Nosso caminho foi longo, e temos muito orgulho de cada passo dado. Principalmente por contarmos com clientes tão importantes, ao nosso lado, em toda essa trajetória. Hoje, os resultados falam por nós: somos uma grande rede florestal, com especialistas capacitados em todo o país. Ou seja, estamos preparados para continuar com a sua parceria, nessa caminhada, por muitos e muitos anos.
JOHN DEERE FLORESTAL
COM UM PÉ NA FLORESTA E OUTRO, NO FUTURO.
4 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 5
QUE VENHA 2017! O ano de 2016 foi marcado por instabilidade política, crise econômica e uma perda generalizada de confiança de investidores locais e estrangeiros no mercado brasileiro. Apesar dos sinais de tempos melhores no horizonte, a indústria nacional ainda deve sentir os efeitos deste ano conturbado nos meses vindouros. O setor florestal, mais resistente à crise do que muitos outros segmentos, também precisa extrair lições das adversidades nacionais para seguir prosperando no futuro. Uma das possibilidades para este futuro é o projeto de lei que visa à alteração das normas vigentes em relação à compra de terras agrícolas e florestais brasileiras por estrangeiros. Caso aprovado, poderá resultar na liberação de mais de US$ 40 bilhões apenas de empresas norte-americanas, em novos investimentos no país. Igualmente importante é conhecer os melhores métodos e novas tendências e tecnologias para operações vitais para o progresso do setor, como destoca, realinhamento e manejo de viveiros florestais. Saiba mais sobre estes e outros temas nas reportagens desta edição. Ainda, o entrevistado de dezembro é o diretor florestal da Fibria, Caio Zanardo, que fala sobre os diferenciais da companhia e as expectativas para o próximo ano. Saudações florestais!
6 ENTREVISTA EDITORIAL . . B.B.FOREST FOREST
Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Editora: Giovana Massetto Estagiário de Jornalismo: Luciano Simão Designer Responsável: Bernardo Beghetto Financeiro: Ana Cláudia Brudnicki Revisão Técnica: Gustavo Castro
Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior, Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain, Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal Edição 27 - Ano 03 - N° 12 - Dezembro 2016 Foto de Capa: Gustavo Castro / Malinovski. Malinovski +55 (41) 3049-7888 Rua Prefeito Angelo Lopes, 1860 - Hugo Lange - Curitiba (PR) – CEP:80040-252 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br
© 2016 Malinovski. Todos os Direitos Reservados.
B. FOREST B. FOREST . . ENTREVISTA EDITORIAL 7
8 ENTREVISTA . B. FOREST
Crédito: Divulgação B. FOREST
. ENTREVISTA 9
Profissional Promissor Caio Zanardo Diretor Florestal da Fibria
U
m jovem engenheiro florestal tem
minado este projeto fui para Três Lagoas
em suas mãos a responsabilidade
(MS) coordenar o projeto de expansão sil-
de uma das maiores empresas de
vicultural da empresa. Foi nesse momen-
base florestal do país. Como princípio para
to que comecei a ter mais contato com
a gestão, ele aposta na relação com as pes-
os fornecedores, mercados externos. Na
soas e na inovação constante da compa-
sequência, tive a oportunidade de fazer o
nhia. Este é Caio Zanardo, diretor florestal
projeto florestal para Horizonte 1, que foi
da Fibria. Em entrevista a Revista B.Forest ele
focado na inovação. Foi graças a ele que
falou sobre seus objetivos profissionais, da
conseguimos criar com toda a equipe o
empresa e também da aplicação da tecno-
princípio da inovação que é aplicado em
logia as operações da Fibria.
toda a empresa. Agora em 2016, assumi a diretoria florestal da empresa.
Como se deu seu envolvimento com o setor florestal?
Seu crescimento dentro da Fibria ocor-
Me formei em engenharia florestal em
reu rapidamente, quais características
2003 e em 2004 comecei a trabalhar na
pessoais acredita que te colocaram nesta
Votorantim Celulose e Papel, depois de
posição?
ter passado pelo trainee, iniciei na ativida-
Sempre tive a preocupação em respei-
de de controle de qualidade e manejo de
tar as pessoas. Acredito que o relaciona-
plantas infestantes. Depois disto, ingres-
mento com elas e com as que estão há
sei na Fibria e fui para o campo, sendo
mais tempo na empresa é essencial, assim
responsável pelo material e me tornando
como questioná-las e entender como elas
gerente de silvicultura e operações. Ter-
trabalham. Só assim é possível encontrar
10 ENTREVISTA . B. FOREST
“Já queremos estar operando com Horizonte 2 no início do quarto trimestre em 2017”
B. FOREST
. ENTREVISTA 11
um ponto comum entre elas e suas as re-
produzindo diariamente. Acredito que o
lações. Busco sempre também pelo que as
mais importante neste processo seja ga-
difere é isso que leva as discussões agre-
rantir que todos estejam engajados nos
gadoras. Procuro conhecer as unidades e
projetos, alinhados com os valores da Fi-
entender as suas culturas, assim é possí-
bria, que haja bom relacionamento entre
vel ajudá-las a evoluir criando pensamen-
as pessoas, que possamos desenvolver
to crítico. Também me informo tecnica-
lideranças. Assim teremos um ambiente
mente sobre as atividades e projetos. Mas
motivador e inovador.
entendo que enxergar a interdependência de todos é fundamental.
A Fibria é a empresa brasileira com maior área de floresta plantada do país.
Como você se prepara fora do traba-
Como você vê a competitividade da Fibria
lho para aguentar a pressão do cargo que
frente as outras empresas florestais brasi-
ocupa?
leiras?
Acho muito importante ter amigos fora
Acredito que a empresa esteja realmen-
do trabalho e acredito na instituição fa-
te bem posicionada. Temos um histórico
miliar. Tenho uma família incrível que me
de inovação, pesquisas, estudos e aplica-
ajudou a chegar onde estou. Sempre pro-
mos as informações adquiridas à tecno-
curei praticar esportes. Além disso, é mui-
logia na prática das operações de forma
to importante se conhecer para agir com
persistente. O monitoramento delas alia-
racionalidade.
do a diversos projetos de longo e médio prazo tem trazido muitas oportunidades
Quais são os desafios frente a diretoria da Fibria?
para a Fibria. Esta realidade nos coloca na vanguarda das empresas florestais.
Temos que produzir florestas para manter nossa produtividade. A Fibria irá plantar cerca de 140 mil hectares apenas
Como você vê a competitividade do setor florestal frente aos outros países?
em 2017, temos uma equipe muito com-
O Brasil segue tendo alto poder de
petente cuidando de todas as operações
produtividade em relação aos outros paí-
necessárias, temos uma fábrica robusta
ses mesmo com as dificuldades econômi-
12 ENTREVISTA . B. FOREST
cas e políticas vividas. Mas temos solidez
de cavaco, melhoramos nossas atividades
na questão democrática, por isto, acredi-
no campo, a integração com a indústria
to que temos condições no futuro de au-
melhorou muito. Então apesar de todas as
mentar nossas áreas plantadas aumentan-
complexidades que o país tem vivido o ano
do assim a produção nacional.
foi bom. Para 2017, a Fibria acredita que deve manter seus alinhamentos internos e
Qual a sua avaliação sobre o setor flo-
acompanhar de perto as questões políticas.
restal em 2016? Para a Fibria 2016 foi muito bom devido ao projeto de expansão em Três Lagoas e
Qual é a previsão para o término das obras do Projeto Horizonte 2?
apesar de termos tomado essa decisão no
O projeto está em todo o vapor, máqui-
ano passado ela foi mantida. Para a área flo-
nas e equipamentos já estão sendo des-
restal o ano foi de muito trabalho para dar-
pachados para o Brasil. O trabalho da área
mos apoio ao Projeto Horizonte 2. Já ba-
florestal já começou, parte das máquinas
temos as metas do ano acordadas, a área
chegam no início do próximo ano, já temos
florestal também está em linha com o cro-
operadores sendo treinados, oficinas mó-
nograma, na Unidade Aracruz, mesmo com
veis sendo posicionadas e já vamos come-
todo a seca que tivemos no estado. Nossas
çar a entrar em uma linha de produção. Já
operações de colheita acontecendo, tive-
queremos estar operando com a fábrica no
mos aplicação de tecnologia na produção
início do quarto trimestre.
