Revista 562 - 5ª ed

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PROJETO 562




Revista 562 - 5ª edição. 2019.1 UFPI | Centro de Tecnologia Design gráfico: Arthur Pedrosa Rocha Carla Ohana de Castro Araújo Rewlysom Eduardo Oliveira Leite Disciplina: Projeto de Arquitetura III Docentes: Ana Rosa Negreiros Marcelo Barbosa Furtini Gráfica: Zênite Gráfica


APRESENTAÇÃO

Baseada na produção desenvolvida pela turma de Projeto de Arquitetura III da Universidade Federal do Piauí, a quinta edição da revista ‘562’, apresenta-se como uma coletânea dos 14 projetos desenvolvidos pelos discentes. Representando uma atualização em conceitos e soluções que refletem o empenho técnico e a criatividade projetual dos estudantes da disciplina. Esta, ministrada pelos professores Msc. Ana Rosa Negreiros e Dr. Marcelo Furtini, tem como base de estudo o desenvolvimento de uma edificação residencial, cujos parâmetros projetuais, assim como o terreno foram previamente determinados pelos docentes. Os projetos, feitos em dupla ou de modo individual pelos discentes, foram analisados detalhadamente pelas equipes responsáveis, as quais elencaram desde o conceito e o partido até plantas arquitetônicas com maior detalhamento. Além disso, com o intuito de aprimorar o caráter profissional nos trabalhos realizados, os discentes buscaram desenvolver uma representação gráfica tanto para a residência, como para o escritório responsável, a partir da formulação de conceitos e logomarcas análogas. dos organizadores

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Casa Jesuíta

Casa Jesuíta

06 08 14 20 26 32 38 44 50 56 62 68 74 80 86

INTRODUÇÃO Terreno e Perfil Familiar

CASA GIARDINO RAOS Arquitetura

CASA PRÁNA Escritório Andrade & Monteiro

ÂMAGO HOUSE 4D Arquitetura

DOMUS HOUSE Duo Arquitetura e Urbanismo

CASA HASH Drems Arquitetura

CASA ELO Studio AM

COSINESS HOUSE Autem Arquitetura

CASA TRÍA Agência M16

CASA PRATYAHARAH Carvalho e Couto Arquitetos Associados

CASA MEZZA LH Arquitetura e Urbanismo

CASA COBOGÓ Um Só Arquitetura

RESIDÊNCIA NEXO Ground Zero Arquitetura

ECO HOUSE Prisma Arquitetura

MAISON SÉDUIT Escritório Sevla. Gambiragi


SUMÁRIO


O TERRENO

O terreno se localiza no Centro, um dos bairros mais importantes da cidade característico pelo seu patrimônio histórico e arquitetônico e por concentrar atividades de comercio, serviços e administrativo, atraindo pessoas de toda a cidade e tornando-o um bairro muito movimentado durante o dia, já a noite, com suas atividades encerradas e sem muitos atrativos noturnos, o bairro se torna silencioso e quase deserto.

Com dimensões amplas e topografia quase plana, é um terreno de esquina entre as ruas Sete de Setembro e Benjamin Constant e atualmente funciona como um estacionamento. Mesmo se localizando numa zona comercial, sua vizinhança possui forte presença de residências, porém, em sua maioria ofertadas para aluguel, venda e até mesmo abandonadas. O gabarito é homogêneo, em sua maioria casas e comércios de 1 pavimento e o Instituto Dom Barreto é uma das únicas construções institucionais presente em seu entorno próximo, provocando um tráfego lento de carros nos horários de entrada e saída de alunos.

Zona Dimensões Área Recuo frente principal Recuo frente secundária Recuo fundo Recuo lateral

ZC 1 30m x 18m 540 m² 2,5m 1,75m 2,5m 0 ou 1,5m


PERFIL FAMILIAR

CLARA MACHADO 27 anos. Advogada desde os 22, atuanado com direito da família. Está grávida de 7 meses, seu nome será Ariel. Trabalha fora o dia inteiro e valoriza muito o tempo em casa. Adora boa comida e está sempre disposta a experimentar. Se for para sair, prefere viajar, conhecer novos lugares, colecionando tudo o que encontra. Aprecia a família e as amizades. Além de ser louca por gatos, é apaixonada por plantas ornamentais.

MARCOS UCHÔA 30 anos. Fotógrafo profissional desde os 19, trabalhando com foco em fotografia de eventos, preferindo editar suas fotos em casa, no aconchego. Apesar de tímido, adora interagir com seus amigos e cozinhar para as pessoas de quem gosta. E, por gostar muito de alimentos orgânicos, aprendeu a cultivar uma pequena horta. Costuma visitar museus, bem como casas de arte e cultura, além disso, também curte praticar yoga e é apaixonado por leitura.

QUAIS OS GOSTOS EM COMUM?

GATOS O Harry e a Hermione são os xodós do casal

MEDITAÇÃO Com conexão com a natureza e ao ar livre

PLANTAS Além das ornamentais, possuem uma horta

TECNOLOGIA Tudo que possa facilitar o dia-a-dia

LIVROS Adorariam ter um lugar próprio para seus livros

PRIVACIDADE Segurança de sua vida íntima na casa

O QUE PRIORIZAR? Cozinha bem equipada Tecnologia Área verde Harmonia Materiais rústicos Discrição Conforto

O QUE EVITAR? Barulho Áreas impermeáveis Cores fortes Exposição Casa geminada Interferências externas Áreas desperdiçadas

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RAOS Arquitetura

.escritório

Casa Giardino .projeto

Carla Ohana de Castro Araújo Paulo Augusto de Freitas Sousa .autores

172,25m²

.área construída

279,8m²

.área permeável

0,32

.índice de aproveitamento

28%

.taxa de ocupação 09


CASA GIARDINO

PARTIDO

CONCEITO

Através do foco nas áreas de convivência e jardins exuberantes, trazer para os moradores e visitantes da edificação a sensação de refúgio verde em meio ao movimento e concretado centro da capital piauiense. Os espaços são conectados por grandes aberturas de vidro e alumínio, assim como seu eixo inclinado, que traz maior integração aos ambientes da casa e seu entorno.

Teresina, Cidade Verde.

VOLUMETRIA

A cidade de Teresina é conhecida como cidade verde devido a sua grande cobertura vegetal, portanto buscamos destacar esse aspecto através de um projeto cercado de áreas verdes.

Na volumetria, partimos de dois volumes simples retangulares, um maior que o outro em comprimento. O de maior comprimento foi inclinado 63° no terreno de forma a se alinhar com o eixo Leste-Oeste e assim diminuir a incidência solar direta nas maiores fachadas da casa. A união deles se deu através de uma intersecção entre as extremidades.O segundo pavimento foi feito a partir de uma adição no volume de maior comprimento, criando um pequeno balanço na fachada oeste.

1 2

19

15

14 4

16

3 5

18

6

7

12 Planta baixa com layout - Térreo

17

10

8 9

13

Planta baixa com layout - Pavimento superior

11

19

Legenda: 1. Garagem 28,51m²; 2.Sala de estra/TV 24,31m²; 3. Cozinha 12,1m²; 4.Área de Serviço 11,8m²; 5. Banheiro Social 4,2m²; 6. Quarto de Visitas 8,4 m²; 7, Quarto dx Filhx 8,4m²; 8. Banheiro Suíte 4,2m²; 9. Suíte 21,93 m²; 10. Jardim Ínterno com Deck Rebaixado; 11. Área Social; 12. Piscina; 13. Pergolado e Redário; 14. Curadouro 11,28 m²; 15. Home Office 8,93 m²; 16. Passarela 3,9m²; 17. Biblioteca 10,99m², 18. Caixas d’Água 3,56m²; 19. Telhado Verde 75,14m².

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PROJETO DE ARQUITETURA III


SUSTENTABILIDADE

Teto Verde

Placas Fotovoltaicas Composteira

Parede Verde Cisterna

A sustentabilidade foi um aspecto que norteou várias decisões durante o projeto, como a escolha de materiais, o uso de técnicas construtivas e até soluções que interferem no dia a dia dos moradores promovendo uma maior economia dos recursos naturais. Na Casa Giardino, trabalhamos com teto e parede verdes que promovem a purificação da poluição urbana, absorsorvem a água da chuva e também melhoram o conforto térmico e acústico no interior da residência; placas fotovoltaicas para captar a energia solar e a transformá-la em energia elétrica, diminuíndo assim os gastos com a eletricidade da rede pública. A captação da água da chuva é feita através de um sistema de calhas que conduzem a água que cai sobre o telhado e a armazena em uma cisterna, essa água pode ser usada para tarefas domesticas e reduzir em até 50% o consumo de água em períodos chuvosos. Já a compostagem se trata de um processo biológico natural onde micro-organismos degradam resíduos orgânicos. Os benefícios da compostagem caseira são a diminuição do número de resíduos levado para aterros, reduzindo assim as emissões de metano e gastos com transportes, além do adubo que pode ser utilizado em hortas e jardins.

