INFORMATIVO AGROPACTO

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Informativo Semanal Ano 18 - Nº 680 - 17 a 23/10/2012 18 anos

EDITORIAL Ciência dos Alimentos

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Forte polêmica esquentou o mundo da biotecnologia. Já nas ciências naturais, como a biologia e a Pesquisadores de várias partes do mundo contestaram agronomia, que estudam os seres vivos e seu experimento, realizado na França, relacionando os ambiente, os fenômenos, além de complexos, variam alimentos transgênicos com câncer. Foram além. em sua manifestação. Sua mensuração é difícil, Denunciaram logro no trabalho. est im ada, n un c a pr ec is a. P odem- se o bs er va r A pesquisa testou o efeito em ratos de laboratório de tendências, leis gerais a guiar os processos vitais, mas ração contendo milho geneticamente modificado, cada um deles pode reagir distintamente aos estímulos to ler ant e a o h erbici da Ro undup (mi lho RR ). No do meio onde vivem. Existem incertezas, imprecisões. experimento, porém, descobriram-se grosseiros erros Como diz o caboclo, aqui é que o bicho pega. Mesmo metodológicos. Cientistas brasileiros da quando não são politicamente engajados, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária os pesquisadores raciocinam segundo seus Novas gerações ( Em br apa ), n or te- am er ic a no s da s pri nc ípio s c ul tu ra is e ét ic os . Is so , de organismos Universidades da Califórnia e da Flórida, obviamente, cria distinções dentro dos geneticamente ingleses do King”s College, de Londres, laboratórios. Sabendo ser impossível a modificados combateram os resultados, apontando falhas isenção ideológica, as normas científicas surgem dos inaceitáveis. Com os mesmos dados poderia exigem que sejam conhecidos, e divulgados laboratórios ter sido provado o contrário, ou seja, que o com clareza, os pressupostos básicos e a mundiais. As milho transgênico reduziu, e não aumentou, metodologia dos estudos, estabelecendo primeiras o risco de câncer nos bichinhos. uma espécie de lealdade na busca da A Autoridade Europeia para a Segurança transgenias verdade. dos Alimentos (EF-SA) publicou análise forneceram O rigor do método científico separa o desqualificando a pesquisa conduzida por resistência das bom conhecimento do fajuto. Este surge Giles-Eric Séralini, conhecido ativista contrário plantas a da empulhação, da fabricação de resultados ao uso da engenharia genética na agricultura. herbicida, depois segundo objetivos não confessáveis. Aqui Aposição apriorística dele construiu uma às lagartas, daí conclusão equivocada. Picaretagem científica. não pararam mais parece enquadrar-se essa pesquisa sobre Vem de longe a discussão sobre a cor o milho transgênico RR e o câncer. Nem a de evoluir. ideológica da ciência. Nas ciências sociais, est ir pe n em a idade dos r at in ho s sabidamente, existe enorme dificuldade de os alimentados em laboratório se conheciam, cientistas se isentarem de suas posições políticas nos e sabe-se que, naturalmente, ratos mais idosos estudo s que reali zam. A visã o de mundo afeta, tendem a contrair mais câncer do que os jovens. inevitavelmente, suas formulações teóricas, induzindo Neste 16 de outubro se passa o Dia Mundial da ao viés. Por essa razão existem tantas polêmicas na A li ment aç ão . E st udio so s da qu es tã o da f om e sociologia e na economia. concordam que o desafio da segurança alimentar não Nas ciências exatas, por outro lado, praticamente se vencerá facilmente até 2050, quando se estima inexiste relação entre conhecimento e ideologia. Na física que a população mundial venha, com 9 bilhões de o u na quí mi ca , o s fenô meno s a na li sa do s sã o pessoas, a se estabilizar. Três processos básicos quantificáveis na exatidão. Mede-se a velocidade da luz, determinarão o sucesso nessa difícil empreitada detalham-se as estruturas moleculares. Na matemática, contra as restrições alimentares dos povos: expansão dois mais dois são quatro, e acabou. das áreas de produção; desenvolvimento tecnológico,

EDITORIAL

FIQUE SABENDO

 Ciência dos Alimentos

 Em novo decreto do Código Florestal, Dilma volta com maior proteção a margens de rios

