Aprimorando os Ciclos Operacionais ESTUDOS DE TEMPOS E MOVIMENTOS GERAM AUMENTO DE PRODUTIVIDADE
Queridos amigos e leitores da B.Forest, O fim do ano de 2017 se aproxima, e com ele uma nova energia começa a fazer parte do dia a dia das empresas, afinal este é o momento de planejamento estratégico e de fechamento dos budgets. Felizmente, para as companhias do setor florestal e madeireiro, especialmente as exportadoras, o balanço do ano tem apresentado saldo positivo. Para 2018, acreditamos que as mesmas tendam a definir suas metas apostando no descolamento dos aspectos econômicos e políticos nacionais. Nossa esperança é que esta mudança de visão dê ainda mais estimulo ao desenvolvimento do setor.
cinco anos de vigência do Código Florestal Brasileiro, em que conversamos com especialistas para descobrir quais foram as maiores conquistas da nova legislação florestal nesta meia década – e o que ainda falta para evoluir. O entrevistado destaque do mês é Fabian Bruzon, gerente executivo de operações florestais - SP da Suzano Papel e Celulose, que nos fornece uma valiosa oportunidade de conversar com um insider de uma das maiores empresas do mercado, focada em inovação e no progresso do setor florestal. Leia a entrevista na íntegra a seguir.
Além disto, a maior feira florestal da história do país – a quarta edição da Expoforest, se aproxima. E os preparativos já estão a todo vapor! Mesmo a seis meses do A B.Forest do mês de outubro evento, 210 expositores já estão traz duas reportagens especiais, celebrando a versatilidade do nos- confirmados. Confira as novidades, so setor brasileiro de florestas plan- mensalmente, na editoria Conexão Expoforest! tadas. A primeira delas fala sobre a otimização dos ciclos florestais por meio de estudos de tempos Saudações Florestais, e movimentos, que auxiliam na tomada de decisões e trazem benefícios concretos e diretos como o aumento da produtividaDiretor de Negócios da Malinovski de. A segunda é uma análise dos
B. FOREST A REVISTA 100% ELETRÔNICA DO SETOR FLORESTAL
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ANO IV | OUTUBRO, 2017.
+55 (41) 3049-7888 Rua Prefeito Angelo Lopes, 1860 Hugo Lange - Curitiba (PR) – CEP:80040-252 www.malinovski.com.br comunicacao@malinovski.com.br
EXPEDIENTE Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski. Editora: Giovana Massetto. Jornalista: Luciano Simão. Revisão Técnica: Cassiano Schneider. Projeto Gráfico e Diagramação: Jessica Fonseca Vieira. Analista de Marketing: Dennys Fernando S. Blitzkow. Capa: Basf. Financeiro: Larissa Cruz Karas.
CONSELHO TÉCNICO Aires Galhardo, Diretor Executivo de Operações da Fibria; César Augusto Graeser, Diretor de Operações Florestais da Suzano; Edson Tadeu Iede, Chefe Geral da Embrapa Florestas; Germano Aguiar, Diretor Florestal da Eldorado Brasil; José Totti, Diretor Florestal da Klabin; Lonard dos Santos, Gerente de Vendas da Komatsu Forest; Marko Mattila, Diretor da Ponsse Latin America; Moacyr Fantini, Diretor Florestal da Veracel; Mário Sant’Anna Junior, Diretor da MPR3 Consultoria; Rodrigo Junqueira, Gerente de Vendas da John Deere Florestal.
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CONEXÃO EXPOFOREST
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ALÉM DA MADEIRA
PINUS: MUITO MAIS QUE MADEIRA
- A MAIOR DE TODAS AS EDIÇÕES
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ENTREVISTA
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COLHEITA
gESTÃO DE FLORESTAS
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ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES
TEMPO É DINHEIRO
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CÓDIGO FLORESTAL
5 ANOS DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL
- ACR PROMOVEU TREINAMENTO SOBRE ESTRADAS FLORESTAIS
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ANÁLISE MERCADOLÓGICA
- ABAF participa do I Fórum de Eco-Nomia da Mata Atlântica
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NOTAS
VÍDEOS
- Ponsse Scorpion no mundo
- Portocel bate recorde: 100 milhões de toneladas de celulose movimentadas
Komatsu 901XC com cabeçote S82 - Harvester Tigercat H822D com cabeçote Log Max
- Komatsu CM: nova tecnologia para marcação de madeira
- John Deere G Series Forestry Swing Machines
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NOTAS
- Eldorado Brasil registra EBITDA de R$ 475 milhões no 2T17 - Duratex conquista prêmio Melhores do Agronegócio 2017 - Klabin inaugura o Parque da Cidade, em Telêmaco Borba - Suécia busca parceria em pesquisa florestal
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AGENDA
dESTAQUE: Florestas online: Congresso online florestal - 13-17/11/17
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ENTREVISTA
GESTÃO
d e F L O R E S TA S
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Fabian Bruzon gerente executivo de operações florestais Suzano Papel e Celulose
A B.Forest, em 2017, tem trazido em suas entrevistas convidados especiais que formam, hoje, “A Nova Cara do Setor Florestal” no Brasil. Fabian Bruzon, gerente executivo de operações florestais – SP na Suzano Papel e Celulose, é o entrevistado destaque de outubro. Desde o início de sua ENTREVISTA
carreira no setor florestal, que não é sua área de graduação, Fabian vem se destacando como uma das jovens lideranças do mercado. Saiba mais sobre o profissional e seus insights a seguir!
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Sua formação é em administração. Como se deu seu envolvimento com o setor florestal? Quais foram os aprendizados necessários para progredir na área? O envolvimento se deu desde o primeiro dia na Suzano. Fui contratado para participar da estruturação de uma nova área de suprimentos para o atendimento da unidade de negócios florestais. Foram seis anos nesta área, dedicados ao negócio e queren-
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do entender a fundo os processos. A cada dia aprendia algo novo com os grandes profissionais da empresa. Com isso, fui me desenvolvendo cada vez mais junto ao negócio, conseguindo participar ativamente das discussões e propor soluções. Portanto, a vontade de aprender a cada dia e estar integrado às pessoas tentando sempre buscar melhores soluções ao negócio foram fundamentais para que pudesse assumir este desafio.
Quais foram as maiores dificuldades encontradas na carreira até assumir a posição atual? Como fez para superá-las? A área florestal possui características únicas e necessita de muita dedicação e vontade de aprender em todos os quesitos, não somente na área técnica, mas também na parte financeira e contábil. Quando olhamos de fora para o ciclo de sete anos necessários para o plantio de eucalipto, não fazemos ideia de quanta dedicação é necessária e de quantos processos são aplicados. Portanto, ter o entendimento de todo este fluxo e conseguir sugerir algo diferente e novo, que agregue valor ao negócio, com certeza foi a maior dificuldade. Querer entender e estar próximo a todos me fez superar estes desafios.
todos a ousarem, buscarem novas soluções e seguirem o modelo de nosso Presidente. Não temos que punir o erro, mas sim incentivar as pessoas a melhorarem sempre. Claro que parâmetros como valores/ imagem/ética são inegociáveis, mas no restante, temos uma jornada de aprendizado constante. O desprendimento com o erro faz com que as pessoas avancem e ousem. Sabemos que no mundo competitivo de hoje temos sempre que melhorar a qualidade de nossas operações, diminuir os custos e otimizar o resultado em todas as pontas de nossos processos, e é isso o que venho colocando para o time de operações florestais. Há um ano à frente das operações, conseguimos soltar algumas “amarras” e consolidar alguns projetos interessantes em todas as frentes (viveiro, silvicultura, colheita, compra de madeira).
