A nossa vida também é dentro da floresta. Os nossos engenheiros ficam junto com você, para compreender melhor os seus desafios. Essa visão, tão próxima da realidade, permite que a John Deere desenvolva a mais avançada tecnologia, atendendo a todas as necessidades dos clientes. Afinal, nós sabemos que trabalhar no ambiente florestal não é para qualquer um.
EXPEDIENTE
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B. FOREST
O NOSSO CENTRO DE PESQUISA TEM UMA AMPLA VISテグ DA SUA REALIDADE NA FLORESTA.
JohnDeere.com.br/Florestal
B. FOREST
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Indテュce 04
EDITORIAL
07
ENTREVISTA
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PRINCIPAL
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ESPECIAL
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TECNOLOGIA
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NOTAS
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Vテ好EOS
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FOTOS
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EXPEDIENTE
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“A complexidade do setor florestal fez com que eu me reinventasse como profissional”. Diretor florestal da Fibria
Aires Galhardo
B. FOREST
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EXPEDIENTE EXPEDIENTE
Busca por um novo horizonte É com imensa satisfação que produzimos a segunda edição da B.Forest – Colheita, Transporte e Biomassa Florestal. Mas antes de apresentarmos tudo o que você encontrará nas próximas páginas, temos que agradecer cada leitor e ao nosso Conselho Técnico pelo apoio conferido a primeira edição. Tivemos mais de 9.600 downloads e alcançamos mais de 80 mil pessoas. Um resultado animador que confirmou nossas expectativas. Estamos no caminho certo! Vivemos hoje, um período de transformação, onde ações são analisadas e os profissionais buscam por mudanças que vão desde o questionamento com as políticas de governo até a criação de imagem positiva das empresas de base florestal frente à população leiga. É assim que o setor de florestas plantadas vive hoje. Nesta segunda edição da Revista B.Forest – Colheita, Transporte e Biomassa Florestal você encontrará uma reportagem exclusiva sobre os problemas enfrentados pelas empresas de equipamentos florestais com o BNDES. O questionamento gira em torno do tempo de espera pelo recebimento dos recursos da linha Finame. Além disto, veja a importância que as estradas de uso florestal têm ganhado devido às exigências das certificadoras e se as empresas consideram sua construção/ readequação um custo ou investimento. Acompanhe também a entrevista especial com o diretor florestal da Fibria, Aires Galhardo. Fique por dentro dos lançamentos de máquinas e equipamentos destinados à colheita de madeira, entre eles os novos Harvesters da Komatsu Forest. E lembre-se estamos conectados! Entre em contato por e-mail ou por uma de nossas redes sociais. Dê sua opinião e faça parte da B.Forest! Saudações Florestais!
Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Executiva Comercial: Josiana Camargo Jornalista Responsável: Giovana Massetto Designer Responsável: Vinícius Vilela Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America). B.Forest - Colheita, Transporte e Biomassa Florestal Edição 02 - Ano 01 - N° 02 - Novembro 2014 Malinovski Florestal +55(41)3049-7888 Rua Itupava, 1541, Sobreloja – Alto da XV – Curitiba (PR) – CEP:80040-455 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br
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EXPEDIENTE ENTREVISTA
Conhecimento Transformador! Aires Galhardo Diretor florestal da Fibria A experiência com o setor florestal e a
que não era intimamente ligada à área flores-
visão de gestão de Aires Galhardo foram os
tal, porém a relação era diária. Com o passar
aspectos que motivaram a B.Forest a entre-
do tempo comecei a me envolver e entender
vistar o diretor florestal da Fibria. O trabalho
um pouco mais da área. Na sequência, apli-
que começou quase “ao acaso” na área de
quei práticas que já conhecia para a área flo-
logística de madeira gerou frutos e hoje au-
restal, elas foram consideradas importantes
xilia a Fibria a alcançar posição de destaque
e passaram a ser seguidas pela empresa. Foi
no mercado internacional de produção de
assim que assumi o controle das operações
celulose. Aires tem foco constante na pro-
florestais, no primeiro momento apenas com
dutividade, mas acima de tudo acredita na
as atividades relacionadas ao processo pro-
importância do bom relacionamento com as
dutivo e mais adiante, devido aos resultados
comunidades vizinhas da empresa. Confira a
que havia alcançado, a área florestal como
entrevista exclusiva!
um todo.