Páginas 01 e 02

PEQUENAS NOTAS

 Cursos do SENAR também produzem sucesso

EVENTOS Página 02

Usinas indianas voltam a importar açúcar do Brasil

Página 05

ESPAÇO DO AGROPACTO Resumo da reunião do dia 16/10/2012 Páginas 05 e 06

Páginas 03 e 04

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO


18 anos Nº 680 Órgão de divulgação de assuntos de interesse do Setor Agropecuário e do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense. Coordenação e Elaboração: Gerardo Angelim de Abuquerque - Chefe de Gabinete da FAEC Coordenador Geral do Agropacto: FLÁVIO VIRIATO DE SABOYA NETO (Presidente da FAEC) Membros do Comitê Consultivo: Setor Público Evandro Vasconcelos Holanda Júnior - Embrapa Caprinos e Ovinos João Hélio Torres D'Ávila - UFC José Alves Teixeira - BNB Lucas Antonio de Sousa Leite - Embrapa Agroindustria Tropical Paulo Almicar Proença Sucupira - BB Raimundo Reginaldo Braga Lobo - ADECE Setor Privado Alderito Raimundo de Oliveira - CS da Cajucultura Álvaro Carneiro Júnior - CS de Leite Cristiano Peixoto Maia - CS do Camarão Edgar Gadelha Pereira Filho - CS da Carnaúba Euvaldo Bringel Olinda - Instituto Frutal João Teixeira Júnior - CS da Fruticultura e UNIVALE Paulo Roque Selbach - CS. Flores Vinícius Araújo de Carvalho - CS do Mel Carlos Prado - Itaueira Agropecuária Francisco Férrer Bezerra - FIEC João Nicédio Alves Nogueira - OCB/CE Luiz Prata Girão - BETÂNIA Paulo Jorge Mendes Leitão - SEBRAE-CE Secretária: Teresa Lenice Nogueira da Gama Mota Kamylla Costa De Andrade Editoração Digital: Brunno Carvalho Helena Monte Lima Taquigrafia: Irlana Gurgel Patrocínio: BANCO DO BRASIL S/A BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A SEBRAE/CE

CONSULTA Para maiores esclarecimentos sobre as informações aqui divulgadas, favor comunicar-se com a SECRETARIA EXECUTIVA DO PACTO DE COOPERAÇÃO DA AGROPECUÁRIA CEARENSE. Endereço: Rua Edite Braga, 50 Jardim América - 60.410-436 Fortaleza - CE Telefones: (0xx85) 3535-8006 Fax: (0xx85) 3535-8001 E-mail: agropacto@faec.org.br Site: www.agropacto-ce.org.br

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elevando a produtividade na agropecuária; e surgimento de novas alternativas de comida. A engenharia genética cumprirá papel imprescindível rumo à segurança alimentar. Após 15 anos, desde que deixaram os laboratórios e seguiram para o campo, as variedades transgênicas, manifestadas em dezenas de espécies vegetais, já ocupam 160 milhões de hectares, plantadas por 16,7 milhões de agricultores, em 29 países. Recebidas inicialmente com temor, nunca se avaliou tanto uma tecnologia. Mesmo procurando chifre em cabeça de cavalo, jamais se provou qualquer dano à saúde humana em decorrência de alimento geneticamente modificado. Nenhum caso. Novas gerações de organismos geneticamente modificados surgem dos laboratórios mundiais. As primeiras transgenias forneceram resistência das plantas a herbicida, depois às lagartas, daí não pararam mais de evoluir. Novas gerações de organismos geneticamente modificados surgem dos laboratórios mundiais. As primeiras transgenias forneceram resistência das plantas a herbicida, depois às lagartas, daí não pararam mais de evoluir. A engenharia genética está inventando plantas resistentes à seca, tolerantes à salinização dos solos, suportáveis a solos mais pobres. Surgem grãos mais ricos em proteínas e vitaminas, frutas mais duráveis ao armazenamento. Nos animais, acaba de ser anunciada, na Nova Zelândia, uma vaca transgênica capaz de produzir leite sem a proteína beta-lactoglobulina responsável por causar alergia em até 3% das crianças no primeiro ano de vida. Incríveis fronteiras da ciência dos alimentos. Normas internacionais proíbem produtores orgânicos de cultivar plantas transgênicas. Cada vez mais se comprova, porém, com biossegurança, o seu benefício na sustentabilidade dos sistemas produtivos. Superplantas transgênicas, resistentes às pragas e doenças, eliminarão o uso dos agrotóxicos na lavoura. Afora o preconceito ecológico, nenhuma razão agronômica opõe o orgânico ao transgênico. Inimigos hoje, poderão andar de mãos dadas amanhã. Conhecimento científico não rima com ideologia nem com intolerância. Ele se move, estimulado pelo dinamismo civilizatório, pelo desafio do desconhecido. Transilvânia, em latim, significa “além da floresta”. Na Romênia, acredita-se que lá viveu o assustador Conde Drácula, o mais famoso dos vampiros. Mera crença. Nada que ver com transgênico. Pura ciência. (*) Xico Graziano, Engenheiro Agrônomo

