B.Forest. A Revista eletrônica do Setor Florestal - Edição 21 / Ano 03 / n°6 Junho 2016

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2 ENTREVISTA . B. FOREST


B. FOREST

. ENTREVISTA 3


VENTOS EUROPEUS Estar em contato com o mercado florestal europeu proporciona aos profissionais florestais brasileiros uma visão ampla das tecnologias e conceitos utilizados pelos que podem ser considerados precursores e vanguardistas do setor. Mesmo com a distância que separa os continentes, compreender as técnicas de colheita utilizadas e os conceitos de produção sustentável se torna cada vez mais importante. A colheita florestal para pequenos produtores, técnica corriqueira na Europa, ainda encontra dificuldades no Brasil. Elas começam desde a definição de um pequeno e médio produtor até a escolha de equipamentos adequados para as operações. Fabricantes nacionais já oferecem soluções e aos poucos acompanhamos a chegada de tecnologias embarcadas. Saiba mais sobre esta realidade nas matérias de Colheita (p.16) e Dia de Campo (p.48). No que se refere as certificações exigidas para a exportação de produtos madeireiros aos mercados internacionais e comercialização nacional, as diferenças também existem. Em alguns casos, podem inclusive, trazer entraves para o crescimento do setor florestal brasileiro. Saiba quais sãos as vantagens dos selos FSC e CERFLOR, assim como, as dificuldades encontradas pelas empresas florestais para conquistar e manter as certificações. E já que falamos tanto em mercado europeu, acompanhe a cobertura da feira KWFTagung, realizada na Alemanha, neste mês de junho. Nossa equipe visitou a feira e selecionou lançamentos relevantes para o mercado florestal. A matéria exclusiva está na página 52. Saudações Florestais!!!

4 ENTREVISTA EDITORIAL . . B.B.FOREST FOREST


Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Editora: Giovana Massetto Jornalista: Amanda Scandelari Designer Responsável: Vinícius Vilela Designer Gráfico: Bernardo Beghetto Financeiro: Jaqueline Mulik Revisão Técnica: Gustavo Castro

Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior, Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain, Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).

B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal Edição 21 - Ano 03 - N° 06 - Junho 2016 Foto de Capa: Ponsse

Malinovski Florestal +55 (41) 3049-7888 Rua Prefeito Angelo Lopes, 1860 - Hugo Lange - Curitiba (PR) – CEP:80040-252 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br © 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.

B. FOREST B. FOREST . . ENTREVISTA EDITORIAL 5


6 ENTREVISTA . B. FOREST


Crédito: Divulgação


Setor engajado Walter Rezende Presidente da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do MAPA e da Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA

N

Walter

Sou advogado e muitos anos atrás

Rezende, que já é presidente

trabalhei para um conglomerado de

da

de

empresas do setor siderúrgico de Minas

Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA

Gerais. Ao conhecer a atividade florestal

(Confederação da Agricultura e Pecuária

fiquei encantado com a diversidade de

do Brasil), assumiu também a presidência

opções que ela oferece. Percebendo

da Câmara Setorial de Florestas Plantadas

essa oportunidade, comecei a plantar

do MAPA (Ministério da Agricultura,

eucalipto há 22 anos. Confesso que

Pecuária e Abastecimento). Ao contrário

foi uma excelente escolha, apesar do

do que muitos podem pensar, Walter

momento atual não ser o melhor, o

não é engenheiro florestal e não sonhou

setor continua bem. Acredito também

em trabalhar com o setor. Em entrevista

que

exclusiva para a Revista B.Forest, o

espaço ainda maior.

o

final

de

Comissão

março,

Nacional

no

futuro

conquistaremos

um

advogado conta como começou sua ligação intensa com a atividade florestal,

Trabalha com produção de madeira

fala sobre o cargo recém-assumido,

para geração de energia. Como avalia

suas funções já executadas e o que têm

o atual panorama da biomassa florestal

feito e pretende fazer em prol do setor.

para energia no Brasil? No final de março, assumi o cargo

Confira! Como o seu envolvimento com o setor florestal aconteceu? Ele começou de uma forma diferente. 8 ENTREVISTA . B. FOREST

de

presidente

de

Florestas

da

Câmara

Plantadas

do

Setorial MAPA.

Nesta oportunidade, me reuni com representantes

do

setor

florestal

e


“O que vejo é um mercado excelente,

com

grandes

expectativas, mas que precisa

Crédito: Divulgação

de organização”

B. FOREST

. ENTREVISTA 9


criamos um grupo de trabalho visando

um grupo de trabalho que visa mostrar

uma política mais justa para a energia

para

proveniente da madeira.

Energética), o setor florestal como

A biomassa florestal é totalmente desvalorizada

de

Pesquisa

solução e convencer que a saída para a

deve ao momento econômico, afinal

projeto de lei (3529/12) que determina

indústrias

fonte

a compra de 700MW de energia por

consumo

ano, no entanto ele não determina que

utilizam

reduziram

consideravelmente,

Muito

(Empresa

crise energética é a biomassa. Existe um

que

Brasil.

EPE

se

energética

no

a

esta

seu

até

porque

elas

uma porcentagem desse total deve ser

também não estão conseguindo vender

destinada à madeira. Então, a cana-

seu produto. Mas acredito que a partir

de-açúcar dominou essa quantidade

do momento que a economia começar

e não deixou espaço para a biomassa

a mostrar sinais de melhora, o setor de

florestal. Queremos, juntamente com

biomassa também deve se desenvolver.

o presidente da Frente Parlamentar

Outro ponto é a falta de investimento

de Silvicultura, Newton Cardoso Jr,

governamental. Os preços praticados

por meio de um decreto estabelecer

para gás e diesel são quase o dobro do

uma revisão dessa

que para a biomassa, que é uma fonte

necessidade de estabelecer um volume

renovável e limpa. Sempre digo que os

para o setor florestal.

lei, mostrando a

reservatórios do país não são azuis de água, mas sim verdes de floresta. Quem

Quais

vai acudir o setor energético brasileiro

presidente

serão as florestas, só que esta política

Florestas Plantadas do Mapa?

de tributação deve mudar.

são da

seus

objetivos

Câmara

como

Setorial

de

Um dos meus principais objetivos é valorizar o produtor, porque sinto na

Quais medidas devem ser tomadas para que este crescimento ocorra? Entendo

que

o

setor

classe. Também pretendo auxiliar na é

interação entre o produtor e a indústria,

remunerado como deveria. Por esse

encontrando um ponto de equilíbrio que

motivo, na Câmara Setorial, criamos

atenda as necessidades dos envolvidos.

10 ENTREVISTA DIA DE CAMPO . B.. FOREST B. FOREST

não

pele as dificuldades vividas por essa


B. FOREST

. ENTREVISTA 11


a logística, o custo de produção se Quais são as ações prioritárias a

eleva, inviabilizando a produtividade.

serem tomadas para o desenvolvimento

Os insumos estão caros e hoje não

da cadeia florestal?

se planta floresta de forma amadora,

A

princípio

envolvidos

afinal é a produtividade que determina

com o lançamento do Plano Nacional

o lucro do produtor. Já o mercado

de

pela

está diretamente ligado à logística.

Ibá (Indústria Brasileira de Árvores).

Para garantir o sucesso do plantio, a

Paralelamente,

engajados

floresta deve ser planejada já com um

em melhorar a imagem da biomassa

consumidor garantido e em um raio

florestal.

economicamente viável.

Florestas

estamos Plantadas, estamos

feito

Lutamos também pela viabilidade da

Não

se

deve

plantar

de

forma

compra de terras no Brasil com capital

aventureira sem saber o que fazer com a

estrangeiro. A autorização traria aumento

floresta. Recomendo que antes de plantar

para a produtividade brasileira e assim

seja feito um estudo de viabilidade que

geraria mais empregos. Por exemplo,

mostre qual a necessidade do mercado

sabemos que no primeiro trimestre do

para absorver sua floresta, a variação de

ano, o setor de celulose foi o que mais

espécie deve ser plantada, entre outras

produziu,

informações.

gerando

aproximadamente

15% a mais. Esse potencial pode ser ainda maior, só precisamos viabilizá-lo

Você

com a autorização de compra de terras.

Comissão e

Três palavras explicam as diretrizes de seu mandato:

mercado, logística

e produtividade. Pode explicar esses pontos? Esses

também

é

Nacional

Agrossilvicultura

presidente de da

da

Silvicultura CNA.

Quais

benefícios para o setor isso pode proporcionar? Quando assumi a Câmara do MAPA, fiquei um pouco preocupado porque

são

fatores

que

sempre

achei que estava concentrando muita

destaco como fundamentais. Acredito

representação do setor em uma única

que plantando sem preocupação com

pessoa, pensava que essas funções

12 ENTREVISTA . B. FOREST


deveriam

Mas

expectativa intensa. Ainda não houve

ligadas.

grande desenvolvimento porque ele

Agora vejo com bons olhos, porque

está dando os primeiros passos, mas

conheço o setor, desde o plantio até a

existe muito espaço para se ganhar. O

industrialização. Isso porque, além de

setor de compensados e painéis, está

produtor, também tenho uma indústria

estagnado por causa da economia, já

de transformação de madeira. Assim,

quando se fala em exportação, temos

posso colocar meu conhecimento em

um cenário bom.

ambas

ser estão

mais

dispostas.

diretamente

prol do setor.

