Está chEgando uma Evolução na florEsta.
Em junho, aguardE.
Novas séries de equipamentos John Deere de esteiras e pneus vão inovar o trabalho na floresta. Você vai se surpreender com estes lançamentos.
EXPEDIENTE
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Indテュce 06
EDITORIAL
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ENTREVISTA
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PRINCIPAL
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ESPECIAL
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TRANSPORTE
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MOMENTO EMPRESARIAL
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NOTAS
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FOTOS
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Vテ好EOS
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AGENDA
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“Sempre gostei muito dos meus trabalhos juntos as Instituições de classe, de fazer parte do elo entre empresas e o setor como um todo” Diretor Florestal da Eldorado Brasil
Germano Aguiar Vieira
Foto: Divulgação
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EXPEDIENTE EDITORIAL
Decisões florestais! Que o país vive um momento econômico turbulento, não é novidade. O interessante é a solução que as empresas dos mais diversos ramos encontram para superar as dificuldades. No setor florestal, não é diferente. Quando o valor de um investimento gera custos elevados, como a aquisição das máquinas de colheita, uma das soluções a ser estudada é a extensão da vida útil das máquinas por meio da manutenção. Na reportagem de capa, conheça a opinião dos especialistas sobre o assunto. Outro tema discutido, é o futuro da cultura do pinus no Brasil. Afinal, a produção está estagnada? Quais são as alternativas que estão sendo praticadas pelo mercado para fortalecer o gênero no país? Saiba quais são as soluções encontradas. A infraestrutura também foi tema de destaque nesta edição. Conheça as diferenças técnicas de aplicação entre: ponte tradicional, ponte móvel e passagens molhadas. Para fechar com chave de ouro, confira a entrevista exclusiva com um dos executivos florestais mais influentes da atualidade, o diretor florestal da Eldorado Brasil, Germano Aguiar Vieira. Saudações Florestais!
Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Executiva Comercial: Josiana Camargo Editora: Giovana Massetto Jornalista: Amanda Scandelari Designer Responsável: Vinícius Vilela Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America). B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal Edição 07 - Ano 02 - N° 04 - Abril 2015 Foto de Capa: John Deere Malinovski Florestal +55(41)3049-7888 Rua Itupava, 1541, Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) – CEP:80040-455 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br © 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.
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ENTREVISTA
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Foto: Divulgação
ENTREVISTA
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ENTREVISTA ENTREVISTA
Desafios promissores Germano Aguiar Vieira Diretor Florestal da Eldorado Brasil
O entrevistado desta edição, responde
-Oeste com o eucalipto, na Eldorado Brasil.
pela produção florestal da maior fábrica de celulose em linha do mundo, a Eldorado Brasil. Com mais de 30 anos de experiência, Germano Aguiar Vieira, acredita no cresci-
Quais as experiências mais marcantes na sua carreira? Tive
a
oportunidade
de
vivenciar
mento do setor florestal aliado a tecnolo-
momentos importantes do setor. Quando
gia e ao apoio das instituições de pesquisa
entrei na área, a produção nacional era
e empresários. Na entrevista exclusiva, ele
de cerca de 10 a 12 m³ de madeira por
conta como a empresa está se preparando
ha/ano, hoje a média é de 40 chegando a
para a ampliação produtiva e também quais
60m³ em algumas regiões. Nessa trajetória,
são as técnicas utilizadas para driblar a falta
pude vivenciar o avanço do melhoramento
de mão de obra. Confira!
genético, do manejo silvicultural. Hoje, vejo um setor com tecnologia de ponta,
Como começou sua ligação com o setor
que investe em biotecnologia. Vivi também
florestal?
a substituição do trabalho rústico do
Sempre quis ser engenheiro. Ainda jovem
campo pelos empregos seguros, assim
ouvi falar sobre ecologia e florestas. Foi
como a especialização de todas as etapas
nesta época que decidi seguir um cami-
de produção nas empresas. O aspecto
nho diferente das engenharias elétrica ou
administrativo
civil, um caminho que unisse a engenharia
mudanças, nesse quesito tive que aprender
com a ecologia. Hoje, tenho quase 30 anos
a lidar com contingentes muito grandes de
de experiência como engenheiro florestal.
pessoas e fazer com que a empresa seja
Comecei trabalhando por muitos anos em
aceita na comunidade na qual está inserida.
uma empresa de energia, depois trabalhei
Outra
em empresas produtoras de celulose e MDF.
foi a participação em associações. Fui
Tive experiências por todo o Brasil, no Sul
presidente da AMS (Associação Mineira
com o plantio de pinus e agora no Centro-
de Silvicultura), vice-presidente da SBS
também
experiência
passou
bastante
por
importante
ENTREVISTA
11 B. FOREST
“Mecanizamos 85% das atividades silviculturais, contando o preparo de solo, o plantio, a irrigação e a adubação” Germano Aguiar Vieira
Foto: Divulgação
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ENTREVISTA
“Já estamos plantando a mais para abastecer uma nova linha de produção. Para as duas, teremos que plantar aproximadamente 350 mil ha” (Associação Brasileira de Silvicultura) e da
este ano chegaremos a 1,650 milhão de
Ageflor (Associação Gaúcha de Empresas
toneladas.
Florestais), também presidi a SIF (Sociedade de investigação Florestal) e, atualmente, sou
A Eldorado tem um projeto de expansão
presidente do Ipef (Instituto de Pesquisas e
para uma segunda linha de produção. Qual
Estudos Florestais). Sempre gostei muito
é a meta de plantio anual para atingir a ca-
desse outro lado, de ser o elo de ligação
pacidade produtiva?
entre empresas e setor como um todo.
A demanda para a primeira linha girava em torno de 160 mil hectares, hoje temos
E a experiência com a Eldorado? Como
200 mil plantadas. Já estamos plantando a
está sendo participar do processo de im-
mais para abastecer uma nova linha. Para as
plantação e crescimento da maior fábrica
duas, serão necessários aproximadamente
em linha do mundo?
350 mil ha, ou seja, ainda faltam 150 mil.
A empresa já nasceu com objetivo de
Como nós plantamos 50 mil ha por ano,
ser grande. O projeto começou em 2008
em 3 anos completaremos toda a demanda
com apoio de acionistas que acreditaram
florestal para atendê-las, tendo assim
no setor e implantaram a fábrica sem que
em um total de produção de 4 milhões
ela tivesse um suporte florestal completo.
de toneladas. Esse é o planejamento,
Meu principal desafio ao assumir o cargo
obviamente
foi suprir a demanda por madeira da fábrica
licenciamento ambiental para a duplicação
por alguns anos, enquanto a floresta
da área já foi obtido. Esse é um projeto que
própria não estava pronta. Em 2012, ela foi
está muito vivo dentro da organização.
isso
está
em
análise.
O
inaugurada, tornando-se a maior fábrica de celulose em linha do mundo. Ela se propôs
A Eldorado vem se destacando em adotar
a produzir 1,5 milhão de toneladas por ano,
práticas modernas na silvicultura. Quais
ENTREVISTA
são os resultados e desafios nesse pioneirismo?
