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[CPOVO: CORREIO_DO_POVO-MAIS_PREZA-MATERIAS <MAISPREZA> [EDITORIAL] ... 30/08/13]

TANZA BELTRÁN / DIVULGAÇÃO / CP

Todos os tipos de dança ■ Amanhã começa o “11˚ Sul em Dança”, que

acontece até o dia 8 de setembro, em São Leopoldo. As apresentações, que vão do balé clássico a danças folclóricas, rolam no Ginásio Municipal Celso Morbach. A programação também tem cursos e fóruns grátis. Pilhou? Tem todos os detalhes no site: sulemdanca.com.br.

Tattoo x mercado

Em busca de sintonia É

tão difícil hoje olhar para o lado e não achar alguém tatuado que é até curioso quem nunca tenha tido vontade de “rabiscar” o corpo. Só que esse é um movimento bem recente. Não precisamos voltar muito no tempo para encontrarmos quem não ache uma tatuagem tão legal assim. Essas pessoas podem ser os nossos avós, pais e, quem sabe, os nossos chefes. Será que o mercado de trabalho acompanhou essa popularização das tattoos com tanta empolgação quanto as gerações que estão começando a entrar nele? Não muito, na verdade. É o que explica Jeanine Ramos, sócia e diretora de uma empresa especializada em recursos humanos de Porto Alegre: “A resistência está diretamente ligada ao nível de exposição da pessoa ou da tatuagem”. Ela considera que não exista, de fato, um preconceito, mas que, dependendo do nível de exibição do desenho, ele pode acabar sendo o fator de exclusão de um candidato a uma vaga. Em resumo: tudo ainda segue dependendo da empresa, do cargo e do tamanho.

Segundo uma pesquisa do instituto norte-americano Pew Research Center, publicada em 2010, 38% dos jovens da Geração Y têm pelo menos uma tattoo. Até aí tudo bem, mas grande parte deles (72%) admite que todos os desenhos estão em lugares que podem ser (e normalmente são) tapados pelas roupas. Essa reação pode ser interpretada como um reflexo dos filtros que continuam sendo exigidos pelo meio corporativo. Segundo Jeanine, se percebe uma evolução dos dois lados, tanto do candidato quanto do empregador. Numa escala de zero a dez, ela observa que há cinco anos a relutância de empresas convencionais a tatuagens com nenhuma exibição poderia chegar até 5, enquanto hoje ela avalia que não passa de 3, o que entende ser “muito baixo”. E se tratando de entrevistas de emprego, a consultora considera a atitude de tapar as tatuagens com a roupa normal e compreensível, visto que, se há pouca exposição e visibilidade, a probabilidade de aceitação em empresas convencionais é muito maior.

RIGARDO GIUSTI

Author:SBORGES

Date:30/08/13

Time:13

Hashtag bloqueado ■ Se você é daqueles que não dispensa uma

hashtag no Instagram, se liga: algumas # foram banidas pelo servidor do aplicativo, principalmente as relacionadas a sexo. Você até pode usar #sex #iphone #photography, mas saiba que não servirão para nada, além de poluir sua foto. Esses e mais alguns termos não são mais atalhos de busca na rede.

#drops LUMIÉRE / DIVULGAÇÃO / CP

■ O filme já tem mais de uma década, mas nem por isso “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” deixa de ter novidades. A primeira é que o longa vai ser eternizado pelos musicais da Broadway. A produção ainda não tem data de estreia, mas já se sabe que quem irá adaptar o roteiro do filme francês para os palcos será o músico

Dan Messé, da banda americana Hem. A outra novidade é para os fãs babarem: um mochilão saindo de Porto Alegre que vai até Paris, com um roteiro especialíssimo, passando por todos os lugares em que Amélie se aventurou na capital francesa. Curtiu? Os detalhes dessa trip a gente conta mais lá no blog: maispreza.com.br.

