2 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 3
OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS Após três anos consecutivos de queda do PIB e com um cenário político instável e ameaçado por fatos novos que surgem, o Brasil ainda apresenta uma letargia econômica. Porém, alguns indicadores começam a dar sinais de melhoria para o longo prazo, como a desaceleração da inflação, que tende a ficar dentro da meta de 4,5% a.a., e a continuidade da redução gradual na taxa de juros, o que tende a incentivar investimentos. Por mais que o setor florestal brasileiro tenha seu alicerce na indústria de papel e celulose, voltada à exportação, a retomada de crescimento do consumo interno é muito aguardada principalmente pela construção civil e, consequentemente, pela indústria de chapas e móveis. Neste mês de março, também está sendo discutida a compra de terras por estrangeiros que deverá ser liberada nos próximos meses, o que estimulará muito todo o agronegócio brasileiro. É neste cenário que a B.Forest entra em sua 30ª edição, abordando temas importantes relacionados à melhora dos processos produtivos florestais na aplicação de herbicidas, processamento múltiplo de árvores de baixo volume médio individual e discutindo a sustentabilidade social nas empresas. Saiba mais sobre estes e outros assuntos nas reportagens desta edição, e confira a entrevista com Fabiano Stein, gerente de suprimento de madeira da Veracel, que discute a importância da boa gestão na formação de equipes e do equilíbrio entre o crescimento profissional e pessoal. Saudações florestais!
4 EDITORIAL ENTREVISTA . . B.B.FOREST FOREST
Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Editora: Giovana Massetto Jornalista: Luciano Simão Designer Responsável: Bernardo Beghetto Financeiro: Ana Cláudia Brudnicki Revisão Técnica: Gustavo Castro
Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria),
Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest),
César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano),
Marko Mattila (Diretor da Ponsse Latin America)
Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas),
Mário Sant’Anna Junior
Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil),
(Diretor Florestal da Veracel)
José Totti (Diretor Florestal da Klabin),
Moacyr Fantini Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal),
B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal Edição 30 - Ano 04 - N° 03 - Março 2017 Foto de Capa: Agroceres - Mirex-s Malinovski +55 (41) 3049-7888 Rua Prefeito Angelo Lopes, 1860 - Hugo Lange - Curitiba (PR) – CEP:80040-252 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br
© 2016 Malinovski. Todos os Direitos Reservados.
B. FOREST B. FOREST . . ENTREVISTA EDITORIAL 5
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A nova cara do Setor Florestal Um setor dinâmico é aquele que está em constante processo de transformação, renovação e evolução. No setor florestal brasileiro, essa capacidade contínua de reinvenção está refletida na ascensão de jovens profissionais a cargos de destaque nas maiores empresas de base florestal do país. Por isso, a Revista B.Forest dá início à série “A Nova Cara do Setor Florestal”, entrevistas mensais em que jovens gestores, gerentes e diretores falam sobre suas trajetórias e novas ideias para o progresso do setor. Boa leitura!
B. FOREST
. ENTREVISTA 9
B. FOREST
Crédito: Ernandes Alcantara
. ENTREVISTA 10
Crédito: Divulgação
Superando o esperado Fabiano Stein, Gerente de Suprimento de Madeira, Veracel.
F
abiano Stein tem 17 anos de experiência significativa nas áreas de planejamento, colheita, manutenção de equipamentos florestais, carregamento, transporte
e pátio de madeira, atuando em empresas de grande porte, principalmente na Veracel, onde trabalha há 14 anos e hoje ocupa o cargo de gerente de Suprimento de Madeira. Focado no crescimento profissional, equilíbrio de competências e desenvolvimento pessoal, a trajetória do engenheiro demonstra todo o potencial da energia que sua geração traz ao setor.
Como se deu seu envolvimento com o
versidade Federal de Viçosa e do curso de
setor florestal? Houve influência de alguém
Engenharia Florestal. Pesquisei sobre o que
na decisão pela carreira?
faz um engenheiro florestal e me deparei
Foi quase que ao acaso, mas nascido
novamente com Aracruz. Achei interessan-
e criado no estado do Espírito Santo, ou-
te e me inscrevi no vestibular da UFV. Passei
via falar sobre a Aracruz Celulose S.A., que
e fui cursar Engenharia Florestal. A paixão
atualmente é a unidade da Fibria-ES. Ainda
pela área surgiu no contato com as primei-
estudante, prestes a realizar o primeiro ves-
ras matérias específicas do curso e com os
tibular, tinha como desejo me formar em
estágios.
farmácia. Mas como era o primeiro vestibular, resolvi me matricular em uma segunda
Como tem se preparado para lidar com
universidade para adquirir mais experiên-
as responsabilidades de uma posição de
cia. Foi aí que tomei conhecimento da Uni-
gerência?
B. FOREST
. ENTREVISTA 11
Crédito: Ernandes Alcantara
“Para uma equipe de excelência, harmônica e colaborativa, focada no resultado, demanda muita dedicação e comunicação do gestor”
12 ENTREVISTA . B. FOREST
Sempre busco um equilíbrio de teoria e
lidam facilmente com esta nova situação,
prática. O teórico adquiro por leitura e cur-
mas alguns não. Este foi um dos principais
sos e o prático da vivência com diferentes
desafios que enfrentei.
pessoas, onde busco extrair o que cada um
Atualmente, como responsável pelo
tem de melhor a oferecer para a empresa.
abastecimento de madeira de uma fábrica
Como sou muito observador, consigo fa-
de celulose do porte da Veracel, o principal
zer uma análise crítica dos pontos fortes
desafio é o de obter e manter a excelên-
para contribuir com os resultados espera-
cia no processo produtivo e fazer com que
dos para a empresa e os pontos não dese-
toda a equipe esteja engajada e comprome-
jados. Toda pessoa tem algo a te ensinar,
tida com os resultados. O bom ambiente de
basta você ter a mente aberta para receber
trabalho gera engajamento da equipe, que
este aprendizado e colocá-lo em prática.
se traduz em menos acidentes, menos ab-
Foram mais de 20 lideranças nestes 17 anos
senteísmo e maior produtividade. Para uma
de carreira. Cada uma tem uma parcela de
equipe de excelência, harmônica e colabo-
contribuição com minha formação e cres-
rativa, focada no resultado, demanda muita
cimento profissional.
dedicação e comunicação do gestor. Não existe outra receita de sucesso.
Quais foram os maiores desafios que enfrentou até aqui? Iniciei minha carreira na Veracel como
Quem foram os líderes que o inspiraram em sua trajetória profissional?
especialista em planejamento florestal e
Tenho muitos! Citar nomes seria injusto.
fui crescendo até chegar na posição atual.
Como inspiração de uma grande liderança,
Este crescimento gera um respeito e ad-
cito Jack Welch: Faça mais do que esperam.
miração por grande parte da equipe, mas
Muitas pessoas fazem o que se espera que
traz também uma dose grande de respon-
elas façam, ou seja, cumprem o que está
sabilidade pelo exemplo que você se tor-
na descrição do cargo. Essas pessoas são
na. Com o crescimento dentro da empresa,
a multidão que adora ficar reclamando que
alguns colegas que eram pares passaram a
as oportunidades não aparecem, que tudo
ser subordinados e alguns que estavam em
é muito difícil. Mas há outras pessoas que
um acima passaram a conviver comigo no
gostam do que fazem, e fazem mais do que
mesmo nível hierárquico. Alguns aceitam e
se espera. Entregam mais, trabalham mais,
B. FOREST
. ENTREVISTA 13
desenvolvem mais, ganham mais e, conse-
conhecer cada setor, como ele trabalha e
quentemente, têm mais oportunidades.
para que ele existe. O mundo está viven-
Quando você tem prazer pelo trabalho
ciando uma mudança de modelo de ges-
que você executa, você consegue ir além
tão, em que as empresas estão passando
do que esperam de você. A equipe dedi-
de uma visão mecanicista, em que todos
cada e focada gera prazer em trabalhar e
os recursos são parte de uma máquina, in-
motivação para o grupo. Não adianta ser
clusive o humano, para uma visão orgâni-
talentoso se você não é determinado no
ca, em que a empresa é um organismo vivo
que faz. A determinação vem da paixão que
e todas as partes estão interligadas. Dian-
nos motiva a fazer mais, superar, persistir
te deste cenário de mudança, a habilidade
e enfrentar desafios. E para conseguir essa
que mais exige do gestor atualmente é a
motivação, só existem duas opções: fazer o
habilidade humana.
que gosta ou gostar do que faz. É isso que tenho hoje na Veracel.