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Como gerente executivo de operações florestais – SP na Suzano, quais são os principais desafios que enfrenta atualmente? Acredito no empoderamento das pessoas. Por isso, incentivo
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Como tem se preparado profissionalmente para enfrentar os desafios da liderança? O mundo no qual vivemos hoje é muito dinâmico e necessita de profissionais preparados para mu-
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ENTREVISTA
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danças. Precisamos aceitar que temos que nos reinventar e aprender todo dia algo diferente. Isso é o que faço para me manter atualizado e sempre preparado para os desafios.
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ENTREVISTA
A Suzano tem promovido uma intensa renovação no seu quadro de executivos, substituindo profissionais mais antigos por “sangue novo”, trazendo mais energia aos trabalhos, mas menos experiência. Como é trabalhar com uma equipe tão jovem?
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Como faz para aliviar a pressão inerente à função em sua vida pessoal? Sempre gostei de atividade física. Treino pelo menos três vezes por semana, fazendo treino funcional e corrida de rua. Esporte ajuda na saúde e na organização da rotina. Também é muito bom estar cercado de amigos e ter uma namorada e uma família que me apoiam.
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Como enxerga o futuro do setor A Suzano está se reinventando a florestal brasileiro em termos de novas cada dia e nos últimos anos tivemos tecnologias? algumas mudanças na empresa, com o objetivo de ter uma equipe ainda mais preparada para os novos desafios e para a promoção de um ambiente cada vez melhor a todos os colaboradores. Somos uma das poucas empresas que possui tradição e ao mesmo tempo se destaca pela inovação constante. Essa diferenciação faz com que a Suzano atraia os melhores profissionais. O nosso desafio é sempre inspirar essas pessoas para desenvolverem projetos diferenciados em conformidade com nosso propósito.
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Acredito que em pouco tempo iremos passar por uma revolução no campo, pois não faltam tecnologias para conectarmos às nossas necessidades. A florestal sempre esteve à mercê do mercado agro, onde as novas tecnologias eram desenvolvidas para a agricultura e nós adaptamos para o setor florestal. Com a chegada das start-ups, temos uma enxurrada de novidades que são customizadas de acordo com as necessidades de cada cliente. Estamos otimistas com o futuro próximo.
PONSSE ERGO 8W
A MELHOR OPÇÃO PARA COLHEITA EM ÁREAS DECLIVOSAS
O HARVESTER PONSSE ERGO 8W pode ser usado na colheita de madeira em encostas de até 40º graus, tornando a colheita mecanizada possível onde anteriormente era muito difícil, até mesmo inviável. A agilidade e simplicidade do uso das máquinas Ponsse e a estabilidade proporcionada pelas oito rodas aumentam o rendimento e a produtividade no momento da colheita. O centro de gravidade do harverster PONSSE Ergo 8w permanece inalterado quando o alcance da grua precisa ser maior, aumentando o conforto durante a operação, e sem a necessidade de comprometer toda a potência da máquina.
PONSSE LATIN AMÉRICA LTDA Rua: Joaquim Nabuco, 115 Vila Nancy - Mogi das Cruzes São Paulo - BRASIL Cep: 08735-120 Tel: +55 (11) 4795-4600
GUINCHO DE TRAÇÃO pode ser acoplado nas máquinas Ponsse*, para colheita em terrenos acidentados. O guincho é sincronizado com a transmissão da máquina e não necessita de comandos adicionais durante a operação. Os harversters PONSSE fornecem uma produtividade imbatível,mesmo nas condições mais exigentes. *Guincho de Tração Ponsse está disponível para os harvesters PONSSE Ergo 8w e PONSSE Bear, e também para os forwarders PONSSE Buffalo, Elephant e ElephantKing.
A logger’s best friend www.ponsse.com
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Qual será o papel da Suzano nesse futuro? A Suzano sempre foi reconhecida como pioneira em seus negócios. Somos uma empresa com mais de 90 anos, mas com espírito jovem e que se reinventa a cada dia. Não será
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diferente nesta linha, seremos pioneiros no processo de transformação ao qual chamamos de Floresta 4.0 e no fortalecimento de um modelo de negócios que prioriza o ganho compartilhado e a capacidade de ouvir e compreender todos os stakeholders!
TEMPO Otimizar as operações florestais é um desafio constante: afinal, há sempre oportunidade para crescimento e maior eficiência nos processos de produção. Do corte e derrubada ao arraste e transporte, todas as atividades da colheita de madeira podem ser analisadas, discutidas e aprimoradas por meio de métodos como os estudos de tempos e movimentos.
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m um mercado cada vez mais competitivo, para que se possa melhorar a margem do produto florestal, seja tora, madeira para celulose, madeira para energia ou para chapas e aglomerados, é necessário fazer algumas alterações no processo produtivo que contribuem para a redução de custos e/ou melhoria de produtividade.
Sabendo que alterar preço de mercado para melhorar a margem nem sempre é cabível, pela lei da economia da oferta e demanda, ao olhar criteriosamente para dentro da empresa no processo produtivo, é possível obter muitas respostas para melhorar a produção e consequentemente baixar custos. Para isso, os chamados estudos de
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“Um profissional bastante habilidoso em colheita florestal pode passar alguns dias observando os ciclos operacionais e com um toque de criatividade fazer alterações que tragam melhorias. Porém, a melhor forma de fazer qualquer tipo de alteração na colheita florestal é aquela que é possível mensurar, pois contra números não se discute”, opina Ricardo Ströher, coordenador de colheita na Amata. Cassiano Schneider, diretor de operações da Malinovski, corrobora: “Após um estudo de tempos e movimentos bem conduzido, a análise crítica dos resultados demonstrará que certas mudanças nos procedimentos podem elevar sensivelmente a produtividade da operação, trazendo benefícios financeiros e elevando a produção.” Neste sentido, segundo Ricardo Ströher, o estudo de tempos e movimentos é uma ferramenta 14
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fundamental para a empresa que queira realizar alterações no processo produtivo em busca de melhorias nos ciclos operacionais. Podem ser realizados estudos de tempos e movimentos no processo convencional e, a partir dos resultados, analisar os dados para identificar potenciais ganhos. Também é possível testar algumas hipóteses, ideias de melhorias, e confrontar os dados com o modelo usual de colheita. “Toda atividade é composta por um ciclo operacional; a produção é o resultado ao término de cada ciclo sucessivo. Quando o objetivo é o aumento de produtividade, a compreensão da totalidade do ciclo de operação se faz necessária para a especialização do uso dos recursos. Nos estudos de tempos e movimentos, mapeamos esse ciclo, analisando o que está sendo feito de forma eficiente e onde estão as oportunidades de ganho de tempo e aprimoramento de processos”, detalha Rafael Malinovski, diretor de negócios da Malinovski.
Foto: Acervo Malinovski
tempos e movimentos podem fornecer uma valiosa ferramenta às empresas florestais.
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Métodos e benefícios
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Visando fornecer a compreensão de onde a operação em questão não está tão eficiente como poderia, os estudos de tempos e movimentos desmembram as etapas de um ciclo de produção e as analisam detalhadamente. Com um estudo de transporte de madeira, por exemplo, a análise inclui os tempos efetivos da operação, como carregamento e descarregamento em operações de transporte de madeira, assim como o tempo para obtenção da nota fiscal que acompanha a carga, o reaperto da carga na viagem carregada e diversas outras etapas do processo.
