TIPOGRAFIA, DESIGN E O PERCURSO FEMINISTA: guia tipográfico para criar como uma mulher

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TTIIP PO OG GR RA AFFIIA A,, D DE ESSIIG GN NE EO O P PE ER RC CU UR RSSO O FFE EM MIIN NIISSTTA A GUIA TIPOGRÁFICO PARA CRIAR COMO UMA MULHER por Amanda Herrmann



«O design dá ao mundo algo que ele não sabia que sentia falta. » Paola Antonelli


SUMÁRIO

c a p í t u l o s

11 22 33 44 55 tipografia

conceitos base

página 8

introdução página 5

página 14

história página 10

alinhamento página 25


SUMÁRIO

c a p í t u l o s

anatomia página 30

combinação página 47

referências página 61

66 77 88 99 11 00

classificação página 40

mulheres na tipografia página 50


INTRODUÇÃO

A tipografia tem como função a reprodução de símbolos vi

linguagens - a escrita. Ela surgiu com a necessidade de regist

eram gravadas. A tipografia clássica baseia-se em pequenas p

símbolos — os tipos móveis. Tipos rudimentares foram inven

XV, foram redescobertos por Johann Gutenberg com a inven

imprensa durante muitos séculos. Essa revolução que deu in

teórico Marshall McLuhan como o início do “homem tipo

democratiza o conhecimento, uma vez que coloca a escrita

sociedade. Hoje, observa-se que a tipografia se faz presente n

panfletos. Inserida nos mais variados suportes digitais e impr

puramente o texto – é expressiva, significativa em suas diversa

5


INTRODUÇÃO

síveis que constituem uma das mais importantes

tro, uma vez que a linguagem gestual e vocal não

peças de madeira ou metal com relevos de letras e

ntados inicialmente pelos chineses, mas, no século

nção da prensa tipográfica, constituindo a base da

nício à comunicação em massa, foi cunhada pelo gráfico”. Dessa forma, a tecnologia da imprensa

a e a leitura como objetos tangíveis para a baixa

no cotidiano de todos - em embalagens, outdoors,

ressos, ela passou a comunicar muito além do que

as formas.

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INTRODUÇÃO

Contudo, passa-se a observar que, mesmo que intrínseca à necessidade de comunicação de diversas sociedades sobretudo as modernas, a tipografia ainda se apresenta como um campo masculino. Poucas são as mulheres vislumbradas nesse meio de criação - os primeiros registros de sua participação se dão no século XIX, quatrocentos anos após a invenção da prensa tipográfica. Desde então, diversos nomes femininos foram importantes para a tipografia tal como conhecemos atualmente, mas pouco mencionados. Tomando como exemplo, Margherita Dall”Aglio foi quem deu continuidade ao Manuale Tipografico Bodoni, uma das principais obras tipográficas da história e possivelmente a amostra tipográfica mais elaborada já publicada, mas pouco se encontra sobre ela. Ao longo da história, diversas outras tipógrafas ficaram à sombra de homens com quem trabalhavam - pais, irmãos, esposos. Este guia, portanto, apresenta a necessidade de se questionar a representatividade feminina em um dos campos mais importantes do design e promover o trabalho fundamental de diversas mulheres nessa área que se apresenta tão machista, mesmo após séculos onde mulheres se fizeram presentes e alcançaram espaço. 7


Classe gramatical: substantivo feminino Separação silábica: ti-po-gra-fi-a Plural: tipografias

INTRODUÇÃO TIPOGRAFIA

tipo grafia

SUMÁRIO 8


TIPOGRAFIA

A tipografia (do grego typos — “forma” — e graphein — “escrita”) consiste na criação e uso de símbolos visíveis aos caracteres ortográficos e para-ortográficos - letras, números e sinais de pontuação. tipografia substantivo feminino ARTES GRÁFICAS 1. a arte e a técnica de compor e imprimir com uso de tipos. 2. conjunto de procedimentos artísticos e técnicos que abrangem as diversas etapas da produção gráfica (desde a criação dos caracteres até a impressão e acabamento), esp. no sistema de impressão direta com o uso de matriz em relevo; imprensa. 3.m.q. IMPRESSÃO TIPOGRÁFICA. 4. POR METONÍMIA estabelecimento destinado a composição, paginação e impressão tipográfica. 5.m.q. TIPOLOGIA ('coleção de caracteres'). 6. POR METONÍMIA arranjo ou estilo da composição tipográfica numa determinada publicação. 9


HISTร RIA

histรณ ria 10


HISTÓRIA

11


HISTÓRIA

10 12



concei tos base BASE

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BASE

TIPOS Corresponde ao desenho que constitui a fonte. Podem ser letras, números ou sinais gráficos que se assemelham em sua estrutura. São independentes.