1 Grama 2 Irrigação 3 Substrato (10cm) 4 Manta filtrante e anti-raiz (0,5 cm) 5 Argila Expandida (8 cm) 6 Contra Piso (5 cm) 7 Manta de impermeabilização ( 0,15 cm) 8 Laje de Concreto Armado (12 cm)

1

1 2 3 4 5 6 7

2 3 4 5

6

8

Detalhe Teto Verde

7

1 Pingadeira 2 Parede de alvenaria impermeabilizada 3 Lona 4 Grade de arame para apoiar os vasos 5 Mangueira para irrigação automatizada 6 Vasos com plantas 7 Calha

Detalhe Parede Verde

Corte Transversal

Corte Longitudinal Projeto Casa Giardino

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Área social com vista para pergolado com redário.

A Casa Giardino é nada menos que a síntese de ideias e propostas de integração do edifício com o terreno que está locado, sustentabilidade, conforto térmico e visual. A casa possui em seu entorno, áreas de contemplação verdes, onde os jardins internos se unem a área molhada com o propósito de todos que estiverem ali presentes aproveitarem cada minuto da sua passagem com o máximo de aconchego. O projeto conta com grandes aberturas em vidro e alumínio a fim de proporcionar ambientes claros e com boa visão de seus jardins, assim como trazer à casa ventilação cruzada em seus espaços sociais. Os espaços sociais são as jóias da construção, que conta com espaço de lazer com piscina, redário, jardim interno e deck de madeira rebaixado com estofados para receber amigos mais próximos desfrutando o melhor da sua moradia. Todos esses espaços com boa arborização e contato direto com a vegetação. O conceito aberto comanda o seu interior e acima da sala de estar e cozinha integradas, a passarela suspensa traz uma atmosfera de movimento e modernidade a esses cômodos, ela faz a ligação do home office e biblioteca particular no andar superior da casa, ambos ladeados por guarda-corpos em vidro, proporcionando ligação entre os ambientes do térreo e pavimento superior. Detalhe Passarela - Vista da biblioteca para o Home Office.

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PROJETO DE ARQUITETURA III


A biblioteca e o home office são ambientes fundamentais para a rotina do casal e foram locados no pavimento superior, em mezaninos, eles são interligados por uma passarela diagonal que passa sobre a área social e permite a visualização desses ambientes em diversos pontos da casa, ambos têm acesso à um teto verde. O setor íntimo é composto pelo quarto do filho, um quarto de hóspedes para acolher os amigos que frequentemente os visitam e a suíte do casal com acesso à varanda íntima. O jardim interno se encontra próximo ao setor íntimo, projetado para ser o espaço para a prática de Yoga, leitura e recepção de amigos íntimos, possui um deck rebaixado e muita vegetação, incluindo um muro verde. Este deve ser o lugar mais reservado e silencioso da casa por se localizar num ponto mais distante da rua e protegido pela própria edificação.

Detalhe Biblioteca



Andrade & Monteiro

.escritório

Prána

.projeto

Luana Soares e Andrade Maria Clara Craveiro Veloso Monteiro .autores

170,9m²

.área construída

235,62m²

.área permeável

0,31

.índice de aproveitamento

31,65%

.taxa de ocupação 15


CONCEITO Prána, que em sânscrito significa ‘’sopro de vida’’, é a energia acumulada no corpo através da correta respiração e prática da yoga, gerando equilíbrio e vitalidade. Com isso, busca-se trazer esse ‘’sopro’’ que traz sensação de conforto e bem-estar. Prána é uma casa para morar, sentir, aproveitar uma boa leitura, convívio com os amigos e construir um lar.

PARTIDO A fim de proporcionar a circulação de ar nos ambientes internos, favoreceu-se a ventilação cruzada com o posicionamento de aberturas em paredes opostas. Ademais, devido a insolação oeste ocorrer na maior fachada do terreno, fez-se uso de paredes duplas para diminuir a condução de calor, bem como o uso de grandes beirais e brises horizontais para reduzir a insolação nos ambientes internos além da piscina natural e o espelho d’água que promovem o resfriamento evaporativo

ESTUDO VOLUMÉTRICO Inicialmente, tem-se dois volumes retangulares que sofrem transformação subtrativa na forma, e, em seguida foram justapostas. No volume menor, a subtração deu origem ao quarto de hóspedes, no maior, deu origem ao terraço com espelho d’água. Posteriormente, foi adicionado um terceiro volume aberto a fim de reduzir a sensação de verticalidade na fachada principal causada pelo bloco maior e o telhado em duas águas, para dar movimento e leveza ao volume final.

perspectiva da fachada principal

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PROJETO DE ARQUITETURA III

Estudo volumétrico


TÉCNICAS DE SUSTENTABILIDADE Em consonância à ideia de equilíbrio, são adotadas técnicas sustentáveis na construção como: teto verde, captação de águas pluviais, composteiras, placas fotovoltaicas e parede verde. Além dessas, o uso de piscina natural também pode ser considerada uma técnica sustentável, visto que dispensa a necessidade do cloro para o tratamento da água, que é naturalmente tratada e filtrada pela vegetação

.

Na esquina, há gradis que permitem melhor visualização da residência por transeuntes, sem perda de privacidade dosambientesinternos.

PLANTA DE COBERTURA

0,02 6.85m

0,02 7.55m

0,01 3.95m

2.80 0,0 ft

0,03 9.20m

0,02 m 6.05

Veículos

3.00

9,05 mm 3.00

EDIFICAÇÃO

0,03 9.10m

Pessoas e veículos têm acessos separados, bem como o acesso de serviço, que faz-se pela rua sete de setembro.

14.10 0,04 m 4.30 0,0 m

Pedestres

Os acessos principais à casa ocorrem pela rua Benjamin Constant, rua de maior movimento, que dá maior segurança para os moradores ao entrar e sair de casa.

RUA BENJAMIN CONSTANT

PLANTA DE LOCAÇÃO

Serviço RUA 7 DE SETEMBRO

Escala gráfica 0 1

5

10m

Fachada Principal com muro

Na cobertura, a telha cerâmica escolhida foi a tipo romana com inclinação de 30%, as águas pluviais que caem sobre ela são captadas nas calhas e conduzidas à cisterna, onde ficam armazenadas para rega dos jardins e lavagem de áreas externas. O teto verde pode ser usado como um jardim no pavimento superior, tornando-se uma área para contemplação, prática de yoga ou brincadeiras do bebê Ariel, o que torna essa área de cobertura útil, além de facilitar o acesso para manutenção.

Escala gráfica 0 1

5

10m

Projeto Casa Prana

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PLANTA BAIXA O zoneamento da casa foi planejado de modo a manter circulações e áreas de baixa permanência a oeste, e os ambientes que exigem maior conforto térmico como quartos, escritório, salas de estar e jantar ficaram resguardados da insolação da tarde. Além disso, há uma forte relação e n t re o s a m bi e n te s i n te r n o s e externos, conectando-os de modo a tornar a visão dos jardins privilegiada no interior da casa. To d o s o s a m b i e n t e s f o r a m pensados para a funcionalidade e respeitando o programa de necessidades sem ocupar uma área grande do terreno.

Planta Baixa Térreo Escala gráfica 0 1

5

10m

Os ambientes integrados permitem a interação entre os moradores, mas caso necessário, a cozinha possui paineis deslizantes que velam a cozinha. Já o escritório ficou integrado à biblioteca, visto que as atividades que ocorrem no local não são conflitantes. No pavimento superior, buscou-se também a integração dos ambientes íntimos ao exterior, devido a possibilidade de acesso ao teto jardim.

Corte AA

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PROJETO DE ARQUITETURA III

Planta Baixa Superior

Corte BB


Salas de estar, jantar e cozinha integrados

No térreo, há predominância setor social, a integração das salas de estar e jantar com a cozinha cria uma atmosfera de encontro, onde Marcos poderá Interagir com os amigos e família ao mesmo tempo em que cozinha. subindo as escadas, chega-se no escritório/biblioteca que tem paredes em tons quentes. Devido a grande coleção de livros e objetos de viagem do casal, projetou se uma estante especialmente para expor esses objetos deixando o ambiente sofisticado e com personalidade.

