B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

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Por trás de cada máquina John Deere, há uma empresa que é sua parceira dentro e fora da floresta. Tudo porque nos envolvemos com o seu projeto, desde a nossa equipe profissional de suporte ao cliente, dedicada a oferecer as melhores soluções, até peças, serviços e treinamentos necessários para que a sua frota opere com os mais altos padrões.


1 B. FOREST EXPEDIENTE NOSSO COMPROMETIMENTO COM O MERCADO FLORESTAL É DO TAMANHO DO BRASIL.

JohnDeere.com.br/Florestal


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EXPEDIENTE


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EXPEDIENTE

Indテュce 06

EDITORIAL

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ENTREVISTA

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PRINCIPAL

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ESPECIAL

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TECNOLOGIA

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MOMENTO EMPRESARIAL

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NOTAS

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FOTOS

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Vテ好EOS

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AGENDA


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“Há 25 anos, o setor florestal começava a se mostrar para o mundo e hoje é uma realidade inquestionável” Diretor de Supply Chain, Sourcing e Florestal da International Paper

Armando Santiago

Foto: Divulgação


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EXPEDIENTE EDITORIAL

Novas tendências da silvicultura Como prometido no mês passado, a partir desta edição, a Revista B.Forest traz também reportagens exclusivas sobre os processos silviculturais. Para iniciarmos as discussões sobre o tema, nada melhor do que tratarmos sobre as perspectivas de mecanização da silvicultura, assunto quente e primordial para o contínuo desenvolvimento do setor no país. A importância das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do mesmo também são apresentadas em matérias que contam com as declarações dos principais players do mercado. Para fechar a edição com chave de ouro, contamos com a entrevista do diretor de supply chain, sourcing e florestal da International Paper, Armando Santiago, que dividiu com a Revista B.Forest, seu conhecimento e vivência com o setor de florestas plantadas. Saudações Florestais!

Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Executiva Comercial: Josiana Camargo Editora: Giovana Massetto Jornalista: Amanda Scandelari Designer Responsável: Vinícius Vilela Financeiro: Jaqueline Mulik

Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America). B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal Edição 06 - Ano 02 - N° 03 - Março 2015 Malinovski Florestal +55(41)3049-7888 Rua Itupava, 1541, Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) – CEP:80040-455 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br © 2014 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.


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ENTREVISTA


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Foto: Divulgação / International Paper

ENTREVISTA

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ENTREVISTA ENTREVISTA

Experiência inquestionável Armando Santiago Diretor de Supply Chain, Sourcing e Florestal da International Paper Pode-se dizer que Armando Santiago é um profissional completo. O engenheiro florestal iniciou a carreira na International Paper e, dentro da companhia, teve a oportunidade de trabalhar em diversas áreas não correlatas a sua formação. Armando já atuou em funções florestais, de planejamento estratégico, marketing, logística, atendimento ao cliente, manufatura, além de participar como gerente do projeto da construção da maior serraria de tábuas de eucalipto do Brasil, em Arapoti (PR). Atualmente, é diretor de supply chain, sourcing e florestal da IP. Ele acredita que toda essa experiência foi fundamental para torná-lo o profissional que é hoje. Em entrevista exclusiva ele conta sobre a vida profissional e como enxerga o setor florestal. Confira! Quais foram seus primeiros passos no setor florestal? Fiz graduação em Engenharia Florestal pela UnB (Universidade de Brasília) e mestrado em Manejo e Administração de Recursos Naturais, na Universidade de Edimburgo (Escócia). Trabalho na International Paper desde que me formei. Por muitos anos, atuei no departamento florestal e hoje, acumulo as funções de diretor florestal, supply chain e sourcing.

Pode contar um pouco mais sobre os mais de 20 anos de trabalho na IP? Uma das melhores coisas que existe na International Paper é a possibilidade de se trabalhar em diversas áreas, mesmo que não sejam correlatas com sua formação acadêmica. Desta maneira, pude trabalhar nas áreas: florestal, planejamento estratégico, marketing, logística, atendimento ao cliente, manufatura, sourcing (suprimentos) e supply chain, além de participar como gerente do projeto da construção da maior serraria de tábuas de eucalipto do Brasil, em Arapoti (PR). De cada uma dessas áreas levo algo relevante de aprendizagem pessoal e profissional, mas posso ressaltar: senso de urgência, importância das pessoas, importância de processos e sistemas de gestão, uso disciplinado/orientado de recursos, visão dos acionistas, criação de valor como métrica principal e, principalmente, o respeito às pessoas. Como se preparou para assumir o cargo de Diretor? Ao longo desses 25 anos de carreira, a preparação para assumir mais e complexas responsabilidades faz parte do “Jeito IP” de ser. Tive oportunidade de passar dois


ENTREVISTA

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“No longo prazo, o setor de bioenergia deverá desenvolver técnicas próprias de colheita mais apropriadas ao produto final” Armando Santiago

Foto: Divulgação / International Paper


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ENTREVISTA

“Ainda somos extremamente tímidos quando se fala em processos dirigidos de inovação setorial. A capacidade de inovar e reinventar é extremamente importante” anos na matriz, nos Estados Unidos, antes de assumir a minha primeira diretoria, a de planejamento estratégico, em 2000. Desde então, procuro sempre me aprimorar no que faço ou no que farei. Mas, os principais meios são treinamentos formais, como o MBA na FGV (Fundação Getúlio Vargas) e diversos outros cursos em instituições de ensino nacional e internacional. Sempre contei também com muita ajuda dos meus tutores formais e informais, como chefes e companheiros de trabalho. Em uma empresa com mais de 60 mil colaboradores sempre tem alguém disposto a te ajudar de alguma maneira. Quais são os principais desafios deste cargo? São sempre os mesmos de qualquer cargo: como dar um propósito aos profissionais que você lidera, uma visão que seja instigante e desafiadora e que faça com que todos sigam em uma mesma direção, maximizando e otimizando os recursos disponíveis. Além disso, a busca constante pela máxima eficiência com times de

alto desempenho. A escolha das pessoas certas para os cargos certos não é menos importante. E, como não poderia deixar de ser, a preocupação com a sustentabilidade dos negócios, do ponto de vista mais holístico e não somente com vistas ao meio ambiente. Além do seu cargo na IP, você também foi presidente do IPEF e Florestar. Hoje atua como coordenador do Conselho Florestal da Ibá. Ainda almeja alguma atividade do setor? A presidência do IPEF (Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das funções mais gratificantes que exerci. Ele, como centro de referência em pesquisas florestais, tem um papel fundamental no setor. Ter convivido com os profissionais, docentes e o corpo administrativo do IPEF, em especial o Professor Barrichelo, acrescentou muito na minha vida profissional e pessoal. Ao presidir a Florestar (Associação Paulista de Plantadores de Florestas Plantadas), aprendi muito sobre o setor paulista de florestas plantadas. Atualmente, atuo como


