O JOGO MUDOU.
MAS VOCÊ ESCREVEU AS REGRAS.
Projetados a partir de sugestões de nossos clientes, a John Deere tem o orgulho de apresentar os mais resistentes e mais produtivos equipamentos que já oferecemos ao mercado: nossa nova Série M de Harvesters e Feller Bunchers de esteira. Só de olhar, você já percebe a diferença. Na verdade, nossos equipamentos só estão esperando para demonstrar sua força.
EXPEDIENTE
É muito bom poder opinar sobre os produtos, pois somos nós quem passamos nossa vida nesses equipamentos. Essas máquinas representam exatamente o que precisamos e pedimos para desenvolverem.
Mark Maenpaa K&M Logging, Inc., Thunder Bay / Ontario - EUA
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B. FOREST
B. FOREST
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EXPEDIENTE
Indテュce 04
EDITORIAL
07
ENTREVISTA
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PRINCIPAL
30
SILVICULTURA
40
TRANSPORTE
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MERCADO
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MOMENTO EMPRESARIAL
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NOTAS
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FOTOS
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Vテ好EOS
EXPEDIENTE
AGENDA
B. FOREST
“O setor florestal me deu muito orgulho de poder estar fora do Brasil e ser olhado com respeito” Diretor executivo de matérias-primas da Gerdau
Mario Sant’Anna Junior
Foto: Divulgação
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EXPEDIENTE EDITORIAL
Estratégias traçadas A busca pelo aumento da produtividade sempre foi uma constante, independente do setor em questão. No florestal, a mecanização das operações foi uma alternativa para que o objetivo fosse alcançado. Agora, ela está cada vez mais presente no desbaste. Por esse motivo, as fabricantes passaram a dar atenção especial para as máquinas, adequando-as e desenvolvendo novas tecnologias específicas. A matéria principal desta edição fala exatamente deste tema, destacando os novas tecnologias voltadas para facilitar o desbaste e aumentar a produtividade. Por outro lado, na atual conjuntura econômica do Brasil, os empresários procuram se adaptar e reduzir gastos. Uma operação que poder ser estudada e ter seus custos reduzidos é o transporte. Confira uma matéria que mostras opções de aperfeiçoamento que vão desde a escolha dos implementos e acessórios, até a capacitação do motorista. A economia brasileira também é um dos temas da entrevista feita com Mario Sant’Anna Junior, diretor executivo de matérias-primas da Gerdau. Nela, o profissional fala também sobre a carreira, experiências vividas e sonhos. Além de apresentar alternativas e pontos positivos da “crise”. Não perca!
EXPEDIENTE
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B. FOREST
Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Editora: Giovana Massetto Jornalista: Amanda Scandelari Designer Responsável: Vinícius Vilela Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal Edição 10 - Ano 02 - N° 07 - Junho 2015 Foto de Capa: Ponsse Malinovski Florestal +55(41)3049-7888 Rua Itupava, 1541, Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) – CEP:80040-455 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br © 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.
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EXPEDIENTE
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Foto: Divulgação
EXPEDIENTE ENTREVISTA
B. FOREST
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ENTREVISTA
Dedicação Constante Mario Sant’Anna Junior Diretor executivo de matérias-primas da Gerdau Da incerteza na juventude a realiza-
a elas. Em 1975, quando fui prestar vesti-
ção profissional, Mario Sant’Anna Junior
bular, ainda não tinha certeza da escolha
é hoje diretor executivo de matérias-pri-
certa, mas optei por engenharia florestal,
mas da Gerdau. Durante a carreira, o en-
levando em conta as ótimas lembranças
genheiro florestal passou por empresas
da minha infância. Hoje, posso afirmar
importantes no cenário mundial. Mesmo
que sou extremamente feliz com a profis-
tendo a oportunidade de trabalhar em to-
são que escolhi. Tive oportunidades incrí-
dos os segmentos do setor florestal, ele
veis, conheci o mundo inteiro e inúmeras
ainda tem planos para o futuro. Entre eles
pessoas do meio acadêmico, de todos os
está a fomentação do uso de biorredu-
segmentos do setor florestal.
tores na matriz energética e o fortalecimento do setor por meio da formação de
Iniciou sua experiência profissional em
pessoas. Confira a entrevista exclusiva, na
empresas de celulose e papel e madeira
qual Mario conta um pouco da carreira e
sólida. Pode contar um pouco sobre os
mostra sua visão positiva em relação ao
desafios deste início?
momento econômico brasileiro.
Assim que me formei comecei a trabalhar na MWV Rigesa, na área de
Como começou seu interesse pelo setor
colheita e transporte. Ainda muito jovem,
florestal?
tive a oportunidade de ser gerente, o mais
Quando era pequeno passei vários fi-
novo da história da empresa. Depois de
nais de semana em uma pequena proprie-
12 anos, fui convidado para participar do
dade que meu pai tinha perto da Serra do
projeto da Inpacel, em Arapoti (PR). Durante
Mar, no Paraná. Nossa casa ficava rodeada
os oito anos, ajudei a construir toda a
por florestas e eu adorava andar em meio
estrutura florestal da empresa. Formamos
ENTREVISTA
9
B. FOREST
“Não me acomodar jamais foi um aprendizado que levei comigo ao longo da carreira” Mario Sant’Anna Junior
Foto: Divulgação
B. FOREST 10
ENTREVISTA
“O setor florestal sempre representou um potencial competitivo. Acredito que exatamente por este motivo, poderia ser mais “agressivo” dentro dos diversos segmentos.” uma equipe fantástica e foi um prazer
compensados... a analisar o mercado
ter a oportunidade de formar um grupo
e encontrar o melhor destino para seu
tão capacitado. Na sequência, assumi
produto.
a área administrativa e de suprimentos da empresa, o que me levou a fazer um
Desde 2004 está na Gerdau. Como é
MBA em qualidade e produtividade, no
trabalhar em uma multinacional presente
Japão. Quando voltei para o Brasil, fiquei
em 14 países?
responsável pela qualidade das operações
É desafiador. Trabalho em uma das
industriais da Inpacel até a empresa ser
grandes siderúrgicas do mundo. Uma
vendida.
das atividades da empresa é a florestal, que recebe investimento desde a década
Também apostou em uma consultoria
de 60. Assumi o cargo com o objetivo
própria. Como foi este desafio?
expandir esta área florestal. Recentemente,
Trabalhei também, por um ano, no
fui convidado para assumir outras áreas
grupo Orsa, mas decidi empreender
dentro da empresa, atualmente, sou
e criar uma empresa de consultoria, a
diretor executivo de matérias-primas.
Holtz Consultoria. Nosso desafio foi o estudo de mercados, ou seja, encontrar
Se tivesse que tirar um ensinamento de
nichos de investimentos interessantes
toda a carreira, qual seria?
para
a
época.
Apoiamos
diversas
empresas de suprimentos, madeira sólida,
Na
verdade,
são
diversos,
afinal
aprendemos algo novo a cada dia. Mas
ENTREVISTA
diria que o mais importante é jamais ficar
11 B. FOREST
brasileiro?
parado. Não podemos entrar em uma zona
Estou muito entusiasmado em dar uma
de conforto no nosso setor, e até ele nos
contribuição nessa rota de carvão vegetal.
ajuda a isso porque o Brasil tem condições.
