Jornal Agropacto - Semana 25 a 31 de julho

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Informativo Semanal Ano 16 - Nº 669 - 25 a 31/07/2012 16 anos

EDITORIAL

Agricultura europeia mais verde(*) Em me io à cr ise q ue a ssola v ár ios p aí se s E o “esverdeamento” dos subsídios é uma saída europeus, a escalada do desemprego, a falência de inteligente para fomentar cada vez mais a adoção de bancos e preços baixos de produtos como leite, a práticas sustentáveis, não via créditos facilitados, União Europeia discute a reforma da Política Agrícola como é o caso do Plano Agricultura de Baixa Emissão Comum (PAC). Diferentemente de como o Brasil de Carbono brasileiro, mas via pagamentos diretos constrói sua política para a agricultura, na Europa aos produtores. e sse assunt o não é m e ra me nt e um a p ol ít ica Desde 2009 a categoria de pagamentos verdes econômica voltada para incentivar a no PAC foi ampliada. Passou a envolver produção de alimentos. práticas que melhorem a conservação do As distorções de Os bilhões de subsídios dados aos meio ambiente, reduzam emissões de comércio geradas produtores europeus significam muito ga ses d e e fei to estuf a, consi der em ma is d o que pr od uzi r ca rnes, le it e, pelos bilhões de euros práticas elevadas de bem-estar animal queijos, vinhos, hortaliças, frutas, mas e a ti vi da d es com b ene fí ci os a o que regam a sim , conser va r o m ei o am bi ente , a agroambiente. Na prática, os produtores agricultura europeia a gr ícol as g er am b e ns p úb li cos que paisagem bucólica que faz parte da vida d os e ur op eus, g e ra r em pr eg os, já foram questionadas interessam a toda a sociedade, e, por impostos, renda, e, em tempos de crise, isso, recebem subsídios verdes desde na Organização atrair os jovens para o campo e gerar que adotem essas ações. Mundial do e mp re gos que r ef or ce m o p ap el d a As di scussões sobr e subsíd ios agricultura na vida dos europeus. verdes na reforma da PAC envolvem Comércio, e algumas A d if er ença b ási ca d os p la nos múltiplos interesses. Se de um lado reformas ajudaram a deixar de produzir em certas áreas gera agrícolas na Europa e no Brasil é a forma diminuir o montante benefícios ambientais, em outras pode de suporte dado ao produtor. Enquanto aqui todos esperam para saber o volume gerar impactos sócio-econômicos. de subsídios de recursos e qual a taxa de juros para Quais as exigências para a rotação proibidos. os empréstimos, lá se discute qual será de culturas? Os países deverão adotar o t am anho dos subsíd i os q ue os um critério de conservação de 7% ou 3% produtores receberão para produzir e, por vezes, de cada propriedade como áreas de foco ecológico? para deixar de produzir. Todos os países do bloco devem seguir os mesmos As distorções de comércio geradas pelos bilhões r eq ui si t os? A ad oçã o de al guma s p rá ti ca s de euros que regam a agricultura europeia já foram consi de ra d as v er de s q ua li f ica di re t am ente os questionadas na Organização Mundial do Comércio, produtores? Não há clareza sobre como funcionarão e algumas reformas ajudaram a diminuir o montante os sub síd ios v er de s e q ual o m ont ante de sses de subsídios proibidos. No entanto, como existem recursos. Fala-se em quase 16 bilhões de euros por subsídios permitidos, a mudança de recursos para ano. categorias que em princípio não criam distorções no A despeito das incertezas, é válido destacar que, comércio é uma realidade. se os produtores europeus forem obrigados a cumprir

EDITORIAL

FIQUE SABENDO

 Agricultura europeia mais verde

Crescem as vendas de leite UHT

Páginas 01 e 02

PEQUENAS NOTAS Página 05

NOTÍCIA DA CNA  CNA: Brasil pode colher 82 milhões de toneladas de soja na safra 2012/2013

 Internacionalização da China abre oportunidades ao Brasil  Síria busca açúcar financiamento é difícil Páginas 03 e 04

do

Brasil;

