ELAELE

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He-Vau e He-Yod

SÍTIO/SITE ”MUST”ADICIONAL - BIBLIOTECA ON-LINE DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO: bocc.ubi.pt; bocc.ubi.pt/deleuze-damasio.pdf

Este post-texto teve, sem margem para dúvidas, uma feliz e inspirada tradução a cargo de Moisés Sbardelotto (do blogue mosaico.blogs.ie) e corrigido e atualizado por um cristão calvinista inclusivo; o seu alter ego é MagCalCauvin (do abençoado blogue http://regeneracaomonergistica.blogspot.com/): Quando D-us começa a gerar o primeiro ser


humano vivificado pelo ruach e, mais tarde, vivificado pelo sangue (info que deve ser entendido como uma 'legenda') – Lilith (a fonte mais importante do misticismo judaico ou da Cabala, o Zohar, descreve o seguinte [em paráfrase]: "Vem escuta isto: Há um espírito feminino chamado Lilith [http://www.lilith.org/blog/]. Ela foi criada no princípio dos princípios, ao mesmo tempo que o primeiro homem Adam - Adão" - Zohar 3:19, vide também o chamado "Alfabeto de Ben Sira", Pergunta nº 5 (23a), http://jewishchristianlit.com/Topics/Lilith/alphabet.html: "He then created a woman for Adam, from the earth, as He had created Adam himself, and called her Lilith. Adam and Lilith began to fight. She said, 'I will not lie below,' and he said, 'I will not lie beneath you, but only on top. For you are fit only to be in the bottom position, while am to be in the superior one.' Lilith responded, 'We are equal to each other inasmuch as we were both created from the earth.' But they would not listen to one another. When Lilith saw this, she pronounced the Ineffable Name [»»»»»» "He-Vau and/e He-Yod" - “He-She/Ele-Ela”, for other Holy Names see: http://genderhebrewalphabets.blogspot.com/: "The Elohim EHEIEH is written in Hebrew as Aleph, He, Yod, He. ALEPH = FEMALE, HE = FEMALE, YOD = MALE, HE = FEMALE. There are three letters that are female and one male letter in the name EHEIEH. The God of air EHEIEH is female. The Elohim of fire is YAHWEH, which is written as YOD, HE, VAU, HE. YOD = MALE, HE = FEMALE, VAU = MALE, HE = FEMALE. There are two male letters and two female letters in the name YAHWEH, however the first letter is male hence the word YAHWEH is male. The God of fire, YAHWEH is male"] and flew away into the air. Adam stood in prayer before his Creator: 'Sovereign of the universe!' he said, 'the woman you gave me has run away.' At once, the Holy One, blessed be He, sent these three angels to bring her back..." - "A mulher foi concebida a partir do pó da terra") – o Eterno diz: “Façamos a Mulher à nossa imagem e semelhança”. O texto continua: “D-us criou a Mulher à sua imagem; criou-a à imagem de D-u us, criou-a mulher e homem” (Génesis 1, 26-27). O texto parece estar a dizer (e os rabinos do Talmud e do Midrash o entendem desta forma) que o ser "Lilith" foi criado por D-us como mulher e homem. Os rabinos falam abertamente disto, e até compuseram com esmero relatos especulativos sobre a separação desta criatura hermafrodita nas personagens homem e mulher que conhecemos como ADÃO (ADAM) e EVA (JAVÁ/KHAVYÁO). O que os rabinos não estavam dispostos a discutir abertamente era até onde esta criatura terrena foi criada “b’tzelem Elohim”, na imagem de género duplo de D-us. Mas se lermos o texto como um místico o leria, prestando uma atenção extremamente grande e assumindo que o texto bíblico mais esconde do que revela, podemos encontrar pistas que se referem à natureza andrógina de D-us. Consideremos, por exemplo, que a Torá: - [1] identifica Moisés como um pai que amamenta (Números 11, 12) [2] diz-nos que o Adão deu o nome de Eva à sua esposa “ki hu hay’tah eim”, “porque ele era a mãe de todos os seres vivos” (Génesis 3, 20) [3] narra que Abraão instruiu o seu servo para estar atento a uma mulher que irá dar água aos camelos porque “hu ha’ishah”, “ele será a mulher” para o meu filho (Génesis 24, 44) [4] e a lista continua… Por que a Torá repetidamente confunde os géneros dos seus personagens principais? A que a Torá está aludindo? Eu acredito que estes não são erros/enganos de escrita, mas a verdadeira chave para abrir um dos mistérios mais permanentes da Torá. Mas antes uma nota sobre as muitas ocorrências estranhas na Torá sobre os nomes. O nome do nosso Patriarca Jacob é duas vezes modificado para Israel. Faraó não é um nome. E Moisés não é um nome. Moisés, em egípcio, significa “nascido de” – assim como no nome