Começou trabalhando na área de logística
O que te motivou a continuar no setor?
de bebidas e na sequência entrou para o se-
A empresa que trabalho. Vim de um setor
tor florestal. Como foi esta transição?
completamente diferente. Um setor em que
Quando fui convidado para trabalhar na
não permite chegar ao cliente final. Na VCP,
área de logística florestal da antiga VCP, não
via uma relação muito grande com a comu-
sabia muito bem quais seriam os aspectos
nidade, órgãos do governo, ONGs. Percebi
envolvidos nesta atividade. Tinha conheci-
que a complexidade de atuar neste setor é
mento apenas de que havia o transporte de
bem maior no ponto de vista de relaciona-
madeira e o abastecimento da fábrica. Acei-
mento e interface. A relação aqui não era
tei a proposta! Comecei cuidando do supri-
simplesmente comercial. Esta complexidade
mento de madeira e logística, uma atividade
fez com que eu tivesse que me reinventar
EXPEDIENTE ENTREVISTA
9
B. FOREST
“Vivemos um momento de desafio e acredito que o mais importante é a maneira com que estamos produzindo as florestas” como profissional, aprender coisas novas, enxergar formas diferentes de construir uma relação positiva. Tudo isto fez com que eu me apaixonasse pelo setor!
Quais são as principais mudanças que identifica no setor desde o inicio de sua carreira? Vivemos um momento de desafio e acredito que o mais importante é a maneira com que estamos produzindo as florestas. Avançamos muito no melhoramento genético, seleção de plantas e clones, mas temos que aprender levando em consideração a escala que atuamos e assim nos tornarmos tão produtivos na colheita e no plantio como a cana-de-açúcar e a soja. Trabalhamos em um país que tem as melhores condições para se atingir esta realidade, já que nosso ciclo florestal é mais curto quando comparado a outros países do mundo. Vivemos também um momento de transição e revolução, onde
Foto: Divulgação
B. FOREST 10
ENTREVISTA
“Desejo que estas pessoas sejam as primeiras a defender a nossa empresa pelo que ela faz e pelas oportunidades que gera na região” buscamos soluções de mecanização e pro-
Quais serão as principais dificuldades que
dutividade. Estas mudanças exigem que os
deverão ser superadas pelo governo em
profissionais passem a ser gestores de negó-
2015 para que as empresas não percam
cios. Eles devem saber aonde aplicar os seus
competitividade?
recursos, que muitas vezes são limitados e
O governo para a Fibria é uma variável que
passíveis de influência externa.
não gera muitas interferências, afinal mais de 95% da nossa produção é destinada a expor-
Em 2014, a produção de celulose apresen-
tação, portanto, fatores externos interferem
tou alta de 7,7% e a de papel 0,4% até se-
neste processo de forma mais significativa.
tembro. Levando esses dados em conside-
Porém, somos afetados pela falta de infraes-
ração, de que forma a Fibria se prepara para
trutura em estradas e portos, esta dificuldade
os próximos anos?
gera um gargalo para a produção. Temos um
Entendemos que a demanda de celulose e
setor muito produtivo dentro das fazendas,
papel no mundo aumentará devido ao cres-
mas temos sofrido com o escoamento, en-
cimento econômico de países populosos
tão investir em infraestrutura é fundamental
que começam a ter acesso a materiais que
para manter a competitividade agrícola do
não tinham antes. Desta maneira, acredita-
país. Além disto, o governo deverá superar
mos que o mercado vai crescer, especial-
os desafios referentes à economia, afinal ele
mente no continente asiático. No Brasil, isto
terá que trazer credibilidade ao mercado.
vai depender da estabilização da taxa de câmbio, custo Brasil, custo da energia e mão
Em quais aspectos estão baseadas as estra-
de obra.
tégias da Fibria para manter seu papel de li-
ENTREVISTA
11 B. FOREST
derança no mercado?
Tem sonhos em relação ao setor florestal e
A Fibria está posicionada como uma em-
de celulose e papel? Gostaria de vê-lo de
presa de base florestal sustentável. Portan-
forma diferente no futuro?
to, temos linhas de atuação onde buscamos
Encontrei no surgimento Fibria uma situa-
oportunidades a partir desta. Nosso princi-
ção complexa em algumas regiões do sul da
pal foco de atuação é produção de celulose.
