIRA

ESPORTIVO

478m²

COOPER

ESPORTIVO

CICLOVIA

ESPORTIVO

QUADRA DE FUTSAL

ESPORTIVO E LAZER

465m²

QUADRA POLIESPORTIVA

ESPORTIVO E LAZER

914m²

ESTACIONAMENTO

APOIO

28 VAGAS

246m²

ADMINISTRAÇÃO

APOIO

144m²

Partindo do conceito, foram definidos diretrizes bases que nortearam para a elaboração da proposta de interveção deste trabalho.

FONTE: Autoria própria, 2020.

O Memorial é constituído por um museu, que preserva objetos pessoais, fotografias e artigos religiosos do Frei Damião. A estátua do frei tem cerca de 34 metros de altura, sendo a terceira maior do Brasil, superada exclusivamente pelo Cristo Redentor e pelo Alto de Santa Rita de Cássia no Rio Grande do Norte.

4.3 Programa de necessidades

FONTE: Autoria própria, 2020.

O parque tem como um dos objetivos promover a aproximação do canal com o entorno urbano, através de ações que favoreçam o convívio e a união entre o homem e a natureza, sendo uma dessas ações a prática de esportes que já acontece no local. Outra atividade que estimula essa integração social na cidade é a cultura e Guarabira possui um polo religioso chamando Memorial Frei Damião, onde muitos romeiros e católicos visitam o local durante todo o ano, agregando valor cultural e histórico à cidade.

4.2 Diretrizes projetuais

FONTE: Autoria própria, 2020.

4.1 Conceito

Dito isso a intenção conceitual deste projeto se dá pela valorização e união da diversidade, influenciando tanto na forma quanto na função arquitetônica do parque com a finalidade de minimizar os impactos ambientais e sanar a necessidade de novos espaços, mantendo a relação do público com o local.

FONTE: Autoria própria, 2020.

4. Memorial projetual

MEMORIAL PROJETUAL

A implantação do parque se dá pela introdução de novas áreas verdes e divisão dos esquipamentos urbanos. Os fluxos foram modificados, onde uma das vias que ficam as margens do canal (faixa esquerda) sendo transformada exclusivamente para pedestres e a outra via (faixa direita) tendo função de mão dupla para veículos.

A partir da definição dos fluxos foi definido a setorização distribuindo os equipamentos que integram o parque. Dito isso buscou-se a mesclagem dos setores, proporcionando as diferentes faixas etárias, onde foram inclusos academias, playgrounds, quadras de esportes e espaços efêmeros.

4.5 Parque Juá

FIGURA 33: Espaço para concientização ambiental.

O nome Parque Juá foi escolhido através do nome existente no canal dado pela população como Canal do Juá. A palavra Juá é o nome de um dos bairros circunvizinhos da área e é o fruto do Juazeiro. O parque possui aproximadamente 103.000m² de extensão e tem o intuito de aproximar as pessoas e trazer o valor urbanístico que o local tanto necessita.

FIGURA 31: Diagrama conceitual. ÁREAS VERDES

FIGURA 32: Deck de contemplação

FLUXOS

EIXOS DE CONEXÃO PEDESTRIANIZAÇÃO VIA DE MÃO DUPLA CICLOVIA E COOPER

HORTA ESPAÇO DE CONCIENTIZAÇÃO

DECK DE CONTEMPLAÇÃO

PRAÇA DE ENTRADA

PISTA DE SKATE QUADRAS ESPAÇO EFÊMERO

ESPAÇO PARA CAPOEIRA

ÁREA PET PLAYGROUND, ATI E PIQUENIQUE

ESTACIONAMENTO

FONTE: Autoria própria, 2020.

SETORIZAÇÃO

Pensando na distribuição dos setores, foi utilizado a margem esquerda do canal por ter uma topografia plana para implantação dos equipamentos, e a margem da direita que possui um declive acentuado para o uso de decks de contemplação e inserção da ciclovia e cooper que tem continuidade por todo o parque.

A proposta utiliza as áreas de conexão para possibilitar o acesso ao parque com a introdução das praças de entrada, atraindo a população e encaminhando-as a diferentes atividades na área. Os espaços de concientização ambiental foram implementados nos principais pontos de encontros da extensão. Na parte de lazer e esportiva, foi levado em consideração a insolação para o locamento das quadras e equipamentos. O playground foi locado junto com a academia de terceira idade e com as áreas de piquenique, possibilitando um controle maior dos responsáveis.

