B.Forest A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 10 Ano 02 n° 07 2015

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O JOGO MUDOU.

MAS VOCÊ ESCREVEU AS REGRAS.

Projetados a partir de sugestões de nossos clientes, a John Deere tem o orgulho de apresentar os mais resistentes e mais produtivos equipamentos que já oferecemos ao mercado: nossa nova Série M de Harvesters e Feller Bunchers de esteira. Só de olhar, você já percebe a diferença. Na verdade, nossos equipamentos só estão esperando para demonstrar sua força.


EXPEDIENTE

É muito bom poder opinar sobre os produtos, pois somos nós quem passamos nossa vida nesses equipamentos. Essas máquinas representam exatamente o que precisamos e pedimos para desenvolverem.

Mark Maenpaa K&M Logging, Inc., Thunder Bay / Ontario - EUA

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B. FOREST


B. FOREST

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EXPEDIENTE

Indテュce 04

EDITORIAL

07

ENTREVISTA

14

PRINCIPAL

30

SILVICULTURA

40

TRANSPORTE

52

MERCADO

60

MOMENTO EMPRESARIAL

64

NOTAS

71

FOTOS

72

Vテ好EOS


EXPEDIENTE

AGENDA

B. FOREST

“O setor florestal me deu muito orgulho de poder estar fora do Brasil e ser olhado com respeito” Diretor executivo de matérias-primas da Gerdau

Mario Sant’Anna Junior

Foto: Divulgação

74

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EXPEDIENTE EDITORIAL

Estratégias traçadas A busca pelo aumento da produtividade sempre foi uma constante, independente do setor em questão. No florestal, a mecanização das operações foi uma alternativa para que o objetivo fosse alcançado. Agora, ela está cada vez mais presente no desbaste. Por esse motivo, as fabricantes passaram a dar atenção especial para as máquinas, adequando-as e desenvolvendo novas tecnologias específicas. A matéria principal desta edição fala exatamente deste tema, destacando os novas tecnologias voltadas para facilitar o desbaste e aumentar a produtividade. Por outro lado, na atual conjuntura econômica do Brasil, os empresários procuram se adaptar e reduzir gastos. Uma operação que poder ser estudada e ter seus custos reduzidos é o transporte. Confira uma matéria que mostras opções de aperfeiçoamento que vão desde a escolha dos implementos e acessórios, até a capacitação do motorista. A economia brasileira também é um dos temas da entrevista feita com Mario Sant’Anna Junior, diretor executivo de matérias-primas da Gerdau. Nela, o profissional fala também sobre a carreira, experiências vividas e sonhos. Além de apresentar alternativas e pontos positivos da “crise”. Não perca!


EXPEDIENTE

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B. FOREST

Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Editora: Giovana Massetto Jornalista: Amanda Scandelari Designer Responsável: Vinícius Vilela Financeiro: Jaqueline Mulik

Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).

B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal Edição 10 - Ano 02 - N° 07 - Junho 2015 Foto de Capa: Ponsse Malinovski Florestal +55(41)3049-7888 Rua Itupava, 1541, Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) – CEP:80040-455 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br © 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.


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EXPEDIENTE


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Foto: Divulgação

EXPEDIENTE ENTREVISTA


B. FOREST

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ENTREVISTA

Dedicação Constante Mario Sant’Anna Junior Diretor executivo de matérias-primas da Gerdau Da incerteza na juventude a realiza-

a elas. Em 1975, quando fui prestar vesti-

ção profissional, Mario Sant’Anna Junior

bular, ainda não tinha certeza da escolha

é hoje diretor executivo de matérias-pri-

certa, mas optei por engenharia florestal,

mas da Gerdau. Durante a carreira, o en-

levando em conta as ótimas lembranças

genheiro florestal passou por empresas

da minha infância. Hoje, posso afirmar

importantes no cenário mundial. Mesmo

que sou extremamente feliz com a profis-

tendo a oportunidade de trabalhar em to-

são que escolhi. Tive oportunidades incrí-

dos os segmentos do setor florestal, ele

veis, conheci o mundo inteiro e inúmeras

ainda tem planos para o futuro. Entre eles

pessoas do meio acadêmico, de todos os

está a fomentação do uso de biorredu-

segmentos do setor florestal.

tores na matriz energética e o fortalecimento do setor por meio da formação de

Iniciou sua experiência profissional em

pessoas. Confira a entrevista exclusiva, na

empresas de celulose e papel e madeira

qual Mario conta um pouco da carreira e

sólida. Pode contar um pouco sobre os

mostra sua visão positiva em relação ao

desafios deste início?

momento econômico brasileiro.

Assim que me formei comecei a trabalhar na MWV Rigesa, na área de

Como começou seu interesse pelo setor

colheita e transporte. Ainda muito jovem,

florestal?

tive a oportunidade de ser gerente, o mais

Quando era pequeno passei vários fi-

novo da história da empresa. Depois de

nais de semana em uma pequena proprie-

12 anos, fui convidado para participar do

dade que meu pai tinha perto da Serra do

projeto da Inpacel, em Arapoti (PR). Durante

Mar, no Paraná. Nossa casa ficava rodeada

os oito anos, ajudei a construir toda a

por florestas e eu adorava andar em meio

estrutura florestal da empresa. Formamos


ENTREVISTA

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B. FOREST

“Não me acomodar jamais foi um aprendizado que levei comigo ao longo da carreira” Mario Sant’Anna Junior

Foto: Divulgação


B. FOREST 10

ENTREVISTA

“O setor florestal sempre representou um potencial competitivo. Acredito que exatamente por este motivo, poderia ser mais “agressivo” dentro dos diversos segmentos.” uma equipe fantástica e foi um prazer

compensados... a analisar o mercado

ter a oportunidade de formar um grupo

e encontrar o melhor destino para seu

tão capacitado. Na sequência, assumi

produto.

a área administrativa e de suprimentos da empresa, o que me levou a fazer um

Desde 2004 está na Gerdau. Como é

MBA em qualidade e produtividade, no

trabalhar em uma multinacional presente

Japão. Quando voltei para o Brasil, fiquei

em 14 países?

responsável pela qualidade das operações

É desafiador. Trabalho em uma das

industriais da Inpacel até a empresa ser

grandes siderúrgicas do mundo. Uma

vendida.

das atividades da empresa é a florestal, que recebe investimento desde a década

Também apostou em uma consultoria

de 60. Assumi o cargo com o objetivo

própria. Como foi este desafio?

expandir esta área florestal. Recentemente,

Trabalhei também, por um ano, no

fui convidado para assumir outras áreas

grupo Orsa, mas decidi empreender

dentro da empresa, atualmente, sou

e criar uma empresa de consultoria, a

diretor executivo de matérias-primas.

Holtz Consultoria. Nosso desafio foi o estudo de mercados, ou seja, encontrar

Se tivesse que tirar um ensinamento de

nichos de investimentos interessantes

toda a carreira, qual seria?

para

a

época.

Apoiamos

diversas

empresas de suprimentos, madeira sólida,

Na

verdade,

são

diversos,

afinal

aprendemos algo novo a cada dia. Mas


ENTREVISTA

diria que o mais importante é jamais ficar

11 B. FOREST

brasileiro?

parado. Não podemos entrar em uma zona

Estou muito entusiasmado em dar uma

de conforto no nosso setor, e até ele nos

contribuição nessa rota de carvão vegetal.

ajuda a isso porque o Brasil tem condições.

