DHARAMSALA FILMS / DIVULGAÇÃO / CP
[CPOVO: CORREIO_DO_POVO-MAIS_PREZA-MATERIAS <MAISPREZA> [EDITORIAL] ... 04/07/14]
sborges@correiodopovo.com.br Editora: Susi Borges
Author:SBORGES
Date:04/07/14
CINEMA DA COPA ■ Copa, não se vá! No clima do Mundial, a Sala P.F. Gastal do
Gasômetro (Presidente João Goulart, 551) está exibindo uma série de filmes contemporâneos que foram produzidos em países que disputaram os jogos aqui em Porto Alegre. Curioso, né? Entre eles estão a comédia argelina “Mascarados” (foto) e “Vivendo no Cativeiro”, marco do cinema nigeriano. A programação vai até o dia 13! Mais informações lá no blog: maispreza.com.br
SE VOCÊ AINDA NÃO FOI... F
alta pouco mais de um mês para “O Tamanho do Mundo” se despedir de Porto Alegre. Se você não sacou do que estamos falando, pode continuar lendo, é para você mesmo que preparamos este texto. “O Tamanho do Mundo” é a primeira exposição individual que o artista Vik Muniz, nome expoente da arte contemporânea, assina na Capital. Abrigado no Santander Cultural, o conteúdo da mostra é capaz de confundir a percepção de qualquer ser humano, não exige “cara de intelectual” para cada obra, é contestador e pode ser até perturbador, dependendo da sua disponibilidade de interpretação. Para deixar ainda mais claro por que consideramos essa exposição imperdível — e por que achamos que você não deve deixar ela ir embora sem dar uma olhada —, convidamos alguns leitores que não têm o hábito de visitar mostras, principalmente de arte contemporânea, para investirem um pouco do seu dia no Vik Muniz. Acompanhamos o pessoal em uma tarde de sexta-feira para ouvir o que eles têm a dizer sobre a experiência, considerando cerca de uma hora para cada um contemplar as cerca de 70 obras expostas. A partir de agora, fique à vontade e tire suas conclusões:
“Com o simples, ele consegue passar algo muito profundo.” Essa foi a primeira observação do Frederick Martins, 28 anos, sobre o trabalho de Vik Muniz em “O Tamanho do Mundo”. Apesar de soar como uma interpretação mais apurada sobre o tema, ela veio de quem até pouco tempo alimentava preconceito com o próprio relacionamento que mantinha com a arte, “você acha que não vai sacar a obra, não vai entender”. No
SAMUEL MACIEL
A praia do Rafael Martins, 32 anos, é música e ele faz questão de deixar isso bem claro. Visitas a Bienais pelo país, honestamente, não estão na lista de prioridades dele. Mas isso não impede que o Rafa seja surpreendido de vez em quando. Em “O Tamanho do Mundo”, ele sentiu o peso da crítica (aliás, essa é uma das características mais evidentes e marcantes da carreira de Vik Muniz) e se impressionou com algumas obras, como o conjunto “Relicário”, composto por objetos e esculturas, dentre eles bonecas mergulhadas em vidros cheios d’água, reproduzindo fetos em formol. Já essa caveira que o Rafael observa atento na foto é outra das muitas peças famosas exibidas na exposição: a “Caveira de Palhaço”, de 1989. JÚLIA ENDRESS / ESPECIAL / CP
SAMUEL MACIEL
entanto, a visita à exposição foi um pontinho para deixar essa impressão de lado. “A visão dele é muito aguçada”, repetia Fred, fortalecendo a ideia que o deixou mais impressionado. “Confesso que vim sem saber nada sobre e gostei muito. Vou sair daqui com vários pontos de vista. É como terminar um livro, você vai ficar pensando nisso, captando.”
Para a Iarema Soares, 22 anos, não compreender uma obra é sinônimo de sair frustrada de uma exposição — e isso sempre a fez preferir arte clássica à contemporânea. Mas, em “O Tamanho do Mundo”, ela definitivamente não teve esse problema: de cara sacou o que Vik Muniz tinha a dizer. “Nada é o que parece ser em um primeiro olhar, mas, ao mesmo tempo, é tudo tão sutil que se percebe rápido o diferencial de cada trabalho. E isso é muito bom e aproxima mais as pessoas desse tipo de arte”, disse, ao deparar com a obra “Luva”. Impressionada com os jogos de proporção e os diversos materiais usados para confundir o público, a guria descreve o artista como alguém bastante irônico. “Parece que ele está brincando com a gente o tempo todo, mas também sempre fazendo uma crítica. Ele nos faz olhar para além do óbvio”, comenta.
A exposição é free e rola até o dia 10 de agosto no Santander Cultural, de terça a sábado, das 10h às 19h, e domingos e feriados, das 13h às 19h!
TE programa
#drops FABIANO DO AMARAL / CP MEMÓRIA
■ É... acabou a Copa :( Calma, a gente não tá dizendo que a Seleção vai perder hoje. Só que aqui em Porto Alegre o clima já mudou, e tudo está voltando ao normal, sem turistas passeando por aí e lotando a Cidade Baixa. Pensar nisso te deixou nostálgico? Pois é. A gente falou com uma galera que aproveitou muito o Mundial e que contou o que vai deixar saudade. Dá uma olhada no que eles disseram lá no maispreza.com.br.
■ Quem curte música eletrônica vai ganhar um presentinho do Opinião na próxima semana. Fabrício Peçanha, eleito por cinco anos consecutivos o melhor DJ do Brasil, é a atração da noite, que vai contar com a companhia de amigos para compartilhar as pick-ups: Eddie M, Landosystem e Leo Zamper. A festa rola na quinta, dia 10 de julho. ■ Anitta volta à Capital! Desta vez, ela vem para apresentar o show do DVD recém-lançado, lá no Pepsi on Stage, dia 19.
@maispreza ■ Lá em 2012, O Terno viu o seu álbum de estreia classificado entre os melhores daquele ano pela Rolling Stone. Agora, o trio paulistano está prestes a lançar seu tom
/maispreza
sessentista em um segundo disco e dar o ar da graça em Porto Alegre. A banda será o destaque da tradicional Segunda Maluca do Opinião, mas só em agosto, dia 25. MAIRA FRIDMAN / DIVULGAÇÃO / CP
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