2 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 3
TODO DESAFIO TEM UMA SOLUÇÃO A compra de máquinas para a atividade florestal requer altos investimentos por parte das empresas. No entanto, muitas vezes, esses valores não estão disponíveis em caixa e a alternativa é fazer um contrato de financiamento, o qual pode ser feito por bancos convencionais. A falta de conhecimento e expertise por parte destes bancos pode resultar em uma demora na finalização do contrato, o que acaba causando prejuízos para os compradores. Como opção, algumas fabricantes de máquinas oferecem o financiamento por bancos próprios, o que muitas vezes acelera a conclusão da compra. Na matéria de Mercado desta edição confira os benefícios deste procedimento. Leia também uma matéria sobre os desafios na gestão de frotas. Por ser uma tarefa fundamental para o abastecimento da fábrica e de clientes, o transporte de madeira deve ser bem gerido, o que evita falhas e impactos na produtividade fabril. Outro destaque da edição diz respeito a mão de obra requerida nas atividades silviculturais. Entenda como está este mercado e quais as alternativas estão sendo utilizadas pelas empresas para driblar a falta de profissionais O entrevistado da edição é Paulo Pupo, superintendente da ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) e vice-presidente da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná). Ele faz um panorama sobre o mercado da madeira e fala sobre a SIM – Semana Internacional da Madeira. Para ele, os eventos que acontecerão em março irão trazer muitos benefícios para a indústria madeireira. Saudações Florestais!
4 ENTREVISTA EDITORIAL . . B.B.FOREST FOREST
Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Editora: Giovana Massetto Jornalista: Amanda Scandelari Designer Responsável: Vinícius Vilela Designer Gráfico: Bernardo Beghetto Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior, Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal Edição 17 - Ano 03 - N° 02 - Fevereiro 2016 Foto de Capa: Morbark
Malinovski Florestal +55 (41) 3049-7888 Rua Prefeito Angelo Lopes, 1860 - Hugo Lange - Curitiba (PR) – CEP:80040-252 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br
© 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.
B. FOREST B. FOREST . . ENTREVISTA EDITORIAL 5
6 ENTREVISTA . B. FOREST
Foto: Divulgação Foto: Divulgação
B. FOREST
. ENTREVISTA 7
MERCADO PROMISSOR Paulo Pupo Superintendente ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)
A
madeira processada é um dos prin-
país?
cipais produtos da indústria de base
Toda a indústria nacional enfrenta um
florestal. Para entender como está
momento de expectativas, já que as incer-
esse mercado, suas perspectivas e poten-
tezas econômicas e políticas são muitas.
ciais, a Revista B.Forest entrevistou Paulo
Neste cenário de paralisia no qual o país
Pupo, superintendente da ABIMCI e vice-
se encontra, com recessão, falta de inves-
-presidente da FIEP (Federação das Indús-
timentos em questões prioritárias como
trias do Estado do Paraná).
infraestrutura, inexistência de acordos co-
Para Pupo, a indústria madeireira é um
merciais internacionais, enorme peso tribu-
importante agente na economia brasileira,
tário sobre o setor produtivo e mudanças
contudo ainda não é reconhecido pelo go-
de regras a todo instante, apenas para citar
verno como tal. Além de fazer um panora-
alguns dos problemas estruturantes do Bra-
ma sobre o setor madeireiro, o superinten-
sil, torna-se cada vez mais difícil produzir.
dente da ABIMCI fala sobre o Wood Trade
O setor madeireiro não está imune a esse
Brazil, um dos eventos da SIM - Semana
cenário preocupante, sofrendo da mesma
Internacional da Madeira, que tem como
falta de atenção e comprometimento do
objetivo discutir perspectivas e o potencial
governo para com a indústria nacional.
dos mercados interno e externo para os di-
Mesmo assim, alguns segmentos da in-
versos produtos florestais e, assim, auxiliar
dústria madeireira ainda estão conseguin-
os empresários a traçarem estratégias para
do ter resultados mais satisfatórios, devido
o futuro. Confira!
a investimentos realizados na melhoria da
Como a indústria de madeira proces-
qualidade dos produtos, em programas de
sada se encontra na atual conjuntura do
certificações para acessar mercados mais
8 ENTREVISTA . B. FOREST
Foto: Divulgação
“Certamente não será um ano fácil, mas há oportunidades para que as empresas superem mais este obstáculo.”
B. FOREST
. ENTREVISTA 9
exigentes e na procura por outros nichos
volume de madeira que abastece as empre-
para garantir um melhor preço. As exporta-
sas. A consolidação e aumento da área de
ções trouxeram, em um primeiro momento
floresta plantada no país, mesmo que tímida
de 2015, certo fôlego para os fabricantes.
nos últimos anos, alçou o setor madeirei-
No entanto, apesar do câmbio atrativo no
ro nacional como um dos mais importantes
período, agora a indústria enfrenta cená-
do mundo.
rios difíceis, como excesso de produção
O setor se adaptou a uma demanda de
mundial, queda do preço internacional de
mercado, que hoje busca produtos de qua-
vários produtos madeireiros na moeda nor-
lidade, mas que também estejam aliados
te-americana, bem como a redução do PIB
com questões como sustentabilidade, pre-
chinês, que afeta os principais mercados do
servação ambiental, manejo adequado das
mundo.
florestas. O setor de base florestal é um dos
Certamente não será um ano fácil, mas
setores que mais conserva áreas de pre-
há oportunidades para que as empresas su-
servação no território nacional. Segundo
perem mais este obstáculo. Acreditamos
levantamento feito pela APRE (Associação
que por meio da força do associativismo e
Paranaense de Empresas de Base Florestal),
de ações assertivas no mercado será pos-
para cada 100 hectares de florestas planta-
sível sairmos desta turbulência mais bem
das, o setor contribui com a preservação de
preparados e fortalecidos.
70 hectares de florestas nativas.
Atualmente, como está a produção e
Com redução da demanda interna, ex-
comercialização de madeira proveniente
portação foi uma alternativa. Essa é re-
de floresta plantada?
almente uma boa saída? Quais as con-
O pinus é a espécie mais utilizada pela indústria de madeira processada mecanicamente, representando cerca de 60% do
sequências para o setor ao adotar essa estratégia? Certamente o mercado externo é impor-
“O setor se adaptou a uma demanda de mercado, que hoje busca produtos de qualidade, mas que também estejam aliados com questões como sustentabilidade, preservação ambiental, manejo adequado das florestas.” 10 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 11
tante e muito necessário ao setor e o Brasil
mudança no perfil da indústria madeirei-
está bem posicionado no cenário mundial
ra no Brasil. Muitas empresas importantes
em vários produtos, mas as ações e estra-
não conseguiram sobreviver ao período e
tégias de como abordar e participar desse
novos players vieram para contribuir com o
mercado precisam ser realizadas com cau-
setor. Nossa produtividade sem dúvida me-
tela pelas empresas e com a correta leitura
lhorou muito, proveniente de investimentos
do mercado consumidor.
realizados pelo setor privado, principalmen-
Com a valorização do Dólar frente ao
te em relação à madeira serrada e painéis.
Real e a queda no consumo interno, é na-
Com o aquecimento da construção civil
tural que as empresas se voltem ao comér-
no Brasil nos últimos anos, o faturamento
cio exterior, buscando alternativas para o
interno aumentou para vários produtos de
escoamento de sua produção. No entanto,
madeira serrada, fator que trouxe um equi-
é preciso que isso seja feito com estraté-
líbrio entre a produção e consumo. Mas o
gia
e planejamento. O que estamos pre-
momento pelo qual passamos é dos mais
senciando nesses últimos meses, em alguns
importantes para a perenidade das empre-
segmentos madeireiros é uma corrida à
sas.
exportação a qualquer custo, contribuindo
Teremos novamente que repensar nos-
com a queda do valor dos produtos em vá-
sa ação comercial frente à nova realidade
rios dos principais mercados importadores
econômica e do consumo interno nacional
para nossas mercadorias, ocasionando um
e adaptar produção e produtos para esse
descompasso preocupante na lei da oferta
novo perfil do mercado doméstico. Sabe-
e procura de alguns produtos, o que dire-
mos que o nível de oferta de financiamentos
tamente afeta a sustentabilidade das em-
diminuiu muito, bem como o custo exces-
presas.
sivamente caro dos juros, retraindo o con-
Como você avalia o desenvolvimento das indústrias de transformação e beneficiamento de madeira no Brasil? Após as mais recentes crises econômicas, principalmente a de 2008 nos Estados Unidos, houve uma transformação e uma 12 ENTREVISTA . B. FOREST
sumo de maneira de forma generalizada. O que falta para que o setor seja reconhecido como um agente importante para a economia brasileira? Ele já é! O que falta na maioria das situações é o governo reconhecer isso.