O que vejo é um mercado excelente, com grandes expectativas, mas que

Como você avalia o desenvolvimento

precisa de organização. Esta, passa

do setor florestal nos últimos anos? O

por mercado, logística e produtividade.

que ainda falta melhorar?

Nisso,

Percebo-o

de

forma

estamos

bastante

engajados,

muito

tanto a Câmara Setorial quanto a CNA,

promissora. O setor de celulose já é

mas também precisamos da cooperação

grande e consolidado, em contrapartida

dos

a bioenergia passa por um momento de

governo e da mídia.

produtores,

das

indústrias,

do

“A biomassa florestal é totalmente desvalorizada no Brasil. Muito se deve ao momento econômico, mas acredito que a partir do momento que a economia começar a mostrar sinais de melhora, o setor de biomassa também deve se desenvolver”

B. FOREST

. ENTREVISTA 13




Mecanização também para o pequeno

I

dentificar um grande produtor florestal teoricamente é simples. Todo profissional florestal tem em mente quais são as grandes empresas do setor e uma estimativa

média da quantidade de madeira colhida mensal ou anualmente. Porém, qual é o limiar para definir um pequeno ou médio produtor florestal? E além disto, qual tipo de equipamento este produtor deve procurar para mecanizar suas atividades?

16 COLHEITA MANEJO . . B.B.FOREST FOREST


Crédito: Malinovski B.B.FOREST FOREST . . COLHEITA MANEJO 17


Q

uando o assunto é colheita,

adotado e, normalmente, as operações

o

são realizadas por motosserras, Fellers/

volume

é

um

indicador

fundamental. Todas as avaliações

Harvesters

de

pequeno

porte,

mini-

estratégicas são definidas tendo o volume

Skidders autocarregáveis e tratores com

colhido mensalmente como base. As

gruas.

máquinas e equipamentos utilizados são selecionados de acordo com o metro

Operação

estéreo ou metro cúbico a ser colhido. Até

Luiz Neto é um exemplo de pequeno

mesmo a definição de pequeno, médio e

produtor florestal e proprietário de uma

grande produtor se dá tendo este número

empresa que realiza colheita, na região

como parâmetro.

de Palmeira (PR), a Pinheiral. Ele conta

Porém, este valor não é unanimidade no

que suas operações de derrubada, des-

setor. Para tentar chegar a um denominador

galhamento e traçamento são feitas com

comum,

procurou

motosserra, já o arraste é feito com mi-

empresas fabricantes de maquínas para

ni-Skidder e o carregamento com grua

identificar o que eles consideram como

florestal. Além disto, ele explica que não

pequenos e médios produtores florestais.

consegue mecanizar totalmente suas ati-

Para a PenzSaur, um pequeno produtor

vidades devido ao alto investimento inicial

colhe até 2 mil m st (metros estéreos), o

na aquisição das máquinas. Para viabilizar

médio produtor 8 mil m st e acima disso

um Harvester ou um Feller, ele precisaria

é considerado um grande produtor. Já a

aumentar consideravelmente a quantidade

Timber Forest considera pequenos, os

de serviço. “Outra opção seria utilizar má-

que produzem até 10 mil m st por mês,

quinas menores e com valores reduzidos

médios até 40 mil m st e acima disso são

e equipamentos multifuncionais”, acredita.

considerados grandes produtores.

Para que a operação da Pinheiral se torne

a

Revista

B.Forest

de

totalmente mecanizada seria necessário

produção não é unanimidade, a forma

um incremento de cerca de 30% na pro-

como a colheita é feita pelos pequenos

dução, passando de 900 m st para 1.300

produtores

m st por mês.

Se

a

definição

é.

de

tamanho

Praticamente

em

todo

o país, o sistema semi-mecanizado é 18 COLHEITA . B. FOREST

Já na Copergera, uma cooperativa que


“ Mini-Skidders

e

de

Fellers

direcionados ao primeiro desbaste, essas máquinas podem ser utilizadas pelo pequeno produtor e são mais

Crédito: Divulgação / TMO

acessíveis”

B. FOREST . COLHEITA 19


distribuição das unidades de manejo. “Esse

terceiros, o sistema é similar. Mas a extra-

fator exige uma organização que ordene

ção da madeira é feita com autocarregável.

as operações de colheita destas pequenas

Marcos Speltz, presidente da Copergera,

e médias propriedades a fim de que a lo-

acredita que a mecanização da colheita

gística não inviabilize a operação”, justifi-

não é viável para pequenos e alguns mé-

ca. A topografia declivosa é outro motivo.

dios produtores por quatro fatores básicos.

Com terrenos que variam de levemente a

“O primeiro é o preço da madeira fren-

fortemente ondulado, a mecanização total

te ao custo da colheita mecanizada. Devi-

da colheita se torna um desafio devido ao

do a particularidade do manejo da coope-

custo da operação. Por fim, Marcos des-

rativa, o de alto fuste, visamos a produção

taca a escala de produção. Ele afirma que

de múltiplos produtos, na qual a primeira

devido à baixa demanda individual de pro-

operação é o desbaste, o qual gera apenas

dução de madeira, a mecanização se torna

a madeira fina, sem grande valor agrega-

inviável pelo alto investimento do sistema

do”, explica. O segundo é o grande raio de

frente a baixa escala de cada proprietário.

Crédito: Divulgação

realiza a colheita em áreas próprias e de

20 COLHEITA . B. FOREST


B. FOREST

. ENTREVISTA 21


Viabilidade

valor economizado com a diminuição do

Contudo, cada caso é um caso. Marce-

número de funcionários tem contribuído

lo Kosinski, sócio-diretor da Transkosinski,

para o pagamento dos investimentos re-

conta que a mecanização da colheita é

alizados”, explica. Ele destaca que para a

uma realidade em sua empresa. “Nos dias

mecanização se tornar viável, em primeiro

de hoje, a mecanização vem se tornando

lugar, deve-se ter uma produção que su-

viável devido à falta de mão de obra qua-

pra os custos dos investimentos. “Em nosso

lificada. Assim, substituindo profissionais

caso, atualmente, os volumes de produção

por equipamentos conseguimos reduzir o

mensais médios são de aproximadamente

número de funcionários e, consequente-

4 mil m st/mês de toretes para energia e

mente, encargos tributários, sendo que o

400 m st/mês de toras, o que fez com que

Crédito: Divulgação / PenzSaur

22 COLHEITA . B. FOREST


os custos da mecanização comparados ao

Tecnologia

sistema manual se tornasse viável”, escla-

Com base em sua experiência, Luiz

rece. Porém, de acordo com Marcelo, tudo

Neto acredita que falta um pouco de aten-

isso pode ser determinado por meio de

ção dos fabricantes de máquinas nacio-

um bom planejamento e investimentos em

nais para com os pequenos e médios pro-

equipamentos adequados a necessidade de

dutores. Para ele, faltam equipamentos de

cada produtor e uma boa dose de ousadia,

menor porte e custo. Ele destaca que já

tendo em vista que para o pequeno produ-

existem alguns equipamentos multifun-

tor, os investimentos iniciais se tornam um

cionais e de custo acessível para o peque-

pouco assustadores.

no produtor, mas que eles não englobam

Atualmente, a empresa realiza o siste-

toda a colheita. “O mini-Skidder funciona

ma de colheita em um turno de trabalho

muito bem. Para mim, ele foi a grande sa-

de segunda a sexta-feira. “Utilizamos o

cada dos fabricantes, porque não mono-

sistema de colheita Cut-to-Lenght. A der-

poliza o trator, que pode ser utilizado em

rubada das árvores e processamento são

outras culturas que o produtor desejar”,

feitos pelo Harvester (quando necessário

destaca. “Equipamentos multifuncionais e

cortamos com o auxílio de motosserra),

implementos que podem ser acoplados e

o baldeio é feito com autocarregável e o

desacoplados devem ser uma aposta dos

carregamento com grua florestal”, conta

fabricantes para os pequenos e médios

Marcelo. A Transkosinski utiliza também o

produtores”, acredita Luiz.

sistema Full-Tree, no qual as árvores são

Fato é que no Brasil já estão disponíveis

derrubadas com motosserra ou Harvester,

soluções para a realização da colheita de

arrastadas com mini-Skidder e processadas

forma semi-mecanizada. Empresas nacio-

novamente pelo mesmo Harvester, na beira

nais já oferecem soluções completas para

da estrada. “Esse sistema tem sido utilizado

todas as etapas de colheita. Recentemen-

devido ao maquinário que possuímos e as

te, acompanhamos a chegada de máqui-

condições da floresta e estradas. Essa tem

nas europeias destinadas a estas opera-

sido a melhor maneira encontrada para tra-

ções. Talvez, falte ainda, a percepção das

balhar, bem como, a que tem o menor cus-

grandes empresas da grande fatia de mer-

to”, ressalta o sócio-diretor.

cado carente de soluções competitivas. B. FOREST . COLHEITA 23


Lubrificação em dia

P

arte importante na manutenção, os lubrificantes são fundamentais para o bom funcionamento das máquinas e equipamentos. São eles que garantem o

desempenho mecânico, proporcionam economia para a operação e aumentam a vida útil dos componentes.