Como faz para equilibrar a alta carga horária da demanda profissional com outras
Quais princípios de gerência considera essenciais?
facetas da vida pessoal? Sou uma pessoa apaixonada e dedica-
Considero como essencial na gestão das
da ao meu trabalho, mas após o horário de
atividades que sejam administradas com
trabalho busco realizar alguma atividade
planejamento, organização, direção e con-
para desligar e recarregar as energias. Para
trole. Para isso, é necessário ter habilidades,
isso, durante a semana, me descontraio
que divido em três grupos: as habilidades
com meus filhos e esposa, pratico alguma
técnicas, que necessitam de conhecimento
atividade física. Nos finais de semana, gos-
especializado e procedimentos específicos
to de reunir com os amigos, ir para a praia
e pode ser obtida através de instrução; as
com a família.
habilidades humanas envolvem também
A interação com a natureza também me
aptidão, pois interagem com as pessoas e
ajuda neste equilíbrio, e a prática do Stand
suas atitudes, exigem compreensão para li-
Up Paddle tem me fascinado pela sinergia
derar com eficiência; e as habilidades con-
homem, prancha e mar. No começo você
ceituais englobam um conhecimento geral
se equilibra, depois de umas remadas, você
das organizações, onde o gestor precisa
esquece que está em cima de uma prancha
14 ENTREVISTA . B. FOREST
e começa a apreciar a paisagem, os peixes,
meio da interação com as demais áreas da
as tartarugas, golfinhos, o barulho das on-
empresa, pude conhecer cada setor, como
das. É uma terapia de relaxamento indes-
eles trabalham e o papel e importância de
critível!
cada um dentro da organização. Melhoria
Você está na Veracel há mais de 10
contínua de processos e desenvolvimento
anos. O que um profissional pode aprender
de pessoas passa necessariamente por re-
desenvolvendo sua carreira dentro de uma
conhecer que a interação de qualidade en-
empresa?
tre as áreas e o rompimento dos “muros”
Estou na Veracel há 14 anos e tive a oportunidade de atuar em diferentes áreas e po-
dentro das organizações. O aprendizado flui e todos ganham.
sições hierárquicas. Estas mudanças foram de extrema importância para meu desen-
O que busca na formação de suas equi-
volvimento profissional, pois muitas pes-
pes? Quais os desafios na gestão da mão de
soas buscam novas oportunidades e desa-
obra na Veracel?
fios fora da empresa que atuam, enquanto
No processo de formação de equipes é
muitas estão passando à sua frente dentro
preciso garantir que as pessoas compreen-
da organização que você já trabalha. Você
dam o objetivo para que não haja dúvidas
precisa estar atento e preparado para agar-
da direção a ser seguida. Estabelecido o
rar as oportunidades e assumir o risco e de-
objetivo, deve-se definir quais são os pa-
safio que esta oportunidade pode lhe ofe-
péis dentro da equipe. Os processos estão
recer. De onde iniciei minha carreira dentro
intimamente ligados aos papéis, afinal, o
da Veracel e até onde cheguei, me permite
fluxo de informações e atividades fica fa-
ter uma visão crítica de muitos processos e
cilitado quando os processos fortalecem a
de contribuir para que ocorram o amadure-
estrutura da equipe. A escolha de pessoas
cimento e as melhorias necessárias que tra-
habilitadas para atuar em conjunto é um
gam os benefícios para a empresa e para as
dos papeis mais importantes na formação
pessoas que hoje ocupam cargos que em
de uma equipe. As relações devem basear-
algum momento no tempo eu ocupei.
-se no compromisso, confiança e respeito
Neste tempo de Veracel, tive a oportuni-
mútuo. Para que seja desenvolvida uma re-
dade de desenvolver a habilidade conceitu-
lação de responsabilidade e cumplicidade
al, que comentei anteriormente, onde, por
profissional.
B. FOREST
. ENTREVISTA 15
Quais
são
os
maiores
desafios
do
abastecimento de madeira da Veracel hoje?
cionais, estamos tendo investimentos em biorrefinarias e outras tecnologias e inova-
O maior desafio é fazer com que toda
ções que permitirão incorporar outros seg-
a equipe saiba e entenda o seu papel den-
mentos na cadeia produtiva florestal. A lig-
tro do grupo para que o objetivo da Ve-
nina é um exemplo com grande potencial
racel seja atingido. Como o processo de
para substituir derivados do petróleo, além
abastecimento de madeira da empresa é
dos subprodutos da fabricação de celulo-
um misto de equipe própria e de parceiras,
se (nanofibras, tall oil, bio-óleos). Tem-se
eleva o grau de dificuldade de manter um
intensificado o debate mundial sobre as
padrão de comunicação clara e objetiva
questões que afetarão o futuro da huma-
junto a esta equipe. Hoje temos máquinas
nidade, principalmente a escassez de re-
e equipamentos modernos, equipe qualifi-
cursos naturais, essenciais para atender às
cada, estrutura necessária para a produção,
demandas de alimento, água, terra e ener-
ou seja, os recursos necessários para que o
gia. Diversos setores utilizam a celulose na
objetivo seja alcançado, mas sem o com-
composição ou na fabricação de produ-
prometimento da equipe em se ajudarem
tos importantes para a população mundial.
a superar os desafios e obstáculos do dia a
Assim o maior desafio é suprir a demanda
dia, não teremos êxito em nossas ativida-
futura por produtos da indústria florestal,
des. Atuar na área de suprimento de ma-
ao mesmo tempo em que colabora para a
deira, onde os resultados aparecem a cada
preservação ambiental, a inclusão social e
hora, é algo muito intenso e gratificante.
a viabilidade econômica. Para se adaptar a esse novo contexto mundial, o setor pro-
O que espera do futuro do setor?
dutivo terá de aprimorar o uso da terra, da
Percebe-se um futuro promissor, vis-
água, de energia e demais recursos, conci-
to que há crescimento do incentivo a uma
liando a produção sustentável de alimen-
economia de baixo carbono e ao uso de
tos, biocombustíveis, fibras e florestas. Lo-
energias renováveis. Isto impulsionará a
gicamente tudo isso depende de acordos
demanda por produtos oriundos de flores-
internacionais, legislação e do desenvolvi-
tas plantadas, pois além dos usos conven-
mento do mercado.
18 SILVICULTURA PEÇAS DE REPOSIÇÃO . B. FOREST . B. FOREST
Tudo sob controle
D
e pragas a intempéries, diversas são as variáveis que ameaçam a produtividade das florestas plantadas. Tecnologia e conhecimento são necessários para lidar
com estes desafios. Na aplicação de herbicidas, a tendência é a mecanização e a versatilidade: mesmo em terrenos desfavoráveis ao uso de equipamentos como os autopropelidos, as empresas do setor apostam na adaptação de máquinas florestais para reduzir a aplicação manual. Crédito das Fotos: Malinovski
B. FOREST B. FOREST . PEÇAS. DE SILVICULTURA REPOSIÇÃO 19
P
ara combater as ameaças biológicas
da exposição do profissional a produtos quí-
dos plantios florestais, é preciso co-
micos”, analisa Luis Fernando Silva, gerente de
nhecimento da eficiência dos métodos
produção de fibra da International Paper.
de manejo e das tecnologias disponíveis para
Na Veracel, a aplicação mecanizada já
cada aplicação específica. No caso do com-
substituiu completamente a manual. Walter
bate às ervas-daninhas, a aplicação de herbi-
Coelho, gerente de silvicultura da companhia,
cidas não foge à tendência de mecanização
explica as vantagens do método: “É significa-
recorrente em outras atividades da silvicultura:
tivo o retorno oferecido pelo uso racional dos
seja com o uso de autopropelidos especifi-
insumos e a qualidade gerada pela uniformi-
camente projetados para este fim ou com a
dade da aplicação. O controle deste processo
adaptação de máquinas florestais, como ski-
também é destaque pela facilidade de acesso
dders, para operar em terrenos irregulares, a
a informações e sua confiabilidade. São atri-
redução da mão de obra manual é meta das
butos que auxiliam na tomada de decisão na
grandes empresas do setor.
gestão da floresta.”
“A operação mecanizada de herbicidas
Há uma diversidade de máquinas e méto-
proporciona aumento de rendimento, redu-
dos disponíveis para a aplicação mecanizada,
ção de custos, maior ergonomia para o pro-
e a opção por um ou outro varia de acordo
fissional, tecnologia na aplicação, melhoria na
com fatores como topografia da área de plan-
qualidade da aplicação, informações de ser-
tio. “Na Suzano, a aplicação é realizada de
viços para aprimorar as aplicações e redução
duas maneiras: na primeira, dependendo do
20 SILVICULTURA . B. FOREST
tipo de produto e idade do plantio, utiliza-se
pressão e estabilizadores de fluxo (na barra de
equipamentos mais tradicionais com um con-
pulverização), entre outros.
junto formado por um trator agrícola somado
Na Klabin, de acordo com o gerente de sil-
a implemento (barras protegidas, barras aber-
vicultura Edesio Bortolas, a aplicação de herbi-
tas, etc), em sua maioria embarcando tecno-
cida pré-emergente, em pré-plantio, também
logia de precisão”, relata Joaquim Lordelo,
é mecanizada, com pulverizador de barras em
gerente florestal responsável pela silvicultura
área total. “Em áreas cujo relevo e condições
na Unidade da Suzano-MA. O segundo mé-
gerais dos talhões permitam, são utilizados
todo consiste no uso de autopropelidos, com
tratores agrícolas adaptados para o uso flores-
muita tecnologia embarcada. Por meio deles,
tal e pulverizadores de barras. Em pós-plantio,
por exemplo, é possível incluir sistema de ras-
é realizada de forma manual, com aplicação
treamento, corte automático de seções, com-
direcionada apenas na linha de plantio”, co-
putadores de bordo, ajustes automatizados de
menta.
Tipos de Herbicidas.
PRÉ-EMERGENTES
PÓS-EMERGENTES
SELETIVOS
NÃO-SELETIVOS
São aplicados no solo antes do plantio para inibir a germinação da vegetação expontânea.
Atuam sobre a vegetação em desenvolvimento.
Folha larga (atuam sobre plantas dicotiledôneas) ou folha estreita (atuam sobre gramíneas)
Atuam sem fazer este tipo de distinção.