Eventos Ev ento : Wo rk sh op: D es en vo lviment o de No vo s Produtos para o Mercado de Lácteos & Congresso de Inovação da Indústria de Lácteos 2012 Data: 30 e 31.10.2012 Local: Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL, Auditório Décio Dias Alvim, em Campinas-SP Co nta tos : s it e: www.ita l. sp.gov.br/ e- ma il: eventos@ital.sp.gov.br e fone: (19) 3743-1758 Evento: Simpósio sobre Hortaliças – Inovações no Setor Hortícola: Baby e Mini Horti Data: 06 e 07.11.2012 Local: Anfiteatro de Engenharia da ESALQ, em Piracicaba – SP Contatos: Telefones: (19) 3417-6604/ (19) 34176601 e e-mail: cdt@fealq.org.br Evento: Curso – Sistema de Produção de Mandioca Data: 07 e 08.11.2012 Local: Embrapa Amazônia Ocidental, em Manaus – AM Contatos: Site: www.cpaa.embrapa.br e telefones: (92) 3303-7800 - Fax: (92) 3303-7820 / 3303-7817

PRODUTOR RURAL: Pague a Contribuição Sindical Rural em benefício da manutenção do Sistema Sindical Rural


Fique Sabendo Em novo decreto do Código Florestal, Dilma volta com maior proteção a margens de rios

A presidente Dilma Rousseff v et ou n ov e it en s do C ódigo Florestal e retomou o artigo que define o maior reflorestamento em margens de rios por meio de decreto. A Medida Provisória que alterou este item foi aprovada pelo Co ngress o Na cion al em setembro. A prot eção em margens de r io s fo i o pr in c ipal pon to de divergência da MP no Congresso, que qua se f ez co m qu e ela perdesse a validade. Enquanto ruralistas venceram no Senado e Câmara com a proposta de uma meno r faixa de pr oteção para propriedades médias e grandes, o s am bien ta lis ta s defendia m u ma m aior ár ea de ref lores tamento, o que já era apoiado pelo governo. “ Os v et o s vêm pa r a depo r todo e qualquer texto que leve a desequilíbrio entre o social e a mbient al. Is to indic a qu e resgata via decreto a ‘escadinha’ em to rn o do s pequeno s produtores rurais. Não entende o gov er no que nó s devemo s reduzir a proteção ambiental para médios e grandes proprietários”, a firm ou a m in is tr a do M eio Ambiente, Izabella Teixeira. Para ela , o qu e nã o leva ao des ma ta ment o , à an is tia ( perdão ) a des ma ta do res e à desigualdade social foi mantido. A grande disputa era a parte da MP que previa qu e propriedades com tamanho entre 4 e 10 módulos fiscais devem recompor a vegetação numa área de 20 metros ao longo de cursos d’água com menos de 10 metros de largura. No Congresso, este ben ef íc io f oi am plia do par a propriedades de até 15 módulos e com recuperação de 15 metros para a faixa. Para propriedades maiores, o mínimo a ser recuperado também f oi a lt er ado de 3 0 pa ra 2 0

