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arquitetos
r. engenheiro guilherme cristiano frender, 1302. vl antonieta - sp manaarquitetos@ gmail.com [11] 9 6693 7449 9 7032 0935
MANÁ Arquitetos :: Tem como objetivo atuar na organização de espaços e
criação de ambientes em distintas escalas e temas da arquitetura. Através da arte e da técnica, abrigar diversos tipos de atividades humanas e sua integração, sejam públicos ou privados. Nossa abordagem projetual busca a estética, o conforto ambiental e funcionalidade baseada no contexto de inserção, na cultural e na sociedade. Acreditamos na arquitetura como reflexão das especificidades de cada projeto. Marcos Davantel e Natalia Schneider, formados em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade São Judas Tadeu, respectivamente em 2015 e 2014, estão à frente do MANÁ arquitetos.
MANÁ :: Significa pão do céu. Enquanto o povo de Israel peregrinou pelo
deserto após o êxodo do Egito, Deus enviava o alimento todas as manhãs, o maná. Ao amanhecer uma camada de orvalho repousada sobre a superfície do deserto e secava, formando flocos finos que eram usados para fazer pão. Essa dádiva de Deus sustentou o povo hebreu durante 40 anos, e até hoje Ele continua providenciando nosso sustento.
ÍNDICE
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RESIDENCIAL CASA CAMPINAS
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ACADEMIA BLACKFIT STUDIO MISCELLANEA
COMERCIAL
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HOSPITALAR
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PATRIMÔNIO
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CONCURSOS
HOSPITAL DE CIRURGIA ELETIVA E CENTRO DE DIAGNÓSTICOS
EDIFÍCIOS DE USOS COMBINADOS: COMPLEXO DAS FIGUEIRAS
EXPERIENTIAL BEER GARDEN: yac competition TRAME: 30º prêmio design mcb: Categoria Protótipo
RESIDENCIAL
CASA CAMPINAS 2016 Co-autoria:: Arq. Ubiratã Prilip
Ao analisar o terreno percebemos um grande potencial de ocupação entre as massas arbóreas, resguardando a residência do barulho da rua e conectando-a com a área da lazer do lote vizinho, pertencente a mesma família. Devido estas condições únicas, partimos de uma concepção em dois blocos onde, invertendo o padrão comum das habitações e aproveitando o “refúgio”, dado o generoso
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Campinas -SP
recuo frontal, implantamos o bloco dos dormitórios voltados à rua, enquanto o bloco social (estar, jantar, cozinha), de frente a área de lazer. De modo a dar maior privacidade aos dormitórios, propomos uma varanda vedada em cobogós, assim a composição de cheios e vazios possibilita tanto a vista do jardim frontal da residência, como a privacidade dos quartos.
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-IMPLANTAÇÃO
-PARTIDO
-PRIVACIDADE
-VENTILAÇÃO CRUZADA
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TÉRREO
N 0
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5m
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COMERCIAL
ACADEMIA BLACKFIT 2015
A academia Blackfit, agora voltada para um público atual e moderno, necessitava de uma repaginada após a mudança de direção, a qual já havia definido o logotipo e as cores dessa nova etapa. As novas cores foram utilizadas na demarcação dos pilares existentes e as paredes foram escurecidas para trazer o ar urbano, já que está inserida na cidade de São Paulo. Piso vinílico foi sugerido para todos os
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São Paulo -SP em execução
ambientes de musculação, ginástica e aeróbica devida sua alta resistência a equipamentos pesados e fácil manutenção. Os vestiários antes da reforma estavam sem uma boa distribuição dos seus equipamentos, sugerimos aumentar a quantidade de boxes e lavatórios, acrescentando um banco para troca de roupas e maior quantidades de armários.
PLANTA: VESTIÁRIO
ESC:1/50
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STUDIO MISCELLANEA 2016 Co-autoria:: Arq. Ubiratã Prilip
Através de uma combinação singela de aço e vegetação, o projeto do retrofit para um salão de cabeleireiro em São Caetano do Sul além de mudar a identidade do estabelecimento, resguarda os clientes da incidência de Sol direta em sua fachada oeste. Propõem-se um pergolado metálico com ligação pilar-viga tipo rígida em um dos apoios, e no outro a viga engastada no muro de divisa, o equilíbrio estrutural se dá por
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São Caetano do Sul -SP
meio de vigas menores que conectam a estrutura principal ao edifício existente. Uma nova rampa é atirantada sobre um jardim transformando o acesso em um percurso contemplativo, brises de canaletas metálicas são içados em duas fileiras dando movimento à fachada e quebrando a incidência do Sol, seu design dialoga com a inclinação da rampa, gerando um dinamismo na estética dos brises.
