2 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 3
VENTOS EUROPEUS Estar em contato com o mercado florestal europeu proporciona aos profissionais florestais brasileiros uma visão ampla das tecnologias e conceitos utilizados pelos que podem ser considerados precursores e vanguardistas do setor. Mesmo com a distância que separa os continentes, compreender as técnicas de colheita utilizadas e os conceitos de produção sustentável se torna cada vez mais importante. A colheita florestal para pequenos produtores, técnica corriqueira na Europa, ainda encontra dificuldades no Brasil. Elas começam desde a definição de um pequeno e médio produtor até a escolha de equipamentos adequados para as operações. Fabricantes nacionais já oferecem soluções e aos poucos acompanhamos a chegada de tecnologias embarcadas. Saiba mais sobre esta realidade nas matérias de Colheita (p.16) e Dia de Campo (p.48). No que se refere as certificações exigidas para a exportação de produtos madeireiros aos mercados internacionais e comercialização nacional, as diferenças também existem. Em alguns casos, podem inclusive, trazer entraves para o crescimento do setor florestal brasileiro. Saiba quais sãos as vantagens dos selos FSC e CERFLOR, assim como, as dificuldades encontradas pelas empresas florestais para conquistar e manter as certificações. E já que falamos tanto em mercado europeu, acompanhe a cobertura da feira KWFTagung, realizada na Alemanha, neste mês de junho. Nossa equipe visitou a feira e selecionou lançamentos relevantes para o mercado florestal. A matéria exclusiva está na página 52. Saudações Florestais!!!
4 ENTREVISTA EDITORIAL . . B.B.FOREST FOREST
Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Editora: Giovana Massetto Jornalista: Amanda Scandelari Designer Responsável: Vinícius Vilela Designer Gráfico: Bernardo Beghetto Financeiro: Jaqueline Mulik Revisão Técnica: Gustavo Castro
Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior, Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain, Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal Edição 21 - Ano 03 - N° 06 - Junho 2016 Foto de Capa: Ponsse
Malinovski Florestal +55 (41) 3049-7888 Rua Prefeito Angelo Lopes, 1860 - Hugo Lange - Curitiba (PR) – CEP:80040-252 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br © 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.
B. FOREST B. FOREST . . ENTREVISTA EDITORIAL 5
6 ENTREVISTA . B. FOREST
Crédito: Divulgação
Setor engajado Walter Rezende Presidente da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do MAPA e da Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA
N
Walter
Sou advogado e muitos anos atrás
Rezende, que já é presidente
trabalhei para um conglomerado de
da
de
empresas do setor siderúrgico de Minas
Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA
Gerais. Ao conhecer a atividade florestal
(Confederação da Agricultura e Pecuária
fiquei encantado com a diversidade de
do Brasil), assumiu também a presidência
opções que ela oferece. Percebendo
da Câmara Setorial de Florestas Plantadas
essa oportunidade, comecei a plantar
do MAPA (Ministério da Agricultura,
eucalipto há 22 anos. Confesso que
Pecuária e Abastecimento). Ao contrário
foi uma excelente escolha, apesar do
do que muitos podem pensar, Walter
momento atual não ser o melhor, o
não é engenheiro florestal e não sonhou
setor continua bem. Acredito também
em trabalhar com o setor. Em entrevista
que
exclusiva para a Revista B.Forest, o
espaço ainda maior.
o
final
de
Comissão
março,
Nacional
no
futuro
conquistaremos
um
advogado conta como começou sua ligação intensa com a atividade florestal,
Trabalha com produção de madeira
fala sobre o cargo recém-assumido,
para geração de energia. Como avalia
suas funções já executadas e o que têm
o atual panorama da biomassa florestal
feito e pretende fazer em prol do setor.
para energia no Brasil? No final de março, assumi o cargo
Confira! Como o seu envolvimento com o setor florestal aconteceu? Ele começou de uma forma diferente. 8 ENTREVISTA . B. FOREST
de
presidente
de
Florestas
da
Câmara
Plantadas
do
Setorial MAPA.
Nesta oportunidade, me reuni com representantes
do
setor
florestal
e
“O que vejo é um mercado excelente,
com
grandes
expectativas, mas que precisa
Crédito: Divulgação
de organização”
B. FOREST
. ENTREVISTA 9
criamos um grupo de trabalho visando
um grupo de trabalho que visa mostrar
uma política mais justa para a energia
para
proveniente da madeira.
Energética), o setor florestal como
A biomassa florestal é totalmente desvalorizada
de
Pesquisa
solução e convencer que a saída para a
deve ao momento econômico, afinal
projeto de lei (3529/12) que determina
indústrias
fonte
a compra de 700MW de energia por
consumo
ano, no entanto ele não determina que
utilizam
reduziram
consideravelmente,
Muito
(Empresa
crise energética é a biomassa. Existe um
que
Brasil.
EPE
se
energética
no
a
esta
seu
até
porque
elas
uma porcentagem desse total deve ser
também não estão conseguindo vender
destinada à madeira. Então, a cana-
seu produto. Mas acredito que a partir
de-açúcar dominou essa quantidade
do momento que a economia começar
e não deixou espaço para a biomassa
a mostrar sinais de melhora, o setor de
florestal. Queremos, juntamente com
biomassa também deve se desenvolver.
o presidente da Frente Parlamentar
Outro ponto é a falta de investimento
de Silvicultura, Newton Cardoso Jr,
governamental. Os preços praticados
por meio de um decreto estabelecer
para gás e diesel são quase o dobro do
uma revisão dessa
que para a biomassa, que é uma fonte
necessidade de estabelecer um volume
renovável e limpa. Sempre digo que os
para o setor florestal.
lei, mostrando a
reservatórios do país não são azuis de água, mas sim verdes de floresta. Quem
Quais
vai acudir o setor energético brasileiro
presidente
serão as florestas, só que esta política
Florestas Plantadas do Mapa?
de tributação deve mudar.
são da
seus
objetivos
Câmara
como
Setorial
de
Um dos meus principais objetivos é valorizar o produtor, porque sinto na
Quais medidas devem ser tomadas para que este crescimento ocorra? Entendo
que
o
setor
classe. Também pretendo auxiliar na é
interação entre o produtor e a indústria,
remunerado como deveria. Por esse
encontrando um ponto de equilíbrio que
motivo, na Câmara Setorial, criamos
atenda as necessidades dos envolvidos.
10 ENTREVISTA DIA DE CAMPO . B.. FOREST B. FOREST
não
pele as dificuldades vividas por essa
B. FOREST
. ENTREVISTA 11
a logística, o custo de produção se Quais são as ações prioritárias a
eleva, inviabilizando a produtividade.
serem tomadas para o desenvolvimento
Os insumos estão caros e hoje não
da cadeia florestal?
se planta floresta de forma amadora,
A
princípio
envolvidos
afinal é a produtividade que determina
com o lançamento do Plano Nacional
o lucro do produtor. Já o mercado
de
pela
está diretamente ligado à logística.
Ibá (Indústria Brasileira de Árvores).
Para garantir o sucesso do plantio, a
Paralelamente,
engajados
floresta deve ser planejada já com um
em melhorar a imagem da biomassa
consumidor garantido e em um raio
florestal.
economicamente viável.
Florestas
estamos Plantadas, estamos
feito
Lutamos também pela viabilidade da
Não
se
deve
plantar
de
forma
compra de terras no Brasil com capital
aventureira sem saber o que fazer com a
estrangeiro. A autorização traria aumento
floresta. Recomendo que antes de plantar
para a produtividade brasileira e assim
seja feito um estudo de viabilidade que
geraria mais empregos. Por exemplo,
mostre qual a necessidade do mercado
sabemos que no primeiro trimestre do
para absorver sua floresta, a variação de
ano, o setor de celulose foi o que mais
espécie deve ser plantada, entre outras
produziu,
informações.
gerando
aproximadamente
15% a mais. Esse potencial pode ser ainda maior, só precisamos viabilizá-lo
Você
com a autorização de compra de terras.
Comissão e
Três palavras explicam as diretrizes de seu mandato:
mercado, logística
e produtividade. Pode explicar esses pontos? Esses
também
é
Nacional
Agrossilvicultura
presidente de da
da
Silvicultura CNA.
Quais
benefícios para o setor isso pode proporcionar? Quando assumi a Câmara do MAPA, fiquei um pouco preocupado porque
são
fatores
que
sempre
achei que estava concentrando muita
destaco como fundamentais. Acredito
representação do setor em uma única
que plantando sem preocupação com
pessoa, pensava que essas funções
12 ENTREVISTA . B. FOREST
deveriam
Mas
expectativa intensa. Ainda não houve
ligadas.
grande desenvolvimento porque ele
Agora vejo com bons olhos, porque
está dando os primeiros passos, mas
conheço o setor, desde o plantio até a
existe muito espaço para se ganhar. O
industrialização. Isso porque, além de
setor de compensados e painéis, está
produtor, também tenho uma indústria
estagnado por causa da economia, já
de transformação de madeira. Assim,
quando se fala em exportação, temos
posso colocar meu conhecimento em
um cenário bom.
ambas
ser estão
mais
dispostas.
diretamente
prol do setor.
O que vejo é um mercado excelente, com grandes expectativas, mas que
Como você avalia o desenvolvimento
precisa de organização. Esta, passa
do setor florestal nos últimos anos? O
por mercado, logística e produtividade.
que ainda falta melhorar?