metros. Vale lembrar que um módulo fiscal na Amazônia corresponde a 1.000.000 m2. Assim, quanto maior a pro pr ieda de, m aior es as obrigações de recomposição. A ministra afirma que esse trecho volta ao original da MP e lembra que as médias e grandes propriedades representam 76% dos imóveis rurais do Brasil. Outra mudança importante é o veto à possibilidade de realizar o r ef lo rest am en t o co m ár vo res frutíferas. ”Não teremos áreas de pom ar perman ente, como diz iam alguns”. A presidente excluiu do texto o trecho incluído pelos parlamentares sobre recuperação de 5 metros em torno de rios intermitentes de até 2 met ros de lar gura para qualquer t am an ho de pro pr iedade “pela imprecisão técnica do conceito e pelo des co nh eciment o do qu e é a cr es cent ar u ma no va f aixa de controle no que já colocamos”. “Os vetos foram fundamentados naquilo que era o princípio da edição da medida provisória, que significa n ão a nist ia r, nã o es timu la r desmatamentos ilegais e assegurar a justiça social, a inclusão social no campo em torno dos direitos dos pequenos agricultores”, explicou a ministra. Além de resgatar a escadinha, o decreto ins tit ui o CA R ( Cadast ro A mbient al R ur a l) que “ va i recepcionar as bases de informação de todos os Estados e disciplinar critérios objetivos do cadastro rural e do (P RA ) Pr ogra ma de R egular iz aç ão A mbient al, co m a constituição de seus instrumentos”. Segundo Izabella, o decreto é o primeiro de um conjunto de normas que s ão necess ár ias par a regulamentaçã o do Código. “ Não está limitado ao decreto, terão atos do Ministério do Meio Ambiente, do M in is tério da A gr ic ultu ra e do M in is tério do D esenv olviment o Agrário”. Mudanças são válidas só para quem já desmatou- A ministra fez quest ão de deix ar c la ro que a s dis cu ss ões em t o rn o do C ódigo F lo rest al s ão pa ra á reas já des ma ta da s em pro pr ieda des privadas do país. “Primeira coisa que t em que deixa r c la ro , es ta mo s falando de recuperação. Não mudou nada para quem tem mata em pé,

quem es t á dent ro da lei, m an têm.” ”N ão se a lt eram a s dis po siçõ es per ma nent es do Código Florestal anterior, estão lá APP, Reserva Legal, mas se dá c am in ho s só lidos par a r ec uper aç ão a m bien ta l nest e país , e pla ntar árv ores dentro do equilíbrio da produção rural e da proteção ambiental”. Um dos pontos batidos por ruralistas é que o n ov o C ódigo a feta ria a produção rural. Iza bella disse que os vetos f or am pon tu ais , apen as par a r ec uper ar o s princ ípio s qu e estavam na proposta original do governo. O decreto será publicado nesta quinta (18) no Diário Oficial da União. O advogado-geral da União, L uís In ác io A dam s, n egou s e t ra ta r de uma tent at iv a inc on st it u cion al. “ O pr óprio Congresso adotou na lei um inciso que prevê qu e as r egra s d e p r o t e ç ã o e m áreas consolidadas deverão ser editadas por decreto, no PRA. O que a pr es iden te fez, a o regulamentar o PRA como está previsto estabelecer a proteção m ín im a da s f aixa s, is so est á previsto na lei”. Ár ea de pr ote ção em margens de rios defendida pelo governo:  Rios com largura até de 10 metros; De 1 a 2 módulos - recupera 8 metros, desde que n ão u lt ra pa s se 1 0% da propriedade; Propriedades de 0 a 1 módulo fiscal - recupera 5 m et ro s, des de qu e nã o ultrapasse 10% da propriedade; De 2 a 4 módulos - recupera 15 m et ro s, des de qu e nã o ultrapasse 20% da propriedade; De 4 a 10 módulos – recupera 20 metros; Acima de 10 módulos - recupera 30 metros; Rios com largura superior a 10 metros; De 0 a 1 módulo - recupera 5 metros, desde que não ultrapasse 10% da pr oprieda de;  D e 1 a 2 mó dulo s - recu pera 8 m etro s, desde que não ultrapasse 10% da pr oprieda de;  D e 2 a 4 módulos - recupera 15 metros, desde que não ultrapasse 20% da pro pr ieda de;  De 4 a 1 0 módulos - recupera de 30 a 100 metros; Acima de 10 módulos recupera de 30 a 100 metros.


Fique Sabendo Cursos do SENAR também produzem sucesso Aprender coisas novas nunca é demais, principalmente quando o aprendizado torna-se fator decisivo para mudar ou melhorar de vida. O pro du to r cearense Ricardo Cordeiro escolheu estudar sempre, e foi ao participar do P r o g r a m a E m preen dedo r R ur al ( PE R) do S EN AR qu e ele transformou sua vida. Ricardo nasceu em Fortaleza mas, atualmente, vive e trabalha no município de Viçosa do Ceará. Com 51 anos, ele conta que trabalhou com várias coisas, já foi prestador de serviço, metalúrgico e largou tudo para ser produtor rural. “ Sempre seremo s ina c abados , est am os to do s o s dia s no s aperfeiçoando. Quando apareceu essa oportunidade de fazer o PER, agarrei”, diz. O pro du t or ex plic a que o s trabalhos anteriores davam retorno financeiro, mas que não se sentia realizado e por isso, desistiu de tudo. “Tenho um primo que tinha uma metalúrgica e entrei para ajudar. Revitalizei a empresa, mas não foi pra frente. Foi quando comecei a