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coordenador do Conselho Florestal da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) e estou sempre disposto a ajudar o setor quando necessário. Não há nesse momento um cargo específico que eu almeje, mas o setor poderá contar comigo no que for necessário. Quais são as principais diferenças no setor florestal e de celulose e papel nestas últimas décadas? Sem sombra de dúvida, a diferença é o nível profissional e os ganhos expressivos de produtividade e investimentos. Há 25 anos, o setor começava a se mostrar para o mundo e hoje é uma realidade inquestionável. A silvicultura nacional é referência mundial e o setor de celulose, como consequência, é o estado da arte. Posso citar algumas áreas específicas como, colheita florestal, biotecnologia, sustentabilidade, produtividade, mecanização, etc. Todas estas áreas específicas dão suporte a um setor pujante que só faz crescer e trazer divisas para o Brasil, além de exportar produtos e tecnologia. Qual sua visão para o futuro em relação à colheita da madeira? Os mesmos sistemas deverão ser mantidos? Vejo que no curto/médio prazo, sim. Mas, no longo prazo, posso antecipar algumas mudanças, como o setor de bioenergia, que deverá desenvolver técnicas próprias de colheita mais apropriadas ao produto final. A questão ambiental, e de certificação, por

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consequência, que trarão alguns desafios aos sistemas atuais, que deverão adequarse a esse requisito fundamental demandado pela sociedade. Você vê a mecanização da silvicultura como uma tendência de curto prazo? A constante escassez de mão de obra, os custos crescentes e a competição acirrada fazem da mecanização uma das principais prioridades do setor silvicultural. Quais serão as dificuldades enfrentadas pelo setor florestal nos próximos anos? Como elas poderão ser superadas? As dificuldades que qualquer setor de mão de obra intensiva e que utiliza áreas em grande escala possui: competitividade, aumento de custos, escassez de mão de obra, regulamentações/legislação, sustentabilidade, níveis de retorno ao investidor, substituição de produtos, globalização, competição de regiões não tradicionais, questões éticas e morais (biotecnologia, por exemplo), para citar algumas. Tem algum sonho em relação ao setor florestal? Sim, que ele se torne um ícone no que diz respeito à inovação. Essa é a única maneira de se manter no topo do pódio. Ainda somos extremamente tímidos quando se fala em processos dirigidos de inovação setorial. A capacidade de inovar e reinventar é extremamente importante.


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PRINCIPAL


PRINCIPAL

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A Dois Passos da Mecanização da Silvicultura Nas últimas décadas, as operações de colheita florestal passaram pelo processo de mecanização, no Brasil, tendo como referência países com origem florestal. Agora, graças ao crescimento do setor, chegou a vez dos processos silviculturais. No entanto, as operações no país são diferentes das realizadas no restante do mundo, o que exige o desenvolvimento de técnicas novas e exclusivas.

Foto: Malinovski Florestal


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PRINCIPAL

ue a silvicultura no Brasil é di-

veis, mas não existe um modelo de sil-

ferente do restante do mundo

vicultura parecido com o nosso. Nossa

não é novidade. As caracte-

atividade de grande escala não existe em

rísticas de clima, solo, relevo e sistemas

outro local do mundo. Por isto, acredito

de plantio tornam as operações realiza-

que desenvolveremos tecnologias ino-

das aqui únicas. Mas o que ainda não é

vadoras.”

amplamente difundido é que essas peculiaridades podem ser úteis para o desenvolvimento de novas tecnologias. Especialistas na área acreditam que o Brasil tem tudo para ser pioneiro na mecanização da silvicultura em larga escala. “Atualmente, os equipamentos utilizados na silvicultura brasileira são adaptados da agricultura. Mas as empresas não querem mais operar com adaptações devido a qualidade que necessitam e a redução de custos”, afirma Eduardo Sereguin Cabral de Melo, coordenador técnico do PCMAF (Programa Cooperativo de Mecanização e Automação Florestal). Dessa forma, uma tendência está surgindo e profissionais do setor florestal acreditam que nos próximos anos novidades em máquinas e equipamentos estarão disponíveis no mercado. O diretor da Komatsu Forest, Edson Martini, explica que os produtores florestais terão à disposição uma mistura de tecnologias para as operações silviculturais. “Já temos tecnologias disponí-


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Essa tendência vem em um momento em que a produtividade e a redução dos custos em produtos de qualidade têm sido os maiores objetivos a serem atingidos pelas empresas. Na contramão, existe a escassez de mão de obra qualificada, o que torna essa meta difícil de ser alcançada. “Já está havendo falta de profissionais em algumas regiões do Brasil, como nos estados de Mato Grosso e São Paulo. Por isto, não existe outra alternativa que não seja a mecanização. Para mim, ela é evidente e urgente. Sem ela, em um futuro próximo, não teremos a capacidade produtiva almejada”, constata Sergio da Silveira Borenstain, diretor florestal, suprimentos e logística da Veracel.

Foto: Malinovski Florestal Operação de irrigação semi-mecanizada.


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Um processo em andamento Algumas empresas do setor já perceberam essa tendência de mercado e começaram a se mexer. A Veracel já tem trabalhado bastante com mecanização no uso de herbicidas pré-emergentes em substituição à aplicação dos químicos pela atividade manual. “Temos substituído a capina química manual pela mecanizada. Também estamos realizando testes na junção de atividades de preparo de solo, adubação e irrigação”, acrescenta. A empresa tem conseguido, de forma customizada, desenvolver internamente um implemento de trator que desempenha de duas a três atividades, que antes eram feitas separadamente. “Os resultados têm sido bons”, comemora Borenstain. A Klabin desenvolve pesquisas no manejo de planta daninhas, buscando a otimiza-

Caio Eduardo Zanardo, gerente geral de planejamento e desenvolvimento florestal da Fibria, destaca que a empresa também tem investido em silvicultura. “Temos um projeto denominado Floresta do Futuro, no qual existem 14 vias de desenvolvimento que buscam a maximização dos recursos e o aumento da produtividade dos equipamentos.” Ele conta que a empresa já evolui bastante na mecanização do preparo de solo, aplicação de herbicidas e controle de formigas. “A mecanização do plantio em áreas de implantação também está bem encaminhada, mas ainda temos grandes desafios no plantio em áreas de reforma, pois a presença do toco segue como um desafio para a mecanização”, completa.