Fonte: Métodos Silviculturais (Prof. Dr. Rudi Arno Seitz e Prof. Dr. Jorge R. Malinovski)
B. FOREST . SILVICULTURA 21
Autopropelidos
da Veracel. O uso de autopropelidos nos plan-
Seja na aplicação de herbicidas pré-emer-
tios da companhia é destinado à aplicação de
gentes ou pós-emergentes, seletivos ou não-
herbicidas pré e pós-emergente na fase ini-
-seletivos, a operação mecanizada com auto-
cial dos plantios quando o principal foco é o
propelidos se consolida como método eficaz.
rendimento propiciado por uma máquina es-
“Trabalhamos com dois modelos de apli-
pecializada nesta operação, obtendo grandes
cação: o primeiro baseado em tratores de
faixas de aplicação com qualidade superior.
pneu com pulverizadores acoplados e o se-
De acordo com Carlos Schmidt, especia-
gundo com pulverizadores autopropelidos. O
lista de marketing da New Holland, os pulve-
primeiro modelo executa operações desde o
rizadores autopropelidos possibilitam aumen-
preparo da área para plantio até a manuten-
to de produtividade, trabalhando com barras
ção final das florestas, atuando com o sistema
de 27 a 30 m, pulverizando múltiplas linhas
de barra, aplicando em área total ou em fai-
de forma simultânea. Criadas para o setor
xas, e também com barras protegidas para as
agrícola, adaptações para a área florestal são
atividades de controle de plantas daninhas no
necessárias, por exemplo, nas barras de apli-
primeiro ano da floresta”, diz Walter Coelho,
cação, pois o distanciamento das linhas é dis-
22 SILVICULTURA . B. FOREST
tinto. “Os modelos SP2500 e SP3500 operam
das de forma mecanizada com o pulverizador
com grande tecnologia embarcada: sistema
autopropelido; conjugado ao preparo de solo
de controle de vazão, que permite contro-
é realizado a aplicação de pré-emergente; e
lar a intensidade dirigida da pulverização em
em áreas acimas de 100 dias é realizada a apli-
uma ampla gama de pressões, sendo possível
cação de herbicida com barra protegida. Em
optar por diversos tipos de bico pulverização
operações onde ainda é necessária a aplica-
com a vazão adequada para cada condição
ção manual, utiliza-se a bomba costal de 12
de trabalho; sistema de piloto automático que
L. “Quando a aplicação é realizada de maneira
mantém a máquina em linha e evita o piso-
manual, a quantidade de fatores que podem
teio; controle de seção automático que evita
influenciá-la é muito mais alta. Desse modo, a
sobreposição, entre outros”, salienta. Ainda, os
heterogeneidade da aplicação é maior. Alguns
autopropelidos podem operar em situações
fatores que podem influenciar nessa hetero-
de pré e pós-plantio sem grandes adaptações,
geneidade estão relacionados ao alto turno-
pois já apresentam uma configuração de três
ver da área florestal, à questão de treinamento
porta-bicos, que permitem que o operador
e também comportamento e conscientização
simplesmente gire o mecanismo para optar
dos funcionários. Em relação à segurança,
pelo bico adequado à situação.
esse método também não é o ideal devido ao
Luis Fernando Silva, da International Paper,
maior número de desvios comportamentais e
explica que a limpeza de área e as remontas
ao maior contato com produto químico”, re-
de pré-emergente na companhia são realiza-
sume.
B. FOREST . SILVICULTURA 23
Skidders Apesar de apresentarem diversas vanta-
“Além dos tratores da linha agrícola, que
gens, o uso dos pulverizadores autopropeli-
têm diversas aplicações em operações de sil-
dos é inviável em terrenos de topografia irre-
vicultura, outro equipamento que está sendo
gular. “Em áreas cuja topografia não permita
muito bem aceito é o skidder. Para justificar o
equipamentos com barra, são utilizados ski-
uso de um equipamento de valor agregado,
dders 4x4 e pulverizadores equipados com
os implementos tracionados por ele também
pontas de aplicação do tipo XT. Os skidders
foram concebidos para o mercado florestal,
são máquinas reconhecidamente robustas,
com robustez superior e maior capacidade
estáveis e seguras em substituição a máqui-
de insumos.” Em terrenos com elevada de-
nas agrícolas”, diz Edesio Bortolas, da Klabin.
clividade, adiciona Junqueira, empresas tam-
Rodrigo Junqueira, gerente de vendas da
bém têm adaptado forwarders para a aplica-
John Deere Florestal, confirma esse cenário:
24 SILVICULTURA . B. FOREST
ção e já existem testes com drones
B. FOREST . PEÇAS DE REPOSIÇÃO 25
Outras vantagens do uso de skidders, se-
para atuar em áreas de reforma (maior pre-
gundo especialistas, incluem a disponibili-
sença de resíduos florestais, como galhos,
dade mecânica, a mobilidade em locais de
por exemplo). Também há a necessidade de
difícil acesso, a ergonomia, e a capacidade
uma maior disponibilidade de produtos quí-
de iluminação LED para viabilizar a operação
micos registrados para floresta, com ênfase
noturna, e a vida útil 2,5 vezes maior do equi-
em produtos seletivos que podem auxiliar na
pamento em relação aos tratores.
estratégia de mecanização da aplicação e consequentemente no resultado”, opina Jo-
Futuro
aquim Lordelo, da Suzano.
Mesmo com o aumento nos índices de
Outros desafios destacados por Luis Fer-
mecanização, ainda restam desafios. “Hoje,
nando Silva, da IP, incluem a pouca dispo-
são poucos os equipamentos já construídos
nibilidade de equipamentos apropriados para
para atuação em florestas plantadas sendo
realizar operações em áreas de reforma que
que muitos são adaptados da área agrícola.
consigam conciliar qualidade da operação e
Isso demanda maior interação com os fabri-
alinhamentos já existentes (“morredor”, espa-
cantes para identificarmos as fragilidades e
çamento entrelinha, entre outros) e herbici-
proporcionarmos as proteções necessárias
das que permitam a aplicação over the top
26 SILVICULTURA . B. FOREST
(poucos produtos registrados para a cultura
direcionada do produto e o uso de drones já
do eucalipto).
estão em desenvolvimento”, frisa.
Quanto ao futuro dessas tecnologias,
Rodrigo Junqueira, da John Deere, vis-
Walter Coelho, da Veracel, aponta o controle
lumbra um futuro mecanizado. “Teremos
elétrico de plantas daninhas como uma ten-
máquinas mais autônomas, com soluções in-
dência promissora. “O método utiliza descar-
tegradas e tecnologia embarcada. Em suma,
gas elétricas para dessecação das plantas, já
hoje e cada vez mais, a tecnologia é a grande
testado e em fase de desenvolvimento nas
aliada do produtor e a adoção das inovações
áreas da Veracel. De mesma forma, sensores
tecnológicas vão se tornar mais e mais reais
de presença para otimização da aplicação
nas florestas”, conclui. B. FOREST . SILVICULTURA 27
Crédito: Divulgação / KTI Forest 28 IMPLEMENTOS PEÇAS DE REPOSIÇÃO . B. FOREST . B. FOREST
De uma só vez
E
m tempos em que a queda de produtividade florestal ganha a atenção das empresas do setor, é necessário ter conhecimento das opções disponíveis no
mercado de máquinas e implementos para evitar prejuízos. No exterior e no Brasil, cabeçotes para o processamento de múltiplas árvores podem representar alternativas versáteis e viáveis para enfrentar muitos entraves.
B. FOREST B. FOREST . PEÇAS. DE IMPLEMENTOS REPOSIÇÃO 29
A
produtividade dos plantios florestais
do na versatilidade desses implementos, as
é uma preocupação constante de
grandes fabricantes do setor disponibilizam
qualquer produtor ou empresa de
cabeçotes especialmente projetados para o
base florestal. Afinal, uma floresta com baixo
multiprocessamento, ou ofereçam adapta-
VMI (Volume Médio Individual), ao produzir
ções opcionais de seus cabeçotes harvester
menor volume de madeira na mesma área,
para que possam processar múltiplas árvores
acarreta menor geração de valor. Infelizmen-
em determinadas situações.
te, a queda na produtividade pode ser uma
“Essa é uma tecnologia que vem em de-
realidade recorrente em certas regiões. Nes-
senvolvimento há muitos anos, basicamente
te cenário, é preciso conhecimento por parte
sob a forma do kit multi-tree handling, para o
dos tomadores de decisão para adaptar a co-
processamento de múltiplas árvores voltado
lheita de madeira à situação, visando minimi-
para árvores de baixo VMI”, esclarece Lonard
zar os custos e otimizar as operações.
dos Santos, diretor de marketing e vendas da
Não é surpreendente, portanto, que o pro-
Komatsu Forest. “Com operadores capacitados, o proces-
surja como uma possível opção viável para a
samento múltiplo pode, em algumas ope-
colheita de árvores com baixo VMI. Apostan-
rações, elevar ao dobro a produtividade, em
Crédito: Divulgação / John Deere
cessamento simultâneo de múltiplas árvores
30 IMPLEMENTOS . B. FOREST
Aplicação 1
Aplicação 2
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Crédito: Divulgação / Southstar especial em aplicações de colheita para a
tal, enfatiza que o uso desses implementos
produção de celulose, situação na qual não
se aplica apenas quando não há necessida-
é necessária a produção de toras de compri-
de de descascamento da madeira: “Uma das
mento perfeito”, explica Michael Klopp, vice-
características essenciais para um descasca-
-presidente da Southstar Equipment.
mento eficiente, que remova 100% da casca,
“Em qualquer situação em que os galhos
é que o cabeçote tenha contato com toda a
quebram facilmente ou não há grande pre-
circunferência da árvore; esse contato é fei-
sença de galhos, o processamento múltiplo
to entre a estrutura do cabeçote e suas facas.