Escritório e Biblioteca

Quarto Ariel

Ao fim do corredor, estão os quartos do bebê e do casal. Como os pais decidiram não saber o sexo do filho que ainda irá nascer, optou-se pelo amarelo para compor a paleta de cores, e, a composição dessa cor com o cinza deixou o quarto infantil sem ser óbvio. Na suíte do casal, usou-se uma paleta de cores mais sóbria, com o uso de madeira para dar mais aconchego ao ambiente. A cama king sise e a televisão faz do quarto o local perfeito para assistir filmes e séries com mais conforto.

Suíte do casal

O uso de materiais rústicos e cores naturais nos revestimentos aliados ao contato dos ambientes internos e externos dão a sensação de refúgio a essa residência localizada no centro da cidade. A piscina é o principal elemento paisagístico do exterior da casa. Convidativa, é uma ótima opção de lazer nas tardes quentes de Teresina. Todos os elementos fazem da casa Prána um lugar ideal para essa família que está se iniciando. Piscina Natural

Projeto Casa Prana

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4D

.escritório

Âmago House .projeto

Arthur Pedrosa Rewlysom Leite .autores

195,8m²

.área construída

243,7m²

.área permeável

0,39

.índice de aproveitamento

24,47%

.taxa de ocupação 21


ÂMAGO HOUSE CONCEITO A busca da ‘centralidade’ e essência do lar foi o ponto de partida para delimitação do conceito ordenador do projeto – o âmago. Com a essência voltada para o interior, seguindo a ideia projetual de intimidade e privacidade, foram analisadas os princípios que guiaram as decisões configuradoras do projeto.

PARTIDO Com o intuito de argumentar e materializar tal conceito, na edificação, tem-se a intersecção de dois eixos perpendiculares entre si como partido arquitetônico utilizado. Este, aliado às sucessivas subtrações e adições na forma, justifica a volumetria final que configura formalmente a residência. Além da estrutura formal, foram especificados materiais que intensificassem essa sensação de particularidade como o uso das placas de concreto pré-moldado e madeira.

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PROJETO DE ARQUITETURA III


VOLUMETRIA Com forte expressão de formas regulares simples e retilíneas, as quais desenvolvem entre si uma estreita ligação na composição e criam uma relação de coesão com a forma final, a volumetria da residência sugere modernidade e simplicidade, ao passo que transmite ao usuário do espaço a íntima e autêntica relação com o espaço. Esta ligação entre modernidade e privacidade é a marca projetual da Âmago House, a qual, baseada nos interesses dos clientes, prima pelo caráter íntimo e reservado da residência – esta, pensada como lugar de descanso e refúgio do espaço externo. Planta de layout pav. sup.

Planta de layout pav. térreo A’

A’

B

B

17 16

B

12

3

1

B

11 13

2 4

14

15

6 5

7

0

1

2

3

A’ 8

LEGENDA 1 Garagem

9

2 Estar e jantar

10

0

1

2

30m² 33,33m²

7 Quarto hóspedes

10,5m²

13 Wc filhx

4,55m²

8 Escritório

11,72m²

14 Wc Pais

5,43m²

3 Cozinha

10,8m²

9 Deck

15,30m²

15 Quarto pais 19,16m²

4 Lavanderia

5,52m²

10 Piscina

23,27m²

16 Terraço

13,60m²

5 Corredor

5,55m²

11 Corredor

7,35m²

17 Teto verde

19,40m²

6 Wc social

4,55m²

12 Quarto filhx

14,0m²

3

A’

PLANTA BAIXA Desenvolvida baseada nos conceitos de modulação, proporção e orientação dos espaços no terreno, a planta baixa da Âmago House reflete o conceito e o partido arquitetônico utilizado no projeto, bem como a configuração final dos espaços determinados no programa de necessidades.

Projeto Âmago House

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SUSTENTABILIDADE

4 3

1 2

3

3 3

Planta de cobertura

0

LEGENDA 1 Teto verde i:1,5% 2 Laje impermeável i:1,5%

2

4

6

Locação

0

2

4

6

Dentre as propostas para o desenvolvimento do projeto da Âmago House, buscou-se a configuração de uma edificação aliada às tecnologias sustentáveis em sua estrutura e organização. Assim, tem-se, no projeto, a inclusão de propostas que visam a integração à sustentabilidade, ao exemplo do teto verde, parede verde, o sistema de captação de água da chuva e o sistema fotovoltaico de transformação de energia, bem como a instalação para compostagem e o boiler para aquecimento de água.

3 Telha termoacústica i:5% 4 Placas fotovoltaicas i:10%

AMBIENTE EXTERNO Com o intuito de desenvolver um entorno que ‘abraçe’ a edificação, a Âmago House reflete a mesma atenção projetual dada ao ambientes internos do edifício para, também, os espaços externos adjacentes à residência no terreno. Desse modo, buscou-se elevar o protagonismo da natureza, representada por espécies gramíneas, bem como arbustos de diversas escalas e árvores de copa elevada, associando-as aos elementos construídos, representados pelo deck em madeira e a piscina revestida em pedra Hijau, os quais interagem, em completa harmonia, com a composição arquitetônica final. Os pontos de iluminação que circundam a casa enfatizam a preocupação que se teve com todos os aspectos, do percurso ao entrar no lote até a entrada principal da residência.

CORTES

Corte AA’ PROJETO DE ARQUITEURA III

Corte BB’


AMBIENTE INTERNO Cada detalhe da Âmago House foi pensado para proporcionar uma boa sensação aos seus moradores. Internamente, com revestimento predominantemente de concreto, piso de cimento queimado e mobiliário de madeira, além de agradar visualmente, garantem boas condições de conforto térmico. Atentendo ao perfil familiar, a residência conta com sistema de automação como nos painéis móveis na fachada principal, pontos de iluminação específicos da para cada ambiente, cores discretas e integração dos espaços.

MATERIAIS Cada revestimento foi escolhido para atender às especificações dos clientes. A madeira reforça a ideia de simplicidade e compõe a identidade da residência consoante à textura de concreto que é enfatizada pelas arandelas de Iluminação, as quais destacam o material estrutural do projeto. Também foram explorados os materiais metálicos e envidraçados, estes que garantem mais sofisticação e contraste com a textura dos outros revestimentos que compõem a residência.

FACHADAS

Fachada principal - Norte

Fachada secundária - Oeste Projeto Âmago House



Duo Arquitetura .escritório

Domus House .projeto

Andressa Mota Oliveira Andressa Fernandes Rocha .autores

172,5m²

.área construída

192,53m²

.área permeável

0,319

.índice de aproveitamento

32%

.taxa de ocupação 27


CONCEITO “Domus” era o nome dado às casas habitadas por famílias abastadas na Roma Antiga, berço cultural e engenhoso da humanidade. Seu luxo partia de sua inteligência e funcionalidade. Residência urbana dos patrícios, tinha como principal característica de sua personalidade o aproveitamento de recursos naturais, como a água da chuva e a luminosidade do dia. O conceito parece ter se esvaído ao passar dos séculos, contudo, nós viemos resgatá-lo atrelando a harmoniosa percepção romana sobre nossos recursos à tecnologia do século XXI.

CROQUIS INICIAIS

VOLUMETRIA Volumetria final

Bloco central com altura elevada

A elaboração dos volumes foi pautada nos aspectos estéticos e funcionais, uma vez que a criação dos blocos foi baseada em suas respectivas funções.

DEFINIÇÕES PROJETUAIS Dissociação dos blocos

Secção em três blocos

Volumetria inicial

FACHADA NORTE

A Domus House foi pensada para utilizar racionalmente o terreno em que está inserida. Sendo assim, locamos a edificação de modo que tudo conversasse entre si, criando uma lógica para o projeto, com o uso de formas simples e linhas retas para a elaboração da forma, uma vez que acreditamos no uso de uma arquitetura simplista externamente e rica em detalhas internamente. Consideramos a também a localização do terreno e seu entorno por isso optamos por construir de modo que não ocorresse um choque de estilos arquitetônicos.


PLANTA BAIXA RUA BENJAMIN CONSTANT

O principal ponto de partida para a composição da planta foi a integração tanto com os ambientes externos como entre os espaços internos. Sendo assim, a área social ficou totalmente conectada, sem divisão por alvenaria, proporcionando um espaço de estar agradável e funcional. Por outro lado, o espaço intimo é isolado o que assegura à privacidade dos moradores e eventuais hóspedes. O conforto térmico também foi ponto de partida para a planta, uma vez que as fachadas principais são Oeste e Norte, e por isso locamos a área social nessas fachadas, levando em consideração o seu menor uso diurno, porém foram planejadas proteções para essa insolação excessiva, com o uso de paredes mais espessas, de 30 cm de largura, e proteção mecânica das aberturas desses cômodos, com o uso de brises verticais em madeira e marquises.