trepadeira primavera tela metálica vigotas perfil “ T ” vigas conexão perfil “ I ” pilar e viga perfil “ I ” barra de ancoragem tirante metálico
canaleta metálica perfil “ U ”
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HOSPITALAR
HOSPITAL DE CIRURGIA ELETIVA E CENTRO DE DIAGNÓSTICOS 2014 Orientação:: Dr. Fernando Vázquez
O lote ao lado do terreno escolhido foi integrado ao projeto como uma área de praça, onde antes era utilizado pelo monotrilho apenas para desvio do trem. A proposta é que esse terreno não seja abandonado como depósito de pilares e sim que proporcione área de lazer aos moradores dos arredores, um estar aos funcionários e pacientes do hospital e um respiro verde na cidade. O edifício projetado abrigará duas funções tecnicamente distintas, mas que se completam e se auxiliam, o centro cirúrgico com enfermaria e o centro de diagnósticos. Como a proposta é seu funcionamento independente , um pavimento será destinado para o centro de diagnósticos e outro pavimento para o centro cirúrgico, o qual não terá acesso ao público. Com isso optou-se por um embasamento que abrigará essa parte do programa junto à administração e ao armazenamento de materiais. A partir do estudo de casos uti-
ESTRATÉGIA:
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São Paulo-SP
lizados no processo de projeto, notou-se que a edificação que abriga as enfermarias se distingue formalmente do restante do edifício, o qual é uma área onde pode ter aberturas e um tratamento diferenciado priorizando o conforto do paciente.
não prejudiquem os pacientes com seus ruídos. A praça se integra com o hospital através da entrada principal e procura manter a mesma linguagem formal ao traçar a paginação de piso de acordo com os eixos dos pilares.
Para demarcar e dar expressão a essa distinção de volumes, propõe-se uma área com terraço visando o conforto de pacientes, médicos, funcionários e acompanhantes, além de projetar uma vista para a praça ao lado. Esse espaço separa as funções do programa e ao mesmo tempo traz o mundo em volta para dentro e se integra com a cidade.
“As percepções do espaço consistem não só no que vemos, como também no que ouvimos, sentimos, e até mesmo no que cheiramos – assim como nas associações que despertam.
A fachada principal está voltada a praça, caracterizando o ambiente de enfermarias fechadas com brises sem negar a fachada frontal como acesso principal no térreo. A fachada frontal recebe a escada de emergência junto aos elevadores como barreira de som para que o trânsito pesado da Av. Anhaia Mello e o monotrilho
Desta maneira, a arquitetura mostrar o que não é realmente visível, e despertar associações de que não tínhamos consciência antes. Se conseguirmos produzir uma arquitetura que seja capaz de incorporar diferentes níveis, de tal modo que as diversas realidades, tal como encontradas nas diversas camadas da consciência, possam ser refletidas no projeto, então o ambiente arquitetônico poderá visualizar essas realidades e dizer algo ‘sobre o mundo’ aos usuários.” (HERTZBERGER, 1999, p.230).
