portf贸lio
manuela roitman
manuela.roitman@gmail.com 21 96123623
Transformações urbanas e patrimônio cultural evento : 2012
identidade visual e peças gráficas Manuela Roitman identidade visual do simpósio que ocorreu no Clube de Engenharia, Rio de Janeiro.
Anima Forum 2012 evento : 2012
identidade visual e peรงas grรกficas Manuela Roitman cenografia Sergio Marimba identidade visual do evento que ocorreu no CCBB, Rio de Janeiro, e faz parte do Anima Mundi.
MINISTÉRIO DA CULTURA e PETROBRAS apresentam
A sétima edição do AnimA Forum é uma demonstração da diversidade e complexidade do atual mercado de animação brasileira. As mesas, apresentações, palestras e masterclasses apresentam assuntos que vão desde o financiamento para produções de grande porte até a capacitação de novos profissionais para a indústria. Tudo sempre sob o ponto de vista das produções em animação. Temos identidade e necessidades próprias e este espaço existe para que estas particularidades sejam debatidas, avaliadas e, principalmente, respeitadas. Assim é a palestra informativa sobre a nova composição do Fundo Setorial Audiovisual e seu diálogo com a Lei 12.485/11, com a qual Glauber Piva abre os trabalhos do Forum. Em seguida, a mesa-redonda Fundo Setorial Audiovisual e Animação avalia como tem sido até o momento a ação do fundo no que tange as produções em animação e os desdobramentos futuros com o reforço de receitas e a nova gerência que ora se inicia para o FSA. nesta primeira edição em que o Anima mundi se credencia a indicar filmes para a premiação do oscar de melhor curta de animação, Ron Diamond ensina o caminho das pedras para entender os critérios usados pela Academia nas escolhas dos indicados à premiação, e assim aumentar as chances de um filme ser selecionado. os bastidores da nova superprodução em stop motion da Laika, ParaNorman, são apresentados em primeira mão por Mark Shapiro que ainda traz uma palestra sobre marketing e gerenciamento de marcas voltados para produções deste tipo. Como conseguir se comunicar com os adolescentes, uma das plateias mais exigentes, é o tema da mesa Animateens. nossos convidados apresentam seus projetos de sucesso e conversam sobre as novas possibilidades de comunicação para esta turma cada vez mais conectada. no mesmo dia, acontece uma privilegiada apresentação de trechos do inédito longa-metragem de Luiz Bolognesi, Uma História de Amor e Fúria, com a presença do diretor. Existem neste momento, no Brasil, várias iniciativas relacionadas à criação de cursos profissionalizantes para toda a cadeia produtiva da animação. Entretanto, todas se defrontam com o mesmo problema: a falta de professores especializados. na mesa Ensinando Animação, três escolas com prestígio internacional não só apresentam seus cursos e sua estrutura, como também revelam como lidam com este desafio. nas masterclasses, Rodrigo Teixeira, brasileiro que é um dos maiores especialistas em 3-D estereoscópico no mercado mundial, e que dirigiu todo o processo para “A invenção de Hugo Cabret”, fala sobre as indicações e aplicações desta técnica. Jay Grace explica como é concebida e dirigida a sofisticada animação em um longa em stop motion como “Piratas Pirados”, da Aardman. Finalmente, PES demonstra seu processo de criação de animações surpreendentes, composta com os mais inusitados materiais.
De 17 a 20 de julho no Centro Cultural Banco do Brasil
o AnimA Forum 2012 foi preparado especialmente para animadores e todos os demais profissionais envolvidos nesta atividade apaixonante. É um espaço nosso que só vai estar completo com a sua presença. não falte, estamos esperando.
Luiz Bolognesi Renato Nery Glauber Piva Glauber Piva Gonçalves, diretor da Ancine, instituição responsável pela regulação e fomento das atividades audiovisuais no Brasil, é formado em sociologia pela Universidade São Paulo (USP) e é mestre em estudos politicos aplicados pela Fundacion Internacional y para Iberoamerica de Administracion y Políticas Publicas. Faz mestrado em políticas públicas e formação humana na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atuou como docente na cadeira de políticas culturais pelas Faculdades de Artes do Paraná.
Renato Nery é coordenador de coprodução e políticas públicas da TV Cultura e coordenador do canal de televisão TV Rá Tim Bum. Desde 2004 desenvolve trabalhos com a produção independente na TV Cultura, respondendo por programas de fomento à produção e teledifusão como DocTV, AnimaTV, Telefilmes Cultura e AnimaCultura. Nery gere projetos em parceria com o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) desde a sua primeira edição.
Fernanda Farah
Rodrigo Camargo Rodrigo Albuquerque Camargo é especialista em regulação da atividade audiovisual e cinematográfica, com pós-graduação em relações internacionais e em economia e regulação do audiovisual (ambas pela UFRJ), e formação executiva em cinema e televisão. Graduado em comunicação social, é servidor da Ancine desde 2002, ocupando atualmente o cargo de coordenador do Núcleo do Fundo Setorial do Audiovisual. Entre outras atividades, trabalhou como assessor de diretoria e coordenador de acompanhamento de projetos na Superintendência de Fomento.
Fernanda Farah é gerente do departamento de cultura, entretenimento e turismo do BNDES, seção criada em 2006 para o desenvolvimento e operação de novas ações e instrumentos financeiros para o setor da economia da cultura. Administradora formada pela UFRJ, mestre pela PUC, Fernanda cursou MBA em finanças pela COPPEAD e MBA em gestão pelo IAG-PUC. Ingressou no BNDES por concurso em 2004 e atuou nas áreas de mercado de capitais e capital de risco. Durante três anos, trabalhou na Vale, nas áreas de fusões e aquisições e programação financeira.