“A aplicação da pesquisa e da tecnologia aos projetos de médio e longo prazo coloca a Fibria na vanguarda das empresas florestais.”
B. FOREST
. ENTREVISTA 13
O Berço das Florestas
U
ma boa muda é o primeiro ingrediente para o sucesso dos plantios florestais. Para que as florestas tenham alta produtividade e qualidade, é preciso um controle cuidadoso do
material genético desde o início da produção, assim como uma gestão de viveiros consciente dos principais desafios atuais, das exigências do setor em relação à qualidade das mudas, e das
Crédito: Divulgação / Malinovski
novas tecnologias de mecanização que ainda despontam no mercado.
14 VIVEIROS CERTIFICAÇÃO . B. FOREST . B. FOREST
B. FOREST B. FOREST . CERTIFICAÇÃO . VIVEIROS 15
O
s viveiros florestais são o berço de
de celulose por metro cúbico. Para serra-
todo e qualquer empreendimento no
ria, é preciso que o material clonal tenha
setor, do menor produtor às grandes em-
um certo rendimento em volume, que não
presas que representam o segmento no
tenha rachamentos, etc.”, diz o engenheiro
mercado internacional. Seja para a produ-
florestal Cleiton Carlos Brugnera, da Tec-
ção de papel e celulose, de madeira para
noplanta.
serrarias ou outros produtos derivados, é
“Quando se fala de qualidade de mudas,
nas mudas que toda atividade florestal tem
o mercado quer sempre uma muda na
seu início, e por este motivo é crucial que
idade certa, com ótimo aspecto de vigor e
os viveiros operem com alta eficiência, pro-
fitossanidade, e com raízes bem agregadas
dutividade e principalmente qualidade.
e ativas. Para garantir esta qualidade, a Eucapinus procura sempre trabalhar com
de acordo com a finalidade do material
a produção sob encomenda, o que nos
plantado. “O material para clonagem para
dá fluxo e permite a produção de mudas
a indústria de papel e celulose exige menor
dentro da idade aceitável”, explica Francisco
quantidade de lignina e maior quantidade
Seidl Jr., da Eucapinus Mudas Florestais.
Crédito: Divulgação / Malinovski
O conceito de qualidade varia, é claro,
16 VIVEIROS . B. FOREST
B. FOREST . EVENTO 17
Contudo, apesar da articulação entre os
Produtividade e tecnologia
produtores de mudas florestais e o mer-
Apesar da realidade ainda distante da
cado, a tecnologia ainda é um fator limi-
mecanização dos viveiros, as grandes em-
tante para o desenvolvimento dos vivei-
presas produtoras de mudas florestais uti-
ros no país. “A tecnologia que é utilizada
lizam outras tecnologias para obter índices
atualmente ainda é muito similar entre os
de produtividade expressivos no Brasil. Na
viveiros. Grande parte da atividade é feita
Tecnoplanta, os viveiros são compostos por
manualmente. A mão de obra ainda é res-
mini-jardins clonais, com a utilização de can-
ponsável por aproximadamente 70% do
teiros suspensos para facilitar o manejo. A
custo da muda. O processo continua muito
mão de obra é composta 70% de mulheres,
manual, e por isso o principal desafio dos
que atuam na coleta dos brotos e no plan-
viveiros florestais hoje é a mecanização”,
tio, enquanto profissionais masculinos são
analisa Ana Gabriela Bassa, diretora da Ar-
empregados no transporte das mudas e no
borGen Tecnologia Florestal.
manejo da seleção. O viveiro opera também
É certo que o trabalho manual ainda
com um circuito fechado de água, com ca-
envolve muitos erros, e que a mecaniza-
pacidade de tratar 30 litros por segundo na
ção é chave para que o setor se torne mais
estação de tratamento, o que permite que o
competitivo, seja em termos de custo ou
circuito permaneça fechado por até 60 dias.
de qualidade. “De maneira geral, as tec-
“Nosso viveiro opera desde 1991 e há mais de
nologias utilizadas em viveiros hoje ainda
15 anos implementamos a tecnologia susten-
são praticamente as mesmas de 1990. O
tável Ellepot, de tecido biodegradável à base
problema é que ainda não há tecnologia
de celulose, para substituir os tubetes. Ao re-
customizada para a produção de mudas.
alizar o plantio com Ellepot, as raízes clonais,
O que tem sido feito com frequência é a
que são adventícias e não pivotantes, já se
adaptação da mecanização de outros se-
desenvolve disposta e melhor posicionada
tores como, por exemplo, do setor de flo-
para a absorção de nutrientes onde são co-
res para o setor de mudas florestais, mas os
locados, resultando em um desenvolvimento
trabalhos ainda estão em uma fase muito
superior”, detalha Brugnera, da Tecnoplanta.
inicial,” diz Edimar Scarpinati, gerente de operações da ArborGen. 18 VIVEIROS . B. FOREST
Com foco na sustentabilidade, o viveiro Montes del Plata conta com tecnologia
Crédito: Divulgação / Malinovski
100% Ellepot para a produção de 20 milhões
desenvolvimento e a produtividade em duas
de mudas por ano. Em termos de eficiência
etapas chaves do processo em nossas condi-
energética e uso do recurso água, conta com
ções ambientais: enraizamento/germinação
um sistema de recuperação do excedente de
e jardim clonal”, detalha Alvaro Alonso, chefe
água de irrigação e tratamento com ozônio
de viveiros da Montes del Plata. A companhia
com recirculação do recurso. Desta forma,
produz atualmente 30 milhões de mudas por
também evitam a liberação de resíduos de
ano (20 milhões em viveiro próprio e o res-
sais fertilizantes ou agroquímicos na bacia hi-
tante em cinco viveiros contratados). As es-
drográfica.
pécies plantadas são E. dunii (85%), E. ben-
“O manejo da irrigação, fertirrigação, ca-
thamii (5%) e híbridos (10%).
lefação e controle climático se encontra inte-
Apesar das vantagens do Ellepot, a tec-
grado em sistema de controladores Netafim,
nologia nem sempre é rentável, e também
o que permite grande precisão no manejo
apresenta desvantagens. “A utilização do El-
e registro das principais variáveis produtivas.
lepot reduziu muito pouco a mão de obra,
O sistema de calefação permite modular o
na verdade, e há ainda um desafio no próprio B. FOREST . VIVEIROS 19
20 EVENTO . B. FOREST
em garantir que a muda saia no prazo pla-
e então ocorre a oxidação e aquela parte da
nejado ao próprio material genético utilizado.
raiz morre, dificultando o pegamento poste-
Quando o assunto é a genética, a seleção de
rior da muda”, relata a diretora da ArborGen.
um clone de desempenho superior na fase
Por sua vez, a Eucapinus adota um sistema de produção similar aos demais viveiros, após
de pesquisa não é garantia de que os índices serão mantidos em escala operacional.
uma experiência com Ellepot que acabou
Para Francisco Seidl Jr., os desafios va-
elevando demais os custos para o mercado
riam conforme a localização dos viveiros. “A
consumidor. “Ao todo, produzimos hoje 40
questão preço é a principal, pois não esta-
milhões de mudas ao ano, sendo 75% euca-
mos conseguindo repassar integralmente os
lipto e 25% pinus. A maior demanda existente
aumentos dos custos. A política de aumento
atualmente é por clones de E. urograndis”, diz
real sobre o salário mínimo nos afeta direta-
Francisco Seidl Jr.
mente, pois nosso produto carrega 65% de mão de obra. Existe ainda muita oferta de
Desafios
mudas no mercado: todos os viveiros hoje
Os desafios na gestão de viveiros flores-
produzem basicamente para o setor de ce-
tais são diversos, das possíveis dificuldades
lulose, fazendo com que o excesso de oferta
B. FOREST . VIVEIROS 21
Crédito: Divulgação / Malinovski
material, porque pode ser perfurado pela raiz,
dução”, ressalta.