Página 04

ESPAÇO DO AGROPACTO Resumo da reunião do dia 24/07/2012 Páginas 05 e 06

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO


16 anos Nº 669 Órgão de divulgação de assuntos de interesse do Setor Agropecuário e do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense. Coordenação e Elaboração: Gerardo Angelim de Abuquerque - Chefe de Gabinete da FAEC Coordenador Geral do Agropacto: FLÁVIO VIRIATO DE SABOYA NETO (Presidente da FAEC) Membros do Comitê Consultivo: Setor Público Evandro Vasconcelos Holanda Júnior - Embrapa Caprinos e Ovinos João Hélio Torres D'Ávila - UFC José Alves Teixeira - BNB Lucas Antonio de Sousa Leite - Embrapa Agroindustria Tropical Paulo Almicar Proença Sucupira - BB Raimundo Reginaldo Braga Lobo - ADECE Setor Privado Alderito Raimundo de Oliveira - CS da Cajucultura Álvaro Carneiro Júnior - CS de Leite Cristiano Peixoto Maia - CS do Camarão Edgar Gadelha Pereira Filho - CS da Carnaúba João Teixeira Júnior - CS da Fruticultura e UNIVALE Paulo Roque Selbach - CS. Flores Vinícius Araújo de Carvalho - CS do Mel Carlos Prado - Itaueira Agropecuária Francisco Férrer Bezerra - FIEC João Nicédio Alves Nogueira - OCB/CE Luiz Prata Girão - BETÂNIA Paulo Jorge Mendes Leitão - SEBRAE-CE Secretária: Teresa Lenice Nogueira da Gama Mota Kamylla Costa De Andrade Editoração Digital: Brunno Carvalho Helena Monte Lima Taquigrafia: Irlana Gurgel Patrocínio: BANCO DO BRASIL S/A BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A SEBRAE/CE

CONSULTA Para maiores esclarecimentos sobre as informações aqui divulgadas, favor comunicar-se com a SECRETARIA EXECUTIVA DO PACTO DE COOPERAÇÃO DA AGROPECUÁRIA CEARENSE. Endereço: Rua Edite Braga, 50 Jardim América - 60.410-436 Fortaleza - CE Telefones: (0xx85) 3535-8006 Fax: (0xx85) 3535-8001 E-mail: agropacto@faec.org.br Site: www.agropacto-ce.org.br

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com certos requisitos ambientais, como a ideia de manter 3% ou 7% da propriedade conservada, eles receberão subsídios para tanto. Essa exigência poderia ser com pa ra d a à ob ri g ação d a R eser va L eg al no âm bi to d o Código Florestal. No entanto, a lé m dos re qui si tos se re m infinitamente menores, discutese que essa s ár ea s pode rã o i ncluir pa st ag e ns, cul tura s perenes para bioenergia e áreas cul ti va da s sem f er t il izante s nitrogenados. D iscute -se ai nd a se os produtores que já adotam boas práticas agrícolas, como produção d e or gâ nicos, ou cump re m r eq ui si tos de ce rt if icaçõe s e p ad rões p ri va dos, p od er ia m a ut om at icam ente r eceb er os subsídios, afinal, já são verdes! I nd ep end ente m ente da crise e das intensas discussões sob re como d e ve m ser os subsídios verdes, é visível que a Uni ão Europeia dese nha suas políticas agrícolas pautada pelo conceito de agregar valor aos seus produtos mediante ações de baixo impacto ambiental. É uma forma inteligente de dar subsídios “não condenáveis” e

justificá-los na medida em que incentivar essas ações significa gerar bens públicos. No Brasil, os novos recursos para adoção de práticas de baixo carbono do Plano Safra 2012/ 2013 são apenas o começo. E na f or ma de e mp r ésti m os. A discussão séria sobre pagamento por se rv iços a mb ie nt ai s, p el a vegetação nativa na forma de Áre as de Pre ser va çã o Permanente e de Reserva Legal, p el o ca rb ono no sol o, p el a biodiversidade, pela água, pela paisagem, e todos os benefícios q ue os pr od ut or e s br asil ei ros g er am m ane ja nd o se u a gr oa mb ie nt e de form a sustentável é um enorme desafio para o Brasil. Considerando apenas o fato d e que no Br asil a s f azenda s possuem vegetação nativa, sem entrar na discussão de passivos d ia nt e do a nt iq ua do C ód ig o Florestal, é possível imaginar o d if er enci al d e e xt er na li da de s p osit iv a s ge ra d as no cam po. Cabe a nós criarmos as políticas necessá ri as p ar a i ncenti va r e valorizar esses ativos e mostrar ao mundo o quão verde é nossa agricultura.