FONTE É um conjunto de glifos/tipos que compõem uma família tipográfica. São as letras, números e demais elementos. Esse conjunto apresenta semelhanças entre seus elementos, de maneira que o conjunto apresente características comuns.

FAMÍLIA Uma família tipográfica é um conjunto de fontes tipográficas que seguem o mesmo padrão gráfico. Elas se diferenciam por variações no peso, largura, inclinação e textura, quando houver.

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BASE

CARACTERE Símbolo que corresponde a letra na linguagem de códigos.

GLIFO Desenho de cada caractere, ou seja, variações de uma mesma letra ou elemento tipográfico em uma fonte.

CORPO/ ESPAÇO D O GLIFO Corresponde à "caixa" que comporta as fontes, tendo altura fixa e largura variada. Esse conceito já existe desde a época dos tipos móveis, uma vez que cada letra possuía ao seu redor um retângulo de metal em baixo relevo para manter todos os tipos em uma mesma altura de linha.

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concei ba


BASE

tos se FONTE

Abril Fatface 31,5 pt

CORPO DO TEXTO

TIPOS

O corpo de texto é referente ao tamanho do tipo, que é calculado do ponto mais alto até o ponto mais baixo do tipo. Essa medida é representada pela unidade pontos (pt).

FAMÍLIA

Extra Light - Extra Light Italic - Light - Light Italic - Regular - Regular Italic - Medium - Medium Italic - Semi Bold - Semi Bold Italic - Bold - Bold Italic Extra Bold - Extra Bold Italic - Black - Black Italic 18


BASE

pangrama ou pantograma. Consiste em frases que empregam todas as letras do alfabeto a fim de realizar testes tipográficos. Os pangramas surgiram junto com a tipografia, sendo um meio rápido de avaliar o efeito visual de uma fonte e uma forma de exercício para novatos no ofício.Um pangrama eficiente deve usar todas as letras do alfabeto com o mínimo de palavras.

The quick brown fox jumps over the lazy dog

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BASE

O que tem na caixa?

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BASE

A

caixa-alta corresponde a letras maiúsculas. Elas levam essa nomenclatura por ocuparem todo o retângulo de metal do glifo.

a caixa-baixa corresponde a letras minúsculas. Elas levam essa nomenclatura por ocuparem apenas parte do retângulo de metal do glifo.

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BASE

entrelinha Distância entre uma linha de base de uma tipografia para a outra, do inglês leading. O nome deriva das tiras de chumbo (leads) que separavam as linhas dos tipos de metal.

POSITIVA Espaço entre as linhas superior à versal do tipo.

DE CORPO Espaço entre as linhas seguindo a linha de base do tipo. Nesse modelo, ascendentes e descendentes ficam rentes.

NEGATIVA Espaço entre as linhas nulo, onde ascendentes e descentes se chocam.

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BASE

espacejamento

Distância lateral entre um caractere e outro. Existem famílias tipográficas monoespaçadas e as proporcionais. A primeira, conhecida também como não proporcionais ou largura fixa, corresponde à uma mesma largura para todos os caracteres, seguindo a largura EME. Já as proporcionais seguem distância diferente de acordo com a largura de cada caractere.

KERNING É o processo de ajuste de largura em uma família tipográfica proporcional entre dois caracteres específicos.

TRACKING É o processo de ajuste de largura entre todos os caracteres de uma palavra. Deve-se evitar usar o tracking negativo (ou seja, sem espaço entre as letras de uma palavra) pois dificulta a leitura. 24


ALINHAMENTO

ali nha men to 25

Refere-se ao alinhamento da coluna de texto em relação à página, bem como à estética das bordas laterais dessas colunas.