Temos trabalhado de forma constante e
triais, porque somente assim será possível
intensa para que o setor receba o reconhe-
conseguir um maior reconhecimento pelo
cimento que merece, por conta de todas as
trabalho realizado pelo setor.
contribuições na geração de renda, empregos e divisas. É um trabalho de longo prazo,
Qual o potencial do setor madeireiro no Brasil?
que requer a participação de todos os en-
Enorme! Podemos crescer e melhorar
volvidos na cadeia, construindo assim uma
em várias frentes e segmentos. Há potencial
melhor aproximação com o governo, por-
de crescimento do consumo no mercado
que há o lobby forte de outros segmentos
interno para os principais produtos madei-
da indústria, algo que não estamos acostu-
reiros. No entanto, é preciso que fabricantes
mados a fazer.
e produtores entendam que a normalização
A ABIMCI tem atuado de maneira bas-
de produtos é um caminho sem volta para
tante ativa na defesa dos interesses do setor
melhorar o acesso aos demais mercados.
e conseguimos espaços importantes para o
Quando normalizamos, padronizamos as
diálogo e ampliamos nossa representação.
informações e efetivamente organizamos o
Em 2015, por exemplo, articulamos uma
mercado.
série de ações institucionais e de represen-
A Abimci tem dedicado parte de seu tra-
tação setorial pela defesa de interesses do
balho à revisão, estudo, desenvolvimento
setor madeireiro em vários níveis e segmen-
e divulgação das normas técnicas para os
tos, nacional e internacional. Avançamos na
produtos de madeira processados mecani-
atuação política e institucional na defesa de
camente. Portas, pisos e compensados, por
interesses e proteção do setor madeireiro
exemplo, já contam com normas específi-
junto a inúmeras esferas e órgãos oficiais do
cas.
Governo Federal e Estaduais, com um ine-
Temos avançado muito em relação às
gável amadurecimento desse trabalho que
normas técnicas e certificação. É claro que
passou a ter de maneira mais organizada a
aliado a esse trabalho, tem todo o diálogo
pauta dos assuntos macros.
político, a necessidade de uma mudança de
Dessa forma, acreditamos que valorizar
cultura para intensificar o uso da madeira e,
a força das entidades e do associativismo é
é claro, um cenário mais favorável, econô-
algo que deva estar na agenda dos indus-
mica e politicamente, para que o país volte B. FOREST
. ENTREVISTA 13
a crescer.
cações). Os produtos certificados passaram
A ABIMCI trabalha há mais de 40 anos
por um rigoroso controle de qualidade de
para o fortalecimento do setor madeireiro.
produção, que incluiu gestão da qualidade
Quais são as principais conquistas da asso-
e testes físicos e mecânicos de avaliação do
ciação?
desempenho.
A Abimci é reconhecida como uma en-
Outra frente de atuação da Associação
tidade com forte atuação pelos interesses
nessas quatro décadas é na compilação de
do setor industrial. As ações buscam reduzir
dados de mercado e promoção de reuniões
custos para as empresas; fazer a promoção
com os empresários, plenárias e setoriais,
comercial nos principais mercados consu-
que permitem uma troca constante de in-
midores, otimizando o processo de venda
formações e análises de cenários.
dos produtos nos vários setores do merca-
Ao longo desses anos, conquistamos
do; proporcionar a isonomia competitiva
também reconhecimento internacional pela
entre os concorrentes e segurança jurídica;
presença constante em encontros como os
entre outros aspectos que afetam direta-
que acontecem em Londres, na Inglaterra,
mente o negócio das indústrias.
promovidos pela TTF (Timber Trade Federa-
Construímos parcerias de peso com entidades como a CNI e diversas Federações
tion), entre eles o encontro anual da NPPD (National Panel Products Division).
das indústrias do país, a Câmara Brasilei-
Essas ações ajudaram a promover a mar-
ra da Indústria da Construção, Sesi, Senai,
ca brasileira de produtos de madeira no ex-
ABNT, APRE, IPT, IPEA, MDIC, Ministério das
terior e, junto com a troca de informações
Relações Exteriores, INMETRO, sindicatos
com esses organismos internacionais, per-
madeireiros e da construção, entre tantas
mitiu ao Brasil uma posição respeitável en-
outras instituições e organizações que de
tre os principais compradores mundiais.
alguma forma fazem interface com o setor.
A Associação irá promover em março,
No mercado interno, o segmento de
durante a Semana Internacional da Madei-
portas de madeira já conquistou um avanço
ra, o encontro Wood Trade Brazil. O que os
significativo no processo de certificação por
participantes podem esperar do evento?
meio do PSQ-PME (Programa Setorial da
O encontro pretende ser um espaço
Qualidade de Portas de Madeira para Edifi-
para discutir perspectivas e o potencial dos
14 ENTREVISTA . B. FOREST
mercados interno e externo para os diversos produtos florestais. Iremos reunir profissionais e empresários que dominam suas áreas de atuação para proporcionar aos participantes uma troca rica de informações e debate sobre cenários futuros. Teremos ainda a participação do economista e gerente-executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, que fará uma análise dos impactos do atual panorama econômico brasileiro no setor madeireiro. Também haverá informações sobre o atual panorama de suprimento florestal e as oportunidades e desafios do uso da madeira na construção civil. Será uma oportunidade para os empresários saírem do encontro com dados atualizados e um panorama amplo para o planejamento dos próximos meses.
“O momento pelo qual passamos é dos mais importantes para a perenidade das empresas.”
Foto: Divulgação
FINANCIAMENT D
evido a tecnologia e os avanços feitos nos últimos anos, a aquisição de máquinas para a atividade florestal não é barato. Os investimentos são altos e, muitas vezes os produtores precisam de auxilio para conseguir concretizar a compra. Para
facilitar esse processo algumas fabricantes contam com bancos próprios para facilitar esse processo.
16 MERCADO . B. FOREST
TO FACILITADO Foto: Divulgação / John Deere B. FOREST . MERCADO 17
A
produtividade das operações flores-
“Podemos avaliar o financiamento ou um li-
tais está diretamente ligada à efici-
mite de crédito que fica disponível enquanto
ência das máquinas e equipamentos
são definidas a compra e a linha de financia-
utilizados. No entanto, montar uma frota de
mento”, explica. Este processo pode ser feito
qualidade e que atenda todas as necessida-
tanto para as máquinas compradas na pró-
des da empresa não é barato. Para isso é ne-
pria John Deere como com os distribuidores
cessário um alto investimento que pode não
e concessionárias que vende os equipamen-
estar disponível no caixa da empresa. Como
tos da marca.
alternativa para facilitar esse processo, exis-
Atualmente, o banco opera com Linhas
tem formas e planos de financiamento que
do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvi-
auxiliam o produtor florestal, tanto na aqui-
mento Econômico o Social) para os equipa-
sição de equipamentos específicos novos e
mentos e clientes que se enquadram às nor-
usados, como para os utilizados em infraes-
mas desta instituição e também com linhas
trutura e veículos de transporte.
de recursos próprios, como o CDC (Credito
Os bancos convencionais e popularmen-
Direto ao Consumidor), que podem ser fixas
te conhecidos podem fazer o financiamento
em Reais ou indexadas em Dólares norte-
das máquinas utilizadas na atividade flores-
-americanos. “Esta última mais voltada para
tal, no entanto não têm a expertise necessá-
clientes que têm receitas nesta moeda”, ex-
ria sobre a área e podem tornar o processo
plica Sergio.
vagaroso, o que prejudica as operações das
Na New Holland, tanto no segmento de
empresas. Por esse motivo, algumas fabri-
construção quanto no voltado para a agricul-
cantes oferecem esse serviço por seus ban-
tura, também tem seus produtos financiados
cos próprios, o que facilita a aquisição das
por um banco próprio, o Banco CNH Indus-
máquinas em questão.
trial. “Somos o braço financeiro da CNH In-
Esse é o caso da John Deere. Sergio Mo-
dustrial. Atuamos há 16 anos no Brasil somos
reira, diretor comercial do Banco John Deere
um dos maiores repassadores do Finame PSI
conta que ele funciona como um facilitador
Agrícola do país, atuando no financiamento
de financiamento. O cliente entrega a docu-
a clientes finais e com presença em todos os
mentação e todo o trâmite segue direto, sem
concessionários das marcas CNH Industrial:
intermediários ou necessidade de projeto.
Case, New Holland e Iveco”, conta Marcio
18 MERCADO . B. FOREST
Foto: Gustavo Castro / Malinovski Florestal
Contreras, gerente comercial do banco.
marcas New Holland e Case e para veículos
Atualmente, o Banco CNH Industrial ofe-
Iveco”, complementa Marcio. Ele acrescenta
rece, para os clientes do setor agrícola, fi-
que o PRONAMP também é uma modalida-
nanciamentos de máquinas e equipamentos
de disponível para compra de máquinas de
das marcas Case IH e New Holland AG por
construção e caminhões com valor de até
meio do PRONAMP (Programa Nacional de
R$ 385 mil, para os clientes que se enqua-
Apoio ao Médio Produtor Rural), Moderfro-
dram no programa.
ta, para clientes de todos os portes, e CDC.
Clientes
“Contamos também com as modalidades FI-
O público consumidor dos serviços des-
NAME TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo)
ses bancos é bem variado. Os financiamen-
e Leasing para máquinas de construção das
tos podem ser liberados tanto para pessoas B. FOREST . MERCADO 19
Foto: Divulgação / Tajfun 20 COLHEITA . B. FOREST
Foto: Malinovski Florestal / Gustavo Castro
físicas quanto jurídicas que tenham interesse.