Experiências Promissoras Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

ção do uso de químicos e redução do custo

versidade Estadual de São Paulo), a John

operacional. A mecanização da fertilização é

Deere projetou uma plantadeira e acredita

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

que é esse o tipo de máquina que deve ser

zação e a redução do custo e da dependên-

desenvolvida. “Essa é uma linha, outra en-

cia de mão de obra.

volve o preparo do solo. O mercado precisa


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de uma máquina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de maneira eficiente”, acredita Rodrigo Junqueira, gerente de vendas da John Deere Forestry. Já a New Holland, desenvolveu uma máquina forrageira para colheita de biomassa. A FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de geração de energia. Graças a tecnologia aplicada, o equipamento derruba, corta e produz o cavaco já pronto para o transbordo. Além disto, os tratores das linhas TK, TL e T7, segundo Alisson D’Andrea, especialista de produto da empresa, também auxiliam nas atividades silviculturais.

Tecnologia de base Projetos e estudos já estão em andamento, mas é de consentimento de todos que ainda não existe tecnologia ideal para a mecanização silvicultural. “Teremos que ser pioneiros e buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologias”, aponta Borenstain. Para ele, as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnológicos


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PRINCIPAL

“A mecanização é algo evidente e urgente” Sergio Borenstain, da Veracel.


PRINCIPAL

para tornar a silvicultura mais produtiva.

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dições de solo e de clima são mais favoráveis

Felizmente, as grandes empresas de má-

ao crescimento das florestas, temos ciclos de

quinas florestais têm a mesma visão. “Nossa

rotações mais curtos e alta produtividade”,

atividade de grande escala não existe em ou-

pondera.

tro lugar no mundo. Poderemos adaptar os equipamentos e tecnologias disponíveis, mas vamos precisar inovar. Neste caso, estamos falando em um novo sistema para o setor, e não apenas de novas máquinas”, avalia Edson Martini, diretor da Komatsu Forest. O especialista de produto da New Holland,

Tempo X Novas Máquinas Mas quando essas tecnologias serão realidade e efetivamente utilizadas no Brasil? Esse questionamento gera um pouco

acredita que o avanço tecnológico da produ-

de discussão no setor, mas os profissionais

ção nacional é comparável aos dos maiores

preveem que isso aconteça daqui a uns três

produtores mundiais. “Além disto, temos uma

ou cinco anos. Este prazo pode ser justifica-

série de vantagens em relação à eles. As con-

do pelo burocrático e dispendioso processo


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PRINCIPAL

de desenvolvimento de uma nova máquina. “Apesar de haver uma disponibilidade de equipamentos que não são purpose built para a silvicultura, alguns podem ser utilizados, porém transformá-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo. Afinal não é apenas uma questão de projeto e engenharia, as grandes empresas são submetidas a uma porção de certificações internacionais e a adaptação exige tempo”, analisa Martini. Rodrigo Junqueira, acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais, com soluções que irão aumentar a produtividade. “Em dois ou três anos vamos ver uma evolução dos sistemas atuais, porém caso alguma empresa esteja disponível a lançar uma solução que não exista hoje, diria que demoraria cinco anos.”

Plantar agora para colher no futuro Observando essa carência no mercado e os benefícios que as soluções podem proporcionar para a produtividade, um grupo de empresas já tem se reunido para realizar pesquisas a respeito da mecanização. “Esta é apenas uma semente que está sendo plantada segundo o grupo. Todas as empresas que desejarem poderão participar e auxiliar no desenvolvimento da silvicultura no Brasil”, estimula Borenstain, da Veracel. O grupo, que ainda está em período de formação legal, fará parte da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). Segundo previsões, nos próximos anos, a demanda de madeira deverá aumentar e, consequentemente, haverá necessidade de crescimento da área plantada. A qualidade do material genético também continuará em expansão. Estes aspectos juntos, permitirão maior produtividade nas florestas já existentes, reduzindo a área necessária para expansão. Com a inserção de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil continuará na vanguarda da excelência da produtividade florestal em relação aos outros países com tradição neste segmento.


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EXPEDIENTE

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Inovações – Soluções – Eficiência O mais importante evento para a indústria do mundo. São mais de 1.500 expositores de quase 50 países.

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11 – 15 Maio de 2015 ligna.de

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ESPECIAL

Estradas florestais: revestimentos e o impacto no transporte Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal está no revestimento aplicado nas estradas. Uma malha viária de qualidade torna a operação rentável, em contra partida quando as vias estão em condições inadequadas o transporte fica mais caro e arriscado para o motorista. Além de comprometer a produção da unidade de transformação.


PRINCIPAL

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Foto: Malinovski Florestal


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A

ESPECIAL

s estradas e o transporte adqui-

centro consumidor e a área de produção,

riram relevante importância nas

dando condições de trafegabilidade du-

operações florestais, isso por-

rante todo o ano; secundárias, que deman-

que os custos do binômio estrada-trans-

dam menor qualidade comparada com as

porte afetam consideravelmente os custos

primárias e caracterizam-se por serem im-

da produção. Portanto, o planejamento do

plantadas nas áreas de produção, devem

transporte é de grande relevância, tendo

levar o tráfego até as estradas primárias,

que levar em conta características relativas

estas podem não estar disponíveis durante

à carga transportada, como também o tipo

todo o ano; terciárias, as quais são encon-

e o estado de conservação das vias exis-

tradas somente na área de produção, sen-

tentes e o material de construção empre-

do utilizadas sazonalmente, onde podem

gado nas mesmas. No caso florestal, o pla-

ocorrer movimentações de terra; e cami-

nejamento das operações terá êxito se as

nhos de máquina, que se caracterizam por

estradas atingirem um padrão técnico ade-

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

quado às exigências das demandas. Entre-

dos somente pelas máquinas florestais.

tanto, o padrão comum de construção da

Carlos Cardoso Machado, por meio do

malha viária florestal é, frequentemente,

livro “Construção e Conservação de Estra-

muito simples, o que as tornam sensíveis

das Rurais e Florestais”, afirma que a cons-

às influências climáticas e requerem plane-

trução das estradas são consideradas o

jamento cuidadoso e conservação perma-

primeiro passo das operações de colheita e

nente.

transporte florestal. Elas têm como carac-

De acordo com Jorge Malinovski, dire-

terística marcante o baixo volume de tráfe-

tor geral da Malinovski Florestal, a implan-

go, porém usando veículos com capacida-

tação da malha viária tem como finalidade

de alta tonelagem de transporte e tráfego

principal permitir o acesso às áreas plan-

em único sentido. Entre outras finalidades

tadas, viabilizar o tráfego de mão de obra

estão: adequar a distância aceitável para a

e de produção, que é indispensável para a

extração florestal; facilitar a orientação e

implantação, proteção, extração e trans-

a realização do planejamento de logística

porte de produtos florestais. A constituição

operacional; auxiliar no combate a incên-

da rede viária florestal é definida a partir do

dios florestais e controles profiláticos; faci-

tráfego associado às características técni-

litar o transporte de máquinas, materiais e

cas da estrada, sendo classificado em es-

pessoas; permitir o escoamento da produ-

tradas primárias, que são a ligação entre o

ção e produtos florestais.