Na unidade de Mato Grosso do Sul, o alto ín-
Outro fator preocupante destacado por
dice de absenteísmo é um fator que enca-
Seidl Jr. é a dimensão dos viveiros e sua ex-
rece o produto, mesmo a empresa pagando
posição às intempéries, pois não é possível
um plus por prêmio assiduidade”, frisa.
manter a produção sob uma cobertura pro-
Scarpinati, gerente de operações da Ar-
tetiva o tempo todo e também não há linhas
borGen, corrobora essa preocupação com
de seguros como no crédito agrícola que
a mão de obra. “Ela ainda exige muito trei-
possam cobrir possíveis estragos com tem-
namento. É preciso cerca de dois anos para
pestades.
se ter uma equipe no ápice da produção. A
Quando o tema é desafios, a diretora da
rotatividade de pessoas nos viveiros é mui-
ArborGen volta a enfatizar a importância da
to grande, aumentando os custos de produ-
mecanização. “Qualquer atividade dentro do
ção. O que estamos vivendo no momento é
viveiro que possa ser mecanizada represen-
um choque de gestão, onde os custos estão
taria um grande avanço, seria toda uma rup-
elevados e as margens de lucros estão mui-
tura tecnológica, resultando em redução de
to apertadas, e aí realmente quem não tem
custos e maior eficiência nos processos.”
uma boa gestão está passando por uma difi-
Resta saber se o setor será capaz de as-
culdade muito grande. Os custos de produ-
similar novas tecnologias de forma viável e
ção hoje são altos e estão muito próximos
produtiva, ou se continuarão vantajosos os
daquilo que o mercado paga, então é preciso
métodos de manejo atuais ainda amplamen-
melhor gestão para um menor custo de pro-
te utilizados nos viveiros brasileiros.
22 VIVEIROS . B. FOREST
Crédito: Divulgação / Malinovski
não permita a valorização ideal do produto.
B. FOREST . LOGÍSTICA 23
Eficiência e Precisão
N
ão é segredo que as florestas plantadas são empreendimentos que demandam altíssima precisão em todas as suas operações para que se mantenham os índices produtivos. As
operações de realinhamento e possível destoca dos plantios não fogem a esta regra.
24 SILVICULTURA CERTIFICAÇÃO .. B. B.FOREST FOREST
Crédito: Divulgação / John Deere B.B.FOREST FOREST . . CERTIFICAÇÃO SILVICULTURA 25
O
alto nível de eficiência e precisão
os tocos para posterior preparo do solo.
envolvidos nas operações florestais são
Neste caso, o processo torna-se mais
fatores responsáveis pelo bom desempenho
oneroso e causa maiores distúrbios no
dos empreendimentos florestais. Entre as
solo. Empresas florestais evitam ao máximo
operações silviculturais que prometem
retirar os tocos, em função das respectivas
auxiliar no rendimento dos plantios está
desvantagens citadas. No entanto, algumas
a operação de realinhamento do plantio.
instituições vislumbram a retirada de tocos
Vista ainda por parte das empresas como
para aproveitamento dos mesmos para
um custo, ela é responsável por organizar
geração de energia, fato que exige uma
os talhões florestais a cada novo ciclo de
análise técnica e econômica criteriosa para
plantio quando é necessário: alterar largura
tomada de tal decisão”, explica o professor
das entre linhas para possibilitar processos
de
mecanizados; aumentar o espaçamento
Malinovski.
silvicultura
da
UFPR,
Dr.
Ricardo
entre as mudas em função de distúrbios
O realinhamento feito sem a retirada dos
fisiológicos ocorridos por déficit hídrico, por
tocos é o mais comum, e atualmente está
exemplo; substituir os materiais genéticos
sendo realizado em grandes empresas que
que necessitem diferentes espaçamentos;
já possuem vários ciclos produtivos. Para
ou buscar por maior homogeneidade do
que seja realizado de forma eficaz, é preciso
plantio visando ganhos de produtividade.
conhecer as tecnologias que permitem
Sabe-se que a decisão de realizar o realinhamento é estratégica e um tanto
realizar esta operação, garantindo precisão no paralelismo.
complexa para ser executada, visto que
De acordo com o engenheiro Rodrigo
geralmente a operação ocorre em talhões
Pellegrini Tamani, gerente executivo de
que já passaram por diversos ciclos de
contas estratégicas da Geo Agri Tecnologia
plantio, ou seja, há uma grande quantidade
Agrícola, o paralelismo em plantios é
de tocos e isso exige a utilização de
fundamental para qualquer cultura, e não
equipamentos
linhas
é diferente para as florestas plantadas.
podem ser seguidas basicamente para
“Os benefícios de um realinhamento bem
executar tal operação, ou prepara-se o
realizado incluem o aumento do número
solo sem retirar os tocos, ou retiram-se
de árvores por hectare, melhor qualidade
robustos.
“Duas
26 SILVICULTURA . B. FOREST
Proteção garantida e produtividade assegurada desde o plantio.
Evidence® 700WG é eficiente no controle de cupins e vespa da galha em eucalipto. O produto apresenta excelente efeito residual protegendo as mudas destas pragas que causam grandes prejuízos a Silvicultura.
Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. Uso exclusivamente agrícola.
B. FOREST . TREINAMENTOS 27
www.saudeambiental.bayer.com.br
Crédito: Divulgação / Malinovski
nas operações de trato e aumento da
e um maior número de plantas por hectare
produtividade, pois garante a distância ideal
(aproximadamente de 8% a 12%)”, detalha.
entre as plantas”, diz Tamani. Lindenberg
R.
A
de
realinhamento
na
do
empresa é realizada no preparo do solo,
florestal
utilizando o conjunto de preparo de
da Suzano Papel e Celulose detalha os
solo especializado (trator de esteiras +
benefícios econômicos para a silvicultura
subsolador Eco Til e V-shear Savannah),
provenientes
na
que permite o reset de áreas de reforma
companhia. “Tivemos um ganho de área
acima do terceiro ciclo, e piloto automático
útil (de 0,5% a 2%), redução no custo do
(solução desenvolvida para TE na Suzano
processo de preparo de solo (de 25% a 30%)
em parceria com a Geo Agri) com Sistema
desenvolvimento
do
Perpétuo,
operação
operacional
realinhamento
28 SILVICULTURA . B. FOREST
Crédito: Divulgação / Malinovski B. B. FOREST FOREST. .TREINAMENTOS SILVICULTURA 29
de
Georreferenciamento
de
Linhas
niente das florestas plantadas em todas
Trimble/Geo Agri. A recomendação de
as regiões do país está desestimulando a
espaçamento entre linhas é definida pela
continuação de parcerias de fomento e ar-
área de tecnologia florestal de acordo com
rendamento para o plantio florestal. Este
o pacote tecnológico anual. “O processo de
cenário, talvez momentâneo, resulta em
definição das linhas é iniciado via equipe de
reflexões do produtor em manter ou não
geoprocessamento e leva em consideração
seu plantio. “Observa-se que muitas pro-
o espaço recomendado para cada Unidade
priedades com aptidão agrícola e que hoje
de Produção, o que (pensando no processo
possuem florestal, estão sendo transfor-
florestal como um todo) permite maior
madas para receber culturas, como cana-
assertividade no alinhamento”, esclarece.