O potencial desse material é incrível, mas

O segundo é formar profissionais, com

infelizmente não é bem visto pela mídia e

uma formação que vai além das escolas,

pela população no geral. Acredito que boa

aquela da experiência do dia a dia. É

parte da culpa seja pelo antigo problema

muito prazeroso ver profissionais que

com as florestas nativas. No entanto, este

trabalharam comigo despontando no

é um combustível com marca nacional,

mercado.

proveniente de florestas plantadas e que tem todos os atributos ambientais mais

Como analisa a importância da base

favoráveis do mundo. Potencializar o

florestal nas empresas que já passou?

carvão vegetal é uma grande motivação

Em todas elas, o setor florestal sempre

que estou tendo nesse sprinting da

representou um potencial competitivo.

minha carreira profissional dentro de uma

Acredito que exatamente por este motivo,

empresa. A Gerdau tem apoiado muito

poderia

esse desenvolvimento.

ser

mais

“agressivo”

dentro

dos diversos segmentos. Infelizmente, altos

O que falta para o Brasil se desenvolver

investimentos e o custo do capital no Brasil,

na geração de energia de biomassa

atrasaram um pouco o seu crescimento,

florestal?

as

restrições

impostas

pelos

mas esta dificuldade deve ser superada

Primeiro

temos

que

superar

o

porque a competitividade ainda permeia

senso comum da população. Temos

em todos os segmentos que trabalhei.

que desassociar a imagem do carvão vegetal de um trabalho que proporciona

Atualmente

está

muito

ligado

a

situações de risco para os profissionais

fomentação do uso de biorredutores.

e que devasta as florestas nativas. O

Quais são os entraves para o crescimento

álcool como combustível já passou por

do seu uso e consumo no mercado

este processo. Existia um preconceito e


B. FOREST

12

ENTREVISTA

a mudança da imagem, agora ele recebe

imagem.

o nome de etanol, propiciou o aumento

Já temos várias áreas de florestas

do consumo. É o que estamos fazendo

plantadas, o que precisamos é criar

com o carvão. Nosso projeto é mudar

uma geração de profissionais motivados

o nome para biorredutor e mostrar para

com essa atividade para enxergar essa

a sociedade que ele é um combustível

oportunidade de um novo negócio.

importante para a cadeia siderúrgica. Como avalia o mercado atual e quais são Como o país tem avançado nesse sentido?

os impactos para o setor florestal?

Acredito que existe uma oportunidade

Não há dúvida que o Brasil passa

enorme dentro deste segmento e que,

hoje por uma crise, mas acredito que

evidentemente,

não podemos ter um pensamento tão

precisamos

de

uma

visão inovadora. O futuro caminha para

pessimista

uma matriz energética mais limpa, com

passar. Em tempos de crise temos que

energias renováveis. O Brasil tem muito

nos aperfeiçoar e aprender. Quando os

potencial nessa área, mas somos contra

recursos estão mais escassos e o capital

nós mesmos. Essa é a realidade. Temos

baixo, temos que olhar para o mercado e

a culpa de não ter trabalhado melhor a

entender onde estão as nossas deficiências

comunicação, mas esse é um problema

de

crônico no setor florestal. O carvão vegetal

realistas. O Brasil tem oportunidades e

já é discriminado na origem e esse é o

diversas dificuldades, por isto, temos a

grande problema. Mas esse é um ponto

obrigação de preparar as novas gerações

que nós estamos trabalhando. É uma

para entender as novas dificuldades que

motivação que nós podemos contribuir

estão vindo, cada vez mais complexas.

para isso. Participei inclusive em diversos

Por este prisma, considero esta situação

eventos no Ministério do Desenvolvimento

ótima e desafiante. Não podemos achar

de Indústria e Comércio, nas câmaras do

que tudo é problemático, porque é

desenvolvimento da siderurgia e carvão

exatamente isso que nossos concorrentes

vegetal, para que possamos mudar essa

esperam que estejamos enxergando.

porque

competitividade.

esta

situação

Temos

que

vai

ser


ENTREVISTA

13 B. FOREST

MINUSA com você da compra até a CAPACITAÇÃO dos OPERADORES NA FLORESTA!

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S I M P LY B E T T E R


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PRINCIPAL

Desbaste mecanizado O desbaste é uma técnica utilizada para potencializar o crescimento das árvores de maior interesse comercial, em florestas plantadas. Na forma tradicional, as árvores consideradas de pior crescimento são retiradas para que as outras possam se desenvolver melhor. Nesse sentido, a mecanização da operação é para buscar a viabilidade técnica e econômica da operação.


PRINCIPAL

15 B. FOREST

Foto: Divulgação


B. FOREST

A

16

PRINCIPAL

mecanização de diversas ati-

mente, três tipos de como realizar o des-

vidades já é uma realidade nos

baste, o sistemático, o seletivo e o siste-

processos florestais brasileiros.

mático-seletivo. Cada um tem vantagens

A busca constante pelo aumento da pro-

e indicações, que variam de acordo com

dutividade faz com que novas tecnologias

a finalidade da madeira.

sejam lançadas frequentemente e os pro-

Desbaste sistemático – a unidade de

cessos aperfeiçoados. Com o desbaste

seleção é a linha do plantio, então todas

não é diferente, a atividade praticamente

as árvores que estão em uma mesma li-

não é mais feita de forma manual e pas-

nha são retiradas sem avaliação prévia.

sou a ser feita de forma semi-mecanizada

“Esse sistema é mais simples e as princi-

e, em menor escala, de forma já mecani-

pais vantagens são a facilidade de execu-

zada.

ção, sem a necessidade de selecionar as

De acordo com o engenheiro florestal,

árvores e um menor custo operacional”,

Ricardo Michael de Melo Sixe, a atividade

esclarece o engenheiro. A desvantagem

de desbaste mecanizado acarreta maiores

é a menor qualidade do plantio, pois sem

investimentos, sendo necessário planeja-

seleção, são retiradas também árvores

mento mais acurado na sua execução. “A

com bom crescimento. “É recomendável

tendência é realizar menos desbastes, po-

para povoamentos uniformes, nos quais

rém com maiores pesos. Desta forma, no

as árvores pouco se diferenciaram entre

planejamento, deve-se levar em consi-

si”, completa.

deração o tipo de desbaste, o período do

Desbaste seletivo – se concentra na

desbaste (idade baseada nas condições

retirada de árvores seguindo certas ca-

de crescimento da floresta), a intensidade

racterísticas pré-estabelecidas, que va-

e consequente intervalos entre eles”, afir-

riam de acordo com o propósito a que se

ma.

destina a produção. Para a escolha dessas árvores, é necessária a prévia seleção em

Tipos de desbaste

campo, o que não ocorre no desbaste sis-

Ricardo explica que existem, basica-

temático. O sistema mais empregado é o


PRINCIPAL

17 B. FOREST


B. FOREST

18

PRINCIPAL

seletivo por baixo, que consiste na remo-

crescimento das remanescentes e conse-

ção das árvores abaixo da média, deixan-

quentemente, diminui a mortalidade na-

do as árvores de maiores diâmetros. “Esse

tural, o que favorece o crescimento e de-

tipo é mais trabalhoso, no entanto, per-

senvolvimento da copa das árvores, raízes

mite melhores resultados na produção e

e folhas e acículas”, explica. Mas ele aler-

na qualidade da madeira. As desvantagens

ta, que a escolha dos equipamentos para

são o maior custo da operação e a maior

a mecanização desse processo deve ser

dificuldade de extração das árvores”, ex-

compatível com a realidade da floresta.

plica Ricardo. Segundo ele, é necessário também o treinamento de mão de obra

Mecanização

para realização da seleção e marcação

No Brasil, o sistema de colheita mais

prévia nas árvores antes do corte. Uma

utilizado é o de toras curtas (Cut-to-Len-

das vantagens é a possibilidade da elimi-

gth), porque os equipamentos utilizados

nação de indivíduos doentes, o que evita

oferecem inúmeras vantagens, como a

a disseminação de doenças.