CROQUI INICIAL DA PLANTA

FACHADA OESTE

RUA SETE DE SETEMBRO

A ideia inicial da planta surgiu com a criação de um jardim enclausurado no centro da casa, inspirado nas antigas residências urbanas romanas, que se tornou um dos pontos principais da residência, porém, com acesso interno somente pela suíte do casal, restringindo o espaço para a prática de yoga e meditação.

PLANTA BAIXA

JARDIM DA SUÍTE


CORTE TRANSVERSAL

INTERIORES O interior é pautado no estilo escandinavo que transmite a sensação de aconchego e limpeza. Os ambientes possuem cores neutras e um leve toque de textura com a aplicação de um papel de parede ou revestimento cerâmico. Por sua vez, o mobiliário foi elaborado seguindo o estilo minimalista com um toque de retrô. Além disso, todos os ambientes possuem um ponto de arte como quadros ou retratos. RENDER SUÍTE DO CASAL

RENDER SALA DE ESTAR

RENDER QUARTO DO BEBÊ

RENDER BANHEIRO SOCIAL

RENDER COZINHA

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PROJETO DE ARQUITETURA III


CORTE LONGITUDINAL CORTE LONGITUDINAL

SOLUÇÕES DE SUSTENTABILIDADE As propostas de sustentabilidade aplicadas ao projeto foram o uso do telhado verde, parede verde, captação e o reuso de água pluvial, compostagem de resíduos orgânicos e a captação e uso da energia solar através da instalação de placas fotovoltaicas no telhado. Os clientes optaram pela adoção desses sistemas, uma vez que o estilo de vida deles é bem ligado ao uso dos recursos naturais.

PALETA DE CORES

MOODBOARD

MATERIAIS Optamos pelo uso de materiais naturais como a madeira de ipê e pequenos seixos na fachada. Já no piso utilizamos o Porcelanato bold Cimento cinza acetinado da Portobello em toda a residência para criar uma unidade estética entre os ambientes. Por sua vez, os banheiros foram revestidos com o Liverpool Vert Armee da Portobello com o intuito de transmitir uma sensação de horizontalidade e limpeza. Na cozinha fizemos o uso do mármore carrara nas bancadas, ladrilho hidráulico em uma parede de destaque e marcenaria em tons de cinza e madeira freijó. Além disso, as paredes foram revestidas com tinta acrílica lavável em tons de branco e cinza pensando na praticidade da manutenção.

Projeto Domus House

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Drems Arquitetura

.escritório

Casa Hash .projeto

Celmo Santiago Isabel Cristina .autores

157,44m²

.área construída

31,78m²

.área permeável

0,28

.índice de aproveitamento

28,6%

.taxa de ocupação 33


VOLUME CONCEITO A Casa Hash representa a receptividade de Teresina. É uma residência com referência no passado e abordagem contemporânea. Com inspiração no traçado retilíneo do plano piloto de Teresina, onde o cruzamento das ruas, de pessoas e caminhos criaram laços de afetividade, amizade e coletividades. O símbolo # ( Hashtag) é muito utilizado nas redes sociais e quando colocado na frente de uma palavra cria um hiperlink que a liga com todos os temas relacionados a ela. Nesse sentido a palavra Hash significa a ligação do passado da região central da cidade com a atualidade.

A composição se forma pela união de vários volumes que se cruzam e se sobrepõe em sentidos diferentes, tal qual, eram as ruas do plano piloto que se encontravam.

VOLUME BÁSICO

ADIÇÃO

PARTIDO

SUBTRAÇÃO

SUBTRAÇÃO

SOBREPOSIÇÃO

ELEVAÇÃO DE ALTURAS

VOLUME FINAL

A construção apresenta traços retilíneos com as vistas mais importantes voltadas para o interior, onde um belo pátio interno associado à área de lazer, piscinas e jardins cria um ambiente privado e agradável. acima da garagem, o teto verde tem visão para o jardim frontal e para o pátio. . TETO VERDE PÁTIO

Um pergolado no pátio ajuda ameniza a insolação na varanda. A residência tem planta aberta com integração da sala, cozinha e área de lazer. O espaço social e a área de lazer integrados permitem contato contínuo e um local propício ás conversas e interações. As áreas podem ser aproveitadas de maneiras distintas O pátio interno e jardins abertos homenageiam as habitações antigas da cidade. No plano piloto algumas quadras eram deixadas sem construções para servirem de praças, além disso, nas casas coloniais era comum o pátio interno.

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PROJETO DE ARQUITETURA III


COBERTURA A cobertura é uma combinação de estrutura metálica e telha termoacústica. O telhado fica oculto por platibandas que circundam todo o volume. Calhas captam as águas pluviais e conduzem para a rua. Duas marquises na fachada norte e duas na fachada sul contribui para diminuir a incidência solar. A locação da casa no centro do terreno possibilita um jardim frontal, um pátio interno e outro jardim na área da piscina.

LOCAÇÃO LEGENDA

04 05

01 02

07 06

08

03

11 10

09 12

13

01

Entrada

02

Hall

03

Sala de Estar

04

Quarto de Hospedes

05

BWC Social

06

Circulação

07

Escritório

08

Garagem

09

Cozinha

10

Área de Serviço

11

Despensa

12

Varanda Gourmet

13

BWC área de lazer

14

Mezanino/Biblioteca

15

circulação

16

Suíte Casal

17

Closet

18

BWC Casal

19

Varanda

20

Teto Verde

21

Suíte Filho

22

BWC filho

18 17

16 19

20

15

14 21 22

Projeto Casa Hash

35


Por questões de conforto e privacidade as aberturas principais estão voltadas para o inte-

PLANTA BAIXA

rior do terreno.

As duas janelas da fachada

norte são de vidro acrescidas de brises de madeira. O jardim vertical no segundo pavimento 01

ajuda a amenizar a temperatura na suíte do ca-

04

07

05

sal.

02 08

06

A fachada oeste não tem aberturas devido a incidência solar. As fachadas sul e leste tem

03

grandes aberturas afim de possibilitar a luminosidade e a vistas do pátio e jardim.

FACHADAS

09

11

12

PAVIMENTO TÉRREO

SUL

18 17

13

NORTE

10

16 19

20

14

LESTE

15

21

PAVIMENTO SUPERIOR

36

PROJETO DE ARQUITETURA III

OESTE

22


SUSTENTABILIDADE - CONFORTO TETO VERDE

Na casa Hash usamos 3 obras sustentáveis, o jardim vertical, teto verde e o jardim central. O jardim vertical, se localiza na fachada norte, entrada principal da casa, que contribui para estética, incen-

Fachada Sul

tiva o uso de técnicas sustentáveis na cidade. Somando a isso, protege a casa de ruídos, reduz a temperatura no amPÁTIO

biente interno, diminui a necessidade de refrigeração e de amenizar a radiação solar.

O teto jardim está acessível tanto para a suíte máster, como também tem entrada por meio do pavimento superior. Por fim, o jardim central contribui para o conceito da residência e no conforto térmico, ajudando com iluminação natural e na ventilação cruzada .

MATERIAIS

Mezanino

Sala de Estar

TELHA TERMOACÚSTICA - O uso das telhas térmicas é uma tendência, isso porque ela proporciona maior conforto térmico no ambiente, bloqueia em até 95% o calor e reduzindo a temperatura em torno de cinco graus célsius.

MADEIRA - A madeira usada é totalmente sustentável, tendo seu uso nas portas, pergolado, escada e móveis

VIDRO - o vidro é usado em grande parte da casa, de forma estratégica para não trazer desconforto tér-

CORTE BB`

CORTE AA`

mico e contribuir na iluminação natural. O vidro usado também está protegendo de raios solares e ruídos.

Projeto Casa Hash

37



Studio AM .escritório

Casa Elo .projeto

Alexandre Honório Gomes da Silva Myrian Christina de Aquino Oliveira .autores

173,66m²

.área construída

260,93m²

.área permeável

0,31

.índice de aproveitamento

31%

.taxa de ocupação 39


CASA ELO CONCEITO E PARTIDO Com o intuito de abrigar uma família recém criada, a casa Elo traz em sua essência a união, conceito que foi materializado por dois volumes maiores ligados por um volume menor, o Elo. Esse elemento tem a função de conectar, de forma rápida e direta, as áreas sociais e íntimas da casa, servindo como área de lazer, descanso e contemplação, e integrando o exterior ao interior.

CONSTRUÇÃO DO VOLUME União de dois volumes maiores a um menor. Esse ultimo, serve como Elo de ligação; 2. Recortes feitos no volume para permitir que os blocos se relacionem entre si e por meio do Elo; 3. Grandes aberturas para aproveitar a iluminação natural, ventilação e garantir o contato com a natureza.

1.

2.

1.