Ex-redator de Folha de São Paulo e Rede Globo, Luiz Bolognesi escreveu e codirigiu o premiado documentário “Cine Mambembe, o cinema descobre o Brasil” (1999). Como roteirista, foi autor dos filmes “Bicho de Sete Cabeças” (2001), “Chega de Saudade” (2008) e “As melhores coisas do mundo” (2010), que ganharam prêmios de melhor roteiro da Academia Brasileira de Cinema, da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e nos festivais de Recife e Brasília. Escreveu com Marco Bechis o roteiro de “Terra vermelha” (2009), que esteve em competição no Festival de Veneza e venceu o prêmio da revista Bravo! de melhor filme brasileiro de 2009. Escreveu e dirigiu o inédito longa-metragem de animação “Uma História de Amor e Fúria”.
Mark Shapiro Gerente de marketing e branding da Laika, estúdio de animação situado em Oregon, Estados Unidos, Mark Shapiro tem uma larga experiência profissional, tendo trabalhado em desenvolvimento de marcas, publicidade, relações públicas e produção de filmes e textos para empresas como Nike. Em 2007, ele se juntou à equipe da Laika, onde põe em prática estratégias comerciais para os filmes da produtora. Natural de Seattle, Shapiro é formado em artes pelo Colorado College. Entre outros títulos, a Laika tem em seu portifólio “Coraline”, filme em stop motion lançado em 2009, “The short Moongirl”, animação em computação gráfica de 2005, e o ainda inédito “ParaNorman”.
Marta Machado Jornalista de formação, mestranda em administração pela USP, trabalha há 13 anos como produtora associada da Otto Desenhos Animados de Porto Alegre. Produziu o longa “Wood & Stock: Sexo, orégano e rock’n’roll” (2006) de Otto Guerra. Foi presidente da Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do RS e da Associação Brasileira de Cinema de Animação. Foi responsável pela criação do portal de formação online de animadores AnimaEdu e em 2010 lançou o livro “Tudo que você queria saber sobre comercialização de filmes nacionais mas não tinha a quem perguntar”, em colaboração com Ana Adams de Almeida.
Ron Diamond Ron Diamond trabalha com animação há mais de vinte anos. Mestre pela escola de cinema da UCLA, em 1990 ele criou a Acme Filmworks, premiada produtora de animação que atua no mercado comercial. Em 1995, foi um dos fundadores e editor da Animation World Network (AWN), primeiro site especializado no assunto. Entre outros títulos, Diamond produziu o curta indicado ao Oscar “Nibbles” (2003), de Chris Hinton, e “Drawn From Memory” (1995), de Paul Fierlinger, primeiro documentário animado a ser exibido pela PBS, emissora pública americana. Diamond costuma fazer palestras sobre animação em escolas de França, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos, além de participar do júri de certames como New York Film Festival e London Advertising Awards.
vinco de manuseio >
< vinco de manuseio
videocriação catálogo : 2011
projeto gráfico Manuela Roitman tratamento de imagens e produção gráfica Manuela Roitman catálogo e flyer da mostra de video-arte internacional videocriação realizada no Centro de Arte Hélio Oiticica (RJ). Curadoria de Julieta Roitman.
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura e Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica apresentam:
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
videocriação
videocriação
17 a 27 de novembro de 2011
Realização
2000-2010 mostra de video-arte internacional
Estúdio Baren marca : 2011
projeto gráfico Manuela Roitman marca e aplicação básica para o Estúdio Baren (RJ)
pelo professor eon BR apresenta
as atividades
> Encontro na Cinemateca do MAM 9 e 10 agosto 2011
Imagens em movimento folder-cartaz : 2011
projeto e tratamento de imagens Manuela Roitman
Concepção e coordenaç Ana Dillon Professores Ana Dillon Janaina Marques Juliana Serfaty Juliano Oliveira Marina Pessanha Silvia Boschi
folder para divulgação do projeto Imagens em movimento (desdobrado, vira um cartaz).
Consultores Alain Bergala Marcia Stein Produção Ana Hupe – Electra
Assistente de coordenaç Julia Pinheiro
Apresentação
Metodologia
Identidade visual Nathalia Nogueira
Inaugurado em 2011, o projeto Imagens em Movimento oferece aulas optativas de cinema a alunos de dez escolas municipais do Rio de Janeiro. Cerca de 200 jovens estão vivendo a descoberta da linguagem cinematográfica e produzindo seus próprios filmes através da ação do projeto, que conta com o patrocínio da Petrobras.
Nosso processo pedagógico se baseia na inter-relação entre a análise e a realização de filmes, visando convidar o aluno a uma perspectiva criativa diante da arte.
Projeto gráfico do folde Manuela Roitman
O projeto Imagens em Movimento participa de uma rede de organizações internacionais dedicadas à pedagogia do cinema, reunidas através do programa “Cinema, cem anos de juventude”, criado em 1995 na Cinemateca Francesa.