Foto: Gustavo Castro
“Esta análise vai além dos tempos efetivos, compreendendo também os tempos não efeti-
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vos gastos nos processos, como abastecimento, lubrificação, alimentação, higiene pessoal, descanso, intempéries ou outras circunstâncias não operacionais, etc. São diversas variáveis relevantes que precisam ser mensuradas para que se possa obter os reais indicadores de eficiência”, diz Rafael Malinovski. Quando se faz a gestão do ciclo operacional, dos tempos dentro do ciclo, pode-se enxergar exatamente em quais etapas do processo produtivo está ocorrendo desperdício de tempo e, consequentemente, perda de dinheiro. Malinovski explica que os benefícios efetivos dos estudos de tempos e movimentos são diversos e facilmente reconhecíveis: torna-se possível analisar referen-
ciais de produção, respondendo, por exemplo, a questionamentos comuns, como: Por que um operador é melhor do que outro? Por que a produção de um, ao término do dia de trabalho, é 20% maior que a de outro? O que esse operador faz de diferente?
Igualmente importante, quando se propõe uma análise de tempos e movimentos, é determinar já na fase de planejamento qual é o método mais adequado para atingir os resultados de otimização almejados. Resumidamente, são três os principais métodos, categorizados de acordo com a forma de medição temporal de cada atividade do ciclo: o método de tempo contínuo, caracterizado pela medição sequencial das atividades parciais; o método de tempo individual, que mede o tempo específico gasto na realização de cada atividade parcial; e o método de multimomento, no qual se estabelece determinados intervalos em que o profissional responsável analisa o decorrer da atividade. Cada método tem suas vantagens e traz demandas específicas para a compilação e análise dos dados coletados. É necessário, portanto, definir previamente a metodologia ideal para o tipo de estudo que se propõe a fazer.
Case: Amata Nas operações de colheita em áreas declivosas da Amata, no Paraná este ano, foram realizados estudos de tempos e movimentos. “Os resultados obtidos com o método foram fundamentais para a melhoria de rendimento de algumas operações. Por exemplo, foi possível testar uma metodologia diferenciada no arraste semi-mecanizado e com isso conseguimos ganhos de rendimento de até 32% em algu-
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Através da divisão do ciclo e do acompanhamento do trabalho desses profissionais, compreende-se fatores como sincronia de movimento, ou número menor e mais eficiente de movimentos, ou constata-se que a maior produtividade desgasta mais o equipamento ou resulta em menor tempo de descanso para um operador sobrecarregado, etc. Estudar a variabilidade dos operadores e compreender o que os melhores dentre eles fazem em seus ciclos de produção é o referencial para que se possa fazer com que os outros consigam atingir o mesmo patamar.
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mas situações, desta forma, estas foram mapeadas e implantadas no dia a dia trazendo ganhos reais de rendimento muito significativos”, relatou Ricardo Ströher. Também foi possível testar modelos diferentes de colheita que simularam o uso de outros tipos de equipamentos; assim, não foi necessário fazer o investimento em um equipamento diferenciado para saber se haveria ganhos ou não no processo produtivo de arraste. Foi possível identificar a relação da produtividade versus distância de guinchamento e topografia, e assim, planejar melhor as operações antevendo as situações de dificuldades e quanto isso impacta na produção. Já no processamento mecanizado, foi descoberto quanto tempo estava sendo perdido nos ciclos operacionais em função do super empilhamento das árvores no pátio de processamento, em função do espaço reduzido de área plana para processar que as áreas declivosas proporcionam à empresa. “A conclusão foi que, no nosso caso, era mais viável gastar um pouco mais na abertura de pátios maiores e ter rendimentos melhores no processamento. Sem dúvida, sem os estudos de tempos e movimentos iríamos levar muito tempo para tomar a decisão de modificar o processo, além do mais, seria um passo sem segurança dos resultados que obteríamos”, concluiu o coordenador de colheita da Amata.
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Apesar dos benefícios resultantes dos estudos, ainda são raras as companhias que os realizam, pois uma análise aprofundada e competente requer planejamento adequado e a disponibilidade de profissionais altamente capacitados para empreender esse estudo com um nível de dedicação e atenção adequado, visto que a coleta mal realizada das informações necessárias acarreta maus resultados. “Ademais, é preciso realizar um trabalho estatístico que seja realmente representativo daquilo que se pretende analisar, calcular o número mínimo de amostras necessárias para que se possa, de fato, compreender cada etapa”, frisa Rafael Malinovski.
Para Ströher, da Amata, os ganhos “não vêm como um toque de mágica”. “É extremamente fundamental a equipe que está diretamente ligada à colheita entender o motivo pelo qual estão sendo feitas as alterações. Quando possível, o maior número de participação da equipe já nos estudos de tempos e movimentos acelera o processo de entendimento e engajamento da equipe. Isto porque algumas pessoas podem ser relutantes às mudanças e são acostumadas a desempenhar a mesma atividade por muito tempo”, observa. Cassiano Schneider lembra que, por mais elevado que seja o grau de mecanização de uma operação florestal, ela envolve pessoas na sua execução. Ainda
Foto: Acervo Malinovski
Desafios
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Foto: Gustavo Castro
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estamos longe da automação total dos nossos processos. Isso significa que a variável humana tanto pode obter o máximo rendimento de um equipamento como também pode afetar negativamente sua performance. Características como habilidades psicomotoras, conhecimento técnico, experiência prática, engajamento e motivação pessoal fazem toda diferença. “É bem provável que muitos gestores já vivenciaram a experiência de comunicar à equipe que, após um estudo de tempos 20
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e movimentos, mudanças operacionais seriam implementadas e a partir daquele momento a meta seria maior. Neste momento, pessoalmente, já ouvi repetidas vezes a pergunta de operadores da minha equipe: ‘Chefe, então para atingirmos a nova meta, precisaremos trabalhar ainda mais?’. E com base neste estudo, sempre respondi com toda tranquilidade: ‘Não, não precisaremos trabalhar mais. A partir de agora nós só vamos trabalhar melhor e de forma mais eficiente!’”, completou Cassiano.
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5 ANOS CÓDIGO FLORESTAL
DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL
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Este é o quinto ano desde que o Código Florestal Brasileiro de 2012 está em vigor. Mesmo sendo alvo de polêmicas com ambientalistas e debates intensos na esfera pública, as determinações legais do Código se mostraram vitais para o avanço do setor de florestas plantadas, trazendo conquistas concretas para o desenvolvimento econômico e sustentável da nação. Nesta reportagem, saiba mais sobre os principais avanços obtidos graças ao Código – e o que falta para progredirmos ainda mais.
Foto: Acervo Malinovski
“A principal se dá em torno das áreas rurais consolidadas. A preservação de atividades agrosilvopastoris em áreas já desmatadas foi rotulada pelos opositores do Código Florestal como uma anistia ao desmatamento. Essa é uma interpretação equivocada da Lei, pois a manutenção das áreas consolidadas é permitida com a contrapartida de uma recuperação mínima das matas ciliares e das áreas no entorno de nascentes, mesmo em pequenas propriedades”, relata
Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). As regras em questão estabelecem o equilíbrio necessário ao desenvolvimento sustentável, pois garantem a preservação sem limitar a realização de atividades produtivas nos imóveis rurais, um preceito também a ser observado em prol da sociedade brasileira, urbana e rural. Ademais, Elizabeth explica que, por tratar de espaços protegidos, limitando de forma absoluta ou muito restritiva o aproveitamento econômico das áreas rurais, o Código Florestal não pode ser interpretado unicamente sob a ótica ambiental. É preciso uma abordagem mais holística, de governança territorial. Para isso, além das áreas rurais consolidadas, o Código estabeleceu dois pilares fundamentais: o CAR (Cadastro Ambiental Rural) e os PRAs (Programas de Regularização Ambiental), regulamentando elementos como as RLs (Reservas Legais) e APPs (Áreas de Preservação Permanente).