Bahia e norte do Espirito Santo onde existem
Também vendemos energia produzida por
conflitos históricos por terras com índios e
meio do licor negro e temos a estratégia de
quilombolas, e até mesmo a própria socie-
em longo prazo de produzir outros produ-
dade comum. Estes são decorrentes de uma
tos a partir da base florestal. Recentemente,
coexistência que não é adequada, entre uma
compramos a participação da empresa ca-
empresa que é exportadora e teoricamen-
nadense Ensyn, que por meio de um pro-
te rica e uma população miserável. Temos
cesso produtivo chamado pirolise pode de-
construído ao longo do tempo uma relação
senvolver óleos combustíveis que podem ser
mais positiva e propositiva, onde tentamos
utilizados na indústria ou até mesmo como
inserir essas pessoas na nossa cadeia produ-
combustível para automóveis. Entendemos
tiva e gerar opções de trabalho e renda para
que esta é uma estratégia importante para a
resgatar a dignidade desta população. Meu
diversificação do portfólio utilizando a base
grande sonho é que em um futuro não mui-
florestal, assim como outros produtos com
to distante a gente não tenha que ficar expli-
mais tecnologia que podem ser desenvol-
cando o que aconteceu no passado e o que
vidos a partir da madeira como cosméticos
está sendo feito hoje. Desejo que estas pes-
e até mesmo plásticos provenientes da fibra
soas sejam as primeiras a defender a nossa
da celulose. Temos focado esforços em nos-
empresa pelo que ela faz e pelas oportunida-
so centro de pesquisa para buscar alternati-
des que gera na região. Acredito que cami-
vas para utilização da madeira ao longo do
nhamos para atingir este objetivo, a estrada
tempo para que não fiquemos dependentes
é longa e difícil, mas vamos poder atuar sem
exclusivamente do mercado da celulose que
grandes conflitos gerados pela desigualdade
tem um comportamento de uma commo-
social. Quando ela diminuir, estaremos fa-
dity como outra qualquer e que tem oscila-
zendo o nosso papel não só como empresa,
ções em função do cenário mercadológico.
mas também como cidadãos dentro do país.
B. FOREST
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EXPEDIENTE PRINCIPAL
Financiamento de Equipamentos Florestais Empresas fabricantes passam por um momento de dificuldades com o BNDES. A reclamação envolve a burocratização dos processos e lentidão para o recebimento dos recursos
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Foto: TMO
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M
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PRINCIPAL
esmo a economia dando sinais de nas e equipamentos novos, de fabricação dificuldade, a produção das em- nacional. O financiamento por esta linha é presas de médio porte de equi- importante para os consumidores brasilei-
pamentos para o setor florestal não mos-
ros devido à baixa taxa de juros aplicada (5%
tra sinais de estagnação, afinal os produtos
a.a). Além disto, ela estimula o crescimen-
substituem a mão de obra especializada e
to das empresas nacionais e movimenta o
aumentam a produtividade. Eles acabam mercado. sendo uma solução para se produzir mais com custos menores.
O procedimento para ter acesso ao financiamento é teoricamente simples. O cliente
Alguns mecanismos auxiliam os produ-
deve se dirigir a uma instituição financeira
tores florestais a terem acesso os equipa-
credenciada, com a especificação técnica
mentos, um deles é o financiamento pelo
(orçamento ou proposta técnico-comercial)
BNDES através da linha Finame. Este acon-
do bem a ser financiado. A instituição infor-
tece por intermédio de instituições financei-
mará a documentação necessária, analisa-
ras credenciadas para aquisição de máqui-
rá a possibilidade de concessão do crédito
PRINCIPAL
15 B. FOREST
e negociará as garantias. Após aprovada, a média 25 dias depois. “No quarto trimestre operação será encaminhada para homo- 2013, o BNDES divulgou que teria 45 dias logação e posterior liberação dos recursos
para analise (pós-faturamento) e mais 15
pelo BNDES.
dias para pagar. Ou seja, um delay de 35
Se não houvesse nenhum entrave nes- dias. Neste ano, novos orçamentos estavam te processo em um mês e meio o financia- sendo liberados com 90 dias e pagamento mento estaria aprovado. Não é isto que está em torno de 60 dias.” ocorrendo especialmente em 2014. Diver-
O que é preocupante para a empresa é
sas empresas que fabricam equipamentos que mais de 600 propostas foram enviadas florestais estão sendo prejudicadas, assim
e em torno de 120 aprovadas. O tempo va-
como produtores florestais. De acordo com
riou de um a seis meses. Além disto, má-
Yedo Tortato Filho, gerente comercial da quinas estão ficando no pátio, aguardando TMO, os orçamentos eram enviados e em a liberação do dinheiro pelo BNDES. “Para 30-45 dias a autorização de faturamento fabricar o equipamento, temos que prograestava em mãos. O pagamento ocorria em
mar e comprar matéria-prima, insumos dos
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EXPEDIENTE
Foto: TMO
“Independente dos problemas que possam estar por trás da lentidão envolvida, a linha Finame é essencial para a manutenção e crescimento das empresas de equipamentos para o setor florestal”.