ALINHAMENTO

JUSTIFICADO O texto justificado possui bordas duras (regulares) em ambos os lados. Isso fez com que ele se tornasse o padrão desde a invenção dos tipos móveis(caracteres de metal), pois possibilita a criação de colunas com bordas retas. Contudo, pode produzir vazios estranhos no meio das colunas, que são chamados de rios. Isso ocorre quando o tamanho do tipo é muito grande em relação ao comprimento da linha. A hifenização ajuda a quebrar palavras muito longas e ajuda a manter as letras “empacotadas”. Caso seja necessário, pode-se fazer o uso do tracking para ajustar as linhas.

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ALINHAMENTO

ESQUERDA

franja irregular

Nesse tipo de alinhamento, as bordas da esquerda são duras e as da direita são suaves. Ao contrário do justificado, no alinhamento à esquerda nunca surgirão os vazios entre as palavras. Esse formato respeita o fluxo da linguagem e não se submetendo ao “empacotamento” sofrido pelo justificado. Devese ater à franja do corpo de texto, ou seja, à borda suave. Ela não deve possuir linhas com variações muito distantes em suas larguras. Ainda, pode-se optar pela utilização de hífens, evitando seu uso em linhas seguidas.

DIREITA Igual, só que ao contrário. A borda dura fica a direita, enquanto a borda a esquerda é suave. Deve-se tomar os mesmos cuidados. É um modelo moderno e muito usado em legendas, notas marginais e barras laterais. franja (quase) ideal, com poucas variações.

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ALINHAMENTO

franja irregular

CENTRALIZADO Simétrico, ambas as bordas são suaves e irregulares. É amplamente utilizado quando se deseja passar um ar de requinte, elegância ou formalidade. São exemplos: convites, folhas de rosto ou certificados. As quebras de linha no alinhamento centralizado pode ser utilizado quando se quer enfatizar alguma frase ou nome (i. e. nome da noiva) ou quando se quer que um pensamento inicie em linha própria. O nome desse tipo de quebra de linha é quebra pelo sentido.

franja irregular

Quando usado em textos longos, a quebra do ritmo dificulta a leitura e o usuário pode perderse entre as linhas com maior facilidade.

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INTRODUÇÃO ANATOMIA

anato mia SUMÁRIO 30


ANATOMIA

Altura de x : Diz respeito à altura das letras minúsculas de uma fonte, desconsiderando suas ascendentes e descendentes. Segundo o website Canva, “Uma altura de x relativamente proporcional às letras maiúsculas melhora a qualidade e mantém a legibilidade“. Linha de base : Cnforme Mark Schenker (2018), a linha de base é a linha imaginária onde a maior partem dos caracteres de uma composição tipográfica se apoiam e é a partir dela que os descendentes se estendem.

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ANATOMIA

Descendente: SCHENKER (2018) define o descendente como sendo parte de uma letra que se localiza abaixo de sua altura x, estendendo-se pela linha de base. Ascendente: De acordo com SCHENKER (2018), a ascendente corresponde à parte de uma letra que se localiza acima da altura x, podendo ser em altura equivalente à descendente ou não. Segundo ele, o objetivo de uma ascendente é aumentar a legibilidade das palavras formadas pelas letras, tornando-as mais legíveis.

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ografiaTipogr ografiaTipogr ografiaTipogr ografiaTipogr ografiaTipogr ografiaTipogr ografiaTipogr ografiaTipogr ografiaTipogr ografiaTipogr ografiaTipogr ografiaTipogr aqui tem

entrelinha

negativa


ANATOMIA

a s c e n d e n t e

altura x

Tipografia linha de base

d e s c e n d e n t e

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ANATOMIA terminais

ascendente

aste Traço vertical.

São as formas encontradas no final das letras a, c, f, j, r, s e y

ápice

Traços que avançam a altura do x nas letras minúsculas.

olhos ou espaço interno

Ligação entre dois traços diagonais

TipografiA espora

bojo ou barriga descendente

Traço que articula a junção de um traço curvo e um retilínio

Traços curvos que determinam um espaço fechado ou semiaberto de uma letra.

aberturas

barra Traço horizontal

Espaço de contato das contraformas semiabertas com o exterior.

ombros Traço curvo no final de uma haste.

HaMbuRgevons vértice Ligação entre dois traços diagonais.

pernas Traços diagonais em direção a linha de base.