Diferenciais
Basta o comprador preencher uma propos-
O grande diferencial das compras feitas
ta, apresentar a documentação e aguardar a
pelos bancos das fabricantes de máquinas
aprovação de crédito, que assim como em
é a expertise. “Como banco de montadora,
qualquer banco é sujeita a análise.
temos expertise na análise de crédito para
“Nosso principal cliente é o produtor
empresários do setor florestal e no finan-
agropecuário. Com relação ao mercado flo-
ciamento de máquinas pesadas, garantindo
restal, nossos clientes são empresas do seg-
a estes clientes agilidade desde a aprovação
mento, prestadores de serviço, construtoras
do crédito até a liberação do recurso, resul-
e agricultores em geral”, complementa o ge-
tando na entrega mais rápida do equipa-
rente comercial do Banco John Deere.
mento”, explica Marcio. Além disso, ele conta
Marcio Contreras, gerente comercial do
que o Banco CNH Industrial trabalha com o
Banco CNH Industrial, acrescenta que não
conceito one stop shop, o qual assegura ao
existe restrição para tamanho de negócio
cliente a possibilidade de conhecer, financiar
dos clientes. “Disponibilizamos opções de fi-
e fazer o seguro de máquinas e equipamen-
nanciamento para todos os tipos e portes de
tos em um só lugar, a concessionária das
clientes, atendendo desde o pequeno até o
marcas CNH Industrial.
grande empresário.”
“Diferenciamo-nos dos bancos convenB. FOREST . MERCADO 21
cionais também por oferecer um financia-
venda de máquinas e equipamentos. Para
mento com prazos e condições adequadas
fazer a melhor escolha, o produtor precisa
ao produto e à atividade do cliente, com ta-
analisar e colocar na ponta do lápis os prós e
xas muito competitivas, sempre buscando
contras de cada alternativa para saber qual é
conhecer a realidade do cliente para apro-
a melhor para o seu caso.
var o crédito, considerando as oportunidades para melhor atendê-lo, sempre procu-
TIPOS DE FINANCIAMENTO
rando um relacionamento de longo prazo”, acrescenta Sergio, do Banco John Deere. Ele também destaca que dessa forma, todo o
Os bancos contam com basicamente quatro frentes de financiamento:
processo é feito direto com a empresa, sem
BNDES/FINAME: proposta de financia-
comprometer os limites de crédito junto aos
mento para novos produtos de produção
demais bancos comerciais.
nacional com taxas de juros subsidiadas pelo
A Caterpillar é outra fabricante de máqui-
BNDES. Ele pode ser feito de várias moda-
nas que conta com um banco próprio, o CAT
lidades dependendo do porte do cliente. O
Financial. A empresa afirma que por ser es-
pagamento pode ser feito em até 60 parce-
pecialista no ramo, conhece as necessidades
las com carência de 24 meses, com entrada
especificas dos produtores florestais. Dessa
mínima de 30% para pequenos produtores e
forma, conta com profissionais preparados
50% para empresas médias e grandes.
para personalizar soluções que mais se ade-
Não tem incidência de imposto.
quam aos clientes.
CDC - Credito Direto ao Consumidor:
As taxas de juros também são diferencia-
financiamento usado para equipamentos
das. “Operamos com as taxas do BNDES nas
novos ou usados, nacionais ou importados.
linhas de FINAME (Financiamento de Máqui-
No momento da compra o cliente passa a
nas e Equipamentos), que são as de menor
ser o proprietário legal do equipamento, que
custo do mercado. Também temos condi-
fica como garantia da instituição financeira
ções bem atrativas nas linhas de Recursos
até que o contrato seja pago integralmente.
Próprios, inclusive com condições especiais
As condições de pagamento são flexíveis e a
para alguns equipamentos”, conta Sergio.
aprovação é rápida. A entrada mínima é de
As opções existem e buscam facilitar a 22 MERCADO . B. FOREST
10% independente do porte do comprador.
Tem incidência de IOF (Imposto sobre Ope-
cliente não é o proprietário legal do equi-
rações Financeiras) financiado com o valor
pamento e não registra o bem em seu ativo
do equipamento
imobilizado. A opção de compra do equipa-
Compror: destinado a financiamento de
mento é estabelecida no contrato. O VRG
peças e serviços e requer equipamentos
(Valor Residual Garantido) é acordado entre
como garantia. O valor mínimo é de R$ 30
as partes e não há limitação. O contrato não
mil por contrato e tem prazo máximo de pa-
tem incidência de ISS (Imposto Sobre Servi-
gamento de 36 meses. Incidência de IOF fi-
ços) sobre o VRG.
nanciado com o valor das peças/serviços Leasing financeiro: neste método, o Foto: Divulgação / John Deere B. FOREST . MERCADO 23
Foto: Divulgação 24 BIOMASSA . B. FOREST
GESTÃO DE FROTA P
or ser parte fundamental na atividade florestal, o transporte de madeira precisa ser bem planejado e gerido. Uma gestão bem feita melhora a produtividade e reduz os custos, já uma deficitária acarreta em prejuízos financeiros e até mesmo de saúde
para os motoristas.
Foto: Gustavo Castro / Malinovski Florestal B. FOREST . TRANSPORTE 25
P
ara manter o abastecimento da fábri-
equipamentos e componentes que fazem
ca, o transporte de madeira deve ser
parte do transporte, como pneus, motores,
feito da forma qualificada e organi-
transmissões, etc. “A boa gestão é aquela
zada, para isso é necessária uma boa gestão
que resulta, de forma sustentável e segura,
de frotas. O gerenciamento eficaz de trans-
em alta performance da frota, possibilitan-
portes exige conhecimentos, qualificação
do que os caminhões rodem o máximo de
e atualização contínua para que não haja o
quilometragem possível, otimizando a frota
comprometimento da qualidade do resulta-
e evitando que se coloque mais caminhões
do final da operação, e consequentemente,
nas estradas para transportar a mesma to-
a segurança e a satisfação dos operadores,
nelagem de madeira”, explica Valmir Olivei-
do usuário e do cliente.
ra Alves Filho, gerente geral de operações
Uma boa gestão significa custos meno-
florestais da JSL.
res por metro cúbico transportado. Além de
Basicamente, existem dois tipos de mo-
realizar o trabalho com máxima produtivi-
delos de transporte: o primarizado, que é
dade, é importante maximizar a vida útil dos
feito pela própria empresa; e o terceiriza-
Foto: Gustavo Castro / Malinovski Florestal
Foto: Divulgação / Roder
26 TRANSPORTE . B. FOREST
do, quando uma empresa especializada em
Além disso, a Eldorado conta com regis-
transporte é contratada para realizar a ope-
tros e apontamentos de boletins operacio-
ração. O trabalho de ambas é feito de forma
nais individuas (por máquina) detalhando
bastante similar.
tempos produtivos e paradas. “Essas dados
A Eldorado Brasil optou por ter veículos
são analisados de forma sistemática para
próprios e realizar o transporte de madeira
avaliar o desempenho”, explica Fábio. De
dentro de suas unidades fabris. Fábio Millei,
acordo com ele, também são pontos fun-
gerente de ativos e mecanização da empre-
damentais o controle da vida útil dos com-
sa, explica que uma gestão bem feita torna
ponentes, comparando seu desempenho
o tempo disponível da frota maior e as pa-
real com o planejado e realizando análise
radas não programadas menores. “Ao ter-se
e tratamento de desvios. “Como também
um programa eficaz de gestão, as paradas
ter o controle de consumos específicos de
de manutenção são feitas nos intervalos
combustíveis e lubrificantes de cada veícu-
operacionais, reduzindo perdas”, esclare-
lo e manter uma central de controle com
ce. Para isso, de acordo com ele, é neces-
gestão de rotina estruturada para a verifica-
sário ter cadastros e controles detalhados
ção diária dos indicadores, que contribuem
de todos os equipamentos que compõem
para tomadas de ação rápidas, por parte do
a frota e seus subconjuntos relevantes,
gestor, em caso de desvios”, completa o ge-
como motores, bombas, pneus e baterias,
rente.
de maneira a permitir a análise individual
Já a JSL é uma empresa especializada
de desempenho. “Também é indicado um
que realiza serviços de transporte de ma-
registro completo das distâncias percorri-
deira para grandes empresas. Valmir Olivei-
das (em quilômetros) e horas operadas de
ra Alves Filho, gerente geral de operações
cada equipamento, para permitir a gestão
florestais, conta que a gestão de frotas
das atividades de manutenção programada
realizada por eles sempre é feita a quatro
e tarefas de inspeção, bem como o moni-
mãos. “Compartilhamos todo o processo
toramento da vida útil dos componentes”,
com nossos clientes. Juntos temos apenas
acrescenta.
um objetivo: a eficiência, gerando aumento
B. FOREST . TRANSPORTE 27
Foto: Divulgação / International Paper
de produtividade e redução de custos”, ex-
como não deixar a frota ociosa. O total con-
plica. De acordo com ele, a gestão compar-
trole sobre a frota possibilita a antecipação
tilhada deve ser acompanhada diariamente
de ações preventivas”, esclarece.
por meio dos indicadores de desempenho.
Ele também salienta que é fundamental
“Dessa forma, o processo é agilizado e pos-
conhecer e acompanhar as variáveis de cli-
sibilita o alinhamento das decisões futuras”,
ma, tempo e geografia das regiões, com a
completa.
finalidade de desenhar a melhor rota para
Para que o trabalho da empresa seja efe-
trafegar nas estradas dentro das florestas.
tivo, Valmir destaca que o transportador
“Manter motoristas e equipes de apoio e
deve saber antecipadamente onde e quan-
manutenção bem treinados e, principal-
do será realizada a colheita florestal. “Ao
mente, enfatizar a segurança também é es-
realizar seu planejamento, o transportador
sencial, pois sem segurança não consegui-
contemplará diferentes maciços florestais
mos ter eficiência”, acrescenta.