O potencial desse material é incrível, mas
O segundo é formar profissionais, com
infelizmente não é bem visto pela mídia e
uma formação que vai além das escolas,
pela população no geral. Acredito que boa
aquela da experiência do dia a dia. É
parte da culpa seja pelo antigo problema
muito prazeroso ver profissionais que
com as florestas nativas. No entanto, este
trabalharam comigo despontando no
é um combustível com marca nacional,
mercado.
proveniente de florestas plantadas e que tem todos os atributos ambientais mais
Como analisa a importância da base
favoráveis do mundo. Potencializar o
florestal nas empresas que já passou?
carvão vegetal é uma grande motivação
Em todas elas, o setor florestal sempre
que estou tendo nesse sprinting da
representou um potencial competitivo.
minha carreira profissional dentro de uma
Acredito que exatamente por este motivo,
empresa. A Gerdau tem apoiado muito
poderia
esse desenvolvimento.
ser
mais
“agressivo”
dentro
dos diversos segmentos. Infelizmente, altos
O que falta para o Brasil se desenvolver
investimentos e o custo do capital no Brasil,
na geração de energia de biomassa
atrasaram um pouco o seu crescimento,
florestal?
as
restrições
impostas
pelos
mas esta dificuldade deve ser superada
Primeiro
temos
que
superar
o
porque a competitividade ainda permeia
senso comum da população. Temos
em todos os segmentos que trabalhei.
que desassociar a imagem do carvão vegetal de um trabalho que proporciona
Atualmente
está
muito
ligado
a
situações de risco para os profissionais
fomentação do uso de biorredutores.
e que devasta as florestas nativas. O
Quais são os entraves para o crescimento
álcool como combustível já passou por
do seu uso e consumo no mercado
este processo. Existia um preconceito e
B. FOREST
12
ENTREVISTA
a mudança da imagem, agora ele recebe
imagem.
o nome de etanol, propiciou o aumento
Já temos várias áreas de florestas
do consumo. É o que estamos fazendo
plantadas, o que precisamos é criar
com o carvão. Nosso projeto é mudar
uma geração de profissionais motivados
o nome para biorredutor e mostrar para
com essa atividade para enxergar essa
a sociedade que ele é um combustível
oportunidade de um novo negócio.
importante para a cadeia siderúrgica. Como avalia o mercado atual e quais são Como o país tem avançado nesse sentido?
os impactos para o setor florestal?
Acredito que existe uma oportunidade
Não há dúvida que o Brasil passa
enorme dentro deste segmento e que,
hoje por uma crise, mas acredito que
evidentemente,
não podemos ter um pensamento tão
precisamos
de
uma
visão inovadora. O futuro caminha para
pessimista
uma matriz energética mais limpa, com
passar. Em tempos de crise temos que
energias renováveis. O Brasil tem muito
nos aperfeiçoar e aprender. Quando os
potencial nessa área, mas somos contra
recursos estão mais escassos e o capital
nós mesmos. Essa é a realidade. Temos
baixo, temos que olhar para o mercado e
a culpa de não ter trabalhado melhor a
entender onde estão as nossas deficiências
comunicação, mas esse é um problema
de
crônico no setor florestal. O carvão vegetal
realistas. O Brasil tem oportunidades e
já é discriminado na origem e esse é o
diversas dificuldades, por isto, temos a
grande problema. Mas esse é um ponto
obrigação de preparar as novas gerações
que nós estamos trabalhando. É uma
para entender as novas dificuldades que
motivação que nós podemos contribuir
estão vindo, cada vez mais complexas.
para isso. Participei inclusive em diversos
Por este prisma, considero esta situação
eventos no Ministério do Desenvolvimento
ótima e desafiante. Não podemos achar
de Indústria e Comércio, nas câmaras do
que tudo é problemático, porque é
desenvolvimento da siderurgia e carvão
exatamente isso que nossos concorrentes
vegetal, para que possamos mudar essa
esperam que estejamos enxergando.
porque
competitividade.
esta
situação
Temos
que
vai
ser
ENTREVISTA
13 B. FOREST
MINUSA com você da compra até a CAPACITAÇÃO dos OPERADORES NA FLORESTA!
maneira preocupa–se de es, A Minusa Forest dimento aos client en at o m co al ci as espe pacitados em su ca os ic cn té do nacional disponibilizan em todo território s da uí rib st di es 23 unidad áquina! próxima da sua m s ai m a us in M a Contate
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S I M P LY B E T T E R
B. FOREST
14
PRINCIPAL
Desbaste mecanizado O desbaste é uma técnica utilizada para potencializar o crescimento das árvores de maior interesse comercial, em florestas plantadas. Na forma tradicional, as árvores consideradas de pior crescimento são retiradas para que as outras possam se desenvolver melhor. Nesse sentido, a mecanização da operação é para buscar a viabilidade técnica e econômica da operação.
PRINCIPAL
15 B. FOREST
Foto: Divulgação
B. FOREST
A
16
PRINCIPAL
mecanização de diversas ati-
mente, três tipos de como realizar o des-
vidades já é uma realidade nos
baste, o sistemático, o seletivo e o siste-
processos florestais brasileiros.
mático-seletivo. Cada um tem vantagens
A busca constante pelo aumento da pro-
e indicações, que variam de acordo com
dutividade faz com que novas tecnologias
a finalidade da madeira.
sejam lançadas frequentemente e os pro-
Desbaste sistemático – a unidade de
cessos aperfeiçoados. Com o desbaste
seleção é a linha do plantio, então todas
não é diferente, a atividade praticamente
as árvores que estão em uma mesma li-
não é mais feita de forma manual e pas-
nha são retiradas sem avaliação prévia.
sou a ser feita de forma semi-mecanizada
“Esse sistema é mais simples e as princi-
e, em menor escala, de forma já mecani-
pais vantagens são a facilidade de execu-
zada.
ção, sem a necessidade de selecionar as
De acordo com o engenheiro florestal,
árvores e um menor custo operacional”,
Ricardo Michael de Melo Sixe, a atividade
esclarece o engenheiro. A desvantagem
de desbaste mecanizado acarreta maiores
é a menor qualidade do plantio, pois sem
investimentos, sendo necessário planeja-
seleção, são retiradas também árvores
mento mais acurado na sua execução. “A
com bom crescimento. “É recomendável
tendência é realizar menos desbastes, po-
para povoamentos uniformes, nos quais
rém com maiores pesos. Desta forma, no
as árvores pouco se diferenciaram entre
planejamento, deve-se levar em consi-
si”, completa.
deração o tipo de desbaste, o período do
Desbaste seletivo – se concentra na
desbaste (idade baseada nas condições
retirada de árvores seguindo certas ca-
de crescimento da floresta), a intensidade
racterísticas pré-estabelecidas, que va-
e consequente intervalos entre eles”, afir-
riam de acordo com o propósito a que se
ma.
destina a produção. Para a escolha dessas árvores, é necessária a prévia seleção em
Tipos de desbaste
campo, o que não ocorre no desbaste sis-
Ricardo explica que existem, basica-
temático. O sistema mais empregado é o
PRINCIPAL
17 B. FOREST
B. FOREST
18
PRINCIPAL
seletivo por baixo, que consiste na remo-
crescimento das remanescentes e conse-
ção das árvores abaixo da média, deixan-
quentemente, diminui a mortalidade na-
do as árvores de maiores diâmetros. “Esse
tural, o que favorece o crescimento e de-
tipo é mais trabalhoso, no entanto, per-
senvolvimento da copa das árvores, raízes
mite melhores resultados na produção e
e folhas e acículas”, explica. Mas ele aler-
na qualidade da madeira. As desvantagens
ta, que a escolha dos equipamentos para
são o maior custo da operação e a maior
a mecanização desse processo deve ser
dificuldade de extração das árvores”, ex-
compatível com a realidade da floresta.
plica Ricardo. Segundo ele, é necessário também o treinamento de mão de obra
Mecanização
para realização da seleção e marcação
No Brasil, o sistema de colheita mais
prévia nas árvores antes do corte. Uma
utilizado é o de toras curtas (Cut-to-Len-
das vantagens é a possibilidade da elimi-
gth), porque os equipamentos utilizados
nação de indivíduos doentes, o que evita
oferecem inúmeras vantagens, como a
a disseminação de doenças.