Tutmosis (nascido de Tut). Consideremos: se o nome do nosso grande líder Moisés não é realmente um nome, ele significa alguma outra coisa? De um modo interessante, se soletrarmos o nome Moisés em hebraico de trás para a frente, Moshe torna-se HaShem, que literalmente significa “O Nome”, uma das formas dos judeus se referirem a D-us. Então, consideremos: se o nome de Moisés soletrado de trás para a frente torna-se HaShem, refletindo a natureza divina do ser humano, o nome de D-us, soletrado de trás para a frente, não deveria refletir, da mesma forma, algo essencial sobre o género humano? De fato, sim. Observem o Yod-He-Vau-He [YHWH], o inefável nome de D-us. Conhecido como o Tetragrammaton, permitiu-se que o Nome fosse usado nas saudações diárias pelo menos até o ano 586 a.C., quando o Primeiro Templo foi destruído (Mishnah Berakhot 9, 5). Nesse tempo, a sua pronúncia era permitida apenas aos sacerdotes (Mishnah Sotah 7, 6), que o pronunciavam na sua benção pública ao povo. Depois da morte do Sumo Sacerdote Shimon HaTzaddik, por volta do ano 300 a.C., (Talmud Babilónico, Tractate Yoma 39b), o nome foi pronunciado apenas pelo Sumo Sacerdote no Santo dos Santos no Yom Kippur (Mishnah Sotah 7:6; Mishnah Tamid 7, 2). Os sábios passavam a pronúncia do Nome aos seus discípulos apenas uma vez (alguns dizem duas vezes) a cada sete anos (Talmud Babilónico, Tractate Kiddushin 71a). Finalmente, com a destruição do Segundo Templo em 70 d.C., o Nome nunca mais foi pronunciado. Mais tarde, alguns especularam que o Nome era pronunciado como “Jeová” ou possivelmente “Yahweh” ou "Yaohu", mas os estudiosos não concordaram. Ninguém sabia com certeza como se pronunciava o inefável Nome de D-us. Mas e se o Yod-He-Vau-He foi por muito tempo impronunciável pela simples razão de que está escrito ao contrário? De trás para frente, o Nome de D-us se torna He-Vau-He-Yod. E estas duas sílabas, He-Vau e He-Yod, podem ser vocalizadas como os sons equivalentes dos pronomes hebraicos “hu” e “hi”, que são traduzidos como “ele” e “ela” respectivamente. Combinando-os, He-Vau e HeYod torna-se “Ele-Ela”. Ele-Ela, eu acredito, é o impronunciável Nome de D-us! Este segredo esteve escondido a olhos vistos durante todos estes anos, porque afirma-se explicitamente na Torá: D-us engendrou o universo eternamente, a terra e as criaturas à própria imagem de D-us, masculino e feminino. É desnecessário dizer que a noção de um D-us andrógino que cria essencialmente seres humanos andróginos tem profundas implicações. Há muito tempo, o Zohar, o livro de misticismo judeu por excelência, declarou: “É de incumbência de um homem ser sempre masculino e feminino” – uma afirmação estranha, especialmente no século XIII. Mas a nossa sociedade religiosa heterodoxa (e pode sentir-se também entre muitos ortodoxos e entre a vox populi secular) recentemente começou a mostrar sinais de ser capaz de entender e de querer aceitar esta mensagem inclusiva (Daniel 12: 4.9-10, Bíblia Hebraica - Editora e Livraria Sêfer).. O Dr. James Garbarino, um dos especialistas mais influentes da nossa geração em desenvolvimento de crianças, observa que as chamadas “meninas tradicionais que tem apenas características ‘femininas’ estão em desvantagem no que se refere ao coping [4]” e os chamados meninos tradicionais também estão em desvantagem. “Combinar os traços tradicionalmente femininos com os traços masculinos”, escreveu Garbarino em “See Jane Hit”, “contribui para uma maior resiliência”. O rabino Jeffrey Salkin, autor de “Searching for My Brothers”, indica que as culturas judaicas e ocidentais mantiveram por muito tempo perspectivas diferentes sobre a questão da androginia. Enquanto a cultura ocidental diz “seja um homem/mulher”, ele explica, a