Para orientar o trabalho em ambos os momentos, um tema geral pertinente ao universo do cinema é escolhido a cada ano. Em 2011, investigamos o tema “Mostrar ou esconder” no cinema, que nos abre amplas possibilidades de reflexão sobre o roteiro, o som, a montagem e a construção das imagens de cada filme. Até o final do ano, 40 curtas-metragens serão produzidos como fruto deste processo, além de diversos exercícios audiovisuais e fotográficos. Para saber mais sobre nossa proposta de ensino e sobre as criações produzidas nas escolas, acesse nosso site: www.imagensemmovimento.com.br
Rede de parceiros França: Cinemateca Fran cem anos e juventude”) Espanha: projeto “Cinem Itália: Association Il Labir Portugal: Associação “Os Inglaterra: British Film In
Contato img.mov@gmail.com www.imagensemmovim
apresenta
apoio
Quadrinhos – guia prático
apostila didática : multirio : 2011
gerentes Marcelo Salerno e Ana Cristina Lemos conceito e roteiro Humberto Avelar direção de arte Eduardo Duval e André Leão arte e cores Eduardo Duval, Frata Soares, Diego Luis, André Leão e Marcus Martins projeto gráfico e diagramação Manuela Roitman e Aline Carneiro Publicação da MultiRio destinada às escolas da Rede Municipal do Rio de Janeiro. Tem o objetivo de auxiliar professores e alunos no desenvolvimento de atividades em sala de aula que utilizem a linguagem dos quadrinhos, e, principalmente, estimular os alunos a criarem suas próprias HQs. Peça complementar: cartaz (ao lado)
Fayga Ostrower Ilustradora
catálogo : danowski design : 2011 projeto gráfico Sula Danowski e Manuela Roitman tratamento de imagens Sula Danowski e Marina Valença catálogo da exposição realizada no Instituto Moreira Salles (RJ), curadoria de Eucanaã Ferraz.
Fayga Ostrower Ilustradora
exposição : danowski design : 2011 projeto gráfico Sula Danowski, Gabriel Netto e Manuela Roitman identidade visual da exposição realizada no Instituto Moreira Salles (RJ), curadoria de Eucanaã Ferraz.
A série negra – Waltercio Caldas convite : danowski design : 2011 concepção Waltercio Caldas projeto gráfico Sula Danowski e Manuela Roitman convite para a abertura da exposição de Waltercio Caldas na Galeria Raquel Arnaud (SP).
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Fred Sandback
catálogo : danowski design : 2010 projeto gráfico Sula Danowski, Maria Clara Rezende e Manuela Roitman tratamento de imagens Sula Danowski, Manuela Roitman e Marina Valença catálogo da exposição Fred Sandback – O espaço nas entrelinhas, realizada no Rio e em São Paulo pelo Instituto Moreira Salles. Curadoria de Lilian Tone.
NOTAS E REFLEXÕES
DÉC. 1970
1973
Uma linha tem direção — um ponto de origem e um pon to de término. Uma linha também é uma entidade em si mesma, que existe inteira de uma só vez.
Meu trabalho não tem nada de ilusionista. A arte ilusio nista nos põe para fora de sua existência factual e faz referência a outra coisa. Meu trabalho é cheio de ilusões, mas elas não se referem a nada. Fato e ilusão são equiva lentes. Tentar eliminar um em favor do outro é lidar com uma situação incompleta.
progresso Não existe programa em meu trabalho. Não há uma pro gressão do pior para o melhor ou do mais simples para o mais complexo. Por outro lado, ele é sempre diferen te. Então, em vez de dizer que fiz algo novo, direi que fiz algo mais. [Estes textos foram escritos provavelmente no começo da década de 1970. Foram publicados pela primeira vez em Fred Sandback (Nova York: Zwirner & Wirth, Lawrence Markey, 2004), pp. 1, 36.]
Meu trabalho tampouco é ambiental. Ele incorpora partes específicas do ambiente, mas é sempre coexistente com esse ambiente, em vez de dominálo ou de destruílo em favor de um diferente. A arte ambiental, de certa maneira, ignora a situação na qual se encontra. A escultura tem uma tendência a ficar atolada em sua pró pria materialidade. Não sou tão fascinado pelos mate riais enquanto tais, e linhas coloridas parecem razoavel mente neutras como material de trabalho, algo que não vai desviar de situações mais complexas. As fotografias do trabalho fornecem um tipo de conhecimento sobre a obra — uma espécie de esquema do que ela é. Fora isso, as peças são totalmente contextuais e, nesse sentido, as fotografias não têm nenhum interesse. Não existe uma ideia que transcende a atualidade das peças. A atualidade é a ideia. [Este texto foi publicado pela primeira vez em inglês e italiano em “Note/ Appunti”, Flash Art, n. 40 (mar.maio 1973), p. 14.]
1970–2003
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“Uma linha tem direção — um ponto de origem e um ponto de término. Uma linha também é uma entidade em si mesma, que existe inteira de uma só vez.”