Nisso,
Percebo-o
de
forma
estamos
bastante
engajados,
muito
tanto a Câmara Setorial quanto a CNA,
promissora. O setor de celulose já é
mas também precisamos da cooperação
grande e consolidado, em contrapartida
dos
a bioenergia passa por um momento de
governo e da mídia.
produtores,
das
indústrias,
do
“A biomassa florestal é totalmente desvalorizada no Brasil. Muito se deve ao momento econômico, mas acredito que a partir do momento que a economia começar a mostrar sinais de melhora, o setor de biomassa também deve se desenvolver”
B. FOREST
. ENTREVISTA 13
Mecanização também para o pequeno
I
dentificar um grande produtor florestal teoricamente é simples. Todo profissional florestal tem em mente quais são as grandes empresas do setor e uma estimativa
média da quantidade de madeira colhida mensal ou anualmente. Porém, qual é o limiar para definir um pequeno ou médio produtor florestal? E além disto, qual tipo de equipamento este produtor deve procurar para mecanizar suas atividades?
16 COLHEITA MANEJO . . B.B.FOREST FOREST
Crédito: Malinovski B.B.FOREST FOREST . . COLHEITA MANEJO 17
Q
uando o assunto é colheita,
adotado e, normalmente, as operações
o
são realizadas por motosserras, Fellers/
volume
é
um
indicador
fundamental. Todas as avaliações
Harvesters
de
pequeno
porte,
mini-
estratégicas são definidas tendo o volume
Skidders autocarregáveis e tratores com
colhido mensalmente como base. As
gruas.
máquinas e equipamentos utilizados são selecionados de acordo com o metro
Operação
estéreo ou metro cúbico a ser colhido. Até
Luiz Neto é um exemplo de pequeno
mesmo a definição de pequeno, médio e
produtor florestal e proprietário de uma
grande produtor se dá tendo este número
empresa que realiza colheita, na região
como parâmetro.
de Palmeira (PR), a Pinheiral. Ele conta
Porém, este valor não é unanimidade no
que suas operações de derrubada, des-
setor. Para tentar chegar a um denominador
galhamento e traçamento são feitas com
comum,
procurou
motosserra, já o arraste é feito com mi-
empresas fabricantes de maquínas para
ni-Skidder e o carregamento com grua
identificar o que eles consideram como
florestal. Além disto, ele explica que não
pequenos e médios produtores florestais.
consegue mecanizar totalmente suas ati-
Para a PenzSaur, um pequeno produtor
vidades devido ao alto investimento inicial
colhe até 2 mil m st (metros estéreos), o
na aquisição das máquinas. Para viabilizar
médio produtor 8 mil m st e acima disso
um Harvester ou um Feller, ele precisaria
é considerado um grande produtor. Já a
aumentar consideravelmente a quantidade
Timber Forest considera pequenos, os
de serviço. “Outra opção seria utilizar má-
que produzem até 10 mil m st por mês,
quinas menores e com valores reduzidos
médios até 40 mil m st e acima disso são
e equipamentos multifuncionais”, acredita.
considerados grandes produtores.
Para que a operação da Pinheiral se torne
a
Revista
B.Forest
de
totalmente mecanizada seria necessário
produção não é unanimidade, a forma
um incremento de cerca de 30% na pro-
como a colheita é feita pelos pequenos
dução, passando de 900 m st para 1.300
produtores
m st por mês.
Se
a
definição
é.
de
tamanho
Praticamente
em
todo
o país, o sistema semi-mecanizado é 18 COLHEITA . B. FOREST
Já na Copergera, uma cooperativa que
“ Mini-Skidders
e
de
Fellers
direcionados ao primeiro desbaste, essas máquinas podem ser utilizadas pelo pequeno produtor e são mais
Crédito: Divulgação / TMO
acessíveis”
B. FOREST . COLHEITA 19
distribuição das unidades de manejo. “Esse
terceiros, o sistema é similar. Mas a extra-
fator exige uma organização que ordene
ção da madeira é feita com autocarregável.
as operações de colheita destas pequenas
Marcos Speltz, presidente da Copergera,
e médias propriedades a fim de que a lo-
acredita que a mecanização da colheita
gística não inviabilize a operação”, justifi-
não é viável para pequenos e alguns mé-
ca. A topografia declivosa é outro motivo.
dios produtores por quatro fatores básicos.
Com terrenos que variam de levemente a
“O primeiro é o preço da madeira fren-
fortemente ondulado, a mecanização total
te ao custo da colheita mecanizada. Devi-
da colheita se torna um desafio devido ao
do a particularidade do manejo da coope-
custo da operação. Por fim, Marcos des-
rativa, o de alto fuste, visamos a produção
taca a escala de produção. Ele afirma que
de múltiplos produtos, na qual a primeira
devido à baixa demanda individual de pro-
operação é o desbaste, o qual gera apenas
dução de madeira, a mecanização se torna
a madeira fina, sem grande valor agrega-
inviável pelo alto investimento do sistema
do”, explica. O segundo é o grande raio de
frente a baixa escala de cada proprietário.
Crédito: Divulgação
realiza a colheita em áreas próprias e de
20 COLHEITA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 21
Viabilidade
valor economizado com a diminuição do
Contudo, cada caso é um caso. Marce-
número de funcionários tem contribuído
lo Kosinski, sócio-diretor da Transkosinski,
para o pagamento dos investimentos re-
conta que a mecanização da colheita é
alizados”, explica. Ele destaca que para a
uma realidade em sua empresa. “Nos dias
mecanização se tornar viável, em primeiro
de hoje, a mecanização vem se tornando
lugar, deve-se ter uma produção que su-
viável devido à falta de mão de obra qua-
pra os custos dos investimentos. “Em nosso
lificada. Assim, substituindo profissionais
caso, atualmente, os volumes de produção
por equipamentos conseguimos reduzir o
mensais médios são de aproximadamente
número de funcionários e, consequente-
4 mil m st/mês de toretes para energia e
mente, encargos tributários, sendo que o
400 m st/mês de toras, o que fez com que
Crédito: Divulgação / PenzSaur
22 COLHEITA . B. FOREST
os custos da mecanização comparados ao
Tecnologia
sistema manual se tornasse viável”, escla-
Com base em sua experiência, Luiz
rece. Porém, de acordo com Marcelo, tudo
Neto acredita que falta um pouco de aten-
isso pode ser determinado por meio de
ção dos fabricantes de máquinas nacio-
um bom planejamento e investimentos em
nais para com os pequenos e médios pro-
equipamentos adequados a necessidade de
dutores. Para ele, faltam equipamentos de
cada produtor e uma boa dose de ousadia,
menor porte e custo. Ele destaca que já
tendo em vista que para o pequeno produ-
existem alguns equipamentos multifun-
tor, os investimentos iniciais se tornam um
cionais e de custo acessível para o peque-
pouco assustadores.
no produtor, mas que eles não englobam
Atualmente, a empresa realiza o siste-
toda a colheita. “O mini-Skidder funciona
ma de colheita em um turno de trabalho
muito bem. Para mim, ele foi a grande sa-
de segunda a sexta-feira. “Utilizamos o
cada dos fabricantes, porque não mono-
sistema de colheita Cut-to-Lenght. A der-
poliza o trator, que pode ser utilizado em
rubada das árvores e processamento são
outras culturas que o produtor desejar”,
feitos pelo Harvester (quando necessário
destaca. “Equipamentos multifuncionais e
cortamos com o auxílio de motosserra),
implementos que podem ser acoplados e
o baldeio é feito com autocarregável e o
desacoplados devem ser uma aposta dos
carregamento com grua florestal”, conta
fabricantes para os pequenos e médios
Marcelo. A Transkosinski utiliza também o
produtores”, acredita Luiz.
sistema Full-Tree, no qual as árvores são
Fato é que no Brasil já estão disponíveis
derrubadas com motosserra ou Harvester,
soluções para a realização da colheita de
arrastadas com mini-Skidder e processadas
forma semi-mecanizada. Empresas nacio-
novamente pelo mesmo Harvester, na beira
nais já oferecem soluções completas para
da estrada. “Esse sistema tem sido utilizado
todas as etapas de colheita. Recentemen-
devido ao maquinário que possuímos e as
te, acompanhamos a chegada de máqui-
condições da floresta e estradas. Essa tem
nas europeias destinadas a estas opera-
sido a melhor maneira encontrada para tra-
ções. Talvez, falte ainda, a percepção das
balhar, bem como, a que tem o menor cus-
grandes empresas da grande fatia de mer-
to”, ressalta o sócio-diretor.
cado carente de soluções competitivas. B. FOREST . COLHEITA 23
Lubrificação em dia
P
arte importante na manutenção, os lubrificantes são fundamentais para o bom funcionamento das máquinas e equipamentos. São eles que garantem o
desempenho mecânico, proporcionam economia para a operação e aumentam a vida útil dos componentes.
24 LUBRIFICANTES TECNOLOGIA . .B. B. FOREST FOREST
Crédito: Divulgação B. FOREST . LUBRIFICANTES 25
Q
uebras e manutenções corretivas causam diversos prejuízos para
sabre e graxas. De
acordo
com
Marcelo
Ferreira,
as empresas, desde o valor pago
gerente de peças da PESA, é importante
no concerto das máquinas e equipamentos,
manter as máquinas lubrificadas para
até a perda de produtividade e consequente
garantir
redução dos lucros. Por esses e outros
economia na operação e a durabilidade
motivos, a manutenção programada e
de seus componentes. Isso porque, se
preventiva é sempre a melhor opção.
faltar lubrificação, podem ocorrer quebras
Um dos pontos que precisam de muita
catastróficas e o conserto é muito mais caro
atenção é a lubrificação, afinal correias
do que a manutenção preventiva. Além
e engrenagens que fazem as máquinas
das, máquinas ficarem paradas, também
rodarem
ocasionam menor vida útil.
só
executam
suas
funções
o
máximo
desempenho,
plenamente se estiverem bem lubrificadas.
