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6 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 7
UM ANO COM MUITA DEDICAÇÃO E CARINHO COM O SETOR FLORESTAL Há exatamente um ano, lançamos a primeira edição da Revista B.Forest com o objetivo de oferecer ao mercado um novo conceito de mídia florestal. Depois de 12 edições, nos sentimos realizados em olhar para trás e ver que o compromisso firmado de entregar uma publicação com qualidade e independência editorial. Oferecer para o mercado florestal, a cada edição, uma revista com conteúdo qualificado e com a linguagem do setor faz com que a cada mês mais profissionais florestais leiam a B.Forest e que as nossas parcerias se fortaleçam. Nesta edição especial de 1 Ano, reforçamos o nosso compromisso e anunciamos que este é apenas o começo de uma longa jornada. Desejamos continuar conectados, levando informação gratuita e relevante feita de profissionais florestais para florestais profissionais! Este também é o momento oportuno para agradecer os nossos anunciantes, por terem acreditado na proposta da Revista B. Forest desde a primeira edição; aos nossos conselheiros, que mensalmente nos ajudam a manter a qualidade editorial da revista; e, claro, aos nossos mais de dez mil leitores mensais, que sempre opinam sobre as reportagens publicadas e nos dão sugestões altamente relevantes. Fica aqui o nosso muito obrigado! Nas próximas páginas, você encontrará uma revista repaginada, com layout mais moderno e fotos cada vez mais bonitas e bem editadas. Entre os assuntos da edição está a tecnologia aplicada à produção das mudas, a importância da gestão das equipes por meio dos turnos de trabalho e o uso das florestas como matéria-prima para geração de energia. Além disto, leia uma entrevista exclusiva com o diretor florestal da Klabin, José A. Totti, que falou sobre sua experiência com a gestão de equipes e a sua visão sobre o futuro do setor florestal. E para fechar com chave de ouro, a edição comemorativa, produzimos uma linha do tempo para dividir com você tudo o que ocorreu de bom neste primeiro ano! Bem-vindo ao segundo ano da Revista B.Forest! Saudações florestais! 8 ENTREVISTA EDITORIAL . . B.B.FOREST FOREST
Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Editora: Giovana Massetto Jornalista: Amanda Scandelari Designer Responsável: Vinícius Vilela Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior, Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal Edição 13 - Ano 02 - N° 10 - Outubro 2015 Foto de Capa: Timber Forest Malinovski Florestal +55 (41) 3049-7888 Rua Prefeito Angelo Lopes, 1860 - Hugo Lange - Curitiba (PR) – CEP:80040-252 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br
© 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.
B. FOREST B. FOREST . . ENTREVISTA EDITORIAL 9
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B. FOREST
. ENTREVISTA 11
UM PROFISSIONAL
DE PESO José A. Totti Diretor Florestal da Kablin
U
m dos profissionais de maior reno-
foram dados em uma empresa de Caxias
me no setor florestal, mais de 35
do Sul (RS) que trabalhava com plantio de
anos de experiência, 31 deles ape-
maçã, eucalipto e pinus. Fiquei dois anos lá
nas na Klabin. Vasto conhecimento sobre
e depois fui para a Riocell, em Guaíba (RS),
colheita, estradas e, especialmente, gestão
que já era uma empresa do grupo Klabin. De
de pessoas. Estas são apenas algumas das
lá para cá, trabalhei praticamente o tempo
características do diretor florestal da Klabin,
todo na empresa, depois do Rio Grande, no
José A. Totti. O clássico gaúcho, objetivo
Paraná e em São Paulo. Fiquei apenas um
e que acredita que chegou onde está pela
ano e sete meses fora. Em todo o período
dedicação, suporte de sua equipe e por es-
completei 31 anos de casa.
tar no lugar certo, na hora certa, bateu um papo descontraído com a Revista B.Forest em sua edição comemorativa. Confira!.
Quais
são
as
experiências
mais
marcantes que viveu? Participei de alguns processos focados na
Como começou sua carreira e a ligação com o setor florestal? Meus primeiros passos profissionais 12 ENTREVISTA . B. FOREST
mudança de cultura de gestão. Transformar um modelo de gestão anacrônico, no qual as pessoas trabalham sob forte hierarquia
Foto: Divulgação
“Talvez
eu tenha dado sorte de
estar no lugar certo na hora certa. Mas o fato é que ter uma boa equipe ajuda muito a te levantar e empurrar para cima, por isto, sempre procurei me cercar de pessoas de alto nível”
B. FOREST
. ENTREVISTA 13
“O país está passando por um momento delicado, que não será superado facilmente, mas ele tem todas as condições para se tornar competitivo, voltar a crescer. O setor florestal tem muito a colaborar nisso” e transformá-lo em um modelo mais
obter bons resultados, a equipe com que
contemporâneo de gestão, compartilhado
se irá trabalhar já tem que estar em um
e em equipe, sempre me deu muito prazer.
patamar razoável, do contrário leva-se mais
Perceber que as pessoas têm condições
tempo. O mais difícil é gerir as pessoas,
de mudar, dependendo do jeito com
mexer com o relacionamento entre elas e
que você começa a interagir, como as
com a forma como atuam. Muitas vezes
incentiva e quais recursos mobiliza para
os processos precisam ser modificados,
que elas mudem, me realiza. É muito bom
assim como as estruturas, então a vida das
poder transformar o ambiente de trabalho,
pessoas muda junto. Essa adaptação não
deixando-o mais produtivo, onde as pessoas
é fácil, precisa ser feita com calma, com
olham as questões e as discussões por um
jeito, sem ameaças, mas ao mesmo tempo
ponto de vista profissional e não pessoal,
sendo objetivo, senão nada acontece.
e, além disto, perceber que elas evoluem e
Eventualmente, alguns profissionais podem
se colocam de forma diferente a partir de
ficar pelo caminho, não vai ter jeito, quem
um trabalho estruturado de mudança de
não se adaptar fica para trás. O tempo neste
cultura.
processo é essencial para que seja possível levar o maior contingente de pessoas junto.
Quais
fatores
leva
em
consideração
para formar e gerir uma equipe de alta performance?
Até o momento a Klabin tem sido o seu maior projeto profissional. Quais os
De forma geral, formar uma equipe de
maiores desafios que enfrentou na empresa
alta performance é um trabalho longo.
e como se preparou profissionalmente
Não se faz isso da noite para o dia. Por
para acompanhar os saltos que a empresa
mais capacitado que você seja, por mais
tem dado?
ferramentas e apoio que tenha, em menos
Tem uma boa dose de preparo pessoal
de cinco anos é quase impossível. Para se
para enfrentar estes desafios. Logo no
14 ENTREVISTA . B. FOREST
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B. FOREST
. ENTREVISTA 15
início da carreira, nos meus primeiros anos,
por uma de suas maiores expansões e
no final dos anos 80, tive a oportunidade
investimentos, o Projeto Puma. Quais
de
de
fatores estratégicos que a área florestal
esta
contribuiu e está contribuindo para o
participar
desenvolvimento
de
um
programa
gerencial.
Com
experiência, tive condição de entender
sucesso do projeto?
um pouco mais as pessoas, os processos
O Projeto Puma não surgiu ao acaso.
e as interações e relacionamentos. A partir
Ele foi planejado e quando a companhia
daí gostei do tema e busquei aprofundar
decidiu implementá-lo, nós do florestal,
meu
Experimentando,
tínhamos algumas questões a tratar. A
angariando ajuda e apoios, comecei a ser
primeira foi um reforço na estrutura, afinal
um pouco “referência” no assunto, nas
no Paraná estamos saindo de uma colheita
empresas onde atuei. Não sei se realmente
acima de 6 milhões e indo para 12 milhões
sou, mas o fato é que gosto de lidar com
de toneladas por ano.
conhecimento.
gente e ajudá-las a mudar pessoal e
Felizmente, a unidade do Paraná tem
coletivamente. É muito bom ver o resultado!
uma vantagem competitiva muito grande.