possibilidade de operar em locais estrei-
Desbaste sistemático-seletivo - no
tos, terrenos sensitivas, áreas inclinadas e
qual, são retiradas linhas, como no des-
nas mais variadas configurações de sorti-
baste sistemático, e nas linhas remanes-
mento de madeira, etc. No entanto, como
centes, as árvores de baixo desenvolvi-
o desbaste difere, parcialmente, da co-
mento são selecionadas para o corte.
lheita na necessidade do cuidado com as árvores remanescentes, as empresas pro-
Efeitos
dutoras de máquinas precisaram dar uma
Valdecir Schoeder, coordenador de as-
atenção especial aos equipamentos utili-
sistência técnica da Minusa, representan-
zados na operação. Os cuidados com o
te da Logset no Brasil, ressalta que os des-
povoamento é importante para não haver
bastes reduzem a competição das árvores
compactação do solo e danos às árvores
pela luz, água e nutrientes. “A operação
remanescentes.
melhora as condições de sobrevivência e
Sendo assim, as opções de máquinas
PRINCIPAL
19 B. FOREST
Cabeçote Harvester 500C - corta árvores até o terceiro desbaste e com diâmetro de até 500mm. Pode ser acoplado em uma máquina base com consumo de 12 litros/hora. A produtividade é duas a três árvores por minuto entre derrubar, desgalhar e processar.
Foto:: Divulgação / TMO
B. FOREST 20
PRINCIPAL
para realizar o desbaste são várias. Fer-
damental, pois evita danos nas árvores
nando Campos, diretor de marketing da
remanescentes e agilidade a operação.
Ponsse Latin América, alerta para alguns
“A grua precisa ocupar pouco espaço fí-
pontos que devem ser considerados no
sico, bem como ter um bom alcance, que
momento dessa escolha, como o peso
permite menor deslocamento do equi-
da árvore e comprimento da madeira. “O
pamento. Já a precisão de movimentos
porte da árvore define o cabeçote a ser
permite ao operador ter total controle da
utilizado e ele gera algumas limitações
grua, concentrando-se assim nas funções
para seleção da máquina base”, explica.
do cabeçote”, explica. Para isso, ela pre-
De acordo com ele, a qualidade da árvore
cisa ser leve e ter um sistema hidráulico
também define o cabeçote, geralmente,
preciso.
árvores de maior porte demandam implementos diferenciados.
Jober C. Fonseca, gerente da divisão de máquinas da Timber Forest, acrescenta
O volume anual de desbaste também é
que a máquina para desbaste deve ter am-
importante, porque caso o volume anual
pla área envidraçada, para que o operador
seja pequeno, a máquina deve ser propor-
sempre tenha visão do povoamento; uso
cional, para que ocorra viabilidade econô-
de câmeras na parte traseira dos equipa-
mica do processo. Mas, segundo Fernan-
mentos, seja do Harvester ou do Forwar-
do, se o volume de desbaste é grande e as
der para visualização de todo o trajeto;
máquinas podem trabalhar durante todo
aplicação de técnicas e novas tecnologias
ano em três turnos, então máquinas mais
como acumulador e lanças com paralelis-
produtivas são recomendadas. Ele acres-
mo, para melhor controle e movimentos
centa, ainda, que as condições do terre-
mais macios e maior alcance, com o in-
no e o método do desbaste também são
tuito de reduzir movimentos da máquina
pontos a serem estudados.
base e número de ciclos por árvores.
Evaldo Oliveira, gerente de unidade de produto Epsilon, ressalta que o alcance
Tecnologias
do equipamento utilizado também é fun-
Muitas são as tecnologias disponíveis
PRINCIPAL
21 B. FOREST
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PRINCIPAL
Foto:: Divulgação / Palfinger
Grua X140F - As gruas devem ocupar pouco espaço físico, bem como ter bom alcance para evitar o deslocamento da máquina base.
23 B. FOREST
PRINCIPAL
para
ainda
ambiente WEB, no qual se recebe os
nem foram implementadas no Brasil. De
arquivos a cada instante e os processa
acordo com Sandro Soares, coordenador
para facilitar a gestão florestal, que pode
de projetos da Komatsu Forest, o avanço
ser integrado com o banco de dados já
tecnológico é puxado, principalmente,
utilizado pelo cliente”, ressalta Sandro.
pelos
desbaste.
países
Algumas
nórdicos
delas
devido
às
dificuldades de operação no inverno
Jober
Fonseca
destaca
outras
tecnologias disponíveis:
rigoroso, como também pelo mercado
O Color Marking, que identifica os
que quer máquinas mais eficazes com
produtos com um jato de tinta lançado
maior confiabilidade e menor número de
na tora durante o corte de acordo
intervenções. “Nesta linha, as máquinas
com o produto selecionado; o Multi
possuem transmissão hidrostática; grua
Steming, que permite ao cabeçote operar
paralela para reduzir números de ciclos
acumulando várias árvores na derrubada
do operador; nivelamento automático da
e posteriormente processá-las ao mesmo
cabine, mantendo o conforto operacional
tempo; o Optimazing, que permite criar
nas
sistema
uma tabela de preços no computador
hidráulico inteligente, que provê pressão e
do Harvester e este sempre irá priorizar
vazão para as funções da máquina somente
a classificação das toras pelo seu valor
quando necessário; e motores com alta
de mercado; o Operator Monitoring, um
eficiência e baixo consumo”, exemplifica.
sistemas que permite o armazenamento e
Ele acrescenta que a eletrônica aplicada
controle de dados referentes a operação
também atingiu um nível elevado, no qual
do equipamento e produção no próprio
relatórios diários são gerados online e
computador do Harvester, dispensando
enviados via modem 3G da cabine sem
o uso do papel nos diários de bordo, no
parar a operação. “A Komatsu Forest
qual o próprio sistema obriga o operado
desenvolveu o sistema Maxi Fleet para
a alimentar uma série de informações
gestão de dados operacionais e de
durante a operação permitindo assim
manutenção da máquina e da frota em
a
áreas
de
microrrelevo;
geração
de
gráficos
e
planilhas
B. FOREST 24
PRINCIPAL
Foto:: Divulgação / Ponsse Harvester indicado para desbaste, inclusive os de rotas densas. Possui nivelamento da cabine mantém o operador estável, mesmo em terreno difícil.
PRINCIPAL
que permitem conclusões precisas a
Outra
25 B. FOREST
tecnologia
disponível
é
o
respeito da sua eficiência na operação
software Logset TOC-MD um programa
e
nos
de medição que reúne todas as funções
Forwarders, já é comum também sistemas
da máquina e acelera a produção de
que controlam inclinação máxima de
relatórios. O dispositivo de medição de
trabalho, câmeras frontais e de ré, além
TOC-MD faz parte do sistema de controle
do auxilio de guinchos incorporados
TOC, no qual, todas as funções da máquina
no próprio produto, o que evita riscos
estão contidas em um único programa
de danos às árvores remanescentes e
de ação. “A inteligência do sistema,
operação em áreas mais declivosas sem
juntamente com os níveis de automação
riscos ao operador.
avançadas e numerosas características
manutenção
do
mesmo;
e,
Heuro Tortato, diretor comercial da TMO,
também
tecnologia
processo de registro”, explica Valdecir. O
Harvester
dispositivo de medição TOC-MD otimiza
da empresa. Trata-se de um sistema de
continuamente o processo. O sistema
controle inteligente que comanda o
pre-delimbing em conjunto com power-
equipamento com precisão. “Ele detalha
delimbing
o número de árvores cortadas, diâmetro
precisos sobre as operações realizadas.
embarcada
nos
ressalta
a
inovadoras, proporciona eficiência para o
cabeçotes
proporcionam
resultados
médio de árvores processadas, produção
As características para a escolha do
total em metros cúbicos, alerta sonoro
equipamento são várias, mas um ponto
de alteração do sortimento durante o
que todos os fabricantes concordam
processamento
é
em
metros
da
árvore,
cúbicos
por
produção
o
aumento
na
produtividade
da
sortimento,
mecanização. Ela é relativa e varia de
produção unitária por sortimento, tempo
acordo com as características de cada
de processamento em horas ou minutos,
plantio e a experiência do operador,
tempo total de trabalho, tempo ocioso,
mas, Valdecir Schoeder, estima que seja
horímetro de trabalho por turno, entre
possível cortar de 90 a 130 árvores por
outras informações”, destaca.
hora efetiva de trabalho.