Acesse a LEI Nº 12.651 para saber mais sobre o Código, ou assista essa vídeo aula de meia hora produzida pelo IMAFLORA:
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CÓDIGO FLORESTAL
O principal objetivo do Código Florestal Brasileiro de 2012, na época conhecido popularmente como “Novo Código Florestal”, era estabelecer mecanismos eficientes de combate ao desmatamento e de fiscalização das propriedades rurais. Porém, as determinações do Código, que atualizavam a legislação já existente para adequá-la à nova realidade da indústria nacional de florestas plantadas e às novas demandas do desenvolvimento sustentável, foram alvo de debates polêmicos na esfera pública.
Cadastro Ambiental Rural
CÓDIGO FLORESTAL
Para Alessandro Panasolo, advogado especialista em direito ambiental, o setor de florestas plantadas é um dos segmentos da indústria nacional que mais respeitam a legislação, seja por conta das legislações, certificações ou auditorias internacionais, mesmo antes da Lei de 2012 – e o sucesso do CAR comprova o comprometimento do setor com a legalidade. “A regularização das áreas rurais consolidadas trouxe maior segurança jurídica, ao mesmo tempo em que permitiu a manutenção das atividades econômicas, desde que condicionadas ao CAR, um instrumento importante estabelecido no Art. 29 do Código”, frisa. Panasolo explica que o CAR consiste, basicamente, em um ato declaratório de cinco elementos principais de uma propriedade florestal: a área de Reserva Legal; as Áreas de Preservação Permanente; o remanescente de vegetação nativa existente fora da RL e das APPs; a área rural consolidada (ou seja, a área que está sendo utilizada para plantio); e as áreas entre 25 e 45º que, somadas às planícies pantaneiras, formam as chamadas áreas de uso restrito, previstas nos Art. 10 e 11 do Código, que podem ser exploradas seguindo determinações específicas de sustentabilidade.
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"O CAR é um instrumento valiosíssimo de ordenamento de propriedade e de paisagem. O proprietário rural é o maior conservador de florestas, pois a maior parte da área do país é de propriedades privadas – que contêm, ao mesmo tempo o maior déficit de restauração. Agora, temos endereço e número de onde estão os remanescentes florestais em seus diferentes estágios e onde que é preciso fazer esforços de restauração”, afirma Maria José Zakia, engenheira florestal e consultora da área. Ainda de acordo com ela, há coisas preciosas no Código que passaram desapercebidas, como a possibilidade de se criar instrumentos econômicos para ajudar nesse processo. “O esforço de restauração, anteriormente, estava nas mãos dos proprietários rurais; hoje, há possibilidade de auxiliá-lo com mecanismos legais e financeiros, um avanço concreto da nova lei”, comenta. O sucesso do CAR é comprovado pelo cenário atual: a medida se encontra em fase avançada de implantação, gerando informações essenciais para o melhor desenvolvimento de políticas públicas ambientais e territoriais para o Brasil. Segundo Elizabeth de Carvalhaes, todas as áreas das empresas associadas à Ibá já estão cadastradas no CAR e a disponibilidade desses dados em escala nacional já vem produzindo
CÓDIGO FLORESTAL Foto: Acervo Malinovski
interessantes números para os formuladores de política pública. “Segundo a Embrapa, mais de 66% do território está preservado com florestas naturais, com grande parte dessas em propriedades privadas, inclusive do setor florestal. Dados como este são fundamentais para melhor
adequação do planejamento das atividades de produção e de conservação, além de dar ensejo a uma nova geração de produtos ecossistêmicos a serem ofertados pelas empresas do setor à sociedade brasileira e à comunidade internacional”, analisa a presidente executiva da Ibá. B. FOREST 25
O que falta? O passo seguinte ao Cadastro Ambiental Rural, de acordo com o que prevê o Código, é o Programa de Regularização Ambiental, estabelecido no Art. 59 da nova legislação florestal.
CÓDIGO FLORESTAL INTERNACIONAL
“Após realizado o CAR, ainda é possível recuperar áreas em que a vegetação foi suprimida de forma irregular, seja de forma voluntária, apresentando projeto de recuperação ao órgão ambiental competente, seja por adesão ao PRA. No Programa, cada estado estabelece sua própria legislação, definindo-a de forma a contemplar as peculiaridades econômicas, ambientais e sociais da região”, esclarece Alessandro Panassolo. Diferente do CAR, a adesão ao PRA não é obrigatória. Infelizmente, devido ao atraso na implementação efetiva do CAR, cujo sistema levou quase dois anos para ser colocado em prática e teve prazos de cadastramento prorrogados até este ano, o PRA ainda não está propriamente estabelecido no país. “Parece que há uma tentativa de se adiar esses prazos ainda mais, o que seria um tremendo retrocesso. Mesmo que os prazos sejam prorrogados, isso não deveria ser um fator impeditivo para o início do PRA para os proprietários interessados que já estão cadastrados no CAR”, alerta a consultora Maria José Zakia. Para Elizabeth de Carvalhaes, a implementação dos PRAs é o principal impasse da legislação ambiental 26
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atualmente. “O legislador federal delegou as medidas de regularização para os estados e muitos destes ainda não conseguiram concluir a regulamentação e implementação desses programas, o que dificulta a recuperação e a compensação dos passivos de RL e APPs. Para o setor florestal, a demora na implementação dos PRAs tem sido bastante prejudicial, pois gera insegurança jurídica e porque mercados promissores de cotas de reserva ambiental e outros serviços ecossistêmicos, que poderiam ter maior participação do setor, estão em compasso de espera”, salienta. Há ainda outros déficits ainda não solucionados pela legislação florestal de 2012. Para Maria José, o setor enfrenta um problema sério, que é o vácuo institucional. “Desde que deixou de existir o IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal), sabe-se quem regulamenta os parques (como ICMBIO) e quem cuida das florestas públicas (Serviço Florestal Brasileiro), mas não há uma instituição voltada às florestas plantadas, sejam elas nativas, exóticas ou consorciadas. Isso se reflete na política nacional de meio ambiente: os plantios florestais ainda são considerados atividade potencialmente poluidora, algo realmente anacrônico e equivocado”, pondera. Apesar dos avanços, fica claro que ainda é preciso evoluir.
INTERNACIONAL
Equipamentos Florestais
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CONEXÃO EXPOFOREST
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Foto: Acervo Malinovski
A MAIOR DE TODAS AS EDIÇÕES Ainda faltam 6 meses para a realização da Expoforest 2018, mas a feira já superou o número de expositores da edição 2014, que foi de 208 expositores
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s expectativas em relação a edição da Expoforest 2018, que será realizada entre os dias 11 e 13 de abril de 2018, só tem aumentado. Até o momento, 210 expositores das principais marcas de máquinas, equipamentos e implementos para o setor de silvicultura, colheita, transporte e biomassa já tem sua presença confirmada. “Acreditamos que a realização da Expoforest 2018 será novamente uma oportunidade para reunir toda a cadeia produtiva da madeira e mostrar a força do setor florestal para o Brasil e o
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mundo”, avalia Jorge R. Malinovski, diretor geral da Malinovski, empresa organizadora da Expoforest. Na quarta edição, a feira será realizada em Santa Rita do Passa Quatro (SP), na região de Ribeirão Preto, em uma área de 200 hectares de eucalipto da International Paper. Como de praxe, os visitantes nacionais e internacionais terão acesso ao que existe de mais moderno para as operações florestais e também soluções já utilizadas em países com tradição florestal.