(localizados a diferentes distâncias entre o
Desafios
local de carga e descarga), para otimizar ao
Os caminhões que transportam madei-
máximo o motorista, sem permitir que seja
ra circulam por diversas estradas, e muitas
ultrapassa a jornada prevista em lei, bem
delas não são pavimentadas. “Nosso maior
28 TRANSPORTE . B. FOREST
“Acompanhar as variáveis de clima, tempo e geografia das regiões, com a finalidade de desenhar a melhor rota para trafegar nas estradas dentro das florestas”
Foto: Malinovski Florestal
B. FOREST . TRANSPORTE 30
desafio é conseguir manter a disponibilida-
rápidas. “Um exemplo é o sistema de con-
de dos equipamentos e os custos de manu-
trole de abastecimento de combustível, que
tenção baixos para uma frota que é muito
permite o acompanhamento individual de
exigida e que opera em um ambiente seve-
quantidades abastecidas e o intervalo en-
ro”, conta Fábio, da Eldorado.
tre os abastecimentos e transmitem estas
Gestão deficitária
informações sistematicamente a central de
Produtividade, redução de custos e ga-
controle”, destaca Fábio.
rantia de abastecimento são os resultados
A Eldorado também conta com sistemas
de uma gestão de qualidade, já uma que
de telemetria, que transmitem informações
não é realizada da forma ideal acarreta em
dos equipamentos em tempo real para uma
várias consequências. “Podemos dizer que
central de monitoramento, permitindo tra-
as principais são acidentes; improdutivida-
tativa mais rápida de desvios e identificação
de; indisponibilidade mecânica da frota; e
de problemas potenciais. “Também moni-
insatisfação da equipe de trabalho. Além
toramos as condições de equipamentos,
dessas, existem as indiretas, como: resulta-
como análise de óleos lubrificantes, medi-
do negativo para a companhia; geração de
ção de vibrações e testes de condição de
passivo trabalhista; insatisfação do cliente;
motores”, acrescenta.
rescisão contratual; e imagem negativa no
Valmir, da JSL, conta que a empresa tem
mercado”, conta Valmir, da JSL. Fábio ainda
diversas tecnologias embarcadas, desde
acrescenta a necessidade de mais veículos
sistemas que conseguem desenhar as me-
circulando pelas estradas.
lhores opções logísticas de distribuição das
Aliados da melhoria
frotas nas frentes de carregamento nas flo-
Uma poderosa aliada no controle e na
restas até o sistema de rastreamento e tele-
gestão das frotas é a tecnologia. Por meio
metria que trabalham juntos para aumentar
dela, as empresas podem ter sistemas es-
a produtividade com informações on-line e,
pecialistas que gerenciam todas as infor-
principalmente, ajudando o motorista a re-
mações individuais de cada equipamento
alizar uma condução com maior segurança.
(custo e desempenho), permitindo análises
B. FOREST . TRANSPORTE 31
MÃO DE OBRA ESCASSA
N
os últimos anos, diversos fatores fizeram com que a mão de obra especializada que atuava no campo fosse reduzida. A consequência foi a dificuldade da contratação de profissionais capacitados. Mas como a silvicultura, assim como
outras atividades, exigem conhecimento técnico, a solução encontrada pelas empresas foi
Foto: Divulgação / International Paper
o treinamento interno.
32 SILVICULTURA . B. FOREST
B. FOREST . SILVICULTURA 33
A
carência de mão de obra especia-
mesmo os alocados no meio rural, buscam
lizada é percebida em vários seg-
por mais oportunidades de estudo e assim
mentos produtivos, principalmente
assumem cargos mais altos nas organiza-
nos quais as atividades exigem operações
ções. Isso faz com que tenhamos dificulda-
manuais e causam desgaste físico dos tra-
de de encontrar trabalhadores para as áreas
balhadores. As atividades silviculturais estão
mais operacionais”, explica.
dentro deste contexto. As empresas que ne-
Para Armando Santiago, diretor de supply
cessitam desses serviços enfrentam dificul-
chain, sourcing e florestal da International
dades para encontrar pessoas qualificadas
Paper, outra causa provável é que o profis-
dispostas a trabalhar na área, por esse mo-
sional que trabalha em operações silvicul-
tivo acabam optando por capacitar os con-
turais, geralmente, está exposto a diversos
tratados.
fatores externos adversos, como por exem-
Rogério de Araújo Chaves, gerente de
plo, as variadas condições climáticas, o que
planejamento e operações florestais do
demanda perfis de pessoas resilientes e dis-
Grupo Plantar, acredita que a alta migração
postas a executar sua função independente
do meio rural para o urbano tem grande in-
das adversidades.
fluência nessa falta de oferta de mão de obra
Capacitação interna
especializada para os trabalhos no campo.
Mesmo os profissionais interessados em
“Não é só na silvicultura que essa dificulda-
trabalhar na silvicultura não têm total domí-
de existe. Pode-se observar também na pe-
nio das atividades a serem executadas. Por
cuária, agricultura e demais segmentos que
esse motivo, as empresas oferecem treina-
exigem um trabalho mais braçal”, acrescen-
mentos internos para que estes consigam
ta. Para ele, o Brasil passa por uma mudança
desenvolver suas funções da melhor forma
cultural, na qual os jovens não se motivam
possível. “Geralmente, fazemos uma inte-
a trabalhar no campo e buscam atividades
gração muito forte. Treinamos os nossos
que não exijam tanto desgaste físico. Miliana
novos colaboradores por cerca de uma se-
Rui, coordenadora florestal do Grupo Plan-
mana em todas as atividades nas quais eles
tar concorda. Para ela, a maior facilidade no
irão atuar”, conta Rogério.
acesso aos cursos superiores também con-
Miliana explica que o Grupo Plantar faz
tribui para esse êxodo. “A maioria dos jovens,
uma formação conjunta. O setor de recursos
34 SILVICULTURA . B. FOREST
humanos faz todo o processo de integração
sional aprende a parte teórica do trabalho, a
do funcionário e apresenta toda a empresa.
prática supervisionada e então a prática li-
Os analistas, que são engenheiros florestais
vre. “A duração do programa varia de acordo
especialistas em suas áreas, ensinam todas
com o profissional e o cargo. Os mais cur-
as atividades e oferecem todo o suporte
tos costumam durar, em média, três meses”,
necessário. “Todos os novos colaborado-
completa.
res também passam por um treinamento
Para outras atividades florestais, como a
no setor de segurança do trabalho, que os
colheita, existem escolas e cursos de forma-
direciona para comportamentos seguros”,
ção, para a silvicultura não. Armando acre-
completa Miliana. Ela destaca que a empre-
dita que isso se deve a complexidade das
sa conta com vários departamentos e cada
operações. “A execução do trabalho de um
área trabalha um ponto específico durante a
operador de colheita exige mais processos
capacitação. “Temos um corpo técnico bem
na formação. Quem atua neste cargo pre-
robusto que consegue fazer essa qualifica-
cisa receber um treinamento de seis meses
ção. Alguns treinamentos muito específicos
a um ano para operar as máquinas. Na silvi-
são terceirizados, mas isso é muito raro. Ge-
cultura, o maquinário, em geral, possui um
ralmente, a própria equipe desempenha está
manuseio mais simples, por isso há centros
função”, acrescenta Rogério.
de formação especializados para o primeiro
Na International Paper acontece da mes-
caso e não para o segundo”, aponta.
ma forma. Armando conta que a seleção é
Além da capacitação inicial, normalmen-
um processo extremamente relevante para a
te, as empresas também realizam cursos
empresa, pois determina o primeiro passo na
de reciclagem para manter os profissionais
busca de talentos. A companhia identifica os
qualificados. “As lideranças recebem atua-
candidatos que têm perfil alinhado à cultura
lizações periódicas e repassam aos seus ti-
da empresa e interesse em atuar na área de
mes. Os profissionais, por sua vez, recebem
silvicultura. “Os novos contratados ganham
acompanhamento em suas atividades diá-
experiência por meio de treinamentos es-
rias”, conta Armando.
pecíficos e no próprio dia a dia de trabalho,
No Grupo Plantar isso também é feito.
com o acompanhamento de um supervisor”,
Periodicamente os treinamentos são refei-
explica. Em um primeiro momento, o profis-
tos. “Trabalhamos muito na qualificação,
36 SILVICULTURA . B. FOREST
Foto: Divulgação / Malinovski
B. FOREST . SILVICULTURA 37
porque encontrar os funcionários prontos,
ra. Sendo assim, o principal desafio para evi-
sejam ajudantes, operadores e até mesmo
tar a rotatividade na área é o investimento
encarregados está sendo muito difícil. Por
em tecnologia, benefícios e no bem-estar
isso, precisamos manter nossos profissionais
dos profissionais. “A IP oferece diferenciais,
sempre capacitados”, explica Rogério.
como vale-refeição, plano de saúde, plano
Esta é outra dificuldade encontrada. Al-
odontológico, auxílio creche, kit escolar para
gumas vezes as empresas fazem todo o
os filhos de funcionários, entre outros. Mas o
treinamento e quando o colaborador está
investimento em tecnologia é preocupação
realizando seu trabalho com maestria ele re-
constante da área de pesquisa e desenvolvi-
cebe uma proposta para trabalhar em outra
mento.”