24 LUBRIFICANTES TECNOLOGIA . .B. B. FOREST FOREST


Crédito: Divulgação B. FOREST . LUBRIFICANTES 25


Q

uebras e manutenções corretivas causam diversos prejuízos para

sabre e graxas. De

acordo

com

Marcelo

Ferreira,

as empresas, desde o valor pago

gerente de peças da PESA, é importante

no concerto das máquinas e equipamentos,

manter as máquinas lubrificadas para

até a perda de produtividade e consequente

garantir

redução dos lucros. Por esses e outros

economia na operação e a durabilidade

motivos, a manutenção programada e

de seus componentes. Isso porque, se

preventiva é sempre a melhor opção.

faltar lubrificação, podem ocorrer quebras

Um dos pontos que precisam de muita

catastróficas e o conserto é muito mais caro

atenção é a lubrificação, afinal correias

do que a manutenção preventiva. Além

e engrenagens que fazem as máquinas

das, máquinas ficarem paradas, também

rodarem

ocasionam menor vida útil.

executam

suas

funções

o

máximo

desempenho,

plenamente se estiverem bem lubrificadas.

Por esse motivo, os fabricantes indicam

Nas máquinas florestais, são vários

que sempre seja feito um planejamento de

componentes

que

necessitam

de

troca de lubrificantes. “Ele é o princípio de

lubrificação, como também são grandes as

tudo, isto afeta não só a durabilidade dos

opções de lubrificantes. Os mais utilizados

componentes, mas também a segurança e

em equipamentos florestais são óleo de

qualidade do produto final”, afirma Jober

motor, óleo hidráulico, óleos para sistemas

Fonseca, gerente geral da Timber Forest,

de engrenagens, óleos para correntes de

empresa revendedora da Ponsse para o Sul

Crédito: Divulgação

os

26 LUBRIFICANTES . B. FOREST


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Crédito: Divulgação / John Deere

do Brasil.

as normas que esses lubrificantes devem

De acordo com Evandro Souza da Silva,

atender para o correto funcionamento do

engenheiro mecânico da John Deere,

equipamento. Outro fator que influencia

este planejamento é feito por meio de

na especificação do óleo é a temperatura

cálculos de engenharia, testes de bancada

do ar ambiente, na qual o equipamento

e de campo, todos baseados em normas

será utilizado. A John Deere indica,

e em durabilidade de componentes. “Os

considerando a temperatura ambiente

lubrificantes, ao longo do tempo de uso,

média de 25°C: óleo de motor – 15W40,

perdem suas propriedades de lubricidade e

especificação ACEA sequência E9 ou API

baseados nesses cálculos de engenharia e

CJ-4; óleo hidráulico – ISO 46 ou ISO 68,

testes é feita a recomendação para troca”,

especificação ISO 11158/DIN 51524 parte 3

explica.

(categoria ISO 67434: HV / DIN 51502 HVLP) ou ISO 15380/DIN 51524 parte 3 (categoria

as

Especificações técnicas

ISO 67434: HEES); óleo para sistema de

Cada fabricante de óleo estabelece

engrenagens – 10W30, especificação JDM

especificações

técnicas

dos

seus

J20D ou 85W90, especificação API GL-5

lubrificantes. As montadoras estabelecem

ou MIL-L-2105 B ou D ou ainda, 85W140,

28 LUBRIFICANTES . B. FOREST


especificação API GL-5 dependendo do

biodegradável ou equivalente; graxas –

equipamento e sua aplicação florestal; óleo

especificação Grau NLGI 2 com espessante

para correntes de sabre – qualquer óleo

de complexo de lítio a 9% ou superior.

Graxa x Óleo Muito se fala na diferença entre óleo e graxa e suas vantagens. Basicamente, a diferença entre eles é a viscosidade, a graxa é mais densa, semissólida ou pastosa, enquanto o óleo é líquido. É importante destacar que cada um tem uma aplicação distinta e um não deve ser substituído pelo outro. Para componentes rotativos, por exemplo, óleos são preferíveis. Já em aplicação como pinos e buchas, as graxas são indicadas. Outro fator que pode afetar a decisão é a temperatura de trabalho do lubrificante, normalmente, óleos conseguem trabalhar melhor em altas temperaturas, como

Crédito: Divulgação

por exemplo, em motores diesel.

B. FOREST . LUBRIFICANTES 29


Crédito: Divulgação

A quantidade de lubrificante que vai

5000 horas. Para Harvesters e Forwarder,

em cada máquina e componente varia de

a indicação é de 1000 horas; para Feller

acordo com a indicação do fabricante.

Bunchers, 2000 horas; para Skidders, 4000

“Um motor a diesel utiliza de 20 a 30 litros

horas; e para escavadeiras, 5000 horas”,

de óleo lubrificante, já um componente

explica Evandro.

hidráulico pode variar de 40 a 200 litros de

Jober ressalta que nos motores Mercedes

óleo hidráulico, dependendo do modelo

utilizados pela Ponsse, é permito pela fábrica

da máquina e seu peso operacional”,

intervalos de troca a cada 600 horas sem

exemplifica Marcelo, da PESA.

implicações de garantia, desde que se utilize óleos e filtros que atendam a norma da

Durabilidade

Mercedes. “Contudo, o fator determinante

Assim como a quantidade de lubrificantes

para isto é a utilização do diesel S10, caso se

aplicados, a durabilidade deles também é

aplique diesel S 500 este intervalo se reduz

variável, mas pode-se fazer uma média. “Os

para 300 horas”, destaca.

óleos de motor podem durar até 500 horas,

O óleo para sistemas de engrenagem,

já os óleos hidráulicos variam entre 1000 e

segundo o engenheiro mecânico da John

30 LUBRIFICANTES . B. FOREST


B. FOREST . LUBRIFICANTES 31


Deere, tem entre 1000 e 2000 horas de

que são enviadas para os laboratórios para

vida útil. As graxas são as menos duráveis,

análise. Com os resultados dessas amostras

variando de 10 a 250 horas, dependendo do

é possível determinar se o lubrificante está

componente e do equipamento.

em boa qualidade ou não”, completa.

O gerente geral da Timber Forest,

Marcelo, da PESA, conta que a empresa

ressalta que testes feitos em cabeçotes em

possui

um

programa

de

manutenção

campo e em laboratórios comprovam que,

preventiva, e todos os clientes que tem

independente de característica mecânica

contrato recebem as visitas de técnicos

do lubrificante, deve-se lubrificar pinos e

para fazer as manutenções periódicas, nas

buchas a cada 8 horas em virtude do número

quais são coletadas amostras dos óleos

de ciclos.

lubrificantes. “Para os clientes que não tem o contrato com a PESA, disponibilizamos os

Controle de Qualidade

frascos para a análise dos óleos, nos quais o

Todos os fabricantes concordam que de

cliente coleta a amostra de óleo e nos envia.

nada adianta fazer manutenção e a troca

Em cinco dias passamos os resultados para

regular dos lubrificantes se os mesmos não

o cliente”, complementa. São vários os tipos de lubrificantes,

afirma que para o processo de fabricação

as formas de monitoramento e controle

todos os lubrificantes são submetidos a

de qualidade. Cabe ao proprietário das

normas específicas, as quais garantem a

máquinas seguir as instruções dos fabricantes

qualidade. “Para os lubrificantes já aplicados,

para garantir o pleno funcionamento de

a melhor forma de controle de qualidade

seus equipamentos, evitando quebras e

é por meio da coleta de amostras de óleo

aumentando sua vida útil e produtividade.

Crédito: Divulgação

forem de qualidade. Sendo assim, Evandro

32 LUBRIFICANTES . B. FOREST


B. FOREST . TRANSPORTE 33


34 CERTIFICAÇÃO . B. FOREST


Certificação Florestal Tendência ou entrave?

A

ntes diferencial de mercado, hoje as certificações são uma exigência tanto para a exportação quanto para a conquista de novos mercados. Fato é que com o passar

dos anos, a certificação acabou se tornando primordial para as empresas florestais, mas em alguns casos tornou-se uma dor de cabeça devido aos entraves causados por exigências

Crédito: Divulgação

internacionais, outras por má conduta no momento da auditoria.

B. FOREST . CERTIFICAÇÃO 35


A

s preocupações ambientais têm

nefícios às empresas.

mudado gradativamente os pa-

De acordo com Ariel Evandro Fos-

drões de consumo da sociedade.

sa, gerente florestal da Lwarcel Celulose,

Com isto, as empresas têm buscado um

a certificação florestal é uma ferramenta

novo posicionamento relativo à sustentabi-

fundamental para garantir a perenidade e

lidade. O mau uso dos recursos florestais,

competitividade da empresa no mercado.

que por muito anos assombrou a atividade

“Além disto, ela proporciona credibilidade

florestal e ainda é responsável pela imagem

ao empreendimento perante a sociedade.

distorcida que uma parte da sociedade tem

Em função das exigências necessárias para

sobre o setor, estimulou uma reação defen-

obtenção da certificação, podem ocorrer

siva, a instauração da certificação florestal.

também impactos positivos indiretos, como

Com ela foi possível identificar as empresas

o aumento da produtividade, da satisfação

que manejam suas florestas obedecendo as

dos clientes e da qualidade da mão de obra

regras compatíveis com a sustentabilidade

envolvida no processo”, destaca Ariel.

plena. A certificação florestal configura uma

Contudo, Ivone Satsuki Namikawa, co-

ferramenta que permite a rastreabilidade

ordenadora de sustentabilidade florestal

das condições mais específicas de produ-

da Klabin e membro do Comitê de Políti-

ção, extração, transporte e beneficiamento

cas e Padrões do FSC, ressalta que é preci-

da madeira, de modo a permitir demonstrar

so entender que a certificação sozinha não

com certeza que elas satisfazem as exigên-

vai resolver todos os problemas do setor,

cias da sustentabilidade total da empresa.