mensagem da cultura judaica sempre foi “seja um homem/mulher bom/boa”. Ser uma humanidade boa – o que ele define como “masculinidade/feminilidade madura” – é “uma combinação tanto de traços masculinos quanto dos femininos ou vice-versa”. No seu famoso livro “Deborah, Golda, and Me”, a feminista judaica Letty Cottin Pogrebin desafia os judeus a “ampliar a capacidade do homem para as expressões emocionais e para o cuidado com a família, e a expandir as opções das crianças independentemente do seu género. É possível”, ela pergunta retoricamente, “que maiores oportunidades para as crianças, homens mais amorosos e mulheres mais competentes e confiantes não sejam bons para os judeus [e demais povos]?”. Ao discutir o patriarcado em “The Torah: A Women’s Commentary”, Rachel Adler comenta que o mundo “implora por reparos” – não apenas por causa das mulheres, mas por causa dos homens também. O trabalho do judaísmo reformado – de fato, o trabalho de todas as comunidades religiosas progressistas e igualitárias do mundo – requer um compromisso sempre mais profundo com esse reparo. Isto significa esforçar-se pela integridade em nós mesmos; com os nossos familiares; na relação entre si mesmo e a comunidade; e na relação entre as comunidades individuais e o mundo como um todo. Significa fazer tudo o que fizermos, nas palavras dos nossos místicos antigos, “l’shem yichud”, basicamente pela causa da unificação de D-us. Agora, baseados nesta nova compreensão de D-us como Ela-Ele/Ele-Ela, é o momento de livrar-nos da concepção estereotipada de D-us como um velho homem com uma longa barba branca nas nuvens. Pensar em D-us como Ele-Ela nos concede a liberdade de ver a Divindade como a totalidade de toda a energia masculina e feminina. É o momento de considerarmos a mudança das nossas orações mais sagradas, particularmente aquelas que se referem ao Eterno como Adonai. Os antigos rabinos empregaram a palavra “Senhor” (Adonai, em hebraico) como um substituto respeitável para o impronunciável Tetragrammaton e recentemente alguns judeus reformistas – incluindo os editores de “The Torah: A Women’s Commentary” – preferiram não usá-lo. Com esta nova cognição do Tetragrammaton, podemos revisitar confiantemente a nossa Declaração de Fé: “Shema Yisrael, Adonai Elohenu, Adonai Echad – Escuta, Israel, o S-nhor é nosso D-us, o Snhor é Um” (Deuteronómio 6, 4) e afirmar, pelo contrário: “Shema Yisrael, Adonai Elohenu, Adonai Echad – Escuta, Israel, Ela-Ele/Ele-Ela é o nosso D-us, Ela-Ele/Ele-Ela é Um”. É o momento de afirmarmos que a tradição de igualdade de género da reforma do judaísmo – que deu poder às mulheres para se tornarem rabinas, cantoras e líderes leigas da congregação – não é uma invenção moderna e, de certa forma, menos autêntica, mas sim emblemática da mais antiga concepção de D-us do judaísmo. E é o momento de repensarmos como escolhemos passar adiante a nossa herança às próximas gerações. Se você já tentou ensinar D-us a uma classe de estudantes judeus precoces, você provavelmente já ouviu aquele sussurro do fundo da sala: “Sim, claro”. Bem, recentemente eu aproveitei a oportunidade e ensinei a minha turma pós-bar/bat mitzvah a minha ideia do nome secreto de D-us e do seu significado. Então, discutimos sobre o que isto implicaria nas nossas relações entre nós mesmos e com D-us. Quando terminamos, uma das jovens voltou-se para os outros que estavam sentados ao redor da mesa e disse as palavras pelas quais os rabinos dão a sua vida: “O judaísmo”, ela exclamou, “é tão porreiro”. Notas: 1. O versículo, na edição Ave Maria, diz: “Porventura fui eu que concebi esse povo? Ou acaso fui eu que o dei à luz, para me dizerdes: leva-o em teu seio como a ama costuma levar o bebé, para a terra que, com juramento, prometi aos seus Pais?”. 2. “Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, porque ela era a mãe de todos os viventes”, na


