Mais Preza - 27-06-2014

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MATEJ DIVIZNA / DIVULGAÇÃO / CP

[CPOVO: CORREIO_DO_POVO-MAIS_PREZA-MATERIAS <MAISPREZA> [EDITORIAL] ... 27/06/14]

sborges@correiodopovo.com.br Editora: Susi Borges

Author:SBORGES

Date:27/06/14

O POETA DAS SOMBRAS ■ Você já ficou intrigado com a produção de “Edward Mãos de

Tesoura” ou “O Estranho Mundo de Jack”? Então, é hora de tirar as dúvidas sobre essas e todas as outras obras de Tim Burton. Os temas, a estética e até a visão de mundo do cineasta serão abordados em um curso que rola nos dias 3 e 4 de julho, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (Andradas 1223), na Capital. Contamos mais no blog: maispreza.com.br.

CADA UM COM A SUA COPA THIAGO PICCOLI / DIVULGAÇÃO / CP

A ESTREIA Essa panorâmica registra dois grandes momentos: o primeiro jogo deste Mundial em Porto Alegre e a primeira partida de uma Copa do Mundo do José Carlos Cunha, o vô Zé, 77 anos, que está ali no canto direito, observando tudo. Aliás, essa foi a estreia dele em um jogo de futebol. Ou melhor, foi a estreia dele em um estádio! Ele chegou até a partida de França e Honduras graças a um dos netos, o Thiago Piccoli, 31 anos, que organizou uma vaquinha com a irmã e mais cinco primos para dar de presente de aniversário ao avô. No entanto, a escolha não teve um significado tão simples e óbvio como parece, veio de uma história que já acumula uns bons longos anos. “Tenho recordação de assistirmos juntos às Copas desde 90. Então, sempre que lembro de um Mundial, me vem na memória a companhia do meu avô”, conta Thiago. O

neto mais velho, que acabou sendo eleito pelos primos como o acompanhante oficial do vô Zé, testemunhou essa cena que você vê acima e reações que ele não expressava há muito tempo. “Posso dizer, com toda certeza, que fazia muitos anos que eu não via meu avô tão animado e disposto. Ele ria de qualquer coisa, até dos brasileiros cantando em francês errado. Ele não falava muito, mas olhava para todos os lados do estádio. Até se acomodar na cadeira, eu percebi que ele observava tudo, fascinado”, relata Thiago, emocionado. Depois disso, nem ousamos perguntar se a experiência tinha valido a pena. Na verdade, só restou uma dúvida: ele estava de que lado? “Ah, torcia para os dois. Mas, quando acabou a partida, ele se rendeu à torcida e achou até mais legal que o jogo. Disse que era tudo muito lindo, que nunca tinha visto coisa mais linda antes.” <3

Há quem diga que esta está sendo a Copa das Copas. Não encomendamos nenhuma pesquisa para tirar esse papo a limpo, mas constatamos, nessas três his-

FABIANO DO AMARAL

COREIA, EU TE AMO No último domingo, a Ana Stuepp, 21 anos, não foi ao Beira-Rio para assistir a um jogo do Mundial, mas sim para ver bem de pertinho o time da Coreia do Sul. O país está para a Ana assim como o Neymar está para os seus fãs. Ela é fanática assumida pela cultura dos coreanos há, no mínimo, cinco anos. Esse sentimento todo começou quando ela assistia a vídeos com dicas de beleza produzidos na Ásia e acabou descobrindo o K-pop (música pop coreana). Pronto, foi amor à primeira vista, “é o que mais me encanta e também foi o que me impulsionou a buscar informações sobre o país”. Depois, ela conheceu os K-dramas (seriados de TV), a culinária e as tradições locais e, desde então, faz de tudo para se manter próxima da Coreia — enquanto a ida até lá ainda é um sonho. “Pratico Taekwondo e acompanho os vlogers que postam vídeos contando suas rotinas e mostram lugares para visitar”, conta. E ela se esforça: além disso, a guria estuda o idioma pela Web e já possui uma pequena coleção de artigos sobre o país. Quanto ao jogo, a Ana — eufórica — só tem bons momentos para guardar e uma excelente impressão do povo coreano. “Eu não queria que o dia acabasse! Agora só consigo pensar no quanto eu realmente amo e desejo visitar a Coreia do Sul algum dia.” Vai rolar, Ana! ;)

#drops WANNABE JALVA / DIVULGAÇÃO / CP

PEDALA, PAUL

■ Os guris da Wannabe Jalva andaram sumidos por um tempo, é verdade. Mas a banda, que tem um disco lançado e o festival Lollapalooza no currículo, ficou longe dos palcos por um bom motivo. Os meses de reclusão serviram para dar um gás nas ideias e produzir novas faixas para o próximo disco, que vem com um som “mais maduro, com uma pegada mais rock e soul”, conforme adianta o vocalista e guitarrista do grupo, Rafael Rocha. Para matar a curiosidade da galera e dar um gostinho do que está vindo por aí, o quarteto agendou dois shows na Capital na próxima semana, 4 e 5 de julho. O reencontro será no Galpon (Alcides Cruz, 398), e é bom se ligar, porque a lotação é superlimitada. Todos os detalhes a gente explica lá no blog: maispreza.com.br.

tórias que você vai ler a seguir, que para algumas pessoas não só está tendo muita Copa, como esse está sendo, de fato, um momento sensacional de se viver!

No início de maio, Paul West, 31 anos, voou da Inglaterra para Buenos Aires. Lá ele começou uma viagem que só terminou na última terça, em Belo Horizonte, quando atingiu seu objetivo: assistir ao jogo entre o seu país e a Costa Rica. Até aí, tudo beleza, tudo normal, se ele não tivesse feito o trajeto inteiro de... bicicleta! Pedalando muito e levando a vida em pequenas trouxas acomodadas na bike, ele passou pelo Uruguai, PoA e Florianópolis até chegar em Curitiba e descansar um pouco. “Consigo percorrer em torno de 100 quilômetros por dia”, conta, explicando como calculou o tempo que demoraria para chegar a BH. A trip reuniu duas vontades: atravessar o Brasil de bicicleta e assistir à seleção inglesa em campo. Para ele, o que ficou até agora desse percurso

de quase 3 mil quilômetros é o quanto conseguiu conhecer as diferentes formas de viver nos lugares por onde passou, “você consegue notar as pessoas mudando ao longo do caminho”, diz, realizado. A Inglaterra já tinha sido eliminada

antes da partida que ele queria tanto assistir, mas a sorte do Paul é que a sua experiência na Copa é muito maior do que apenas o jogo. E ele até se deu ao luxo de mudar de lado: “Agora eu quero que o Brasil ganhe”. (E nós também). PAUL WEST / DIVULGAÇÃO / CP

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