possibilidade de operar em locais estrei-

Desbaste sistemático-seletivo - no

tos, terrenos sensitivas, áreas inclinadas e

qual, são retiradas linhas, como no des-

nas mais variadas configurações de sorti-

baste sistemático, e nas linhas remanes-

mento de madeira, etc. No entanto, como

centes, as árvores de baixo desenvolvi-

o desbaste difere, parcialmente, da co-

mento são selecionadas para o corte.

lheita na necessidade do cuidado com as árvores remanescentes, as empresas pro-

Efeitos

dutoras de máquinas precisaram dar uma

Valdecir Schoeder, coordenador de as-

atenção especial aos equipamentos utili-

sistência técnica da Minusa, representan-

zados na operação. Os cuidados com o

te da Logset no Brasil, ressalta que os des-

povoamento é importante para não haver

bastes reduzem a competição das árvores

compactação do solo e danos às árvores

pela luz, água e nutrientes. “A operação

remanescentes.

melhora as condições de sobrevivência e

Sendo assim, as opções de máquinas


PRINCIPAL

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Cabeçote Harvester 500C - corta árvores até o terceiro desbaste e com diâmetro de até 500mm. Pode ser acoplado em uma máquina base com consumo de 12 litros/hora. A produtividade é duas a três árvores por minuto entre derrubar, desgalhar e processar.

Foto:: Divulgação / TMO


B. FOREST 20

PRINCIPAL

para realizar o desbaste são várias. Fer-

damental, pois evita danos nas árvores

nando Campos, diretor de marketing da

remanescentes e agilidade a operação.

Ponsse Latin América, alerta para alguns

“A grua precisa ocupar pouco espaço fí-

pontos que devem ser considerados no

sico, bem como ter um bom alcance, que

momento dessa escolha, como o peso

permite menor deslocamento do equi-

da árvore e comprimento da madeira. “O

pamento. Já a precisão de movimentos

porte da árvore define o cabeçote a ser

permite ao operador ter total controle da

utilizado e ele gera algumas limitações

grua, concentrando-se assim nas funções

para seleção da máquina base”, explica.

do cabeçote”, explica. Para isso, ela pre-

De acordo com ele, a qualidade da árvore

cisa ser leve e ter um sistema hidráulico

também define o cabeçote, geralmente,

preciso.

árvores de maior porte demandam implementos diferenciados.

Jober C. Fonseca, gerente da divisão de máquinas da Timber Forest, acrescenta

O volume anual de desbaste também é

que a máquina para desbaste deve ter am-

importante, porque caso o volume anual

pla área envidraçada, para que o operador

seja pequeno, a máquina deve ser propor-

sempre tenha visão do povoamento; uso

cional, para que ocorra viabilidade econô-

de câmeras na parte traseira dos equipa-

mica do processo. Mas, segundo Fernan-

mentos, seja do Harvester ou do Forwar-

do, se o volume de desbaste é grande e as

der para visualização de todo o trajeto;

máquinas podem trabalhar durante todo

aplicação de técnicas e novas tecnologias

ano em três turnos, então máquinas mais

como acumulador e lanças com paralelis-

produtivas são recomendadas. Ele acres-

mo, para melhor controle e movimentos

centa, ainda, que as condições do terre-

mais macios e maior alcance, com o in-

no e o método do desbaste também são

tuito de reduzir movimentos da máquina

pontos a serem estudados.

base e número de ciclos por árvores.

Evaldo Oliveira, gerente de unidade de produto Epsilon, ressalta que o alcance

Tecnologias

do equipamento utilizado também é fun-

Muitas são as tecnologias disponíveis


PRINCIPAL

21 B. FOREST


B. FOREST 22

PRINCIPAL

Foto:: Divulgação / Palfinger

Grua X140F - As gruas devem ocupar pouco espaço físico, bem como ter bom alcance para evitar o deslocamento da máquina base.


23 B. FOREST

PRINCIPAL

para

ainda

ambiente WEB, no qual se recebe os

nem foram implementadas no Brasil. De

arquivos a cada instante e os processa

acordo com Sandro Soares, coordenador

para facilitar a gestão florestal, que pode

de projetos da Komatsu Forest, o avanço

ser integrado com o banco de dados já

tecnológico é puxado, principalmente,

utilizado pelo cliente”, ressalta Sandro.

pelos

desbaste.

países

Algumas

nórdicos

delas

devido

às

dificuldades de operação no inverno

Jober

Fonseca

destaca

outras

tecnologias disponíveis:

rigoroso, como também pelo mercado

O Color Marking, que identifica os

que quer máquinas mais eficazes com

produtos com um jato de tinta lançado

maior confiabilidade e menor número de

na tora durante o corte de acordo

intervenções. “Nesta linha, as máquinas

com o produto selecionado; o Multi

possuem transmissão hidrostática; grua

Steming, que permite ao cabeçote operar

paralela para reduzir números de ciclos

acumulando várias árvores na derrubada

do operador; nivelamento automático da

e posteriormente processá-las ao mesmo

cabine, mantendo o conforto operacional

tempo; o Optimazing, que permite criar

nas

sistema

uma tabela de preços no computador

hidráulico inteligente, que provê pressão e

do Harvester e este sempre irá priorizar

vazão para as funções da máquina somente

a classificação das toras pelo seu valor

quando necessário; e motores com alta

de mercado; o Operator Monitoring, um

eficiência e baixo consumo”, exemplifica.

sistemas que permite o armazenamento e

Ele acrescenta que a eletrônica aplicada

controle de dados referentes a operação

também atingiu um nível elevado, no qual

do equipamento e produção no próprio

relatórios diários são gerados online e

computador do Harvester, dispensando

enviados via modem 3G da cabine sem

o uso do papel nos diários de bordo, no

parar a operação. “A Komatsu Forest

qual o próprio sistema obriga o operado

desenvolveu o sistema Maxi Fleet para

a alimentar uma série de informações

gestão de dados operacionais e de

durante a operação permitindo assim

manutenção da máquina e da frota em

a

áreas

de

microrrelevo;

geração

de

gráficos

e

planilhas


B. FOREST 24

PRINCIPAL

Foto:: Divulgação / Ponsse Harvester indicado para desbaste, inclusive os de rotas densas. Possui nivelamento da cabine mantém o operador estável, mesmo em terreno difícil.


PRINCIPAL

que permitem conclusões precisas a

Outra

25 B. FOREST

tecnologia

disponível

é

o

respeito da sua eficiência na operação

software Logset TOC-MD um programa

e

nos

de medição que reúne todas as funções

Forwarders, já é comum também sistemas

da máquina e acelera a produção de

que controlam inclinação máxima de

relatórios. O dispositivo de medição de

trabalho, câmeras frontais e de ré, além

TOC-MD faz parte do sistema de controle

do auxilio de guinchos incorporados

TOC, no qual, todas as funções da máquina

no próprio produto, o que evita riscos

estão contidas em um único programa

de danos às árvores remanescentes e

de ação. “A inteligência do sistema,

operação em áreas mais declivosas sem

juntamente com os níveis de automação

riscos ao operador.

avançadas e numerosas características

manutenção

do

mesmo;

e,

Heuro Tortato, diretor comercial da TMO,

também

tecnologia

processo de registro”, explica Valdecir. O

Harvester

dispositivo de medição TOC-MD otimiza

da empresa. Trata-se de um sistema de

continuamente o processo. O sistema

controle inteligente que comanda o

pre-delimbing em conjunto com power-

equipamento com precisão. “Ele detalha

delimbing

o número de árvores cortadas, diâmetro

precisos sobre as operações realizadas.

embarcada

nos

ressalta

a

inovadoras, proporciona eficiência para o

cabeçotes

proporcionam

resultados

médio de árvores processadas, produção

As características para a escolha do

total em metros cúbicos, alerta sonoro

equipamento são várias, mas um ponto

de alteração do sortimento durante o

que todos os fabricantes concordam

processamento

é

em

metros

da

árvore,

cúbicos

por

produção

o

aumento

na

produtividade

da

sortimento,

mecanização. Ela é relativa e varia de

produção unitária por sortimento, tempo

acordo com as características de cada

de processamento em horas ou minutos,

plantio e a experiência do operador,

tempo total de trabalho, tempo ocioso,

mas, Valdecir Schoeder, estima que seja

horímetro de trabalho por turno, entre

possível cortar de 90 a 130 árvores por

outras informações”, destaca.

hora efetiva de trabalho.