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Desde 2013, a Eldorado primarizou todas as suas atividades. Entendemos que desta
Esta iniciativa vem de encontro com
forma, há um domínio maior das operações
a carência de mão de obra da região
internas e temos muito cuidado com todos
onde a empresa está instalada, por isto,
os
mecanizamos
neste caminho, independente das decisões
o
máximo
possível
às
operações. Outra foi tornar a empresa atraente
para
os
trabalhadores.
nossos
colaboradores.
Seguiremos
políticas.
Para
isso, foi preciso investir em maquinários
Qual a sua avaliação do setor florestal bra-
e qualificação de mão de obra. Outro
sileiro? Que entraves ainda teremos que
fator
superar?
importante
para
a
mecanização
foi a redução de custos. A colheita já é
O setor tem um futuro excelente pela
100% mecanizada, mas na silvicultura
frente. As perspectivas são muito boas
tivemos que trabalhar muito para criar
porque
um modelo próprio. Hoje, temos quatro
mundial para produzir biomassa e madeira.
engenheiros trabalhando unicamente no
Contamos
desenvolvimento de soluções. Em parceria
favorável, solo, clima e área para plantar.
com pequenas e médias empresas estamos
Acredito também que o uso de energia
fazendo
equipamentos
renovável é o caminho do mundo. O
vindos da agricultura na atividade de
Brasil tem hoje o maior banco genético
silvicultura, graças a isso, já temos 85%
de eucalipto do mundo. Temos condições
da silvicultura mecanizada, contando o
de produzir eucalipto de alta qualidade.
preparo de solo, o plantio, a irrigação e a
Obviamente exitem alguns entraves que
adubação. No caso da adubação, temos
devem ser superados, o maior deles é a
uma técnica chamada de “adubação de
infraestrutura. Precisamos ter mais estradas
cobertura”, na qual usamos aeronaves
e modais eficientes. Outro fator de extrema
específicas para fazer essa atividade cerca
importância
de seis meses após o plantio.
do setor são as entidades de pesquisa,
adaptações
de
temos
a
com
para
maior
competência
condição
o
ambiental
desenvolvimento
que são bastante fortes. O setor florestal O tema mais discutido no momento é a
cresce e vai continuar crescendo graças ao
terceirização. De que forma ela impactaria
aporte institucional e aos empresários que
nas operações da empresa?
acreditam no desenvolvimento.
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PRINCIPAL
PRINCIPAL
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Manutenção de máquinas florestais: produtividade por mais tempo Em épocas de instabilidade econômica qualquer tipo de investimento é pensado mais de uma vez. A manutenção das máquinas já adquiridas pela empresa pode ser uma solução. Mas até que ponto elas podem ser estendidas sem prejudicar a produção?
Foto: Divulgação
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PRINCIPAL
A
mecanização das operações flo-
ção de máquinas florestais: manutenção de
restais fez com que o trabalho se
serviço, manutenção preventiva e manuten-
tornasse mais rápido e produtivo.
ção de emergência ou corretiva.
Algumas máquinas realizam mais de uma função e hoje as grandes empresas de base
Manutenção de serviço - deve ser reali-
florestal não podem sequer pensar em não
zada diariamente, ou a cada turno, e consis-
utilizá-las no processo produtivo. Mas ter o
te em verificar níveis, abastecer, lubrificar e
equipamento necessário e de qualidade não
reapertar. O planejamento destas atividades
é barato. E em momentos de instabilidade
deve constar do programa de trabalho da
econômica os investimentos em novos ma-
equipe e ser realizado rotineiramente e ser
quinários acabam ficando em segundo pla-
acompanhado pelos supervisores do cam-
no e a manutenção se torna a principal alia-
po.
da dos produtores. José Eduardo Paccola, consultor na ZDP
Manutenção preventiva - o planeja-
Consultoria em gestão e manutenção de
mento da manutenção preventiva normal-
frotas e autor do livro Manutenção e Ope-
mente é realizado baseado no funciona-
ração de Equipamentos Móveis, explica que
mento das máquinas. A medida que elas
em média a vida útil econômica de uma má-
vão trabalhando deve haver um registro e
quina florestal gira em torno de 25 mil ho-
somatório destas horas trabalhadas que, no
ras. O que dependendo do turno trabalhado,
momento oportuno, é disparada uma infor-
equivale a 5 ou 6 anos de operação. Mas ele
mação para que determinadas tarefas cons-
acrescenta que, se a máquina for bem cui-
tantes nos Planos de Manutenção sejam
dada e a manutenção feita primorosamente,
realizadas. Conforme o tamanho da frota é
a vida útil pode ser estendida entre 20% e
necessário que se utilize de um software de
30%. “Existem empresas no Brasil que atingi-
gerenciamento destas informações.
ram esse estágio e conseguem esticar para mais de 30 mil horas a utilização dos equi-
Manutenção de emergência - é rea-
pamentos.”
lizada conforme necessidade, quando há
Mas como elas chegam a isso? Paccola
ocorrência de quebra ou redução da função.
explica que existem três níveis de manuten-
Para que as máquinas cheguem a ex-
PRINCIPAL
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“É possível estender algumas atividades antes feitas com base em intervalos de tempo prédefinidos (base horas) sem risco de destruição de componentes, o que geraria altos custos e perda de disponibilidade” Foto: Divulgação
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PRINCIPAL
celência e durem mais que o esperado o
suas máquinas florestais. De acordo com
consultor indica que o correto em uma boa
Alexandre Chaves, gerente de pós-venda da
gestão é fazer todo um planejamento, o que
empresa no Brasil, o objetivo é sempre cus-
significa fazer mais manutenções de servi-
tomizá-las para cada demanda e necessida-
ço e preventivas do que as de emergência.
de do cliente. Atualmente, existem três tipos
“Para isso é necessário ter uma equipe ca-
principais de prestação de serviço de ma-
pacitada para antecipar os problemas, me-
nutenção: atendimento aos equipamentos
diante inspeções no equipamento.”
para diagnósticos - serviço mais comum, no qual o cliente entra em contato com o
Indicação do fabricante
departamento de pós-venda para solicitar
A grande maioria das máquinas é vendida
um atendimento através de um mecânico;
acompanhada de um manual, no qual fica
contratos customizados com duração pré-
indicado o momento em que elas devem
-determinada – no qual são moldados con-
passar pela manutenção preventiva. Marcio
tratos de acordo com a demanda do cliente
Kirchmeyer Vieira, gerente geral de con-
e, assim, definida uma agenda que será se-
tratos de manutenção da Komatsu Forest,
guida ao longo do ano; e contratos full-ser-
explica que as ações das máquinas da em-
vice – é realizada toda a manutenção nos
presa são planejadas conforme o Plano de
equipamentos dos clientes e a empresa fica
Manutenção pré-estabelecido por modelo
responsável pela aplicação das peças.
de equipamentos. “Elas seguem orientação
Em 2015, a Ponsse adotou uma nova es-
de nossa engenharia de produtos, o qual
tratégia em relação às atividades de manu-
é continuamente analisado e readequado
tenção. Janne Loponen, gerente técnico da
quando necessário com base em estudos de
Ponsse Latin América, conta que com base
nossa engenharia de manutenção e confia-
no feedback dos clientes foram feitas algu-
bilidade. O planejamento ocorre com base
mas alterações que facilitam o trabalho diá-
em horímetros e é realizado em ciclos por
rio da equipe. “Entre elas estão a facilidade
complexidade e MTBF (sigla em inglês para
de acesso aos principais componentes de
Mean Time Between Failures)”, acrescenta.
checagem diária, como baterias, níveis de
A John Deere também oferece uma
óleos por meio de varetas, central elétrica,
gama de soluções para a manutenção de
sistemas de lubrificação; abertura do capô
PRINCIPAL
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PRINCIPAL
diferenciada e levantamento elétrico padrão, grade de proteção frontal opcional que pode ser utilizada como escada de serviços; e bomba de ar comprimido padrão em alguns modelos, podendo ser utilizada para higienização da cabine, utilização de ferramentas pneumáticas, etc”, esclarece.