Mas acima de tudo, em minha vida
Temos florestas próximas à fábrica atual
profissional, talvez eu tenha tido a sorte de
e à futura e teremos o menor raio médio
estar nos lugares certos, nas horas certas. O
para um site de dimensões parecidas com
fato é que ter uma boa equipe ajuda muito
o que ficará naquela região - 2,5 milhões de
a te levantar e empurrar para cima, por isto,
toneladas de celulose/papéis -. Nenhuma
sempre procurei me cercar de pessoas de
outra empresa deste porte terá um raio
alto nível. Uma combinação entre gente
médio sequer parecido. Temos um site de
jovem com alto potencial, e gente madura
altíssima produtividade, também inigualável
que tinha capacidade de passar mensagens
no país e no mundo. Além disso, temos um
e ajudar os jovens a crescer. Uma equipe
diferencial importante: nosso site produz
mista é essencial. Nunca tive medo de
muito bem tanto eucalipto quanto pinus.
sombra, sempre acreditei que ter os
O Projeto já entrará em operação com
melhores comigo me empurraria para cima.
madeira disponível, temos um percentual
Tem gente que tem medo de sombra e com
pequeno previsto de compra de madeira
isso não vai ter uma equipe de qualidade.
na região. Se ela for necessária, sabemos graças a um inventário florestal feito em
Atualmente, a Klabin está passando 16 ENTREVISTA . B. FOREST
conjunto com os governos federal e
estadual e a APRE, que temos mais de 1
vem se modificando. Entendo que dobrar
milhão de hectares de pinus e eucalipto
a área florestal não é trabalho para 2020,
plantados, isso significa que se precisarmos
sinceramente,
comprar madeira fora do nosso raio de
chegarmos aos 14 milhões de hectares.
atuação, nós a compraremos em um uma
Não sei nem se dobraremos a área florestal
distância razoável. Isso é muito positivo
em algum momento. O que existe é um
porque não precisamos sair do estado do
potencial de crescimento e no momento
Paraná para comprar madeira.
estamos desenvolvendo na Ibá um trabalho
acho
quase
impossível
de identificação do potencial viável de Além dos cargos empresariais sempre foi
crescimento do ponto de vista da área
ligado as associações do setor e ajudou na
plantada, que vai nos dar um direcionamento,
consolidação de grandes iniciativas como
vamos
o FSC, ABAF, ABRAF. O que te motivou a se
questões a partir do mercado e das nossas
envolver com estas ações e entidades?
potencialidades. Depois disto, teremos
pode
enxergar
melhor
essas
A crença de que quando estamos
números mais precisos, indicadores para
juntos somos mais fortes. Uma empresa
acompanhamento e deveremos trabalhar
isoladamente tem pouco poder de fogo,
nos gargalos que dificultam o atingimento
pode ter influência, mas quando nos unimos,
do potencial produtivo do país.
profissionais e empresas, com o mesmo objetivo fica muito mais fácil trabalhar e
Consegue identificar o que falta para
alcançar objetivos. Acredito muito nisso e
que o setor seja reconhecido como um
tenho sido um defensor dessa ideia dentro
expoente para a economia brasileira?
da minha companhia, porque já tive boas experiências que comprovam isto.
Tenho a impressão de que o governo enxerga de uma maneira razoavelmente adequada o setor. Ele sabe a importância
As perspectivas para o crescimento do
e entende o quanto contribuímos para a
setor florestal, divulgadas pela Ibá, há dois
melhoria da qualidade de vida em regiões
anos, eram de duplicação da área plantada
carentes do país e também reconhece a
até 2020. Levando em consideração o
forte ação na balança comercial. Porém,
panorama atual acredita que podemos
o Brasil é deficiente no que diz respeito
atingir esta meta?
a mão de obra e melhores condições
Nestes últimos anos, a perspectiva
de operação. Enfrenta dificuldades de B. FOREST
. ENTREVISTA 17
infraestrutura logística (rodovias, ferrovias,
genético do mundo e agora vamos sair
hidrovias e portos deficientes), de energia e
na frente porque estamos começando a
de comunicação. Esta série de fatores nos
mecanizar a silvicultura e provavelmente
afeta, mas não é algo vivido exclusivamente
desenvolveremos equipamentos que o resto
pelo nosso setor. Por outro lado, temos
do mundo não tem. Quando analisamos
buscado mostrar aos governos (federal
o passado, vemos que evoluímos muito e
e estaduais), os gargalos que dificultam o
rápido. O setor florestal brasileiro está na
crescimento.
vanguarda mundial, não devemos nada sob
Acho que a sociedade de forma geral tende a perceber melhor os benefícios que
o ponto de vista ambiental, social e muito menos tecnológico.
trazemos e ficará menos apegada a mitos que vem sendo difundidos ao longo dos anos. Temos que quebrar essas barreiras e
Qual sua perspectiva para o setor florestal nos próximos anos?
levar a informação correta à sociedade. No
O país está passando por um momento
entanto, com 35 anos de carreira garanto
delicado, que não será superado facilmente,
que a forma como nós somos vistos hoje,
mas ele tem todas as condições para
é muito melhor do que nos meus primeiros
se tornar competitivo, voltar a crescer,
anos de atividade.
melhorar a qualidade de vida das pessoas. O setor florestal tem muito a colaborar
Quais são as principais mudanças que
com este processo. Se o país realmente
acompanhou nos mais de 30 anos de
se transformar, passar a ter uma lógica
atuação no setor?
econômica,
social
e
política
mais
Vivemos uma grande evolução. Quando
contemporânea, se nos aproximarmos da
comecei minha carreira se conhecia muito
forma de pensamento de países jovens
pouco da atividade florestal. Ela era ainda
como o Brasil, caso da Nova Zelândia,
muito recente e só começou para valer
Austrália, Estados Unidos, que têm uma
em 1970 com a mecanização, antes disso,
estabilidade política, alto nível educacional,
as operações eram manuais, não havia
visão
escala. Desde então, o avanço foi muito
a potência que nos tornaremos com a
grande, hoje as operações de colheita
disponibilidade de terras que temos, clima
acompanham o mesmo nível de outros
e tecnologia que já dominamos. Estou
países. Temos o melhor melhoramento
animado com o futuro!
18 ENTREVISTA . B. FOREST
empresarial
adequada...
imagina
20 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 21
22 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 23
24 24 LINHA LINHADO DOTEMPO TEMPO . . B.B.FOREST FOREST
B.B.FOREST FOREST . . LINHA LINHADO DOTEMPO TEMPO 25 25
26 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 27
28 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 29
30 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 31
32 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 33
34 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 35
36 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 37
38 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 39
GENÉTICA TECNOLÓGICA O
ponto de partida para uma floresta de alta produtividade é a escolha de uma boa muda. Depois de determinada a finalidade da floresta e com isso as especificações das espécies plantadas, a escolha certa das mudas é essencial para o
sucesso da floresta. Neste momento, as tecnologias e o modo de cultivo dos viveiros são fundamentais.
Foto: Ivar Wendling 40 SILVICULTURA . B. FOREST
B. FOREST
. SILVICULTURA 41
Foto: Divulgação
C
om o aumento da
te Mudas e Sementes Ltda,
sócio-gerente do Viveiro Da-
demanda por flores-
empresa do Grupo Plantar,
cko, também existe uma prá-
tas plantadas, houve
esse processo é caracteriza-
tica mais antiga que ainda é
a necessidade de uma maior
do pela utilização de peque-
utilizada: a produção seminal,
efetividade nos plantios, as-
nos brotos de eucalipto (es-
nesta utilizam-se sementes
sim os viveiros cresceram e
tacas) que possuem entre 4 e
de pomares certificados. “Em
se tornaram essenciais. Mas,
7 cm de comprimento e um
nosso caso, temos 90% de
com o desenvolvimento do
par de folhas. “Estas estacas
produção clonal”, acrescenta.
setor, as demandas também
são ‘plantadas’ em tubetes
A forma mais comum de
mudaram e novas tecno-
com substrato apropriado.
clonagem é por micropropa-
logias foram desenvolvidas
Após este processo as mudas
gação. Nela, se busca a mul-
para aumentar a produtivida-
permanecem em condições
tiplicação de gemas axilares
de do plantio, qualidade da
de controle de temperatura
e ápices caulinares, ou seja,
madeira, densidade, etc.
e umidade, em casas de ve-
a utilização de células meris-
Atualmente, o processo
getação, por um período de
temáticas já formadas. A uti-
de produção de mudas mais
12 a 15 dias para emissão das
lização da micropropagação
utilizado nos viveiros de eu-
novas raízes”, explica. Na se-
permite a produção de gran-
calipto no Brasil é o processo
quência, as mudas são gra-
de quantidade de mudas em
de clonagem com prática de
dualmente aclimatadas em
um curto espaço de tempo,
miniestaquia com minijar-
casas de sombra com redu-
além da obtenção de mudas
dins clonais. De acordo com
ção de luminosidade de 50%
livres de patógenos e viroses.
Paulo César Cacau Melo, di-
por mais 12 a 16 dias.