pesquisar e iniciei o PER. O programa foi o ponta pé mais forte que eu tive. Um curso desses deveria existir em todos os lugares do Brasil,” destaca. Ricardo Menezes na produção de hidropônicos da sua propriedade O plano de Ricardo era trabalhar co m h idr opo nia , f lo res tr opicais, piscicultura ou fruticultura. Ele diz que desistiu de flores e piscicultura porque esbarrou na carência de água existente na região e que até começou na área de fruticultura, mas a necessidade de usar defensivos fugia da sua meta. Foi ai que ele se encontrou na hidroponia. “Passei dois anos para tirar o primeiro pé de a lf a ce, ma s ho j e pr oduz o morango, alface crespa, americana, couve-flor, tomate. Se você me pedir para plantar manga hidropônica eu planto, a questão seria apenas o lado financeiro, porque mangueiras precisam de mais espaço, ou seja, estufas maiores,” afirma. Hoje Ricardo Cordeiro produz para comercialização e uso próprio, e conta com a ajuda da esposa. “Quando não estou, ela é que cuida de tudo. Hoje me mantenho bem financeiramente falando,

tenho paz de espírito e faço o que gos to . S ou u m empres ár io de sucesso”, diz. Ricardo não tomou só para si o conhecimento adquirido, ele dá pa lestras pelo estado sobre hidroponia e o que aprendeu no PER, a lém de cu idado s co m o m eio ambiente. “Sou muito preocupado com a questão do meio ambiente. Nas palestras falo sobre o não uso do fogo. Participo de seis em seis meses de aç ões vo lt adas a o co mbat e de incêndios florestais no IBAMA e atualmente sou chefe de uma unidade contra incêndios no meu município,” revela. Ele conta que pretende fazer outros cursos do SENAR. “Fui bem recebido no PER e quando estive no SENAR em Brasília apresentando meu projeto. Se aparecer algo que me interessar, eu faço”. Por fim, Ricardo Cordeiro faz uma sugestão ao SENAR sobre o Empreendedor Rural. “Acredito que ter acompanhamento de um técnico sempre seria importante para evitar que o produtor abandone o seu projeto. Um técnico poderia ajudá-lo até ele conseguir seguir sozinho”.

Usinas indianas voltam a importar açúcar do Brasil

U s i n a s indianas assinaram acordos para comprar até 450 mil toneladas de açúcar bruto do Brasil para entrega ent re o s m es es de o u tu br o e dezembro deste ano, na medida em que o aumento da diferença entre os preços domésticos e os praticados no mercado internacional abriu espaço para essas importações, as primeiras em mais de dois anos, segundo informações fornecidas por cinco traders. Usineiros das regiões oeste e sul da Índia, além de tradings globais, acertaram suas compras por cerca de US$ 500 a tonelada, incluindo o custo do frete, enquanto o preço doméstico subiu mais de 23% nos últimos três m es es e at in giu U S$ 68 0 po r tonelada, conforme os mesmos traders.

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A Índia, que é segundo maior país produtor de açúcar do mundo, depois do Brasil, importou a commodity pela última vez na safra 2009/10, o que colaborou para que as cotações internacionais atingissem máximas de 30 anos. O País do sul asiático tem exportado açúca r por dois anos consecutivos, uma vez que a produção superou a demanda, e a guinada atual pode provocar novas altas no exterior. Na bolsa de Nova York, os contratos com vencimento em março, que ocupam a segunda posição de entrega, encerraram a sessão de ontem a 20,72 centavos de dólar por libra-peso, 2,22% mais que o fechamento da véspera e com quedas acumuladas de 9,5% em setembro, de 9,7% em 2012 e de 14,1% nos últimos 12 meses. O mercado continua de olho na colheita de cana no Brasil, que pode ser preju dic ada po r c hu va s . Ma s é esperado um aumento da oferta mundial, o que mantém as cotações pressionadas. “A diferença de preço [na Índia e no exterior] é tão grande que, apesar de calcular o processamento e os custos de operação, importadores podem ter lucros de mais de US$ 60 por tonelada”, afirmou um trader