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caudas Traços sinuosos em direção ou abaixo da linha de base

espinha Haste curva do S.


ANATOMIA

EIXO

o

o

Traço modulado (variação na espessura ou contraste) e eixo vertical ou racionalista.

Traço modulado (variação na espessura ou contraste) e eixo humanista ou oblíquo.

o

Traço não-modulado (ou contraste imperceptivel), ausência de eixo ou eixo vertical presumido.

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ANATOMIA

EXISTEM DOIS GRANDES TIPOS DE FONTE quando o assunto é a borda da letra.

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ANATOMIA

Serifa é quando a fonte tem pé.

SEM SERIFA é quando a fonte não tem pé (nem cabeça).

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ANATOMIA

Fontes com serifa possuem pequenas linhas nas bordas de seus símbolos. São as mais adequados para as caixas de textos “corrido” em trabalhos gráficos impressos, como livros e revistas, pois a serifa tem a função de proporcionar uma linha guia para o texto, dando continuidade e tornando-o menos cansativo para os olhos. Todos os fatores que ajudam o olho humano a reconhecer e perceber uma palavra como um bloco ótico melhoram a legibilidade do texto, e as serifas de uma maneira geral facilitam esse reconhecimento, tornando o texto mais legível e fluido para o leitor. Fontes sem serifa não possuem essas linhas e ter bordas regulares, geralmente retas ou arredondadas. São indicadas quando usadas em um valor alto de pontos, como em títulos, e na web, já que reduzem o ruído e geram maior contraste entre a tela e a letra.

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Classe gramatical: substantivo feminino Separação silábica: ti-po-gra-fi-a Plural: tipografias

INTRODUÇÃO CLASSIFICAÇÃO

classifi cação

SUMÁRIO 40


CLASSIFICAÇÃO

O historiador francês Maximilien Vox (1894-1974) organizou a primeira e mais conhecida classificação tipográfica em 1954. HUMANISTA - Baseada na escrita humanista com origem em Veneza no século XIV. A barra do “e” inclinada, eixo inclinado à esquerda, pouco contraste no traço e as serifas adnatas são as principais características. GARALDE - Faz referência aos tipógrafos Aldus Manutius e Claude Garamond. Assemelha-se as fontes humanistas, porém sem a inclinação na barra do “e” e com mais contraste no traço. TRANSICIONAL - A principal característica é a ausência de inclinação no eixo, deixando de fazer referência a escrita caligráfica e se aproximando de uma escrita mais desenhada. Uma transição para as tipografias Modernas. DIDONE - Refere-se às fontes criadas por Firmin Didot e Giambatista Bodoni, também conhecidas como Modernas. Como principais características apresentam grande contraste entre os traços e serifas abruptas. 41


CLASSIFICAÇÃO

MECANICISTA - Trata das fontes criadas durante a Revolução Industrial, apresentando pouco ou nenhum contraste nos traços eserifas retangulares. Também são chamadas de slab serifs ou egípcias. LINEAR - Esta categoria se refere as fontes sem serifa e foi dividida em 4 sub-categorias – Grotescas, Neo-Grotescas,Geométricas e Humanistas. INCISA OU GLIPHIC - Faz referência as fontes com aspecto de letras inscritas em pedra e em alguns casos possuem apenas caixa alta. SCRIPT - São as fontes que emulam a letra manuscrita. MANUAIS - Nesta categoria estão as fontes baseadas em letras feitas com instrumentos como pincel e pena, porém sem ter um desenho manuscrito. BLACKLETTER - Corresponde as fontes góticas, com origem na Alemanha. Possuem grande contraste no traço e proporções condensadas. Também conhecidas como broken script (escrita quebrada).

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CLASSIFICAÇÃO

FONTE DISPLAY X FONTE PARA TEXTO 43


CLASSIFICAÇÃO

Fontes display consiste em tipos destinados para o uso acima de 18pt, usadas para destaques em peças textuais como em títulos e subtítulos ou ainda como único elemento gráfico em uma peça. Também são conhecidas como tipos fantasia. São inapropriadas para uso em tamanhos menores em blocos de texto. Seu objetivo principal é ser um ponto focal, legível ou não. Enquanto isso, fontes para texto são destinadas a grandes blocos textuais e tem como principal função a legibilidade e leiturabilidade. É indicado que seu uso seja entre 6 e 12 pt. Se ampliada, pode ser usada como um tipo display. Possuem proporções e formais tradicionais com o objetivo de serem reconhecidas com facilidade e precisam apresentar caixa-alta e baixa.