B. FOREST 26

PRINCIPAL

Foto:: Divulgação / Komatsu Forest O Komatsu 911 é um Harvester para desbaste ou corte raso. A grua é paralela com controle mecânico na ponta. Produtividade árvore de 70 árvores por hora.


EXPEDIENTE

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EXPEDIENTE


EXPEDIENTE

29 B. FOREST


B. FOREST 30

SILVICULTURA PRINCIPAL

Nutrição para produtividade O desenvolvimento de um plantio está diretamente ligado aos nutrientes que o mesmo recebe, mas em uma mesma floresta existem necessidades nutritivas diferentes. Por este motivo, um mapeamento de solo é fundamental para que a produtividade almejada seja alcançada.

Foto: Divulgação


EXPEDIENTE

31 B. FOREST


B. FOREST 32

A

SILVICULTURA

crescente demanda por produtos

que o clone tenha potencial genético ade-

florestais fez com que a cultura

quado e adubação ideal, se a precipitação

das florestas plantadas começasse

da região for abaixo da indicada. O mesmo

a se difundir pelo país. Como consequên-

vale se a quantidade de chuva for a ideal, a

cia da necessidade do plantio, os produto-

adubação correta, mas o clone não tenha

res passaram a usar terrenos que, muitas

boa qualidade. “Não adianta o produtor ter

vezes, não atendiam as necessidades nu-

solo bom, dinheiro para investir em adubo

tricionais que as árvores precisavam para

e um material genético que não vai poten-

se desenvolver. Esta realidade, tornou ne-

cializar os nutrientes e o clima. A genética

cessária a adubação e a possível correção

também é um fator que limita a produtivi-

do solo.

dade”, exemplifica o diretor da RR Agroflo-

Mas essa prática não é tão simples quanto parece, isso porque algumas variá-

restal. Por esse motivo, esses três fatores precisam ser estudados em conjunto.

veis determinam a produtividade da floresta. Ronaldo Silveira, diretor da RR Agroflo-

Análise do solo

restal, explica que alguns fatores precisam

As informações citadas são levadas em

ser considerados para a correta nutrição

consideração no momento em que é feito

da planta. São eles: o climático; edáfico

um levantamento detalhado das caracte-

e fisiográfico; e biótico. Os climáticos en-

rísticas do solo, a etapa inicial do processo

volvem a temperatura e a precipitação da

de adubação. Somente a partir dessa aná-

região; os edáficos e fisiográficos, os nu-

lise é possível determinar a quantidade ne-

trientes e oxigênio que a planta tem aces-

cessária dos macro e micronutrientes para

so; e os bióticos, consideram o potencial

cada talhão.

genético do clone.

José Leonardo de Moraes Gonçal-

“Esses fatores são determinantes juntos

ves, doutor em solo e nutrição de plantas

e, raramente, podem ser avaliados sepa-

e professor da Esalq (Escola Superior de

radamente”, salienta Ronaldo. Ou seja, a

Agricultura Luiz de Queiroz da Universida-

produtividade não será satisfatória mesmo

de de São Paulo), explica que o primeiro


PRINCIPAL

33 B. FOREST

senai. nosso i é de indústria.

À medida que se expande, o setor florestal enfrenta novos desafios que exigem soluções inovadoras por parte da indústria. Para isso, existe o Instituto Senai de Tecnologia em Madeira e Mobiliário, que promove a inovação e o desenvolvimento da capacidade tecnológica do setor. Isso é feito por meio de estudos laboratoriais, simulação industrial, pesquisa aplicada, análise de processos e consultorias.

Conte com a inovação do Senai para dar impulso à sua empresa: Desenvolvimento integrado de produtos.

Pesquisa aplicada de comportamento e consumo.

Pesquisa de uso e aplicação de novos materiais.

senaipr.com.br/empresas


B. FOREST 34

SILVICULTURA

passo é fazer um mapa de fertilidade. Nele,

dos clones.

amostras de todo o terreno são retiradas

Além da incorporação do cálcio, o

e analisadas para determinar as necessi-

professor Leonardo destaca que existem,

dades nutricionais. Para isso, a área total

basicamente, três tipos de adubação: de

deverá ser subdividida em talhões homo-

plantio ou de base, de cobertura, de ma-

gêneos quanto à cor do solo, textura, ve-

nutenção ou corretiva.

getação anterior e topografia. Durante a

Adubação de base – tem como finali-

coleta, deve-se caminhar em zigue-zague

dade principal promover o arranque inicial

e coletar sub-amostras contendo mais ou

de crescimento das mudas, basicamente

menos a mesma quantidade de terra nas

nos primeiros seis meses pós-plantio, su-

profundidades de zero a 20 e de 20 a 40

plementando o solo com montantes adi-

cm ou de zero a 25 e de 25 a 50 cm. “A

cionais de nutrientes que irão atender a

retirada de amostras de solo pode ser ma-

demanda nutricional das mudas. A fórmula

nual ou mecanizada, sendo muito impor-

mais utilizada em plantios de eucalipto é o

tante a limpeza desses utensílios após cada

06-30-06, com doses variando de 100 a

amostragem”, destaca.

150 g/muda. De acordo com Leonardo, o método

Adubação

mais indicado é a aplicação localizada das

Com o resultado dessa análise, uma

fontes de fósforo em filetes contínuos, no

tabela com todas as necessidades da flo-

interior dos sulcos de plantio ou em co-

resta é elaborada. Ronaldo destaca que o

vetas laterais. “Essas recomendações são

primeiro nutriente a ser aplicado é o cálcio.

válidas para adubos simples ou mistos que

“Ele precisa ser incorporado a terra porque

têm, como fontes de fósforo, fertilizantes

tem baixa solubilidade e precisa de uma

com alta solubilidade em água, como por

ajuda física para se tornar acessível à plan-

exemplo: superfosfato simples, superfos-

ta.” Ele alerta que, se o calcário for aplicado

fato triplo, fosfato monoamônio e fosfato

depois do plantio pode demorar a chegar

diamônio, dentre outros.” Os termofosfa-

às raízes e prejudicar o desenvolvimento

tos e os fosfatos naturais parcialmente aci-


SILVICULTURA

35 B. FOREST Foto: Divulgação

Silvicultura de precisão A silvicultura de precisão consiste em uma nova área do setor florestal que modifica o enfoque dado à silvicultura até agora, pois, enquanto no sistema convencional a abordagem da unidade florestal se dá de maneira uniforme, na silvicultura de precisão esta mesma área é tratada geograficamente ponto a ponto, ou seja, a área total é dividida em frações de unidades diferenciadas pelo índice de qualidade de sítio. Para a engenheira florestal Maria Ubaldina Ferreira Antunes, a silvicultura de precisão se baseia na coleta e análise de dados geoespaciais e viabiliza intervenções localizadas na floresta, com exatidão e precisão adequadas. Para isso, é preciso uma base de dados confiável e atualizada, que reflita com fidelidade o estado atual das variáveis de precisão. Mais especificamente na nutrição do solo, essa técnica ainda está em projeto piloto e, de acordo com o professor Leonardo, os resultados já estão sendo positivos. A aplicação do fertilizante se torna mais regular porque o trator e os equipamentos utilizados conseguem corrigir variações na qualidade. Ele acredita que, futuramente, toda a adubação de cal e de base poderão ser feitas concomitantemente ao plantio. “Já existem vários projetos que estudam essa possibilidade e nos próximos anos já estarão disponíveis em escala comercial”, conta.