-de-açúcar e soja, por exemplo. Diante disso, a opção da destoca é pertinente e surge como uma necessidade para estes produ-
A baixa valorização da madeira prove-
tores possam regularizar suas proprieda-
Crédito: Divulgação / Malinovski
Destoca
30 SILVICULTURA . B. FOREST
Crédito: Divulgação / Malinovski
des”, explica o professor da UFPR.
agrícola para matar o toco”, analisa.
Por outro lado, de acordo com Luiz Fer-
Até pouco tempo atrás, o toco perma-
nando Bona, corporativo florestal da Pesa
necia nas áreas porque não havia máqui-
dealer da Caterpillar no Sul do Brasil, a ati-
nas ou meios que permitissem um apro-
vidade de destoca pode trazer vantagens
veitamento economicamente viável destes
econômicas e também benefícios para a
materiais. “Além disto, havia uma grande
silvicultura. “Após sua realização, é como
quantidade de áreas disponíveis para uso
se novos plantios fossem realizados em um
a custos muito baixos. Hoje, a realidade é
solo novo, totalmente limpo, no qual tam-
diferente, o valor das áreas aumentou, re-
bém é possível conduzir o plantio meca-
sultando em menos áreas disponíveis. Com
nizado. Há também a vantagem da elimi-
a elevação dos custos operacionais, é pre-
nação da mato-competição e do problema
ciso aproveitar o máximo da área”, aponta
da rebrota em plantios de eucalipto, elimi-
Dyme Roder, diretor de negócios da Roder
nando a necessidade do uso de defensivo
do Brasil. B. FOREST . SILVICULTURA 31
Desafios
como áreas muito declivosas”, detalha
Hoje, os destocadores disponíveis no
Bona, da Pesa.
mercado permitem operações eficientes. Acoplados estes
às
escavadeiras
equipamentos
são
adaptadas, capazes
Ao realizar a destoca pontual com destocador ocorre a quebra da estrutura do
de
solo, reduzindo-se assim a compactação.
realizar a arrancada total do toco, retirando
Na hora de recondução do plantio, resta
o sistema radicial do solo por inteiro, e
a matéria orgânica circundante o que
estão disponíveis em diferentes modelos,
pode beneficiar a fertilidade do solo. Além
adaptados ao tamanho da floresta - ou
disto, analisa-se também os benefícios do
seja, ao diâmetro dos tocos que podem ser
aproveitamento dos tocos como biomassa,
removidos.
que tem muita resina e um poder calorífico
“Nosso destocador pode ser utilizado
elevado. O aproveitamento da biomassa,
tanto em uma escavadeira de 20 toneladas
contudo, ainda é dificultado devido ao
quanto
uma
seu baixo valor e alto custo do transporte,
produtividade média de três a quatro tocos
o que impede em partes a difusão da
por minuto em plantios de eucalipto. Seu
tecnologia. Caso o uso da biomassa se torne
uso só é limitado aos terrenos onde a
competitivo no futuro, os destocadores
própria escavadeira não consegue operar,
deverão se tornar ainda mais viáveis.
36,
e
conseguimos
Crédito: Divulgação / Roder
de
32 SILVICULTURA . B. FOREST
ESPÍRITO PONSSE Quando mencionamos o Espírito Ponsse, estamos falando da alma e do coração que bate dentro de cada pessoa que pertence à família Ponsse. Não é difícil de compreender o amor e a dedicação que nasce no momento que começamos a viver nesta filosofia. É algo contagiante e que permanece vivo dentro daqueles que realmente nos conhecem. Ter o Espírito Ponsse dentro de nós significa nunca desistir, é estar sempre de bom humor, valorizar os amigos, manter o velho e bom senso esportivo vivo (pois afinal a vida é uma só). É assumir responsabilidades no momento certo, e ser capaz de decidir quando é preciso. É ter humildade em todos os momentos da vida, pois somos todos iguais. É ser empreendedor e saber sonhar alto, valorizando quem está trabalhando ao seu lado. Mas acima de tudo o Espírito Ponsse é saber reconhecer o valor de um verdadeiro companheiro, aquele que te ajuda a conquistar o que você sempre desejou, e juntos enfim buscar o sucesso.
Time da Ponsse Brasi l comemorando o suc esso do trabalho durante a Exp oforest 2014.
B. FOREST . MERCADO 33
PONSSE BRAZIL - R: Joaquim Nabuco, 115 – Vila Nancy – Mogi das Cruzes/ SP – CEP: 08735-120 Tel: (11) 4795-4600 • www.ponsse.com/pt • www.facebook.com/ponssebrasil
Crédito: Divulgação 34 MERCADO . B. FOREST
Terras em Questão
A
aquisição de terras agrícolas em território brasileiro por investidores estrangeiros é um tema polêmico, marcado por intenso debate jurídico e político a nível
nacional e estadual. Caso seja aprovado o projeto que altera as normas atuais, estimase que seriam destravados investimentos expressivos em áreas agrícolas e florestais no Brasil, calculados em US$ 40-50 bilhões em reunião bilateral entre o governo brasileiro e dos EUA. Tal alteração poderá resultar em grandes transformações para todo o setor florestal.
B. FOREST . MERCADO 35
A
polêmica da aquisição de terras
era prioridade, e que os investimentos conti-
agrícolas por investidores ou em-
nuariam independentemente das restrições.
presas controladas por estrangei-
Porém, a atual crise da economia brasileira
ros é possivelmente um dos mais debatidos
faz com que o País necessite com urgência
temas do setor florestal brasileiro, marcado
de investimentos para voltar a crescer, prin-
por intenso debate jurídico e político a nível
cipalmente estrangeiros, o que dá à aprova-
estadual e nacional, e que voltou à pauta do
ção do tema o caráter de urgência”, frisa Eli-
Congresso após Michel Temer assumir inte-
zabeth Carvalhaes, presidente executiva da
rinamente a Presidência ainda em maio.
Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). O deputado federal Newton Cardoso
trangeiras está congelada no Brasil há mais
Jr. (PMDB/MG), presidente da Frente Parla-
de seis anos, impedindo a ampliação pro-
mentar de Silvicultura na Câmara, é o atual
dutiva do País. Em 2010 e 2011, a economia
responsável pelo Projeto de Lei que visa à
brasileira estava bem, com crescimento do
alteração das leis atuais, que praticamente
PIB e recordes nos níveis de emprego. Este
proíbem que qualquer sociedade estrangei-
cenário foi responsável por passar a impres-
ra, controlada por estrangeiros ou pessoas
são de que a captação destes recursos não
físicas estrangeiras adquiram terras no Brasil.