Por esse motivo, os fabricantes indicam
Nas máquinas florestais, são vários
que sempre seja feito um planejamento de
componentes
que
necessitam
de
troca de lubrificantes. “Ele é o princípio de
lubrificação, como também são grandes as
tudo, isto afeta não só a durabilidade dos
opções de lubrificantes. Os mais utilizados
componentes, mas também a segurança e
em equipamentos florestais são óleo de
qualidade do produto final”, afirma Jober
motor, óleo hidráulico, óleos para sistemas
Fonseca, gerente geral da Timber Forest,
de engrenagens, óleos para correntes de
empresa revendedora da Ponsse para o Sul
Crédito: Divulgação
os
26 LUBRIFICANTES . B. FOREST
AO SEU LADO NOS TRABALHOS MAIS DIFÍCEIS GARRAS DE CARREGAMENTO ROTOBEC PRODUTIVIDADE, ROBUSTEZ E DISPONIBILIDADE MECÂNICA DE PADRÃO INTERNACIONAL
www.rotobec.com B. FOREST . LUBRIFICANTES 27 (41) 8852-5999/3287-2835 rotobecdobrasil@rotobec.com
Crédito: Divulgação / John Deere
do Brasil.
as normas que esses lubrificantes devem
De acordo com Evandro Souza da Silva,
atender para o correto funcionamento do
engenheiro mecânico da John Deere,
equipamento. Outro fator que influencia
este planejamento é feito por meio de
na especificação do óleo é a temperatura
cálculos de engenharia, testes de bancada
do ar ambiente, na qual o equipamento
e de campo, todos baseados em normas
será utilizado. A John Deere indica,
e em durabilidade de componentes. “Os
considerando a temperatura ambiente
lubrificantes, ao longo do tempo de uso,
média de 25°C: óleo de motor – 15W40,
perdem suas propriedades de lubricidade e
especificação ACEA sequência E9 ou API
baseados nesses cálculos de engenharia e
CJ-4; óleo hidráulico – ISO 46 ou ISO 68,
testes é feita a recomendação para troca”,
especificação ISO 11158/DIN 51524 parte 3
explica.
(categoria ISO 67434: HV / DIN 51502 HVLP) ou ISO 15380/DIN 51524 parte 3 (categoria
as
Especificações técnicas
ISO 67434: HEES); óleo para sistema de
Cada fabricante de óleo estabelece
engrenagens – 10W30, especificação JDM
especificações
técnicas
dos
seus
J20D ou 85W90, especificação API GL-5
lubrificantes. As montadoras estabelecem
ou MIL-L-2105 B ou D ou ainda, 85W140,
28 LUBRIFICANTES . B. FOREST
especificação API GL-5 dependendo do
biodegradável ou equivalente; graxas –
equipamento e sua aplicação florestal; óleo
especificação Grau NLGI 2 com espessante
para correntes de sabre – qualquer óleo
de complexo de lítio a 9% ou superior.
Graxa x Óleo Muito se fala na diferença entre óleo e graxa e suas vantagens. Basicamente, a diferença entre eles é a viscosidade, a graxa é mais densa, semissólida ou pastosa, enquanto o óleo é líquido. É importante destacar que cada um tem uma aplicação distinta e um não deve ser substituído pelo outro. Para componentes rotativos, por exemplo, óleos são preferíveis. Já em aplicação como pinos e buchas, as graxas são indicadas. Outro fator que pode afetar a decisão é a temperatura de trabalho do lubrificante, normalmente, óleos conseguem trabalhar melhor em altas temperaturas, como
Crédito: Divulgação
por exemplo, em motores diesel.
B. FOREST . LUBRIFICANTES 29
Crédito: Divulgação
A quantidade de lubrificante que vai
5000 horas. Para Harvesters e Forwarder,
em cada máquina e componente varia de
a indicação é de 1000 horas; para Feller
acordo com a indicação do fabricante.
Bunchers, 2000 horas; para Skidders, 4000
“Um motor a diesel utiliza de 20 a 30 litros
horas; e para escavadeiras, 5000 horas”,
de óleo lubrificante, já um componente
explica Evandro.
hidráulico pode variar de 40 a 200 litros de
Jober ressalta que nos motores Mercedes
óleo hidráulico, dependendo do modelo
utilizados pela Ponsse, é permito pela fábrica
da máquina e seu peso operacional”,
intervalos de troca a cada 600 horas sem
exemplifica Marcelo, da PESA.
implicações de garantia, desde que se utilize óleos e filtros que atendam a norma da
Durabilidade
Mercedes. “Contudo, o fator determinante
Assim como a quantidade de lubrificantes
para isto é a utilização do diesel S10, caso se
aplicados, a durabilidade deles também é
aplique diesel S 500 este intervalo se reduz
variável, mas pode-se fazer uma média. “Os
para 300 horas”, destaca.
óleos de motor podem durar até 500 horas,
O óleo para sistemas de engrenagem,
já os óleos hidráulicos variam entre 1000 e
segundo o engenheiro mecânico da John
30 LUBRIFICANTES . B. FOREST
B. FOREST . LUBRIFICANTES 31
Deere, tem entre 1000 e 2000 horas de
que são enviadas para os laboratórios para
vida útil. As graxas são as menos duráveis,
análise. Com os resultados dessas amostras
variando de 10 a 250 horas, dependendo do
é possível determinar se o lubrificante está
componente e do equipamento.
em boa qualidade ou não”, completa.
O gerente geral da Timber Forest,
Marcelo, da PESA, conta que a empresa
ressalta que testes feitos em cabeçotes em
possui
um
programa
de
manutenção
campo e em laboratórios comprovam que,
preventiva, e todos os clientes que tem
independente de característica mecânica
contrato recebem as visitas de técnicos
do lubrificante, deve-se lubrificar pinos e
para fazer as manutenções periódicas, nas
buchas a cada 8 horas em virtude do número
quais são coletadas amostras dos óleos
de ciclos.
lubrificantes. “Para os clientes que não tem o contrato com a PESA, disponibilizamos os
Controle de Qualidade
frascos para a análise dos óleos, nos quais o
Todos os fabricantes concordam que de
cliente coleta a amostra de óleo e nos envia.
nada adianta fazer manutenção e a troca
Em cinco dias passamos os resultados para
regular dos lubrificantes se os mesmos não
o cliente”, complementa. São vários os tipos de lubrificantes,
afirma que para o processo de fabricação
as formas de monitoramento e controle
todos os lubrificantes são submetidos a
de qualidade. Cabe ao proprietário das
normas específicas, as quais garantem a
máquinas seguir as instruções dos fabricantes
qualidade. “Para os lubrificantes já aplicados,
para garantir o pleno funcionamento de
a melhor forma de controle de qualidade
seus equipamentos, evitando quebras e
é por meio da coleta de amostras de óleo
aumentando sua vida útil e produtividade.
Crédito: Divulgação
forem de qualidade. Sendo assim, Evandro
32 LUBRIFICANTES . B. FOREST
B. FOREST . TRANSPORTE 33
34 CERTIFICAÇÃO . B. FOREST
Certificação Florestal Tendência ou entrave?
A
ntes diferencial de mercado, hoje as certificações são uma exigência tanto para a exportação quanto para a conquista de novos mercados. Fato é que com o passar
dos anos, a certificação acabou se tornando primordial para as empresas florestais, mas em alguns casos tornou-se uma dor de cabeça devido aos entraves causados por exigências
Crédito: Divulgação
internacionais, outras por má conduta no momento da auditoria.
B. FOREST . CERTIFICAÇÃO 35
A
s preocupações ambientais têm
nefícios às empresas.
mudado gradativamente os pa-
De acordo com Ariel Evandro Fos-
drões de consumo da sociedade.
sa, gerente florestal da Lwarcel Celulose,
Com isto, as empresas têm buscado um
a certificação florestal é uma ferramenta
novo posicionamento relativo à sustentabi-
fundamental para garantir a perenidade e
lidade. O mau uso dos recursos florestais,
competitividade da empresa no mercado.
que por muito anos assombrou a atividade
“Além disto, ela proporciona credibilidade
florestal e ainda é responsável pela imagem
ao empreendimento perante a sociedade.
distorcida que uma parte da sociedade tem
Em função das exigências necessárias para
sobre o setor, estimulou uma reação defen-
obtenção da certificação, podem ocorrer
siva, a instauração da certificação florestal.
também impactos positivos indiretos, como
Com ela foi possível identificar as empresas
o aumento da produtividade, da satisfação
que manejam suas florestas obedecendo as
dos clientes e da qualidade da mão de obra
regras compatíveis com a sustentabilidade
envolvida no processo”, destaca Ariel.
plena. A certificação florestal configura uma
Contudo, Ivone Satsuki Namikawa, co-
ferramenta que permite a rastreabilidade
ordenadora de sustentabilidade florestal
das condições mais específicas de produ-
da Klabin e membro do Comitê de Políti-
ção, extração, transporte e beneficiamento
cas e Padrões do FSC, ressalta que é preci-
da madeira, de modo a permitir demonstrar
so entender que a certificação sozinha não
com certeza que elas satisfazem as exigên-
vai resolver todos os problemas do setor,
cias da sustentabilidade total da empresa.