B. FOREST 26
PRINCIPAL
Foto:: Divulgação / Komatsu Forest O Komatsu 911 é um Harvester para desbaste ou corte raso. A grua é paralela com controle mecânico na ponta. Produtividade árvore de 70 árvores por hora.
EXPEDIENTE
27 B. FOREST
B. FOREST 28
EXPEDIENTE
EXPEDIENTE
29 B. FOREST
B. FOREST 30
SILVICULTURA PRINCIPAL
Nutrição para produtividade O desenvolvimento de um plantio está diretamente ligado aos nutrientes que o mesmo recebe, mas em uma mesma floresta existem necessidades nutritivas diferentes. Por este motivo, um mapeamento de solo é fundamental para que a produtividade almejada seja alcançada.
Foto: Divulgação
EXPEDIENTE
31 B. FOREST
B. FOREST 32
A
SILVICULTURA
crescente demanda por produtos
que o clone tenha potencial genético ade-
florestais fez com que a cultura
quado e adubação ideal, se a precipitação
das florestas plantadas começasse
da região for abaixo da indicada. O mesmo
a se difundir pelo país. Como consequên-
vale se a quantidade de chuva for a ideal, a
cia da necessidade do plantio, os produto-
adubação correta, mas o clone não tenha
res passaram a usar terrenos que, muitas
boa qualidade. “Não adianta o produtor ter
vezes, não atendiam as necessidades nu-
solo bom, dinheiro para investir em adubo
tricionais que as árvores precisavam para
e um material genético que não vai poten-
se desenvolver. Esta realidade, tornou ne-
cializar os nutrientes e o clima. A genética
cessária a adubação e a possível correção
também é um fator que limita a produtivi-
do solo.
dade”, exemplifica o diretor da RR Agroflo-
Mas essa prática não é tão simples quanto parece, isso porque algumas variá-
restal. Por esse motivo, esses três fatores precisam ser estudados em conjunto.
veis determinam a produtividade da floresta. Ronaldo Silveira, diretor da RR Agroflo-
Análise do solo
restal, explica que alguns fatores precisam
As informações citadas são levadas em
ser considerados para a correta nutrição
consideração no momento em que é feito
da planta. São eles: o climático; edáfico
um levantamento detalhado das caracte-
e fisiográfico; e biótico. Os climáticos en-
rísticas do solo, a etapa inicial do processo
volvem a temperatura e a precipitação da
de adubação. Somente a partir dessa aná-
região; os edáficos e fisiográficos, os nu-
lise é possível determinar a quantidade ne-
trientes e oxigênio que a planta tem aces-
cessária dos macro e micronutrientes para
so; e os bióticos, consideram o potencial
cada talhão.
genético do clone.
José Leonardo de Moraes Gonçal-
“Esses fatores são determinantes juntos
ves, doutor em solo e nutrição de plantas
e, raramente, podem ser avaliados sepa-
e professor da Esalq (Escola Superior de
radamente”, salienta Ronaldo. Ou seja, a
Agricultura Luiz de Queiroz da Universida-
produtividade não será satisfatória mesmo
de de São Paulo), explica que o primeiro
PRINCIPAL
33 B. FOREST
senai. nosso i é de indústria.
À medida que se expande, o setor florestal enfrenta novos desafios que exigem soluções inovadoras por parte da indústria. Para isso, existe o Instituto Senai de Tecnologia em Madeira e Mobiliário, que promove a inovação e o desenvolvimento da capacidade tecnológica do setor. Isso é feito por meio de estudos laboratoriais, simulação industrial, pesquisa aplicada, análise de processos e consultorias.
Conte com a inovação do Senai para dar impulso à sua empresa: Desenvolvimento integrado de produtos.
Pesquisa aplicada de comportamento e consumo.
Pesquisa de uso e aplicação de novos materiais.
senaipr.com.br/empresas
B. FOREST 34
SILVICULTURA
passo é fazer um mapa de fertilidade. Nele,
dos clones.
amostras de todo o terreno são retiradas
Além da incorporação do cálcio, o
e analisadas para determinar as necessi-
professor Leonardo destaca que existem,
dades nutricionais. Para isso, a área total
basicamente, três tipos de adubação: de
deverá ser subdividida em talhões homo-
plantio ou de base, de cobertura, de ma-
gêneos quanto à cor do solo, textura, ve-
nutenção ou corretiva.
getação anterior e topografia. Durante a
Adubação de base – tem como finali-
coleta, deve-se caminhar em zigue-zague
dade principal promover o arranque inicial
e coletar sub-amostras contendo mais ou
de crescimento das mudas, basicamente
menos a mesma quantidade de terra nas
nos primeiros seis meses pós-plantio, su-
profundidades de zero a 20 e de 20 a 40
plementando o solo com montantes adi-
cm ou de zero a 25 e de 25 a 50 cm. “A
cionais de nutrientes que irão atender a
retirada de amostras de solo pode ser ma-
demanda nutricional das mudas. A fórmula
nual ou mecanizada, sendo muito impor-
mais utilizada em plantios de eucalipto é o
tante a limpeza desses utensílios após cada
06-30-06, com doses variando de 100 a
amostragem”, destaca.
150 g/muda. De acordo com Leonardo, o método
Adubação
mais indicado é a aplicação localizada das
Com o resultado dessa análise, uma
fontes de fósforo em filetes contínuos, no
tabela com todas as necessidades da flo-
interior dos sulcos de plantio ou em co-
resta é elaborada. Ronaldo destaca que o
vetas laterais. “Essas recomendações são
primeiro nutriente a ser aplicado é o cálcio.
válidas para adubos simples ou mistos que
“Ele precisa ser incorporado a terra porque
têm, como fontes de fósforo, fertilizantes
tem baixa solubilidade e precisa de uma
com alta solubilidade em água, como por
ajuda física para se tornar acessível à plan-
exemplo: superfosfato simples, superfos-
ta.” Ele alerta que, se o calcário for aplicado
fato triplo, fosfato monoamônio e fosfato
depois do plantio pode demorar a chegar
diamônio, dentre outros.” Os termofosfa-
às raízes e prejudicar o desenvolvimento
tos e os fosfatos naturais parcialmente aci-
SILVICULTURA
35 B. FOREST Foto: Divulgação
Silvicultura de precisão A silvicultura de precisão consiste em uma nova área do setor florestal que modifica o enfoque dado à silvicultura até agora, pois, enquanto no sistema convencional a abordagem da unidade florestal se dá de maneira uniforme, na silvicultura de precisão esta mesma área é tratada geograficamente ponto a ponto, ou seja, a área total é dividida em frações de unidades diferenciadas pelo índice de qualidade de sítio. Para a engenheira florestal Maria Ubaldina Ferreira Antunes, a silvicultura de precisão se baseia na coleta e análise de dados geoespaciais e viabiliza intervenções localizadas na floresta, com exatidão e precisão adequadas. Para isso, é preciso uma base de dados confiável e atualizada, que reflita com fidelidade o estado atual das variáveis de precisão. Mais especificamente na nutrição do solo, essa técnica ainda está em projeto piloto e, de acordo com o professor Leonardo, os resultados já estão sendo positivos. A aplicação do fertilizante se torna mais regular porque o trator e os equipamentos utilizados conseguem corrigir variações na qualidade. Ele acredita que, futuramente, toda a adubação de cal e de base poderão ser feitas concomitantemente ao plantio. “Já existem vários projetos que estudam essa possibilidade e nos próximos anos já estarão disponíveis em escala comercial”, conta.