“mas é uma importante ferramenta para a

No mercado global em que vivemos, no

solução”, destaca. Para a coordenadora, o

qual a concorrência é cada vez mais forte,

processo de certificação faz com que as

torna-se fundamental que as organizações

empresas façam uma importante refle-

demonstrem sua capacidade de integrar o

xão sobre vários aspectos, como o social

tema da sustentabilidade na gestão estraté-

- como é o relacionamento com a comu-

gica. Considerando a importância da certi-

nidade e de que forma a empresa contribui

ficação, é preciso saber se as necessidades

para melhorias socioeconômicas - além de

impostas estão adequadas a realidade bra-

considerar aspectos ambientais que antes

sileira e se ela realmente proporciona be-

não eram solucionados.

36 CERTIFICAÇÃO . B. FOREST


Tipos de certificação

ganizações não governamentais, sem fins

No Brasil, existem dois tipos de certifi-

lucrativos, independentes e internacionais

cação: de Manejo Florestal, que é a verifi-

que desenvolveram esquemas de certifi-

cação de uma área florestal, de forma in-

cação florestal: o FSC (Forest Stewardship

dependente, garantindo que a área florestal

Council) e o PEFC (Programme for the En-

em questão é manejada de acordo com

dorsement of Forest Certification).

normativos e requisitos pré-estabelecidos;

O sistema FSC possui parâmetros mun-

e a da Cadeia de Custódia, que é a verifi-

diais, é mantido por um fórum de participa-

cação da rastreabilidade da matéria-prima

ção aberta à sociedade civil e possui equi-

proveniente da floresta em todas as etapas

líbrio entre três câmaras compostas por

de transformação do produto até chegar ao

representantes das áreas econômica, social

consumidor final.

e ambiental. Já o PEFC possui o CERFLOR, que está vinculado ao INMETRO. Os dois

produto da APCER (Associação Portuguesa

sistemas de certificação possuem caráter

de Certificação, entidade certificadora de

não governamental, voluntário, indepen-

referência em Portugal), existem duas or-

dente e possuem boa aceitação internacio-

Crédito: Divulgação

Segundo Carolina Nogueira, gestora de

B. FOREST . CERTIFICAÇÃO 37


Crédito: Divulgação

nal, sendo atualmente considerados estra-

por abuso de poder, cometem erros”, es-

tégicos para a exportação de produtos de

clarece.

base florestal provenientes do Brasil.

Outro problema citado por ela são as questões regionais. “Existe um setor do FSC

Entraves

ligado a ambientalistas mais orgânicos que

Apesar dos benefícios já mencionados,

pregam a não utilização de nenhum quí-

muitas empresas encontram entraves no

mico, por exemplo. Mas sabemos que nas

processo de certificação, seja do manejo

regiões tropicais, não só no Brasil, existem

ou da cadeia de custódia. Uma das recla-

pragas que só são eliminadas com a utili-

mações frequentes são sobre as exigências

zação destes produtos. As formigas corta-

e a postura dos auditores, que agem de for-

deiras são um exemplo”, explica. De acordo

ma inapropriada. Ivone Namikawa, da Kla-

com ela, existe um diálogo para que tanto

bin, explica que as certificadoras possuem

a câmara ambiental quanto a econômica

padrões para que o processo de auditoria

entrem em consenso e, assim viabilizem a

seja feito da forma mais simétrica possível.

atividade florestal.

“No entanto, as auditorias são feitas por

Ariel, da Lwarcel, também ressalta a

pessoas, que por falta de treinamento ou

questão dos químicos. Para ele, devido à

38 CERTIFICAÇÃO . B. FOREST


B. FOREST . CERTIFICAÇÃO 39


abrangência global da norma, a política de

produtivas certificadas”, acredita.

químicos vigente não leva em consideração

Tendência

demandas locais. “No Brasil, por exemplo,

A certificação florestal começou no iní-

isso pode se tornar um problema grave no

cio dos anos 1990, desta época em diante,

futuro, uma vez que alguns dos químicos

muita coisa mudou no setor, novas práticas

banidos pela certificação são imprescindí-

foram adotadas, máquinas e produtos sur-

veis para o combate de pragas importantes,

giram, fazendo com que a atividade fosse

que se não controladas podem ser respon-

se desenvolvendo com o passar do tempo.

sáveis por grandes perdas”, destaca.

Os princípios e critérios avaliados devem

Outro ponto que chama a atenção do

acompanhar essa evolução. O FSC, por

gerente florestal é a dificuldade para a cer-

exemplo, faz uma revisão de suas exigên-

tificação de pequenos empreendimentos.

cias a cada cinco anos e, a cada três anos,

“Apesar de já existirem iniciativas no senti-

faz uma reunião internacional para discutir

do de facilitar esse processo, seja pelo alto

todas as demandas do setor. Por esse motivo, Ricardo Camargo, coor-

requisitos da certificação, ainda é difícil a

denador de plantações florestais do Imaflo-

inclusão desse tipo de produtor nas cadeias

ra, acredita que a tendência da certificação

Crédito: Divulgação

custo ou pela dificuldade em atender aos

40 CERTIFICAÇÃO . B. FOREST


florestal é de crescimento e consolidação.

aspectos gerais de sustentabilidade.

“Tempos atrás a certificação florestal podia

Guilherme de Andrade, também coor-

até ser considerada uma alternativa de di-

denador de plantações florestais do Imaflo-

ferencial de produto e ou de preço. Atual-

ra, aponta como outra tendência a inserção

mente, cresce o aspecto estratégico de in-

de produtores de menor porte (fomentados

serção e manutenção de mercados. Outro

e parceiros), do setor de siderurgia e produ-

aspecto é que atualmente essa ferramenta

ção de energia, além do aumento da parti-

representa maior importância para as ex-

cipação de fundos de investimentos na área

portações de produtos florestais brasileiros”,

de plantações florestais que demandam a

aponta. Ele estima que em um futuro pró-

certificação como instrumento que garante

ximo a mesma importância seja dada aos

a adequação econômica, social e ambien-

mercados domésticos, principalmente se

tal dos investimentos. “Já para o setor de

considerarmos questões relacionadas com

florestas naturais a tendência é do aumen-

a obtenção de financiamentos e habilitação

to dos processos de certificação, principal-

para participação em licitações públicas ou

mente, em áreas de concessão florestal”,

privadas que consideram o atendimento de

acrescenta.

Como é feita a certificação? O processo de certificação é um processo voluntário e pode ser resumido em 5 etapas: Contato inicial: a empresa florestal entra em contato com a certificadora reconhecida para providenciar auditorias de certificação segundo o esquema escolhido. Avaliação/Auditoria: consiste em uma análise geral do manejo, da documentação e da avaliação de campo. O seu objetivo é preparar a operação para receber a certificação. Nessa fase são realizadas as consultas públicas, quando os grupos de interesse podem se manifestar. Adequação: após a avaliação, a operação florestal deve se adequar as não conformidades (quando houver). Certificação da operação: a operação florestal recebe a certificação. Nessa etapa, a certificadora elabora e disponibiliza um resumo público e um certificado. Este é incluído na base de dados FSC ou PEFC/CERFLOR. É enviado um kit de marcas FSC ou PEFC/CERFLOR para a empresa certificada poder evidenciar a sua certificação. Monitoramento anual: após a certificação é realizado pelo menos um monitoramento da operação ao ano. O certificado tem validade de 5 anos. Serão realizados 4 monitoramentos antes da renovação da certificação para emissão de um novo certificado. Fonte: FSC

B. FOREST . CERTIFICAÇÃO 41


Ponsse no Brasil: Uma década de história

S

uperação e inovação marcam os primeiros anos de atividade da empresa 100% florestal no mercado brasileiro.

42 10 ANOS PONSSE . B. FOREST


E

mpresas florestais buscam sempre

de serviços em Mogi das Cruzes (SP).

por uma “fórmula mágica” que una a

Em sua chegada, a Ponsse encontrou um

qualidade das máquinas, a inovação

mercado desafiador, afinal, diferentemente

e a alta produtividade com a satisfação

do mercado europeu, onde o sistema Cut-

dos clientes. Quando levada com afinco,

to-Lenght não é apenas uma realidade, mas

na grande maioria dos casos, resulta em

uma necessidade, o mercado brasileiro

sucesso. Mas um elemento a mais pode

apresentava uma diversidade de sistemas

proporcionar a verdadeira diferença e é nele

adotados pelas empresas nacionais. Além

que a marca finlandesa Ponsse aposta em

disto,

seus 46 anos de história, o Espírito Ponsse!

tributárias e a presença de outras marcas

É ele que move o dia a dia da empresa,

já consolidadas também foram obstáculos

proporcionando alta sinergia entre seus

a serem superados. “Os desafios foram

colaboradores e clientes.

grandes, mas também tivemos grandes

Graças

a

esta

gestão,

a

a

extensão

territorial,

questões

empresa

conquistas. Neste processo, cada cliente

está presente em mais de 40 países

Ponsse fez parte de um momento marcante

disponibilizando máquinas e equipamentos

em nossa história. Hoje, graças a eles,

projetados para o método de corte no

estamos presentes nas principais regiões

comprimento (Cut-to-Lenght). Atualmente,

florestais do pais”, relembra Fernando

já são mais de 11 mil máquinas entregues.