“mas é uma importante ferramenta para a
No mercado global em que vivemos, no
solução”, destaca. Para a coordenadora, o
qual a concorrência é cada vez mais forte,
processo de certificação faz com que as
torna-se fundamental que as organizações
empresas façam uma importante refle-
demonstrem sua capacidade de integrar o
xão sobre vários aspectos, como o social
tema da sustentabilidade na gestão estraté-
- como é o relacionamento com a comu-
gica. Considerando a importância da certi-
nidade e de que forma a empresa contribui
ficação, é preciso saber se as necessidades
para melhorias socioeconômicas - além de
impostas estão adequadas a realidade bra-
considerar aspectos ambientais que antes
sileira e se ela realmente proporciona be-
não eram solucionados.
36 CERTIFICAÇÃO . B. FOREST
Tipos de certificação
ganizações não governamentais, sem fins
No Brasil, existem dois tipos de certifi-
lucrativos, independentes e internacionais
cação: de Manejo Florestal, que é a verifi-
que desenvolveram esquemas de certifi-
cação de uma área florestal, de forma in-
cação florestal: o FSC (Forest Stewardship
dependente, garantindo que a área florestal
Council) e o PEFC (Programme for the En-
em questão é manejada de acordo com
dorsement of Forest Certification).
normativos e requisitos pré-estabelecidos;
O sistema FSC possui parâmetros mun-
e a da Cadeia de Custódia, que é a verifi-
diais, é mantido por um fórum de participa-
cação da rastreabilidade da matéria-prima
ção aberta à sociedade civil e possui equi-
proveniente da floresta em todas as etapas
líbrio entre três câmaras compostas por
de transformação do produto até chegar ao
representantes das áreas econômica, social
consumidor final.
e ambiental. Já o PEFC possui o CERFLOR, que está vinculado ao INMETRO. Os dois
produto da APCER (Associação Portuguesa
sistemas de certificação possuem caráter
de Certificação, entidade certificadora de
não governamental, voluntário, indepen-
referência em Portugal), existem duas or-
dente e possuem boa aceitação internacio-
Crédito: Divulgação
Segundo Carolina Nogueira, gestora de
B. FOREST . CERTIFICAÇÃO 37
Crédito: Divulgação
nal, sendo atualmente considerados estra-
por abuso de poder, cometem erros”, es-
tégicos para a exportação de produtos de
clarece.
base florestal provenientes do Brasil.
Outro problema citado por ela são as questões regionais. “Existe um setor do FSC
Entraves
ligado a ambientalistas mais orgânicos que
Apesar dos benefícios já mencionados,
pregam a não utilização de nenhum quí-
muitas empresas encontram entraves no
mico, por exemplo. Mas sabemos que nas
processo de certificação, seja do manejo
regiões tropicais, não só no Brasil, existem
ou da cadeia de custódia. Uma das recla-
pragas que só são eliminadas com a utili-
mações frequentes são sobre as exigências
zação destes produtos. As formigas corta-
e a postura dos auditores, que agem de for-
deiras são um exemplo”, explica. De acordo
ma inapropriada. Ivone Namikawa, da Kla-
com ela, existe um diálogo para que tanto
bin, explica que as certificadoras possuem
a câmara ambiental quanto a econômica
padrões para que o processo de auditoria
entrem em consenso e, assim viabilizem a
seja feito da forma mais simétrica possível.
atividade florestal.
“No entanto, as auditorias são feitas por
Ariel, da Lwarcel, também ressalta a
pessoas, que por falta de treinamento ou
questão dos químicos. Para ele, devido à
38 CERTIFICAÇÃO . B. FOREST
B. FOREST . CERTIFICAÇÃO 39
abrangência global da norma, a política de
produtivas certificadas”, acredita.
químicos vigente não leva em consideração
Tendência
demandas locais. “No Brasil, por exemplo,
A certificação florestal começou no iní-
isso pode se tornar um problema grave no
cio dos anos 1990, desta época em diante,
futuro, uma vez que alguns dos químicos
muita coisa mudou no setor, novas práticas
banidos pela certificação são imprescindí-
foram adotadas, máquinas e produtos sur-
veis para o combate de pragas importantes,
giram, fazendo com que a atividade fosse
que se não controladas podem ser respon-
se desenvolvendo com o passar do tempo.
sáveis por grandes perdas”, destaca.
Os princípios e critérios avaliados devem
Outro ponto que chama a atenção do
acompanhar essa evolução. O FSC, por
gerente florestal é a dificuldade para a cer-
exemplo, faz uma revisão de suas exigên-
tificação de pequenos empreendimentos.
cias a cada cinco anos e, a cada três anos,
“Apesar de já existirem iniciativas no senti-
faz uma reunião internacional para discutir
do de facilitar esse processo, seja pelo alto
todas as demandas do setor. Por esse motivo, Ricardo Camargo, coor-
requisitos da certificação, ainda é difícil a
denador de plantações florestais do Imaflo-
inclusão desse tipo de produtor nas cadeias
ra, acredita que a tendência da certificação
Crédito: Divulgação
custo ou pela dificuldade em atender aos
40 CERTIFICAÇÃO . B. FOREST
florestal é de crescimento e consolidação.
aspectos gerais de sustentabilidade.
“Tempos atrás a certificação florestal podia
Guilherme de Andrade, também coor-
até ser considerada uma alternativa de di-
denador de plantações florestais do Imaflo-
ferencial de produto e ou de preço. Atual-
ra, aponta como outra tendência a inserção
mente, cresce o aspecto estratégico de in-
de produtores de menor porte (fomentados
serção e manutenção de mercados. Outro
e parceiros), do setor de siderurgia e produ-
aspecto é que atualmente essa ferramenta
ção de energia, além do aumento da parti-
representa maior importância para as ex-
cipação de fundos de investimentos na área
portações de produtos florestais brasileiros”,
de plantações florestais que demandam a
aponta. Ele estima que em um futuro pró-
certificação como instrumento que garante
ximo a mesma importância seja dada aos
a adequação econômica, social e ambien-
mercados domésticos, principalmente se
tal dos investimentos. “Já para o setor de
considerarmos questões relacionadas com
florestas naturais a tendência é do aumen-
a obtenção de financiamentos e habilitação
to dos processos de certificação, principal-
para participação em licitações públicas ou
mente, em áreas de concessão florestal”,
privadas que consideram o atendimento de
acrescenta.
Como é feita a certificação? O processo de certificação é um processo voluntário e pode ser resumido em 5 etapas: Contato inicial: a empresa florestal entra em contato com a certificadora reconhecida para providenciar auditorias de certificação segundo o esquema escolhido. Avaliação/Auditoria: consiste em uma análise geral do manejo, da documentação e da avaliação de campo. O seu objetivo é preparar a operação para receber a certificação. Nessa fase são realizadas as consultas públicas, quando os grupos de interesse podem se manifestar. Adequação: após a avaliação, a operação florestal deve se adequar as não conformidades (quando houver). Certificação da operação: a operação florestal recebe a certificação. Nessa etapa, a certificadora elabora e disponibiliza um resumo público e um certificado. Este é incluído na base de dados FSC ou PEFC/CERFLOR. É enviado um kit de marcas FSC ou PEFC/CERFLOR para a empresa certificada poder evidenciar a sua certificação. Monitoramento anual: após a certificação é realizado pelo menos um monitoramento da operação ao ano. O certificado tem validade de 5 anos. Serão realizados 4 monitoramentos antes da renovação da certificação para emissão de um novo certificado. Fonte: FSC
B. FOREST . CERTIFICAÇÃO 41
Ponsse no Brasil: Uma década de história
S
uperação e inovação marcam os primeiros anos de atividade da empresa 100% florestal no mercado brasileiro.
42 10 ANOS PONSSE . B. FOREST
E
mpresas florestais buscam sempre
de serviços em Mogi das Cruzes (SP).
por uma “fórmula mágica” que una a
Em sua chegada, a Ponsse encontrou um
qualidade das máquinas, a inovação
mercado desafiador, afinal, diferentemente
e a alta produtividade com a satisfação
do mercado europeu, onde o sistema Cut-
dos clientes. Quando levada com afinco,
to-Lenght não é apenas uma realidade, mas
na grande maioria dos casos, resulta em
uma necessidade, o mercado brasileiro
sucesso. Mas um elemento a mais pode
apresentava uma diversidade de sistemas
proporcionar a verdadeira diferença e é nele
adotados pelas empresas nacionais. Além
que a marca finlandesa Ponsse aposta em
disto,
seus 46 anos de história, o Espírito Ponsse!
tributárias e a presença de outras marcas
É ele que move o dia a dia da empresa,
já consolidadas também foram obstáculos
proporcionando alta sinergia entre seus
a serem superados. “Os desafios foram
colaboradores e clientes.
grandes, mas também tivemos grandes
Graças
a
esta
gestão,
a
a
extensão
territorial,
questões
empresa
conquistas. Neste processo, cada cliente
está presente em mais de 40 países
Ponsse fez parte de um momento marcante
disponibilizando máquinas e equipamentos
em nossa história. Hoje, graças a eles,
projetados para o método de corte no
estamos presentes nas principais regiões
comprimento (Cut-to-Lenght). Atualmente,
florestais do pais”, relembra Fernando
já são mais de 11 mil máquinas entregues.