edição Ave Maria. Ou “O homem chamou a sua mulher Eva, por ser a mãe de todos os viventes”, na Bíblia de Jerusalém. 3. “A jovem que vier buscar água e a quem eu disser: Dá-me de beber, por favor, um pouco de água de teu cântaro, e a que responder: Bebe, não somente tu, mas tirarei água também para os camelos, essa deverá ser a mulher que o S-nhor destinou para o filho do meu senhor’.” 4. Coping é o termo da psicologia utilizado para designar o conjunto de estratégias cognitivas e comportamentais desenvolvidas pelo sujeito para lidar com as exigências internas e externas que são avaliadas como excessivas (circunstâncias adversas ou estressantes), ou as reações emocionais destas exigências. SUGESTÃO

Heavenly Mother the Bride is the Wife of Father Christ AhnSahngHong! OUTRA OPINIÃO DE ESCOLIASTAS (CAUCASIANOS OCIDENTAIS) A religião patriarcal JUDIA, no processo da sua evolução eliminou o culto feminino do Panteão, no princípio a religião não era monoteísta, mas rendia culto à D-usa que compartilhava o panteão com Yahvé / Yahveh / Jehová / El. Como disse Franz K. Mayr (1989, 67): “… como mostrou Albright, o próprio substrato da religião primitiva hebraica oferecia uma estrutura triádica, com um deus Pai (El), uma deusa Mãe (Elath ou Anath) e um Filho (Shaddai).” [A TRINDADE DO B'RIT HADASHAH PODE SER INTUÍDA AQUI: A cult scholar revealed to us who the Holy City of Jerusalem is:

Yaohushua Ahnsahnghong Revealed to us who the Holy City Ariel (Jerusalem) really is...] SUGESTÃO

Heavenly Mother is the Lord Almighty! DESENVOLVIMENTO Existe um erro em considerar que na época arcaica o ser mãe virgem significasse: sem contato sexual, sem relação sexual. Na época arcaica existia uma crença em muitas regiões do universo até a época histórica, que acreditava que as mulheres tinham filhos sendo “parthenii” / “virgens”, quer dizer, que se desligava a sexualidade da reprodução, que se acreditava assexuada, supondo que a mãe sozinha criava ao bebé; daí a sua grande importância e não se acreditava que o homem as fecundasse. Crença que parece absurda, mas que sobrevivia até há pouco tempo em muitos povos primitivos, antes do contato com a civilização ocidental (mais adiante aportaremos citações que o atestam). Daí que se afirmasse que tinham filhos de forma virginal, apesar de terem relações sexuais. Este fato refletia-se nos mitos históricos universais que falavam das DEUSAS VIRGENS, Deusas Mães que tinham descendentes sem conhecer o varão, de forma milagrosa, sem que o Princípio masculino estivesse presente, de maneira virginal (Virgo). [Em cada momento


histórico, a humanidade projetava no Panteão as suas crenças e a estrutura da sua sociedade. A este respeito expõe Guichot e Sierra em