Campos, gerente de vendas e marketing da

Além delas, sistemas de informações e

Ponsse Brasil.

serviços próprios auxiliam no fortalecimento da marca.

Adaptar os equipamentos de acordo com a necessidade do cliente também é um

Com o mercado florestal brasileiro, o

diferencial da marca. Um ótimo exemplo

vínculo foi iniciado há exatamente 10 anos,

é o cabeçote H77 Euca, desenvolvido

quando a diretoria internacional o viu como

especialmente para o mercado brasileiro, no

estratégico para investimentos devido à

qual a cultura do eucalipto é predominante e

presença de grandes empresas florestais

o descascamento é uma atividade essencial.

e perspectivas de crescimento. Assim,

“Lançamos este cabeçote em 2014, após

em 2006, a Ponsse Latin America marcou

anos de desenvolvimento. Hoje, podemos

presença no território nacional com a

afirmar que ele atende as exigências de

instalação de seu escritório central e centro

descascamento do mercado brasileiro”,

B. FOREST . 10 ANOS PONSSE 43


afirma Fernando.

Na história da Ponsse com o Brasil,

Outros produtos que também chamam

um outro acontecimento que merece

atenção são os modelos 2015 de Harvester e

destaque foi a apresentação do Harvester

Forwarder Ponsse, que foram desenvolvidos

ScorpionKing ao mercado. A máquina

principalmente com base no feedback dos

chegou ao país no último ano e viajou

clientes do mundo todo. Os novos modelos

pelas principais capitais florestais, sendo

foram projetados essencialmente com foco

apresentada

para

na durabilidade, produtividade, ergonomia

fornecedores

e

e fácil manutenção.

Ponsse Scorpion pode ser considerado

clientes,

amigos.

O

parceiros, Harvester

PONSSE NO BRASIL

Centro de Serviços em Eunápolis (BA)

Centro de Serviços em Belo Oriente (MG) Centro de Serviços em Telêmaco Borba (PR)

Escritório central + centro de serviços em Mogi das Cruzes (SP) Distribuidor TimbeForest em Curitiba (PR) / Lages (SC) / Guaíba (RS)

44 10 ANOS PONSSE . B. FOREST


NOVA DIREÇÃO Como parte do crescimento da Ponsse Latin América a partir de agosto, ela contará com um novo diretor, o finlandês, Marko Mattila. Além de ser engenheiro florestal e intimamente ligado ao setor, Marko faz parte da equipe Ponsse desde 2007. Iniciou como diretor da Ponsse América do Norte, onde esteve até 2012. Logo após, assumiu como diretor dos distribuidores Ponsse dos países bálticos, norte-americanos e Chile. Marko assume a subsidiária brasileira após ter visitado os grandes clientes da Ponsse no Brasil, durante o mês de maio. Marko Mattila

uma revolução de fabricação e tecnologia

região sul. “Acreditamos que a Ponsse tem

no mercado, ganhando muitos prêmios

apresentado um crescimento sustentável

por inovação, design, desenvolvimento na

no Brasil, por isto, continuamos apostando

Europa.

no constante feedback dos nossos clientes

Para superar as questões de logística,

para oferecermos equipamentos florestais

distribuição e serviços, a Ponsse conta

de qualidade para suas operações”, avalia

hoje com um escritório central e centro

o gerente de vendas e marketing da

de serviços em Mogi das Cruzes (SP) e

Ponsse Brasil. Para que o crescimento seja

mais 3 centros de serviços - Eunápolis

duradouro, a empresa continua apostando

(BA), Belo Oriente (MG), Telêmaco Borba

no relacionamento de longo prazo, na

(PR). Para completar, em 2015 firmou

capacitação da mão de obra técnica e

parceria com a Timber Forest, empresa

operacional e também na excelência em

que se tornou distribuidora da marca para a

pós-venda.

B. FOREST . 10 ANOS PONSSE 45




Pequenas Notáveis

Q

uando assunto em questão envolve a qualidade e funcionalidade das máquinas e equipamentos utilizados nas operações florestais, não há dúvida que a melhor

forma de avaliação é vê-los em operação no seu real ambiente de trabalho, a floresta!

Crédito: G. Castro / Malinovski

por Giovana Massetto & Gustavo Castro

N

o último mês, a Revista B.Forest

demonstrações aplicadas no campo. Por

foi convidada para conhecer o ca-

isto, o dia teve início com uma palestra do

sal de máquinas da empresa sueca

Prof. Dr. Mário Dobner da UFSC, com tema,

Vimek em operação de desbaste 100% se-

Desbaste pelo Alto – Uma Alternativa Ren-

letivo, em um dia de campo realizado pela

tável para Povoamentos de Pinus taeda. A

Cranab Fassi do Brasil, em São Bento do Sul

prática tem como objetivo reduzir artificial-

(SC).

mente o número de árvores baseado em

O evento usou como fórmula a apresen-

critérios de seleção como dominância, qua-

tação de conteúdo técnico e, na sequência,

lidade e distribuição. “Os resultados apre-

48 DIA DE CAMPO . B. FOREST


sentados pelo experimento realizado no Sul

apoio de Altimar Marsaro (UFSC) e Alaércio

do país demonstram que desbastes pelo

Denega (UDESC). O experimento ocorreu

alto aumentam substancialmente o cresci-

em um povoamento de Pinus taeda com

mento de árvores de P.taeda. O diâmetro

8 anos de idade, espaçamento de 2,5 x 3,0

das árvores e, consequentemente, o VMI

metros, VMI médio de 0,15 m³ e área basal

são maiores quanto mais intensa a liberação

de 41,46 m²/ha. “Na operação foi selecio-

de concorrência”, justificou o pesquisador.

nada uma árvore potencial a cada 6 m com

ticipantes argumentaram sobre a atualiza-

remoção de duas concorrentes por árvore potencial”, detalhou o Prof. Dr. Jean.

ção do método, questionando a viabilidade

Para fechar a manhã técnica, uma pales-

econômica do mesmo e os impactos nos

tra sobre as soluções para o mercado flo-

indivíduos remanescentes. Nestes casos,

restal das empresas Vimek, Cranab Group e

Mário Dobner explicou que os resultados

Bracke Forest foi proferida por Gilson San-

apresentados em sua pesquisa de desbas-

tos, diretor superintendente da Cranab Fassi

te “extremo” nem sempre são vistos com

do Brasil. Entre os equipamentos apresen-

bons olhos para aplicação nos povoamen-

tados, destaca-se como já em operação no

tos comerciais, porém “os resultados obti-

Brasil, a plantadeira da Bracke Forest, os de-

dos nos povoamentos submetidos à inten-

mais equipamentos das marcas são utiliza-

sidade extrema permitem concluir que não

dos no mercado europeu.

há qualquer receio quanto à intensidade do

Como novidade do Dia Campo de Cam-

desbaste e eventuais perdas de produção,

po, houve a apresentação do “Dream Team”

mesmo considerando intensidades muito

da Vimek, formado pelo Harvester 404T6 e

além daquelas que seriam empregadas em

o Forwarder 610.2. O casal de máquinas é

povoamentos comerciais”, justificou.

indicado para a realização do primeiro des-

Na sequência, os participantes tiveram

baste devido ao seu tamanho e peso. “Os

acesso a informações sobre o experimen-

equipamentos têm a parte frontal idêntica,

to realizado com as máquinas Vimek com

este diferencial permite uma gestão mais

desbastes 100% seletivos pelo alto, em área

eficiente da frota, assim como a disponibi-

da Valor Florestal, na palestra ministrada

lização de peças standard para reposição”,

pelo Prof. Dr. Jean Sampietro da UESC com

destacou Gilson. B. FOREST . DIA DE CAMPO 49

Crédito: Divulgação / Remasa

Durante a palestra, os mais de 50 par-


Máquinas em Operação

sultados que confirmam a viabilidade das

Desde de janeiro, o Harvester 404T6 e o

operações de desbaste 100% seletivo. “Já

Forwarder 610.2 estão sendo testados em

trabalhei com máquinas standard destina-

áreas plantadas de Pinus taeda, da empresa

das ao setor florestal e antes de vir para o

Valor Florestal. Eles já foram submetidos a

Brasil e ter acesso ao experimento e os re-

mais de 400 horas de operação e os resul-

sultados alcançados aqui, tinha dúvidas so-

tados tem sido positivos. “As premissas ini-

bre a viabilidade, mas eles mudaram o meu

ciais aos testes, que viabilizariam a utilização

pensamento e agora acredito que seja real-

das máquinas, foram confirmadas, tanto no

mente uma oportunidade para nossa em-

que se refere ao consumo de combustível

presa e para o mercado nacional”, avaliou.

quanto os danos as árvores remanescentes,

Para Francisco Moreira, diretor executi-

eles foram muito baixos”, contou o diretor

vo da Agência da Madeira, ver este tipo de

superintendente da Cranab Fassi do Brasil.

equipamento em operação no mercado flo-

Na operação de desbaste 100% seletivo

restal brasileiro sempre foi sonho. “Estamos

foi possível observar que ambas as máqui-

vivendo um período de escassez de mão

nas se deslocavam com agilidade pelo po-

de obra e esta realidade, em muitos casos,

voamento, inclusive entrelinhas. Uma par-

acaba impactando na decisão da realização

ticularidade só possível pela dimensão dos

do desbaste, pois faltam profissionais para

equipamentos. De acordo com os estudos,

realizar a operação de forma semi-meca-

nas condições citadas, o conjunto pode al-

nizada. Com a chegada das máquinas da

cançar produtividade de até 12,5 m³/h. Além

Vimek será possível realizar a operação em

disto, o impacto ao solo é mínimo. O resul-

menor tempo e de forma mecanizada”, ob-

tado é consequência dos apenas 4.400 kg

servou. No que tange o Cluster da Madeira

do Harvester e 4.700 kg do Forwarder, que

do Médio Rio Tibagi, a chegada dos equipa-

tem capacidade de carga de 5.000 kg.

mentos, vem como uma ferramenta impor-

O CEO da Cranab, Anders Strömgren, acredita que o conceito que as máquinas na

tante para o incentivo do manejo das florestas para a indústria madeireira.