ESPECIAL

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“As condições das estradas não pavimentadas interferem diretamente em vários aspectos que vão desde a produtividade da frota até o risco de acidentes”.

Foto: Malinovski Florestal


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ESPECIAL

Operação essencial

gaste excessivo dos pneus, eleva o índice de quebra de componentes de suspensão e aumenta o desgaste do sistema de freios, o que

Por ser parte fundamental na produção

acarreta a depreciação prematura dos veícu-

florestal, o desempenho do transporte deve

los. Além desses fatores que elevam os cus-

ser satisfatório. Esse desempenho pode ser

tos para a empresa contratante, os mesmo

expresso de várias maneiras, todavia o ren-

ainda prejudicam o motorista, que fica obri-

dimento energético traduz melhor os resul-

gado a conduzir o caminhão em velocidade

tados por ser independente do tempo total

reduzida, o que aumenta o tempo de viagem

do ciclo operacional. A eficiência de um veí-

e “em muitas vezes excedendo o limite legal

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

da jornada de trabalho”, alerta Edimar.

de, bem como com a queda na qualidade da

Valmir Oliveira Alves Filho, gerente geral

rodovia. Estudos especializados concluíram

de operações florestais da transportadora

que os benefícios econômicos resultantes de

JSL, compartilha a mesma opinião, mas tam-

uma boa manutenção viária são expressivos.

bém acrescenta outros fatores diretamente

De acordo com o Banco Mundial, os custos

influenciados pela má qualidade das estra-

operacionais de um veículo em uma estra-

das. “As condições das estradas não pavi-

da mal conservada são bem maiores que

mentadas, que geralmente estão dentro das

em uma com a conversação ideal. Os gastos

florestas, interferem diretamente em vários

com combustível e reparos mecânicos tam-

aspectos que vão desde a produtividade da

bém são consideráveis.

frota até o risco de acidentes, caso não haja

Esses dados são sentidos na prática pelas

uma preocupação pelas empresas e usuários,

empresas de logística que realizam transpor-

pois podem ser realizados cuidados contí-

tes florestais de forma terceirizada. De acor-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

do com Edimar Antunes, coordenador ope-

da sua utilização.” Para ele, a segurança é o

racional da Breda Logística Ltda, transitar em

ponto principal, pois “esses tipos de estradas

uma estrada mal pavimentada causa o des-

comprometem a aderência dos pneus com o


ESPECIAL

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solo, aumentando a instabilidade do veículo,

Giacomolli, coordenador de estradas flores-

provocando o retardamento de uma frena-

tais da empresa. Ele conta que para conservar

gem ou até mesmo provocando arraste invo-

a malha viária em boas condições a CMPC

luntário”, adverte.

tem equipes de manutenção, que após o

De acordo com Fernando Luiz Gonçal-

transporte da madeira são enviadas para fa-

ves, autor do livro “Estradas Rurais – Técni-

zer os reparos necessários. “São refeitas sa-

cas Adequadas de Manutenção”, a economia

ídas de águas, lombadas, e em algum ponto

que se faz ao trafegar em uma boa estrada é

que se possa observar algum processo mais

redução dos custos operacionais que, soma-

grave de erosão podemos fazer a realocação

da às outras economias, como a redução do

da estrada”, exemplifica.

tempo de viagem, resultará em redução dos

Ele explica que dessa forma é possível

custos de transporte. Os mesmos estudos

manter um ciclo saudável. A empresa tam-

apontam que a redução dos custos de ope-

bém tem o cuidado na hora de escolher o

ração de veículos em uma estrada em boas

revestimento que é aplicado nas estradas.

condições, com tráfego de até 250 veículos/

“Geralmente, utilizamos materiais encontra-

dia, equivale ao dobro dos custos da manu-

dos nas próprias fazendas. Somente quando

tenção eficaz dessa estrada. Para tráfegos

não tem o material ideal procuramos mate-

maiores, essa relação também cresce e pos-

riais próximos”, explica. Os mais usados pela

sibilita um retorno alto, para a economia em

empresa são saibro e cascalho.

geral, dos recursos aplicados na manutenção rodoviária. A CMPC Celulose Riograndense tem grande preocupação com as estradas, tanto internas da empresa, quanto as externas. “Transportamos uma média de 120 a 130 mil m³ por mês, então as estradas são vitais para nossa produção”, salienta Leonardo Zanella


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ESPECIAL

Tipos de materiais

São eles:

Argila - solos de granulação fina com grãos Jorge Malinovski explica que os materiais

menores que 0,005mm;

utilizados na execução do revestimento

Silte - solos que podem apresentar

primário podem ser granulares como

comportamento arenoso ou argiloso,

cascalho, seixo rolado ou não, pedregulho,

dependendo da distribuição granulométrica.

areia, subprodutos industriais, escórias, ou

Os grãos podem variar entre 0,005 a

mistura de quaisquer uns deles, bem como

0,075mm;

cimentantes e estabilizantes químicos.

Areia - solos de granulometria mais

“Estes materiais são usados nas camadas

grossa, com grãos em formato cúbico ou

objetivando o reforço do subleito, nos

arredondado, constituído principalmente por

serviços de agulhamento, preparação do

quartzo. Podem ser classificados em dois

revestimento primário e na maioria das

tipos:

correções dos problemas comuns nas estradas de uso florestal.”

Areia Fina - composta por grãos que variam entre 0,075 a 0,42mm


ESPECIAL

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ESPECIAL

Areia Gross - composta por grãos que

Também são utilizados alguns tipos de

variam entre 0,42 e 2,0mm;

aglutinantes para a melhoria de base da

Saibro - solo residual argilo-arenoso

estrada:

que pode conter pedregulhos em sua

Solo cimento

composição. É proveniente da composição

Solo cal

incompleta de rochas. Dependendo do tipo

Argilamento do solo

de ocorrência, o índice de suporte desse

Aglutinantes químicos – catalisador

material pode apresentar valores bastante

de materiais terrosos, complexos reativos ao

elevados. Em regiões com presença de

cátion, entre outros.

granito, o saibro é o material mais usado

Produtividade

nos serviços de manutenção de estradas de terra; Pedregulho - materiais compostos, em

O engenheiro florestal especialista em

sua maioria, por quartzo. Possui forma

logística florestal, Francisco Eduardo de

arredondada e a granulometria varia entre

Faria, garante que as empresas que apre-

2,0 a 76,0mm. Muitas vezes também é

sentam maior produtividade florestal são

conhecido como “seixo rolado”;

também as que em sua grande maioria

Cascalho - material granular com a

apresentam maior rentabilidade. “Este bom

possibilidade de apresentar pedregulhos. Pode ter diversas origens, como fluvial e residual. Recomenda-se para o revestimento primário faixas granulométricas cujo diâmetro máximo não supere uma polegada; Pedra - pedaço de rocha que tem diâmetro médio compreendido entre 76,0 a 250 mm; Escória - subproduto proveniente da fabricação do ferro gusa que se forma pela

desempenho econômico é resultante de um investimento a longo prazo em infraestrutura”, esclarece. A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) indica que esse investimento seja ser de cerca de 6% do orçamento anual. Além de reservar uma parcela do orçamento para infraestrutura, é preciso um planejamento para esse dinheiro. Para Rafael Malinovski, consultor senior da Malinovski Florestal, ele não pode ser aplicado

fusão das impurezas do minério de ferro,

de forma equivocada. Antes de comprar o

juntamente com a adição de fundentes

revestimento e, principalmente, o cascalho

(calcário e dolomita) e as cinzas do coque.