A Pesa, dealer da Caterpillar, oferece aos
de cada empresa.
clientes basicamente dois tipos de manu-
Momento certo
tenção. A preventiva, que envolve a subs-
Especialistas afirmam que existe uma in-
tituição dos óleos, filtros, etc. em período
dicação para o momento em que a manu-
pré-determinados. E a preditivas/corretivas,
tenção deve ser feita, mas como cada má-
aquelas de maior custo, como por exemplo,
quina trabalha com materiais diferentes, em
o reparo do motor diesel que são executa-
terrenos, ambientes e intensidades diferen-
das ou por tempo de trabalho da máquina
tes, cada caso deve ser observado para ver
ou quando o componente mostra sinais de
se os serviços que as mantém funcionando
problemas e isso varia conforme a estratégia
não precisam ser feitos antes do previsto.
PRINCIPAL
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O desenvolvimento dos novos modelos é uma clara demonstração da importante relação com os nossos clientes: foi atendendo aos pedidos dos nossos clientes que os novos modelos Ponsse apresentam soluções que permitem uma colheita mais produtiva, confiável e ergonômica. O ponto inicial para o desenvolvimento da série de modelos foi a ideia de uma máquina florestal mais moderna e eficiente em termos de capacidade de uso, produtividade e facilidades de manutenção da máquina. A estrutura do chassi da máquina é ainda mais durável e fizemos modificações nos modelos de grua para melhorar a durabilidade e a facilidade na operação. A atualização dos modelos PONSSE irá continuar por toda sua linha de produtos. Conheça as máquinas florestais do futuro! A melhor amiga do produtor florestal www.ponsse.com
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PRINCIPAL
Eduardo Paccola explica que identificar o
Para que tudo isso seja feito, Paccola ressal-
momento ideal de troca ou reparo de algu-
ta que é importante ter uma equipe de me-
ma peça é tarefa do gestor de frotas. Essa
cânicos altamente capacitada. Estes devem
atividade é fundamental para que seja possí-
executar os serviços básicos corretamente –
vel estender as atividades de manutenção e
limpeza, lubrificação, fixação e evitar trincas
aumentar a vida útil do equipamento.
e folgas –, além de efetuar as revisões pre-
O consultor acredita que para que isso
ventivas conforme planejamento, sempre
aconteça dois fatores são determinantes:
com cuidados redobrados para evitar a con-
a qualidade da operação e da manutenção
taminação dos componentes trabalhados.
que se dedica a ele, e não somente às tare-
“Importante ressaltar que não é fácil montar
fas de manutenção. “A função manutenção
uma equipe de operação e manutenção que
não é a única responsável pelo desempenho
tenha os cuidados já citados. Isto depende
de um equipamento. Primeiramente temos
de muita capacitação e acompanhamento,
a operação do mesmo, que precisa fazer o
além de ferramentas e técnicas de gestão
seu papel corretamente. Afinal, a boa ma-
diferenciadas. Uma equipe de alto desem-
nutenção começa com uma boa operação”,
penho não se forma apenas através do de-
destaca.
sejo. É preciso trabalho”, salienta.
Para ele, é preciso que os operadores
Todo equipamento tem itens que somen-
obedeçam às especificações dos equipa-
te são substituídos em caso de rupturas e fa-
mentos, não as ultrapassando. As velocida-
lhas e são descartados. No entanto, mesmo
des têm que ser respeitadas (velocidade de
que essas operações sejam realizadas con-
deslocamento, de movimentos dos braços,
forme o indicado, algumas peças têm vida
de aceleração e desaceleração); as capaci-
útil determinada e precisam ser trocadas.
dades e cargas não devem exceder o permi-
Podemos citar motores e bombas hidráuli-
tido; deve-se evitar batidas bruscas contra
cos, cilindros, material rodante, componen-
elementos sólidos como árvores, carroce-
tes móveis e que têm contato direto com os
rias, mesas; e deve-se amenizar, o quanto
produtos, quer seja madeira ou solo, esteiras
possível, os impactos e solavancos ao ven-
e válvulas. “Itens como filtros e lubrificantes
cer obstáculos tipo buracos, barrancos e
em hipótese algum devem ser postergados”
pedras.
alerta Janne Loponen da Ponsse.
EXPEDIENTE
“Itens como filtros e lubrificantes em hipótese algum devem ser postergados”
Foto: Divulgação
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PRINCIPAL
A Klabin desenvolveu um plano de manutenção preventiva específico para as má-
mizar o tempo em uma eventual parada do equipamento”, completa.
quinas florestais. Esse acompanhamento é constante e quando é necessário trocar pe-
Manutenção mal feita
ças do maquinário, o procedimento é feito
Mas o que acontece se as orientações
sem afetar a rotina dos trabalhadores. “As
dos fabricantes não forem seguidas corre-
manutenções preventivas seguem rigorosa-
tamente? A Eldorado Brasil explica os efei-
mente o manual do fabricante e são realiza-
tos que uma manutenção mal executada ou
das semanalmente, quinzenalmente e men-
mal planejada podem causar. “Geralmente
salmente”, conta José Totti, diretor florestal
acontecem perdas de tempo na interven-
da empresa. Para a manutenção corretiva,
ção corretiva, custos elevados, tanto na
a companhia baseia-se no histórico da má-
produção quanto nas atividades corretivas,
quina, na troca de experiências com outras
e grande possibilidade de retrabalhos, uma
empresas que possuem a mesma marca e
vez que a falta de planejamento, geralmen-
modelo ou com o próprio fabricante. “Além
te, leva a improvisações ou serviços incom-
disso, a Klabin mantém um estoque próprio
pletos”, esclarece Fábio Costa Millei, geren-
de peças ou em lojas in company, para oti-
te de controle de ativos e mecanização da
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“O ponto ótimo de troca é uma definição de cada empresa, em função de critérios técnicos e financeiros utilizados”
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PRINCIPAL
empresa. Para ele, a manutenção pode ser estendida desde que sejam usadas ferramentas de monitoramento de condição, que indicam o momento certo da intervenção. “Desta maneira, é possível estender algumas atividades antes feitas com base em intervalos de tempo pré-definidos (base horas) sem risco de destruição de componentes, o que geraria altos custos e perda de disponibilidade”, acrescenta. Mas então qual é o momento ideal para substituir uma máquina? “O ponto ótimo de troca é uma definição de cada empresa, em função de critérios técnicos e financeiros utilizados”, defende Paccola. Mas, em linhas gerais, ele acredita que o momento ideal de substituição é quando houver queda na disponibilidade mecânica de mais de 10 pontos percentuais ou quando houver aumento de mais de 20% (descontada a inflação) no custo de manutenção quando comparado com o ano anterior, desde que as práticas de manutenção e operação sejam adequadamente estabelecidas e aplicadas. Em resumo, um correto planejamento de manutenção contribui para menor tempo de parada de máquina; aumento da produtividade; melhor aquisição de peças de reposição, pois se houver planejamento é possível negociar, se for emergência é preciso pagar o preço do balcão; e gera menor número de acidentes, visto que se pode programar outros recursos necessários e realizar o serviço em tempo adequado. Estes aspectos juntos aumentam o tempo de uso da máquina, fazendo com que a empresa tenha lucros e não precise fazer outro investimento na compra de novas máquinas. Se não houver um bom planejamento perde-se produção, paga-se caro e podem ocorrer mais acidentes.