Crédito: Divulgação
“A aquisição de terras por empresas es-
36 MERCADO . B. FOREST
11ª Codornada Florestal da
Ponte Alta Norte -SC
Na quinta-feira (08/12), foi realizada a “11º Codornada na Ponte Alta Norte - SC”, uma confraternização de cunho social do setor florestal da região de Lages que já virou uma tradição. O evento contou com aproximadamente 500 convidados exposição de máquinas e equipamentos. A TIMBER FOREST, mais uma vez, participou expondo o forwarder Buffalo Ponsse e com os cabeçotes 5000D, 7000C e 7000XT todos da Log Max, os visitantes que foram até o estande da Timber se divertiram com óculos de realidade virtual com vídeos 360º das máquinas Bear e Scorpion da Ponsse. A Timber Forest agradece a todos os clientes e amigos pela parceria no ano de 2016 e juntos vamos fazer de 2017 um ano de muitas conquistas. Boas Festas! B. FOREST . MERCADO 37
E-mail: lages@rodoparana.com.br | Tel.: + 55 (49) 3227-1414 | WWW.TIMBERFOREST.COM.BR
De acordo com o deputado, a situação atual
alterar o panorama atual não ocorrerá em
traz insegurança jurídica, pois outras pessoas
2016, devido ao caráter polêmico da pro-
jurídicas estrangeiras já possuem terras ad-
posta.
quiridas há anos e hoje estão teoricamente
“A minuta do texto já preparada prevê
irregulares no País. O intuito da Frente Par-
mudanças nas regras. Estamos tentando
lamentar de Silvicultura, além da flexibiliza-
colocar um limite para que as terras possam
ção das leis atuais, é também regularizar os
ser adquiridas, e essa minuta vai ser subme-
investidores estrangeiros que já têm terras
tida ao Governo para avaliação. Tentaremos
no Brasil e criar um limite para que novos
chegar a um acordo com o governo em re-
investimentos possam ser realizados.
lação ao texto, e então vamos submetê-lo
“Estamos falando de um conjunto de
às lideranças da Casa para fechar um acordo
projetos que foram apensados ao PL 2289,
de votação dele em plenário. Inicialmente,
de 2007, de autoria do deputado Beto Faro
esperávamos aprová-lo antes do fim deste
(PT/PA). Este projeto passou por várias co-
ano. Porém, em função da agenda dinâmi-
missões, recebendo diferentes abordagens.
ca do Congresso e das últimas votações,
O Projeto 4059, que está apensado a ele,
bastante polêmicas, não foi possível. Estimo
também trata da compra de terras por es-
que ao longo de 2017 poderemos resolver o
trangeiros. Por conta da revogação de al-
assunto, que não deverá ser de fácil debate”,
guns artigos do PL de 1971, foi votada a ur-
analisa o deputado Newton Cardoso Jr.
gência do Projeto 4059. Após a votação, ele
Para a presidente da Ibá, a liberação da
foi apensado ao Projeto 2289, que recebeu,
compra de terras por estrangeiros destra-
então, o caráter de urgência. Quando isto
varia uma das amarras cruciais para que
ocorre, ele vai direto a plenário, superando
diversos setores voltem a investir no País,
os requisitos para passar por outras comis-
ajudando a economia brasileira a andar no-
sões temáticas da Casa”, explica o deputado.
vamente. “Não há dúvidas de que o País necessita de investimentos externos para voltar
Perspectivas
a crescer, gerar empregos e renda. Este é um
Embora o tema tenha entrado em dis-
importante passo para atrair investimentos
cussão no cenário político há mais de seis
e incentivar a retomada do crescimento do
meses, a aprovação do projeto que poderá
setor industrial. Entre as associadas da Ibá,
38 MERCADO . B. FOREST
estão diversas companhias multinacionais
às regiões com biomas estratégicos do País,
de grande porte com investimentos parali-
como o Pantanal, a Floresta Amazônica e a
sados, tanto em novas unidades como em
Mata Atlântica.
ampliação das atuais”, aponta. De acordo com o presidente da Frente
A polêmica
Parlamentar de Silvicultura, a expectativa que
Esta é uma questão que envolve muitos
o Brasil tinha é que a liberação da compra
stake holders e mesmo aspectos de sobe-
de terras por estrangeiros poderia destravar
rania nacional. Também estão envolvidas
investimentos da ordem de
R$ 40 a 50
no debate diversas entidades ligadas ao uso
bilhões. Contudo, em uma reunião bilateral
da terra, das organizações representativas
entre os governos dos EUA (representado
do setor do agronegócio àquelas que re-
pelas agências nacionais e ministérios)
presentam a parcela da população que tem
e do Brasil, mediada pela ONU, sobre
como pauta as expectativas de uma reforma
investimentos inovadores no setor florestal e
agrária. Por este motivo, a votação na Câ-
busca por novas fontes de financiamento, o
mara deve ser polêmica, e envolverá o diá-
número que foi apresentado é de US$ 40 bi,
logo entre estas e outras partes.
o que gera hoje uma quantia próxima de R$
“O principal argumento dos oposito-
130 bi. “É uma quantia bastante expressiva,
res da medida é que esta alteração poderia
quase
primário
comprometer a soberania nacional. Mas é
trabalhado este ano. Isso é um investimento
claro que um estrangeiro que possua terras
de longo prazo, que gera empregos, que
no Brasil não tem como levar essa terra em-
retém a população na terra. É realmente
bora. Ele precisa produzir aqui. Ao fazê-lo,
muito significativo”, conclui o deputado.
gera emprego e renda para o País, otimiza a
equivalente
ao
déficit
Caso aprovado, o projeto mantém a res-
utilização da nossa terra e terá uma produ-
trição de compra de terras de fronteira para
ção da qual o Brasil tem total condição de
brasileiros apenas. Além disso, está sendo
dispor, seja para exportação, seja para o uso
trabalhada a possibilidade de criação de um
do mercado doméstico. Trata-se, portanto,
fundo que promova compensação social
de um argumento frágil”, defende o deputa-
para a reforma agrária, e também está sen-
do Newton Cardoso Jr.
do estudado qual será o tratamento dado
Elizabeth Carvalhaes, da Ibá, corrobora: B. FOREST . MERCADO 39
“A decisão de restringir a atuação de empre-
possível mudança no setor florestal brasilei-
sas nacionais controladas por capital inter-
ro. Contudo, devido à própria natureza de
nacional não só travou novos investimentos
muitas dessas empresas, ligadas ao capital
do setor, mas também afetou as operações
estrangeiro, as avaliações e os comentários
das empresas já instaladas, impedindo am-
recebidos foram fornecidos de forma anôni-
pliações e consolidações que poderiam
ma, desvinculados do nome de seus autores
ocorrer com a entrada de fundos estran-
e suas respectivas companhias. Verificou-se,
geiros, para investimento direto e produtivo.
no entanto, um entusiasmo generalizado em
Além disso, a indústria perde competitivi-
relação àquilo que foi descrito como “uma
dade, pois as restrições impactam também
transformação profunda no setor”, ou mes-
os investimentos em mineração, logística e
mo “revitalização da economia nacional”.
infraestrutura, o que afeta os custos de produção.”
Em suma, a análise detalhada do tema deixa claro que o setor florestal sofrerá grandes transformações caso venha a ser aprovado
a equipe da B.Forest entrou em contato
este projeto, com a entrada de uma quantia
com diversas TIMOS para averiguar as pers-
expressiva de capital estrangeiro que poderá
pectivas dos investidores em relação a esta
movimentar a economia do País.