é necessária uma reflexão ambiental. Esse


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material é finito e sua extração pode estar com os dias contados. Existem outros tipos de revestimentos que podem ser aplicados e propiciar bons resultados. Pesquisas e estudos podem determinar o material mais indicado para cada situação. Uma boa opção também é observar o que está sendo aplicado na Europa e Estados Unidos. Materiais

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Procedimento de execução do revestimento primário De acordo com o livro “Estradas RuraisTécnicas Adequadas de Manutenção”, de uma maneira geral a aplicação do revesti-

muito bem sucedidos nesses lugares ainda mento primário segue alguns passos básicos que podem ser observados a seguir: são pouco usados aqui no Brasil.

Foto: Divulgação


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ESPECIAL

1 – Serviços preliminares

2.3 – Espalhamento na pista

Antes da recomposição do revestimento

Essa etapa deve começar quando houver

da estrada, são necessários reparos ou me-

um trecho que já tenha, pelo menos, 200 m

lhorias nos sistemas de declividade da seção

de material depositado e deve ser realizado

transversal e de drenagem. Caso contrário,

pela motoniveladora em toda a largura da

a recomposição da pista irá se deteriorar

pista.

rapidamente. O revestimento só pode ser

Alternadamente ao espalhamento do re-

aplicado se a base e a sub-base estiverem

vestimento, se houver necessidade, o ma-

em condições ideias. Caso isso não ocorra,

terial deverá ser irrigado até o teor de umi-

os materiais aplicados sobre elas irá desni-

dade esteja adequado para a compactação.

velar e acabar se misturando com o mate-

2.4 – Umidade da Mistura

rial que compõe as camadas inferiores. Por

Para saber se a umidade da mistura está

esse motivo, elas devem estar devidamente correta é sugerida a realização de um expecompactadas e com espessura correta.

rimento: Primeiro pega-se um pouco do material

2 – Execução

e faz-se uma leve pressão com os dedos so-

2.1 – Preparo da plataforma

bre a palma da mão por alguns segundos.

Nessa fase é feito o reestabelecimento Se, ao abrir a mão, a mistura se desmanchar, da condição transversal ideal para a pista ela está seca. Caso contrário, se ela estiver de rolamento na forma de constituição de

lamacenta, está muito úmida. Mas se a pres-

abaulamento entre 2 e 4% de declividade

são deixar no mistura a marca dos dedos, o

para os bordos. As faixas laterais e sarjetas teor de umidade está correto. também necessitam de atenção para fica-

2.5 – Compactação da camada

rem nas conformidades.

O revestimento espalhado deve ser

2.2 – Depósito do material na pista

compactado. Essa operação deve começar

Deve-se depositar o material de revesti-

no sentido dos bordos para o eixo. Já nas

mento na área central da pista ou nos bor-

curvas, o sentido deve ser do bordo interno

dos, dependendo da largura da plataforma,

para o externo. Durante a compactação o

com espaçamento suficiente para obter a material não deve sofrer irrigação, evitando espessura final desejada. Em seguida, o re-

que o mesmo fique aderido ao rolo. Ao final

vestimento deve ser espalhado homoge-

das operações, o sistema de drenagem deve

neamente. No caso de pedras de tamanho

ser verificado para que não ocorram obstru-

indesejado, bem como materiais estranhos, ções, caso contrário, o desempenho destes estes devem ser retirados.

dispositivos ficará prejudicado.


ESPECIAL

35 B. FOREST


B. FOREST 36

TECNOLOGIA ESPECIAL

Transporte sob controle O transporte de madeira é de grande importância no setor florestal e, por esse motivo, deve ser feito de forma planejada e controlada. Para que ele seja executado de forma eficiente e tenha o resultado esperado pela empresa é indicado o gerenciamento de frotas: um sistema tecnológico que faz o controle e aumenta a produtividade.

Foto: Divulgação


ESPECIAL

37 B. FOREST


B. FOREST 38

TECNOLOGIA

O

sucesso de uma empresa está

nas quais informações como distância per-

em oferecer serviços de qualida-

corrida e tempo são inseridas manualmente

de executados no menor tempo

pelo motorista. No entanto, esses levanta-

e com o menor custo possível. Pensando

mentos geram dados imprecisos, o que pre-

dessa forma, é preciso analisar detalhada-

judica a exatidão do planejamento. Quando

mente o sistema produtivo e otimizar todas

os mesmos são precisos auxiliam no aumen-

as operações nele contidas. Uma das fases

to da qualidade e produtividade, formando

de grande importância para as empresas flo-

a base para o aumento da eficiência. Esses

restais é o transporte da madeira, tanto da

aspectos levam à rentabilidade e competiti-

floresta para o pátio, quanto da fábrica até

vidade, contribuindo para o crescimento da

o cliente. Para que o transporte de madeira

empresa. Para isso, os recursos mais indica-

seja feito da forma eficiente e com qualidade

dos para realizar o gerenciamento de frotas

produtiva nos dois momentos é preciso fa-

são os eletrônicos. Nesse sentido, várias tec-

zer o gerenciamento de frota. Dessa forma,

nologias são constantemente lançadas no

o gerente de logística consegue acompa-

mercado. Por meio delas, é possível agrupar

nhar passo a passo o que acontece durante

um amplo número de dados de forma preci-

o transporte.

sa e completa, que possibilitam planejamen-

A forma mais comum de se fazer esse controle é por meio de planilhas eletrônicas,

tos exatos e resultados satisfatórios. Como o setor florestal é um nicho de mercado promissor para as empresas desenvolvedoras de softwares, tecnologias específicas foram criadas para o controle do transporte de madeira. Décio Segreto, diretor da Panorama Rastreamento, conta que desde 2006, a empresa oferece ao segmento florestal um sistema de gestão de logística automatizado, o LogPan. “É um sistema inteligente que administra operações em estradas, silvicultura, colheita e transportes. Ele gera dados necessários que corroboram para a otimização dos recursos e expressiva redução de despesas operacionais”, explica. Ele completa dizendo que o software pode