baseado em Mumbai, de uma traindo global. A Í ndia dever á pr o du zir exc eden tes pela terc eir a sa fr a c on secu tiv a na t em por ada qu e começará em 1u00ba de outubro, mas a produção deve despencar no Estado de Maharashtra, afetado pela seca. “As usinas de Maharashtra não devem ter cana-de-açúcar suficiente. Por isso elas estão buscando açúcar bruto para poderem utilizar suas capacidades instaladas”, afirmou Ramal Jacina, diretor da corretora Ramal Jacina Traindo Servires. Maior País consumidor de açúcar do planeta, a Índia atualmente cobra u ma t ar if a de 10 % s obre a s importações de açúcar bruto, mas a taxa pode ser dispensada caso a usina tenha exportado a mesma quantidade de açúcar em um período de três anos, explicou Jacina. Na safra que começará no mês que vem (2012/13), a produção indiana de açúcar deverá cair para 24 milhões de toneladas, ante as 26 milhões do ciclo que está no fim. Os indianos poderiam recorrer à Tailândia, mas os preços do Brasil estão mais vantajosos, o que explica a opção pelo País.


Pequenas Notas Milho – produtor volta a segurar oferta, exportação é recorde: Esse cenário, por sua vez, também deu sustentação aos valores em várias regiões do interior do Brasil. Além disso, produtores estão segurando o produto, o que levou compradores a elevar os valores para atrair vendedores. No acumulado parcial de outubro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) caiu 0,61%, fechando a R$ 30,71/saca de 60 kg nessa segunda-feira, 8. Se considerada a taxa de desconto NPR na região de Campinas, o preço médio à vista foi de R$ 30,30/sc de 60 kg na segunda, com recuo de 0,66% no mesmo período. Em setembro, as exportações de milho atingiram novo volume recorde, de 3,15 milhões de toneladas de milho, conforme dados da Secex. Agora, no acumulado de 2012, a quantidade embarcada é igual ao total exportado em todo o ano de 2011. Fonte Original: CEPEA Exportação australiana de carne bovina recua em setembro: Segundo informações divulgadas pelo Departamento de Agricultura da Austrália (DAFF), as exportações de carne bovina do país em setembro totalizaram 79,91 mil toneladas métricas. Frente ao mês anterior e ao mesmo período do ano passado, os recuos no volume embarcado foram de 1,6% e 2,4%, respectivamente. O principal comprador do produto australiano em setembro foi o Japão, com 22,65 mil toneladas métricas. Produtividade agrícola e taxa de ocupação da agroindústria sucroalcooleira aumentam no Nordeste: A produtividade agrícola e a taxa de ocupação da agroindústria sucroalcooleira aumentaram na região Nordeste, na safra 2011/2012. Para a próxima safra, espera-se a manutenção dos bons índices de rentabilidade para a produção de açúcar VHP. Já a produção de etanol hidratado não será atraente, dadas as expectativas de baixa produtividade e condições de mercado que induzem à priorização na produção de açúcar. As informações estão na edição deste mês do boletim Ativos da Cana-de-Açúcar, elaborado pela Confederação da Agricultura de Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). O boletim traz, ainda, as estimativas dos custos para a safra 2012/2013 na região Nordeste. Tanto na área agrícola como na industrial deverá haver um reajuste de 5,5% do custo de mão-de-obra.

Espaço Agropacto Resumo da reunião de 16 de outubro de 2012 Tema: “Centrais de compras e vendas agropecuárias, uma alternativa para o aumento de renda para o produtor” Palestrantes: Senhores PAULO JORGE MENDES LEITÃO, Articulador de Agronegócios do SEBRAE/CE; LUCÍDIO NUNES DE SOUSA, SEBRAE de Limoeiro do Norte e KLING SIMÕES, Diretor Administrativo da CFRUTAR

O Sr. Coordenador Flávio Saboya inicio u a reun iã o pas s an do , imediatamente, a palavra ao Sr. Paulo Jorge Mendes Leitão, que iniciou explicando que a central de negócios era uma ideia criada pelo Sebrae par a fo r ta lec er o pequ en o empresário, através da união de esforços. Disse que existiam nos

s uper m er ca dos a tu a lm en t e, 3 0 centrais, com 438 associados, 485 lojas, gerando 15 mil empregos. A partir dos supermercados, entraram outros setores, tais como: farmácia (550 associados com 1.740 empregos diretos), material de construção (duas centrais, 36 empresas associadas, 41 lojas e 410 empregos), além de óticas,