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“Uma vez que o trabalho estava feito, estava feito, ao passo que eu tinha uma necessidade contínua de romper aquela permanência que desejara. talvez porque parece que aquele primeiro momento em que as coisas começam a se aglutinar é que é interes sante. A maior parte do meu trabalho agora é executada em e para um lugar determinado. Ele sempre foi conce bido com pelo menos um tipo de espaço generalizado em mente, mas estas peças se destinam agora a um lugar específico. Isso não significa que não refarei uma peça numa nova locação, mas aí serão outros quinhentos. Há coisas que quero fazer, mas enquanto não têm um lugar permanecerão necessariamente vagas e indeterminadas. O trabalho é “sobre” várias coisas, mas “estar num lugar” estaria no alto da lista. Por volta de 1968, um amigo e eu cunhamos o termo “espaço pedestre”, que parecia se adequar ao trabalho que estávamos fazendo na época. Com certeza não era espaço de pintura o que buscávamos, nem o de escultura, principalmente. O espaço pedestre era literal, direto e cotidiano. A ideia era que o trabalho estivesse logo ali junto com tudo o mais no mundo, não sobre um pedes tal espacial. O termo também implicava a noção de uti lidade — que uma escultura estava lá para ser absorvida de forma ativa, e nela coabitavam satisfatoriamente lampejos utópicos de arte e vida. P.S. 1 No verão de 1977, tive a oportunidade de usar cerca de 3 mil metros quadrados de espaço no P.S. 1, em Long Island City, como estúdio por um mês. Eu desenvolvera uma necessidade nos anos anteriores de formatos cada vez maiores e mais difíceis de manejar, e o resultado ine vitável foi que eu só podia construir uma peça de cada vez em meu estúdio. As exposições, também, muitas
vezes consistiam numa só imagem. Em consequência, era difícil para mim correlacionar minhas experiências, e quase impossível para um espectador ver o suficiente para entender o que eu estava tentando fazer. Ter aquelas sete enormes salas para trabalhar foi uma pequena revelação, de que eu podia pela primeira vez ver como aquelas peças funcionavam juntas e trabalhar com elas simultaneamente. Foi uma chance de cristali zar algumas das coisas que eu vinha cutucando uma por vez, mas mais do que tudo simplesmente uma chance de fazer muitos trabalhos no mesmo local. Uma consequên cia frequente de minha obra é que não muitas peças podem existir em algum lugar por muito tempo. O museu em Winchendon, que começou a reforma em 1978 com o apoio da Dia Art Foundation, proporcionou algum remédio para minha sensação de que as coisas eram extremamente diáfanas. O trabalho que eu vinha construindo por doze anos tinha deixado de existir qua se completamente. Eu não estava produzindo um pro duto que poderia ser facilmente adquirido ou preserva do, e sentia grande necessidade de uma percepção de continuidade e permanência material. A ideia de ter um museu próprio é esquisita e divertida, mas eu sentia que o trabalho tinha de existir em algum lugar num agru pamento razoavelmente denso e permanente, fora do padrão das três semanas que era o limite aproximado nas galerias. Essa permanência, uma vez estabelecida com a inaugu ração do museu em 1981, de fato produziu em mim a percepção necessária de ter algum lastro, e desenhar o espaço interior e o trabalho foi uma fonte de grande prazer. Mas fiquei surpreso em ver a rapidez com que ele se tornou algo próprio, não necessariamente conecta do a mim. Uma vez que o trabalho estava feito, estava feito, ao passo que eu tinha uma necessidade contínua de romper aquela permanência que desejara. Talvez, de fato, eu tenha “nomadizado” minha existência. [Este texto foi escrito em 1986 e publicado pela primeira vez em inglês e alemão em Fred Sandback: Sculpture, 1966–1986 (Munique: Fred Jahn, 1986), pp. 12–19.]
Manuscrito, c. 1983 | “Construções verticais recentes”
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Fred Sandback
exposição : danowski design : 2010 projeto Sula Danowski, Maria Clara Rezende e Manuela Roitman tratamento de imagens Sula Danowski, Manuela Roitman e Marina Valença identidade visual da exposição Fred Sandback – O espaço nas entrelinhas, realizada no Rio e em São Paulo pelo Instituto Moreira Salles. Curadoria de Lilian Tone.
FOTOGRAFIAS
Vincenzo Pastore Peter Scheier Alice Brill Hildegard Rosenthal Henri Ballot Marcel Gautherot acervo Adoniran Barbosa
A poética de ADONIRAN BARBOSA
trem onze das
A poética de AdonirAn BArBosA
Trem das onze – a poética de Adoniran Barbosa livro : danowski design : 2010 projeto gráfico Sula Danowski, Maria Clara Rezende e Manuela Roitman tratamento de imagens Sula Danowski, Manuela Roitman e Marina Valença livro (ed. Aprazível) em homenagem ao centenário de Adoniran Barbosa, reúne destacados fotógrafos e pequenas crônicas sobre o compositor paulistano
ORGANIZAÇÃO E EDIÇÃO
Leonel Kaz e Nigge Loddi TEXTOS
Celso de Campos Jr.
“O ARNESTO NOS CONVIDOU PRUM SAMBA ELE MORA NO BRÁS” SAMBA DO ARNESTO
entre as ruas Caetano Pinto e Carneiro Leão, no bairro do Brás, juntavam os imigrantes italianos e espanhóis a outros brasileiros, de tão diversas origens.
CORTIÇOS
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O ENTREPOSTO DE ALIMENTOS
e o empresário de carimbos guardam um ar mais ameno diante da metrópole intensamente acelerada em que se converteria São Paulo.