Foto: Linker


TECNOLOGIA

39 B. FOREST


B. FOREST 40

TECNOLOGIA

ser integrável ao SAP e outros sistemas ERPs

das. “Por se tratar de um nicho de mercado

(sigla em inglês para sistema integrado de

cujos veículos circulam fora das grandes me-

gestão empresarial) disponíveis.

trópoles, o ideal é que a comunicação seja

Modo de funcionamento

híbrida, aliando o celular ao satélite”, explana. Nos trechos onde não há disponibilidade de comunicação GPRS (sigla em inglês para Serviço de Rádio de Pacote Geral) automaticamente o rastreador passa se comunicar

Grande parte das decisões estratégicas

pela rede satelital.

da gestão de uma frota tem como pontos de análise a problemática do controle e a redução dos custos operacionais dos veículos, os sistemas de manutenção, bem como o pla-

Informações recebidas

nejamento e formação da frota de veículos de uma organização. Esses dados podem ser obtidos por meio de sistemas de gerenciamento eletrônicos. André Moreto, gerente de marketing da Zatix, empresa de gerenciamento de frotas, explica que rastreadores e acessórios (como teclado multimídia e sensores) são instalados nos veículos. Estes equipamentos se comunicam com os servidores da empresa e o cliente, por sua vez, pode acompanhar toda a operação via internet, sem a necessidade de instalar sistemas

Por meio dos sistemas automáticos de controle de frota o responsável pela logística pode acompanhar em tempo real o movimento dos veículos por um painel de controle. Ele também recebe relatórios periódicos e alertas, caso aconteça algo inesperado. Nos relatórios constam informações de geolocalização; ocorrência de imprevistos no trajeto, como acidentes, interdições, barreiras, etc; localização exata; tempo de des-

ou investir em servidores. A Zatix não tem

locamento; pontos de referência; entre ou-

um software destinado especificamente para

tros.

o setor florestal, mas indica o Linker, que se

Entre outras funções obtidas estão:

adequa as necessidades das operações.

• Replay – Possibilidade de reproduzir o

A transmissão dos dados, segundo Mo-

deslocamento de um veículo ponto a ponto,

reto, pode ser feita de duas formas integra-

em um mapa, a partir das posições recebidas


TECNOLOGIA

41 B. FOREST

Foto: Panorama Rastreamento

por meio do histórico; • Cercas eletrônicas – Recurso que monitora a circulação dos veículos em áreas prédeterminadas. Nele são cadastradas rotas e percursos indicados para a operação, que se não forem seguidos, enviarão um alerta para o responsável pela logística;

• Trocas de mensagens - Nos veículos que possuem teclado, é possível enviar e receber mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista;

• Desempenho do veículo - A gestão do desempenho da frota permite redução de desperdícios, otimização logística e menor gasto de combustível;

• Manutenção – Atividades periódicas sempre são realizadas pela empresa, mas a análise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veículo para manutenção; Mas não é só o veículo que interfere na produtividade do transporte. O comportamento do motorista também. Sendo assim, os sistemas de gerenciamento têm recursos para avaliar


B. FOREST 42

TECNOLOGIA

o condutor. A telemetria envia para a central dados que informam como o motorista está dirigindo, velocidade média no percurso,

A experiência que trouxe resultado

aceleração e freadas bruscas, marcha lenta excessiva e forma de condução na chuva. Tudo isso permite uma maior assertividade no ato da tomada de decisão para aumentar

Segreto conta que a Panorama Rastreamento tem como case principal a implantação do sistema LogPan na Klabin S.A. “Em 2012, implantamos nosso serviço na uni-

a eficiência nas operações logísticas das em-

dade do estado do Paraná. Na qual existem

presas. Os benefícios são muitos, claro, mas

140 caminhões, que transportam aproxima-

o maior e mais visado pelas empresas é o au-

damente 5 milhões de toneladas de madei-

mento na lucratividade.

ra por ano”, detalha.

Mas para que tamanhos de operações florestais esses sistemas tecnológicos são indicados? O coordenador de marketing da

Ele afirma que a mudança foi significativa. Antes a frota era gerida por planilhas eletrônicas. Após a implantação, a operação ganhou uma rotina online que, de acordo

Zatix explica que não é possível estabelecer com o diretor da Panorama, possibilitou um uma estatística específica, visto que o servi-

incremento de 46% de viagens por veícu-

ço oferecido pode variar conforme o clien-

lo/dia. “Nosso sistema LogPan, possibilitou

te. A mesma opinião é defendida por Décio a diminuição das filas de caminhões para o carregamento, em conjunto, a gestão de Segreto, da Panorama Rastreamento, que contingência passou a ser realizada de forexemplifica. “Temos clientes com frotas a ma mais eficaz, refletindo diretamente na partir de 10 caminhões e algumas máquinas diminuição da frota contratada para o transde carregamento, mas também atendemos

porte das toras, ou seja, redução de custos

operações bem maiores.”

certa”, constata Segreto.


TECNOLOGIA

43 B. FOREST


B. FOREST 44

MOMENTO EMPRESARIAL TECNOLOGIA

Combate efetivo às formigas cortadeiras Formada em 1992, a Atta-Kill foca suas atividades no combate às formigas cortadeiras, praga predominante no Brasil, que pode causar danos devastadores aos plantios florestais e agrícolas.


TECNOLOGIA

45 B. FOREST Foto: Divulgação


B. FOREST 46

A

MOMENTO EMPRESARIAL

s formigas cortadeiras estão

de formigas. De acordo com estudos,

presentes em todas as culturas

esses formigueiros são capazes de con-

econômicas

agronegócio

sumir 1 tonelada de folhas por ano, o que

brasileiro e os danos causados por elas

significa 86 árvores de eucalipto adulto

são assombrosos, independentemente

devoradas. Dados da Unesp de Botuca-

do estágio em que se encontra a cultura,

tu (Universidade Estadual Paulista), qua-

sendo muito maior nos estágios iniciais.