Durante a Feira Lignum Brasil, realizada em setembro em Curitiba (PR), representantes do Conselho Gestor da Expoforest, formado pela Caterpillar, John Deere, Komatsu Forest, Ponsse e a nova integrante, Tigercat, se reuníram no estande da Malinovski, organizadora da Expoforest, para discutir temas como estratégias de potencialização internacional da quarta edição do evento e outras questões relacionadas à organização da feira. Após a reunião, os membros do Conselho exaltaram seu entusiasmo pela Expoforest 2018, “A Expoforest é um dos principais eventos do calendário global, e uma ótima oportunidade para poder mostrar, no mesmo espaço, todas as soluções para o mercado florestal que envolvem
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CONEXÃO EXPOFOREST
Foto: Gustavo Castro Fotos: Acervo Malinovski
CONSELHO GESTOR REUNIDO
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“Aproveitaremos a feira para mostrar lançamentos. A Expoforest é uma grande oportunidade para apresentar novidades não apenas em produtos, mas também em soluções, tanto de tecnologia quanto de pós-venda. A
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John Deere espera um público bastante expressivo, de toda a América Latina e outros continentes”, explicou Rodrigo Junqueira, gerente de vendas da John Deere Florestal. Lonard dos Santos, gerente de vendas e marketing da Komatsu Forest, declarou: “As expectativas da Komatsu Forest são muito positivas. Nossa presença foi marcante em 2014 e temos certeza que vamos superar em 2018. Teremos lançamento formal de produtos em 2018.” “Temos as melhores expectativas para a feira. Há anos trabalhamos com
Foto: Acervo Malinovski
a cadeia de valor, da silvicultura ao pátio. Para a Caterpillar e seus revendedores, a feira é muito importante porque é possível agregar o valor do seu suporte aos produtos com tecnologia, conectividade, peças e serviço, ajudando os clientes a conseguirem uma produção mais eficiente”, analisou Marcelo Antunes, consultor de marketing de produto – florestal da Caterpillar na América do Sul.
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produtos e equipamentos em escala mundial, e escolhemos a Expoforest para lançar novos produtos e demonstrar a forte presença da Ponsse e seu crescimento nos últimos anos”, frisou Fernando Campos, gerente de vendas e marketing da Ponsse Latin America. “ Esperamos que a Expoforest 2018 seja um marco e incentive a retomada de crescimento de alguns de nossos mercados florestais que estiveram em baixa nos últimos anos. Além, é claro, de valorizar e reforçar o crescimento dos mercados que estiveram em ascensão. Nossas expectativas são as melhores possíveis.”, disse Cairon Faria, da Tracbel (dealer da Tigercat no Brasil).
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Fotos: Acervo Malinovski
UMA FEIRA GLOBAL Compreendendo a crescente importância da Expoforest 2018 no cenário global (afinal, a feira é membro do FDF, rede internacional que inclui as maiores feiras florestais dinâmicas do mundo, como a Elmia Wood, na Suécia), as empresas do Conselho Gestor já deram início a um trabalho de divulgação com seus parceiros no exterior. “A Expoforest é uma feira internacional desde a sua primeira edição. É uma oportunidade única: visitar uma feira com demonstrações dinâmicas, em um país tropical com ciclos de rápido crescimento, com uma dimensão de florestas plantadas superior a qualquer outra nação”, acrescentou Junqueira.
Foto: Gustavo Castro
Marcelo Antunes, da Caterpillar, ressaltou: “Esperamos receber clientes e parceiros de todos os continentes, alguns que já conhecem toda a estrutura e organização do evento e alguns novos que estão cada vez mais reconhecendo a importância do evento.” A Ponsse, por sua vez, já divulgou a Expoforest para todas as suas unidades ao redor do mundo, com a expectativa de trazer mais de 200 convidados internacionais, tanto da América do Sul (Chile, Argentina, Uruguai e Colômbia) quanto do Canadá, Finlândia, Portugal, Espanha, África do Sul, Austrália e mais.
“A Expoforest está inserida no mundo florestal e estamos certos da presença maciça de visitantes estrangeiros. A Komatsu Forest está presente em 50 países e através das subsidiárias ou dealers já estamos promovendo a divulgação da feira no exterior”, adiantou Lonard dos Santos. “A expectativa é de que a Expoforest 2018 consolide aos olhos dos visitantes internacionais a grande competitividade do mercado florestal brasileiro, atraindo assim mais investidores para o nosso país”, concluiu Cairon Faria, da Tracbel/Tigercat.
Serviço Expoforest 2018 Data: 11 a 13 de abril de 2018 Local: Região de Ribeirão Preto (SP) Telefone: +55 (41) 3049-7888 / (41) 999-243-993 E-mail: expoforest@malinovski.com.br www.expoforest.com.br
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IRRIGAÇÃO
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ANÁLISE MERCA DOLÓ GICA STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2017. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 Curitiba/PR | Fone: (41) 3252-5861 www.stcp.com.br – info@stcp.com.br
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INDICADORES MACROECONÔMICOS ANÁLISE MERCADOLÓGICA
Perspectivas Econômicas Segundo estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do BCB (Banco Central do Brasil), o PIB deve aumentar 0,7% em 2017 em relação a 2016. Para 2018, o FMI projeta crescimento de 1,5%, enquanto o BCB estima 2,5%. A melhoria nos indicadores econômicos do país está atrelada principalmente ao aumento das exportações, à redução no ritmo de queda do consumo interno, ao bom desempenho da agricultura e à liberação dos saques das contas inativas do FGTS.
dos últimos 12 meses, o IPCA totalizou 2,54% e no ano 1,78% (menor índice acumulado no ano para mês de setembro desde 1998). A estimativa do BCB para a inflação em 2017 caiu de 3,08% para 3,00%, sendo que o centro da meta definida pelo Banco é de 4,50%.
Taxa de Juros No início de Set/17, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BCB reduziu em 1,0 ponto percentual a taxa básica de juros da economia (Selic), de 9,25% para 8,25%
Inflação
ao ano, menor patamar registrado desde
O índice inflacionário do país, registrado através do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de Set/17 teve aumento de +0,16%. No acumulado
2013. Analistas financeiros estimam corte de 0,75 ponto percentual ainda no mês de outubro e de 0,50% em dezembro, alcançando 7,0% no final de 2017.
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ÍNDICE DE PREÇOS DE MADEIRA EM TORA NO BRASIL Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
A taxa média cambial encerrou Set/17 em BRL 3,13/USD, com valorização de 0,51% do Real frente ao Dólar Americano em relação à média de Ago/17 (BRL 3,15/USD). A média cambial na 1ª quinzena de Out/17 atingiu BRL 3,15/USD, com oscilação entre BRL 3,13/USD e BRL 3,17/USD. Apesar da alta volatilidade do câmbio, o BCB prevê taxa de BRL 3,15/USD no final de 2017 e de BRL 3,30/USD no final de 2018. Na percepção dos empresários da indústria sobre o cenário doméstico, o ICI (Índice de Confiança da Indústria) voltou a subir 0,6 ponto em Set/17, em relação a Ago/17, segundo a FGV. Por outro lado, o Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) recuou 0,2 ponto percentual em Set/17. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego recuou para 12,6% no trimestre encerrado em agosto, representando queda de 4,8% ante o trimestre encerrado em março (quando atingiu 13,3%).
Tora de Eucalipto
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
Taxa de Câmbio
Tora de Pinus
Nota sobre Sortimentos de Toras: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
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Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
Tora de Eucalipto
MERCADO DE PRODUTOS FLORESTAIS | TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS Comentários - Tora de Eucalipto
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
O excedente de oferta de tora fina de eucalipto nas regiões Sul e Sudeste do país ainda permanece. A demanda também continua inferior à oferta, o que contribui com a tendência de queda de preço para tora fina (lenha e tora de processo) em alguns polos florestais destas regiões.