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A Santa Joana dos Matadouros cartaz : 2010
projeto gráfico e tratamento de imagens Manuela Roitman cartaz para peça realizada no âmbito do curso de Direção Teatral da Unirio. texto original da peça de Bertolt Brecht.
claro enigma
Paulo Venancio Filho
Claro enigma, o oximoro drummondiano, exprime bem o modo desconcertante como as esculturas de Sergio Camargo nos atingem. Duas palavras apenas − claro enigma −, mais nada, diretas e precisas, tal como a obra vai ser. Duas simples palavras que exprimem o indecifrável confronto e a convivência entre luz e matéria. As primeiras esculturas de Camargo, figuras femininas enclausuradas em si mesmas, agachadas, torcidas e retorcidas, corpos só núcleo, massa e volume indistintos e concentrados, são pura matéria em tensão que o bronze impenetrável ainda mais acentua; a luz é como que repelida e indesejada, como se a matéria dela procurasse escapar e se esconder. A qual forma então reduzir esse conflito? Grosso modo, o corpo humano não passa de um grande cilindro. Tronco, braços e pernas aspiram à clareza da forma geométrica, nada mais. De um torso podem surgir torções, e o cilindro, em si estático, na sua combinação múltipla − ora aleatória, ora controlada −, estabelece a dinâmica tão singular do trabalho no seu inquieto e constante organizar e desorganizar. Cilindros são o tronco e os braços − as partes articuladas e móveis do corpo. E se os percebemos como tais, assumem uma insuspeita proximidade com os planos articulados dos Bichos de Lygia Clark. E se, da mesma maneira, entendemos a indistinção ou o paralelismo entre mobilidade física e visual, a proximidade se acentua mais ainda. Também no modo como os cilindros se estruturam está a negação da dualidade e a variabilidade infinita, impossível de calcular, tal qual a que encontramos na manipulação dos Bichos. Tanto em Camargo como em Lygia a oposição − figura vs. fundo, positivo vs. negativo, on vs. off, aqui vs. lá, sujeito vs. objeto − perde sentido. Pois, dos sólidos geométricos, fica evidente que somente o cilindro era o único a transfigurar exemplarmente a forma do torso, combinando a dialógica da reta e da curva, manifestando tanto solidez quanto mobilidade, como rotatividade e inclinação em torno de seu eixo, possibilidades de que Camargo usou e abusou inventivamente nos seus relevos e esculturas. Até mesmo em seus desenhos informais – seu método dispensava estudos – a linha exibe esse comportamento; a passagem fluida da reta à curva, modulada pela incidência da luz, dá
sergio camargo claro enigma
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Sergio Camargo – Claro enigma catálogo : danowski design : 2010
projeto gráfico Sula Danowski e Manuela Roitman tratamento de imagens Sula Danowski, Manuela Roitman e Marina Valença catálogo da exposição de Sergio Camargo realizada no IAC (SP).
conversas e bossas
de botequim
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Conversas e bossas de botequim
Conversas e bossas de botequim
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O morro e o asfalto no Rio de Noel Rosa livro : danowski design : 2010 projeto gráfico Sula Danowski, Manuela Roitman, Ilana Paterman tratamento de imagens Sula Danowski, Manuela Roitman, Patricia Montano, Isabel Machline livro (ed. Aprazível) em homenagem ao centenário de Noel Rosa. Retrata, por meio de crônicas e fotografias, o Rio de Janeiro das décadas de 1920 e 1930.
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do subúrio para a cidade
Engarrafamento de bebidas com equipamento ainda rudimentar. Uma fábrica de rolhas (página ao lado) opera em separado.
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do subúrio para a cidade
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Não chegou a vingar a ideia de incluir a Primavera entre as festas da cidade, mas bem que se tentou, e muito, em setembro de 1934, quando a Prefeitura do Distrito Federal promoveu a Festa da Mocidade, com bailes, recitais, desfiles e um concurso para eleger, entre moças dos bairros, uma rainha. A vencedora foi a representante de Vila Isabel, Lela Casatle, que alguns compositores saudaram com música. Orgulhoso de seu bairro e de sua rainha, Noel Rosa dedicou a ela o já comentado Feitiço da Vila. De Primavera, mesmo, nada. Ao contrário de uma marcha trocadilhesca que ele deixaria esquecida em seus guardados, até que fosse gravada muitos anos depois de sua morte. Chama-se Vera a minha prima Não é Severa, pois é Vera só Não é a prima do violão É a sobrinha da minha avó E receando que a Vera vire fera Fiz esta marca para a prima... Vera
Em Copacabana, festas e folguedos são mais informais.