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ESPECIAL
PRINCIPAL ESPECIAL
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Pinus: qual o futuro do gênero no Brasil? Ao mesmo tempo em que o plantio do pinus tem sido substituído pelo do eucalipto, sua madeira vem sendo valorizada a cada dia e aplicada na construção civil. Especialistas indicam que pequenos e médios produtores invistam na produção de toras grandes, as quais devem ficar escassas no mercado em um futuro próximo.
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O
ESPECIAL
pinus é uma espécie tolerante a
do externo passou a liderar a recuperação
baixas temperaturas e seu plantio
econômica e deixar o Brasil para trás.
pode ser feito em solos rasos e
Como consequência disso, o setor flo-
considerados pouco produtivos para agri-
restal entrou em uma fase de estabilização.
cultura. Dele se origina a celulose de fibra
“Diria que o mercado de pinus está equili-
longa, resistente e ideal para a fabricação
brado. Até esse momento a crise não nos
de alguns tipos de papéis. Sua aplicação
atingiu, mas é bem provável que venha
também é indicada para a construção civil,
atingir em um futuro próximo, isso devido
serraria e produção de móveis. No entan-
ao segmento da construção civil que já está
to, mesmo sendo uma madeira versátil, o
sofrendo os impactos econômicos”, alerta
cultivo do pinus está sofrendo um declínio
Edson Balloni, diretor da Valor Florestal.
bastante perceptível. Então, surgem dúvi-
No entanto, a construção civil não foi
das na mente do produtor no momento de
a única responsável pela redução do plan-
decidir se ele inicia a plantação de pinus
tio do pinus. Balloni destaca que para que
ou opta por outro gênero. Afinal, qual é
exista mercado para a madeira provenien-
o futuro do pinus no Brasil? Como está o
te desse gênero é preciso primeiro ter de-
mercado e para onde a madeira pode ser
manda. “No Sul e no Sudeste quase não
destinada?
temos procura. Para ter uma ideia, tem
De acordo com Marcelo Leoni Schmid,
madeira saindo daqui da região Sul e indo
gerente florestal da Forest2Market do Brasil
para Manaus, Belém, para o Norte em ge-
e diretor da Index Florestal, depois da cri-
ral”, comenta. Ele explica que quase toda a
se mundial de 2008, o mercado de pinus
madeira de floresta plantada que abastece
no Brasil estava mal e foi gradativamente
o Norte e o Nordeste é proveniente do Sul.
se recuperando. “Após atravessar um pe-
“Assim, percebe-se que o mercado está lá.
ríodo de incertezas pós-crise econômica
No entanto, naquela região não existe o
houve uma tímida recuperação, entre 2010
plantio.”
e 2012, um processo liderado por condi-
Outro fator que influenciou diretamente
ções internas favoráveis decorrentes do
as áreas plantadas de pinus foi o eucalipto,
aquecimento da construção civil brasileira
que com ciclos mais curtos despertou o in-
e da taxa de câmbio favorável”, esclarece.
teresse dos produtores florestais. Enquanto
Mas no final de 2014, a partir da mudança
o eucalipto já pode ser cortado com apro-
na taxa de câmbio e com a recuperação
ximadamente 7 anos, o pinus precisa de 12
de importantes players mundiais, o merca-
a 15 anos. “O eucalipto tem sido preferido,
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“Como os grandes produtores estão focados em plantar o máximo de árvores por m² vai acabar diminuindo a oferta de madeira grossa. Abrindo, assim, oportunidade para os pequenos e médios empresários”.
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mas a grande maioria dos produtores não
dando uma pequena mostra de recupera-
tem visão de futuro, eles não tem conhe-
ção nos últimos anos, mas ainda de forma
cimento de mercado”, alerta o diretor da
tímida e conservadora. “Alguns segmen-
Valor Florestal, que acredita que é preciso
tos possuem um desempenho melhor no
difundir mais informações sobre as carac-
quesito comercial, principalmente, aqueles
terísticas e as aplicações das espécies ma-
produtos que possuem um mix importante
deireiras.
de sua produção voltado para as exportações”, explica.
Madeira aplicada
Molduras e compensados são exemplos
É unânime a avaliação de que a madeira
de produtos que possuem um percentual
de pinus tem como maior destino a cons-
de exportação bem desenvolvido e conso-
trução civil. Carlos Mendes, diretor execu-
lidado junto aos principais mercados com-
tivo da Apre (Associação Paranaense das
pradores e consumidores do mundo. O que
Empresas de Base Florestal), explica que
em época de baixa demanda da economia
houve uma valorização do gênero. “Antiga-
nacional, como a que estamos presencian-
mente, o uso era somente em tábuas para
do atualmente, vem ajudando e regulando
caixaria de concreto. Agora já existem sis-
o escoamento da produção nacional.
temas construtivos, como o Wood Frame,
Por outro lado, ele acredita que os pro-
o que fez o mercado melhorar”, esclarece.
dutos madeireiros que possuem caracte-
Paulo Pupo, superintendente executivo
rísticas voltadas ao consumo no mercado
da Abimci (Associação Brasileira da Indús-
interno estão sofrendo com o marasmo da
tria da Madeira Processada Mecanicamen-
economia brasileira e a falta de políticas
te) concorda a respeito da construção civil,
claras do governo de incentivo à indústria
mas destaca que o mercado brasileiro de
nacional e ao consumo em setores estra-
produtos madeireiros de pinus processado
tégicos para o setor madeireiro, como a
mecanicamente pode ser dividido em al-
construção civil. “Temos o setor de móveis
guns setores levando em conta o volume da
e de embalagens industriais, apenas para
produção. Para ele, a produção macro bra-
citar alguns exemplos”, analisa.
sileira envolvendo os principais segmentos
Essas são aplicações que têm crescido
madeireiros de pinus, como compensados,
ao longo dos anos. Mas em contrapartida,
compensado plastificado, madeira serrada
Carlos Mendes alerta que o pinus perdeu a
(de uso estrutural ou não), pisos, portas, kit
utilização na fabricação de móveis, sendo
porta pronta, molduras, forros, etc. estão
substituído por chapas, MDP e MDF.