B. FOREST 36

SILVICULTURA

dulados devem ser aplicados em faixas de

dos adubos podem ser feitas em meia-lua

1 a 1,50 m de largura, de preferência sob

ou em filetes contínuos na projeção das

a linha de plantio. As fontes de nitrogênio

copas e após o fechamento das mesmas,

e K2O (óxido de potássio) podem ser apli-

em faixas de 30 cm ou mais, entre as li-

cadas juntamente com o P2O5 (pentóxido

nhas de plantio. Mas o professor alerta que

de fósforo) ou incorporadas à terra que irá

essas aplicações não devem coincidir com

preencher as covas de plantio. Ele salienta

os períodos de intensas chuvas ou quan-

que, neste último caso, principalmente nas

do os níveis de umidade do solo estiverem

regiões com maiores deficiências hídricas,

muito baixos.

a aplicação do adubo deverá ser mais cri-

Adubação corretiva – A adubação de

teriosa para evitar a perda de mudas por

correção ou manutenção é realizada entre

seca fisiológica causada pelo efeito salino

18 e 24 meses após o plantio, nas florestas

das fontes de nitrogênio e K2O.

de baixo crescimento. A recomendação de

Adubação de cobertura – pode ser

adubação deve ser baseada no monitora-

dividida em duas etapas. De acordo com

mento nutricional, que tem como objetivo

o professor da Esalq, para definir as épo-

identificar quais os nutrientes limitantes ao

cas de aplicação dos fertilizantes é funda-

desenvolvimento do clone.

mental considerar as fases de crescimento da floresta. O ideal seria parcelar, equita-

Monitoramento

tivamente, as adubações de cobertura, a

Com a adubação realizada é preciso

primeira parte aplicada entre 6 a 12 me-

monitorar o desenvolvimento do plantio

ses pós-plantio e a outra parte entre 12

para saber se os nutrientes aplicados foram

a 24 meses pós-plantio. “A melhor forma

adequados e se a planta conseguiu fazer a

de definir as épocas das adubações é por

absorção completa. Então, o mapa de fer-

meio do acompanhamento visual ou por

tilidade deve ser associado a um mapa de

medições dendrométricas do crescimento

produtividade. Este é realizado quando a

da floresta”, garante.

floresta tiver entre 15 e 24 meses de idade.

Ele acrescenta ainda que as aplicações

Analisando os dois em conjunto é possível


SILVICULTURA

37 B. FOREST


B. FOREST 38

SILVICULTURA

determinar se é preciso fazer uma aduba-

lenta ou controlada foram desenvolvidos.

ção corretiva e ajustar os valores dos nu-

“Existem basicamente duas tecnologias, a

trientes para os próximos plantios.

Cult e a C-Pró. Ambas são grãos com ma-

Ronaldo exemplifica, “em um talhão

cro e micronutrientes revestidos com um

foi aplicado uma determinada quantidade

polímero que faz a liberação”, explica. A

de potássio e no mapa de produtividade

diferença está na forma que o nutriente

aponta que a planta está deficiente des-

é liberado. No Cult, o processo tem iní-

se nutriente. Neste caso é preciso corrigir,

cio por meio da hidrólise, dependendo da

fazendo uma nova aplicação de potássio

quantidade de água no solo os nutrientes

e voltar no programa de adubação para

são liberados; ou por temperatura, quanto

anotar que a dose utilizada não é adequa-

maior a temperatura, maior é a liberação.

da para aquela situação de clima e mate-

Já na tecnologia C-Pró, o que determi-

rial genético.” Então, segundo ele, em um

na a liberação é a carga elétrica do solo.

próximo plantio deve ser aplicada a quan-

“Quando o solo está com poucos nutrien-

tidade de potássio atualizada. “O monito-

tes, a carga fica baixa e o adubo entra em

ramento tem a função de confirmar o que

liberação”, completa.

está certo e apontar o que está errado para

As tecnologias para aumentar a pratici-

os ajustes necessários, tanto para as flore-

dade e produtividade da adubação flores-

tas que estão sendo acompanhadas, como

tal existem, no entanto ainda são caras e

para as novas que serão plantadas”, escla-

pouco acessíveis aos produtores. A maio-

rece o diretor da RR Agroflorestal.

ria dos produtores de adubos de liberação lenta ou controlada é estrangeira e a im-

Tecnologia

portação acaba tendo custo elevado. No

Marcelo Aparecido André, consultor

entanto, é preciso calcular a viabilidade

de negócios especiais da Futuragro, con-

desse processo, porque ele simplifica as

ta que existem tecnologias que auxiliam o

adubações (de base e de cobertura) em

processo. Devido a falta de mão de obra e

apenas uma, dependendo da tecnologia

demora na operação, adubos de liberação

escolhida.


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B. FOREST 40

TRANSPORTE SILVICULTURA

Transporte econômico Fundamental na atividade florestal, o transporte de madeira é uma das operações que, se bem planejadas, podem ter o custo reduzido e a produtividade aumentada. Especialistas destacam a escolha do caminhão e implemento, capacitação do motorista e manutenções programadas como pontos a serem estudados


SILVICULTURA

41 B. FOREST

Foto: Divulgação


B. FOREST 42

P

TRANSPORTE

ara manter a produção em níveis

transportado, as condições do transpor-

competitivos, as empresas florestais

te e outros pontos da operação é possível

precisam estabelecer uma rotina na

identificar as configurações do caminhão,

qual mantenham qualidade com custos

implementos e pneus. Entre os acessórios,

operacionais reduzidos. Uma das ativida-

os fueiros são os mais utilizados neste tipo

des que influencia diretamente no valor da

de transporte. Além disto, é um dos mais

produção é o transporte de madeira. Essa

exigidos, pois devem conter a carga du-

operação, quando bem planejada, pode

rante todo o processo. “Eles são bastante

ter a maior produtividade e, consequente-

requisitados no momento de carga e des-

mente, um custo menor para atingir este

carga, uma vez que este processo é agres-

resultado. Vale lembrar que todo caminhão

sivo, devido as constantes batidas da grua”,

com implementos e acessórios utilizados

explica Ricardo Azevedo, gerente de enge-

devem estar de acordo com a Resolução

nharia de vendas da Librelato Implementos

nº 211, de 13 de novembro de 2006, rela-

Rodoviários. Com base nisto, o uso de aço

tiva à CVC (Combinações de Veículos de

de alta resistência como matéria-prima, se-

Carga).

gundo ele, é fundamental para redução de

Para que a redução ocorra, algumas

peso e aumento da resistência. A altura do

variáveis devem ser levadas em conside-

fueiro também interfere na capacidade de

ração: topografia, comprimento, umidade

carga, por esse motivo, segundo Ricardo,

e densidade da madeira, distância entre a

o implemento deve ter altura máxima de

floresta e a fábrica e as condições da es-

4,40 m, para aumentar o volume de carga

trada. Levados em conta esses aspectos,

transportado em uma mesma viagem.

para completar o planejamento é preciso

Pensando em diminuir custos, a Libre-

pensar também em todos os aspectos do

lato indica também o uso de um sistema

transporte, que podem ser dividido em três

de amarração de carga por meio de cilin-

partes: o caminhão com os implementos, a

dros pneumáticos, que mantém a carga

manutenção e o condutor.