(Ciencia De La Mitología. El Gran Mito Ctónico-solar. Prólogo De Manuel Sales Ferre. Edición Facsímil De La Del Año 1903. http://www.buscalibros.cl/buscar.php?autor=Guichot%20Y%20Sierra,%20Alejandro, 1989, 48): "E como, desde os primitivos mitos, os homens criaram a (sic) seus deuses à imagem sua,..."... "é claro que, nas primeiras sociedades humanas, o estado social e as ocupações tribais deram caráter às concepções religiosas,..."..."Assim, com respeito à organização social, segundo nos expõe Braga, onde prepondera o regime da maternidade, o deus é um fetiche feminino, a Terra-Mãe, que tira de si os deuses e as coisas; onde prepondera o regime da paternidade, o deus é masculino,..."]. Se nestas mitologias acreditava-se que a Deusa tinha filhos “sem necessidade de varão”, era porque (acreditava-se) autofecundava-se: era hermafrodita: a Deusa era Pai e Mãe, tinha tal grau de Autonomia que Autoconcebia-se, Procriava-se, Engendrava-se a si mesma, Reproduzia-se (assexualmente). O que implica na crença na preeminência do Princípio feminino e a falta de importância e consideração do masculino. E mais, estas Deusas dos panteões politeístas que eram consideradas Mães Virgens, tinham relações sexuais promíscuas, eram infiéis aos seus esposos Divinos e tinham inumeráveis amantes, símbolo da total liberdade sexual feminina própria da sociedade matriarcal, e se entregavam mesmo aos mortais. Eram imagem da Prostituta Divina, a Voluptuosidade Divinizada, Deusas do Amor, Princípio exclusivo da Geração e da Fertilidade, Deusa do Amor Mistérico por um lado e Deusa do Amor profano por outro, Virgem e Prostituta, Virgem e Ama-de-leite, Casta e Lasciva. Nas diferentes mitologias sagradas, nas que se baseiam os mitos cristãos da virgindade de Ana e de Maria, as Deusas eram hermafroditas / andróginas. Lemos na enciclopédia Espasa, Tomo 15 (1988, 1300) da Grande Deusa Lunar Cotito / Cotytto / Cotis / Kotytto, adorada na Trácia e na Sicília, Deusa hermafrodita da Impudícia: “O corrobora que as suas danças eram marcadamente femininas e isto concorda com o caráter andrógino que os antigos atribuíam a todas as divindades lunares, às que representavam com atributos de ambos sexos. Renderam culto a Cotis os edenianos, vários reis odrizas levaram o seu nome e nas moedas de Amadoco e de Teres aparece num lado uma bifenna, símbolo das divindades andróginas, e no outro um rácimo de uvas ou (sic) uma cepa de vinha.” Na mitologia cristã, Ana concebe a sua filha Maria de forma virginal e Maria concebe um filho Jesus sem fecundação de seu esposo José, igual que a Grande Deusa Avó tinha uma filha de forma virginal e esta por sua vez era Mãe de um filho, sem que o Princípio masculino interviesse na fecundação, já que este autolisiava-se / autocastrava-se / era eunuco / impotente, os seus genitais eram comidos por um peixe: o que atesta a descendência matrilineal. A doutrina cristã imita a metáfora da virgindade da Deusa, da religião matriarcal, mas já despossuída do seu valor. Desconhece que o mito de ser Virgem Mãe implica na crença na total Autonomia do Princípio feminino: Engendra a um novo ser sozinha, ou seja Autofecunda-se, é hermafrodita. E esquece que o mito da Virgem Mãe ressalta o direito materno e exemplifica a descendência matrilineal, o que demonstra a autêntica preeminência feminina. Portanto o fato de a Igreja católica considerar que figuras femininas: a avó Ana e Maria Mãe de D-us/Jesus (na Tradição reformada ortodoxa, protestantismo), dão nascimento de maneira virginal, implica que (acreditava-se que) eram hermafroditas, e que ter