Campos, gerente de vendas e marketing da
Além delas, sistemas de informações e
Ponsse Brasil.
serviços próprios auxiliam no fortalecimento da marca.
Adaptar os equipamentos de acordo com a necessidade do cliente também é um
Com o mercado florestal brasileiro, o
diferencial da marca. Um ótimo exemplo
vínculo foi iniciado há exatamente 10 anos,
é o cabeçote H77 Euca, desenvolvido
quando a diretoria internacional o viu como
especialmente para o mercado brasileiro, no
estratégico para investimentos devido à
qual a cultura do eucalipto é predominante e
presença de grandes empresas florestais
o descascamento é uma atividade essencial.
e perspectivas de crescimento. Assim,
“Lançamos este cabeçote em 2014, após
em 2006, a Ponsse Latin America marcou
anos de desenvolvimento. Hoje, podemos
presença no território nacional com a
afirmar que ele atende as exigências de
instalação de seu escritório central e centro
descascamento do mercado brasileiro”,
B. FOREST . 10 ANOS PONSSE 43
afirma Fernando.
Na história da Ponsse com o Brasil,
Outros produtos que também chamam
um outro acontecimento que merece
atenção são os modelos 2015 de Harvester e
destaque foi a apresentação do Harvester
Forwarder Ponsse, que foram desenvolvidos
ScorpionKing ao mercado. A máquina
principalmente com base no feedback dos
chegou ao país no último ano e viajou
clientes do mundo todo. Os novos modelos
pelas principais capitais florestais, sendo
foram projetados essencialmente com foco
apresentada
para
na durabilidade, produtividade, ergonomia
fornecedores
e
e fácil manutenção.
Ponsse Scorpion pode ser considerado
clientes,
amigos.
O
parceiros, Harvester
PONSSE NO BRASIL
Centro de Serviços em Eunápolis (BA)
Centro de Serviços em Belo Oriente (MG) Centro de Serviços em Telêmaco Borba (PR)
Escritório central + centro de serviços em Mogi das Cruzes (SP) Distribuidor TimbeForest em Curitiba (PR) / Lages (SC) / Guaíba (RS)
44 10 ANOS PONSSE . B. FOREST
NOVA DIREÇÃO Como parte do crescimento da Ponsse Latin América a partir de agosto, ela contará com um novo diretor, o finlandês, Marko Mattila. Além de ser engenheiro florestal e intimamente ligado ao setor, Marko faz parte da equipe Ponsse desde 2007. Iniciou como diretor da Ponsse América do Norte, onde esteve até 2012. Logo após, assumiu como diretor dos distribuidores Ponsse dos países bálticos, norte-americanos e Chile. Marko assume a subsidiária brasileira após ter visitado os grandes clientes da Ponsse no Brasil, durante o mês de maio. Marko Mattila
uma revolução de fabricação e tecnologia
região sul. “Acreditamos que a Ponsse tem
no mercado, ganhando muitos prêmios
apresentado um crescimento sustentável
por inovação, design, desenvolvimento na
no Brasil, por isto, continuamos apostando
Europa.
no constante feedback dos nossos clientes
Para superar as questões de logística,
para oferecermos equipamentos florestais
distribuição e serviços, a Ponsse conta
de qualidade para suas operações”, avalia
hoje com um escritório central e centro
o gerente de vendas e marketing da
de serviços em Mogi das Cruzes (SP) e
Ponsse Brasil. Para que o crescimento seja
mais 3 centros de serviços - Eunápolis
duradouro, a empresa continua apostando
(BA), Belo Oriente (MG), Telêmaco Borba
no relacionamento de longo prazo, na
(PR). Para completar, em 2015 firmou
capacitação da mão de obra técnica e
parceria com a Timber Forest, empresa
operacional e também na excelência em
que se tornou distribuidora da marca para a
pós-venda.
B. FOREST . 10 ANOS PONSSE 45
Pequenas Notáveis
Q
uando assunto em questão envolve a qualidade e funcionalidade das máquinas e equipamentos utilizados nas operações florestais, não há dúvida que a melhor
forma de avaliação é vê-los em operação no seu real ambiente de trabalho, a floresta!
Crédito: G. Castro / Malinovski
por Giovana Massetto & Gustavo Castro
N
o último mês, a Revista B.Forest
demonstrações aplicadas no campo. Por
foi convidada para conhecer o ca-
isto, o dia teve início com uma palestra do
sal de máquinas da empresa sueca
Prof. Dr. Mário Dobner da UFSC, com tema,
Vimek em operação de desbaste 100% se-
Desbaste pelo Alto – Uma Alternativa Ren-
letivo, em um dia de campo realizado pela
tável para Povoamentos de Pinus taeda. A
Cranab Fassi do Brasil, em São Bento do Sul
prática tem como objetivo reduzir artificial-
(SC).
mente o número de árvores baseado em
O evento usou como fórmula a apresen-
critérios de seleção como dominância, qua-
tação de conteúdo técnico e, na sequência,
lidade e distribuição. “Os resultados apre-
48 DIA DE CAMPO . B. FOREST
sentados pelo experimento realizado no Sul
apoio de Altimar Marsaro (UFSC) e Alaércio
do país demonstram que desbastes pelo
Denega (UDESC). O experimento ocorreu
alto aumentam substancialmente o cresci-
em um povoamento de Pinus taeda com
mento de árvores de P.taeda. O diâmetro
8 anos de idade, espaçamento de 2,5 x 3,0
das árvores e, consequentemente, o VMI
metros, VMI médio de 0,15 m³ e área basal
são maiores quanto mais intensa a liberação
de 41,46 m²/ha. “Na operação foi selecio-
de concorrência”, justificou o pesquisador.
nada uma árvore potencial a cada 6 m com
ticipantes argumentaram sobre a atualiza-
remoção de duas concorrentes por árvore potencial”, detalhou o Prof. Dr. Jean.
ção do método, questionando a viabilidade
Para fechar a manhã técnica, uma pales-
econômica do mesmo e os impactos nos
tra sobre as soluções para o mercado flo-
indivíduos remanescentes. Nestes casos,
restal das empresas Vimek, Cranab Group e
Mário Dobner explicou que os resultados
Bracke Forest foi proferida por Gilson San-
apresentados em sua pesquisa de desbas-
tos, diretor superintendente da Cranab Fassi
te “extremo” nem sempre são vistos com
do Brasil. Entre os equipamentos apresen-
bons olhos para aplicação nos povoamen-
tados, destaca-se como já em operação no
tos comerciais, porém “os resultados obti-
Brasil, a plantadeira da Bracke Forest, os de-
dos nos povoamentos submetidos à inten-
mais equipamentos das marcas são utiliza-
sidade extrema permitem concluir que não
dos no mercado europeu.
há qualquer receio quanto à intensidade do
Como novidade do Dia Campo de Cam-
desbaste e eventuais perdas de produção,
po, houve a apresentação do “Dream Team”
mesmo considerando intensidades muito
da Vimek, formado pelo Harvester 404T6 e
além daquelas que seriam empregadas em
o Forwarder 610.2. O casal de máquinas é
povoamentos comerciais”, justificou.
indicado para a realização do primeiro des-
Na sequência, os participantes tiveram
baste devido ao seu tamanho e peso. “Os
acesso a informações sobre o experimen-
equipamentos têm a parte frontal idêntica,
to realizado com as máquinas Vimek com
este diferencial permite uma gestão mais
desbastes 100% seletivos pelo alto, em área
eficiente da frota, assim como a disponibi-
da Valor Florestal, na palestra ministrada
lização de peças standard para reposição”,
pelo Prof. Dr. Jean Sampietro da UESC com
destacou Gilson. B. FOREST . DIA DE CAMPO 49
Crédito: Divulgação / Remasa
Durante a palestra, os mais de 50 par-
Máquinas em Operação
sultados que confirmam a viabilidade das
Desde de janeiro, o Harvester 404T6 e o
operações de desbaste 100% seletivo. “Já
Forwarder 610.2 estão sendo testados em
trabalhei com máquinas standard destina-
áreas plantadas de Pinus taeda, da empresa
das ao setor florestal e antes de vir para o
Valor Florestal. Eles já foram submetidos a
Brasil e ter acesso ao experimento e os re-
mais de 400 horas de operação e os resul-
sultados alcançados aqui, tinha dúvidas so-
tados tem sido positivos. “As premissas ini-
bre a viabilidade, mas eles mudaram o meu
ciais aos testes, que viabilizariam a utilização
pensamento e agora acredito que seja real-
das máquinas, foram confirmadas, tanto no
mente uma oportunidade para nossa em-
que se refere ao consumo de combustível
presa e para o mercado nacional”, avaliou.
quanto os danos as árvores remanescentes,
Para Francisco Moreira, diretor executi-
eles foram muito baixos”, contou o diretor
vo da Agência da Madeira, ver este tipo de
superintendente da Cranab Fassi do Brasil.
equipamento em operação no mercado flo-
Na operação de desbaste 100% seletivo
restal brasileiro sempre foi sonho. “Estamos
foi possível observar que ambas as máqui-
vivendo um período de escassez de mão
nas se deslocavam com agilidade pelo po-
de obra e esta realidade, em muitos casos,
voamento, inclusive entrelinhas. Uma par-
acaba impactando na decisão da realização
ticularidade só possível pela dimensão dos
do desbaste, pois faltam profissionais para
equipamentos. De acordo com os estudos,
realizar a operação de forma semi-meca-
nas condições citadas, o conjunto pode al-
nizada. Com a chegada das máquinas da
cançar produtividade de até 12,5 m³/h. Além
Vimek será possível realizar a operação em
disto, o impacto ao solo é mínimo. O resul-
menor tempo e de forma mecanizada”, ob-
tado é consequência dos apenas 4.400 kg
servou. No que tange o Cluster da Madeira
do Harvester e 4.700 kg do Forwarder, que
do Médio Rio Tibagi, a chegada dos equipa-
tem capacidade de carga de 5.000 kg.
mentos, vem como uma ferramenta impor-
O CEO da Cranab, Anders Strömgren, acredita que o conceito que as máquinas na
tante para o incentivo do manejo das florestas para a indústria madeireira.