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CLASSIFICAÇÃO

s a E u n a m ? s i a 45


CLASSIFICAÇÃO

O lettering pode ser definido facilmente como “a arte de desenhar letras”, e possui um conceito simples: uma combinação específica de letras trabalhadas, para uma única utilização e finalidade. O lettering é, na maioria da vezes, desenhado à mão, com lápis, canetas, entre outros.

A Mariana Viabone é artista de Lettering e Caligrafia desde 2012. Ataulmente trabalha dando aulas de lettering, além de produções para grandes ,marcas como Posca, Starbucks, Facebook e o Boticário. É uma das brasileiras mais conhecidas na área, estando presente em palestras e em eventos a nível nacional. 46


COMBINAÇÃO

COMO COM BI NAR FONTES 47

e acabar com a salada tipográfica (ou não)


COMBINAÇÃO

Escolha de acordo com a linguagem do texto a ser veiculado. A fonte deve "conversar" com o assunto, adequando a forma à expressão que se deseja. Selecione fontes com contraste para títulos e corpo de texto de maneira que o leitor consiga eleger rapidamente o que é cada elemento, sem que tenha que analisar o que é uma palavra de destaque ou não. Quando o contraste é baixo, cai-se no risco de não perceber a diferença entre os elementos textuais e, assim, comprometer a compreensão. Por isso, combine fontes displays que reforcem a estrutura do texto e brinque com fontes serifadas e não serifadas. Também é interessante o uso de uma mesma família, alternando entre os pesos. Use grandes diferenças de peso para definir os elementos, como regular para texto e bold para destaque. Outra dica, ainda, é buscar fontes de um mesmo designer, pois elas costumam combinar entre si.

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COMBINAÇÃO

Escolha de acordo com a linguagem do texto a ser veiculado. A fonte deve "conversar" com o assunto, adequando a forma à expressão que se deseja. Selecione fontes com contraste para títulos e corpo de texto de maneira que o leitor consiga eleger rapidamente o que é cada elemento, sem que tenha que analisar o que é uma palavra de destaque ou não. Quando o contraste é baixo, cai-se no risco de não perceber a diferença entre os elementos textuais e, assim, comprometer a compreensão. Por isso, combine fontes displays que reforcem a estrutura do texto e brinque com fontes serifadas e não serifadas. Também é interessante o uso de uma mesma família, alternando entre os pesos. Use grandes diferenças de peso para definir os elementos, como regular para texto e bold para destaque. Outra dica, ainda, é buscar fontes de um mesmo designer, pois elas costumam combinar entre si.

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MULHERES NA TIPOGRAFIA

mulheres na tipografia 50


PAULASCHERP AULASCHERPA ULASCHERPAU LASCHERPAUL ASCHERPAULA SCHERPAULAS CHERPAULASC HERPAULASCH ERPAULASCHE RPAULASCHER


PAULA SCHER

Paula Scher é uma das designers gráficos mais influentes do mundo. Scher é parceira do escritório de Pentagram em Nova York desde 1991. Começou sua carreira como diretora de arte nos anos 1970 e início dos anos 80, quando sua abordagem eclética à tipografia se tornou altamente influente. Em meados da década de 1990, sua identidade marcante no The Public Theatre se fundiu em uma simbologia totalmente nova para instituições culturais, e suas recentes colaborações arquitetônicas repensaram a paisagem urbana como um ambiente dinâmico de design gráfico dimensional.