ESPECIAL
33 B. FOREST
B. FOREST 34
ESPECIAL
Incentivo necessário
os programas já existentes, como o Pronaf
Também é de concordância geral que
(Programa Nacional de Fortalecimento da
para o Brasil superar o difícil momento
Agricultura Familiar) e o Proflora, precisam
econômico e voltar a crescer é necessário
ser adaptados à realidade florestal. Porque,
investimento do governo. O mercado de
segundo ele, mesmo tendo juros adequa-
pinus faz parte da mesma situação. Balloni
dos, o tempo de pagamento é muito curto.
acredita que falta incentivo ao pequeno e
“São oito anos de carência somados a mais
médio produtor florestal. “O pinus é uma
quatro para o término do pagamento. Com
espécie muito barata para plantar. Pode ser
o pinus não é possível realizar o pagamen-
instalado em áreas marginais, em que o
to com 12 anos, o manejo leva mais tempo
solo não é tão produtivo. Porém o produtor
que isso”, explica.
deve ter, pelo menos, um pequeno custeio
Seguindo o processo, outro ponto im-
florestal, assim como existe na agricultura”,
portante que os especialistas destacam é
defende. Esse subsídio seria utilizado para
o incentivo à indústria que utiliza a ma-
a realização do desbaste, que segundo
deira de pinus. Eles acreditam que o uso
Balloni é uma operação muito cara. Carlos-
da madeira na construção civil deve ser
Mendes concorda e completa dizendo que
estimulado pelo governo. “Certamente a
Foto: Divulgação
ESPECIAL
35 B. FOREST
B. FOREST 36
ESPECIAL
oficialização e o desenvolvimento do sis-
incentivo fiscais pelo governo para o au-
tema construtivo em casas de madeira no
mento da área plantada no país. “Esses são
Brasil é uma das principais vertentes e op-
mecanismos que irão contribuir para a sus-
ções para o aumento do consumo e uso
tentabilidade e perenidade das empresas
de madeira, principalmente para as espé-
e do setor madeireiro no Brasil e, conse-
cies provenientes de florestas plantadas”,
quentemente, o aumento do consumo de
argumenta Paulo Pupo. Ele acredita que
madeira pela população”, acredita.
são necessárias várias ações para que isso
“Outra vertente importante é o avanço
se torne realidade, a confecção e estrutu-
dos programas de qualidade e de certifi-
ração de uma norma técnica brasileira para
cação técnica no país, que possibilitam às
esse sistema é a primeira delas, para que
empresas produtoras ofertar ao mercado
assim se possa gerar escala de produção
consumidor produtos certificados e con-
em nível nacional. A inclusão de casas de
formes, atendendo e contemplando as
madeira no escopo de financiamento pe-
exigências técnicas e legais do mercado,
los bancos oficiais, os de varejo e os de fo-
garantindo assim a execução de obras de
mento e, principalmente, uma política go-
forma mais constante e atualizada”, acres-
vernamental clara e objetiva de habitação
centa Pupo.
para atender a enorme demanda nacional com ações focadas e financiamento públi-
Futuro quase incerto
co, também são importantes.
Tendo como base as ações atuais, é di-
O superintendente da Abimci destaca
fícil fazer previsões sobre o mercado para
que outra ferramenta fundamental para a
os próximos anos. Paulo Pupo explica, que
competitividade do setor são as desone-
para uma grande parcela das indústrias
rações fiscais para produtos de madeira,
madeireiras, principalmente composta por
como a inclusão do setor no Plano Brasil
pequenas e médias empresas, tendências
Maior que desonera a folha de pagamento
futuras e perspectivas comerciais e de
das empresas, a inclusão de mais produtos
consumo passam pela necessária recupe-
madeireiros na cesta básica da construção
ração da economia nacional e do poder de
civil, a eliminação de alguns tributos em
compra do consumidor “que, como sabe-
cascata que oneram o custo das expor-
mos, estão em baixa e com uma sensação
tações, o investimento em infraestrutura
de insegurança pela maioria”, constata.
para um melhor escoamento da produção
“Outro fator importante para definirmos
destinada à exportação e programas de
qualquer tendência é o nível de oferta de
ESPECIAL
37 B. FOREST
“A oficialização e o desenvolvimento do sistema construtivo em casas de madeira no Brasil é uma das principais vertentes e opções para o aumento do consumo e uso de madeira”.
Foto: Divulgação
B. FOREST 38
ESPECIAL
crédito oficial no Brasil, tanto para as em-
radores de energia, vai acabar diminuindo
presas conseguirem melhorar o seu parque a oferta de madeira grossa. Abrindo, assim, fabril, quanto para pessoas físicas poderem
oportunidade para os pequenos e médios
adquirir casas, móveis, etc. O acesso ao empresários”, afirma Balloni. crédito hoje está escasso e muito caro, tor-
Ao analisar o mercado com uma visão
nando quase que impraticável essas práti-
econômica é possível perceber que essa é
cas pelas empresas. Basicamente esse é o uma linha que deve ser rentável para quem cenário atual para o mercado interno”, ava-
escolher segui-la. De acordo com Marce-
lia.
lo Schmid, a madeira grossa está bastante Mas, de acordo com Edson Balloni, o
valorizada e deve continuar pelos próximos
que se pode supor é que, levando em con-
anos. “Como ela está cada vez mais escas-
sideração o atual cenário marcadológico, sa o valor sobe cada vez mais”, justifica. vai haver uma valorização da madeira de pinus e devido a pouca produção nacional será necessário importar madeira da Argentina e Uruguai para abastecer o mercado interno. O que ele sugere para os pequenos e médios produtores é que invistam em plantios com ciclos mais longos, que produzam toras de grandes dimensões. “Como os grandes produtores estão focados em plantar o máximo de árvores por m², destinando seu produto para papeleiras e ge-
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41 B. FOREST
Ultrapassando obstáculos A forma da travessia de rios, vales e outros obstáculos é uma parte importante das obras de infraestrutura de uma empresa. Por ser uma operação que requer investimento, deve ser bem pensada. Entre as opções a serem escolhidas estão as pontes, pontes móveis e passagens molhadas, basta um estudo de viabilidade para decidir qual a mais indicada.
Foto: Divulgação
B. FOREST 42
TRANSPORTE
A
construção de pontes sempre foi
das mesmas deve-se levar em consideração
um importante indicativo do pro-
o fluxo constante de água e a área de con-
gresso de uma sociedade. Sua prin-
tribuição da bacia hidrográfica. As técnicas
cipal função é transpor obstáculos e ligar
para construção de pontes devem sempre
regiões, mas elas também ajudam no de-
levar em consideração o tipo de veículo que
senvolvimento social e estreitam relações
trafegará sobre as mesmas (peso bruto to-
comerciais. Conceitualmente, pontes são
tal com carga). O comprimento da ponte e,
estruturas construídas para interligar dois la-
consequentemente, o material utilizado na
dos separados por rios, vales, ou outros obs-
construção estão diretamente relacionados
táculos naturais ou artificiais.
com a vazão do local da construção. O en-
No processo de transporte florestal elas
genheiro civil Marco Antônio Camargo ex-
são de grande valia, porque muitas vezes a
plica que as pontes convencionais são indi-
floresta plantada fica em regiões mais afas-
cadas para situações em que haverá um alto
tadas e com transposição de rios no cami-
fluxo de transporte. “Em casos nos quais é
nho.
necessário fazer o acompanhamento da flo-
Mas não são somente essas estruturas
resta plantada, realizar visitas periódicas à
que podem ser construídas para possibilitar
área e alto volume de escoamento de ma-
a passagem de carga. Além das pontes am-
deira, a construção de pontes é o mais indi-
plamente conhecidas, existem as passagens
cado”, afirma. Ele salienta que a viabilidade
molhadas e pontes móveis. A escolha da es-
da construção de pontes está diretamen-
trutura ideal deve ser bem pensada, pois sua
te ligada ao retorno que ela proporcionará.
construção requer grande investimento em
“Muitas vezes esse retorno não é financeiro,
infraestrutura. Para saber qual é a mais indi-
mas social. Levando em conta o bem que
cada para cada caso é necessário conhecer
a estrutura acarretará para as comunidades
todas.
próximas”, completa.