(*)Rodrigo C.A. Lima, advogado,gerente-geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone).

PRODUTOR RURAL: Pague a Contribuição Sindical em benefício da manutenção do Sistema Sindical Rural


Fique Sabendo Crescem as vendas de leite UHT

D ep oi s de r eg istr ar um crescimento de vendas de 6,7%, em 2011, a indústria de Leite Longa Vida (UHT) já consegue p re ve r, com a anál ise dos primeiros meses de 2012, um bom desempenho, também, para este ano. A expectativa é de que as vendas cresçam entre 3% e

4%, pouco acima do PIB, e que a produção ultrapasse a marca de 6 bilhões de litros. “O setor tem presenciado um aumento de consumo médio do leite UHT em todo o País, acima da média d os l ácte os em g era l”, di z o presidente da ABLV – Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida, Laércio Barbosa. O setor, no entanto, se desdobra para absorver os aumentos nos preços da matériaprima e a consequente queda na rentabilidade da indústria. O relatório anual da ABVL de 2011 aponta aumento de 6,7% (5,81 bi lhõe s d e lit ros contr a os 5,45 bilhões de 2010). O leite UHT foi o maior responsável pelo crescimento

de 4,2% do mercado total de leite de consumo, do qual ainda fazem parte os segmentos de leite em pó (+ 4,3%) e leite pasteurizado e leite pasteurizado (- 3,8%). O faturamento da indústria fechou em mais de R$ 10 bilhões. De acor do com as explicações do diretor executivo da ABVL, Nilson Muniz, os setores de leite longa vida e em pó se “bene ficiaram do aumento de r enda da p op ul ação, particularmente, das classes mais baixas, que passaram a consumir um volume médio maior ”. Em 2011, o market share do leite longa vida foi de 78,2% e o do leite pasteurizado, de 21,8%.

Internacionalização da China abre oportunidades ao Brasil

Neste junho acontece u o vigésimo segundo encontro anual de agrone gócios, al imentos e bioenergia, congregando cerca de 400 empresários em Shanghai, China. Ir à China cansa fisicamente pela distância, mas cansa mais ainda int elect ualme nte, p ela distância de velocidade com a qual as coisas estão acontecendo e o volume de informações recebidas. Na volta, existe a nítida sensação que o mund o de cá anda em câmera-lenta. Serão diversas análises feitas ao leitor da Folha, sendo esta primeira sobre as mudanças que impactam as indústrias chinesas de alimentos, principalmente as oportunidades e os desafios. Em termos de oportunidades, o crescimento da população chinesa está estimado em 1,4 bilhão em 2015; 1,45 em 202 0 e 1 ,5 b ilhão de consumidores em 2030, quando deve se estabilizar. Outro fato é a

evolução da urbanização, que vai de 55% em 2015 para 60% em 2020 atingindo incríveis 70% em 2030. Isto sig nifica quase 300 m ilhões de pessoas i ndo do camp o para as cidades. A renda per capita evolui de US$ 5,5 mil em 2015 para US$ 15 mil em 2030. O impacto calculado destes fatos é que o consumo per capita de carnes pula de 57,3kg/hab em 2015 para 68,6kg/hab em 2030. Simplesmente quase 12 quilos a mais por Chinês, abrindo amplas oportunidades. Interessante compartilhar com o leitor os resultados a experiência de moderar um workshop com quinze das maiores empresas de suínos e aves da China. Quando perguntados quais são os desafios principais, foram os seguintes listados: custos e qualificação de mão-de-obra, que cresceram 30% nos últimos dois a três anos, novas regulamentações Gov ernam entais refe rente s à segurança do alimento (a China é famosa em contaminações) estão elevando os custos de produção e restringindo componentes utilizados nas rações. Pela concentração da produção, doenças e epidemias se espalham rapidamente. Existem também pressões cada vez mais fortes pela sustentabilidade, em como conciliar o crescimento necessári o com a restrição de recursos e as questões ambientais. Outras preocupações envolvem a volatilidade do mercado de grãos