VISTA NORTE/OESTE

VISTA SUL/LESTE

40

PROJETO DE ARQUITETURA III

3.


COBERTURA

RUA BENJAMIN CONSTANT Acesso Principal

Acesso Secundário

Composta por dois tipos: telhas termoacústica, com inclinação de 15%, nos volumes maiores, e teto verde no Elo, com inclinação de 2%, podendo ser acessado pelos moradores. Além disso, possui platibanda na fachada e sistema de calhas para captação de águas pluviais.

SETORIZAÇÃO ÁREA SOCIAL É o grande cartão de visitas da

ÁREAS MOLHADAS Os banheiros e a área de serviço são conectados por uma parede em comum, com o intuito de economia nas instalações hidráulicas, além de possuírem grandes aberturas que arejam o espaço. ÁREA ÍNTIMA Essa, por sua vez, acomoda uma

RUA SETE DE SETEMBRO

residência. Ela integra todos os espaços de convivência comum (sala de estar, jantar, cozinha e biblioteca) e de uma ponta à outra é possível vislumbrar o deck e o verde do exterior, tanto da árvore quanto do jardim vertical.

1

0

suíte para o casal, que pode se integrar com a área externa da casa quando esta bem quiser, graças a uma abertura avarandada que o quarto possui. Além de dois quartos dedicados ao filho e ao hóspede.

2

5

PLANTA DE LOCAÇÃO E COBERTURA

RUA BENJAMIN CONSTANT Acesso Principal

ELO Conecta todas as partes da casa com a 5

18 12.5

2

4

3

8.1

2.5

5.4

3

8

6.0

11

7.0

10 RUA SETE DE SETEMBRO

3.5

Garagem (A.: 27.05 m²) Sala de Estar/Jantar (A.: 29.20 m²) Cozinha (A.: 10.00 m²) Biblioteca (A.: 12.30 m²) Escritório (A.: 7.68 m²) Lavabo (A.: 2.24 m²) Área de serviço (A.: 5.56 m²) Elo (A.: 12.30 m²) Circulação (A.: 3.90 m²) Suíte do casal (A.: 14.25 m²) Quarto do Bebê (A.: 10.07 m²) Quarto de Hóspedes (A.: 9.68 m²) Banheiro íntimo (A.: 5.76 m²) Banheiro compartilhado (A.: 5.46 m²)

1

6 7

30.7

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.

Acesso Secundário

área do deck, favorecendo o ponto forte da casa, o “encontro”.

9 12

13

0

1

2

5

14

PLANTA BAIXA

Projeto Casa Elo

41


SUSTENTABILIDADE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS Com reaproveitamento da água da chuva para uso não potável.

JARDINS VERTICAIS Para criar um microclima na residência e valorizar esteticamente os ambientes da área de lazer.

CORTE AA’

TETO VERDE Usado como cobertura

PLACAS FOTOVOLTÁICAS Para a

do elemento conector dos setores e espaço de contemplação.

produção de energia solar.

CORTE BB’

COMPOSTEIRA Que será utilizada pela família para reciclar resíduos orgânicos.

42

PROJETO DE ARQUITETURA III

CONFORTO Devido ao caráter mais agitado do entorno e por a família apreciar o silêncio, foram utilizadas telhas termoacústicas, laje de concreto e forro de gesso acartonado. A parede dupla, voltada para o sol poente, é praticamente cega, tanto por questões térmicas quanto para garantir maior privacidade para com a esquina. Nas aberturas, foi utilizado vidro duplo (insulado) para aproveitar a luz natural e bloquear o calor proveniente da radiação solar, contribuindo também no bloqueio do som.


PERMEABILIDADE VISUAL A integração ofertada pela residência, promove uma permeabilidade visual e espacial entre os ambientes graças a esquadrias de vidro, que quando abertas permitem a renovação do ar no interior da casa.

FACHADA PRINCIPAL Com linhas retas, possui brises verticais de madeira que se contrapõe à leveza do volume predominantemente branco.

MATERIAIS A residência foi projetada com materiais locais – madeira e tijolo – e o uso do vidro, que permite transparência e realça o aspecto atual e leve do projeto. As esquadrias de madeira se relacionam com o piso do deck, que aliados ao vidro, trazem a modernidade ao ambiente. O uso de pergolados e brises, têm o intuito de proteção contra a insolação da tarde.

MADEIRA

VIDRO

INTERIORES Foram usados materiais refinados, como o porcelanato e o mármore, que somados à transparência das esquadrias e o recebimento de iluminação natural, realçam as cores internas da casa. A madeira também está presente nos móveis planejados, que se relacionam intimamente com as janelas, deck e natureza do entorno.

VISTA INTERNA - SALA DE ESTAR



Autem Arquitetura .escritório

Cosiness House .projeto

Yara Maria de Oliveira Feitosa

.autor

174,96m²

.área construída

275,5m²

.área permeável

0,32

.índice de aproveitamento

20,75%

.taxa de ocupação 45


A Cosiness House surgiu com o intuito de fazer um ambiente acolhedor para seus moradores, com a ideia de aconchego. O caos da cidade urbana, por muitas vezes provocou o estresse da sociedade, e essa casa é a exata válvura de escape para a situação. O indivíduo tem um contato maior com a natureza dado a seu entorno, e a disposição da casa, junto a seus materiais rústicos e quentes, como a madeira, o que torna o ambiente mais acolhedor ainda. Sua volumetria se baseia na sobreposição de dois retângulos cortados de formas diferentes e alinhados apenas em dois lados, com os outros dois dando uma volumetria menos sóbria.


Projeto O projeto te cerca de 170 m², embora seu terreno seja bem maior, para fazer com que o indivíduo tenha um contato maior com o paisagismo do terreno, com os jardins, com o teto verde, e com as árvores. No térreo da casa, encontram-se a sala de estar e de jantar integradas, cozinha, quarto de hóspedes, banheiro social e garagem. Todos com fácil circulação e acesso para o deck de madeira pela cozinha. Além de que, há dois acessos para os moradores, um pela sala de estar, e outro, pela garagem. No pavimento superior, estão os quartos dos moradores, e a biblioteca-escritório, dando ênfase na privacidade dos clientes. A circulação dos mesmos é feita por um corredor, com parede de cobogó, visando no jogo de luz e sombras, dando uma percepção

Planta baixa térrea

Planta baixa superior

Fachada frontal


Sustentabilidade No projeto, adotou-se uma cisterna com alta resistência e durabilidade. Tem capacidade de 2500 litros, com função de captar a água da chuva, havendo a possibilidade de reaproveitá-la posteriormente de forma secundária. Para se ter uma economia de energia maior, além de ajudar o meio ambiente, foi escolhido o sistema de placas fotovoltaicas, que aproveita a radiação solar e reduz os gastos de energia a longo prazo. Também optou-se por um teto verde na garagem, que tem funções estéticas e térmicas, além de que se torna uma boa opção para o casal, que são praticantes da meditação e da yoga, e têm um afeto muito grande pela natureza. O jardim vertical também foi adotado como uma forma de impedir a luz solar direta vinda do oeste, no quarto de hóspedes, pois diminui e energia térmica do ambiente, além de dar uma boa estética. Também foi adotada a composteira, para um aproveitamento melhor do lixo orgânico, que além de contribuir para o meio ambiente, serve como um adubo natural para plantas e jardins.

Fachada lateral direita


Corte longitudinal

Materiais A ideia primordial do projeto foi uma casa contemporânea com características rústicas. Optou-se por uma cor clara nas fachadas, como o off-white, e detalhes com revestimento em madeira. Já no seu interior, o revestimento que predomina é o cimento queimado, que juntamente com as cores claras do mobiliário, dá um aspecto acolhedor na casa. Além de que os cobogós presentes no edifício contribuem para a sua estética, além de proteger termicamente, mas sem vedar os ambientes, proporcionando um jogo de luz e sombras.

Fachada posterior

Corte transversal

Fachada lateral esquerda



Agência M16

.escritório

Casa Tría .projeto

Isaac Araújo Moretz-Sohn

.autor

193m²

.área construída

264,38m²

.área permeável

0,35

.índice de aproveitamento

35,74%

.taxa de ocupação 51


CASA TRÍA O NOME A palavra “tría” é oriunda do grego “тρία”, que significa três. O nome Casa Tría, é referente a própria organização da residência, que foi arranjada em três blocos principais referentes à setorização da casa.

CONCEITO A Casa Tría foi projetada como um ambiente funcional e íntimo, resguardando a privacidade dos residentes, mas evitando ser um ambiente que gere a sensação de confinamento. Além disso visou-se garantir conforto, levando em conta os fatores bioclimáticos de Teresina.