empresa, ou mesmo muda de área. Para que
Além disso, a IP também tem o Programa
isso não aconteça, os contratantes oferecem
de Capacitação da Unidade Florestal para os
uma série de benefícios para “conquistar” o
profissionais que atuam em campo e têm in-
funcionário. Armando conta que existe uma
teresse em ocupar outros cargos. “Os cola-
grande variedade de serviços que podem ser
boradores que se tornam aptos a mudar de
executados pelos profissionais de silvicultu-
nível de atuação ficam elegíveis à promoção,
Foto: Divulgação / Malinovski
38 SILVICULTURA . B. FOREST
Foto: Divulgação / International Paper
caso haja disponibilidade de vagas. A inicia-
Tecnologia
tiva é necessária para aumentar a eficiência
Mesmo com toda a capacitação, ainda
dos profissionais”, explica o diretor.
existe um déficit de pessoas dispostas a tra-
Para que a rotatividade de funcionários
balhar na silvicultura. Esse é um dos fatores
não seja alta, o Grupo Plantar realiza um
que faz com que as empresas invistam em
trabalho bem detalhado já no momento da
tecnologia, afinal a existência dela é mais
contratação. “Acredito que temos baixa ro-
atrativa para os profissionais.
tatividade porque trabalhamos muito com o
Armando explica que a mecanização não
perfil do contratado e contamos com alguns
extingue as vagas da silvicultura, mas cola-
programas de retenção que acabam ajudan-
bora para facilitar a execução das atividades.
do. De uma forma geral, em as nossas uni-
De acordo com ele, a partir do final da dé-
dades a rotatividade está sempre abaixo de
cada de 1980, houve um forte processo de
4%. A dificuldade de encontrar mão de obra
mecanização que proporcionou mais bem-
está grande, mas uma vez dentro da empre-
-estar aos profissionais do setor florestal. “A
sa conseguimos manter nossos funcioná-
capina, por exemplo, era feita manualmen-
rios” esclarece Rogério.
te, com enxada e foice, e passou a ser feita
B. FOREST . SILVICULTURA 39
de forma química. E o plantio, que era 100%
O que se pode perceber é a falta de mo-
manual, passou a ser semimecanizado. To-
tivação para se trabalhar nas atividades ma-
dos estes investimentos têm como objetivo
nuais da silvicultura. O desenvolvimento de
melhorar as condições de trabalho, além de
outras áreas faz com que elas se tornem
aumentar a eficiência e reduzir custos”, des-
mais interessantes e atrativas. As empresas
taca.
encontraram na capacitação interna uma al-
Para Rogério, quando o trabalho é mais
ternativa para a falta de mão de obra espe-
mecanizado a motivação dos colaboradores
cializada, mas é preciso ficar atento e anali-
é maior. Além de o salário ser mais alto, o
sar se isso é suficiente. A solução pode ser
conforto também é. “As pessoas preferem
equiparar o desenvolvimento tecnológico, o
trabalhar em uma máquina, com mais ergo-
que, muito provávelmente torne esse seg-
nomia”, explica.
mento tão atrativo quanto os outros.
Foto: Divulgação / Malinovski
40 SILVICULTURA . B. FOREST
A MARCA DA QUALIDADE
MIREX-S sempre esteve à frente em tecnologias e inovações de produto e serviços para o controle das formigas cortadeiras. Para isso investe continuamente em melhorias, com controle absoluto desde a qualificação de fornecedores até o recebimento de matérias primas, assegurando sempre os melhores componentes para fabricação. Seu princípio ativo, a Sulfluramida, é produzido sob as exigências e rigorosas normas de pureza e processo industrial da Atta-Kill.
A única empresa a conquistar a Certificação ISO 9001:2008 do seu processo de Gestão da Qualidade, com escopo para Desenvolvimento, Produção, Comercialização e Serviços Pós-Vendas.
B. FOREST
. ENTREVISTA 41
MUDANÇAS CLIMÁTICAS ONDE ESTÃO AS REAIS AMEAÇAS AMBIENTAIS DA TERRA Ronaldo Viana Soares Eng. Florestal, M.Sc., Ph.D.
Foto: Divulgação
42 OPINIÃO . B. FOREST
Temperatura e precipitação, os
O
ratura têm sido observados, por exemplo,
principais componentes do clima,
na América do Norte (-0,4°C), no leste da
oscilam continuamente em torno de valores
Groenlândia (-0,45°C), no norte da Europa
médios. Desde a formação da atmosfera ter-
(- 0,35°C), no norte da Ásia (-0,7°C), no nor-
restre, o planeta tem passado por períodos
deste da África (-1,1°C) e no vale do rio Nilo
mais quentes ou mais frios. Esta oscilação
(- 1,0°C). Por outro lado, aumentos de tem-
acontecia mesmo antes do surgimento da
peratura têm sido observados no litoral do
espécie humana. Portanto, é correto culpar
Peru e do Equador (+ 0,6°C), na Ucrânia e na
as atividades antrópicas por eventual aque-
Rússia (+ 0,25°C), no sul da Ásia (+ 0,35°C) e
cimento global?
na Austrália (+ 0,1°C).
clima terrestre sempre foi variável.
O “efeito estufa” é essencial à vida –
Ultimamente decréscimos de tempe-
Sabe-se que duas ou três erupções
sem ele a temperatura média na superfície
vulcânicas podem lançar na atmosfera quan-
terrestre seria aproximadamente -18°C ao
tidades maiores de CO2 do que décadas de
invés dos atuais 15°C. Portanto, a espécie
atividades antrópicas. Na verdade, as fontes
humana não teria aparecido nem sobrevivi-
naturais de emissão de carbono (oceanos,
do sem este fenômeno totalmente natural.
solos e biota) emitem aproximadamente 200
O CO2, eleito o vilão do suposto aque-
bilhões de toneladas por ano, enquanto as
cimento pela mídia e alguns cientistas é, ao
fontes antrópicas emitem apenas cerca de
lado do oxigênio, um dos “gases da vida”.
6 bilhões, quantidade insignificante quan-
Sem o CO2 não haveria fotossíntese, nem
do comparada com o total de emissões. A
vegetação, nem vida na terra. Como o dió-
quantidade de emissão de CO2 de origem
xido de carbono se distribui uniformemente
antrópica duplicou nos últimos 20 anos, mas
pela atmosfera, como se explica o decrés-
a temperatura terrestre não aumentou pro-
cimo e o aumento da temperatura em dife-
porcionalmente.
rentes pontos da superfície terrestre? A con-
Nos últimos 130 anos, a temperatura
clusão lógica é que o CO2 não controla o
global foi maior do que a dos anos 1930 e
clima terrestre.
1940. Dados demonstram que a temperatu-
B. FOREST . OPINIÃO 43
ra terrestre aumentou menos de 0,5°C nas
Londres, em 2012, teve o mais rigoroso in-
últimas cinco décadas, apresentando ligeira
verno dos últimos 60 anos; Nova York, em
queda entre 2005 e 2008, permanecendo
janeiro de 2014, registrou a menor tempe-
estável desde então. Se continuar neste rit-
ratura dos últimos 118 anos; o Japão, em
mo ela deve aumentar cerca de 0,2°C nas
2013, experimentou o mais rigoroso inverno
próximas três décadas (aproximadamente de
dos últimos 78 anos; em São Paulo o inverno
25% do previsto por alguns alarmistas).
de 2013 apresentou as menores temperatu-
Dados da Estação Vostok (Antártica)
ras dos últimos 52 anos. Em compensação a
mostraram que as temperaturas dos três úl-
Austrália, no mesmo ano, registrou a maior
timos períodos interglaciais foram 6 a 10°C
temperatura dos últimos 50 anos (50°C).
superiores às atuais. A variação da tempe-
No Estado do Paraná esta variação também
ratura em diversos pontos do planeta pode
pode ser comprovada: Em 24 de julho de
ainda ser demonstrada por outros exemplos:
2013, Curitiba, registrou a menor tempera-
Foto: Divulgação
44 OPINIÃO . B. FOREST
tura dos últimos 13 anos (- 2,0°C), com uma
água”, visto que os oceanos cobrem mais
nevasca que não ocorria desde 1975; Apuca-
de 70% de sua superfície. Portanto, o que se
rana, no norte do estado, em 2013, registrou
passa nos continentes tem pouca influência
a menor temperatura (- 0,9°C) desde que
no clima global. A influência dos oceanos é
começaram as medições; Guarapuava, tam-
muito maior. No entanto, as principais cau-
bém em 2013, teve uma forte nevasca, fato
sas da variação climática do nosso planeta
que não ocorria há 48 anos.
independem da ação antrópica. Elas são as-
Como todos esses dados se encaixam em
tronômicas (atividade solar, obliquidade do
um aquecimento global ou em uma mudan-
eixo terrestre, precessão dos equinócios, ex-
ça climática? Na verdade, não existe “mu-
centricidade da órbita e a órbita lunar), ge-
dança climática” e sim variação climática, já
ofísicas (movimento das placas tectônicas,
que a terra alterna períodos mais quentes e
erupções vulcânicas, albedo e atividades
períodos mais frios. Se houvesse mudança o
oceânicas). As causas antrópicas (atividades
“aquecimento” seria irreversível e não haveria
industriais, queima de combustíveis fósseis,
mais períodos frios, o que não corresponde
queima de biomassa, desmatamento e ur-
à realidade. Deve-se levar também em con-
banização) têm efeito mais localizado e são
sideração que muitos dados meteorológicos
insignificantes em termos de clima global.