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

Elas são consideradas a principal pra-

causar prejuízo de 14% na produtividade

ga do Eucalipto e foco de atenção com

desta área.

do

constantes alocações de recursos, ao

Sabe-se ainda que as formigas corta-

lado da preocupação com fogo. Um for-

deiras estão presentes do Sul da Amé-

migueiro adulto, com três anos de idade,

rica do Norte até o norte da Patagônia,

tem uma população média de 5 milhões

concentrando sua incidência no conti-


MOMENTO EMPRESARIAL

47 B. FOREST

nente Americano. Mais de 70% das espé-

co para as pessoas e animais frente ao já

cies existentes estão presentes no Brasil,

proibido dodecacloro.

sendo 10 espécies de saúvas e 20 espécies de quenquéns. Isso torna a formiga cortadeira foco de preocupação endêmica para as produtividades do agrone-

Pesquisas que deram resultado

gócio, especialmente para o setor florestal, onde elas são consideradas como

O gerente da Atta-Kill, conta que des-

o principal alvo de atenção e fator de li-

de 1958 mais de 7.500 compostos químicos

mitação da produtividade.

para o controle de formigas foram estudados

Foi pensando nisso que a Atta-Kill,

em vários países, no entanto menos de 1%

empresa do Grupo Agroceres, focou na

se mostraram promissores no controle. Ele

pesquisa, produção e comercialização

explica que para um inseticida ser usado na

de iscas formicidas para o controle de formigas cortadeiras dos gêneros atta (saúvas) e acromyrmex (quenquéns). “A Linha de iscas formicidas na Agroceres tem uma história de 45 anos. Desde o final dos anos 60 e início dos anos 70 vem desenvolvendo tecnologias para o controle das formigas cortadeiras”, destaca Augusto Tarozzo, gerente comercial e marketing da empresa.

fabricação de iscas formicidas deve conter características básicas e imprescindíveis para ser eficiente. “A ação de um bom inseticida para isca granulada deve se dar por ingestão e nunca por contato, não ser percebido pelas formigas e ter efeito suficientemente lento para ser disperso pelos indivíduos em toda colônia. Por isso, muitos bons inseticidas não são indicados para este fim”, esclarece. Atualmente, a sulfluramida é o mais conhecido princípio ativo para o controle

Formada com a fusão das empresas

de formigas cortadeiras, na forma de

Agroceres e Fertibras, as duas líderes do

isca granulada, que reúne todas essas

mercado de iscas na época, a Atta-Kill

características. Esse princípio ativo funcionou

lançou, em 1993, a Mirex-S, primeira isca

como um divisor de águas no conhecimento

à base de sulfluramida, de alta eficiência,

sobre formigas cortadeiras e ação das

menor impacto ambiental e menor ris-

iscas. Desencadeou várias pesquisas em


B. FOREST 48

MOMENTO EMPRESARIAL

parcerias com entidades e universidades,

9001:2008. De acordo com Augusto Taro-

que resultaram nas atuais tecnologias e

zzo, a Atta-Kill é a única empresa do setor

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

com o escopo nessa certificação para “De-

seu controle.

senvolvimento, produção, comercialização de iscas formicidas e serviços pós vendas no

História de sucesso

controle das formigas cortadeiras”. Alinhada com às diretrizes do Grupo Agroceres, o negócio Mirex-S cumpre uma

Com uma visão voltada ao seu cliente, a

missão focada na importância de quatro

Atta-Kill busca constantemente por inova-

valores essenciais: tecnologia e inovação;

ções. Em 1985, a linha de negócio da Agro-

qualidade; atendimento e resultado, como

ceres, lançou no mercado o MIPIS (Micro

pilares da proposta de valor e compromisso

Porta-Iscas) em material plástico. No início

corporativo.

dos anos 90 pesquisou e lançou as iscas à

Em 2014, foi lançado o programa Result

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

que tem como objetivo alinhar com os clien-

inovação. Em 1999, implementou o primei-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

ro serviço técnico, o Tech Plus, para reflo-

dos nas suas principais necessidades. “Temos

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

sempre como meta, a eficiência do controle

mercado para o MIPIS de papel. O qual foi

com otimizações de recursos alinhados com

objeto de estudo pela Universidade Técnica

processos de certificações. Mais um pionei-

de Lisboa e ganhou o Prêmio FINEP (Finan-

rismo da Atta-Kill, inovando no sistema de

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovação

atendimento ao mercado”, finaliza o gerente

Tecnológica pela empresa Aracruz na época,

comercial.

hoje Fibria, a responsável por essa inovação.

Mais informações:

Oito anos depois, a Atta-Kill se tornou uma empresa 100% Agroceres com a compra da parte societária. A empresa iniciou projetos e programas de investimentos focados na qualidade de produção e produtos que resultaram na certificação do sistema de gestão da qualidade, conquistando a ISO

www.mirex-s.com.br


TECNOLOGIA

49 B. FOREST


B. FOREST 50

NOTAS

Três Lagoas Florestal foi lançada em março Produtores rurais, empresários e lideranças do governo de Mato Grosso do Sul e da prefeitura de Três Lagoas participaram do lançamento da Feira Três Lagoas Florestal. O evento, que acontecerá entre os dias 02 e 04 de junho deste ano, na cidade de Três Lagoas (MS), deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhões em negócios. Para a prefeita da cidade, Márcia Moura, a realização da primeira edição da Feira, em 2012, gerou resultados acima das expectativas, como negócios realizados em torno dos R$ 40 milhões. “Tivemos a participação de grandes empresas do setor florestal de todo o país e nesta segunda edição teremos um número maior de empresas e marcas, demonstrando que mesmo em um cenário de dificuldades econômicas mundiais, o setor florestal brasileiro quer abrir novas frentes mercadológicas”, acredita. Mais informações: http://treslagoasflorestal.com.br

Foto: Painel Florestal


NOTAS

51 B. FOREST


B. FOREST 52

NOTAS

Lançado o 5° Congresso Florestal Paranaense Já está confirmada a data do 5º Congresso Florestal Paranaense. O evento vai acontecer entre os dias 06 e 09 de outubro, na Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná). O tema central serão As Novas Tecnologias Florestais. “A edição 2012 do evento teve mais de 500 participantes. Esse número nos encorajou a promover mais uma edição. Nossa expectativa para esse ano é que mais de 600 profissionais estejam presentes”, afirma Carlos Mendes, diretor executivo da APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal). No início de março, a entidade fez o lançamento oficial do Congresso e contou com a participação de empresários do setor florestal, organizadores e colaboradores do evento. Benno Henrique W. Doetzer, presidente do Instituto de Florestas do Paraná, que representou o Secretário de Estado da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, discursou a respeito do setor no Paraná. “A importância é indiscutível. No ano passado, os produtos florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado, com cerca de U$ 1,5 milhões e milhares de empregos gerados. Mas apesar da força, temos muitos problemas a serem resolvidos, tecnologia é um exemplo. Entendemos que, nesse contexto, a informação e o conhecimento são fundamentais. Daí a importância de eventos como este”, considera.

Foto: Malinovski Florestal


NOTAS

53 B. FOREST

Ação condenável

Vídeo produzido pelo MST, que apresenta a invasão como algo benéfico para o país. Foi lamentável a ação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), na sede da Suzano Papel e Celulose, em Itapetiniga (SP). Na ocasião, mais de 300 manifestantes invadiram os viveiros da sede e destruíram o resultado de 14 anos de pesquisa da FuturaGene. O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberação comercial do eucalipto geneticamente modificado, seria analisada pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), que pertence ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Com os estudos relacionados ao melhoramento genético do eucalipto, a espécie H421 teria uma rentabilidade 20% superiora as outras. E diferentemente do que o MST alega, a transgenia, não geraria impactos ambientais e sociais negativos, como: a contaminação da produção de mel brasileira, o maior consumo de água e de agrotóxicos. A Revista B.Forest e a Malinovski Florestal condenam as ações de vandalismo realizadas e ressaltam que o desenvolvimento científico e tecnológico deve ser alicerçado pelo diálogo e busca por informações técnicas.