RELAÇÃO COM ENTORNO: PROPOSTA PRAÇA PÚBLICA
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25m
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T.13
G.01 T.12
T.12
G.01 G.02
T.01
T.03 G.03
G.03 T.11
T.02
T.08 T.05
T.10 T.09 T.07
T.04
T.06
TERRAÇO 4º PAVIMENTO
C.22
C.21
C.20
C.19
C.23 C.18
C.24
G.03 C.17
C.15
C.23
G.03 C.16
C.04
C.07
G.01 C.01
C.02
C.03
C.04 C.05 C.06 C.14
C.02 C.14 C.08
C.08
C.11
C.08
C.08
C.13
C.12 C.15
CENTRO CIRÚRGICO 1º PAVIMENTO
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C.11
25m
C.08
C.08
C.09
C.10
LEGENDA G.01 - HALL G.02 - SANITÁRIOS G.03 - VESTIÁRIOS C.01 - ENFERMAGEM C.02 - UTILIDADES C.03 - LABORATÓRIO C.04 - ARSENAL C.05 - DEP. DE SANGUE C.06 - RAIO-X / EQUIPAMENTOS C.07 - RECUPERAÇÃO ANASTÉSICA C.08 - SALAS DE CIRURGIA C.09 - FARMÁCIA SATÉLITE C.10 - RESÍDUOS C.11 - ESCOVAÇÃO C.12 - ROUPA SUJA C.13 - DML C.14 - CIRCULAÇÃO CIRÚRGICA C.15 - CIRCULAÇÃO SÉPTICA C.16 - HALL DE SERVIÇO C.17 - CONFORTO MÉDICO C.18 - CONSIGNAÇÃO C.19 - EXPURGO C.20 - EXAUSTÃO C.21 - PREPARAÇÃO C.22 - ESTERILIZAÇÃO C.23 - ANTECÂMARA C.24 - ESTERILIZAÇÃO BAIXA TEMPERATURA T.01 - LANCHONETE T.02 - COZINHA DA LANCHONETE T.03 - DESPENSA DA LANCHONETE T.04 - REFEITÓRIO T.05 - DISTRIBUIÇÃO T.06 - COZINHA T.07 - DIETISTA T.08 - HALL DE DISTRIBUIÇÃO T.09 - DML T.10 - CÂMARA FRIA T.11 - DESPENSA T.12 - CONFORTO MÉDICO T.13 - TERRAÇO
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LEGENDA G.01 - HALL G.02 - ATENDIMENTO / ESPERA G.03 - VESTIÁRIOS E.01 - CONFORTO E.02 - COPA E.03 - ENFERMAGEM E.04 - UTILIDADES E.05 - CURATIVOS E.06 - PREPAROS E.07 - ISOLAMENTO E.08 - ENFERMARIAS E.09 - EQUIPAMENTOS E.10 - PRESCRIÇÕES E.11 - RESÍDUOS E.12 - EXPURGO E.13 - ROUPARIA E.14 - DML U.01 - REUNIÕES U.02 - DML U.03 - EXPURGO U.04 - ROUPA SUJA U.05 - ROUPA LIMPA U.06 - PLANTONISTAS U.07 - CONFORTO U.08 - COPA U.09 - FARMÁCIA U.10 - LABORATÓRIO U.11 - ENFERMAGEM U.12 - EQUIPAMENTOS U.13 - UTILIDADES U.14 - UTI U.15 - ISOLAMENTO U.16 - MONITORAMENTO
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25m
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E.08
E.08
E.08
G.01 E.08
E.08
E.08
E.08
E.02 E.01
E.08
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E.08
E.14
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E.08 E.13
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E.08
E.08
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U.12
U.08
U.06
U.11
U.07
E.06
E.03
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G.01 G.02
E.04
ENFERMARIAS 6ยบ AO 8ยบ PAVIMENTO
U.13
U.15
U.12
G.01
U.06
G.01 G.02
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U.15
U.11
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G.03 U.05
U.02
U.12
U.09
G.03 U.04
U.03
U.01
UTI 5ยบ PAVIMENTO
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PATRIMÔNIO
EDIFÍCIOS DE USOS COMBINADOS COMPLEXO DAS FIGUEIRAS 2015 Orientação:: Ms. Hebe Olga
Este trabalho propõe uma intervenção no Complexo das Figueiras, utilizando-se do espaço como um experimento para a combinação de usos concordantes e divergentes, incorporando ao projeto a principal dinâmica da cidade contemporânea, a heterogeneidade, sem que se perca contudo, “a possibilidade de referência espacial, através da percepção, e temporal, pela via da memória...” (FREIRE, Cristina. Além dos mapas: os monumentos no imaginário contemporâneo, 1997. Pág. 43.), que o patrimônio histórico oferece. Assim, a intervenção do projeto se dá através de edifícios de usos misto com características: culturais; de serviços; institucionais públicos; e comércios, que articulados com o espaço público, assim como a proximidade com a linha de metrô, condicionam à diversidade transformando o antigo complexo em um espaço catalisador, suscetível a ocasionalidade, a eventualidade e a heterogeneidade da cidade atual. Tendo como tema principal a
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São Paulo-SP
diversidade, com a finalidade de dinamizar não só os edifícios como o entorno, buscou-se fundamentar o trabalho na obra de Jane Jacobs - “Morte e Vida de Grandes Cidades” com ênfase nas condicionantes para coexitir a diversidade na cidade.
em um catalisador de diversidade, sejam tipos de uso, pessoas ou classes sociais, e que a diversidade derivada pretendida interfira também no urbano, desenvolvendo as ruas e quadras do entorno com novos empreendimentos que qualifiquem a região.