B. FOREST 36
SILVICULTURA
dulados devem ser aplicados em faixas de
dos adubos podem ser feitas em meia-lua
1 a 1,50 m de largura, de preferência sob
ou em filetes contínuos na projeção das
a linha de plantio. As fontes de nitrogênio
copas e após o fechamento das mesmas,
e K2O (óxido de potássio) podem ser apli-
em faixas de 30 cm ou mais, entre as li-
cadas juntamente com o P2O5 (pentóxido
nhas de plantio. Mas o professor alerta que
de fósforo) ou incorporadas à terra que irá
essas aplicações não devem coincidir com
preencher as covas de plantio. Ele salienta
os períodos de intensas chuvas ou quan-
que, neste último caso, principalmente nas
do os níveis de umidade do solo estiverem
regiões com maiores deficiências hídricas,
muito baixos.
a aplicação do adubo deverá ser mais cri-
Adubação corretiva – A adubação de
teriosa para evitar a perda de mudas por
correção ou manutenção é realizada entre
seca fisiológica causada pelo efeito salino
18 e 24 meses após o plantio, nas florestas
das fontes de nitrogênio e K2O.
de baixo crescimento. A recomendação de
Adubação de cobertura – pode ser
adubação deve ser baseada no monitora-
dividida em duas etapas. De acordo com
mento nutricional, que tem como objetivo
o professor da Esalq, para definir as épo-
identificar quais os nutrientes limitantes ao
cas de aplicação dos fertilizantes é funda-
desenvolvimento do clone.
mental considerar as fases de crescimento da floresta. O ideal seria parcelar, equita-
Monitoramento
tivamente, as adubações de cobertura, a
Com a adubação realizada é preciso
primeira parte aplicada entre 6 a 12 me-
monitorar o desenvolvimento do plantio
ses pós-plantio e a outra parte entre 12
para saber se os nutrientes aplicados foram
a 24 meses pós-plantio. “A melhor forma
adequados e se a planta conseguiu fazer a
de definir as épocas das adubações é por
absorção completa. Então, o mapa de fer-
meio do acompanhamento visual ou por
tilidade deve ser associado a um mapa de
medições dendrométricas do crescimento
produtividade. Este é realizado quando a
da floresta”, garante.
floresta tiver entre 15 e 24 meses de idade.
Ele acrescenta ainda que as aplicações
Analisando os dois em conjunto é possível
SILVICULTURA
37 B. FOREST
B. FOREST 38
SILVICULTURA
determinar se é preciso fazer uma aduba-
lenta ou controlada foram desenvolvidos.
ção corretiva e ajustar os valores dos nu-
“Existem basicamente duas tecnologias, a
trientes para os próximos plantios.
Cult e a C-Pró. Ambas são grãos com ma-
Ronaldo exemplifica, “em um talhão
cro e micronutrientes revestidos com um
foi aplicado uma determinada quantidade
polímero que faz a liberação”, explica. A
de potássio e no mapa de produtividade
diferença está na forma que o nutriente
aponta que a planta está deficiente des-
é liberado. No Cult, o processo tem iní-
se nutriente. Neste caso é preciso corrigir,
cio por meio da hidrólise, dependendo da
fazendo uma nova aplicação de potássio
quantidade de água no solo os nutrientes
e voltar no programa de adubação para
são liberados; ou por temperatura, quanto
anotar que a dose utilizada não é adequa-
maior a temperatura, maior é a liberação.
da para aquela situação de clima e mate-
Já na tecnologia C-Pró, o que determi-
rial genético.” Então, segundo ele, em um
na a liberação é a carga elétrica do solo.
próximo plantio deve ser aplicada a quan-
“Quando o solo está com poucos nutrien-
tidade de potássio atualizada. “O monito-
tes, a carga fica baixa e o adubo entra em
ramento tem a função de confirmar o que
liberação”, completa.
está certo e apontar o que está errado para
As tecnologias para aumentar a pratici-
os ajustes necessários, tanto para as flore-
dade e produtividade da adubação flores-
tas que estão sendo acompanhadas, como
tal existem, no entanto ainda são caras e
para as novas que serão plantadas”, escla-
pouco acessíveis aos produtores. A maio-
rece o diretor da RR Agroflorestal.
ria dos produtores de adubos de liberação lenta ou controlada é estrangeira e a im-
Tecnologia
portação acaba tendo custo elevado. No
Marcelo Aparecido André, consultor
entanto, é preciso calcular a viabilidade
de negócios especiais da Futuragro, con-
desse processo, porque ele simplifica as
ta que existem tecnologias que auxiliam o
adubações (de base e de cobertura) em
processo. Devido a falta de mão de obra e
apenas uma, dependendo da tecnologia
demora na operação, adubos de liberação
escolhida.
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B. FOREST 40
TRANSPORTE SILVICULTURA
Transporte econômico Fundamental na atividade florestal, o transporte de madeira é uma das operações que, se bem planejadas, podem ter o custo reduzido e a produtividade aumentada. Especialistas destacam a escolha do caminhão e implemento, capacitação do motorista e manutenções programadas como pontos a serem estudados
SILVICULTURA
41 B. FOREST
Foto: Divulgação
B. FOREST 42
P
TRANSPORTE
ara manter a produção em níveis
transportado, as condições do transpor-
competitivos, as empresas florestais
te e outros pontos da operação é possível
precisam estabelecer uma rotina na
identificar as configurações do caminhão,
qual mantenham qualidade com custos
implementos e pneus. Entre os acessórios,
operacionais reduzidos. Uma das ativida-
os fueiros são os mais utilizados neste tipo
des que influencia diretamente no valor da
de transporte. Além disto, é um dos mais
produção é o transporte de madeira. Essa
exigidos, pois devem conter a carga du-
operação, quando bem planejada, pode
rante todo o processo. “Eles são bastante
ter a maior produtividade e, consequente-
requisitados no momento de carga e des-
mente, um custo menor para atingir este
carga, uma vez que este processo é agres-
resultado. Vale lembrar que todo caminhão
sivo, devido as constantes batidas da grua”,
com implementos e acessórios utilizados
explica Ricardo Azevedo, gerente de enge-
devem estar de acordo com a Resolução
nharia de vendas da Librelato Implementos
nº 211, de 13 de novembro de 2006, rela-
Rodoviários. Com base nisto, o uso de aço
tiva à CVC (Combinações de Veículos de
de alta resistência como matéria-prima, se-
Carga).
gundo ele, é fundamental para redução de
Para que a redução ocorra, algumas
peso e aumento da resistência. A altura do
variáveis devem ser levadas em conside-
fueiro também interfere na capacidade de
ração: topografia, comprimento, umidade
carga, por esse motivo, segundo Ricardo,
e densidade da madeira, distância entre a
o implemento deve ter altura máxima de
floresta e a fábrica e as condições da es-
4,40 m, para aumentar o volume de carga
trada. Levados em conta esses aspectos,
transportado em uma mesma viagem.