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Já as Festas Juninas, coloridas, animadas, musicais, mais do que vingar, se eternizaram. No Rio, como réplicas estilizadas das que se faziam no interior; e no interior, réplicas ainda mais estilizadas das celebradas na Europa. Em praticamente todos os países, sobretudo os de maioria cristã, no mês de junho, época do solstício de verão, primitivos rituais e celebrações de apelo por melhores colheitas eram substituídos por festas populares de cunho religioso. Na Itália, por exemplo, ocorriam em 23 de junho, véspera do dia de san Giovanni. Detalhes dessas festas foram sendo acrescentados ou modificados à medida que eram adotadas por outros países. Um deles, Portugal. De onde vieram, pouco depois do Descobrimento, na bagagem dos jesuítas. Conta-se que, já no século 13, as festas portuguesas eram chamadas de joaninas ou juninas, homenagem aos três santos do mês: Antônio (o casamenteiro, por ter levado ao altar três irmãs solteironas), João (o festeiro, desde que um fogueira foi acesa no deserto para comemorar seu nascimento) e Pedro (o que tinha as chaves do céu). Noel Rosa, por estilo ou feitio, vivia subvertendo o certo, o lógico, o moral, os costumes, inclusive ao cantar as festas de sua cidade. Daí trocar por tristeza as alegrias do Carnaval (“Provei do amor todo o amargor que ele tem...”),
por paixão a inocência das pastorinhas (“...tu não tens pena de mim, que vivo tonto pelo teu olhar”), por ódio entre malandros a peregrinação à Penha (“...teve um triste fim, agredido a navalha na porta de um botequim”), por hino ao seu bairro o que deveriam ser vivas à estação das flores (“modéstia à parte, meus senhores, eu sou da Vila!”). Por que haveria de ser diferente em relação aos folguedos juninos? Um dos santos é citado por ele na letra cor de cinza de um samba enigmático (“Com o seu aparecimento, todo céu ficou cinzento e São Pedro zangado...”). A própria festa é lembrada como início do sofrido romance com Ceci (“Nosso amor que eu não esqueço/ E que teve o seu começo/ Numa festa de São João/ Morre hoje se foguete/ Sem retrato e sem bilhete/ Sem luar, sem violão...”). Numa e noutra, o tom de tristeza. Cantigas ternas, líricas, esperançosas ou de saudação aos santos — fazendo de fogueiras e rojões, arraiais e balões, o cenário de histórias juninas próprias para a ocasião (como as encantadoras marchas que Lamartine Babo, João de Barro e outros criaram para os meses de junho) —, essas não tiveram lugar na obra de Noel Rosa. Por carregar em seu bojo tantos pecados sem remissão, o balão de Noel se perde e vai parar em mãos erradas. Sobe, balão... Sobe, balão Por este céu azul sem fim Vai dizer ao meu São João Que não se esqueça de mim Já mandei um balão com foguete Levar um bilhete Ao meu Santo Antônio E o balão, para fugir do inverno, Entregou no inferno O bilhete ao demônio Satanás respondeu meu recado: “Balão apagado Não entra no céu No inferno tu serás respeitado Tu tens tanto pecado Que eu te tiro o chapéu...”
Festa o ano inteiro
Festa o ano inteiro
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Três mestres, três estilos: o amaxixado Sinhô, o malandreco Wilson Batista e, nesta página, o refinado Cartola.
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o samba, na realidade, não vem do morro nem lá da cidade e quem suportar uma paixão sentirá que o samba, então, nasce no coração 96
o mapa da mina morro acima
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CAMINHOS DA PINTURA E O PEIXE AMARELO *
Luiz Camillo Osorio
A ida para Berlim em meados da década de 1990 deu à pintura de Cristina Canale uma personalidade própria, um estilo singular. Se já se destacava entre os pares da geração 80, a partir daí sua obra ganhou força incontestável. Seu compromisso com a pintura, ao contrário de lançá-la para fora do seu tempo, vai comprometê-la com as múltiplas temporalidades que convivem e se enfrentam no presente. Sua pincelada assume a crença moderna na potência autônoma da forma. A experiência da pintura deve se sustentar por si mesma, sem se pautar em uma referência externa, nem tampouco se isolar numa intransitividade que recuse o mundo. Não se trata de uma crença arbitrária e formalista, indiferente às questões do presente, mas de uma aposta na capacidade de o olhar criar para si desejos e sentidos próprios. O tempo do olhar potencializa a experiência e não se esgota na identifi cação de algo fora dela. Seja na aspereza mais opaca da série dos botânicos, seja na vibração cromática das pinturas mais recentes, sua obra cativa o espectador no primeiro contato. Diante de suas telas surge-nos uma figuração que parece existir por si, independentemente das convenções pictóricas que estruturam o aparecer das coisas. Há uma intensidade plástica que convoca o olhar sem um sentido dado de antemão. Convocação que põe o olho a trabalhar na difícil transformação da mera sensação em sugestão de sentido. Há familiaridade no que vemos: com plantas, jardins, cenas casuais, uma temática simples e desprovida de tragicidade — característica que dissolve a influência expressionista. Nesse aspecto, a calma, o luxo * Este texto é uma versão
e a voluptuosidade das telas de Matisse lhe falam mais de perto. Sem
ampliada e retrabalhada
perda, todavia, da intensidade cromática e da sensualidade da pincelada.
do que foi publicado
Deleuze, em seu livro sobre Francis Bacon, faz uma observação sobre a
anteriormente pela Galeria Nara Roesler, São Paulo, julho-agosto 2008.
cor que interessa resgatar aqui: “o colorismo não signifi ca apenas cores que entram em relação (como em toda pintura digna desse nome), mas a
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Cristina Canale – Arredores e rastros exposição : danowski design : 2010 projeto gráfico Sula Danowski e Manuela Roitman tratamento de imagens Sula Danowski e Manuela Roitman identidade visual e catálogo da exposição realizada no MAM (RJ), com curadoria de Luiz Camillo Osório.