Esta técnica pode ser dividida
retor florestal do Centro Nor42 SILVICULTURA . B. FOREST
Segundo Marlon Moreira,
em cinco etapas principais:
desinfestação, multiplicação,
70%, e o hipoclorito de sódio,
a multiplicação, como por
alongamento, enraizamento
em diversas concentrações”,
exemplo: a frequência de
e aclimatização. No entanto,
explica.
subcultivos, o tipo e tamanho
Ivar Wendling, pesquisador
Após a desinfestação, os são
inoculados,
dos explantes e os cuidados
da Embrapa Florestas, ressalta
explantes
tomados.
que podem ocorrer variações
onde podem ficar até 30 dias,
Esta etapa é fundamenta-
de acordo com a espécie da
mas a percepção de conta-
da na divisão e diferenciação
muda e seu comportamento
minação pode ocorrer logo
celular, de acordo com as
in vitro. Entenda as etapas:
na primeira semana de cul-
diferentes rotas morfogené-
Desinfestação
tivo. “Para evitar contamina-
ticas possíveis, como a orga-
O estabelecimento in vitro
ções generalizadas, é indica-
nogênese e a embriogênese
é uma etapa determinante no
do a inoculação em tubos de
somática, de modo direto ou
processo de microprogapa-
ensaio, onde ficam individu-
indireto. Neste estágio, deve-
ção, principalmente se o ma-
alizados, ao invés de frascos
-se determinar o número e
terial genético for provenien-
de cultura”, alerta.
intervalo de subcultivos, bem
te de plantas do campo, isso
Multiplicação
como determinar e otimizar a
devido a alta taxa de conta-
Nesta fase, o objetivo é
taxa de multiplicação.
minação. De acordo com
produzir o maior número de
Alongamento
Ivar, vários procedimentos e
gemas ou brotos possíveis,
Essa é a fase da micro-
produtos podem ser utiliza-
mantendo-se a estabilida-
propagação em que ocorre
dos para a desinfestação de
de genética. Alguns fatores
a propagação das brotações
explantes. “Os mais utilizados
influenciam
desenvol-
para o enraizamento. “O indi-
são o etanol, normalmente a
vimento da cultura durante
cado é que a multiplicação e
no
B. B. FOREST FOREST . .SILVICULTURA ENTREVISTA 43
o alongamento aconteçam simultaneamente.
mão de obra e economia de espaço e energia
No entanto, em função do genótipo e de ma-
elétrica”, explica o pesquisador.
teriais genéticos de difícil propagação in vitro,
Aclimatização
algumas vezes é necessária uma fase exclu-
Neste estágio ocorre a transição da condi-
siva para o alongamento”, explica o pesqui-
ção heterotrófica para autotrófica. O principal
sador.
objetivo é reduzir ao máximo as perdas que
Enraizamento
ocorrem principalmente pela desidratação
Após a multiplicação e o alongamento, as
dos tecidos da microplanta. “Geralmente, esta
brotações são induzidas ao enraizamento, o
etapa é realizada em região sombreada, onde
que pode ocorrer in vitro ou ex vitro.
as plantas ficam entre 15 e 30 dias e na sequ-
O enraizamento in vitro tem como obje-
ência são levadas para uma área de pleno sol,
tivo a obtenção de plantas completas para
onde ocorre a rustificação e o crescimento”,
posterior transplante à aclimatização para as
completa.
condições ex vitro. Ivar destaca que alguns
Tecnologia
pesquisadores dispensam o enraizamento in
A clonagem por micropropagação já é uti-
vitro. “Ele proporciona redução do custo de
lizada há mais de 30 anos, mas ainda é consi-
Foto: Noriega, Guadalupe Kristel Bueno 44 SILVICULTURA ENTREVISTA . .B. B. FOREST FOREST
A MARCA DA QUALIDADE
MIREX-S sempre esteve à frente em tecnologias e inovações de produto e serviços para o controle das formigas cortadeiras. Para isso investe continuamente em melhorias, com controle absoluto desde a qualificação de fornecedores até o recebimento de matérias primas, assegurando sempre os melhores componentes para fabricação. Seu princípio ativo, a Sulfluramida, é produzido sob as exigências e rigorosas normas de pureza e processo industrial da Atta-Kill.
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B. FOREST
. ENTREVISTA 45
derada a melhor técnica. Marlon Moreira afir-
biodegradáveis, que substituem os de plásti-
ma que o ganho na tecnologia de clonagem
co. “Porém eles ainda necessitam de ajustes
é em relação à genética. “Em um lote de mu-
para poder serem viáveis em grande escala
das seminais existe muita variabilidade gené-
nos viveiros”, acrescenta. De acordo com ele,
tica, o que resulta em árvores boas e ruins. Já
o principal problema no sistema biodegradá-
com a clonagem é possível reproduzir apenas
vel é quando o plantio atrasa e a muda preci-
os materiais elites”, explica. Há anos, o setor
sa ficar mais tempo no viveiro, nestes casos,
florestal vem selecionando materiais para au-
os tubetes biodegradáveis iniciam o processo
mentar a produtividade. “Já saltamos de uma
de decomposição.
produtividade média de 30 m³ por ha/ano
Paulo Melo, do Grupo Plantar, destaca
para produtividades médias de 50 m³ por ha/
que as principais tecnologias desenvolvidas
ano. Este resultado é fruto de uma combina-
atualmente estão relacionadas à estrutura do
ção de melhorias em manejo florestal, mas
viveiro e à automação dos processos de irri-
com certeza a melhoria na genética dos clo-
gação e nutrição, além da instalação de linhas
nes contribuiu muito”, justifica.
de produção que permitem otimizar a inter-
Como a clonagem ainda é o melhor ca-
ligação dos processos e rotinas do viveiro.
minho, as tecnologias mais modernas foram
Para ele, além de aumentar a produtividade
desenvolvidas para aprimorar esse processo.
de mudas e reduzir o tempo de permanência
Marlon também conta que já existem tubetes
delas no viveiro, estas tecnologias permitem
Foto: Divulgação 46 SILVICULTURA ENTREVISTA . .B. B. FOREST FOREST
Foto: Ronaldo Rosa
“As
principais tecnologias desen-
volvidas atualmente estão relacionadas à estrutura do viveiro e estão associadas à automação dos processos de irrigação e nutrição, além da instalação de linhas de produção”
B. B. FOREST FOREST . .SILVICULTURA ENTREVISTA 47
a racionalização e controle do consumo de
nologia é parecida com a empregada em se-
água e fertilizantes nos viveiros, reduzindo os
mentes de milho e soja. “Acredito que demore
custos da muda e aumentando a competiti-
um pouco para estar disponível para o produ-
vidade.
tor rural, hoje esta tecnologia está somente
Mas ele acredita que, em termos de tec-
em algumas das grandes empresas florestais”.
nologia, existe muito espaço para o desen-
Paulo acrescenta que essas pesquisas têm
volvimento. “A automatização dos processos
por objetivo disponibilizar clones superiores
e das linhas de produção é um ponto a ser
que permitem o aumento de produtividade,
estudado. Atualmente, no Brasil, os viveiros
densidade da madeira além de maior eficiên-
mais modernos possuem um indicador de
cia nutricional e tolerância as principais pra-
produção de mudas da ordem de 120 a 150
gas e doenças.
mil mudas por pessoa/ano. Recentemente,
Israel Gomes Vieira, coordenador do se-
estão sendo construídos viveiros tecnológi-
tor de sementes e mudas do IPEF (Instituto de
cos e modernos no continente africano e no
Pesquisas e Estudos Florestais) aponta outro
Chile com a promessa de produção de 300 a
fator que tem sido pesquisado no Brasil, o
450 mil mudas por pessoa/ano apenas com
enraizamento no processo de micropropaga-
automação e controle. Desta forma, o Bra-
ção. “Temos o objetivo de desenvolver plan-
sil ainda tem muito espaço para melhoria da
tas com maior potencial de enraizamento e
produtividade de mão de obra”, acrescenta.
crescimento em campo. Isso reduz o número
Pesquisas
de perdas e aumenta a produtividade da flo-
Toda tecnologia desenvolvida começa
resta”, destaca.
com uma série de pesquisas e levantamentos.
Desenvolvimento brasileiro
Uma das pesquisas, que está sendo desen-
Os especialistas acreditam que, compa-
volvida atualmente e já começa a ser utilizada
rado a outros países, o Brasil está bem em
em algumas das grandes empresas florestais,
termos de tecnologia na produção de mudas
está relacionadas aos materiais transgênicos.
florestais, mas ainda existem muitas etapas a
“São clones com modificações genéticas que
serem vencidas. Entre elas, Israel destaca a
buscam resistência às doenças e produtos
sustentabilidade e a economia de água. “Um
químicos. Além de proporcionarem ganhos
desfio grande é reduzir a utilização da água na
na produtividade e qualidade da madeira”,
produção das mudas e esta é uma das nossas
explica Marlon. Ele acrescenta que essa tec-
metas em pesquisas nos viveiros”, pondera.
48 SILVICULTURA . B. FOREST
Foto: Divulgação 52 TURNOS SILVICULTURA DE TRABALHO . B. FOREST . B. FOREST
MÁQUINAS X HUMANOS G
raças a tecnologia aplicada às máquinas florestais, elas se tornam constantemente mais produtivas. A maioria dos equipamentos têm capacidade para trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana. Com isso, as empresas precisam
determinar turnos de trabalho para suprir suas demandas e otimizar a produção.