PONTOS DE ENCONTRO

FONTE: Autoria própria, 2020.

FIGURA 30: Estudo de manchas.

FONTE: Autoria própria, 2020.

4.4 Diagramas conceituais

MEMORIAL PROJETUAL

Buscando inovação e pensando nas atividades que a cidade possui como tradição foi implantado um espaço destinado a prática de capoeira, sendo um misto de luta e dança que atrai os olhares e interesses das pessoas. Uma gentileza urbana é a área pet para que os usuários possam levar seus animais de estimação para passear e usurfruir das áreas verdes. FIGURA 36: Área pet.

Para a inserção do projeto paisagístico foram exploradas várias espécies com foco nas vegetações nativas da Mata atlântica pela facilidade de execução e pelo fator econômico. Foram listados diversos tipos de espécies de diferentes tonalidades, folhas, frutos.

O parque possui grandes áreas de permeabilidade, que facilitam na proliferação da arborização de pequeno, médio e grande porte, em prol de suprir a ausência de vegetação onde o parque se encontra. Com isso foram especificados onze espécies de vegetação diversificando em arbóreas, arbustivas e palmáceas.

atividades. Por fim, implantação da horta comunitária como forma de unir a população incentivando o cultivo e paisagismo no local.

NOME CIENTÍFICO

PORTE

FAMÍLIA

TIPO

ORIGEM

Sibipiruna

Caesalpinia peltophoroides

Grande

Fabaceae

Árborea

Nativa

Pau-ferro

Libidia ferrea

Grande

Fabaceae

Árborea

Nativa

Ipê-Roxo

Tabebuia impefiginosa

Grande

Bignoniaceae

Arbórea

Nativa

Ipê-Amarelo

Tabebuia roseo-alba

Grande

Bignoniaceae

Arbórea

Nativa

Pau-Brasil

Paubrasilia echinata

Grande

Fabaceae

Arbórea

Nativa

Açaí

Euterpe edilus

Grande

Arecaceae

Palmácea

Nativa

Buriti

Maurítia flexuosa

Grande

Arecaceae

Palmácea

Nativa

Jabuticaba

Myrciaria cauliflora

Médio

Myrtaceae

Arbórea

Exótica

Paineira- rosa

Ceiba speciosa

Médio

Malvaceae

Arbórea

Nativa

Flamboyant

Tabebuia elliptica

Médio

Fabaceae

Arbórea

Exóticas

Pitanga

Myrciaria cauliflora

Pequeno

Fabaceae

Arbustivo

Nativa

Urucum

Bixa orellana

Pequeno

Bixaceae

Arbórea

Nativa

Acerola

Malpighia emarginata

Pequeno

Malpighiaceae

Arbustivo

Nativa

Felício

Filicium decipiens

Pequeno

Sapindaceae

Arbustivo

Exóticas

FONTE: Autoria própria, 2020.

Com o intuito de priorizar os pedestres, as vias a beira do canal foram compartilhadas, valorizando o uso das diferentes

NOME POPULAR

FONTE: Autoria própria, 2020.

FIGURA 35: Alimentação e esporte.

4.6 Arborização

TABELA 4: Quadro de arborização.

FONTE: Autoria própria, 2020.

FIGURA 34: Playground.

MEMORIAL PROJETUAL

4.8 Mobiliários

Com o intuito principal de valorizar o meio ambiente, foram escolhidos materiais com matérias-primas permeáveis permitindo maior absorção de água.

Para a implantação dos mobiliários, foram levados em consideração a qualidade estética, a durabilidade e a baixa manutenção, utilizando de materiais como concreto e madeira. Os bancos são feitos com a base de concreto prémoldado e revestido com madeira ecólogica.

Madeira ecológica

Piso drenante

FIGURA 38: Mobiliários urbanos.

FONTE: Autoria própria, 2020.

FIGURA 37: Materiais dos pisos.

FONTE: Autoria própria, 2020.

4.7 Materiais

Piso de borracha de pneu

Para os decks de contemplação e para os pontes foram utilizadas da madeira ecológica com alta durabilidade. Para os caminhos de pedestres e paginação de piso foram utilizadas os pisos drenantes em placas pré-moldadas, pois possui alta resistência e durabilidade. Já nas pistas de cooper e ciclovia, os pisos ecológicos de borracha de pneu são ótimas opções, pois oferecem conforto ao usuário que pratica as atividades esportivas.