é possível”, resume Les Kerik, vice-presidente
Da mesma maneira, o contato do rolo de tra-
de implementos florestais da KTI Forest, fa-
ção é de suma importância, pois o desenho
bricante do cabeçote TreeKing, capaz de pro-
dos fios dos rolos é que ‘desprende’ ou corta
cessar até oito árvores de uma só vez.
a casca, funcionando como uma lâmina”. A
Ainda, é necessário determinar a finalida-
função das facas móveis e fixas, explica, é a
de da madeira produzida para optar (ou não)
de expulsar essa casca já despendida das ár-
pelo multiprocessamento. Rodrigo Junquei-
vores. Ao processar árvores múltiplas, relata
ra, gerente de vendas da John Deere Flores-
Junqueira, nem todos os fustes têm toda sua
32 IMPLEMENTOS . B. FOREST
circunferência em contato com o cabeçote.
Nessas situações favoráveis, para que pos-
O desenho dos rolos de alimentação possui
sam lidar com o processamento simultâneo
pontas para melhorar a tração das árvores.
de múltiplas árvores, estes implementos pos-
Essas pontas não trabalham como as facas
suem características técnicas que os diferen-
dos cabeçotes projetados para descascar.
ciam dos cabeçotes harvester comuns.
“Os cabeçotes multiprocessadores são Modelos
samento de árvores com VMI até 0,15 m³ em
Representando a Waratah, a John Dee-
espécies como Abeto, Pinus e Bétula, muitas
re possui diversas soluções para a atividade.
vezes durante o primeiro desbaste com uso
“Operando dentro do talhão no sistema cut-
para energia ou celulose. No Brasil, os imple-
-to-length, seja em desbaste ou corte raso,
mentos podem ser utilizados também em fo-
os cabeçotes da linha 200/400 que são pro-
lhosas como o eucalipto com o mesmo limite
duzidos na Finlândia, possuem braços acu-
de VMI de 0,15 m³”, detalha Elessandro Viana,
muladores. Esses são opcionais, que podem
consultor técnico de vendas da Ponsse Latin
ser instalados em cabeçotes novos ou já em
America.
operação. Assim, em florestas de baixo VMI, é
Crédito: Divulgação / Southstar
bastante utilizados na Europa para o proces-
B. FOREST . IMPLEMENTOS 33
possível realizar o corte de múltiplas árvores
implementos tem como foco a robustez. Nos
e processá-las no solo, para posterior baldeio
diversos mercados onde os cabeçotes da li-
pelo forwarder”, diz Rodrigo Junqueira. Es-
nha 600 operam, em grande parte sua insta-
ses cabeçotes podem ser instalados tanto em
lação é feita em máquinas florestais de esteira
escavadeiras como em máquinas de pneus.
ou escavadeiras de até 45 toneladas.
O cabeçote Waratah H480C é o mais usado para essa aplicação.
Dentro das opções, o cabeçote HTH622C é modelo mais utilizado para processar árvo-
No sistema full tree, os cabeçotes da li-
res múltiplas, porém outros modelos, como
nha 600 também possuem a capacidade de
o HTH616C, também possuem característica
processar árvores múltiplas, porém com um
semelhante. Na Ponsse, os cabeçotes que operam com
lândia, a linha 600 nasceu em uma condição
madeira com casca também fazem o multi-
de floresta bastante extrema, onde as árvo-
processamento, no caso os modelos H5 (900
res possuem grandes quantidades de galhos
kg), H6 (1050 kg), H7 (1150 kg), H8 (1250 kg)
grossos e pesados. Assim, a construção dos
e H10 (2600 kg). “No processamento múlti-
Crédito: Divulgação / Southstar
conceito diferente. Produzida na Nova Ze-
34 IMPLEMENTOS . B. FOREST
plo é necessária maior área de contato com
com o descarte do ‘pé’ das árvores. O sistema
os rolos alimentadores, por isso eles são mais
utiliza uma tecnologia de fotocélulas duplas,
largos. As facas de desgalhamento têm maior
patenteadas pela Waratah, que funcionam
curvatura, otimizando assim o agarre dos
como sensores independentes para alinhar o
múltiplos fustes. A precisão do comprimento
‘pé’ das árvores no cabeçote, antes de iniciar
também é muito importante no processo. Por
o processamento”, detalha Junqueira.
isso, uma roda de medição com sistema de
No exterior, fabricantes especializados no
recolhimento hidráulico e pressão por mola
processamento múltiplo encontram um mer-
é recomendada. Além dos recursos físicos, o
cado ávido para o uso de seus implementos.
sistema de informação OPTI também possui
Além do design específico para o multipro-
recursos que facilitam o trabalho de multi-
cessamento e do desenvolvimento de sof-
processamento”, elucida o consultor técnico
twares e sistemas de alinhamento próprios,
de vendas da companhia.
esses cabeçotes possuem um diferencial adi-
Atualmente no Brasil, as máquinas Ponsse
cional: a capacidade de realizar o processa-
que aceitam esses implementos são os har-
mento múltiplo de árvores de VMI acima de
vesters Beaver (16 t), Ergo (21 t) e Bear (24,5 t).
0,15 m³.
Sua instalação também é possível em escavadeiras hidráulicas a partir de 14 toneladas.
“A Komatsu Forest tem hoje diversos cabeçotes com essa capacidade. No Brasil, ainda não estão disponíveis, pois trata-se de algo
Especializados
relativamente novo, que foi lançado em ca-
Para lidar com as múltiplas toras e deman-
beçotes de grande porte apenas no ano pas-
das como o alinhamento delas, é preciso que
sado, na linha S, que trabalha com VMIs de
haja especificação técnica dos implementos,
0,15 m3 a 0,40 m3. O que permite o alinha-
necessidade refletida no design dos cabeço-
mento das múltiplas toras é a tecnologia do
tes.
motor de rolo e do rolo de tração e no sis-
“O modelo HTH622C possui quatro moto-
tema de controle, que por sua vez controla a
res de tração que, juntamente com os quatro
pressão de rolo e faca para poder dar acura-
rolos de alimentação, permitem processar to-
cidade de comprimento quando se traciona
ras individuais ou múltiplas, além de um sis-
duas ou três árvores simultaneamente”, des-
tema automático que permite o alinhamento
taca Lonard dos Santos.
individual das toras, reduzindo assim as perdas
O cabeçote processador TreeKing, da KTI
B. FOREST . IMPLEMENTOS 35
árvores, assim como a possibilidade de rea-
tes sem o uso de rolos de alimentação, o que
lizar o alinhamento manualmente, economi-
impede a movimentação das árvores, que se
zando tempo e minimizando desperdícios.
mantém fixas graças à força dos braços de
Também podem contar com o adicional de
suporte e facas de desgalhamento. “O sis-
rodas de desgalhamento. Todos os mode-
tema de mensuração do TreeKing realiza a
los foram projetados desde sua concepção
medição de forma mecânica e se recalibra a
para o multiprocessamento, com quatro ro-
cada ciclo, de forma a garantir a uniformidade
los e corpo amplo e robusto”, reforça o vice-
das toras processadas. O TreeKing é capaz de
-presidente Michael Klopp. Os cabeçotes são
processar múltiplas árvores de 7,62 a 76,2 cm
controlados por um software especialmente
de diâmetro a 3,675 m/s com 18.000 libras/pé
projetado para modificar a pressão das facas
de força de desgalhamento, e pode ser utili-
e rolos por meio de um botão que permite
zado em escavadeiras de 23 a 24 toneladas”,
trocar rapidamente entre o modo multipro-
explica Les Kerik, da KTI.
cessador e processador individual.
Especialista na produção de implementos
Mesmo que o uso de cabeçotes multipro-
para o multiprocessamento, todos os mode-
cessadores para árvores de VMI médio seja
los de cabeçotes Southstar (QS 450, 500, 505,
mais incomum no Brasil do que no exterior,
600, 605, 630 e 635) apresentam essa capa-
permanece importante informar-se sobre as
cidade. “Os cabeçotes Southstar têm o mes-
alternativas exploradas no mercado global
mo design nos rolos de alimentação diantei-
para a colheita florestal. Afinal, ampliar o co-
ros com a opção do sistema de laser duplo
nhecimento técnico nacional jamais será pre-
para detecção e alinhamento automático das
judicial.
36 IMPLEMENTOS . B. FOREST
Crédito: Divulgação / John Deere
Forest, inova ao realizar alinhamento dos fus-
Crédito: Divulgação / Ponsse B. FOREST B. FOREST . IMPLEMENTOS . GESTÃO 37
Vidas renovadas
A
sustentabilidade transcende as preocupações econômicas e ambientais, pois está diretamente ligada ao bem-estar social. Como um segmento de grande
importância para a indústria do país, o setor florestal brasileiro tem contribuído em grande escala para o desenvolvimento de comunidades e o aumento da qualidade de vida de milhares de pessoas.