B. FOREST B. FOREST . TURNOS . DE SILVICULTURA TRABALHO 53
A
evolução tecnológica resultou em
sendo permitida a realização de horas extra.
ganhos de produtividade e qualida-
Não existe uma determinação para a execu-
de na atividade florestal. Permitiu
ção dessas horas de trabalho, então as em-
também atender aos crescentes níveis de
presas estudam e estabelecem os horários
exigência dos clientes, reduzir o tempo de
de início e término dos turnos, que podem
operação e proporcionar mais segurança
variar de acordo com as necessidades da
na operação. No entanto, existe um ponto
produção. Dependendo do caso, pode-se
que nem toda a tecnologia aplicada conse-
trabalhar um, dois e até três turnos, quando
guiu mudar: ainda é preciso utilizar mão de
as operações não param.
obra humana.
A Siqueira Florestal, empresa presta-
As máquinas foram projetadas para tra-
dora de serviços para a unidade da Klabin
balhar horas a fio sem a necessidade de in-
de Telêmaco Borba (PR), trabalha com três
terrupções, mas os operadores necessitam
turnos na colheita e dois no transporte.
de pausas e repouso para garantir a produ-
Leandro Kozar Siqueira, gerente operacio-
tividade. A legislação em vigência no Brasil
nal da empresa, conta que na colheita, a
estabelece turnos de trabalho de 8 horas,
Siqueira trabalhava com dois turnos de 12
Foto: Divulgação 54 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 55
“A
maior continuidade de dias trabalhados,
aliado ao período de folga que fornece um tempo maior para descanso tem um resultado muito positivo e os funcionários respondem de forma positiva a esse modelo”
Foto: Divulgação 56 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
horas cada, com uma escala 4x2 (quando
quentemente, menor a concentração, ge-
o funcionário trabalha quatro dias seguidos
rando improdutividade e risco operacional,
e folga dois), sendo três operadores traba-
e ao contrário, quanto maior a satisfação,
lhando na mesma máquina. Para atender a
maior será o foco e concentração, impac-
legislação trabalhista sem perder tempo de
tando diretamente na produtividade e se-
produção, eles adequaram as jornadas para
gurança”, complementa. Como consequ-
8 horas e adicionaram um turno. Agora, os
ência, ele salienta que a redução nas horas
operadores têm turnos 6x2. “Os pontos po-
trabalhadas também contribui para redução
sitivos que percebemos foi o aumento na
na ocorrência de acidentes.
produção. Isso aconteceu porque com a
Por outro lado, a alteração também teve
carga horária reduzida, os operadores têm
pontos negativos. “Precisamos contratar um
mais tempo com a família, o que melhora
número maior de operadores, agora con-
a saúde e aumenta a satisfação”, destaca
tamos com quatro por máquina; e nossos
Leandro. “É evidente que quanto menor o
custos com o transporte dos operadores
descanso, menor será a satisfação e, conse-
até as máquinas aumentaram, isso porque
Foto: Divulgação
B. FOREST
. TURNOS DE TRABALHO 57
precisamos de mais motoristas, se gasta
sária para cada negócio, visando atingir os
mais combustível e a manutenção dos ve-
objetivos”, esclarece Elcio Trajano, diretor
ículos aumenta”, detalha o gerente opera-
de recursos humanos da Eldorado Brasil.
cional. Mas ele pondera que as vantagens
Entre os objetivos estão: plantar com qua-
se sobressaem às desvantagens.
lidade e eficácia a quantidade de hectares
No transporte, a Siqueira sempre traba-
programada, colher as madeiras progra-
lhou em apenas um modelo de turno de
madas atingindo as obrigações trabalhistas
trabalho, sendo em dois turnos 6x2 fixos de
dentro dos mapas geográficos desenhados
10 horas com 1 hora para refeição.
e, por fim, transportar a madeira até a fábri-
Já a Eldorado Brasil, optou por trabalhar em apenas dois turnos 6x3, tanto para co-
ca, cumprindo a legislação considerando a distância das fazendas.
lheita como para o transporte. Já na silvi-
Elcio destaca que a Eldorado não en-
cultura, um turno único ocorre de segunda
controu nenhuma dificuldade em trabalhar
a sexta-feira. “Estes modelos foram empre-
com esse modelo. “A maior continuidade de
gados em função da carga horária neces-
dias trabalhados, aliado ao período de fol-
Foto: Divulgação 58 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
O JOGO MUDOU. DE NOVO.
Na John Deere, sempre procuramos tornar mais eficiente o trabalho na floresta. Com esse objetivo e a visão especializada de nossos clientes, desenvolvemos a nossa nova Série L de Skidders e Feller Bunchers de pneus. Suas grandes cabines possuem partida sem chave e opções adaptáveis de controle. Também contam com recursos de manutenção aprimorados, como o JDLink™ e diagnóstico remoto, que permitem fácil identificação de pontos críticos. Nós projetamos esses equipamentos para serem os melhores na floresta.
B. FOREST
. ENTREVISTA 59
JohnDeere.com.br/Florestal
ga que fornece um tempo maior para des-
ras efetivas trabalhadas e computar as gran-
canso tem um resultado muito positivo e os
des variações de produção de cada turno”,
funcionários respondem de forma positiva a
justifica José Adriano Mainardes, Gerente
esse modelo”. Ele explica que a maior parte
Comercial da empresa. Ele também desta-
dos motoristas ficam alojados na empresa
ca que a alta demanda da equipe de apoio,
durante o período em que estão trabalhan-
mecânicos e oficina central também foram
do, o que proporciona maior continuidade
fatores determinantes para essa escolha de
no trabalho. Já nos dias de folga, eles po-
modelo.
dem ir para casa e têm mais tempo para aproveitar com a família.
De acordo com Adriano, a Vale do Tibagi já trabalhou com três turnos com reveza-
Outra empresa que optou por trabalhar
mento de segunda a sábado, mas em 2002,
em dois turnos foi a Vale do Tibagi, que
começaram a mudar o estilo de trabalho.
atua na região de Telêmaco Borba (PR). A
Ele conta que entre as vantagens encontra-
empresa trabalha com colheita e preparo
das nesse novo modelo de gestão estão o
de solo, ambos em dois turnos de segun-
uso de apenas dois operadores por máqui-
da a sexta-feira e no sábado apenas em um
na. “Isso é bastante produtivo porque quan-
turno. “Decidimos trabalhar com o sistema
do a dupla entra em sincronia a eficiência
de dois turnos de trabalho após analisar os
melhora, os ajustes nas máquinas dimi-
dados de boletins de campo, mapear as ho-
nuem e a produtividade aumenta. Percebe-
Foto: Divulgação
60 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
“Quanto maior a satisfação, maior será o foco e concentração, impactando diretamente na produtividade e segurança”
Foto: Divulgação B. FOREST B. FOREST . TURNOS DE . ENTREVISTA TRABALHO 61
mos até um maior cuidado com os equi-
o dia”, completa o Gerente Comercial.
pamentos”, salienta. Com essa alteração, a
Na Siqueira Florestal, a gestão dos ser-
empresa conseguiu, inclusive, reduzir o nú-
viços é feita por meio de registros pontos
mero de mecânicos na oficina central, por
preenchidos e assinados pelos próprios
não ser mais necessário uma grande equipe
motoristas e operadores. “Posteriormente
de apoio.
esses cartões são conferidos pelos super-
Adriano explica que trocar o estilo dos
visores de campo e enviados ao departa-
turnos de trabalho não foi fácil. “Quando fi-
mento de recursos humanos para aponta-
xamos esse modelo de turnos foi complica-
mento e análises de eventuais excessos de
do porque os funcionários já estavam acos-
jornada”, conta Leandro.
tumados com o revezamento, mas depois
Na Eldorado Brasil, na colheita e na sil-
de um tempo todos se acostumaram e a
vicultura a gestão é feita de forma similar,
forma de trabalhar ficou melhor”, completa.
por meio de ponto eletrônico e manual. O
Gestão
que difere um pouco é no transporte: as
A gestão dos modelos de turnos de tra-
trocas de turno e a jornada de trabalho são
balho varia de acordo com cada empresa.
acompanhadas por líderes e supervisores,
Como cada uma tem uma estratégia organi-
além de serem apontadas e geridas eletro-
zacional, o controle das atividades dos fun-
nicamente no rastreador instalado em toda
cionários também varia. Na Vale do Tibagi,
a frota.
por exemplo, a equipe diurna é controlada
Cada empresa e cada região do Brasil
por um líder que ajuda na distribuição dos
tem suas necessidades, com isso as formas
locais de trabalho para os operadores flo-
de controle e gestão dos funcionários acaba
restais. “Geralmente, as áreas mais simples
sendo diferente e não é possível estabelecer
são feitas no turno da noite e as com maio-
um padrão sem um estudo prévio. Como é
res declividades e mais complexas são reali-
possível observar, existem estilos de turnos
zadas durante o dia”, explica Adriano.
de trabalho que podem ser testados pelas
Como toda a sequência das áreas já foi
empresas. Mas o que todas devem seguir é
estabelecida no primeiro turno, o da noite
a legislação trabalhista para garantir a se-
não necessita de um líder. “As manutenções
gurança, produtividade e qualidade de vida
e consertos também são realizados durante
para os funcionários.