Cranab trazem para o Brasil não é tão difun-
Depois de ter acompanhado os expe-
dido ainda, mas os experimentos realizados
rimentos, desde o princípio, Carlos Henri-
pelas universidades estão apresentando re-
que Panek da Valor Florestal, avalia positi-
50 DIA DE CAMPO . B. FOREST
vamente o casal de máquinas. “O Harvester
é ideal”, ponderou. Segundo ele, no que se
é bastante competitivo no que se refere ao
refere aos impactos no solo e árvores rema-
consumo de combustível e performance. O
nescentes, a avaliação também é positiva.
Forwarder tem boa capacidade, ainda pre-
“O Forwarder, não causou praticamente ne-
cisa de algumas adaptações, mas para áre-
nhum dano, se estivéssemos utilizando um
as onde não ocorre o desbaste sistemático,
Skidder, por exemplo, este seria evidente.”
HARVESTER VIMEK 404T6
FORWARDER VIMEK 610.2
MOTOR: CAT 2,2T
MOTOR: CAT 2,2T
POTÊNCIA: 44 KW OU 59 HP
POTÊNCIA: 44 KW OU 59 HP
TRANSMISSÃO: HIDROSTÁTICA/MECÂNICA
TRANSMISSÃO: HIDROSTÁTICA/MECÂNICA
LARGURA: 1,80 OU 2,05 M PESO: 4.400 KG ALCANCE MÁX. DA GRUA: 4,60 M
LARGURA: 1,90 OU 2,00 M PESO: 4.700 KG CAPACIDADE DE CARGA: 5.000 KG GRUA: MOWI P25 ALCANCE MÁX. DA GRUA: 5,20 M
DIÂMENTRO MÁX. DE CORTE: 300 MM
LEVANTAMENTO A 5,20 M: 400 KG
PESO: 300 KG
ÁREA DA GRUA: 0,16 M²
Crédito:Divulgação / Vimek
CABEÇOTE: KETO SILVER SUPREME
B. FOREST . DIA DE CAMPO 51
52 KWF DIA DE 2016 CAMPO . B. FOREST . B. FOREST
KWF-Tagung 2016 Tradição e sucesso! maior feira florestal da Alemanha
Crédito: Malinovski
A
umento do número de expositores e visitantes marca a décima sétima edição da
B. FOREST B. FOREST . DIA. DE KWF CAMPO 2016 53
N
ão há quem visite a KWF-Tagung
mos objetivos ambiciosos, e felizmente al-
que não sinta as marcas da tradi-
cançamos todos eles”, avaliou a diretora da
ção que envolve o setor florestal.
KWF, Ute Seeling.
O país tem uma ampla cultura florestal, as-
A diretora também destacou a forte
sim como, a presença de grandes centros
presença de profissionais de outros países
de ensino e pesquisa, instituições e funda-
com 25 delegações. “Recebemos visitantes
ções voltadas ao setor.
de diversos países europeus, mas também
Outro aspecto marcante são as técnicas
do Japão, China, Rússia e Brasil”, contou.
de manejo utilizadas para extrair a madeira.
O Brasil foi representado por um grupo de
Ela foi facilmente observada pelos profis-
10 profissionais florestais, que viajou junto
sionais florestais que foram até a cidade de
com a Malinovski para a feira.
Roding, na região da Bavária (Alemanha).
O Brasil também foi representado pela Expoforest. A Feira Florestal Brasileira divi-
nizada pelo Kuratorium für Waldarbeit und
diu um estande com as feiras florestais di-
Forsttechnik e.V, contou com 551 exposito-
nâmicas mundiais que fazem parte da FDF
res de 24 países e recebeu aproximadamen-
(Forestry Demo Fairs) – Elmia, Eko-Las, KW-
te 51 mil visitantes que puderam encontrar
F-Tagung, FinnMetko, Euroforest, AusterFo-
inovações e lançamentos das principais em-
resta. A próxima edição da Expoforest será
presas florestais do mundo. “A 17ª edição da
realizada em 2018, no interior do estado de
feira foi um sucesso para nós. Estabelece-
São Paulo. Crédito: Malinovski
Na edição 2016, a KWF-Tagung, orga-
Grupo brasileiro que visitou a KWF-Tagung
54 KWF 2016 . B. FOREST
B. FOREST . DIA DE CAMPO 55
Visita Guiada Mais de 7 mil visitantes puderam participar de uma atividade exclusiva da KWF-Tagung, uma visitação guiada em pontos pré-definidos da feira. Nestes pontos, correm demonstrações técnicas de operações florestais, que são de responsabilidade técnica e operacional de empresas ou 56 DIA DE CAMPO . B. FOREST
instituições de ensino e pesquisa.
Crédito: Malinovski
B. FOREST . DIA DE CAMPO 57
Destaques Dois segmentos mostraram crescimento relevante nesta edição da feira. O da biomassa com picadores destinados a produção de energia, e os drones aplicados as atividades de manejo. Estes contaram com uma área exclusiva, onde expositores puderam apresentar
Crédito: Divulgação / KWF
seus produtos e projetos para a área.
58 KWF 2016 . B. FOREST
Crédito: Divulgação / KWF
B. FOREST . DIA DE CAMPO 59
CrĂŠdito: Malinovski
60 KWF 2016 . B. FOREST
Os destaques da KWF-Tagung ficaram para as marcas Komatsu Forest, Ponsse e John Deere que apresentaram seus lançamentos e modelos que estão sendo disponibilizados para o mercado florestal.
Crédito: Malinovski
Komatsu Forest
Crédito: Malinovski
Lançamento do Harvester 931XC de oito rodas
Forwarder Komatsu 855 B. FOREST . KWF 2016 61
CrĂŠdito: Malinovski
Ponsse
CrĂŠdito: Malinovski
Harvester Beaver
62 KWF 2016 . B. FOREST
B. FOREST . KWF 2016 63
CrĂŠdito: Malinovski
Forwarder Bufallo
64 DIA DE CAMPO . B. FOREST
CrĂŠdito: Malinovski
Forwarder 1110E
Crédito: Malinovski
John Deere
Crédito: Malinovski
Harvester 1270G 8WD
Forwarder 1010E B. FOREST . KWF 2016 65
aos pequenos produtores florestais, uma característica do mercado europeu. exemplo, o mini-Forwarder 821 da 66 KWF 2016 . B.Como FOREST
empresa sueca, Alstor.
Crédito: Malinovski
Os visitantes também puderam ver equipamentos destinados
Para ver uma visão geral da KWF-Tagung 2016, veja o vídeo abaixo:
Crédito: Malinovski
Crédito: Harvester Forwarder & More
A próxima edição da KWF-Tagung, de acordo com a organização, será realizada em junho de 2020. O estado alemão que sediará a próxima edição será definido pelo conselho da KWF ainda este ano. Apenas em 2018, a organização anunciará em qual região da Alemanha, a décima oitava edição será realizada, afinal ela é itinerante. B. FOREST . KWF 2016 67
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
A
nálise econômica, preços das toras de pinus e eucalipto e uma grande expectativa de melhora na economia brasileira são os destaques do boletím
Crédito: Divulgação
mercadológico elaborado pelos profissionais da STCP
68 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
Indicadores Macroeconômicos
• Perspectivas Econômicas: A expectativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2016, segundo última estimativa do BCB (Banco Central do Brasil), é negativa em 3,44%. Se confirmada, o resultado repetirá o desempenho negativo da economia em 2015 e será a primeira vez que o país registrará dois anos consecutivos de alta contração na economia. Em 2017, a estimativa de crescimento do PIB se elevou de +0,50% para +1%. No entanto, estas projeções estão sujeitas às incertezas das decisões em curso na gestão política atual. • Inflação: Em maio/2016, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 0,78%, a maior taxa para o mês desde 2008. A inflação acumulada nos últimos 12 meses, alcançou 9,32%, significativamente acima do teto da meta anual de inflação do BCB de 6,5%. A estimativa do BCB é que o IPCA acumulado de 2016 encerre em 7,25% (ainda acima do teto da meta) e em 2017 em 5,50%. • Taxa de Juros: No início de junho, o COPOM manteve pela sétima vez seguida a taxa Selic em 14,25%, em linha com a política econômica da antiga presidência do BCB. Porém, com a mudança no comando da instituição, a flexibilização da política monetária deve começar em agosto. A estimativa é que a Selic encerre 2016 em 13% ao ano e em 2017 em 11,25% ao ano, de acordo com o Boletim Focus. • Taxa de Câmbio: Em maio/2016, a taxa média cambial encerrou em BRL 3,54/USD, resultando em valorização do Real com queda de -0,7% em relação à média de Abril/2016. A média cambial observada na 1ª quinzena de jun/2016 foi de BRL 3,48/USD, com oscilação entre BRL 3,38 (menor cotação em 11 meses) e 3,61/USD e perspectiva variável associada às expectativas do compromisso do novo governo com a economia. No acumulado do ano, o BRL se valorizou 13 % entre jan-maio. Economistas estimam taxa cambial média de BRL 3,65/ USD no final de 2016 e de BRL 3,81/USD em 2017.
STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2016. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – info@stcp.com.br
B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 69
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2016. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – info@stcp.com.br
70 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
A decisão certa e segura, que vale ouro, para sua floresta.
Fordor® é reconhecido pela sua total seletividade e gigantesca versatilidade de época de aplicação no controle de plantas daninhas, para as culturas de Pinus e Eucalipto. Um produto seguro e eficaz que proporciona rentabilidade ao seu negócio florestal.
Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. Uso exclusivamente agrícola.
B. FOREST
www.saudeambiental.bayer.com.br
. ENTREVISTA 71
“Produtores região
Sudeste
florestais
da
mencionam
tendência de alta de preços para a madeira em tora de serraria devido à incessante escassez de tora de maior diâmetro”
B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA 72
Crédito: Divulgação
Foto: Divulgação
72 ENTREVISTA . B. FOREST
Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2016. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – info@stcp.com.br
B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 73
• Comentários - Tora de Eucalipto: A grande parte das empresas brasileiras ainda aguarda as medidas econômicas a serem tomadas pelo novo governo e a definição do processo de impeachment presidencial no Congresso. Porém, a confiança dos empresários está melhorando, o consumo de insumos voltou a crescer e o ritmo da redução do emprego formal desacelerou. Se esses indicadores se confirmarem nos próximos meses, o Brasil poderá deixar o estado de recessão ainda em 2016. Entretanto, uma recuperação mais contundente dependerá de medidas de ajuste fiscal que o atual governo ainda não apresentou. Produtores florestais na região Sul relataram redução de até 10% no preço da lenha vendida, devido à forte queda de compra pelas cooperativas, em função da sobra de madeira utilizada na secagem de grãos da safra anterior. A expectativa é que elas voltem a comprar lenha nos próximos meses, para repor o estoque. Na região Sudeste, a demanda por madeira fina também segue fraca, devido a crise no setor siderúrgico. Segundo o IABr, o consumo de aço no Brasil de janeiro a maio caiu 35,4% em relação à 2015. Em maio, houve queda nas exportações de celulose da ordem de 11% (em valor) em relação a abril. Em volume, a redução foi ainda superior atingindo 13%. Cerca de 80% das exportações de celulose são de fibra curta (proveniente do eucalipto). Esta diminuição pode estar relacionada com a valorização do Real Brasileiro frente ao Dólar Americano no mês de maio, que chegou próximo de BRL 3,50/USD. Adicionalmente, em algumas regiões como no Centro-Oeste, observou-se redução na colheita florestal em função do período chuvoso, o que pode ter impactado a produção de celulose na região. Com relação ao mercado de tora grossa houve pequeno aumento nos preços na maioria das empresas. Produtores florestais da região Sudeste mencionam tendência
STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2016. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – info@stcp.com.br
74 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
de alta de preços para a madeira em tora de serraria devido à incessante escassez de tora de maior diâmetro. Outros reflorestadores e empresas integradas de painéis, que comercializam este tipo de tora, mantiveram os preços deste sortimento, devido à paralização da economia e estabilidade da demanda.
• Comentários - Tora de pinus: De modo geral, os preços de madeira fina de pinus tiveram pequeno aumento no último bimestre. Na região Sul, empresas integradas da indústria de painéis reconstituídos continuam sentindo o aumento da demanda por toras finas (celulose e painéis) e de toras médias (serraria I) em função do start-up de empresa do setor de celulose. A expectativa do mercado quanto ao preço da tora fina é de possível elevação nos próximos meses por conta da maior demanda, a chegada do inverno (que gera maior dificuldade de abastecimento e pressiona os preços para cima) e também o repasse dos aumentos de custos de produção, principalmente relacionados à inflação e ao aumento do salário mínimo. Em algumas regiões, produtores florestais registraram aumento no preço da tora média (16-25 cm), aproveitando o avanço da demanda por este sortimento e conseguiram repassar a inflação no preço. Todavia, outros produtores florestais das regiões Sul e Centro-Oeste relataram escassez de consumidores e demanda estável, respectivamente, para o mesmo sortimento. Desta forma, optaram por manter o preço. Com relação as toras acima de 25 cm, observa-se ainda enfraquecimento da demanda por madeira serrada, visto que há forte retração da construção civil no mercado nacional. Além disso observou-se aumentou da inadimplência, forçando o produtor florestal a negociar toras com pagamento à vista.
STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2016. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – info@stcp.com.br
B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 75
APRE PARTICIPA DA CONSTRUÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA PARA OS CULTIVOS FLORESTAIS NO PARANÁ
A
Crédito: Divulgação
APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), representada pelo gerente executivo Ailson Loper, é uma das entidades envolvidas na discussão do Plano Estadual de Cultivos Florestais para o Estado do Paraná. A comissão, liderada pela Emater (Instituto Paranaense de Assistênca Técnica e Extensão Rural), vem se reunindo desde o início de maio e já tratou dos antecedentes, das justificativas, dos cenários e dos obstáculos para a elaboração do plano. De acordo com Loper, a comissão conta com representantes de diversos órgãos relacionados à produção de florestas no Paraná. Este grupo vem discutindo os melhores instrumentos para o desenvolvimento dessa importante atividade. Benno Doetzer, diretor-presidente do Instituto de Florestas do Paraná, afirma que o estado pode avançar em questões como melhorar a distribuição de impostos gerados, a questão de crédito e da organização do setor. Para isso, o trabalho está sendo elaborado levando em conta os diferentes tamanhos de produtores. “A ideia é que a política pública possa atender às demandas de todos os elos da cadeia”, afirma.
76 ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES . B. FOREST
SISTEMA CONSTRUTIVO WOOD FRAME GANHA NORMA TÉCNICA
B.B.FOREST FOREST .. ESPAÇO ANÁLISE DAS MERCADOLÓGICA ASSOCIAÇÕES 77
Crédito: Divulgação
O
setor de madeira processada mecanicamente comemora uma importante conquista na área da construção civil. No dia 14 de junho, foi instalada a CE (Comissão de Estudos) da ABNT para desenvolver a norma técnica do sistema construtivo wood frame. Como parte interessada no avanço desse sistema construtivo no país, a ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria da Madeira Processada Mecanicamente) tem sido uma das principais protagonistas nesse processo juntamente com o Sinduscon-PR, a FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e outras instituições envolvidas na Casa Inteligente. No evento, foi definido que quem assume a Comissão de Estudos é o vice-presidente do Sinduscon-PR e representante da Comissão Casa Inteligente da FIEP, Euclésio Finatti. A ABIMCI assumiu a secretaria executiva da CE. Na ocasião também foi definida uma agenda de reuniões e formado o grupo que vai trabalhar na criação do texto da norma técnica. O grupo foi formado por 21 profissionais, que serão responsáveis por desenvolver o texto básico da norma. Na avaliação do superintendente do Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), Salvador Benevides, que foi responsável por apresentar como deverá ser o trabalho da Comissão de Estudos, o fato do setor ser bastante participativo é um ponto positivo. “A validação tripartite está muito consolidada com a participação de universidade, consultoria, academia, estudantes e empresários. Isso é muito importante, porque a norma é um conjunto de conhecimento e experiências. É um assunto denso. Não é fácil falar sobre norma técnica”, afirmou. Para o superintendente da Abimci, Paulo Roberto Pupo, a construção da norma permitirá que o sistema construtivo ganhe escala. Ele lembrou que a presença dos agentes financiadores em um grupo como esse é de extrema importância. “Precisamos ter linhas de financiamento que atendam o sistema construtivo. Vamos garantir ao país um novo modelo habitacional”, afirmou. A partir de agora, o desafio será fazer com que esse trabalho seja feito o mais rápido possível. “Queremos desenvolver a norma em até 12 meses”, declarou o coordenador da Comissão de Estudos, Euclésio Finatti. Para o setor florestal, o desenvolvimento de uma norma técnica relacionada ao sistema construtivo wood frame tem impacto positivo, afinal irá estimular aumento do volume de madeira destinado a este mercado. “A normatização e consequente financiamento do sistema construtivo por bancos tratá maior uso per capita da madeira, maior qualidade a matéria-prima e aumento da área de florestas plantadas para este fim”, avalia Paulo Pupo. Porém, segundo ele, as ações caminharão juntas. “O amadurecimento dessas ações e a participação das empresas envolvidas para o desenvolvimento do setor determinarão o ritmo de crescimento florestal”, finalizou Pupo.
CENIBRA MÓVEL CONTRA INCÊNDIOS
D
Crédito: Cenibra
urante este mês, a Cenibra realizou algumas atividades internas e externas em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho). Neste ano, as ações buscaram reforçar a importância da conscientização e integração ao meio ambiente para prevenir incêndios florestais e demais ameaças à biodiversidade. No dia 05, a unidade móvel de integração Empresa Comunidade, o Cenibra Móvel, esteve no Parque Ipanema (Ipatinga). O veículo, que funciona desde 2002 e já atingiu mais de 116 mil pessoas desde a sua inauguração, foi repensado para atender também às demandas de comunicação interna da empresa, com divulgação das ações de Compliance, meio ambiente e demais treinamentos. Já as comunidades puderam interagir com este novo espaço assistindo a sessões de vídeos. Esse novo conceito, ajuda na difusão das atividades socioambientais desenvolvidas pela empresa, além de possibilitar aos visitantes visualizar mais facilmente a aplicabilidade da celulose e do eucalipto no dia a dia. “Ações, treinamentos e apresentações foram ministradas dentro da própria Unidade Móvel, servindo, assim, como um novo canal de divulgação”, explicou Leida Hermsdorff, coordenadora de comunicação corporativa e relações institucionais da empresa. Para proporcionar mais comodidade e conforto aos empregados e comunidade, o Cenibra Móvel conta com equipamentos de infraestrutura, áudio, vídeo, climatização e acentos.