para completar o planejamento é preciso
Pensando em diminuir custos, a Libre-
pensar também em todos os aspectos do
lato indica também o uso de um sistema
transporte, que podem ser dividido em três
de amarração de carga por meio de cilin-
partes: o caminhão com os implementos, a
dros pneumáticos, que mantém a carga
manutenção e o condutor.
presa por todo o trajeto sem a necessidade de paradas do veículo para aperto. Siste-
Caminhão
mas de amortecimento dos painéis frontal
Após analisar o terreno, o material a ser
e traseiro também são uma boa opção. “A
TRANSPORTE
43 B. FOREST
redução do impacto é possível graças ao
freios auxiliares, que podem proporcionar
uso de buchas de polímero ou borracha
grande redução em gastos com paradas
nos tirantes de fixação dos painéis. Desta
para manutenção e, principalmente, au-
forma, aumenta-se a vida útil dos compo-
mento da segurança. “Outro avanço são os
nentes”, acrescenta.
câmbios automatizados, gerenciados por
O gerente também destaca que o uso
uma central de comando que possibilitam
de suspensões pneumáticas, chassi rebai-
trocas de marchas aproveitando melhor o
xado, sistemas parafusados contribuem
torque ou a potência do motor. Estes, além
para a redução do custo.
de proporcionarem redução do consumo
Manoel Carvalho, professor titular da FABET (Fundação Adolpho Bósio de Educa-
de combustível, aumentam da vida útil do motor”, explica.
ção no Transporte), complementa dizendo
Josué de Araújo, gerente de engenharia
que existem tecnologias criadas justamen-
de produtos da Noma, acrescenta mais al-
te para otimizar o transporte. Ele cita os
gumas tecnologias. “Para o setor florestal,
Foto: Divulgação
B. FOREST 44
TRANSPORTE
TRANSPORTE
45 B. FOREST
se destacam as tecnologias de informa-
do Azevedo, da Librelato, afirma que uma
ção, onde podemos ressaltar sistemas de
opção, quando possível, é o uso de pneus
gerenciamento de transportes, de rastre-
single. “Porém, neste caso, deve ser obser-
amento e monitoramento de veículos, de
vado o tipo de pavimento onde o veículo
roteirização de veículos, entre outros, que
irá trafegar. Os pneus devem estar de acor-
podem otimizar recursos e reduzir riscos e
do com o tipo de terreno. Caso o produ-
custos operacionais”, complementa.
tor florestal faça o transporte em estradas
A resistência dos pneus ao solo é outro
boas, em que a maioria do trajeto seja pavi-
ponto que pode ser aperfeiçoado. Ricar-
mentado, é possível o uso de pneus single.
Foto: Divulgação / Librelato
B. FOREST 46
TRANSPORTE
Dessa forma, o atrito com o solo é reduzi-
reduzir custos, ele pode provocar quebras
do, o que gera economia de combustível e
ou causar acidentes”, alerta.
aumento da produtividade”, esclarece. Mas, para Manoel, toda a tecnologia
Condutor
existente e as ações que visam reduzir os
Já se foi o tempo em que não era ne-
custos não funcionam sem o treinamento
cessário treinamento para motoristas de
adequado para o condutor. “Se o motorista
caminhão. Para Manoel, hoje, há uma
não for capacitado pode acontecer o in-
tendência, não só entre os transportado-
verso. No lugar de melhorar a segurança e
res, mas também, e de maneira crescen-
Foto: Divulgação / Noma
TRANSPORTE
47 B. FOREST
Legislação Com o advento da tecnologia no transporte de uma maior quantidade de carga a um menor custo o CONTRAN regulamentou a utilização e fabricação de CVC (Combinações de Veículos de Carga). Sendo assim, o Código de Trânsito Brasileiro, por meio da resolução nº 211, de 13 de novembro de 2006, determina requisitos necessários à circulação de CVC. A resolução determina que as CVCs, com mais de duas unidades, incluída a unidade tratora, com peso bruto total acima de 57 toneladas ou com comprimento total acima de 19,80 m, só poderão circular portando AET (Autorização Especial de Trânsito). Essa autorização é concedida mediante a apresentação de uma série de documentos que atestam a segurança e estabilidade do veículo.
Foto: Divulgação
B. FOREST 48
TRANSPORTE
te, entre os embarcadores. Estes notaram
existem várias estratégias que podem ser
o grande prejuízo financeiro e em relação
aplicadas. “Começamos pelo treinamento
a sua imagem perante a sociedade e aos
em sala de aula, passamos para o prático
clientes. “Quando ocorre um acidente e
no caminhão, acompanhamento após o
sua marca aparece, de forma pejorativa,
treinamento, utilização de telemetria, para-
em rede nacional a empresa fica mal vista”,
metrização do trecho e até uma premiação
explica. Dessa forma, os embarcadores es-
por redução de consumo de combustível.”
tão exigindo dos transportadores práticas
Ele também ressalta que o motorista preci-
seguras e rentáveis no transporte de seus
sa estar apto a identificar e solucionar pe-
produtos. “Portanto, é necessária uma ges-
quenas questões que proporcionam bons
tão eficiente. Não só no treinamento, mas
resultados, com verificações da calibragem
uma correta avaliação na contratação, in-
correta dos pneus, alinhamento de eixos,
tegração, acompanhamento, treinamento
regulagem de válvulas do motor, elimina-
dos líderes, encarregados, gerentes e pro-
ção de vazamentos de ar, entre outros.
prietários. Sim! proprietários também, para que toda a empresa tenha a mesma linha
Manutenção
de pensamento”, salienta Manoel.
A manutenção de qualquer produto
Ele comenta que, durante sua carreira
destinado a algum tipo de trabalho opera-
como instrutor de mais de 50 mil motoris-
cional é o que garante maior estabilidade
tas, percebeu que a diferença na produtivi-
no processo, bem como, maior durabilida-
dade de uma frota com ou sem treinamen-
de do próprio produto. Neste sentido, Jo-
to da equipe é grande. “Uma boa operação
sué da Noma, alerta que as manutenções
requer habilidade, técnica e comporta-
veículo, como do implemento rodoviário
mento, são os três pilares para se atingir
para o transporte de madeira deve ter uma
bons resultados operacionais”, destaca.
atenção especial.
O professor da FABET explica que o
De maneira geral, os custos de manu-
consumo de combustível está diretamente
tenção de um caminhão que transpor-
ligado a capacitação do condutor. Quanto
ta madeira são elevados, por se tratar de
melhor preparado ele estiver, maior é sua
operação, segundo Manoel, do tipo “ban-
produtividade e menor seu gasto. Para isso,
co quente”, ou seja, que pode chegar a
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49 B. FOREST
B. FOREST 50
TRANSPORTE
24 horas por dia. “Nesses casos, se não
com o aumento de 19% de volume por via-
houver um acompanhamento rigoroso e
gem e ganhos ambientais.
treinamento adequado, as falhas opera-
O novo modelo de carroceria para Tri-
cionais podem acontecer com frequên-
trens foi desenvolvido e patenteado pela
cia e resultar em margens de lucro cada
Fibria, a partir de uma parceria com a UFS-
vez mais estreitas, o que pode inviabilizar
Car (Universidade Federal de São Carlos).
a operação.” Também tem influência nos
Os estudos tiveram início em 2009 e foram
custos a manutenção feita de forma corre-
concluídos em outubro de 2013.
ta, programada, preventiva e preditivamen-
O diferencial do implemento está na
te, evitando-se ao máximo a corretiva não
estrutura de aço, que teve a redução
programada, que gera perdas por produti-
de 6t em sua composição e ganhou
vidade e altos custos.
mais
resistência.