62 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
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. ENTREVISTA 63
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A
colheita florestal é uma operação que gera muitos resíduos, isso porque a atividade brasileira usa, em sua maioria, apenas o fuste. Assim, sobram outras partes das árvores que podem ter uma finalidade. O reaproveitamento para a produção
de energia é uma das melhores opções.
64 BIOMASSA ENTREVISTA. .B.B. FOREST FOREST
Foto: Valterci Santos
B. FOREST
. ENTREVISTA 65
D
urante o processo de
zir a utilização de óleo com-
o mercado geralmente opta
colheita, uma par-
bustível na fábrica. “Uma das
pelo sistema Full Tree.
te da árvore fica no
vantagens é o baixo custo
A Klabin é um exemplo,
solo. Galhos, folhas, tocos e
operacional do cavaco posto
em alguns módulos de co-
raízes permanecem no cam-
fábrica quando comparado à
lheita da unidade do Paraná,
po e somente a madeira já
compra do cavaco ou utili-
a empresa adotou o sistema
cortada é transportada para
zação de lenha”, explica Al-
de colheita, levando em con-
as indústrias. Esses resíduos
tair Negrello Júnior, gerente
sideração diversos critérios,
remanescentes podem ser-
de produção de madeira da
entre eles a otimização do
vir como nutrientes para o
Klabin no Paraná. Ele conta
aproveitamento do resíduo.
solo e auxiliar na conserva-
que a empresa gera, em mé-
“O sistema foi instaurado
ção do mesmo. No entanto,
dia, 78 MWh/h (megawatts
para podermos utilizar as so-
eles podem levar anos para
por hora), sendo que deste
bras da colheita como fonte
serem reincorporados.
total, 50% proveem da bio-
de energia para alimentar a
massa.
fábrica”, destaca Altair. Ele
Por esses e outros motivos, empresas realizam uma
Sistema da colheita
complexa análise antes de
O sistema de colheita
definir se os resíduos serão
utilizado pelas empresas é
mantidos ou não nos talhões,
determinante para o apro-
isto porque esta decisão tem
veitamento
impactos nas operações de
florestal de forma rentável.
colheita e silvicultura.
Neste caso, observa-se, que
A Klabin, por exemplo, faz o uso da biomassa para redu-
66 BIOMASSA ENTREVISTA. .B.B. FOREST FOREST
da
biomassa
acrescenta que a Klabin pos-
sui uma caldeira que, além
“Nesse sistema, as árvores
massa, por não formar pilhas
de consumir a cascas das to-
são colhidas e dispostas em
compactas, tem boa circula-
ras utilizadas para o proces-
feixes no talhão, onde per-
ção de ar, e reduz a umida-
so de fabricação de celulose,
manecem por aproximada-
de rapidamente nas primei-
consome também resíduos
mente 60 dias. Na sequência
ras semanas, aumentando o
de serrarias e das operações
são arrastadas até a beira da
poder calorífico, reduzindo
de colheita.
estrada para o cavaquea-
o peso para o transporte.
mento”, acrescenta.
Neste período, as folhas ou
O Full Tree também é o
acículas vão se desprender
sistema utilizado pela Agrá-
Essa espera para movi-
ria Agroindustrial. Claudinei
mentação da biomassa é um
contribuindo
Lopes, coordenador flores-
ponto positivo. Os resídu-
exportação de nutrientes do
tal da cooperativa, conta
os podem ser processados
solo.
que 80% da colheita é feita
no momento da colheita ou
Processamento
de forma mecanizada e 20%
após algumas semanas. Es-
Claudinei Lopes, da Agrá-
de forma semi-mecanizada.
perar um pouco tem duas
ria Agroindustrial, conta que
vantagens principais: a bio-
o fuste e as galhadas são ca-
para
menor
vaqueadas ainda em campo.
B. FOREST B. FOREST. .ENTREVISTA BIOMASSA 67
“O estoque de cavaco é produzido direta-
dos picadores”, destaca Dyme Anderson Ro-
mente no caminhão caçamba e posterior-
der, diretor da empresa. A linha tem garras de
mente transportado às indústrias”.
capacidades e tamanhos variados que 0,25 a
Esta é a mesma estratégia utilizada pela
1,0 m².
Klabin. “Antes de picar os resíduos, os pátios
A J de Souza também tem garras com de-
de biomassa no campo são controlados pe-
senho especial para biomassa florestal para
las coordenadas geográficas e volumes para
instalação em escavadeiras ou tratores com
gestão do estoque”, acrescenta Altair. Ele
grua. “Elas trabalham da mesma forma que
afirma que isso facilita o planejamento oti-
as garras para toras, têm rotator acoplado
mizado para a entrada dos picadores, con-
para o giro e um cilindro hidráulico para abrir
trolando o tempo de estocagem e o mix en-
e fechar a garra”, explica Anderson de Souza,
tre resíduos de pinus e eucalipto que melhor
diretor de comércio e serviço da empresa,
atendam às caldeiras, assim como a distân-
que também fabrica um ancinho para mo-
cia média de transporte.
vimentação de biomassa, garra concha para
A Klabin instala também picadores em
movimentação de cavacos e caçambas para
posições previamente definidas, com todas
escavadeiras. Anderson acrescenta que estas
as atividades anteriormente planejadas, vi-
garras podem ser apresentadas em versões
sando minimizar a movimentação dos pica-
de 0,40 até 1,45 m², mas as mais vendidas
dores e facilitar a saída dos caminhões.
são a 0,80 e 1,0 m².
Equipamento específico Ao analisar essa tendência de mercado, as fabricantes de equipamentos e máquinas passaram a desenvolver itens específicos ou voltados para a coleta de resíduos florestais. A Roder, por exemplo, desenvolveu uma linha de garras sem as chapas da pinça. “Assim, é possível uma maior penetração, tanto na madeira, quanto no resíduo. Ela também evita o recolhimento de impurezas, como terra e areia, que podem deteriorar o sistema de corte
68 BIOMASSA . B. FOREST
A Caterpillar e a PESA desenvolveram uma solução completa para a extração e “quebra”
B. FOREST
. ENTREVISTA 69
dos tocos remanescentes no campo, que
dutividade do conjunto, em condições nor-
além do alto potencial energético dificultam
mais, extrai de quatro a sete tocos por minu-
as operações silviculturais, se deixado na área
to, em áreas onde o eucalipto é colhido com
de plantio. A Escavadeira Caterpillar 336D2L
sete anos.
com o Stump Harvester, fabricado pela PESA,
Apesar da necessidade de adaptação do
tem como diferencial a forma como o toco
sistema de colheita, aproveitar os resíduos
é arrancado. Ao contrario de outros imple-
florestais como biomassa, reduz a necessi-
mentos que escavam o solo para a remoção
dade de outras fontes de energia. Além disto,
dos tocos, o Stump Harvester faz a extração
deixar nas áreas de cultivo menor quantidade
com o mínimo de mobilização do solo”, des-
de sobras facilita as atividades da silvicultura,
taca Toru Sato, consultor florestal sênior da
no preparo de solo e contribui para redução
Caterpillar Brasil. De acordo com ele, a pro-
de custos.
70 BIOMASSA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 71
72 ENTREVISTA . B. FOREST
B.B.FOREST FOREST . . ANIVERSÁRIO ENTREVISTA 73
74 ENTREVISTA ANIVERSÁRIO . . B.B.FOREST FOREST
B. FOREST . . ANIVERSÁRIO ENTREVISTA 75
76 ANIVERSÁRIO ENTREVISTA . . B.B.FOREST FOREST
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78 ANIVERSÁRIO ENTREVISTA . . B.B.FOREST FOREST
B. FOREST . . ANIVERSÁRIO ENTREVISTA 79
80 ANIVERSÁRIO ENTREVISTA . . B.B.FOREST FOREST
B. FOREST . . ANIVERSÁRIO ENTREVISTA 81
82 ANIVERSÁRIO ENTREVISTA . . B.B.FOREST FOREST
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84 ENTREVISTA ANIVERSÁRIO . . B.B.FOREST FOREST
B. FOREST . . ANIVERSÁRIO ENTREVISTA 85
86 ANIVERSÁRIO ENTREVISTA . . B.B.FOREST FOREST
B. FOREST . . ANIVERSÁRIO ENTREVISTA 87
88 ENTREVISTA ANIVERSÁRIO . . B.B.FOREST FOREST
B. FOREST . . ANIVERSÁRIO ENTREVISTA 89
90 ENTREVISTA ANIVERSÁRIO . . B.B.FOREST FOREST
B. FOREST . . ANIVERSÁRIO ENTREVISTA 91
92 ANIVERSÁRIO ENTREVISTA . . B.B.FOREST FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 93
5ºCONGRESSO FLORESTAL PARANAENSE P
esquisadores, profissionais e estudantes se reuniram em Curitiba, no mês de outubro, para discutir sobre o setor florestal.