Tora de Pinus
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
A indústria brasileira de aço continua a reagir positivamente, e em Ago/17 expandiu a produção de aço bruto em 1,2% em relação à Ago/2016. O consumo aparente deste produto foi 9,6% superior ao registrado no mesmo mês de 2016. As vendas internas também cresceram, com alta de 4,8% na mesma base de comparação. As exportações brasileiras de aço, comparadas ao total registrado em Ago/2016, cresceram 29% em volume e 37,4% em valor. Entretanto, estima-se que as exportações do produto devem cair em Out/17, pois já no início do mês, a União Europeia decidiu taxar (de 17,6 a 96,5 EUR/ton) o aço laminado a quente do Brasil após queixa de siderúrgicas europeias de que o produto era vendido a preços muito baixos. Este segmento demanda grande volume de madeira em tora/carvão de eucalipto e tem, portanto, o potencial de influenciar o preço da matéria prima para este fim, com a ampliação da demanda.
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No que se refere à indústria de celulose, o setor não acompanhou a reação da siderurgia em Ago/17. No referido mês, a produção de celulose recuou -0,8% em relação à Ago/16, passando de 1,56 para 1,54 milhão ton.. Desta forma, a demanda por madeira em tora para processo (celulose) e energia, principalmente do gênero Eucalyptus, continua fraca nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Comentários - Tora de Pinus
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
Na região Sul, produtores florestais seguem sem conseguir reajustar o preço da tora fina de pinus. A oferta dos sortimentos de lenha e processo continua acima da demanda. Na região do Triângulo Mineiro a oferta de madeira fina de pinus está reduzida e a tendência é que permaneçam na região um ou dois produtores no médio prazo. Por outro lado, a procura por resíduos nesta região tem aumentado devido ao crescimento da demanda por biomassa. A estimativa da safra agrícola 2017 do IBGE para Set/17 foi de crescimento de 30,3% em relação à safra de 2016, totalizando 242 milhões ton. Este resultado poderá impulsionar o consumo de lenha (tanto de pinus quanto de eucalipto) e biomassa florestal para a secagem de grãos, bem como eventualmente pressionar para cima os preços da lenha e resíduos florestais, no curto e médio prazos. Para a tora grossa, houve reajustes de até 7% em algumas empresas na região
Sul, principalmente para sortimentos acima de 25 cm. Para as toras de 18-25, o preço tem se mantido praticamente estável, mas pode ter impacto no curto prazo devido à exportação de madeira serrada para embalagens estar aquecida. No segundo trimestre, a atividade de construção civil recuou 2% em relação ao primeiro trimestre de 2017 e 7% ante o segundo trimestre de 2016. O Sinduscon-SP afirmou que o setor tem apresentado um dos piores desempenhos nas últimas décadas. Por outro lado, segundo a ABRAMAT, o faturamento total das vendas da indústria brasileira de materiais de construção cresceu 6,2% em Ago/17em relação a Jul/17. O poder de compra do brasileiro aumentou levemente e as famílias voltaram a consumir, embora ainda de forma incipiente. Espera-se que o ciclo de redução da taxa Selic e queda da inflação impulsionem financiamentos imobiliários e o setor comece amostrar sinais de recuperação no próximo ano. A confiança da construção civil do Brasil já dá sinais positivos e subiu 1,4 ponto percentual em Set/17 em relação à Ago/17, com algumas construtoras ampliando o investimento em terrenos na espera da concretização desta recuperação. De certa forma, este reaquecimento é importante para o setor florestal, já que deve impulsionar a demanda por produtos de madeira sólida que processam toras de maior diâmetro (serraria, laminação e compensado).
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Foto: Resina de Pinus
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ALÃ&#x2030;M DA AMDEIRA
PINUS:
MUITO MAIS QUE MADEIRA
Junto com o eucalipto, as árvores do gênero Pinus formam a base do setor de florestas plantadas no Brasil, especialmente no Sul. Mas o potencial econômico de certas espécies vai muito Além da Madeira.
N ALÉM DA AMDEIRA
o mercado brasileiro de florestas plantadas, o pinus é um componente essencial. As espécies plantadas no Brasil – P. taeda, P. elliottii, P. oocarpa, P. caribaea e mais – são utilizadas nas indústrias de papel e celulose e produtos derivados da madeira processada mecanicamente (saiba mais sobre o Pinus no Brasil nessa reportagem da B.Forest). Contudo, muitas espécies também trazem um potencial econômico adicional na forma de um importante produto florestal não madeireiro (PNFM): a resina. Trata-se de um produto versátil e rentável, com subprodutos de alto valor agregado, cujas potencialidades ainda podem ser mais desenvolvidas no país – ainda assim, o Brasil já é um dos líderes mundiais de exportações de goma resina proveniente de pinus.
Dentre as espécies exploradas economicamente no país, o Pinus elliottii, de características similares ao extensivamente plantado P. taeda, se destaca sobre essa espécie em termos de exsudação de resina. Árvore nativa da região Sul dos EUA, o P. elliottii produz resina em quantidades economicamente significativas a partir do oitavo ano, e pode manter a produção por até 15 anos. Devido à alta produção por hectare, a exploração econômica 44
B. FOREST
da resina de pinus é uma atividade promissora e que pode agregar grande desenvolvimento à indústria de florestas no Brasil. De acordo com o IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), os processos de extração dessa resina derivam da própria fisiologia da árvore: a pasta viscosa extraída, uma vez processada, gera os subprodutos terebintina e breu, utilizados na fabricação de itens de consumo diversos, como pneus e borrachas sintéticas, tintas de impressora e outros pigmentos, materiais à prova d’água, goma de mascar, cosméticos diversos, revestimentos de papel, emulsificadores de polimerização e mais. Enquanto a terebintina forma a fração volátil das resinas de coníferas como P. elliottii, a rosina (ou breu) é a parte não-volátil do produto – e os subprodutos derivados de ambas, como óleo de terebintina, têm alta demanda no mercado internacional. Além disso, certos terpenos, grupo de componentes químicos presentes na resina, possuem funções farmacológicas importantes, e podem ser utilizados na produção de aromas naturais na indústria alimentícia, utilizados nos mais diversos produtos que consumimos diariamente no mercado.
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ACR PROMOVEU TREINAMENTO SOBRE ESTRA DA S F L O R ESTA I S
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B. FOREST
C
Foto: ACR
erca de 50 profissionais participaram, durante o mês de outubro em Ponte Alta do Norte (SC), de um treinamento organizado pela ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais). O curso sobre estradas, pontes e acessos florestais aconteceu na sede da FRP Florestal, empresa associada à ACR. No primeiro dia, o engenheiro florestal Osmar Kretschek e equipe, apresentaram sistemas para definição de traçado de estradas em áreas de florestas. A parte da manhã do segundo dia, foi dedicada à transposição de obstáculos. O engenheiro civil Fernando César Húngaro falou sobre dispositivos mistos, de concreto e aço e também de outros materiais alternativos. Também engenheiro civil, Guilherme Stamato, defendeu o uso de madeira para construção de pontes. Com exemplos no Brasil e em outros países, demonstrou a qualidade e resistência da madeira em diversos casos de sucesso. No período da tarde, ocorreu a parte prática, com uma visita-
ção a algumas estradas e pontes mantidas pela FRP Florestal e que dão acesso aos talhões de pinus da empresa. Profissionais de diversos Estados participaram do curso. O diretor presidente da Reflore (Associação Sul-Matogrossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas), Moacir Reis, estava entre os inscritos. O Mato Grosso do Sul é o principal expoente de madeira de eucalipto no Brasil. Em menos de 10 anos o estado saltou de 100 mil hectares para um milhão de hectares com florestas plantadas. De acordo com o presidente da Reflore, Santa Catarina vem dando bons exemplos ao setor. “Viemos conhecer o Estado, que através da ACR tem feito um trabalho importante no sentido de fomentar tecnologias de base florestal. O evento mostrou que a madeira tem diversas utilidades, entre elas a utilização na construção civil, com qualidade e preços competitivos. E o sul do país está fazendo um trabalho muito interessante no sentido de agregar valor à madeira”, disse Moacir Reis.