descendentes virginalmente deixa transparecer que a filiação dava-se por linha feminina, que a sucessão era matrilineal: quem transmitia e legitimava era a via feminina, que lembra os usos sucessórios do matriarcado. Contrariamente, com o advento da revolução patriarcal, para justificar os novos costumes do patriarcado, acreditava-se que o princípio da descendência pertencia exclusivamente ao pai. Assim lemos na enciclopédia Espasa, Tomo 33 (1988, 1002): “O deus grego Dionisios promulgou a doutrina de divindade da paternidade sustentando que a mãe só é a cuidante do gérmen depositado no seu seio.” De igual forma Burguière explica em (1988, 70): “… os meninos depositavam-se na matriz da mãe da mesma forma que as plantas crescem na terra a partir da semente que nela se planta. Por demais, esta ideia da mulher incubadora e do homem como único procriador transmitiu-se ao ocidente cristão, onde perdurou por muito tempo,…” Desta maneira, nos casos em que as mulheres tinham filhos sem estar casadas legalmente na época patriarcal grega, dizia-se que eram mães virgens ou tinham filhos engendrados por Divindades. Um comentário dos redatores da enciclopédia Espasa, Tomo 33 (1988, 1005) atesta tal costume: “… foi engendrado por Zeus, quer dizer, por um pai desconhecido, uma característica do matriarcado.” Na realidade explicava-se um fato desde a visão patriarcal, depois que nas novas crenças patriarcais integrou-se (ou, o patriarca apropriou-se do) o Princípio masculino da capacidade de dar a Vida e tirou-se a da mãe, verdadeira reprodutora, atribuindo ao pai ser o único causador da reprodução, para justificar o fato de que transmitia a Vida. A respeito Rutherford em (1994, 59) comenta: “… toma a única via que via que tem aberta: negar a intervenção da Grande Mãe no mistério do nascimento. Contamos com exemplos nos quais o varão é quem leva a criança no seu seio. Zeus dá a luz a Atenas parindo-a pela cabeça, e a Dionisio pelo músculo. Os índios americanos também recorrem a esta treta [melhor 'legenda'] e no mito hindu nos encontramos com os ayonija, quer dizer, com aqueles seres nascidos sem gestação uterina.” Os mitólogos cristãos, ao imitar os mitos religiosos de outras religiões pagãs e inventar os mitos cristãos da Imaculada Conceição ou o da Concepção virginal de Jesus, cometeram um erro de interpretação, ao não entenderem que as mitologias nas quais se baseavam eram metafóricas. Não compreenderam que a reprodução que se acreditava tinham as Deusas Virgens de forma assexual, por partenogénese / virginal / hermafrodita / agâmica / anafrodita / sem cooperação do sexo, referiam-se tanto a crenças arcaicas na irresponsabilidade do homem na concepção feminina (e que portanto solicitava-se a gravidez em dias determinados do ano, anunciados por precisas constelações), como a metáforas agrícolas e astronómicas. O mito de que a Deusa dava à luz virginalmente codificava metáforas do processo agrícola, na qual se identificava a Deusa Virgem com a semente que se enterrava na terra (não acreditavam que existisse reprodução sexual), germinava em planta, crescia e dava filhos: espigas e frutos. E comemorado nos dias de festa dos dois períodos, desde que se aravam os campos (anunciadas por determinada posição das constelações), até que se recolhiam os frutos nas festas de “Recoleção” da colheita: quando a Deusa dava à luz virginalmente (em um dos períodos agrícolas, anunciada pelo esplendor crepuscular da constelação Virgo). Ao não entenderem tais metáforas, misturaram o mito da gravidez humana com metáforas agrícolas e consideraram que Maria e Ana como seres humanos que tinham filhos virginalmente. E posteriormente a Jesus o fazem ocupar o lugar preeminente no panteão cristão. Como aponta Mayr em (1989, 60): “Parece que a concepção matriarcal da divindade obteve inicialmente uma primazia, baseada em parte na cultura agrícola e na sua religiosidade da deusa agrária ou Magna Mater, até a invasão dos indo-europeus desde mediados do 2000 a.C.