Os lixos de coleta seletiva são feitos de aço zincado para proteção anti-corrosão da linha artplan, tendo resistência, durabilidade e eficiência.

Conclusão O intuito do parque proposto é enaltecer a valorização do espaço urbano incentivando a integração da comunidade com o local e trazendo vitalidade que á area necessitava. Durante a junção das idéias, foram pensadas em estratégias que buscassem a diversidade que existe na cidade para que fossem elaborados elementos de conectividade entre esses meios, sempre em respeito a cultura e a paisagem urbana. Todo o estudo desse trabalho contribuiu para o reconhecimento da importância da qualidade socioambiental local apartir de atividades culturais, esportivas, contemplativas e de lazer. Dessa forma, conclui-se que não só de arquitetura vive uma cidade, que a importância que o urbanismo gera para uma sociedade fortalece o crescimento e quando usados de bem comum, o convívio e a permanência prevalece.

“Eu acredito que boa arquitetura não é apenas forma, porque isso é escultura. Boa arquitetura é a interação entre forma e vida.”

Jan Gehl

Referências ABNT NBR 6023, Informação e documentação – Referências – Elaboração Acervo do Centro de Documentação Coronel João Pimentel. ANDRADE, Martinho Alves de. A História de GuarabiraPb. Guarabira, 23 novembro 2012. Disponível em: < www. infornatus.blogspot.com.br/2012/11/ahistoria-de-guarabirapb.html>. Acesso em: 25 mai, 2020. ANGELIS, B. L. (2005). PRAÇAS: HISTÓRIAS, USOS E FUNÇÕES. Fonte: Fundamentum: <http://old. periodicos.uem.br/~eduem/novapagina/?q=system/files/ Cole%C3%A7%C3%A 3o%20Fundamentum%20 015%20 Pra%C3%A7as.pdf> Acesso em: 21 nov, 2019. BANDEIRA, S. E. A. C. Percepção do urbano a partir de imagens geofotográficas do município de Guarabira-PB. (Monografia). Guarabira: UEPB/CH, 2007. CASTELNOU, A. (s.d.). THE PARK MOVEMENT. Fonte: uvic: <http://web.uvic.ca/vv /student/cricket/bhp/ParkMovement. html> Acesso em : 20 nov, 2019.

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94,00

98,00

96,00

100,00

97,00

94,00

TÍTULO:

ÁREA PET

DECK DE CONTEMPLAÇÃO

ESPAÇO PARA CONCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL

ADMINISTRAÇÃO

ESTACIONAMENTO

ESPAÇO EFÊMERO

PISTA DE COOPER E CICLOVIA

QUADRA POLIESPORTIVA

ESPAÇO PARA CAPOEIA

QUADRA DE FUTSAL

VIAS COMPARTILHADAS

PISTA DE SKATE

PLAYGROUND E ATI

HORTA COMUNITÁRIA

CAMINHO DE AROMAS

REDÁRIO

CONVÍVIO

X X X

ESPAÇO PARA PIQUENIQUE X 03 08

X X

ORIENTADOR:

LYZA KETLEN MATIAS VIEIRA NUNES

DISCENTE:

UNIPÊ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

INSTITUIÇÃO:

97,00

PARQUE LINEAR URBANO EM GUARABIRA: APROXIMAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E O PARQUE URBANO

98,00

95,00

94,00

97,00

96,10

03 08

97,00

96,10

95,90

IMPLANTAÇÃO GERAL 0 50 100

PARQUE

Juá

CHRISTIANE NICOLAU ROZENDO FERREIRA

1/1000

ESCALA:

1/8

PRANCHA:

IMPLANTAÇÃO GERAL

DESENHO:

GUARABIRA - PARAÍBA

LOCALIZAÇÃO:

250

10 95,00

96,00

97,00

96,00

97,00

96,00

96,10

95,00

15 96,00

03 08

01 09

PRAÇA DE ENTRADA

95,00

X X X

X X

95,00

QUADRO RESUMO

VEGETAÇÃO REPRESENTAÇÃO

NOME POPULAR

NOME CIENTÍFICO

FAMÍLIA

TIPO

Sibipiruna

Caesalpinia peltophoroides

Fabaceae

Árborea

Pitanga

Myrciaria cauliflora

Fabaceae

Acerola

Malpighia emarginata

Malpighiaceae

Pau-brasil

Paubrasilia echinata

Fabaceae

Felício

Filicium decipiens

Sapindaceae

Urucum

Bixa orellana

PORTE

ORIGEM

CARACTERÍSTICAS

Nativa

Ornamental

Arbustivo

Médio

Nativa

Frutífera

Arbustivo

Pequeno

Nativa

Frutífera

Árborea

Grande

Nativa

Ornamental

Arbustivo

Pequeno

Exótica

Ornamental

Bixaceae

Árborea

Pequeno

Nativa

Frutífera

Ceiba speciosa

Malvaceae

Árborea

Médio

Nativa

Ornamental

Açaí

Euterpe edilus

Arecaceae

Palmácea

Grande

Nativa

Frutífera e Ornamental

Buriti

Maurítia flexuosa

Arecaceae

Palmácea

Grande

Nativa

Frutífera e Ornamental

Jabuticaba

Myrciaria cauliflora

Myrtaceae

Árborea

Pequeno

Exótica

Ornamental

Tabebuia elliptica

Fabaceae

Árborea

Médio

Exótica

Ornamental

Libidia ferrea

Fabaceae

Árborea

Grande

Nativa

Ornamental

Ipê-amarelo

Tabebuia roseo-alba

Bignoniaceae

Árborea

Grande

Nativa

Ornamental

Ipê-roxo

Tabebuia impefiginosa

Bignoniaceae

Árborea

Grande

Nativa

Ornamental

95,00

Grande

Paineira-rosa

Flamboyant

95,00

Pau-ferro

95,00 96,00

97,00

03 08

96,00

96,00 97,00

96,10 97,00

96,10

95,90

03 08

96,10 98,00

95,00

03 08

94,00

94,00 100,00

97,00

94,00

98,00

TÍTULO:

96,00 97,00

PARQUE LINEAR URBANO EM GUARABIRA: APROXIMAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E O PARQUE URBANO

INSTITUIÇÃO:

UNIPÊ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

DISCENTE:

LYZA KETLEN MATIAS VIEIRA NUNES

ORIENTADOR:

PLANTA DE ARBORIZAÇÃO 0 50 100

PARQUE

Juá CHRISTIANE NICOLAU ROZENDO FERREIRA

N 250

LOCALIZAÇÃO:

GUARABIRA - PARAÍBA

DESENHO:

PRANCHA:

PLANTA DE ARBORIZAÇÃO

ESCALA:

1/1000

2/8

96.10

ESCALA

95.90

96.10

95.90

96.80

97.40

98.00

1/400

97.00

96.00

96.10 93.00

ESCALA

1/400

TÍTULO:

PARQUE

Juá

LOCALIZAÇÃO:

PARQUE LINEAR URBANO EM GUARABIRA: APROXIMAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E O PARQUE URBANO

GUARABIRA - PARAÍBA

INSTITUIÇÃO:

CORTES AA E BB

UNIPÊ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

ESCALA:

DISCENTE:

LYZA KETLEN MATIAS VIEIRA NUNES ORIENTADOR:

CHRISTIANE NICOLAU ROZENDO FERREIRA

DESENHO:

1/400

PRANCHA:

3/8

100,00

97,00

98,00

97,00

94,00

95,00

96,00

95,00

03 08

X 96,00

X 95,00

95,00

97,00 97,00

94,00

96,00

97,00

X 95,00

97,00

96,10

96,00

95,90

03 08

03 08 96,10

03 08

96,00

LOCAL DA AMPLIAÇÃO 01

FIGURA 01- QUADRAS E ALIMENTAÇÃO.

FONTE: Autoria própria, 2020.

FIGURA 02-QUADRAS E ALIMENTAÇÃO.

FONTE: Autoria própria, 2020.

TÍTULO:

PARQUE

Juá

LOCALIZAÇÃO:

PARQUE LINEAR URBANO EM GUARABIRA: APROXIMAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E O PARQUE URBANO

GUARABIRA - PARAÍBA

INSTITUIÇÃO:

AMPLIAÇÃO 01

UNIPÊ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA DISCENTE:

LYZA KETLEN MATIAS VIEIRA NUNES ORIENTADOR:

CHRISTIANE NICOLAU ROZENDO FERREIRA

DESENHO:

PRANCHA:

4/8

100,00

97,00

98,00

97,00

94,00

95,00

96,00

95,00

03 08

X 96,00

X 95,00

95,00

97,00 97,00

94,00

96,00

97,00

X 95,00

97,00

96,10

96,00

95,90

03 08

03 08 96,10

03 08

96,00

LOCAL DA AMPLIAÇÃO 02

FIGURA 01- CAMINHO DE AROMAS

FONTE: Autoria própria, 2020.