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28 Gato e piscina, 2006 técnica mista sobre tela, 180 x 200 cm col. Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz Ribeirão Preto, SP
29 Poltrona anos 60, 1999 técnica mista sobre tela, 140 x 160 cm col. particular
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Corpo e pintura viviane matesco
Cromomicose e Leishmaniose, trabalhos de 1977 que apresentam deformações do corpo humano, atraem nossa atenção porque nos falam a algo que temos em comum – a imagem de nós mesmos – e, simultaneamente, diferem como excentricidades. Realistas, as imagens evidenciam uma espécie de distanciamento, fruto de olhar curioso e estrangeiro. A fragmentação de partes do corpo, o foco e a frieza na descrição dos detalhes das deformações revelam a origem da série. Gianguido conta que, em visita a um sítio de um amigo, encontrou na biblioteca um livro de medicina sobre doenças tropicais e decidiu desenvolver um projeto em torno dessas imagens. Começou então a frequentar o Instituto de Doenças Tropicais do Rio de Janeiro e transferiu manualmente as imagens de slides médicos para as chapas de cobre. Nesse mesmo período, desenvolveu outra série de gravuras a partir de fotografias de cadáveres feitas no Setor de Anatomia do Instituto Hahnemanniano. Ao longo desse percurso, entretanto, o artista enfrentou uma crise, e essa produção permanece inacabada. É desse estado inconcluso que partiremos aqui. A inquietude, distanciada e cristalizada nas imagens das aberrações provocadas pelas doenças, se torna matéria constantemente revolvida e processo interiorizado de trabalho. Nos seus trabalhos posteriores o corpo continua presente, mas os braços e pernas retorcidos, as silhuetas e mesmo as deformações já não são o que a anatomia neles vê. O corpo é crucial na obra de Gianguido Bonfanti não porque o fixa em uma imagem precisa, mas pela potência e pela energia que desencadeia. A inquietude está presente no traço carregado de sentimento nos desenhos, obras que nos lembram a série de Flávio de Carvalho realizada por ocasião da morte de sua mãe. Mas como o artista domina a arte do desenho, graças ao talento e ao longo tempo de produção gráfica, é no embate com a pintura que essa inquietude se descobre e quer se conhecer. Na década de 1990, nos trabalhos da fase Vermelha, a violência do gesto é potencializada pela dramaticidade
Bonfanti
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Bonfanti
livro e exposição: danowski design : 2009 projeto gráfico Sula Danowski, Maria Clara Rezende e Manuela Roitman tratamento de imagens Sula Danowski e Manuela Roitman livro e identidade visual da exposição de Gianguido Bonfanti no Paço Imperial (RJ)
Também nos autorretratos observamos que a tela transfigura o modelo, uma vez que o jogo pictórico se sobrepõe à identificação. Há um acúmulo de tensão na área em torno dos olhos, pois este é o cerne do problema. O autorretrato não é somente um reflexo do Eu no espelho, nem apenas um ato de personalização, mas o Eu diante do outro, um duplo de si. Inquietude, sofrimento de ser. Dessa maneira, a tela evoca tensão, ferida do momento fugidio do aparecimento; o de colocar-se nu diante do espelho e de se ver pelo olhar do outro. Fazer autorretrato para se conhecer pela pintura, esse outro com quem o embate dá o próprio sentido de vida, se conhecer travando o embate com esse outro. Pintar para se ver melhor significa procurar nessa dialética de aparição e desaparição, a exploração de si no limite da pintura: limite que jamais se realiza, pois não chega a um repouso, é movimento que se renova constantemente. Incorporar o corpo ao campo da arte, figurando o infigurável. É essa relação entre a pintura e a pele, portanto, o corpo, que nutre a poética de Gianguido Bonfanti: seria a atualização desse outro, fantasma que atua em passagem, essa imagem inconclusa que nos constitui.
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24. v11. 2007 óleo sobre tela (oil on canvas) 80 x 80 cm col. do artista 8. v111. 2007 autorretrato (self-portrait) nanquim sobre papel (Indian ink on paper) 57 x 38 cm col. particular
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RObeRtO COnduRu
VITALIDADE CRÍTICA Frente a uma pintura de Jorge Guinle, por onde começar? Deve-se tentar abarcar a tela por inteiro, mergulhar no campo expansivo que ela instaura, entregando-se às vagas do mar de cor que as constituem? Ou deve-se escolher alguma de suas muitas regiões atraentes e ali se concentrar, escavando toda sorte de acontecimento que a gerou? O caminho é manter-se atento ao todo multicor que se estende, dilata e abre, ultrapassando seus limites, acompanhando suas múltiplas direções e sentidos, idas, voltas, refluxos? Ou é envolver-se na dinâmica de algum dos acúmulos de pinceladas, respingos e escorridos, que se sobrepõem, transpassam, emparelham, cindem, esgarçam, em um movimento sem fim? De um modo ou de outro, logo se entende que é preciso fluir em ritmos sincopados. Também é possível perceber que a alternância na estruturação das telas como unidades ativadas homogeneamente, ainda que dispersivas, ou como somas de zonas com maior diferenciação, ao mesmo tempo condensadas e abertas, é uma das características da obra de Guinle, seja em sua trajetória, seja em muitas de suas pinturas. Oscilação que ecoa nas peças gráficas de divulgação e registro do trabalho, que têm optado ora por visões integrais das telas,1 ora por recortes,2 como os cartazes, folhetos e catálogos de suas exposições e os livros sobre sua obra, como os projetados por Fábio Miguez, a Galeria Casa da Imagem, Sula Danowski e Valéria Costa Pinto. Modos de recepção pública que explicitam como as telas se estruturam movendo-se entre seguir a lógica do all-over, embora acentuando a heterogeneidade do campo visual, e justapor trechos densos que o ativam 3
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O senhor das moscas, 1986 | detalhe (ver p. 10)
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08.09.09 12:09:42
Jorge Guinle
livro : danowski design : 2009 projeto gráfico Sula Danowski, Manuela Roitman e Ilana Paterman 105
livro sobre o pintor Jorge Guinle
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Pau-brasil, 1986 | óleo s/ tela, 130 x 90 cm col. Museu nacional de belas artes, Rio de Janeiro
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Cavalo de Troia, 1986 | óleo s/ tela, 200 x 140 cm col. Marjorie arias, Rio de Janeiro
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Stop, s/d | caneta hidrográfica s/ papel, 22 x 15 cm col. Casa da Imagem, Curitiba
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Malevich’s daughter, 1974 | caneta hidrográfica s/ papel, 22 x 15 cm col. Casa da Imagem, Curitiba
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In praise of meself, s/d | caneta hidrográfica s/ papel, 22 x 15 cm col. Casa da Imagem, Curitiba
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ANTOLOGIA DE TEXTOs
TEXTOs DO ARTIsTA
211
Desenhos sobre desenhos de Ronaldo Brito
A pintura contra a parede
212
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Marcapasso
Desorientação calculada de Paulo Sergio Duarte
194
Horizontes perdidos
214
Contra o olhar eunuco de Ronaldo Brito
195
Sem tomar partido
215
Paroxismos de pintura de Ronaldo Brito
195
... Segundo meu critério ...