Cranab trazem para o Brasil não é tão difun-

Depois de ter acompanhado os expe-

dido ainda, mas os experimentos realizados

rimentos, desde o princípio, Carlos Henri-

pelas universidades estão apresentando re-

que Panek da Valor Florestal, avalia positi-

50 DIA DE CAMPO . B. FOREST


vamente o casal de máquinas. “O Harvester

é ideal”, ponderou. Segundo ele, no que se

é bastante competitivo no que se refere ao

refere aos impactos no solo e árvores rema-

consumo de combustível e performance. O

nescentes, a avaliação também é positiva.

Forwarder tem boa capacidade, ainda pre-

“O Forwarder, não causou praticamente ne-

cisa de algumas adaptações, mas para áre-

nhum dano, se estivéssemos utilizando um

as onde não ocorre o desbaste sistemático,

Skidder, por exemplo, este seria evidente.”

HARVESTER VIMEK 404T6

FORWARDER VIMEK 610.2

MOTOR: CAT 2,2T

MOTOR: CAT 2,2T

POTÊNCIA: 44 KW OU 59 HP

POTÊNCIA: 44 KW OU 59 HP

TRANSMISSÃO: HIDROSTÁTICA/MECÂNICA

TRANSMISSÃO: HIDROSTÁTICA/MECÂNICA

LARGURA: 1,80 OU 2,05 M PESO: 4.400 KG ALCANCE MÁX. DA GRUA: 4,60 M

LARGURA: 1,90 OU 2,00 M PESO: 4.700 KG CAPACIDADE DE CARGA: 5.000 KG GRUA: MOWI P25 ALCANCE MÁX. DA GRUA: 5,20 M

DIÂMENTRO MÁX. DE CORTE: 300 MM

LEVANTAMENTO A 5,20 M: 400 KG

PESO: 300 KG

ÁREA DA GRUA: 0,16 M²

Crédito:Divulgação / Vimek

CABEÇOTE: KETO SILVER SUPREME

B. FOREST . DIA DE CAMPO 51


52 KWF DIA DE 2016 CAMPO . B. FOREST . B. FOREST


KWF-Tagung 2016 Tradição e sucesso! maior feira florestal da Alemanha

Crédito: Malinovski

A

umento do número de expositores e visitantes marca a décima sétima edição da

B. FOREST B. FOREST . DIA. DE KWF CAMPO 2016 53


N

ão há quem visite a KWF-Tagung

mos objetivos ambiciosos, e felizmente al-

que não sinta as marcas da tradi-

cançamos todos eles”, avaliou a diretora da

ção que envolve o setor florestal.

KWF, Ute Seeling.

O país tem uma ampla cultura florestal, as-

A diretora também destacou a forte

sim como, a presença de grandes centros

presença de profissionais de outros países

de ensino e pesquisa, instituições e funda-

com 25 delegações. “Recebemos visitantes

ções voltadas ao setor.

de diversos países europeus, mas também

Outro aspecto marcante são as técnicas

do Japão, China, Rússia e Brasil”, contou.

de manejo utilizadas para extrair a madeira.

O Brasil foi representado por um grupo de

Ela foi facilmente observada pelos profis-

10 profissionais florestais, que viajou junto

sionais florestais que foram até a cidade de

com a Malinovski para a feira.

Roding, na região da Bavária (Alemanha).

O Brasil também foi representado pela Expoforest. A Feira Florestal Brasileira divi-

nizada pelo Kuratorium für Waldarbeit und

diu um estande com as feiras florestais di-

Forsttechnik e.V, contou com 551 exposito-

nâmicas mundiais que fazem parte da FDF

res de 24 países e recebeu aproximadamen-

(Forestry Demo Fairs) – Elmia, Eko-Las, KW-

te 51 mil visitantes que puderam encontrar

F-Tagung, FinnMetko, Euroforest, AusterFo-

inovações e lançamentos das principais em-

resta. A próxima edição da Expoforest será

presas florestais do mundo. “A 17ª edição da

realizada em 2018, no interior do estado de

feira foi um sucesso para nós. Estabelece-

São Paulo. Crédito: Malinovski

Na edição 2016, a KWF-Tagung, orga-

Grupo brasileiro que visitou a KWF-Tagung

54 KWF 2016 . B. FOREST


B. FOREST . DIA DE CAMPO 55


Visita Guiada Mais de 7 mil visitantes puderam participar de uma atividade exclusiva da KWF-Tagung, uma visitação guiada em pontos pré-definidos da feira. Nestes pontos, correm demonstrações técnicas de operações florestais, que são de responsabilidade técnica e operacional de empresas ou 56 DIA DE CAMPO . B. FOREST

instituições de ensino e pesquisa.


Crédito: Malinovski

B. FOREST . DIA DE CAMPO 57


Destaques Dois segmentos mostraram crescimento relevante nesta edição da feira. O da biomassa com picadores destinados a produção de energia, e os drones aplicados as atividades de manejo. Estes contaram com uma área exclusiva, onde expositores puderam apresentar

Crédito: Divulgação / KWF

seus produtos e projetos para a área.

58 KWF 2016 . B. FOREST


Crédito: Divulgação / KWF

B. FOREST . DIA DE CAMPO 59


CrĂŠdito: Malinovski

60 KWF 2016 . B. FOREST


Os destaques da KWF-Tagung ficaram para as marcas Komatsu Forest, Ponsse e John Deere que apresentaram seus lançamentos e modelos que estão sendo disponibilizados para o mercado florestal.

Crédito: Malinovski

Komatsu Forest

Crédito: Malinovski

Lançamento do Harvester 931XC de oito rodas

Forwarder Komatsu 855 B. FOREST . KWF 2016 61


CrĂŠdito: Malinovski

Ponsse

CrĂŠdito: Malinovski

Harvester Beaver

62 KWF 2016 . B. FOREST


B. FOREST . KWF 2016 63

CrĂŠdito: Malinovski

Forwarder Bufallo


64 DIA DE CAMPO . B. FOREST

CrĂŠdito: Malinovski

Forwarder 1110E


Crédito: Malinovski

John Deere

Crédito: Malinovski

Harvester 1270G 8WD

Forwarder 1010E B. FOREST . KWF 2016 65


aos pequenos produtores florestais, uma característica do mercado europeu. exemplo, o mini-Forwarder 821 da 66 KWF 2016 . B.Como FOREST

empresa sueca, Alstor.

Crédito: Malinovski

Os visitantes também puderam ver equipamentos destinados


Para ver uma visão geral da KWF-Tagung 2016, veja o vídeo abaixo:

Crédito: Malinovski

Crédito: Harvester Forwarder & More

A próxima edição da KWF-Tagung, de acordo com a organização, será realizada em junho de 2020. O estado alemão que sediará a próxima edição será definido pelo conselho da KWF ainda este ano. Apenas em 2018, a organização anunciará em qual região da Alemanha, a décima oitava edição será realizada, afinal ela é itinerante. B. FOREST . KWF 2016 67


ANÁLISE MERCADOLÓGICA

A

nálise econômica, preços das toras de pinus e eucalipto e uma grande expectativa de melhora na economia brasileira são os destaques do boletím

Crédito: Divulgação

mercadológico elaborado pelos profissionais da STCP

68 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST


Indicadores Macroeconômicos

• Perspectivas Econômicas: A expectativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2016, segundo última estimativa do BCB (Banco Central do Brasil), é negativa em 3,44%. Se confirmada, o resultado repetirá o desempenho negativo da economia em 2015 e será a primeira vez que o país registrará dois anos consecutivos de alta contração na economia. Em 2017, a estimativa de crescimento do PIB se elevou de +0,50% para +1%. No entanto, estas projeções estão sujeitas às incertezas das decisões em curso na gestão política atual. • Inflação: Em maio/2016, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 0,78%, a maior taxa para o mês desde 2008. A inflação acumulada nos últimos 12 meses, alcançou 9,32%, significativamente acima do teto da meta anual de inflação do BCB de 6,5%. A estimativa do BCB é que o IPCA acumulado de 2016 encerre em 7,25% (ainda acima do teto da meta) e em 2017 em 5,50%. • Taxa de Juros: No início de junho, o COPOM manteve pela sétima vez seguida a taxa Selic em 14,25%, em linha com a política econômica da antiga presidência do BCB. Porém, com a mudança no comando da instituição, a flexibilização da política monetária deve começar em agosto. A estimativa é que a Selic encerre 2016 em 13% ao ano e em 2017 em 11,25% ao ano, de acordo com o Boletim Focus. • Taxa de Câmbio: Em maio/2016, a taxa média cambial encerrou em BRL 3,54/USD, resultando em valorização do Real com queda de -0,7% em relação à média de Abril/2016. A média cambial observada na 1ª quinzena de jun/2016 foi de BRL 3,48/USD, com oscilação entre BRL 3,38 (menor cotação em 11 meses) e 3,61/USD e perspectiva variável associada às expectativas do compromisso do novo governo com a economia. No acumulado do ano, o BRL se valorizou 13 % entre jan-maio. Economistas estimam taxa cambial média de BRL 3,65/ USD no final de 2016 e de BRL 3,81/USD em 2017.