PRINCIPAL
fornecedores, agregar mão de obra, custos
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conta que nos anos anteriores o prazo era
fixos, produzir, montar e na hora de receber de 30 a 40 dias. “Acreditamos que o BNDES por toda essa cadeia produtiva, não pode- possa estar sem recursos ou recebendo ormos emitir NF. Na prática, bancamos tudo
dens superioras para deixar o processo mais
sem receber e temos que aguardar a boa
lento. Além disto, os bancos podem estar
vontade do governo em liberar os recursos. sem interesse em agilizar o processo de A empresa fica com pouco capital de giro”, aprovação porque preferem outro financiacomenta Yedo Tortato Filho. De acordo com Anderson Souza, diretor de comércio e serviço da J de Souza, a em-
mento mais rentável”. Hoje mais de 90% das vendas da empresa ocorrem pelo Finame. A Saur tem como política de recebimen-
presa já chegou a esperar de 90 a 120 dias to de valores financiados o prazo de 60 dias pelo pagamento do Finame. “No momento a partir da data de emissão da nota fiscal, não estamos tendo grandes problemas, po- ultimamente as liberações estão ocorrendo rém só tivemos 10 vendas pelo Sistema em
dentro deste período. “Porém já ocorreram
2014. Das últimas sete empresas que busca- atrasos significativos na análise da liberação ram o financiamento, o processo mais rápi- de pagamento por parte do BNDES, sendo do demorou 30 dias, o intermediário, mais que o prazo para análise do pedido de li90 e um deles ainda não saiu”, declara.
beração do valor chegava a ser entre 45 a
Para ele o problema é a lentidão do pro- 60 dias”, lembram Liara Fürtenau e Débora cesso, tanto por parte do banco quanto do Esmério, assistentes de crédito e cobrança. BNDES. “Percebemos que existem momen-
A empresa acredita que neste primeiro
tos em que o governo está mais disposto a momento pós-eleições o processo não se liberar crédito em outros não, então buro- tornará mais ágil. “Os procedimentos realicratiza os procedimentos”, analisa Anderson.
zados pelo BNDES e as instituições financei-
A Bruno Industrial também está identifican- ras ainda são demasiadamente burocráticos do lentidão no recebimento dos recursos.
e, além disso, o BNDES também tem seu
Depois da aprovação do crédito ser firmada período para realizar as liberações, seguno tramite para o recebimento do dinheiro
do cronogramas apresentados de mês em
demora aproximadamente 60 dias. Ander- mês”, justificam as assistentes de crédito e son Kaiser, diretor comercial da empresa,
cobrança da Saur.
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PRINCIPAL
Outras empresas do setor foram con- vimento da tecnologia industrial nacional, tatadas, mas preferiram não se pronunciar. algo essencial para o crescimento do país. Algumas já tiveram problemas graves re-
Sua empresa já teve problemas com fi-
lacionados aos financiamentos, e, por este nanciamento? Compartilhe com a B.Forest, motivo, não se manifestaram. Outras estão mande um email para: iniciando a parceria e acharam melhor não
comunicacao@malinovski.com.br
“prejudicar” seus nomes. Independente dos problemas que possam estar por trás da lentidão envolvida na Palavra do BNDES linha Finame – falta de orientação por parte A reportagem da Revista B.Forest – Colheidos agentes financeiros, desconhecimento ta, Transporte e Biomassa Florestal entrou dos processos pelo cliente, falta de verba no em contato com assessoria de imprensa do caixa do BNDES, burocratização dos pro- BNDES solicitando uma entrevista a respeito cessos - ela é essencial para a manutenção dos atrasos. A resposta dada pela instituição e crescimento das empresas de equipamen- é que o departamento de financiamento de tos para o setor florestal. Já faz parte do há- máquinas e equipamentos não tem nenhum bito dos empresários recorrer ao financia- registro de atraso. Segundo a instituição, o mento para adquirir seus equipamentos de prazo comum para que as empresas recetrabalho. Para muitos ela é fator decisivo de
bam o dinheiro é de 15 dias úteis e que ne-
compra. Além disto, estimula o desenvol- nhum atraso foi identificado em 2014.
EXPEDIENTE
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B. FOREST 20
EXPEDIENTE ESPECIAL
Estradas florestais sobre a ótica da certificação. As estradas de uso florestal são apenas uma pequena parte da certificação, mas hoje ganham importância crescente. Aspectos socioambientais e econômicos são analisados pelas certificadoras e impactam diretamente o montante aplicado e os lucros das empresas. Porém, muitas ainda se questionam se as adequações são um investimento ou custo.