(com ponent es das raçõe s), logística no interior, o crédito insuficiente e ainda a política agrária. As políticas governamentais de d esenvolvimento urb ano avançam sob re área s de agri cultur a, tra zendo mais competição por terra. Fora isto, exi ste a mplo d ebate sobr e a contaminação e a disponibilidade de águas e solos na China. A b oa me nsage m par a a produção brasi leira é que os custos de produção sobem muito na China também, bem como o consumo. Estes fatos levam os empr esários chineses a dest acarem a nece ssidad e de internacionalizar cada vez mais suas empresas, e aqui abrem-se as oportunidades ao Brasil, em receber estes investimentos para abastecer parte do mer cado chinês com os excedente s de alimentos aqui produzidos. A m ensa gem d ada aos chineses é que não é necessário com prar t erras, mas sim originação (redes de suprimento) de produtos no Brasil. Após vinte dias, chega-se cada vez mais a conclusão que a China fascina. (*) Marcos Fava Neves é professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP

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Fique Sabendo Síria busca açúcar do Brasil; financiamento é difícil

O órgão estatal de importação d e açúcar da Sír ia di sse que pretende comprar 25 mil toneladas de açúcar bruto do Brasil da trading Bung e, m as p robl em as de financiamento podem atrapalhar o negócio. “Nós estamos buscando abrir uma carta de cr édito para esta

quantia. Se o negócio prosseguir, nós esperamos que o volume seja carregado em Santos”, disse um funcionário, que pediu para não ser i de nt if icad o, r e fe ri nd o- se ao p ri ncip a l port o b ra si le i ro p ar a embarque de açúcar. Ele disse que o açúcar seria comprado da Bunge. U m por ta -v oz da e m pr esa norte-americana em Genebra disse que “por enquanto não comentamos ou conf i rm am os cont ra tos com er ci a is, a Bunge ex port a commodities agrícolas para a Síria em acordo com todas as sanções econômicas aplicáveis pela lei, que autorizam a venda de alimentos p ar a a est es p aí se s p or r azõe s humanitárias.”

A União Europeia, os Estados Unidos e outros países ocidentais impuseram sansões ao governo de Assad em resposta à repressão violenta a uma revolta popular que dura 16 meses. Mesmo que as medidas não tenham alimentos como objetivo, o congelamento das finanças tem prejudicado a habilidade da Síria de importar gêneros alimentícios incluindo carregamentos de grãos e açúcar. O ut ro ofi ci al sí ri o ci tou d if icul da d es e m encontr ar um banco para abrir uma carta de crédito como problema potencial ao negócio.

Notícia CNA CNA: Brasil pode colher 82 milhões de toneladas de soja na safra 2012/2013 Presidente da CNA lembra que cenário externo e medidas oficiais de apoio ao setor garantirão aumento da produção brasileira A comercialização de insumos no Br asil , em espe ci al d e fertilizantes, sinaliza que a área plantada com soja, na safra 2012/ 2013, que começa a ser cultivada em meados de setembro, será de 2 7 mi lhões d e hecta r es, com a um ento d e dois m il hões d e hecta re s e m re l ação à sa fr a a nt er ior. A a va li ação é d a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasi l (CN A), que estima colheita de 82 milhões de toneladas de soja no ano-safra. “O cenário externo favorável em termos de preços e as medidas de apoio anunciadas pelo Governo federal estimularão o plantio”, a fi rm a a p re si d ente da C NA, senadora Kátia Abreu. Ela alerta, no entanto, que a confirmação da previsão depende das condições climáticas durante o período de p la nt io, de se nv ol vi me nt o e colheita das lavouras. O aumento dos preços das commodities agrícolas no exterior vai influenciar de forma positiva o

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plantio das lavouras de grãos e fibras no Brasil, na safra 2012/2013, com colheita de cerca de 176 milhões de toneladas. Os contratos futuros d e soja na Bol sa d e C hi ca go, referência de preços para muitas commodities agrícolas, atingiram nív ei s re cor de s, se nd o que o contrato com vencimento em agosto subiu 10,2% somente na média dos p re gões r e al izad os na sem ana p assa da . As not í ci as sob re a s condições climáticas nos Estados Unidos têm influenciado de forma muito intensa o mercado, deixandoo volátil. Apesar do cenário externo, a expectativa de plantio não é tão otimista para o milho quanto para a soj a, p oi s, no Bra si l , as d ua s cul tura s di sp uta m espa ço, especialmente na região Centro-Sul. Nessa região, a expectativa é de queda de até 10% na área plantada com milho de verão na safra 2012/ 2 01 3 em r el ação a o pe rí od o a nt er ior. A p re sid ente d a CN A explica que a preferência pela soja