Baseando-se na primeira das condicionantes - tendo em vista a escala do projeto - a importância dos usos principais está relacionada a capacidade que eles tem de atrair um grande número de pessoas, servindo de elementos âncora, portanto a combinação destes usos acarretam em uma grande variedade de pessoas. Jacobs destrincha estes usos em 3 categorias: principais; lugares específicos; e centrado nos usuários.
De inicio o projeto parte de 4 diretrizes: remoção de difícios não significativos; novas conexões urbanas; novos usos; novas construções.
O programa proposto baseia-se nas 3 categorias de usos acima citados mais a introdução do uso comercial, condicionando - como Jacobs cita uma diversidade derivada. Assim, pretende-se transformar o Complexo das Figueiras
Para relacionar de uma melhor maneira os edifícios, os espaços públicos e as conexões urbanas a serem estabelecidas, configura-se uma malha pelo terreno, através de novos eixos reforçam-se e potencializam-se os espaços de transição entre os edifícios, assim como o convívio e a permanência nos espaços. Compreendendo a linha do metrô como um rastro urbano segregador, propõem-se sob o viaduto galerias comerciais, estabelecendo assim uma conexão entre o projeto e as quadras adjacentes.
EDIFÍCIOS HISTÓRICOS São atribuídos novos usos aos edifícios tombados, com exceção ao Memorial do Gás, que terá seu uso mantido. Logo: o Edifício Sede será utilizado como escola técnica com térreo expositivo e a Casa dos Medidores será utilizada como café. De modo à integrar estes edifícios, propõem-se uma cobertura que se estende entre as 3 construções, relacionando a escola técnica com o café e com o Memorial do Gás, fornecendo condições de encontro entre os prédios e de transição, ou intervalo, entre os usos distintos.
O edifício sede das figueiras está dividido em 2 novos usos: o térreo e o mezanino, destinados a espaços de exposições; os demais pavimentos destinados as salas de aula, laboratórios e ateliês de usos múltiplos. A disposição das salas de aula e dos laboratórios tem como partido a malha estrutural existente, ocupando-a de forma compositiva, alternado o pavimento entre cheios e vazios. Os ateliês, localizados no último pavimento, tem sua ocupação central, deixando a área periférica como espaço de circulação, propondo uma abertura zenital a partir do telhado, para iluminar os ateliês.
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MÓDULOS SALAS DE AULA CHEIO X VAZIO
L
CORTE ESQUEMÁTICO CIRCULAÇÃO PERIMETRAL ABERTURA ZENITAL
ESC: 1/750
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CAIXA d’ÁGUA A estrutura da Caixa d’Água se tornará um mirante, dada sua altura e localização permitindo uma vista de todo o entorno. O mirante se desenvolve através de um percurso contemplativo entre as estruturas de aço e os contraventamentos existentes, onde cada patamar revela um vista de um ponto da cidade, seja o bairro do Brás, a várzea do Tamanduateí e o “parque” Dom Pedro II, ou o centro histórico.
VISTA ED. GUARANY CATEDRAL DA SÉ
VISTA CATAVENTO CULTURAL
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BALÃO #1
A estrutura menor, “Balão Menor”, não terá um uso definido, ao invés disso propõem-se o mínimo de intervenção para que o espaço admita as interpretações dos usuários, e estes definirão seu uso, sejam temporários ou permanentes. Esta polivalência do espaço será potencializada pela diversidade, de usos e de pessoas, que resultará em diferentes abordagens e atividades no local.
CORTE CONCEITO: SEM ESCALA
BALÃO #2
O “Balão Maior” abriga as habitações estudantis, escritórios, biblioteca e o restaurante. As unidades habitacionais estão orientadas em função da melhor vista (colina central) enquanto a biblioteca e os escritórios se orientam na face oposta e alternam-se entre os pavimentos. Estes usos limitam-se espacialmente (área e o gabarito) dentro da estrutura pré-existente. O restaurante por sua vez, é projetado acima do nível da estrutura, rompendo, através do coroamento do edifício, as relações físico-espaciais entre a intervenção e o existente.