38 SUSTENTABILIDADE MERCADO . B. FOREST . B. FOREST
Crédito: Divulgação / Fibria B. FOREST B. FOREST . SUSTENTABILIDADE . MERCADO 39
A
sustentabilidade é um termo repetido
ambiental das propriedades, priorizando os
a esmo por empresários, governan-
corredores de biodiversidade e amenizando
tes, ativistas e membros dos mais di-
os efeitos da fragmentação, a Suzano geren-
versos círculos da sociedade civil. Com a re-
cia na região 21.505 hectares, dos quais 6.211
alidade cada vez mais tangível das mudanças
são preservados, com 99,3% dessas áreas em
climáticas, é natural que as discussões em tor-
excelente estado de conservação.
no do desenvolvimento sustentável ocorram,
Por sua vez, a Klabin mantém programas
e ainda mais compreensível que tais debates
de monitoramento ambiental da fauna silves-
tragam como enfoque principal a preservação
tre há 14 anos em seus mais de 11 mil hectares
da biodiversidade, a restauração dos ecossis-
em Santa Catarina, período no qual já identi-
temas e outras ações voltadas à conservação
ficou 358 espécies da fauna regional. O pro-
ambiental.
jeto é realizado nas AAVCs (Áreas de Alto Va-
Ao lidar diretamente com a geração de re-
lor para Conservação) da empresa no estado,
cursos naturais, o setor de florestas plantadas
contribuindo também com a preservação da
tem a oportunidade de atuar de forma ímpar
mastofauna e avifauna, conjuntos de mamífe-
em prol da preservação de biomas e espécies
ros e aves que habitam a região.
ameaçadas e no combate às mudanças climáticas. É por isso que as grandes empresas de
O aspecto social
base florestal possuem programas específicos
O debate público acerca da sustentabili-
voltados à sustentabilidade em suas áreas de
dade é crucial para o desenvolvimento da so-
conservação. A atuação dessas companhias
ciedade. Contudo, a ênfase excessiva dada ao
vai muito além da obrigação legal de manter
aspecto ambiental faz com que pouco se fale
APPs (Áreas de Preservação Permanente) e
sobre os dois outros componentes do cha-
RLs (Reservas Legais).
mado “Tripé da Sustentabilidade”: o econômi-
As ações de preservação e conservação
co e o social. O setor florestal demonstra estar
de áreas naturais adotadas pela Suzano, por
ciente da importância do aspecto social nos
exemplo, por meio de parceria com a SOS
projetos que grandes empresas desenvolvem,
Mata Atlântica, colaboraram para que o Es-
contribuindo para o avanço na qualidade de
pírito Santo apresentasse alto índice de rege-
vida de diversas comunidades em todo o país.
neração de 1985 a 2015. Por meio de ativi-
Através do repasse de materiais e equipa-
dades como o planejamento do zoneamento
mentos, da realização de obras de interesse
40 SUSTENTABILIDADE . B. FOREST
Crédito: Divulgação / Klabin B. FOREST B. FOREST . SUSTENTABILIDADE . PERSPECTIVAS 41
público, de reuniões com as partes interessa-
propicia aos pequenos produtores a prática da
das, ações de educação ambiental e projetos
agricultura orgânica. Em Ortigueira (PR), o ano letivo de 2017
rado opera diversos programas de relevância
tem início com a inauguração da Escola Mu-
social. Ao longo de 2016, a companhia refor-
nicipal Dr. Getúlio Vargas, que atenderá 300
mou o Lar dos Idosos Vicente Marques, em
crianças da rede pública de ensino. Empreen-
Aparecida do Taboado (MS), que abriga cerca
dimento social da Klabin, a escola conta com
de 40 idosos, ampliou centro comunitário e
uma área de mais de 1.000 m² e seis salas de
entregou um novo abrigo para os tanques re-
aula, laboratório de informática, biblioteca e
ceptores de leite no Assentamento Pontal do
outros ambientes, além de receber alunos de
Faia, em Três Lagoas (MS), e promoveu curso
outros bairros e unidades de ensino da região,
de Alvenaria em parceria com o Senai. Outro
cujas estruturas não atendem mais às neces-
programa de cunho social empreendido pela
sidades dos estudantes. O projeto é resultado
Eldorado é o PAIS (Produção Agroecológica
do mapeamento estratégico da região da Uni-
Integrada e Sustentável), tecnologia social que
dade Puma, que deu origem ao Plano de Ação
Crédito: Divulgação / Klabin
agroecológicos em assentamentos, a Eldo-
42 SUSTENTABILIDADE . B. FOREST
Crédito: Divulgação / Eldorado Socioambiental da Unidade, reunindo os in-
mil pessoas. Os projetos são diversos e estão
vestimentos sociais (saúde, educação, cultura,
concentrados em cinco eixos de investimen-
lazer, meio ambiente, agricultura familiar, en-
to: PDRT (Programa de Desenvolvimento Ru-
tre outros) da companhia a partir do financia-
ral e Territorial); Programa Colmeias; Arranjo
mento do BNDES. Outros projetos que come-
Produtivo Local em Leite; Lei de Incentivo à
çam a ser implementados neste mês incluem
Cultura de Jacareí; e Instituto Votorantim, que
o Klabin Passo Certo, que consiste em aulas
desenvolve projetos culturais e trabalhos vol-
de dança contemporânea e de capoeira, e o
tados ao público jovem.
Meninas Cantoras da Klabin, que contempla aulas de canto coral, teoria musical e técnicas
Pelo futuro
vocais.
Aliando a preservação ambiental às ações
No Vale da Paraíba (SP), o desenvolvimen-
de desenvolvimento social, uma terceira fren-
to social foi impulsionado pela Fibria, que in-
te em que atua o setor nacional de florestas
vestiu R$ 1,1 milhão em programas sociais na
plantadas é na conscientização e educação
região em 2016, beneficiando cerca de 44
ambiental. Ao longo do tempo, as ações so-
B. FOREST . SUSTENTABILIDADE 43
Crédito: Divulgação / Klabin ciais têm o poder de transformar a vida de mi-
dade), desenvolve as atividades de Educação
lhares de pessoas.
Ambiental e Ações Sociais em sua área Três
Em dez anos de existência, o programa de
Lagoas, Selvíria, Água Clara, Aparecida do Ta-
educação da Klabin em Santa Catarina já atin-
boado, Inocência e Ribas do Rio Pardo, em
giu mais de 12 mil participantes em 40 mu-
Mato Grosso do Sul. Por meio do programa,
nicípios. Projetos como o Programa Monito-
foram realizadas atividades e oficinas de vi-
rado de Visitas à Trilha Araucária e ao Centro
vências para crianças de escolas públicas,
Ambiental Caiubi trazem diversas informações
atingindo mais de 1.600 alunos.
sobre as riquezas da fauna e flora regional,
Esses e muitos outros projetos desenvolvi-
formação florestal, características e composi-
dos nos últimos anos comprovam que a atua-
ção para a população interessada, estudantes
ção do setor florestal brasileiro na promoção
e professores da região.
da sustentabilidade em todos os seus aspectos
A Suzano, por exemplo, em parceria com
– na conservação dos biomas e recursos na-
a SOS Mata Atlântica, desenvolveu um plano
turais, no desenvolvimento sustentável aliado
municipal para retratar a realidade da Mata
ao progresso industrial, e nos programas de
Atlântica no município de Conceição da Barra
fomento do desenvolvimento social – é cru-
(ES), educando a respeito da importância da
cial para garantir a prosperidade das futuras
gestão consciente dos recursos naturais do
gerações. Falta ainda, por parte das empresas,
bioma como um dos ambientes prioritários
maior divulgação das atividades desenvolvidas
para a conservação. Já a Eldorado, por meio
para a sociedade que não está diretamente
do PES (Programa Eldorado de Sustentabili-
relacionada com o setor florestal.
44 SUSTENTABILIDADE . B. FOREST
B. FOREST . PERSPECTIVAS 45
46 EVENTO PERSPECTIVAS . B. FOREST . B. FOREST
Oregon Logging Conference: 79 anos
C
onferência da região de maior produção de madeira dos Estados Unidos trouxe novidades de 280 expositores
Crédito: Malinovski
B. FOREST B. FOREST . PERSPECTIVAS . EVENTO 47
P
articipar da Oregon Logging Confe-
dia especializada nacional, a equipe da B.Fo-
rence, realizada anualmente em um
rest esteve presente nos três dias de evento, e
estado de grande tradição e produção
pôde testemunhar a qualidade e diversidade
florestal dos EUA, é conferir de perto o valor
que as tradicionais associações regionais es-
da expertise adquirida em 79 anos de história.
tadunidenses trazem para suas conferências.
Em sua 79ª edição, realizada entre os dias
Além da apresentação de máquinas, im-
23 e 25 de fevereiro deste ano na cidade de
plementos e produtos, a 79ª OLC contou com
Eugene, a OLC trouxe cerca de 280 exposi-
dois dias de sessões de negócios, 26 pales-
tores, distribuídos em mais de 8.800 m² para
trantes renomados, 18 tópicos de discussão
que os visitantes pudessem conhecer as novi-
de interesse da indústria, eventos sociais, ativi-
dades e tendências nas mais diversas máqui-
dades para famílias, competições entre mem-
nas e produtos para a área florestal.
bros das associações e concessão de créditos aos associados presentes.
Crédito: Divulgação / Luciano Simão
Para não perder nada e representar a mí-
48 EVENTO . B. FOREST
PONSSE ERGO 8W
A MELHOR OPÇÃO PARA COLHEITA EM ÁREAS DECLIVOSAS
O HARVESTER PONSSE ERGO 8W pode ser usado na colheita de madeira em encostas de até 40º graus, tornando a colheita mecanizada possível onde anteriormente era muito difícil, até mesmo inviável. A agilidade e simplicidade do uso das máquinas Ponsse e a estabilidade proporcionada pelas oito rodas aumentam o rendimento e a produtividade no momento da colheita. O centro de gravidade do harverster PONSSE Ergo 8w permanece inalterado quando o alcance da grua precisa ser maior, aumentando o conforto durante a operação, e sem a necessidade de comprometer toda a potência da máquina.