são coletados em estações urbanas, onde a
Com base em todos esses argumen-
poluição, as construções e o asfalto criam o
tos pode-se dizer que o principal problema
efeito chamado “ilhas de calor”. A estação
ambiental da terra não está no ar e sim na
meteorológica de Curitiba, por exemplo, no
água, principalmente nos oceanos, que têm
início de seu funcionamento estava na pe-
um efeito moderador do clima muito maior
riferia da cidade. Hoje, devido ao processo
do que os continentes. Os oceanos absor-
de urbanização, está localizada no centro de
vem quase 50% do CO2 produzido por ativi-
um dos mais populosos bairros de capital,
dades antrópicas e esta capacidade tem sido
onde as condições climáticas são diferentes
reduzida devido à poluição (de 1,8 gigatons
daquelas existentes na zona rural.
na década de 1980 para 1,6 gigatons na dé-
A terra, na verdade é um “planeta
cada de 1990). A poluição dos oceanos afeta
B. FOREST . OPINIÃO 45
a absorção de CO2, a produção de oxigênio
ção de carbono (esforço inútil), e nunca dos
(pelas algas) e o albedo da superfície ter-
“corpos d’água”.
restre. Para exemplificar a magnitude dessa
Portanto, o foco principal para se evitar
poluição, há no oceano pacífico uma ilha de
o colapso ambiental do planeta terra deve-
lixo (principalmente plástico) quase do ta-
ria ser deter a poluição dos oceanos e rios e
manho da Índia (≈ 3.200.000 km²). Além dis-
recuperar os já poluídos, e não tentar reduzir
so, há uma intensa poluição com produtos
a concentração de CO2, um esforço inútil,
químicos e petróleo. Mas nenhum governo
mas que infelizmente tem rendido dinheiro
trata desse assunto. As reuniões de cúpula
e projeção midiática a muitos oportunistas.
para tratar da pretensa “mudança climática” somente trata do ar, principalmente redu-
*As informações deste artigo são de inteira responsabilidade do autor. A Malinovski não se responsabiliza por tais .
Foto: Divulgação
46 OPINIÃO . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 47
MITOS E FATOS DO PAPEL E
lizabeth de Carvalhaes – Presidente da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) e do ICFPA (International Council of Forest and Paper Associations).
Foto: Divulgação
48 PALAVRA DA ASSOCIAÇÃO . B. FOREST
N
o Brasil, 100% da produção de papel
industriais, acima do exigido pela lei brasi-
tem origem em árvores plantadas
leira. Isso sem falar de parcerias para recu-
para esse fim, que possuem ciclo de
peração de habitats como a mata atlântica,
colheita e plantio anual, processo que con-
envolvendo os investimentos das empresas
tribui também para preservar matas nativas.
e a participação de pequenos produtores e
Ainda assim, a frase “antes de imprimir, pense
ambientalistas com o objetivo de recuperar
no meio ambiente” continua na moda e nas
15 milhões de hectares da floresta até 2050.
assinaturas de vários e-mails corporativos. A
As florestas cultivadas de forma sustentá-
expressão causa impacto, cria a ilusão de um
vel por indústrias de papel, celulose e painéis
forte compromisso ambiental e ainda deixa
de madeira retiram quantidade significativa
um peso na consciência pelo uso do papel.
de CO2 da atmosfera, gás que permanece
O que poucos sabem é que o papel de flo-
armazenado nos produtos derivados dessas
restas plantadas e seu consumo não prejudi-
árvores. Apenas em 2014, os 7,7 milhões de
cam o meio ambiente.
hectares plantados foram responsáveis pelo
O papel vem da árvore sim, mas não desmata florestas nativas, pelo contrário: as
estoque de cerca de 1,7 bilhão de toneladas de dióxido de carbono.
árvores plantadas recuperam áreas degra-
Outra vantagem do uso do papel é o fato
dadas previamente pela ação do homem, e
deste ser reciclável, ou seja, grande parte re-
contribuem para preservar a biodiversidade
torna ao ciclo produtivo após o consumo. O
por meio de técnicas como o plantio em
Brasil está entre os maiores recicladores de
mosaicos, no qual árvores para fins indus-
papel do mundo. Em 2014, foram reciclados
triais se intercalam com as nativas, criando
4,6 milhões de toneladas do produto.
corredores ecológicos.
Assim, as empresas que utilizam árvores
Até mesmo a colheita é feita de forma
plantadas se tornaram referência mundial e,
pensada, com resíduos das árvores (cascas
por usar matéria-prima de origem renovável,
e folhas), sendo deixados no local para con-
a indústria não gera grande quantidade de
servar a qualidade do solo.
resíduos perigosos. O papel é, em realidade,
Dessa forma, o setor de florestas planta-
um produto sustentável, feito com fontes re-
das atua rigorosamente na proteção ao meio
nováveis certificadas e que gera benefícios
ambiente, preservando 0,65 hectare de mata
para o meio ambiente por meio da mitiga-
nativa para cada hectare cultivado para fins
ção das emissões de carbono e reciclagem.
B. FOREST . PALAVRA DA ASSOCIAÇÃO 49
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
I
nformações econômicas, panorama do mercado de madeira de pinus e o aumento no preço de toras grossas de pinus são os destaques do boletim mercadológico feito pela
Foto: Divulgação
equipe da STCP.
51 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
Indicadores Macroeconômicos • Perspectivas Econômicas: A economia brasileira apresentou retração de -3,8% no PIB em 2015 e a expectativa é de retração de igual valor deste indicador em 2016 (de -3,5%) segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional). O Boletim Focus do BCB (Banco Central do Brasil) estima retração de -3,33% e crescimento de +0,59% em 2017. • Inflação: Em Jan/2016, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) aumentou 1,27%, maior alta para o mês desde 2003. A inflação acumulada nos últimos 12 meses totalizou 10,71%, acima da inflação de 10,67% em 2015 e significativamente acima do teto da meta de inflação do BCB de 6,5%. O resultado de janeiro foi influenciado principalmente pela alta no preço de alimentos, bebidas e transportes. A estimativa do Banco Central é que o IPCA acumulado de 2016, encerre em 7,61% (ainda acima do teto da meta) e 2017 em 6,0%. • Taxa de Juros: No fim de janeiro, o COPOM manteve pela segunda vez consecutiva, a taxa Selic em 14,25%, em linha com a atual política econômica do Governo e também influenciada pela deterioração das projeções de crescimento do FMI para o país. A estimativa do BCB é que a Taxa Selic feche 2016 em 14,25% ao ano e em 2017 em 12,75% ao ano. • Taxa de Câmbio: Em Jan/2016 a taxa média cambial encerrou em BRL 4,05/USD, resultando em aumento de +4,7% em relação à média de Dez/2015. A média cambial observada na primeira quinzena de Fev/2016 foi de BRL 3,95/USD, com variação entre BRL 3,86 e 3,99/USD. Economistas estimam taxa cambial média de BRL 4,20/USD em 2016 e de BRL 4,30/USD em 2017.
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52 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
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B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 53
“Como
tendência observada nos últimos anos,
algumas grandes empresas do setor têm adquirido florestas plantadas já formadas incorporando-as aos seus ativos, para viabilizar o suprimento atual ou expansões industriais”
Foto: Divulgação
54 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA 54
B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 55
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
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56 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
• Comentários - Tora de Eucalipto: Além do cenário de recessão econômica e a crise política no país, que têm provocado redução no consumo de toras no mercado doméstico e no nível de produção industrial-madeireira, algumas empresas iniciaram 2016 com baixo estoque de toras nos pátios, devido ao grande volume de chuva do final de 2015. Alguns fornecedores de toras também entraram em férias coletivas, contribuindo para a redução da oferta. Apesar deste desequilíbrio no estoque industrial, os preços da madeira para processo se mantiveram estáveis, pois a oferta deste sortimento ainda é superior à demanda. Todavia, alguns produtores florestais no Sul do Brasil, esperam uma reação positiva no preço da madeira de processo a partir do start-up e ampliações de fábricas, o que aumentará a demanda por toras finas de mercado. Algumas serrarias têm realizado testes de desdobro com eucalipto, o que pode alavancar em médio-longo prazo o mercado deste tipo de madeira. Como tendência observada nos últimos anos, algumas grandes empresas do setor têm adquirido florestas plantadas já formadas incorporando-as aos seus ativos, para viabilizar o suprimento atual ou expansões industriais. Isto tem ocorrido principalmente em regiões menos tradicionais ou de fronteira da silvicultura e apresenta impacto sobre o mercado de madeira em tora tanto de eucalipto quanto de pinus.