presa por todo o trajeto sem a necessidade de paradas do veículo para aperto. Siste-

Caminhão

mas de amortecimento dos painéis frontal

Após analisar o terreno, o material a ser

e traseiro também são uma boa opção. “A


TRANSPORTE

43 B. FOREST

redução do impacto é possível graças ao

freios auxiliares, que podem proporcionar

uso de buchas de polímero ou borracha

grande redução em gastos com paradas

nos tirantes de fixação dos painéis. Desta

para manutenção e, principalmente, au-

forma, aumenta-se a vida útil dos compo-

mento da segurança. “Outro avanço são os

nentes”, acrescenta.

câmbios automatizados, gerenciados por

O gerente também destaca que o uso

uma central de comando que possibilitam

de suspensões pneumáticas, chassi rebai-

trocas de marchas aproveitando melhor o

xado, sistemas parafusados contribuem

torque ou a potência do motor. Estes, além

para a redução do custo.

de proporcionarem redução do consumo

Manoel Carvalho, professor titular da FABET (Fundação Adolpho Bósio de Educa-

de combustível, aumentam da vida útil do motor”, explica.

ção no Transporte), complementa dizendo

Josué de Araújo, gerente de engenharia

que existem tecnologias criadas justamen-

de produtos da Noma, acrescenta mais al-

te para otimizar o transporte. Ele cita os

gumas tecnologias. “Para o setor florestal,

Foto: Divulgação


B. FOREST 44

TRANSPORTE


TRANSPORTE

45 B. FOREST

se destacam as tecnologias de informa-

do Azevedo, da Librelato, afirma que uma

ção, onde podemos ressaltar sistemas de

opção, quando possível, é o uso de pneus

gerenciamento de transportes, de rastre-

single. “Porém, neste caso, deve ser obser-

amento e monitoramento de veículos, de

vado o tipo de pavimento onde o veículo

roteirização de veículos, entre outros, que

irá trafegar. Os pneus devem estar de acor-

podem otimizar recursos e reduzir riscos e

do com o tipo de terreno. Caso o produ-

custos operacionais”, complementa.

tor florestal faça o transporte em estradas

A resistência dos pneus ao solo é outro

boas, em que a maioria do trajeto seja pavi-

ponto que pode ser aperfeiçoado. Ricar-

mentado, é possível o uso de pneus single.

Foto: Divulgação / Librelato


B. FOREST 46

TRANSPORTE

Dessa forma, o atrito com o solo é reduzi-

reduzir custos, ele pode provocar quebras

do, o que gera economia de combustível e

ou causar acidentes”, alerta.

aumento da produtividade”, esclarece. Mas, para Manoel, toda a tecnologia

Condutor

existente e as ações que visam reduzir os

Já se foi o tempo em que não era ne-

custos não funcionam sem o treinamento

cessário treinamento para motoristas de

adequado para o condutor. “Se o motorista

caminhão. Para Manoel, hoje, há uma

não for capacitado pode acontecer o in-

tendência, não só entre os transportado-

verso. No lugar de melhorar a segurança e

res, mas também, e de maneira crescen-

Foto: Divulgação / Noma


TRANSPORTE

47 B. FOREST

Legislação Com o advento da tecnologia no transporte de uma maior quantidade de carga a um menor custo o CONTRAN regulamentou a utilização e fabricação de CVC (Combinações de Veículos de Carga). Sendo assim, o Código de Trânsito Brasileiro, por meio da resolução nº 211, de 13 de novembro de 2006, determina requisitos necessários à circulação de CVC. A resolução determina que as CVCs, com mais de duas unidades, incluída a unidade tratora, com peso bruto total acima de 57 toneladas ou com comprimento total acima de 19,80 m, só poderão circular portando AET (Autorização Especial de Trânsito). Essa autorização é concedida mediante a apresentação de uma série de documentos que atestam a segurança e estabilidade do veículo.

Foto: Divulgação


B. FOREST 48

TRANSPORTE

te, entre os embarcadores. Estes notaram

existem várias estratégias que podem ser

o grande prejuízo financeiro e em relação

aplicadas. “Começamos pelo treinamento

a sua imagem perante a sociedade e aos

em sala de aula, passamos para o prático

clientes. “Quando ocorre um acidente e

no caminhão, acompanhamento após o

sua marca aparece, de forma pejorativa,

treinamento, utilização de telemetria, para-

em rede nacional a empresa fica mal vista”,

metrização do trecho e até uma premiação

explica. Dessa forma, os embarcadores es-

por redução de consumo de combustível.”

tão exigindo dos transportadores práticas

Ele também ressalta que o motorista preci-

seguras e rentáveis no transporte de seus

sa estar apto a identificar e solucionar pe-

produtos. “Portanto, é necessária uma ges-

quenas questões que proporcionam bons

tão eficiente. Não só no treinamento, mas

resultados, com verificações da calibragem

uma correta avaliação na contratação, in-

correta dos pneus, alinhamento de eixos,

tegração, acompanhamento, treinamento

regulagem de válvulas do motor, elimina-

dos líderes, encarregados, gerentes e pro-

ção de vazamentos de ar, entre outros.

prietários. Sim! proprietários também, para que toda a empresa tenha a mesma linha

Manutenção

de pensamento”, salienta Manoel.

A manutenção de qualquer produto

Ele comenta que, durante sua carreira

destinado a algum tipo de trabalho opera-

como instrutor de mais de 50 mil motoris-

cional é o que garante maior estabilidade

tas, percebeu que a diferença na produtivi-

no processo, bem como, maior durabilida-

dade de uma frota com ou sem treinamen-

de do próprio produto. Neste sentido, Jo-

to da equipe é grande. “Uma boa operação

sué da Noma, alerta que as manutenções

requer habilidade, técnica e comporta-

veículo, como do implemento rodoviário

mento, são os três pilares para se atingir

para o transporte de madeira deve ter uma

bons resultados operacionais”, destaca.

atenção especial.

O professor da FABET explica que o

De maneira geral, os custos de manu-

consumo de combustível está diretamente

tenção de um caminhão que transpor-

ligado a capacitação do condutor. Quanto

ta madeira são elevados, por se tratar de

melhor preparado ele estiver, maior é sua

operação, segundo Manoel, do tipo “ban-

produtividade e menor seu gasto. Para isso,

co quente”, ou seja, que pode chegar a


TRANSPORTE

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49 B. FOREST


B. FOREST 50

TRANSPORTE

24 horas por dia. “Nesses casos, se não

com o aumento de 19% de volume por via-

houver um acompanhamento rigoroso e

gem e ganhos ambientais.

treinamento adequado, as falhas opera-

O novo modelo de carroceria para Tri-

cionais podem acontecer com frequên-

trens foi desenvolvido e patenteado pela

cia e resultar em margens de lucro cada

Fibria, a partir de uma parceria com a UFS-

vez mais estreitas, o que pode inviabilizar

Car (Universidade Federal de São Carlos).

a operação.” Também tem influência nos

Os estudos tiveram início em 2009 e foram

custos a manutenção feita de forma corre-

concluídos em outubro de 2013.

ta, programada, preventiva e preditivamen-

O diferencial do implemento está na

te, evitando-se ao máximo a corretiva não

estrutura de aço, que teve a redução

programada, que gera perdas por produti-

de 6t em sua composição e ganhou

vidade e altos custos.

mais

resistência.