é justificada pela maior liquidez, menor custo e maior facilidade na obtenção de créditos, além da rentabilidade, que sinaliza ganho líquido médio de R$ 25,00 por saca de 60 quilos na safra 2012/ 2013. Para a safrinha de milho, t am bé m há ex pe ct a ti va d e redução da área plantada, para 6,2 milhões de hectares, com p ot enci a l de p r od uçã o de 3 4 milhões de toneladas na região Ce ntro-Sul . Somad as a s duas safras, a produção nacional de milho poderá somar 68 milhões de toneladas, com queda de dois m il hõe s de t one la d as na com pa r ação com o v ol um e produzido na safra 2011/2012. A CNA lembra que, se confirmadas as estimativas, o cenário é de preocupação para os produtores de aves, suínos e leite, em função da perspectiva de aumento dos custos de produção.


Pequenas Notas Cientistas de todo o mundo sequenciam o genoma da banana: Uma equipe internacional de cientistas, liderados por pesquisadores franceses, anunciou o sequenciamento do genoma da banana. Segundo eles, 91% do código genético da fruta já foram decifrados, o que servirá de referência para outros cientistas no futuro. Angelique D’Hont, que chefiou os 18 grupos responsáveis pelas pesquisas, afirmou que mais de 36 mil genes foram encontrados nos 11 cromossomos da banana. De acordo com ela, para sequenciar o DNA da fruta foi necessário explorar a história evolutiva da banana e a sua relação com outras plantas. Existem mais de mil variedades de bananas conhecidas. Essa fruta, que é cultivada desde os primórdios da agricultura, possui uma forma de nomenclatura única e faz parte da dieta de milhões de pessoas em todo o mundo. Mas você sabia que a bananeira não é uma árvore? Segundo cientistas, a planta da qual colhemos bananas é uma erva gigante. Exportações do agronegócio: As exportações do agronegócio atingiram a cifra recorde de US$ 10,26 bilhões em maio. O resultado expressivo representou uma elevação de 21,2% em relação a maio do ano passado. As importações de produtos do agronegócio, por outro lado, tiveram diminuição de 14,1%, contra registros de US$ 1,34 bilhão em aquisição do exterior. O saldo comercial dos produtos do agronegócio ficou em US$ 8,92 bilhões. Preços dos queijos subiram no atacado: Segundo levantamento da Scot Consultoria, no atacado, os preços dos queijos subiram na primeira quinzena de julho. Considerando o grupo de queijos pesquisados, em relação à primeira quinzena de junho, a valorização foi de 2,5%. O queijo gorgonzola liderou a alta. O quilo do produto está cotado, em média, em R$24,92. Uma alta de 11,3% em relação à primeira quinzena de junho. Na comparação com a primeira quinzena de julho de 2011, a valorização foi de 7,3%. No inverno, o consumo de queijos tende a aumentar.

Espaço Agropacto Resumo da reunião de 24 de julho de 2012 Tema: A Visão da Agroindústria e do Segmento Produtivo do Caju no Vietnã Palestrante: JOSÉ ISMAR PARENTE, Engenheiro Agrônomo, Assessor Técnico da SECITECE

O Sr. C oor de na dor Flá vi o Sab oy a ab ri u a re uniã o cumprimentando os presentes e p assou, im ed ia ta m ente , a p al av ra ao p al e st ra nte , que iniciou agr adecend o o convite p ar a fa ze r a e xp osição no Agropacto sobre sua estada no Vietnã, numa missão composta por duas pessoas da SECITECE e uma do CNPq para participar do e ve nt o G ol de n C ashe w Associat ion. Os antece dentes: Proje to Inte rca ju, C onta tos VIN AC AS, Gold en C ashe w