Crédito: Divulgação
Durante a produção desta reportagem,
40 MERCADO . B. FOREST
Equipamentos Florestais
B. FOREST . PEÇAS DE REPOSIÇÃO 41
Expoforest 2018 é apresentada ao mercado florestal
L
ançamento da principal feira florestal mundial de 2018 reúne as mais importantes empresas do setor
42 EVENTO PEÇAS DE. REPOSIÇÃO B. FOREST . B. FOREST
Crédito: Divulgação / Malinovski B. FORESTB. .FOREST PEÇAS DE REPOSIÇÃO . EVENTO 43
J
á reconhecida pelo mercado florestal
possui a maior quantidade de operações de
como a mais importante feira do Bra-
colheita, biomassa e transporte de madeira.
sil, a Expoforest foi apresentada, no
Por isto, desenvolvemos a campanha – Ex-
início de dezembro, para mais de 120 em-
treme Forestry Fair”, justificou Jorge R. Mali-
presários como a maior e mais importante
novski, diretor geral da Malinovski, empresa
feira florestal de 2018, assim como a mais
organizadora da feira. Apostando e defendendo este concei-
cipal feira florestal do calendário mundial.
to, empresas como a Caterpillar, John De-
Além disto, nossos expositores e visitantes
ere, Komatsu Forest, Ponsse, Volvo, Scania,
poderão vivenciar toda a “pegada extre-
Tracbel, New Holland, Agroceres, Syngenta,
ma” da feira. Não há dúvidas que em nível
FMC, Liebheer, Sthil, entre dezenas de outras,
mundial, ela é uma das feiras dinâmicas que
assinaram pré-contratos de participação na
Crédito: Divulgação / Malinovski
extrema. “Em 2018, a Expoforest será a prin-
44 EVENTO . B. FOREST
Expoforest 2018. “Estas confirmações am-
racional, portanto, ter uma feira como essa
pliam a responsabilidade que temos como
proporciona um ambiente de networking e
organizadores frente aos nossos parceiros e
desenvolvimento espetacular. Ela é um le-
o mercado florestal brasileiro, que esperam
gado que deixaremos para o futuro do se-
por um evento ainda mais completo”, afir-
tor”, afirmou.
mou Jorge R. Malinovski.
O chefe geral da Embrapa Florestas, Ed-
A expectativa da organização para a edi-
son Tadeu Iede, também compareceu ao
ção 2018 é de crescimento de 20% em re-
lançamento e destacou a importância do
lação ao número de expositores. O evento
setor florestal. “O setor, mesmo com a crise,
acontecerá entre os dias 11 e 13 de abril de
cresceu 3% gerando cerca de 70 bilhões de
2018, no município de Santa Rita do Passa
dólares, este resultado nos dá muito orgu-
Quatro, cidade localizada na região de Ribei-
lho e nos ajuda a passar pelo momento de
rão Preto, em uma área de 200 hectares de
transformação que temos vivido, isto é al-
eucalipto clonal. A International Paper abrirá
tamente positivo para todo o setor florestal
novamente as suas portas para a realização
brasileiro”, destacou.
da Expoforest. “Agradecemos imensamente
Alguns representantes do Conselho Ges-
o apoio dado pela empresa e pela dedica-
tor da Expoforest, formado pela Caterpillar,
ção em nos auxiliar na escolha do melhor
John Deere, Komatsu Forest e Ponsse tam-
local para a realização da próxima edição”,
bém participaram do evento e dividiram
agradeceu o diretor geral da Malinovski.
as suas opiniões com os presentes sobre a
Denis Carmanhani, da International Pa-
próxima edição da feira. “A relação da Cater-
per, também falou sobre a parceria. “É uma
pillar com a Malinovski começou há quase
honra para a IP estar nesta parceria com a
40 anos e temos muito orgulho disto. Fazer
Expoforest há seis anos. Seremos novamen-
parte do Conselho para nós é muito impor-
te os anfitriões e desejamos que a nossa
tante porque podemos auxiliar nas ações
parceria se perpetue por muitas edições”,
estratégicas da feira”, defendeu Pedro Ara-
afirmou. Denis também falou sobre o po-
gão da Caterpillar.
tencial do setor florestal e de seus desafios
Lonard do Santos, gerente de marketing
“Estamos passando diversos desafios como
e vendas da Komatsu Forest, reforçou o en-
de produtividade, logística, tecnologia ope-
tusiasmo em relação a Expoforest. “Hoje é B. FOREST . EVENTO 45
um orgulho saber que ela faz parte do ca-
que já tem ganho uma representatividade
lendário mundial de feiras. Como todos sa-
internacional muito importante. Além disto,
bem, nem sempre o Brasil tem uma imagem
ela é uma oportunidade de apresentação
tão positiva devido a sua organização e falta
por meio dos expositores de tecnologias
de tecnologia, porém o setor florestal tem
que auxiliam no crescimento do setor e que
mostrado tecnologia suficiente para bater
estão disponíveis ao redor do mundo.”
de frente com os demais mercados mundiais e a Expoforest reforça isso”, avaliou.
As empresas interessadas em expor seus
Fernando Campos, da Ponsse, lembrou a
produtos e serviços na Expoforest 2018 po-
participação da empresa nestes 10 anos de
dem fazer contato com a equipe comercial
atividade no Brasil. “Somos a empresa mais
pelo email:
nova, mas sempre apostamos na Expofo-
comercial@malinovski.com.br ou pelo
rest. É um prazer fazer parte do Conselho e
telefone (41) 3049-7888. Mais informações:
poder contribuir para a organização da feira,
www.expoforest.com.br
46 EVENTO . B. FOREST
B. FOREST . PEÇAS DE REPOSIÇÃO 47
Análise Mercadológica para 2017
Crédito: Divulgação
M
elhorias no horizonte: Banco Central aponta crescimento do PIB de +0,8%
48 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
Indicadores Macroeconômicos • Perspectivas Econômicas: A estimativa do crescimento do PIB brasileiro para o ano de 2016 segundo o BCB (Banco Central do Brasil) é de -3,43%, o que representa pequena melhora em relação à previsão anterior (-3,49%). Para 2017, a estimativa de crescimento do PIB é de +0,80%.
• Inflação: : Em novembro/2016, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desacelerou para 0,18%, após atingir 0,26% em outubro. Trata-se da menor variação do índice para o mês de novembro desde 1998, quando atingiu 0,12%. Com isso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses reduziu para 6,99%, porém a taxa ainda permanece acima do teto da meta anual de inflação de 6,5%, definida pelo BCB. A estimativa do Banco Central é que o IPCA acumulado de 2016 encerre em 6,69% e o de 2017 em 4,93%, próximo do centro da meta estipulado pelo BCB.
• Taxa de Juros: Em novembro/2016, o COPOM ( Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu a taxa básica da economia brasileira pela segunda vez seguida, de 14% para 13,75% ao ano, com corte de 0,25 ponto percentual. Com a nova redução na Selic, os juros recuaram ao menor patamar desde o início de junho de 2015, quando estavam em 13,25% ao ano. No entanto, o país ainda lidera o ranking mundial dos maiores juros reais.
• Taxa de Câmbio: Em novembro/2016, a taxa média cambial encerrou em BRL 3,34/USD, resultando em desvalorização do Real em relação à média de outubro/2016 (+4,9%). A média cambial na 1ª quinzena de dezembro/2016 atingiu BRL 3,41/USD, com oscilação entre BRL 3,39 e 3,47/USD. Analistas de mercado estimam taxa cambial média de BRL 3,46/USD para o final de 2016 e de BRL 3,41/USD em 2017.
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B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 49
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
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50 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
“Ainda estima-se que ocorra a liberação de crédito para o setor em patamar entre R$ 45 - 50 bilhões em 2017. Essas mudanças podem favorecer e aumentar a demanda por toras grossas de pinus e impulsionar os preços da madeira de sortimentos mais grossos. “
B. FOREST
. ENTREVISTA 51
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
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52 ENTREVISTA . B. FOREST
MERCADO DE PRODUTOS FLORESTAIS | TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS • Comentários - Tora de Eucalipto: O mercado de tora de eucalipto se mantém conforme apresentado no último mês. Prossegue alta a oferta de tora fina nas regiões Sul e Sudeste. Empresas relatam que estão trabalhando com estoque mínimo, apenas para suprir a demanda industrial em caso de problemas climáticos ou operacionais (máquinas em manutenção).