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GUINCHO DE TRAÇÃO pode ser acoplado nas máquinas Ponsse*, para colheita em terrenos acidentados. O guincho é sincronizado com a transmissão da máquina e não necessita de comandos adicionais durante a operação. Os harversters PONSSE fornecem uma produtividade imbatível,mesmo nas condições mais exigentes. *Guincho de Tração Ponsse está disponível para os harvesters PONSSE Ergo 8w e PONSSE Bear, e também para os forwarders PONSSE Buffalo, Elephant e ElephantKing.
B. FOREST . EVENTO 49
A logger’s best friend www.ponsse.com
Em sua maioria, as operações florestais nos Estados Unidos são realizadas por prestadores de serviço. O sistema de acreditação de profissionais é prática comum para que esses prestadores possam seguir operando no mercado, sempre especializados e conscientes das principais normas e tendências do momento. Trata-se de uma demanda do mercado florestal para que os profissionais estejam constantemente atualizados: caso TECNOLOGIA B. créditos FOREST não50atinjam o mínimo. de necessários naquele ano, ficam temporariamente im-
possibilitados de prestar serviços no setor.
Crédito: Crédito: Divulgação Divulgação // Luciano Roder Simão
Qualificação profissional
Foi desenvolvido para operações multiplas, com o mesmo equipamento você pode fazer: Colheita (Derrubada) deixando as arvores empilhadas. Traçamento (Corte no comprimento). Carregamento ou Abastecimento de Picador.
Excelente custo benefício. 3 operações em um só equipamento: • Fácil instalação - Acopla no lugar da Garra Florestal sem a necessidade de vias auxiliares. • Possibilidade de instalação em: Gruas em Tratores, Caminhões Muncks, Forwarders, Escavadeiras. • Diâmetro de Corte de até 60cm. • Giro ilimitado do cabeçote.
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B. FOREST . TECNOLOGIA 51
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+55 (14) 3886 - 1441
Destaques Apesar de tanta variedade, o foco principal das novidades apresentadas na conferência foram as novas tecnologias para ancoragem de máquinas e outras soluções para a colheita de madeira em áreas com grandes declives. Destaques nessas áreas incluem os guinchos florestais T-Winch (da Ecoforst), Tractionline, Alpine (em operação com harvesters de rodas Ponsse 8) e Log-Champ LC150 (da T-mar), além de máquinas como o feller direcional Tigercat LS855D e o feller buncher TimberPro TL765C. A 80ª edição da Oregon Logging Conference será realizada de 22 a 24 de fevereiro de
52 TECNOLOGIA . B. FOREST
2018, no Lane County Convention Center & Fairgrounds, na cidade de Eugene, EUA.
Crédito: Divulgação / Luciano Simão B. FOREST B. FOREST . TECNOLOGIA . EVENTO 53
Análise Mercadológica
Crédito: Divulgação
Estimativa de crescimento do PIB brasileiro em 2017 permanece em +0,48%
54 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
Indicadores Macroeconômicos
• Perspectivas Econômicas: : A estimativa do crescimento do PIB brasileiro para o ano de 2017 foi revisada para +0,48%, segundo o BCB (Banco Central do Brasil), o que representa praticamente o mesmo índice anteriormente previsto (+0,49%). Para 2018, a estimativa do BCB para o crescimento do PIB é de +2,40%. Isso reflete a expectativa mais pausada de recuperação no curto prazo. • Inflação: O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de fev/17 apresentou variação de 0,33%, abaixo dos 0,38% de jan/2017 (IBGE). Nos dois primeiros meses do ano, o índice acumulado em 0,71%, percentual, abaixo dos 2,18% em igual período de 2016. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice caiu para 4,76%, frente aos 5,35% nos 12 meses anteriores. A estimativa da inflação acumulada em 2017, medida pelo IPCA, é de 4,19%, de acordo com o BCB. Caso seja mantida, estará dentro do centro da meta definido pelo BCB (4,50%). Para 2018, a previsão da instituição para a inflação também é de 4,50%. • Taxa de Juros: O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira pela quarta vez consecutiva em fev/17, passando de 13% para 12,25% ao ano. O corte, de 0,75 ponto percentual, levou a Selic ao menor patamar desde o início de 2015, quando estava em 11,75% ao ano. • Taxa de Câmbio: A taxa média cambial encerrou fev/2017 em BRL 3,10/USD, resultando em valorização do Real em relação à média de jan/2017 (BRL 3,20/USD) de 2,9%. A média cambial na 1ª quinzena de março/2017 atingiu BRL 3,14/USD. Analistas do BCB estimam taxa cambial de BRL 3,30/USD para o final de 2017 e de BRL 3,40/USD para 2018.
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B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 55
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
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56 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
“Em linhas gerais, os preços de
madeira
para
processo
e energia de pinus tiveram
Crédito: Divulgação
pequena queda em fev/2016”
B. FOREST B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA . ENTREVISTA 57
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral). STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2017. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê – CEP: 80.530-260- Curitiba/PR – Fone: (41) 3252-5861 www.stcp.com.br – info@stcp.com.br. Nenhuma parte desta publicação pode ser produzida ou retransmitida sob qualquer forma ou meio, CONSULTORIA ENGENHARIA GERENCIAMENTO
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58 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
MERCADO DE PRODUTOS FLORESTAIS | TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS •
•
Comentários - Tora de Eucalipto:
Comentários - Tora de pinus:
Permanece em alta a oferta de tora fina de
Em linhas gerais, os preços de madeira para
eucalipto principalmente nas regiões Sul e Sudes-
processo e energia de pinus tiveram pequena
te do país. Devido a este cenário, produtores flo-
queda em fev/2017 em relação ao mês anterior,
restais estão tentando manter estável o preço da
seguindo igual tendência observada para tora fina
madeira em tora, porém têm sentido pressão para
de eucalipto. Os produtores florestais continuam
manutenção ou redução.
com dificuldade para reajustar os preços e en-
Produtores florestais indicam dificuldade na
frentam cenário de baixa demanda e excesso de
comercialização de madeira fina para cooperati-
oferta de tora fina, principalmente em regiões com
vas, pois há grande oferta de madeira em tora com
menor concentração do consumo nos estados da
diâmetro menor que 25 cm, principalmente na re-
Região Sul.
gião Sul, enquanto os custos de produção continuam aumentando. Isso tende a uma estabilidade
Muitas empresas produtoras de madeira em
nos preços e até mesmo redução em algumas re-
tora estão tentando manter, na medida do pos-
giões, devido à pressão na negociação de preços
sível, os preços para garantir o mínimo de vendas
pelo mercado consumidor.
e a continuidade de suas operações. Porém, em algumas regiões o excesso de oferta de tora fina
Para a tora grossa, na maioria das empresas
torna ainda mais complexa essa dinâmica do mer-
não houve alteração significativa nos preços no úl-
cado. Os consumidores buscam negociar preços
timo mês, embora a oferta de madeira em tora de
menores e ainda assim, muitas empresas têm sof-
maior diâmetro de eucalipto prossegue limitada. A
rido com a inadimplência.
demanda por sortimentos maiores não está muito aquecida e depende principalmente do movimen-
O mercado externo aquecido com uma taxa
to no mercado externo, já que o mercado inter-
cambial ainda favorável às exportações, somado
no permanece sem perspectivas de retomada nos
à baixa demanda por compensados e serrados no
próximos meses. A relativa valorização da moeda
Brasil em função da menor demanda pelo setor
brasileira nos últimos meses tornou os produtos
da construção civil, reforça ainda mais a tendên-
brasileiros menos competitivos no exterior, mas
cia das empresas em orientar seus produtos para
com oportunidades tanto para produtos de euca-
a exportação.
lipto quanto de pinus.
B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 59
NÃO MADEIREIROS
Borracha Brasileira
N
o gênero Hevea, a espécie de maior
mais desenvolvidos tecnologicamente (com
importância econômica, tem o Bra-
maior conhecimento no uso de clones, técni-
sil em sua essência: Hevea brasilien-
cas de manejo e uso de mudas de qualidade).
sis. De nome e origem brasileira, é uma das
Além da experiência de 42 anos de culti-
principais fontes de látex - e, consequente-
vo, a produtividade das seringueiras em Goiás
mente, de borracha natural. Trata-se de ma-
está diretamente ligada às condições edafo-
téria-prima versátil e utilizada na fabricação
climáticas do estado, propícias para seu de-
dos mais diversos produtos, como: pneus, lu-
senvolvimento na região, que conta com 18
vas cirúrgicas, preservativos, tubos cirúrgicos,
mil ha de seringais em 68 municípios.
cateteres, outros produtos farmacêuticos, so-
De acordo com Antônio Carlos da Costa
lado de calçados, autopeças, artefatos leves,
presidente da APROB-GO/TO (Associação
Camel back (para recauchutagem de pneus)
dos Produtores de Borracha Natural de Goiás
e correias transportadoras.
e Tocantins), a vida útil da seringueira, com
Não é surpresa, portanto, que a média na-
um bom retorno econômico, varia de 35 a
cional de produtividade dos plantios de se-
40 anos. Neste período, a heveicultura gera
ringueira supere a marca mundial: enquanto
vários empregos nos seringais como sangra-
a produção global é de aproximadamente
dores, sangradores reservas/coletadores, co-
uma tonelada de borracha seca por hectare,
ordenadores, pragueiros, vigilantes e opera-
a produtividade brasileira é de 1,26 t/ha.
dores de máquinas. “Além disso, a produção
Ainda, certas regiões do país, com tradi-
de coágulo alimenta as usinas de beneficia-
ção na heveicultura (nome dado à atividade
mento localizadas no estado de São Paulo,
de cultivo da seringueira) atingem índices ain-
Bahia, Mato Grosso e Espírito Santo. O coá-
da mais expressivos. De acordo com dados da
gulo beneficiado já é tratado como borracha
Embrapa, a produtividade dos seringais goia-
natural, da qual a maior parte é vendida para
nos apresenta média de 1,53 t/ha, podendo
a pneumáticas que fabricam pneus e outros
chegar a 2,0 ou mesmo 2,5 t/ha nos plantios
produtos. Portanto, esta cultura faz parte de
60 NÃO MADEIREIROS . B. FOREST
uma cadeia que se inicia no campo e termi-
do da Ásia (Tailândia, Malásia, Vietnã, Índia,
na no consumidor, gerando empregos e ren-
China e Indonésia). Para fomentar a produ-
da que movem a economia”, explica. Outros
ção nacional, as Associações trabalham junto
fatores que contribuem para a produtividade
ao Estado para a manutenção da alíquota de
em Goiás incluem o método de irrigação por
14% para a importação da borracha natural,
gotejamento e do regime CLT para gestão.
justificada devido ao alto custo dos encargos trabalhistas enfrentados pela heveicultura
consumida internamente, representando 30%
brasileira em relação aos competidores inter-
da demanda nacional. O restante é importa-
nacionais.