Tecnicamente,
o
As opções para reduzir o valor investido
design também foi alterado. Houve o
no transporte de madeira são várias, mas
rebaixamento da altura do pescoço e foram
todas se resumem ao planejamento. Como
utilizados materiais metálicos mais leves
se pode perceber, as medidas a serem re-
na construção da carroceria. “Buscamos
alizadas devem ser organizadas desde a
otimizar a eficiência para transportar
contratação e treinamento do condutor,
mais volume sem aumentar a frota e, os
até a escolha do caminhão, implementos,
custos, além de minimizar os impactos
pneus e serviços de manutenção. Além de
ao ambiente. Dessa forma, procuramos
todos esses aspectos, para que as modi-
novas alternativas alinhadas a estudos e
ficações para redução de custos estejam
testes que resultaram na construção de
dentro das normas, devem seguir a lei da
um veículo mais leve, e com aumento
CVC.
no volume transportado de madeira por viagem”, explica Marcelo Claus, consultor
Experiência Fibria
de operações Florestais.
Após três anos de estudos e pesquisas,
Além do aumento de capacidade tam-
a Fibria desenvolveu um novo projeto de
bém houve economia de combustível, que
carroceria para caminhões Tritrens, que
resultou na diminuição de emissão de ga-
permite otimizar o transporte de madeira
ses que provocam o efeito estufa.
A ROTOBEC tem o prazer deTRANSPORTE anunciar, 51 B. FOREST que a sua GARANTIA LÍDER entre os fabricantes de ROTATORES e GARRAS FLORESTAIS, a partir de 1o de junho de 2015, será extendida para:
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B. FOREST 52
TRANSPORTE MERCADO
Análise Mercadológica Na segunda edição do boletim de Análise Mercadológica, confira indicadores macroeconômicos e o índice de preços de madeira em tora no Brasil, com dados levantados e
Foto: Divulgação
analisados pela equipe de profissionais da STCP.
MERCADO
53 B. FOREST
Indicadores Macroeconômicos • Perspectivas Econômicas: Em julho, a perspectiva para a economia brasileira em 2015 indica retração do PIB em cerca de -1,5% comparativamente à taxa de crescimento global esperada de +3,3%, segundo nova estimativa do FMI (Fundo Monetário Internacional). Analistas preveem para o final de 2015 a taxa de juros (Selic) próxima de 14,5%, a taxa de câmbio ao redor de BRL 3,22/USD e a inflação ligeiramente acima de 9,0% ao ano. • Inflação: O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apresentou variação de 0,79% em junho, maior taxa observada para o mês em 19 anos. Ainda, o IPCA acumulou +6,17% no 1º semestre e +8,89% em 12 meses, acima do limite superior de 6,5% fixado como meta de inflação pelo BCB (Banco Central do Brasil). Para o mês de julho, a perspectiva é de mais pressão sobre o IPCA, devido aos reajustes em tarifas de água, esgoto, energia elétrica, transporte e telefonia. Analistas de mercado preveem a inflação acumulada em 2015 no patamar superior a 9,0%, influenciada pela alta do dólar, aumento das tarifas administradas, habitação e alimentos. • Taxa de Juros: A taxa Selic subiu para 13,75% ao ano em junho, a taxa mais alta desde Dezembro/2008. Diante deste cenário, a previsão é de que a taxa Selic seja elevada até 16% a.a. para atender o objetivo do BCB de colocar a inflação no centro da meta de 4,5% a.a. em 2016. Desta forma, novos aumentos são esperados em 2015, o que poderá acarretar maior endividamento do Governo, menor poder de compra e desaceleração industrial. Em julho, estima-se que a taxa Selic possa atingir o patamar de 14,25% a.a. • Taxa de Câmbio: A taxa de câmbio fechou em BRL 3,10/USD em junho/2015 com teto de BRL 3,23/USD na 1ª quinzena de julho. Essa valorização do dólar no mês é devido a cada vez menor intervenção do BCB no câmbio, reduzindo os contratos de swap cambial. O Real vem enfrentando uma desvalorização desde o ano passado, causada principalmente pela crise econômica e sistema de gestão do país. A paridade BRL/USD iniciou o ano a BRL 2,69/USD, com aumento acumulado até meados de julho de 19,5%.
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B. FOREST 54
MERCADO
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
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MERCADO
55 B. FOREST
Em junho, a moeda americana foi afetada principalmente pela expectativa de não pagamento da dívida da Grécia ao FMI e a crise no mercado da China.
Mercado de produtos florestais | Tendências e perspectivas • Comentários - Tora de Eucalipto: Nos últimos meses, os preços médios da tora de eucalipto tiveram aumento para todos os sortimentos. Porém, novamente, em termos reais, apenas os preços de toras para energia (biomassa) e laminação apresentaram crescimento real. Um dos fatores para tal aumento do preço da tora de biomassa foi a maior demanda por resíduos de madeira de usinas termoelétricas na região sudeste, embora se observe sobre oferta deste sortimento em regiões tradicionais produtoras de madeira para energia. O aumento dos preços para toras de laminação se deve à relativa escassez de madeira deste sortimento a partir de plantios com rotação mais longa, além disso, do aumento dos custos de produção (ex.: energia elétrica, mão de obra) e de colheita florestal. As toras finas para processo mantiveram seus preços nominais acompanhando o IPCA. Alguns produtores florestais mencionam que o preço deste sortimento se encontra estagnado devido à grande oferta de madeira em algumas regiões. Apesar de se observar aumento nos custos de produção, principalmente quanto à mão de obra e combustíveis, ainda não se notou o repasse aos preços. Para as toras de maior diâmetro, os preços médios nominais apresentaram tendência de aumento, ainda que ligeiramente abaixo do IPCA no período. A demanda por toras mais grossas de eucalipto está aquecida e a oferta continua reduzida, porém, da mesma forma que para as toras finas, muitas empresas ainda não conseguiram repassar os custos de mão de obra, combustível e energia elétrica sobre os preços, mantendo suas margens reduzidas.
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B. FOREST 56
MERCADO
“A demanda do mercado (por tora de maior diâmetro de Pinus) continuou maior do que a oferta, no mês de Junho e início de Julho / 2015, pressionando os preços...”
Foto: Divulgação
MERCADO
57 B. FOREST
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
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B. FOREST 58
MERCADO
• Comentários - Tora de Pinus: Com relação às toras de pinus, também se observa tendência de aumento nos preços nominais para todas as classes de sortimento nos últimos meses. Por sua vez, o preço da tora de processo não tem apresentado ganhos reais. Os preços reais para este sortimento têm apresentado tendência de queda sucessiva nos últimos meses. Esse comportamento nos preços deve-se principalmente à maior oferta de toras finas em algumas regiões no Sul do país. Ainda, há a perspectiva de que, com a contínua valorização do dólar, segmentos processadores de toras finas (celulose) continuem direcionando maiores volumes de suas vendas ao mercado externo, com possível pressão nos preços das toras. Por outro lado, em junho os preços médios de tora grossa, para serraria, laminação e laminação especial, apresentaram tendência de elevação nos preços nominais e de estabilidade nos valores em termos reais, o que vem sendo observado desde o início do ano. A demanda do mercado continuou em Junho e início de Julho maior do que a oferta, o que vem apresentando tendência de aumento de preço. De junho para julho confirmou-se o aumento nos custos de mão de obra, que foram repassados à colheita florestal. Porém, ainda que a moeda norte-americana esteja valorizada, a demanda do mercado europeu por produtos, tais como, compensado de pinus, apresentou queda no mês de Junho em relação à Abril e Maio. Além disso, o mercado interno se encontra com baixa demanda destes produtos (compensado de pinus) devido à grande crise da construção civil, que, segundo especialistas do setor, só deve se recuperar a partir de 2017. Já a atividade nos EUA retomou nos últimos meses ao patamar de Novembro de 2007, antes da crise global de 2008 provocada pela bolha imobiliária norte-americana, com perspectiva de um ano forte para a construção residencial.