B. FOREST 54

NOTAS

Inteligência artificial na silvicultura A Eldorado Brasil está usando um novo

lidade no trabalho”, explica Vieira. Desenvolvido pela própria Eldorado em

método no levantamento de dados para o

inventário florestal. Há um ano e meio, a parceria com alunos de doutorado e pescompanhia iniciou testes com a tecnolo- quisadores da UFV (Universidade Federal gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

de Viçosa), o programa de melhoria con-

inventário florestal, permitindo estimativas tínua em mensuração florestal da emprequantitativas e qualitativas das árvores de

sa está utilizando a tecnologia para três

eucalipto, de maneira mais eficiente e pre- aplicações principais: redução de tempo cisa. “A expansão de nossas áreas de flo-

na medição da altura de árvores, da forma

restas acontece em um ritmo muito forte. das árvores e no número de parcelas de A cada ano temos mais 50 mil ha planta- inventário por área de plantio. Com isso, dos e esse volume gera a necessidade de

foi possível diminuir custo na coleta de in-

acompanharmos uma área muito maior e

formações e melhorar a precisão das esti-

a inteligência artificial colabora para a agi- mativas obtidas.

Logset investe em bioenergia Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energética, a Logset e a francesa Establissements Vigneau firmaram parceria, ainda em 2014, para oferecer novas soluções para o mercado de bioenergia. A parceria resultou na produção de um novo cabeçote, o Sh38. O implemento foi concebido para uma variedade de aplicações, como: desbaste de árvores e arbustos, corte de árvores problemáticas e corte raso. O sistema do SH38 possui lâminas de corte de sobreposição, que proporcionam um bom resultado, tanto para árvores grandes quanto para árvores de pequeno porte. Pesando 1500 Kg, o SH38 pode ser montado em qualquer máquina base entre 18 e 25 toneladas, sendo mais indicado o uso em escavadeiras. Recentemente, a Logset lançou também um novo website exclusivo para bioenergia. Nele, haverá uma série de informações sobre aplicações no setor, produtos e mercado. Mais informações: www.logsetbioenergy.com


NOTAS

55 B. FOREST

Plataforma de negociação da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versão A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lançou em março uma nova versão de sua plataforma eletrônica de negociação de ativos ambientais, a BVTrade. A plataforma possibilita que mecanismos de mercado florestal e de logística reversa sejam comercializados para o cumprimento de leis ambientais, como o Código Florestal e a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ela conecta proprietários e produtores rurais de todo o Brasil que precisam regularizar a reserva legal. Segundo o Código Florestal todo propriedade rural precisa manter um mínimo de vegetação nativa, e aqueles que tem excedente de floresta podem vendê-la aos proprietários que não tem reserva legal suficiente. Além destes mecanismos, a BVTrade também oferece o serviço do CAR (Cadastro Ambiental Rural), um registro eletrônico federal, obrigatório para todos os imóveis rurais, com o prazo de realização até maio de 2015. Mais informações: : www.bvtrade.org


B. FOREST 56

EXPEDIENTE FOTOS


NOTAS Vテ好EOS

57 B. FOREST


B. FOREST 58

AGENDA

2015

ABR

21 2015

MAI

11

ABRIL Forest Machine Technology Conference Quando: 21 a 23 de Abril de 2015 Onde: Montreal (Canadá). Informações: http://fmtc.fpinnovations.ca/

MAIO Ligna Quando: 11 a 15 de Maio de 2015 Onde: Hannover (Alemanha). Informações: www.ligna.de

2015

MAI

12 2015

MAI

21

MAIO 5ª Feira da Floresta Quando: 12 a 14 de Maio de 2015 Onde: Nova Prata (RS) Informações: www.feiradafloresta.com.br

MAIO 1º Encontro Brasileiro de Segurança Florestal Quando: 21 e 22 de Maio de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br

2015

MAI

26

MAIO 7th ICEP – International Colloquium on Eucalyptus Pulp Quando: 26 a 29 de Maio de 2015 Onde: Vitória (ES). Informações: www.7thicep.com.br


AGENDA

59 B. FOREST

2015

MAI

28

MAIO IV Workshop sobre Restauração Florestal Quando: 28 a 30 de Maio de 2015 Onde: Piracicaba (SP) Informações: http:fealq.org.br/informacoes-do-evento/?id=187

2015

JUN

01

JUNHO 23rd European Biomass Conference and Exhibition Quando: 01 a 04 de Junho de 2015 Onde: Viena (Áustria). Informações: www.eubce.com

2015

JUN

02 2015

JUN

11

JUNHO 2° Três Lagoas Florestal Quando: 02 a 04 de Junho de 2015 Onde: Três Lagoas (MS). Informações: www.painelflorestal.com.br

JUNHO 1º Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Manejo Florestal para Produtos Sólidos e Qualidade da Madeira Quando: 11 e 12 de Junho de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br

2015

JUN

18

JUNHO 2° Curso de Aperfeiçoamento Técnico de Gestão Socioeconômica e Ambiental em Atividades Florestais Quando: 18 e 19 de Junho de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br


B. FOREST 60 2015

JUL

06

AGENDA

JULHO 4th International Conference on Forests and Water in a Changing Environment Quando: 06 a 09 de Julho de 2015 Onde: Kelowna (Canadá). Informações: www.forestandwater2015.com

2015

AGO

20

AGOSTO 4° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Custos Florestais Quando: 20 e 21 de Agosto de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br

2015

SET

07

SETEMBRO XIV Congresso Florestal Mundial Quando: 07 a 11 de Setembro de 2015 Onde: Durban (África do Sul). Informações: www.fao.org/forestry/wfc

2015

SET

21

SETEMBRO 2° Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal Quando: 21 a 23 de Setembro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br

2015

OUT

04

OUTUBRO 48th International Symposium on Forestry Mechanization Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Linz (Áustria). Informações: www.formec.org


AGENDA

61 B. FOREST

2015

OUT

OUTUBRO Austrofoma

06

Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Hochficht (Áustria). Informações: www.austrofoma.at

2015

OUT

06 2015

OUT

22

OUTUBRO V Congresso Florestal Paranaense Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.apreflorestas.com.br

OUTUBRO 5° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Gestão de Manutenção de Máquinas Florestais Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br

2015

NOV

NOVEMBRO Expocorma 2015

06 2015

NOV

19

Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015 Onde: Concepción (Chile). Informações: www.expocorma.cl

NOVEMBRO 3º Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Silvicultura de Florestas Plantadas Quando: 19 e 20 de Novembro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br


B. FOREST 62

EXPEDIENTE


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