216
As cores da luxúria de Wilson Coutinho
217
Melhor que a ideia, a pincelada: Jorge Guinle de Frederico Morais
218
A verdade excessiva de Rodrigo Naves
Abertura para a atuação da “nova” vanguarda
219
Desde o início, uma obra que recusa soluções fáceis de Ronaldo Brito
198
Expressionismo vs. Neoexpressionismo
220
Vivas e vibrantes de Ronaldo Brito
201
Leonilson: a implosão da imagem
221
Tarsila: postais do modernismo
Diário de vida, laboratório de arte de Ronaldo Brito
202 204
Papai era surfista profissional, mamãe fazia mapa astral legal. “Geração 80” ou como matei uma aula de arte num shopping center
207
Duas tendências possíveis na jovem arte brasileira e tradição modernista frente ao inconsciente dos anos 80
críticos
196 198
190
textOS dO aRtISta | Autocríticos
TEXTOs sOBRE O ARTIsTA
Autocríticos 192
O conceito da imagem na nova pintura do século XX
208
Os dois tempos de Iberê Camargo
209
E a crise da modernidade?
ENTREVIsTAs 223
Mira Schendel por Jorge Guinle
227
Eduardo Sued por Jorge Guinle
228
Cildo Meireles por Jorge Guinle
230
Carlos Zilio por Jorge Guinle
232
Jorge Guinle por Sergio Mauricio
textOS dO aRtISta | Autocríticos
191
NewInterlink 1 e 2
apostilas didáticas : eg.design : 2008 projeto gráfico Evelyn Grumach e Ricardo Hippert diagramação Ricardo Hippert e Manuela Roitman Ilustrações Ricardo Cunha Lima dois primeiros volumes de livros da coleção “NewInterlink”, adotada pela Cultura Inglesa para o ensino de inglês. Cada volume é composto por livro do aluno, livro do professor e cd-rom.
Sistema interno cartaz : 2008
projeto gráfico e tratamento de imagens Manuela Roitman cartaz para o filme “Sistema interno”, curta dirigido por Carolina Durão
FotoRio2007
exposição : 2007 projeto Manuela Roitman e Alice Bodanzky identidade visual de sete exposições de fotografia que o FotoRio apresentou no Centro Cultural dos Correios (RJ). Além dos títulos e textos das esposições, também foram projetados convites, banners e cartaz.
aeo.com.br
site : eg.design : 2007 projeto gráfico Evelyn Grumach e Manuela Roitman programação Bruno Bergher site da empresa Artes e Ofícios
Eliseu Visconti – Arte e Design exposição : eg.design : 2007 projeto Evelyn Grumach e Manuela Roitman projeto expográfico da exposição “Eliseu Visconti”, com curadoria de Rafael Cardoso, na Caixa Cultural (RJ)
Café do Mercado
identidade visual : eg.design : 2006 criação de marca Evelyn Grumach manual e aplicações Evelyn Grumach e Manuela Roitman o projeto de identidade visual do restaurante Café do Mercado (RJ) incluiu: cardápio, cartões de visita, etiquetas e sinalização
Antiquarius Grill
identidade visual : eg.design : 2007 criação de marca Evelyn Grumach manual e aplicações Evelyn Grumach e Manuela Roitman o projeto de identidade visual do restaurante Antiquarius Grill (RJ) incluiu: manual de identidade visual, etiquetas, cartões de visita, papel timbrado, cardápios, sinalização e suporte para cardápios
Museu Casa do Pontal
identidade visual : eg.design : 2006 criação de marca Evelyn Grumach manual e aplicações Evelyn Grumach e Manuela Roitman o projeto de identidade visual do Museu Casa do Pontal (RJ) incluiu: manual de identidade visual, etiquetas, cartões de visita e papel timbrado
O mundo da arte popular brasileira livro : eg.design : 2006
projeto gråfico Evelyn Grumach diagramação Manuela Roitman livro voltado para professores sobre arte popular brasileira e o acervo do Museu Casa do Pontal
Mulheres e movimentos livro : Quadratim g : 2004
projeto gråfico Vera Bernardes diagramação Manuela Roitman e Nathalia Nogueira livro sobre os movimentos feministas, com fotografias documentais de Claudia Ferreira e textos de Claudia Bonan, editora Aeroplano
Arte e sociedade
cartaz : projeto acadêmico : 2004 orientação Amador Perez projeto gráfico e ilustração Manuela Roitman cartaz de divulgação do ciclo de debates “Arte e sociedade – questionando papéis”. Ilustração feita com a técnica de stêncil.
Colagens e ilustrações
projetos pessoais : desde 2004 experimentações gráficas usando técnicas mistas