Tecnicamente,

o

As opções para reduzir o valor investido

design também foi alterado. Houve o

no transporte de madeira são várias, mas

rebaixamento da altura do pescoço e foram

todas se resumem ao planejamento. Como

utilizados materiais metálicos mais leves

se pode perceber, as medidas a serem re-

na construção da carroceria. “Buscamos

alizadas devem ser organizadas desde a

otimizar a eficiência para transportar

contratação e treinamento do condutor,

mais volume sem aumentar a frota e, os

até a escolha do caminhão, implementos,

custos, além de minimizar os impactos

pneus e serviços de manutenção. Além de

ao ambiente. Dessa forma, procuramos

todos esses aspectos, para que as modi-

novas alternativas alinhadas a estudos e

ficações para redução de custos estejam

testes que resultaram na construção de

dentro das normas, devem seguir a lei da

um veículo mais leve, e com aumento

CVC.

no volume transportado de madeira por viagem”, explica Marcelo Claus, consultor

Experiência Fibria

de operações Florestais.

Após três anos de estudos e pesquisas,

Além do aumento de capacidade tam-

a Fibria desenvolveu um novo projeto de

bém houve economia de combustível, que

carroceria para caminhões Tritrens, que

resultou na diminuição de emissão de ga-

permite otimizar o transporte de madeira

ses que provocam o efeito estufa.


A ROTOBEC tem o prazer deTRANSPORTE anunciar, 51 B. FOREST que a sua GARANTIA LÍDER entre os fabricantes de ROTATORES e GARRAS FLORESTAIS, a partir de 1o de junho de 2015, será extendida para:

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B. FOREST 52

TRANSPORTE MERCADO

Análise Mercadológica Na segunda edição do boletim de Análise Mercadológica, confira indicadores macroeconômicos e o índice de preços de madeira em tora no Brasil, com dados levantados e

Foto: Divulgação

analisados pela equipe de profissionais da STCP.


MERCADO

53 B. FOREST

Indicadores Macroeconômicos • Perspectivas Econômicas: Em julho, a perspectiva para a economia brasileira em 2015 indica retração do PIB em cerca de -1,5% comparativamente à taxa de crescimento global esperada de +3,3%, segundo nova estimativa do FMI (Fundo Monetário Internacional). Analistas preveem para o final de 2015 a taxa de juros (Selic) próxima de 14,5%, a taxa de câmbio ao redor de BRL 3,22/USD e a inflação ligeiramente acima de 9,0% ao ano. • Inflação: O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apresentou variação de 0,79% em junho, maior taxa observada para o mês em 19 anos. Ainda, o IPCA acumulou +6,17% no 1º semestre e +8,89% em 12 meses, acima do limite superior de 6,5% fixado como meta de inflação pelo BCB (Banco Central do Brasil). Para o mês de julho, a perspectiva é de mais pressão sobre o IPCA, devido aos reajustes em tarifas de água, esgoto, energia elétrica, transporte e telefonia. Analistas de mercado preveem a inflação acumulada em 2015 no patamar superior a 9,0%, influenciada pela alta do dólar, aumento das tarifas administradas, habitação e alimentos. • Taxa de Juros: A taxa Selic subiu para 13,75% ao ano em junho, a taxa mais alta desde Dezembro/2008. Diante deste cenário, a previsão é de que a taxa Selic seja elevada até 16% a.a. para atender o objetivo do BCB de colocar a inflação no centro da meta de 4,5% a.a. em 2016. Desta forma, novos aumentos são esperados em 2015, o que poderá acarretar maior endividamento do Governo, menor poder de compra e desaceleração industrial. Em julho, estima-se que a taxa Selic possa atingir o patamar de 14,25% a.a. • Taxa de Câmbio: A taxa de câmbio fechou em BRL 3,10/USD em junho/2015 com teto de BRL 3,23/USD na 1ª quinzena de julho. Essa valorização do dólar no mês é devido a cada vez menor intervenção do BCB no câmbio, reduzindo os contratos de swap cambial. O Real vem enfrentando uma desvalorização desde o ano passado, causada principalmente pela crise econômica e sistema de gestão do país. A paridade BRL/USD iniciou o ano a BRL 2,69/USD, com aumento acumulado até meados de julho de 19,5%.

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MERCADO

Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)

Tora de Eucalipto:

Tora de Pinus:

Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).

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MERCADO

55 B. FOREST

Em junho, a moeda americana foi afetada principalmente pela expectativa de não pagamento da dívida da Grécia ao FMI e a crise no mercado da China.

Mercado de produtos florestais | Tendências e perspectivas • Comentários - Tora de Eucalipto: Nos últimos meses, os preços médios da tora de eucalipto tiveram aumento para todos os sortimentos. Porém, novamente, em termos reais, apenas os preços de toras para energia (biomassa) e laminação apresentaram crescimento real. Um dos fatores para tal aumento do preço da tora de biomassa foi a maior demanda por resíduos de madeira de usinas termoelétricas na região sudeste, embora se observe sobre oferta deste sortimento em regiões tradicionais produtoras de madeira para energia. O aumento dos preços para toras de laminação se deve à relativa escassez de madeira deste sortimento a partir de plantios com rotação mais longa, além disso, do aumento dos custos de produção (ex.: energia elétrica, mão de obra) e de colheita florestal. As toras finas para processo mantiveram seus preços nominais acompanhando o IPCA. Alguns produtores florestais mencionam que o preço deste sortimento se encontra estagnado devido à grande oferta de madeira em algumas regiões. Apesar de se observar aumento nos custos de produção, principalmente quanto à mão de obra e combustíveis, ainda não se notou o repasse aos preços. Para as toras de maior diâmetro, os preços médios nominais apresentaram tendência de aumento, ainda que ligeiramente abaixo do IPCA no período. A demanda por toras mais grossas de eucalipto está aquecida e a oferta continua reduzida, porém, da mesma forma que para as toras finas, muitas empresas ainda não conseguiram repassar os custos de mão de obra, combustível e energia elétrica sobre os preços, mantendo suas margens reduzidas.

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B. FOREST 56

MERCADO

“A demanda do mercado (por tora de maior diâmetro de Pinus) continuou maior do que a oferta, no mês de Junho e início de Julho / 2015, pressionando os preços...”

Foto: Divulgação


MERCADO

57 B. FOREST

Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)

Tora de Eucalipto:

Tora de Pinus:

Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).

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B. FOREST 58

MERCADO

• Comentários - Tora de Pinus: Com relação às toras de pinus, também se observa tendência de aumento nos preços nominais para todas as classes de sortimento nos últimos meses. Por sua vez, o preço da tora de processo não tem apresentado ganhos reais. Os preços reais para este sortimento têm apresentado tendência de queda sucessiva nos últimos meses. Esse comportamento nos preços deve-se principalmente à maior oferta de toras finas em algumas regiões no Sul do país. Ainda, há a perspectiva de que, com a contínua valorização do dólar, segmentos processadores de toras finas (celulose) continuem direcionando maiores volumes de suas vendas ao mercado externo, com possível pressão nos preços das toras. Por outro lado, em junho os preços médios de tora grossa, para serraria, laminação e laminação especial, apresentaram tendência de elevação nos preços nominais e de estabilidade nos valores em termos reais, o que vem sendo observado desde o início do ano. A demanda do mercado continuou em Junho e início de Julho maior do que a oferta, o que vem apresentando tendência de aumento de preço. De junho para julho confirmou-se o aumento nos custos de mão de obra, que foram repassados à colheita florestal. Porém, ainda que a moeda norte-americana esteja valorizada, a demanda do mercado europeu por produtos, tais como, compensado de pinus, apresentou queda no mês de Junho em relação à Abril e Maio. Além disso, o mercado interno se encontra com baixa demanda destes produtos (compensado de pinus) devido à grande crise da construção civil, que, segundo especialistas do setor, só deve se recuperar a partir de 2017. Já a atividade nos EUA retomou nos últimos meses ao patamar de Novembro de 2007, antes da crise global de 2008 provocada pela bolha imobiliária norte-americana, com perspectiva de um ano forte para a construção residencial.