B. FOREST 47
Foto: Mata Atlântica
ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES
ABAF PARTICIPA DO I FÓRUM DE E CO-N OMIA DA MA TA A T L Â NT I C A
A
ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base Florestal) participou do I Fórum de
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(BA). De acordo com Cristiano Villela (da comissão organizadora), a região sul da Bahia é mundial-
Eco-Nomia da Mata Atlântica, que
mente conhecida por abrigar
ocorreu em 03/10 no Auditório
uma das florestas mais ricas em
Jorge Amado na Universidade
biodiversidade de todo planeta, e
Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus
também pela produção do cacau,
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B. FOREST 49
ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES
que cultivado à sombra de árvores da Mata Atlântica, contribui para a conservação da biota regional. “O evento tem como objetivo discutir a importância do imenso capital natural e também pontuar quais são os caminhos para alcançar a sustentabilidade ambiental, social e econômica da região”, completou. O diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, participou da Mesa 3 “Financiando para pesquisa e ações para a sustentabilidade”, com a palestra “O setor florestal como oportunidade de desenvolvimento sustentável e fomentador de pesquisas na região”. Segundo Andrade, os trabalhos desenvolvidos por universidades e instituições são fundamentais para a atividade florestal. “A parceria entre iniciativa privada e academia já provou que colheu bons resultados, como o aumento da produtividade por hectare, controle eficiente
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B. FOREST
de pragas e uma convivência comprovada entre lavoura, pecuária e floresta. O setor é reconhecido pelo uso de alta tecnologia empregada e aperfeiçoada pelas empresas do setor, com base em experiências internacionais e parcerias com a Embrapa e pesquisadores nacionais”. Para Andrade, além de tudo isso a academia tem muito a oferecer para melhorar as vantagens competitivas do setor. “Precisamos trabalhar para que o mercado atenda as demandas locais por madeira. Temos, aqui na Bahia, ótimas iniciativas no setor de celulose e papel, por exemplo, mas o mercado tem que se desenvolver de forma mais ampla. Precisamos produzir madeira para a construção civil e, por outro lado, mostrar para este segmento que madeira plantada é um ótimo material e pode ser até mais competitivo que os demais”, informou.
NOTAS
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Foto: Portocel
PORTOCEL BATE RECORDE: 100 MILHÕES DE TONELADAS DE CELULOSE MOVIMENTADAS ortocel, terminal especializado na movimentação de produtos florestais e que é operado em sociedade pela Fibria (51%) e a Cenibra (49%), alcançou no dia 02 de outubro uma marca inédita no mundo: 100 milhões de toneladas de celulose embarcadas ao longo de sua história, sendo o primeiro porto do planeta a alcançar esse feito. O marco foi atingido com o embarque de 30.730 toneladas no navio Saga Explorer, cujo destino é o porto de Changshu, na China.
Patricia Dutra Lascosque, diretora-superintendente da Portocel, explica que a marca de 100 milhões de toneladas equivale à soma da movimentação do porto desde o início de sua operação, em 1978. Portocel, que também é referência em baixo custo operacional, vem atingindo marcas cada vez mais expressivas ao longo dos anos. “Foram 16 anos para alcançar os primeiros 10 milhões de toneladas, mas agora embarcamos esse volume a cada um ano e sete meses”, observa a diretora-superintendente.
Localizado em Barra do Riacho, Aracruz (ES), Portocel é considerado um dos portos mais eficientes e produtivos do mundo na movimentação de celulose, respondendo por 60% das exportações do produto no Brasil. O terminal tem produtividade média de 24 mil t/dia de celulose por navio, estando bem à frente do desempenho de portos dos Estados Unidos e da Holanda, que estão entre os melhores do mundo e movimentam não mais do que 18 mil t/ dia de celulose.
Portocel é um dos únicos terminais do Brasil integrado a diferentes modais de transporte – rodoviário, ferroviário, tuboviário (dutos), marítimo de longo curso e cabotagem. Está preparado para movimentar, com a mesma eficiência, outras cargas compatíveis com a celulose. Com equipamentos e instalações apropriados para a movimentação de carga geral, atualmente o terminal tem capacidade para embarcar 7,5 milhões de toneladas por ano. Há 30 anos, a capacidade era de 600 mil toneladas por ano.
B. FOREST 51
NOTAS
KOMATSU CM: NOVA TECNOLOGIA PARA MARCAÇÃO DE MADEIRA NO EXTERIOR
P
resente em todo o mundo, a Komatsu Forest vem utilizando novas tintas para marcação em cores de toras de madeira. Nestes processos, a tinta utilizada para marcar as toras precisa ser de excelente qualidade e apresentar mínimo impacto ao meio ambiente. A marcação em cores, parte dos processos de colheita de madeira, facilita o manejo da madeira processada e é frequentemente um pré-requisito para que o produto correto seja entregue às serrarias. Um fator determinante nessas tecnologias é a intensidade de cor. Enquanto tintas à base de álcool apresentam uma intensidade relativamente baixa e tintas à base de glicol tem uma intensidade média, a aplicação de ambos os tipos tem suas dificuldades, pois se espalham facilmente sobre a superfície cortada. O Komatsu CM (Colour Marking) é um produto à base de água e apresenta uma alta intensidade e não se dispersa facilmente sobre a superfície cortada, resultando em marcações mais claras
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B. FOREST
e visíveis que auxiliam o operador ao mesmo tempo em que reduzem o uso necessário de tinta. Também é costumeira a necessidade de que as tintas não penetrem na madeira, para evitar a redução do preço devido ao desperdício das extremidades da tora. As tintas à base de álcool e glico têm problemas de penetração, infiltrando demais a madeira e causando grandes desperdícios às serrarias. O Komatsu CM só adere à camada superficial, ou cerca de 2-4 mm. Outra vantagem é que o Komatsu CM não causa corrosões, que costumam ser um problema com tintas à base de álcool ou glicol. Tanto para o meio ambiente quanto para o ambiente de trabalho do operador, a formulação da tinta é extremamente importante; tanto o metanol quanto o glicol são danosos à saúde. O Komatsu CM utiliza pigmentos à base de água com aditivos utilizados na indústria alimentícia, sendo completamente inofensivo à saúde humana e ao ambiente.
Aplicação 1
Aplicação 2
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Foto: Floresta da Eldorados
NOTAS
ELDORADO BRASIL REGISTRA EBITDA DE R$ 475 MILHÕES NO 2T17
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Eldorado Brasil estabeleceu novas marcas históricas de produção no segundo trimestre de 2017. Considerando os resultados dos últimos 12 meses, o EBITDA (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) acumulado é de R$ 1,8 bilhão, com a maior margem do setor, 58%. A companhia obteve um lucro líquido de R$ 366 milhões nos seis primeiros meses de 2017, resultado superior em 53% ao lucro de R$ 240 milhões no primeiro semestre de 2016. “Estabelecemos um novo patamar para a indústria global de celulose, a partir de um sistema de gestão focado em competitividade, sustentabilidade, inovação e valorização de pessoas”, afirma José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado. Os resultados alcançados pela companhia neste período têm como reflexo direto a maior participação de madeira própria e a redução na distância média entre as florestas e a fábrica. O alto nível de produção industrial também possibilitou o aumento da venda de
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energia para o sistema elétrico nacional para 56 mil MWh nesse trimestre, o que gerou uma receita líquida adicional de R$ 22 milhões, um aumento de 48% em relação ao trimestre anterior, e de 210%, se comparada com o ano passado. No segundo trimestre, a Eldorado registrou receita líquida de R$ 824 milhões, resultado 5% superior ao mesmo período do ano anterior, reflexo do aumento do preço de celulose. O EBITDA de R$ 475 milhões, com margem de 58%, é novamente o maior do setor. Já o volume de vendas foi de 436 mil toneladas de celulose, um resultado em linha com o primeiro trimestre, graças a uma estratégia comercial bem-sucedida, focada em mercados com alto potencial de crescimento e rentabilidade, como a Ásia. Os segmentos de tissue e papéis representaram 59% do volume total comercializado pela Eldorado.