Crédito: Divulgação / Embrapa Floresta
Toda a borracha produzida no Brasil é
B. FOREST . NÃO MADEIREIROS 61
ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES
EXPORTADORES EM ALERTA
A
informação de que o Real foi a moeda que mais se valorizou em relação ao dólar em um ano, considerando 15 das principais moedas do mundo, acende mais um sinal de alerta
entre os fabricantes de compensado de pinus. Na avaliação do presidente da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), José Carlos Januário, a desvalorização do Dólar (que chegou a 22,8% de 14 de fevereiro de 2016 à mesma data em 2017), somada ao aumento do custo de produção, resulta em dificuldades para as empresas. “É um cenário de alerta. A recomendação é de negociar no curto prazo e com cautela, acompanhando dia a dia a evolução do mercado”, afirma Januário. Segundo dados da Abimci, os fabricantes de compensado de pinus exportaram no último ano, 1.730,467 m³, maior volume nos últimos 10 anos, com 16,2% de aumento em relação ao volume embarcado em 2015. Os números revelam uma tendência de alta que teve início em 2015, impulsionada pela queda de consumo do mercado interno, aliada à paralisia da economia e ao crédito caro e restrito, levando muitas empresas do segmento a migrarem sua produção para o mercado externo. Os dados de janeiro deste ano comprovam essa tendência: foram exportados 29% a mais do que no mesmo mês do ano anterior. Para Januário, o fato dos mercados americano e europeu estarem comprando não significa que o momento esteja favorável. “Algumas empresas devem adotar a estratégia de reduzir a produção. A hora é de atenção e de ajuste nos custos que forem possíveis de serem revistos para que não tenhamos redução ainda maior no faturamento”, afirma.
62 ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES . B. FOREST
ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES
APRE INTEGRA CONSELHO DE TRIBUTAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PARANÁ
E
m março, uma nova diretoria do Conselho de Tributação da ACP (Associação Comercial do Paraná) vai tomar posse, e a Apre (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal)
foi convidada para fazer parte do grupo, que terá representantes de entidades, profissionais liberais, gestores, empresários, professores, economistas e advogados. De acordo com Leonardo Sperb De Paola, vice-presidente da ACP e coordenador do Conselho, a ideia é que o conselho tenha uma composição heterogênea para que possa oferecer propostas concretas de reforma da legislação tributária e de análise da legislação que já existe. “Para isso, precisamos ter um conjunto de saberes, e buscamos parceiros institucionais, como a Apre. Queremos fazer um trabalho transparente com os legisladores. Vamos tentar trazer para as reuniões deputados, agentes administrativos do fisco, secretários, diretores de fazenda e assim por diante, sempre com foco na política tributária e política fiscal, para que possamos influenciar de maneira transparente nas alterações e melhorias da legislação tributária”, definiu o coordenador do conselho. Como as demais entidades convidadas a participar, a Apre será responsável por trazer as demandas do setor. Na avaliação de Carlos Mendes, diretor executivo da Associação, essa será uma excelente oportunidade para que a entidade se aproxime de outras instituições representativas e possa trocar experiências para conquistar avanços. “Sabemos quais são as dificuldades do setor florestal e vamos procurar encontrar os caminhos para resolver essas questões. Ficamos extremamente honrados com o convite e temos a certeza que a discussão será muito rica e vai acrescentar muito no nosso dia a dia”, completou Mendes.
Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal
B. FOREST . ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES 63
NOTAS
KOMATSU TRACTION AID WINCH
A
Komatsu Forest tem uma vasta experiência de trabalho com guinchos nas regiões alpinas da Alemanha e Áustria, onde a tecnologia foi aperfeiçoada em cooperação com os clientes
por mais de dez anos. Usando esse conhecimento, a companhia apresenta o guincho de tração auxiliar Komatsu Traction Aid Winch, uma solução que estará disponível opcionalmente para o forwarder Komatsu 875 e os harvesters Komatsu 911/230H e Komatsu 931. O sistema é baseado no princípio de cabrestante, onde o guincho tem um tambor separado para armazenamento do cabo, enquanto o motor que fornece tração é instalado na unidade do cabrestante. O cabo é enrolado nove vezes ao redor da guia do cabrestante, que dá uma força grande de fricção e assim um guincho eficiente. O sistema proporciona tração uniforme, pois a mesma quantidade de cabo está sempre enrolada ao redor da unidade do cabrestante. Trata-se de um diferencial em comparação a um guincho de tambor regular, onde o cabo é enrolado em torno de um tambor que também abriga o motor, uma construção que fornece tração irregular porque o torque varia dependendo de quanto cabo permanece no tambor. Com design compacto, o guincho fornece à máquina mobilidade, visibilidade e distância do solo. Equipado com inclinação hidráulica, permite a inclinação para abrir o capô ou ajustar o ângulo do cabo, além de possuir acoplamento rápido para fácil remoção para operações de manutenção ou condução em terreno plano, onde não é necessário. O Komatsu Traction Aid Winch é equipado com um controle remoto que permite ao operador controlar o guincho do exterior da máquina, bem como alimentar e ancorar o cabo. O guincho também tem diferentes
Crédito: Divulgação / Komatsu
modos inteligentes para otimizar a eficiência operacional.
64 NOTAS . B. FOREST
Equipamentos Florestais
B. FOREST . NOTAS 65
NOTAS
ELDORADO: RECORDE EM ENERGIA VERDE
A
Eldorado Brasil bateu recorde de exportação de energia verde ao sistema elétrico nacional nos últimos meses. No dia 17 de fevereiro, a empresa forneceu ao mercado livre em
média 29,83 MWh, principal marca diária em seu histórico. O aumento da oferta de energia está relacionado à maior estabilidade industrial, conquistada graças à eficiência no controle operacional da linha produtiva e à experiência de seus profissionais. Com os bons resultados obtidos, a Eldorado já estuda ampliar a exportação ao sistema elétrico para mais de 30 MWh, em 2017. Atualmente a Eldorado tem potência instalada para produzir até 220 MWh de energia de biomassa de eucalipto. Cerca de 90 MWh são utilizados pela fábrica e 55 MWh, em média, são fornecidos para outras indústrias do complexo químico industrial. Em 2016, a companhia estruturou a área de gerência de novos projetos, biomassa e comercialização de energia, que é conduzida por André Bianchi. As áreas atuam em conjunto na companhia, entre geração por
Crédito: Divulgação / Eldorado
biomassa e vendas ao sistema elétrico nacional.
66 NOTAS . B. FOREST
NOTAS
AVANÇOS NA NORMA DO WOOD FRAME
A
pós sete meses de discussões, os subgrupos de trabalho da Comissão de Estudos para desenvolvimento da norma do sistema construtivo wood frame avançaram nas propostas
para as partes Projeto e Execução. As sugestões foram apresentadas na última reunião do Grupo de Trabalho realizada no dia 07 de fevereiro, em Curitiba (PR). Os textos apresentados tratam de pontos como requisitos gerais, componentes, projetos estruturais, projetos complementares, execução, entre outros. Na avaliação do coordenador da CE, Euclesio Finatti, vice-presidente do Sinduscon-PR, a evolução foi grande. “Temos hoje um texto já consistente envolvendo duas partes importantes do sistema construtivo wood frame, que são a preocupação de como serão considerados os projetos e como será a execução das futuras obras neste sistema construtivo”, afirmou. O próximo passo agora é uma revisão geral dos textos baseada nas últimas discussões, que envolveram mais de 20 membros do GT e avançar no subgrupo Desempenho. “Se continuarmos neste ritmo, ainda no primeiro semestre de 2017 poderemos submeter à Comissão de
Crédito: Divulgação
Estudos a primeira sugestão de texto para a norma”, concluiu.