A oferta para sortimentos de maior diâmetro continua reduzida, mas as vendas de toras grossas também estão restringidas. Assim, a maior parte das empresas que comercializam madeira para serraria e laminação ainda não conseguiu incorporar a inflação nos preços dos últimos meses.
Os preços da madeira em tora de eucalipto, tanto de menor quanto de maior diâmetro, permanecem estáveis, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. O repasse de inflação e dos custos de produção no preço da madeira não está sendo absorvido pelo mercado dada a retração do setor produtivo (com queda nos níveis de produção) em razão das incertezas político-econômicas.
A estagnação da economia, com consequente impacto sobre a demanda regional por madeira em tora, tem refletido no desinteresse na continuidade de plantios florestais por parte de alguns pequenos produtores florestais, em âmbito nacional.
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B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 53
• Comentários - Tora de pinus: De modo geral, os preços de madeira fina de pinus se apresentaram estáveis no período em análise (dez/2016). A demanda não tem acompanhado a alta oferta de tora fina no mercado. No agronegócio, o mercado de biomassa permanece em baixa e sem muitas perspectivas de melhora devido aos preços reduzidos de algumas culturas, tais como soja e milho. Por outro lado, a expectativa de algumas cooperativas que compram lenha na região Sul é que a demanda destas volte a crescer no início do próximo ano, com eventual pressão sobre os preços da tora fina. Assim como no período anterior, os preços tem se mantido estáveis, apesar da demanda por toras de pinus acima de 18 cm continuar aquecida nas regiões Sul e Sudeste. Algumas empresas estão repassando gradativamente a inflação nos preços da madeira em tora, enquanto outras aguardam o próximo ano para a tomada de decisão sobre o repasse. Alguns produtores florestais tinham a expectativa de já repassar aumento nos preços de tora em novembro, porém a informalidade de seus concorrentes do mercado local e o receio da inadimplência os fez esperar. Entretanto, a queda da taxa Selic deve permitir que financiamentos imobiliários apresentem pequeno crescimento no próximo ano, após dois anos consecutivos de retração. Ainda estima-se que ocorra a liberação de crédito para o setor em patamar entre R$ 45-R$ 50 bilhões em 2017. Essas mudanças podem favorecer e aumentar a demanda por toras grossas de pinus e impulsionar os preços da madeira de sortimentos mais grossos.
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54 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 55
MIREX-S é a única que coloca a seu lado uma equipe técnica experiente e altamente especializada em manejo tecnificado de formigas cortadeiras. São os especialistas RESULT, um exclusivo programa customizado de serviços tecnológicos e planejamento para a gestão do controle em reflorestamentos.
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56 ENTREVISTA . B. FOREST
Com RESULT, suas áreas obtêm os resultados esperados no controle das formigas cortadeiras, garantindo soluções eficientes nas operações de manejo, com máximo controle das infestações e redução de custos.
RESULT É UMA FERRAMENTA COMPLETA PARA: Levantamento das infestações Recomendação adequada para diferentes áreas Acompanhamento de resultados Otimização de recursos Treinamento das equipes, com certificação
B. FOREST . ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES 57
ABAF APRESENTA O PROGRAMA AMBIENTE FLORESTAL SUSTENTÁVEL NA FENAGRO 2016
A
ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base Florestal) participou novamente da 29ª Fenagro (Feira Internacional da Agropecuária) com um estande localizado na Avenida
do Agronegócio, ao lado do espaço da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), entre outras instituições do segmento. O evento ocorreu de 26/11 a 04/12 em Salvador (BA). De acordo com o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, o objetivo era divulgar o lançamento do programa “Ambiente Florestal Sustentável”, uma parceria da ADAB (Agência de Defesa Agropecuária da Bahia) e da ABAF. O programa teve o primeiro treinamento para multiplicadores em 08 e 09/11 em Teixeira de Freitas (BA), onde participaram mais de 110 técnicos e representantes de prefeituras (através das secretarias de agricultura e meio ambiente), dos sindicatos rurais, das associações de produtores de madeira e outras culturas, de instituições parceiras, da ADAB, e das empresas de base florestal do Sul e Extremo Sul da Bahia. Os temas abordados foram: Regulamentação Ambiental (Código Florestal/ CAR/ Cefir); Preservação dos Recursos Hídricos/Pecuária em Áreas de Proteção; Integração Lavoura, Pecuária e Floresta/Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC); e Prevenção e Controle de Incêndios Florestais. Além das palestras, também foi produzida uma cartilha informativa sobre os temas abordados, material elaborado em parceria com especialistas da Unisafe Consultoria
Crédito: Divulgação / Abimci
e que está disponível no site da ABAF (abaf.org.br).
58 ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES . B. FOREST
AO SEU LADO NOS TRABALHOS MAIS DIFÍCEIS GARRAS DE CARREGAMENTO ROTOBEC PRODUTIVIDADE, ROBUSTEZ E DISPONIBILIDADE MECÂNICA DE PADRÃO INTERNACIONAL
www.rotobec.com (41) 8852-5999/3287-2835 B. FOREST . NOTAS 59 rotobecdobrasil@rotobec.com
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL
R
econhecida pela qualidade de seu curso de graduação em Engenharia Florestal, a UFPR (Universidade Federal do Paraná) também oferece oportunidades de mestrado e doutorado
para graduados interessados em especialização. Devido ao não preenchimento de parte das vagas disponibilizadas pelo Programa de PósGraduação em Engenharia Florestal da Universidade, está aberto um novo edital de seleção para preencher as vagas remanescentes, com ingresso em março de 2017. As inscrições estão abertas para a seleção de candidatos aos programas de mestrado e doutorado, no período de 01 de dezembro de 2016 às 23:59 do dia 31 de janeiro de 2017.
Crédito: Divulgação
Para mais informações, acesse o site: http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/
60 NOTAS . B. FOREST
JOHN DEERE FLORESTAL COMEMORA 20 ANOS NO BRASIL
A
John Deere Florestal completa duas décadas de atuação no mercado brasileiro e celebra sua parceria de sucesso com os clientes. A companhia tem como foco a inovação e a alta
tecnologia e oferece equipamentos e soluções para todas as etapas e atividades da operação de colheita florestal. “Temos uma sólida estratégia de longo prazo para o Brasil, com confiança no desenvolvimento socioeconômico do País. Tudo isso passa pela valorização do setor florestal, que gera uma robusta movimentação econômica e ainda preserva e respeita o meio ambiente, ou seja, um segmento importante para a sociedade”, diz Roberto Marques, diretor de vendas da John Deere Construção e Florestal. O executivo explica que o segmento possui ainda um franco potencial de crescimento devido as perspectivas de aumento de área plantada no Brasil. Ao celebrar 20 anos no Brasil, a empresa aborda o futuro com otimismo. “A expectativa é que, nos próximos anos, a gente consiga aumentar ainda mais a tecnologia embarcada, para que haja mais automação no processo, de forma que o usuário possa acompanhar em tempo real onde a máquina está, o quanto está produzindo e sua necessidade de manutenção, tal como o comando de um carro de alta performance, como vemos hoje na Fórmula 1”, cita
Crédito: Divulgação / John Deere
Thiago Cibim, gerente Geral de Operações da divisão Florestal da John Deere.