pet shops, escolas particulares, etc. A partir dessa experiência, foi iniciada a CFRUTAR, no Tabuleiro de Russas em 2011, com sete módulos de impla n ta çã o e h oj e pos s ui 4 1 empresas na região e outras na intenção de serem trabalhadas. Disse que a central busca fo rmas de organização de pequenos negócios baseados no associativismo e no conhecimento; e que a central de negócios é uma entidade de base associativa, formada por empresas ou produtores, voltada para a busca de soluções conjuntas de interesse econômico, com foco no mercado em que atua. Como principais objetivos: compras conjuntas, serviços de consultoria e capacitação, melhores condições para linhas de crédito, melhor design, desenvolvimento de marcas e embalagens. Vantagens em participar de uma central de negócios: maior poder de negociação nas ações de compra de produtos e serviços; ganho de escala para realização de v en da s c on j un ta s; so lu ç ão de problemas operacionais e de gestão (finanças, estoque, armazenamento,


RH, etc.); qualificação profissional dos produtores e colaboradores; Facilidade de penetração no mercado devido à marca da central; aumento da qualidade de produtos/serviços; acesso às novas tecnologias com menor custo; troca de experiências entre os produtores do setor. Tendo como resultados: aumento das vendas; aumento da oferta de produtos/serviços; geração de emprego s ; au m en to de produtividade; redução de custos operacionais; produtores associados mais competitivos; ampliação de mercado; aumento da margem de lucro. Mostrou a constituição jurídica de uma central de negócios e ressaltou que criar uma central de n egóc io s é u m t ra ba lho de construção de médio prazo, que exige participação de grupo, troca de experiências, debates, iniciativas e muita vontade de construir em conjunto. Falou da Unidade Pecuária Iguatuense, onde 26 produtores nos municípios de Acopiara, Icó, Iguatu, Jucás e Quixelô uniram-se para trabalhar a assistência técnica, com o o bj et ivo de pr o mo ver o desenvolvimento da cadeia pecuária e de seus associados, em seus a spec to s , técn ico s, lega is , gerenciais, de recursos humanos, econômicos e financeiros. Através da compra de insumos, implantação de no va s t ec no logia s ( pa st o rotacionado, inseminação entre outras). E desde o ano de 2009 vem realizando parceria com o SEBRAE/CE, na realização de ações que contribuem para o atingimento dos objetivos das instituições e a realização de compras de insumos para os produtores da associação. Agradeceu a atenção e passou a palavra ao Lucídio Nunes de Sousa, que apresentou a Fruticultura do Vale do Jaguaribe-Ce, CFRUTAR, Central de Frutas Tabuleiros de Russas, uma experiência exitosa, fez um breve histórico e relatou as a çõ es des env olvidas c om o s seguintes focos: redução de custos, melhoria da qualidade das frutas e inserção no mercado. Em relação à pro du çã o e ao ma nejo : acompanhamento sistemático da cultura e do controle de pragas e doenças (consultoria especializada), constantes análises, entre elas, a de solução de solo, visando monitorar as carências e/ou excessos de nutrientes, o que reduziu em média 30% dos custos com adubação; reuniões mensais com consultor para monitorar as áreas cultivadas; fitossanidade: consultorias para o controle da mosca-das-frutas. Em gestão: consultorias dirigidas para a organização e desenvolvimento de controles e rotinas gerenciais para