Rendezvous 2012 , Interesse na Agroindústria do Caju do Vietnã. M ostr ou um gr á fi co com os principais produtores de castanhad e- ca j u de 2 0 09 a 20 11 , destacando a África, com 900 mil toneladas em 2011, enquanto o Brasil alcançou perto de 200 mil. Mostrou, ainda, a distribuição da produção de caju do mundo e a concentração da produção de caju no Vietnã, bem como a evolução da produção de 1990 a 2012, com pico em 2007. Algumas constatações feitas no setor agrícola: pequenas propriedades, agricultura familiar, material melhorado e produtividade de < 1 t/ha, castanha uniforme e de qualidade, maior número inicial d e pl ant as/hect ar e, solos e precipitação adequados, manejo nas pequenas propriedades e ATER, com pe ti çã o com cul t ur as m ai s r entá ve is, re dução d a ár ea d e caj ue ir o, de sp er dí ci o t ot al d o pedúnculo, baixa renda média dos

produtores. Em seguida, fotos da sub st it ui ção d e ca j ue ir o por ser ingue ir a e de poma re s ordenados foram apresentadas. Principais países exportadores de Amêndoa da Castanha de Caju – ACC : Índi a , Vi et nã , Bra si l e Holanda. Constatações no setor industrial: VINACAS como indutor de desenvolvimento, mais de 70 fábr icas de proce ssament o de casta nha, cer ca de 29 0 e xp or ta d or es d e ACC , com reflexos no controle de qualidade e nos p re ços, indústr ia s com d iv er si f icação de ne góci os, p roce ssa me nt o f am i li ar / coope ra ti vo e ev ol ução d a me canizaçã o/a utomação-80 %, núm er o d e em pr eg os muit o variável, direção das empresas p or v ie t na mi ta s. Ge stã o da s e mp re sa s, ne ce ssi da de de importação de castanha - 50%, países importadores ACC: + 60: EUA, UE, China, Austrália, Japão

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Holanda, Canadá, Oriente Médio, Tai lâ nd ia , Si ng a pura , cr éd it o a pe rt ad o, j ur os e le va dos e l im it ad a ca pa ci da de de f inanci a me nt o d as e m pr esas. Diversas fotos da produção de castanha de caju no Vietnã foram m ostr ad a s aos pr e se nt es. D esaf ios d o se t or a g rí cola : melhorar a produtividade com v ar ie da de s d e al ta pr od ução, adequado manejo e diversificação de culturas – 2 t/ha, melhorar a produtividade com variedades de alta produção, adequado manejo e diversificação de culturas – 2 t/ ha, desenvolver novas variedades ad ap ta da s a cli ma e solos de r eg iões, est im ul ar as a gr oi nd úst ri as a i nve st ir e m culti vos d e nova s v ari ed ade s, apoiar com incentivos plantações no Camboja e no Laos, elevar a renda do produtor via adequada ATER e t ra nsf er ência de te cnol og ia, a lcançar e m 20 20 produção de castanha-de-caju de 700 mil, toneladas e importar a pe na s 20 0 mi l t onel ad as. D esaf ios do set or indust ri al : reduzir a dependência externa de matéria prima – 50%, evoluir na transição: uso de mão-de-obra, a va nço na m ecanização/ automação, melhorar a higiene e seg urança al im enta r, re nova r m áq ui na s e e quip a me nt os, m el hora r a t ecnol og ia de p roce ssam ento, a um enta r o consumo interno de ACC de 5% para 7%, promover marcas de produtos vietnamitas-indicação ge ogr áf ica , p rocessam ento de produtos com valor ag regado, crédito e juros, processar 900 mil t de castanha e produzir 200 mil t de AC C. Fina li zou sua a pr esenta çã o ag ra de ce nd o a atenção de todos e colocando-se à d isposi ção p ar a esclarecimentos. Debates O Sr. Coordenador deu início a os d eb a te s de st a ca nd o a compa ração Bra sil /Viet nã em relação a clima, produtividade, etc. perguntou qual o preço em d ól ar a nív el d e pr od ut or. M anif esta ra m- se dura nt e o d eb at e: D ep ut a do R ai mund o Gomes de Matos, perguntando como surgiu a VINACAS e qual a relação dela com o Governo; Sr. Evi lá si o, p er gunt ando com o poderia ser trabalhado no Brasil em se ter uma instituição que congregasse de forma objetiva a a lt a pr od uti vi da de ; Sr. J oã o Pratagil, refletindo sobre o futuro