78 NOTAS . B. FOREST
FIBRIA IMPLANTA NOVA TECNOLOGIA NA COLHEITA FLORESTAL
P
Crédito: Fibria
ara ganhar em produtividade e na busca pela excelência operacional, a Fibria implantou uma nova tecnologia na colheita florestal. Ela consiste na instalação do sistema GPS nos Harvesters. Os operadores utilizavam mapas impressos com as informações geográficas que os orientavam para realizar suas atividades. A Fibria acoplou o sistema de GPS a essas máquinas para oferecer mais segurança ao operador ao possibilitar precisão de sua localização durante o deslocamento no talhão e também para melhorar o planejamento das atividades, visando redução de paradas na colheita. “O GPS funciona por meio de um software chamado Timbernavi. Assim que o operador liga o equipamento, visualiza o mapa digital e consegue identificar as características das áreas em sua volta, planejando seu deslocamento com mais rapidez e de forma mais assertiva. O benefício de utilizar a tecnologia como aliada às nossas atividades é para todos: operação e empregados”, afirma Luiz Sérgio Coelho Cerqueira Filho, gerente de colheita da Fibria para o estado de São Paulo. Para o operador de máquina Paulo César Aquino, os benefícios vão além. “O GPS nos garante mais segurança, apontando as áreas em declive e de conservação, por exemplo. Como a operação de colheita trabalha 24 horas, facilitou a localização das áreas demarcadas, principalmente no período noturno”, ressalta.
B. FOREST . NOTAS 79
KOMATSU FOREST LANÇA NOVA LINHA
P
Crédito: Komatsu
ara atender um mercado que busca pela alta produtividade a Komatsu Forest lançou recentemente, uma nova série de máquinas, entre elas os Forwarders 875 e 855 e o Harvester 931XC. O 875, é destinado a operações que demandam alta capacidade de carga no corte final. O FlexBunk é um dos responsáveis, afinal permite a ampliação do compartimento de carga. Com ele, a altura e largura do compartimento podem ser ajustadas a partir da cabine. O modelo tem capacidade de carga de 16 toneladas. Outros fatores contribuintes são o novo trem de força mais robusto, com maior potência do motor, torque e força de tração, mobilidade no terreno providenciada pelo Komatsu Comfort Bogie com portais, chassi em formato de barco com aço de alta resistência na parte inferior. O Komatsu 875 tem a opção de um guindaste recém-desenvolvido, com um torque de levantamento bruto de 145 kNm e um torque de giro bruto de 38 kNm. A máquina também conta com: sistema de suspensão Komatsu Comfort Ride que traz mais conforto ao operador; sistema de controle MaxiXplorer; e a balança de guindaste totalmente integrada, Protec Scale, que possibilita que as cargas sejam pesadas automaticamente para acompanhamento de produção e monitoramento operacional. O Forwarder 855 também é composto pelo compartimento de carga FlexBunk e pelo Komatsu Comfort Bogie. O seu sistema hidráulico foi atualizado com uma válvula do guindaste maior a qual, em combinação com o novo guindaste de longo alcance, Komatsu 130F, proporciona desempenho multifuncional melhorado e operação do guindaste rápida. Já o Komatsu 931XC é um Harvester de oito rodas construído com chassi único, uma junta articulada e eixo oscilante, uma função inclinação para a grua e cabine, assim como estabilizador Komatsu sensível a carga. O posicionamento central da grua e equipamento de inclinação que desloca o centro de gravidade em direção ao centro, garante que o peso da máquina seja distribuído igualmente entre todas as oito rodas. Para mais informações: www.komatsuforest.com.br
Forwarder Komatsu 875 80 NOTAS . B. FOREST
LOGSET HYBRID
A
Crédito: Logset
Logset lançou o novo Harvester 12H GTE Hybrid e para provar sua capacidade fez, em maio uma demonstração. A máquina operou em uma colina íngreme e, mesmo em condições desafiadoras, não precisou utilizar todo o seu potencial. De acordo com a Logset, este novo membro da família é a resposta à demanda do mercado e dos clientes. O desenvolvimento e a construção do 12H GTE híbrido teve como ponto de partida três princípios mestres: eficiência, comprovada pelo poder de resposta imediata, alta capacidade e consistência; economia, com baixo consumo de combustível, desempenho do motor estável e confiabilidade; e baixo impacto ao meio ambiente, pois tem baixas emissões de poluentes, pressão no solo e nível de ruído. De acordo com a fabricante, o 12H GTE combina todas essas vantagens ao mais alto nível possível. Ele pode diminuir o consumo de combustível por m³ de forma significativa sem comprometer a potência. O motor diesel, de 520 cv e torque de 2000 kN, é constantemente rodado a aproximadamente 1500 rpm. Segundo a Logset, não há picos de carga do motor. O baixo nível de emissões, consumo de combustível e nível de ruído possibilita que o Harvester seja mais sustentável e ambientalmente amigável. Em comparação à geração anterior, o 12H GTE com o motor CTA 8.4 l, alcança um aumento 72% na potência, aumento de 54% no torque, aumento de 27% no fluxo hidráulico, redução de 5% no nível de ruído e de 20 a 30% de redução no consumo de combustível. A solução híbrida presente no novo Harvester consiste em duas partes: o gerador/motor elétrico e a Powerpack, uma unidade fechada contendo um supercapacitor, as unidades de controlo e um sistema de refrigeração a água.
Harvester 12H GTE Hybrid B. FOREST . NOTAS 81
82 NOTAS . B. FOREST
BAYER FAZ OFERTA PARA ADQUIRIR MONSANTO
A
Crédito: Divulgação / Bayer
Bayer divulgou publicamente que pretende adquirir a Monsanto, com uma oferta para adquirir todas as ações ordinárias emitidas e em circulação por US$ 122 por ação, totalizando US$ 62 bilhões. A fusão deve proporcionar aos acionistas da Bayer um acréscimo de EPS em torno de 5% no primeiro ano completo após o fechamento e um percentual de dois dígitos depois disso. Inicialmente, a Bayer acredita que as contribuições aos rendimentos anuais advindas das sinergias totais cheguem a aproximadamente US$ 1,5 bilhão após o ano III, acrescidos a isso os benefícios derivados da oferta integrada em anos futuros. “Respeitamos muito os negócios da Monsanto e compartilhamos de sua visão para criar um negócio integrado que acreditamos ser capaz de gerar valor substancial para os acionistas de ambas as empresas”, disse Werner Baumann, CEO da Bayer AG. “Juntos, alavancaremos a experiência coletiva de ambas as companhias de forma a construir uma empresa líder na agricultura com capacidade de inovação excepcional para o benefício dos agricultores, dos consumidores, de nossos colaboradores e das comunidades onde operamos.”
B. FOREST . NOTAS 83
84 FOTOS . B. FOREST
B. FOREST B. FOREST . ENTREVISTA . VÍDEOS 85
86 VÍDEOS ENTREVISTA . B. FOREST . B. FOREST
2016
JUL
JULHO V Coneflor
12
Quando: 12 a 14 Onde: Bom Jesus (Piauí). Informações: www.vconeflor.com.br
2016
AGO
17
AGOSTO III Reforest - Simpósio Nacional sobre Restauração Florestal Quando: 17 a 19 Onde: Viçosa (MG). Informações: www.sif.org.br/@reforest2016/
2016
AGO
AGOSTO World Conference on Timber Engineering
22
Quando: 22 a 25 Onde: Viena (Áustria). Informações: http://wcte2016.conf.tuwien.ac.at/home/
2016
SET
22
SETEMBRO Demo International 2016 Quando: 22 a 24 Onde: Maple Ridge (Canadá). Informações: http://www.demointernational.com/
2016
SET
SETEMBRO Feria Forestal Argentina
22
Quando: 22 a 25 Onde: Misiones (Argentina) Informações: http://www.feriaforestal.com.ar/
B. FOREST
. AGENDA 87
2016
OUT
OUTUBRO II Encontro Brasileiro de Infraestrutura e Logística Florestal.
06
Quando: 06 a 07 de Outubro de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.infraestruturaflorestal.com.br
2016
NOV
NOVEMBRO Fórum Nacional Sobre Carvão Vegetal
08
Quando: 08 e 09 Onde: Belo Horizonte (MG). Informações: www.sif.org.br
2016
NOV
08
NOVEMBRO Fórum de Energia da Biomassa Florestal Quando: 08 e 09 Onde: Belo Horizonte (MG). Informações: www.sif.org.br
2017 MAI
22
MAIO Ligna Quando: 22 a 26 Onde: Hannover (Alemanha). Informações: www.ligna.de/home
2017
JUN
JUNHO Elmia Wood
07
Quando: 07 a 10 Onde: Jönköping (Suécia). Informações: http://www.elmia.se/
88 AGENDA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 89