• Comentários - Tora de pinus: Os preços de madeira para processo de pinus se encontraram estáveis no primeiro mês do ano, seguindo igual tendência observada para tora fina de eucalipto. Os produtores florestais, em sua maioria, têm buscado reajustar o preço da madeira em função do aumento do custo da mão de obra (novo salário mínimo) e do diesel. Por outro lado, a baixa demanda e o excesso de oferta de
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B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 57
tora fina, principalmente na Região Sul, tem pressionado os preços para baixo. Por sua vez, a média de preço da tora grossa encontra em elevação. Produtores florestais têm buscado reajustar o preço da madeira em função do aumento registrado nas exportações de produtos madeireiros da cadeia do setor, provocado pela taxa cambial favorável em 2015. No entanto, este aumento de volume de exportação não tem sido acompanhado pelo aumento em valor, devido à redução de preços de alguns produtos florestais. Além disso, a demanda por tora grossa tem se mantido alta, pressionando os preços para cima, porém em ritmo mais lento do que nos meses anteriores. Isso ocorre porque o mercado interno continua em desaceleração, principalmente na construção civil, tradicional consumidor de alguns produtos de madeira sólida de pinus. Algumas madeireiras relatam atrasos e inadimplência por parte de clientes que dependem do mercado interno. Produtores florestais que atendiam o mercado nacional têm buscado, desde o ano passado, atender também o mercado externo em função do forte desaquecimento no primeiro, principalmente na indústria de painéis reconstituídos, embalagens, móveis e portas (construção civil), segmentos consumidores de toras com sortimento < 30 cm. Empresas que não estavam preparadas para a redução do mercado interno, e sem condições de participar ativamente do mercado internacional, tem sentido mais o impacto dos aumentos de custo de produção e da atual crise econômica do país. Em 2016, a precaução deverá orientar as estratégias da indústria do setor quanto ao aumento da oferta de produtos e custos de produção, com foco sobre a qualidade, certificação e busca de novos mercados. Tais diretrizes deverão também ser tomadas por produtores florestais como parte da cadeia produtiva.
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58 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 59
60 ENTREVISTA . B. FOREST
MADEIRA EM ALTA
N
adando contra a corrente da economia brasileira, o setor madeireiro foi um dos poucos que apresentou crescimento em 2015 e se concretizou como fundamental para a economia nacional
Foto: Divulgação B. FOREST . SIM 61
O
ano de 2015 foi bastante compli-
tor madeireiro gera 3,8 mil empregos diretos
cado para a economia brasilei-
na região e a alta das exportações contribuiu
ra, isso não é novidade. Pôde-se
para a manutenção dos postos de trabalho.
perceber uma redução nas exportações de
O índice de demissões ficou abaixo das mé-
diversos setores produtivos, alguns inclusi-
dias do Estado e do País.
ve fecharam o ano no vermelho. A grande
Em 2105, no Paraná, apenas três segmen-
variação cambial e a alta do Dólar, fatores
tos tiveram resultados positivos. Entre eles o
que prejudicaram diversos segmentos, po-
madeireiro, que apresentou crescimento de
rém foram benéficos para outros. O setor
5,18% em comparação a 2014, de acordo
madeireiro, por exemplo, foi um dos únicos
com dados da FIEP (Federação das Indús-
que apresentou crescimento e aumento nas
trias do Estado do Paraná). Como resultado
exportações em muitos Estados.
disto, o porto de Paranaguá bateu recorde
Em Santa Catarina, este setor aproveitou
em exportação de produtos de madeira, to-
2015 para diversificar mercados, conquis-
talizando 682 mil toneladas, um crescimen-
tando o melhor resultado desde 2007. O
to de 13,4%.
câmbio favorável para a indústria conferiu
O Amazonas foi outro Estado que encon-
um aumento de 0,9% nas exportações e a
trou nos produtos madeireiros uma alterna-
alta da moeda americana fez o faturamen-
tiva para melhorar os resultados da indústria.
to das vendas para o exterior aumentar em
A produção de eletrônicos, o forte do PIM
3,6%, mesmo com a queda dos preços em
(Polo Industrial de Manaus), apresentou sig-
Dólar.
nificativa queda, enquanto o faturamento do
De acordo com a FIESC (Federação das
setor madeireiro aumentou 7,46%.
Indústrias do Estado de Santa Catarina), além
Gestão deficitária
dos Estados Unidos, líder em importação
De acordo com a ABIMCI (Associação
dos produtos catarinenses, o Estado tam-
Brasileira da Indústria de Madeira Proces-
bém ampliou sua atuação em outros mer-
sada Mecanicamente), em 2015, foram
cados, como Argentina, Venezuela, Bolívia e
embarcados pouco mais 1,4 milhão de m³
México. A Federação ainda salienta que o se-
de compensado de pinus, um aumento de
62 SIM . B. FOREST
13,9% em relação ao ano anterior.
mação, beneficiamento, preservação, ener-
Em 2016, a tendência é que o setor in-
gia e uso da madeira no Brasil, reunindo
dustrial madeireiro se volte ainda mais para
os principais players do mercado. Ela tem
o mercado internacional, porque as pers-
como principal proposta estimular o desen-
pectivas de retomada da construção civil
volvimento do setor industrial madeireiro,
brasileira são pouco promissoras. “A tendên-
que há quase 10 anos não tem uma feira
cia é manter o volume exportado com um
que o represente. Sendo assim esta é a me-
pequeno crescimento para mercados dife-
lhor oportunidade dos últimos anos para os
rentes dos tradicionais”, afirma José Carlos
profissionais industriais estarem em contato
Januário, presidente da ABIMCI. De acordo
para a troca de conhecimentos e a realiza-
com ele, o setor encontrou alternativas de
ção de negócios.
mercado na exportação por ter um produto
Ao todo 67 empresas apostam no se-
de qualidade e que atende as normas inter-
tor madeireiro e irão apresentar máquinas
nacionais, além de oferecer preços acessí-
e equipamentos para desdobro, picagem,
veis para os compradores estrangeiros.
madeira roliça, secadoras, movimentação
Apesar de ter produtos de qualidade, a
de madeira, etc.
indústria madeireira brasileira não aproveita
A Lignum Brasil não é o único evento
todo seu potencial, isso porque são poucas
voltado para o desenvolvimento do setor
as empresas que investem em tecnologia e
madeireiro. Considerando a importância
maquinário moderno para aumentar a pro-
e o potencial da madeira, uma semana re-
dutividade de suas atividades. Com tantas
pleta de eventos especializados que englo-
empresas buscando a comercialização ex-
bam toda a cadeira produtiva da madeira
terior, fazer mais, por menos e com mais
foi criada, a SIM – Semana Internacional da
qualidade irá fazer a diferença.
Madeira. Entre 06 e 11 de março serão rea-
Com o objetivo de disseminar a tecno-
lizados seis eventos: além da Lignum Brasil,
logia e informações sobre o setor, acontece
a 2ª Expo Madeira & Construção, Encontro
em Curitiba (PR), entre 09 e 11 de março, a
Brasileiro de Energia da Madeira, EBRAMEM,
Lignum Brasil, uma feira focada na transfor-
SWST e Wood Trade Brazil.
B. FOREST . SIM 63
O Wood Trade Brazil é um evento reali-
um panorama econômico do Brasil e os im-
zado pela ABIMCI, FIEP e Malinovski Eventos,
pactos no setor madeireiro.
que acontecerá no dia 08 de março. Ele terá
Palavra da organização
como objetivo principal reunir profissionais
Jorge Malinovski, diretor geral da SIM,
e empresários do segmento de transforma-
convida os profissionais do setor para par-
ção e beneficiamento de madeira, que pro-
ticipar dos seis eventos voltados para a ca-
duzem no Brasil e atuam globalmente, para
deia produtiva da madeira acontecerão em
discutir as perspectivas e oportunidades do
uma mesma cidade. “Esta é a oportunidade
mercado.
perfeita para conhecer novas tecnologias e
O evento foi concebido para que os profissionais da área entendam o atual momen-
aprimorar conhecimentos técnicos em um curto espaço de tempo”, destaca.
to para traçar estratégias a fim de potencia-
O diretor destaca também que a Lignum
lizar a competitividade de seus produtos.
Brasil e a 2° Expo Madeira & Construção são
Um dos destaques é o economista da CNI
os únicos eventos do País que envolvem
(Confederação Nacional das Indústrias), Flá-
toda a cadeia produtiva da madeira em uma
vio Castelo Branco, que fará uma análise
única cidade. “Os participantes poderão ver
dos impactos do atual panorama econômi-
todos os usos da madeira, desde a geração
co brasileiro no setor madeireiro. Já estão
de energia até a sua aplicação no dia a dia,
confirmadas também uma palestra sobre o
como nas residências e seus interiores”, de-
estoque florestal brasileiro e outra que faz
fende.
64 SIM . B. FOREST
B. FOREST . SIM 65
66 SIM . B. FOREST
B. FOREST . NOTAS 67
NA CONTRAMÃO DA ECONOMIA
O
perfil exportador das indústrias de papel e celulose levou o setor a contra a corrente da economia brasileira, concluindo o último ano com crescimento. Esse cenário deve permanecer igual em 2016, apesar da preocupação com a desaceleração da China. De acordo com analistas da corretora Socopa, o aumento dos preços em Dólar da celulose no mercado externo e a expressiva valorização da moeda americana frente ao Real levaram ao forte desempenho da receita líquida do segmento em 2015. Segundo a média das projeções de mercado reunidas pela corretora, o faturamento consolidado do setor soma R$ 7,3 bilhões só no quarto trimestre, resultado 35% maior ante o mesmo período de 2014. A equipe da Socopa destaca que as margens da operação das empresas também cresceram. Isso porque boa parte do custo de produção Crédito: Zig Koch é denominada em Real, enquanto a receita é calculada em Dólar. O lucro líquido do setor como um todo deve alcançar cerca de R$ 1,7 bilhão entre outubro e dezembro deste ano, projetaram os analistas, em relatório.