EXPEDIENTE
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Foto: Divulgação
B. FOREST 22
EXPEDIENTE
Foto: Malinovski Florestal
P
assar pelo processo de certificação
de forma responsável, as certificadoras bus-
já é algo comum para a maioria das
cam atestar que as atividades das empresas
empresas florestais do país. De acor-
estão sendo realizadas levando em consi-
do com o FSC, o Brasil possui aproximada-
deração as pessoas envolvidas na questão.
mente 6.4 milhões de hectares certificados
Graças à certificação, está ocorrendo de
na modalidade de manejo florestal e envol-
forma mais efetiva a abertura do diálogo
ve 103 operações de manejo, entre áreas
entre a empresa e os representantes das
de florestas nativas e plantadas. Este dado
comunidades.
é referente a outubro de 2014. Pelo Cerflor/
Aspectos analisados
PEFC são mais de 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas manejadas. Mas além de padronizar as operações e
O fato é que nos últimos anos, as em-
garantir que a floresta está sendo manejada
presas já passaram pela padronização da
ESPECIAL
23 B. FOREST
silvicultura e colheita, e agora é a vez das
adequada e curvas que permitam maior vi-
estradas. Porém, no que diz respeito a elas,
sibilidade e segurança para o tráfego, deve
a situação é mais complexa porque envol-
haver sinalização de advertência nos tre-
ve os danos irreversíveis gerados ao meio
chos de estradas internas, garantindo assim
ambiente e as comunidades que estão em
a segurança dos colaboradores. Nas estra-
seu entorno. A construção de estradas alte-
das que atravessam reservas nativas, deve
ra os fluxos da flora e fauna da região onde
haver indicação de redução de velocidade
a floresta é implantada, a certificação ajuda
e alerta quanto à travessia de animais silves-
a minimizar o máximo possível estes danos.
tres, por exemplo.
Por este motivo, os auditores levam em consideração três aspectos durante a avaliação das atividades relativas à construção e manutenção de estradas: requisitos legais,
Experiência na prática
requisitos relacionados às boas práticas da certificação e requisitos relacionados à segurança.
Percebe-se que as empresas estão atentas a importância das estradas e que estão
Quando as leis são levadas em consi-
buscando pela construção adequada ou re-
deração, as empresas devem estar atentas
adequação quando necessário. A Veracel é
aos licenciamentos da atividade florestal es-
um exemplo. Há mais de 10 anos ela realiza
tadual, afinal a construção das estradas faz
suas atividades tendo como objetivo prin-
parte das atividades licenciadas. Já quando
cipal a sustentabilidade. “Trabalhamos com
o aspecto analisado tem relação com as
a premissa de que 100% de nossa madei-
boas práticas, a recomendação é que a em-
ra deve ser certificada, por isto, ainda em
presa disponha de um procedimento para
2004, iniciamos nossa busca por selos que
a construção e manutenção de estradas e
garantam esta qualidade. Primeiro veio o
tenha uma pessoa designada como respon-
ISO 14.000, depois o Cerflor e por último
sável por esta atividade.
o FSC”, relembra Fabiano da Rocha Stein,
Quando os requisitos relacionados à segurança estão em pauta, a questão social ganha mais destaque, afinal além de largura
gerente de suprimento de madeira da empresa. No que diz respeito às estradas, a empre-
B. FOREST 24
EXPEDIENTE
sa teve que passar por uma readequação.
timento em estradas era reduzido, quando
“Para nos tornarmos referência internacio-
ocorreram as não conformidades, tivemos
nal em sustentabilidade tivemos que rea-
que rever o valor investido”, justifica o ge-
dequar nossas estradas, afinal tínhamos um
rente de suprimento de madeira da Veracel.
padrão construtivo que passou a ser ques-
A Ferbasa é outra empresa que utiliza a
tionado pelas certificadoras ao longo dos
certificação como mecanismo para me-
anos. Em 2012, tivemos quatro não confor-
lhorar seus processos. “Consideramos o
midades na área de estradas”, conta Fabiano
tripé da sustentabilidade e certificação que
Stein. Neste momento, a empresa passou a
envolve o ambientalmente correto, o so-
se perguntar se havia priorizado o padrão
cialmente justo e o economicamente viá-
construtivo a tal ponto que ele estaria cau-
vel. Aliamos a ele a segurança no trabalho.
sando impactos ambientais. Foi assim que
Dentro deste contexto, as estradas florestais
ela buscou pelo suporte de consultores para
tem grande importância porque impactam
rever seu padrão construtivo. “Nosso inves-
diretamente o meio ambiente, a sociedade
Foto: Malinovski Florestal
ESPECIAL
e a segurança da mesma”, explica Alan Lessa Derci Augustynczik, coordenador de colheita e logística florestal da Ferbasa. Para receber o ISO 14001 e a OHSAS
25 B. FOREST
Quanto vale uma certificação?