FIGURA 02- PRAÇA DE CHEGADA.

FONTE: Autoria própria, 2020.

TÍTULO:

PARQUE

Juá

LOCALIZAÇÃO:

PARQUE LINEAR URBANO EM GUARABIRA: APROXIMAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E O PARQUE URBANO

GUARABIRA - PARAÍBA

INSTITUIÇÃO:

AMPLIAÇÃO 02

UNIPÊ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA DISCENTE:

LYZA KETLEN MATIAS VIEIRA NUNES ORIENTADOR:

CHRISTIANE NICOLAU ROZENDO FERREIRA

DESENHO:

PRANCHA:

5/8

100,00

97,00

98,00

97,00

94,00

95,00

96,00

95,00

03 08

X 96,00

X 95,00

95,00

97,00 97,00

94,00

96,00

97,00

X 95,00

97,00

96,10

96,00

95,90

03 08

03 08 96,10

03 08

96,00

LOCAL DA AMPLIAÇÃO 03

FIGURA 01- ÁREA DE PIQUENIQUE.

FONTE: Autoria própria, 2020.

FIGURA 02- PLAYGROUND.

FONTE: Autoria própria, 2020.

TÍTULO:

PARQUE

Juá

LOCALIZAÇÃO:

PARQUE LINEAR URBANO EM GUARABIRA: APROXIMAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E O PARQUE URBANO

GUARABIRA - PARAÍBA

INSTITUIÇÃO:

AMPLIAÇÃO 03

UNIPÊ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA DISCENTE:

LYZA KETLEN MATIAS VIEIRA NUNES ORIENTADOR:

CHRISTIANE NICOLAU ROZENDO FERREIRA

DESENHO:

PRANCHA:

6/8

100,00

97,00

98,00

97,00

94,00

95,00

03 08

96,00

X 96,00

X 95,00

95,00

97,00 97,00

94,00

96,00

97,00

X 95,00

97,00

96,10

96,00

95,90

03 08

03 08 96,10

03 08

96,00

LOCAL DA AMPLIAÇÃO 04

FIGURA 01- ÁREA PET E ESPAÇO PARA CONCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL.

FONTE: Autoria própria, 2020. FIGURA 02-ESPAÇO PARA CONCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL.

FONTE: Autoria própria, 2020. FIGURA 03- ÁREA PET.

FONTE: Autoria própria, 2020.

TÍTULO:

PARQUE

Juá

LOCALIZAÇÃO:

PARQUE LINEAR URBANO EM GUARABIRA: APROXIMAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E O PARQUE URBANO

GUARABIRA - PARAÍBA

INSTITUIÇÃO:

AMPLIAÇÃO 04

UNIPÊ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA DISCENTE:

LYZA KETLEN MATIAS VIEIRA NUNES ORIENTADOR:

CHRISTIANE NICOLAU ROZENDO FERREIRA

DESENHO:

PRANCHA:

7/8

100,00

97,00

98,00

97,00

94,00

95,00

03 08

96,00

X 96,00

X 95,00

95,00

97,00 97,00

94,00

96,00

97,00

X 95,00

97,00

96,10

96,00

95,90

03 08

03 08 96,10

03 08

96,00

LOCAL DA AMPLIAÇÃO 05

FIGURA 01- VIVÊNCIA E CONTEMPLAÇÃO.

FONTE: Autoria própria, 2020. FIGURA 02-DECK DE CONTEMPLAÇÃO.

FONTE: Autoria própria, 2020. FIGURA 03- VIVÊNCIA E CONTEMPLAÇÃO.

FONTE: Autoria própria, 2020.

TÍTULO:

PARQUE

Juá

LOCALIZAÇÃO:

PARQUE LINEAR URBANO EM GUARABIRA: APROXIMAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E O PARQUE URBANO

GUARABIRA - PARAÍBA

INSTITUIÇÃO:

AMPLIAÇÃO 05

UNIPÊ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA DISCENTE:

LYZA KETLEN MATIAS VIEIRA NUNES ORIENTADOR:

CHRISTIANE NICOLAU ROZENDO FERREIRA

DESENHO:

PRANCHA:

8/8