B. FOREST . NOTAS 61
FIBRIA INVESTE EM NOVAS ÁREAS E TECNOLOGIAS
A
Fibria assinou um contrato de aliança estratégica e aquisição de uma participação minoritária na CelluForce, companhia canadense que é líder mundial na produção comercial de
celulose nanocristalina (CNC). Com o acordo, a Fibria terá o direito de distribuição exclusiva, na América do Sul, da celulose nanocristalina produzida com a tecnologia da CelluForce. A Fibria pagará 5,3 milhões de dólares canadenses por 8,3% do capital da CelluForce. Além disso, conforme acordo de acionistas, a empresa terá o direito de indicar um membro no Conselho de Administração da companhia canadense. Com sede em Montreal, a CelluForce (cujos atuais acionistas são a Domtar, a FPInnovations e a Schlumberger) opera a maior planta de CNC do mundo, capaz de produzir 300 toneladas de material de alta qualidade por ano. Ademais, a empresa possui um extenso portfólio de patentes que cobre tanto a produção quanto algumas aplicações de CNC e produtos celulósicos especiais. O contrato também determina que, caso a CelluForce decida estabelecer uma fábrica para produzir CNC na América do Sul, a Fibria terá o direito de preferência de participar dessa unidade industrial, por meio de uma joint venture com a empresa canadense ou por qualquer outra estrutura a ser acordada entre as partes. Outra grande compra da companhia também foi a aquisição de florestas de eucalipto da Duratex, localizadas em São Paulo, por R$74,8 milhões. Metade do valor da transação será reconhecido ainda este ano e o restante em 2017. A responsabilidade e os custos de colheita e
Crédito: Divulgação
transporte de madeira serão da Fibria.
62 NOTAS . B. FOREST
B. FOREST . NOTAS 63
IBÁ NA COP 22
A
A COP 22 (22ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas) foi a primeira após o estabelecimento do histórico Acordo de
Paris, em 2015, e trouxe novas ponderações para a indústria mundial frente aos novos desafios resultantes das mudanças climáticas para os próximos anos. A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) esteve presente no encontro, que ocorreu de 07 a 18 de novembro, para representar a cadeia produtiva de árvores plantadas no Brasil, setor responsável por 6% do PIB industrial nacional. A associação participou do evento, pois mantém o posicionamento de que as florestas plantadas são vitais para qualquer solução pensada para uma economia de baixo carbono. No dia 14, Fábio Marques, consultor da Ibá pela Plantar Carbon, falou sobre o papel do Brasil, da agricultura e da silvicultura no Acordo de Paris. O espaço utilizado para a discussão foi o Pavilhão do Brasil, promovido pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento multissetorial que agrega mais de 150 entidades, com o objetivo de posicionar o país como protagonista global de um novo modelo de desenvolvimento. Outra representante da Ibá na COP 22 foi Beatriz Milliet, das relações governamentais e institucionais da associação, que debateu, no dia 15, as inovações do setor como papel
Crédito: Divulgação
fundamental no desenvolvimento sustentável.
64 NOTAS . B. FOREST
ATENÇÃO ÀS COMUNIDADES
A
estratégia de negócio da Eldorado Brasil está atrelada ao desenvolvimento sustentável das comunidades em sua área da influência, com milhares de pessoas beneficiadas em uma
série de projetos e ações voltadas para saúde, educação e iniciativas socioeconômicas. A companhia tem diversas iniciativas que envolvem o fortalecimento das comunidades e a preservação ambiental, como repasses de materiais e equipamentos, obras de interesse público, reuniões com partes interessadas, ações de educação ambiental e projeto agroecológico em assentamentos. Ao longo de 2016, a Eldorado reformou o Lar dos Idosos Vicente Marques, em Aparecida do Taboado (MS), que abriga cerca de 40 idosos. Para o Assentamento Pontal do Faia, em Três Lagoas, entregou um novo abrigo para os tanques receptores de leite e a reforma e a ampliação centro comunitário, onde ocorre o atendimento médico para os moradores Comunitário. Já no Distrito de Garcias, a Eldorado promoveu em parceria com o SENAI um curso de Alvenaria. Os alunos realizaram a reforma do Centro Comunitário da comunidade, onde são realizadas diversas atividades sociais. Todo o material para a reforma também foi repassado pela companhia. Durante o ano, a empresa ainda fortaleceu seu apoio ao programa Pais (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), tecnologia social que propicia aos pequenos produtores a prática da agricultura orgânica, pois passou a adquirir verduras e legumes de produtores participantes do projeto para seus refeitórios. A Eldorado também promove em sua área de influência ações de educação ambiental com a comunidade por meio do PES (Programa
Crédito: Divulgação / Eldorado
Eldorado de Sustentabilidade).
B. FOREST . NOTAS 65
Do viveiro ao campo, crescenDo sem interferências. Capture 400 EC é o inseticida-acaricida da FMC que protege o eucalipto por inteiro e nos períodos mais críticos. Com aplicação terrestre e aérea, pode ser utilizado tanto no viveiro quanto no campo, destacando assim sua eficácia e garantindo um crescimento saudável, livre do percevejo-bronzeado e da vespa-da-galha.
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Crédito: Divulgação
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Com Capture 400 EC, nada segura a produtividade.
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66 NOTAS . B. FOREST
fmcagricola.com.br
NOVA TECNOLOGIA DE PREPARO DE SOLO
O
equipamento Escorpião, um subsolador destocador desenvolvido com nova tecnologia para operações práticas de preparo de solo e destoca, está em fase de arrecadação de
fundos para a montagem de uma unidade física para demonstração e testes. Uma vez atingida a quantia estabelecida como meta, o público interessado poderá testemunhar o equipamento em uso em dias de campo, feiras especializadas ou visitas a áreas florestais de empresas e instituições. O Escorpião é utilizado para o preparo do solo, realizando a operação de destoca ao mesmo tempo em que preserva e mantém a técnica do cultivo mínimo do solo, contribuindo assim para a preservação de suas qualidades. O equipamento pesa 7,5 toneladas e é construído em aço especial. A falta de uma unidade construída especificamente para demonstrações e testes é o motivo pelo qual os desenvolvedores do equipamento optaram pela campanha de crowdfunding (arrecadação de fundos por meio de doações virtuais de potenciais clientes interessados no produto) para sua fabricação. “Este é o apelo de alguém que acredita muito no Brasil e busca com os brasileiros as forças para colocar à disposição do País o resultado de muito trabalho, uma tecnologia que certamente agregará muito ao setor florestal”, diz o idealizador da campanha e inventor do equipamento, Éder Buscarato. A quantia a ser arrecadada na campanha é de R$ 326 mil, valor que inclui a montagem do equipamento, impostos, a taxa da plataforma Kickante, logística (transporte do equipamento ao campo), aluguel do trator que o puxa durante a apresentação, e o custo da área na feira Expoforest 2018, onde será apresentado. A campanha tem duração de 60 dias.
Crédito: Divulgação / Roder
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AGENDA
B.FOREST
28
MARÇO Três Lagoas Florestal Quando: 28 a 30
Onde: Três Lagoas (MS)
Informações: http://treslagoasflorestal.com.br/
ABRIL
04
6ª Feira da Floresta Quando: 04 a 06
Onde: Gramado (RS)
Informações: http://www.futurafeiras.com.br
MAIO
17
IUFRO Quando: 17 a 19
Onde: Viena (Áustria)
Informações: http://bfw.ac.at/internationalconference
JUNHO
07
ELMIA WOOD Quando: 07 a 10
Onde: Suécia
Informações: http://www.elmia.se/wood/
JULHO
07
Dia de Campo do Cedro Australiano Quando: 29 a 30
Onde: Campo Belo (MG)
Informações: http://conteudo.belavistaflorestal.com.br/dia-de-campo-do-cedro
NOVEMBRO
28
Expocorma Quando: 08 a 11
Onde: Santiago (Chile)
Informações: http://www.expocorma.cl/ B. FOREST
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