18001, a Ferbasa está passando por um processo de readequação completa das
Apesar de ser algo não palpável em um
estradas. “Ela vai desde a análise dos pro-
mercado em que busca sempre pela quali-
cedimentos técnicos de construção até
dade de seus produtos “físicos” – madeira,
uma revisão estratégica do plano diário da
celulose, papel, móveis -, o selo adquirido,
empresa, onde buscamos de forma muito
garante que ela atende aos princípios da
agressiva a redução da densidade de estra-
sustentabilidade. Por isto, quando os inves-
das que temos hoje”, detalha Alan.
timentos e custos são questionados, outro
A empresa entende que quanto maior
ponto, talvez mais importante, venha à ca-
for o número de estradas, maior será o im-
beça dos diretores, afinal, quanto custa per-
pacto ambiental, os custos de manutenção
der uma certificação? A resposta é simples,
e os riscos de acidentes. “Para atingir um ní-
muito!
vel ótimo de estradas estamos vivendo um
O auditor dos sistemas de certificação
período de investimento, onde existe um
florestal FSC e Cerflor, Luciano Lisbão Jú-
aumento de custos para a manutenção, re-
nior alerta que uma vez implantada, a rede
adequação e construção das estradas”, ex-
viária, ela irá exercer, de forma permanente,
plica o coordenador de colheita e logística
efeitos sobre todas as atividades florestais.
florestal da Ferbasa.
Portanto, é na fase de planejamento que
O profissional conta que a expectativa é
se deve definir a densidade de estradas, o
ter um ganho expressivo em relação às áre-
aproveitamento das vias já existentes e a sua
as de plantio da empresa. “Com o redimen-
locação para reduzir os volumes de cortes e
sionamento das estradas em uma fazenda
aterros necessários e mesmo evitar a retira-
com aproximadamente 3 mil ha plantados
da de vegetação, entre outros fatores. Uma
planejamos ganhar em torno de 20 ha des-
rede viária bem planejada permitirá um me-
tinados ao plantio, apenas com o redimen-
lhor alinhamento do plantio, de forma a
sionamento.”
otimizar as atividades de preparo do solo,
B. FOREST 26
ESPECIAL
plantio e tratos culturais. Poderá facilitar as
o montante aplicado como um investimento
etapas de colheita e a retirada da madeira dos
porque ele é feito pensando no futuro, em
talhões, além de agilizar o carregamento e o
atingir novos mercados e conquistar novos
transporte dos produtos florestais. “Portanto,
clientes”, justifica.
o planejamento adequado da rede viária tra-
A Ferbasa trabalha acreditando que as es-
rá redução dos custos da produção florestal,
tradas são um investimento, mas que tam-
com uma maior eficiência e um menor im-
bém não deixam de ser um custo. “Em al-
pacto ambiental”, orienta Luciano.
gumas situações trabalhamos com estradas
Além disto, a correta implantação das
já existentes e utilizando recursos já orçados,
estradas de uso florestal interfere na co-
neste caso, consideramos como custo de
mercialização da madeira. “Alguns clientes
produção. Ele entra no valor do nosso pro-
preferem comprar de empresas que têm es-
duto final. Quando trabalhamos com a rea-
tradas estruturadas, onde o caminhão tem
dequação das estradas e construção, avalia-
fácil acesso. O fato é que as estradas melhor
mos como investimento”, detalha Alan Lessa.
estruturadas tem menor custo de transpor-
Já questionamos quanto custa perder
te e de manutenção, assim como tempo de
uma certificação, agora a pergunta é outra:
carga e viagem. Isto interfere diretamente no
quanto uma certificação agrega para a ima-
lucro das empresas”, justifica Reinaldo Langa,
gem da empresa? Novamente, a resposta é
diretor da empresa Macro Visão Consultoria
muito! Quando ela é certificada, os clientes
Ambiental.
passam a acreditar, comprar e investir mais.
O gerente de suprimento de madeira da
Por outro lado, a comunidade passa a de-
Veracel, Fabiano Stein, entende que a cons-
fendê-la porque ela trouxe progresso para a
trução e adequação das estradas existentes
região por meio do diálogo entre as partes.
ocasiona o aumento dos custos, porém es-
Com as estradas de ligação há produtivida-
tes são considerados positivos. “Com eles
de, atividade econômica na região e desen-
reduzimos os riscos de impacto ambiental
volvimento das comunidades. Elas são um
e aumentamos significativamente a produ-
investimento perpétuo para as empresas e
tividade do transporte. Por isto, encaramos
sociedade.