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TRÊS LAGOAS FLORESTAL
59 B. FOREST
B. FOREST 60
MOMENTO EMPRESARIAL
Scorpion: União perfeita entre força e design Novo conceito, design, inovação e qualidade. Estas palavras representam a essência do
Foto: Divulgação / Ponsse
novo Harvester da Ponsse, o Scorpion, que acaba de desembarcar no Brasil.
MOMENTO EMPRESARIAL
61 B. FOREST
O mercado florestal brasileiro, a cada ano, se adapta na utilização dos Harvesters para a colheita de madeira. Muitos modelos estão disponíveis, mas poucos apresentam características que proporcionam produtividade com foco no conforto do operador. O Scorpion, novo modelo da Ponsse, que acabou de chegar ao Brasil tem esse conceito na sua essência. Novo design, fácil dirigibilidade, grande visibilidade, estabilidade, potência e alta produtividade são as principais características da máquina. Apresentada pela primeira vez em 2013, durante a feira Elmia Wood, na Suécia, a primeira unidade da América Latina acabou de desembarcar no Brasil. Nos próximos meses ela fará um tour nas principais regiões florestais do país para que os profissionais florestais possam conhecer de perto todas as características da máquina. O Scorpion nasceu do último desejo do fundador da Ponsse - Einari Vidgrén -, que sonhava com uma cabine que proporcionasse uma visibilidade imbatível quando comparada a qualquer outra já desenvolvida. Einari almejava oferecer ao mercado um equipamento que fosse além dos já oferecidos, mas que mantivesse a tradição de qualidade e inovação dos produtos Ponsse.
Foto: Divulgação / Ponsse
B. FOREST 62
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
63 B. FOREST
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NOTAS
Ato deplorável Infelizmente, o setor florestal presenciou mais uma ação condenável do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). No dia 06 de julho, um grupo invadiu e destruiu uma plantação de pinus de 9 mil hectares e aproximadamente 4 anos da Araupel, em Quedas do Iguaçu (PR). Segundo a polícia, a invasão ocorreu em um local conhecido como Projeto Quatro. Em julho de 2014, a mesma área, que se estende por Rio Bonito, já tinha sido ocupada. Em maio, a 1ª Vara Federal de Cascavel (PR) declarou nulo o título de propriedade da Fazenda Rio das Cobras, em Quedas do Iguaçu e Rio Bonito do Iguaçu, concluindo que a área pertence à União. O impasse continua na justiça. De acordo com cálculos realizados pela Araupel, a empresa já soma mais de R$ 9 milhões em prejuízos com invasões sem terra. Foto: Divulgação
TRANSPORTE
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NOTAS
Relatório Ibá 2015 A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) lançou no final de junho o novo relatório, ano base 2014, com os principais indicadores setoriais. Nele, a entidade publicou informações dos diversos segmentos da cadeia produtiva de florestas plantadas: painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, carvão vegetal, florestas energéticas e biomassa. O material apresenta os principais desafios do setor e as contribuições socioambientais da indústria de árvores plantadas. Para fazer o download da publicação, Clique aqui
Grua Cranab TZ12 Durante a Skogsnolia 2015, que aconteceu no mês passado, na Suécia, a Cranab apresentou ao mercado, a grua TZ 12. O modelo, que ainda é um protótipo, tem capacidade de 12 toneladas e será inicialmente disponibilizado em dois alcances: 9,3 e 10,5 metros. Após passar por testes, uma versão final será desenvolvida e o lançamento está previsto para 2016. O plano da Cranab é desenvolver as séries L e Z de gruas para caminhões. A princípio, a grua TZ12 não estará disponível para o mercado brasileiro. A Cranab tem mais de 50 anos de experiência na produção de gruas. Na década de 90, começou a desenvolver gruas para Harvesters e Forwarders e, recentemente, ampliou sua gama para operações florestais com os implementos para caminhões. Mais informações: www.cranab.se Foto: Divulgação / Cranab
NOTAS
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NOTAS
Forwarder Sampo FR28 O novo Forwarder FR28 da Sampo, construído para complementar a linha de colheita da marca, foi projetado especificamente para operações de desbaste. Ele tem um centro de gravidade baixo e bons ângulos de direção, permitindo que seja manobrável em árvores em pé. A empresa deu atenção especial para a cabine. A parte inferior do guindaste é estreita, permitindo uma visão desobstruída do carregamento. Além disso, devido à baixa rotação do motor, do tipo de sistema hidráulico utilizado e do isolamento de ruído, a cabine é silenciosa. Segundo a fabricante, a maioria da madeira transportada por esse equipamento será em toras curtas para celulose. No entanto, o espaço de carga também permite o transporte de toras mais longas, com a cabeceira hidráulica permitindo a área de ajuste entre 3,8 e 4,4 m.
Foto: Divulgação / Sampo
NOTAS
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Tradição em Inovação O mês de julho ficará na história da Minusa e da Logset no Brasil, afinal a representante da marca finlandesa apresentou para mais de 150 profissionais o Forwarder 8F GT, que acaba de chegar ao Brasil, e os cabeçotes TH 65 e TH 45.
O Dia de Campo, acompanhado pela equipe da Revista B.Forest, aconteceu em Lages (SC), na Fazenda Zapellini com o apoio da ACR (Associação Catarinense das Empresas Florestais). “Nosso principal objetivo com o Dia de Campo era reunir as grandes empresas do segmento na região sul do país e apresentar para os seus representantes todas as soluções da Minusa para o mercado florestal”, contou Giuseppe Rosa, coordenador comercial da Minusa. Os participantes puderam acompanhar o Forwarder 8F GT realizando o baldeio da madeira e o cabeçote TH 65, acoplado a máquina base Volvo, em operação de
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desbaste seletivo e corte raso de pinus. “Com o Forwarder em operação os presentes puderam conhecer todos os diferenciais da máquina que agora está disponível ao mercado brasileiro e também verificar a eficiência e precisão do cabeçote”, destacou Giuseppe. O simulador da Logset, que auxilia na capacitação de operadores de Forwarders e Harvesters sobre rodas e esteiras fizeram parte das atrações do Dia de Campo. “Também fizemos questão de apresentar os Programas Sua Máquina Não Para e o Monitoramento SGM, além do Treinamento On the Job, serviços exclusivos da Minusa”, finalizou o coordenador comercial da empresa. Mais informações: www.minusa.com.br
Foto: Malinovski Florestal
Foto: Malinovski Florestal
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FOTOS
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AGENDA
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SET
07
SETEMBRO XIV Congresso Florestal Mundial Quando: 07 a 11 de Setembro de 2015 Onde: Durban (África do Sul). Informações: www.fao.org/forestry/wfc
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OUTUBRO 48th International Symposium on Forestry Mechanization Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Linz (Áustria). Informações: www.formec.org
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OUT
OUTUBRO Austrofoma
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Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Hochficht (Áustria). Informações: www.austrofoma.at
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OUTUBRO V Congresso Florestal Paranaense Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.apreflorestas.com.br
OUTUBRO 5° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Gestão de Manutenção de Máquinas Florestais Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
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NOV
AGENDA
NOVEMBRO Expocorma 2015
06 2016
MAR
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Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015 Onde: Concepción (Chile). Informações: www.expocorma.cl
MARÇO Lignum Brasil e 2° Expomadeira & Construção. Feiras do Setor Madeireiro. Quando: 09 a 11 de Março de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.lignumbrasil.com.br
AGENDA
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