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B. FOREST

. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 69


Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)

Tora de Eucalipto:

Tora de Pinus:

Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).

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70 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST


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. ENTREVISTA 71


“Produtores região

Sudeste

florestais

da

mencionam

tendência de alta de preços para a madeira em tora de serraria devido à incessante escassez de tora de maior diâmetro”

B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA 72

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72 ENTREVISTA . B. FOREST


Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)

Tora de Eucalipto:

Tora de Pinus:

Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).

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. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 73


• Comentários - Tora de Eucalipto: A grande parte das empresas brasileiras ainda aguarda as medidas econômicas a serem tomadas pelo novo governo e a definição do processo de impeachment presidencial no Congresso. Porém, a confiança dos empresários está melhorando, o consumo de insumos voltou a crescer e o ritmo da redução do emprego formal desacelerou. Se esses indicadores se confirmarem nos próximos meses, o Brasil poderá deixar o estado de recessão ainda em 2016. Entretanto, uma recuperação mais contundente dependerá de medidas de ajuste fiscal que o atual governo ainda não apresentou. Produtores florestais na região Sul relataram redução de até 10% no preço da lenha vendida, devido à forte queda de compra pelas cooperativas, em função da sobra de madeira utilizada na secagem de grãos da safra anterior. A expectativa é que elas voltem a comprar lenha nos próximos meses, para repor o estoque. Na região Sudeste, a demanda por madeira fina também segue fraca, devido a crise no setor siderúrgico. Segundo o IABr, o consumo de aço no Brasil de janeiro a maio caiu 35,4% em relação à 2015. Em maio, houve queda nas exportações de celulose da ordem de 11% (em valor) em relação a abril. Em volume, a redução foi ainda superior atingindo 13%. Cerca de 80% das exportações de celulose são de fibra curta (proveniente do eucalipto). Esta diminuição pode estar relacionada com a valorização do Real Brasileiro frente ao Dólar Americano no mês de maio, que chegou próximo de BRL 3,50/USD. Adicionalmente, em algumas regiões como no Centro-Oeste, observou-se redução na colheita florestal em função do período chuvoso, o que pode ter impactado a produção de celulose na região. Com relação ao mercado de tora grossa houve pequeno aumento nos preços na maioria das empresas. Produtores florestais da região Sudeste mencionam tendência

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74 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST


de alta de preços para a madeira em tora de serraria devido à incessante escassez de tora de maior diâmetro. Outros reflorestadores e empresas integradas de painéis, que comercializam este tipo de tora, mantiveram os preços deste sortimento, devido à paralização da economia e estabilidade da demanda.

• Comentários - Tora de pinus: De modo geral, os preços de madeira fina de pinus tiveram pequeno aumento no último bimestre. Na região Sul, empresas integradas da indústria de painéis reconstituídos continuam sentindo o aumento da demanda por toras finas (celulose e painéis) e de toras médias (serraria I) em função do start-up de empresa do setor de celulose. A expectativa do mercado quanto ao preço da tora fina é de possível elevação nos próximos meses por conta da maior demanda, a chegada do inverno (que gera maior dificuldade de abastecimento e pressiona os preços para cima) e também o repasse dos aumentos de custos de produção, principalmente relacionados à inflação e ao aumento do salário mínimo. Em algumas regiões, produtores florestais registraram aumento no preço da tora média (16-25 cm), aproveitando o avanço da demanda por este sortimento e conseguiram repassar a inflação no preço. Todavia, outros produtores florestais das regiões Sul e Centro-Oeste relataram escassez de consumidores e demanda estável, respectivamente, para o mesmo sortimento. Desta forma, optaram por manter o preço. Com relação as toras acima de 25 cm, observa-se ainda enfraquecimento da demanda por madeira serrada, visto que há forte retração da construção civil no mercado nacional. Além disso observou-se aumentou da inadimplência, forçando o produtor florestal a negociar toras com pagamento à vista.

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. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 75


APRE PARTICIPA DA CONSTRUÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA PARA OS CULTIVOS FLORESTAIS NO PARANÁ

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APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), representada pelo gerente executivo Ailson Loper, é uma das entidades envolvidas na discussão do Plano Estadual de Cultivos Florestais para o Estado do Paraná. A comissão, liderada pela Emater (Instituto Paranaense de Assistênca Técnica e Extensão Rural), vem se reunindo desde o início de maio e já tratou dos antecedentes, das justificativas, dos cenários e dos obstáculos para a elaboração do plano. De acordo com Loper, a comissão conta com representantes de diversos órgãos relacionados à produção de florestas no Paraná. Este grupo vem discutindo os melhores instrumentos para o desenvolvimento dessa importante atividade. Benno Doetzer, diretor-presidente do Instituto de Florestas do Paraná, afirma que o estado pode avançar em questões como melhorar a distribuição de impostos gerados, a questão de crédito e da organização do setor. Para isso, o trabalho está sendo elaborado levando em conta os diferentes tamanhos de produtores. “A ideia é que a política pública possa atender às demandas de todos os elos da cadeia”, afirma.

76 ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES . B. FOREST


SISTEMA CONSTRUTIVO WOOD FRAME GANHA NORMA TÉCNICA

B.B.FOREST FOREST .. ESPAÇO ANÁLISE DAS MERCADOLÓGICA ASSOCIAÇÕES 77

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O

setor de madeira processada mecanicamente comemora uma importante conquista na área da construção civil. No dia 14 de junho, foi instalada a CE (Comissão de Estudos) da ABNT para desenvolver a norma técnica do sistema construtivo wood frame. Como parte interessada no avanço desse sistema construtivo no país, a ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria da Madeira Processada Mecanicamente) tem sido uma das principais protagonistas nesse processo juntamente com o Sinduscon-PR, a FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e outras instituições envolvidas na Casa Inteligente. No evento, foi definido que quem assume a Comissão de Estudos é o vice-presidente do Sinduscon-PR e representante da Comissão Casa Inteligente da FIEP, Euclésio Finatti. A ABIMCI assumiu a secretaria executiva da CE. Na ocasião também foi definida uma agenda de reuniões e formado o grupo que vai trabalhar na criação do texto da norma técnica. O grupo foi formado por 21 profissionais, que serão responsáveis por desenvolver o texto básico da norma. Na avaliação do superintendente do Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), Salvador Benevides, que foi responsável por apresentar como deverá ser o trabalho da Comissão de Estudos, o fato do setor ser bastante participativo é um ponto positivo. “A validação tripartite está muito consolidada com a participação de universidade, consultoria, academia, estudantes e empresários. Isso é muito importante, porque a norma é um conjunto de conhecimento e experiências. É um assunto denso. Não é fácil falar sobre norma técnica”, afirmou. Para o superintendente da Abimci, Paulo Roberto Pupo, a construção da norma permitirá que o sistema construtivo ganhe escala. Ele lembrou que a presença dos agentes financiadores em um grupo como esse é de extrema importância. “Precisamos ter linhas de financiamento que atendam o sistema construtivo. Vamos garantir ao país um novo modelo habitacional”, afirmou. A partir de agora, o desafio será fazer com que esse trabalho seja feito o mais rápido possível. “Queremos desenvolver a norma em até 12 meses”, declarou o coordenador da Comissão de Estudos, Euclésio Finatti. Para o setor florestal, o desenvolvimento de uma norma técnica relacionada ao sistema construtivo wood frame tem impacto positivo, afinal irá estimular aumento do volume de madeira destinado a este mercado. “A normatização e consequente financiamento do sistema construtivo por bancos tratá maior uso per capita da madeira, maior qualidade a matéria-prima e aumento da área de florestas plantadas para este fim”, avalia Paulo Pupo. Porém, segundo ele, as ações caminharão juntas. “O amadurecimento dessas ações e a participação das empresas envolvidas para o desenvolvimento do setor determinarão o ritmo de crescimento florestal”, finalizou Pupo.


CENIBRA MÓVEL CONTRA INCÊNDIOS

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Crédito: Cenibra

urante este mês, a Cenibra realizou algumas atividades internas e externas em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho). Neste ano, as ações buscaram reforçar a importância da conscientização e integração ao meio ambiente para prevenir incêndios florestais e demais ameaças à biodiversidade. No dia 05, a unidade móvel de integração Empresa Comunidade, o Cenibra Móvel, esteve no Parque Ipanema (Ipatinga). O veículo, que funciona desde 2002 e já atingiu mais de 116 mil pessoas desde a sua inauguração, foi repensado para atender também às demandas de comunicação interna da empresa, com divulgação das ações de Compliance, meio ambiente e demais treinamentos. Já as comunidades puderam interagir com este novo espaço assistindo a sessões de vídeos. Esse novo conceito, ajuda na difusão das atividades socioambientais desenvolvidas pela empresa, além de possibilitar aos visitantes visualizar mais facilmente a aplicabilidade da celulose e do eucalipto no dia a dia. “Ações, treinamentos e apresentações foram ministradas dentro da própria Unidade Móvel, servindo, assim, como um novo canal de divulgação”, explicou Leida Hermsdorff, coordenadora de comunicação corporativa e relações institucionais da empresa. Para proporcionar mais comodidade e conforto aos empregados e comunidade, o Cenibra Móvel conta com equipamentos de infraestrutura, áudio, vídeo, climatização e acentos.