B. FOREST . NOTAS 67
NOTAS
PARANÁ DISCUTE IMPLEMENTAÇÃO DO PRONASOLOS
A
implementação do Pronasolos (Programa Nacional de Solos do Brasil) foi pauta de reunião de pesquisadores da Embrapa Florestas e Embrapa Solos com quatro secretarias de Estado
do Paraná em Curitiba (PR). O Paraná é o primeiro estado da federação a efetivamente discutir a execução do programa, que visa elevar o conhecimento sobre os solos brasileiros. Os mapeamentos atualmente existentes estão em escala de baixo detalhamento, o que não possibilita planejamentos efetivos. Pela proposta, serão feitos mapeamentos em campo na escala 1:50.000, com melhor nível de detalhamento. O programa pretende mapear grande parte do território brasileiro e gerar dados com diferentes graus de detalhamento para subsidiar políticas públicas, auxiliar gestão territorial, embasar agricultura de precisão e apoiar decisões de concessão do crédito agrícola, entre outras aplicações. No Paraná, a intenção é iniciar o mapeamento de solos e vegetação ciliar em seis módulos de 10 mil km2 cada, perfazendo 60 mil km2 do Estado, especialmente em áreas de produção agrícola, que carecem de mais planejamento de uso e conservação de solo e água. Além disso, a inserção do levantamento de vegetação em ambientes de rios e nascentes vai auxiliar o Estado a fazer o planejamento rural com um olhar em sistemas de preservação. O trabalho vai aliar uma intensa Crédito: Divulgação/ Vânia Casado
atividade em campo, com coletas e análises de amostras de solo (em cada módulo, serão 1.200 pedossequências, 1200 amostras, 3.600 pontos de observação morfológica, 300 perfis de solos) e vegetação (em cada módulo, 400 seções analíticas, sendo 200 em nascentes e 200 em rios), geoprocessamento e montagem de banco de dados.
68 NOTAS . B. FOREST
B. FOREST . NOTAS 69
NOTAS
JOHN DEERE ENTRE AS MAIS ADMIRADAS DO MUNDO
A
John Deere está presente, uma vez mais, na lista de 50 Empresas Mais Admiradas do mundo. A listagem, elaborada pela revista americana Fortune, é considerada o “relatório
definitivo” sobre reputações corporativas. A pesquisa leva em conta o desempenho das companhias em nove critérios, dentre eles inovação, gestão de pessoas, uso de ativos corporativos, responsabilidade social, qualidade da gestão, solidez financeira, investimentos de longo prazo, qualidade dos produtos e serviços e ainda capacidade de competir globalmente. “O ranking das Mais Admiradas da Fortune demonstra que os cerca de 60 mil funcionários da John Deere em todo o mundo estão focados em trabalhar para oferecerem o melhor aos nossos clientes, além de atuarem sob os valores fundamentais da companhia: integridade, qualidade, compromisso e inovação”, diz Samuel R. Allen, CEO da Deere. Para elaborar o
Crédito: Divulgação / John Deere
ranking, a revista Fortune analisou 1.500 grandes companhias globais.
70 NOTAS . B. FOREST
NOTAS
RECEITA FEDERAL INCLUI PAPEL IMUNE NAS AÇÕES PRIORITÁRIAS DE 2017
O
Plano Anual de Fiscalização de 2017 da Receita Federal do Brasil, divulgado em fevereiro deste ano, inclui, pela primeira vez, o desvio de finalidade do papel imune, que passa
a compor a lista dos principais alvos de fiscalização para este ano, atrás apenas dos setores de bebidas e cigarros. De acordo com a Receita Federal, serão criados grupos de fiscalização específicos para este setor, intensificando ainda mais o combate às fraudes fiscais relacionadas ao papel imune e à concorrência desleal, que chegará a todos os estados e elos da cadeia produtiva. Após identificar e comprovar a ocorrência de desvio de finalidade, a Fiscalização cobrará os tributos devidos e lavrará as Representações Fiscais para Fins Penais ao Ministério Público Federal. Com esta ação, espera-se minimizar os atos ilícitos tributários que retiram cerca R$ 300 milhões por ano da arrecadação do governo federal, estados e munícipios, de acordo com último levantamento realizado pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). É classificado como Papel Imune todo papel que é destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, conforme estabelece o Artigo 150 da Constituição Federal, que veda instituir imposto para esse fim. Seu objetivo é viabilizar e ampliar o acesso a informação, difundir o conhecimento e o hábito da leitura, e fortalecer a educação, por meio da isenção de impostos como o IPI, PIS/Cofins, ICMS e o Imposto de Importação, representando, em média, uma diferença de até 36% da carga tributária, quando comparada aos tributos pagos pelo papel comercial.
B. FOREST . NOTAS 71
NOTAS
SANY SMSW40C
F
abricado no complexo industrial do Grupo Sany em Changsha (China) pela divisão portuária, o SMSW40C é uma nova opção de manipuladores para movimentação industrial e
portuária de materiais, inclusive de madeira. A linha de produtos, com classe operacional de 40 toneladas, já está disponível para o mercado global e brasileiro. No SMSW40C, o carro inferior pode ser configurado sobre rodas ou sobre esteiras. A cabine de operação conta com proteção acústica, ar-condicionado e elevação hidráulica, proporcionando conforto e segurança ao operador. Para a garra, além de versões para madeira, há também a possibilidade de trabalhar com granéis sólidos. As primeiras unidades chegaram ao Brasil no início de 2017, e seguiram viagem para o município de Camaçari (BA), para a fase de montagem, entrega técnica e treinamento operacional. Esses modelos, em operação na planta industrial da COPENER Florestal, estão configurados com lança e braço de 8,6 e 6,0 m de comprimento respectivamente, cabine de operação com elevação hidráulica, carro inferior sobre rodas, motor diesel Cummins e garra florestal com capacidade de 2,1 m2. A Sany disponibiliza para o mercado configurações para trabalhos diversos tipos de materiais, tanto em operações Crédito: Divulgação / Sany
industriais quanto portuárias, fabricados sob encomenda e de acordo com a necessidade operacional.
72 NOTAS . B. FOREST
Centro de Eventos Sistema FIEP - Campus da Indústria
O PRINCIPAL EVENTO DE COMPONENTES PARA PORTAS DO BRASIL
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FOTOS
74 FOTOS . B. FOREST
VÍDEOS
B. FOREST
. VÍDEOS 75
VÍDEOS
76 VÍDEOS . B. FOREST
B. FOREST
. AGENDA 77
AGENDA
B.FOREST
04 04
ABRIL Feicon Quando: 04 a 08
Onde: São Paulo (SP)
Informações: http://www.feicon.com.br/ Feira da Florestal Quando: 04 a 06
Onde: Gramado (RS)
Informações: http://futurafeiras.com.br/
MAIO
01 17 25 25
Agrishow Quando: 01 a 05
Onde: Ribeirão Preto (SP)
Informações: http://www.agrishow.com.br/pt/ ENCAPP - Encontro da Cadeia Produtiva da Porta Quando: 17 a 19
Onde: Curitiba (PR)
Informações: http://encapp.com.br/ 2° Encontro Brasileiro de RH e Segurança Florestal Quando: 25 a 26
Onde: Curitiba (PR)
Informações: http://rhesegurancaflorestal.com.br/ Ligna Quando: 22 a 26
Onde: Hannover (Alemanha)
Informações: http://www.ligna.de/home
JUNHO
07 13
Elmia Wood Quando: 07 a 10
Onde: Suécia
Informações: http://www.elmia.se/wood/ Fitecma Quando: 13 a 17
Onde: Buenos Aires (Argentina)
Informações: http://feria.fitecma.com.ar/es/
78 AGENDA . B. FOREST
21 22 29
Hortitec Quando: 21 a 23
Onde: Holambra (SP)
Informações: http://hortitec.com.br/ Integra iLPF Quando: 22
Onde: Três Lagoas (MS)
Informações: http://www.painelflorestal.com.br/integra Dia de Campo do Cedro Australiano Quando: 29 e 30
Onde: Campo Belo (MG)
Informações: https://doity.com.br/1-dia-de-campo-do-cedro-australiano/calendario
AGOSTO
09 16 22
Greenbuilding Brasil Quando: 09 a 11
Onde: São Paulo (SP)
Informações:http://www.informagroup.com.br/greenbuilding/pt Mercoflora Quando: 16 a 18
Onde: Chapecó (SC)
Informações:http://www.mercoflora.com.br/ Fenasucro & Agrocana Quando: 22 a 26
Onde: Sertãozinho (SP)
Informações:http://www.fenasucro.com.br/
SETEMBRO
19 19 20
WoodTrade Brasil Quando: 19
Onde: Curitiba (PR)
Informações:http://www.woodtradebrazil.com/ WoodProtection Quando: 19
Onde: Curitiba (PR)
Informações:http://lignumbrasil.com.br/woodprotection/ Lignum Brasil Quando: 20 a 22
Onde: Curitiba (PR)
Informações:http://lignumbrasil.com.br/
B. FOREST
. AGENDA 79
20 21
ExpoMadeira & Construção Quando: 20 a 22
Onde: Curitiba (PR)
Informações: http://www.expomadeira.com/ Encontro Brasileiro de Biomassa e Energia da Madeira Quando: 21 e 22
Onde: Curitiba (PR)
Informações:http://www.energiadamadeira.com.br/
OUTUBRO
16 16 23
Florestas Online Quando: 16 a 20
Onde: Curitiba (PR)
Informações:http://www.florestasonline.com.br/ Fenatran Quando: 16 a 20
Onde: São Paulo (SP)
Informações:http://www.fenatran.com.br/ ABTCP Quando: 23 a 25
Onde: São Paulo (SP)
Informações:http://www.abtcp2017.org.br/
NOVEMBRO
08 14
Expocorma Quando: 08 a 10
Onde: Santigo (Chile)
Informações:http://www.expocorma.cl/ Woodex Quando: 14 a 17
Onde: Moscou (Russia)
Informações:http://www.woodexpo.ru/en-GB
2018 ABRIL
11
Expoforest Quando: 11 a 13
80 AGENDA . B. FOREST
Onde: Região de Ribeirão Preto (SP)
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82 AGENDA . B. FOREST
B. FOREST
. AGENDA 71