NOTAS
DURATEX CONQUISTA PRÊMIO MELHORES DO AGRONEGÓCIO 2017
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eafirmando seu compromisso com a geração de valor compartilhado à sociedade, a Duratex foi a vencedora da 13ª edição do prêmio Melhores do Agronegócio na categoria Sustentabilidade. Referência para o mercado nacional, o reconhecimento é concedido anualmente pela Revista Globo Rural, da Editora Globo, em parceria com a Serasa Experian, responsável por coletar, processar e analisar os dados de todos os concorrentes.
e qualidade dos serviços da companhia. Os plantios de eucalipto que, ao final dos anos 70, registravam produtividade de 20 m³ por hectare/ano, hoje rendem até 50 m³ hectare/ano graças à iniciativa.
A nova estratégia de sustentabilidade da empresa foi um dos grandes diferenciais para que vencesse o prêmio. Lançada em março deste ano, ela estabelece 45 metas a serem cumpridas até o ano de 2025 – sendo oito delas diretamente relacionadas ao tema manejo sustentável das florestas.
Ele destaca ainda o excelente desempenho comercial que a divisão madeira da empresa teve em 2016, registrando recorde de venda para serrarias e aumento de 60% no volume comercializado para companhias de papel e celulose e energia, entre outras, em comparação com o ano de 2015.
“O troféu é um reconhecimento à sólida trajetória da companhia, que sempre focou em ações de sustentabilidade e se tornou referência em sua produtividade ao longo desses anos”, diz Antonio Joaquim de Oliveira, presidente da Duratex.
Outra ação de destaque foi o Programa de Melhoramento Genético da Duratex, que investe constantemente em pesquisa e desenvolvimento, contribuindo para o aumento da produtividade
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N
o início deste mês, a Klabin inaugurou o mais novo parque de Telêmaco Borba, em parceria com a Prefeitura Municipal. Batizado de Parque da Cidade, o espaço ocupa uma área equivalente a 35 campos de futebol e é um complexo esportivo e de lazer que conta com lago, mirante, pista de caminhada, ciclovia, campo de futebol, academia ao ar livre, parque infantil e espaço aberto para shows e apresentações culturais. O projeto é assinado pelo arquiteto Paulo Brazil, responsável também pelo Centro de Tecnologia da Klabin, em Harmonia. “Este é um projeto sonhado pela cidade e escolhido pela comunidade. O Parque da Cidade é mais um investimento do Projeto Puma e reforça nosso compromisso com o desenvolvimento econômico e social das comunidades que atuamos”, afirma Francisco Razzolini, diretor de tecnologia e Unidade de Celulose da Klabin. Após a inauguração, a intenção é que o Parque da Cidade seja administrado por um conselho gestor formado por representantes do poder público municipal e
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da comunidade. “Estamos sugerindo um modelo de gestão inspirado nos principais parques do país. O conselho pode propor, por exemplo, um calendário anual de atividades culturais e esportivas e, assim, incentivar a ocupação deste espaço pela população, o que contribui para a sua conservação”, explica Uilson Paiva, gerente de relações com a Comunidade da Klabin.
Parque da Cidade: Área do parque: 15,55 alqueires (equivalente a 35 campos de futebol) Academia ao ar livre: 200 metros quadrados, 10 aparelhos, cobertura parcial e banheiros Estacionamento: 83 vagas para carros de passeio e 3 ônibus Parque infantil: 100 metros quadrados, pergolado com bancos e tabuleiro de jogos Praças de descanso e lazer: 160 metros quadrados Ciclovia: 1.500 metros Anfiteatro: acústica natural e 4.500 metros quadrados Campo de futebol: gramado sintético e iluminação LED
Foto: Parque da cidade
NOTAS
KLABIN INAUGURA O PARQUE DA CIDADE, EM TELÊMACO BORBA
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Ministro de Assuntos Rurais da Suécia, Sven-Erik Bucht, o Embaixador da Suécia para as Alterações Climáticas, Lars Ronnås, e o Embaixador da Suécia no Brasil, Per-Arne Hjelmborn, estiveram na Embrapa Florestas no fim de setembro, com uma comitiva de técnicos, pesquisadores e professores daquele país. Em pauta, possibilidades de parcerias em pesquisa florestal. A visita fez parte da sexta edição das “Semanas de Inovação Suécia-Brasil”, que este ano teve pela primeira vez sua abertura oficial em Curitiba (PR). A primeira parte da visita contou com apresentações da comitiva a pesquisadores da Embrapa Florestas. Na segunda parte, os visitantes conheceram o arboreto de eucaliptos da Unidade, fruto do trabalho de pesquisa realizado pela Embrapa e parceiros na introdução de espécies de eucalipto no Brasil. Os visitantes demonstraram bastante interesse em conhecer mais sobre a Embrapa Florestas, tida para eles como referência em pesquisa florestal. Para
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os pesquisadores da Embrapa Florestas, chamou bastante a atenção a forma de trabalho dos suecos, chamada por eles de “co-criação”, em que projetos funcionam de forma cooperativa na triple hélice entre poder público, academia e empresa. “Isso já faz parte da nossa cultura”, explicou Mikael Román, conselheiro técnico-científico da embaixada da Suécia em Brasília. “Trabalhamos em cooperação para resolver problemas e depois, cada empresa, desenvolve o que mais interessa em sua área de atuação”. O país, que há 150 anos era considerado o mais pobre da Europa e com alto índice de desmatamento, credita seu atual sucesso em parte ao alto investimento em ciência e tecnologia desta forma cooperativa. Para Edson Tadeu Iede, chefe geral da Embrapa Florestas, “embora rápida, a visita da comitiva nos mostrou oportunidades de cooperação com a Suécia. Começamos um ‘namoro’, que pode gerar bons frutos em especial na área de bioeconomia”.
Foto: Visita Suecia
NOTAS
SUÉCIA BUSCA PARCERIA EM PESQUISA FLORESTAL
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VÍDEOS
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AGENDA
2017/2018
Para mais informações, clique nos links espalhados ao longo da agenda.
NOVEMBRO
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08
EXPOCORMA Quando: 08 A 10 | Onde: CONCEPCIÓN (CHILE)
14
WOODEX
B. FOREST
Informações:http://www.expocorma.cl/
Quando: 14
A 17 | Onde: MOSCOU (RUSSIA)
Informações: http://www.woodexpo.ru/en-GB
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2018 ABRIL
09 09 11
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B. FOREST
4° ENCONTRO BRASILEIRO DE SILVICULTURA Quando: 09 E 10 | Onde: RIBEIRÃO PRETO (SP) XVIII SEMINÁRIO DE ATUALIZAÇÃO EM SISTEMAS DE COLHEITA DE MADEIRA E TRANSPORTE FLORESTAL Quando: 09 A 10 | Onde: RIBEIRÃO PRETO (SP) EXPOFOREST Quando: 11 A 13 | Onde: REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO (SP) Informações: https://www.expoforest.com.br/
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