78 NOTAS . B. FOREST


FIBRIA IMPLANTA NOVA TECNOLOGIA NA COLHEITA FLORESTAL

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Crédito: Fibria

ara ganhar em produtividade e na busca pela excelência operacional, a Fibria implantou uma nova tecnologia na colheita florestal. Ela consiste na instalação do sistema GPS nos Harvesters. Os operadores utilizavam mapas impressos com as informações geográficas que os orientavam para realizar suas atividades. A Fibria acoplou o sistema de GPS a essas máquinas para oferecer mais segurança ao operador ao possibilitar precisão de sua localização durante o deslocamento no talhão e também para melhorar o planejamento das atividades, visando redução de paradas na colheita. “O GPS funciona por meio de um software chamado Timbernavi. Assim que o operador liga o equipamento, visualiza o mapa digital e consegue identificar as características das áreas em sua volta, planejando seu deslocamento com mais rapidez e de forma mais assertiva. O benefício de utilizar a tecnologia como aliada às nossas atividades é para todos: operação e empregados”, afirma Luiz Sérgio Coelho Cerqueira Filho, gerente de colheita da Fibria para o estado de São Paulo. Para o operador de máquina Paulo César Aquino, os benefícios vão além. “O GPS nos garante mais segurança, apontando as áreas em declive e de conservação, por exemplo. Como a operação de colheita trabalha 24 horas, facilitou a localização das áreas demarcadas, principalmente no período noturno”, ressalta.

B. FOREST . NOTAS 79


KOMATSU FOREST LANÇA NOVA LINHA

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Crédito: Komatsu

ara atender um mercado que busca pela alta produtividade a Komatsu Forest lançou recentemente, uma nova série de máquinas, entre elas os Forwarders 875 e 855 e o Harvester 931XC. O 875, é destinado a operações que demandam alta capacidade de carga no corte final. O FlexBunk é um dos responsáveis, afinal permite a ampliação do compartimento de carga. Com ele, a altura e largura do compartimento podem ser ajustadas a partir da cabine. O modelo tem capacidade de carga de 16 toneladas. Outros fatores contribuintes são o novo trem de força mais robusto, com maior potência do motor, torque e força de tração, mobilidade no terreno providenciada pelo Komatsu Comfort Bogie com portais, chassi em formato de barco com aço de alta resistência na parte inferior. O Komatsu 875 tem a opção de um guindaste recém-desenvolvido, com um torque de levantamento bruto de 145 kNm e um torque de giro bruto de 38 kNm. A máquina também conta com: sistema de suspensão Komatsu Comfort Ride que traz mais conforto ao operador; sistema de controle MaxiXplorer; e a balança de guindaste totalmente integrada, Protec Scale, que possibilita que as cargas sejam pesadas automaticamente para acompanhamento de produção e monitoramento operacional. O Forwarder 855 também é composto pelo compartimento de carga FlexBunk e pelo Komatsu Comfort Bogie. O seu sistema hidráulico foi atualizado com uma válvula do guindaste maior a qual, em combinação com o novo guindaste de longo alcance, Komatsu 130F, proporciona desempenho multifuncional melhorado e operação do guindaste rápida. Já o Komatsu 931XC é um Harvester de oito rodas construído com chassi único, uma junta articulada e eixo oscilante, uma função inclinação para a grua e cabine, assim como estabilizador Komatsu sensível a carga. O posicionamento central da grua e equipamento de inclinação que desloca o centro de gravidade em direção ao centro, garante que o peso da máquina seja distribuído igualmente entre todas as oito rodas. Para mais informações: www.komatsuforest.com.br

Forwarder Komatsu 875 80 NOTAS . B. FOREST


LOGSET HYBRID

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Crédito: Logset

Logset lançou o novo Harvester 12H GTE Hybrid e para provar sua capacidade fez, em maio uma demonstração. A máquina operou em uma colina íngreme e, mesmo em condições desafiadoras, não precisou utilizar todo o seu potencial. De acordo com a Logset, este novo membro da família é a resposta à demanda do mercado e dos clientes. O desenvolvimento e a construção do 12H GTE híbrido teve como ponto de partida três princípios mestres: eficiência, comprovada pelo poder de resposta imediata, alta capacidade e consistência; economia, com baixo consumo de combustível, desempenho do motor estável e confiabilidade; e baixo impacto ao meio ambiente, pois tem baixas emissões de poluentes, pressão no solo e nível de ruído. De acordo com a fabricante, o 12H GTE combina todas essas vantagens ao mais alto nível possível. Ele pode diminuir o consumo de combustível por m³ de forma significativa sem comprometer a potência. O motor diesel, de 520 cv e torque de 2000 kN, é constantemente rodado a aproximadamente 1500 rpm. Segundo a Logset, não há picos de carga do motor. O baixo nível de emissões, consumo de combustível e nível de ruído possibilita que o Harvester seja mais sustentável e ambientalmente amigável. Em comparação à geração anterior, o 12H GTE com o motor CTA 8.4 l, alcança um aumento 72% na potência, aumento de 54% no torque, aumento de 27% no fluxo hidráulico, redução de 5% no nível de ruído e de 20 a 30% de redução no consumo de combustível. A solução híbrida presente no novo Harvester consiste em duas partes: o gerador/motor elétrico e a Powerpack, uma unidade fechada contendo um supercapacitor, as unidades de controlo e um sistema de refrigeração a água.

Harvester 12H GTE Hybrid B. FOREST . NOTAS 81


82 NOTAS . B. FOREST


BAYER FAZ OFERTA PARA ADQUIRIR MONSANTO

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Crédito: Divulgação / Bayer

Bayer divulgou publicamente que pretende adquirir a Monsanto, com uma oferta para adquirir todas as ações ordinárias emitidas e em circulação por US$ 122 por ação, totalizando US$ 62 bilhões. A fusão deve proporcionar aos acionistas da Bayer um acréscimo de EPS em torno de 5% no primeiro ano completo após o fechamento e um percentual de dois dígitos depois disso. Inicialmente, a Bayer acredita que as contribuições aos rendimentos anuais advindas das sinergias totais cheguem a aproximadamente US$ 1,5 bilhão após o ano III, acrescidos a isso os benefícios derivados da oferta integrada em anos futuros. “Respeitamos muito os negócios da Monsanto e compartilhamos de sua visão para criar um negócio integrado que acreditamos ser capaz de gerar valor substancial para os acionistas de ambas as empresas”, disse Werner Baumann, CEO da Bayer AG. “Juntos, alavancaremos a experiência coletiva de ambas as companhias de forma a construir uma empresa líder na agricultura com capacidade de inovação excepcional para o benefício dos agricultores, dos consumidores, de nossos colaboradores e das comunidades onde operamos.”

B. FOREST . NOTAS 83


84 FOTOS . B. FOREST


B. FOREST B. FOREST . ENTREVISTA . VÍDEOS 85


86 VÍDEOS ENTREVISTA . B. FOREST . B. FOREST


2016

JUL

JULHO V Coneflor

12

Quando: 12 a 14 Onde: Bom Jesus (Piauí). Informações: www.vconeflor.com.br

2016

AGO

17

AGOSTO III Reforest - Simpósio Nacional sobre Restauração Florestal Quando: 17 a 19 Onde: Viçosa (MG). Informações: www.sif.org.br/@reforest2016/

2016

AGO

AGOSTO World Conference on Timber Engineering

22

Quando: 22 a 25 Onde: Viena (Áustria). Informações: http://wcte2016.conf.tuwien.ac.at/home/

2016

SET

22

SETEMBRO Demo International 2016 Quando: 22 a 24 Onde: Maple Ridge (Canadá). Informações: http://www.demointernational.com/

2016

SET

SETEMBRO Feria Forestal Argentina

22

Quando: 22 a 25 Onde: Misiones (Argentina) Informações: http://www.feriaforestal.com.ar/

B. FOREST

. AGENDA 87


2016

OUT

OUTUBRO II Encontro Brasileiro de Infraestrutura e Logística Florestal.

06

Quando: 06 a 07 de Outubro de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.infraestruturaflorestal.com.br

2016

NOV

NOVEMBRO Fórum Nacional Sobre Carvão Vegetal

08

Quando: 08 e 09 Onde: Belo Horizonte (MG). Informações: www.sif.org.br

2016

NOV

08

NOVEMBRO Fórum de Energia da Biomassa Florestal Quando: 08 e 09 Onde: Belo Horizonte (MG). Informações: www.sif.org.br

2017 MAI

22

MAIO Ligna Quando: 22 a 26 Onde: Hannover (Alemanha). Informações: www.ligna.de/home

2017

JUN

JUNHO Elmia Wood

07

Quando: 07 a 10 Onde: Jönköping (Suécia). Informações: http://www.elmia.se/

88 AGENDA . B. FOREST


B. FOREST

. ENTREVISTA 89


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