94 5° ENTREVISTA CONGRESSO . B. FLORESTAL FOREST . B. FOREST
B. FORESTB. FOREST . 5째 CONGRESSO . ENTREVISTA FLORESTAL 95
C
om o tema Novas
todos buscam. Segundo ele,
ais dos setores produtivos e
Tecnologias Flores-
o setor florestal teve uma
não podem continuar com
tais, o 5º Congresso
grande evolução nos últi-
um comportamento passivo,
Florestal Paranaense, reuniu
mos anos graças à pesquisa
porque isso é transferência
executivos, diretores, pes-
e à união com as universida-
da responsabilidade”, afir-
quisadores estudantes e pro-
des, os centros de pesquisa e
mou.
fissionais do setor florestal.
a Embrapa.
Realizado entre os dias 07
O Congresso da
Dividido em quatro blo-
e 09 de outubro, em Curi-
ABIMCI (Associação Brasi-
cos – Produção Florestal,
tiba (PR), o Congresso teve
leira da Indústria de Madei-
Ambiência Florestal, Indus-
como diferencial a informa-
ra
Mecanica-
trialização Florestal e Ges-
ção qualificada e a troca de
mente), Paulo Pupo, que na
tão Florestal -, o Congresso
experiências.
ocasião representou o pre-
reuniu participantes de todo
A cerimônia de abertu-
sidente da FIEP (Federação
o país e teve palestrantes de
ra, realizada no dia 07, deu
das Indústrias do Estado do
renome. Ao todo, foram mais
o tom da importância do
Paraná), Edson Campagno-
de 20 palestras e apresenta-
evento. Um auditório lotado,
lo, teve um discurso duro,
ções de trabalhos de pesqui-
com alguns dos principais
onde avaliou a importân-
sa na área florestal. Carlos
nomes do setor florestal,
cia do setor florestal para o
ouviu discursos alinhados
atual momento econômico
dos componentes da mesa,
vivido pelo país. Na opinião
que destacaram a importân-
dele, o governo é omis-
cia do Congresso.
so. Para resolver, a solução
Carlos Mendes, diretor
O
superintendente
Processada
Pupo sugere a coalizão do
executivo da APRE e coor-
setor
denador do Congresso, deu
mos fazer o nosso dever de
as boas-vindas aos parti-
casa. Colocar as ideias no
cipantes e reforçou que o
papel e chegar ao governo
encontro tem por objetivo
com o esquema pronto, se
ajudar os florestais no de-
não vamos ficar estagnados.
senvolvimento, na pesquisa
Eles precisam ter atenção
e na inovação, que é o que
com as demandas pontu-
produtivo.
96 5° ENTREVISTA CONGRESSO . B. FLORESTAL FOREST . B. FOREST
“Precisa-
Mendes destacou o conteú-
relação ao clima, inovações
completou.
do apresentado pela acade-
A equipe da Revista B.Fo-
que tem vivido e o aumen-
mia, empresas e executivos
rest acompanhou as pales-
to da produtividade. “Temos
do setor. “Há uma sinergia
tras e selecionou os temas
7,74 milhões de hectares
que está se intensificando
mais quentes apresentados.
plantados. Somos a indústria
e vamos trabalhar para que
Acompanhe!
mais moderna do mundo, e
este clima seja mantido e, é
Palestras
fazemos tudo isso em me-
claro, melhorado”, observou.
A palestra de abertura
nos de 1% do território bra-
De acordo com o coordena-
do 5º Congresso Florestal
sileiro. O setor é importante,
dor, o setor florestal vem se
Paranaense, proferida pela
moderno, tecnológico. De
desenvolvendo com muitas
executiva da área de assun-
todo o território plantado,
pesquisas eficientes. “É na-
tos políticos e institucionais
4,8 milhões são certificados
tural que façamos mais con-
da Indústria Brasileira de
- a maior área certificada do
gressos, porque desenvol-
Árvores (Ibá), Beatriz Milliet,
mundo. Temos 5,43 milhões
ver pesquisas é um grande
contextualizou o cenário do
de hectares de áreas preser-
investimento e o congresso
setor florestal e a sua im-
vadas. E o Brasil vai além das
é o local ideal para mostrar
portância para o país, além
exigências legais. Para cada
os resultados de inovação”,
das responsabilidades em
hectare utilizado para fins comerciais, temos 0,65 hectares de área preservada”, reforça. Na manhã do dia 07, quem deu início as palestras foi José Luiz Stape, gerente executivo de tecnologia florestal da Suzano Papel e Celulose. O engenheiro florestal ficou por cerca de 10 anos nos Estados Unidos, realizando pesquisas e ministrando aulas no curso de Engenharia Florestal na Nor-
B. FORESTB. FOREST . 5° CONGRESSO . ENTREVISTA FLORESTAL 97
th Carolina State University e retornou para
diminuir a pressão sobre as áreas de preser-
o Brasil em 2015. Em sua palestra, Stape
vação, evitar o desmatamento, proteger os
abordou as pesquisas que realizou no Brasil
recursos hídricos e fluxo da água, proteger a
e nos Estados Unidos e apresentou fatores
biodiversidade, conservar o solo e capturar
importantes para a produtividade das árvo-
gás carbônico.
res, desde o melhoramento genético até a
O diretor florestal destacou também que
segurança no manejo, que envolve o com-
para preservar a biodiversidade de suas flo-
bate às pragas e a incêndios, adubação e ir-
restas, a Klabin tem investido na identifica-
rigação. O gerente também apresentou uma
ção e monitoramento da fauna e flora, inclu-
das pesquisas que desenvolve: a TECHS. O
sive as consideradas raras ou em extinção.
estudo faz uma relação entre o clone utili-
Por meio das ações implantadas, a Klabin
zado, o clima da região, o regime hídrico e a
conseguiu, por exemplo, identificar 1.870
forma como é feito o manejo.
espécies de plantas nas áreas localizadas no
Assunto que também mereceu destaque
Paraná e em Santa Catarina.
foi a silvicultura de precisão. Marcos Wichert,
Outro tema destacado no Congresso
gerente de desenvolvimento florestal da Fi-
foi
bria, destacou que é preciso investir em no-
Grattapaglia,
vas tecnologias para ter uma floresta mais
Recursos
uniforme, minimizando os custos e maximi-
salientou que as maiores inovações de setor
zando os resultados obtidos. Ele apresentou
florestal aconteceram devido a hibridização.
exemplos de como a silvicultura de precisão
Segundo o pesquisador, é possível reduzir o
pode ajudar a conquistar melhores ganhos
ciclo do melhoramento de 12 a 15 anos para
por meio da geração de dados, que vão des-
perto de 6 anos. Isso representa um enorme
de a seleção no viveiro até o volume de pro-
avanço.
o
melhoramento
genético.
pesquisador
Genéticos
e
da
Dario
Embrapa
Biotecnologia,
dutividade por árvore. Semelhante ao que
Próxima edição
ocorre na agricultura de precisão, as máqui-
Satisfeito com a edição de 2015, Carlos
nas são equipadas com sensores que emi-
Mendes já anunciou a data do 6º Congresso
tem dados georreferenciados que ajudam na
Florestal Paranaense. “Durante o Congresso,
melhoria dos desempenhos.
tivemos a oportunidade de promover um
José A. Totti, diretor florestal da Klabin,
amplo intercâmbio de informações, o que
falou sobre os desafios da conservação e
fortalece o setor e – com o fim do evento –
produção nas empresas florestais. Ele des-
ficou um gostinho de ‘quero mais’. Por isso,
tacou os benefícios da floresta plantada para
em 2018 teremos mais”, frisou.
98 5° CONGRESSO FLORESTAL . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 99
ANÁLISE MERCADOLÓGICA de mercado, além de perspectivas macro e microeconômicas, são os destaques do boletim informativo elaborado pelos profissionais da STCP.