Foto: Divulgação
EXPEDIENTE
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B. FOREST 28
EXPEDIENTE
EXPEDIENTE TECNOLOGIA
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Harvesters para todos os gostos Harvesters da Komatsu Forest ganham novos motores, sistema hidr谩ulico, cabines mais ergon么micas e sistema sem chave
Foto: Komatsu
B. FOREST 30
M
TECNOLOGIA
aximizar a produção de todos os
a economia de combustível e reduz con-
ângulos possíveis de forma sus-
sideravelmente o ruído, graças ao controle
tentável. Este foi o conceito ado-
inteligente variável da ventoinha”, destaca
tado pela Komatsu Forest para desenvolver Lonard dos Santos, diretor de marketing e os quatro novos Harvesters da marca. O Ko-
matsu 901, 911, 931 e 951 nasceram, segun-
vendas da Komatsu Forest. Para garantir que os operadores tenham
do o gerente de produtos da empresa, To- produção efetiva, os Harvesters apresentam bias Ettemo, para iniciar uma nova era para
um novo sistema hidráulico de três bombas.
a colheita florestal.
Graças a elas, os circuitos hidráulicos de tra-
Para garantir os índices de produção, os balho podem ser operados separadamente engenheiros deram os Harvesters o motor ou em conjunto, dependendo dos requisitos Stage IV e Tier 4 Final. Estes atendem as exi-
de função e óleo. O resultado é que o ope-
gências mais rigorosas sobre emissões de rador pode girar a grua, processar uma tora partículas e óxidos de nitrogênio já definidas na Europa. “A tecnologia do motor melhora
e manobrar a máquina ao mesmo tempo. Engenheiros e designers da Komatsu
Foto: Komatsu
TECNOLOGIA
31 B. FOREST
Forest também pensaram nas cabines dos diretor de marketing e vendas da Komatsu quatro novos Harvesters, permitindo aos
Forest.
operadores trabalhem com alto grau de er-
Mais informações:
gonomia e produtividade. Portanto, o 901, www.komatsuforest.com.br 911, 931 e 951 foram construídos a partir do conceito de grua e cabine central e um eixo de giro que, em conjunto com os cilindros de inclinação da cabine, proporcionam es-
Conheça os novos Harvesters
tabilidade e conforto para o operador.
Komatsu 911
Entre as outras facilidades para o opera-
Indicação: Desbaste e corte raso
dor estão: a nova central de mídia com en-
Disponibilidade: 1º semestre de 2015
tradas para conectores USB e AUX; e o siste-
Potência: 170 kW DIN (228 HP) @ 1.900 rpm
ma sem chaves controlado remotamente. O Torque: 950 Nm (701 lbf-ft) @ 1.500 rpm sistema permite controlar o aquecimento da Modelo e alcance da lança: 200H : 10 m máquina, a chave principal e a iluminação
(32,8 ft) ou 11 m (36 ft). 230H: 8,7 m (28,5
a uma distância de até 300 m. Lonard dos
ft), 10 m (32,8 ft), 11 m (36 ft)
Santos destaca que o sistema sem chaves
Cabeçotes: 200H: (10 m) S92, C93, 360.2,
é codificado por operador, de forma que 365.1, (11 m) 340, S92, C93. 230H: (8,7 m) quando ele ativa o circuito da chave prin-
S132, C144, 370.2, (10 m) 360.2, 365.1, S132.