PARTIDO O projeto se pautou inicialmente na funcionalidade da casa, com bastante atenção à sua setorização, buscando criar uma organização lógica e que evitasse o cruzamento de fluxos. O resultado foi o agrupamento dos ambientes da casa em três blocos distintos: setor íntimo – quartos e banheiros; setor social – salas de estar e jantar, e escritório; setor de serviço – cozinha, área de serviço e garagem.

VOLUMETRIA O volume surge da própria configuração da planta da Casa Tría. Os dois grandes retângulos que formam os setores íntimo e social são erguidos à mesma altura. Já o setor de serviço é elevado a uma altura um pouco maior tanto pela composição da edificação, quanto pela presença da caixa d’água. O volume da garagem foi tratado como um elemento a parte, possuindo menor dimensão.

52

PROJETO DE ARQUITETURA III


PLANTA DE LAYOUT

PLANTA DE COBERTURA

A CASA O acesso à Casa Tría é realizado através da rua Sete de Setembro, devido à maior variedade de rotas que a mesma oferece, permitindo evitar engarrafamentos prolongados durante os horários de pico. A organização dos ambientes da casa levou em consideração os fatores bioclimáticos de Teresina. Nesse sentido, evitando a insolação direta da tarde, os quartos e banheiros foram dispostos à leste, estando protegidos pelo setor social da casa, visando criar ambientes mais confortáveis. Igualmente, os blocos da garagem e da cozinha/área de serviço, funcionam como uma barreira contra a insolação para as salas de estar e jantar. Devido à intensa irradiação solar durante maior parte do dia na fachada oeste, a mesma possui estreitas e poucas aberturas. Como forma de evitar criar um ambiente escuro, bem como para colaborar com a ventilação e reduzir a sensação de confinamento, foi projetado um jardim de inverno entre as salas de estar e jantar. O uso da telha termoacústica na cobertura foi pensado para garantir um melhor conforto térmico à casa e seus residentes.

Projeto Casa Tría

53


FACHADA A fachada da Casa Tría se apresenta de maneira sóbria e simples, através de formas regulares que visam passar uma sensação de estabilidade. O destaque da fachada ocorre pela composição de elementos em madeira, pedra e tinta. O uso desses elementos no revestimento externo atiça os sentidos, pelas diferenças de textura, bem como pelo aspecto rústico que os mesmos trazem à obra. A cobertura coroada em madeira rompe a continuidade da estrutura, dinamizando seu peso. O emadeiramento também foi utilizado como demarcação da entrada principal através do seu uso como revestimento .Além disso, o uso da madeira também passa uma sensação de conforto e acolhimento. O revestimento em filetes de arenito amarelo na garagem e no bloco da cozinha/ área de serviço, tanto demarca esses ambientes, como também se comunica com o Centro, onde diversas edificações utilizam pedra no revestimento externo. Ressalta-se também a praticidade de manutenção de revestimentos em pedra, bem como o controle térmico, colaborando na redução térmica do ambiente. O resto da composição é complementado com revestimento em tinta acrílica branca, que reduz a absorção térmica do edifício e gera uma leveza no mesmo.

FACHADA PRINCIPAL/ OESTE

FACHADA LATERAL/ NORTE

FACHADA / LESTE

FACHADA LATERAL/ SUL

TEXTURAS FACHADA

54

PROJETO DE ARQUITETURA III


SOLUÇÕES ECOLÓGICAS A Casa Tría foi projetada em consonância com as preocupações ambientais que permeiam o mundo moderno. Assim, a casa possui soluções ecológicas que colaboram para a manutenção do conforto térmico, e que também viabilizam a redução no consumo médio de água e energia da residência. PAREDE VERDE:: a parede verde é um elemento que garante vivacidade à fachada, dinamizando a composição. Na Casa Tría ela foi disposta na parede externa do escritório, servindo de proteção contra a incidência solar direta na mesma.

TELHADO VERDE:: o telhado verde também é um elemento que gera vivacidade à edificação, podendo colaborar no controle térmico. Foi utilizado na cobertura da garagem e dos balanços que protegem o terraço e o hall de entrada.

PLACAS FOTOVOLTAICAS: o emprego de energia solar é bastante rentável em locais como Teresina, que possuem alta incidência solar durante o ano inteiro. A aplicação de placas solares colabora na redução do custo e consumo de energia da casa.

COMPOSTEIRA: o uso da composteira permite um descarte mais ecológica de resíduos domésticos, que através da ação de minhocas e micro-organismos, transforma os resíduos em adubo orgânico, que põe ser utilizado em uma horta doméstica e/ou na manutenção do próprio jardim.

REUSO DE ÁGUA: o sistema de reuso de água capta águas pluviais e a armazena em uma cisterna, recebendo um tratamento a base de cloro. Com isso, essa água pode ser reutilizada em atividades como lavar o piso, carro, regar o jardim. Essa medida reduz o consumo de água da casa contribuindo para a sua preservação, bem como na redução dos custos de consumo.

Projeto Casa Tría

55



Carvalho & Couto .escritório

Casa Pratyaharah

.projeto

Giulia Brito Couto Luis Eduardo Carvalho .autores

178,22m²

.área construída

176,44m²

.área permeável

0,33

.índice de aproveitamento

24,01%

.taxa de ocupação 57


58

PROJETO DE ARQUITETURA III


Projeto Casa Pratyaharah

59


60

PROJETO DE ARQUITETURA III


Projeto Casa Pratyaharah

61



LH Arquitetura e Urbanismo .escritório

Casa Mezza .projeto

Luan Henryco

.autor

272,5m²

.área construída

143,65m²

.área permeável

0,49

.índice de aproveitamento

42,79%

.taxa de ocupação 63


MEZZA Conceito

Volumetria

Mezza surge a partir da idealização de sonho de uma família recém-formada. Tornando os alicerces da edificação a harmonia que prevalecerá ao casal, pensou-se em duas metades que se completam assim como a aliança matrimonial dando origem a um único componente, o lar em que permanecerão e constituirão a base familiar por toda sua vida. Mezza que significa metade em italiano, remete a toda composição da residência como partes que se completam para formar um todo.

A composição volumétrica consiste na apropriação de dois blocos com características Modernas. O volume principal mantem-se à oeste na estruturação e possui uma quebra na linha visual com o segundo, permitindo trazer movimento ao bloco subsequente. O arranjo de um terceiro bloco ligado à parte posterior da edificação segue a expressão de metade do volume principal.

Partido A proposta de edificação consiste em quebrar um monolítico primário e formar outro com proporções correspondentes à metade do primeiro. Dois blocos com características distintas que se completam – o principal traz a imponência da edificação e protege a visualização e insolação ao segundo bloco, alocando as áreas de maior permanência ao casal segundo o perfil familiar; o secundário traz leveza possuindo uma tênue esbeltez em relação ao primeiro e compõe a parte mais intima da construção.

64

PROJETO DE ARQUITETURA III


N

Planta de layout pavimento superior

Planta de layout pavimento térreo

2m

6m

Setorização A edificação possui um corredor central que divide seus principais setores, aliando-se a resguardar a intimidade da família. Composição do bloco principal: Pavimento Térreo Sala de estar Hall

Composição do bloco secundário: 30,50 m² 8,25 m²

Suíte do casal

25,50 m²

Quarto individual

11,10 m² 5,90 m²

Sala de jantar/Cozinha

23,50 m²

Banheiro Social

Área de serviços

10,50 m²

Suíte de visitas

Escritório/Biblioteca

23,50 m²

Bloco anexo:

Depósito caixa d’água

10,50 m²

Garagem

17,00 m²

Pavimento Superior

39,00 m² Projeto Casa Mezza

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Sustentabilidade A adoção de propostas sustentáveis está presente na arquitetura atual para além de uma exigência de mercado, ela propicia melhor aproveitamento dos recursos e condiciona a arquitetura a com o meio. A integrar-se sustentabilidade está presente em todo o processo construtivo da edificação e também em medidas como adoção de calçadas com blocos de concreto prémoldado permeáveis que garantirão melhor escoamento pluvial ao solo; implantação de cisterna com capacidade para 6.000l que garante um bom reaproveitamento de água; utilização de placas de energia fotovoltaica ligadas à rede que permitirão diminuição no consumo de energia aliado à utilização de energia limpa.

Sala de estar

Sala de jantar/Cozinha

Cobogó A elaboração de um cobogó para a residência traduz o sentimento do projeto com o cliente e traz para a construção características próprias de seus desejos. Para além de um simples elemento decorativo, o cobogó estabelece relação entre estética e funcionalidade propiciando o aproveitamento de iluminação natural e protegendo de insolação direta. O cobogó desenvolvido para a residência Mezza possui uma forma que se assemelha a um livro deitado, remetendo ao desejo de uma biblioteca particular para o acervo próprio da família.