da cajucultura brasileira, diante dos núm er os ap re se nta dos. O Sr. p al estr ant e re sp ond eu q ue e m relação a preço ao produtor, hoje estaria entre um dólar e um dólar e vinte centavos; que o tempo não p er mi ti u a pr of und ar al guma s q ue st õe s bá si cas, ma s em economias centralizadas o que fazia funcionar era a coletivização, que a cont ece u no Vi et nã ; q ue a s associações estavam presentes e a VIN AC AS e ra i nd ut or a da organização da produção e do setor industrial. No segundo bloco de perguntas, o Sr. João Batista Ponte d esta cou a r enda g e ra da p el o aproveitamento do pedúnculo do caju na produção do Vietnã, bem como, a preocupação daquele país e m di mi nui r as i mp ort açõe s e aumentar a produção por hectare. Perguntou qual a instituição de pesquisa pr edom inante naque le Paí s e a v ar ie da de de clone s e xi st e nt e, e ntr e out ra s observações. O Sr. Erildo Pontes a chou b r il ha nt e a i ni ci a ti va d o Agropacto em convidar técnicos p ar a comp a rt il ha r ex p er iê ncia s vividas em missões. Falou que a evolução da cajucultura cearense dependia de melhor produtividade e p od er i a fa ze r, ta mb ém , associ ações com cult ura s como melão, milho, etc. O Sr. Aníbal Arruda l em br ou q ue a casta nha representava 15% do peso do caju e que ap rove ita va o p ed únculo com o ra çã o p ar a tod o ti po d e animais. O Sr. palestrante disse que a tarefa de dedicação à cajucultura e ra á rd ua; q ue nã o ha vi a aproveitamento de pedúnculo no Vietnã; que ali existiam institutos de pesquisa, mas boa parte dela era realizada pelas universidades; que havia compromisso do setor industrial para com o produtor. O Sr. João Pratagil disse que ficou clara a existência de governança e um plano de metas para os setores agrícola e industrial e no Brasil falta coe rê ncia e a poi o pa ra t od o o p roce sso ne ce ssár io p ar a o desenvolvimento da cajucultura. For am f ei ta s d iv er sa s consi de r açõe s p el os úl ti mos p ar ti ci pa nte s, e nt re el es: Sr. Francisco José (Franzé) sugeriu convidar o Dr. João Pratagil para fazer palestra sobre a perspectiva da cajucultura no Brasil e no Ceará; O Sr. Normando Soares constatou que existia um paradoxo em relação a o ca ju no C ea rá , e m que aumentava a área de produção, m as d im inuí a a p roduti vi da de . Cl amou a o D eputa do Rai mundo

G om es d e M at os q ue de sse f unci onam ento ao Funca ju, porque pesquisou nos anais e constatou que aquela era a 31ª r euni ão no Ag ropa ct o sobr e cajucultura. O Sr. Antonio Bezerra Pe ixot o di sse que o el emento f unda me nt al no pr ocesso d a cajucultura era o produtor. O Sr. Araripe anunciou a importância do Ca juNorde ste , e di sse que o cajueiro era capaz de gerar muita renda e era preciso utilizá-lo de forma completa, não apenas a castanha. O Sr. Péricles (Cascaju) p ar ab enizou pe lo t r ab al ho d o p al estr a nt e e fe z a lg uns comentários, entre eles, que o Vietná há pouco tempo produzia apenas a metade da castanha q ue o Bra sil p roduzia . O Sr. Coordenador considerou que o Agropacto cumpriu sua missão de abrir espaço para a discussão, tendo como resultado que todos sairiam dali inquietos, refletindo por sol uções. De stacou que o Gover no do Est ado atendeu a solicitação do segmento produtivo disponibilizou 3 milhões de reais para substituição de copas de cajueiros e a FAEC tem a missão d e ap li ca r em t or no d e 50 % daqueles recursos, voltados para a m éd ia e g ra nd e pr od ução, ficando os out ros 50% com a SDA. Fri sou q ue se nt ia , claramente, o desinteresse do produtor naquele momento e que, a pe sa r do pr ogr am a e st á che ga nd o um pouco t ar de , d ei xa va uma m e nsag em p ar a continuação da iniciativa em 2013. O Sr. J osé Isma r fe z ai nd a a lg um a s consi de ra çõe s e forneceu respostas a respeito das p al av ra s d os úl ti mos perguntadores e em seguida o Deputado Raimundo Gomes de Matos fechou a reunião dizendo que a pre sentar ia proposta de uma audiência pública na Câmara Federal, com todos os segmentos da cadeia produtiva para discutir o Funcaju. O Sr. Coorde nador agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião.

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