cipal é automaticamente registrado no sis-
(11 m) S92, C93, 360.2, 365.1
tema MaxiXplorer, com o perfil de operador apropriado. A nova linha de Harvesters tem também
Komatsu 931 Indicação: Corte raso
um design que facilita os reparos e a manu-
Disponibilidade: 1º semestre de 2015
tenção. “Os novos modelos têm fácil aces-
Potência: 185 kW DIN (248 HP) @ 1.900 rpm
so para manutenção e soluções específicas Torque: 1100 Nm (811 lbf-ft) @ 1.500 rpm para filtros e fusíveis, por exemplo. Graças Modelo e alcance da lança: 230H: 8,7 m às características de design, inspeções di-
(28,5 ft), 10 m (32,8 ft), 11 m (36 ft)
árias podem ser facilmente realizadas sem
Cabeçotes:
a necessidade de abrir o capô”, explana o
C144/370.2/S132
230H:
S92/C93/360.2/365.1/
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TECNOLOGIA
Komatsu 951
Komatsu 901
Indicação: Corte raso
Indicação: Desbaste de árvores de grande
Disponibilidade: 1º semestre de 2015
porte
Potência: 210 kW DIN (282 HP) @ 1.900 rpm Disponibilidade: Não é indicado ao mercaTorque: 1200 Nm (885 lbf-ft) @ 1.500 rpm
do brasileiro
Modelo e alcance da lança: 270H: 8,5 m Potência: 150 kW DIN (201 HP) @ 1.900 rpm (27,9 ft), 10,3 m (33,8 ft)
Torque: 950 Nm (627 lbf-ft) @ 1.500 rpm
Cabeçotes: S132/370.2/C144/370E/C202/
Modelo e alcance da lança: 200H: 10 m
C202E
(32,8 ft) ou 11 m (36 ft) Cabeçotes: S92/C93 (10 m) ou 340 (11 m)
Foto: Komatsu
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NOTAS
Não deixe para a última hora! O proprietário rural tem seis meses para se inscrever no CAR (Cadastro Ambiental Rural). O cadastro que só pode ser feito pelo computador é simples, o produtor deve acessar a página do CAR na internet, baixar o programa, preenche os dados pessoais e da propriedade. Se a análise dos dados fornecidos apresentar inconsistências, atualizações e correções das informações apresentadas podem ser feitas para que o registro seja validado e a propriedade regularizada. O registro auxilia na contratação de financiamentos e seguros agrícolas e florestais. Mais informações: www.car.gov.br
Doppstadt Lança Picador DH910 SA-B Troncos, ramos e outros resíduos de madeira podem ser processados pelo novo picador DH910 SA-B da Doppstadt. Ao ser alimentado com toras de madeira macia, o picador pode processar toras de até 900 mm de diâmetro, e quando alimentado com toras de madeira dura, pode processar até 700 mm. O modelo possui um chassi com semirreboque e ABS, o que permite que seja rebocado por uma variedade de máquinas. Após a chegada no local de operação, o picador pode ser operado em poucos minutos, produzindo até 350 m³ por hora, dependendo do tipo de material que está processando e o tipo de colheita. A máquina possui motor Mercedes Benz de 612 hp. Mais informações: www.doppstadt.de
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NOTAS
Lamentável Recentemente, a Coleção Mundo Estranho - Por Dentro das Coisas da Editora Abril, publicou a reportagem intitulada “Quais as máquinas de desmatamento mais assustadoras do mundo?”. Apesar das informações sobre os equipamentos estarem corretas - nomes e modelos - as especificações de suas funções foram publicadas de forma totalmente equivocada. Na matéria de quatro páginas, as máquinas florestais foram apresentadas como responsáveis pelo desmatamento e em momento algum foi explicado que elas são utilizadas para realizar a colheita de madeira de florestas plantadas. Novamente, identificamos a falta de conhecimento sobre o setor florestal e sua importância para a economia brasileira.
Grua LIV 70T Disponível no Brasil A empresa eslovena Tajfun já tem gruas LIV 70T em operação no país. O implemento foi desenvolvido para instalação em tratores e autocarregáveis e é empregado na operação em áreas com maior dificuldade de acesso. A LIV 70T tem peças de suporte de carga feitas em aço de alta resistência, os cilindros hidráulicos são manufaturamos, o que garante uma superfície interna lisa e resistente. O sistema de giro está imerso em óleo, o que garante uma vida mais longa, já o sistema de braços foi projetado para suportar as cargas previstas em toda a sua extensão. Mais informações: www.tajfun.com.br
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NOTAS
2° Encontro Painel Florestal de Executivos No começo deste mês (11), mais de 140 profissionais florestais se reuniram em São Paulo (SP), no 2º Encontro Painel Florestal de Executivos. Discussões sobre as melhores estratégias de competitividade, cenário pós-eleições e o futuro do setor florestal estiveram entre os assuntos abordados por 16 executivos nas cinco mesas do dia. Opiniões positivas e negativas foram defendidas pelos palestrantes ao longo do dia e no fechamento a doutora em antropologia do consumo pela USP (Universidade de São Paulo) e professora da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Fátima Toledo, fez uma análise de todos os discursos e sugeriu que o setor defina qual a sua estratégia principal de ação, no curto, médio e longo prazo, com análise, diagnóstico, prioridades e ação. “É estratégico que se tenha gerência, com gestão de negócio, indicadores e troca de informações entre os players – tudo visando à comunicação fortalecida do setor”, afirmou. A próxima edição do Encontro Painel Florestal de Executivos acontecerá no segundo semestre do próximo ano. Mais informações: http://executivosflorestais.com.br
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