Foto: Divulgação
A
tendência de exportação dos produtores brasileiros e um alerta para essa abertura
100 ANÁLISE ENTREVISTA MERCADOLÓGICA . B. FOREST . B. FOREST
Indicadores Macroeconômicos • Perspectivas Econômicas: Em Out/2015, o BCB (Banco Central do Brasil) revisou para -3,00% a previsão de queda do PIB da economia brasileira em 2015. Este cenário se deve à falta de credibilidade do mercado em relação ao Governo oriunda da crise econômico-política e dificuldade de gestão e de ajustes na política fiscal, a exemplo do anúncio de orçamento com déficit primário em 2016. A reforma administrativa do governo federal realizada em Out/2015 poderá melhorar, apenas parcialmente, o quadro político atual e as perspectivas em torno do ajuste fiscal. Para 2016, a expectativa do mercado é de retração do PIB em -1,22%. • Inflação: Em Set/2015, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apresentou variação positiva de 0,54%, superior ao índice do mês anterior (0,22%). O IPCA acumulado entre Janeiro e Setembro é de 7,64%, a maior taxa para o período acumulado desde 2003, quando atingiu 8,05%. Nos últimos 12 meses, o avanço do IPCA é de 9,49%, índice bastante acima do teto da meta de inflação do BCB, que é de 6,5%. A estimativa do Banco é que o ano de 2015 encerre com IPCA acumulado em 9,75%, e em 2016 com 6,12%. • Taxa de Juros: A taxa Selic foi mantida em 14,25% ao ano pelo COPOM em Set/2015, após sete aumentos consecutivos. Analistas de mercado preveem que a Selic irá encerrar 2015 no patamar atual. Em Set/2014 a taxa básica de juros estava em 11,0% ao ano, com aumento de 3,25 pontos percentuais em 12 meses. O mercado financeiro estima que a Selic se situe em 12,75% a.a. em 2016. • Taxa de Câmbio: A taxa média cambial fechou Set/2015 em BRL 3,91/USD, rompendo a barreira de BRL 4,00/USD em alguns momentos pela primeira vez na história e resultando em alta de 11,2% em relação à média do mês anterior. Na primeira quinzena de Out/2015, a taxa média chegou a BRL 3,86/USD, influenciada pela reprovação das contas públicas do Governo pelo TCU (Tribunal de Contas da União), a votação dos vetos presidenciais e, ainda, a possibilidade de o FED (Banco Central americano) elevar a taxa de juros somente no próximo ano. Até meados de Out/2015, o Dólar Americano já acumulou valorização de 46,7% no ano.
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B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 101
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
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102 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
“Apesar do mercado internacional, como um todo, estar favorável à exportação de produtos nacionais, esta demanda é limitada, não havendo espaço para a absorção da oferta excedente do produto manufaturado nacional”
Foto: Divulgação / www.estivadoresaveiro.blogspot.com.br B. FORESTB. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA . ENTREVISTA 103
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
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104 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
• Comentários - Tora de Eucalipto: De modo geral, as empresas do setor florestal vêm sendo afetadas pela crise, seja por meio do aumento acelerado de custos e impostos, seja pela redução na demanda por madeira em tora e outros produtos florestais. Produtores de base florestal estão tentando manter estáveis os preços para diferentes sortimentos, apesar dos custos de produção, principalmente com combustível e mão de obra, terem aumentado. Nota-se dificuldade no repasse desses custos aos consumidores de madeira em tora, os quais pressionam e tendem a exigir negociação para queda dos preços, principalmente as empresas com alta dependência do mercado interno. Apesar da crise ter afetado também o segmento de celulose e papel, com aumento nos custos de produção e redução da demanda no mercado nacional, parte da indústria tem obtido resultados positivos, beneficiada principalmente pelos ganhos com a exportação. De acordo com a Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), houve crescimento elevado nas exportações de celulose neste ano, impulsionado pela recuperação da economia norte-americana e europeia. Em Set/2015, a receita oriunda com a exportação de celulose totalizou USD 499 milhões (1,03 milhão ton), crescimento de 15,9% em valor e de 16,5% em volume, em relação ao mês de Ago/2015. A forte alta do Dólar no mês de setembro, que ultrapassou BRL 4,00/USD, aumentou a atratividade da exportação de produtos brasileiros no mercado internacional. Grande parte dos produtores florestais independentes, que vende toras de eucalipto para a indústria de celulose, conseguiu manter estáveis os preços da tora para processo em Set/15.
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B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 105
• Comentários - Tora de pinus: Em função da desaceleração no comércio em geral, por conta da crise na economia brasileira, o mercado de toras de Pinus sofreu queda da demanda devido à instabilidade no consumo nacional de produtos de madeira. Assim muitas reflorestadoras e serrarias com foco no mercado interno estão com alto estoque de madeira em tora. A indústria de produtos madeireiros focada no mercado/ consumo nacional está desacelerada e as empresas exportadoras destes produtos não tem a capacidade de absorver toda oferta existente de madeira em tora. Alguns produtores florestais sentem pressão de clientes para uma redução de preços das toras grossas em um momento em que pretendiam aumentar o das de maior diâmetro, a exemplo do sortimento > 35 cm. Todavia, se o Dólar Americano permanecer no patamar atual de alta valorização sobre o Real, os preços de tora grossa tendem a se manter. Apesar do mercado internacional, como um todo, estar favorável à exportação de produtos nacionais, esta demanda é limitada, não havendo espaço para a absorção da oferta excedente do produto manufaturado nacional. Ainda se observa sobre oferta de tora fina de pinus na região Sul do Brasil, enquanto que a procura por toras grossas permanece alta, o que tem permitido algum aumento de preços neste sortimento por parte de produtores florestais.
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106 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 107
108 SCORPION ENTREVISTATOUR . B. FOREST . B. FOREST
SCORPION TOUR
SINÔNIMO DE SUCESSO! E
m três apresentações realizadas em áreas da Klabin de Telêmaco Borba e Lages, mais de 500 profissionais puderam ver o Scorpion, Harvester da Ponsse recémchegado ao Brasil em operação.
Foto: Divulgação B. FOREST B. FOREST . SCORPION . ENTREVISTA TOUR 109
I
novando no mercado florestal, a Ponsse em parceria com a dealer Timber Foreste, realizou um tour de apresentação do Harvester Scorpion. A ação foi oportuna já que a expectativa em relação a chegada da máquina era grande. Três dias de cam-
po, dois realizados em Telêmaco Borba e um em Lages, ambos em áreas da Klabin, reuniram mais de 500 profissionais do setor florestal e madeireiro. A Revista B.Forest esteve presente em todos os dias de campo. Enfrentou muita poeira, barro, chuva e até granizo para trazer parar seus leitores informações completas sobre o Scorpion, assim como, fotos e vídeos do Harvester em operação.
Foto: Divulgação 110 SCORPION ENTREVISTATOUR . B. FOREST . B. FOREST
Na edição de setembro, apresentamos a nova máquina da marca finlandesa em detalhes, dando destaque especial para as características técnicas que priorizam as operações de desbaste. Agora, contamos o que aconteceu nas duas etapas do Scorpion Tour. No dia 24 de setembro, em Telêmaco Borba, profissionais do setor florestal e madeireiro acompanharam a segunda etapa de demonstrações. Para Fernando Campos, gerente de vendas da Ponsse Latin América, este dia de campo superou as expectativas. “Nesta etapa trouxemos mais de 100 empresários e representantes de empresas do setor florestal”, explica Fernando Campos. De acordo com Claumar Baldissera, coordenador de vendas da Timber Forest, a presença dos empresários foi animadora. “Temos certeza que faremos grandes vendas de diversos produtos Ponsse, com uma assistência técnica de primeira qualidade e um amplo estoque de peças em toda a Região Sul. O Scorpion tem tecnologia avan-
çada e vai revolucionar a mecanização da colheita, ele tem tudo para ser um sucesso”, acredita. Posteriormente, a Timber Forest realizou outro dia de campo, desta vez em Lages (SC). Entre os dias 07 e 08 de outubro, 400 profissionais viram o novo Harvester da
B. FOREST
. SCORPION TOUR 111
Ponsse em operação. Na quarta-feira (07/10), o sol apareceu de forma tímida, mas garantiu o tempo seco para que os presentes pudessem conferir a apresentação do Scorpion, como também de dois Harvesters Ergo 8x8 e dos Forwarders Elephant e Bufallo versão 2015. Mas foi na quinta-feira que o Scorpion mostrou para o que veio. A chuva de granizo que caiu durante a demonstração provou que a máquina também está pronta para atuar nas condições mais adversas. A chuva não prejudicou a dinâmica nem diminuiu o ânimo dos presentes para o lançamento da filial da Timber Forest. A costela de fogo de chão, tradicional nos eventos da empresa, foi servida ao som de músicos nativistas, o que deixou o clima bastante descontraído. Jober Fonseca, gerente geral da Timber Forest, ficou satisfeito com o resultado. “Conseguimos atrair mais de 400 clientes e parceiros. Inauguramos nossa filial de Lages em um momento estratégico para a empresa”, comemorou. Além de participantes brasileiros, o evento contou com a presença de uma caravana do Uruguai e Argentina, liderada pelo gerente da Ponsse, Martín Toledo, responsável pelos países vizinhos. A filial da Timber Forest em Lages possui uma área de 2.700 metros quadrados e o investimento ultrapassa R$ 5 milhões.
112 SCORPION TOUR . B. FOREST
PONSSE H6
PRODUTIVIDADE EM QUALQUER LOCAL O cabeçote PONSSE H6 é altamente versátil e seu uso pode ser desde operações de desbaste até o corte raso. Sua grande abertura e os controles precisos facilitam o trabalho, graças aos amplos movimentos de inclinação combinados com a alimentação e cortes rápidos, o PONSSE H6 é um cabeçote altamente confiável para todos os tipos de locais.