Pontes
Passagens molhadas
Basicamente, a utilização de pontes está
Outra alternativa para transpor um rio ou
diretamente relacionada com a vazão de um
córrego são as passagens molhadas, que
curso da água, ou seja, para a construção
consistem em pequenos barramentos cons-
TECNOLOGIA
43 B. FOREST
“É inconcebível para todas as empresas sérias que investem alto na segurança de seus colaboradores, não investirem em projetos para suas pontes e em programas de manutenção”.
Foto: Divulgação
B. FOREST 44
TRANSPORTE
truídos com a finalidade de proporcionar tra-
espacial ao longo das mesmas. Esses fato-
vessias. Marcos De Brito Bezerra, especialista
res associados aos tipos existentes irão in-
em análise geoambiental, destaca que uma
fluenciar com maior ou menor intensidade
das principais diferenças entre as pontes co-
na dinâmica dos processos desenvolvidos no
muns e as passagens molhadas, é que nesta
trecho do rio ocupado pela construção da
última a água passa por cima da estrutura de
passagem molhada. Isso faz com que elas
concreto, não sendo, portanto, suspensa do
sejam uma solução que reduz significativa-
chão como as pontes que são sustentadas
mente o impacto ambiental.
por colunas.
Elas não têm como característica o barra-
Para que não barre o rio totalmente, per-
mento completo do curso da água. Contu-
mitindo assim, escoamento, as passagens
do, é inevitável a formação de um pequeno
molhadas possuem canalizações na parte
represamento da água do rio, uma vez que
inferior, variando quanto às características
sua base encontra-se assentada no leito do
físicas hidráulicas, quantidade e distribuição
canal e não possui canalizações suficientes
Foto: Divulgação
TECNOLOGIA
45 B. FOREST
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B. FOREST 46
TRANSPORTE
que atendam à vazão do rio.
ção, mas também o da manutenção, o que
Marco Antônio ressalta que o uso de pas-
varia de acordo com o material que é usado.
sagens molhadas é indicado quando não
A estrutura que tem maior variedade de ma-
existe a necessidade de fazer a travessia em
teriais para construção é a ponte, que pode
dias de chuva ou quando a vasão do rio es-
ser de madeira, concreto ou aço.
tiver alta. “Nesse caso o transporte deve ser
Guilherme esclarece que a periodicidade
adiado ou realizado pelo outro lado da área”,
e o tipo de manutenção variam de acordo
completa.
com a matéria-prima da ponte. “Um bom projeto de uma estrutura, seja de madei-
Pontes móveis
ra, de concreto ou de aço, prevê patologias
O engenheiro civil acredita que essas es-
que podem acontecer e tentam minimizar
truturas não são muito utilizadas. São pontes
os custos de manutenção e os riscos de ru-
que não tem toda a estrutura e fundação das
ína. Cada material tem suas patologias es-
convencionais, então o uso é mais pontu-
pecíficas, mas é nítido que a exposição às
al e com menor custo. “É indicado para um
intempéries acelera a degradação de todos
transporte único, no qual é feita a travessia
os materiais.” Sendo assim, ele afirma, que
e não tem mais a necessidade de retorno
a proteção da estrutura é primordial para a
àquela área. Mas se for preciso acompanhar
durabilidade. “Deve ser evitado o acúmulo
o crescimento do plantio e fazer visitas cons-
de água, permitindo a ventilação das peças e
tantes essa estrutura não é indicada”, analisa.
mantendo os cobrimentos das armaduras no caso do concreto, a proteção contra a corro-
Manutenção
são para o aço e o revestimento químico ou
Para decidir qual a melhor opção, Marco
mecânico para a madeira”, completa.
Antônio comenta, que é preciso fazer um
Guilherme ainda salienta que um bom
estudo de viabilidade técnico-econômica. “A
projeto pode aumentar o intervalo entre as
viabilidade compara o custo com o retorno.”
manutenções, enquanto projetos mal feitos
Guilherme Corrêa Stamato, sócio da Stama-
ou ausência de projetos levam à manuten-
de – Projeto e Consultoria em Madeira LTDA,
ção constante e cara.
ressalta que o custo que deve ser levado em
E se a manutenção ou o projeto não fo-
consideração não é somente o da constru-
rem feitos corretamente? Nesse caso, Mar-
TECNOLOGIA
47 B. FOREST
B. FOREST 48
TRANSPORTE
co Antônio e Guilherme concordam que as
Antônio frisa que a carga pode ser prejudi-
consequências podem ser sérias. “O princi-
cada e cria dificuldades na logística da em-
pal e mais preocupante é o dano à vida, o
presa, sendo necessário fazer desvios, o que
colapso de uma ponte durante a passagem
diminui a produtividade.
de um veículo pode ferir ou até matar. É in-
A manutenção de qualquer tipo de ponte
concebível para todas as empresas sérias
é tão necessária quanto dos outros equipa-
que investem alto na segurança de seus
mentos da indústria, e deve ser incluída no
colaboradores, não investirem em projetos
programa de manutenção preventiva. Essa
para suas pontes e em programas de manu-
manutenção preventiva certamente é muito
tenção”, defende o sócio da Stamade. Além
mais econômica do que a substituição peri-
do risco do motorista se machucar, Marco
ódica de pontes.
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TECNOLOGIA
51 B. FOREST
Foto: John Deere
B. FOREST 52
A
MOMENTO EMPRESARIAL
s máquinas e equipamentos flo-
sidade diferente e não pode existir um
restais têm se mostrado cada
padrão de iluminação para todas as má-
vez mais tecnológicos. A cada
quinas.
lançamento novas funções e dispositi-
Foi pensando dessa forma que nas-
vos são apresentados. Muitos deles, in-
ceu a Tyri Lights. Ela é resultado de uma
clusive, tem capacidade para trabalhar
iniciativa de três empresas parceiras e
24 horas por dia. Mas de nada adianta
com ampla experiência em iluminação.