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Fugindo do padrão de habitação convencional de pavimentos tipos e uma grande área comum localizada em um único pavimento, o projeto parte de uma lâmina curva em 8 pavimentos onde as unidades são distribuídas em módulos sobre uma malha estrutural. Cada módulo corresponde a unidades geminadas que ocupam de 1 a 3 andares, utilizando as lajes dos módulos como áreas comuns. Estes se mantém distanciados uns dos outros, os vazios ocasionados por estes distanciamentos permitem a entrada de luz e ventilação para o Átrio e para os corredores de circulação, assim como a variação do pé-direito das áreas comuns, resultando com que quase todos os pavimentos disponham destes espaços estimulando assim o encontro entre os estudantes. ESC: 1/750
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TEATRO E CINEMAS Dentre as conexões propostas o projeto busca conectar-se com o futuro corredor de ônibus Radial 1, assim propondo um subsolo no mesmo nível deste corredor. O subsolo é composta por 4 salas de cinema, posicionadas entre as fundações dos pilares da linha de metrô, e um teatro semienterrado, sendo todo o espaço remanescente destinado a um grande foyer, complementado por exposições e café. Para iluminar o subsolo e integra-lo com o térreo, o projeto remete a história do lugar e parte da forma e da localização dos antigos purificadores de gás do carvão, criando grandes aberturas circulares que permitem uma conexão visual entre os pavimentos.
SUBSOLO / FOYER
TEATRO / CINEMAS
ZENITAL
ESC: 1/750
r. da figueira
pq. dom pedro II corredor radial 1
CONCURSOS
EXPERIENTIAL BEER GARDEN YAC Competition 2017
A proposta baseia-se em transformar o edifício em um equipamento que transcenda os limites de seu espaço interno, mas que também preserve sua identidade adquirida ao longo dos anos. Através de operações ad-hoc – demolições estratégicas e adições funcionais – o projeto adota um diálogo progressivo e temporal com o existente, mantendo como testemunho as intervenções passadas e ao mesmo tempo adicionando novos elementos para dar resposta às exigências programáticas, o edifício assume uma visão não definitiva e a nova intervenção se resume a um registro temporal.
Castel Maggiore-ITÁLIA
A estratégia do projeto se estrutura em uma sequência de espaços não programáticos – interno e externos – manipulados através de fluxos que os conectam, suas concepções permitem tanto uma expansão do programa como também uma maximização da quantidade dos eventos, instigando novas visões e intenções de apropriação. A parte programática, cujo discurso faz parte, o comércio, o restaurante, a degustação e o laboratório, divide-se em dois grupos: o primeiro consolida-se no perímetro interior da antiga adega e acolhe a parte comercial do programa, através da adição de painéis giratórios e deslizantes o espaço pode adquirir uma variação múltipla de layout, podendo se expandir ou retrair, corroborando com uma intervenção reversível.
Em resposta ao segundo grupo – composto pelo laboratório e a degustação – é proposto um novo volume que se sobrepõe ao existente, subtraindo parte da cobertura. Sua orientação no eixo norte e sul não só reforça uma conexão entre a Villa Zarri e a cidade, como também estabelece uma relação entre o galpão e a fonte, estendendo-se além dos limites de intervenção de forma a não mais limitar as atividades aos ambientes fechados. O volume define-se por uma lâmina translúcida que permite uma interação entre a produção artesanal e a cidade, refutando as características industriais que o edifício existente supõe, sua altura final não se sobressai as das edificações do conjunto, estabelecendo uma relação espacial com o todo.
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SHOP
EXTENSÃO
MULTIUSO
LAB JARDIM
RESTAURANTE
EXTENSÃO
EXTENSÃO
12
11
01 10 09 04
08
06 05
01 03
07
06
02
01
Legenda 01. Expansão 02. Restaurante 03. Cocção 04. Jardim [Cevada] 05 Sanitários 06. Lojas 44
07. Hall do Laboratório 08. Moagem 09. Brassagem 10. Fermentação 11. Degustação 12. Fonte
seção AA
seção BB
seção CC
elevação FRONTAL
ESC: 1/500 0
5
10
20 m
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30º
PRÊMIO DESIGN
MCB
P R O T Ó T I P O
2015 Co-autoria:: Design Natalie Davantel
A mesa de centro Trame é inspirada nas tramas artesanais típicas da cultura nordestina, remetendo o entralaçamento das linhas contínuas a união de pessoas na sala e a liberdade de aproveitar o tempo em casa.
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Apesar dos materiais industriais e pré-fabricados (aço cortén e a madeira), a montagem da mesa interage com o usuário, remetendo ao método de fabricação das tramas artesanais: o encaixe, a sequência, as sobreposições; transformando todo o conceito da mesa em
Conceito:: Tramas Artesanais
Trama Tipo
Vista Superior
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“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
João 3:16