PONSSE LATIN AMÉRICA LTDA Rua: Joaquim Nabuco, 115 Vila Nancy - Mogi das Cruzes / SP Cep: 08735-120 Tel: +55 (11) 4795-4600
A estrutura curta e durável, os potentes rolos alimentadores e a excelente capacidade de desgalhamento do cabeçote PONSSE H6, bem como a baixa fricção de agarramento das lâminas são recursos que garantem alta produtividade também em condições difíceis. A eficiência, economia e o tamanho compacto do PONSSE H6 fazem dele uma excelente opção de cabeçote de harvester no Mercado.
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TURMA DE ENGENHARIA FLORESTAL DE 1965 CELEBRA JUBILEU DE OURO
N
o dia 25 de setembro, os formandos da
A classe de 1965 foi a segunda formada em
turma de 1965 de Engenharia Flores-
Engenharia Florestal pela Universidade, quan-
tal da UFPR (Universidade Federal do Paraná),
do o curso ainda era qualificado como Escola
celebraram o Jubileu de Ouro. A cerimônia foi
Nacional de Florestas. Estiveram presentes 10
realizada no Salão Nobre do Setor de Ciências
dos 17 formandos da época. O engenheiro
Jurídicas, no Prédio Histórico, reunindo fami-
florestal Nelson Venturini foi o orador e relem-
liares, amigos e convidados e contou com a
brou a trajetória dos colegas.
presença do reitor da UFPR, Zaki Akel Sobri-
A Revista B.Forest também deixa sua ho-
nho, do diretor do setor de Ciências Agrárias,
menagem aos profissionais que escolheram
Amadeu Bona Filho, e do coordenador do cur-
desbravar um campo que ainda estava nas-
so, Umberto Klock.
cendo no Brasil quando escolheram esta área.
Foto: Divulgação / UFPR
114 NOTAS . B. FOREST
CODORNADA FLORESTAL 2015
E
stá confirmada para o dia 10 de de-
bark, Posto Serrano, Elétrica Sandri e
zembro, a tradicional Codornada
Renovadora Fogaça).
Florestal. Em 2015, o jantar terá sua dé-
Na edição deste ano, planejamos o
cima edição e, como de costume, será
mesmo clima festivo e de encontro dos
realizado em Ponte Alta do Norte (SC). A
profissionais do setor florestal e de ce-
Codornada que começou pequena, re-
lulose. Manteremos também o cunho
cebeu em sua última edição aproxima-
social em que todo participante deve-
damente 500 participantes e conta hoje
rá levar um brinquedo para doação”,
com 18 patrocinadores máster (PESA,
contou Fábio Calomeno, organizador
Geoforest, Laminados Itália, Dinamac,
da Codornada Florestal e diretor da NP
HBMax, Komatsu Forest, John Deere,
Transportes e Biomassa. A Codornada
Breitkopf, Minusa Forest/Logset, Log
Florestal, é destinada para os clientes
Max, Planalto Picadores, Timber Forest,
das empresas patrocinadoras e já está
Ponsse, NP Cargas, RC Florestal, Mor-
com as cotas fechadas para 2015.
LIVRO NOVO PARA O SETOR
A
Embrapa publicou recentemente o
ambientais. De acordo com Lucilia Maria
livro “Serviços Ambientais em sis-
Parron Vargas, pesquisadora da Embra-
temas agrícolas e florestais do Bioma
pa Florestas e uma das organizadoras do
Mata Atlântica”. São 32 capítulos redigi-
livro, “a bibliografia existente se reporta
dos por 104 autores que discorrem so-
principalmente à discussão da política e
bre questões importantes sobre servi-
da apresentação de experiências de pa-
ços ambientais, tema bastante presente
gamento por serviços ambientais, mas
atualmente nas discussões sobre a sus-
a conceituação e as métricas relacio-
tentabilidade do mundo rural, em espe-
nadas ao tema foram pouco exploradas
cial na formulação de políticas públicas.
até hoje na literatura brasileira”.
Dividido em três partes, o livro discute aspectos conceituais sobre serviços
Para ler o livro: clique aqui B. FOREST . NOTAS 115
BV-SUL É ANUNCIADA
F
oi lançada a BV-Sul (Bolsa de Valores
Congresso Florestal Paranaense, realizado
Ambientais do Sul do Brasil), com a fi-
em Curitiba (PR).
nalidade de fornecer um apoio intenso e
A BV-Sul vai trabalhar na concepção dos
eficaz ao produtor rural. A nova organiza-
planos de negócios para auxiliar na criação
ção não governamental funcionará de for-
dos condomínios florestais, que variam de
ma semelhante à BV-Rio, que apesar do
mil a 50 mil hectares, podendo ter uma área
nome se restringir ao Rio de Janeiro, atua
ainda maior. De acordo com o professor, no
em todo o País. “Não teremos fins lucrati-
Paraná há um déficit de um milhão de hec-
vos e o escopo principal é a facilitação dos
tares para a reposição das propriedades ru-
negócios relacionados à compensação da
rais. “O setor florestal tem este excedente,
reserva legal, principalmente por meio dos
além de know-how para gerir estas áreas.
condomínios florestais e das cotas de re-
Por isso, faremos um intercâmbio entre o
servas ambientais”, afirmou Paulo de Tar-
setor florestal, que detém o excedente para
so Pires, professor da UFPR (Universidade
as reservas ambientais, com os produtores
Federal do Paraná), durante palestra no 5º
rurais agrícolas e pecuaristas”, comentou.
ESALQ ENTRE AS MELHORES
A
ESALQ (Escola Superior de Agricultura
Fundada em 1901, a Escola já formou
Luiz de Queiros), ligada à USP (Univer-
mais de 14 mil profissionais na graduação e
sidade de São Paulo) foi eleita a 5ª melhor
titulou quase 9 mil mestres e doutores. Atu-
instituição de ensino de ciências agrárias
almente, a instituição oferece sete cursos
do mundo, de acordo com ranking divulga-
de graduação (Engenharia Florestal, Admi-
do pelo jornal semanal US News and World
nistração, Ciências Biológicas, Ciências dos
Report. A publicação fundada em 1933, di-
Alimentos, Ciências Econômicas, Engenha-
vulga o chamado Best Global Universities,
ria Agronômica, e Gestão Ambiental) e 16
que lista 750 instituições mundialmente.
programas de pós-graduação.
116 NOTAS . B. FOREST
A TODO VAPOR omo parte da consolidação dos inves-
C
gias de ponta e gerar soluções integradas
timentos no Brasil e para atender às ne-
e inovadoras, a John Deere fez parte pela
cessidades de seus clientes com eficiência, a
quinta vez do ranking das marcas mais va-
John Deere inaugurou a expansão do Cen-
liosas do mundo com um valor de marca
tro de Distribuição de Peças para a América
na casa dos US$ 5.208 bilhões. Neste ano,
do Sul, em Campinas (SP). Com esse inves-
a John Deere conquistou a 83ª posição do
timento, o Centro praticamente dobrou de
Top 100 Global Brands, na listagem feita
tamanho: passou de 40.000 para 74.500 m².
pela Interbrand, consultoria global que cria
Com a expansão, o espaço ganhou uma
e gerencia valor de marca no mundo inteiro.
novidade: um centro de treinamento des-
Para elaborar seu ranking de marcas, a
tinado à capacitação de concessionários,
Interbrand leva em conta fatores como o
distribuidores, funcionários e clientes. Os
desempenho financeiro dos produtos e ser-
investimentos fazem parte de um plano de
viços da empresa, o poder de influência jun-
médio e longo prazo da John Deere no Bra-
to ao consumidor e a capacidade de agregar
sil, com valores que ultrapassaram US$ 200
valor e garantir lucros. A consultoria também
milhões nos últimos cinco anos, em todas as
analisa diversas etapas de uma determinada
divisões em que a companhia atua.
marca, desde a entrega das expectativas do
Com esse pensamento e devido ao compromisso contínuo em apresentar tecnolo-
consumidor até o aumento do valor econômico.
Foto: Divulgação / John Deere
B. FOREST . NOTAS 117
118 FOTOS ENTREVISTA . B. FOREST . B. FOREST
B. FOREST B. FOREST . ENTREVISTA . Vテ好EOS 119
120 Vテ好EOS ENTREVISTA . B. FOREST . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 121
2015
NOV
NOVEMBRO Expocorma 2015
18 2016
NOV
Quando: 18 a 20 de Novembro de 2015 Onde: Concepción (Chile). Informações: www.expocorma.cl
MARÇO Encontro Brasileiro de Energia da Madeira
10 2016
MAR
09
Quando: 10 e 11 de Março de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.energiadamadeira.com.br
MARÇO Lignum Brasil e 2° Expomadeira & Construção. Feiras do Setor Madeireiro. Quando: 09 a 11 de Março de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.lignumbrasil.com.br
122 AGENDA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 123