proporcionar horas seguidas de traba-
Estas empresas globais, DMK (USA) KLE
lho se a iluminação utilizada não for de
(Suécia) e PA Throrpe (UK), se uniram
qualidade e não atender às necessidades
para desenvolver e produzir uma varie-
da operação. Fabiano Lima, gerente co-
dade de luzes para diversas aplicações,
mercial da Tyri Brasil, explica que cada
entre elas, a florestal. As três empresas
trabalho é composto de muitas variáveis,
são responsáveis pelo desenvolvimento
como terreno, clima, ambiente, etc. Por
técnico e comercial da marca Tyri pelo
este motivo, cada um tem uma neces-
mundo. Para elas o conceito principal de
Simulação de áreas iluminadas pelo sistema de iluminação da Tyri Lights em um Feller Buncher
MOMENTO EMPRESARIAL
53 B. FOREST
trabalho da nova empresa a ser formada
isso, fazemos uma simulação de ilumi-
era, e continua sendo, oferecer soluções
nação utilizando um modelo em 3D do
em iluminação, não apenas faróis.
equipamento que receberá os faróis”, conta o gerente comercial. No projeto é
Soluções inteligentes
feita uma renderização utilizando as in-
Para Fabiano, como a missão da Tyri
formações técnicas e exatas da máquina
Lights é oferecer soluções inteligentes
e do ambiente no qual ela funcionará.
em iluminação, o serviço prestado deve
Com isso, é possível definir os locais em
“aplicar a quantidade exata e necessária
que os faróis serão instalados, a intensi-
de luz, capacitando a realização de tra-
dade, o alcance, a cor e direção da luz.
balhos até mesmo nas piores condições”. Dessa forma, para conseguir estabelecer
Empresa global
qual a melhor opção de iluminação para
Com mais de 30 anos de experiência,
cada cliente, a Tyri precisa saber qual
a Tyri ainda é nova no Brasil. Mas tam-
a real necessidade das máquinas. “Para
bém se faz presente em outros países:
Simulação de intensidade de luz em um Feller Buncher
B. FOREST 54
MOMENTO EMPRESARIAL
Suécia, Finlândia, Estados Unidos, Canadá e Inglaterra são exemplos de mercados exigentes, nos quais a empresa já disponibiliza produtos e serviços. “A presença em vários países permite que nos adaptemos às necessidades locais e assim saibamos o que nosso cliente precisa”, afirma Fabiano. Ele estima que, ao
outros, por todo o mundo. Entre os que
todo, a empresa tenha mais de 200 tra-
se destacam estão: John Deere, Komat-
balhadores diretos. “O que nos possibili-
su, AGCO, Nacco e Unicarriers.
ta garantir entregas rápidas de produtos
Mais informações:
de qualidade”, completa.
http://www.tyrilights.com
Como resultado, a Tyri tem clientes de renome nas áreas da construção, agricultura, mineração, florestal, entre
TECNOLOGIA
55 B. FOREST
B. FOREST 56
NOTAS
Nova escavadeira hidráulica
A New Holland apresentou, durante a 55ª Expolondrina 2015, a nova escavadeira
hidráulica E215C. A máquina tem boa estabilidade para que o operador consiga utilizar a máxima capacidade. Além disso, ela possui maior potência que as versões anteriores e facilidades de manutenção. A E215C faz parte dos lançamentos da marca para 2015.
Essa escavadeira é indicada na execução de curva de nível e obras de drenagem em
estradas e grandes plantações. “Com o equipamento de construção adequado, é mais fácil padronizar o tamanho dos talhões, a largura dos carreadores, as áreas de carregamento e os modelos de curva de nível a serem adotados”, afirma Marcos Rocha, gerente de marketing de produto da New Holland Construction.
Mais informações: http://www.newholland.com.br/
Foto: Divulgação New Holland
NOTAS
57 B. FOREST
Projeto de Lei quer tirar a silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras O senador paranaense Álvaro Dias protocolou um Projeto de Lei do Senado em 2015 pedindo a retirada da silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras. O projeto Modifica o Código 20 do Anexo VIII da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, acrescido pela Lei no 10.165, de 27 de dezembro de 2000, para excluir a silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais. O Projeto de Lei afirma que o setor florestal “trata-se, portanto, de um setor pujante da agricultura brasileira, que contribui com geração de emprego e renda, produção de diversos benefícios ambientais, que não deveria ser mantida como com o rótulo de atividade poluidora e submetida a licenciamento ambiental burocrático e dispendioso.”
Foto: Divulgação
B. FOREST 58
NOTAS
Prazo final para o CAR O prazo para fazer o CAR (Cadastro Ambiental Rural) vai até o dia 06 de maio de 2015. Os produtores que não se cadastrarem até esta data perderão o benefício de conversão de multas. Além disto, as atividades realizadas por eles podem ser embargadas, o proprietário pode ser processado por crime ambiental, sendo condenado a pagar multa de R$ 5 mil por hectare. Os produtores irregulares não terão acesso ao crédito agrícola concedido por bancos. O CAR é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar informações ambientais, criando assim, um banco de dados nacional para planejamento ambiental e econômico. Ao realizar o CAR, o produtor rural consegue identificar os remanescentes de vegetação nativa, as áreas de uso restrito e as áreas consolidadas das propriedades e posses rurais.
DEMO International A décima terceira edição da DEMO International, um dos principais eventos florestais do mundo, será realizada em Maple Ridge, British Columbia, no Canadá, entre os dias 22 e 24 de setembro de 2016. A expectativa dos organizadores é contar com mais de 150 expositores, apresentando as últimas tecnologias em equipamentos, produtos e serviços que cobrem todos os aspectos das operações de florestais. Mostras passadas receberam cerca de 16 mil profissionais de todo o mundo. Mais informações: http://www.demointernational.com
Foto: Divulgação /Demo Intenational
NOTAS
59 B. FOREST
B. FOREST 60
NOTAS
Modificação genética aprovada
Foto: Divulgação A Suzano Papel e Celulose informou que a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) aprovou, por meio da FuturaGene Brasil, o uso comercial do eucalipto geneticamente modificado H421, com foco no aumento da produtividade. De acordo com a empresa, a decisão ainda está sujeita a eventuais recursos, na forma da legislação pertinente. No dia 05 de março, a área de pesquisa da FuturaGene, em Itapetininga (SP), foi invadida pelo MST (Movimento dos Sem-Terra), que era contrário à liberação por alegarem que as novas mudas causariam males ao meio ambiente. Os integrantes do movimento vandalizaram e destruíram as mudas de eucalipto. No mesmo dia, o MST também invadiu a reunião da CTNBio em Brasília, que tinha na pauta a aprovação do uso da pesquisa. No dia da invasão, o presidente da Suzano, Walter Schalka, ressaltou que a pesquisa reduz áreas necessárias para o plantio do eucalipto, liberando áreas para outras atividades, além de reduzir a emissão de CO2 no transporte e o raio médio da colheita.
NOTAS
61 B. FOREST
B. FOREST 62
NOTAS
Terceirização em análise A aprovação da terceirização para atividades-fim está sendo discutida no Congresso Nacional. O Projeto de Lei 4330/2004 é uma proposta para regulamentar a terceirização de trabalhadores nas empresas brasileiras. Polêmico, ele já corre na Câmara dos Deputados desde 2004 e vem sendo debatido e modificado desde então. Um dos pontos que mais gera discussão é a liberação de terceirizados para executar atividades-fim nas empresas brasileiras. Até então, só era permitido terceirizar atividades-meio, como limpeza, segurança e alimentação dos funcionários. Os empresários alegam que é complexo definir o que é atividade-fim e o que é atividade-meio, assim como modernizar a atividade econômica sem facilitar a terceirização. Depois de longas negociações – que envolveram o ministro da Fazenda, o secretário da Receita Federal e o presidente da Câmara dos Deputados -, o projeto foi aprovado em votação simbólica na Câmara em 08 de abril. Contudo, as emendas ao projeto começaram a ser discutidas na semana seguinte. Ainda não está nada definido, a votação marcada para o dia 15 de abril foi adiada para o dia 22.