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TRÊS LAGOAS FLORESTAL

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MOMENTO EMPRESARIAL

Scorpion: União perfeita entre força e design Novo conceito, design, inovação e qualidade. Estas palavras representam a essência do

Foto: Divulgação / Ponsse

novo Harvester da Ponsse, o Scorpion, que acaba de desembarcar no Brasil.


MOMENTO EMPRESARIAL

61 B. FOREST

O mercado florestal brasileiro, a cada ano, se adapta na utilização dos Harvesters para a colheita de madeira. Muitos modelos estão disponíveis, mas poucos apresentam características que proporcionam produtividade com foco no conforto do operador. O Scorpion, novo modelo da Ponsse, que acabou de chegar ao Brasil tem esse conceito na sua essência. Novo design, fácil dirigibilidade, grande visibilidade, estabilidade, potência e alta produtividade são as principais características da máquina. Apresentada pela primeira vez em 2013, durante a feira Elmia Wood, na Suécia, a primeira unidade da América Latina acabou de desembarcar no Brasil. Nos próximos meses ela fará um tour nas principais regiões florestais do país para que os profissionais florestais possam conhecer de perto todas as características da máquina. O Scorpion nasceu do último desejo do fundador da Ponsse - Einari Vidgrén -, que sonhava com uma cabine que proporcionasse uma visibilidade imbatível quando comparada a qualquer outra já desenvolvida. Einari almejava oferecer ao mercado um equipamento que fosse além dos já oferecidos, mas que mantivesse a tradição de qualidade e inovação dos produtos Ponsse.

Foto: Divulgação / Ponsse


B. FOREST 62

TRÊS LAGOAS FLORESTAL


TRÊS LAGOAS FLORESTAL

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NOTAS

Ato deplorável Infelizmente, o setor florestal presenciou mais uma ação condenável do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). No dia 06 de julho, um grupo invadiu e destruiu uma plantação de pinus de 9 mil hectares e aproximadamente 4 anos da Araupel, em Quedas do Iguaçu (PR). Segundo a polícia, a invasão ocorreu em um local conhecido como Projeto Quatro. Em julho de 2014, a mesma área, que se estende por Rio Bonito, já tinha sido ocupada. Em maio, a 1ª Vara Federal de Cascavel (PR) declarou nulo o título de propriedade da Fazenda Rio das Cobras, em Quedas do Iguaçu e Rio Bonito do Iguaçu, concluindo que a área pertence à União. O impasse continua na justiça. De acordo com cálculos realizados pela Araupel, a empresa já soma mais de R$ 9 milhões em prejuízos com invasões sem terra. Foto: Divulgação


TRANSPORTE

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NOTAS

Relatório Ibá 2015 A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) lançou no final de junho o novo relatório, ano base 2014, com os principais indicadores setoriais. Nele, a entidade publicou informações dos diversos segmentos da cadeia produtiva de florestas plantadas: painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, carvão vegetal, florestas energéticas e biomassa. O material apresenta os principais desafios do setor e as contribuições socioambientais da indústria de árvores plantadas. Para fazer o download da publicação, Clique aqui

Grua Cranab TZ12 Durante a Skogsnolia 2015, que aconteceu no mês passado, na Suécia, a Cranab apresentou ao mercado, a grua TZ 12. O modelo, que ainda é um protótipo, tem capacidade de 12 toneladas e será inicialmente disponibilizado em dois alcances: 9,3 e 10,5 metros. Após passar por testes, uma versão final será desenvolvida e o lançamento está previsto para 2016. O plano da Cranab é desenvolver as séries L e Z de gruas para caminhões. A princípio, a grua TZ12 não estará disponível para o mercado brasileiro. A Cranab tem mais de 50 anos de experiência na produção de gruas. Na década de 90, começou a desenvolver gruas para Harvesters e Forwarders e, recentemente, ampliou sua gama para operações florestais com os implementos para caminhões. Mais informações: www.cranab.se Foto: Divulgação / Cranab


NOTAS

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NOTAS

Forwarder Sampo FR28 O novo Forwarder FR28 da Sampo, construído para complementar a linha de colheita da marca, foi projetado especificamente para operações de desbaste. Ele tem um centro de gravidade baixo e bons ângulos de direção, permitindo que seja manobrável em árvores em pé. A empresa deu atenção especial para a cabine. A parte inferior do guindaste é estreita, permitindo uma visão desobstruída do carregamento. Além disso, devido à baixa rotação do motor, do tipo de sistema hidráulico utilizado e do isolamento de ruído, a cabine é silenciosa. Segundo a fabricante, a maioria da madeira transportada por esse equipamento será em toras curtas para celulose. No entanto, o espaço de carga também permite o transporte de toras mais longas, com a cabeceira hidráulica permitindo a área de ajuste entre 3,8 e 4,4 m.

Foto: Divulgação / Sampo


NOTAS

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Tradição em Inovação O mês de julho ficará na história da Minusa e da Logset no Brasil, afinal a representante da marca finlandesa apresentou para mais de 150 profissionais o Forwarder 8F GT, que acaba de chegar ao Brasil, e os cabeçotes TH 65 e TH 45.

O Dia de Campo, acompanhado pela equipe da Revista B.Forest, aconteceu em Lages (SC), na Fazenda Zapellini com o apoio da ACR (Associação Catarinense das Empresas Florestais). “Nosso principal objetivo com o Dia de Campo era reunir as grandes empresas do segmento na região sul do país e apresentar para os seus representantes todas as soluções da Minusa para o mercado florestal”, contou Giuseppe Rosa, coordenador comercial da Minusa. Os participantes puderam acompanhar o Forwarder 8F GT realizando o baldeio da madeira e o cabeçote TH 65, acoplado a máquina base Volvo, em operação de


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NOTAS

desbaste seletivo e corte raso de pinus. “Com o Forwarder em operação os presentes puderam conhecer todos os diferenciais da máquina que agora está disponível ao mercado brasileiro e também verificar a eficiência e precisão do cabeçote”, destacou Giuseppe. O simulador da Logset, que auxilia na capacitação de operadores de Forwarders e Harvesters sobre rodas e esteiras fizeram parte das atrações do Dia de Campo. “Também fizemos questão de apresentar os Programas Sua Máquina Não Para e o Monitoramento SGM, além do Treinamento On the Job, serviços exclusivos da Minusa”, finalizou o coordenador comercial da empresa. Mais informações: www.minusa.com.br

Foto: Malinovski Florestal

Foto: Malinovski Florestal

Foto: Malinovski Florestal


FOTOS

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Vテ好EOS

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AGENDA

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2015

SET

07

SETEMBRO XIV Congresso Florestal Mundial Quando: 07 a 11 de Setembro de 2015 Onde: Durban (África do Sul). Informações: www.fao.org/forestry/wfc

2015

OUT

04

OUTUBRO 48th International Symposium on Forestry Mechanization Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Linz (Áustria). Informações: www.formec.org

2015

OUT

OUTUBRO Austrofoma

06

Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Hochficht (Áustria). Informações: www.austrofoma.at

2015

OUT

06 2015

OUT

22

OUTUBRO V Congresso Florestal Paranaense Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.apreflorestas.com.br

OUTUBRO 5° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Gestão de Manutenção de Máquinas Florestais Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br


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NOV

AGENDA

NOVEMBRO Expocorma 2015

06 2016

MAR

09

Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015 Onde: Concepción (Chile). Informações: www.expocorma.cl

MARÇO Lignum Brasil e 2° Expomadeira & Construção. Feiras do Setor Madeireiro. Quando: 09 a 11 de Março de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.lignumbrasil.com.br


AGENDA

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