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BEATRICEWARDE BEATRICEWARDE BEATRICEWARDE BEATRICEWARDE BEATRICEWARDE BEATRICEWARDE BEATRICEWARDE BEATRICEWARDE BEATRICEWARDE BEATRICEWARDE


BEATRICE WARDE

Beatrice Warde É conhecida como a "primeira dama da tipografia" (20 de setembro de 1900 - 16 de setembro de 1969) Foi uma tipógrafa, pesquisadora e escritora norte-americana. diretora de marketing da empresa britânica Monotype Corporation, cujo trabalho foi fundamental para os padrões de impressão e tipografia, tanto no Reino Unido quanto no resto mundo na metade do século XX. É reconhecida ainda hoje como uma das poucas mulheres tipógrafas do mundo. Sua escrita defendia padrões mais elevados em impressão e defendia o uso inteligente de fontes históricas do passado, que a Monotype se especializou em reviver, além de defender o trabalho de tipógrafos contemporâneos. 54


SAUNDERSPATRICIASAU

PATRICIASAUNDERSPAT DERSPATRICIASAUNDER IASAUNDERSPATRICIAS ATRICIASAUNDERSPATRI NDERSPATRICIASAUNDE SAUNDERSPATRICIASAU PATRICIASAUNDERSPAT DERSPATRICIASAUNDER IASAUNDERS ATRICIASAUNDERSPATRI


PATRICIA SAUNDERS

Patricia Saunders é a criadora de alguns dos principais tipos da Microsoft, como a Arial, Corsiva e Columbus. após um período de dois anos trabalhando em uma livraria de arte, Patricia ingressou no Monotype Drawing Office em Salfords, Surrey, em 1951. Contratada e treinada como como atendente de desenho, Patricia contribuiu para a criação de muitas faces do Monotype, como Castellar, Spectrum e Glint Ornaments, além de desenhos não latinos originados internamente. Como a maioria das mulheres que trabalhavam no Type Drawing Office (TDO), seu trabalho envolveu a conclusão de conjuntos de caracteres para caracteres tipográficos de metal quente, bem como o desenho de tamanhos ópticos e o desenvolvimento de variantes de peso e largura para projetos existentes. 56


N N S A FI AR SF AR SF R I O I O O O O N S N S N A S S A A FI FI R F R R O O I O O O O N SS N N S A A S A F FI R R F I R O O O I O O O SS N N S N A A S A F F FI R R I R I O O O O O O N S SS N N S A A A F F R IO R R I I


FIONA ROSS

Fiona Ross é especialista em tipografia e design de tipos não latinos Ela trabalha como consultora, designer de tipos, autora e palestrante. Produz fontes para Adobe, Microsoft, Monotype e Harvard University Press. Fiona é parte do staff do renomado Departamento de Tipografia e Comunicação Gráfica da Universidade de Reading (Reino Unido), onde é Professora de Design de Tipos não Latinos e Curadora da Coleção de Tipos Não Latinos do Departamento.

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OVSKYJULIET

YJULIETAULAN

AULANOVSKY OVSKYJULIET

YJULIETAULAN

AULANOVSKY OVSKYJULIET

YJULIETAULAN


JULIETA ULANOVSKY

Julieta Ulanovsky é proprietária do ZkySky, um estúdio de design que fundou em 1989 com Valeria Dulitzky. Tipógrafa latina, ela nasceu em Buenos Aires e dedica-se a criar tipos baseados no cotidiano urbano. Criadora da tipografia Montserrat, inspirada nos desenhos encontrados na cidade, Julieta é uma jovem designer muito importante no cenário contemporâneo. Atualmente, possui três livros: O livro dos Coletivos, Divino Barolo e Montserrat Font.

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REFERÊNCIAS

DESIGN E O PERCURSO FEMINISTA: O COLETIVO GRÁFICO FEMININO DE CHICAGO,2017. Roberta Coelho Barros, Paula Garcia Lima e Thaís Cristina Martino Sehn. KANE, John, 2012. Manual dos tipos. KULPAS, Deia, 2018. Representatividade Feminina e Tipografia. PELTA, Raquel, 2016. Mujeres y tipografía: un lugar en la historia. SANTOS, Victor. Kerning e Tracking: vamos falar de tipografia?. Disponível em:<https://medium.com/@victorctrl/kerninge-tracking-vamos-falar-de-tipografia-2955e4bd8870> Acesso em: 16 de novembro de 2019. Slides apresentados em sala nas disciplinas Tipografia EGR7234-03454 (20191) e Tipografia Aplicada - EGR7139-04454 (20192), Profª Mary Vonni Meürer

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por Amanda Herrmann Gonçalves Lins matrícula 18101754 EGR7139-04454 (2019.2) Tipografia Aplicada Dra. Mary Vonni Meürer de Lima


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