Foto: TMO
NOTAS
63 B. FOREST
Entenda as mudanças no Projeto de Lei:
tribuições, como PIS/Cofins e CSLL. Em
Como é:
relação ao FGTS, as empresas contratantes
- Não há uma lei que regulamente a
deverão apenas fiscalizar que o valor pela
contratação de terceirizados no Brasil;
contratada;
- Por falta de legislação, empresários se
- Os trabalhadores terceirizados so-
baseiam na súmula 331 do TST, que veda
mente poderão cobrar os seus direitos da
a contratação de terceirizados para ativida-
empresa tomadora de serviços depois de
des-fim;
esgotados os bens das empresas que ter-
- As empresas contratantes de terceirizados não recolhem impostos e contribuições federais dos funcionários; - Os trabalhadores terceirizados são representados pelos sindicatos de funcioná-
ceirizam; - As empresas contratadas devem pagar 4% do valor do contrato para um seguro que irá abastecer um fundo para pagamento de indenizações trabalhistas.
rios terceirizados.
Implicações florestais Como fica:
A terceirização de serviços já acontece
- O Projeto de Lei 4330 é considerado
há algum tempo no setor, mas foi só par-
por empresários como marco regulatório
tir da década de 90 que ganhou relevância
da terceirização;
nacional. Os benefícios básicos podem ser
- O Projeto de Lei permite a atuação de
considerados como especialização da ca-
terceirizados para atividades-fim e não so-
pacidade técnica, gerenciamento focado
mente para atividades-meio;
nas competências e estratégias, na redução
- Apenas as empresas especializadas poderão prestar serviço terceirizado;
de custos e maior agilidade no processo. Atualmente, o MPF (Ministério Público
- Familiares de empresas contratantes
Federal) aplica a lei vigente. Dessa forma,
não poderão criar empresa para oferecer
já autuou e multou empresas florestais, fa-
serviço terceirizado;
zendo com que muitas delas assinassem o
- As companhias contratantes deverão
TAC (Termo de Ajuste de Conduta), no qual
recolher uma parte do que for devido pela
elas se comprometem a regularizar a situa-
empresa terceirizada em impostos e con-
ção, por meio da primarização, até um pra-
B. FOREST 64
NOTAS
zo estabelecido. A discussão sobre o tema é válida. Alguns agentes do setor enxergam a terceirização como uma maneira moderna de gerenciamento, uma ferramenta útil que permite às empresas dedicarem-se aos produtos finais. Os empresários têm recorrido a essa estratégia para atender alguns quesitos: produtividade, qualidade e competitividade no mercado, frente ao cenário das incertezas e constantes mudanças econômicas. Por outro lado, os sindicatos sustentam a argumentação de que a terceirização precariza as condições de trabalho, pois abriria a possibilidade de contratação de funcionários terceirizados para prestação de serviços sem a cobertura da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). O importante, é a livre escolha. As empresas devem optar pela gestão mais adequada, levando em consideração seus princípios e os valores disponíveis para o investimento nas atividades operacionais. E principalmente, atuar dentro da legalidade do país. Vários países usam a terceirização de forma bastante atuante, onde se pode citar o Chile, países da Europa e Escandinávia.
Foto: Divulgação
NOTAS
65 B. FOREST
B. FOREST 66
EXPEDIENTE FOTOS
NOTAS Vテ好EOS
67 B. FOREST
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NOTAS
NOTAS
69 B. FOREST
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AGENDA
2015
ABR
21 2015
MAI
11
ABRIL Forest Machine Technology Conference Quando: 21 a 23 de Abril de 2015 Onde: Montreal (Canadá). Informações: http://fmtc.fpinnovations.ca/
MAIO Ligna Quando: 11 a 15 de Maio de 2015 Onde: Hannover (Alemanha). Informações: www.ligna.de
2015
MAI
12 2015
MAI
21
MAIO 5ª Feira da Floresta Quando: 12 a 14 de Maio de 2015 Onde: Nova Prata (RS) Informações: www.feiradafloresta.com.br
MAIO 1º Encontro Brasileiro de Segurança Florestal Quando: 21 e 22 de Maio de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
2015
MAI
26
MAIO 7th ICEP – International Colloquium on Eucalyptus Pulp Quando: 26 a 29 de Maio de 2015 Onde: Vitória (ES). Informações: www.7thicep.com.br
AGENDA
71 B. FOREST
2015
MAI
28
MAIO IV Workshop sobre Restauração Florestal Quando: 28 a 30 de Maio de 2015 Onde: Piracicaba (SP) Informações: http:fealq.org.br/informacoes-do-evento/?id=187
2015
JUN
01
JUNHO 23rd European Biomass Conference and Exhibition Quando: 01 a 04 de Junho de 2015 Onde: Viena (Áustria). Informações: www.eubce.com
2015
JUN
02 2015
JUN
11
JUNHO 2° Três Lagoas Florestal Quando: 02 a 04 de Junho de 2015 Onde: Três Lagoas (MS). Informações: www.painelflorestal.com.br
JUNHO 1º Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Manejo Florestal para Produtos Sólidos e Qualidade da Madeira Quando: 11 e 12 de Junho de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
2015
JUN
18
JUNHO 2° Curso de Aperfeiçoamento Técnico de Gestão Socioeconômica e Ambiental em Atividades Florestais Quando: 18 e 19 de Junho de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
B. FOREST 72 2015
JUL
06
AGENDA
JULHO 4th International Conference on Forests and Water in a Changing Environment Quando: 06 a 09 de Julho de 2015 Onde: Kelowna (Canadá). Informações: www.forestandwater2015.com
2015
AGO
20
AGOSTO 4° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Custos Florestais Quando: 20 e 21 de Agosto de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
2015
SET
07
SETEMBRO XIV Congresso Florestal Mundial Quando: 07 a 11 de Setembro de 2015 Onde: Durban (África do Sul). Informações: www.fao.org/forestry/wfc
2015
SET
21
SETEMBRO 2° Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal Quando: 21 a 23 de Setembro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
2015
OUT
04
OUTUBRO 48th International Symposium on Forestry Mechanization Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Linz (Áustria). Informações: www.formec.org
AGENDA
73 B. FOREST
2015
OUT
OUTUBRO Austrofoma
06
Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Hochficht (Áustria). Informações: www.austrofoma.at
2015
OUT
06 2015
OUT
22
OUTUBRO V Congresso Florestal Paranaense Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.apreflorestas.com.br
OUTUBRO 5° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Gestão de Manutenção de Máquinas Florestais Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
2015
NOV
NOVEMBRO Expocorma 2015
06 2015
NOV
19
Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015 Onde: Concepción (Chile). Informações: www.expocorma.cl
NOVEMBRO 3º Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Silvicultura de Florestas Plantadas Quando: 19 e 20 de Novembro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br
B. FOREST 74
AGENDA