EMPRESA CHINESA NEGOCIA COMPRA DA SYNGENTA
A
Syngenta informou ter aceitado uma oferta de compra de US$ 43 bilhões feita pela ChemChina. A expectativa é que o negócio seja concluído até o fim do ano. A nota publicada no site oficial da empresa afirma que o quadro de diretores considerou que a proposta respeita os interesses de todas as partes e recomendou sua aceitação por unanimidade.Na nota também foi informado que os bancos Goldman Sachs, J.P Morgan e UBS atuaram como consultores financeiros. A operação permitirá uma presença maior em mercados considerados emergentes, especialmente a China. O nome da companhia deve ser mantido, bem como sua sede na Suíça. As mudanças no quadro executivo envolvem a inclusão do atual presidente da ChemChina, Ren Jianxin, e a manutenção de pelo menos quatro dos atuais diretores. 68 NOTAS . B. FOREST
SCORPION TOUR
A
pós o sucesso da primeira etapa do “Scorpion Tour,” na região Sul do Brasil, agora é a vez da região Sudeste conhecer o primeiro Harvester Ponsse Scorpion da América Latina. O evento acontecerá no dia 03 de fevereiro, em Biritiba Mirim (SP), em uma área concedida pela Suzano Papel e Celulose. Esta etapa do tour irá contar com a presença de dois instrutores finlandeses, especializados na operação do Scorpion, e mais uma equipe de operadores e mecânicos da Ponsse Brasil para demonstrar a máquina durante o trabalho de corte da madeira no comprimento. O Harvester Scorpion irá trabalhar também com o cabeçote Ponsse H77, especializado no corte e descasque do eucalipto. O implemento foi totalmente desenvolvido e projetado com base nas florestas e condições de colheita do Brasil. O “Scorpion tour” é um projeto de realização da Ponsse Brasil para divulgar sua máquina. O plano é que a máquina visite as principais capitais de colheita florestal do Brasil, realizando demonstração para clientes, parceiros, comunidade e mídia no começo de 2016. Mais informações: www.ponsse.com
Crédito: Ponsse
B. FOREST . NOTAS 69
ESCAVADEIRA ESTACIONÁRIA ELÉTRICA A partir da necessidade de desenvolver um produto que atenda as exigências do processo fabril, a PESA desenvolveu as máquinas estacionárias. Utilizando como base uma escavadeira hidráulica Caterpillar®, o diferencial desse produto desenvolvido é que utiliza energia elétrica como combustível. A PESA buscou desenvolver um produto já de grande utilização, adaptando para as exigências da indústria. O resultado foi um equipamento com alta produtividade, eficiência, com baixo custo de manutenção e ótima disponibilidade mecânica.
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70 NOTAS . B. FOREST
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BIORREATOR PARA A CLONAGEM DE MUDAS
A
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia lançou em fevereiro um biorreator para clonagem de mudas de plantas. Essa espécie de “fábrica” é capaz de multiplicar mudas de plantas com muito mais higiene, segurança e economia, além de reduzir custos com mão de obra, acelerar o ciclo de produção e aumentar a produtividade. Por isso, representa uma opção para empresas de vários segmentos relacionados à produção vegetal, como: papel, celulose e madeireiras, entre outros. No dia 12 de janeiro, o equipamento recebeu a carta-patente (PI 0004185-8), concedida pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). O biorreator funciona a partir de um sistema de frascos de vidro interligados por tubos de borracha flexível, pelos quais as plantas recebem ar e solução nutritiva por aspersão ou borbulhamento. Esse equipamento contém os materiais a serem reproduzidos, como células, tecidos ou órgãos, e visa produzir plantas de forma semiautomática, com monitoramento e controle das condições de cultivo, além de uma menor manipulação das culturas. O pesquisador responsável pelo desenvolvimento do equipamento, João Batista Teixeira, explica que além de acelerar o processo de multiplicação de plantas de interesse agronômico, o biorreator oferece ainda outras vantagens em relação aos métodos tradicionais de produção de mudas, como: adaptabilidade a diversas espécies vegetais; uniformização da produção; simplicidade de montagem; geração de produtos isentos de pragas e doenças; e redução do custo total por unidade produzida.
Crédito: Malinovski Florestal
B. FOREST . NOTAS 71
NOVA GERAÇÃO DE HARVESTERS ECO LOG
H
á menos de um mês, a empresa sueca Eco Log apresentou a nova geração de Harvesters de pneus. A série E composta pelos modelos 550, 560, 580 e 590 conta com os novos motores Volvo Penta D8. Eles têm potência de 218 a 320 hp dependendo do modelo. Caracterizado pela alta performance, baixo consumo de combustível e menor emissão de poluentes, os motores a diesel Volvo Penta são versáteis e ideias para as máquinas da Eco Log. Eles foram desenvolvidos para satisfazer a aplicação florestal devido ao seu baixo peso, design compacto e de fácil instalação, tornando-o perfeito para alimentar com potência e força os novos Harvesters Eco Log. É importante mencionar que a Eco Log e MTU (Mercedes) continuam a ser parceiros. A confiabilidade e eficiência dos motores da marca, nomeadamente o 926 LA, sem dúvida, contribuiu muito para o sucesso de máquinas Eco Log ao longo dos últimos anos. Portanto, a Série D e o modelo 688 continuam a ser equipados com motores Mercedes.
Crédito: Divulgação / Eco Log
72 NOTAS . B. FOREST
INVESTIMENTO ALTO
E
m mais um passo para atender o Projeto Horizonte 2, que está em construção em Três Lagoas (MS), a Fibia e a Komatsu Forest fecharam uma parceria para a aquisição das máquinas que irão operar na nova linha de produção. Mesmo antes do início das operações, previsto para ocorrer no último trimestre de 2017, a Fibria já adquiriu - junto à empresa Komatsu - novas máquinas que serão responsáveis por colher, descascar e baldear a madeira até a beira da estrada para ser transportada para a fábrica. O investimento nos novos equipamentos será superior a R$ 100 milhões. “Teremos os Harvesters e Forwarders, que farão toda a colheita e transporte da madeira até o caminhão que as levará para a fábrica. Essas máquinas possuem boa performance e irão garantir o abastecimento da nova linha com custos de produção bastante competitivos”, afirma Aires Galhardo, diretor executivo Florestal da Fibria. As máquinas possuem cabines equipadas com ar condicionado e os melhores padrões de conforto e segurança. São hidráulico-eletrônicas com alto grau de tecnologia aplicada, permitindo ao operador comandá-las por meio de joysticks elétricos, com mínimo esforço e muita precisão. “Ofereceremos treinamento para que os empregados operem os novos equipamentos em segurança. Para isso, faremos uso de simuladores 3D que representarão a atividade em andamento antes mesmo disso acontecer, utilizando todo o conhecimento e experiência da Fibria na formação de operadores e mecânicos de colheita florestal”, afirma Tomás Balistiero, gerente geral de operação da Fibria em Mato Grosso do Sul. Crédito: Divulgação
B. FOREST . NOTAS 73
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B. FOREST B. FOREST . ENTREVISTA . FOTOS 75
7676ENTREVISTA Vテ好EOS . B. . B. FOREST FOREST
B. FOREST B. FOREST . ENTREVISTA . Vテ好EOS 77
2016
FEV
22
FEVEREIRO Montreal Wood Convention 2016. Quando: 22 de Fevereiro a 14 de Março de 2016 Onde: Montreal (Canadá). Informações: http://montrealwoodconvention.com/en/
2016
MAR
MARÇO Wood Trade Brasil.
08
Quando: 08 de Março de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.woodtradebrazil.com
2016
MAR
MARÇO Lignum Brasil
09 2016
MAR
09
Quando: 09 e 11 de Março de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.lignumbrasil.com.br
MARÇO 2ª Expo Madeira & Construção – Construções Sustentáveis com Madeira de Floresta Plantada. Quando: 09 e 11 de Março de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.expomadeira.com.br
2016
MAR
MARÇO Encontro Brasileiro de Energia da Madeira.
10
Quando: 10 e 11 de Março de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.energiadamadeira.com.br
78 AGENDA . B. FOREST
2016
ABR
07
ABRIL 4° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Custos Florestais Quando: 07 e 08 de Abril de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
2016
ABR
11
ABRIL AUSTimber2016 Quando: 11 a 16 de Abril de 2016 Onde: Traralgon (Austrália). Informações: www.austimber.org.au
2016
ABR
12 2016
MAI
12
ABRIL EUCALIPTO 2016 – Simpósio sobre Tecnologias de Produção Florestal. Quando: 12 a 14 de Abril de 2016 Onde: Uberlândia (MG). Informações: www.sif.org.br
MAIO 2º Curso de Aperfeiçoamento Técnico de Gestão Socioeconômica e Ambiental em Atividades Florestais. Quando: 12 e 13 de Maio de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
2016
JUN
09
JUNHO 3º Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Silvicultura de Florestas Plantadas. Quando: 09 e 11 de Junho de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
B. FOREST
. AGENDA 79
2016
JUN
09
JUNHO KWF Tagung – Alemanha. Quando: 09 a 12 de Junho de 2016 Onde: Roding, Bavaria (Alemanha). Informações: www.kwf-tagung.org/en/kwf-tagung/kwf-expo.html
2016
AGO
18
AGOSTO 3° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Microsoft Excel Florestal. Quando: 18 e 19 de Agosto de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
2016
SET
SETEMBRO II Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal.
22 2016
OUT
20
Quando: 22 a 23 de Setembro de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
OUTUBRO 6° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Gestão de Manutenção de Máquinas Florestais. Quando: 20 e 21 de Outubro de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
80 AGENDA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 81