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a CFRUTAR e criação da marca da central. Em associativismo e mercado: consultorias em associativismo para consolidar a prática das compras e vendas conjuntas; compras: 60 ton/ mês de adubos; vendas: elevação de 71% (0,70kg - 1,20 kg) num período inferior a 01 ano (nov-2011 a out2012); participação em feiras e rodas de negócios dentro e fora do Ceará. Evoluiu de oito para 41 fruticultores. CFRUTAR; local: Distrito de Irrigação Tabuleiros de Russas. Número de fruticultores = 41, cultura = goiaba paluma, mamão e uva, área cultivada = 2 74 ha, pr oduç ã o at ua l c om er cia liza da = 10 0 t on /m ês , produção estabilizada dos 250 ha em 3,5 anos = 1.718 ton/mês ou 20.616 t on /a no (86 ca rr a da s/ mês) , faturamento bruto daqui a 3,5 anos = R$ 1,374 milhão/mês ou RS 16,492 milhões/ano. Investimento para a implantação da cultura = R$ 4,5 milhõ es (r ecu rso s pró prios e de terceiros), 500 empregos diretos (fixos e temporários). As perspectivas: atingir 400 ha em 2013, implantar uma agroindústria da CFRUTAR, consolidar um polo produtor de goiaba, uva e a ba ca te no Vale do Ja gua ribe. Influência regional: política de preços da goiaba localmente e em outros projetos irrigados da região, atração de grandes redes de supermercados (Pão de Açúcar, Mercadinhos São Luiz, Pinheiro, Supermercados, Queiroz, Rebouças e outros – CE e RN), apoio aos sócios na comercialização de outras frutas (uva, laranja, mamão, etc.). Agradeceu a atenção de todos. Em seguida, o Sr. Kling Simões disse que na região a ideia da central de negócio iniciou com a decisão de fazer uma poda programada da goiaba, da uva, etc . o o bj et ivo f oi de r eun ir o s produtores para compra de insumos, ma nejo da cu lt ur a, m elho ria da qua lida de e exper im ent os , co mercializa ção da produçã o da “Goiaba do Chapadão”. Ressaltou que a ideia estava dando certo, porque a dec is ão de c ria çã o pa r tiu do s produtores. Mostrou diversos vídeos, detalhando a experiência do Tabuleiro de Russas em relação à central de n egóc io s. Rela çã o de cu rs os da CF RUTAR: Co nsu lt oria U ran dir – SEBRAE, para a Central de Frutas CFRUTAR, V Módulo realizada no dia 15 de Agosto de 2011. Consultoria Urandir – SEBRAE para a Central de Frutas CFRUTAR, VI Módulo, realizado no dia 29 de Agosto de 2011. Consultoria Adolfo Moura – SEBRAE – Pacote Tecnológico, realizado no dia 26 de Setembro de 2011. Consultoria Urandir – SEBRAE para a Central de Frutas – CFRUTAR, realizado no dia 16 de Novembro de 2012. Consultoria Adolfo Moura – SEBRAE para Central de F ru ta s, r ealiz ado no dia 21 de

Novembro de 2011. Colocou-se à dis po siç ão par a qua lquer esclarecimento. Debates O Sr. Coordenador Flávio Saboya abriu os debates, perguntando se existia uma entidade que era comum a todos a classificação, embalagem e dis tr ibu iç ão , bem c om o a industrialização de produtos que não vão in natura para o comércio. Falou sobre o sério problema com a cultura do caju, cujos produtos são voltados para exportação, inclusive em relação aos defensivos não reconhecidos pela Anvisa. Passou a palavra ao Sr. Francisco Zuza, que elogiou o foco das centrais de negócios na cadeia pro du t iv a e f ez a lgu ma s considerações, entre elas, reflexões sobre o que esperar como resultado dos 87 mil hectares de agricultura irrigada existentes no Estado do Ceará. O Sr. Erildo Pontes disse que o modelo era muito bom e o corpo técnico envolvido levava ao bom resultado. Teceu ainda considerações a respeito de sua preocupação com as doenças que atacam as frutas, como na citricultura, na cultura da manga, da goiaba, etc. Para as respostas, o Sr. Kling Simões falou dos t rabalhos r ealizados e das providências tomadas em relação aos nematóides, à mosca da fruta, que eram necessários pelos mil hectares plantados de goiabeiras no Tabuleiro de Russas, para atender demandas de agroindústrias de grande porte e aquele era um dos seus objetivos; que das onze fábricas de polpa fria da região, disse que só conseguia atender três; que o decreto para uso dos defensivos agrega várias culturas com registros insuficientes numa só categoria, por exemplo, frutas com cascas comestíveis (goiaba, caju, etc.). O Sr. Lucídio Nunes destacou a palavra do Sr. Francisco Zuza quanto ao foco nas cadeias produtivas; que o trabalho personalizado necessitava de profissionais permanentemente; que tem como se sustentar, do ponto de vista financeiro, vez que 2% do v alor da pr oduç ão da á r ea do produtor era repassado, havia uma taxa fixa e uma variável. O Sr. Coordenador falou do produto simples e acessível para agilizar o processo quanto aos defensivos, era o enxofre e não estava nos rótulos dos produtos comerciais e foi negado a qualquer tipo de trabalho formal por parte da SDA tendo aquele elemento como base foi suspenso até que fosse devidamente reconhecido. Agradeceu pela at en ç ão de t odos , ao s palestrantes pelas apresentações, agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião.



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