ARQUIVO PESSOAL / CP

A Camila, depois que levou sinal verde do chefe, adotou uma filosofia em relação às suas tattoos e ao mercado de trabalho: ‘Se a empresa tem algum tipo de problema com as minhas tatuagens, então não é a certa para mim’. Rafael é médico e só sentiu resistência a seu estilo uma vez desde que começou a atender. Mas ele continuou sem se preocupar em exibir os desenhos, prova que a atitude do paciente não o abalou

Abrindo espaço Imagine você entrando num consultório e dando de cara com um médico com um cabelo nada formal e 12 tatuagens pelo corpo. A cena é bem comum para os pacientes do doutor Rafael Juliani, 29 anos. Grande parte dos desenhos dele são visíveis, e ele não faz questão de tapar: “Nunca escondo, pelo contrário, acho ótimo poder quebrar esses preconceitos exibindo as tattoos enquanto tento realizar uma bela consulta”. Apesar disso, na faculdade ele teve que lidar com um pouco de resistência, “ainda tem essa bobagem de achar que médico tem que ser aquele cara certinho, estilo camisa da Lacoste”. O único cuidado do Rafael é evitar desenhos que possam ser interpretados para o lado ofensivo. “É muito preconceito se preocupar se o médico tem ou não tatuagem. Tem muita coisa mais grave”, defende. No fim o que vence é a curiosidade dos pacientes, que o enchem de elogios e perguntas. Já no caso da designer Camila de Santi, 32 anos, e da advogada Gabriela Etchart, 26 anos, ambas com tatuagens de perder as contas, a postura precisou ser um pouco mais reservada. A Camila, que tem um braço praticamente fechado, trabalhava no marketing de uma companhia em que precisava negociar com os mais diversos

clientes e tinha sempre um cuidado redobrado para escondê-lo quando ia encontrar alguém mais conservador. Mas com o tempo, as atitudes foram mudando: “Percebi que a empresa me dava um certo respaldo para poder ser a pessoa que eu gostaria”, comenta. Quando o seu gerente finalmente viu a tattoo, ela falou da intenção de completar todo o braço e ouviu de volta um belo “por que não?”. Essa resistência da própria Camila, que foi perdendo força aos poucos, continua na Gabriela, que ainda sente necessidade de esconder seus desenhos. “Na maioria das vezes, senti olhares curiosos, mas não preconceituosos. Já ouvi comentários tendenciosos de pessoas que falaram comigo sem saber que eu tinha tattoos. Uma advogada se referiu a um grupo de tatuados como ‘ousados, bem loucões’.” Geralmente a precaução da Gabriela em exibir as tatuagens é por não conhecer o outro e se proteger de algum possível preconceito, o que acaba sendo o comportamento natural da maioria dos candidatos a uma boa vaga de emprego hoje em dia: “Me preservo na medida do possível. O cliente ou o juiz podem ser tatuados. Ou podem alimentar preconceito contra quem é (muito) tatuado, como se isso fosse sinônimo de irresponsabilidade”.

SITE OFICIAL DAVE MATTHEWS BAND / DIVULGAÇÃO / CP

Te programa ■ A Dave Matthews Band já está com tudo marcado para se apresentar em Porto Alegre, dia 11 de dezembro, no Pavilhão da Fiergs (Assis Brasil, 8787). A data faz parte da turnê da banda, que também passa pelo Summer Break Festival, em São Paulo e no Rio. O grupo vem apresentar seu novo trabalho, “Away from the World”, lançado ano passado. A trupe de Dave Matthews divide o palco com o reggae dos norteamericanos do SOJA, velho conhecido do público porto-alegrense.

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■ Quem também passa por aqui é a Alicia Keys! Pela primeira vez no Brasil, ela se apresenta no Rock in Rio e em São Paulo, antes de chegar a Porto Alegre no dia 17 de setembro para um show no Araújo Viannna (Osvaldo Aranha, 685). A cantora traz a turnê “Set The World on Fire” e promete canções do último álbum, “Girl on Fire”. As informações completas sobre os dois shows estão lá no blog: maispreza.com.br. MATT MCDONOUGH / DIVULGAÇÃO / CP


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