com a sua patriarcalização visível na religião homérica e, depois, na clássica grega.” …”Precisamente o mito do Menino Divino representaria uma ponte entre a religiosidade matriarcal e patriarcal: o Menino Divino - como Filha ou Filho - foi um complemento da Grande Mãe, tornando-se posteriormente o seu acompanhante e um esposo, até que conquista todo o poder desta”. A conquista do Poder não é perceptível nas Igrejas Católica e Ortodoxa, leia-se Agostinho: "Nosso Senhor entrou por sua livre vontade no seio da Virgem... Engravidou a sua Mãe, todavia sem privá-la da sua virgindade. Tendo-se formado a si mesmo, saiu e manteve íntegras as entranhas da [Esposa e Mãe]. Desta maneira, revestiu aquela de quem dignou-se [ser Esposo] e nascer, com a honra de Mãe e com a santidade de Virgem" ("Por que sou católico", p.141, Felipe aquino, Cleófas]. Mas já no protestantismo hodierno Maria é lembrada como a mãe de Jesus e não como a Mãe de D-us. Os protestantes são orfãos de mãe. Uma outra crença católica a respeito de Maria é - Filha do Pai, Mãe do Filho e Esposa do Espírito Santo (de fora desta ideia fica Agostinho). Os protestantes consideram como uma blasfémia dizer que Maria é a esposa do Espírito Santo. A Santíssima Trindade é D-us eternamente subsistente em Três Pessoas - Pai/Mãe, Filho e Espírito Santo (AhnSahngHong is the New Name (SHUAM) of Yaohushua!) - ou seja, uma ligação da glória e poder de D-us EleEla/Ela-Ele (He-Vau e He-Yod)-Kyrios/Ben-HaM'vorakh-Ruach HaKodesh. O Pai/Mãe é D-us, o Filho é D-us e o Espírito Santo é D-us. Três em Um. Deus não é casado no plural (apesar de ser um dogma oculto e respeitoso nas Igrejas de Tradição da Restauração, nomeadamente no mormonismo de distintos ramos secessionistas) e Maria foi somente a esposa do D-us Fillho (para Agostinho, para o cristianismo histórico católico, ortodoxo e protestante reformado e entre os escoliastas das igrejas livres históricas) e não do D-us Espírito Santo (Padre da Igreja: este Dus Ruach Santíssimo é um enigma-mistério: "É preciso crer, a respeito de Cristo, que Ele vem do [Pai-Mãe/Ela-Ele/Ele-Ela], é D-us proveniente de D-us, e, a respeito do Espírito [Ruach], que Ele provém do Cristo", Epifânio de Salamina: Ancoratus 67, in http://www.veritatis.com.br/patristica/extratos/934-sentencas-dos-padres-da-igreja-sobreprocedencia-do-espirito-santo) e era casada com o ancião José. Há incoerências. Colocando Maria como esposa do Espírito Santo seria mais uma nova ligação na Santíssima Trindade. Tornou-se a Santíssima Quadrindade com dois Esposos? ("Ele não falará sem mim e sem a decisão do [Pai-Mãe/Ela-Ele/Ele-Ela], porque Ele não tem origem em si, mas é do [Pai-Mãe/ElaEle/Ele-Ela] e de mim. Pois o que Ele é como subsistência e como palavra, Ele o é pelo [PaiMãe/Ela-Ele/Ele-Ela] e por mim" (Dídimo de Alexandria, professava, comentando as palavras de Cristo Jesus: De Spiritu Sancto 34)) À Maria do protestantismo tira-se-lhe o protagonismo conjugal católico e ortodoxo e não há sinais muito fortes de conquista de poder pelo ato de maridar-se (um mistério que merece uma atitude protestante brincalhona, também com associações idólatras, intuída por cristãos fundamentalistas: a “marida” http://olhometro.com/2009/07/02/nao-duvide-da-capacidade-debizarrice-de-qualquer-caso-envolvendo-michael-jackson/) com Jesus (Cristo Cósmico ou o Cristo de Agostinho: "O seio de Maria é a câmara nupcial. É aí que Ele se tornou a Cabeça da Igreja"; "A câmara nupcial não é feita para as bestas nem para os escravos nem para as mulheres sem honra, e sim para os homens livres e para as virgens" (Evangelho de Filipe v.73) | "Com a prostituição o caso não é o mesmo porque não foi para tal que os nossos corpos foram feitos, mas para Ele-Ela/Ela-Ele os entregar ao Filho, que os quer encher dele [ »»»»«»»»»»»» do apaixonado Filho YAOHÚSHUA o Único, Unigénito de Ele/Ela/Ela/Ele] mesmo[http://literarcalvinistainclusivodoarminiano.blogspot.com/2011/01/calendariolgbt.html]", 1 Coríntios 6:13). Mas aguarda-se novidades no protestantismo liberal e inclusivo. Talvez da PCUSA ou da Episcopal Church USA. Até lá fiquemos com uma hemeroteca histórica online (procurem no Google/Bing); para acalmar a expectativa, leia já aqui : "Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da Terra comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do


Rei David) é, além disso, Mãe de D-us, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar bastante (nunca poderemos exaltar o suficiente), a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade.'' (Martinho Lutero, ''Comentário do Magnificat'', cf. a escritora evangélica M. Basilea Schlink, na revista ''Jesus vive e é o Senhor''). Graças sejam dadas a D-us Ele-Ela/Ela-Ele (He-Vau e He-Yod)-Kyrios/Ben-HaM'vorakhRuach HaKodesh | Thanks be to G-d He-She/She-He (He-Vau e He-Yod)-Kyrios/BenHaM'vorakh-Ruach HaKodesh. |I D-o He-Vau He-Yod Gratia. Amen.

ARCA DA UNIÃO reformjudaismmag.org http://reformamonergista.blogspot.com/2010/09/importancia-de-umnome_17.html http://solascriptura-tt.org/TeologiaPropriaTrindade/TriunidadeDeDeusNoVelhoTestamentoSRosentha.htm http://www.vidanova.com.br/teologiadet.asp?codigo=140 http://magcalcauvin.wordpress.com/2009/12/29/hava-e-lilith-desvenda-se-as-suas-estorias/


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