66

PROJETO DE ARQUITETURA III

Corte Transversal AA

Corte Longitudinal BB


Materiais A escolha dos materiais presentes na edificação reflete o desejo dos clientes e a visualização do projeto. A adoção de materiais com aspectos naturais valoriza a inserção do projeto com características Modernas e permite aos proprietários ambientar-se de maneira mais agradável aos espaços. Foram escolhidos materiais de alta resistência e que proporcionassem um melhor custo benefício devido à possibilidade de troca em decorrência do tempo e desgaste do material. Para o piso destinou-se porcelanato técnico que permite maior abrasão sem perder suas características visuais; nos revestimentos externos foram utilizados betão com cores pré-estabelecidas no perfil dos clientes, que além de serem resistentes à água também sofrem pouco por deterioração de intemperes; as bancadas da cozinha e banheiros são compostas de quartzito que além de possuir grande resistência a abrasão e água podem possuir cores diversificadas e atender à vontade dos clientes.

Escritório/Biblioteca

Vista Fachada Norte

Vista Fachada Oeste

Quartzito artificial

Betão

Porcelanato técnico

Vista Fachada Leste

Vista Fachada Sul

Projeto Casa Mezza

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Um Só Arquitetura .escritório

Casa Cobogó .projeto

Ana Isabel Álvares Rocha Costa Letícia Damasceno Moura Fé .autores

206,09m²

.área construída

320,93m²

.área permeável

0,43

.índice de aproveitamento

34,9%

.taxa de ocupação 69


CASA COBOGÓ CONCEITO E PARTIDO O conceito surgiu a partir das várias possibilidades de uso do Cobogó, elemento vazado explorado de diversas maneiras no projeto, de forma a conceder permeabilidade à fachada principal do muro, inferir delicadeza na separação de ambientes ou na permissividade de iluminação e ventilação naturais, caraterística principal da peça.

VOLUMETRIA A composição da forma se deu por subtração (volume vermelho) e adições (volumes azuis) de blocos em um paralelepípedo. Primeiro, subtraímos um bloco, que originou a área de lazer, e, em seguida, adicionamos um volume na parte superior, que diferenciou o setor íntimo (menor volume) dos demais setores (pé direito duplo). Por fim, acrescentamos dois blocos com dimensões diferentes na frente, para quebrar o ritmo da fachada.

70

PROJETO DE ARQUITETURA III


SUSTENTABILIDADE Foram empregadas algumas técnicas de sustentabilidade no desenvolvimento do projeto, são elas: teto verde, parede jardim, energia solar e compostagem. O teto jardim está localizado na cobertura da garagem, o que proporciona uma melhora no conforto térmico do ambiente, além de um maior contato com a natureza. A parede jardim está posicionada na parte oeste da suíte principal, e assim como a primeira técnica, garante melhora no conforto térmico e um contato diferenciado com a natureza, além de acrescentar uma textura à estética da área de lazer. A composteira se situa próximo a área de serviço, e assim como as placas de energia solar geram cuidado com o meio ambiente. PAREDES TELHADO – ALTURA 8,20CM TELHADO – ALTURA 7,50CM TELHADO – ALTURA 4,00CM RUFOS TETO VERDE PLACA FOTOVOLTÁICA PISCINA

Projeto Casa Cobogó

71


O LAYOUT

TEXTURAS Os materiais utilizados no projeto buscam trazer a verdade e a naturalidade dos elementos, além de diferentes texturas que conversam entre si, por exemplo, com o uso de madeira, encontrada desde o deck da piscina até a estrutura da biblioteca, pedra, principal componente da fachada, e cimento queimado, presente principalmente no muro, associados à grama, que circunda todo o lote.

72

PROJETO DE ARQUITETURA III


O PROJETO O desejo de uma biblioteca extensa e atrativa foi o ponto inicial para o desenvolvimento do projeto. Para atender à essa exigência o setor social conta com um pé direito duplo, e, ainda, um mezanino, que se dedica inteiramente aos livros, além de permitir acesso ao teto verde, que proporciona a realização de atividades em contato com a natureza, como a leitura ou a meditação.

Para resguardar o setor íntimo e, ao mesmo tempo não o confinar, parte do corredor foi substituído por uma porta de correr, que, quando desejado, também dá acesso à área de lazer. A suíte do bebê é aconchegante e divertida, e se dispõe ao lado da suíte principal, que além de espaçosa, conta com um closet delimitado por uma charmosa parede de cobogós. E se a primeira impressão que temos de um projeto vem do muro, este é permeável e com um toque de vegetações de pequeno porte, e, reflete a residência em seu interior.

Compartilhando um espaço agradável, a sala de estar e a cozinha fazem vista para o mezanino, para trazer comodidade, a área de serviço se localiza próximo desta, e também, dá acesso direto à garagem. Para promover a integração entre os ambientes internos e externos temos uma grande porta de correr, que acrescenta permeabilidade aos ambientes quando necessário. Dessa forma, a casa se abre para a área de lazer, que conta com uma piscina, com a qual tem encaixe completo através de um deck de madeira.

Projeto Casa Cobogó

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Ground Zero Arquitetura .escritório

Residência Nexo

.projeto

Ranielsyn Silva Renato Fernandes .autores

178,77m²

.área construída

368.62m²

.área permeável

0,323

.índice de aproveitamento

16,9%

.taxa de ocupação 75


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76

PROJETO DE ARQUITETURA III


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Projeto Residência Nexo

77


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78

PROJETO DE ARQUITETURA III

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Projeto Residência Nexo

79



Prisma Arquitetura

.escritório

Eco House

.projeto

Lys Marina Santos Sousa Tainah Sammya Pereira Barbosa .autores

203,28m²

.área construída

236,65m²

.área permeável

0,376

.índice de aproveitamento

37,6%

.taxa de ocupação 81


CONCEITO Para nortear o desenvolvimento do projeto, utilizou-se dos preceitos da eco arquitetura, que enfatizam a importância de a edificação estar em sintonia com o meio ambiente natural e com o entorno em que está inserida, por esse motivo, nomeou-se o projeto de “Eco House”. Logo, o conceito do projeto se deu em fazer uso de propostas sustentáveis, estabelecer uma conexão da casa com a natureza e integrá-la com a vizinhança.

PARTIDO Com base nos conceitos definidos para o projeto, optou-se por uma casa térrea e com telhado aparente, deixando de lado uma proposta mais moderna, para assim integrar a casa com o entorno, visando um sentimento de pertencimento à vizinhança. Além disso, incorporou-se ao projeto algumas propostas de sustentabilidade, sendo elas o teto verde, o jardim vertical e as placas solares fotovoltaicas. E para estabelecer uma conexão com a natureza, planejou-se jardins como elemento integrador com o resto da casa, com a finalidade de delimitar a área de lazer, e trazer mais privacidade para área da piscina, interligar os dois blocos que compõem a volumetria do projeto e criar espaço apropriado para ser uma área de meditação e de contato com a natureza.

Fi gura 1. Cobertura

Figura 2. Vista área de lazer


VOLUMETRIA A volumetria foi, inicialmente, dividida em dois, tendo em vista a proposta de separar o setor íntimo do setor social e de serviço da casa, e composta, posteriormente, com uma circulação horizontal, que interliga os dois blocos e é cercada por jardins nas duas laterais. Figura 3. Volumetria

SUSTENTABILIDADE As propostas de sustentabilidade aplicadas no projeto foram o teto verde, o jardim vertical e placas solares fotovoltaicas. O teto verde foi locado na cobertura da garagem, possibilitando para quem estiver nele, uma visão da parte frontal da casa e da área de lazer. O jardim vertical compõe a área do jardim lateral, por ser um espaço pensado para os moradores usarem como um lugar para maior contato com a natureza. As placas fotovoltaicas foram instaladas na cobertura do telhado virado para o oeste, pois é o lado que recebe maior radiação solar, otimizando e maximizando a produtividade e a eficácia das placas para a produção de energia.

Figura 4. Teto verde

Figura 5. Placas Fotovoltaicas


INTERIOR Para o interior abrangeu-se tanto o critério de integração quanto de privacidade. As salas de estar e jantar são integradas por meio elementos vazados (brises de madeira), ao mesmo tempo, em que são divididas por eles, assim como a cozinha possui portas de correr que podem tanto separá-la quanto uni-la com a sala de jantar. Além disso optou-se pelo uso de portas de correr de vidro na sala de estar, de jantar e no corredor sendo possível uma integração do interior com o exterior, ornado com jardins e assim fazendo uma comunicação do interior da casa com a natureza. Na cozinha, também se buscou conexão com o exterior e para isso fez-se o uso de uma grande janela de vidro com a largura da parede da cozinha, que também dá vista para um jardim, além de servir também para um maior aproveitamento da luz natural, concebendo um ambiente confortável e acolhedor. A biblioteca do casal foi posta junto ao escritório, separado das salas para oferecer um ambiente mais calmo e privativo para trabalho, no entanto, foi usada porta de correr de vidro que permite uma vista da coleção de livros do casal, desde que entra na casa, na sala e de quem passa no corredor.

MATERIAIS

Figura 8. Cozinha

Os principias materiais que compõe o projeto foram o vidro, presente nas esquadrias e responsável por estabelecer a conexão dos interiores e com os exteriores, levando um pouco da natureza para dentro da casa e permitindo visuais de alguns espaços com outros, como no caso da biblioteca. Além do uso da madeira, presente nos cobogós, nos brises e no mobiliário, de pedras e concreto, que condizem com o gosto dos clientes por materiais rústicos e criam uma atmosfera de refúgio e lar.

84

PROJETO DE ARQUITETURA III

Figura 6. Sala de estar/jantar

Figura 7. Corredor


PLANTA BAIXA Piscina

Os setores da casa foram divididos em dois blocos térreos, em um deles concentrou-se os setores sociais e de serviço e no outro, o setor íntimo, propiciando maior privacidade e conforto para os moradores. O setor íntimo é composto por três suítes, sendo destinadas uma para o casal, uma para o bebê e uma para hóspedes e pelo escritório, com biblioteca integrada, e foi locada mais ao fundo do terreno, tendo em vista um maior conforto acústico, visto que o terreno do projeto fica localizado em uma esquina, o que pode ocasionar desconforto por causa do barulho do trânsito e de outras atividades. Por conseguinte, os setores social e de serviço foram locados mais à frente do terreno, como também a área de lazer com piscina, criando uma maior integração com as salas de estar e de jantar. A garagem e a área de serviço foram postas no lado oeste, pois é o lado que recebe maior insolação e são áreas com baixo tempo de permanência, e para um maior conforto térmico no quarto que ficou para esse lado, utilizou-se uma parede dupla.

Deck

Garagem

Sala de estar/jantar Lavabo Cozinha

Serviço

Hall Hóspedes WC Suíte WC

Escritório

Jardim

Suíte bebê

WC

Figura. 9. Planta de Layout

Figura 11. Vista com muro

Figura 10. Escritório

Projeto Eco House

85



Sevla. Gambiragi

.escritório

Maison Séduit .projeto

Caio de Sousa Alves Isabella Bonamigo Gambiragi .autores

234,5m²

.área construída

208,42m²

.área permeável

0,4

.índice de aproveitamento

43,4%

.taxa de ocupação 87


0$,621 6¬'8,7 ESCRITÓRIO:

SEVLAǤ GAMBIRAGI


CONCEITO E PARTIDO Ao conhecer as necessidades e os desejos do casal, foi muito clara a vontade de inserir a ideia de movimento na obra. Aliando a prática da yoga, por sua diversidade de posições, e a espera de um bebê, remetendo ao desenvolvimento e às curvas provenientes da gravidez, o movimento parece ser chave no funcionamento da família, e, a partir dessa ideia, optou-se pela introdução, no projeto, de paredes curvas com diferentes comprimentos e raios, o que se mostrou essencial para a concretização do conceito, além de contribuir para o sentimento de acolhimento, como se as curvas abraçassem os moradores e convidassem os visitantes a adentrar a casa. Porém, ficou a dúvida: onde introduzi-las? Com a análise das necessidades, fluxo e locais de maiores permanência, escolheu-se a cozinha e a sala de estar como pontos focais do conceito, visto que, juntos, formam o coração da casa, e seriam essenciais para dar destaque ao uso das curvas. Além das paredes, o telhado foi fundamental para o conceito, visto que apresenta linhas curvas, aliadas a recortes na forma. Uma outra intenção projetual foi a de criar uma certa transparência entre o interior e o exterior da casa, assim como o exterior do lote, e, para isso, foram utilizados brises verticais no hall de entrada (do piso até o telhado), na sala de estar e na sala de jantar e também no canto curvo do muro, além de auxiliarem na melhora da ventilação natural da casa. O muro foi trabalho em recortes, com recuos convidativos para ressaltar o sentimento de conexão entre a rua e o lote.

Croqui inicial - Introdução das curvas no projeto

Vista Oeste

Vista Norte

Corte Longitudinal

Corte Transversal

Uso de técnicas de sustentabilidade - Painel soalr e telhado verde

Projeto Maison Séduit

89


A CASA A setorização foi prezada na residência, de forma a separar os momentos sociais dos momentos íntimos, mantendo um bom equilíbrio na dinâmica da vivência. Dessa forma, a residência é composta por dois pavimentos, cujo térreo contempla as áreas sociais, de convivência, contando com a sala de estar com pé direito duplo, sala de jantar, banheiro social, cozinha e área de serviço. Ainda no térreo, encontram-se a área de apoio com churrasqueira e piscina e diversos espaços de jardins com paisagismo trabalhado e pequenos espaços de convivência. Já no primeiro pavimento, localizam-se, separados pelo mezanino, o escritório do cliente e a área íntima, composta por 3 suítes (do casal, do bebê e de hóspedes), sala íntima entre os quartos e uma sacada comum que dá para a frente principal da casa. Ao escritório, à suíte do casal e à suíte do bebê encontram-se pequenas varandas anexadas, dando vista à parte de trás da casa e auxiliando na ventilação e na iluminação natural e no controle do conforto térmico ao diminuírem a incidência direta de luz solar. A casa apresenta também medidas de sustentabilidade, como o uso de placas solares e telhado verde. PAVIMENTO TÉRREO N

CÔMODO

ÁREA

7 1

GARAGEM

31,96 m²

2

SALA DE ESTAR

30,33 m²

3

SALA DE JANTAR

18,47 m²

4

COZINHA

25,78 m²

5

ÁREA DE SERVIÇO

7,19 m²

6

BWC SOCIAL

4,08 m²

7

ÁREA DE APOIO

20,75 m²

8

HALL

2,60 m²

4

1

3

5 6

2

8

PRIMEIRO PAVIMENTO Planta baixa do pavimento térreo

19 9

20

17

15

18 12 11

14

16

13

10

Planta baixa do primeiro pavimento

90

PROJETO DE ARQUITETURA III

N

CÔMODO

ÁREA

9

ESCRITÓRIO

4,68 m²

10

SACADA ESCADA

3,23 m²

11

MEZANINO

8,21 m²

12

SALA ÍNTIMA

11,61 m²

13

SUÍTE DE HÓSPEDES

11,30 m²

14

BWC HÓSPEDES

4,73 m²

15

SUÍTE DO CASAL

22,54 m²

16

BWC CASAL

4,97 m²

17

SACADA CASAL

5,08 m²

18

SUÍTE BEBÊ

11,83 m²

19

BWC BEBÊ

4,82 m²

20

SACADA BEBÊ

2,20 m²


FLUXO A residência apresenta 3 tipos de acessos: acesso principal, acesso de serviço e acesso da garagem. Ao entrar pela garagem, é possível acessar os jardins laterais, a casa e a área de apoio; a casa apresenta acesso pela sala de estar, que então leva à sala de jantar e banheiro social e em seguida à cozinha, ligada à área de serviço, dando acesso à entrada de serviço, também conectada aos jardins laterais e à área de apoio. Ao utilizar a entrada principal, o acesso à casa se dá pelo hall de entrada, que se liga à sala de estar e jantar, e em seguida ao banheiro social e cozinha. É possível acessar a área de apoio por meio dos 3 acessos, pois se conecta à garagem, à sala de jantar e à área de serviço.

Planta baixa do pavimento térreo

Planta baixa do primeiro pavimento

Corte Longitudinal

Corte Transversal

“A condição natural dos corpos não é o repouso, mas o movimento.” Galileu Galilei

Projeto Maison Séduit

91



Agradecemos à turma de Projeto de Arquitetura III pelo empenho para a realização dos projetos e sua respectiva divulgação na quinta edição da Revista 562.

AGRADECIMENTOS

Em nome da turma, agradecemos aos professores Ana Rosa Negreiros e Marcelo Barbosa Furtini, pelo empenho e dedicação no ensino dos estudantes da disciplina, como também no progresso desta. Agradecemos, também, ao graduando em Arquitetura e Urbanismo, David Alisson, por sua disposição e responsabilidade como monitor da turma de Projeto de Arquitetura III, bem como ao técnico em maquetaria, Kléber Craveiro, pela assistência fornecida aos alunos na materialização de maquetes e outros trabalhos representativos. dos organizadores

93


2019.1


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